Edição 153

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A parceria que levará 4 pós em Direito à Faculdade Murialdo

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Desespero para azular o boletim

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O impacto das representações no Ministério Público

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Vida moderna em casas quase centenárias

16 Descerrando a gestão: as obras – pequenas e grandes – inauguradas pela prefeitura

9 Preocupe-se com o tamanho da próstata, não do pênis

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moda e beleza

O que Geni perdeu quando escolheu ser fiel à política

Preparando a pele e o corpo para o verão

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Fotos: 4, 12 e 16: Paulo Pasa/O Caxiense | 9: Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

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Novos personagens no palco e na plateia

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

Engajamento nas redes sociais | Campanha transmídia | Aniversário de 3 anos Pesquisadora sobre hipermídia, ambientes digitais e jornalismo online, a doutora em Comunicação Pollyana Ferrari tem autoridade sobre o campo e legitimou, usando conceitos do sociólogo Pierre Bourdieu, o projeto editorial de O CAXIENSE. Na última semana, a professora comentou no Twitter:

“Primeira coisa do dia em Caxias, ler @ocaxiense! Matéria sobre domésticas está muito boa :-)” Micael de Avila, outro jornalista, também deixou seu comentário em menos de 140 caracteres:

“Parabéns aos colegas do @ocaxiense sempre me deixando muito bem informado via redes sociais” Entretanto, o que mais engajou nossos leitores foi a notícia compartilhada no Facebook contando sobre o dentista caxiense Gustavo Sebben, de 31 anos, que irá percorrer 11 mil quilômetros para atender crianças carentes. Gustavo já havia sido personagem da seção Boa Gente da versão impressa mostrando o projeto que desenvolveu na Amazônia para colaborar com a saúde dos índios. Desta vez, a viagem pela América do Sul dos Expedicionários da Saúde vai levar atendimento odontológico para regiões afastadas do continente. Abaixo, alguns comentários selecionados:

Essa é uma atitude digna de admiração, de coragem e de amor ao próximo. Parabéns. Se existissem mais pessoas como você, o mundo seria melhor. Continue assim e terás um retorno merecido!

ocaxiense@ocaxiense.com.br

www.ocaxiense.com.br

Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula Sperb Diretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Sônia Acioly Vieira

Que sirva de inspiração....Achei fantástico o que ele disse: “Não somos meros consumidores de oxigênio. Temos responsabilidade pelo outro e preocupar-se com as pessoas é preocupar-se com nós mesmos”.

Editor-chefe | revista

Gabriele Piccoli

Leonardo Portella

Existem pessoas no mundo que são realmente diferenciadas e que fazem a diferença. Esse cara é uma delas. Parabéns! Zoltir Luza Exemplo que deveria ser seguido por muitas pessoas. Sonia Frison Muitos deviam fazer o mesmo... não só dentistas, médicos também. Eliane Frison

Marcelo Aramis

Editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei Andrade Daniela Bittencourt Gesiele Lordes Paulo Pasa Designer

Luciana Lain COMERCIAL Executivas de contas

Pita Loss

ASSINATURAS Atendimento

Eloisa Hoffmann Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120 foto de capa Paulo Pasa/O Caxiense

Parabéns e desejo tudo de bom para ele! Essas atitudes merecem e deveriam ser muito melhor valorizadas! Fabio Camargo

Próximo de completar 3 anos da primeira edição, O CAXIENSE começa a celebrar seu aniversário com uma campanha transmídia veiculada para todo o Rio Grande do Sul. Para saber do que se trata, assista à TVE (para sintonizar em Caxias aponte a antena em direção da CIC, no canal 47), de segunEsse merece muitas curtidas! Eduardo Soares Dos da a sexta, entre 18:30 e 20:00. Santos Boa leitura! Paula Sperb, diretora de Redação

TIRAGEM 5.000 exemplares

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BASTIDORES

Palavra de promotor: o mensalão e as eleições municipais | 5 mitos sobre a saúde do homem | Sustentabilidade em sala de aula

Aluno modelo (com 8 meses de atraso)

Luiz Mezzomo |

por Daniela Bittencourt A menos de dois meses do final do ano letivo, chegou a hora de encarar a realidade. Pelo menos é esta a postura que o estudante Gustavo Ferronato, aluno do 2º ano do Ensino Médio no colégio La Salle, adotou nas últimas semanas. Com alguns meses de atraso – mas não o suficiente para perder a esperança de aprovação –, Gustavo decidiu tomar uma providência quanto à preguiça de estudar, como ele mesmo define. “Sei que não estudo em casa. A gente até tenta reunir alguns colegas para ver a matéria juntos, mas sempre acaba jogando videogame”, conta, divertido, o jovem de 17 anos. Ele é um dos estudantes que, nos últimos 4 meses do ano, buscam nas aulas particulares de reforço escolar o recurso final para salvar o semestre. São os desesperados de fim de ano. Nesta época, eles se tornam os alunos mais dedicados da escola. E fora dela também. O professor aposentado Luiz Mezzomo, de 69 anos, um dos docentes da escola Apoio, que oferece aulas particulares de reforço, conhece bem o tipo. Professor de Matemática e Física, as duas matérias vilãs dos boletins, ele recebe tanto alunos que têm dificuldade de aprendizagem como os que, como Gustavo, apresentaram uma dedicação, digamos, tardia para os estudos. “Tem aqueles que vêm porque estão com a nota baixa. Geralmente, quem marca as aulas são as

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mães. Muitos destes vêm sem nada para estudar. Às vezes, gazearam a aula, nem anotaram a matéria. Aí é mais complicado. Quando eles trazem a lista de exercícios para tirar as dúvidas, o rendimento é maior”, exemplifica. Seja para melhorar a nota ou entender o conteúdo, os desesperados fazem fila para conseguir horário na escola. A coordenadora Márcia Mazzochi conta que, em novembro passado, o número de estudantes em lista de espera para aulas de reforço chegou a 30. “Em setembro começa o fluxo maior, temos aumento de 50% em alunos particulares. Nos meses seguintes, a procura aumenta quase 90%”, conta. Nestes meses de maior fluxo, a escola atende cerca de 45 alunos por dia, somente em reforço escolar. Alguns têm aulas fixas semanais, conforme a dificuldade. Mas há os que marcam aulas com o único objetivo de estudar para as provas seguintes, como Kimberly Caroline de Souza Bonatto, de 17 anos, aluna do 3º ano do colégio Santa Catarina. A estratégia de esperar o segundo semestre para recuperar as notas do primeiro não deu certo. Na tentativa de eliminar o maior número de matérias possível em que ficará pendente, Kimberly começou aulas de reforço em Física, Matemática e Química, que paga com o trabalho como secretária. “Não quis ficar dependendo do provão para todas elas. Vai ficar só Inglês, que, como é língua estrangeira, a gente não tem obrigação de

Gustavo Ferronato |

Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

saber, então os professores são menos exigentes”, argumenta. Esta é a segunda vez que ela procura a Apoio. Conta que, na 8ª série, quando estudava na escola Coronel José Pena de Moraes, só passou de ano por causa das aulas de reforço em Matemática e Português. Para Kimberly, o excesso de conteúdo explicado em sala de aula e o número alto de alunos são os obstáculos para um aprendizado mais proveitoso. O professor Mezzomo concorda com a estudante e enumera mais alguns vilões: “Em escolas públicas, às vezes, tem muita troca de professor e os alunos ficam perdidos. Não há uma continuidade de conteúdo. Muitos deles chegam aqui sem a base, principalmente de cálculos simples. E tem aqueles que são muito ligados na comunicação, no celular, e não se concentram nas aulas”, avalia, ponto destacado também por Gustavo: “Aqui, tenho certeza de que vou ver uma hora de matéria sem nada que possa me distrair. Na sala de aula, é difícil não perder a atenção para o celular”, diz o estudante que, por não querer relembrar a sensação que teve na 7ª série, quando repetiu de ano, se matriculou por conta própria nas aulas de reforço pagas pela mãe. “As dúvidas já vinham se arrastando, mas chegou uma hora em que eu precisava fazer algo, senão não ia dar”, assume. A torcida é para que o senso de responsabilidade não tenha despertado tarde demais.


Divulgação/O Caxiense

CAM

PUS

Os Cristãos e o Direito

A parceria entre a Faculdade Murialdo e a Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul (FMP), firmada na quinta (25), teve grande colaboração do professor e juiz da 16ª Zona Eleitoral de Caxias do Sul, Sérgio Augustin. Saudado na assinatura do contrato – que traz 4 cursos de pósgraduação em Direito a Caxias (Direito Penal e Processual Penal, Direito Privado Contemporâneo, Direito da Criança e do Adolescente e Gestão Pública) –, Augustin analisou as faculdades caxienses e apontou ao FMP a Faculdade Murialdo. Um dos fatores favoráveis à instituição, segundo o juiz, é a ideologia cristã da faculdade administrada por padres.

Para falar de comunicação

Duas palestras e um debate estão programados para a Semana Acadêmica de Comunicação, que ocorre na terça (6), quarta (7) e quinta (8 ), na UCS. Na terça (6), o gerente comercial da empresa VTEX, Fábio Schimidt, abre o evento com a palestra E-commerce como diferencial competitivo para as empresas, no auditório do bloco J, às 20:00. Na quarta (7), Shirlei Paravisi, coordenadora da RBS TV Caxias; Patrícia Camassola Tomé, secretária municipal de Turismo de São Marcos; e Carla Segalla, analista de marketing da empresa Express Restaurantes – egressas dos cursos de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda –, debaterão sobre O atual cenário e perspectivas para os comunicadores, a partir das 20:00, no UCS Teatro. Para encerrar, o diretor nacional de criação da Agência Escala, Régis Montagna, ministra palestra com tema Para entrar no mercado de Comunicação tem que ter brevê, quinta (8), no auditório do bloco J, às 20:30. O evento tem entrada franca nos 3 dias.

Hoje e o amanhã

Com Doutorado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo (USP), a jornalista Pollyana Ferrari Teixeira ministra o seminário Jornalismo Digital Hoje, no dia 10 de novembro, no Cetel, da UCS. Com 3 horas de duração, o encontro debaterá o jornalismo digital e as diferenças entre o novo e o velho paradigma da comunicação. O seminário destinará 55 vagas a alunos e profissionais da comunicação, que podem ser preenchidas até o domingo (4), no site da instituição. O investimento é de R$ 55.

Universidade de Caxias do Sul

Acuracidade das Informações. 10 e 24/11. Inscrições até 3 de novembro. R$ 190. Nova Ortografia da Língua Portuguesa. 10/11. Inscrições até 3 de novembro. R$ 70. Estratégias para Falar em Público. 10 e 17/11. Inscrições até 3 de novembro. R$ 90. Administração do Tempo. 24/11 a 8/12. Inscrições até 17 de novembro. R$ 230

+ VESTIBULAR

Universidade de Caxias do Sul. Prova: 9 de dezembro. Inscrições até 23 de novembro. R$ 50 Faculdade da Serra Gaúcha. Prova: 11 de dezembro. Inscrições até 10 de dezembro. R$ 40 Faculdade Anglo-Americano/IDEAU. Prova: 22 de novembro. Inscrições até 21 de novembro. Faculdade Inovação. Prova: 4 de dezembro. Inscrições até 3 de dezembro. R$ 20 Faculdade América Latina. Prova: 12 de dezembro. Inscrições até 11 de dezembro. R$ 25 FTSG. Prova: 6 de dezembro. Inscrições até 5 de dezembro. R$ 25 Faculdade de Tecnologia. Prova: 8 de dezembro. Inscrições até 7 de dezembro. R$ 35 WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW. ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 35364404 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW. AMERICALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.FTSG.EDU.BR. 3022-8700 | WWW.PORTALFAI.COM. 3028-8700

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“ É uma função do eleitor filtrar aquilo que é fidedigno”, diz o presidente da Escola Superior do MP por Leonardo Portella Criada em 1983, por promotores e procuradores de Justiça do Rio Grande do Sul, a Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul (FMP) trabalha para dar suporte aos candidatos dos concursos realizados pelo MP. Além disso, é mantenedora da Faculdade de Direito, que firmou parceria com a Faculdade Murialdo na quinta (25), para oferecer 4 cursos de pósgraduação em Caxias. O presidente da FMP, Mauro Luís Silva de Souza revela os problemas da publicização das representações do MP em eleições.

Mauro Luís Silva de Souza |

Divulgação/O Caxiense

“E as pessoas, os cidadãos, os eleitores, precisam conhecer os seus candidatos. Às vezes, há um certo exagero na divulgação dessas representações”, diz Mauro Luís Silva

Na última eleição, tivemos 3 representações contra 3 candidatos à prefeitura, vindas do Ministério Público. Qual a saída que o MP encontra para que essas representações não sejam usadas a favor de outras candidaturas? Esses processos, em regra, são públicos e eles têm essa carga de publicidade. É muito difícil que outras pessoas não tomem conhecimento disso, dada a necessidade de publicização das coisas, que é da própria essência. O MP tem tomado cuidado, a própria Procuradoria-Geral de Justiça tem orientado os promotores no sentido de divulgar essas ações quando já haja decisão definitiva do Poder Judiciário. Agora, nós não temos como controlar que os advogados das partes envolvidas comuniquem os partidos, a imprensa, e divulguem esses dados. É uma questão muito difícil, porque eleição é uma coisa pública. E as pessoas, os cidadãos, os eleitores, precisam conhecer os seus candidatos. Às vezes, há um certo exagero na divulgação dessas representações. Essadivulgação é um problema para o eleitor? O eleitor, felizmente, tem condições de ver isso. É uma função dele filtrar, no meio dessa gama de informações, aquilo que é fidedigno. A gente tem que ver quem fala e de onde fala para ver com que interesse a pessoa divulga isso. Quais efeitos o julgamento do men-

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salão pode ter no Sistema Judiciário? Nós temos um julgamento inédito, histórico. Não se tem notícias da condenação de outros políticos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O STF mostrou que é um tribunal condicional, um tribunal político, mas também um tribunal independente, que está disposto a fazer valer a Constituição. Deu um passo histórico e muito grande para demonstrar que, desde que foi proclamada a República, embora ninguém tenha sido condenado por isso, administrador público tem suas responsabilidades. Ele tem que cumprir o que manda a legislação, senão ele vai ser punido por isso. E hoje nós vimos aí que já temos o anúncio das penas de Marcos Valério em mais de 60 anos. Efetivamente, a se confirmarem essas penas, tudo indica que o pessoal do mensalão vai ser condenado, sim. Isso é uma mudança naquela visão, até certo ponto equivocada que se tinha, que justiça não é para políticos e é apenas para ladrão de galinha, como se diz no popular. As pessoas têm que valorizar as leis. Como o MP vê a tese do “domínio do fato”, que está embasando a condenação de réus do mensalão sem prova física? A teoria do domínio do fato se baseia na ideia de que ‘eu tomei conhecimento da situação e tinha poderes para impedi-la mas, por algum motivo, eu não impedi’. Essa é a teoria. Se eu tenho conhecimento da situação e tenho poderes para impedir o ilícito, eu também sou responsável por ele. Não te parece? Se eu conheço o que está acontecendo, tenho plena consciência de que aquilo é ilegal e tenho o dever jurídico de impedir que aconteça, há o domínio de fato. Eu acho essa teoria muito adequada para o Poder Público, para a gestão pública. Porque dizer que não há provas ali, eu acho um tanto quanto forçado. Provas haviam e isso depende muito do que se considera prova. Não dá para dizer que temos que pegar o sujeito com a mão na massa para afirmar que ele é culpado. Existem outras provas que podem ser consideradas. E é isso que está sendo mostrado.


Janaína Silva, Divulgação/O Caxiense

BOA

GENTE

Um educador para a sustentabilidade

Há 3 anos e meio o microempresário Rafael de Lucena Perini, de 38 anos, sócio da caxiense Flabélia Chocolates, passou a colocar em prática uma outra vocação além de administrador: ensinar. Foi a forma que encontrou para contribuir com a construção de uma sociedade melhor. “Gosto de estar em contato com jovens e poder instigar o pensamento crítico, a tomada de iniciativa”, conta. Professor de disciplinas de Administração na Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), entre elas Ética e Filosofia, ele propôs aos 32 alunos um desafio: implantar, em suas casas, ações que diminuíssem o consumo de energia elétrica. Durante o semestre, eles teriam que comprovar a eficácia destas ações. O desafio foi inscrito como projeto no concurso do Santander Práticas de Educação para Sustentabilidade, se destacando como um dos 6 melhores entre 257 inscritos – o único da Serra. Embora não tenha sido um dos

3 vencedores, Perini conta que o projeto só teve resultados positivos. “Em um primeiro momento, os alunos ficaram preocupados sobre convencer os familiares a aderir. É fácil falar em reduzir, mas quando chegou a parte de fazer, eles sentiram dificuldade”, conta, lembrando que alguns familiares tiveram resistência em mudar, mesmo com ações simples, como trocar um tipo de lâmpada ou de chuveiro. “Mas no final foi muito interessante”, avalia. Os alunos apresentaram para a turma suas ideias, dificuldades e resultados. As ações sustentáveis diminuíram cerca de 10% o consumo de energia nas casas. Além de professor e administrador, Perini tem estudado, em sua dissertação de mestrado em Administração com ênfase em Sustentabilidade pela UFRGS/ FSG, a melhor forma de introduzir as práticas de sustentabilidade em sala de aula. Uma delas já se comprovou eficaz.

TOP5

Mitos da saúde do homem “Hoje, as chances de cura do câncer de próstata são enormes. A grande maioria dos casos que resulta em óbito acontece devido a um diagnóstico muito tardio”, afirma o urologista Fábio Pasqualotto, mestre e doutor em Urologia pela Universidade de São Paulo (USP). É ele que derruba alguns mitos da saúde masculina.

Quem nunca? “Em algum momento da vida, o homem falha. É natural, é do jogo”, afirma. Fábio explica que, antes dos 40 anos, a disfunção erétil é um sinal de alerta. E o problema pode ser resolvido em uma consulta ao urologista. Ou seja, nada de desespero antes da visita ao médico.

Aumento do pênis Esticar, massagear, deixar de molho... Segundo Fábio, não existe nenhum estudo que comprove a eficácia de métodos para aumentar o tamanho do pênis. “Muitos homens acabam querendo que o pênis fique maior para sua própria autoestima, mas isso varia conforme cada organismo”, explica.

Urina curta “Dificuldade para urinar não quer dizer que seja câncer na próstata”, explica o urologista. De acordo com Fábio, a urina com jato fraco não é, necessariamente, sintoma de câncer na próstata. “Apenas 1/3 dos casos de dificuldade para urinar pode ser considerado, após diagnóstico, câncer. Muitos homens já chegam no consultório desesperados

achando que vão morrer porque a urina está curta”, conta. Tabagismo O tabagismo é um grave problema para os homens. “Além de ser um causador de câncer de próstata, na boca e na bexiga, acaba levando homens a ter problemas de ereção também”, conta. A maioria dos casos, segundo ele, ocorre em homens acima de 40 anos. Exame O exame de toque, temido pela grande parcela masculina, é o método mais seguro para o diagnóstico do câncer de próstata. “O exame de sangue pode ajudar, mas não apresenta a mesma eficácia e confiança que o tradicional exame de toque”, conta. 2.nov.2012

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na rio

A deputada estadual Marisa Formolo (PT) será uma das caxienses integrantes da comissão oficial da Missão Governamental a Cuba, entre os dias 2 e 5 de novembro. Além de Marisa, representantes da Marcopolo e Agrale irão ao país de Castro. “Nós temos em Cuba a chance de ter uma indústria de tratores e a Agrale pode ser uma das investidoras”, conta Marisa. O governador Tarso Genro (PT) lidera o grupo que tem entre seus interesses parcerias na área de reciclagem de resíduos sólidos. Outra proposta é formar uma agenda permanente entre o Rio Grande do Sul e Cuba na área cultural.

Menores de 18 anos não podem comprar tinta em spray em Caxias. Desde o ano passado, além da proibição, as lojas deveriam cadastrar os consumidores do produto. Tudo para tentar coibir as pichações que se alastram, como no caso da Capela Santo Sepulcro, em Lourdes. A lei, de autoria da vereadora Geni Peteffi (PMDB) com aditivo do vereador Gustavo Toigo (PDT) seria perfeita se funcionasse. Além de não respeitarem a norma (veja o teste realizado pelo O CAXIENSE, no qual somente 2 estabelecimentos exigiram documentação, em www.ocaxiense.com.br), as lojas não enviam os dados exigidos à prefeitura, que alega não ter condições de fiscalizar. A multa para quem não cumpre a lei varia de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil, podendo levar à cassação do alvará.

Assédio moral

Deputada?

Na sessão ordinária de quarta-feira (31), após a manifestação do presidente do Sindiserv, João Dorlan, a vereadora reeleita Denise Pessôa (PT) lembrou o projeto que apresentou para coibir o assédio moral no serviço público. Projeto que não foi bem recebido pelo Executivo. Denise lembrou que o prefeito eleito Alceu Barbosa Velho (PDT), quando era vereador, foi o primeiro parlamentar a propor matéria de igual teor. Disse esperar que, depois de empossado, Alceu faça o tema avançar.

Mais Renault

A DRSUL de Caxias é a primeira concessionária do Estado a adotar o programa Renault Pro+, lançado em março deste ano e incorporado por 6 lojas do Brasil. Espalhadas por 30 países, já são 450 concessionárias inseridas no Pro+. Com foco no frotista, o objetivo é fornecer rapidamente uma solução para qualquer necessidade do cliente profissional. “Os clientes comerciais da

Sartori homenageado

“Tive que abrir mão da minha eleição, de tudo aquilo que eu mais queria”, diz Geni Peteffi (leia perfil na página 12), que se despede da Câmara na presidência, após 6 mandatos. Pressionada pela família para cuidar da saúde, a legisladora reluta em se afastar da política. E até provoca: quem sabe não concorre a deputada em 2014?

DRSUL vão encontrar uma equipe qualificada de atendimento, oferecendo um serviço especializado, que vai desde o primeiro contato do cliente com os recepcionistas e consultores de vendas, até o atendimento de pós-venda realizado por consultores técnicos e mecânicos da oficina”, afirma a diretora da revenda em Caxias do Sul, Adriane Santarem.

Anualmente, a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) de Caxias do Sul presta uma homenagem a um líder que tenha contribuído significativamente para a sociedade. Encerrando a gestão do presidente Moacir Basso, a solenidade de 23 de novembro reconhecerá o prefeito José Ivo Sartori como Dirigente Cristão 2012. No mesmo evento, que será realizado no Dom Augusto Gastronomia, toma posse o presidente do próximo ano, Milton José Cemin, acompanhado do vice-presidente Jairo Antunes. Moacir Basso passa a ser presidente do Conselho Consultivo da ADCE. Já receberam a honraria Paulo Poletto, em 2011, e o reitor da UCS, Isidoro Zorzi, em 2010.

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A lei é boa, mas...

Nova geração A CDL Jovem elegeu por unanimidade a diretoria para a gestão 2013 na reuniãoalmoço da última terça-feira (30), no Palácio do Comércio. Mateus Formolo será o próximo presidente, auxiliado pela 1ª vicepresidente, Gabriele Picoli, e o 2º presidente, Diego Rizzo.

20 ª edição do prêmio Gigia Bandera reconhecerá Dolaimes Maria Stedile Angeli (in memorian), Darte Carvalho Labatut e José Alceu Lorandi. A homenagem do Simecs será em 23 de novembro, no Clube Juvenil.

5,6% foi a queda da economia caxiense em setembro, segundo os números divulgados pela CIC e CDL.

Paulo Pasa/O Caxiense

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Política e negócios em Cuba


Fotos: Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

Inaugur metro

O levantamento das 69 obras do último ano do governo Sartori culmina com a grande inauguração que espera a presença de Dilma para descerrar a fita

por Leonardo Portella Faltando apenas dois meses para encerrar o ciclo de 8 anos de comando do prefeito José Ivo Sartori (PMDB), O CAXIENSE lança o seu “inaugurômetro” com intuito de acompanhar e informar a comunidade sobre as obras públicas. A partir desta edição, o gráfico será atualizado mensalmente na sua versão digital em www.ocaxiense.com.br. Em 2011, foram inauguradas 41 obras. Em 2012, deverão ser 69 (algumas a serem entregues), um aumento de 68,2% em relação ao ano anterior. O ápice de inaugurações deste ano foi no mês de junho, com 15 descerramentos. Para o cálculo, contabilizamos obras de porte variado – da reforma de uma escola à construção de uma barragem –, excluindo apenas aquelas que se configuram como simples manutenção, como a “revitalização” de calçadas. Sartori deixará legados para seu sucessor Alceu Barbosa Velho (PDT). É o caso da Estação Principal de Integração (EPI) Imigrante, uma estação de transporte coletivo que atenderá 20 mil usuários todos os dias. Tratada pela prefeitura como uma das grandes obras planejadas nos últimos anos, começou a ser construída em junho deste ano e deverá ficar pronta apenas em março de 2013. Enquanto isso, o trabalho segue em ritmo acelerado no Sistema Marrecas. A marca mais importante do governo de Sartori – “a maior obra da História de Caxias” (e a mais cara também) – deverá ser inaugurada em dezembro, mesmo

após embargos e irregularidades. “Estamos na expectativa de que a presidente Dilma Rousseff (PT) venha para a inauguração”, conta o chefe de gabinete, Edson Néspolo. Na agenda do prefeito, o grande dia, quando o Sistema Marrecas enfim represará seus 33 bilhões de litros de água, está agendado para 17 de dezembro. A data é uma previsão a partir de uma brecha na agenda da presidente, entre 15 e 20 de dezembro. Se Dilma não vier, Sartori corta a faixa sem ela. Se o abastecimento de água e a mobilidade estão contemplados, a gestão também realizou obras e executou projetos nas áreas da Saúde, Infraestrutura e Lazer, como a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), o Programa de Asfaltamento do Interior (PAI) e as Academias da Melhor Idade (AMEI). Entre reformas e construção de novas UBSs, a UPA da Zona Norte teve as obras autorizadas em setembro deste ano e deverá funcionar somente em 2014 (os mais otimistas garantem que a obra ficará pronta ainda no final de 2013). Com recursos do governo federal – a obra custará R$ 3.646.045,88, sendo que R$ 2.566.265,10 foram repassados pela União – a unidade terá a função de descentralizar os atendimentos no Postão 24 horas. O espaço, com 1.500m², ficará no bairro São Luiz, e contará com 18 salas de observação, 4 leitos de urgência e emergência, 10 consultórios, 8 poltronas/macas, além de equipamentos de raio-x e consultório odontológico. A projeção, segundo a secretária da Saúde,

Maria do Rosário Antoniazzi, é que a UPA tenha uma abrangência de 90 mil pessoas, de 12 bairros da Zona Norte. Quanto ao Programa de Asfaltamento do Interior (PAI), o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Norberto Luiz Soletti, conta que o governo não apenas trabalhou nas áreas centrais da cidade, como se importou também com o agricultor do interior. Para ele, o PAI está ao lado do Sistema Marrecas como a maior obra caxiense. “Nos últimos anos, ao menos uma estrada que liga o Centro com o interior recebeu asfalto. É um incentivo que a gestão Sartori deu ao agricultor, para que ele continue no interior e que possa gerar progresso econômico. As frutas e verduras que nós compramos no supermercado passam pelas estradas asfaltadas do interior”, diz. Até o final deste ano, 23 academias especiais para idosos, ao ar livre, estarão em funcionamento. Cada uma delas recebe média de investimento de R$ 15 mil a R$ 20 mil para ficar pronta. Segundo o secretário municipal de Esporte e Lazer, José Luiz Plein Filho, a Academia da Melhor Idade representa mais que a prática de exercícios físicos, tão importante para os 29.938 idosos do Município, de acordo com o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). “Nós ouvimos das pessoas que frequentam as academias que elas ajudaram na convivência entre os vizinhos. O diálogo ficou mais fortalecido entre as pessoas”, conta Plein. 2.nov.2012

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Janeiro

3 obras / 2011: 3 obras Assina convênio para implantação do Policiamento Comunitário em 18 bairros ● Entrega reforma na Galeria Municipal ● Entrega da pavimentação da Rota do Sol, DalAgno - Criúva (PAI) ●

fevereiro

4 obras / 2011: 1 obra ● Inaugura nova estrutura do Som & Luz ● Inaugura área de lazer no bairro Mariani ● Entrega da obra de revitalização Parque Getúlio Vargas ● Entrega Ecoponto (Codeca)

mar o

3 obras / 2011: 4 obras ● Inaugura Academia da Melhor Idade (Amei) no bairro Cristo Redentor ● Inaugura Pista Municipal de Motocross na Vila Maestra ● Inaugura Centro Comunitário do bairro Fátima

abril

4 obras / 2011: 4 0bras ● Inaugura Monumento ● Entrega quadra de Epopeia Imigrante em esportes no Complexo Ana Rech Esportivo Zona Norte ● Inaugura Acade- (parceria com o Estamia da Melhor Idade do) (Amei) na Codeca ● Entrega pavimentação asfáltica no trecho que liga Caravággio a São Luiz da 6ª Légua (PAI)

Junho

maio

5 obras / 2011: 2 obras ● Inaugura UBS Belo Horizonte ● Inaugura pavimentação em trecho de 1.570 metros, que liga São Luiz a Caravaggio da 6ª Légua (PAI) ● Inaugura Academia da Melhor Idade (Amei) e área de lazer no bairro Cohab ● Entrega reforma na Biblioteca Pública ● Entrega revitalização da praça Cordeiro de Farias e Academia da Melhor Idade (Amei) em Vila Seca

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15 obras / 2011: 2 obras ● Entrega área de lazer no bairro São Ciro ● Entrega ampliação/reforma da UBS Bela Vista ● Entrega 23 sobrados do Loteamento Victório Trez ● Entrega pavimentação do trecho que liga Santo Homo Bom até a Rota do Sol (PAI) ● Entrega obras na Escola Municipal Professora Ilda Clara Sebben Barazzetti ● Inaugura nova rotatória na Perimetral Norte com Humberto de Campos ● Entrega obras de ampliação da Escola Municipal Osvaldo Cruz ● Inaugura trecho de 160 metros de asfaltamento em São

João da 4ª Légua ● Inaugura trecho de 1.530 metros de asfalto na estrada que liga São Pedro da 3ª Légua a São Luiz da 3ª Légua ● Inaugura trecho de 1.670 metros, que liga São João da 4ª Légua, em direção a São Braz, até a Escola Municipal Felipe Camarão ● Inaugura área de lazer no Colina do Sol ● Entrega reforma da Escola Infantil Carinha de Anjo ● Entrega reforma da Escola Rubem Bento Alves ● Inaugura a Estação de Tratamento de Esgoto Samuara ● Entrega o 4° Residencial Terapêutico


Julho 10 obras / 2011: 2 obras ● Inaugura Academia da Melhor Ida-

● Entrega UBS Rio Branco ● Entrega 8 novas viaturas à Guarda ● Inaugura Academia da Melhor Ida- Municipal de (Amei), bairro Cruzeiro ● Inaugura a Ciclofaixa na Perimetral de (Amei) em Vila Gauchinha ● Entrega reforma no Centro Especia● Entrega 9.160 metros de asfalto no lizado de Saúde Norte ● Entrega do novo acesso a Ana Rech trecho que liga Morro Grande a Santa ● Entrega pista de skate no loteamento ● Entrega UBS São Caetano Lúcia do Piaí Castanheiras

agosto 7 obras / 2011: 4 obras ● Entrega a Estação de Tra-

tamento de Esgoto Tega Academia da Melhor Idade (AMI), Petrópolis ● Entrega pavimentação asfáltica em 1,2 mil metros em São Luiz da 9ª Légua (PAI) ● Entrega 13,5 km de asfaltamento entre Fazenda Souza ● Entrega

outubro

e Vila Oliva (PAI) ● Entrega duplicação da ponte sobre o rio Ranchinho, na divisa com São Marcos ● Entrega Academia da Melhor Idade (Amei) no bairro Exposição ● Entrega Academia da Melhor Idade (Amei) no bairro Lourdes

5 obras / 2011: 5 obras ● Inaugura Acade- no bairro São Cristómia da Melhor Idade vão (Amei) em Ana Rech ● Entrega área de pavi● Inaugura Acade- mentação asfáltica em mia da Melhor Idade São Marcos da Linha (Amei) em Vila Cris- Feijó (PAI) ● Entrega reforma na tina ● Entrega área de lazer Casa da Cidadania

setembro

8 obras / 2011: 4 obras ● Entrega Academia Vinhedos da Melhor Idade ● Entrega 20 unidades (Amei) em Fazenda habitacionais no LoSouza teamento Campos da ● Entrega Academia Serra da Melhor Idade ● Entrega pavimenta(Amei) em Santa Lú- ção asfáltica na Estracia do Piaí da do Vinho (PAI) ● Entrega Academia ● Entrega quadra poda Melhor Idade liesportiva e área de (Amei) no Jardim lazer no Planalto II ● Entrega pavimenAmérica ● Entrega Academia tação da rua Cabo da Melhor Idade Machado Severo, no (Amei) no Parque dos bairro Santa Corona

novembro

4 obras / 2011: 9 obras Obras de pavimen- ção asfáltica na localitação no bairro Fátima dade DallAgno, CriúBaixo va (PAI) ● Asfaltamento e aber- ● Entrega pavimentatura de acesso a Galó- ção asfáltica no trecho polis que liga São Virgílio a ● Entrega pavimenta- São Francisco (PAI) ●

dezembro 1 obra / 2011: 1 obra ● Inauguração Sistema Marrecas

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Primeira comunhão, 1954 |

Acervo Pessoal de Geni Peteffi, Div./O Caxiense

O CASAMENTO DE GENI PETEFFI

Com 6 mandatos consecutivos, a vereadora abdicou da vida pessoal para ser fiel à política. Aos 66 anos, ela se descobre solitária e se despede, contra a vontade, de um relacionamento que quase chegou às Bodas de Prata

por Daniela Bittencourt 12


Um vento suave entrava pela janela enquanto ela olhava para a rua. Falava devagar, depois de algumas pausas para pensar. Quase sempre repetia as últimas palavras da sentença e, por vício de política, se referia a si mesma pela primeira pessoa do plural. Depois de um suspiro fundo, voltou os olhos para a interlocutora e refletiu, dessa vez trazendo o discurso para si. “Agora, tenho que abrir a cabeça e dizer: Geni, teu tempo passou. Teu tempo passou”. A portas fechadas na sala da presidência da Câmara de Vereadores, em uma tarde ensolarada de segunda-feira (22), Geni Peteffi, meio que a contragosto, se despedia da sua vida política. Aos 66 anos, cabelos curtinhos quase totalmente brancos, o rosto redondo com algumas inevitáveis rugas, ela mantinha a teimosia de criança. Depois de 24 anos, a vereadora precisa passar adiante o brinquedo mais precioso: seu lugar na Câmara. Três andares acima do escritório da presidência, na sala 306 da Casa do Povo, o gabinete da vereadora já está sendo desmontado. No lugar que foi a segunda casa de Geni nos últimos 16 anos (desde quando o novo prédio da Câmara de Vereadores foi construído), cabia toda a sua vida: a política, o futebol, a família e o partido. Paixões materializadas por objetos decorativos, como as minibandeiras do Caxias e do PMDB; os porta-retratos com fotografias dos sobrinhos-netos e o retrato dos irmãos, além de imagens de Nossa Senhora Aparecida. Os primeiros quadros já foram retirados da parede. Entre eles, um pôster de um metro de altura, em preto e branco, de um John Lennon descabelado empunhando um violão, presente de um amigo há quase 15 anos. É apenas questão de tempo até que tudo seja removido. Em dezembro, Geni deixa seu cargo na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul após 6 mandatos consecutivos.

na prefeitura. Em março, quando sentia pela primeira vez o gosto de ser prefeita em exercício, Geni teve um tombo em casa, que lhe causou uma fratura no quadril e lhe tirou 5 dias de atuação no Executivo e um mês da Câmara. O andador, escorado em um canto da sala, ainda é suporte necessário para a locomoção. “A saúde dela ficou debilitada. Por causa da diabetes, ela não pôde fazer a cirurgia que precisaria”, conta Renata Gaio, uma das sobrinhas que Geni considera como filha e hoje atua como assessora pessoal da vereadora. Geni foi parada pela única pessoa que poderia fazer isso: ela mesma. A queda representou o início de uma renúncia à vida para a qual ela se dedicara integralmente. Após o final do mandato, em dezembro, ela deve permanecer como presidente municipal do PMDB, mas a carreira na Câmara termina. “Bom, veja bem, eu tenho que começar a amadurecer para isso. Tive que deixar (a representação na Câmara) de lado por motivo de doença, senão não teria deixado. Ficou essa marca dos 24 anos, que acho que nunca vou perder, vou levar sempre comigo”, constata. Mais decisivo do que muitos embates políticos, o que foi travado no primeiro semestre de 2012 pautou estes últimos meses de vida política. Mesmo depois do tombo e da internação, Geni continuou atuando na Câmara, mas não resistiu ao apelo da família e dos médicos. Retirou a candidatura à reeleição mais pela pressão familiar do que pela representação movida pelo promotor Rafael Festa, pedindo sua impugnação, já que a candidata havia assumido a cadeira do prefeito e, por isso, estaria inelegível, conforme a legislação eleitoral. “Nós tínhamos pareceres médicos que diziam que ela não tinha condições de se candidatar. A preocupação da família não foi com a vereadora, foi com a pessoa Geni Peteffi. Nós tínhamos que cuidar da tia, da irmã, da familiar”, argumenta Renata. Mesmo um mês depois do pleito, Geni não se conforma com a desistência forçada. “Tudo ajudou”, resume, visivelmente contrariada. Ela garante que nem por um segundo ficou dividida entre a saúde e a política. “Fiquei indignada! Mas fazer o que?”, arremata, mantendo a expressão séria que dominou a maior parte da conversa.

“Foram 24 anos de campanha”, lembra uma Geni mais cansada pela luta dos últimos meses do que pelo seu estado de saúde, embora as duas questões estejam intimamente ligadas. No início de 2012, quando se preparava para a sétima campanha à Câmara, a peemedebista teve duas surpresas que atalhariam o final de sua atuação política. Se não fosse assim, talvez, em futuro próximo, ainda tivesse realizado o sonho de ser prefeita de CaÉ natural que uma dedicação de mais xias do Sul por mais de 22 dias – tempo de 24 anos à vida política gere um vazio total em que ocupou a cadeira de Sarto- ao ser interrompida. Em 1988, quando ri, somando todas as substituições dele se elegeu pela primeira vez à Câmara,

1957 |

Graduação em Ciências Econômicas, em 1967 |

Com os pais, no final da década de 70 | Fotos: Acervo Pessoal de Geni Peteffi, Divulgação/O Caxiense

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Geni já tinha descoberto a vocação para a liderança. Começou nos negócios da família. Aos 14 anos já ajudava o pai no escritório da empresa. A segunda filha do casal Alfredo Belizário Peteffi e Olinda Pontalti Peteffi contrariou a ordem seguida pelas moças da sociedade na época. Junto com o irmão mais velho, começou a se interessar pelo frigorífico da família – hoje uma empresa mais abrangente no ramo alimentício. Herdou do pai o gosto pela liderança e tomou para si a condução da própria vida. Dos 6 filhos do casal, foi a única que não casou. Antes de entrar para a política, até 1983, não teve vontade de casar. Depois, também não teve espaço. Mesmo na adolescência, quando os namoricos costumam ser prioridade, o foco da jovem Geni era outro. “Eu sempre fui mais caseira, não saía muito. Eu trabalhava o dia todo e estudava à noite. Então nem tinha tempo para sair”, conta, lembrando que já nesta época era envolvida com a política estudantil. Relacionamento que evoluiu para um casamento fiel com a política. “Tu deixas completamente a tua vida de lado, tu deixas tua vida pessoal em benefício dos outros. Porque quando tu és candidata, tens que abrir mão de alguma coisa”, argumenta. No final, foi obrigada a inverter os papéis: “Eu tive que abrir mão da minha eleição, de tudo aquilo que era o que eu mais queria”, lamenta. Geni Peteffi, a vereadora, parece ter muito mais espaço para se desenvolver do que Geni Peteffi, a pessoa. Ou, pelo menos, está mais acessível. A mulher que sempre mimou e brincou com os

sobrinhos, que aproveita as festas de Natal para presentear, que gosta mais de comemorar os aniversários alheios do que os seus e que não abre mão dos almoços em família aos finais de semana pouco revela sobre a vida fora da Câmara. Assim como aquela que coleciona mais de 60 fitas K7 de artistas como Beatles, Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo e Ângela Maria; que elegeu O Poderoso Chefão e O Alquimista como seus livros preferidos; que se aventura na cozinha para agradar à família; que assiste filmes (mas não novela) na televisão para relaxar e que brinca com o cachorro. “Eu sou muito quieta. Não sou de me abrir muito”, limita-se. Os sorrisos aparecem à medida em que ela relaxa durante a conversa. No entanto, são sempre discretos, silenciosos. Ela não deixa transparecer nada que possa denunciar o que não lhe convém. O temperamento forte vem desde criança. Na escola, ela lembra que era boa aluna, mas já tinha personalidade. “Eu gostava de estudar, mas também era meio arteira. Às vezes brigava com os professores... Eu era teimosa”, conta. Decorar os conteúdos de História e Geografia não lhe agradava. Preferia usar o raciocínio para cálculos nas aulas de Matemática. Geni se formou em Ciências Econômicas e em Administração, ambas na Universidade de Caxias do Sul. A paixão pelo futebol do S.E.R Caxias e a adoração a Nossa Senhora Aparecida são poucas das facetas que ela se permite mostrar. A primeira, contrariando

Posse em sua primeira legislatura, em 1988 |

Acervo Pessoal de Geni Peteffi, Divulgação/O Caxiense

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a herança do pai, que torcia pelo Juventude. Alfredo perdeu quase todos os filhos para o rival grená. Geni e Osmar, o irmão mais velho, já falecido, chegaram a ser dirigentes do Caxias. Entre 2000 e 2003, ao deixar o expediente na Câmara no final da tarde, diariamente Geni se deslocava até o Estádio Centenário, de onde só saía à noite. Era responsável pela área financeira do clube. Hoje, seus pitacos estão mais limitados à torcida em casa, com críticas ferrenhas ao juiz. Alfredo Peteffi, se estivesse vivo, talvez não tivesse orgulho do time escolhido pela filha, mas com certeza ficaria satisfeito com a carreira que ela sustentou até então. O homem, que era uma espécie de consultor para os vizinhos do bairro Lourdes – mesmo não tendo cargos políticos, Alfredo era referência na administração de seus negócios –, não via com bons olhos, no início, o envolvimento da filha mais velha na política, despertado pelo apoio à emancipação de Ana Rech, localidade onde a família tinha amigos. Depois, percebeu que era inevitável que Geni seguisse os passos da militância. Morreu antes de vê-la eleita vereadora. “Meu pai não conseguiu acompanhar minha vida política, mas se tivesse conseguido, iria gostar muito. Porque eu ia muito para o Interior e ele ia junto. Ele gostava disso”, lembra. Antes do corpo a corpo político nas áreas rurais, Geni já tinha desenvolvido um carinho especial pelo campo. Embora a família tenha morado sempre no bairro Lourdes, as férias na colônia, na casa dos avós maternos, são as lembran-

O gabinete em clima de mudança |

Paulo Pasa/O Caxiense


“Depois que fiquei sozinha, acho que me arrependo de ter me dedicado menos à vida pessoal”, diz Geni. Dedicada ao trabalho, ela demorou para perceber a casa esvaziando de irmãos ças mais gostosas da infância. “Gostava muito de passar minha época de férias na casa dos meus avós. A gente ajudava a colher uva, aprendi a tirar leite, essas coisas que hoje o pessoal da colônia ainda faz. A gente chegava a fazer sorteio para ver quem ia passar as férias lá. Não tinha lugar para todo mundo”, se diverte: “Eles tinham inclusive uma máquina de bater trigo, nós gostávamos de brincar com ela”. A engenhoca perdia somente para a bicicleta, companheira inclusive em dias de chuva, quando Geni, desafiando a mãe, se aventurava nas “valetas”. “Eu não era muito arteira nem muito quieta, era uma criança normal. Mas quando a gente é jovem, não tem o que não goste. Tudo é festa”, define. É ao falar da saudade dos pais que ela se mostra mais sensível. A perda da mãe, Olinda, em 1996, deixou uma lacuna e obrigou Geni a enfrentar as consequências de algumas escolhas. Nos últimos anos antes da morte da mãe, vítima do Mal de Alzheimer, moravam somente as duas na casa grande localizada na Rua Humberto de Campos, no bairro de Lourdes. O irmão mais novo, que havia mudado com elas para a nova residência quando o pai faleceu, em 1980, já tinha se casado. Geni e Olinda eram companheiras. Enquanto a filha se preocupava em voltar para casa em horários determinados para não deixar a mãe sozinha com a enfermeira, Olinda, durante período em

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que a saúde permitiu, apoiou a carreira da filha. E chegou ao ponto de, mesmo doente, sair na vizinhança distribuindo santinhos para as amigas. “Ela pegava os santinhos e ia para a rua. Fazia de conta que estava vendendo, achava que vendia. Eu chegava em casa de noite e ela dizia: vendi um monte de santinhos...”, lembra. Quando ela morreu, Geni percebeu que muito pouco havia restado. A família continua próxima, mas a companhia diária não existe mais. “Depois que fiquei sozinha, acho que me arrependo de ter me dedicado menos à vida pessoal. Eu tinha meu pessoal... Um casou, o outro casou e eu fiquei sozinha. Aí que tu te dás conta que tu és sozinha”, avalia. Não casar, segundo ela, foi mais uma consequência da sua trajetória do que uma opção. “Como escolhi a vida pública, muito pouco sobrou para a gente fazer uma outra coisa. Eu gosto de brincar de carrinho, gosto de brincar com a minha sobrinhada”, conta. Valeu a pena tanta dedicação? Geni silencia. Pensa e responde depois de um suspiro: “Não sei”, ri, pensativa. “Não sei se valeu a pena. Só o tempo vai dizer. Agora aconteceu tudo o que tinha que acontecer. E, se tiver que acontecer de novo, vai acontecer”, diz, referindo-se à vida política. “Quem sabe vou ser candidata a deputada, né?”, sorri e olha para Renata, que tenta disfarçar a reprovação. Ignorando o olhar da sobrinha, Geni não se dá por vencida: “A gente nunca sabe”.

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Edital de Intimação Para Cumprimento de Sentença Cível (Lei 11.232/2005) 4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (VINTE) dias. Natureza: Ação Monitória - Fase de cumprimento de sentença Processo: 010/1.08.0035969-3 (CNJ:.0359691-02.2008.8.21.0010). Autor: Banco Brasdesco S.A.. Réu: TTF Inport Eletrônicos Ltda e outros. Objeto: INTIMAÇÃO de TTF Inport Eletrônicos Ltda (CNPJ n.º 08.998.721/000144) e Giancarlo Scomazzon (CPF n.º 802.202.310-87), atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital, pagarem, por depósito judicial ou diretamente ao credor (com recibo), o débito indicado abaixo, mais correção monetária e juros de mora incidentes no período, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o total e prosseguimento com penhora e alienação judicial de bens. Valor do Débito: R$10.192,69 + 261,26 (custas fase de cumprimento de sentença). Caxias do Sul, 15 de fevereiro de 2012. SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUÍZA: Cláudia Rosa Brugger. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE CITAÇÃO - EXECUÇÃO 5ª Vara Cível. Comarca de Caxias do Sul.

Prazo de: 30 (trinta) dias. Natureza: Execução de Título Extrajudicial Processo: 010/1.09.0025898-8 (CNJ:.0258981-37.2009.8.21.0010). Exeqüente: Nichelplast Indústria e Comércio Ltda. Executados: Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda, Juraci de Oliveira Correa e Bárbara Correa Ramos. Objeto: Citação dos executados acima referidos para que no prazo legal de três dias, efetuem o pagamento do débito no valor de R$ 2.177,80 (dois mil, cento e setenta e sete reais e oitenta centavos) em data de 10/07/2009, que deverá ser devidamente atualizado, e demais cominações legais. Poderão oferecer embargos à execução, querendo, no prazo legal de quinze dias, independentemente de seguro o juízo pela penhora. Ficam, ainda, cientes de que no prazo de embargos, reconhecendo os citandos o crédito do exequente e comprovando o depósito de, no mínimo, 30% do valor exequendo, inclusive as custas judiciais e a verba honorária estipulada, poderão os executado sr e quererem seja admitido a pagar o saldo restante em até seis parcelas mensais, acrescidas de juros de mora de 1% ao mês, sob pena, em não o fazendo, serem-lhes penhorados tantos bens quantos bastem para garantir a execução. Caxias do Sul, 13 de maio de 2011. Servidor: Rosane Zattera Freitas. Juiz: Zenaide Pozenato Menegat. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE CITAÇÃO - CÍVEL

1ª Vara Cível. Comarca de Caxias do Sul.

Prazo: 30 (trinta) dias. Natureza: Ação Monitória. Processo: 010/1.09.0025900-3 (CNJ:.0259001-28.2009.8.21.0010). Autor: Nichelplast Indústria e Comércio Ltda. Réu: Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda. Objeto: citação de Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, acerca da presente ação, para pagamento da soma em dinheiro, entrega da coisa móvel fungível ou do bem(ns) determinado(s), além das cominações legais, no prazo de quinze (15) dias, ou, querendo, no mesmo prazo oferecer embargos, sem prévia segurança do juízo. será computado o prazo a partir do término do prazo do edital. a parte destinatária efetuando o cumprimento do objeto da ação ficará isento de custas e honorários advocatícios. Oferecidos embargos suspender-se-ão a eficácia da presente carta. Caso não opostos embargos constituir-se-ão em título executivo judicial, convertendo-se o mandado em executivo, com prosseguimento na forma do processo de execução (entrega de coisa ou quantia certa contra devedor solvente), e, presumir-seão aceitos como verdadeiros os fatos articulados na inicial. Caxias do Sul, 07 de junho de 2011. Servidor: Miriam Buchebuan Lima, Ajudante Substituta. Juiz: Darlan Élis de Borba e Rocha 2.nov.2012

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MORANDO NA HISTÓRIA Como é viver no museu da família e ter a responsabilidade de ser guardião do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade

por Andrei Andrade Na localidade de São Braz, próximo à Rota do Sol, em Caxias do Sul, há uma casa de madeira que ainda insiste em ser amarela. Está erguida sobre um grande porão de pedras basálticas e chão de terra batida, com um arco na fachada e algumas janelas gradeadas, por onde entra uma luz que quase ilumina o ambiente. Mais do que os donos da casa, seus 3 cachorros adoram circular por esse porão. Em um terreno de 2.400 m², que tem ainda duas construções menores e um pouco menos antigas, a moradia mantém vivo mais de um século de história de uma família caxiense. Tombada pelo município em 2002, a residência de Silena Bachi Scopel, falecida em 2009, teve seu cômodo maior – uma sala de estar – transformada em um museu da imigração italiana naquela comunidade. Os dois quartos, a cozinha e o sótão ainda servem de moradia e aguardam ser ocupados pelo filho que herdou a propriedade, Ronei Scopel, tão logo a restauração, iniciada há 8 anos, fique pronta. Ronei, de 55 anos, e sua esposa, Assunta, 56, vivem a realidade curiosa de quem opta por preservar o que talvez seja o maior patrimônio da família tradicional, a casa e suas histórias, mas não abre mão de viver na propriedade, mesmo após o tombamento. Em troca da certeza de que a casa não será demolida por seus descendentes ou por algum comprador (a vontade de tombar surgiu após a demolição da casa da bisavó de Ronei, na mesma comuni-

dade), o casal convive com algumas regras impostas pela prefeitura para a preservação do local. A continuidade fiel das características originais do imóvel (da cor aos lambrequins que enfeitam os beirais do telhado) e o impedimento de novas construções nos arredores da casa, cujo terreno também é tombado, são algumas delas. Segundo Ronei, essa última foi o único problema que enfrentou até agora, desde o início do processo, em 2002. “Na época, eu não me dei conta de que entraria toda essa parte (aponta para o terreno), e que não poderia fazer nada depois. Foi inexperiência”, lamenta, justificando que um dia seus filhos poderiam erguer suas casas por ali. Após o tombamento, a verba para a restauração da casa, construída em 1935 pelos avós maternos de Ronei, Fermino e Agada Bachi, foi obtida através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, em 2004. Segundo o neto, ainda falta encontrar empresas interessadas em bancar a terceira e última parte da obra, que inclui a pintura externa e interna, com tinta especial. “É muita burocracia e os empresários não se interessam”, lamenta. Para o agricultor, que parou de trabalhar na roça por problemas de coluna e hoje garante seu sustento com a venda dos pães que fabrica toda manhã – cerca de 500 por semana –, tombar foi a única forma de garantir a preservação da memória dos Scopel. Apesar disso, a falta de informação já lhe causou alguns problemas, mesmo entre a família. “As

pessoas confundem tombamento com doação, acham que agora a casa é da prefeitura. Muita gente que doou objetos para o museu veio pedir de volta por causa disso”, comenta Ronei, que hoje vive com a esposa e dois dos 3 filhos em uma casa a 50 metros da propriedade da mãe. Segundo a diretora do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural de Caxias do Sul, Liliana Henrichs, tem crescido o número de pessoas preocupadas com a questão da preservação em Caxias do Sul, especialmente considerando a quantidade de denúncias e reclamações sobre demolições de prédios antigos, que é cada vez maior. Porém, pedir o tombamento pode ser uma tarefa difícil em uma cultura que Liliana define como a do “bastantão”, em que a regra parece ser “quanto maior, melhor”. “No aquecimento imobiliário que Caxias vive aliado à cultura da verticalização e da terra arrasada, em que as casas têm que dar lugar a prédios muito altos ou a estacionamentos, a reação mais comum do proprietário é achar que o imóvel preservado vai perder valor, que não vai ser um bom negócio”, avalia. Atualmente, Caxias conta com 37 imóveis inscritos no Livro do Tombo (o que significa que já passaram por todo o trâmite legal para tombamento). As residências de família constituem grande parte da lista. Porém, poucas ainda servem de moradia. Para citar alguns

Ronei Scopel e sua herança histórica, em São Braz | Paulo Pasa/O Caxiense

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Residência da família Scopel |

Paulo Pasa/O Caxiense

exemplos, o palacete de Abramo Eberle é locado por uma imobiliária e a residência da família Otolini, erguida no século XIX, abriga o Museu Municipal. Mas existem herdeiros que optam por morar em imóveis tombados, como é o caso das famílias Sassi e Bedin, cujas residências são ocupadas por herdeiros. A psicóloga Renata Sassi, de 50 anos, vive há 5 anos com o marido e a filha no andar superior da casa erguida pelo bisavô, o comerciante Adelino Sassi, em 1922. O imóvel, de arquitetura eclética, está na esquina das ruas Dr. Montaury e Júlio de Castilhos e atrai olhares encantados e curiosos de quem passeia pela praça Dante Alighieri. Segundo a proprietária, é normal ver alguém espiando para o pátio, por cima do muro. A casa foi tombada em 2004, por sugestão da prefeitura e o consentimento imediato do pai de Renata, Adelino Sassi Neto, falecido há dois anos. Os filhos também concordaram, não ligando para o boom imobiliário da região, e não cogitam se desfazer do imóvel quase centenário, cujo térreo é ocupado por uma loja de roupas. “Sempre me orgulhei muito da

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residência. Pela localização e por ser um patrimônio construído pela família. Além da casa, nós também preservamos os móveis do meu avô, os quadros antigos, as fotos. Nossa história toda está aqui. E isso é importante passar para meus filhos e meus sobrinhos. Praticamente, eu moro em um museu”, comenta. A psicóloga, que também é professora da UCS, acredita que a preservação de bens históricos precisa ser mais valorizada em Caxias. Para isso, o poder público, segundo ela, deveria dar uma atenção maior a essa questão, ajudando as famílias que queiram preservar mas não dispõem de tantos recursos. “Claro que inovar é importante, mas com consciência. Existe uma grande possibilidade de transformar algo que é antigo em algo moderno, com funcionalidade. E é isso que nós procuramos: dar uma função atual a algo que tem uma história”, observa. Para o arquiteto urbanista Roberto Filippini, autor do livro Formas Ignoradas: ornamentos, estilos e memórias, a preocupação com a preservação de casas antigas começou tarde em Caxias. Filip-

pini lamenta especialmente a demolição de casas de estilo modernista na região onde mora, no bairro Exposição, para dar lugar a prédios enormes, e também um edifício próximo ao colégio Emílio Meyer, exemplo raro de art déco (movimento de design que influenciou a arquitetura nas décadas de 20 e 30) em Caxias. Segundo o arquiteto, esse último caso poderia ter sido evitado se o prédio estivesse sob proteção da nova Lei de Proteção ao Patrimônio Histórico, elaborada pelo Executivo e recentemente aprovada pela Câmara de Vereadores, substituindo a lei antiga, de 1987. Entrando em vigência, a lei obriga que toda demolição de prédios com mais de 50 anos seja autorizada previamente pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural. “Essa lei, e também a da poluição visual (aprovada no último mês de maio), são dois ganhos importantes para a cidade, mas é preciso um olhar mais amplo para a questão da preservação, começando por um plano diretor menos acadêmico e mais eficiente, que não seja apenas uma formalidade”, critica. Também satisfeito com as alterações


previstas pela nova lei, Ronei Scopel acredita que pode obter alguma renda com o terreno de sua propriedade tombada. Com a atualização, propriedades rurais também passam a receber o potencial construtivo (benefício que permite ao proprietário transferir para outro lote ou vender o seu direito de construir, proporcional à área tombada), antes restrito à zona urbana. Ronei, que viu sua renda diminuir significativamente quando parou de trabalhar na roça, acha que pode ganhar um bom dinheiro com esse benefício. Além do potencial construtivo, proprietários de imóveis tombados também recebem como benefício a isenção de IPTU, em áreas urbanas, e de ITR, o imposto equivalente nas áreas rurais. Mas é um benefício insuficiente, concordam Renata Sassi e Roberto Filippini. Ambos acreditam que mais proprietários adotariam medidas de preservação se houvesse recursos públicos destinados para manutenção. Seria a chance de Caxias ver mais casos como o de Ronei, que mantém com orgulho o museu que era o sonho da mãe, e de Renata, que delega às paredes de casa um pouco da educação das novas gerações da família.

Residência da família Sassi | Paulo Pasa/O Caxiense

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PlaTeIa Criatividade infantil

A 16ª Mostra de Teatro Estudantil, que ocorre de terça (8) a quinta (9) no Teatro Municipal, terá 37 espetáculos de escolas e centros de assistência social. O evento que estimula a entrada de crianças e adolescentes no teatro – forma palco e plateia – cumpre todas as cotas do que se espera para um festival do gênero: duas adaptações de Shakespeare, 9 peças inspiradas em contos de fadas e punhados de mistério, bruxos, heróis e vilões. Ainda há espaço para surpresas, como Branco das Neves, uma versão masculina do clássico, onde o padrasto tem inveja da beleza do enteado. Os espetáculos têm entrada gratuita. Confira a programação. SeGUNda (5) | 8:30

•O Segredo da Natureza | Centro Educativo Murialdo

Um mago e um bando de bruxas estão ameaçando a Mãe Natureza. Uma fada e duas crianças E.E.E.M. Mª Araci Trindade Rojas vão ter que salvar o dia. Em uma redação, crianças traçam seus planos para o Encontre sua Princesa | E.E.E.M. João Triches futuro. Sem castelo, cavalo branco ou fada madrinha. O príncipe procura a sua amada entre várias canhigh School Drama Club didatas em um programa de TV. Dança, gatinho. Colégio La Salle Caxias Comédia e drama inspiraO Soldadinho de Chumbo | E.E.E.M. João Triches dos no texto A Aurora da Minha Gabi procura um velho que conserta brinqueVida, de Naum Alves de Souza. dos, para descobrir o problema de sua caixinha de música: a melodia toca, mas a bailarina não dança. A Pílula Dominator E.M.E.F. Ítalo João Balen Uma espécie de Liga da Justiça luta contra vi- TeRCa (6) | 8:30 lões para proteger o invento do Dr. Lelé, uma pílula que pode salvar ou arruinar o mundo. Quem matou o leão? | E.M.E.F Erico Verissimo Um detetive e seu assistente investigam o enveCaixinhas do Sul nenamento de um leão de circo, chamado MussoCentro Assistencial Joana D’Arc lini. Será a vitima um vilão? Inspirada em livro infantil de Helô Bacichette e Elô Fernandes e na Romeu e Julieta | E.E.E.F Victório Webber pesquisa Presença Africana na Região Serrana, de Na peça, a tragédia de Shakespeare é comédia. Loraine Slomp Giron, a peça resgata a cultura a partir de histórias contadas pelos avós dos alunos. A história da Bruxa | E.E.E.F Victório Webber Uma – ótima – bruxa está avacalhando com os contos de fadas. Mistura as histórias, desorganiza SeGUNda (5) | 14:15 os textos e enlouquece os personagens clássicos.

•Quando Crescer

• • •

•Ida ao Teatro

•Apaixonados Trapalhados Centro Cruzeiro do Sol

TeRCa (6) | 14:15

Faroeste | E.E.E.F Victório Webber E.M.E.F. Presidente Trancredo de Almeida Neves Kid Leão é o sujeito mau que domina uma cidaUm casal ganha de uma vizinha ingressos para de interiorana. Lampião é o herói que chega para o teatro. Apressados, não ouvem o que a mulher salvar o povo e conquistar o coração da mocinha. tem a dizer. É o princípio da confusão. Uma comédia de dois amigos que tentam conquistar duas garotas em um parque.

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•Burrolândia | E.M.E.F. Villa Lobos


O roteiro dos alunos: Cansada de estudar, Duda viaja para um mundo de diversão. A possível intervenção do professor: veja o nome da peça.

•Um Certo Capitão | E.M.E.F. Erico Verissimo

A escola homenageia o patrono com uma peça baseada em Um Certo Capitão Rodrigo.

•Bruxas não são malvadas

E.E.E.M. Santa Catarina Vilões dos contos infantis se reúnem em um tribunal para provar sua inocência e corrigir um erro histórico dos clássicos – malvadas são as princesas.

Pai tem 3D... Dar atenção, Dar amor e Dar carinho E.E.E.F. José Venzon Eberle Quando se aproxima o Dia dos Pais, uma professora propõe um debate sobre o papel do pai. Todos dão suas opiniões, Saladas de Cenas menos Florentina, que não tem pai. E o Arte e Cultura Popular SMC depoimento dela pode ser o grande disOs exercícios de improviso do grupo curso da turma. se transformaram em esquetes. A peça inclui letras de músicas “cantadas” basiJoão e Maria camente com a expressão corporal. E.M.E.F. Dolaimes Stédile Angeli É a história tradicional, dessa vez sem alterações: das crianças famintas perdiQUARTA (7) | 8:30 das na floresta ao felizes para sempre. (porque sem computador não havia Ctrl C e Ctrl V), acaba de escrever mais um livro. Mas uma empregada vai acabar com a tranquilidade da época. E não há Ctrl S que salve.

•Deixa eu contar uma anedota

As aparências não enganam, nós nos Centro Educativo Laços da Amizade enganamos com as aparências E.E.E.M. Santa Catarina A história de um “namorico” é a piada E.M.E.F. Ramiro Pigozzi Segue a sinopse original, porque não do grupo. O tema é bullying. Na história, um convém mudar uma só palavra, “Branco grupo de adolescentes terá uma lição das Neves é perseguido por seu padrasto Onde as coisas dão após constranger uma aluna nova. por ser mais lindo que ele, nesta aventu- E.M.E.F. Santa Corona ra faz amigos e consegue encontrar sua Em uma mostra predominantemente princesa que o salva com um beijo de cômica, a escola conta um drama. Uma QUINTA (8) | 14:15 amor verdadeiro.” família problemática, uma criança problema e uma história de abandono que As Gatas Super Carregador vai parar no Ministério Público. E.M.E.F. Giuseppe Garibaldi Escola Preparatória de Dança Julieta, uma gata preta, torna-se amiCom movimentos inspirados nas HQs Deu a Louca na Cinderela ga de uma gata de outra raça ao ajudá-la e estética da Pop Art, o teatro dança da E.M.E.F. Nova Esperança quando esta estava ferida. Mas a família EPD mostra uma visão sobre a mulher, A peça é uma sátira ao clássico, com de Julieta não aceita a diferença, o que na história e no mundo contemporâneo. bruxas boas, um mordomo impaciente e ameaça a amizade das duas. fadas que não são o que parecem. O Feitiço do Sapo e a Fórmula da QUARTA (7) | 8:30 Um Gato entre as Pombas Juventude Colégio La Salle Carmo Casa do Adolescente - LEFAN Por um Mundo Melhor O mistério invade um internato femiAs bruxas Zilda e Zelda, que sempre E.M.E.F. Ramiro Pigozzi nino com a chegada de um professor. tentam roubar as invenções do cientisAqui, salvar o mundo é tarefa de aula. ta Boris e de seu ajudante Nicolino, são E o trabalho é em grupo. Cinderela de Neve uma espécie de Coiote: muito mais esE.M.E.F. Nova Esperança trategista que o Papa Léguas mas com Os Olhos do Bruxo Nessa adaptação de contos de fadas, muito menos sorte. Centro Educativo Cruzeiro do Sol Cinderela e Branca de Neve pertencem Com inveja de um casal que tem filhas à mesma história, os anões são princesas Sonho de Uma Noite de Verão gêmeas, uma negra e uma branca, uma e a madrasta é ainda mais vaidosa. E.M.E.F. Basílio Tcacenco cigana procura um bruxo para que, por O clássico de Shakespeare, a história um encanto, consiga ter um filho tamde um casal separado pela decisão do bém. E descobre que o bruxo é cego e QUINTA (8) | 8:30 pai da moça, ganha roteiro de fantasia. precisa de ajuda para ser curado. Eles fogem para a floresta e, com ajuda Casa de Brinquedos de seres encantados, encontram uma O Vento e a Magia das Cores Casa do Adolescente - LEFAN poção capaz de fazer qualquer pessoa se Centro Educativo Laços da Amizade Duas crianças são levadas pelo avô até apaixonar instantaneamente e resolver o O Vento tem seu sonho realizado. uma loja de brinquedos. Ao som de To- problema do casal. Agora vive a experiência de colorir os quinho, os brinquedos ganham vida. lugares por onde passa. Aconteceu na Floresta Vampiros me mordam Centro Educativo Arco-Íris Espera aí? Centro Educativo Arco-Íris O filho da Lua quer usar os amuletos E.M.E.F. José Protázio S. de Souza É dia de jogo no campinho. E Dario, da tribo Taquim para fazer um feitiço e Em um tempo muito remoto (para os um garoto inventor, criou uma máquina impedir que o sol volte a nascer. Mas a atores da peça), um famoso escritor, que e acabou levando parte do seu time de tribo conta com a ajuda das índias Guanão precisava se preocupar com o plágio para uma toca de vampiros. ximin e Inaê para salvar a aldeia.

•Branco das Neves

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CINE

De Tim Burton

Frankenweenie Depois de 27 anos do lançamento do curta Frankenweenie em live action, Tim Burton realiza o sonho de adaptá-lo para um longa em stop motion, uma homenagem aos filmes de terror. O filme conta a aventura de Victor e seu cão. Após o atropelamento do amigo Sparky, protagonista de seus vídeos caseiros de terror, Victor passa a pesquisar uma forma de ressuscitá-lo. E consegue, com uma receita científica do livro de Frankenstein. Mas o cachorro já não é o mesmo da primeira vida. Marcada pela estética gótica de filmes B dos anos 50, a animação é estranha, macabra e em preto e branco. Além disso, é vítima de um par perfeito: sucesso absoluto de crítica e fracasso de bilheteria. Então, corra para o cinema. Filmes assim têm vida curta em cartaz. Estreia. * Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

CINÉPOLIS 3D 12:50-15:00-17:00-19:00 GNC 3D 13:30-15:30-17:30 19:45

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1:27

Possessão

Intocáveis

Um casal em processo de separação tenta manter a boa convivência pelo bem das duas filhas. A crise reinicia quando a caçula, após abrir uma caixa comprada em uma feira de jardim, passa a ouvir vozes e manifestar comportamento estranho. Sem convencer a mulher sobre os eventos sobrenaturais, o pai procura ajuda em uma comunidade judaica, “um novo conceito” em exorcismo no cinema. Com Jeffrey Dean Morgan e Kyra Sedgwick. De Ole Bornedal. Estreia.

A história real da amizade de um tetraplégico rico com seu cuidador, um drama bem-humorado, virou filme por uma teimosia do diretor. Quando buscou patrocínio, Toledano ganhou pouca confiança dos investidores. Pediram até se o protagonista não poderia andar no final do filme. Não imaginavam os investidores, nem o diretor, que longa se tornaria o francês mais visto no mundo e um dos favoritos ao Oscar. Com François Cluzet. Omar Sy. De Oliver Nakatache e Eric Toledano. 3ª semana.

CINÉPOLIS 13:00-15:10 (SEX.-DOM.) 17:20-19:30-21:40 GNC 17:00-19:30-21:50 14

1:32

O mar não está para peixe 2: tubarões à vista Treinado em lutas ancestrais, o peixinho Pê (no original é Pi, bem melhor do que a abreviação para... peixe) é o guardião do seu recife. Agora um grupo de tubarões ameaça a vizinhança e Pê é o primeiro alvo. O peixe capaz de derrotar um tubarão, mas não um cardume deles, vai treinar os amigos para vencer a luta. Estreia. De Mark A. Z. Dippé GNC 13:20-15:10

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★★★★★ GNC 19:50

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007 – Operação Skyfall

Channing Tatum. Matthew McConaughey. De Steven Soderbergh

Magic Mike Aos 32 anos, Channing Tatum interpreta um personagem baseado nas suas próprias experiências do início da carreira, aos 19 anos, quando atuou como stripper. “Você é o marido que elas nunca tiveram. É o garoto dos sonhos que elas nunca conheceram.” É nisso que Mike acredita. É disso que ele vive. Enquanto ensina um amigo a ganhar dinheiro seduzindo as mulheres no palco, Mike se apaixona pela irmã do cara e pensa em deixar a vida fácil. Haverá muita crítica à crise americana, música de balada e homens depilados. E gritinhos femininos, na tela e na sala cinema. Estreia CINÉPOLIS 14:00-16:30-19:10-22:00 GNC 14:20-16:40-21:30

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1:50

Até Que a Sorte nos Separe

Atividade Paranormal 4

Quanto mais falamos mal do filme, mais ele ganha sessões nos cinemas caxienses. Faremos o contrário, só desta vez. Combinado? Há um mês em cartaz, a estreia de Leandro Hassum como protagonista no cinema já é o segundo filme nacional mais visto em 2012, atrás de E aí, comeu?. O longa, que nesta semana ganha uma sessão no Cinematerna, para que mães com bebês não percam a oportunidade de ver a comédia na telona, já foi assistido por mais de 2 milhões de espectadores. Agora deu? Com Leandro Hassum e Daniele Winits. De Roberto Santucci. 5ª semana.

No 1° filme, um casal assombrado pelos espíritos descobre que a mulher é possuída pelo demônio. No 2°, ela vai embora com o sobrinho. O 3° mostra a infância da protagonista. Atividade Paranormal – Tóquio, que não entrou para a contabilidade da franquia, conta outra história e somente menciona Katie. Agora ela volta com o garoto. Eles moram em uma nova casa e pararam com essa bobagem de filmar assombrações. Mas os vizinhos gostam de filmes caseiros. Com Katie Featherston. Matt Shively. De Henry Joost e Ariel Schulman. 3ª semana.

CINÉPOLIS 13:40-16:00-18:30-20:50 GNC 14:00 (Cinematerna) 16:2012 19:00-21:20 1:44

O Diário de Tati O Diário de Tati, o livro de Heloísa Pérrisé que deu origem ao filme, é uma lista de perguntas que uma adolescente não consegue responder. Depois de passar pelo teatro e pela TV, Tati conta no cinema os seus dilemas: passar de ano, enfrentar uma inimiga para ficar com o cara mais bonito da escola, suportar a mãe que procura um novo amor... Com Heloísa Périssé, Márcia Cabrita e Marcelo Adnet. De Mauro Farias. 4ª semana. CINÉPOLIS 13:00-15:10 (SEG.-QUI.)

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Cinépolis 21:10 GNC 14:00-22:00 3D

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O agente encontrará soluções brilhantes para se livrar da morte, baterá mais do que apanha e irá para cama com belas mulheres. Até aqui, nenhum spoiler – é sempre isso. Continuemos assim. Considerado um dos melhores da série, o filme reserva boas surpresas. 007 tem consciência do envelhecimento, é mais humano e, apesar do rodízio de musas na cama, talvez seja bissexual. Com Daniel Craig, Judi Dench e Javier Bardem. De Sam Mendes. CINÉPOLIS 12:00 (SEX.-DOM.)14:5015:40-18:00-21:50 12:30-18:50-22:10 GNC 15:00-18:20-21:10-21:40 16:00-18:50

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2:25

Tomboy Quando Laure, de 10 anos, sai para explorar a nova vizinhança, Lisa, outra garota da sua idade, a confunde com um menino. E Laure prefere assim. O filme francês mostra a vida dupla de Laure, que tem que esconder a verdade dos novos amigos e a mentira dos pais. Depois da sessão de domingo, tem bate-papo no cinema. Os convidados são a professora de Artes da UCS e doutoranda em Artes Visuais pela UFRGS Silvana Boone e o psiquiatra Caetano Fenner de Oliveira. Com Zoé Héran e Malonn Lévana. De Céline Sciamma. Ordovás SEX. (2). 19:30 SÁB. (3) e 14 DOM. (4). 20:00.

1:22

1:35

PROIBIDO FALAR ITALIANO Dirigido por Robinson Cabral e produzido por Luciano Balen, o documentário conta a história de Agnolino Capobanda, de 90 anos, descendente de imigrantes italianos. O filme resgata o período do Regime do Estado Novo, durante as décadas de 30 e 40, quando o governo tentou unificar a identidade do país e proibiu outros idiomas. O filme, que estreia oficialmente no dia 10, data que marca os 75 anos do Estado Novo, terá sessão na Semana do Cinema Italiano, promovida pela Associação Vêneta do Rio Grande do Sul. A Avergs (Bento Gonçalves, 1.283) exibirá 5 sessões, de segunda (5) a sexta (9), sempre às 19:00: Pinocchio - 1ª parte (SEG.), Novecento -Atto 2 (TER.), Mine Vaganti (QUA.), É proibido falar italiano (QUI.) e Pinocchio - 2ª parte (SEX.).

Davi de souza. De Filipe Ferreira.

ARMADA O FILME Filmado em Galópolis, o curta mostra a Caxias dos anos 70. Em um porão da Supervisão de Ordem Política e Social, durante a ditadura militar, o jornalista Pedro (Davi Souza) acorda em um porão sombrio onde é interrogado sobre um levante armado na cidade. O filme trata da ditadura, da tortura e dos limites humanos. Ordovás TER. (6). 21:00. Drama


Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

MUSICA + SHOWS SEXTA-FEIRA (2) Fabricio Beck Trio

22:00. R$ 10. Bier Haus

Ale Ravanello Blues Combo

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississippi

Evânio e Gaita

22:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

Swing Natural

22:00. R$ 20. Portal Bowling

Mersey Trio

00:30. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic

SÁBADO (3) Banda Hardrockers

22:00. R$ 10. Bier Haus

Casarão do Samba

23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Fúlvio Motta Trio + Agente Ed

23:00. R$ 15 e R$ 20. Bukus Anexo

DJs Paulinho S. e Samu P.

Hemberger, Cibele e Tita

No ano passado, quando completou 25 anos, a Orquestra Municipal de Sopros recebeu com muita honra o maestro Dr. Glen J. Hemberger. Importante representante do trabalho de banda sinfônica realizado nos Estados Unidos, Hemberger gosta da troca de experiências – só para exemplificar, ele foi o primeiro americano a reger a banda da Polícia Armada Militar Chinesa –, mas adorou nossa orquestra. Tanto que, desta vez, fará dois concertos, com participações especiais das solistas Cibele Tedesco e Tita Sachet. SÁB. (3) e DOM. (4). 20:30. R$ 5. Teatro Municipal

23:30. R$ 12 e R$ 15. Level Cult

A balada dos 8

A festa Local House vai reunir 8 DJs que curtem e tocam o gênero: Ander Oliveira, Beto Biasio, Lee Batista, Junior Secco, Ismael Censi, Juliano Cortiana, Daniel Crespi e Fer Oliveira. E duvido alguém reclamar por ter que encarar essa quase jornada de trabalho na pista. SÁB. (3). 23:00. R$ 15 a R$ 40. Havana

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+ SHOWS Ale Ravanello Blues Combo

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississippi

DJs convidados + Rodrigo Dias + Giiu Emer

23:00. De R$ 12 a R$ 25. Nox

Evânio e Grupo

21:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

Rodeio Drive + Showdi + DJ Rodrigo Salvador

Hits da Ospa

Como a Osucs e a Orquestra Municipal de Sopros, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) também tem programas que investem na popularização da música sinfônica e formação de novas plateias. Um deles, o Ospa pelos caminhos do Rio Grande, passa por Caxias e pela regência do maestro Manfredo Schmiedt essa semana. O repertório do concerto terá desde reconhecidas obras do acervo da literatura musical universal, como Suíte nº 1 – Peer Gynt, O Guarani e Bachianas Brasileiras nº 4, até canções do mestre das trilhas sonoras John Williams, de Harry Potter e a Pedra Filosofal, Inteligência Artificial e O Patriota. TER. (6). 20:30. Gratuito. Igreja Pio X

23:00. R$ 25 e R$ 40. Place Des Sens

Divulgação/O Caxiense

Infiltrados

22:00. R$ 20. Portal Bowling

Mequetrefes + Sandinistas (Sex Pistols + The Clash)

00:30. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic

DOMINGO (4) Pagode Junior + Fabiano Fontoura & Banda 21:00. R$ 20. Portal Bowling

TERÇA (6) Acústico Cris Caberlon

21:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

The Blugs

22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

Instrumental hermano-tupiniquim O Duo Finlândia, formado pelos músicos Mauricio Candussi, da Argentina, e Raphael Evangelista, do Brasil, volta à cidade para apresentar o show que é fruto de seu terceiro álbum, Carnavales. A performance da dupla – cuja mistura de gêneros já seria interessante o suficiente para atrair a atenção da plateia – é instrumental, com violoncelo, acordeon, teclado e programações eletrônicas. QUI. (8). 21:00. Gratuito. Zarabatana Divulgação/O Caxiense

QUARTA (7) Barbarah e Banda

23:00. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

Black & Dog (Tributo a Led Zeppelin)

22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

Jhonatan e Carlos

21:00. Gratuito. Paiol

QUINTA (8) Fabricio Beck Trio

22:00. R$ 10. Bier Haus

Alaude

23:00. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

DJ Ander Oliveira

23:00. R$ 10 e R$ 15. Havana

Delta Jam

22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

Grupo Macuco

22:00. R$ 15 e R$ 5. Paiol

Mateus & Fabiano

22:00. R$ 20. Portal Bowling

Reggae de garagem

Apesar de não ser muito popular por aqui, a banda norte-americana The Slackers tem mais de uma década de estrada. Seu reggae de garagem, como eles mesmos definem, já que é bem mais pesado e cru do que os clássicos do gênero, surgiu no Brooklyn e angariou influências da Jamaica, do ska, do rock, do blues e até de Jack Kerouac. O show de abertura é com a caxiense Rutera, que também representa muito bem a herança de Bob Marley. TER. (6). R$ 15 (antecipado) e R$ 20 (na hora). 21:30. Aristos

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Miriam Cardoso de Souza, Divulgação/O Caxiense

PALCO

Solteira na pista

Zica Stockmans interpreta uma solteirona que tem a lábia de uma vendedora da Barsa e o charme de uma consultora da Avon. Mas a vida amorosa – e, consequentemente, sexual – é arruinada pelo espírito da Tia Gérdebra. A vendedora bem sucedida, no entanto, não é amarga. Divide com o público as suas histórias e investidas em busca do amor que pode estar em um rodeio, bailes funk ou até mesmo em um terreiro de umbanda. Pode também estar na plateia. Memórias de uma Solteirona é a penúltima peça da programação especial da Tem Gente Teatrando. Em dezembro, Zica encerra o ano da escola com o espetáculo O Torto e Seu Duplo, inspirado na pesquisa da atriz sobre a vida de Vivi do Loló.

Divulgação/O Caxiense

SÁB. (3) e DOM. (4). 20:00. R$ 20 e R$ 10. SEG. (5). 20:00. R$ 5 (grupos de escolas 12 agendados). Casa de Teatro 1:00

Noite espanhola

No espaço anexo à escola La Cueva há um bar restaurante dedicado a uma viagem à Espanha. Neste sábado, as bailarinas Karine da Silva e Uyara Camargo animam a noite, às 22:00 depois de uma rodada de petiscos e jantar típico. Regado a sangria, o evento terá buffet de paella campeira e paella marinera. SÁB. (3). 20:00. R$ 35 (jantar) e R$ 10 (couvert artístico). La Cueva

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ARTE

Les Pipes, de Paulo Denílson Prusch |

Ciclos, de Maysa Stedile |

Mortalha, de Gelson Soares |

Prêmios acadêmicos

O 6° Salão Campus 8, evento organizado pelo Centro de Artes e Arquitetura da UCS, teve 16 inscrições. E 10 alunos foram selecionados para a exposição nas categorias Desenho, Gravura, Objeto, Livro de Artista, Pintura Digital e Vídeo. Os premiados foram Les Pipes, objeto de Paulo Denílson Prusch; Ciclos, vídeo de Maysa Stedile; e Mortalha, desenho tríptico de Gelson Soares. Os vencedores foram eleitos por uma comissão julgadora de 5 membros convidados pela UCS. Como prêmio os alunos ganham 4 créditos gratuitos, para o primeiro lugar, e 2 créditos gratuitos para segundo e terceiro. 6° Salão Campus 8

Coletiva. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Capelinhas: Memória e Fé

Monumentos de uma trajetória

Geografia do Acaso

O Brilho das Flores

Coletiva. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal Graça Marques. A partir de SEG. (5). SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

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Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla Iva Spinelli. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00. Ipam

Os Magos da Música

Paulo Ricardo Vargas Pinto. Até DOM. (4). SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB.-DOM. 15:00-19:00. Ordovás


MÚSICA: Aristos. Av. Júlio de Castilhos, 1677, Centro 3221-2679 | Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 3221-6769 | BOTECO 13. Dr. Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | bukus anexo. Rua Osmar Meletti, 275. Cinquentenário. 3215-3987 | HAVANA. DR. AUGUSTO PESTANA, 145. mOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004. | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | NOX VERSUS. Darcy Zaparoli, 111. vilaggio Iguatemi. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PARÓQUIA SÃO PIO X. Rua Marcos Moreschi, 497. Bairro Pio X. | Place des sens. 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | Portal Bowling. RST 453, Km 02, 4.140. Desvio Rizzo. 3220-5758 | teatro municipal. Doutor Montaury, 1333. Centro. 32213697 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

CA

Reprodução/O Caxiense

os

cinemas: CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer. R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) |

MA RIM

Marcelo Aramis

Endere

TEATROS: LA CUEVA. 20 DE SETEMBRO, 2.986. SÃO PELEGRINO. 3217-4169 | CASA DE TEATRO. Rua Olavo Bilac, 300. sÃO PELEGRINO. 3221-3130 | galerias: campus 8. Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3221-3697 | instituto bruno segalla. r. andrade neves, 603. centro. 3027-6243 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 |

Legenda Duração

Classificação

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário. Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

Música Blues. Coral. Folclórica. Funk. Metal. MPB. Rock. Samba.

Eletrônica. Erudita. Hip.hop Indie. Jazz. Pagode. Pop. Reggae. Sertanejo. Tradicionalista.

Dança Clássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

Artes Acervo. Fotografia.

Desenho. Diversas Grafite. Gravura. Instalação

Escultura. Pintura.

Inferno de Bea

A Galeria do Ordovás abre na próxima quinta (8) a exposição Miserere – Visões do Inferno de Dante, de Beatriz Balen Susin. E as fantásticas cores de Bea não serão vistas desta vez. A personalidade forte no traço e na expressão das suas criaturas, muito adequadas ao tema da exposição, sim. A série de gravuras em metal tem vernissage às 20:00. E vale a pena visitar a galeria na companhia da artista.

Esvazie a gaveta

O Grupo Nós Sem Hora, que tem promovido encontros de debate cultural na cidade, realiza um evento especial de fim de ano. Nas próximas 3 segundas-feiras (5, 12 e 19), no Aristos, Gustavo Guertler, editor das Belas-Letras, ministra o curso gratuito O Desafio de Publicar, para escritores, livreiros, estudantes, agentes culturais e aspirantes a escritor. Em 3 módulos, o curso ensina a vender o peixe, apresenta o marketing de guerrilha e as práticas dos escritores bemsucedidos. 2.nov.2012

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MODA E BELEZA por Carol De Barba

Oskar, a neve e a SPFW A marca Osklen, dirigida pelo caxiense Oskar Metsavaht – que recentemente anunciou a venda de parte da empresa para a Alpargatas, como você já leu na coluna Primeira Fila –, abriu a edição de Inverno 2013 da São Paulo Fashion Week. A grife apresentou uma coleção enxuta – e boa –, reflexo, talvez, do estado de espírito de Oskar, mas também da própria mudança de data e duração do evento, que foi antecipado e encurtado, exigindo esforço extra de estilistas e indústria. Não é exagero dizer que o diretor criativo da marca voltou às suas raízes no conceito de seu próximo inverno. Antes de ser caxiense, Oskar é, digamos assim, um cidadão da neve. É a

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imensidão branca e todo o seu entorno que o fascinam. O tema da coleção, Into the Mountains, a sofisticação dos anos 60 de Aspen com a rusticidade da Patagônia, é autoexplicativo. Com poucas cores na cartela – preto, off white, carmim, alpaca e dourado – e uma riqueza de materiais – lã italiana, alpaca, pele de ovelha, chamois, couro bovino, neoprene, jacquard de algodão, mohair e seda rústica feita em tear artesanal (e-fabrics), que chegaram a motivar discussões a respeito da sustentabilidade da empresa nas redes sociais –, a equipe de criação encarou e superou o desafio de fazer uma coleção simples porém nada simplória.

Divulgação/O Caxiense

Divulgação/O Caxiense

Divulgação/O Caxiense

Divulgação/O Caxiense

Fotos: Márcio Madeira/O Caxiense

* colaborou Paula Sperb

Mapa

O governo do Estado, por meio de um estudo encomendado pela Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) à Fundação de Economia e Estatística (FEE), irá fazer um mapeamento da Indústria da Criatividade no Rio Grande do Sul. A pesquisa está sendo realizada com uma metodologia inovadora em termos mundiais e que irá ajudar na elaboração de projetos para o segmento. A Indústria Criativa envolve áreas distintas como artes visuais, espetáculos, produção de conteúdos e design. Justamente essa diversidade que faz do RS um dos principais polos criativos brasileiros.

Empreendedorismo A II Semana Municipal do Empreendedorismo, que tem entre seus apoiadores o Polo de Moda, também interessa ao setor criativo. O evento ocorre entre os dias 5 e 9 de novembro, com uma agenda intensiva de atividades. O objetivo principal é oportunizar à comunidade caxiense o acesso a noções de empreendedorismo e incentivar o surgimento de novas empresas e novos empreendedores. A programação completa está no site da prefeitura www.caxias. rs.gov.br.

Tendência

Assim como a São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio, o Integramoda também está repensando o calendário e o conceito do evento. A mudança deve ser para melhor.


Fotos: Divulgação/O Caxiense

VITRINE PROTETOR

É perfeito para quem tem pele mista ou oleosa, com tendência à acne. Ele espalha fácil, tem rápida absorção e previne os efeitos nocivos do sol (tem 95,3% de proteção UVA e PPD 21,5). Especialmente formulado para a área do rosto, é oil free, tem textura leve e delicada e é ideal para o uso diário. Sun Marine FPS 50 Acqua Gel | Biomarine | R$ 69,90 (preço sugerido)

BRONZE SEM SOL

DELICADO

O Protetor Solar para o Contorno dos Olhos e Boca (5g) protege, é claro, a pele do contorno dos olhos e lábios, mantendoos umectados por 8 horas. Não comedogênico (não obstrui os poros). L’Bel | R$ 23,50

Graças à sinergia dos ativos (Eritrulose e DHA vegetal), acelera o bronzeado e deixa a pele mais uniforme, natural e sem manchas. Também hidrata e protege a pele. Indicado para ser usado sem exposição ao sol, tem efeito hidratante, iluminador da pele e prolongador do bronzeado. Corporalité Bronze – Loção hidratante e autobronzeadora | Biomarine | R$107,54 (preço sugerido)

CONTORNO

Borjouis Paris | R$ 39 (média)

No verão, ame tudo que tem fórmula ultra-resistente e à prova d’água. Isso significa que o produto também é capaz de enfrentar incólume o suor do verão. Como esse lápis Contour Clubbing Waterproof, que é ideal tanto para delinear quanto esfumaçar, não cola e não migra das pálpebras. O produto também é testado e recomendado para olhos sensíveis.

Operação Verão

Com a correria entre trabalho e família, muitas mulheres conseguem parar – ou quase – para pensar na boa forma para desfilar na praia somente agora. Mas segundo a fisioterapeuta Fabiana Griffante, os próximos meses são suficientes para conseguir bons resultados estéticos e de saúde, claro. Para queimar calorias, a dica de Fabiana é apostar nas aulas de Muay Thai. A modalidade queima 1 mil calorias por aula fortalecendo coxas, glúteos, braços, principalmente o “músculo do tchau”, e barriga, sem deixar o corpo masculinizado. As

PERFUME

Os maiores entendedores de perfume do mundo, os franceses, elaboraram um trio de fragrâncias adequadas ao clima quente e abafado do Brasil, ou seja, extremamente leves. Dá para comprar separadamente, mas a edição em trio das águas de colônia, bacana para ter na necessaire, é limitada. Tem 3 fragrâncias de 50 ml cada: Água Universal, Água Radiante e Água Cativante. L’Occitane em Provence | R$ 90

aulas de Fabiana têm no máximo 2 alunos por horário, com 75% de treino e 25% de luta com defesa pessoal. Fabiana, que também é professora de RPG e Pilates, indica como aliadas da boa forma as bandagens estéticas e a modelagem corporal. A profissional também explica que, de acordo com o próprio criador do método Pilates, um novo corpo é possível com até 30 sessões. “Então, ainda há tempo de se preparar para o verão, com certeza!”, incentiva a fisioterapeuta que inaugurou seu próprio estúdio em 1º de outubro.

Make criativo

A princesa da Festa da Uva Aline Casagrande é também maquiadora no salão onde trabalha ao lado de sua mãe, e costuma inovar na hora de criar os makes. Cílios postiços, cores do arco-íris e até inspiração nas Empreguetes fazem a diferença nos looks criados por Aline, que também faz design de sobrancelhas.

Hábitos saudáveis

“Levar uma vida de forma saudável, alimentar-se de forma adequada e praticar atividade física com regularidade”

Relax

“Não se estressar. Levar a vida de forma leve, sem se preocupar com coisas que não merecem nossa atenção” por Fabiana Griffante, fisioterapeuta 2.nov.2012

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