Edição 155

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16.NOV.2012

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Os produtos mais caros da cidade

4 O papel do papeleiro

8 O que ensinam os jovens empresários

Caxias celebra o blues

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11 Para usar coroa, não precisa ter topete

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A jovem conservadora Arena

10 Talian, vítima da censura, da vergonha e do esquecimento

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Gatos Gays na decoração

Fotos: 6: Anderson Fotografia. Divulgação/O Caxiense | 12 e 14: Paulo Pasa/O Caxiense |

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

A encruzilhada do blues em Caxias | No embalo dos cupons | Reconhecimento ao empreendedor

ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br

Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula Sperb Diretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

Editora-chefe | site

Carol De Barba

Talvez você não seja fã de blues, mas depois de ler a edição 155, com certeza vai conhecer mais sobre o estilo musical que carrega em cada nota melódica toda uma cultura que, no fundo, fala de libertação. Inclusive poderá procurar as músicas favoritas dos bluesmen indicadas na reportagem e escutá-las a tempo do Mississippi Delta Blues Festival. É contagiante, garanto. Nossa capa é uma homenagem ao ritmo, que tem força em Caxias do Sul, e uma releitura da capa do livro Blues, do célebre quadrinista Robert Crumb. O livro foi publicado no Brasil em 2004, pela Editora Conrad, e é um resgate da história negra norte-americana em quadrinhos. Nas palavras de Crumb, no posfácio, falando sobre a lenda “do sujeito que encontra o Diabo em uma encruzilhada” (escute a canção Crossroads, de Robert Johnson!): “a encruzilhada possui em si um significado místico. Duas estradas que se cruzam numa paisagem ampla...”. E não é isso o encontro entre o blues e nossa cidade? Na capa da revista, observe, incluímos na paisagem a Estação Férrea, que abrigará o festival caxiense por 3 dias. O processo para a criação da arte incluiu pesquisa, fotografia, desenho, digitalização e nova colorização no computador. A edição 154 reserva outra surpresa para quem percorrer o caminho do blues. Em

uma promoção exclusiva, publicamos cupons que podem ser trocados em algumas bancas do festival por descontos nos produtos. Um incentivo para os fãs da boa música e um empurrão para os que ainda estavam em dúvida se deveriam ir ao MDBF 2012. A “cuponaria” é uma febre nos Estados Unidos (país de origem do blues), através das publicações jornalísticas impressas, e nada mais harmônico do que unir as duas referências em O CAXIENSE. Aproveite! Na edição 156 mais cupons serão publicados. Ocupo este espaço também para agradecer aos integrantes da comissão julgadora, formada por 16 entidades, do 2º Prêmio Jovem Talento Empreendedor pelo troféu recebido na categoria Serviços. O prêmio é uma realização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego em parceria com o Sebrae e departamentos jovens da CIC, CDL, Sindilojas e SindiRural. É um grande reconhecimento aos vencedores. Para O CAXIENSE, representa mais um indicativo de seriedade e compromisso com a cidade nas vésperas do aniversário de 3 anos do veículo. Na página 11, veja dicas de cada um dos jovens empresários para empreender. Boa leitura!

Andrei Andrade Daniela Bittencourt Gesiele Lordes Leonardo Portella Paulo Pasa Designer

Luciana Lain

COMERCIAL Executiva de contas

Pita Loss

ASSINATURAS Atendimento

Eloisa Hoffmann Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120

capa Ilustração de Marcelo Aramis a partir de desenho de Robert Crumb

TIRAGEM 5.000 exemplares

Paula Sperb, diretora de Redação

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BASTIDORES

A beleza indomável de Elizabeth | O sustento encontrado no lixo | Os segredos dos jovens empreendedores

Quanto custa viver aqui

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Chopp Caxias: R$ 5,84 São Paulo: R$ 5,33

açúcar

Arte: Luciana Lain/O Caxiense

CAXIAS x SÃO PAULO

Açúcar Pão Caxias: R$ 11,97 São Paulo: R$ 8,55

Caxias: R$ 7,98 São Paulo: R$ 5,97

livre 0 0 0 0

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É com a ajuda de internautas espalhados pelo país que o site colaborativo Custo de Vida consegue dar uma dimensão econômica de quanto se gasta para comer, se divertir, locomover-se, hospedar-se e estudar em 1.732 cidades brasileiras. Criado pelo mineiro Lucas Franco em janeiro deste ano, o site (www.custodevida.com.br) mostra os preços médios de 29 itens, divididos nas categorias bar e restaurante, supermercado, transporte, utilidades, esporte e lazer, hotelaria e motelaria, educação e moradia. Ao todo, mais de 16.600 pessoas já colaboraram com o serviço, útil para visitantes e futuros moradores. Morador de Belo Horizonte, Lucas desenvolveu o site após discussões com amigos, que pensavam em como seria o custo de vida em outras cidades brasileiras. “Olhávamos algumas ofertas de emprego em São Paulo e em Brasília e começávamos a discutir sobre qual seria o custo de vida nessas cidades e em outras do país”, conta. Ao comentar sobre o custo de vida de sua cidade, Lucas revela por que Belo Horizonte ocupa o 7º lugar, no ranking das capitais. “Acho que as coisas aqui estão muito caras. Desde que me mudei pra cá vejo que os valores só aumentam, e muito rapidamente”, diz. Caxias do Sul atingiu nota 4.3, a partir de médias de preços informadas por 75 caxienses. Somos a cidade do Interior do Estado com o custo de vida mais elevado, segundo as colaborações do site. Não é possível saber em que colocação Caxias se encontra, mas comparando-a com o ranking disponível, o nosso custo de vida ultrapassa 13 capitais brasileiras. São Paulo lideraa lista, com o custo de vida mais alto – 10 pontos (nota máxima) –, seguida por Rio de Janeiro, com 8.7, e Brasília, 7.4. Porto Alegre vem logo em seguida, com 6.1. Mas por aqui é mais caro comprar ou utilizar alguns serviços do que em São Paulo. Os caxienses pagam mais caro o chopp, o pão e o açúcar. O litro da gasolina e do etanol, duas horas em um motel barato e a bandeirada de táxi também ultrapassam os valores médios paulistanos.

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por Leonardo Portella

Bandeirada do Táxi Caxias: R$ 4,46 São Paulo: R$ 4,10

Gasolina Caxias: R$ 2,90 São Paulo: R$ 2,74

Etanol Caxias: R$ 2,44 São Paulo: R$ 1,92

Motel econômico Caxias: R$ 66,67 São Paulo: R$ 62,17

Um dos grandes problemas das cidades é o fluxo de veículos. Para estacionar, a média em Caxias é de R$ 4,67 por uma hora, uma das mais baratas do Estado. Em Porto Alegre, o valor duplica e chega a custar R$ 10,29. Caxias tem o estacionamento mais barato até que Bento Gonçalves, que paga uma média de R$ 5.

Caxias: R$ 4,67 Bento Gonçalves: R$ 5 Porto Alegre: R$ 10,29 Rio de Janeiro: R$ 13,50 São Paulo: R$ 13,96


CAXIAS x RIO DE JANEIRO Pão

Em comparação com o Rio de Janeiro, que até o mês de agosto ocupava a liderança do ranking, Caxias é mais cara em 11 itens.

Cerveja lata

Chopp

Caxias: R$ 3,55 Rio de Janeiro: R$ 3,15

Caxias: R$ 5,84 Rio de Janeiro: R$ 4,45

Açúcar

açúcar

Caxias: R$ 11,97 Rio de Janeiro: R$ 8,70

Caxias: R$ 7,98 Rio de Janeiro: R$ 6,74

Gasolina Caxias: R$ 2,90 Rio de Janeiro: R$ 2,86

Curso Administração Caxias: R$ 820 Rio de Janeiro: R$ 755

Etanol Caxias: R$ 2,44 Rio de Janeiro: R$ 2,30

Feijão Caxias: R$ 3,28 Rio de Janeiro: R$ 3,01

Mensalidade Pré-escola Caxias: R$ 427,86 Rio de Janeiro: R$ 260

Motel econômico Caxias: R$ 66,67 Rio de Janeiro: R$ 46,79

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A Mais Bela Comunitária, Letícia de Carvalho, a princesa Gabriele Rossi, a simpatia Isadora Maria Perotti e a princesa Elisabeth Martins | Anderson Fotografia, Divulgação/O Caxiense

Um concurso de resistência por Gesiele Lordes

desfile, tentando superar a dificuldade de andar sobre salto (muito) alto e o Eram quase 19:00 e as luzes do nervosismo de encarar os 7 jurados e pavilhão 2 do Parque de Eventos da uma plateia de 3,5 mil pessoas. Alguém Festa da Uva ainda estavam apagadas desviou a atenção de quem assistia o e poucas pessoas ocupavam as arquiensaio. Era uma integrante da corte bancadas. Era a certeza de que o desfile anterior, que passava correndo, com para escolher a Mais Bela Comunitária, um par de sandálias nas mãos – calçamarcado para as 19:30, iria atrasar. É dos que substituiriam o confortável par pouco provável, no entanto, que alde chinelos usados pela jovem, técnica guém imaginasse que ele se estenderia usada pela maioria das candidatas. até as 02:30 da madrugada. Quanto mais o evento atrasava, mais Enquanto o público chegava, a tensão acumulava entre as belas. O agitação das candidatas, que começara clima anunciava: a qualquer momento, cedo na parte inferior do pavilhão 2, o alguém daria um piti. E ele veio, mas de nenhuma candidata. Um grupinho Palácio das Uvas, só aumentava. Nos começou a causar tumulto. Em uma cantos, as moças se dividiam entre aquelas que retocavam a maquiagem e cadeira, uma das moças estava cercada algumas que, em duplas, simulavam o pela família e integrantes da organiza-

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ção. Ela chorava. “Tu conseguiu deixar a guria feia”, gritava o pai dela a um dos cabeleireiros. O reclamante dizia que o combinado era manter o cabelo natural, cacheado. Maldizia o penteado liso e justificava que o efeito da escova poderia influenciar negativamente a avaliação sobre a filha. “Ela sentou na minha cadeira e eu fiz o padrão: alisei e fiz o topete”, defendeu-se o cabeleireiro Carlos Alberto da Silva Brito, que trabalhava ali desde as 13:00. Depois do transtorno, um spray de água refez os cachos da moça. E o rebuliço desarmou. Relativamente. “Este ano está mais tenso ”, descreveu Ângela Adriana Córdova, diretora do departamento feminino da União de Associações de Bairros (UAB), que


trabalhava incansavelmente desde as 08:00 na organização do desfile. Sua conclusão tinha motivos: passava das 20:00 e dois ônibus com torcidas ainda não haviam chegado. E a situação só piorou quando, às 20:35, uma falha elétrica deixou o pavilhão no escuro. Durante cerca de 5 minutos, apenas os celulares e algumas lanternas usadas pelos policiais da Brigada Militar iluminavam o local. Jovens gritando, estouros de balões e assobios substituíram a música Ai, se eu te pego, interpretada pelo cantor Eloy Teixeira, o Paco, que, além de hits do sertanejo universitário, também cantou sucessos de Ivete Sangalo, Marisa Monte, Roupa Nova, Jorge Ben Jor e Wando. Tudo com boa intenção, apesar de pequenos deslizes nas letras. Pouco antes das 22:30, quando começou o desfile individual, o cansaço já atingia parte das torcidas. Idosos cochilavam e crianças começavam a ficar menos agitadas enquanto um grupo de dança do ventre se apresentava, no intervalo do desfile. Foi a apresentação das empreguetes que devolveu um pouco de ânimo ao público. Três modelos de 13 e 14 anos, da Fama Mo-

delos e Eventos, interpretaram o hit da novela, uniformizadas a caráter. Depois disso, nada antes do resultado prendeu a atenção do público, que se dispersava. O nome das 10 finalistas, entre 42 candidatas, foi divulgado por volta das 02:15, depois que organizadores e a corte de 2011 fizeram uma série de agradecimentos, sob a luz de uma lâmpada que falhava. Enquanto grande parte das torcidas se deslocava, os nomes das eleitas eram anunciados. Letícia de Carvalho, de 16 anos, do loteamento Altos de Galópolis, ganhou o título de A Mais Bela Comunitária. Gabriele Barili Rossi, de 21 anos, representante do Jardim América, e Elisabeth Breda Martins, de 17 anos, do Boa Vista, foram escolhidas como princesas. Isadora Maria Perotti, de 16 anos, do São Leopoldo, foi eleita Simpatia Comunitária. Além de querer representar sua comunidade no movimento comunitário, as garotas tinham em comum o cabelo devidamente liso. Neste último item, a exceção era Elizabeth que, para para alegria do pai – e sorte do cabeleireiro – entrou para a corte com os cachos que a natureza lhe deu.

“Ela sentou na minha cadeira e eu fiz o padrão: alisei e fiz o topete”, disse o cabeleireiro Carlos Alberto da Silva Brito, autor do penteado que causou tumulto antes do desfile

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7 horas na vida de... um catador de lixo

Jorge Luís dos Santos |

Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

por Leonardo Portella Jorge Luís dos Santos, de 41 anos, pai de 6 filhos, é natural de Flores da Cunha, mas foi criado desde os primeiros anos de vida em Caxias do Sul. Há 12 anos, trabalha nas ruas catando garrafas PET, latinhas de alumínio, plástico e papelão. Estes, segundo ele, são os materiais mais abundantes, que garantem o sustento da família. “Conseguimos viver muito bem do dinheiro que ganho com o lixo”, conta. Jorge, que nunca encontrou dinheiro ou algo valioso nas lixeiras, encontra disposição para percorrer 30 quilômetros todos os dias em busca de lixo para a reciclagem. 08:30 Saio da minha casa, no bairro Santa Lúcia. Em poucos metros de caminhada, já encontro alguma coisa jogada fora. Todos os dias é possível encontrar lixo seletivo nos mesmos lugares e, se der sorte, acho em lugares que antes não haviam deixado nada. Vou olhando, abrindo os sacos e colocando tudo dentro do carrinho. Eu tinha cadastro no Catador Legal (programa

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da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul para acompanhamento e assistência social aos catadores), mas a única vantagem em fazer parte do programa é possuir a placa de identificação no carrinho. Não fiz a renovação e sou autônomo mesmo. Legítimo! (risos) 10:30 Já estou no Centro. É fácil transitar pelas ruas e calçadas com o carrinho. Consigo percorrer tranquilamente as calçadas da Júlio de Castilhos, apesar de estarem sempre lotadas de gente. Nas ruas, existe preconceito com o catador. Acham que somos todos bandidos. Mas, na real, a gente faz um serviço bacana para cidade. A Codeca não consegue eliminar todo o lixo seletivo para deixar as calçadas limpas. Mas ninguém nunca partiu para cima de mim por estar perturbando ou algo assim. Aguentar desaforo a gente até aguenta, mas, se vier para cima, vai levar também... 12:00 Não paro para almoçar. Continuo a minha tarefa e vou mexendo e revi-

rando sacos pelas ruas. As pessoas não sabem separar o lixo. Encontro restos de comida e embalagens sujas misturados ao lixo que dá para reaproveitar. Aumenta ainda mais o meu serviço. 14:30 É hora de avaliar o material recolhido. É também o momento em que separo os plásticos brancos dos plásticos coloridos. Por terem menos produtos químicos na composição, os brancos valem mais na hora de vender. Nas garrafas PET, as tampinhas também valem dinheiro, desde que separadas das garrafas. Dobro os papelões, amasso as latinhas e coloco tudo em sacos de lixo pretos para levar ao comprador. 15:30 Mais ou menos por esse horário, levo o material que recolhi ao comprador, na antiga Madezatti. Em dias normais, de verão, consigo tirar R$ 50 por dia. No inverno, por causa da chuva, cai um pouco. É por isso que, no inverno, eu procuro algum serviço fixo. Mas na rua é melhor... Sem estresse e bem mais rentável.


CAM

PUS

Últimos dias para se inscrever na Anglo/IDEAU A Faculdade Anglo-Americano/IDEAU recebe até a próxima quarta-feira (21) as inscrições para o seu vestibular de verão, que ocorre no dia seguinte, às 19:00, com prova de redação e questões objetivas. A instituição oferece 12 cursos: Administração, Agronegócios, Ciências da Computação, Ciências Contábeis, Comércio Exterior, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Hospitalar, Marketing, Pedagogia, Relações Internacionais, Secretariado e Turismo. Todos os cursos são à noite, e Administração ainda tem o turno diurno. As inscrições podem ser feitas pelo site www.ideau.com.br ou na secretaria acadêmica da Anglo (Feijó Júnior, 1049, São Pelegrino). A taxa é de R$ 30. Informações pelo fone 3536-4404 ou pelo e-mail vestibular.cx@ ideau.com.br.

Murialdo abre inscrições para 3 cursos A Faculdade Murialdo abriu as inscrições para o vestibular de verão, que será realizado no dia 10 de dezembro. São 3 os cursos oferecidos, todos com aulas à noite: graduação em Administração (4 anos de duração), tecnólogo em Sistemas para Internet (3 anos) e tecnólogo em Agronegócio (3 anos). As inscrições podem ser feitas até o dia da prova (composta de redação e 30 questões de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais e atualidades), marcada para começar às 19:00. Os interessados podem se inscrever pelo site www.faculdademurialdo.com.br ou pessoalmente, na sede da instituição (Marquês do Herval, 701, Centro) ou na unidade de Ana Rech (Av. Rio Branco, 1595). A taxa é de R$ 25. Informações pelo telefone 3039-0245 ou pelo e-mail secretaria@faculdademurialdo.com.br.

+ VESTIBULAR

Universidade de Caxias do Sul. Prova: 9/12. Inscrições até 23/11. R$ 60 Faculdade da Serra Gaúcha. Prova: 11/12. Inscrições até 10/12. R$ 50 Faculdade La Salle. Prova: 1º/12. Inscrições até 30/11. R$ 20. Faculdade Inovação. Prova: 4/12. Inscrições até 3/12. R$ 20 Faculdade América Latina. Prova: 12/12. Inscrições até 11/12. R$ 25 Faculdade de Tecnologia da Serra Gaúcha. Prova: 6/12. Inscrições até 5/12. R$ 25 Faculdade de Tecnologia. Prova: 8/12. Inscrições até 7/12. R$ 35

Universidade de Caxias do Sul

Orçamento Empresarial. 7/12 . Inscrições até 1/12. R$ 117 (estudantes) e R$ 117 (geral). Pós-vendas. 3 a 12/12 (segundas e quartas-feiras). Inscrições até 26/11. R$ 292 (estudantes) e R$ 324 (geral) Tocar, dançar e cantar: uma introdução ao orff-schulwerk. 14 e 15/12. Inscrições até 26/11. R$ 250

Anglo-Americano/IDEAU

Técnicas de Visão Fotográfica – Módulo II. 21, 22/11 e 24/11. R$ 25 Como trabalhar com o maior fornecedor do mundo: China!. 23 e 24/11. R$ 25 Práticas de Leitura e Redação: Processos Multiculturais. 24/11, 1° e 8/12. R$ 25 Introdução a publicidade e propaganda. 24/11 e 1/12. R$ 25 Comunicação e Liderança. 24/11 e 1/12. R$ 25

Universidade de Caxias do Sul

Mestrado em Educação. Inscrições até 16/11. R$ 70 Doutorado em Administração PUCRS/UCS. Inscrições até 26/11. R$ 75 Mestrado em Administração. Inscrições até 30/11. R$ 70 Mestrado em Engenharia Mecânica. Inscrições até 1º/12. R$ 70 Mestrado em Turismo. Inscrições até 3/12. R$ 70

+ MBA

Faculdade da Serra Gaúcha

A FSG está com inscrições abertas para o MBA em Engenharia da Produção com Ênfase em Desenvolvimento de Produtos e Processos. Com o objetivo de capacitar profissionais nas diversas áreas estratégicas de técnicas de Desenvolvimento de Produtos, o curso abordará 16 conteúdos, com aulas nas sextas-feiras, das 18:30 às 22:30, e aos sábados, das 8:00 às 13:00. Informações e inscrições pelo telefone 2101-6000.

WWW.IDEAU.COM.BR. 3536-4404 | WWW.FACULDADEMURIALDO.COM.BR. 3039-0245 | WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW. FSG.BR. 2101-6000 | WWW.UNILASALLE.EDU.BR/VESTIBULAR/CAXIAS. 3220-3535 | WWW.PORTALFAI.COM. 3028-8700 | WWW.AMERICALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.FTSG. EDU.BR. 3022-8700 | WWW.FTEC.COM.BR. 0800-6060606

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na rio

É de Caxias do Sul que parte o movimento para ressuscitar a Arena, surgida na ditadura militar após o AI 2, que eliminou todos partidos políticos e instaurou o bipartidarismo: MDB e Arena. Assunto nacional, surpreende por ter em seu quadro uma maioria jovem, preocupada em debater o fim das cotas no sistema educacional e a privatização do sistema penitenciário. Mas, em uma democracia, devemos repudiar qualquer tentativa de, veja bem, totalitarismo. Significa que nossa Constituição permite a fundação de novos partidos e que cabe à população a decisão de votar ou não em determinada sigla. Relembre quais foram os ex-presidentes militares da República que compunham a Arena, assista ao vídeo de suas posses e veja registros históricos das movimentações da Arena em 1966 em Caxias do Sul no especial multimídia publicado em www.ocaxiense.com.br.

