Edição 162

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Quanto a prefeitura pretende gastar em 2013

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O preรงo da felicidade

A campeรฃ se prepara para o Carnaval. Em cima da hora

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16 Embalo para viagem

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O pastor que abenรงoou o governo de Alceu

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Se correr o bicho pega

8 BR-116: muito movimento, pouca vizinhanรงa Fotos: 7, 8, 14, 18: Paulo Pasa/O Caxiense

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GASTRONOMIA E COZINHA Receitas para matar a fome depois do banho de mar

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11.jan.2013 11.jan.2013

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

De férias da internet | Bom jornalismo repercute | Gente comum Não gosto muito de rótulos, mas se fosse me enquadrar em algum título – inclusive apontado por esses testes no Facebook, em revistas femininas, etc... – workaholic serviria. Não está salvo na minha pasta de orgulhos pessoais, mas aprendi a conviver com isso. Acumular trabalho me dar prazer, assumir novas tarefas me alegra e desenvolver projetos, então, é garantia de empolgação (até que ele se encerre e eu precise iniciar outro). Eis um fato. Se você é um workaholic, ou convive com algum, também vai entender perfeitamente: uma conexão 3G e wi-fi à disposição tornam a vida de um viciado em trabalho uma festa. Estou sempre conectada, respondendo, delegando, encaminhando, realizando, pensando nas minhas aulas (também sou professora universitária). Só que eu saí de férias. Até um workaholic sente essa necessidade, principalmente após passar uns bons anos sem descanso ao lado da família. Minha esperança era estar conectada o tempo todo. Mas a minha operadora, claro, me fez o favor de não funcionar em Garopaba, em Santa Catarina. Sem redes sociais, sem acesso ao e-mail de trabalho, sem celular tocando. Desconectada totalmente de Caxias do Sul e de O CAXIENSE. Parecia que uma parte de mim tinha morrido. Fiquei tão contente em voltar, que até a cidade parecia mais bonita. E aqui na Redação, não perco mais nada do que tem ocorrido. Por exemplo: entre em www.ocaxiense.com.br e interaja com um infográfico que mostra os resultados da pesquisa de satisfação da Visate. O espaço do site, como as redes sociais, também está aberto para a opinião dos usuários do transporte público. Assista também ao vídeo produzido pela equipe que mostra o que as pessoas fariam com um valecultura de R$ 50. E leia o perfil do ex-prefeito Mansueto Serafini, que completou 74 anos na última semana. Abaixo, alguns dos comentários sobre a reportagem da editora-chefe do site, Carol De Barba:

Querida Carol: Acabei de ler a tua matéria sobre o Mansueto e me emocionei! Parabéns por mostrar a pessoa, além do político. O Mansueto soube se manter inteiro, mesmo com as 4

adversidades da vida. É sempre o mesmo Mansueto: simples, amigo, entusiasta da vida. Soubeste retratar isto. Que bom ver um trabalho jornalístico deste nível.

ocaxiense@ocaxiense.com.br

www.ocaxiense.com.br

Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff Paula Sperb Diretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Tânia Tonet, historiadora. Editor-chefe | revista

O perfil foi publicado pela primeira vez na versão impressa quando O CAXIENSE ainda tinha o formato de jornal, na edição 67. O texto entrou no site em 7 de janeiro e cativou quem não conhecia a história pessoal do ex-pefeito:

Marcelo Aramis

Editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei Andrade Daniela Bittencourt

Linda matéria. Fiquei emocionada. Não sou do tipo que admiro os ‘grandes nomes’ de Caxias. Mas esta me derrubou. Jamais imaginei que Mansueto tivesse passado por tantos perrengues. E ter um filho com autistmo, ainda mais há anos atrás, quando não havia tanta informação, deve ser algo muito duro. A história me tocou profundamente. Parabéns, Carol. Karine Endres, jornalista Além de workaholic, sou uma idealista. Consigo me encantar com tudo e vejo boas histórias onde muitos não enxergam potencial. Boas histórias podem estar na vida de uma figura pública como Mansueto Serafini ou de gente simples, sem títulos ou cargos importantes, mas que nos fazem parar para pensar. Esta edição está cheia destas histórias. Boa leitura! Paula Sperb, diretora de Redação

