Edição 89

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Agosto | 2011

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89 Ano ii

Daneluz

A POSTURA QUE COROA

defende o Legislativo, mas não todo

UMA RAINHA

A aparência das candidatas só vai valer pontos no dia da escolha das soberanas da Festa da Uva, depois de outras três avaliações que levam em conta competências mais importantes e abstratas. A valorizada estética, no entanto, promete revelar inclusive a beleza interior que os jurados esperam

Renato

Henrichs O que a votação do aumento revela sobre os vereadores

O declínio da

Guarda Municipal O cardápio do Super Chef, da entrada à sobremesa

O temor por trás da escalada nos

salários

Maurício Concatto/O Caxiense

Dupla

CA-JU Ju motivado para subir e Caxias preocupado em não descer

R$ 2,50


Índice Roberto Hunoff | 4 Comerciários tentam alcançar os metalúrgicos no dissídio O caxiense entrevista | 5 Marcos Daneluz (Pt) fala sobre como fica a Câmara depois da tormenta do aumento Festa da Uva | 8 As aulas que transformam mulheres comuns em embaixatrizes e as dicas que podem torná-las soberanas Patrimônio público | 10 Guarda Municipal vê até seus próprios imóveis virarem alvo de vândalos Guia de cultura | 12 Um herói italiano chega aos cinemas e outro retorna aos palcos Mão de obra | 15 O salto dos salários e a dor de cabeça dos empresários Seminaristas | 16 Entre a adolescência e a batina, meninos tentam fazer suas escolhas Boa Gente | 18 Os melhores vinhos, o lado bom da vida e as dicas do Super Chef Artes | 19 tragédia argentina e humor austro-brasileiro HQcX | 20 Em busca da canção perdida Dupla cA-JU | 21 Ju avança rumo à Série C e Caxias luta para fugir da Série D Guia de esportes | 22 todos ao Jaconi e ao Centenário Renato Henrichs | 23 Quem falou e quem calou na sessão mais polêmica do ano

Expediente

Redação: Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Felipe Boff (editor), Gesiele Lordes (estagiária), Jaisson Valim (editor), Janine Stecanella, José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor), Maurício Concatto, Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Vagner Espeiorin (estagiário) comercial: Pita Loss e Calebe De Boni circulação/Assinaturas: tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff impressão: Correio do Povo

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Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

A Semana | 3 As notícias que foram destaque no site

www.OcAXienSe.com.br O Caxiense é o exemplo de imprensa séria, que olha os dois lados. Parabéns à equipe do Jornal O Caxiense. João H. Leoni Ramos

@felipelrizzotto Parabéns @LucianaLain! Belo trabalho no #HQCX do @ocaxiense. Já esperamos pela próxima edição. #HQcX @lutianam Parabéns @ocaxiense pela excelente cobertura quanto à pauta de aumento de vereadores...abs #maisseisvereadores @luckymanrock @ocaxiense Chega a irritar o nível da discussão na Câmara... tem alguns que não podem ver câmeras e microfones... Baita cobertura, galera... #maisseisvereadores @Fadanellis @ocaxiense mais uma vez de parabéns: FENOMENAL a cobertura da sessão! #maisseisvereadores @marceloviega Vamos mandar esse Mapa para a nossa Gloriosa Câmara de Vereadores. Vamos fazer valer a nossa “Representatividade”! #mapadocrime @Diego_Primon Parabéns ao jornal @ocaxiense pelo ótimo trabalho. Nós leitores, agradecemos! @fsvanin Muito boas as reportagens do jornal @ocaxiense sobre o roubo de veículos em Caxias do Sul e o aumento do número de vereadores. #edição88 @rafaelalgures Muito boa a entrevista com a Ana Maria Bahiana no @ocaxiense, transmite tudo o q eu penso sobre o cinema atual mesmo não entendendo tanto. #ocaxienseentrevista caxias do Sul é a 341ª em ranking de investimentos na educação | Um índice injustificável para uma cidade que levou o título de Capital da Cultura. São muitas explicações e tão poucas ações. Nos últimos anos vejo minha cidade deixando a desejar... Falta educação, falta saúde, falta segurança, e o asfalto das ruas escorrendo com as chuvas. Veja bem, se paga, e paga muito, para obter tão pouco. Salete Maria

Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para assine@ocaxiense.com.br. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120

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Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.


A Semana

Maicon Damasceno/O Caxiense

Maurício Concatto/O Caxiense

Maurício Concatto/O Caxiense

editada por Jaisson Valim | jaisson.valim@ocaxiense.com.br

Números da semana: 100 pacientes em centro antidrogas, R$ 9,2 milhões para a Serra pela Consulta Popular e 1,5 mil figurantes no corso

SEGUNDA | 8.ago

TERÇA | 9.ago

De novo, sobrou para o estagiário

Centro para tratar usuários de drogas já nasce lotado

O alvo das investigações era a Fundação Conesul de Desenvolvimento, mas quem sofreu com os prejuízos foram os quase 50 estagiários da Câmara de Caxias. Ao investigar as suspeitas de desvio de R$ 10 milhões e de irregularidades em concursos no Sul do país, o Ministério Público conseguiu o bloqueio das contas da instituição. Resultado: a fundação, que contratou os trabalhadores, não conseguiu pagá-los. O Parlamento analisa se a fraude significa desrespeito a alguma regra do contrato. Se o resultado der positivo, ele pode anunciar uma nova licitação. Lei federal impede que órgãos públicos contratem ou supervisionem estagiários. Na quinta-feira (11), ao final de uma semana difícil para o Legislativo caxiense, finalmente os estagiários receberam seus salários.

A inauguração da Unidade de Atenção à Vida Novo Amanhã (Rua Padre Tiago Alberione, 290, bairro São Ciro) trouxe uma boa e uma má notícia. A boa: Caxias ganha um centro para tratar dependentes de álcool, crack e outras drogas. A má: a previsão é de que o centro teria uma demanda de 4 mil usuários de drogas pela frente. O estabelecimento, vinculado ao Sistema Único de Saúde, começou a funcionar há dois meses, acolheu mais de 100 pacientes. Nas vagas de internação – de sete a 10 dias –, já está lotado.

foram às urnas ou à internet para definir, por meio da Consulta Popular e Cidadã, que projetos merecerão recursos estaduais em 2012. Na Serra, os eleitores decidiram o destino de R$ 9,2 milhões. Se o valor – 15% superior ao reservado para 2011 – merece elogios, o mesmo não se pode dizer da participação. O envolvimento comunitário decepcionou.

praça. Haverá espetáculos da Orquestra Municipal de Sopros, Coral Municipal, Cia. Municipal de Dança e artistas caxienses no local. É uma bem-vinda promessa de aperfeiçoamento para a principal atração da Festa da Uva.

QUINTA | 11.ago

A convocação volta ao noticiário duas vezes por ano há décadas, mas repeti-la é importante, porque foi o responsável por livrar o Brasil da poliomielite. Neste sábado, os pais de crianças com até cinco anos têm o compromisso de levar seus filhos à vacinação. Em Caxias do Sul, 125 postos imunizarão contra a doença das 8h às 17h (confira a lista dos locais no site do jornal O Caxiense). A Secretaria Municipal da Saúde se mobiliza para aplicar 25,8 mil vacinas – número equivalente a 95% do público-alvo.

No Corso Alegórico, menos é mais

Ao abrir inscrições para 1,5 mil figurantes do Corso Alegórico de 2012, a Festa da Uva anunciou as primeiras mudanças. A principal é que a extensão do desfile será mais QUARTA | 10.ago curta: começará na Rua Andrade Neves e irá se encerrar na Praça Pouca população na Dante Alighieri, em vez de ocorrer Consulta Popular entre as ruas Guia Lopes e GariQuais são as prioridades para baldi. minha região? Com essa pergunA redução significará uma conta em mente, milhares de gaúchos centração maior de atrações na

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SEXTA | 12.ago Uma convocação que livra as crianças da pólio

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roberto.hunoff@ocaxiense.com.br

por FELIPE BOFF (interino) | felipe.boff@ocaxiense.com.br

Detroit ou Xangai?

Com o dobro de expositores em relação à última edição e apresentando “a maior máquina já exposta em feiras da América Latina” – de fabricação chinesa, por sinal –, abre nesta terça-feira (16), às 19h, no Pavilhão 1 da Festa da Uva, a Plastech Brasil 2011. A feira de de tecnologias para termoplásticos e termofixos, moldes e equipamentos dura quatro dias, esperando atrair 25 mil pessoas. O tema de uma das palestras do 1º Painel da Plastech, no dia 18, às 17h, promete: Caxias do Sul do futuro: Detroit ou Xangai?. O professor da UCS Alexandre Viecelli tratará do assunto.

Caixa para investir

MEDEM SUA FORÇA O Sindicato dos Comerciários baixou a pedida, mas não levou. Na segunda reunião de negociação do dissídio, fez contraproposta ao Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Caxias do Sul (Sindigêneros). Em vez dos 14% reivindicados inicialmente, aceitaria 9,5%. As entidades patronais ofereceram 7,6%. Além dos números, seguem no impasse cláusulas sociais como a ampliação do valor do auxílio-creche, o fim do banco de horas e a diminuição de carga horária aos domingos. A próxima está marcada para esta segunda-feira (15), às 16h. Se a conversa não avançar, o Sindicomerciários já tem protocolado no

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Ministério do Trabalho e Emprego o pedido de uma reunião em que o órgão assuma a mediação das negociações. Tomado como baliza, o Sindicato dos Metalúrgicos – assim como o Sindicomerciários, comandando pelo PC do B – que conquistou 9,25%. Mas é preciso lembrar que esse índice decorre de meses de pressão e demonstrações de poder. Pressão, aliás, que continua. Basta ver o que os líderes metalúrgicos têm conseguido na cobrança de maiores valores de PPR – uma vitória atrás da outra, inclusive à custa de paralisações. Será que os comunistas, digo, os sindicalistas terão a mesma força no comércio?

Obra preventiva

Trinta empresas de Caxias, que já haviam sido fiscalizadas, foram convocadas a participar na semana que passou de uma reunião sobre Segurança do Trabalho na Construção Civil. Comandado pelo procurador-coordenador do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Caxias, Ricardo Wagner Garcia, o en-

Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

O Banrisul apresentou na quintafeira (11) seu balanço do primeiro semestre. Lucro líquido de R$ 438,5 milhões, patrimônio líquido de R$ 4,1 bilhões (14,7% a mais do que tinha no ano passado) e ativos totais de R$ 34,8 bilhões (11,8% a mais sobre junho de 2010). Motivos para muito otimismo da direção do banco. Caxias, porém, ainda aguarda melhor atendimento – como o próprio presidente, Túlio Zamin, já reconheceu. Já foram anunciadas uma nova agência no bairro Cruzeiro (para daqui três meses), outra em local a ser definido (prevista para abrir no primeiro semestre de 2012) e um posto bancário no San Pelegrino Shopping Mall, a ser inaugurado dentro de dois meses. Nessa conta, o banco só ficará devendo em um quesito: caixa eletrônico. Hoje, Caxias não tem um ponto sequer do Banrisul com autoatendimento 24 horas.

COMERCIÁRIOS

Lílian Baptista, Sindicomerciários/O Caxiense

Roberto Hunoff

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contro repassou orientações e enfatizou a prevenção de acidentes. Para quem ainda tinha dúvidas sobre a importância da questão, bastou um dado apresentando pelo gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego, Vanius Corte: este ano já aconteceram 11 mortes em canteiros obras na região de Caxias.

Distinção empresarial

Questionado no ambiente político, o Samae acumula êxitos no plano empresarial. No último dia 9, o diretor-presidente da autarquia, Marcus Vinicius Caberlon (à esquerda na foto), recebeu em Porto Alegre o Mérito Ambiental Henrique Luiz Roessler. O prêmio – também recebido pelas caxienses Randon e Marcopolo – vem se somar a outros troféus recebidos pelo Samae: o Ítalo Victor Bersani - Segmento Serviços, da CIC, este ano; o Prêmio Procel e o Prêmio Pró-Universalização dos Serviços de Saneamento, em 2010; e o Prêmio Responsabilidade Ambiental, de 2007. Além das distinções, o Samae tem colecionado elogios de quem procura atendimento em sua loja central. Nos guichês, os avanços são visíveis.

Filial caxiense

A paulista RGR inaugurou quinta-feira (11) sua filial em Caxias. Investimento de R$ 3,5 milhões, para fabricar conexões pneumáticas, com foco na indústria de implementos rodoviários e agrícolas e na automação industrial. Embora o pequeno número de empregos gerados neste primeiro momento (cerca de 20), é um sinal de quem nem todo mundo teme tanto o custo da mão de obra por aqui (leia a reportagem da página 15).

Curto-circuito

Persistem os rumores de que a RGE vai transferir sua matriz de Caxias para São Paulo. E, oficialmente, a companhia continua negando a mudança. Entretanto, o Sindicato dos Eletricitários do Estado já acompanha movimentos nesse sentido. Alguns setores técnicos da empresa estão sendo terceirizados para uma empresa paulista – com encargos menores e, consequentemente, economia para a RGE.

Curtas

Com coquetel para empresários do comércio e presidentes de sindicatos, o Senac abre oficialmente, nesta terça-feira (16), às 20h, em sua sede, a programação especial do Senac na Copa, Rio Grande do Sul no mundo, oferecendo cursos de qualificação profissional. Ao longo desta segunda-feira (15), estudantes do ensino médio acompanham a atividade de executivos do ramo que desejam seguir no futuro na 10ª edição do EmpresárioSombra Por Um Dia. A realização, que integra o Programa Miniempresa 2011, é da CIC Jovem, em parceria com a Junior Achievement. Neste sábado, um drive-thru na Praça Dante Alighieri recebe celulares velhos, baterias e computadores obsoletos, entre outros itens tecnológicos que precisam ser descartados, na Campanha de Recolhimento de Equipamentos de Informática e Telefonia Pós-Consumo. O Sindicato dos Metalúrgicos sedia neste sábado, a partir das 9h, o 2º Encontro Estadual da Juventude Trabalhadora do Rio Grande do Sul. O destaque da programação será a participação da deputada federal Manuela D’Avila (PC do B), pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre.

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Maurício Concatto/O Caxiense

O Caxiense entrevista

Daneluz: “Posso passar nos gabinetes e externar para a opinião pública, dizer que tem vereador que não despacha aqui dentro”

“NÃO IMAGINÁVAMOS

ESSA CONTESTAÇÃO” Presidente da Câmara, Marcos Daneluz (PT) afirma que haverá uma oxigenação com o aumento para 23 vereadores a partir de 2013

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sessão, sofrer de hepatite C. Pré-candidato do PT à prefeitura em 2012 – intenção da qual promete não abrir mão –, Danea quinta-feira (11), um dia após a luz comenta a seguir as razões, os Câmara aprovar a ampliação de reflexos e os bastidores da sessão 17 para 23 vereadores a partir de mais polêmica da atual legislatura. 2013, palavrões ainda ecoavam na cabeça do presidente do Legislati- A Câmara sai ferida da votação vo, Marcos Daneluz (PT). “Antes do aumento de vereadores? mesmo de eu abrir a sessão, alEm absoluto. A Câmara passou guém gritou do plenário: ‘Aquele por um processo extremamente lá também é um filho da p***’”, importante. Quando, em 2009, foi contou o petista, ao receber O Ca- aprovada a lei que permitia o auxiense para uma entrevista. Mas, mento do número de vereadores, além de mágoas com manifesta- a Câmara começou a se preparar ções do público, restaram diver- para a nova realidade. Tínhamos gências fortes com alguns colegas. um Legislativo para 21 quando Ao se posicionar contra o aumen- houve o corte no número de veto, Daniel Guerra (PSDB) e Moisés readores e sobraram alguns espaPaese (PDT) receberam um con- ços físicos aqui. A Casa procurou tra-ataque duro – Rodrigo Beltrão ocupá-los para outras finalida(PT), que também votou contra, des, como o Centro de Memória. foi poupado. Os demais vereado- Quando chegou essa nova realires aproveitaram a ocasião para dade (de 23 vereadores), a Câmaquestionar a atuação do tucano e ra percebeu que não teria espaço, do pedetista. Do primeiro, aponta- inclusive de gabinetes, para reram duas assessoras que, segundo ceber essa nova demanda. Para eles, jamais haviam sido vistas na nós todos, era 23 vereadores que Câmara – Guerra apresentou-as Caxias iria ter, ninguém foi interdurante a sessão. Do segundo, pretar juridicamente o que dizia reclamaram das ausências cons- a lei, que era “até 23 vereadores”. tantes, amparadas por atestados Foi feito um ato de assinatura do médicos – Paese disse, também na contrato para construir (a ampliapor RENATO HENRICHS, FELIPE BOFF e ROBIN SITENESKI

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ção da Câmara), todos os jornais e rádios noticiaram. Nós tínhamos a dimensão de que isso tudo estava na cabeça das pessoas.

na Rádio Caxias agradecendo Jaraguá do Sul (SC) por fazer um movimento por menos vereadores e mais médicos, professores. De uma forma muito rápida se deNão houve questionamento na sencadeou um processo, vindo do época? jornal Pioneiro, de contestação até Nada, absolutamente nada. moral dos vereadores, e afunilou o Houve alguns normais, sobre por debate. Aquilo que imaginávamos que íamos construir. votar em setembro Mas nunca houve foi sufocando. Comobilização de al- “Quando meçaram a falar dos guém contrário ao assumi, vereadores e do que aumento do núme- fui cobrado pela faz um vereador. ro de vereadores e imprensa diversas “Greve dos médicos ao prédio. O Paese, é responsabilidade quando assumiu vezes sobre só dos vereadores, (como presidente, quando ia concluir buracos na Rota em 2010), colocou a obra (de do Sol é dos verea primeira pá de ampliação física adores...” Isso tudo areia. Deu entrevista da Câmara)” apertou a discussão. na rampa, dizendo: Achamos que não “meu objetivo é fatinha momento nem zer essa obra para receber 23 ou 25 espaço para fazer uma audiência vereadores. É uma das prioridades pública qualificada. Por que não do meu mandato. E eu acho que dava? Os vereadores iam inflar a vão ser 25 quando o Censo termi- audiência pública com seus denar”. Quando assumi, fui cobrado fensores, os outros também. Ou pela imprensa diversas vezes sobre construíamos uma audiência púquando ia concluir a obra. Não blica fictícia, para nos salvar, ou imaginávamos que iria ter essa não faríamos isso, e as pessoas contestação. De repente, o Ale- condicionadas pelo Pioneiro iam xandre Garcia (jornalista político fazer um debate que já sabíamos o de Brasília) deu aquela entrevista resultado. 13 a 19 de agosto de 2011

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Para “nos salvar” partindo do princípio que os vereadores sairiam desgastados desse episódio? Nos salvar da opinião pública. Poderíamos ficar (desgastados). Poderiam ou saíram? Se, num primeiro momento, parece que desgastou a relação com a comunidade, a Câmara amadureceu no processo. Os vereadores saberão que têm um compromisso muito maior daqui para frente. Temos o dever de mostrar para a sociedade o verdadeiro valor de um vereador, seremos mais fiscalizados pela comunidade. Não acredito nesse desgaste. Acredito, sim, que a opinião popular nesse momento formatou uma imagem dos políticos a nível nacional que é extremamente desfavorável. Em Caxias, acabamos sendo os responsáveis por uma causa que não é bem nossa. Uma questão presente no debate foi a dos gastos. Os próprios vereadores acusaram os que votaram contra de representar os maiores gastos, por omissão ou falta de participação. Como a Câmara vai contornar esse problema, evitar que alguns vereadores alimentem a ideia de que o Legislativo gasta muito? Não dá mais. Ou nós conseguimos – e aí não é a Câmara de

Caxias – criar regras para o setor Precisamos encontrar uma forma político definitivamente, ou vai de fazer essa conta verdadeira, de ser insuportável. Enquanto nós, produtividade. Existe o comproparticipantes da vida política, não misso do grande grupo de vereativermos leis muito parecidas com dores, que trabalha muito, fazendo as que regem todos audiências públicas, os trabalhadores vindo sempre para deste país, a coisa “No caso dele cá, indo aos bairros. vai ficar muito difí- (Guerra), se tem Tem que valorizar cil. Não se concebe assessores que esse aspecto. mais que assessor não têm político não tenha Daniel Guerra teria carga horária, que importância, duas assessoras que tem mais é que vereadores não tenão comparecem à nham compromisso extinguir. Espero Câmara. A Casa veou pelo menos um a demissão rificou isso? controle de sessões dos seus” O que diz a legislae de horários. O que ção é que o vereador estamos tentando tem liberdade para fazer é mudar o que ao longo da contratar, e as assessoras podem história tem sido considerado pre- trabalhar aqui como podem trabasença, que é comparecer somente lhar na rua, não precisam cumprir na ordem do dia (parte da sessão uma carga horária aqui dentro. em que ocorre a discussão de pro- Não tem controle de ponto para jetos). Vereador oportunista par- assessor de político. Eu, que estou ticipa da ordem do dia e ganha a todos os dias aqui dentro, não as efetividade (registro de presença na conhecia. E conheço todos os ousessão). Pretendemos debater pro- tros. Se tu me pedir se tem outros fundamente isso e encontrar uma casos, não sei se estão cumprindo forma de controle moral para al- devidamente a jornada de trabagumas coisas. De forma legal, não lho. No cotidiano, é o único caso tenho como garantir a presença de em que eu não conhecia as assesassessores, por exemplo. Podemos soras. É notório, nem ele negou, fazer alguma coisa no sentido do a Casa sabe que elas não compaconstrangimento, buscando a mo- recem. Ele afirmou que não acha ralidade. Quem não assinar não importante que o assessor compavai sofrer penalidade, mas vai se reça. Por mais que o assessor faça poder averiguar e publicitar isso. trabalhos na rua, aqui é o escritó-

rio do vereador, aqui se atende a população. Não consigo atender da minha casa. Não existe isso de um vereador não comparecer, a não ser que esse mandato seja completamente diferente daquilo que a gente entende sobre política. Do jeito que esse vereador faz, não precisa ter a Câmara de Vereadores. Poderia despachar de casa. Será que ele não está propondo uma nova maneira de fazer o trabalho? Se for isso, não basta falar. Vereador pode protocolar projeto. Se tem outra proposta para o Legislativo, que a coloque para que isso possa ser discutido. Guerra chegou a dizer que vai protocolar projeto para extinguir o cargo de assessor político. Ele faz bem. No caso dele, se tem assessores que não têm importância, tem mais é que extinguir. Eu não quero extinguir meus dois assessores, porque estão me ajudando a fazer um bom trabalho. Um vereador que não acredita nos seus assessores, antes de anunciar que vai propor o projeto, tem que demiti-los. Imediatamente. Eu espero que hoje (quinta-feira, 11), inclusive, ele apresente a demissão dos seus (o que, obviamente, não aconteceu). Na nossa lei, não temos possibilidade hoje de colocar

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Execução 4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 dias. Natureza: Processo de Execução Processo: 010/1.09.0039182-3 (CNJ:.0391821-11.2009.8.21.0010). Exequente: Instituição Comunitária de Crédito da Serra. Executado: Elodi de Fátima Cardoso do Nascimento e outros. Objeto: CITAÇÃO de Elodi de Fátima Cardoso do Nascimento - CPF 521.438.210-34 e Anderson Tiago Cardoso - CPF 997.854.980-34, atualmente em lugar incerto e não sabido, para que paque(m), no PRAZO de TRÊS (03) DIAS, o débito de R$ 1.063,27, em data de 20.10.2009 e demais cominações legais, ou, ficando ciente(s)de que havido o pagamento integral no prazo legal, será reduzida pela metade. Na mesma oportunidade, intimado os executados, para querendo, no prazo legal de QUINZE(15) DIAS, contados da publicação do edital. No prazo dos embargos, reconhecendo o executado o crédito do exequente comprovado o depósito de, no mínimo, 30% (trinta por cento) do valor exequendo, inclusive custas processuais pendentes e honorários advocatícios, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até SEIS (6) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês. Em não fazendo o pagamento, serem-lhe(s) penhorados tantos bens quantos bastem para garantir a execução. Caxias do Sul, 27 de junho e 2011. SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUIZ: Sergio Augustin.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível - 1ª Vara Cível Comarca de Caxias do Sul.

Prazo: 30 (trinta) dias. Natureza: Decleratória. Processo: 010/1.10.0004631-1 (CNJ:.0046311-14.2010.8.21.0010). Autor: Express Restaurantes Empresariais Ltda. Réu: APF Equipamentos e Suprimentos para Informática Ltda e outros. Objeto: citação de APF Equipamentos Suprimentos para Informática Ltda., atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no prazo de quinze (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, a ação, ciente de que, em não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial. Caxias do Sul, 07 de junho de 2011. SERVIDOR: Miriam Buchebuan Lima, Ajudante Substituta. JUIZ: Darlan Élis de Borba e Rocha.

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a obrigatoriedade de permanência (dos assessores) na Câmara. Eu posso é passar nos gabinetes, fazer um levantamento e externar para a opinião pública, dizer que tem vereador que não despacha aqui dentro. Mas, legalmente, não posso responsabilizar esse vereador. Hoje a legislação é frouxa, facilita a vida dos maus políticos. Eu tenho um projeto, que está parado na Câmara, criando livro-ponto para os CCs. Alguns vereadores disseram: “quem é que vai pagar as horas extras? Porque vai dar uma causa trabalhista”. Ora, se alguém trabalhou mais, que se pague hora extra. O que não pode é trabalhar e não ter controle. Tenho outro projeto proibindo que aqueles que têm carteira assinada na iniciativa privada sejam assessores políticos. Qual a mágica para o cara trabalhar em uma empresa particular e ser assessor político? Hoje pode. É uma discrepância. Por que os questionamentos sobre a assiduidade de Moisés Paese vieram à tona apenas na sessão que votou o aumento? Os vereadores sabem das ausências do vereador Paese por verificação diária. No momento de debate acalorado, foram ao setor de Recursos Humanos, porque tudo é registrado. Não tenho como contestar os atestados, não sou médico. A lei diz que tenho que aceitálos. Para contestar isso tem que se abrir um processo administrativo. O senhor acha que houve demagogia na sessão que aprovou o aumento?

rem agora? Vamos. Os grandes partidos, na Cada um faz o seu clima. Vamos minha opinião, serão prejudicapossibilitar que eles continuem dos. PT e PMDB, que nesse mocom todas as condições para o tra- mento tem grandes bancadas, vão balho. Quem não tem condições ter dificuldades grandes para mande fazer relações humanas, de par- tê-las, porque os menores partidos ticipação, também não tem prepa- vão consumir vagas. Isso vai dar ro para ser vereador. Não é possí- um equilíbrio de forças bem intevel que alguém que ressante na hora dos não consiga miniapoios para a próximamente conversar “Os menores ma prefeitura. Muda com seus pares pos- partidos vão completamente a sa ser vereador. Tal- lutar para relação do quadro, vez tenha vereador ter bancada, inclusive da majorique quer diminuir o tária. número porque não colocar mais consegue nem fazer candidaturas. O PT local vai interlocução com os Os grandes aguardar uma deseus. finição do partido partidos serão em Porto Alegre prejudicados” Projetando a próxi(onde poderia ser ma legislatura com vice do PC do B) os números da eleição passada, para escolher candidato? só um partido ganharia bancada, O PT já desencadeou a discuso DEM. são de projeto de candidatura para Eu discordo dessa conta. Na úl- a majoritária. Não se manifestou tima eleição, os partidos fizeram ainda sobre as possibilidades de cálculos e suas composições para coligação. Acho que o partido tem 17 vereadores. Ou seja, fizeram co- que quebrar esse isolamento a que ligações com dois ou três partidos. se submeteu nos últimos anos para Uniu aqui, pegou lá, calculando... voltar a governar Caxias. Precisa Com 23 vereadores, vai mudar quebrar essa hegemonia do outro completamente a composição da lado para ter a possibilidade de gapolítica local. Os menores parti- nhar as eleições. Se o PT de Caxias dos vão lutar para ter uma ban- tiver que esperar o PT de Porto cada. Vão diminuir as coligações, Alegre para tomar decisões, seria colocar mais candidaturas. Isso vai um atraso partidário. Eu não aceipossibilitar que os partidos meno- to isso. Temos que discutir a nossa res comecem a construir, e já estão cidade. construindo, candidaturas para cada um ter sua representatividade Quando o PT vai ter candidato? aqui. E isso oxigena. Eu acho que o PT deve anunciar esse candidato antes do final do Como fica o clima para os vere- Vamos ter mais partidos repre- ano, justamente para prepará-lo adores Paese e Guerra trabalha- sentados na casa? para o debate.

Houve. Respeito demais todos os vereadores. O Guerra, o Paese, o Beltrão. As pessoas têm o direito de discordar. O duro é você apresentar justificativas para não aumentar o número de vereadores que são antagônicas com a sua caminhada. Isso é um absurdo. Como é que você diz “não quero porque vai aumentar em R$ 1,5 milhão as despesas do Município” se em todas as tuas atitudes, inclusive como presidente do Legislativo (referindo-se a Paese), não teve essa preocupação? Esse presidente chamou o substituto (Renato Oliveira, durante licença de saúde de Paese) por 30 dias e pagou os dois salários. E só ontem (quarta-feira) disse para os nobres pares que estava doente. Então, para. Tem que ter um mínimo de coerência. E o vereador Daniel Guerra, que defende um outro tipo de mandato, respeito também. Mas é uma ofensa quando ele não participa pelo menos da sessão. Não acredito que alguém se candidate sem nunca ter lido a Lei Orgânica, que não saiba o significado de ser vereador. Então, não queria ser vereador. Eu me sinto constrangido, triste, quando vejo um vereador ficar 15 minutos na sessão. Ele não valoriza as pequenas comunicações, o grande expediente, as explicações pessoais (espaços regimentais da sessão para outros debates, além dos projetos). Não valoriza as três horas de sessão. Mas, pelo amor de Deus, então não tem finalidade o parlamento.

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Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

Beleza real

Na palestra sobre visagismo, as embaixatrizes aprenderam truques de beleza para externar suas qualidade interiores

25 DIAMANTES BRUTOS E ALGUMAS PÉROLAS

Em uma maratona de aulas para aprender a ser rainha, as embaixatrizes da Festa da Uva descobrem que a aparência não é fundamental, mas ressalta os demais atributos

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por CAROL DE BARBA caroldebarba@ocaxiense.com.br

ual a cor de sombra que tu gosta?”, perguntou o maquiador a uma candidata no início da maratona do pré-concurso da rainha da Festa da Uva. “Qualquer uma. Eu nunca usei”, respondeu a jovem, que hoje gosta de azul e usa maquiagem quase todos os dias. Embora o regulamento não privilegie a beleza – o quesito só conta pontos na reta final, e divide um peso de 30% com outros itens de avaliação –, elas se esforçam para causar boa impressão pela aparência. Emagreceram, mudaram a cor dos cabelos, preencheram falhas entre os dentes e até foram aconselhadas a lixar os caninos. Os outros 70% da nota final, que pontua o conhecimento e o comportamento das candidatas, são avaliados durante todo concurso. “Ter boa conduta, apresentar padrões de comportamento e relacionamento condizentes ao título almejado” é pré-requisito no regulamento. E, para isso, o pré-concurso também oferece aulas práticas e teóricas. A educadora física e professora de Técnica de Passarela e Consciência Corporal Cristina Dall’Agno conhece bem as exigências. Além de ter concorrido em

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1984 – ano em que Marisa Dotti foi eleita –, ela trabalha há nove edições na preparação das embaixatrizes. Além de coreografar os eventos, Cristina dá uma breve lição de Anatomia, corrige vícios de postura e ensina “passo a passo” como caminhar, “na teoria e na prática”. “Prender o abdômen, deixar o pescoço comprido, abrir os ombros, soltar os braços”, descreve. A professora ministrou uma palestra durante o pré-concurso e vê as candidatas em ensaios antes dos compromissos oficiais. Com pouco tempo para tanto conteúdo, Cristina procura corrigir as falhas de cada uma individualmente. “A maneira como movimentam as pernas, os braços, a posição da cabeça, a velocidade. Algumas são acostumadas a parar de um modo que não fica bem, eu vejo isso”, explica. A evolução – fora fatores externos, como sapato apertado, nervosismo na hora do desfile – é evidente. “Toda a preparação é uma aula de vida. Começam a ficar mais elegantes, cuidadosas, apuram o jeito de ser, de vestir”, comenta. Cristina confia que as novas atitudes se incorporem aos hábitos diários das embaixatrizes, pois mesmo não se classificando no trio de soberanas elas têm a imagem exposta para a população. “Têm que ter os mínimos detalhes

apurados. Não adianta ser boni- também deve ser gentil, delicada, ta e não saber se portar”, afirma a usar as “palavras mágicas” – por professora – como se o contrário favor, com licença e obrigada – e adiantasse. “Elas devem ser verda- respeitar os mais velhos. “A boa deiras ladies.” educação manda, quando não se Transformar jovens comuns em conhece alguém chamar, sempre damas é a especialidade de Regyna por senhor e senhora. O ‘tu’ é muiGazzola, autora do livro Etique- to íntimo e só deve ser usado se ta entre Contos e a pessoa permitir”, Crônicas. A profesaconselha. Ter boas sora de Comportamaneiras não é sumento Social, que “Não adianta ficiente, também é também palestrou ser bonita e preciso demonstrar no pré-concurso, não saber se conhecimento. Para presta consultoria portar. Elas Regyna, moças uniparticular para duas devem ser versitárias devem ter candidatas. Além de noção de literatura. dar aulas de como se verdadeiras “Que elas saibam ladies”, avalia vestir em cada ocadiferenciar conto de sião – o que o uso do Cristina crônica e citar pelo uniforme de embai- Dall’Agno menos um ou dois xatriz dispensaria –, clássicos da literatuRegyna educa para ra brasileira”, exige a os relacionamentos interpessoais, professora, que também ensina a sociais e familiares e dá aulas de falar o português correto. comportamento à mesa, simpatia e As aulas de comportamento não cordialidade. Ela também trabalha ignoram a preocupação com a o desembaraço diante do público e aparência. Para Regyna, a boa audá dicas para evitar situações em- toestima também depende do cabaraçosas. “Começar uma conver- pricho com os cuidados pessoais. sação evitando gírias e palavrões” “Não podem sair relaxadas nem é exercício básico. pintadas demais, para que os ou“Para saudar alguém ou num pe- tros as achem elegantes exatamenqueno discurso, é preciso que a fala te pela moderação, pela maneira tenha introdução, núcleo e agrade- graciosa e elegante de conversar, cimento final”, explica a professo- pela educação”, aconselha. Segunra. Segundo a consultora, a jovem do Regyna, esses conhecimentos

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são de extremo valor, já que nem todas as jovens tiveram o privilégio de uma “educação de berço mais completa”. “É um aprimoramento social e cultural que vai ajudar muito no decorrer da vida. Pode gerar uma mudança total de postura. As pessoas notam a menina mais elegante e educada, com mais glamour e charme”, avalia. Na rotina das soberanas, aplicar as regras da etiqueta se torna fundamental. “Elas poderão ajudar Caxias a atravessar fronteiras com habilidade, gentileza e facilidade de comunicação”, diz. A responsável por aprimorar a expressividade das candidatas é a fonoaudióloga Clarissa Pedrotti. Os temas de sua palestra foram voz, dicção, entonação e elegância do discurso, comunicação verbal e não verbal, cuidado com o vocabulário e articulação da fala. Clarissa trabalhou necessidades específicas do grupo – ensinou às mais novas que a simpatia não está apenas no sorriso. “Se falam no diminutivo, sorriem demais e agudizam a voz, se tornam infantilizadas, demonstram imaturidade.” A principal atividade focou-se na maior dificuldade das candidatas: organizar o discurso. Como se apresentar e iniciar uma conversação – chamando ao interlocutor pelo nome –, se impor sem arrogância nem prolixidade, mostrar

que entende do assunto e se despedir agradecendo a oportunidade – especialmente à mídia. Conforme a fonoaudióloga, muitas dominam o assunto que precisavam falar, mas não conseguiam denotar conhecimento. “Isso será importante quando enfrentarem os jurados”, alerta. Mostrar que sabe é tão importante quanto saber. E Clarissa também ensina a ocultar o que não convém ser mostrado. “O nervosismo é natural nesses casos. O que irá diferenciar é como escondem”, revela. Clarissa percebe, na reta final do pré-concurso, a transformação das candidatas. “Elas estão conscientes do que representam e isso transparece nos eventos, na maneira como se portam não só quando estão em programação oficial, mas no dia a dia até.” E os hábitos contemporâneos, por contraste, reforçam o brilho da realeza. “Existe um diferencial nessa postura de soberana do que é comum no nosso tempo, em que tudo é tão informal”, diz Clarissa. Jefferson Hoffmann e Daniel Carvalho não dão aulas de comportamento nem de cultura, mas é o trabalho deles que se vê primeiro em cada candidata. Os cabeleireiros e maquiadores são responsáveis por aplicar o visagismo às embaixatrizes e, futuramente, ao trio de soberanas. A es-

