Edição 158

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Barrados e penetras no presépio

4 Semana intensa aos vestibulandos

As cores que ofuscam o verde e o grená

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Atitudes individuais pelo coletivo

10 A diversão das bailarinas tardias

Fotos: 8, 14 e 17: Paulo Pasa/O Caxiense | 10: Andrei Andrade

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Abra a sombrinha no verão

Quem não tem um Tupperware que atire o primeiro pote

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538 ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br

Planos Para 2013 | abordando o suicídio | ca-Ju x Gre-nal Decida viver. Assim começamos a reportagem de capa da última edição, que tratava sobre um assunto que é tabu: o suicídio. A mensagem otimista, embasada em todas as fontes consultadas durante a apuração, dá conta de que toda angústia, desespero ou dificuldade é passageira. Nesse momento é preciso escolher a vida. Foi o que representamos na fotografia de capa, com uma corda amarrada em uma árvore. Ao folhear a capa, a imagem da página de abertura da reportagem – subvertendo a ordem normal da revista – mostrava que esta corda, na verdade, sustentava um balanço, brinquedo que remete ao prazer da vida, não ao suicídio. A mensagem positiva da edição 157, além de reflexiva e baseada nos princípios do jornalismo responsável, também é propícia para este período do ano, quando planejamos uma “nova vida”. Você já tem seus planos para 2013? Uma lista de metas e objetivos? Se sim, acrescente “ser feliz” entre as prioridades. Buscar a felicidade é respeitar o milagre da vida e perceber que todo sofrimento pode ser superado. A tristeza também ajuda a reconhecer e aproveitar os momentos de alegria. Afinal, ninguém é feliz o tempo inteiro. Vale registrar as opiniões dos leitores, manifestadas nas redes sociais, sobre a reportagem:

Parabéns pela matéria sobre suicídio. Também sou da opinião que precisamos falar sobre isso. Rose Brogliato Apoio. Assunto sério deve ser tratado de forma séria! Denise Pessôa

Enfim a matéria sobre suicídio! O CAXIENSE está de parabéns, ficou muito bem feita. Sara Oliveira Assunto delicado abordado com muita competência pela equipe de O CAXIENSE. Mais um tabu derrubado, mais uma contribuição social. Ana Paula Boelter Na edição 158, a reportagem principal traz outro assunto que tem praticamente status de tabu em Caxias do Sul. Ao lado das perguntas “qual é teu sobrenome?” e “de onde é tua família?”, partes do questionário tradicional caxiense, está a universal (ok, brasileira, pelo menos) “para qual time você torce?”. Se a resposta for “Caxias ou Juventude”, a réplica provavelmente será: “e torce também para o Grêmio ou para o Inter?”. Para quem é apenas grená ou alviverde, cabe explicar a preferência por times da cidade e nada mais. Para os desolados com o futebol local, o coração de torcedor tem espaço para mais um. E cada vez mais andam por aí, ou melhor, por aqui, corações apenas vermelhos ou azuis. O domínio da dupla Gre-Nal é notável, e é esta relação – também um tabu, para muitos – que O CAXIENSE procura dissecar na reportagem de capa desta edição. Qual teu time e por quê? Fica o convite para responder nas redes sociais da revista.

Diretor Executivo - Publisher

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Andrei Andrade Daniela Bittencourt Gesiele Lordes Leonardo Portella Paulo Pasa Designer

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COMERCIAL Executiva de contas

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ASSINATURAS Atendimento

Eloisa Hoffmann Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120

CAPA Marcelo Aramis

TIRAGEM 5.000 exemplares

Boa leitura! Paula Sperb, diretora de Redação

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BASTIDORES

A INVENÇÃO DO POTE PLÁSTICO | A ESTAÇÃO DOS BICHOS-GRILO | ALFABETIZAÇÃO AOS 70 | NOVO OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO

Para a noite ser mais feliz por Leonardo Portella Na tentativa de tornar mais simples o significado do nascimento de Jesus Cristo, São Francisco de Assis montou o primeiro presépio de que se tem notícia. Era dezembro de 1223 quando o santo católico representou com argila a Virgem Maria, São José e o Menino Jesus, em uma comunidade da região do Lácio, na Itália. Tudo bem simples, como preferia o franciscano. No século XVII, a ideia já havia tomado a Europa. E eis que surgiram os artistas para complicar a cena, acrescentando personagens. Segundo o frei capuchinho Celso

Bordignon, que também é artista, as diversas composições do presépio são fruto da criatividade. “Cada elemento recebeu características novas a partir da interpretação de artistas que retrataram o nascimento do Menino Jesus em obras”, diz o frei. Para explicar quem esteve no nascimento de Jesus, O CAXIENSE falou com 6 religiosos e descobriu que não haviam respostas objetivas para perguntas simples. Até ao papa recorremos. Frei Celso e os padres Eleandro Teles e Paulo Nodari também ajudaram a montar o nosso presépio, com personagens excluídos e outros mistérios.

A viagem da Sagrada Fam lia Quando o imperador romano César Augusto decretou o recenseamento de todos os súditos, o carpinteiro José andou 150 km – com a mulher grávida, montada em um burro – até Belém, sua cidade de origem, onde o registro deveria ser feito. Quando chegaram à cidade, procuraram hospedagem. Maria estava prestes a dar à luz. E não encontraram lugar para ficar. Mas isso a Bíblia não conta.

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#Frio e fralda Jesus foi acomodado em uma manjedoura, local onde se depositava a comida dos animais, enrolado em panos. É claro que Maria não deixaria o bebê seminu, em uma noite fria como aquela, com apenas um pano enrolado como fralda. Como qualquer bebê, Ele chorava, mamava e dormia. E não ficava sorrindo de braços abertos como costuma-se representá-lo.


Pobrezinho, nasceu em Belem Frei Celso afirma que o Menino nasceu em um estábulo de madeira, aquela casinha coberta de palha que os presépios mostram. A representação mais fiel é uma gruta, uma escavação – a lapa de Noite Feliz (“Eis, na lapa, Jesus nosso bem”) – lugar onde ficavam os animais. Estudiosos afirmam que o casal não foi rejeitado pelos moradores de Belém, como se aprende. Por causa do recenseamento, as hospedarias realmente estavam lotadas. As casas não tinham quartos com divisórias. Então, pela tradição de isolar as parturientes, consideradas impuras por um período depois de dar à luz, as mulheres costumavam parir em anexos às casas. E não havia nenhum disponível por perto. Para a Sagrada Família, a gruta pareceu uma boa opção.

Nem reis nem magos Magos do Oriente: a Bíblia não diz que eram reis nem que eram 3; não se sabe ao certo de onde eles vieram; e o padre Eleandro diz que eles não tinham nada a ver com magia. Também não é comprovado que eles tenham visitado o recém nascido. Conforme a história popular, eles levaram presentes ao menino Jesus e cum-

O burro foge e a vaca vai pro brejo No mês passado, o papa Bento XVI lançou A Infância de Jesus,, o terceiro livro da trilogia Jesus de Nazaré. E bagunçou o presépio. O livro afirma que não haviam animais na cena do nascimento. A Bíblia não diz nada sobre, nem que Maria viajou montada em um burro. Os biblistas concordam, dizem até que José limpou bem o lugar para o parto, o que supõe deixar os animais do lado de fora. Na representação popular, uma vaca (ou boi), um burro (aquele da viagem) e outros animais – as ovelhas dos pastores, por exemplo – estão ali para aquecer o Menino ao calor das baforadas. Os camelos teriam vindo com os reis.

priram uma profecia que dizia que os reis cairiam aos pés de Jesus. Melquior, Baltazar e Gaspar eram sábios, estudiosos das profecias, conforme o frei Celso. Eles seguiram a estrela e chegaram até Jerusalém. Diz na Bíblia que o rei Herodes ficou sabendo que os magos andavam à procura de Jesus. Ordenou que eles o encontrassem e o avisassem. “Para que

também eu vá e o adore”, mentiu o rei. A estrela continuou guiando os magos e parou sobre o presépio. Não se sabe em que noite, mas um anjo apareceu, em sonho, para um dos magos. Disse que não voltassem a Herodes. E eles voltaram para casa por outro caminho. Por causa disso, Herodes mandou matar todos os meninos menores de 2 anos. 7.DEZ.2012

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Estrelando: os anjos Se é o mesmo em todas as aparições, ninguém sabe, mas a figura do anjo aparece mais do que o protagonista. Foi Gabriel que apareceu à Maria, exatos 9 meses antes do nascimento, para avisar que ela daria à luz o Salvador. Depois, quando José pensou em deixá-la, com medo da má fama, o anjo apareceu em um sonho para tranquilizá-lo. Apareceu também no sonho de um rei mago e, novamente, no sonho de José, após o nascimento de Jesus. Avisava o carpinteiro sobre os planos terríveis de Herodes e mandava fugirem para o Egito até a morte do rei. No dia do nascimento, um exército de anjos apareceu aos pastores. Musica gospel aos pastores Os pastores estavam cuidando do rebanho quando Jesus nasceu. Um mensageiro alado apareceu para avisá-los do ocorrido. Logo depois, surgiu uma legião deles louvando – talvez cantando – Glória a Deus nas alturas (que aparece na faixa que o anjo dos presépios segura). Gló...óóóóó-óóóóóóóóóó-ria... Clarinetes, flautas, harpas e outros instrumentos celestiais fomos nós que inventamos. As trombetas aparecem na Bíblia, mas em outras histórias. A mais famosa, no Apocalipse.

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Noeis de luxo São eles – os reis, os magos, os sábios – os responsáveis por sugerir a tradição de presentear no Natal. Levaram mirra, ouro incenso, não chocalho, sapatinho de lã e mamadeira. Mas por que deram coisas inúteis para um recém-nascido? Eram artigos de luxo e cheios de simbologia: a mirra, uma planta perfumada, simboliza o perfume de Deus. Utilizada como erva medicinal analgésica (aparece durante a crucificação) e para embalsamar corpos, representa também a imortalidade. O ouro, este sim útil para a humilde família, prenuncia a liderança do reinado de Jesus. O o incenso é símbolo da fé e da oração, que, como a fumaça, sobe ao céu. Os visitantes chegaram 11 dias após o nascimento. Fixaram no calendário o Dia de Reis, comemorado em 6 de janeiro. Só nesta data, conforme a tradição, pode-se desmontar o presépio. Logo agora que chegaram os presentes!? #Chatiada Ela não aparece no presépio nem na Bíblia. Mas, segundo frei Celso e diversos estudos bíblicos, ela teve um dos papéis mais importantes da história. Uma parteira – talvez mais de uma – ajudou Jesus a vir ao mundo. Depois de 2012 anos de esquecimento das encenações natalinas, fica aqui nossa homenagem.


PUS

Semana de vestibulares Neste domingo (9), às 9:00, a UCS realiza o Vestibular de Verão. Neste ano, a instituição passou a oferecer 81 cursos de graduação, com 3 novidades: Medicina Veterinária e Gestão da Tecnologia da Informação – Tecnologia, ambos

em Caxias; e Biblioteconomia, na modalidade Educação a Distância (EAD), em Caxias, Vacaria e São Sebastião do Caí. Na terça (11), a Faculdade da Serra Gaúcha realiza o seu vestibular às 18:30, com opções de ingresso em 15 cursos.

Bilíngue nas férias O Programa de Línguas Estrangeiras (PLE), da UCS, abre as inscrições para cursos intensivos de Inglês e Espanhol de 18 a 20 de dezembro, na secretaria do PLE. Em janeiro, serão oferecidos, na Língua Inglesa, os níveis Básico I e II e Pré-intermediário I e II; e na Língua Espanhola, o Básico I. Em fevereiro, a ofer-

ta é para os níveis Básico II e III e Intermediário I, do Inglês; e Básico II do Espanhol. Para quem tem conhecimento prévio do idioma, será aplicado, no dia 20 de dezembro, um teste de nivelamento. As aulas ocorrem de 7 a 30 de janeiro e de 1° a 28 de fevereiro, sempre das 18:30 às 21:20.

Guia do Estudante Dois professores da FSG foram convidados a fazer parte do corpo de pareceristas da Avaliação de Cursos Superiores do Guia do Estudante, da Editora Abril. Alenia Finger, coordenadora do curso de Fisioterapia, e Otaviano Kury, coordenador do cur-

Divulgação/O Caxiense

CAM

so de Direito, ajudarão a avaliar cursos da área que lecionam. Na última edição do guia, publicada em outubro deste ano, os cursos de Psicologia, Fisioterapia e Ciências Contábeis da instituição haviam sido premiados com 3 medalhas na publicação.

Para que a vida não imite

Quem visitou a Ftec na segunda (3, deve ter se assustado com a cena em pleno estacionamento da instituição. Uma carcaça de um veículo, pessoas com marcas de sangue e garrafas de bebidas alcoólicas no chão reproduzia um acidente de trânsito. A cena foi criada pelos alunos da disciplina de Planejamento Digital, do curso de Produção Multimídia, e faz parte do lançamento da campanha Pé no Freio, que busca a conscientização dos motoristas, com foco nas festas de final de ano. A campanha conta com uma fan page no Facebook, que pode ser acessada no facebook. com/penofreio.

+ VESTIBULAR

Murialdo. Prova: 10/12. Inscrições até 10/12. R$ 25 FAL. Prova: 12/12. Inscrições até 11/12. R$ 25 Ftec. Prova: 8/12. Inscrições até 7/12. R$ 35 Anglo-Americano/IDEAU. Prova: 22/12. Inscrições até 21/12. R$ 30 WWW.IDEAU.COM.BR 3536-4404 | WWW.FACULDADEMURIALDO.COM.BR 3039-0245 | WWW.UCS.BR 3218-2800 | WWW.FSG.BR 2101-6000| WWW.UNILASALLE.EDU.BR/VESTIBULAR/CAXIAS 3220-3535 | WWW.PORTALFAI.COM. 3028-8700 | WWW.AMERICALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.FTSG.EDU. BR. 3022-8700 | WWW.FTEC.COM.BR 0800-6060606

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Reunião de premiação em Caxias: quem atinge metas ganha... potes | Paulo Pasa/O Caxiense

A inquebrável Tupperware por Andrei Andrade “Vem ser Tupperware/ para ser o que você quiser/ Vem sonhar, muito mais/ Realize tudo o que é capaz.” Esse refrão, entoado com a melodia de The Time, versão do Black Eyed Peas para (I’ve had) The Time of my life, trilha do filme Dirty Dancing, talvez nem fosse a cena mais inusitada. Na festa onde centenas de vendedoras da marca melhor amiga da dona de casa receberam o reconhecimento pelas metas atingidas, descobrimos que quanto mais potes, bandejas e porta-tudo-o-que-se-possa-imaginar uma vendedora consegue espalhar pelas cozinhas gaúchas, mais potes, bandejas e porta-tudo-o-que-se-possa-imaginar ela recebe como recompensa. O Mega Encontro de Aniversário Tupperware ocorreu na tarde da última quinta-feira (29). As poltronas do Teatro São Carlos recebiam empolgadas representantes da marca que instituiu o reino do plástico na cozinha tradicional, vindas de diversas cidades do Estado, além de suas vendedoras comissionadas e algumas convidadas, certamente as clientes mais fiéis. A maioria estava ali para

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receber prêmios por metas batidas, por ter atingido recordes pessoais de vendas ou ser condecorada com alguma titulação que representa estar galgando um novo posto na hierarquia das vendas. A cada novo prêmio anunciado, grupos de mulheres – a maioria de 40 e poucos anos – eram convidados a subir ao palco e receber um brinde da empresa norteamericana, que poderia ser uma saladeira, um porta-copos, uma jarra, um conjunto de potes. A animada Zelai Warken, de Novo Hamburgo, uma senhora de traços orientais e trança nos longos cabelos negros, cuja saia branca e blazer azul indicavam a condição de representante da marca, mais do que mera vendedora, começou a vender produtos da Tupperware em 1996. Só esse ano assumiu a condição de representante em sua cidade, o que demandou o esforço de selecionar 8 competentes senhoras que irão formar o seu exército. Quando exibe os dois prêmios recebidos nesta tarde pelos bons serviços prestados, Zelai demonstra que a arte da persuasão acompanha uma boa vendedora 24 horas por dia. “Essa aqui é uma bacia de 10 litros, ideal para fazer

pão, temperar saladas, salgar a carne do churrasco. Acompanha essa outra bonitinha aqui, de 3 litros...”. Em um minuto de apresentação, as bacias se tornam itens de primeira necessidade em qualquer cozinha. Trabalhando há 35 anos como representante da Tupperware, Teresinha Agostini, de 64 anos, de Lajeado, explica como ocorrem as vendas destes produtos que não se encontram por aí, nas prateleiras das lojas convencionais. Duas ou 3 vezes por dia, a vendedora reúne grupos de 8 a 10 mulheres na casa de uma delas, para apresentar as novidades mais fresquinhas, produtos recém-chegados no Brasil. Ultimamente, o que mais tem feito sucesso é uma garrafa de plástico de 500 ml. Custa R$ 24 e ela vende cerca de 100 unidades por semana. “Não é daquelas feitas de material reciclado”, afirma, defendendo a qualidade superior do produto de natureza tão simples. Sustentabilidade? Pff. Outra preciosidade que aparece entre os utensílios mais vendidos é o guardador de meias maçãs. Um pote no tamanho ideal para manter em bom estado aquela metade da fruta que você deixou para comer mais tarde.


Necessidade básica também. A dedicada Teresinha já foi eleita por duas vezes a melhor vendedora da Tupperware do Brasil. Em março deste ano, viajou para a África do Sul com tudo pago pela empresa. Na tarde de hoje, acredita que subirá ao palco bem mais do que uma ou duas vezes. Como veio de ônibus, espaço para os brindes não irá faltar. Não haveria como terminar esse texto sem apresentar para você, dona de casa leitora de O CAXIENSE, um novo e revolucionário produto Tupperware. Uma novidade fundamental para a sua cozinha. Trata-se de um abridor de latas que, segundo a representante que fez a demonstração, “faz mágica abrindo latas”. Ele é ideal para canhotos e poupa o usuário do cansativo giro com o abridor ao redor da lata, como exigem os rústicos e pontiagudos produtos convencionais. Basta fixar o aparelho à lata e seu mecanismo faz o resto com um simples toque, como se estivesse fechando uma daquelas marmitas de alumínio. Ele custa cerca de R$ 50 e não cabe na gaveta dos talheres, é verdade. Mas o corte é tão preciso que você pode até passar o dedo na tampa da lata (quem nunca quis?), sem se cortar. Agora diga, leitora: tem como resistir?

O incrível abridor de latas | Paulo Pasa/O Caxiense

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A revolução mais pacífica do mundo por Andrei Andrade Um mar de cores espalhadas e misturadas em painéis psicodélicos suspensos por toda parte indica a substituição no Largo da Estação Férrea. Sai o time dos blueseiros do recente Mississippi Delta Blues Festival, entra o time dos bichosgrilo, com seus hippies, socialistas, vegetarianos, veganos, artesãos e qualquer um com algo a reclamar contra o sistema capitalista vigente. Sob a chuva fraca, mas insistente, de sábado (1º), o público do ManiFestaSol, evento de proporções bem menores que o fim de semana do blues, mas que ainda assim traz um pouco de Fórum Social Mundial e Cio da Terra na sua essência, reúne-se para transformar a Estação em um espaço de mente aberta e consciência elevada. Com alguma dedicação, dá até para sair levitando sobre os trilhos do trem. Festival cultural realizado por um coletivo homônimo, o ManiFestaSol surgiu em 2008. Nas palavras de Douglas Bolzan, de 26 anos, que há 4 anos integra a organização e nessa tarde é um dos mais atarefados para que tudo transcorra conforme o previsto na programação, trata-se de um encontro para celebrar a música, discutir a sociedade e estimular o convívio, especialmente na base da solidariedade. “Aquela coisa que é até meio clichê, de que ‘Outro Mundo é Possível’, como diz o lema do Fórum Social Mundial, é algo que a gente compartilha. É uma utopia mesmo, de quebrar paradigmas e mostrar coisas alternativas, especialmente feitas aqui na região.” Corroborando as palavras de Douglas, a programação artística do festival inclui a dança do vente da Cia. Hayet, uma oficina de hip hop com o Instituto Naumild, o Atelier Livre com curadoria de Mona Carvalho e shows de bandas como a Mindgarden, a Slow Bricker e a Ligante Anfetamínico. Tudo de Caxias para Caxias. Mas engana-se quem identifica o ManiFestaSol apenas como um festival de artes. Tem ioga, meditação, massagem, terapias alternativas e até piquenique.

A pequena praça de alimentação do ManiFestaSol, uma área de não mais do que 10 m² próximo ao palco armado para os shows que iniciam ao fim da tarde, é uma trincheira em brava resistência ao industrial, ao transgênico, ao carnívoro (não que eles não sejam bem-vindos, mas certamente não voltarão satisfeitos para casa). Na tenda Larica Veggi, Rodolfo Perucchin, de 27 anos, é o responsável pelos sanduíches vegetarianos e calzones de brócolis, marguerita e soja que aplacam a larica dos manifestasolistas. Há também opções sem glúten e sem lactose para quem tem tais restrições na dieta. Rodolfo é vegetariano há 9 anos e está no caminho para se tornar vegano (espécie de vegetariano avançado, que não come nenhum produto de origem animal). Ao contrário do que é comum afirmar sobre o vegetarianismo, Rodolfo afirma que as opções no seu cardápio aumentaram desde que aboliu a carne do cardápio. “Foi só a partir dessa mudança que eu conheci culinárias como a indiana, a taiwanesa, a mexicana, a do mediterrâneo. Antes era muito fechado na cultura rio-grandense. Hoje, falta tempo para comer tudo o que tenho vontade”, comenta Rodolfo, que também não usa nada de couro, exceto uma pulseira que tem no braço esquerdo, justamente para lembrar que é a exceção. Ainda na trincheira anti-fast-foods, os jovens da tenda de sucos orgânicos do Levante Popular da Juventude, um grupo presente em 17 estados brasileiros e que, desde julho, conta com uma célula em Caxias, trouxeram tudo o que foi possível colher na horta de um dos membros, que vive em Fazenda Souza. Tem cenoura, beterraba, laranja e hortelã, tudo possibilitando diversas variações que compõem o cardápio. O estudante de História da UCS Rodrigo Oliveira, de 23 anos, foi um dos responsáveis pela criação do grupo em Caxias. Enquanto os colegas de grupo picam cenouras para o próximo suco, ele conta qual a filosofia do grupo: “lutar pela justiça social, escrachar a ditadura e defender a educação”. O dinheiro arrecadado com os sucos e com a banca de livros revolucionários

Mariana promete uma virada na própria vida, anunciada desde que se conhece por gente | Andrei Andrade/O Caxiense

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Jairton viajou 380 km para prestigiar o festival | que o grupo montou na área interna do ManiFestaSol será revertido para que o Levante possa realizar ações em escolas, especialmente oficinas de arte, como grafite e muralismo. Localizada de frente para o cantinho das massagens, a banca de livros revolucionários está sob responsabilidade de Ricardo Augusto de Souza, de 19 anos, estudante de Jornalismo da UCS. Os volumes fornecidos por uma editora paulista que subsidia a militância de esquerda são os mesmos que, durante o resto do ano, estão à venda no Diretório Acadêmico do curso de História da UCS. Tratam sobre marxismo, pedagogia do MST, sindicalismo, História Crítica. O Manifesto Comunista sai por R$ 3. Mas o livro que mudou a vida de Ricardo, natural de Sobradinho e desde março morando em Caxias, foi As Veias Abertas da América Latina, do uruguaio Eduardo Galeano. “Eu já tinha uma consciência política desde que saí do Ensino Médio, que é quando a gente começa a descobrir o mundo. Mas foi essa obra que me fez tomar o caminho que sigo hoje, da esquerda revolucionária”, justifica. Na pequena casa-palco, o Front Porch Stage do Festival de Blues, o letreiro indica que ali agora é o Palco Pira, onde estão previstas intervenções musicais, que não recebem o nome de show para não confundir com as atrações do palco principal. Próximo à casinha, um grupo de 12 pessoas está tendo uma oficina de criação de instrumentos com materiais reciclados. De frente para a Estação, o artista Antonio Giacomin esboça um desenho da própria, agora sem os olha-

Rodolfo, um futuro vegano, vendia sanduíches na tenda LaricaVeggi |

res curiosos que durante boa parte da tarde acompanharam seu trabalho. Ele se mostra entusiasmado com a atmosfera do festival e com a possibilidade de ajudar a desmistificar um pouco a figura do artista que trabalha recluso em seu estúdio. Misturar-se com o público é saudável, mesmo quando esse exige de Antonio um pouco de jogo de cintura na hora de tirar dúvidas. “Às vezes tu estás desenhando, aí vem um que aponta e pergunta: ‘mas é assim mesmo?’, aí tem que responder que sim, é assim mesmo. Ou: ‘pra que esse verde aí?’, aí tem que explicar. Mas é legal para o artista ter essa aproximação com o povo, que se espanta com a rapidez do trabalho, quer saber como é feito”, avalia o aquarelista, um dos mais importantes artistas caxienses. Circulando por todas as áreas do evento, um homem gordo carrega uma câmera de vídeo semiprofissional repousada em seu case, à espera da inspiração do dono para começar as filmagens, futuras postagens em seu blog. Esse homem e sua câmera viajaram 380 quilômetros sobre uma moto, desde Herval do Oeste, em Santa Catarina, apenas para marcar presença no ManiFestaSol. O balconista de farmácia Jairton Dias, de 39 anos, está em Caxias pela quarta vez. As duas primeiras foram para o festival de blues, a terceira e a mais recente para o ManiFestaSol. Neste ano, só não veio nas duas oportunidades porque não conseguiu duas folgas seguidas no serviço. “Na minha cidade só toca banda de sertanejo universitário, aquelas merdas... Por isso que, sempre que posso, eu pego a estrada e vou pra onde tiver bandas boas e pes-

Andrei Andrade/O Caxiense

soas legais. Não conheço muito sobre essas questões por trás do festival, coisa de esquerda e tal. Para mim, o que importa é a música e esse movimento de pessoas”, comenta Jairton, que chegou na cidade às 11:00 da manhã de sábado e pretende voltar na manhã de domingo, para ter algumas horas de recuperação antes de trabalhar na segunda-feira. As saias compridas, sandálias e os criativos acessórios místicos das mulheres, o cabelo desarrumado, tênis surrados e as camisetas largas dos homens fazem de qualquer personagem do ManiFestaSol uma síntese do espírito do evento. Das filosofias que seguem às formas como falam e sonham, ouvir um deles é, de certa forma, ouvir todos. São pessoas a quem o sistema ainda não pegou, que ainda buscam o mundo que os hippies sonharam, com mais compreensão e liberdade. A jovem Mariana Cardoso, uma hippie assumida de 20 anos, que chegou ao evento por volta das 16:30, vive os últimos dias da vida que não escolheu viver. A que ela escolheu começa em dezembro, quando desembarcar do ônibus que a levará até Salvador, na Bahia. De lá, ela só sabe que irá passar uns dias na Chapada Diamantina e depois quer ir até o Acre. O que virá em seguida, ela não faz ideia. “Deixa a lei dos encontros fluir”, diz. Mariana produz peças de artesanato com fios e pretende levar essa arte consigo para onde for. Vegetariana, vive em uma casa de família tradicionalista, dessas onde tem churrasco todo domingo. Sobre a reação da mãe quanto à decisão de cair na estrada, a jovem brinca. “Ela sabia que esse dia chegaria.” 7.DEZ.2012

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Paulo Pasa/O Caxiense

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Prestação de contas

Gilmar Gomes, Divulgação/O Caxiense

É impossível não constatar que a atenção que Caxias do Sul recebe do governo estadual está muito aquém de sua importância. Para quem tinha dúvidas, a visita do governador Tarso Genro (PT) à cidade na última segunda-feira (3), para prestar contas de obras realizadas por sua administração, foi esclarecedora. Questionado sobre qual sua principal obra em Caxias, Tarso disse que se deve “ver o conjunto” do que o Estado faz por todas regiões. Ora, olhando o todo, fica ainda mais evidente a desatenção com Caxias do Sul e suas demandas. No mapa interativo preparado pela Comunicação do governo (veja em http://www.prestacaodecontas.rs.gov.br/2012), consta apenas um ícone sobre o mapa da cidade. O texto cita investimentos nos polos caxienses de dois Arranjos Produtivos Locais (APLs): Moda Têxtil e Confecção (R$ 231 mil) e Metal-Mecânico e Automotivo (R$ 215 mil). Também menciona um terceiro, Moveleiro, de Bento Gonçalves (R$ 304,7 mil), e soma os investimentos de Extensão Produtiva e Inovação para as 3 APLs (R$ 540 mil).

21 novos profissionais

A segunda turma do Projeto Pescar da CDL se formou no último dia 29. Agora, são 21 jovens prontos para ingressar no mercado de trabalho, com foco no comércio. A turma teve como paraninfo Ivo Pioner. Foram homenageados os voluntários destaques advogado João Paulo Pagno, jornalista Paula Sperb, da revista O CAXIENSE, e Ivonei Pioner. As inscrições para a próxima turma do estão abertas até 20 de dezembro e devem ser feitas na CDL (Sinimbu, 1415), das 14:00 às 17:00, com RG, CPF, comprovante de endereço e renda da família. Os jovens precisam estar matriculados no ensino médio. As 800 horas de aulas serão de 4 de março a 11 de dezembro, de segunda a sexta-feira, no turno da tarde.

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Em obras

Como consolo, ficaram as duas obras em construção do Estado visitadas por Tarso em sua passagem: a delegacia de polícia no Jardim Margarida e a escola no Desvio Rizzo. “O investimento só em escolas de Caxias do Sul é de R$ 15 milhões”, disse o governador, referindo-se também a reformas e ampliações. A única nova obra anunciada foi a escola técnica no Serrano, a ser feita também com recursos do governo federal.

Arquivamento

O pedido de suspensão de 60 dias do vereador Pedro Incerti (PDT), por ter empurrado o vereador Rodrigo Beltrão (PT) durante uma discussão na sala anexa ao plenário em maio deste ano, foi arquivado. Por maioria, os vereadores entenderam que o parecer da Comissão de Ética Parlamentar da Câmara que determinava essa punição é inconstitucional. Beltrão reclamou de corporativismo dos colegas. A propósito: ambos terão de conviver na próxima legislatura. Beltrão se reelegeu, e Incerti, como primeiro suplente do PTD, assumirá no lugar de Washington, já anunciado na Secretaria de Esporte e Lazer.

Trajetórias reconhecidas

A Joalheria Caprice e a Eletro Caxias foram as mais antigas empresas homenageadas com o Troféu Prata do Sindilojas e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego, por seus 45 anos de atividade. Outras 53 empresas foram reconhecidas com certificados por seus 15, 20, 25, 30, 35 e 40 anos.

Premiação A Tecnimig Equipamentos e Soldas

recebeu pela segunda vez o certificado Top Ten, uma premiação para empreendimentos com melhores notas em gestão, competências, inovação e participação do projeto Adensamento da Cadeia Produtiva do Petróleo, Gás e Energia da Serra Gaúcha. O programa é promovido pelo Sebrae em conjunto com a Petrobras. O certificado foi entregue em 30 de novembro durante o Café com Energia, na CIC, promovido pelo Simecs. Além da Tecnimig, que completou 25 anos, outras 10 empresas receberam o certificado.


GENTE

Paulo PAsa/O Caxiense

BOA

Um olhar voltado para a inclusão Auxiliar para que a vida seja plenamente percebida. Este é o trabalho que a pedagoga Cleidi Batista Favero, de 50 anos, desenvolve há mais de duas décadas. Sócia fundadora do Instituto da Audiovisão (INAV), Cleidi teve seu primeiro contato com educação inclusiva já no primeiro estágio de magistério. “Havia dois surdos na minha turma, e me intriguei pela forma como eles aprendiam. Comecei a me interessar e fiz cursos de capacitação”, lembra ela, especializada em deficiência visual. Há 4 anos em Caxias, o INAV tem assistido pessoas com baixa visão, cegas e surdocegas de todas as idades. Hoje, 130 pessoas participam de atividades artísticas, de orientação, mobilidade, atendimento educacional e inclusão. A pedagoga destaca a importância de perceber as deficiências visuais ainda na infância, para que os deficientes possam, através de tra-

balho especializado, desenvolver sua autonomia e independência. “Quando a gente aborda deficiência visual, todo mundo se remete ao cego. Mas temos 75% de portadores de baixa visão para 25% de cegos. A cegueira é muito fácil de ser identificada, mas a baixa visão muitas vezes não é detectada, mesmo dentro da família e nas escolas”, afirma. Além de estar atento às crianças em idade escolar, que podem apresentar sinais de baixa visão, como dores de cabeça constantes e dificuldade de enxergar o quadro negro, Cleidi lembra que todos os recém-nascidos devem fazer o Teste do Olhinho. O diagnóstico é fundamental para que deficientes visuais se desenvolvam plenamente, alerta Cleidi. “Com atendimento especializado e necessidades técnicas atendidas, eles se desenvolvem tanto quanto outro colega, e devem ser exigidos igualmente”, afirma.

TOP5

Natal no Interior É no Interior que o Natal é mais bonito. Além enfeitar suas casas, comunidades inteiras dos distritos se envolvem na organização dos eventos , encenação do presépio, apresentações artísticas. Dedicamse voluntariamente. O CAXIENSE conversou com 5 subprefeitos que destacam o que seus distritos têm de melhor neste Natal. Ana Rech “Os moradores que não enfeitam suas casas no Natal nos dizem que ficam até com vergonha”, brinca o subprefeito Hélio Dall’Alba, sobre o ponto forte da Vila dos Presépios. No dia 20, a tradicional encenação do Presépio Vivo ocorrerá na Praça Pedavena.

Santa Lúcia do Piaí Será com fogos de artifício no início e no fim da encenação do nascimento do Menino Jesus que Santa Lúcia do Piaí vai comemorar o Natal. O evento ocorre no dia 15 de dezembro, às 21:00, na Praça Central. “Além disso, se o tempo colaborar, vamos ter a Missa do Galo, no dia 24, com músicos e o Coral da Matriz”, explica o subprefeito, Isino Silvestro. Galópolis Segundo o subprefeito Mario Pinto, o distrito está há dois meses organizando a encenação do nascimento de Jesus, que ocorre na Praça Matriz, no dia 16 de dezembro, às 21:00. “É um trabalho de

longa data, que motivou os moradores e as escolas”, diz. Tem personagem para todo mundo. Vila Oliva Vila Oliva terá a visita do Papai Noel, no dia 15 de dezembro, às 20:00, no Salão Paroquial. “As crianças são as que mais vão adorar o nosso Papai Noel, que será recebido com show de fogos”, diz o subprefeito Nelson Marcarini. Depois do Noel, haverá apresentações artísticas na praça. Criúva Com organização do CTG Pousada dos Tropeiros, Criúva terá confraternização no dia 23 de dezembro, às 19:00, no CTG. “Vamos receber visitantes, além dos moradores que enfeitaram suas casas. Criúva inteira estará participando”, destaca o subprefeito, Ronaldo Soldera, à frente do Natal mais gaudério de Caxias. 7.DEZ.2012

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Paulo Pasa/O Caxiense

DespenDuranDo as sapatilhas Anos depois de trocar o balé por um diploma e uma promessa de estabilidade financeira, ex-bailarinas voltam ao estúdio pelo prazer da dança

por Daniela Bittencourt A maioria delas precisou suspender um sonho, ainda na adolescência, para se dedicar a uma realidade diferente da que almejavam. Outras, não tiveram a oportunidade de, antes da vida adulta, desenvolver a paixão que sentiam. Escondidas sob os títulos de enfermeiras, arquitetas, maquiadoras e outras profissões tidas como estáveis, ex-bailarinas convivem com a saudade das sapatilhas, dos espelhos e das coreografias. A nostalgia e a paixão inevitável pela dança reuniram ex-bailarinas no final de 2011, para os encontros de um grupo que só cresceria. Hoje, a turma de balé adulto da escola de dança Ballet Margô, em Caxias conta

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com 10 mulheres e dois homens com idades incomuns para uma turma de balé: entre 19 e 40 anos. Katherine Brusa, de 34 anos, filha da coreógrafa, diretora e ex-bailarina Margô, que empresta seu nome à escola, trabalha principalmente com produção cultural, ensaios e administração da escola. Mas não atribui a si o título de ex-bailarina. “Eu nunca disse ‘parei de dançar’”, afirma. Só que, mesmo que a decisão não tenha sido consciente, na prática, Katherine deixou os palcos. Aos poucos, como acontece com muitas jovens, a dança deu lugar a outras necessidades – era preciso fazer uma faculdade, ter uma profissão,

um diploma, além da demanda de atividades que precisavam ser gerenciadas na escola da mãe. A jovem, que, desde criança, cultivava o sonho de ser uma bailarina reconhecida, chegou a fazer parte da Cia. Municipal de Dança de Caxias durante 8 anos, até o final de 2006. “As outras atividades me fizeram parar. Para ir para a cena, é preciso se dedicar muito, estar muito bem preparada. São horas e horas de ensaio diário e, nesse período, eu estava trabalhando com outras coisas que também precisavam de alguém”, conta. Para Margô, a dificuldade em se manter financeiramente só com a dança – principalmente o balé,


pela doação de tempo e entrega total – e a falta de apoio dos pais são os principais obstáculos para possíveis carreiras de sucesso. “Não só aqui, mas em todo Brasil se tem muito essa ideia: chegou aos 17, precisa fazer vestibular. E os pais param de incentivar. ‘Vai ser bailarino? Não vai ganhar nada’. Várias meninas talentosíssimas pararam de dançar por causa disso”, lamenta Margô, lembrando que grande parte das companhias de dança não oferece remuneração aos seus bailarinos. O pai de Katherine mesmo, apesar de todo envolvimento da esposa com a dança, teimou para que a filha tivesse um curso superior. Ela se formou em Licenciatura em Educação Artística. A bailarina Cíntia de Marchi, de 29 anos, é uma das exceções. Ao chegar na idade de planejar a vida adulta, conseguiu se manter como bailarina. Mas também precisou optar por uma segunda profissão. Ela começou a fazer balé aos 6 anos, passando por companhias do município. Aos 17, conquistou uma vaga na escola do Teatro Bolshoi em Joinville – o balé

mais famoso do mundo. Lá, teve formação como bailarina clássica. Apesar do apoio da família, o lado financeiro pesava muito. “Para se tornar uma grande bailarina, é preciso ter um grande currículo. Isso exige aulas, cursos, audições e grana para sustentar esse treino”, explica. No Bolshoi, a dedicação era integral ao balé. Cíntia ensaiava 6 horas por dia. Sem remuneração, ainda tinha gastos com moradia e alimentação. “Minha carreira foi interrompida porque tive que fazer uma faculdade, para ter um lado estável no futuro. Infelizmente, no Brasil a cultura ainda não é valorizada”, afirma. Depois de dois anos no Bolshoi, voltou para Caxias, onde cursou Arquitetura, uma segurança caso a dança não dê certo. Mas, o afastamento do balé foi uma decisão difícil. “Foi muito triste. Quem me conhece sabe o quanto eu amo a dança, o quanto quero ela para mim. O que me deixa mais triste é saber que a gente tem muitos bailarinos bons aqui no Brasil e que a grande maioria tem que parar de se dedicar à dança por falta de incentivo.” Com a faculdade finalizada, ela tem voltado a se dedicar ao

balé clássico, além de dar aulas de dança. Em maio de 2013, planeja ir para a Austrália. “Quero continuar minha carreira com a dança. Lá, o incentivo é maior”, argumenta. A enfermeira Ana Carla Marchioro Chaves, de 36 anos, também precisou trocar as sapatilhas pelo diploma. Aos 17 anos, terminando o Ensino Médio, a profissionalização no balé estava fora de Caxias. Gastos com mudança e a impossibilidade de ter outro emprego fizeram com que Ana desistisse. “Meus pais não tinham condições de me manter no balé, essa nem era uma opção”, lembra a enfermeira. Durante o primeiro ano de faculdade, ainda conseguiu conciliar a nova profissão com o balé, uma vez por semana. Mas, a partir do ano seguinte, a Enfermagem tomou mais espaço e ela precisou deixar a dança que praticava desde os 3 anos de idade. “Foi muito dolorido, física e mentalmente. Fisicamente, porque sentia dores imensas na coluna. Mentalmente porque precisei interromper algo que amava, mesmo tendo optado por outra profissão que também é uma paixão”,

“Não só aqui, mas em todo Brasil se tem muito essa ideia: chegou aos 17, precisa fazer vestibular. E os pais param de incentivar. ‘Vai ser bailarino? Não vai ganhar nada’. Várias meninas talentosíssimas pararam de dançar por causa disso”, conta Margô Brusa Margô Brusa |

Paulo Pasa/O Caxiense

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A primeira paixão de Ana Carla |

Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

revela. Até hoje, ela não sabe definir se as dores eram de fato físicas ou se eram a somatização da mudança. Depois de quase 20 anos sem ensaiar, as aulas de balé adulto representam para Ana Carla um reencontro consigo mesma. Ela não se diz frustrada com a profissão de enfermeira, mas o sorriso se expande ao contar sobre os encontros semanais. “Quando estou lá, eu desligo de tudo. É uma delícia: a música, os passos, tudo...” Katherine, idealizadora da turma, conta que a intenção era essa mesma: reviver bons momentos. “A ideia era juntar uma turma para voltar a dançar, se divertir. Foi muito na brincadeira, entre amigas. Aí resolvemos abrir a turma e as meninas que já dançaram, ou nunca tinham dançado, se interessaram em participar”, conta. Para Simone Andreola, professora do grupo, a leveza é um dos pontos fortes destas aulas. O clima no grupo é o de compartilhar a mesma paixão e os exercícios são menos rigorosos do que nas aulas tradicionais de balé. “As exbailarinas fazem os exercícios em uma velocidade maior, conseguem levantar mais as pernas. Mas os exercícios são de acordo com o corpo de cada uma. Não é algo tão rígido quanto as outras aulas de balé, onde é preciso ter uma preparação. A gente não ensaia coreografias”, explica. Os encontros acabam sendo momentos mais descontraídos. “É uma reunião de amigos em prol da dança”, define Simone.

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Ana Carla, enfermeira, garante estabilidade com o diploma e pratica o balé por paixão | Daniela Bittencourt/O Caxiense

Para a maquiadora Kelly Roberta Gelain Kahler, de 35 anos, as aulas são quase terapias. Aos 8 anos, quando pediu à família para fazer aulas de balé, foi matriculada em um grupo de jazz, onde ficou por 4 anos. “A família dizia que balé era chato, que jazz era mais legal”, recorda. Aí, a vontade de dançar nas pontas ficou adormecida. Mais de duas décadas depois, quando foi buscar uma escola de balé para as filhas Danica e Sigrid, de 4 e 7 anos, descobriu a turma de mulheres na Margô Brusa. Foi a oportunidade de colocar o sonho em prática. “Para mim é uma realização: usar maiô, usar sainha, sapatilha... eu estou muito realizada!”, comemora. E garante que, mesmo não tendo noções de balé clássico na infância, não fica para trás nas aulas. “Tive que pegar desde o comecinho: posição, braço, tudo isso. Mas acompanho tranquila, estou indo super bem nas aulas. Eu me puxo, porque quero mesmo parecer uma bailarina”, brinca. A realização de retornar a um prazer antigo é um dos grandes benefícios do balé na idade adulta, talvez até mais importante do que o condicionamento físico adquirido, a força abdominal e a vontade de envelhecer com saúde. “A sociabilidade de estar junto, de se reunir toda semana, de matar a saudade daquilo que faziam quando eram jovens são pontos positivos. Quem dançou muito tempo não consegue se adaptar em outras atividades físicas, sempre quer voltar a dançar”, acredita Simone.

“Quando estou lá, eu desligo de tudo. É uma delícia: a música, os passos, tudo...”, diz a enfermeira Ana Carla, que deixou o balé para fazer faculdade e agora consegue conciliar as duas paixões


O decadente futebol de Caxias vĂŞ aumentar a torcida pela dupla Gre-Nal na cidade. Clubes que deveriam ser antagonistas viram parceiros, visando ganhar algum dinheiro e evitar o pior. Desanimados, papos e grenĂĄs assistem Caxias mudar de cor por Andrei Andrade

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Os 25 mil lugares do novíssimo estádio do Esporte Clube Juventude estão tomados de torcedores do time da casa e do arquirrival, a SER Caxias. Logo nos primeiros minutos após o apito inicial da peleia válida pelo Troféu TV Caxias, um objeto estranho é atirado para dentro do gramado, para perplexidade geral. Só quando parou de rolar viu-se que era um bumbo, jogado por um integrante da banda da Torcida Organizada S.E.R. Caxias, a TOSCA. O susto é maior quando, de dentro do instrumento, sai em corrida desesperada um porco fardado com a camisa do Juventude. Perseguido por praticamente todos os envolvidos no espetáculo, o suíno que driblava a todos sob gritos de “olé” do lado grená da arquibancada ainda cumpriu com sua última missão do dia, adentrando justamente o vestiário do Juventude, de onde só saiu carregado pela polícia, como todo bom invasor de campo. Os papos ainda tentaram sair por cima. Gritavam “Claudiomiro! Claudiomiro!”, chamando o porco pelo nome do centroavante ex-ídolo colorado, recém-contratado pelo Caxias. Era um domingo, 13 de março de 1977, uma época de disputa acirrada entre as torcidas caxienses. O mitológico “Ca-Ju do porco” acabou em 1x0 para o Caxias e os dirigentes do Juventude nunca tiveram o pedido oficial de desculpas por parte da direção grená pela brincadeira. Três dias depois, um ofendido grupo de juventudistas tentou uma resposta à provocação grená no clássico que seria disputado no Estádio Centenário. Primeiro pensou-se em levar a campo um veado com a camisa do Caxias, ideia que logo foi substituída por uma mais prática. Um galo com o fardamento alviverde entraria em campo acompanhado de 10 galinhas vestidas de grená. Mas a ideia acabou vazando e chamando a atenção da polícia. Os animais ficaram no ônibus da torcida e a vingança nunca se consumou. O Ca-Ju dos suínos e galináceos simboliza a época em que a rivalidade entre os dois clubes de futebol de Caxias, iniciada

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em 1935, ano do primeiro Fla-Ju (o Caxias surgiu como Flamengo e só mudou de nome em 1975), viveu seus dias áureos. Foi o período que sucedeu uma malfadada fusão entre as agremiações, cuja separação deixou os ânimos ainda mais exaltados, tanto entre torcedores quanto entre dirigentes, que trocavam farpas públicas quase diariamente. Em maio de 1977, uma reportagem da revista Placar dedicou 3 páginas de uma edição aos dois times, com o título “Ca-Ju Amigo”, em que o subtítulo tratava de destacar que de “amigo” o clássico só tinha o trocadilho com o drinque feito a partir da mistura da fruta com vodca. Desde então, os 35 anos que passaram trouxeram períodos de glórias e fracassos para Juventude e Caxias. A cidade cresceu e novos habitantes vieram de outros rincões gaúchos, trazendo seus clubes de coração, suas cores azul ou vermelha. O poder cada vez maior da dupla Gre-Nal – técnico, financeiro e político – sufoca os clubes do Interior, em geral cada dia mais enfraquecidos, muitas vezes precisando da ajuda dos gigantes para manter abertos seus departamentos de futebol. Em 2013, o Internacional irá mandar a maior parte de seus jogos no Estádio Centenário, do Caxias, enquanto reforma o Beira-Rio. Também para o próximo ano, o Juventude conta com jogadores cedidos pelo Grêmio como forma de pagamento por jovens revelações que farão o caminho inverso, deixando o Jaconi rumo ao novo estádio tricolor, a Arena. Diante deste cenário, como manter acesas a paixão e a rivalidade local?

Internacional vai alugar a casa grená até setembro certamente dá um alento financeiro ao clube caxiense. O pagamento de cerca de R$ 100 mil por mês vai ajudar a viabilizar o futebol e manter as contas em dia. Ainda trará a possibilidade de reforçar a equipe com jogadores que não estejam sendo aproveitados no clube do Beira-Rio, conforme prevê a parceria. Mas para um torcedor do Caxias que viveu os melhores períodos da história do clube, quando os times da Capital eram adversários e não parceiros, é difícil ver seu time dividir o estádio com outra torcida, cuja relação deveria ser antagônica e, principalmente, independente. O advogado e jornalista Osny Freitas de Oliveira, de 73 anos, torcedor do Caxias desde 1972, divide-se entre a razão e a paixão quando comenta o aluguel da sua segunda casa. “Como torcedor, sou contra. Penso ‘como assim, vão oferecer o nosso estádio para a torcida do Inter?’ Fere a identidade do clube. Mas, ao mesmo tempo, entendo que foi feito um grande negócio, que vai render um dinheiro necessário para o Caxias não fechar as portas. Porque agora, sem o dinheiro do Voges (Osvaldo Voges, ex-presidente do clube), seria muito difícil a direção montar um time”, avalia. Acima da recente questão envolvendo o estádio, Osny acha que o mais lamentável no atual cenário do futebol de Caxias do Sul é o próprio futebol, que não desperta a vontade do torcedor de se envolver com o clube. Pelo menos, não com os daqui. “Não adianta os clubes fazerem chamamentos se o futebol está em baixa. O torcedor, especialmente o mais jovem, quer vitórias. Por isso que os da dupla A recente confirmação de que o S.C. Gre-Nal pagam mensalidades mesmo es-


O “Ca-Ju do porco”, em 1977 |

Jornal de Caxias, Reprodução/O Caxiense

tando longe. Porque os clubes estão bem. Com esse apequenamento dos nossos times, não adianta.” Para o jornalista, o mau momento do futebol de Caxias do Sul, que já teve o Juventude disputando a Série A por 13 anos consecutivos e conquistando a Copa do Brasil, mas hoje luta para ter vaga na Série D, e o Caxias, que conquistou um Campeonato Gaúcho e se manteve na Série B de 2001 a 2005, mas desde o rebaixamento pena para voltar, deve-se a dois fatores fundamentais: “Falta renovar os dirigentes. Antigamente, tinha 2 ou 3 candidatos à presidência em época de eleição. Hoje, tem que empurrar alguém porque ninguém quer. Além disso, falta apoio das empresas da cidade, exceto quando os empresários fazem parte da diretoria. O aparecimento do Voges foi um fenômeno isolado em uma época em que o Caxias esteve à beira de fechar as portas. Mas Caxias tem 22 mil empresas e, a rigor, nenhuma colabora”, lamenta. A pouco mais de dois quilômetros de distância do Centenário, o Juventude luta como pode para voltar a um ponto minimamente próximo de onde estava antes e amenizar um dos maiores retrocessos que um clube brasileiro sofreu em tão curto período. Da queda da divisão de elite até a necessidade de conquistar espaço para poder disputar a 4ª divisão

do futebol nacional, passaram-se apenas 4 anos. A má fase é sentida em todos os aspectos, a começar pelo financeiro, com a drástica redução no poder de investimento. Sem recursos para montar boas equipes, os resultados não aparecem e a paixão do torcedor esfria. O clube que chegou a ter 12 mil sócios ativos, hoje tem cerca de 4 mil. Quando um jovem talento surge, logo tem que deixar o clube, que precisa fazer caixa. O caso mais recente é o do lateral-esquerdo Alex Telles, de 20 anos, vendido a um grupo de investidores que o colocará no Grêmio. O tricolor ainda esboça interesse em outros 3 atletas do Juventude, pelos quais poderá repassar alguns jogadores como parte do pagamento. Talvez tão grave quanto perder seus talentos precocemente é a dificuldade em conseguir atrair os novos torcedores, que crescem assistindo Grêmio e Inter duas vezes por semana pela televisão, fazendo suas pré-temporadas na Serra, conquistando vitórias e oferecendo algo tão importante quanto: ídolos. Para o pesquisador Gustavo Côrtes, autor do livro Clássico Ca-Ju – Paixão e Rivalidade, a fidelidade do torcedor se dá quando os clubes oferecem títulos e jogadores que sejam referência, que motivem o fã a ir ao estádio. Ambos estão em falta hoje em Caxias do Sul. “É difícil lutar contra a dupla Gre-Nal,

“Não adianta os clubes fazerem chamamentos se o futebol está em baixa. O torcedor, especialmente o mais jovem, quer vitórias. Por isso que os da dupla Gre-Nal pagam mensalidades mesmo estando longe”, diz o jornalista Osny Freitas de Oliveira

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mas os clubes não podem ficar de braços cruzados, achando que o garoto vai torcer por Caxias e Juventude. Ele torce por títulos e por ídolos. Quem são hoje os ídolos de Caxias e Juventude, aquele cara em quem o menino se espelha? Não tem. Aí ele vai torcer pelo cara que vê na TV ou controla no videogame.” O pesquisador, que também é autor de livros sobre os dois times caxienses, considera negativo o fato de que os jogadores passem pouco tempo atuando pelos clubes, sem criar vínculos com a entidade e com a torcida. Ele cita um exemplo recente. “O Ramon, contratado este ano pelo Caxias, poderia ter sido essa referência. Mesmo próximo dos 40 anos, já atuou na seleção, conquistou Libertadores e Campeonato Brasileiro, tem um grande currículo. Mas jogou apenas 3 partidas e já foi liberado”, lamenta. Com as fatias do bolo dos direitos de transmissão de TV cada vez maiores para os clubes gigantes, o distanciamento técnico entre Grêmio e Internacional e os times do Interior do Estado tende a crescer. Essa realidade, aliada às suas estratégias para atrair o torcedor do Interior, faz com que aumente ainda mais a penetração da dupla Gre-Nal, que já possui as maiores torcidas de Caxias do Sul. Um levantamento do Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), de dezembro de 2011,

apontava o Grêmio com 38% da torcida de Caxias, contra 33% de colorados. O Caxias era o terceiro, com 7,9%, seguido de perto pelo Juventude, com 7,7%. Mesmo fora de Porto Alegre, o número de torcedores dispostos a contribuir com seus clubes da Capital fica pouco atrás dos que contribuem mensalmente com os times daqui. Enquanto o Juventude tem cerca de 4 mil associados e o Caxias tem 2,5 mil, o Internacional possui 2,9 mil sócios ativos em Caxias e o Grêmio, 2,2 mil. São torcedores que se dispõem a contribuir todo mês para os clubes que apresentam resultados dentro e fora de campo, contratando estrelas, construindo e reformando seus estádios. Segundo o cônsul do Grêmio em Caxias, Angelo Grillo, pelo menos 20 excursões saíram de Caxias do Sul para acompanhar um dos últimos jogos do Estádio Olímpico – a vitória do Grêmio sobre o São Paulo, por 2x1, no dia 11 de novembro. Há 10 anos acompanhando de perto a realidade da dupla Ca-Ju, o locutor da Rádio Caxias Gladir Azambuja considera que a paixão pelos clubes locais arrefeceu nos últimos anos, quando as glórias começaram a minguar, especialmente entre os torcedores “de momento”, aqueles menos fanáticos. “As boas campanhas em divisões melhores automaticamente repeliam essa ovação à dupla Gre-Nal. Porque as torcidas participavam e eram

as donas da cidade. Hoje, não há o que ser feito. Nessa situação, tu recorre a coisas que nunca aceitaria tempos atrás, como as parcerias que estamos vendo”, comenta. Gladir manifesta preocupação com a falta de renovação da torcida e vê como necessária a profissionalização dos departamentos de marketing dos clubes. “Hoje, a imensa maioria dos pais de moradores de Caxias são gremistas ou colorados. Os pais papos ou grenás naturalmente replicam essa paixão, mas os que têm na parede uma foto do time campeão de tudo ou do novo estádio, esse pode esquecer. Seus filhos vão ser gremistas ou colorados. Cabe aos clubes focar suas estratégias em atrair as crianças de 8 a 10 anos, principalmente. Dar uma carteirinha de sócio, tentar trazer para o estádio. Porque nessa idade, ver um time campeão brasileiro ou da Copinha não faz diferença, a alegria é a mesma. A saída para não perder torcida é esse ataque maciço às crianças”, destaca. Unanimidade entre os torcedores da dupla Ca-Ju, Gladir agora une os rivais em lamentações. Anunciou recentemente que está deixando o rádio, por motivos pessoais. Além de tudo o que já foi apresentado como argumento para entender a perda de espaço da rivalidade Ca-Ju, o cardiologista e papo fanático Francisco

Caxitude

Em 1971, com Juventude e Flamengo afundados em crises financeiras, os dois clubes decidiram se fundir. Havia a ideia de que com um único clube a cidade teria força para competir com a dupla Gre-Nal e se impôr diante dos adversários do Interior. Surgiu então a Associação Caxias de Futebol, nas cores preto e branco. A fusão durou até 1975, ano em que o Juventude optou por se retirar da parceria, inaugurando seu próprio estádio, o Alfredo Jaconi. Com a Associação desativada, o Grêmio Esportivo Flamengo virou Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul – S.E.R. Caxias, como se chama até hoje o clube grená. Ter o nome da cidade era uma exigência dos empresários que investiram no clube e permitiram a construção do estádio Francisco Stédile, em 1976. Considerando a crise atual em que se encontram os dois clubes de Caxias, perguntamos aos jornalistas e torcedores ouvidos para esta reportagem o que eles pensam sobre uma possível nova fusão entre os clubes.

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Gustavo Côrtes, escritor e pesquisador

“Vejo com bons olhos, pois não adianta ter rivalidade se tu estás numa situação ruim e o teu adversário também. Mas acho que entraria no mesmo problema dos anos 70, de patrimônio. Se um tem uma casa boa e o outro uma mais ou menos, nunca vai haver fusão, porque um acha que está perdendo. Seria a mesma coisa. Sou a favor de um estádio municipal, mas que não seja feito pela prefeitura, que tem outras prioridades. Teria que ser feito com uma empreiteira, que lucraria com o estádio nos primeiros anos.”


dividido entre a dupla Ca-Ju. Só que os empresários da cidade têm medo de ser extorquidos, acham que serão achacados. Mas, não. É uma mixaria. Com um gesto dessa natureza, o espaço para Juventude e Caxias continuaria a crescer, por mais forasteiros que venham morar e trabalhar por aqui”, defende. A versão futebolística para o velho clichê de quem teria vindo primeiro, o ovo ou a galinha, neste contexto parece ser: sem dinheiro, como ter um bom time? Sem um bom time, como atrair o torcedor? Sem apoio do torcedor, como ter dinheiro para investir? Ao mesmo tempo, os gigantes de Porto Alegre sobem à Serra com dinheiro, ídolos e muita exposição de suas marcas, encantando a torcida. Os apaixonados não abandonam seus clubes. Como metaforiza o presidente do Ju, Raimundo Demore, “o torcedor fanático não aceita dividir a cama com ninguém”. Mas até que ponto essa paixão passa de pai para filho, ainda não se sabe. Depende também dos clubes adotarem medidas de marketing eficazes, necessidade apontada por todos os personagens desta reportagem. A rivalidade que já fez a cidade vibrar com o futebol local hoje sobrevive muito mais nas redes sociais, campo que sobrou para os embates dos torcedores dupla Ca-Ju. Nas ruas, a disputa que mais motiva os fãs de futebol em Caxias veste azul e vermelho.

Paulo Pasa/O Caxiense

Michielin, de 69 anos e torcedor papo desde guri, acrescenta um ingrediente que considera nocivo não apenas para a rivalidade, mas para a sobrevivência dos clubes do Interior: a cobertura da mídia da Capital. Segundo ele, o que resta de sentimento anti Gre-Nal na cidade é uma resposta à cobertura dada aos clubes. “Só se fala nos poderosos, como se os menores não existissem. Por acaso acham que não estão ferindo suscetibilidades? Quando alguém é atingindo em seus brios, a reação é proporcional, pois ninguém tem sangue de barata. Somos frequentemente pisoteados, mas antigamente eles não conseguiam penetrar e invadir o Interior com tanta força”, reclama. Sobre a decadência dos clubes e a consequente perda de espaço da rivalidade local, Michielin acredita que o principal entrave para retomar os tempos de glória é financeiro. Por isso, cobra apoio dos empresários da cidade. “A rivalidade já foi bem mais acentuada. Perdeu a força desde que nossos clubes passaram a ter que ser dirigidos por super-heróis. Parece haver um pacto entre as nossas ‘forças vivas’ para fechar as portas a qualquer tentativa de parceria. Agora, poderia mudar se a indústria e o comércio ajudassem. É simples de ser resolvido: pegue 1 mil firmas para contribuir com apenas 1 mil reais mensais. Nenhuma sangria desatada. Teremos aí R$ 1 milhão para ser

Osny Freitas de Oliveira, torcedor do Caxias

“Acho que poderia se pensar. Seria uma boa saída, porque os clubes não teriam que dividir os investimentos. Se hoje uma empresa investe 100, fica 50 para cada um. Sem essa divisão, o clube se fortaleceria. A rivalidade não seria problema, porque hoje está tão por baixo que ninguém ‘toca flauta’ no outro. O que me faz pensar que não há maneira de fundir é a questão do patrimônio, que também precisaria ser unificado. Foi esse motivo que fez dar errado nos anos 70.”

“A rivalidade já foi bem mais acentuada. Perdeu a força desde que nossos clubes passaram a ter que ser dirigidos por super-heróis. Parece haver um pacto entre as nossas ‘forças vivas’ para fechar as portas a qualquer tentativa de parceria”, diz o juventudista Francisco Michielin

Gladir A zambuja, locutor esportivo

“Não vejo a possibilidade. O grande momento para isso foi lá nos anos 70, porque eram dois clubes ainda novos, mergulhados em crises extraordinárias e sem patrimônio. Eram clubes realmente pequenos. A vaidade não deixou a coisa acontecer e quando a fusão acabou os dois selaram seus nomes de forma independente na História. Mas racionalidade e inteligência poderiam ser utilizadas para minimizar custos, tentando, quem sabe, construir um grande estádio público para os dois clubes, que ajudariam a bancar a manutenção e venderiam suas casas, tendo recursos para investir. Hoje os dois estádios custam cerca de R$ 1 milhão por ano para cada clube. É um custo altíssimo.”

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A DEFESA

O que os presidentes dos dois clubes de Caxias do Sul têm a dizer sobre suas relações com Grêmio e Internacional e seu impactos sobre a torcida e a rivalidade Ca-Ju

“Não existe parceria com o Grêmio, mas sim um negócio. Estamos vendendo jogadores porque precisamos fazer caixa. E os jogadores que podem desembarcar aqui virão como parte do pagamento. Não digo que sou contra uma parceria, mas não tive essa oportunidade. Se tivesse, avaliaria e efetuaria se fosse boa para o clube.”

“A parceria com o Internacional é saudável para o clube e veio em um bom momento. Acredito que se já tivéssemos tido o reforço de jogadores emprestados pelo Inter neste ano poderíamos estar agora na Série B. É importante que os clubes se ajudem, mas na nossa rivalidade um quer que o outro caia. Veja como é em Santa Catarina. Lá eles têm um time na Série A e 4 na Série B. Porque um ajuda o outro.”

“Precisamos é tirar o clube de onde ele está. A garotada quer torcer para quem ganha, por isso pode até ter aumentado (a torcida dos clubes da Capital), mas tem muito torcedor que é juventudista mesmo, que não divide a cama com ninguém. Esse não abandona o clube nunca. Prova disso é o jogo contra o Mirassol (em agosto passado, pela Série D), em que 18 mil torcedores estiveram no estádio.”

“Claro que a presença do Internacional na cidade reflete junto à torcida, isso não tem jeito. Tanto que os clubes da Capital sabem disso, tanto que estão abrindo cada vez mais consulados. O torcedor quer um time vencedor. Se o time obtém conquistas, a torcida vem naturalmente. A necessidade de renovar a torcida nos preocupa, mas nosso pessoal do marketing está elaborando uma estratégia para puxar a moçada. Queremos dar início ainda este ano.” Nelson Rech Filho, presidente do Caxias

Paulo Pasa/O Caxiense

Raimundo Demore, presidente do Juventude

Francisco Michielin, torcedor do Juventude

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“A fusão de 1970 poderia ter dado certo se tivesse se alicerçado em bases sólidas e com mais transparência. Erros foram cometidos, como não terem sido vendidos os dois estádios e se construído um outro, bem maior e mais moderno. Não. Queriam combater a dupla Gre-Nal nos seus velhos e acanhados redutos. Que crescimento era esse? Mas não julgo o momento ideal para analisar o que ficou sepultado. Muitos que participaram daquele movimento já faleceram, deixemos assim. Sobre a perspectiva de um único novo clube na cidade, só o tempo poderá apontar o melhor caminho. Há muitas arestas para aparar, muitas cabeças para serem feitas e novas e fortes lideranças para surgirem. Quanto a uma ‘Arena’ (para os dois clubes), é matéria para se pensar. Os dois patrimônios vendidos já serviriam para alavancar a obra. O resto, viria de apoios variados, inclusive com o envolvimento da prefeitura. Quem sabe?”


PLATEIA

Traços da UCs | E sE o sEU namorado qUisEssE virar mUlhEr? | ZiZi Possi Em Caxias

Anos 40: Percy (D) palestra no Clube Juvenil |

Studio Geremia, Arquivo Histórico Municipal, Divulgação/O Caxiense

Percy Vargas de Abreu e Lima|

Mauro de Blanco, Arq. Hist. Municipal, Div./O Caxiense

Aulas com Dr. Percy por Leonardo Portella Quase 40 anos após a morte do advogado criminalista e jornalista Percy Vargas de Abreu e Lima, Caxias ganha o primeiro registro da inteligência do patrono da Casa da Cultura. O livro Direito & Humanismo, lançado na quarta (5), pela Educs (R$ 60), mostra na íntegra e contextualiza palestras e discursos promovidos por Percy nas sedes dos Sindicatos Reunidos, em 1963, e no curso sobre Criminologia, nos anos 1970 e 1971. Segundo a Diretora de Memória e Preservação Cultural, Liliana Henrichs, em 2003, a Biblioteca Pública Municipal Dr. Demétrio Niederauer repassou ao Arquivo Histórico João Spadari Adami 3 fitas dos discursos e palestras de Percy na sede dos Sindicatos Reunidos. O segundo – talvez o mais importante – passo para a criação do livro ocorreu em 2009, quando o advogado Natalino dos Santos entregou ao Arquivo Histórico 15 palestras transcritas (sem os áudios originais) de Percy no curso de Criminologia. “Quando nós encontramos as fitas dos discursos para os trabalhadores nos Sindicatos Reunidos, ainda não tínhamos material suficiente para construir uma obra. Mas só após a doação

das palestras sobre Criminologia é que percebemos a riqueza do conhecimento passado pelo Dr. Percy e que pode servir para as próximas gerações”, explica Liliana. Nas gravações com os trabalhadores, Percy – que segundo Liliana, desenvolvia bem todos os assuntos – gostava de falar sobre ética e família. O início da década de 60 era marcado pela forte atuação dos sindicatos de trabalhadores no país. No material, Percy, que era comunista, falava sobre ideais do Comunismo, com ampla demonstração de liberdade e expressão. Sobre a família, Percy defendia a moral em temas polêmicos para a época. Em uma palestra em setembro de 1963, ele disse que “todo pai, toda mãe, somente surra um filho quando está com raiva”. Para ele, bater em uma criança era o mesmo que transferir uma atitude errada. “A criança, por exemplo, não pode se vingar do pai e da mãe. A mãe dá uma chinelada, o pai também, a criança não pode se vingar no pai e na mãe; se vinga num irmãozinho menor, ou se vinga no gato, ou se vinga no cachorro. Ela vai descarregar, justamente, o castigo que sofreu no corpo”, diz Percy em uma palestra. Nas transcrições sobre Criminologia,

Percy relata casos de estupro, aborto, prostituição e ciúmes, ocorridos em Caxias, em que ele teve participação na acusação ou na defesa. O advogado chega até a comentar o infanticídio e a eutanásia, temas considerados ainda pertinentes na sociedade atual. “A linguagem do livro é extremamente coloquial, não é um livro acadêmico. Ele sabia explicar os casos, utilizando a experiência dele em temas jurídicos”, diz Liliana. Ela explica que a gravação dos discursos de Percy era uma tarefa constante daqueles que paravam para ouvir o advogado. “Os gravadores de rolo eram uma grande tecnologia daquela época e hoje consideramos um material arcaico. Os próprios estudantes de Criminologia gravavam o áudio e, com as anotações, faziam aquele material se proliferar”, diz. Para Liliana, o livro é um resgate do conhecimento transmitido por Percy e que terá o mesmo significado, tanto para aqueles que puderam presenciar as palestras, como aqueles que terão acesso ao material no livro. “É uma importante obra que servirá de inspiração para advogados e professores. O Dr. Percy gostava da pessoa humana. E nunca se negou a transmitir aquilo que sabia, aquilo que tinha aprendido.” 7.DEZ.2012

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CINE

Matthew Fox. Jean Reno. Rachel nichols. De Rob cohen

A SOMBRA DO INIMIGO Baseado em uma série de best sellers policiais de James Patterson, o filme traz a história do detetive e psicólogo Alex Cross, que investiga o assassino Michael “The Butcher” (açougueiro) Sullivan, interpretado pelo Jack, de Lost (Matthew Fox). Sim, é ele na foto. Um jogo de provocações entre perseguidor e perseguido torna a história divertida e imprevisível. Fãs de bons filmes policiais não sairão do cinema desapontados. Estreia. Gnc 14:45-17:00-19:45-22:00 cinÉPolis 13:50-16:20-18:50-21:00

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A SAGA CREPúSCulO: AMANhECER PARTE 2 – O FINAl * Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

A ORIGEM DOS GuARDIõES

Bem antes dos atuais boatos de que estariam “grávidos”, o casal crepuscular Robert Pattinson e Kristen Stewart reviveu o casal de vampiros mais famoso da história do cinema, Edward e Bella. Como todo o romance ficou na Parte 1, sobrou para a continuação muito sangue e a batalha entre os clãs Cullen e Volturi. 4ª semana. Gnc 13:30-13:40-16:20-19:15 16:30-19:00-21:40-21:50 cinÉPolis 14:00-16:50-21:50 13:20-16:00-18:40-19:20-21:20

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OS PENETRAS Estrelado por um dream team da nova geração de atores e humoristas brasileiros e com a direção de um craque, o filme não teria como dar errado. E realmente é um sucesso. O malandro Marco e o bicho-grilo Beto tomam como resolução de ano novo aproveitar a vida ao máximo. Mesma vibe do clássico contemporâneo Se Beber Não Case. Com Marcelo Adnet e Eduardo Sterblitch. De Andrucha Waddington. 2ª semana. Gnc 14:15-16:50-18:50-21:00 cinÉPolis 13:30-14:50-15:50-17:2018:10-19:40-20:30-22:00

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1:41

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1:47

Papai Noel começou a ter trabalho mais cedo. E nem foi para atender pedidos. Junto de grandes guerreiros como o Coelhinho da Páscoa e a Fada do Dente, o bom velhinho tenta derrotar o feioso do Bicho Papão, que quer arrastar o mundo pra debaixo da cama (essa é por nossa conta). Parece redação de colégio, mas é bem divertido. De Peter Ramsey. 3ª semana. cinÉPolis 3D 13:00-15:30-17:40 20:10-22:20 Gnc 3D 13:10-15:20-17:30-19:30

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ATé QuE A SORTE NOS SEPARE Lá vamos nós para a 10ª sinopse: a história de um marido que torrou os R$ 100 milhões que ganhou na loteria e agora não sabe como dar a notícia à família. O filme é baseado no livro Casais inteligentes Enriquecem juntos, como se fosse necessária muita inteligência para ganhar na Mega. Com Leandro Hassum e Daniele Winits. De Roberto Santucci. Gnc 13:50-16:10

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IntocáveIs O imigrante argelino Driss, que nunca quis nada com nada na vida, é contratado para ser o cuidador de Philippe, um milionário que ficou tetraplégico e solitário, mas não perdeu a pose. A relação que teria tudo para ser um desastre acaba virando uma bonita amizade. Inspirado em uma história real. Com François Cluzet. Omar Sy. De Oliver Nakatache e Eric Toledano. 8ª semana.

★★★★★

GNC: 18:40

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1:52

007 - oPeRação skyFall Começa com uma canção de Adele e termina com a sensação de que, sim, teremos mais um filme de 007 no ano que vem ou depois. O difícil será superar o melhor longa de Bond, James Bond.

★★★★★

Melvil POUPANUD. Suzzanne CLÉMENT. De Xavier DOLAN.

GNC 21:15

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2:25

laURence any ways

FoRRest GUMP

No longa canadense, Laurence é um homem que deseja se tornar mulher. O que não seria problema para ninguém, exceto para a sua namorada. Porém, mesmo abalada com a situação, Fred (a namorada) resolve permanecer ao lado de Laurence. É muito amor.

Clássico estrelado por Tom Hanks, que interpreta um desajeitado rapaz que combate na Guerra do Vietnã, inspira coreografia de Elvis Presley, é responsável pela renúncia do presidente Richard Nixon, entre outras situações que provoca ou participa por acaso. Se você é um dos 17 no mundo que ainda não assistiram, eis uma ótima chance.

ORDOVÁS SEX. (7). 19:30. SÁB. (8) e DOM. (9). 20:00

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★★★★★

ORDOVÁS QUI. (13) 15:00

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7.DEZ.2012

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+ SHOWS Sexta-feira (7) fullgas + DJs evandro Susin e Micael Marques

Cartolas é uma das bandas queridinhas do indie rock gaúcho. Se o leitor não ligou o nome do grupo ao som, certamente deve lembrar de hits como Cara de Vilão e Que Diabos Tu Tem Dentro da Cabeça, ambas do disco Original de Fábrica, vencedor do prêmio Açorianos em 2007. Depois de lançar o CD Quase Certeza Absoluta, em 2010, eles apresentam o novo single, Um Segundo (que dura 3 minutos). A caxiense Generator abre o show, com tributo a Foo Fighters. SEX. (7). 00:30. R$ 20 e R$ 15. Vagão

23:00. R$ 20 a R$ 30. Aristos

Ópera Liz

22:00. R$ 10. Bier Haus

Cuscobayo

23:30. R$ 5. Cachaçaria Sarau

Swing Natural

23:00. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

Constelação

23:00. R$ 15 a R$ 25. Havana

the Cotton Pickers

22:30. R$ 18 e R$ 12. Mississippi

DJ Lety Sartoretto

23:30. R$ 20. Nox Versus

Jaimar e alexandre

Sambinha bom

O Natal ainda não chegou, mas a Level e a Livraria Do Arco da Velha já estão antecipando o Carnaval 2013. Pelo menos, essa é a proposta da festa Aquece do Bloco da Velha. A noite começa com o samba dos Seresteiros do Luar (eles também se apresentam sábado (8), na Cachaçaria Sarau). Depois, segue com a discotecagem dos DJs Ana Lang e Mono. Quem estiver muito no clima carnavalesco, pode vestir fantasias, abadás e levar instrumentos de batuques – ainda ganha um desconto de R$ 3 no ingresso. Além da música, também vai rolar exibição do documentário De Outros Tempos, captado pela produtora La Fábrica durante o Carnaval 2012 em Caxias do Sul. Parte da bilheteria vai ser destinada para apoiar a realização do Bloco da Velha de 2013. SEX. (7). 23:30. R$ 12 a R$ 15. Level

22:00. R$ 18. Paiol

Gordini Blues Band

Fotos: Divulgação/O Caxiense

20:30. Gratuito. Zarabatana

SÁBaDO (8) fullgas

22:00. R$ 10. Bier Haus

Seleção do Samba

23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

Seresteiros do Luar

23:00. R$ 10 e R$ 5. Cachaçaria Sarau

DJ Sharam Jey

23:00. R$ 15 a R$ 40. Havana

DJs Jorgeeeeenho e Samu P. 23:30. R$ 20. Level

Pátria e Querência

21:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

Hardrockers

22:30. R$ 18 e R$ 12. Mississippi

DJ Manu

23:30. R$ 25. Nox Versus

inheritours + Mentalblast + Piece of the Dark

00:00. R$ 7 + 2 kg de alimento não perecível. Vagão

a Bela e a fera Uma das vozes femininas mais bonitas do Brasil (e um dos rostos também), a cantora Negra Li divide a noite com o rapper MV Bill (porque beleza não é tudo) no aniversário de 4 anos da festa Luv Mansion. A cantora traz o repertório do novo CD, Tudo de Novo, e MV Bill deve apresentar, enetre outras, O Soldado que Fica, faixa do próximo disco ainda inédito. A festa, destinada ao hip hop, também vai ter os DJs Tony, Naomi, Negadalucas e Edinho DK. SÁB. (8). 23:00. R$ 20 a R$ 50. Olimpo

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Divulgação/O Caxi

MUSICA

Mocinhos do rock


Divulgação/O Caxiense

+ SHOWS DOMINGO (9) DJ Lizzi Red

19:30. R$ 15. Nox Versus

Domingueira Zarabatana

16:00. Gratuito. Zarabatana

SEGUNDA-FEIRA (10) The Blues Beers

21:30. R$ 12 e R$ 8. Mississippi

TERÇA-FEIRA (11) Ilário Oliveira

21:30. Gratuito. Boteco 13

QUARTA-FEIRA (12) Victor Hugo e Samuel

23:00. R$ 10 e R$ 5. Boteco 13

The Blugs

22:00. R$ 15 e 10. Mississippi

Jhonatan e Carlos + Maral Gurgel 21:00. Gratuito. Paiol

QUINTA-FEIRA (13) Fabricio Beck Trio

22:00. R$ 10. Bier Haus

Fher Costa Trio

23:30. R$ 10 e R$ 5. Boteco 13

Natal nos palcos A Orquestra Sinfônica da UCS e a Orquestra Municipal de Sopros se encontram para um espetáculo que promete emocionar. Com regência do maestro Gilberto Salvagni e participação do Coral Municipal de Caxias, o Concerto Especial de Natal terá como convidada especial a cantora Zizi Possi. O evento gratuito é parte da programação do Natal Brilha Caxias, que tem diversas ações agendadas até 6 de janeiro. Se chover, o concerto ocorre na Igreja São Pelegrino. Veja a programação musical do Natal Brilha Caxias: DOMINGO (9) Festa Rádio Viva 13:00. Parque dos Macaquinhos. Gratuito. Canta Caxias 15:00. Parque dos Macaquinhos. Gratuito. QUINTA (13) Concerto Especial de Natal. 20:30. Parque dos Macaquinhos. Gratuito.

Vegas Band

22:00. R$ 15 e 10. Mississippi

Grupo Macuco

22:00. R$ 15 e R$ 5. Paiol

Cusco Primata + Baby Sitters + Máquina do Movimento Perpétuo 22:30. R$ 5. Vagão

Música no parque

A terceira edição do Musiparque traz uma mistura interessante de estilos. Desta vez, o projeto, que divulga o trabalho de artistas locais contemplados com o Fundoprocultura e o Financiarte, terá também uma atração de fora. Tonho Crocco (ex-Ultramen) fecha a noite com seu samba-rock, depois da apresentação de Slow Bricker (stoner rock), Electric Blues Explosion (blues), Velho Hippie (rock 60 e 70) e Grandfúria (duo rock). Em caso de chuva, o festival será transferido para o Zarabatana. Veja a programação: Slow Bricker. 17:00 Electric Blues Explosion. 18:00 Banda Velho Hippie. 19:00 Grandfúria. 20:00 Tonho Crocco. 21:00 SÁB. (8). 17:00. Gratuito. Parque dos Macaquinhos

EDITAL DE CONVOCAÇÃO O Kennel Clube de Caxias do Sul convoca seus associados para comparecerem à assembléia geral extraordinária para escolha dos membros da diretoria administrativa a ser realizada no dia 17.12.2012 entre as 18:30h e 20h em primeira e última convocação, na sede do KCCS, localizada à Rua São Salvador, 45 Bairro Jardim América - Caxias do Sul - RS.