Gesiele Lordes Leonardo Portella Paulo Pasa Designer

Luciana Lain

COMERCIAL Executiva de contas

Pita Loss

ASSINATURAS Atendimento

Eloisa Hoffmann Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120

foto de capa Manipulação de Luciana Lain sobre foto de Paulo Pasa/O Caxiense

TIRAGEM 5.000 exemplares


BASTIDORES

Organização antes da folia | Bom faro contra o crime | Música para dar ritmo à viagem | As bênçãos do pastor

O primeiro orçamento de Alceu As despesas previstas para o primeiro ano do governo de Alceu Barbosa Velho (PDT) em Caxias do Sul são de R$ 1.253.560.700. Se o número ficou muito extenso, a gente resume: quase um bilhão e 300 milhões de reais. Esse é o orçamento aprovado pela Câmara de Vereadores em dezembro passado, que define o que cada órgão da prefeitura tem disponível para o ano seguinte – por se tratar de uma previsão, não contabiliza recursos que podem ser obtidos ao longo do ano, como parcerias com órgãos estaduais e federais, que podem aumentar o valor a ser executado. São quase R$ 100 milhões a mais do que o orçamento aprovado para 2012, que foi de R$ 1.177 bilhão (o valor executado foi de R$ 1.336 bihão). Na divisão dos gastos por órgão, percebeu-se pouca alteração de um ano para o outro. Educação e Saúde continuam sendo as secretarias mais “caras”. Na última terça-feira (8), o secretário municipal de Gestão e Finanças, Carlos Búrigo, explicou a O CAXIENSE algumas questões referentes à previsão de despesas do Município para esse ano. Por que a verba do Gabinete do Prefeito é superior a de algumas secretarias, como a de Turismo e a de Agricultura, por exemplo? Quais os principais gastos deste órgão? O Gabinete do Prefeito é o setor responsável por toda a área de Comunicação e Marketing da prefeitura. Mesmo que alguns órgãos tenham setores de Comunicação próprios, seus pprofissionais se reportam ao Gabinete. Segundo Búrigo, essa é uma forma melhor de administrar. Se ficar pulverizado entre as secretarias, dificulta a gestão dos recursos. O gabinete também abriga os conselhos ligados à prefeitura e repassa anualmente cerca de R$ 120 mil à União das Associações de Bairros (UAB).

A fatia e a representatividade de cada orgao

Saúde Orçamento:

R$ 239.378.020 participação:

19,09% Educação Orçamento:

R$ 203.506.881 participação:

16,23% IPAM – Previdência Orçamento:

R$ 151. 430.550 participação:

12,08% SAMAE Orçamento:

R$ 115.859.240 participação:

9,24%

A Secretaria da Receita tem despesas previstas superiores a R$ 9 milhões em 2013. Por que esse órgão gasta tanto? Em 2005, quando era Secretário da Fazenda, Búrigo e o então prefeito José Ivo Sartori (PMDB) optaram por desmembrar esse órgão em duas secretarias: a de Gestão e Finanças e a da Receita. Coube a esta última as atribuições de fazer a cobrança dos impostos pagos ao Município, como IPTU, ITBI e ISS. Suas maiores despesas são com pessoal, especialmente a equipe de agentes tributários, que são servidores com nível superior e padrões salariais mais elevados. De acordo com Búrigo, a divisão entre os órgãos se deu pela dificuldade de manter o foco em encontrar formas de otimizar a arrecadação pelo Município, uma vez que o secretário passava muito tempo envolvido com a gestão do orçamento. Entre todas as secretarias, as de Governo Municipal e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego são as mais “pobres”. Por quê? Ambas são secretarias mais ligadas a trâmites burocráticos e a dar suportes a outras. A de Governo Municipal, por exemplo, tem como responsabilidade cuidar da publicidade legal, das publicações legais e da interface da Prefeitura com a Câmara de Vereadores. Por isso, é uma secretaria enxuta, com poucos servidores. A de Desenvolvimento também. Esse setor fomenta o desenvolvimento ajudando nas políticas públicas, mas tem menos funções. Não é uma Secretaria de ponta, como Saúde e Educação, por exemplo. Além de Saúde e Educação, a Segurança e a Habitação são demandas que sempre surgem como 11.jan.2013