Abertura política

Prefeito premiado

Será no próximo dia 28 que José Ivo Sartori (PMDB) receberá mais um reconhecimento. Desta vez, na Assembleia Legislativa, enfatizando a responsabilidade social de sua gestão. O prefeito acumula mais de 20 premiações durante seu governo. A mais recente, a do Troféu Gestor Público, pelo projeto Banco do Vestuário, recebida na terça-feira (13). O mesmo troféu foi recebido em 2011, pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave), e em 2009, pela coleta do lixo e tratamento de esgoto. Maicon Damasceno, Arquivo/O Caxiense

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Conservadorismo jovem

Novos arenistas

Com a redemocratização do país, a Arena voltou a se dividir. Seus integrantes formaram o PDS (hoje PP) e o PFL (atualmente DEM). Para refletir sobre coerência.

Além da líder Cibele Bumbel Baginski, estudante de Direito de 23 anos, outro nome conhecido que poderá compor a nova Arena é a ex-rainha da Festa da Uva Tatiane Frizzo, que concorreu à Câmara de Vereadores nas últimas eleições pelo Democratas.

Os departamentos de recrutamento e seleção têm deparado com a escassez de líderes para cargos de chefia nas empresas. Mas a sociedade como um todo também precisa de liderança. Para falar sobre o tema, Maurino Veiga estará em Caxias do Sul para a palestra Liderando em Tempo de Mudanças, na segunda-feira (19), às 20:00, no auditório do São José (1870). Toda renda dos ingressos (R$ 30 e R$ 25 para estudantes) será revertida ao projeto Mão Amiga, liderado pelo frei Jaime Bettega, que ajuda mais de 1 mil crianças em Caxias. Informações pelos telefones 3223-5420 e 9607-0314.

Parceria que deu certo

Desde que assumiu a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Valmir Susin (que não deve ser o secretário na próxima gestão) estreitou o relacionamento do Município com o Sebrae. Uma amostra foi o sucesso da 2ª Semana Municipal do Empreendedorismo, onde Caxias do Sul pôde vivenciar por 5 dias sua maior vocação: empreender. “Nossa missão é dar continuidade a esses projetos com essa força e essa garra”, disse o diretor regional do Sebrae, Rogério Rodrigues, durante a entrega de “cheques vale conhecimento” aos 4 vencedores do Prêmio Jovem Talento Empreendedor, no último dia 8.

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Claudio Fachel Divulgação/O Caxiense

Transformar o mundo

Cesta básica

O salame é uma das peculiaridades da cesta básica de Caxias do Sul. O produto teve 10,52% de aumento em outubro, colaborando par a elevação do valor da cesta para R$ 583,50 no último mês, segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da UCS.

9%

de aumento nas vendas é o que o Sindilojas espera para o comércio de final de ano.


GENTE

Divulgação/O Caxiense

BOA

De Caxias para a Finlândia Por distração, Homero Ribeiro ignorou o primeiro convite para expor no Museu do Louvre, em Paris. Por sorte, 3 dias depois outro e-mail apareceu na caixa de entrada do artista plástico, com a mesma mensagem, Sua exposição no Louvre. No contato, o carioca Edson Cardoso, curador da AVA Galleria, com sede na Finlândia e ramificações no Brasil, queria convidá-lo para a exposição Art Shopping no lounge da AVA Galleria no Carrousel du Louvre. “No primeiro momento, achei que pudesse ser um trote”, lembra o artista. Homero despertou para a arte aos 11 anos, quando desenhava para passar o tempo no hospital, onde estava internado por causa de uma queimadura. Depois foi se

aprimorando em desenho, pintura e escultura e, há 12 anos – hoje está com 43 –, largou o desenho técnico para viver de arte. O artista, que costuma vender suas obras pelo site ou sob encomenda, preparou duas pinturas em acrílico sobre tela para a exposição no Louvre, que reuniu trabalhos de 450 artistas do mundo todo entre 19 e 21 de outubro. As duas foram adquiridas por um casal irlandês. Além da emoção de expor em Paris, o artista plástico comemora os novos contatos. “Surgiram duas propostas: uma exposição na Europa de artistas gaúchos e finlandeses e uma nova exposição no Louvre”, conta. Ele também está com trabalhos expostos na AVA Galleria, na Finlândia.

Andreia Copini, Divulgação/O Caxiense

TOP5

Empreendedorismo Quatro jovens tiveram seus empreendimentos reconhecidos no 2º Prêmio Jovem Talento Empreendedor, entregue em 8 de novembro. A solenidade integrou a Semana Municipal do Empreendedorismo, que contou com mais de 60 atividades para incentivar a maior vocação de Caxias: empreender. Abaixo, as dicas de cada vencedor e homenageado. Vitor Pistorello | Agronegócio Planejamento é a palavra de ordem para Vitor, de 27 anos, que comanda a Granja Giplan. A organização é semanal, com atualização de metas dos funcionários, e também anual. Vitor, que trabalha no ramo desde os 18 anos, acrescenta “persistência, muita vontade e conhecimento do que se faz”, características compartilhadas por todos empreendedores.

Cristiane Marcante | Comércio Informação é o segredo de Cristiane Marcante, de 34 anos. A artista viaja a feiras de seu segmento para buscar tendências e aposta no atendimento e pós-venda como diferencial. “Ter um diálogo mais informal com o cliente”, ensina Cristiane. Stevan Tomiello | Indústria Visão. Assim Stevan define a capacidade de enxergar necessidades de mercado que seus clientes ainda nem sabem que têm. “Percebemos antes mesmo que eles notem essa importância”, explica Stevan, de 26 anos, à frente da Plasmar, indústria que trata superfícies metálicas e tem lançado soluções inéditas no Estado e no país.

Paula Sperb | Serviços Inovação é uma aliada da competitividade, segundo a sócia-proprietária e diretora de Redação de O CAXIENSE, Paula Sperb, de 27 anos. Parte do seu tempo é dedicado à pesquisa de tendências mundiais do jornalismo. Outra parte é destinada à aplicação. “O movimento de inovação é muito rápido. Colocar em prática o que pesquiso garante liderança em inovação no setor da comunicação”, afirma. Nelson Sbabo | Homenageado O líder empresarial da CIC serve de exemplo. E não somente ao seu neto que estava na solenidade de entrega do prêmio. Nelson Sbabo, de 76 anos, é crucial persistir. Emocionado, se desculpou com a família pelas ausências em razão do trabalho, consolando os novatos na missão de possuir o próprio negócio. 16.NOV.2012

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PARLA!

O que restou do talian, a língua característica dos imigrantes italianos, em uma região cada vez mais multicultural

por Daniela Bittencourt

Nas lembranças do professor Rubens Baretta – de 41 anos, pai e profissional de idiomas –, um menino ainda tenta encontrar seu lugar no mundo. Não sabe se pertence ao Brasil ou à Itália; fala Português, leciona Italiano e Inglês. Rech por parte de mãe, Baretta por parte de pai, brasileiro por nascimento, italiano por descendência, Rubens ainda não conseguiu definir o resultado de todos os fragmentos que compõem sua origem. “Não sou italiano porque nasci no Brasil. Não sou brasileiro porque toda cultura que gira em torno de mim é italiana. Sou quase um peixe fora d’água”, brinca, referindo-se a um sentimento que talvez não seja só seu. De origem predominantemente italiana, Caxias também possui sua brasilidade e se torna cada vez mais multicultural. Das marcas herdadas pelos descendentes de italianos, talvez o dialeto talian seja a que mais sofre influência da evolução do município. A língua, que em meados do século XIX era a forma de comunicação natural dos imigrantes vindos de regiões como Vêneto (base do talian), Lombardia, Trentino-Alto Adige, Friuli-Venezia Giulia, passou por períodos de transformação e até de proibição. Hoje, ainda resiste, mas pode não permanecer viva por muito mais tempo. No lar onde cresceu o metalúrgico aposentado Augusto Pagatini Neto, em Boa Vista do Sul, interior de Garibaldi, o talian foi a única língua falada até o nascimento de seu terceiro irmão, mais ou menos na época em que os demais começaram a frequentar a escola. Hoje, aos 70 anos, Augusto, o segundo mais velho de 9 irmãos, lamenta não ter conseguido passar para seus filhos a herança linguística deixada pelos pais. “Acho que sou da última geração do dialeto. A gente ainda ouve por aí, mas são mais pessoas de idade que falam. As mais novas até entendem alguma coisa, mas não querem aprender”, conclui. Após andanças pelo Brasil, Augusto fixou-se em Caxias definitivamente em 1987. Em 1966, quando

veio pela primeira vez à cidade, trabalhar na metalúrgica Eberle, era comum falar italiano com os colegas de pensão e na firma. Quando voltou, em 87, o número de falantes do talian tinha se reduzido perceptivelmente. Atualmente, conta nos dedos os conhecidos com quem pratica a língua nos arredores do bairro São Pelegrino, em Caxias, onde mora. Com as 3 irmãs que ainda vivem em Garibaldi, consegue relembrar poucas palavras em italiano. O pai simpatizava com a língua brasileira e incentivava que os filhos se comunicassem em português, principalmente para ter bom desempenho na escola. Em casa, o talian foi perdendo espaço. “Eu aprendi porque sempre gostei, tive vontade de manter. Nem meu irmão mais velho aprendeu, porque foi para o seminário. Os padres não gostavam que se falasse italiano”, lembra Augusto, sobre a língua que, hoje, define como uma brincadeira: “O dialeto é mais uma extroversão, um passatempo”, sorri. O professor Rubens Baretta lembra das conversas sérias dos adultos da família, todas em português. Em Forqueta, onde viveu parte da infância, os pais, tios e avós deixavam para o talian as brigas, as brincadeiras e as provocações – como quando perguntavam sobre namoros, assunto embaraçoso para as crianças; quando se machucavam e blasfemavam com um palavrão; ou quando se referiam às coisas da cultura italiana. “Dificilmente se tinha conversa séria em italiano. Para falar das contas da casa, era em português. Esta era a língua séria”, lembra o professor, que também é mestre em colonização italiana pela UCS. Nos colégios caxienses em que estudou, como os tradicionais Santa Catarina e Cristóvão de Mendoza, a herança linguística de Rubens não era vista com bons olhos. Entre as crianças da família, era pouco estimulada. “Eu era recriminado na escola se falasse italiano. Os colegas chamavam de gringo polenteiro. Falava o talian com meus primos, mas eles riam porque era

Nanetto Pipetta, personagem de histórias em talian, no Correio Riograndense | Derli Dutra, Correio Riograndense, Divulgação/O Caxiense

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coisa de velho”, conta. Um dos poucos locais onde ele pratica o talian atualmente é em um grupo de estudos sobre a língua. Na Associação Vêneta do Rio Grande do Sul, em Caxias, onde Rubens dá aulas de Italiano e Inglês, cerca de 30 alunos fazem parte da turma que busca aprender o dialeto para se comunicar com pessoas mais velhas. “Dos que procuram estudar italiano, a maioria tem esse saudosismo, são descendentes buscando suas raízes”, reflete. Para a pesquisadora na área de Línguas e Migração e Doutora em Letras Marley Terezinha Pertile, muitos foram os fatores que abafaram a fala italiana em Caxias e na região. Em 2010, ela coordenou a parte científica do Inventário da Diversidade Cultural da Imigração Italiana, um projeto-piloto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, desenvolvido na UCS, com o objetivo de preservar a cultura italiana. Mesmo após estudos, o Inventário não conseguiu delimitar com precisão quantas pessoas ainda falam o talian na região. Mas Marley defende que a língua não está restrita às comunidades do Interior. “Podemos dizer, pelos dados do Inventário, que o falante do talian hoje se encontra também nas cidades, e isso devido a dois fatores: primeiro, pela mobilidade causada pelo fator profissional, e, segundo, pelo retorno às raízes”, ou seja, segundo ela, os descendentes procuram aprender a língua por reconhecerem seu valor cultural. A urbanização, porém, e a migração dos moradores do Interior para a cidade contribuíram para a perda do talian. Mas Marley destaca, principalmente, o papel da escola como limitadora da língua. Ao enviar seus filhos para a vida escolar, os pais passavam a evitar o talian, como forma de protegê-los do preconceito. Para a pesquisadora, estes fatores foram mais influentes do que a proibição de falar línguas estrangeiras na década de 30, durante o Estado Novo, quando o nacionalista Getúlio Vargas pretendia unificar a identidade do Brasil.