7.DEZ.2012

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ARTE

Tela em branco, passo 1 Beatriz Balen Susin, Celso Bordigon, Felix Bressan, Genoveva Finkler, Jane De Bhoni, Jaqueline Pauletti, Laura Castilhos, Madia Bertolucci, Mara De Carli, Mara Galvani, Margarete Zanchin, Maria Helena Leitão, Mariana Silva da Silva, Marina Polidoro, Mayta Pasa, Odete Garbin, Odilza Michelon, Rosali Plentz, Sergio Lopes, Valdir dos Santos, Valéria Rheis e Vera Martini. O grande time de artistas que têm vínculo, inclusive afetivo, com o curso de Artes da Universidade de Caxias do Sul se reúne para homenagear os 45 anos da instituição. A proposta manteve o tema livre e delimitou o gênero: o desenho, a origem dos processos criativos. Na foto, o desenho de Sérgio Lopes. UCS 45 anos – Homenagem Desenhada

Coletiva. A partir de TER. (4). SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

A Fluir

Giovana Mazzochi e Marcos Clasen. SEG.-SÁB. 8:00-20:00. Sesc

Bakna Girl

Fghta Fsh. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Capelinhas: Memória e Fé

Coletiva. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Monumentos de uma trajetória

Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

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New York

Fghta Fsh. SEG.-SEX. 9:00-19:00 SÁB. 9:00-12:00. Ipam

Para dislexia digito 34753942

Coletiva. SEG.-SEX. 9:00-19:00 SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Releituras

Tatiana Cavagnolli e Carla Esteves. SEG.-SEX. 9:00-19:00 SÁB. 15:00-19:00. Ordovás


André Susin, Divulgação/O Caxiense

PALCO paRa ensinaR a músiCa

O americano Doug Goodkin ministra, de 14 a 16 de dezembro, no Campus 8, o workshop Tocar, Dançar e Cantar: uma introdução ao Orff-schulwerk, um conceituado método de ensino da música para crianças. As inscrições podem ser feitas pelo www.ucs.br até o dia 9 de dezembro, ou na secretaria do campus, de 11 a 14 de dezembro.

Corpos que falam

Refletida, repetida, visceral Suja, dopada, exposta. Todo mundo conhece Vivi do Loló, que perambula pelas ruas pedindo, ou melhor, insistindo. A maioria considera a mulher um estorvo – entra no ônibus sem passagem, atrapalha o trânsito, xinga os pedestres. Mais desagradável do que esbarrar na garota do Loló é encarar o drama humano que ela representa: uma alma humana aos pedaços, em tempos de esperanças vagas. O Torto e seu Duplo, que teve pré-estreia em 2010, nasceu da pesquisa da atriz Zica Stockmans sobre Vivi para a Pós-Graduação em Corpo e Cultura: Ensino e Criação. No texto, palavras de autores diversos, as falas da moradora de rua e reflexões de Zica. SÁB. (8), DOM. (9) e SEG. (10). 20:00. R$ 20, R$ 10 (antecipados e meia) e R$ 5 (grupos pré-agendados). Casa de Teatro 16 0:45

Dizeres, da Cia. Municipal de Dança, não tem exatamente um roteiro – que, bem construído, é fundamental para vários espetáculos. Organizado e dirigido por Sigrid Nora, com intervenções das cantoras Siane Salvador e Maria Cleuza Gobetti na trilha sonora, o trabalho que sê vê no palco é o resultado não só de um processo coreográfico compartilhado, mas de um convite para os bailarinos mergulharem em suas próprias essências e traduzirem em movimento o que existe por trás do corpo que dança. A metáfora final depende de quem vê. Antes, os adolescentes da Escola Preparatória de Dança apresentam o espetáculo Entrenós, coordenado pela coreógrafa Daggi Dornelles. Os ingressos já podem ser retirados na Unidade de Dança ou na Casa da Cultura. SEX. (7) e SÁB. (8). 21:00. DOM. (9). 20:00. L Gratuito. Teatro Municipal 1:00

7.DEZ.2012

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os

cinemas: cinÉPOLis. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. seG.QUa.QUi. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). seX.sÁB.DOm. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | Gnc. RSC 453 - kM 3,5 SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. seG. QUa. QUi.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). Ter: R$ 6,50. seX. saB. DOm. Fer. R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). saLa 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | OrDOVÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

mÚsica: arisTOs. AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | Bier HaUs. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTecO 13. DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | cacHaÇaria saraU. CORONEL FLORES, 749. ESTAÇÃO FÉRREA. 3419-4348 | LeVeL cULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004. | OLimPO mUsic. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11655, SÃO LEOPOLDO. 3213-4601 | mississiPPi. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | nOX VersUs. DARCy zAPAROLI, 111. VILAGGIO IGUATEMI. 8401-5673 | PaiOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | ParQUe DOs macaQUinHOs. RUAS DOUTOR MONTAURI, DOM JOSÉ BARÉA, DA VINDIMA E ALFREDO CHAVES. ExPOSIÇÃO | VaGÃO cLassic. JúLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | ZaraBaTana. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3228-9046 TeaTrOs: TeaTrO mUniciPaL. DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | casa De TeaTrO: RUA OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130 GaLerias: camPUs 8. ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | FarmÁcia DO iPam. DOM JOSÉ BAREA, 2202, ExPOSIÇÃO. 4009.3150 | GaLeria mUniciPaL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3215-4301 | insTiTUTO BrUnO seGaLLa. R. ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027-6243 | mUseU mUniciPaL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | OrDOVÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316 | sesc. MOREIRA CÉSAR, 2462. PIO x. 3221-5233 |

Legenda Duração

Classificação

Ca

Ma rIM

Marcelo araMis

Tente mais tarde

Quem quiser se comunicar com a Galeria Municipal de Arte pelo telefone divulgado nos convites para exposições – 3221-3697 – precisa ter paciência. É melhor ir a pé. Porque o telefone “funciona quando quer”, conforme a prestativa funcionária que atendeu O CAXIENSE na última quarta (5), a primeira admitir falhas na linha. Segundo ela, que não trabalha no setor, mas, naquela tarde, substituía uma colega, técnicos estão verificando o problema. Faz tempo. O Alô Caxias, central da prefeitura, não sabe outro número. Indicou o da Biblioteca, que não consegue transferir ligações, onde nos indicaram o 3215-4301, geral da Casa da Cultura, que cai em uma central capaz de transferir a ligação para a galeria. Recorrer ao site da Casa da Cultura é inútil. A “agenda completa” da galeria está vazia. Na seção notícias, a postagem mais recente é de uma exposição de Vasco Machado, de setembro de 2010. Então é melhor visitar as exposições do Ordovás. Só que não. Os telefones também são temperamentais e o site nem conhece a nova galeria, construída em dezembro de 2010. Divulgação/O Caxiense

endere

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário. Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

Música Blues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

Dança Clássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

Artes Acervo. Fotografia.

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Desenho. Diversas Grafite. Gravura. Instalação

Escultura. Pintura.

Très chic

Depois de Gelson Soares e Homero Ribeiro é a vez de mais um caxiense mostrar o seu trabalho na mais famosa casa da arte do mundo, o Museu do Louvre. De 13 a 16 de dezembro, o artista plástico caxiense Lindonês Silveira participa do Salon Société Nationale des Beaux-Arts, no Carrousel do Louvre, a convite da Bahiarte Galeria de Artes, de Londrina. Lindonês leva uma de suas obras sobre música em técnica mista sobre algodão cru.


MODA E BELEZA

Foto: MJaqueline, SXC, Div./O Caxiense

por Carol De Barba

Teto de verão Protetor solar é fundamental para enfrentar a estação mais quente do ano. Se você vai à praia, acrescente aí, no mínimo, biquíni ou maiô e um par de chinelos. Mas, e na cidade? Como enfrentar o sol escaldante quando não temos o mar à mão? A coluna tem duas sugestões inspiradas no passado: chapeús e sombrinhas. Conforme a pesquisadora Véra Zattera, coordenadora da Documenta Costumes, no início da colonização da Serra, o chapéu trançado com palha de trigo era de uso quase que obrigatório para quem trabalhava sob o sol. Ela suspeita, no entanto, que justamente essa utilidade fez o acessório perder popularidade. “Ganhou uma conotação interiorana. Quando a pessoa sai da colônia e vem para a cidade deixa de usar”, conta, ressaltando que a análise ainda é uma hipótese. Há alguns anos, no entanto, o chapéu voltou às graças da moda e às cabeças dos formadores de opinião. Dentre os modelos mais balados (#ficadica para quem ficou afim de comprar), estão o Panamá, o fedora, o clochê, o chapéu-côco (bowler), o chapéu-palheta (boater) e o floppy. O que vai decidir se ele vai à praia ou à cidade é, principalmente, o material. Geralmente, quanto mais colorido e

rústico, melhor ficará na areia. Popular nos anos 20, a sombrinha de elegância, como o próprio nome diz, não era usada primordialmente com o intuito de proteção. “Era um acessório de fim de semana. Ao carregá-la, a mulher se tornava mais elegante”, explica Véra. Porém, em tempos de índice ultravioleta (nível de radiação solar na superfície da Terra) extremo, que exige cuidado intenso, vale ressucitar o charmoso costume com a desculpa da proteção. “Eu uso. Mas não tenho visto, a não ser senhoras de idade. Sou meio metida”, brinca Véra, que tem um exemplar do tipo japonês, de papel, e um de renda, feito na Bélgica. No mercado nacional, é difícil encontrar sombrinhas de tecido para vender. Ainda assim, está valendo substituir por aquele guarda-chuva superfofo que dá pena de molhar. Ah, e prefira as cores claras, que rebatem a luz. Ficou afim mas falta inspiração para escolher o modelo que tem a sua cara? Faça uma visita à Documenta, no Campus 8. Véra tem mais de 30 chapéus e algumas sombrinhas de elegância expostas na mostra. E você ainda sai de lá conhecendo um pouco mais sobre a história da moda caxiense.

Uma boa revista

“Cumpre o mesmo papel do livro, só que é mais acessível. Aponta coisas novas, dicas de sites, comenta coisas, reporta ao mundo contemporâneo daquele instante, às vezes faz uma volta ao passado. Comparada ao exterior, que se paga U$ 3, € 4, no Brasil uma excelente revista é cara. Ainda assim, é mais é mais acessível que o livro, e te dá um leque muito grande de possibilidades.”

Livro de arte

Um livro bacana de arte, de uma boa editora, traz muitos referências: a encadernação, a capa, a sobrecapa, a arte gráfica, além da leitura e do conteúdo. Mas é um luxo porque, além de caro, a maioria das editoras escolhe sempre os mesmos autores e assuntos. Nomes diferentes saem pouco, não se encontra em todos os lugares. Quando acho fico enlouquecido, estou sempre procurando.” por Sérgio Rosa Lopes, artista, professor do curso Design de Moda e um dos jurados do Prêmio UCS Cootegal. Ele ainda complementa: “Nada substitui a leitura, porque ela desperta a imaginação, não te entrega nada pronto”.

7.DEZ.2012

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