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sência desse conceito é criar uma resistente no início. Mas não quiimagem pessoal que revele as qua- semos ceder ao estigma pinheiro lidades interiores da pessoa, base- de natal, que normalmente é asada nas características físicas, nos sociado às soberanas”, defende-se princípios da linguagem visual e Daniel. Os profissionais argumentendo como suporte a maquiagem, tam que, ao contrário dos conceio corte, a coloração e o penteado tos de soberania e realeza que as dos cabelos, entre outros recursos meninas atribuem ao penteado, estéticos. O objetivo da dupla é o topete transmite negatividade deixar que as candi– tanto que usa-se a datas se destaquem expressão topetudo por outros aspectos “Elas poderão para definir o indivíe não só pela apa- ajudar Caxias duo arrogante e prerência. Foram elabopotente. “Tivemos a atravessar rados croquis de begratas surpresas. As leza que atendessem fronteiras com menos favorecidas os objetivos de cada habilidade, são as que captam ocasião. No jantar gentileza e mais, aquelas que de apresentação, por facilidade de não têm nada a perexemplo, quando as der”, avalia Jefferson comunicação”, embaixatrizes usasobre a evolução das diz Regyna vam vestidos colocandidatas. De acorridos, com modelado com eles, há megem que valorizava ninas que só pensam as costas, os profissionais optaram na concorrência entre elas mespor rabo de cavalo e pouca cor na mas, como mulheres comuns, e há maquiagem. “Não queríamos que as que se entregaram realmente à elas estivessem estonteantes. Que- Festa, como rainhas. Essas, além ríamos que as pessoas pudessem da aparência e da atitude, mudam ver o rosto delas, observassem-nas até seus conceitos e seus discursos, e prestassem atenção no que esta- e falam com propriedade e carivam falando”, explica Jefferson. O nho sobre o significado de ser socabelo preso também foi opção berana. Para Daniel, o rumo que o para as primeiras fotos oficiais visagismo tomou fez com que elas e a decisão de eliminar o topete descobrissem outras possibilidacausou polêmica, especialmen- des não só na maneira de se arrute, entre as próprias candidatas. mar. “Ser o que verdadeiramente “Encontramos um grupo bastante são, sem a bengala da beleza.”

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Maurício Concatto/O Caxiense

Insegurança

Desocupado no início deste ano, prédio que irá se transformar em uma academia para os guardas sofre com destruição de janelas e pichação

A Guarda que não guarda

nem a si própria

Com 32 agentes por turno para vigiar 42 UBSs, 85 escolas e 212 prédios, além de praças e parques, órgão sofre o constrangimento de ter os próprios imóveis atingidos por vândalos

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por JOSÉ EDUARDO COUTELLE jeduardo.coutelle@ocaxiense.com.br

pequeno prédio azul de um piso próximo à quadra de basquete do Parque dos Macaquinhos se tornou nos últimos meses um indesejado monumento à ineficiência da Guarda Municipal. Desocupado no começo deste ano, o imóvel apresenta sujeira na área interna, pichações na parede e danificações das janelas, igual a tantos outros espalhados por áreas públicas que deveriam ser guarnecidas por ela. Mas o local virou um ícone do descaso por um detalhe: ele pertence à própria corporação, que pretende transformá-lo em uma academia depois de usá-lo por anos como sede principal. Se a Guarda Municipal fracassa até em proteger seu próprio patrimônio, não é difícil imaginar sua atuação nas 42 Unidades Básicas de Saúde, nas 85 escolas municipais e nos 212 prédios municipais, além de outros espaços públicos. Basta uma visita a dois dos princi-

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pais parques da cidade para comprovar a ausência dos agentes. O Caxiense percorreu o Macaquinhos e o Cinquentenário na manhã de quarta-feira (10) sem cruzar com servidores. Usuários confirmam a baixa frequência da Guarda nesses locais. Representante comercial e estudante do curso de Administração e Marketing, Gabriele Lazzaretti, 24 anos, aproveita os momentos de folga do trabalho no final das manhãs, para se exercitar no Cinquentenário. Preocupa-se com a segurança. “Dificilmente vejo um guarda”, diz a jovem, enquanto usa um simulador de caminhadas na quarta-feira. No Macaquinhos, Douglas Schuc, 20 anos, universitário e gerente de uma pizzaria, observa a escassez de servidores da corporação. Nas manhãs sem chuva, aproveita a pista do parque para correr. Ele se surpreende com o abandono do local que deveria abrigar a guarita da Guarda. “Está

tudo depredado. Tem até mendi- Cinquentenário no começo de jugos dormindo lá dentro”, constata. lho. Ela contou à Polícia Civil que, O estudante cobra maior presença quando resolveu usar o banheiro da Guarda. “A fiscalização é sim- público, percebeu que um homem plesmente péssima. Nunca vejo a observava e tentou fugir. Conforviaturas fazendo ronda”, relata. me a garota, o rapaz a arrastou até Essa é a mesma percepção do a escada giratória e cometeu o crirepresentante come. O investigador mercial Hermes Paulo César Pereira Balico, 61 anos. Ele “A fiscalização conta que a Deleé simplesmente costuma se deslocar gacia de Proteção à diariamente de casa péssima. Nunca Criança e ao Adolesno Bairro Pio X até vejo viaturas cente (DPCA) tenta o Exposição há três identificar suspeitos. anos. “Noto só os fazendo ronda”, Diante da reperfumeiros (usuários relata Douglas, cussão do caso, o de maconha), mas frequentador diretor-geral da nunca os vi inco- do Parque dos Secretaria de Semodarem ninguém”, Macaquinhos gurança Pública e afirma. Proteção Social, José A ausência de Francisco Barden da guardas favorece não só a des- Rosa, comprometeu-se em mantruição do patrimônio público ter a Guarda Municipal de forma como também crimes mais gra- permanente no parque entre as 6h ves, embora não seja sua função e as 20h, período em que ele fica primordial combatê-los. No caso aberto. A ronda de O Caxiense e de maior repercussão nos últimos o relato dos frequentadores mosmeses, uma adolescente de 13 anos tram que a promessa caiu no esrelata ter sofrido um estupro no quecimento.

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A situação dos parques é o reflexo de um processo de diminuição no quadro de pessoal nos últimos anos. Desde 2008, o órgão perdeu 11,5% do seu grupo com a saída de 21 servidores. Outros 16 homens devem se desligar do Município até 2012 para ocupar outros cargos ou para começar a aposentadoria. A Guarda Municipal conta hoje com 161 servidores, o menor número em pelo menos cinco anos. Segundo entidades ligadas ao setor, Caxias do Sul precisaria de um efetivo quase três vezes maior – o ideal é um agente para cada mil habitantes. “Estamos fazendo milagre”, desabafa o diretor da Guarda, Sebastião Freitas da Silva. A situação se torna ainda mais inquietante porque nem todos os guardas trabalham na linha de frente. Do total, 11 ficam no setor administrativo e outros 21 estão em férias ou licença, o que significa a atuação de 32 agentes por turno. Com a escassez, a Guarda dá prioridade à fiscalização permanente de locais como a prefeitura, secretarias de Obras e Transportes – onde ficam parte do maquinário e veículos municipais –, Pronto Atendimento 24h, Caps Reviver e Aeroporto. Os demais pontos têm monitoramento por rondas, realizadas em oito viaturas e duas motos. A Secretaria da Segurança Pública do Município minimiza a escassez de servidores. “A Guarda tem cumprido satisfatoriamente sua função. Eventualmente existe algum furto em escola, danos ao patrimônio. Mas é dano de metrópole. Grandes cidades têm grandes problemas”, diz Barden.

as públicas, a corporação ainda tem outras duas outras responsabilidades. Uma delas são as atividades preventivas, com guardas envolvidos em projetos sociais de prevenção à violência, o que contribui para reduzir os ataques ao patrimônio público. A segunda é o acompanhamento da fiscalização municipal, como determina lei de 1997. Nos últimos dias, por exemplo, a corporação acompanha servidores da Secretaria de Urbanismo, que fazem cerco aos vendedores ambulantes no Centro. Conforme o gerente de fiscalização da secretaria, Rodrigo Lazzarotto, a participação dos guardas passou a ser necessária após o ataque de ambulantes contra fiscais. Na manhã de quarta-feira (10), oito agentes com três viaturas auxiliavam no trabalho para conter a atuação de seis ambulantes que comercializavam ilegalmente carteiras e cintos de couro, redes e CDs piratas. Um dos suspeitos tentou romper a barreira e levou uma descarga elétrica da arma Taser. Segundo Sebastião, a Guarda efetua uma média mensal de 40 disparos com esse armamento – um indicador que já foi maior nos primeiros meses de uso, a partir de 2008. “Se usava mais porque as pessoas não acreditavam no efeito da Taser”, afirma.

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Para melhorar o trabalho de vigilância, a Guarda Municipal espera se armar ainda mais. Ela se prepara há três anos para voltar a utilizar os tradicionais revólveres e pistolas de fogo – a corporação tinha autorização para usá-los antes de entrar em vigor o Estatuto do Desarmamento, em dezembro Como se já não tivesse bas- de 2003. Todos os agentes já pastante trabalho em proteger as áre- saram por cursos de treinamento,

além de exame psicotécnico, mas o dade passou a ser outra. Conforme órgão ainda precisa de autorização levantamento realizado em 2010, da Polícia Federal, o que deve sair mais de 60% da corporação tinha nos próximos dias. “É questão de ensino médio completo. Com essa aguardar a vinda de um dos ins- mudança de perfil, os servidores trutores da PF”, diz o diretor-geral começaram a reivindicar o salário da Secretaria de Segurança. de padrão 10 (que exige Ensino Depois de ganhar a licença, Bar- Básico completo), o que significaden explica que a ria um rendimento Guarda ainda precide R$ 1.891. sa comprar as armas “Estamos fazendo Essa é uma luta – o governo federal milagre”, desabafa complicada. O seliberou recurso para o diretor da cretário de Recursos 15 pistolas e 15 re- Guarda, Sebastião Humanos e Logístivólveres ainda em ca, Edson João Adamaio. “O comércio Freitas da Silva, mi Mano, afirma de armas de fogo é sobre o aumento que um parecer do bem restritivo. En- do déficit de Tribunal de Contas caminhamos a soli- servidores na do Município elimicitação para o Exér- corporação nou qualquer possicito. O controle é bilidade de se alterar feito pelos órgãos de o atual padrão. Ensegurança. O processo licitatório quanto a proposta não tem andasó pode ser aberto com a autoriza- mento, o Sindicato dos Servidores ção”, justifica. Municipais (Sindiserv) luta para que pelo menos seja aumentado A Secretaria da Segurança de 50% para 150% o percentual de reconhece, porém, que não basta risco de vida sobre o vencimentobotar arma de fogo nas mãos dos base. “Isto é uma medida paliativa servidores para atacar a ineficiên- para tentar igualar o padrão salacia da Guarda Municipal. A pre- rial”, explica o presidente da entifeitura prepara um concurso com dade, João Dorlan da Silva. a intenção de contratar 50 novos Em meio à indefinição salarial e guardas, mas as provas só devem do quadro de servidores, a prefeisair depois da conclusão de uma tura tenta amenizar a má situação arrastada negociação: o reajuste da Guarda Municipal com investinos rendimentos salariais. mento na estrutura. O Município Membro do Conselho da Guar- abriu licitação para comprar, com da Municipal e agente há 13 anos, verba federal, novos veículos – Jairo Simão Lima Jacobsen, 42 quatro caminhonetes, uma perua, anos, conta que a principal reivin- duas vans e um micro-ônibus. dicação é a adequação do padrão Também promoveu a mudança da salarial. Os servidores da Guarda Guarda do prédio no Parque dos recebem salário de padrão 2, algo Macaquinhos – aquele que agoem torno de R$ 959. Isso porque ra virou alvo de vândalos – para levava em conta que os antigos vi- uma sede mais ampla na Rua 20 gilantes do Município, incorpora- de Setembro, com vestiários, salas dos à Guarda, tinham como nível individuais para diretores e espaço de estudo o ensino fundamental para reuniões, entre outros amincompleto. Após 14 anos, a reali- bientes.

Com o menor efetivo desde 2006, Caxias conta com 161 agentes para proteger o patrimônio municipal. Precisaria quase três vezes mais

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Guia de Cultura

Projeto Cinema, Divulgação/ O Caxiense

por Gesiele Lordes | guiadecultura@ocaxiense.com.br

Em Super 8, a brincadeira de fazer um filme desanda depois que jovens gravam um acidente real

CINEMA l Super 8 | Ficção científica. 14h30, 16h45, 19h15 e 22h | GNC O longa de J. J. Abrams gira em torno da brincadeira de seis amigos que, equipados com uma câmera Super 8, resolvem gravar um filme. No entanto, a partir de uma noite daquele verão de 1979, quando a turma consegue filmar uma colisão real entre um caminhão e um trem, situações alarmantes passam a acontecer com a população de Ohio. O Exército tenta encobrir a verdadeira origem dos fatos, mas os seis amigos já sabiam que tudo havia começado naquele acidente. E o que

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no início era uma brincadeira co- que ficar no papel. Por motivos meça a ficar assustador. judiciais, o personagem precisou ser substituído no filme por um l Dylan Dog e as Criaturas novo coadjuvante, batizado de da Noite | Suspense. 15h40, Marcus. Jamais poderá ter a mes19h45 e 22h10 | GNC ma graça. Na trama, Dylan Dog Quem pensava que histórias luta contra seres sobrenaturais ao com lobisomens e afins não ren- investigar a morte do pai de uma diam mais para as telonas, se bela moça. enganou. Mas esta já surge baseada em um sucesso estrangeiro. Ainda em cartaz: Não se preoUma das estrelas da tradicional cupe, nada vai dar certo. Coméeditoria italiana Bonelli – mais dia. 14h20, 16h45, 19h10 , 21h15. conhecida por publicar o faro- GNC | Harry Potter e as Relíeste Tex –, o detetive criado por quias da Morte: Parte 2. AvenTiziano Sclavi nas histórias em tura. 19h20 e 22h (leg.). GNC | quadrinhos agora leva seus ami- Os Smurfs. Animação. 13h50 gos bizarros para uma aventura ,16h15,18h30, 20h45 (dub.) e cinematográfica. Uma pena que 13h20 e 16h (3D dub.). GNC | o inseparável companheiro de Capitão América- O Primeiro Dylan Dog, Groucho – encar- Vingador. Aventura. 14H, 16h30 nação fiel do célebre humorista ,19h e 21h30 (dub.); 18h45 (3D americano Groucho Marx –, teve dub.); 21h40 (3D leg.). GNC |

Os Pinguins do Papai. Comédia. 13h40 , 15h40 ,17h30 (leg.); 18h45 (3D dub.); 21h40 (3D leg.). GNC | Assalto ao Banco Central. Ação. 15h30, 17h40, 21h50. GNC | Cilada.com. Comédia. 13H30 e 19h50. GNC | Carros 2. Animação. 16h.UCS | Transformers - O Lado Oculto da Lua.19h. UCS. INGRESSOS - GNC: Segunda, quarta e quinta (exceto feriados): R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 16 (inteira), R$ 13 (Movie Club Preferencial) e R$ 8 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sê-

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nior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316.

MÚSICA l Velhas Virgens | Domingo, às 20h30 Apesar do nome, o grupo não é nem um pouco conservador. O “Velhas” talvez até se enquadre um pouco com o perfil, já que a banda está completado 25 anos de muito rock. Conhecida com uma das melhores bandas independentes do Brasil, a Velhas Virgens comemora seu aniversário com os caxienses. Vagão Classic 1º lote: R$ 25; 2º lote: R$ 30; 3º lote: R$ 35; Na hora: R$ 40 | À venda na Hamburgueria Jaime Rocha, Black Label Tattoo e RockArt | Av. Jílio de Castilhos, 1.343 | 3223-0616 Recomenda l Recitais pamPianos | Domingo, às 20h Olinda Alessandrini vai conduzir uma noite de homenagem aos maiores compositores da música brasileira. Seu repertório será uma mistura de clássicos nacionais que estouraram entre o período do Barroco até os nossos dias. Quem for prestigiar o espetáculo, além de se deleitar com boa música, ainda vai contribuir com o Programa Mesa Brasil. Sesc 1 quilo de alimento (destinado ao Programa Mesa Brasil) | Moreira César, 2.462, Centro | 3221-5233 l Humanish | Quarta (17), às 21h A banda de Curitiba visita Caxias do Sul em uma turnê que passa por 12 cidades da região Sul em 10 dias. O grupo, com estilo baseado no som nacional dos anos 70, conta com o apoio do coletivo ManiFestaSol – Movimentação Cultural. Aristos London House R$ 7 | Av. Júlio de Castilhos, 1.677 | 3221-2679 Também tocando - Sábado: Disco e Moby Dick. Rock e soul. 23h30. Bukus Anexo. 32153987 | Balada do Beijo, com Mulher Melão. Funk. 23h59. Move. 3214-1805| Fine e Os Canalhas. Rock. 0h30. Vagão Classic. 32230616 | Pietro Ferreti e Bico Fino. Samba Rock. Bier Haus. 32216769 | Ernesto Nunes e Grupo Pátria e Querência. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Jamur Bettoni e Titi Branchi. Eletrônica. 23h. La Barra. 3028-0406

| Infrene. 21h. Pop rock. Portal Bowling. 3220-5758 | Dj Eddie M. Eletrônica. 23h. Havana. 3224-6619 | Banda Sextaneja. Sertaneja. 23h30. Arena. 30213145 | Camila e Bruno. De pop universitário a axé. Zarabatana. 3218-6192 | Domingo: Pagode Júnior. Pagode. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Terça: Flávio Ozelame Trio. Rock. 21h30. Mississippi. 3028-6149 | Quarta (17): Maurício e Daniel. Tradicionalista. 21h. Paiol. 3213-1774| HardRockers. Rock. 22h30. Mississipi. 3028-6149 | Quinta (18): Luciano Maia e Grupo Macuco. Tradicionalista. 23h. Paiol. 32131774 | Décio Caetano. Blues. 22h. Mississipi. 3028-6149 | Bando Sertanejo. Sertanejo Universitário. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Sexta (19): Grupo Pátria e Querência. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Dan Ferreti. Samba Rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Chuvarada e Garoinha. Sertanejo. 23h. Xerife Country Bar. 3025-4971.

TEATRO l Sexo, Amor e Rosas | Domingo, às 20h Comandado pelo Gaúcho Eliseu, o espetáculo promete espantar o tédio típico dos domingos. A apresentação vai mostrar uma pesquisa feita de um modo nem um pouco convencional. O resultado dessa pesquisa está guardado com o companheiro do Gaúcho Eliseu, o Bixo da Jaquirana, que, segundo a dupla, só poderá ser visto por uma pessoa da plateia, em função de sua aparência traumatizante. Teatro São Carlos R$ 30, R$ 20 (antecipado) e R$ 15 (estudantes) | Feijó Júnior, 778, 2º andar | 3221-6387 Recomenda l Noite de Bonecos - Le Estorie de Nanneto Pipetta O Retorno | Domingo (14), às 20h O auge do sucesso de Nanneto Pipetta foi em 1924 e 1925, quando era personagem principal de um folhetim publicado no extinto jornal caxiense Stafetta Riograndense. Criado pelo Frei Aquiles Bernard, representa o italiano que imigrou para o sul do Brasil. Em homenagem a essa figura tão expressiva para sua cultura, Caxias do Sul ergueu em 2006 uma estátua de Nanneto Pipetta no Parque de Eventos da Festa da Uva. O show de bonecos promete arrancar muitas gargalhadas de quem se depara com a tradição italiana todos os dias. Uma história para gringo nenhum colocar defeito! Ordovás R$ 20, R$ 15 (antecipado) e R$ 10 (idosos e estudantes). À venda

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nas Massas Adelina e nas livrarias do Maneco e Do arco-da-velha | Empresas e escolas podem contratar pacotes promocionais. Informações pelos fones 3901-1316 e 8403-2760 | Luiz Antunes, 312, Panazzolo | 3218- 6192

CURSO l Workshop de Dança Contemporânea/Improvisação | Sábado e domingo, das 10h às 13h e das 14h às 17h Este final de semana será dançante. O bailarino e coreógrafo Evandro Pedroni realiza curso de dança contemporânea para iniciantes. Pedroni já estudou dança na escola S.E.A.D, uma das mais conceituadas da Áustria. Assim como seu estudo no exterior, o workshop é financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, em parceria com algumas entidades privadas, e tem apoio da Unidade de Dança de Caxias do Sul. Cia. Municipal de Dança As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através na Sede de Unidade de Dança da Secretaria da Cultura ou pelo e-mail unidadededanca@caxias.rs.gov.br. Vagas limitadas | Cia. Municipal: Luiz Antunes, 312, Panazzolo | 3218-6192

FESTA DA UVA

EXPOSIÇÃO

Museu Municipal Entrada gra- Salão de Beleza Iza tuita | Visconde de Pelotas, 586, Entrada franca | Os Dezoito do Centro, 3221-2423 Forte, 1420, Centro, 3223-7209 l Semana da Fotografia | De 15 a 19 de agosto Durante esta semana, Caxias do Sul ficará mais bonita. A IV Semana da Fotografia irá exibir as imagens produzidas pelos alunos da UCS nas disciplinas de Fotografia da Moda e Fotografia da Natureza. O evento é promovido pela Secretária da Cultura em parceria com a UCS, a FSG, Sala de Fotografia, Clube do Fotógrafo e da Associação dos Amigos da Memória e do Patrimônio Cultural. A inauguração doi evento acontece simultaneamente, às 20h do dia 15, nos dois maiores shoppings da cidade. No Iguatemi, a agitação do centro comercial dará espaço à exposição Natureza. Já, no San Pelegrino, a ExpoModa irá exibir as imagens da moda de um jeito irreverente. Quem estava esperando a inauguração do cinema, já tem um bom motivo para ir ao shopping.

l Arte em Xeque | De 10 de agosto a 2 de setembro, de segunda a sexta, das 8h às 22h30 O Atelier de Arte Plano B de Porto Alegre expõe no hall inferior do Campus 8 da UCS a mostra de obras produzidas por 190 artistas. A exposição reúne arte de todos os tipos: fotografias, desenhos, colagens e até origamis. UCS – Campus 8 Entrada franca | ERS 122, Km 69 | 3289-9000 l 1ª Exposição Arte em Macramê | De 15 a 30 de agosto, l Lições de um jovem fotó- de segunda a sábado, das 9h às grafo- Retrospectiva Foto- 18h30 gráfica de Walter Brugger Em 2006, durante a Festa da | De 15 de agosto a 17 de setem- Uva, a artesã Ana Marchioretto bro, de terça a sábado, das 09h às presenteou Marisa Lula da Silva 17h com um xale. A primeira-dama A exposição do Clube do Fo- usou o presente em uma encontógrafo homenageia ao fotógrafo tro com a Rainha Elizabeth II. A Walter Brugger. As obras repre- partir do dia 15, ela apresenta no sentam um passeio pela vida de Salão de Beleza Iza outras peças Brugger, com destaque para as menos famosas mas não menos fotografias que já renderam prê- interessantes. Uma maneira de mios e as mais marcantes desde divulgar uma arte antiga, porém que ele entrou para o Clube. pouco reconhecida.

l Nosso Olhar - Visão do Clube do Fotógrafo sobre Caxias do Sul | De 17 de agosto a 10 de setembro, das 09h às 19h,sábados das 15h às 19h A mostra é uma seleção das melhores imagens de 40 associados do Clube do Fotógrafo, que retratam áreas urbanas e rurais do município. Sala de Exposições do Ordovás Entrada gratuita | Luiz Antunes, 312, Panazzolo, 3218-6192. l Linha de Partida- Gravura de Iberê Camargo | De segunda a sexta-feira, das 09h às 19h, e sábado, das 15h às 19h A mostra é uma seleção de obras produzidas a partir da década de 40 até os últimos dias da vida de Iberê Camargo. O artista gaúcho reservou toda a sua vida à arte e deixou um acervo de quase 7 mil trabalhos. Galeria do Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312, Panazzolo | 3218-6192. Ainda em exposição Aves do Sul. Fotografia. Cristiano Dalla Rosa. UCS. (54)32182100 | Imagens São Lugares. Fotografia. Adriane Hernandez. De segunda a sexta, das 8h às 22h30. Campus 8. 3289-9000 | Olhos nos Olhos. Pintura. Rafael Dambros. De segunda a sábado, das 10h às 19h30, e domingo, das 16h às 19h. Catna Café. 32127348 | Sublimação. Acrílico e colagem. Dalva Belló. De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h. Galeria Municipal. 3221-3697 Diego Bertoldi, Divulgação/ O Caxiense

l Corso Alegórico da Festa da Uva 2012 | Inscrições até 30 de setembro Já estão abertas as inscrições para desfilar no Corso Alegórico da Festa da Uva como figurante.

Ao todo, o evento terá oito desfiles, todos com início às 20h30. Os interessados deverão ter disponibilidade durante todo o evento. As inscrições de menores de 18 anos devem ser feitas pelos pais ou responsáveis. Crianças menores de 12 anos deverão desfilar acompanhadas. A ficha de inscrição está disponível no site www.festanacionaldauva.com.br e devem ser entregues no Ordovás, em horário comercial ou podem ser enviadas através do e-mail desfile@festanacionaldauva.com.br.

Exposição de alunos da UCS no San Pelegrino Shopping Mall mostra a moda de um ponto de vista irreverente

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Mônia Canalli, Divulgação/O Caxiense

Mercado aquecido

Aliada à escassez de mão de obra, pressão sindical contribuiu para aumento real de quase 10% nos rendimentos em cinco anos

O custo

Caxias O

por Robin Siteneski robin.siteneski@ocaxiense.com.br

s ventos da economia que empurram a indústria caxiense rumo ao crescimento nos últimos anos são os mesmos que ameaçam estagnála em um banco de areia ou fazê-la mudar de direção. O aumento da demanda acima da capacidade do município de treinar mão de obra fez com que os salários subissem. Segundo o Observatório do Trabalho da UCS, o rendimento médio nas fábricas passou de R$ 1.671,05 (valor corrigido) em 2005 para R$ 1.813,11 em 2010. Para o trabalhador, é uma boa notícia: não bastasse ganhar mais, ainda chega a trocar de emprego por ofertas melhores. A economia local também comemora por ter a esperança de ver o caixa ainda mais cheio com a circulação maior de dinheiro. Mas as entidades patronais ficam apreensivas: temem que o aumento dos salários colabore para que a balança comece a pesar para o ponto em que as demissões sejam a forma mais vantajosa de seguir fazendo negócios. O setor metalúrgico caxiense, o principal empregador da indústria, figura entre os que pagam os salários mais altos para trabalhadores da produção em comparação a polos semelhantes. A remuneração média é de R$ 1.706,66, atrás de Guarulhos (R$ 1.817,28) e São Bernardo do Campo (R$ 2.772,33), mas à frente de Curitiba (1.559,10), São Paulo (1.552,27) e Canoas (R$ 1.496,55) segundo dados do Dieese de 2010. A diferen-

Aumento dos salários acima da inflação e outras dificuldades locais levam a indústria caxiense a repensar investimentos e procurar alternativas fora da cidade para manter os lucros

ça, reclama o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Getúlio Fonseca, é que Caxias apresenta custos adicionais em relação a essas cidades. “Na indústria automotiva pesada, o custo da médio da mão de obra fica em torno de 24% a 25% do valor do produto final. Se somarmos esse custo ao da logística – estamos no Sul do país, longe dos centros consumidores – e ao da carga tributária, inviabiliza qualquer negócio”, sentencia. A munição do presidente do Simecs está voltada ao Sindicato dos Metalúrgicos. Ele reclama que os dissídios têm fechado acima da inflação, embora ele reconheça a qualidade da mão de obra local. O vice-presidente do sindicato dos trabalhadores, Leandro Velho, concorda que a força de trabalho local tem custo acima da média, mas pondera: “Se comparar com o Estado, a mão de obra é cara. Mas estamos falando do segundo polo metal-mecânico do país e ainda estamos atrás de alguns centros em termos de salários”. Para Leandro, os dissídios dos últimos anos têm sido bons porque a região tem a melhor mão de obra e porque as empresas lucraram mais. Depois da campanha pelo dissídio do Sindicato dos Metalúrgicos, foi a vez de os patrões se mobilizarem. O Simecs faz apelos publicitários para conter a rotatividade nas empresas. O representante dos metalúrgicos reconhece a situação. Segundo Leandro, são comuns os

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relatos de trabalhadores que trocam de empresa por melhores salários, além do crescimento no número de empregados de outras cidades transportados pelas companhias para trabalhar em Caxias do Sul.

Atenta às oportunidades para reduzir os custos do município e às dificuldades em achar trabalhadores, a Randon está criando 350 empregos em Resende (RJ) para fabricar componentes atualmente feitos em Caxias do Sul. O diretor executivo de administração e A dificuldade em encontrar finanças do Grupo Randon, Luis mão de obra abre espaço até para Antônio Oselame, afirma que uma profissionais tradicionalmente alternativa para enfrentar o aumenos valorizados. Segundo pes- mento do valor da mão de obra no quisa da Associação Serrana de município seria diminuir os tribuRecursos Humanos tos. O executivo cri(ARH Serrana), entica a recém-anuntre junho de 2010 e “Estamos falando ciada desoneração maio de 2011, houve do segundo polo da folha por parte um incremento de metal-mecânico do governo federal, 3% no número de do país e ainda chamada de Plano trabalhadores com Brasil Maior, dizenmenos de 22 anos e estamos atrás de do que a União vai acima dos 50. O le- alguns centros tirar de alguns imvantamento foi feito em termos de postos para cobrar junto a 117 empresas salários”, diz em outros. principalmente do sindicalista A perspectiva para nordeste do Estado. Oselame e outros Segundo Fernando empresários caxienGuerra, diretor do departamento ses não muda nem mesmo com o de pesquisas da ARH Serrana, o pânico nas bolsas, motivado pela número revela a tendência de as instabilidade nos Estados Unidos empresas de Caxias e municípios e na Europa. Os patrões esperam vizinhos contratarem empregados que o barco da economia nacional nessas duas faixas etárias, apesar navegue sem enfrentar marolas de o percentual ainda não ser sig- ou tempestades, o que significa a nificativo. manutenção do atual momento: Diretor de recursos humanos da leilões de salário e melhorias em Intral, Guerra associa o aqueci- planos de carreira para manter mento do mercado à dificuldade funcionários, busca de empregaque encontra para contratar três dos em cidades próximas e amtécnicos de eletrônica. As vagas pliação dos treinamentos. Serão estão abertas há quatro meses. “Só menos motivos para os trabalhanão pedimos para o padre anun- dores, aqueles que içam as velas da ciar depois da missa de domingo indústria, reclamar – deixando a ainda, o resto já fizemos”, brinca. insatisfação com os patrões. 13 a 19 de agosto de 2011

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Maurício Concatto/O Caxiense

O teste da vocação

O Seminário Menor, que já teve 200 internos, hoje abriga 20. O Seminário Maior, mais novo, foi planejado para 30 alunos, mas só tem nove

O ESPÍRITO JOVEM

DA IGREJA N

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por CAMILA CARDOSO BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br

o silêncio contemplativo que envolve o imponente prédio do Seminário Menor Nossa Senhora de Aparecida, ao lado dos Pavilhões da Festa da Uva, uma música eletrônica ecoa. Perto dali, das janelas do discreto Seminário Maior São José, pendem colchas estampadas com escudos da dupla Gre-Nal. No interior de qualquer um dos prédios, no bairro Santa Catarina, os detalhes indicam a presença de típicos adolescentes: um computador da biblioteca esquecido com a página inicial do Orkut aberta, coloridas mochilas escolares, pomada para espinhas e gel para o cabelo na bancada do banheiro. Os seminários de formação sacerdotal da diocese de Caxias do Sul acolhem jovens de 14 a 25 anos, com manias, hábitos e preferências próprios da idade, mas que misturam pureza e inocência à serenidade de quem convive com idosos, doentes e crianças em atividades pastorais ou de quem deixou a casa dos pais ainda na adolescência com a intenção de seguir um caminho quase em desuso: tornar-

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se um padre. Miguel Mosena, 19 anos, está cumprindo todas as etapas da vida de seminarista. Aos 14, saiu de Carlos Barbosa para se instalar no Seminário Menor Aparecida. Na época, as aulas do ensino médio ocorriam na Escola Paulus, particular, voltada somente a seminaristas. “A minha vocação foi uma descoberta. Não entrei no seminário com a intenção clara de ser padre, foi um encantamento.” Ele acredita que despertou para a vocação no ano em que cursou o Propedêutico, no Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio, em Farroupilha, em 2010. “Como tem muitos romeiros que vão até lá, eu vi a vontade que as pessoas têm de buscar Deus e isso que me tocou”, conta, com sotaque de descendente de italianos e a fala pausada típica dos sacerdotes. Miguel cita as atividades das pastorais e as celebrações como as atividades preferidas da vida de seminarista. “Para o jovem é bonita essa questão da oração, eu gosto”, afirma, com um entusiasmo contido pela timidez. Aluno de segundo semestre do curso de Filosofia da Universidade de Caxias do Sul, Miguel ainda

Meninos que planejam ser padres experimentam as regras do sacerdócio junto com as manias da adolescência

precisa ir para o Seminário São Lucas, em Viamão – onde estão os seminários finais de todas as dioceses do Estado –, e cursar Teologia na PUC, para só então ser ordenado padre.

jogos de futebol na TV. A vida no seminário ainda tem um envolvimento real com tarefas domésticas. São os futuros padres que lavam, estendem e passam roupas, cuidam da louça, arrumam a casa. “Temos que aprender a nos A rotina no Seminário virar para não esperar que as coiMaior é intensa e começa cedo. Os sas caiam do céu”, discursa Miguel. jovens acordam às “Somos seminaristas 5h50 e 20 minutos e um pouco eletridepois já estão na “Não entrei cistas, encanadores, capela para a missa no seminário cozinheiros”, conta o diária. Pela manhã, com a intenção colega Marcionei Pevão para a faculda- clara de ser trykovski, 18 anos. de. À tarde, cuidam Os diretores dos da casa, cada um padre, foi um seminários enumecom uma tarefa, e encantamento”, ram razões para a reservam um horá- afirma o menor ocupação dos rio para o estudo, estudante internatos. Para o das 15h às 17h20, Miguel, 19 anos padre Adelar Baruffi, quando rezam nodo São José, com a vamente, jantam e facilidade de acesso voltam para a UCS. Eles também a escolas, os jovens não precisam se envolvem com o cotidiano das ingressar no seminário apenas comunidades, ajudando em pas- para aproveitar o estudo, prática torais ou paróquias. Tempo livre comum décadas atrás. Famílias sobra, às vezes, no domingo. É reduzidas, muitas vezes com filhos quando dedicam-se a leituras mais únicos, também têm parte nas leves – deixando Immanuel Kant justificativas. “Quando as famílias e outros filósofos de lado –, jogam têm um filho só é mais difícil inbola, tomam chimarrão, vão ao centivar a ida para os seminários”, cinema, tocam violão, assistem a afirma o padre Juarez Bavaresco,

Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.


seminaristas”, afirma. “Tem que ter em vista o sacerdócio, mas aqui não se exige clareza da vocação cristã. Eles têm uma formação sólida para que cresçam como pessoa”, ressalta padre Edmundo José Marcon, diretor do seminário Aparecida. As aulas complementares incluem lições de violão, teclado, canto, teatro, português instrumental, comunicação e espanhol. “O seminário não profissionaliza ninguém, mas dá uma sólida formação humana, que é a base para tudo. Não deixou de ser uma opção para quem pensa em formação de qualidade, mas o seminário recomenda que o aluno tenha vontade de ser padre”, ressalta. Os jovens têm ainda acompanhamento de psicólogas, fonoaudióloga e psicopedagoga, além do aconselhamento espiritual dos padres. O bispo também considera positivo que os seminaristas sejam acompanhados por leigos e convivam com a presença feminina de funcionárias e voluntárias das instituições. “A vida não é segregada da comunidade. O nosso objetivo é preparar padres diocesanos, que têm atividades muito próximas com as pessoas”, explica Baruffi. Dos tênis ao cabelo, arrumado com gel em formato de moicano, passando pela camiseta e pela bermuda, tudo em Rafael Silvestri, 17 anos, deixa claro que ele é fã de futebol. Mas, ao contar que desde infância em Paraí já falava em ser padre, mostra sua admira-

ção maior pela vocação que cogita mados estágios promovidos pelo seguir. “A decisão é um pouco di- Seminário Aparecida, em que os fícil, mas não dá para chegar aos alunos passam apenas alguns dias 50 anos e perceber que não fez a na instituição para decidir pelo coisa certa”, garante, sem dar pis- ingresso ou não no ano seguintas do que acha certo ou errado. te. “Era bem agitado, com gente Cursando os últimos seis meses do mais velha, um barulho”, relembra ensino médio, Rafael e seus quatro Jeferson. Mas ele persistiu, concolegas do último ano no São José tinuou frequentando os estágios, se equiparam aos cocom menos curiosos legas da Escola Estae mais interessados, dual Santa Catarina, “A sociedade e decidiu ingressar. que vivem na imi- era mais cristã, “Eu pensava que iam nência de optar pela ser todos quietos, era uma honra profissão que terão todos santos, mas provavelmente por ter um padre não... É só um pouco toda a vida. Todos na família. Hoje diferente do que eu afirmam com pron- ela está menos imaginava”, diz, para tidão que a melhor religiosa, tem alívio dos padres e parte do seminário colegas. “Não tenho outros valores”, é “a convivência e os certeza que eu quediz o bispo momentos de lazer”, ro ser padre, mas eu para logo em seguitenho forte vontade”, da ressalvar que “é acrescenta. preciso ter um equilíbrio entre toPadre Edmundo e padre Adedas as coisas, como os momentos lar concordam categoricamente de oração”. Quem muda a ordem ao citar o perfil dos seminaristas: das preferências é Jeferson Boldori. “são jovens de nosso tempo”. Para “Eu gosto do estudo e da oração”, dom Alessandro, faz parte do decomenta. Frente às crises de asma safio de formar futuros sacerdotes do menino, um tio padre, que conviver com essa realidade. “O morreu quando ele tinha apenas problema não é deles, é nosso. Nós três anos, dizia que o sacerdócio é que temos que entender e saber iria curar Jeferson. “Ele dizia que lidar com as coisas dessa idade. Os eu era muito mal pegado”, recorda, nossos formadores precisam dode aparência bem mais jovem que minar a linguagem que eles usam e seus 17 anos. Aos oito o pequeno também fazer com que assimilem começou a ajudar na igreja, e dois outros valores, como a partilha em anos depois já queria ir para o se- contraponto ao consumismo e a minário. Na primeira vez que pôde vida em comunidade em contravisitar o seu sonhado projeto, se ponto ao individualismo”, afirma decepcionou. Foi em um dos cha- o bispo. Maurício Concatto/O Caxiense

responsável pela animação vocacional. Também entram na conta a restrição de faixa etária, agora apenas para alunos de ensino médio, e de lugar, excluindo moradores de Caxias e Bento Gonçalves – 15 caxienses e 20 bento-gonçalvenses participam do Seminário Familiar, permanecendo em casa e reunindo-se com padres orientadores uma vez por mês. O prédio do Aparecida, com 72 anos de existência, já chegou a ser ocupado por 200 seminaristas e passou por adequações para que os 20 remanescentes não convivam com uma sensação de isolamento. “Hoje, para encontrar um lá dentro, precisa procurar com um GPS”, brinca o tecnológico bispo da diocese, dom Alessandro Ruffinoni. O seminário São José, construído há sete anos, tem capacidade para 30 pessoas, mas apenas nove alunos o ocupam. Mas o bispo que por 30 anos dedicou-se à formação de seminaristas admite outros sinais dos tempos que refletem na ocupação dos seminários. “A sociedade era mais cristã, era uma honra ter um padre na família, por exemplo. Hoje ela está menos religiosa, tem outros valores. Se eu chegar em qualquer sala de aula e perguntar quem quer ser padre, vão debochar de mim”, afirma. No entanto, para ele, isso não é um motivo para preocupação. “Fazemos uma seleção melhor. Se antes precisava de 200 jovens para tirar dois padres, hoje a gente tira esses mesmos dois padres de 10

Oração e estudo se equilibram com a convivência e o lazer na rotina exigente do seminário

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por Marcelo Aramis

Celso Zanrosso

Celso Zanrosso participa do Concurso dos Melhores Vinhos de Caxias do Sul desde a sua primeira edição, há 14 anos. E nunca voltou para casa sem prêmio. Entre as sete categorias da premiação, que ocorreu na última quarta (10), a cantina Ernesto Zanrosso, que leva o nome do avô de Celso, foi a que mais venceu, com seis troféus. A vinícola, em Nossa Senhora da Saúde, mantém a mesma área e os mesmos traços daquela construída por Ernesto, imigrante italiano que veio para o Brasil em 1914, aos 11 anos, com os pais e seis irmãos. “Naquela época, os filhos casavam e continuavam morando com os pais. Em 1937, tinha 28 pessoas morando no mesmo lugar”, conta Celso, sobre o motivou da saída do avô para uma nova terra, um novo negócio. Tradição e tecnologia são o segredo da cantina para garantir a qualidade do produto. Atentos às oportunidades do mercado, os Zanrosso recebem grupos de turistas há 12 anos. Os milhares de visitantes que passam pela cantina todos os anos são responsáveis pela compra da maior parte da produção, cerca de 300 mil litros por ano. O negócio envolve três gerações da família. Celso confia que os sobrinhos e as filhas mantenham por muito tempo ainda o sucesso da empresa. “A gente faz de tudo para que eles toquem o negócio, para que eles valorizem o trabalho da família.”

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Renato

Ariotti Há 25 anos, quando se tornou padre, Renato Ariotti escolheu um lema para a vida em sacerdócio: Chamado para servir com alegria. E o homenageado na última semana com o título de Cidadão Caxiense, pela Câmara de Vereadores, tem cumprido o compromisso. Uma mensagem positiva, uma piada e um acordeon. É o que ele precisa para fazer da missa uma celebração alegre. “Não queremos fazer da missa um folclore, mas tem que ter vida e ânimo”, diz o padre. “Tem gente que me diz que fica contente de vir à missa até em celebração de enterro”, diverte-se. Pároco da igreja Santa Catarina, padre Renato tem agenda lotada. Além das missas, da administração da paróquia e de programas religiosos em três rádios, ele acompanha o projeto Seminário Familiar, um grupo de 15 jovens aspirantes a seminaristas que se encontram mensalmente para rezar, debater e jogar futebol. “Embora pequena, a presença do jovem é muito importante. Faz a igreja ter um rosto alegre e de esperança”, diz. Se o rosto do padre puder refletir nos rostos dos fiéis, o objetivo da paróquia está alcançado. “Eu ajudo as pessoas a ver o lado positivo da vida. Porque a gente acha que as outras pessoas, as outras famílias, as outras comunidades é que são boas. E são. Mas nós também somos bacanas.”

Gastronomia | Pratos por Charlie Colonetti

Vencedor do reality Super Chef, no programa de Ana Maria Braga, Charlie Colonetti, professor do Senac Caxias e chef do Restaurante Merceretto, em São Luiz da 6ª Légua ganhou um carro, R$ 50 mil e 1,5 milhão de votos na final do concurso. Especialista em culinária italiana e carnes exóticas, o chef mais pop da cidade indica os pratos que mais gosta de fazer. Uma refeição completa.

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Carne crua | “Gosto da carne natural, somente temperada. Me agrada a sensação de frescor”, explica o chef, para quem fez cara feia ao ler o primeiro item da lista. Os preferidos de Charlie são o carpaccio de carne ou o tartar de peixe, dois nomes pomposos para sofisticar o simples e objetivo “carne crua”. Para acompanhar a entrada (sim, grandes chefs já começam impactando), ele sugere brotos: de beterraba, minirúculas e radicci. O segredo é ressaltar o frescor. Javali com Polenta | Engana-se quem pensa que a trivial polenta

se presta a compor um contraste de classes com o exótico javali. No prato principal, ela sequer lembra o passado de prima pobre da culinária italiana. Não é polenta mole, não. São polentas trufadas (com trufas ou azeite trufado). Dica do chef para os jantares executivos de inverno.

Ravioli de Erva-mate | Dom Ravioli da Itália se casa com a rainha Erva-mate do Sul no prato criado por Charlie. A dupla de etnias tem recheio de carne de sol desfiada e catupiry e molho de manteiga com trufas e sálvia. Salve a nobreza!

Semifreddo de Chocolate Branco | Parece um sorvete, é gelado

como tal, tem sabor de... Mas é diferente. Ainda bem. Traduzir para o português é perder metade do charme. Mais um italiano na lista, o semifreddo de Charlie é servido com praliné de nozes ou avelã. Sabe aquele amendoim açucarado? É um amendoim praliné. Use isso com as visitas.

Brutti ma buoni | “Feios, mas gostosos”, traduz o chef, em um top five com muita demanda de traduções. Segundo Charlie, a aparência do biscoito é “meio estranha”, mas ele garante a qualidade do sabor. Açúcar, claras e avelã. Simples assim é a última receita da lista, que, com esse nome, talvez até fique mais bonita.

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Walter Brugger | Xeque-mate |

“Eu sou médico por profissão, jardineiro e fotógrafo por hobby”, define-se Walter Brugger, 86 anos, que nasceu na Áustria e veio para o Brasil aos cinco anos. Mestre também nos hobbies, Brugger será homeageado com uma retrospectiva do seu trabalho na exposição do Clube do Fotógrafo, em comemoração à Semana da Fotografia (leia no Guia de Cultura, na página 12). O autorretrato Xeque-Mate recebeu medalha de ouro na categoria Humor do Circuito Austríaco de Fotografia e prata no Fotoclube do Jaú (SP).

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Coisa de argentino por LUIZ CARLOS PONZI

Compôs um tango e ficou à espera de um final trágico.

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Dupla

EXPECTATIVA ALVIVERDE

Volta de quem não foi

O volante Ramos e o zagueiro Vinícius estão de volta ao grupo do Caxias. Depois de anunciados como dispensas, os jogadores voltaram aos trabalhos com os demais atletas. Ramos treinava separado enquanto esperava por uma definição relacionada à sua punição de quatro jogos, sofrida em 2010. Cumpre sua última partida de suspensão e estará disponível para a segunda fase da Série C. O afastamento de Vinícius foi uma decisão da comissão técnica que deixou o Centenário na última semana. Com a contratação de Argel, o zagueiro teve sua volta solicitada pelo próprio treinador. Vinícius e Ramos não tiveram seus contratos rescindidos.

Com a vitória sobre o CruzeiroPoa no último sábado (6) e o jogo contra o Metropolitano, adversário direto, no Alfredo Jaconi, o Juventude tem neste sábado a chance de começar a encaminhar sua classificação para a próxima fase da Série D. Uma vitória dá ao time alviverde a vice-liderança da chave A8, com nove pontos, um atrás do líder Cianorte, que folga nesta rodada. Embora o clima seja de otimismo, o técnico Picoli prefere não pensar em classificação antecipada.

O treinador alviverde tem a volta do lateral-esquerdo Alex Telles, que cumpriu suspensão na última partida, e deve jogar com Jonatas; Anderson Pico, Rafael Pereira, Fred e Alex Telles; Umberto, Jardel, Léo Maringá e Cristiano; Júlio Madureira e Zulu. A consistência do trabalho do técnico Picoli, desde que assumiu a equipe, se reflete na confiança do grupo e no objetivo em comum. O Juventude está fazendo sua parte para conquistar o acesso à Série C.

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por JANINE STECANELLA | janine.stecanella@ocaxiense.com.br

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ESPERANÇA GRENÁ

As novidades

Caxias foram com Lisca, que chegou em novembro de 2010 e comandou o time no início da temporada de 2011. Depois, Luiz Carlos Ferreira assumiu o time, em março. Ficou menos de um mês em Caxias do Sul. O próximo a comandar a equipe foi Guilherme Macuglia, apresentado no dia 26 de abril e dispensado no último domingo (7) após a derrota para o Brasil-Pel. O treinador trabalhou com o grupo todo o período de recesso até o início da Série C, mas não conseguiu refletir a preparação nos resultados. Agora, sobrou para Argel a missão de reerguer a equipe, evitar o rebaixamento e, quem sabe, ainda buscar a classificação. Mas a semana não passou sem baixas no Centenário. O último a sair foi o diretor de futebol Júlio Soster.

Juventude na Espanha, para investidor ver

Com o orçamento limitado, o Juventude encontrou nas parcerias uma forma de levar o trabalho de suas categorias de base para o Exterior. O time alviverde Sub-20, comandado pelo técnico Carlos Leiria, disputa o 28º Torneio In-

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ternacional COTIF em L’Alcúdia na Espanha. A viagem foi possível com o apoio de um grupo de investidores que terão prioridade na negociações dos atletas. A comissão alviverde é chefiada pelo presidente Milton Scola.

O clube não desembolsou nenhum valor para participar do torneio. Os times que disputam a competição na Espanha são: Juventude, Barcelona, Valencia, Gamba Osaka, Santos, Villarreal, Cincao e Levante. Edgar Vaz, Divulgação/O Caxiense

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Com Argel, chegaram também os reforços. Os primeiros a desembarcar em Caxias do Sul foram o goleiro Fernando Wellington, o meia Têti e o volante Rodrigo Dias. Vieram no início da semana e já trabalharam com o grupo. Têti e Rodrigo Dias devem estrear com a camisa grená neste domingo, contra o Joinville. O atacante Pantico chegou na quinta-feira (11) e treinou com o time. O último reforço da semana foi o zagueiro Souza, que veio justamente do próximo adversário. O volante Vanderlei, reforço do time que disputa a Copa Laci Ughini, foi integrado ao grupo principal. Conforme o vice-presidente Zoilo Simionato, as contratações para Série C estão encerradas.

O Caxias joga neste domingo (14) a última partida da primeira fase da Série C. Com apenas um ponto, a classificação é um sonho distante, mas Argel Fucks chegou na última segunda-feira (8) com a promessa de transformar essa realidade. Um dos principais motivos para o baixo rendimento do Caxias é a mudança no grupo de jogadores. A limitação financeira do clube é citada pela direção como agravante, o que impede maior competitividade no mercado – para falar na língua do presidente-empresário Osvaldo Voges – e faz com que propostas melhores ou os reajustes salariais levem os jogadores embora de Caxias do Sul. A troca de treinadores também contribuiu para a situação atual. Até agora, os melhores resultados do

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Guia de Esportes Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

por Gesiele Lordes | guiadeesportes@ocaxiense.com.br

Picoli tem a chance de consolidar o Ju como vice-líder, sábado; sob o comando linha-dura de Argel, Caxias tenta se recuperar, domingo

FUTEBOL

Estádio Alfredo Jaconi x Colégio Murialdo | 11h: União R$ 20 (normal) e R$ 10 (estu- Feminina Flores da Cunha B x Recomenda dantes e idosos) | Hércules Galló, Liga Feminina Flores da Cunha. l Caxias x Joinville | Domin- 1.547, Centro | 3027-8700 Enxutão go, às 15h Entrada gratuita | Luiz Covolan, Sob o comando do novo técni421, Santa Catarina | 3221-1155 co Argel Fucks e com jogadores FUTSAL recém-contratados, o Caxias enVÔLEI frenta o Joinville precisando de l Campeonato de Futsal vitória a todo custo para sobre- Feminino | Terça (16), 18h45 e l Campeonato de Vôlei Feviver na Série C. O reforço mais 19h45 minino do Sesi | Sábado, a paraguardado para encarar o tricolor A competição chega nesta se- tir das 13h15 catarinense, porém, é o torcedor. mana às semifinais. A Voges enDia de encerrar o primeiro turE atenção: até o meio-dia deste frenta a Intral, às 18h45. No outro no e já abrir o segundo. sábado, quem seguir o Twitter jogo, um clássico da indústria lo- Sábado, 13h15: Voges x Ran@sercaxias e der RT na mensa- cal. Marcopolo e Randon dispu- don | 15h: Voges x Marcopolo | gem concorre a uma camiseta ofi- tam a vaga na final às 19h45. 16h30: Randon x Marcopolo cial do time. Ginásio do Sesi Ginásio da Marcopolo Estádio Centenário Entrada gratuita | Ciro de Lavra Entrada gratuita | Av. Rio Branco, Arquibancadas a R$ 10 (até este Pinto, s/nº, Fátima | 3229-6500 4.889, Ana Rech | 2101-4000 sábado, às 18h) e R$ 20 (na hora do jogo); cadeiras a R$ 20 (até sá- l 9ª Copa Farmácia do Ipam bado) e R$ 40 (na hora) | Thomas de Futsal Feminino | SábaHANDEBOL Beltrão de Queiroz, 898, Marechal do, a partir das 19h, e domingo, a Recomenda Floriano partir das 9h Mais uma rodada para as gurias l Luna x Metodista | Sábado, Recomenda mostrarem que entendem mesmo às 18h l Juventude x Metropolita- de futebol. A competição é finanA Luna ALG-APAH-UCS-Cano | Sábado, às 17h ciada pelo Fundel, com apoio da xias do Sul tem uma difícil tarefa: Confronto direto pela vice-li- Liga Caxiense de Futsal. vencer a Metodista/São Bernardo derança do grupo A8 da Série D, Sábado, 19h: Cristóvão de no terceiro jogo pela Liga Naque hoje o Juventude divide com Mendoza x FZ Futsal | 20h: cional Feminina de Handebol. A o Metropolitano – uma motiva- AFFEPAL x Juventus Futsal | equipe caxiense começou muito ção extra para o alviverde, ainda 21h: Primavera/BF Ferramentas bem na Liga, ocupando a lideranmais jogando em casa. O adver- x Imigrante/Seara. Domingo, ça. sário chega ao Jaconi invicto na 9h: Rumo Certo x Força Femini- Ginásio da UCS competição. na Pôr do Sol | 10h: Força Jovem Entrada gratuita | Francisco Ge-

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túlio Vargas, 1.130, Petrópolis | 3218-2100 l 3ª Semana Municipal da Juventude | Sábado, das 8h ao meio-dia A sequência das atividades da 3ª Semana Municipal da Juventude segue atraindo os adolescentes. Nesta sábado, a Represa Dal Bó será o cenário de uma das atividades mais aguardadas: a prática de remo. Só poderão participar os 30 primeiros a chegar que tenham mais de 15 anos. Quem chegar atrasado pode assistir. Represa Dal Bó Entrada e participação gratuita | Dr. Luigi Gallichio, s/nº, Fátima l Jogos Abertos de Caxias do Sul | Inscrições até 31 de agosto ou 9 de setembro Estão abertas as inscrições para diversas modalidades esportivas. Até o dia 31, podem se inscrever os interessados em participar das provas de atletismo (que serão realizadas no Sesc, em 10 de setembro) e das disputas de canastra (em data e local a definir). Até 9 de setembro, os Jogos recebem inscrições para a modalidade de Bolão, também ainda sem local e data definidos. Secretaria do Esporte e Lazer 20 de Setembro, 2.721, S. Pelegrino

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Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br

Vereadores caros

A discussão a respeito do aumento do número de vereadores na cidade possibilitou que o eleitor caxiense conhecesse um pouco mais a respeito da atuação dos três parlamentares contrários à medida: Harty Moisés Paese (PDT) apresentou, somente este ano, 24 atestados médicos para justificar ausências das sessões da Câmara; Daniel Guerra (PSDB) permanece em média 15 minutos em cada uma dessas sessões; Rodrigo Beltrão é um raro caso de petista com mandato eletivo que não atende orientações do partido.

Noventa e nove

Presidente Marcos Daneluz saiu em socorro do colega petista Rodrigo Beltrão, que não cumpriu determinação partidária de votar pelo aumento do número de vereadores. Para Daneluz, o partido demorou para se posicionar e Beltrão já tinha anunciado ser contrário à medida. Nos corredores da Câmara, é voz corrente que Beltrão teria tentado fazer do projeto de aumento do número de vereadores “o seu 99%” – numa referência aos dividendos eleitorais obtidos, no passado, por Gilberto Pepe Vargas (PT).

Tudo pela Copa

Em até três anos – ou seja, até a Copa do Mundo de 2014 –, Caxias do Sul deverá receber novo batalhão da Brigada Miltar, a ser localizado na Zona Norte da cidade. Também estão sendo previstos a construção de novo módulo da corporação e o envio de novos armamentos e novas viaturas. Que seja realizada uma Copa a cada ano.

Diego Netto, Divulgação/O Caxiense

Ao contrário do que reza a cartilha do senso comum, da má vontade e dos desvios autoritários, merece reconhecimento a posição adotada por Guiovane Maria (PT), Denise Pessôa (PT), Mauro Pereira (PMDB), Gustavo Toigo (PDT), Ari Dallegrave (PMDB), Édio Elói Frizzo (PSB), Vinicius Ribeiro (PDT), Alaor de Oliveira (PMDB) e Renato Nunes (PRB), que, na tumultuada sessão de quarta-feira (10), defenderam com argumentos seguros a proposta de aumento do número de vereadores na cidade. Pode se discordar deles, mas é preciso coragem para nadar contra a corrente.

Maurício Concatto/O Caxiense

Posição firme

Não, obrigado A vereadora Ana Corso (PT) não fez qualquer pronunciamento a respeito, mas votou a favor do aumento do número de parlamentares na Câmara Municipal. Também com esse voto, a petista diz procurar representar a parcela da população que pensa como ela, que acredita nas instituições mesmo sabendo que há muito para avançar: “Aumentar a representatividade e dar voz aos diferentes segmentos do extrato social é o que se deseja e o que se espera de um Legislativo forte e eficaz”. Ana entende que não será a redução no número de agentes políticos o fator preponderante na redução de abusos e mordomias escandalosas presenciados no dia a dia pelos eleitor brasileiro. “Se

eu fosse me pautar pelo que pensa a população em alguns temas atuais, teria que ser a favor da pena de morte, contra o desarmamento, a favor da homofobia e por aí vai. Não, obrigado”, completa a vereadora em resposta, via e-mail, a críticos de seu posicionamento nem tão silencioso. Também criticada por não ter se manifestado na sessão de quarta-feira (10) da Câmara, em que a proposta de aumento do número de vereadores foi aprovada por 14 votos a 3, Geni Peteffi (PMDB) resume: “Minha posição foi meu voto”. Mesmo assim, Geni admite que, depois da pesada discussão em torno do tema, chegou a se questionar a respeito da necessidade do aumento de vereadores.

“Temos que saber qual a demanda potencial” Secretário Jorge Dutra, de Trânsito, Transportes e Mobilidade, ao anunciar mais estudos sobre a ampliação da frota de táxis na cidade – que há uma década estacionou em 277 veículos.

A falta que ele faz

De 30 mil registrados em 2010, o número de internautas da região votantes na Consulta Popular deste ano – agora transformada em Participação Popular e Cidadã – caiu para cerca de 13 mil (os números oficiais serão anunciados nos próximos dias). A queda de participação é resultado das indefinições e trapalhadas patrocinadas pelo governo do Esta-

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Saúde estadual

Em audiência pública a ser realizada na Câmara de Vereadores, deputados estaduais vão discutir nesta segunda-feira (15) a situação da greve dos médicos da rede pública municipal. Diante do impasse estabelecido entre sindicato da categoria e prefeitura, a interferência da Assembleia Legislativa até pode ter algum sentido. Mas não diria mais respeito aos deputados discutir, por exemplo, a necessidade de aplicação de recursos previstos no orçamento do Estado para a área da saúde – item que o governo Tarso não vem observando?

Normalidade

O novo presidente da União das Associações de Bairros, Valdir Walter, foi recebido sexta-feira (12) pelo prefeito José Ivo Sartori. Segundo relato divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura, o dirigente da UAB afirmou que o atendimento à população nas Unidades Básicas de Saúde “está dentro da normalidade e que, aos poucos, os médicos estão voltando ao trabalho”.

Campanha 2012

Ex-primeira-dama do município e aposentada do Poder Judiciário, Vera Menegotto Vanin se anuncia como candidata a uma vaga na Câmara de Vereadores na eleição do ano que vem. Pelo PP.

Compensações

Por causa do anúncio do início das operações da Azul em Caxias, a Gol já revê a frequência diária dos voos para Curitiba, com extensão para Guarulhos (hoje, são cinco voos por semana). O poder público municipal poderia aproveitar essa fase positiva do aeroporto para transformar em estacionamento a área (pública) ocupada irregularmente hoje pelo CTG Negrinho do Pastoreio.

Uergs na Maesa

do em relação à consulta, mas também consequência direta, pelo menos na região da Serra, da ausência do trabalho de José Adamolli, do PSB. Em mobilizações e entrevistas que concedia a respeito, o atual assessor do vice-governador Beto Grill (PSB) conseguia o feito de convencer a todos da importância de votar na consulta.

Vereador Édio Elói Frizzo (PSB) quer uma destinação pública para o prédio da antiga Maesa. Além de um Mercado Público e mesmo de um Museu da Indústria, sugere a instalação no local da sede caxiense da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). “Falam tanto da extensão da UFRGS. Também é importante, mas por que não fortalecer a Uergs na cidade?”, justifica Frizzo.

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