O jornalista Marcelino Dezen, que mantém com outros dois colegas uma coluna escrita em talian no jornal Correio Riograndense, concorda com a pesquisadora ao apontar a escola como espaço de castração. “O pior de tudo foi quando se criou o hábito nas escolas de dizer: não fala italiano, isso só estraga o português. Existia o preconceito. Hoje, felizmente, não há mais isso. Mas pesou para que muita gente deixasse de falar”, afirma Marcelino. Para contar as histórias do personagem italiano Nanetto Pipetta no jornal, ele se baseia na gramática e no dicionário do talian, elaborados por conhecedores e incentivadores da língua, como o escritor Darcy Losso Luzzatto. Como língua escrita, o talian ainda é pouco disseminado, mas alguns progressos já aconteceram. Marcelino aposta na publicação das aventuras de Nanetto como sua forma de colaborar para a manutenção do talian. No início de novembro, o documentário Proibido Falar Italiano, dirigido por Robinson Cabral e produzido por Luciano Balen, foi lançado em Caxias, relembrando a perseguição à língua durante o Estado Novo. É sinal que os jovens estão se preocupando com a extinção da cultura dos avós. Para Marley, o Inventário é um grande passo para iniciar o resgate. “O talian já está inventariado e é a primeira língua de imigração a passar por esse processo. Algumas políticas, em nível oficial, já se estabeleceram nesse sentido: a formação do Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística Nacional (GTDLN), o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), a criação do Livro de Registro das Línguas e a promulgação de lei que estabelece o talian como integrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul”, conta Marley, lembrando que alguns municípios gaúchos, como Serafina Corrêa e Caxias do Sul, têm esta lei em nível municipal. “Resta saber o que vão fazer daqui para frente. Uma coisa é a existência da lei, e outra são as medidas concretas para sua efetivação”, ressalta.

Rubens Baretta |

Paulo Pasa/O Caxiense

“O pior de tudo foi quando se criou o hábito nas escolas de dizer: não fala italiano, isso só estraga o português. Existia o preconceito”, diz o jornalista Marcelino Dezen

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viva O BLUES

O CAXIENSE mergulha no Rio Mississippi, se embrenha nas plantações de algodão e traz para o leitor o que é o blues, o ritmo que irá tomar conta da cidade na próxima semana

por Andrei Andrade e Daniela Bittencourt

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É no mínimo irônico. Mas também é motivo de orgulho para quem vibra com um bom e velho blues poder dizer que vive na terra que mais respira a música negra norte-americana no Rio Grande do Sul. Irônico justamente por isso. Uma cidade orgulhosa de suas raízes italianíssimas querendo ser a terra da mais negra das músicas? Não é exagero. Durante 3 dias, Caxias recebe um dos principais festivais internacionais de blues do Brasil. Na próxima semana, cerca de 9 mil entusiastas vindos de todos os cantos devem passar pelo Mississippi Delta Blues Festival. E, se o espírito de Robert Johnson quiser aparecer, certamente será bem-vindo. A música que irá reverberar pelo Largo da Estação Férrea nos dias 22, 23 e 24 (veja programação a partir da pg. 22) tem origem na segunda metade do século XIX, no fértil delta do Rio Mississippi, que banha 10 estados norte-americanos. E foi no estado que leva o nome do rio que o ritmo surgiu com mais força, marcado pelo canto dos trabalhadores africanos levados para lá nos anos de escravidão (abolida em 1863) para trabalhar nas plantações de algodão. As work songs (canções de trabalho) eram a forma encontrada pelos tralhadores para chorar suas tristezas, como a saudade de casa, a exploração pelos patrões, a falta de dinheiro. A música era a única e pequena redenção que podiam ter por trabalhar tanto. Com o passar dos anos e um forte processo de evangelização dos negros, as melodias lamentosas logo se uniram à harmonia simples das músicas religiosas, e os primeiros instrumentos começaram a marcar o que seria o blues. Músicas de 12 compassos, 3 acordes e estrofes de 3 versos, no qual o segundo repete o primeiro. Desde o início, o instrumento mais comum para tocar o blues já era o violão, seguido da harmônica (gaita de boca), embora a criatividade fizesse até da vassoura e da tábua de lavar roupas matéria-prima para vários instrumentos.

Toyo Bagoso |

Paulo Pasa/O Caxiense

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Luciana Lain/O Caxiense

O termo que dá nome ao gênero tem origem na expressão blue devils, usada desde o século XVIII para designar a condição do homem abatido por uma certa melancolia. Having the blues significa estar tomado pela tristeza, acompanhado por um espírito ruim. E mesmo com o passar dos anos e as temáticas das letras se tornando tão abrangentes, a síntese do gênero estará sempre na dor. Como exemplifica a passagem do filme A Encruzilhada, de 1986, em que um velho tocador de blues explica a um garoto interessado em tocar a música de Robert Johnson, Son House, Charley Patton e outros pioneiros. “O blues não é nada além de um bom homem se sentindo mal, pensando sobre a mulher que estava com ele.” As letras de blues têm como característica combinar lamento com humor, geralmente seco e cínico, rico em metáforas para falar de mulheres, sexo, dinheiro e drogas. E sempre com uma poesia que rende versos simples e belos, como I hate to see that evenin sun go down, cause my lovin’ baby done left this town (odeio ver

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o sol da noite se pôr/ porque meu amor deixou a cidade), versos iniciais de St. Louis Blues, de W.C. Handy. Outro tema recorrente nas composições de blues é a religiosidade africana, especialmente o voodoo, e as superstições envolvendo o mojo, espécie de saquinho contendo raízes, cabelo e pequenos ossos de animais, utilizado sob a roupa para proteger contra o mal. Talvez nenhum outro gênero musical tenha um imaginário tão rico. O blues também está envolto em lendas como a de Robert Johnson, jovem negro que teria feito um pacto com o diabo em uma encruzilhada, vendendo a alma para aprender a tocar o blues como ninguém. Johnson se tornou, de fato, um dos maiores da história. Morreu aos 27 anos, até onde se sabe envenenado pela amante. Ou o marido ciumento. Onde sua alma repousa é um mistério. Essencialmente rural – ao contrário do jazz, que surgiu nas cidades, aliando os mais complexos ritmos negros aos instrumentos de sopro da música europeia –, o blues tomou as grandes cidades. Quando os negros livres fizeram a “trilha

do blues”, como ficou conhecido o caminho desde as plantações de New Orleans até as fábricas de Chicago, o gênero ganhou elementos que ajudaram a torná-lo tão popular ainda hoje, como a eletrificação dos instrumentos, nos anos 40. Também a popularização do rádio contribuiu para difundir a música para muito além dos clubes noturnos, chegando até a efervescente Londres, onde inspirou o surgimento das principais bandas de rock. O blues foi o pai de praticamente todos os ritmos que vieram depois dele na música norte-americana, entre eles o rock’n’roll de Elvis Presley e Chuck Berry e o soul de James Brown e Otis Reeding. Na Inglaterra, no início dos anos 60, as bandas surgiam tocando quase exclusivamente covers de mestres como B.B. King, Howlin’ Wolf e Big Bill Broonzy. Os principais bluesmen da história são os heróis dos maiores heróis do rock. Jimi Hendrix venerava Lightnin’ Hopkins; Eric Clapton já gravou quase todas as 29 músicas de Robert Johnson; Mick Jagger e Keith Richards se conheceram quando um viu o outro com um disco de Muddy


Waters embaixo do braço, em uma estação de trem londrina. Entre seus letristas, nenhum foi tão grande quanto Willie Dixon, um legítimo filho do Mississippi (que também era baixista, mas sem o mesmo brilho). Hoochie Coochie Man, I Just Want To Make Love To You, Spoonful, são alguns entre tantos temas gravados e executados à exaustão há mais de meio século, sem nunca envelhecer, ou talvez ficando melhores com o tempo. No Brasil, o blues foi um dos últimos gêneros musicais estrangeiros a despertar interesse, e chegou na carona do rock dos anos 70 (conjuntos de jazz, por exemplo, já existiam desde os anos 20, muito por influência do cinema mudo). Só no final da década de 80 começaram a surgir alguns festivais especializados. Em Ribeirão Preto, o 1° Festival de Blues, mesmo sem nenhuma pompa no nome, trouxe gente do calibre de Buddy Guy, Albert Collins e Etta James, alguns dos astros mais respeitados pelos blueseiros de qualquer época. No Sul do Brasil, o Natu Nobilis Blues Festival, que em Porto Alegre teve edições anuais de 2001 a 2004, foi o primeiro a reunir grande e respeitável elenco. Alguns dos principais representantes do blues em terras brasileiras são o guitarrista Celso Blues Boy, falecido no último mês de agosto, e o gaitista Flávio Guimarães, fundador da Blues Etílicos, uma das mais bem sucedidas bandas nacionais de blues. Flávio, que é atração da edição 2012 do festival caxiense, tem sua teoria para explicar por que o blues nunca perde a vitalidade. “O blues não perde fôlego por ser uma música de raiz, como o samba e o choro. Sempre irá existir.” Indo por outra linha, mas na mesma direção, o guitarrista porto-alegrense Fernando Noronha, em uma passagem recente por Caxias do Sul, lançou sua hipótese: “Enquanto o homem tiver alma, o blues irá existir”.

Impressione

Dicas para fazer bonito no festival mesmo sem saber nada sobre blues

Não perca a deixa

Capriche no chapéu

Para parecer um bluesman digno e elegante, adorne a cabeça com um belo chapéu, que pode ser coco, a la Sonny Boy Williamson, ou de caubóis, como os que marcaram a figura do texano Stevie Ray Vaughan. Recentemente, Buddy Guy começou a usar boinas viradas para trás. E, se Buddy Guy usa, está aceita.

Para se dar bem no festival, não deixe passar a oportunidade de se aproximar da desconhecida em um momento romântico. Garotas tendem a não resistir a I Still Got The Blues, de Gary Moore, ou Wonderful Tonight, de Eric Clapton (porém, cuidado. Se ela for purista, vai achar essa pop demais). Mas, se quiser apelar, pode chegar durante I Just Want to Make Love to You, de Muddy Waters.