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prioridades junto à população em pesquisas de opinião. Por que estas secretarias têm gastos menores? Saúde e Educação envolvem gastos bem maiores. Búrigo lembra que, na área da Saúde, por exemplo, o Município atende cerca de 1 milhão de pessoas, incluindo habitantes de toda a região. A Educação, por sua vez, é prioridade em todos os governos. “Temos 84 escolas, todo um corpo docente, transporte escolar, estrutura administrativa. Isso envolve muitas despesas. Não que Segurança e Habitação não sejam prioridades. Mas a Segurança é uma atribuição do Governo do Estado. Ainda que Caxias seja um dos municípios que mais invista nesta área, nós cuidamos de uma parte mais social, envolvendo as coordenadorias da Mulher, Juventude, Racial e agora de Deficientes. Mas a responsabilidade de polícia é do Estado”, explica o secretário. Os investimentos em Habitação funcionam principalmente com parcerias com o Governo Federal, especialmente no programa Minha Casa, Minha Vida. Para que esse programa funcione, é preciso ajuda do governo municipal, que apoia com valores, terrenos ou concedendo isenções. Mas no orçamento só consta aquilo que a prefeitura vai investir em dinheiro. O pagamento dos funcionários sai da receita de cada órgão? Os gastos pessoais estão todos incluídos nas despesas de cada órgão, desde as secretarias até o Samae, Fundação de Assistência Social (FAS) e o Instituto de Previdência e Assistência Municipal (Ipam). No orçamento detalhado, somam-se as despesas correntes com as despesas de capital para se chegar ao valor total. Quais as diferenças? Despesas correntes são aquelas necessárias para fazer a máquina pública funcionar: o gasto com o servidor público e contratos de manutenção, como transporte escolar, lixo e reformas nos prédios. Despesas de capital são as que se referem a aquisição de bens e investimentos, desde comprar uma mesa ou um computador até fazer uma estrada.

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R$ Orçamento

% Participação

Obras e Serviços Públicos

Gestão e Finanças

R$ 84.809.160

R$ 82.093.680

6,76%

6,54%

Meio Ambiente

IPAM – Saúde

R$ 71.381.180

5,69% FAS

R$ 35.978.354

2,87%

Recursos Humanos e Logística

R$ 28.231.390

2,25% Cultura

R$ 53.838.120

4,29% Habitação

R$ 32.631.210

2,60% Trânsito, Transportes e Mobilidade

R$ 25.454.440

2,03%

R$ 19.973.420

1,59%

Segurança Pública e Proteção Social

R$ 18.971.710 Gabinete do Prefeito

R$ 9.960.260

0,79% Receita Municipal

R$ 9.015.960

1,51% Esporte e Lazer

R$ 9.741.180

0,77%

0,71% Procuradoria-Geral do Município

R$ 6.252.123,80

0,49% Turismo

R$ 3.455.810

0,27%

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

R$ 7.533.590

0,60% Planejamento

R$ 5.036.260

0,40%

Desenv. Econômico, Trabalho e Emprego

Secretaria de Governo Municipal

R$ 2.549.900

R$ 2.157.670

0,20%

0,17%


7 meses na vida da... Incríveis do Ritmo, a vencedora do Carnaval 2012

Incríveis do Ritmo, campeã do Carnaval 2012 |

Paulo Pasa/O Caxiense

Passados 4 meses da consagração como campeã do Carnaval 2012 de Caxias de Sul, a Incríveis do Ritmo começou a se preparar para a edição 2013 do evento. Leandro Velho, de 42 anos, diretor da escola desde 2008, conta que os preparativos, iniciados em junho de 2012, ficaram suspensos em função da falta de dinheiro – situação vivida por outras escolas do município. O hiato carnavalesco só teve fim em dezembro – 2 meses antes da escola entrar novamente na Sinimbu. Leia abaixo o relato de Leandro: Junho Só começamos a trabalhar para o Carnaval 2013 em junho. Aqui é diferente do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre. A grande dificuldade das escolas é a questão financeira, então dependemos do dinheiro do prêmio para começarmos os trabalhos. Neste mês definimos o samba enredo da escola: A Incríveis banca o jogo... uma delirante viagem ao mundo dos jogos, que vai falar sobre jogos de todos os tipos, desde o jogo do amor, até cassino, bingo, futebol. A ideia surgiu do nosso carnavalesco Aluísio Santos, que apresentou dois ou 3 temas para a direção da escola, que entrou em um consenso. O samba foi gravado e entregue para

a Liga Carnavalesca conforme o crono- ta. Todo sábado, vem o pessoal de Porto grama. Alegre para ensaiar. O pessoal daqui de Caxias ensaia também durante a semaDezembro na. Também começamos a confeccionar Faltando uma semana para terminar as fantasias no início deste mês. As coso ano, a prefeitura liberou o dinheiro tureiras do bairro já estão desmanchando prêmio: R$ 38 mil [como campeã do do as fantasias do ano passado para ver Carnaval 2012, a escola ganharia um ca- o que conseguiremos reutilizar: alguma chê de R$ 45 mil, mas nem todas as notas coisa sempre se consegue, principalmenapresentadas na prestação de contas fo- te a armação. Agora estamos na correram aceitas. Por isso, o desconto]. Agora ria, não temos nada de carro alegórico. é aquela correria, tudo fica para o últi- A nossa Águia [símbolo da escola, que mo dia. Às vezes, chega o dia do desfile é levada em um carro alegórico] vai ser e ainda estamos acabando as fantasias. O reformada, o pessoal já foi contratado mestre Cléber, nosso mestre de bateria, para isso. Por isso, também, estamos em começou os ensaios aos pouquinhos. São busca de patrocínio. Com os 3 carros alecerca de 60 pessoas na bateria – geral- góricos, devemos gastar cerca de R$ 15 mente são os mesmos, que desfilam há mil. No ano passado, tivemos que tirar muitos anos. Também temos uma parce- dinheiro do bolso para cobrir todas as ria com um pessoal de Porto Alegre, que despesas. Foram cerca de R$ 80 mil em vem desfilar com a gente – principal- gastos – o maior investimento na bateria, mente a harmonia, o pessoal que canta, que foi preciso trocar os instrumentos. que este ano vem da Vila Isabel, assim Como o dinheiro do prêmio demorou como a porta-bandeira e mestre-sala, para sair, e tínhamos contas pendentes que são remunerados. Na organização, do Carnaval 2012, usamos o valor dos cerca de 20 pessoas ajudam, quase sem- patrocínios também e ainda fizemos empre são parentes meus e de membros da préstimos em nome de alguns membros diretoria. da diretoria. Estamos pagando estes empréstimos agora. Do pessoal que desfila, Janeiro a maioria não colabora financeiramente, Foi no dia 5 de janeiro que começamos quem paga as fantasias é a escola – são de fato os ensaios com a bateria comple- cerca de 400 membros. 11.jan.2013

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Soldado Mario da Rosa e Dique | Paulo Pasa/O Caxiense

Colegas de quatro patas por Leonardo Portella A segunda-feira chuvosa era de trabalho intenso para os policiais do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Na madrugada daquele 18 de julho de 2011, 4 assaltantes explodiram o cofre da praça de pedágio de Farroupilha. Durante a ação, ainda atiraram nas costas de um sargento, que estava em um ônibus interceptado pela quadrilha. Em fuga, os bandidos abandonaram um veículo em Forqueta, roubaram outro no mesmo local e seguiram em direção à localidade de Santa Justina, em Farroupilha, e se esconderam em um matagal. Após relatos de testemunhas, os policiais conseguiram rastrear os passos da quadrilha e chegar ao local. Antes de entrar no mato, a polícia soltou dois cães policiais no local. Eles farejaram e encontraram os 4 homens escondidos em um barranco. A inteligência do BPM e a agilidade dos cães fizeram

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com que os 4 assaltantes fossem capturados sem que a polícia disparasse nenhum tiro. Esta foi apenas uma das centenas de ações bem sucedidas do BPM quando a operação envolve cães. Neste dia, além dos 4 assaltantes, a polícia apreendeu armas de grosso calibre, coletes à prova de balas, munição, dinheiro, rádio com a frequência da polícia e celulares. Segundo o soldado Jeferson Trindade Funck, em 18 anos, o Pelotão de Cães obteve sucesso em 95% das operações. “O sucesso é obtido quando o cão sai sem nenhum ferimento e o BPM consegue prender o indivíduo ou apreender o material, seja entorpecentes ou explosivos”, conta Funck, que há 5 anos trabalha com o Pelotão de Cães. Segundo ele, muitas vezes somente a presença dos animais faz com que o bandido se entregue aos policiais. Em atividade desde outubro de 1994, o pelotão conta com 17 cães policiais das

raças rottweiler, pastor alemão, pastor belga de monois e doberman. Os animais têm idades entre 2 e 9 anos e contam com um policial responsável, uma espécie de dono. “O policial acaba sendo referência para o cão, seja nas horas livres, na operação ou no treinamento”, diz Funck. A partir de 2014, o BPM deve contar com uma maternidade no canil. Atualmente, dos 17 cães, 3 são fêmeas: Mel, Kira e Dara. A rotina de um cão policial segue os horários do seu responsável. “Os policiais e os cães são divididos em dois horários. Enquanto um grupo está em atividade, o outro descansa”, explica o soldado. Em rodízio dia e noite, policiais ficam como vigilantes no canil, para qualquer necessidade dos animais. É função deles também manter os 17 boxes dos cães limpos. “É questão de ordem. Não pode haver odor desagradável, nem fezes”, conta Funck. Quando o repórter chegou no


local onde moram os cachorros, latidos ensurdecedores demonstravam o estresse dos cães. “Como eles ficaram nervosos, daqui a alguns minutos vou ter que verificar o box e muitos deles já devem ter feito cocô”, conta ele, com um sorriso que denota que a visita da reportagem acabou dando mais trabalho. Assistidos por dois veterinários, os cães são alimentados duas vezes ao dia, pela manhã e à tarde. “Fora isso, somente água e carinho”, conta o policial. A relação policial/cão é bem familiar, segundo Funck. “Nas operações, somos uma dupla. Ele segue o meu comando e sabe alertar aos policiais quando encontra algo suspeito”, diz. Nos treinamentos semanais, realizados todos os sábados, os cães passaram a treinar em uma pista de agility, uma novidade no BPM. “Essa pista facilitou ainda mais o nosso trabalho. O cão consegue pular, rastejar e correr. É um pouco do que ele pode encontrar nas operações”, diz. Segundo ele, o cão é treinado para atender ordens de todos os policiais da Patrulha de Cães, o que não inclui os demais profissionais da polícia. “É pelo contato diário que ele cria esse vínculo com o policial da patrulha. Treinamos em primeiro lugar a obediência”,

diz. Sendo obediente, ágil e bom de faro, qualquer cão pode ser treinado para ocupar o posto de cão policial. “Nem todas as raças apresentam essas características necessárias para um bom cão policial. Um padrão acima do normal, eu diria. É por isso que predominam as raças de pastor alemão e rottweiler”, explica ele. A Patrulha treina alguns filhotes, que só após anos de treino, incorporam ao grupo de trabalho. Nos treinos, além da pista de agility, pequenas bolinhas coloridas (a mesma utilizada para brincadeiras de cães domésticos) deixam o cão em alerta. Dependendo da ordem, ele devolve a bola ao policial, late ao encontrar o objeto ou rasteja. O término da vida como policial chega aos 9, 10 anos para o cão, dependendo da resistência física dele. Após esse período, o cão é doado a pessoas comuns, que procuram o BPM para adotar os animais. “Essas pessoas ficam como responsáveis até a morte do cão. A Brigada continua monitorando o animal, verificando o local e as condições. Quando ele morre, o BPM tem que emitir certidão de óbito, pelo serviço que o cão realizou para a sociedade”, explica Funck. Os animais participam de operações

do pelotão de choque, patrulha e guarda. Nas ações de choque e patrulha, os cães passaram a utilizar coletes à prova de balas, fabricados por uma empresa de São Paulo. Nas ações de guarda, em estádios, na rua e em parques, o colete não é necessário. Nestes 18 anos, nenhum cão morreu em operação. “O que é frequente são pequenas lesões, principalmente nas patas”, conta o soldado. Quando a lesão é verificada, um veterinário é chamado, examina e cuida do ferimento. Na última segunda-feira (7), o canil estava desfalcado. Três cães estavam atuando em Cotiporã, que, após um assalto a uma fábrica de joias, seguido de sequestro na madrugada de 30 de dezembro, vem recebendo atenção das equipes da Brigada Militar de várias cidades da Serra e de Porto Alegre. A Patrulha de Cães foi chamada para fazer novas buscas no local, após a prisão do oitavo suspeito de participar dos crimes. Ainda haviam possibilidades de outros suspeitos ainda estarem no local. “Os cães estão prontos para qualquer ação, seja em Caxias ou nas cidades próximas. Tratamos eles como colegas, que necessitam de atenção, carinho e de alguns momentos de brincadeira”, comemora Funck.

Dique em treinamento|

Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

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TOP5

Nunca é demais lembrar. Antes de pegar a estrada nesse verão, confira se está levando tudo o que for necessário. Guarda-sol, protetor solar, chinelos, óculos de sol e, é claro, as músicas certas para ouvir na viagem. Para ajudar a incrementar a sua playlist, pedimos para o dj Jorge Rocha Netto, ou Dj Jorgeeeeenho, que estava na praia, elencar as 5 músicas indispensáveis nas suas viagens.

Red Hot Chili Peppers – Easily Pé no acelerador, janelas abertas, cabelos ao vento e um óculos de sol irado. Se o carro for conversível, a cena fica completa.

CAM

PUS

Jeremy Glenn - New Life Essa música é sempre revigorante para mim, em qualquer ocasião. Durante uma viagem fica perfeita para quebrar a monotonia da estrada.

Flight Facilities - Foreign Language Se você viaja em família, vai agradar desde o netinho até a vovó com esta aqui. É impossível torcer o nariz para o vocal suave e à melodia dessa música.

The Black Keys - Gold on the Ceiling Essa é para quem curte jogar as malas no carro e seguir por estradas desconhecidas, sem rumo certo, só pelo barato da viagem. Just rock and drive!

The Whitest Boy Alive - Golden Cage (Fred Falke remix) A versão original é massa, mas o remix desta aqui sintetiza demais o astral de uma viagem. É pra curtir a estrada e já ir imaginando os dias de férias!

Nova sede da FTSG Foram concluídas as obras da nova sede da Faculdade de Tecnologia da Serra Gaúcha (Os 18 do Forte, 2494, São Pelegrino). Para que o prédio com 2,5 mil m² receba os estudantes dos 8

Bolsas

Pela primeira vez, a Faculdade Anhanguera lança o Concurso Nacional de Bolsas de Estudos. Das 206 oferecidas pela instituição no país, 3 contemplarão caxienses inscritos no vestibular. Duas (100% e 50%) serão para cursos presenciais e uma (50%) para cursos de

cursos oferecidos pela instituição, melhorias e adequações na estrutura estão sendo realizadas. Até o ano passado, as atividades ocorriam na Faculdade América Latina (FAL).

ensino a distância. A lista dos ganhadores será divulgada no dia 18 de fevereiro de 2013. O vestibular da Anhanguera ocorre no domingo (3), às 9:30. As inscrições podem ser feitas pelo site da instituição até sexta-feira (11), ou no sábado (12), na unidade. A taxa é R$ 25.

Oficinas para aprender A Faculdade da Maturidade abre inscrições para pessoas acima de 45 anos. São 9 oficinas – fotografia, yoga, alimentação, pilates, psicologia, saúde, teatro, dança e espiritualidade – ministradas por professores da Facul-

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dade da Serra Gaúcha (FSG). Inscrições no Instituto Integrado de Saúde (Júlio de Castilhos, 2307, São Pelegrino), ou pelo telefone 3022-8400. Leve RG, CPF e comprovante de endereço originais.

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Músicas de viagem

Faculdade da Serra Gaúcha

Fotografia. Ministrado pelo professor Gustavo Pozza, os encontros serão de segunda a sexta-feira, das 18:30 às 22:30, totalizando 40 horas/aula. Serão abordados conteúdos como: iniciação fotográfica, linguagem visual e flash para eventos, WorkFlow Digital, Photoshop para Book, Retrato e Moda e Lightroom. As inscrições seguem até segunda (14). Outras informações e inscrições pelo fone 2101-6000. Estratégia de Vendas e Negociação. Inscrições até 25 de janeiro. Início em 28 de janeiro. Showcase – Básico. Inscrições até 13 de janeiro. Início em 14 de janeiro. Calculadora HP com Aplicações em Matemática Financeira. Inscrições até 22 de fevereiro. Início em 23 de fevereiro. Televenda Ativa. Inscrições até 14 de janeiro. Início em 15 de janeiro.

+ VESTIBULAR FTSG

Inscrições até 21 de janeiro, na instituição ou pelo site. Prova 22 de janeiro, às 19:00. R$ 25

Anglo-Americano/IDEAU

Vestibular agendado. Provas em 11, 18 e 25 de janeiro e 1º, 15 e 22 de fevereiro, sempre às 19:00. As matrículas iniciam toda segundafeira posterior à realização da prova. R$ 30 WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW. FSG.BR. 2101-6000 | WWW.FTSG. EDU.BR. 3022-8700 | www.angloamericano.edu.br | 3536-4404


Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

“Cuidar de vidas dá mais prazer” Um carioca, cantor com 9 discos lançados e turnês que já passaram por Rússia, Inglaterra, Suécia e Estados Unidos, foi um dos responsáveis por abençoar o governo do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), que tomou posse na última terçafeira (1°). Trata-se do presidente da Assembleia de Deus em Caxias do Sul, pastor Daniel Régis Cavalcanti, que abandonou a música para se dedicar integralmente a pregação da palavra de Deus. Daniel tem 56 anos. Deixou o Rio de Janeiro rumo a Porto Alegre aos 15, acompanhando o pai, pastor evangélico. Tornou-se também pastor em 1990, na Capital. Dez anos depois, atendeu ao convite para ser o substituto

do então presidente da Assembleia de Deus em Caxias, João Lundgren. De lá para cá, foram 12 anos de treinamento até que em março do ano passado assumiu a posição máxima da entidade no município. Antes de se dedicar totalmente à igreja, Daniel trabalhou com vendas e com a música, que abandonou há alguns anos, por não conseguir mais conciliar as agendas. “Cuidar de vidas dá mais prazer”, afirma. Atualmente, cursa História na Unopar e pretende lecionar futuramente em projetos educacionais da igreja. Perguntado sobre qual a maior motivação para exercer a vocação religiosa, Daniel responde prontamente. “É sempre ajudar os mais necessitados.

É ver um pai de família que estava entregue ao vício e aos maus hábitos buscar a igreja, se converter e se tornar um cidadão de bem”, define o pastor, cujos sermões podem ser ouvidos todas as quartas-feiras, às 20:00, na igreja da rua Pinheiro Machado. No que depender da vontade do Pai, o pastor que deu a bênção ao lado do frei Jaime Bettega cita um provérbio bíblico para garantir que o pedetista fará um bom governo: “Alceu é um homem de grandes qualidades. E quando o justo governa, o povo se alegra”. Em sua bênção, pediu serenidade ao novo prefeito. “Orei para que Deus o abençoasse em todos os seus planos e intenções.” Amém.

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Quanto nossos deputados gastaram em diárias

PAulo Pasa/O Caxiense

O prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), enquanto deputado estadual foi um dos 3 integrantes da Assembléia a menos gastar verba pública com diárias. Desde junho de 2011, Alceu apenas viajou uma vez a Brasília, em fevereiro de 2012, com verba de R$ R$ 884,22. Marisa Formolo (PT), no mesmo período, ocupou 25 diárias a trabalho, principalmente em cidades da Serra e para a missão estadual a Cuba, no final do ano passado. O total gasto por Marisa foi de R$ 12.877,71. Maria Helena Sartori (PMDB) também concentrou o expediente externo em cidades da região e para as viagens a Mendonza, na Argentina, Santiago, no Chile, e Cidade de Surco, no Peru, sempre representando a Assembléia. O total gasto por Maria Helena foi de R$ 15.444,19. O deputado que mais viajou foi Edson Brum (PMDB) com 84 diárias com gasto total de R$ 43.871,34. Todos os dados estão no Portal Transparência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e podem ser consultados.

400

pessoas são esperadas para o protesto contra o atraso nas obras do Instituto Técnico Federal de Caxias do Sul (IFRS) neste sábado (12). A construção deveria ser entregue em fevereiro de 2012. Além de pais e alunos, também estão sendo convidadas comunidades de outros bairros, por meio de articulações da União das Associações de Bairros (UAB).

74,95%

é o índice de satisfação dos usuários da Visate com o serviço prestado pela empresa. O resultado da pesquisa será usado para planejar todas as ações de 2013 da Visate. Leia todos os resultados em www.ocaxiense.com.br.

SHRBS e o Turismo

A visita da secretária do Tursimo, