Edição 122

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O perfil dos jovens empresários caxienses

115 quilômetros de solidariedade

10 Caxias mais de mesa e outras pérolas

Um caxiense nas pistas internacionais

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5 Romantismo de raça

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A lista dos deputados surdos ao clamor popular antipedágio

9 Um cowboy com jaqueta de cetim

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Quando a terceira idade tem orgulho de se dizer “melhor”

12 Uma pessoa errada numa noite insólita

O futuro incerto da dupla CA-JU

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Fotos: 5: Paulo Pasa/O Caxiense. 8 e 20: Divulgação/O Caxiense. 10 e 12: Maurício Concatto/O Caxiense.

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DIGA!

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

Função social do Jornalismo | Transparência | Criatividade

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DIRECAO Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff Diretora de Redacao

Paula Sperb Diretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Produção da capa 122 |

Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

Capa 121: Um abacaxi e um pepino representaram a situação dos pedágios na primeira página da última edição. O governo estadual precisa resolver a situação e, pelas medidas tomadas até agora, os indícios são de que os contratos não serão renovados, mas estamos vigilantes. De um lado da cancela, o usuário fica sobrecarregado pela tarifa que subiu 346% em 14 anos. Do lado do guichê, a concessionária Univias aplica somente R$ 4 em melhorias das estradas a cada R$ 10 arrecadados. Como no Diga! anterior, reforçamos aqui a posição de O CAXIENSE: somos contra a prorrogação dos pedágios. Quem também adota a mesma postura é o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), que emitiu medida cautelar para que o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) não modifique cláusulas do contrato e, portanto, não prorrogue a concessão que deve terminar em 2013. A medida é um pedido do Ministério Público de Contas. Também são contra a prorrogação dos pedágios 31 deputados estaduais de 8 partidos. Os parlamentares protocolaram na última semana um projeto que proíbe a renovação, prorrogação ou adiamento dos atuais contratos, envolvendo assim a Assembleia Legislativa na defesa do interesse da sociedade. Entretanto, 24 deputados não assinaram o projeto (você pode conferir a lista dos deputados que não assinaram o projeto na página 9 desta edição). Dos três representantes de Caxias do Sul na Assembleia, apenas Maria Helena Sartori (PMDB) não assinou. Os outros dois, Marisa Formolo

(PT), coordenadora da Frente Parlamentar contra a Prorrogação dos Pedágios, e Alceu Barbosa Velho (PDT), fundador da Associação dos Usuários de Rodovias (Assurcon/Serra), deixaram sua assinatura no projeto. Na última semana, Alceu fez uma grave denúncia de que os polos de Caxias serão prorrogados por mais 5 meses além do previsto. Segundo ele, o Daer e as concessionárias teriam mudado o calendário sem informar a sociedade. Univias e Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra) negam. Na edição 121, apontamos a falta de transparência das concessionárias e do Daer, que não conseguem fornecer informações básicas sobre arrecadação e investimento, como um dos 7 motivos para não prorrogar os pedágios. Transparência é um princípio básico para o desenvolvimento de qualquer sociedade. A imprensa também precisa ser transparente e por isso deixamos explícita nossa posição. O CAXIENSE enviou os exemplares da edição 121 para os 24 deputados que não assinaram o projeto contra a prorrogação. Continuaremos vigilantes. Capa 122: Na edição desta semana, o empreendedorismo e a criatividade de jovens empresários inspirou a criação de duas opções de capa. Agradecemos Cristina Nora Calcagnotto, coordenadora da Cia. Municipal de Dança, o bailarino Pedro Coelho, modelo da capa, Dora Ballet, que cedeu o linóleo, e ao Teatro São Carlos. Paula Sperb, diretora de redação

Editores-chefes

Marcelo Aramis Jaisson Valim Subeditora

Carol De Barba

Fabiana Seferin Gabriel Izidoro Rafael Machado Robin Siteneski

Dimas Dal Rosso Gesiele Lordes Leonardo Portella Paulo Pasa

Maurício Concatto Designer

Luciana Lain COMERCIAL Executivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo ASSINATURAS Atendimento

Tatyany R. de Oliveira Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120 Foto de capa Maurício Concatto/O Caxiense

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BASTIDORES Corrida pela solidariedade | Caxias no You Tube | Um jovem campeão no kart | A raça do romance

Severo na fé nos presos

Detentos trabalham no presídio |

Apesar de as evidências dizerem o contrário – a reincidência, por exemplo, atinge 64,8% no Estado –, Antônio Varlei de Oliveira Severo, de 52 anos, acredita que é possível, sim, recuperar os presos. Diretor da Penitenciária de Caxias do Sul (PICS) desde janeiro de 2011, ele defende que, para isso, é necessário dar condições para que os apenados desenvolvam atividades durante o período de cárcere e assegurar um emprego fora da cadeia. Atendendo a exigências do Ministério Público e da Justiça, Severo opera uma transformação no presídio, que havia sido parcialmente destruído com um motim em 2007 e com um incêndio em 2010, levando à proibição do ingresso de detentos do semiaberto em março de 2011. Desde novembro, o diretor comanda uma reforma nas galerias danificadas pelo incêndio e a construção de 3 salas de estudos, um ambiente para professores e um laboratório de informática, com 12 computadores fornecidos pelo governo federal. O investimento atinge R$ 45 mil, sem contar os materiais de construção e outros equipamentos fornecidos por entidades e empresas parceiras.

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Presídio de Caxias

Capacidade

298

Ocupação

527

Uma nova aposta do diretor está na instalação de mais uma oficina, onde 20 detentos já recebem instrução de Leitura e Interpretação de Desenho e de Metrologia Dimensional Básica para trabalhar no local. Hoje, uma média de 150 presos estuda e outros 162 detentos trabalham em oficinas e trabalhos internos nas cozinhas, limpeza, reciclagem e barbearia. “Detentos estudando e sendo empregados após o período na penitenciária representam menos reincidentes. Se têm trabalho eles não voltam para o crime”, aposta Severo. A parceria com as empresas traz be-

Antônio Varlei de Oliveira Severo | Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

nefícios para todos os lados. As indústrias têm mão de obra de baixo custo, com níveis altos de produtividade. Em troca, detentos recebem a diminuição de um dia de pena a cada 3 trabalhados e, em parte dos casos, até remuneração. E a sociedade ganha a perspectiva de redução de motins. Para o promotor público Rodrigo López, o presídio vive sua melhor época. Considera a construção das salas de aula como um avanço, a exemplo da reforma dos alojamentos antes ocupados por presos do semiaberto. Mas o presídio tem ainda muito a melhorar. Um dos mais graves problemas é a superlotação. A população carcerária supera em 70% a capacidade. A estrutura também precisa de melhorias, aponta López. “A maior necessidade está na construção de um albergue, para os detentos do regime aberto, que ocupam o mesmo espaço do semiaberto”, cobra. Severo reconhece que o presídio ainda precisa melhorar. Mas isso não o desanima – nem torna suas metas menos ambiciosas. “Esta era uma das piores penitenciárias do estado. Pretendo tornar este um presídio modelo dentro de um ano,” planeja.


19 horas na vida de... ...um ultramaratonista pela solidariedade O atleta caxiense Jaime Maria Rocha, de 44 anos, já esteve em 3° lugar no ranking brasileiro de ultramaratona – corridas com mais de 43 km. Este ano, pela segunda vez, ele decidiu correr por algo maior que uma medalha. No sábado (24), Rocha iniciou uma jornada de 210 km para arrecadar alimentos para instituições carentes. Infelizmente, o desafio não foi cumprido, mas a boa ação continua. Quem quiser ajudar, pode contatar com Jaime pelo telefone 81157392 . 8:15 Depois de comer uma bela pizza no café da manhã, rica em carboidratos, fonte de energia, aguardo o início da jornada em frente à catedral, com minha família, amigos e o treinador. Ele me passa algumas orientações e começo um pequeno aquecimento. Também acerto os últimos detalhes de meu equipamento. Na bolsa de hidratação, levo água com sal, que retém líquidos e me manterá hidratado por mais tempo.

amigo, Marcos Meneguzzi. Ele pretende me acompanhar por uns 3 ou 4 km. A presença dele é um grande incentivo. 8:55 Meu amigo encerra seu trajeto na UCS. Daqui, sigo sozinho até o posto no início da Rota do Sol. Em frente à placa que impõe a dimensão de meu desafio, paro por alguns segundos para uma foto. Respiro fundo e leio: Torres 204 km. 9:44 Chegando ao posto, encontro mais companheiros. Mário Chaves, Alexandre Ferreira e o ciclista Adriano Langone me acompanham pelos próximos 15 km. Estou bem disposto e o frio não incomoda.

15:00 Próximo a Lajeado Grande, pela primeira vez, reencontro minha família. Não me sinto cansado, mas tenho fome. Durante todo o trajeto pessoas buzinam e acenam. Sempre respondo – vai que eu Jaime Maria Rocha | 8:38 precise da ajuda deles, ou Paulo Pasa/O Caxiense Inicio a corrida ao lado de um vice-versa?

22:30 No último encontro com meu apoio, troquei a bolsa de hidratação por uma mochila mais pesada, com alimentos e água. Meu ritmo está sendo comprometido por uma forte dor no estômago e náuseas, mas não penso em parar. 2:00 Comecei a ter vômitos e precisei parar. Não consigo sequer caminhar. Minha família veio ao meu encontro, em uma lanchonete fechada na estrada. Uma viatura da Polícia Rodoviária Estadual que retornava de um acidente parou por alguns minutos e ofereceu ajuda. Os policiais foram bastante prestativos. Vou permanecer parado por mais um tempo esperando a dor passar. 3:00 Já percorri um total de 110 km, a dor no meu estômago não passa e o frio está causando muito incômodo. Estou muito desapontado, mas decido abandonar a corrida para não comprometer minha saúde. Volto para casa já com planos de encarar novamente o desafio.

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CAM Orientação vocacional

TOP5

PUS

Pérolas caxienses no YouTube Os eleitos do ranking não elevaram a importância do nome de Caxias diante da nação. E nem são um motivo de orgulho para alguns de seus protagonistas. Mas, para nossa alegria, essas 5 joias que Caxias fez o favor de compartilhar na rede mundial de computadores valem uma meia hora de boas risadas. Veja os vídeos em www.ocaxiense.com.br.

Fotos: Reproduçaõ

frequentou mais aulas depois da gravação e garante ter melhorado) que fazem o sucesso desse vídeo. A alma da história é o legítimo gringo Valdemar, o pai da motorista. Em versão cidade e praia, os Esse mais de mesa bordões “Tu tá roçando tudo as Com mais de 2 milhões de visuacapoeira! Não vai me bater nesse lizações em apenas uma versão, o auto!” atraíram quase meio milhão choque mais famoso do Brasil ga- de visualizações e já têm pelo nhou até montagem funk (também menos dois covers. disponível no YouTube) e é hors concours em qualquer bate-papo sobre Festa da Uva. Para o jornalista Lasier Martins, no entanto, a trapalhada foi bem traumática. Além do mal-estar que perdurou por 3 semanas, a queda fez com ele Quero te dar (beijinho) fraturasse uma costela. Funknejo. Só o gênero já diz muito sobre o clipe da banda caxiense Gaiola Sertaneja. A versão local do hit de Valesca Popozuda – que já adiciou o vídeo entre seus favoritos – tem roupas provocantes, coreografia de axé, chroma key tosco e Ai se eu te grudo pelas crina até lambida no piano, aos 1:30. Cansado de ouvir a plateia pedir Michel Teló em pleno Paiol, um bar dedicado ao nativismo, o baterista do Grupo Macuco, Rodrigo Silveira, decidiu criar o que chamou de “versão gaudéria para Ai se eu te pego”. O vídeo ao vivo da música, estrelada por um “guasca da Vacaria” – cidade natal Louco na Praça Dante do músico e sede do maior rodeio O vídeo flagrou uma verdadeira gaúcho –, já teve quase 300 mil vi- operação de batalha com pelo sualizações. Tem até gente pedindo menos 6 brigadianos, 4 bombeiros gravação em estúdio. e 3 guardas municipais para tirar um indivíduo de cima do outdoor da então candidata a soberana da Festa da Uva Kelin Zanette, ao lado da Catedral. Não se sabe como nem por que o “louco” foi parar ali, mas quem gravou o vídeo advertiu que ele iria parar no YouTube. E Vera no Chevettão em dose dupla. As duas versões Não é o Chevette, nem o clássico juntas – uma mais e outra menos adesivo “Tá nervoso? Vai pesaproximada – têm cerca de 3 mil car!”, nem a ex-barbeira Vera (ela visualizações.

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A UCS abre inscrições para o Programa de Orientação Vocacional, direcionado a estudantes do segundo e terceiro ano do ensino médio, vestibulandos e adultos em fase de reorientação profissional. Os encontros serão semanais e vão até junho, com atividades que trabalham o autoconhecimento. Há 5 opções horários: segundas, das 16:30 às 18:30 ou das 19:00 às 21:00; quartas, das 14:00 às 16:00; e quintas ou sextas-feiras, das 17:00 às 19:00. O programa também dá oportunidade aos acadêmicos do curso de Psicologia de colocarem em prática os conhecimentos de aula. Interessados se inscrever até quinta (5), na Sala 117 do Bloco E. Informações pelo 3218-2187.

Gestão da Qualidade na FTSG A aula inaugural do curso de Gestão da Qualidade, da FTSG, terá palestra com o gerente de qualidade da empresa Suspensys, do Grupo Randon, e um dos diretores do Comitê de Desenvolvimento e Qualidade da CIC-Caxias, Gilnei Garcia Lafuente. A palestra ocorre na quarta-feira (04) e é aberta à comunidade mediante inscrição gratuita pelo telefone 3022-8700.

Palestra sobre design O criador e coordenador do movimento Quero Ver Porto Alegre, que luta pela qualificação da paisagem urbana da capital gaúcha, Mário Verdi, será o palestrante da aula inaugural do curso de Design da FSG, na segunda-feira (2), às 14:30, no auditório da instituição. Sócio-fundador da Verdi Design, ele é presidente da Associação dos Profissionais em Design do estado e consultor em design estratégico. O evento é aberto ao público.

UCS: FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1.130. PETRÓPOLIS. 3218-2800 | FACULDADE DE TECNOLOGIA DA SERRA GAÚCHA: MARECHAL FLORIANO, 889. 30228700 | FACULDADE DA SERRA GAÚCHA: OS DEZOITO DO FORTE, 2366. 2101-6000


gENTE

O automobilismo era uma simples atividade de lazer da família até que, aos 7 anos, Matheus Dall’Agnol Stumpf, de 22 anos, ganhou um kart do pai. Um ano depois, ele já conquistou o primeiro título, no GP Festa da Uva 98. E a a presença de Matheus nos pódios por todo o Brasil tornou-se rotina. Na adolescência, entre viagens e estudos, o jovem piloto cansou do da rotina difícil e abandonou as pistas. “Conversei com o meu pai, que me apoiou na decisão. Foi uma questão pessoal, já não tinha mais tempo para os amigos...”. Mas a

SIMECS EXPOCOmER / PANAmÁ No período de 21 a 24 de março, o presidente Getulio Fonseca e o diretor executivo, Odacir Conte representaram o SIMECS na Feira Expocomer 2012, no Panamá. O SIMECS participou com um espaço especial. O evento contou ainda, com a participação de empresas e entidades brasileiras no Centro de Convenções Atlapa. A edição de 2012 contou com as presenças do Presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, bem como do mandatário da Guatemala, Otto Pérez Molina, e de Frederico Humbert – Presidente da Câmara de Comércio, indústria e Agricultura do Panamá. Os dirigentes receberam no stand do SIMECS a visita do Embaixador Brasileiro no Panamá, Adalmio Senna Gonem e do Secretário Ruy H. D. de Almeida. Na oportunidade, foi mostrada a potencialidade de nossa região e das empresas filiadas ao SIMECS. Também foram mantidos contatos com representantes de outros países, em especial Guatemala, Costa Rica, Colômbia, Chile, Cuba, El Salvador. O Panamá está construindo um muro de 30 km e outro canal paralelo ao atual. Ainda, muitas obras públicas, na cidade, e construções, bem como restauração de prédios. Verifica-se, portanto, oportunidades para as empresas do SIMECS, em especial para caminhões, guindastes, gruas, motores, ônibus e equipamentos em geral. A Expocomer é dirigida a 50 milhões de consumidores, distribuídos entre América Central, Caribe e alguns países da América do Sul. AUTOmECHANIKA 2012 / OPORTUNIDADE O SIMECS informa às empresas do seu segmento que já está sendo formando o grupo que irá expor e visitar a Feira Automechanika 2012, em Frankfurt, Alemanha. Trata-se de uma importante iniciativa do SIMECS para as empresas metalmecânicas de Caxias do Sul e região, especialmente as de pequeno porte e que ainda não tiveram a oportunidade de participar de uma feira fora do Brasil. A Missão Técnico-Comercial 2012 ao exterior será realizada no mês de setembro. A Automechanika é considerada uma das mais importantes feiras no segmento automotivo mundial. O evento que acontece de 11 a 16 de setembro é referência internacional em tecnologia automotiva, sendo líder na apresentação de inovações, tendências e tecnologia no setor de automóveis e similares. Inúmeros expositores apresentam soluções inovadoras nas áreas de equipamento original, adaptação, acessórios para automóveis e carregamento de baterias, eliminação de resíduos e reciclagem. A última edição da Automechanika acolheu 4.471 expositores e cerca de 155.000 visitantes oriundos de 181 países. Mais de 85% do espaço de exposição para a Automechanika 2012 já está reservado. As empresas interessadas em

Maurício Concatto/O Caxiense

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Um caxiense em alta velocidade

paixão pela velocidade falou mais alto. “Pouco tempo depois, já tive vontade de voltar”, lembra. Matheus também é campeão gaúcho (2003) e tetracampeão de Fórmula 1.6 (2010) e bicampeão brasileiro de Gran Turismo (2010). Agora, o estudante de Engenharia Mecânica e mais novo contratado da BMW prepara-se para o IBERGT, um campeonato com etapas em Portugal e na Espanha. Além disso, disputará a tradicional 24 Horas de Spa-Francorchamps, na Bélgica. Ayrton Senna é o segundo maior ídolo. O primeiro é o pai.

expor e visitar a Automechanika, devem entrar em contato com o SIMECS, através do fone: (54) 3228.1855. FEIRA DA mECÂNICA Já está definido o grupo de empresas do segmento metalmecânico que o SIMECS levará para visitar a Feira Internacional da Mecânica, de 23 a 26 de maio de 2012, no Parque do Anhembi em São Paulo. A Feira da Mecânica apresentará uma ampla variedade de máquinas e equipamentos voltada para a produção, reunindo as principais empresas do setor com o maior número de compradores em busca de lançamentos, tecnologia e negócios. O SIMECS também irá propiciar ao grupo uma visita técnica à empresa Romi, em Santa Bárbara d’Oeste-SP. Fundada em 1930, a Romi é hoje uma empresa de renome internacional, cujos produtos e serviços são utilizados pelos mais variados setores da indústria. Os negócios da Romi são compostos dos seguintes produtos: Máquinas-Ferramenta (máquinas e equipamentos para trabalhar metal por arranque de cavaco), notadamente Centros de Torneamento, Tornos CNC, Tornos Convencionais, Centros de Usinagem e Mandrilhadoras, Peças de ferro fundido cinzento, nodular e vermicular, fornecidas brutas ou usinadas. PALESTRA NO SImECS Tendo por local o auditório do SIMECS, será realizada no dia 11 de abril a palestra: “As Lideranças e as Relações Trabalhistas”. Para tratar deste tema, o SIMECS promoverá a vinda a Caxias do Sul do administrador de empresas Domingos Antonio D´Angelo Junior, profissional que durante 35 anos foi superintendente/gerente de Recursos Humanos em empresas nacionais e multinacionais (Lacta, Sabesp, Cosipa, kibon, Grupo Simão entre outros). Atualmente é Assessor de Recursos Humanos do Sindicato Patronal das Indústrias do Cacau e Balas de São Paulo. D´Angelo Junior também é membro do grupo Diógenes, CRI – Comitê de Relações Industriais, GRETIA – Grupo de Relações Trabalhistas das Indústrias de Alimentação e do Grupo de estudos da FIESP. Entre os assuntos em pauta, está o cenário político econômico e a organização do Trabalho nas empresas. Informações e inscrições junto ao SIMECS, fone: (54) 32281855. OPORTUNIDADES COm A CHINA Em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, o SIMECS realizou no mês de março a palestra: A China e suas Oportunidades. O presidente do SIMECS Getulio Fonseca abriu o evento, o qual contou com a participação de empresários e representantes das empresas dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e metalmecânico de Caxias do Sul e região. A apresentação esteve a cargo da Presidente da Câmara Brasil-China, Uta Schwietzer. Ela abordou aos participantes as oportunidades de negócios com a China para o empresário brasileiro. A palestra teve como objetivo tratar das oportunidades atuais e possibilidades de negócios entre as empresas brasileiras e a China, atração de investimentos, aumento do comércio exterior, e estabelecimento de relações institucionais e

intercâmbios diversos com aquele país. PRÊmIO DISTINÇÃO INDÚSTRIA As empresas do SIMECS têm até o dia 9 de abril para efetuar a inscrição ao Prêmio Distinção Indústria FIERGS 2012. A premiação tem como objetivo destacar produtos, linha de produtos com base em elemento inovador e sistemas de solução produtiva integrada. As inscrições são feitas por empresas industriais estabelecidas no Rio Grande do Sul que apresentem avanços tecnológicos, design, inovação e tenham viabilidade de utilização e comercialização, atendendo aos demais requisitos do regulamento. O prêmio, realizado nos anos pares, permite uma inscrição por empresa e distingue até três participantes. Para candidatar-se, a empresa deverá entregar a ficha de solicitação de inscrição com informações técnicas e promocionais, catálogos, folhetos, DVDs, CDs e laudos técnicos de laboratórios ou entidades oficiais, no setor de Eventos da Presidência da FIERGS. Informações pelo telefone (51) 3347-8702. EVENTO INOVAÇÃO Em VERANÓPOLIS Dando continuidade aos eventos de interiorização, o SIMECS realizará dia 03 de abril na ACIV – Associação Comercial e Industrial de Veranópolis o encontro: Inovar para crescer. A palestra contará com a participação de empresários e profissionais das empresas metalmecânicas da cidade de Veranópolis. A apresentação estará a cargo do engenheiro Reneu Hartemink, pós-graduado em finanças e marketing. Hartemink abordará os aspectos ligados à Inovação e seus impactos na competitividade; Tipos de inovação; Manual de Oslo; Gestão da Inovação na empresa; Orgão de apoio a inovação; Instrumentos de apoio a inovação; Apoio estadual sobre o tema. IBAmA / TAXA A Comissão de Meio Ambiente do SIMECS informa que vence no dia 31 de março o prazo para a renovação do Cadastro Técnico Federal do Ibama e o envio do Relatório Anual de Atividades. A finalidade do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Naturais, é o controle e monitoramento das atividades potencialmente poluidoras ou a extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora. As empresas devem ficar atentas a esta necessidade para que se mantenham legalizadas, prevenindo-se de multas e autuações.

SImECS - Sindicato das Indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/ Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul - Rio Grande do Sul. web Site: www.simecs.com.br E - mail: simecs@simecs.com.br

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O samba romântico do Raça Negra Atração em Caxias neste fim de semana (veja detalhes na página 23), o Raça Negra popularizou o samba em uma época que o ritmo era visto como som das favelas. Os eternos apaixonados e sofredores de amor se identificaram com as letras melosas e românticas da banda, transformando a década de 90 na época de ouro do gênero. À frente do grupo nestes 28 anos, o líder e vocalista da banda, Luiz Carlos da Silva, contou a O CAXIENSE por que o Raça Negra ainda faz sucesso. Você é o responsável pela composição da maioria das músicas. De onde você busca inspiração? Não consigo fazer música sob encomenda. Eu tenho que ter uma história que vivi ou alguém me contou. Por isso, 99 % das letras são baseadas em histórias reais. Isso significa que você e os demais integrantes da banda já sofreram de dor de cotovelo ou foram traídos? Com certeza. Várias vezes. A música Tarde demais foi escrita devido a essas grandes desilusões amorosas. A vida de músico é uma vida cigana, conforme a música? Sim. E você já perdeu amores em função desse estilo de vida? Várias vezes. O músico não tem tempo para relacionamentos muito sérios, está sempre na estrada. Não é toda mulher que está sujeita a esperar por ele. Além disso, a música é eterna, nem tem prazo de validade. Não são todas que aguentam a rotina de um músico. Você acha que música que vira hit é aquela que é feita de coração? Com certeza. Normalmente, as pessoas que sofrem de amor Luiz Carlos da Silva |

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Divulgação/O Caxiense

acham que a dor delas é a pior do mundo. Quando escutam uma música que trata disso se identificam e gostam. No DVD que gravamos em Goiânia, tivemos a participação de famosos cantores que cantaram músicas que marcaram a vida deles, como Alexandre Pires, Belo, Michel Teló. Pro dia nascer feliz, de Cazuza, que vocês cantaram, levou o banda ao topo das paradas. Nesta época vocês participaram uma campanha nacional sobre Aids. Atualmente, qual é campanha que vocês fazem? Alertamos para falta de memória do brasileiro. As pessoas lembram da morte de artista como Whitney Houston, por exemplo, e esquecem de grandes nomes como Wando e Nélson Gonçalves. No Estados Unidos, milhares de pessoas se reúnem para lembrar de Frank Sinatra. A mídia de lá cultua muito as celebridades e faz a população nunca esquecer. No Brasil, isso não ocorre. Porém a pior falta de memória é na política. O brasileiro vota na pessoa, não no partido. A maioria vota em quem paga, independentemente se essa pessoa tem um plano político. As eleições deveriam acabar. Você se candidataria a algum cargo político? Deus me livre! Preferiria virar advogado. Se é para me favorecer à custa dos outros faria advocacia, assim não teria de me preocupar com eleições e seria para o resto da vida. Funk é música? Não gosto, por isso não vou falar se é musica ou não. A letra mexe com o sexualismo da criançada, fala muito de malandragem, assim como era o samba no inicio. Acredito que o funk também evoluirá com o samba. Basta que as letras mudem.


Paulo Pasa/O Caxiense

Quem receberá a revista O CAXIENSE

Confira o nome de deputados que, até terçafeira (27), não haviam assinado o projeto que proíbe a prorrogação das atuais concessões de pedágio, conforme o cruzamento da lista dos autores da proposta (divulgada pelo PT, que encabeça o movimento) com a relação de parlamentares disponível no site da Assembleia Legislativa:

Surdos ao clamor popular

Decepção em Caxias

Caxias do Sul e municípios vizinhos se mobilizam há 14 anos contra o pedágio. Por isso a estranheza de que a deputada Maria Helena Sartori (PMDB) seja a única representante do município que não pôs a assinatura no projeto antiprorrogação das atuais concessões. A expectativa é de que tenha sido apenas um lapso, passível de correção. Outros dois deputados locais – Marisa Formolo (PT) e Alceu Barbosa (PDT) – se mostram atentos às demandas e vigilantes para evitar qualquer ação contra os interesses da população.

A força de Caxias

Adilson Troca (PSDB) Adolfo Brito (PP) ● Alexandre Postal (PMDB): presidente ● Catarina Paladini (PSB) ● Edson Brum (PMDB) ● Ernani Polo (PP) ● Frederico Antunes (PP) ● ●

Recorte e guarde

O clamor popular pelo fim do atual modelo de pedágio se tornou insuficiente para convencer um grupo de 24 deputados estaduais a assinar o projeto que proíbe a renovação dos contratos de pedágio. Mas o Plenário vai dar uma força para que eles revejam a posição e apareçam como coautores da proposta – ou pelo menos aprovem a medida quando entrar em votação. Na manhã de quinta (29), a coluna enviou, via Correios (foto), a edição 121 da revista O CAXIENSE. A reportagem de capa traz 7 argumentos para evitar a prorrogação.

● Gilberto Capoani (PMDB) ● Giovani Feltes (PMDB) ● Heitor Schuch (PSB) ● João Fischer (PP) ● Jorge Pozzobom (PSDB) ● Lucas Redecker (PSDB) ● Luciano Azevedo (PPS) ● Mano Changes (PP) ● Marcelo Moraes (PTB) ● Márcio Biolchi (PMDB) ● Marco Alba (PMDB) ● Maria Helena Sartori (PMDB) ● Miki Breier (PSB) ● Pedro Pereira (PSDB) ● Pedro Westphalen (PP) ● Silvana Covatti (PP) ● Zilá Breitenbach (PSDB)

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na rio

Erro político

É um erro político o deputado se negar a assinar o projeto antiprorrogação dos pedágios. O gesto faz com que o eleitorado tenha a impressão de que ele é favorável a um modelo que, conforme mostrou O CAXIENSE, castiga os motoristas com uma tarifa que subiu 90% além da inflação, mas não oferece investimento condizente com o preço pago.

Caxias deu uma amostra de sua capacidade de mobilização na segunda-feira (26). Numa rara união, mais de 1 mil empresários e trabalhadores da cidade encheram 25 ônibus e protestaram contra a ameaça de desindustrialização, personalizada pelos produtos chineses. O município representou quase metade dos manifestantes em Porto Alegre. O governador Tarso Genro recebeu uma carta com 22 pedidos, como redução na taxa de juros e medidas para atenuar a sobrevalorização cambial. O petista prometeu levar o documento à Brasília.

Otimismo local

As primeiras manifestações mostram que o empresariado local aprovou o pacote industrial, lançado pelo Palácio Piratini na quarta-feira (28). Os empresários gostaram da proposta de o governo do Estado se preocupar em valorizar as empresas já “enraizadas” no Estado, em vez de priorizar a atração de novas multinacionais.

Alerta

O pacote tem o desafio de frear os sinais de desaquecimento na indústria. Um levantamento do Simecs aponta que, no primeiro bimestre, as empresas locais do ramo apresentaram um resultado 10% pior do que o mesmo período do ano passado. 9.MAR.2012

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Uma nova geração de empresários sobe ao mercado Jovens de 25 a 34 anos integram a faixa etária que mais monta empresa no país. Mas, com pouca grana, eles precisam apostar na criatividade, nas tecnologias e nas preocupações sociais para se diferenciar – e sobreviver – em uma economia competitiva

por Rafael Machado

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MaurĂ­cio Concatto/O Caxiense

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Eles cresceram em meio a computadores, jogos eletrônicos e comunicação instantânea. Muitos jamais tocaram em uma máquina de escrever, ouviram um disco de vinil ou receberam um fax. Agora, começam a chegar no mercado. Cheios de ideias e influenciados pelas novas tecnologias, optam por ser os chefes de si próprios, em vez de buscar um trabalho com carteira assinada. A exemplo de outras faixas etárias, a geração dos 25 anos aos 34 anos faz subir as taxas de empreendedorismo no Brasil. A surpresa é que ela aparece como a mais representativa: do total dos novos empreendedores, 22,2% têm essa idade, de acordo com estudo do Global Entrepeneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Caxias do Sul segue a tendência nacional, conforme de analistas. De acordo com Carlos Renato Barbosa da Silva, gerente da Incubadora Tecnológica da Universidade de Caxias do Sul (ITECUCS), esses novos empresários se caracterizam pelo espírito visionário, pois são capazes de identificar oportunidades de mercado que propiciam o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores. “A maioria dos profissionais que nos procura para abrir uma empresa são jovens que estão terminando a faculdade, que se formou há pouco tempo ou que estão cursando pós-graduação ou mestrado. Quase todos estão trabalhando em empresas da cidade e muitas vezes lá mesmo, no dia a dia, observando situações e o mercado, identificam oportunidades e decidem investir nelas”, diz Silva.

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Os levantamentos brasileiros reforçam as observações do gerente. Dos 21,1 milhões de novos empresários do país, 22,2% têm pós-graduação e outros 19,2% fizeram a faculdade. Essa formação dá mais condições para que os novos empreendedores apresentem novidades no mercado, como a turma do Coletivo Labs, que criou um espaço de coworking para incentivar a criatividade de outros jovens empresários, o grupo da Ambe, que atua na tão falada sustentabilidade, ou outros exemplos listados nas páginas seguintes. A capacidade de inovação aparece como critério principal para a participação na incubadora, que oferece estrutura e assessoria administrativa aos novos empresários. Silva afirma que a instituição mantém um edital permanente à disposição das empresas, que ficam livres para apresentar seus projetos. Se a instituição considerar o produto ou serviço diferenciado, ele ganha uma chance para entrar no mercado. “Cada empresa tem de 24 a 36 meses para permanecer trabalhando aqui conosco, mas a maioria acaba saindo antes porque cresce rapidamente e precisa aumentar a sua estrutura física”, diz o gerente. O estudante de ciências da computação Felipe da Rosa Lobo, de 18 anos, trabalha na Flip Studio, empresa que de-

senvolve aplicativos para iPad e iPhone na incubadora. Ele se surpreende com a rapidez com que a tecnologia da empresa chega ao mercado. “O mais legal do nosso trabalho é ver que cada projeto evolui rapidamente. A gente coloca as ideias no papel e logo já estão sendos usadas pelos clientes. Além disso, a necessidade do mercado nos mostra, a cada dia, novas possibilidades de aplicação e atualização dos nossos próprios produtos”, diz o estudante. A inovação livra a nova geração dos percalços comuns a qualquer empresa iniciante. Os jovens empresários reclamam das dificuldades de gerenciar as empresas e o acesso às tecnologias de produção – essenciais para quem está atento às novidades. A Ambe, por exemplo, tenta driblar os obstáculos com estudos. Fez uma pesquisa de mercado, buscou assessoria com um especialista italiano. Agora tenta encontrar alternativas para a aquisição de maquinário, agravado pela exigência de imensas quantias na conta bancária. “Queremos começar a processar os materiais que recebemos. Em um primeiro momento, a ideia é fazer, pelo menos, o processamento do plástico, mas isso demanda um investimento muito alto em tecnologia”, diz o sócio Rodrigo Pierini. Que ninguém duvide, porém, da capacidade dessa gurizada para superar os problemas. Fôlego, eles têm de sobra.


Como se escreve o coletivo de ideias, com 4 letras

Samir Madi |

Maurício Concatto/O Caxiense

Para alguns empreendedores, a liberdade de criar e gerar o próprio negócio, dividindo isso com os clientes, é a maior motivação. Esse foi o incentivo principal para Samir Madi, de 26 anos, fundar em novembro do ano passado a Coletivo Labs, que, inspirado pelo conceito de coworking, oferece um espaço para ser compartilhado por trabalhadores autônomos de diferentes áreas, mas valores semelhantes, com a intenção de estimular a trocar experiências com outros empreendedores.“Trabalhei em diferentes empresas na área de informática, mas foi depois de um ano e meio trabalhando na indústria que vi que realmente o meu negócio era abrir uma empresa. Percebi que viver sob as regras de uma empresa não era o que eu queria para mim”, diz. Ele conta que, antes de abrir o Coletivo Labs com os sócios Geraldine Moojen e Lucas De Ross Rossi, trabalhou também por conta, mas não sentia interesse por parte das empresas no trabalho dele. E foi pensando em casos assim que planejou o formato do Coletivo Labs. “Aqui, reunimos cabeças pensan-

tes e proporcionamos a troca de ideias. Pessoas que se encontram aqui crescem umas com as outras, e indicam os serviços delas para o mercado. Criamos o lugar pensando em pessoas que precisam de uma estrutura de trabalho mas que não precisam arcar com grandes custos”, diz Samir. Muitas experiências boas surgiram no convívio entre os profissionais que utilizam o espaço – o aluguel é a fonte de receitas da empresa. Ali, Samir já viu nascer empresas dos mais variados segmentos, além da realização de oficinas para debate sobre temas diversos. Funcionam como cursos, mas baseadas no conhecimento de seus participantes. Segundo o empreendedor, o mais interessante é que elas surgem por iniciativa externa, ou seja, os profissionais é que procuram pelo espaço para a difusão de ideias entre os interessados. “Já tivemos oficinas de fotografia e grafite, por exemplo, que aconteceram depois que os profissionais nos procuraram. Eles não querem ‘vender seu peixe’, mas disseminar o conhecimento que eles têm em suas áreas de atuação”, diz Samir. 9.MAR.2012

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A EmPRESA QUE NASCEU DEPOIS DE Um PORRE

Eduardo Iotti |

Maurício Concatto/O Caxiense

A cultura também ganha atenção dos novos empreendedores de Caxias do Sul. O publicitário Eduardo Iotti, de 24 anos, criou o projeto Curto Circuito com o objetivo de divulgar as bandas independentes da cidade. “A ideia surgiu de uma forma engraçada. O meu tio Carlos Henrique Iotti (cartunista (cartunista) ia apresentar um programa sobre rock gaúcho na rádio Radicci. Na noite anterior, eu tomei um porre e não compareci à apresentação do programa, conforme eu havia combinado com ele. Ele ficou muito bravo comigo, e resolvi investir em um programa meu”, conta. Depois dali, as ideias foram surgindo e o projeto ganhou força. A ideia é usar a internet como plataforma de apresentação de um talk-show com bandas locais, com uma hora e meia de duração. O programa pode ser ouvido online, nas quartas-feiras à noite, ou

baixado para ouvir em qualquer lugar e horário. De acordo com Iotti, assim que foi lançada a ideia, 3 bandas se interessaram em participar. Com o tempo e a divulgação do projeto, esse número deve aumentar, espera o empreendedor. “Se forem muitas bandas e a gente ver que um programa por semana não vai dar conta, podemos fazer dois, e há também a possibilidade de alguma rádio se interessar pelo programa e, nesse caso, não descarto a possibilidade de passar a veiculá-lo em uma dessas rádios”, afirma. A edição online será complementada por uma revista trimestral, que servirá como uma espécie de guia cultural. A viabilidade financeira do negócio está baseada na comercialização de anúncios nos programas de rádio e na publicação impressa. A revista terá 2 mil exemplares e será distribuída em pontos culturais da cidade.

A mODA DE TRANSFORmAR O CASAmENTO Em NEGÓCIO Há novos empreendimentos locais que, em pouco tempo, ganharam dimensões internacionais. É o caso da Laeffe, grife caxiense fundada em março de 2011 por Frederico Franke, 37 anos, e Karen Franck, de 33 anos. Um diferencial da Laeffe é trilhar o caminho oposto ao da maioria das empresas do segmento. Primeiro, trabalha a consolidação da marca e de seus produtos no mercado externo para, posteriormente, focar as ações no mercado nacional. Por isso, as coleções estão sendo apresentadas em feiras internacionais como a Who’s Next Prêt-à-porter Paris e a London Fashion Week. De acordo com Frederico, a ideia de criar a marca veio em 2008, quando o casal retornou a Caxias do Sul, depois de passar um tempo no Exterior. “Estávamos morando em Londres quando tivemos a ideia de criar a marca, mas voltamos para Caxias do Sul devido a problemas de saúde do meu pai, o que acabou sendo a oportunidade perfeita do casamento virar, também, um negó-

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cio. A ambição de criar um produto internacional com alma brasileira”, conta o empreendedor. Hoje, ele vê a marca consolidada no cenário internacional, com participação nos maiores eventos de moda do mundo, fruto da experiência profissional adquirida pelo casal nos Estados Unidos e Europa – ele como profissional de Comércio Exterior e ela como profissional de Moda. Para Frederico, mesmo em pouco tempo no mercado, a empresa já é referência em seu segmento. “Sempre brincamos com o pessoal da SoulBranding, agência de Caxias que faz nosso material promocional, que eles criaram mais que uma marca, e sim uma referência dentro do nosso mercado. Em nossa primeira feira no Exterior, em janeiro deste ano em Paris, representantes do consulado Brasileiro na França e agentes comercias da Associação Brasileira das Indústrias Têxteis (ABIT) ficaram impressionados com nossa marca”, conta o empresário.

Frederico Franke |

Divulgação/O Caxiense


vERDE, A COR DA NOvA TECNOlOGIA

Rodrigo Pierini, ao lado dos sócios | Maurício Concatto/O Caxiense

Especializada no gerenciamento de resíduos tecnológicos, a Ambe se tornou um exemplo de empresa caxiense, mas nasceu bem longe da Serra, do outro lado do Pacífico. O sócio Rodrigo Pierini, de 27 anos, conta que estava morando na Austrália, com os então amigos e hoje sócios Daniel Pinto, de 26 anos e Samuel Sirena, de 29 anos. Na ocasião, conheceram o italiano Filippo Culasso, empresário e consultor de logística reversa (que estuda a melhor maneira de aproveitar os resíduos industriais). Uma conversa com o europeu rendeu a inspiração para criar uma empresa de gerenciamento de resíduos tecnológicos. Hoje, a Ambe recicla todos os tipos de equipamentos que utilizam energia elétrica, desde eletrodomésticos até computadores e telefones. “Desde que a ideia surgiu, em 2009, fomos organizando o projeto da empresa, que concluímos em abril de 2011. Apresentamos esse projeto ao consultor e ele ficou um mês e meio aqui em Caxias para fazermos juntos o estudo de viabilidade econômica do negócio”, conta Rodrigo. Em fevereiro deste ano, colocaram a ideia em prática, instalando a empresa em um pavilhão do bairro Cristo Redentor. De lá para cá, já foram procura-

dos por muitas empresas e também por pessoas físicas para o descarte de equipamentos eletrônicos. A receita da empresa vem da venda dos equipamentos recolhidos para empresas de Caxias do Sul, de outros Estados e até da Itália. “Teve um caso em que eu atravessei a cidade para recolher uma caixa de sapatos com alguns equipamentos, o que nos faz pensar na questão dos custos. Mesmo assim, só pretendemos começar a cobrar pela coleta no segundo semestre”, conta o empreendedor. A motivação, porém, vai além da viabilidade econômica. Os empreendedores se preocupam com a contribuição ambiental e social que o negócio gera. “Estamos levantando a bandeira da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Há uma lei que diz que as empresas são responsáveis pelo descarte de seus resíduos sólidos e queremos contribuir com esse trabalho”, diz Pierini. No aspecto social, a contribuição acontece com o aproveitamento de alguns equipamentos recebidos. Quando um computador, por exemplo, chega à empresa precisando de pequenos reparos, a equipe coloca-o novamente em condições de uso e doa para entidades beneficentes da cidade. 9.MAR.2012

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O baile dos brotos

Depois de perder o vigor da juventude e o grande amor de suas vidas, eles encontraram um lugar para esquecer da idade, fazer amigos e afogar as mĂĄgoas em ĂĄgua mineral. Descobriram que ainda tĂŞm fĂ´lego para encontrar novos namoros

por Fabiana Seferin 16


Maurício Concatto/O Caxiense

Ela olha no relógio, ainda falta uma hora para sair, mas já é hora de se arrumar. Vai direto para o banho de musa. Massageia suavemente os cabelos longos de um preto brilhante como nos comerciais de xampu. Seca-se com uma toalha felpuda e deslisa as mãos com creme hidratante em cada curva do corpo. Com a chapinha, a franja ganha cuidado especial – reta sobre a testa, ao estilo do corte de cabelo mais ousado de Sabrina Sato – e os cachos se transformam em impecáveis fios lisos quase até a cintura. Parte para a maquiagem básica: base, blush, sombra, batom, delineador e rímel. Os tons da maquiagem combinam com a cor do vestido. E o traje da vez, feito sob encomenda, é vermelho. A rainha do baile está pronta. Os canutilhos bordados no vestido brilharão mais do que canutilhos de outras festas: vão refletir a luz do sol das 15:00 de uma quinta-feira. Antes de entrar no táxi, ela retoca o batom. Agora, sim, pode seguir para o baile da terceira idade no Velho Fogo de Chão, onde será – sempre é – a estrela do dia. Sandra Oliveira Luz, de 66 anos, carrega a faixa – não que seja necessário – para ser identificada como Rainha de Honra do Velho Fogo de Chão, no bairro Lourdes. Sua simpatia e alegria despertaram a atenção dos frequentadores do baile logo que ela começou a frequentar a casa, aos 49 anos. Foi eleita Rainha do Carnaval. A partir de então, não parou de ganhar títulos. Diante da corte de amigos que conquistou em 17 anos de assiduidade, ela cumpre com dedicação o papel de soberana. Entre as funções que mais gosta, está a de cupido. “Fui responsável pelo casamento de vários casais aqui”, diz a rainha, apontando para uma senhora sentada em uma mesa ao lado da pista de dança. A flecha de Sandra acertou Geni Oliveira Azevedo, de 77 anos, pelo menos duas vezes. “Estava ficando em depressão, quando meu médico disse que deveria sair e me divertir. Ele me recomendou o baile. Minha tristeza passou”, revela a receita que a fez superar o luto pela morte do primeiro marido. A solidão da viuvez é a principal responsável por lotar as casas de baile de terceira idade. E Geni venceu duas. Aos 66 anos, apaixonou-se por um gaiteiro que toca-

va no Fogo de Chão. Trocaram olhares por semanas seguidas, depois dançaram algumas vezes. E ele foi morar na casa dela. Depois de 3 anos juntos, o gaiteiro, 17 anos mais jovem que Geni, morreu do coração. E ela já sabia como lidar com a perda. Em menos de um ano conheceu o terceiro companheiro e “casou” embora esse não fosse alguém para se casar. Durou um ano e meio. “Ele bebia muito. Não gosto disso. Para se divertir não é preciso beber”, conta Geni. Solteira e dispensada do luto, ela segue à procura do par perfeito: não porque precise de um namorado, mas porque a busca a diverte. “Sou feliz aqui. Conheço pessoas, danço bastante. Venho todos os domingos às 16:00 e vou embora por volta das 22:00.” Nos relacionamentos amorosos nascidos em bailes de terceira idade, a demora na paquera é compensada no passo seguinte. Beijo na boca é tabu. Primeiro deve haver a conquista: paquera e dança – a cantada é dispensável. Depois começam os encontros fora do baile e já se pode chamar o relacionamento de namoro. Em pouco tempo, já estão morando juntos. “Com os idosos tudo acontece muito rápido. Logo que se gostam começam a namorar e casar”, explica a rainha Sandra, que há 11 anos tem um namorado que conheceu no baile. Os bailes têm iluminação opaca e cheiro de talco, um aroma adocicado propício aos romances tardios e à convivência pacífica. “Nos 30 anos que temos o baile, nunca houve brigas ou pessoas passando dos limites do respeitável”, garante a proprietária Julieta Perini, de 77 anos. No bar, ela serve refrigerantes, água mineral e até água da torneira. São poucos os que pedem cerveja. Com a visão prejudicada pelo tempo, os frequentadores precisam de claridade para flertar com os pretendentes. Há mesas e cadeiras para todos, fundamental para descansar as pernas e recuperar o fôlego. Na pista, cada par dança ao seu modo, uns mais lentos, outros mais rápidos. Há quem perca o ritmo, há quem dance sempre o mesmo, em qualquer música. As mulheres mostram uma vaidade despreocupada com o nosso tempo. Usam roupas e acessórios e promo

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Lurdes Castilhos e Sandra Oliveira Luz, soberanas do Fogo de Chão| Acervo pessoal, Divulgação/O Caxiense

vem um desfile de décadas. Privilegiam o conforto para os pés com calçados rasteiros. Quem não dispensa o salto alto não esquece de levar na bolsa um chinelinho. Os homens dançam de alpargatas, botas, sapatos sociais e tênis; bombachas, jeans, camisa ou camisetas coloridas, não necessariamente com a combinação mais comum. Vestemse para uma festa onde o bom humor é mais valorizado do que a aparência. O pedreiro aposentado Volmir da Silva Lupin, de 66 anos, mais conhecido como Catarina, gosta de “tomar uma cervejinha de vez em quando para dar uma descontraída”. Vestindo uma camisa branca e um jeans desbotado – que combina com o cabelo grisalho – ele não disfarça a idade na procura por uma companheira. Há 4 anos separado, é exigente: “Ela deve ser bem dançadeira, magra de visual, grossa de dinheiro e curta de vida”, brinca Catarina, que se considera o Rei da Dança e um excelente marido, pois cozinha, limpa e é carinhoso. No entanto, nem todos que vão ao baile estão a procura de um par. Maria Bampi Tozz, de 80 anos, vai para matar a saudade do marido. Ele faleceu há 3 anos, mas o luto ainda faz Maria chorar ao lembrar dos bons tempos. “Ele era um pé de valsa. Emendávamos uma música na outra. Bailávamos nas festas

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de clubes e nos salões de igreja. Em casa, ligávamos o toca-discos e flutuávamos pela sala...”, recorda Maria, que há um ano frequenta os bailes e decidiu nunca mais dançar. Cléria Boeira, de 66 anos, também entrou em depressão assim que perdeu o marido, aos 45 anos. Depois de diversas internações no hospital e muita medicação, Cléria foi estimulada por amigas e filhos a buscar outro remédio. Passou a frequentar os bailes da terceira idade no Clube Calhambeque. Nos primeiros 3 anos não dançou, se sentia fragilizada, não superava a saudade dos 10 anos de casamento. Com o tempo, foi se soltando, e hoje não para mais. “Não tomo mais remédio, não tenho mais depressão. Venho quase todos os dias da semana”, conta a ex-princesa do Calhambeque. A aposentada Amanda Schwantes, de 81 anos, também deixou de lado a vida tranquila que tinha em casa para cair na dança. Viúva há mais de 20 anos, ela frequenta os “bailinhos”, como se refere, há 18 anos. Dança com todo mundo, embora perceba que os convites têm sido cada vez mais escassos. Apesar de não ter namorado, assume que tem “paqueras”, conquistas da simpatia e de uma produção vaidosa que não demora mais de 15 minutos: batom rosa claro, pó, saia abaixo dos joelhos e blusas largas para

Amanda Schwantes |

Maurício Concatto/O Caxiense

“Ele era um pé-devalsa. Emendávamos uma música na outra. Bailávamos nas festas de clubes e nos salões de igreja. Em casa, ligávamos o toca-discos e flutuávamos pela sala”, lembra Maria, que vai ao baile para lembrar do marido falecido há 3 anos, o último homem com quem dançou.


Baile da terceira idade no Sesc | Maurício Concatto/O Caxiense

não marcar o corpo. Acostumada a dançar desde pequena, Amanda acompanhava os pais nas festas do distrito de Santa Lúcia do Piaí. Naquela época, “ficava feio” uma mulher negar convites para dançar. Amanda se recusou e levou um tapa bem aceito pela sociedade da época. “Não fiquei ofendida com a agressão, era algo visto como normal”, lembra. Frequentadora assídua do bailão, o destino é sempre o mesmo nas tardes de quarta a domingo: os bailes do Sesc e do Velho Fogo de Chão. Investe no visual e vai de ônibus mesmo. “ É melhor do que a cavalo, o que eu fazia quando era moça. No Interior não existia carro, o meio de transporte era o cavalo, sendo às mulheres só permitido andar de lado, com as pernas unidas”, relembra a delicada Amanda, que espalha cheiro de alfazema pelo salão. Apesar de serem bailes indicados para idosos, há sempre aqueles que frequentam as festas antes de chegar aos 60. José Mário Gonçalves, de 55 anos, é um pão. Considerado “gatão” pela mulherada, diz não saber da fama que tem. “Venho apenas para es-

pairecer, me divertir com amigos, não tenho namoradas”, descarta a ideia de ser o centro das atenções. Após passar por um divórcio conturbado, quer recuperar o tempo perdido. Sempre gostou de dançar, algo que a ex-mulher odiava. Há 3 anos, todas as sextas-feiras, bate ponto no bailão. Há rumores de que mulheres já teriam se desentendido no banheiro por causa dele. José Mário nunca ouviu falar do escândalo. De qualquer forma, mantém o peito inflado, uma pele lisa e charmosos cabelos grisalhos. E a modéstia também arranca suspiros. O baile realiza sonhos. Lurdes Castilhos, de 77 anos, realizou o dela. A Rainha da Primavera se orgulha de carregar a coroa, a faixa e a alegria por onde passa. Otimista, se recuperou rápido do trauma de ser deixada pelo marido depois de 30 anos de casamento. Um mês depois da separação já estava dançando nos bailes. “Ele não valia minhas lágrimas. Queria mais é me divertir. Hoje, vivo o máximo que posso dos meus dias”, conta Lurdes que descobriu a fórmula da juventude: buscar a felicidade enquanto há tempo. 9.MAR.2012

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PLATEIA

Espelho, espelho meu... Quem é mais linda do que Julia Roberts? | O irmão do Blues | Mulheres em cena | Corpo de luzoberts

Um herói do século XXI por Dimas Dal Rosso

o marido já faz dívidas com a máfia e coloca a sua família em As 10 mil ruas da cidade de perigo. Para acabar com a ameaLos Angeles servem de cenário ça, o piloto introspectivo se propara o motorista anônimo que põe a dirigir para um assalto que é dublê de dia e à noite vende quitará a débito. O plano acaba sua habilidade atrás do volante por dar errado, e agora ele tem para criminosos que precisam que salvar a própria vida e derrude um piloto de fuga. No início bar os chefões Nino (Ron Perldo longa, em uma ótima cena man) e Bernie (Albert Brooks). de perseguição de carro, sem O gênero de Drive é ação, mas diálogos, o caráter do herói é ele foge bastante do esperado apresentado: lembra muito um para filmes hollywoodianos deste pistoleiro solitário dos filmes tipo. Mesmo assim, é desenvolwestern. Em vez de um cavalo, vido com símbolos genuínos ele tem um carro. Em nenhum da cidade do cinema, como momento conhecemos o nome garçonetes de dinners, a máfia do protagonista. Tudo o que se judaica e dublês de blockbussabe sobre o misterioso e intros- ters. Além disso, vale lembrar pectivo herói, que só fala quando que a Academia não levou em é muito necessário, vem da boca conta as boas atuações de Albert dos outros e de suas ações. Brooks e de Carey Mulligan, os Falamos de um dos filmes mais dois mereciam uma indicação de injustiçados deste ano. Depois melhor ator/atriz coadjuvante. de receber o prêmio de Melhor Um dos poucos pontos Direção em Cannes, Drive não negativos do longa é que Refn recebeu nenhuma grande inditentou transformar a jaqueta de cação ao Oscar – foi indicado escorpião, usada por Gosling, apenas à Melhor Edição de Som em ícone da cultura pop. Como – nem ao Globo de Ouro. A pro- chapéu de herói do Velho Oeste, dução independente, baseada no a jaqueta acompanha o persolivro homônimo de James Sallis, nagem o filme inteiro. Em uma é a primeira aventura do diretor das cenas, a jaqueta branca de dinamarquês Nicolas Winding um tecido brilhante fica ensopaRefn, não tão conhecido pela tri- da de sangue. No outro dia, ele logia Pusher, no cinema america- ainda a veste. A desnecessária no. Com uma fotografia espetacoadjuvante já pode ser comcular, a produção nos remete a prada em sites americanos. clássicos hollywoodianos como Drive é mais do que um filme Operação França e Bullit. Uma que merece ser assistido. Refn curiosidade bastante irônica é criou um herói de presença, que o diretor não dirige carro um John Wayne dos tempos por que foi reprovado diversas modernos. É imperdível. vezes na prova de habilitação. ★★★★★ Na trama, o herói interpretado por Ryan Gosling é testado IGUATEMI SEX. (30) a QUA. (4). quando, aos poucos, começa um 14:40-16:50-19:00-21:00 relacionamento com a garçonete QUI. (5). 16:50-19:00-21:00 Irene (Carey Mulligan), casada com um presidiário e mãe de um 16 1:40 menino. Logo que sai da cadeia,

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CINE

Julia

Roberts. Lily Collins. Armie Hammer. Nathan Lane. De Tarsem Singh

ESPELHO, ESPELHO MEU A aguardada releitura de uma das fábulas mais populares da história, com Julia Roberts no papel da madrasta, chega a Caxias em pré-estreia, com sessões somente na quinta-feira (5). Lily Collins vive Branca de Neve, a princesa exilada na floresta que irá liderar um bando de 7 anões na missão de impedir o casamento da rainha má com o príncipe (Armie Hammer) apenas para salvar o reino de seus problemas financeiros. Um dos pontos altos da produção é o figurino, assinado pela ganhadora do Oscar Eiko Ishioka. Julia Roberts checou a distender um músculo da coxa ao tentar se movimentar em um enorme e trabalhado vestido que pesava quase 30 kg. Pré-estreia. CINÉPOLIS QUI. (5) 14:00-16:00-18:00-20:10-22:10 IGUATEMI QUI. (5) 14:40

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

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Jogos Vorazes

PEQUENOS ESPIÕES 4

O primeiro longa do que muito provavelmente virá a ser uma franquia, baseada em uma série de livros da escritora norte-americana Suzanne Collins, conseguiu uma rara façanha: surpreender a positivamente os especialistas. O roteiro, que aparenta ser apenas de um filme de ação – até meio juvenil –, é pano de fundo para uma forte crítica social. Buscando referências em clássicos como 1984 e O Senhor das Moscas, Jogos Vorazes se passa em uma sociedade futurista em que os reality shows chegaram ao ponto mais extremo: mais do que lutar por um prêmio, os participantes colocam a sua própria vida em jogo. Transmitidas ao vivo pela televisão, as batalhas são uma forma dos 12 distritos da Capital (antiga América do Norte) aumentarem a arrecadação e quitarem seus tributos com o governo. 2ª semana.

De acordo com o Internet Movie Database, a ideia para este filme surgiu no set de Machete, outro projeto em que Robert Rodriguez e Jessica Alba trabalharam juntos. Jessica já estava vestida para gravar quando a fralda de sua filha praticamente explodiu. Vendo a habilidade da atriz em trocar a criança sem sujar o figurino, Rodriguez pensou “que tal uma mãe espiã?”. Uma agente aposentada é convocada de volta à ação e incorpora ao time seus dois enteados e o filho bebê. 4ª semana.

IGUATEMI 15:00-18:15-21:15 CINÉPOLIS 15:30-18:30-21:40 13:10-16:10-19:00

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Sam

Worthington, Liam Neeson. Rosamund Pike. De Jonathan Liebesman.

FÚRIA DE TITÃS 2 A trama se passa 10 anos após o primeiro filme. Perseu, que depois de derrotar o monstro Kraken leva uma vida mansa de pescador com seu filho, Helius, é novamente envolvido em uma batalha mitológica quando Zeus é capturado por Ares e Hades. Ao lado de Andrômeda, do semideus Agenor Dongyu Zhou, Shawn Dou, Meijuan Xi. De Zhang Yimou e do deus caído Hefesto, ele terá que deter os irmãos maus antes que eles consigam libertar os Titãs da prisão no inferno A Árvore do Amor de Tártaro. A crítica ficou divida – há quem considere superO drama de época chinês conta a história de Jing, que é ficial, há quem ache a qualidade superior ao primeiro –, mas mandada para um período de reeducação no campo, durante um ponto é quase certo: será mais um blockbuster mitológia revolução cultural do país, após a prisão de seu pai pelo co de bom desempenho nas bilheterias. Estreia. governo da China. Lá, a garota se apaixona por Sun, o filho de um oficial, e terá que rever suas convicções ao escolher CINÉPOLIS 13:20-15:20-17:20-19:20-21:30 entre viver o amor ou lutar por ideal. O filme é dirigido por 3D 14:10-18:10-22:20 16:15-20:15 3D Zhang Yimou, que tem no currículo os épicos indicados ao IGUATEMI 14:00-16:10-19:15-21:45 3D 15:40 Oscar O Clã das Adagas Voadoras, Herói e A Maldição da 3D 20:00-22:00 12 Flor Dourada. 1:39 ORDOVÁS SEX. (30) 10:30 SÁB.(31) e DOM.(1) 20:00

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PROJETO X Baseado em fatos reais, o filme conta a história de 3 adolescentes que resolvem dar uma festa para entrar para a história. No entanto, o evento acaba saindo completamente fora do controle dos jovens, causando destruição pela vizinhança. O longa é narrado no estilo Bruxa de Blair, e mais da metade foi, de fato, filmado em câmeras portáteis ou de celulares. 3ª semana. CINÉPOLIS 21:10

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GUERRA É GUERRA A workaholic Lauren provoca uma verdadeira guerra ao conquistar, através de um site de relacionamentos, o coração de dois agentes da CIA. Apesar de trazer Reese Witherspoon em uma persongaem mais sensual e ousada do que de costume, o híbrido de comédia romântica e ação resulta numa trama bem água com açúcar. 3ª semana. CINÉPOLIS SEX. (30) a QUA. (4) 14:00-16:00-18:0020:10-22:10 IGUATEMI 15:30-17:30-19:30-21:30

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De Chris

Renaud e Kyle Balda.

O Lorax - Em Busca da Trúfula Perdida Com forte apelo ecológico, a animação fez sucesso nos Estados Unidos. A história é baseada em um conto de um escritor popular na América do Norte, Dr. Seuss Theodor Suss Geisel – O Grinch e Horton e o Mundo dos Quem também foram baseados em suas obras. Ted é um garoto de 12 anos que mora em uma cidade do futuro onde tudo é artificial. Quando a garota dos seus sonhos expressa o desejo de ver, ao menos uma vez na vida, uma árvore de verdade, ele vai em busca de uma fofa criaturinha que guarda os mistérios da natureza. CINÉPOLIS 3D 13:00-15:00-17:00-19:10 IGUATEMI 14:20-16:30-18:30-20:30. 3D 13:40-18:00

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Chico Audi, Divulgação/O Caxiense

MUSICA + SHOWS SEXTA-FEIRA (30) Kako e Marcela

22:00. R$ 30 e R$ 20. Arena

Delta Jam

23:00. R$ 12 e R$ 8. Aristos

HardRockers

22:00. R$ 10. Bier Haus

Dan Ferreti e Dj Marcelo Heck

22:00. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

Festa Friends

22:00. R$ 40 e R$ 20. Cathedral

Freak Me

22:00. R$ 10. Level Cult

Blackbirds

22:00. R$ 18 e R$ 12. Mississippi

Maurício e Daniel

20:00. R$ 8 e R$ 6. Paiol

Eletro Acústico

23:30. R$ 20. Portal

Toolbox

23:00. R$ 12 e R$ 10. Vagão Classic

Bacardi Flavours

22:00. R$ 30 e R$ 20. Xerife

Pagodeira das antigas

“Cheia de manias, toda dengosa, menina bonita”, você pode relembrar os 28 anos de carreira do Raça Negra em Caxias. O vocalista Luiz Carlos e conjunto pretendem mostrar que os primeiros cabelos brancos não vão tirar a grupo da estrada. No repertório, sucessos antigos como Cigana e Pensando em Você, e mais novidades do álbum 2012 – uma delas trilha sonora de novela. SÁB. (31). 23:30. R$ 35 a R$ 60. All Need Master Hall

Ross William Hamilton, Divulgação/O Caxiense

SÁBADO (31) Raça Negra

23:30. R$ 35 a R$ 60. All Need Master Hall

Lustrando os Trastes e Fator 80 23:00. R$ 10 e R$ 8. Aristos

Banda Opera Lizz

22:00. R$ 10. Bier Haus

João Villaverde e Filhos de Yê

23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

Alemão Ronaldo

22:00. R$ 30 e R$ 20. La Barra

Festa Teatro

22:00. R$ 15 e R$ 12. Level Cult

Curtis Salgado (EUA)

22:00. R$ 25 e R$ 15. Mississippi

MC Jean Paul

23:00. R$ 20 a R$ 70. Move

Barbaquá

20:00. R$ 8 e R$ 6. Paiol

O verdadeiro irmão cara de pau

O bar mais blues do estado vai ferver ao som de Curtis Salgado. O cantor, nascido na capital americana, serviu de inspiração para um personagem do filme The Blues Brothers (Irmãos Cara de Pau – 1979), e já cantou junto com a lenda da guitarra Carlos Santana. SÁB. (31). 22:00. R$ 25 e R$ 15. Mississippi

9.MAR.2012

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Despedida com... BBBs!

+ SHOWS The End

Com a festa The End, a Pepsi Club fecha suas portas em grande estilo. Os DJs convidados fazem a balada Discorama, dedicada ao poprock dos anos 80. A noite comemora, também, o aniversário do ex-BBB caxiense Flávio Steffi e tem a presença VIP da ex-BBB e musa da edição 2012 do reality Laisa Portela, que será capa da Playboy de abril.

22:30. R$ 40 e R$ 35. Pepsi

Vinny Lacerda

23:30. R$ 20. Portal

AC/DC Cover RS

23:00. R$ 20 e R$ 15. Vagão Classic

DOMINGO (1º) Sambaneles

22:00. R$ 20. Portal

SÁB. (31). 23:00. R$ 40 e R$ 20. Pepsi

Ricardo Barp, Divulgação/O Caxiense

TERÇA-FEIRA (3) Cris Caberlon

22:00. R$ 10. Bier Haus

QUARTA-FEIRA (4) Vintage Pop Rock

22:00. R$ 10. Bier Haus

QUINTA-FEIRA (5) Robledo Rock e Domênico Anzolin 22:00. R$ 10. Bier Haus

Som infernal

A AC/DC Cover RS ostenta orgulhosamente o título de ser uma das melhores bandas cover de Angus Young e cia que, bem, dispensam apresentações. Se dizem que o rock é música do diabo, esses caras vão direto para o inferno. Não faltarão Highway to Hell, You Shook Me All Night Long e as novas do álbum Black Ice. SÁB. (31). 23:00. R$ 15 e R$ 12. Vagão Classic

Psicodelia contemporânea

A sonoridade psicodélica e multifacetada da Mindgarden, inspirada pela contracultura dos anos 60, virou CD, com apoio do Financiarte. O álbum de estreia do quarteto, masterizado no lendário estúdio londrino Abbey Road, tem influências de Radiohead, Pink Floyd, Led Zeppelin, Queens of Stone Age, The Mars Volta e Jimi Hendrix, e elementos de sons regionais, jazz, grunge e post-rock. A banda, que começou em 2009 com uma proposta de música instrumental, incluiu letras em inglês neste trabalho. Os primeiros singles de Marcelo Moojen (guitarrista e vocalista), Luis Fernando Alles (guitarrista), Rafael Kubiczewski (baixista) e Mateus Mussatto (baterista) foram disponibilizados gratuitamente no site http://soundcloud.com/mindgardenmusic/. SÁB. (31). 21:30. Gratuito (sugere-se doação de alimentos). Casa das Oficinas

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+ oficina MAQUIAGEM ARTÍSTICA

Um grito afro

Bárbara é uma escritora negra, filha de Iansã, que relembra histórias de sua vida. Em cada personagem, o texto mistura depoimentos para mostrar as várias faces da mulher negra brasileira. O monólogo Sete Ventos é interpretado por Débora Almeida, também autora da dramaturgia.

Nariz vermelho sexy

Em Cinta-liga/Desliga, do Núcleo Trompas de Falópio, Aline Tanaã Tavares, Grasie- SEX. (30). 20:30. R$ 15 e R$ 7,50. 15 la Müller e Odelta Simoneti, interpretam 3 Teatro Municipal palhaças. A peça é uma caricatura dos desejos, cotidiano e esteriótipos do universo feminino. As 3 buscam desesperadamente por um amor. Você, moreno-alto-bonito-esensual, pode ser o príncipe, a vítima. Queira ser.

1:00 Edu Barroso, Divulgação/O Caxiense

Pepe Pessoa vai ministrar uma oficina de maquiagem artística na Casa de Teatro, espaço da Tem Gente Teatrando, no dia 28 de abril, das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00. A oficina é gratuita e limitada a 20 vagas. Interessados devem entrar em contato pelo fone 3221-3130. Ao longo do ano, uma vez por mês, a casa vai oferecer outras 8 oficinas sobre diversos temas. Todas são gratuitas, têm 20 vagas e estão com inscrições abertas.

Zezinho Andrade, Divulgação/O Caxiense

Douglas Trancoso, Divulgação/O Caxiense

PALCO

★★★★★

DOM. (1°). 20:00. R$ 15 e R$ 7,50. 12 Teatro Municipal

0:50

Cartolas e coelhos

Em A Magia do Sorrir, da Cia da Alegria, palhaços apresentam truques de magia. A peça conta com 4 atores. E as mágicas podem dar errado. Essa é a graça. TER. (3) e QUA. (4). 19:00. R$ 7. L Teatro Municipal. 0:50

Bonecos folclóricos

A clássica história do Negrinho do Pastoreio, de Simões Lopes Neto, é relembrada por meio de um teatro de bonecos apresentado pelo grupo Molhados na Chuva. Na narração, um jovem, filho de escravos é castigado após perder o cavalo de seu patrão.

No espelho, a dor

A busca incessante pelo corpo perfeito, a bulimia, a anorexia e a autoflagelação. Esse é o enredo de Gordas, monólogo de Ana Woolf, interpretado pela atriz argentina Natália Marcet, elogiada pela profundidade e poesia com que desenvolve o texto.

QUI. (5). 20:30. R$ 10 e R$ 5. SÁB. (31). 20:30. R$ 15 e R$ 7,50. 15 L Teatro Municipal. Livre. 0:35 Teatro Municipal

0:58

9.MAR.2012

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MA RIM

Marcelo Aramis

Além dos limites

Rodrigo Bello Marroni convida a uma viagem sensorial em sua exposição Fronteiras do Corpo. Os visitantes podem conferir nas duas galerias do Ordovás um trabalho produzido por meio da manipulação digital de fotografias, que exibem partes do corpo humano. Nas imagens abstratas, curvas e linhas da anatomia humana perdem sua verdadeira característica entre tons vazados que estimulam a criatividade do observador, na tradução do que visualiza. Em seus espaços estão expostas 4 imagens em impressão fineart, na sala de exposição ao lado do Zarabatana, e uma projeção na galeria. Fronteiras do Corpo Rodrigo Bello Marroni. A partir de QUA. (4). SEG-SEX. 09:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás.

Autumn

Figurinistas de Rainhas

Devaneios Digitais

Mulheres a flor da pele

Claro que está acontecendo dentro de sua mente, mas porque esta significa que não é real

Arte da História

Miriam Cardoso de Souza. SEGSEX. 10:00-19:00 DOM. 16:00-19:00 Tiago Sozo Marcon. SEG-SEX. 08:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal. Fotografias

Júlia Martinato. Termina SÁB. (31). SEG-SEX. 09:0019:00. Farmácia do Ipam.

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Coletiva. Termina SÁB. (31). TERSÁB. 09:00-17:00. Museu Municipal. Mila Magnabosco. Encerra SÁB. (31). SEG-SÁB. 10:00-22:00. DOM. 14:00-20:00. San Pelegrino. Felipe Vitória. A partir de TER. (3). SEG-SEX. 09:0019:00. Farmácia do Ipam.

A Varsóvia Educação e Cultura e De Guerrilha Produções Artísticas recebem até o dia 9 de abril inscrições de artistas para o Festival Brasileiro de Música de Rua em www.festivalbrasileirodemusicaderua.blogspot.com. Financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o festival vai realizar diversos shows em pontos de ônibus e locais públicos de grande circulação, de 16 a 20 de maio. A organização prevê cachê de R$ 222,65 por músico, para cada apresentação de 90 minutos (serão duas para cada atração: uma durante o festival e outra no show de encerramento, com todos os participantes). Até a segunda (26), 23 músicos/grupos haviam se inscrito – apenas 3 são caxienses. E olha que nem precisa passar o chapéu... Espera-se que a baixa procura se deva ao hábito brasileiro de deixar tudo para a última hora e não ao hábito caxiense de reclamar de barriga cheia. Divulgação/O Caxiense

CA

ARTE

Mudança de hábito

Novidade retrô

Em uma dessas casas antigas que a área central de Caxias esconde, no endereço 933 da Rua La Salle, em São Pelegrino, a designer de moda Leandra Pedroso inaugurOU a Dona Nicoletta Concept. A loja parece um ateliê/ galeria e tem cara de casa de vó. Vende-se de tudo. Além de bolsas customizadas, especialidade de Leandra, os objetos de decoração – sala, cozinha, banheiro e jardim –, de arte e antiguidades estão organizados, cada um no seu cômodo. Todos querem a banheira-sofá da foto. Leandra avisa que é difícil conseguir uma assim, mas se propõe a tentar. Essa ela não vende. O espírito da loja é este mesmo: promover o desejo de compra por mostrar cada coisa no seu devido lugar, como uma banheira na sala de visitas.


Enderecos

Hugo Araújo, Divulgação/O Caxiense

A

cinemas: CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 15 (NOITE), R$ 23 (3D). TER. R$ 8, R$ 12 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 17 (MATINE E NOITE), R$ 23 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer.R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) | MÚSICA: ALL NEED MASTER HALL: RUA CASTELNOVO, 13351, CAPIVARI. 3028-2200 | arena: bruno segalla, 11366, são leopoldo. 3021-3145. | Aristos. Av. Júlio de Castilhos, 1677, Centro 3221-2679 | Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 3221-6769 | BOTECO 13: Doutor Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | CAsa das oficinas: Rua Dr. Augusto Pestana, 50 | cathedral. Feijó Júnior, 1.023. São Pelegrino. 3419-0015 | HAVANA. Rua Dr. Augusto Pestana, 145. Moinho da Estação. 3215-6619. | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | move: Gaston Luis Benetti, 849. Parque Sanvitto - Cidade Nova. 84074942 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | Pepsi Club. Vereador Mário Pezzi, 1.450. Lourdes. 3419-0900 | Portal Bowling. RST 453, Km 02, 4.140. Desvio Rizzo. 3220-5758 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | XERIFE COUNTRY BAR: Ilário Santo Pasquali, 34. Nossa Senhora de Fátima. 3025-4971 | ZARABATANA. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3228-9046. TEATROS: CASA DE TEATRO. OLAVO BILAC, 300. sÃO PELEGRINO. 3221-3130 | teatro municipal: Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | galerias: catna café: Júlio de Castilhos, 2546. são pelegrino. 3221-5059 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, (54) 3221.3697 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221.2423 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316.

Legenda Duração

Classificação

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

Música Blues Coral Hip hop Jazz Pop Reggae Tradicionalista

Eletrônica Erudita Funk Metal MPB Pagode Rock Samba Sertanejo

Dança Clássico Forró Hip hop

Contemporânea Folclore Jazz Salão

Flamenco Dança do Ventre

Artes Diversas Pintura

Escultura Artesanato Fotografia Grafite Desenho Acervo Vídeo

Carol De Barba Ecologicamente corretos Acreditando que um produto sustentável precisa necessariamente ter qualidade, ser atraente e durável, o empresário Rodrigo Schiavenin e o designer Francisco Ailton dos Santos idealizaram a grife Ora+. Após muita pesquisa de materiais, métodos de fabricação e tendências, a dupla de Flores da Cunha desenvolveu bolsas, almofadas e mais peças regidas pelo equilíbrio ambiental em cada pequeno detalhe da coleção – desde o tecido (lona composta por 65% de algodão cru, 30% de fio reciclado e 5% garrafas pet) e a estamparia (feita com tinta à base d’água) às linhas, fitas e botões. A primeira coleção, que remete à temática indígena, está disponíel na loja online www.oramais.com.br.

Páscoa na moda

Além de lançar uma minicoleção cuja renda ajuda crianças carentes a celebrarem a Páscoa, a marca infantil Dedeka também participa da Chocofest, que vai até 8 de abril, em Gramado. Dentro do estande da marca, o gigante Ovo Moro no Mundo, os pequenos podem colocarem a mão na massa no Fogão Mágico da Vovó Coelha, participam de contação de histórias e concorrem a brindes. O ovo gigante fica na Praça Major Nicoletti, ao lado da Rua Coberta e em frente à Igreja Matriz. 9.MAR.2012

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ARQUIBANCADA A dupla CA-JU tenta engrenar no gauchão | A largada nos jogos escolares | Futebol com 7 ou com 11 jogadores

Reforço alviverde

+ ESPORTE FUTEBOL: Campeonato Municipal de Futebol – Séries Ouro e Prata

SÁB (31) e DOM. (01). Gratuito, Estádio Municipal, campo do Madrid, campo da Frangosul, Enxutão, Campo do bairro Fátima, Campo do Estrela e campo do Sagrada Família.

Pela Taça Farroupilha – o segundo turno do Gauchão 2012 –, o Juventude joga contra o São José, no Passo D’Areia. Após uma série de maus desempenhos, o time, que também está preocupado com a Copa do Brasil e a Série D, reforçou a equipe com o volante Cléber Monteiro, que atuou 9 anos no futebol europeu. SÁB (31). 16:00. Estádio Passo D’Areia

FUTEBOL SETE: Futebol Sete Master – Jogos do Sesi (masculino)

RUGBY: Campeonato Gaúcho de Rugby Serra Rugby x Charrua SÁB. (31). 16:00. Gratuito. Ginásio S.E.R. Santa Lúcia

ENXUTÃO: LUIZ COVOLAN, 1.560, MARECHAL FLORIANO | SESI: CIRO DE LAVRA PINTO. BAIRRO FÁTIMA. 3229-6500 | ESTÁDIO MUNICIPAL: JÚLIO DE CASTILHOS, S/M. BAIRRO CINQUENTENÁRIO | ESTÁDIO PASSO D’AREIA: RUA PADRE HILDEBRANDO. N° 1100. PASSO D’AREIA. PORTO ALEGRE | ESTÁDIO CENTENÁRIO: THOMAZ BELTRÃO DE QUEIROZ. BAIRRO MARECHAL FLORIANO. 30265050

Será dada a largada para os Jogos Escolares Prof. Luiz César dos Santos, neste sábado (31). Serão 11 mil alunos de 96 escolas. A competição vai até dezembro. Na abertura, 6 modalidades de minirrústica estão programadas. No decorrer do ano, os alunos também serão inscritos para modalidades como futsal, atletismo, badminton, xadrez, basquete, handebol, vôlei e futebol.

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível

6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: vinte (20) dias. Natureza: Cancelamento de protesto. Processo: 010/1.11.00000-5 (CNJ: 0000115-49.201118.21.0010). Requerente: Bazei Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. Requerido: Bobinatec Indústria e Comércio de Embalagens Ltda. Objeto: CITAÇÃO de Bobinatec Indústria e Comércio de Embalagens Ltda., atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor da inicial. Caxias do Sul, 26 de dezembro de 2011. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Sílvia Muradás Fiori. Audante Substituta: Andréia Gaio.

30.MAR.2012

DOM (1º). 18:00. Estádio Centenário

Estudantes no esporte

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

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Já classificado na final do Estadual e confirmado na Série C, o Caxias vem cumprindo tabela nesta segunda fase do Gauchão. De qualquer forma, quer o apoio da torcida para vencer o Cerâmica em casa.

Rafaela Conte, Divulgação/O Caxiense

Voges x Guerra Fras-le x Pisani Plásticos SÁB. (31). 15:00 e 15:45. Gratuito. Sede Campestre Fras-le

Apoio da torcida

SÁB (31). 14:00. Gratuito. Centro Esportivo do Sesi


re

na Gabriel Izidoro

Agora que os pudores de fingir que a dupla CA-JU ainda tem algo a fazer na tal Taça Farroupilha já sucumbiram à realidade – independentemente dos resultados do meio de semana –, o momento permite o resgate da sensatez, para salvar a parte mais importante da temporada. E não é a ilusão de um final feliz no Gauchão. O que de melhor podia acontecer – a

Taça Piratini grená – e o que precisava acontecer – a permanência na primeira divisão de ambos – foi garantido. A emergência consiste em resolver a verdadeira prioridade do ano, que apresenta rendimentos e reconhecimento concreto sem a necessidade de implorar pelas migalhas de má-vontade da Metrópole (yes, nós somos colonos): o Campeonato Brasileiro. José Cruz, ABr, Divulgação/O Caxiense

a

Restou o diagnóstico

O Farrapos, o Serra e o Walkyrians – ilustres representantes da região no (cada vez melhor) Campeonato Gaúcho de Rugby. A peleia vai para a segunda rodada.

O Esportivo e o Glória – dois dos representantes da região na Divisão de Acesso (faça-me o favor) do Gauchão. O BrasilFa deu uma melhorada, depois de patinar na arrancada.

Estupidez FC – o time mais forte do momento. Muitos ditos torcedores (no caso, em São Paulo) estão conseguindo realizar o sonho de ganhar as crônicas acima dos times. Pena que é na página policial.

Foi sem querer querendo

Prometi, agora conto: da vez que fiz o João Havelange sangrar. Copa do Mundo de Futsal 2008, vip lounge do Maracanãzinho (não existe isso, eles improvisaram). Canapés, acepipes, décadence avec élégance. Estou lá dentro, suado, com uma camisetinha dois números menor. Havelange, a 50 centímetros de distância, tem uma assessora que lhe explica minhas intenções, em francês. Havelange conversa com “o senhor”, diz ela. Olho em volta e confirmo: “o senhor” sou eu. Até a terceira pergunta, vamos bem. Na hora de engatar a quarta, um farol vermelho se acende na narina direita dele. O homem segue

falando. O primeiro pingo cai na gravata. E abre caminho para uma pequena torrente. Havelange continua sem freio na resenha. Não faço mais a menor ideia do assunto. Sei que a qualquer momento ele vai tombar para frente e receberei uma descarga elétrica dos guarda-costas. Finalmente ele passa um lenço no nariz e percebe o vazamento. A assessora vem socorrê-lo. E agradecer “o senhor” pelo fim da entrevista. Saí no lucro: sem levar o taser e com uns 3 risoles no bucho. Quase certeza que o episódio não tem qualquer relação com o presente estado de saúde do homem que tornou a Fifa maior que a ONU. A despeito dos meios.

Quem vai treinar o Juventude na Série D? A coluna fechou antes do jogo em Ijuí, portanto, a dúvida ainda procede: será Alexandre Barroso, mesmo? Nada contra o profissional, mas... sério? Neste caso, um indicativo parece bem claro quanto aos planos alviverdes para o Brasileiro. A maior parte do vestiário terá o refil trocado. Depois da humilhação no Beira-Rio, é impossível manter a base do grupo. O ambiente explodiu. E Barroso já avisou que 90% dos novos contratados são indicações suas. Depois de 2010, quando, por birra com a imprensa, o Juventude manteve Osmar Loss até atirar uma divisão pelo ralo, o clube volta a se entregar aos braços de um treinador. Ok.

Quem vai treinar do Caxias na Série C?

Antes que as hostes da defesa cega contra os ímpios da mídia se levantem em fogo e enxofre na salvaguarda do bastião grená, um breve aparte: a menos que algo tenha se alterado nos últimos dias, Paulo Porto tem contrato com o Caxias apenas para o Gauchão. Se o Caxias tem convicção de sua serventia para o Brasileiro, seria do melhor tom que tornasse isso público e oficial o mais cedo possível. Do contrário, vale o mesmo: trate de providenciar o sucessor. Para o Gauchão, resta trabalhar para evitar um fiasco na final contra o Inter. Sim, aposto no Inter. O Caxias já viu contra si e o coirmão o preço do despreparo. 9.MAR.2012

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9.MAR.2012

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EM MÍDIAS MÓVEIS, NÓS SOMOS O GIGANTE POR AQUI. Seu celular pode ser uma grande fonte de notícias locais. Baixe grátis o aplicativo O CAxIENSE para Android.

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