Evite deselegâncias

Blueseiros de primeira viagem precisam tomar cuidado com regras básicas de etiqueta. Procure não demonstrar seu entusiasmo erguendo os braços com as mãos em forma de guampinhas, como se faz em shows de rock e metal. Se rolar um slow blues, uma balada que pode se arrastar por mais tempo do que você costuma dedicar a uma música, procure não demonstrar impaciência. E pare com “toca, Raul!”. Prefira “toca B.B. King!”

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O festival na edição de 2010 |

Mississippi Delta Blues Bar, Divulgação/O Caxiense

O nosso blues

Tal qual o solo da região do Mississippi, nos Estados Unidos, que se mostrou bom para o cultivo do algodão, Caxias do Sul foi terra fértil para a germinação do blues. Umas das primeiras manifestações mais concretas do gênero por aqui provavelmente foi a inauguração de um bar que era “azul na alma, blues no ritmo”, conforme lia-se nos degraus das escadas do lugar. O Azul e Blues, uma casa azul e branca na esquina da Júlio de Castilhos com a Guia Lopes, foi inaugurado em agosto de 1985. Jeronimo Ferrigo, o então proprietário de 22 anos, era “um apaixonado, fissurado pelo blues”, como se define o hoje sócio do Zarabatana Café. Em uma época em que a cena blues ainda não existia em Caxias, o bar era um espaço para o ritmo, mas não era restrito a ele. Boa parte da trilha sonora vinha dos LPs adquiridos por Jeronimo, a maioria de blues, mas o rock também tinha espaço, principalmente por causa do público, que, embora aceitasse bem o ritmo, não era composto por apreciadores. “O fato de ter a palavra blues no nome já mostra que meu interesse era muito grande, mas não tocava só isso”, lembra. “Não tinha cena alguma, havia boates e clubes, algumas festas em porão. O Azul e Blues acolheu uma gama variada e voraz. Foi impressionante. Eu compartilhava as audições porque botava som no bar, acho que ali o pessoal despertou para esse tipo de som”, acredita. Sem internet, o jeito era garimpar a informação. Jeronimo lembra que as revistas de música e os encartes de LP eram algumas das fontes de conhecimento para os sedentos por blues, além de algumas rádios, como a Ipanema, que eventualmente tocavam algo do gênero. Além disso, os interessados trocavam figurinhas. O músico e professor de har-

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mônica Ricardo Biga recorda que o blues já unia alguns grupos específicos na metade dos 80. “Naquela época, a gente ouvia nas casas de amigos, mas na noite não existia. Sempre teve um pessoal interessado, mas eram mais os músicos, aquela coisa mais isolada. Até porque os bares não tinham uma distinção de estilo tanto quanto agora, a coisa era mais mesclada, tocava de tudo na noite”, conta. O guitarrista caxiense Solon Fishbone destaca a influência das bandas de rock na disseminação do blues por aqui. “Todo mundo que conheceu o blues naquela época, certamente o fez através de bandas que tinham influência do gênero, Eric Clapton, Led Zeppelin, Rolling Stones. A porta de entrada era por ali. E quem gostava, especialmente os músicos, acabava por descobrir artistas que influenciavam essas bandas e comprava os discos.” Músicos e público ainda estavam em formação. Biga lembra de uma noite em que foi convidado a subir ao palco do Azul e Blues para tocar com outro músico do qual não lembra o nome. Embora estivesse tocando rock, o cara chamou Biga para tocar harmônica. Quando desceu do palco, foi abordado por uma mulher: “Poxa, que legal aquela música de faroeste”, disse ela. Foi com o nascimento da The Bluesmakers, banda fundada por André Coelho em 1989, que o público caxiense passou a entender melhor o gênero. “A ideia era tocar com um repertório que não existia. Em Porto Alegre já tinha duas ou 3 bandas de blues. Mas nacional tinha só a Blues Etílicos, que era a que a gente mais conhecia. Em Caxias, a The Bluesmakers foi a primeira”, relembra. Apesar da boa receptividade, a banda se apresentava muito mais na Capital, no Interior do Estado e em São Paulo. “Na verdade, naquela época a cena não chegou a se

formar mesmo, como tem aí hoje. Até a abertura do Mississippi, nunca teve cena”, conta André. Para Biga, o surgimento de um bar temático como espaço para o blues foi fundamental para o fortalecimento do gênero em Caxias. “Nunca teve espaço específico, e também não tinha público formado. O Missi começou a formar o público apreciador, não só aquele pessoal que ouvia em casa”, garante. Missi é a forma carinhosa de se referir ao Mississippi Delta Blues Bar, o templo do blues em Caxias. Apaixonado pelo blues e influenciado, entre outras coisas, por uma viagem ao Delta em 2003, Toyo Bagoso fundou a casa com o sócio Rodrigo Parisotto em 2006. O objetivo sempre foi ser um espaço temático. Dois anos depois veio a ideia de fazer uma celebração com alguns músicos que haviam passado pelo bar até então, com detalhes inspirados no Chicago Blues Festival, por onde Toyo e Rodrigo andaram em 2008. “Aí surgiu um expositor, outro, a coisa foi crescendo...”, lembra Toyo. O primeiro festival reuniu cerca de 2 mil pessoas, número que só cresceu nas edições seguintes, incluindo o público local e os adeptos vindos de fora. “Caxias estava fora dos grandes shows, acho que o bar e o festival foram fundamentais. A cena que tinha de blues aqui antes era a mesma que de outros lugares, muito menor do que Porto Alegre, mas muito parecida com outras cidades do Interior”, afirma. Para Toyo, a região de Caxias tem um potencial roqueiro que não se explica, o que contribuiu para o sucesso do bar e, consequentemente, do blues na cidade. “Quando a gente criou o bar, estas pessoas se conectaram. É como se fosse uma igrejinha”, brinca. E os fiéis aguardam, ansiosos, pelo dia 22, quando começa a próxima grande celebração.


Fica a dica...

Perguntamos para 10 músicos que vão participar do MDBF 2012 quais as suas 5 músicas de blues preferidas. Claro que todos queriam ter listado pelo menos 20. Mas são só 5.

Pedro Strasser

Ricardo Biga

baterista do TPM Jazz Trio ● I ain’t got nothing but the blues – Ella Fitzgerald ● C Jam Blues – Duke Ellington ● Fifty-first Street Blues – Charles Mingus ● I just wanna make love to you – Muddy Waters ● Going back to New Orleans – Dr. John

gaitista da Pacific 22 ● Hoodoo man - Junior Wells ● The work song – William Clarke ● Key to the highway – Muddy Waters ● Easy - Big Walter Horton ● Come on in my kitchen – Robert Johnson

Toyo Bagoso gaitista ● She caught the Katy (and left me a mule to ride) - Taj Mahal ● Hard times - Ray Charles ● Guess who - BB King ● Caledonia - Dougie MacLean ● Bell bottom blues - Eric Clapton

Ale Ravanello gaitista ● Born and living with the blues Sonny Terry And Brownie McGhee ● One more kiss - Johnny Guitar Watson ● Me and my crazy self Lonnie Johnson ● Let me go home, whiskey Amos Milbourn ● Grinnin’ in your face Ramblin’ Jack Elliot

Rodrigo Campagnollo guitarrista e vocalista da Electric Blues Explosion ● Midnight blues - Joe Bonamassa ● Flood in California - Albert King ● Riviera paradise - Stevie Ray Vaughan ● A Right to live - Glenn Hughes ● Who did you think I was John Mayer Trio

Ricardo Maca guitarrista e vocalista da The Headcutters ● Rollin’ and Tumblin’ (Part 01) - Baby Face Leroy Trio ● Little boy blue - Big Walter Horton ● Worried life blues - Little Walter ● Walkin’ blues - Muddy Waters ● Good morning little school girl - John Lee Williamson

Joe Marhofer gaitista e vocal da The Headcutters ● Roller coaster - Little Walter ● Trouble no more - Muddy Waters ● Smokestack lightning - Howlin’ Wolf ● Ain’t that lovin’ you baby - Jimmy Reed ● You got me where you want me - John Brim

Celso Salim guitarrista I Can’t be satisfied - Muddy Waters ● My love will never die - Otis Rush ● If I had possession over judgement day - Robert Johnson ● If the sea was whiskey The Big Three Trio ● East St Louis blues Blind Willie McTell ●

Flávio Guimarães gaitista, fundador da Blues Etílicos ● Roller coaster - Little Walter. ● Early In The Morning John Lee Williamson ● My babe - Willie Dixon ● Everything’s going to be alright - Little Walter ● Help me - Rice Miller

Andy Boy vocalista, gaitista e guitarrista ● My babe - Little Walter ● Snatch it back and hold it - Junior Wells ● Key to the highway - Big Bill Bronzy ● Mellow down easy - Little Walter ● Good morning little schoolgirl Sonny Boy Williamson I

Nuno Mindelis guitarrista ● Bright lights, big city - Jimmy Reed ● The things I used to do - Guitar Slim ● Little red rooster - Howlin’ Wolf ● Red house - Jimi Hendrix ● Devil got my woman - Skip James

Por que aqui?

Hipóteses possíveis (ainda que improváveis) para Caxias amar o blues

Longe de casa

Assim como os negros cantavam o blues para se sentir mais próximos da sua mãe África, Caxias do Sul tem nos colonos imigrantes a parte mais orgulhosa de sua história. Será que a música como lembrança afetiva da terra natal aproxima os povos e as culturas?

Vinho e blues

As bebidas mais facilmente associadas ao blues são o uísque e a cerveja, cujos gargalos das garrafas eram usados como acessório (bottleneck) para tocar violão. Mas o vinho, tão apreciado em terras caxienses, também já recebeu suas homenagens, especialmente dos britânicos. Eric Clapton, em Bottle of Red Wine, sugere que a mulher se levante e alcance a seu homem uma garrafa de vinho tinto. Os Rolling Stones, em Sweet Virginia, agradecem à California pelo seu vinho. Mas também o lendário Muddy Waters, na música Kansas City, cantou que iria para aquela cidade e ficaria parado em uma esquina, junto com seu amor e uma garrafa de vinho.

Trilhos

O trem é tema recorrente nas composições de blues e parte importante na história da migração dos negros para os grandes centros dos EUA. Uma das mais belas letras de Robert Johnson, Love in Vain, conta a história de um homem que assiste a partida da mulher parado na estação, dando-se conta de que todo seu amor foi em vão. Caxias não só teve o trem como parte importante da sua história, como o largo da estação férrea abriga o bar e o próprio festival de blues.

Lamentos

Caxias, todo mundo sabe, é uma cidade de insatisfeitos. Habitantes que adoram reclamar de tudo. Do trânsito, da violência, do clima, dos caxienses. Será que há uma identificação com as queixas dos bluesmen sobre os males que afligiam suas almas e suas vidas? 16.NOV.2012

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PLATEIA

Além de Crepúsculo, só Gonzaga | Zé Trovão, Trindade e Pirilampo no palco | Arrabal na estreia | Arte acadêmica

Divulgação/O Caxiense

O blues está chegando na Estação O maior festival de blues do Brasil terá 14 atrações, em 5 palcos diferentes, no primeiro dia de apresentações. A 5ª edição do Mississippi Delta Blues Festival (MDBF), no Largo da Estação Férrea, traz a Caxias prestigiados bluesmen nacionais e internacionais até o dia 24. Neste ano, o MDBF terá área coberta, praça de alimentação, estandes temáticos e bares, além de novidades, como o espaço Blues Art Ville e o primeiro workshop internacional, com o Roots Duo, de Joe Filisko e Eric Noden. Os primeiros acordes, na próxima quinta (22), serão dados pela The Headcutters, de Itajaí. Uma das mais renoma-

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das bandas de blues do país, que segue a linha das lendárias gravadoras de Chicago, sobe ao palco às 18:15, no All Aboard Stage (estrategicamente localizado na plataforma de embarque da Estação Férrea). A banda carioca TPM Jazz Trio abre os trabalhos no Main Stage, às 19:00. Formada pelos músicos Marco Tommaso, Augusto Mattoso e Pedro Strasser, o trio une experiências e improvisação em suas apresentações, que vão desde Black Dog, do Led Zeppelin, a Don’t Stop ‘Till You Get Enough, de Michael Jackson. O destaque da noite é Marquise Knox, uma das novas vozes do blues norte-ame-

ricano. Com 21 anos, Marquise lançou seu primeiro álbum, Manchild Knox, em 2008, e foi indicado ao prêmio Blues Music Debut como Melhor Artista do Ano. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.blueticketr.com, com vendas para todo o Brasil, no cartão de crédito, ou no próprio Mississippi Delta Blues Bar, na Estação Férrea (somente em dinheiro). Ingressos avulsos para cada dia custam R$ 40. Passaportes para os 3 dias custam R$ 90 (apenas 500 unidades). Menores de 12 anos não pagam. Consulte no site oficial (www.mdbf.com.br) outros pontos de venda. Veja a seguir a programação completa do festival.


All Aboard Stage ● O Lendário Chucrobillyman | PR 18:15 e 19:50 Main Stage ● Décio Caetano, Toyo Bagoso e Andy ● TPM Jazz Trio | RJ Serrano | CXS e POA 19:00 21:30 e 23:00 ● Nei Lisboa | RS Front Porch Stage 20:30 ● Rodrigo Mantovani e Celso Salim | SP ● Adriano Grineberg Quarteto | SP 19:50 e 21:30 22:10 ● Crossroads Time - Gabriel Gratzer | ● Joe Filisko & Eric Noden |EUA 23:00 e 00:50 ARG Truck Stage 23:40 ● The Blues Beers | CXS ● Marquise Knox | EUA 19:50 23:50 ● Little Boogie | CXS All Aboard Stage 21:30 ● The Headcutters | SC ● Franciele Duarte & Banda | CXS 18:15 e 19:50 23:00 ● O Lendário Chucrobillyman | PR MS Delta Stage 21:30 e 23:00 ● The Headcutters | SC Front Porch Stage 23:00, 00:50 e 02:00 ● Lennon Z & The Sickboys | CXS Main Stage 19:50 ● Big Chico | SP ● Bob Stroger & James Wheeler | EUA 19:00 21:30 e 23:00 ● Creedence Clearwater Revival Tribu● Gabriel Gratzer | ARG te | RS 00:50 20:30 Truck Stage ● Joe Filisko & Eric Noden | EUA ● Pacific 22 | CXS 22:10 19:50 ● Crossroads Time - Bob & James | EUA ● Pata de Elefante | POA 23:40 21:30 ● Joe Louis Walker | EUA ● The Juke Joint Band e Ivan Mariz | 23:50 CXS e RJ 23:00 MS Delta Stage SABADO (24) ● Ale Ravanello Blues Combo | POA 23:00, 00:50 e 02:50 All Aboard Stage ● Bob Stroger e James Wheeler | EUA 18:15 e 19:50 ● O Lendário Chucrobillyman | PR SEXTA (23) 21:30 e 23:00 Front Porch Stage Main Stage ● Gonzalo Araya & Nico Smoljan Band ● Flávio Guimarães e Alamo Leal | RJ 19:50 e 21:30 | CHI/ARG ● The Headcutters | SC 19:00 ● James Wheeler - Feat. Bob Stroger | 23:00 e 00:50 Truck Stage EUA ● TPM Jazz Trio | RJ 20:30 19:50 ● Nuno Mindelis | ANG ● The Cotton Pickers | CXS 22:10 ● Crossroads Time - Chucrobillyman | 21:30 ● Electric Blues Explosion | POA PR 23:00 23:40 MS Delta Stage ● Junior Watson | EUA ● Andy & The Rockets | POA 23:50 23:00, 00:50 02:00

Fotos: Maurício Concatto, Arquivo/O Caxiense

QUINTA (22)

16.NOV.2012

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Fotos: Divulgação/O Caxiense

MUSICA + SHOWS Sexta-feira (16) Lacross

22:00. R$ 10. Bier Haus

Nandinho Santoro

23:30. R$ 20 e R$ 35. Bulls

Rhay e Haras

22:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

DJs Daniel Crespi e Caio Busetti 19:00. R$ 15 e R$ 20. Havana

Electric Blues Explosion

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississipi

Ando meio devagar. E sempre Um dos violeiros mais famosos do país vem do Mato Grosso do Sul. Almir Sater levou sua viola para a TV com Pirilampo – dupla com Sérgio Reis, o Saracura, de Rei do Gado –, o peão Trindade, na clássica Pantanal, e como protagonista de Ana Raio e Zé Trovão que, recentemente, o SBT fez o favor de resgatar. Ele não atua e não lança álbuns desde 2006, mas já acumulou repertório suficiente para agradar duas gerações no espetáculo. SEX. (16). 21:00. R$ 60 a R$ 150. UCS Teatro

Alexandre e Daniel

22:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

Underload e DJ Mestre Yoda 23:00. R$ 12 e R$ 15. Vagão

Bob Shut

20:00. Gratuito. Zarabatana

Sábado (17) Luiz Marenco

22:00. R$ 20 e R$ 25. Bistrô Brasil Tchê

Fher Costa e Trio

22:00. R$ 10. Bier Haus

Zé Bitter Rock

23:00. R$ 5 (gratuito até 23:00). Cachaçaria Sarau

História do Brasil

Após participar do Festival de Música Brasileira de Toronto, no Canadá, e se apresentar em mais de 30 cidades pelo Brasil, a Orquestra de Câmara Cantilena Ensemble chega a Caxias. O espetáculo, centrado em uma abordagem arte educativa, resgata, preserva e divulga a música erudita brasileira, além de relacionar obras musicais aos fatos marcantes dos mais de 500 anos de história do país. Formada por 12 músicos, a orquestra paulistana foi fundada em 2006, pela violinista Maria Fernanda Krug. SEX. (16). 20:00. Gratuito. Teatro São Carlos

Antes de Kiss

Johnny F., Fran Bortolossi e Fer Oliveira

Rock and roll da pesada. Depois de Hard Rocker e Old School, a Rosa Tattooada se apresenta no Vagão para lançar seu novo single: Sonho Bom. É a primeira prévia do novo álbum que a banda pretende lançar no primeiro semestre de 2013. A canção foi produzida pelo ex-tecladista da banda, Vini Tonello. É o trio que fez a abertura do show do Kiss, em Porto Alegre, na quarta (14). No vagão, a abertura é com a banda Ginger Mosley, que estreia no palco da casa.

23:00. R$ 25 e R$ 40. Havana

Cusco Bayo + Ana Lang + Nati Biazus 23:30. R$ 15. Level Cult

Nico Smoljan & Shakedancers 22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississipi

DJs Giiu Emer e Rodrigo Dias 23:30. R$ 25. Nox Versus

Daniel e Grupo

22:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

Domingo (18)

SÁB (17). 23:00. R$ 15 e R$ 20. Vagão

Set com DJ’s

16:00. Gratuito. Zarabatana

Matheus e Fabiano

21:00. R$ 20. Portal Bowling

Outro lado de Crocco Tonho Crocco fez seu nome na música como vocalista da Ultramen, que se despediu dos palcos em 2008. Depois, seguiu carreira solo e fez mais do que fãs. Arrumou inimizades também. Em 2011, compôs a música Gangue da Matriz, um enfático protesto contra deputados estaduais gaúchos, após a aprovação salarial que ultrapassou os 73% – um crime, segundo a letra da música. Mais light, Tonho desembarca em Caxias, divulgando o disco O Lado Brilhante da Lua. SÁB (17). 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

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GANHE DESCONTO. PERGUNTE-ME COMO Grana, pila, dindim, tutu, bufunfa, cascalho, gaita... Gaita? Isso mesmo! É tempo de Mississippi Delta Blues Festival, e O CAXIENSE também foi beber na cultura norte-americana para entrar na dança. Inspirada por uma tradição da mídia impressa de lá, esta e a próxima edição distribuem cupons de desconto (ao lado) para você fazer a festa no MDBF 2012 economizando um troco para... fazer mais festa, lógico! É para consumir do bom e do melhor: comida, bebida, acessórios musicais e mais... E de quebra você ainda curte um dinheirinho exclusivo (no verso dos cupons), com as maiores figuras da história do blues, para rechear a carteira. Neste número, só para abrir o apetite, a gente publica alguns cupons para você já sair ganhando no primeiro dia do festival – próxima quinta (22). A fartura mesmo fica para edição seguinte. Veja a seguir, passo a passo, como aproveitar a barbada.

Quanto vale

Vale o que está escrito, óbvio. Na frente e no verso. Em “pilas” ou reais (veja depois no 4º passo, #comofaz). Este é o valor do desconto que cada cupom dá. Como referência, os cupons trazem também, nas famosas letrinhas miúdas, o preço normal do produto – aquele que você, usando o cupom, não irá pagar. ;)

Onde vale

No território do blues, baby. Ou seja, só dentro do Mississippi Delta Blues Festival 2012. Ou seja (2), não adianta levar o cupom na loja/bar/estabelecimento antes ou fora do festival que não irá valer um tostão furado. Ou seja (3), só ganha o desconto quem for ao festival – aquele que você, ainda mais com esses cupons, não irá perder. :) 16.NOV.2012

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Quando vale O tempo que a festa rolar: nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2012. Mas também é importante ressaltar: enquanto durarem os estoques. Que seja eterno enquanto dure...

#comofaz

Recorte os cupons e guarde-os. Depois, compre seu ingresso e vá ao festival (!). Uma vez lá, você terá que trocar seu rico dinheirinho de verdade pelo rico dinheirinho do MDBF 2012: os “pilas”. O câmbio é o mais justo do mundo, 1 real = 1 pila. Com a guaiaca cheia, vá às bancas/estabelecimentos participantes da promoção e, no momento da compra, saque seu cupom e apresente-o. Rá! Aí o atendente receberá seu cupom e abaterá o valor dele do preço do produto, cobrando menos pilas de você.

WARNING!

Atenção, malanders! Não deixem a ganância se apoderar de vocês. Para usar o dinheirinho do blues, tem que seguir as regras e o bom senso. Sendo assim, alertamos para o que segue: - Não, você não ficará milionário se juntar um monte de cupons. Isso porque o cupom de desconto não pode ser trocado por dinheiro nos bares, nas lojas, na revista ou no caixa do Banrisul. Se você quiser, até pode criar um mercado negro de cupons com seus amigos, mas aí as transações são por sua conta e risco. - Não adianta se fazer de maroto, juntar vááários cupons, somar o valor dos descontos e querer trocar tudo por um produto de graça. Os cupons são individuais. Só será aceito um cupom em cada compra. Os descontos não são cumulativos. Entendeu, né? - Os cupons devem estar em estado apresentável para serem aceitos. Logo, não guarde os cupons na cueca, não rasgue nem amasse-os demais. Você não necessariamente precisará estar em estado apresentável para apresentá-los, mas isso também é recomendável. * Esta promoção é uma parceria exclusiva de O CAXIENSE com Bar Jack Daniel’s, Pastrami, Don Claudino, Rei da Música e Sweez, com a bênção do Mississippi Delta Blues Festival 2012.

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CINE

Nivaldo Expedito de Carvalho. Júlio Andrade. Nanda Costa. De Breno Silveira

Gonzaga de pai para filho A vida do Rei do Baião, Luiz Gongaza, é contada a partir da sua complicada relação com o filho. Assinado por Breno Silveira, o mesmo diretor de 2 Filhos de Francisco, o filme mostra Gonzaga na juventude, quando conheceu Odaléia, com quem teve um filho, popularmente conhecido como Gonzaguinha. Em busca do sustento e da garantia do futuro do herdeiro, Gonzaga deixou o garoto ao cuidados de amigos no Rio de Janeiro e viajou o Brasil. Deixou uma herança de abandono a Gonzaguinha, a quem também nunca soube valorizar como artista. Estreia.

12

CINÉPOLIS 13:10-16:10-19:10-22:00 * Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

2:10

007 – Operação Skyfall O melhor filme da série é também o mais visto. No Reino Unido, o agente cinquentão desbancou Harry Potter e é o líder histórico de bilheteria. No Brasil, 007 continua no topo desde a estreia, mas, agora, com um certo medinho de vampiros. Com Daniel Craig, Judi Dench e Javier Bardem. De Sam Mendes. 3ª semana.

★★★★★ CINÉPOLIS 12:15-15:5018:50-20:30 13:30-17:00 GNC 21:40 16:00-18:50

Com Ben affleck, Bryan Cranston. De Ben affleck

14

2:25

Argo

A jovem Katarina, que tem uma vida conturbada, se apaixona primeiro pela música, o Réquiem de Mozart. Depois, pelo maestro, Adam. Muda a vida, mas não sem enfrentar dificuldades. Com Alicia Vikander e Samuel Fröler. De Lisa Langseth.

Em 1979, um ataque revolucionário na embaixada americana no Irã faz 52 reféns. Seis deles fogem e se abrigam na casa do embaixador Canadense. Tony Mendez, agente da CIA e especialista em fugas, é enviado para ajudar os diplomatas a sair sem serem vistos. A ordem é ser discreto, mas ele inventa a filmagem de uma superprodução de Hollywood para salvar os reféns. 2ª semana.

ORDOVÁS SEX. (15). 19:30 SÁB. (16) e DOM. (17). 20:00

CINÉPOLIS 19:00 GNC 13:50

Puro

16

1:41

14

16.NOV.2012

1:57

25


Intocáveis

Frankenweenie

Um filme elogiado pela crítica também pode resistir por semanas em cartaz, mas só quando o público concorda, o que é um caso raro. A história real da amizade de um tetraplégico rico e seu cuidador, um imigrante ex-presidiário, é o filme francês mais visto no mundo e deve figurar entre os favoritos ao Oscar. Com François Cluzet. Omar Sy. De Oliver Nakatache e Eric Toledano. 5ª semana.

Entristecido pela morte do seu cachorro Sparky, um garoto encontra no método Frankenstein uma maneira de ressuscitá-lo. E ele volta meio monstro. De Tim Burton. 3ª semana.

★★★★★

GNC 16:10

14

CINÉPOLIS 3D 12:00 (Somente SEX., SÁB. e DOM.) GNC 3D 13:20-15:20

10

1:27

Atividade Paranormal 4

Na semana passada, subestimamos o filme. Colocamos o reality dos 1:52 espíritos no paredão, com grandes chances de ser eliminado. Com a sua ajuda, e não com imunidade do anjo, ele segue em cartaz mais uma semana. Achou que beleza te ajudaria? Vem dançar sem camisa aqui fora, Magic Mike. Com Katie Featherston. Matt Shively. De Henry Joost e Ariel Schulman. 5ª semana. GNC 17:20-22:10

16

1:35

Amanhecer Parte 2 – O Final

Até Que a Sorte nos Separe O final da saga Crepúsculo, que

lotou as sessões de pré-estreia, também lota a programação desta semana. Com 24 horários reservados ao filme, só houve espaço para mais uma estreia. Filmado paralelamente à parte um, quando o casal protagonista ainda imitava a arte na vida real, o longa mostra Bela despertando como vampira e aprendendo a lidar com a nova condição. Aliados aos lobos, os Cullen travam a última batalha com os Volturi, que agora querem Renesmee, a poderosa filha do casal, protegida de Jacob. Com Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner. De Bill Condon. Estreia. CINÉPOLIS 14:00-16:4018:30-19:20-21:15-22:10 12:15 (Somente SEX. SÁB., DOM.) 13:00-15:0015:45-17:45-20:30 GNC 14:00-16:40-19:0019:20-21:40-22:00 13:3013:40-16:20-16:30-19:10-21:50

14

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1:57

No filme brasileiro mais visto do ano, um homem aceita a ajuda de um vizinho, consultor de finanças, para esconder da mulher, grávida, uma tragédia. Os R$ 100 milhões que o casal ganhou na Mega Sena acabaram. Com Leandro Hassum e Daniele Winits. De Roberto Santucci. 7ª semana. CINÉPOLIS 14:40-16:50-19:3022:20 GNC 14:15-16:50-18:50-21:00

12

1:44

O Diário de Tati Adolescentes. Como falam, o que pensam, quais seus dilemas... E mais: por que uma história tão chata fica tanto tempo em cartaz. Veja tudo isso no filme velho estrelado por Heloísa Pérrissé, um exemplo de resistência. Com Heloísa Périssé, Márcia Cabrita e Marcelo Adnet. De Mauro Farias. 6ª semana. CINÉPOLIS 13:30-16:00

L

1:30

ESTADO DE SANTA CATARINA / PODER JUDICIÁRIO Comarca de Gaspar / 2ª Vara

Avenida Deputado Francisco Mastella, s/nº, Sete de Setembro – CEP 89.110-000, Gaspar-SC – E-mail: gaspar.vara2@tjsc.jus.br Juiz de Direito: João Baptista Vieira Sell Chefe de Cartório: Ivete Trapp Dirksen EDITAL DE CITAÇÃO - EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA - ESCOLHA DO CREDOR - COM PRAZO DE 20 DIAS Execução para A Entrega de Coisa Incerta nº 025.06.000520-8 Exequente: Bunge Alimentos S/A Executado: Burtet Importadora e Exportadora Ltda e outros Citando(a)(s): Burtet Importadora e Exportadora Ltda, Rua Cavalieri Ambrósio Ciplla, 562, Mariland - CEP: 95.054-000, Caxias do Sul-RS; Jovelino Bonatto, brasileiro(a), casado com a Justina Sartor Bonatto, Comerciante, CPF: 181.297.650-04, Rua Conselheiro Dantas, 1459, Sagrada Família - CEP: 95.054-000, Caxias do Sul-RS; Justina Sartor Bonatto, brasileiro(a), Casada com Jovelino Bonatto, Comerciante, CPF: 344.080.020-20, Rua Conselheiro Dantas, 1459, Sagrada Família - CEP: 95.054-000- Caxias do SulRS e Mauro Otávio Bonatto, Brasileiro(a), Solteiro, Comerciante, CPF: 559.607.400-44, Rua Conselheiro Dantas, 1459, Sagrada Família - CEP: 95.054-000, Caxias do Sul-RS. Descrição da Coisa Litigiosa: 520.720 (quinhetos e vinte mil e setecentos e vinte) quilos líquidos de feijão de soja. Por intermédio do presente, a(s) pessoa(s) acima identificada(s), atualmente em local incerto ou não sabido, fica(m) ciente(s) de que, neste Juízo de Direito, tramitam os autos do processo epigrafado, bem como CITADA(S) para, em 10 dias, contados do transcurso do prazo deste edital, satisfazer(em) a obrigação de entregar a coisa, consoante escolha apontada pelo credor na petição inicial ou ainda, apresentar embargos, querendo em 15 (quinze) dias independentemente de penhora, depósito ou caução, nos moldes do art. 736, do CPC: E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, foi expedido o presente edital, o qual será afixado no local de costume e publicado 1 vez(es), com intervalo de 0 dias na forma da lei. Gaspar (SC), 11 de setembro de 2012.


Inclusão

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Centro Educativo José Luiz de Medeiros Ramos, projeto mantido pelo Centro Espírita Jardelino Ramos em parceria com a Fundação de Assistência Social e o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, atende 120 alunos em situação de vulnerabilidade social. O espetáculo Sonhar é Viver mostra os talentos das crianças e adolescentes atendidos pelo projeto. QUI. (22). 18:30. Gratuito. Teatro Municipal

Cultura de imigração

O Ponto de Cultura Casa das Etnias realiza a 2ª Semana das Etnias. No espetáculo que abre a programação, homenageia as culturas italiana, alemã e polonesa. Sobem ao palco Vini Modelski (música polonesa), Associação Germânica Caxias do Sul (coro alemão), Eco Dei Monti (coro italiano) e Grupo de Danças Kalina (dança polonesa). QUI. (22). 20:30. R$ 2. Teatro do Ordovás

Dois níveis de Paranoia

Em 2008, quando estreou com o espetáculo Paranoia (Sit Down Comedy), o projeto Paranoia era uma proposta de minimonólogos para diversos atores, com estética contemporânea e com textos fragmentados pautados pela solidão. No segundo semestre deste ano, Márcio Ramos ministrou oficinas no Teatro Moinho da Estação, com duas turmas, e propôs releituras do espetáculo. Com referências na sociedade da periferia urbana, Paranoia ressurge com nova cara. Duas turmas, uma de iniciantes e outra mais experiente, apresentam processos da esquete Paranoia no Banheiro e da peça Paranoia na Vila. DOM. (18). 20:00. R$ 10 e R$ 5. Teatro Municipal

16 Miguel Beltrami, Divulgação/O Caxiense

PALCO

O lado pesado da gangorra

Pela primeira vez em palco italiano, o grupo caxiense A Gangorra apresenta uma adaptação do texto do espanhol Fernando Arrabal: Fando e Lis – Amanhã seremos felizes. No espetáculo, contemplado pelo Financiarte, Fando conduz Lis, que é paralítica, em um carrinho. Estão a caminho de Tar, um lugar onde o frio, a dor e a dúvida desaparecerão. Fando tem acessos de violência e amor, ambos manifestados por uma sinceridade infantil, por Lis. No caminho, em círculos, ao paraíso, o casal encontra Namur, Mitaro e Toso, os homens do guarda-chuva, que também vivem uma relação de dependência. É preciso ter coragem para estrear em um texto desse nível. Arrabal é absurdo, onírico, surreal. E o grupo avisa: “para entender a encenação é necessário um desprendimento do racional”. SEX. (16). e SÁB. (17). 20:30. R$ 20, R$ 15 (antecipado) e R$ 10. 14 Teatro Municipal 1:30

Pequenas transformações no Haiti

Em junho do ano passado, a professora de dança Adriana Bortoloto foi ao Haiti entregar a doação arrecadada com o espetáculo No ritmo do Universo, Dançando pelo Haiti, a crianças atendidas pela missão dos Capuchinhos no país. Adriana arrecadou R$ 3 mil. É pouco, mas foi suficiente para confecção de bancos e cadeiras para alunos de uma escola que, até então, assistiam às aulas sentados no chão. Neste ano, a professora repete a ação no espetáculo Arte para o Haiti, que tem convidados voluntários: Adriana Bortoloto e Studio Cativa (jazz e contemporânea), Deise Bordignon e Juliano Vieira Dias (hip hop), Rudi Martins (teatro) e Escola Maria Gitana (dança cigana). TER. (20). 20:30. R$ 20. Teatro Municipal L

1:30

Hits atemporais

Bruna Maccari, que dá aulas de dança no Colégio La Salle, na escola Carla Barcellos e na academia Vita e Salute, em Forqueta, reuniu alunos de todas as suas turmas para montar o espetáculo Flash Back. Em 13 coreografias – um repertório que vai de Toquinho a Madonna –, crianças, adolescentes e um grupo de adultas dançam músicas conhecidas pelas duas gerações. SÁB. (17). 20:15. R$ 15. Teatro São Carlos L

1:30

16.NOV.2012

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Ben Hur Ribeiro, Divulgação/O Caxiense

ARTE

14 visões sobre o corpo Quatorze acadêmicos da disciplina de Arte e Pesquisa da UCS – do 8° semestre do Curso de Artes –, orientada pelos professores Sergio Lopes e Mara Galvani, mostram seus trabalhos na exposição O Corpo. A proposta da disciplina é construir um processo artístico baseado na pesquisa em arte. O resultado são duas exposições em uma. No hall inferior do Campus 8, estão expostos os processos de pesquisa, em croquis e esboços realizados. Na galeria, eles mostram as produções visuais, projetos finais da disciplina. Trabalhos da Disciplina Arte e Pesquisa UCS

Coletiva. SEG.-SEX. 8:00-22:30. Campus 8

6° Salão Campus 8

Coletiva. Até SÁB. (18). SEX. 9:0019:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Capelinhas: Memória e Fé Coletiva. TER.-SÁB. 9:0017:00. Museu Municipal

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Geografia do Acaso

Graça Marques. A partir de SEG. (5). SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

O Brilho das Flores

Iva Spinelli. SEG.-SEX. 9:0019:00. SÁB. 9:00-12:00. Ipam

Miserere – Visões do Inferno de Dante

Bea Balen Susin. SEG.-SEX. 9:0019:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

I Feira de Arte Coletiva

Coletiva. SEG.-SÁB. 13:3018:00. Casa da Cultura

Monumentos de uma trajetória

Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla


Endere

os

cinemas: CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer. R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) |

MÚSICA: ABSOLUT BAR. Rua Engenheiro Euclides da Cunha, 355. Rio Branco. 91438579 | arena. bruno segalla, 11366, são leopoldo. 3021-3145. | Aristos. Av. Júlio de Castilhos, 1677, Centro 3221-2679 | BATERAS BEAT. JÚLIO DE CASTILHOS, 1452, Centro. 3533-6079 | Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 32216769 | BOTECO 13. Dr. Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | BULLS. Dr. Augusto Pestana, 55. Estação Férrea. 3419.5201 | bukus anexo. Rua Osmar Meletti, 275. Cinquentenário. 3215-3987 | CAMPEÃO SOCIAL CLUB. RUA MÁRIO DE BONI, 2128 - SALA 02. 3419-6957 | COAFFEE. RUA DR. AUGUSTO PESTANA S/Nº - MOINHO DA ESTAÇÃO 3419-0063 | COLVALE. Rua Coronel Flores, 172, Centro. 3021-1687 | COND. Rua Angelo Muratore, 54, Bairro De Lazzer. 3021-1056 | HAVANA. DR. AUGUSTO PESTANA, 145. mOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004. | OLIMPO MUSIC. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11655, São Leopoldo. 3213-4601 | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | NOX VERSUS. Darcy Zaparoli, 111. vilaggio Iguatemi. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | Place des sens. 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 30252620 | Portal Bowling. RST 453, Km 02, 4.140. Desvio Rizzo. 3220-5758 | SARAU. Coronel Flores, 749. Estação Férrea. 3419-4348 | TAHA’A. Rua Matheo Gianella, 1444, Santa Catarina. 3536-7999 | teatro do sesc. rua moreira césar, 2462. 3221-5233 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | TEATROS: teatro municipal. Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | Teatro são carlos. r. feijó junior, 778. são pelegrino. 3221.6387 | teatro do sesc. rua moreira césar, 2462. 3221-5233 | galerias: campus 8. Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | Espaço Cultural da Cristiane Marcante Decoração. Feijó Junio, 1006. Via Decoratta | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3221-3697 | instituto bruno segalla. r. andrade neves, 603. centro. 3027-6243 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 |

Legenda Duração

Classificação

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário. Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

Música Blues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

Dança Clássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

Artes Acervo. Fotografia.

Desenho. Diversas Grafite. Gravura. Instalação

Escultura. Pintura.

CA

MA RIM

Marcelo Aramis

Fora do circuito

Na última semana, dois espetáculos foram cancelados no Teatro São Carlos. A atriz global Pitty Webo apresentaria na sextafeira (9), o infantil Chapeuzinho Vermelho e o decadente Mulheres Solteiras Procuram. Na véspera, ambos foram cancelados. Um dos atores (do espetáculo adulto) não conseguiria chegar em Porto Alegre, onde as peças seriam apresentadas na quinta (8), a tempo de participar de um programa de TV já agendado. Segundo a produtora responsável, a Eazzy Entretenimento, esse foi o motivo do cancelamento (!?). O teatro não informou o número de ingressos vendidos. O show de Latino, que ocorreria no sábado (17) na All Need Master Hall, também foi cancelado. A Morphine, produtora do evento, também não informou o número de ingressos vendidos. Mas admitiu que a baixa procura foi o principal motivo para o cancelamento. Dada a qualidade dos espetáculos, a falta de plateia em Caxias é um bom sinal.

Oficinas Ieacen

O Instituto Estadual de Artes Cênicas, em parceria com a Secretaria da Cultura, vai oferecer 3 oficinas gratuitas, com duração de 8 horas, sábado (17) e domingo (18). As inscrições devem ser feitas nesta sexta (16) pelo fone 3901-1316. Veja a programação. DANÇA Hip Hop e Dança Contemporânea. Com Fernando Faleiro 8:30-12:30. Ordovás TEATRO Voz e Movimento em Improvisação a partir do Lessac Work. Com Márcia Donadel 13:30-17:30. Ordovás CIRCO Aéreos de tecido, acrobacia de solo e malabares. Com Ana Claudia Bernarecki 18:30-22:30. Escola Municipal Padre Antonio Vieira (Rua João Batista Montanari, 225 - Bairro São José II) 16.NOV.2012

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Fotos: Divulgaçaõ/O Caxiense

ARQUITETURA E DECORA O Diversidade na parede Eles são gatos. Eles são gays. Como a bandeira que representa o movimento, com as cores do arco-íris, são coloridos e alegram os espaços onde são colocados. Mas, mais do que isso, a ideia da artista plástica Mirian Gazola é fazer uma metáfora sobre as diferenças através dos felinos homossexuais. Os gatinhos, tão adorados por muitos, servem como figuras facilitadoras para dialogar sobre preconceitos e tabus. A novidade será a segunda edição dos Gatos Gays, que deve ser lançada em março de 2013, conforme a curadora Mona Carvalho.

O TIL

Harmonia “Aceitar as diferenças. Mais do que respeitar, precisamos aceitá-las”

O AGRaD VEL Surpresa

“Encantar-se com as diferenças. Assim, seremos mais felizes. Sejam diferenças na natureza ou nas relações humanas”

por Mirian Gazola, artista plástica criadora dos Gatos Gays

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Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

Estante Vintage

No quarto, talvez o movimento do rabo como pêndulo irrite. Mas na cozinha (ousada!), sala ou corredor, deixa o ambiente bem mais descontraído.

História preservada

Kit-Cat | R$ 100 (média)

Almodóvar Fantasia

Os sapatinhos vermelhos da bruxa de O Mágico de Oz vão segurar a porta e evitar aquelas batidas sem querer ou aquelas causadas pelo vento.

Vermelho e estampas aquecem, acolhem e dão certa dramaticidade a qualquer lugar. Uma casa emotiva também é uma casa mais divertida. Para colar nas paredes. Adesivo | R$ 50 (média)

A necessidade de preservação arquitetônica do passado de Caxias é uma constante em nossas páginas. Um belo exemplo pôde ser visto na última semana. O Instituto Hércules Galló foi inaugurado no dia 10 e, na mesma ocasião, foram apresentadas as duas casas centenárias restauradas, em Galópolis. As construções devem ser ocupadas por um centro cultural e um museu da indústria têxtil para fomentar a cultura e o turismo na região. “Hércules deixou um importante legado, que fica claro agora com esse projeto. E sabemos que o crescimento de um país é medido pela sua cultura, pelo seu patrimônio e pela sua história”, afirmou o empresário José Galló.

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

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Restauro

Tombadas pelo Patrimônio Histórico em 1º de julho de 2010, as duas residências de madeira com característica colonial italiana do período tardio têm influência internacional dos chalés, uma de 1904 e outra de 1908. As obras de restauro demandaram cerca de dois anos e meio. Conforme o arquiteto Renato Solio, bisneto de Hércules Galló e responsável pelo projeto de intervenção junto com o arquiteto Roque Frizzo, a restauração das casas centenárias onde viveu Hércules Galló focou nos conceitos de reconstrução, conservação, reabilitação e reprodução/réplica. É possível visitar as casas mediante agendamento pelo telefone 3028-2810. 16.NOV.2012

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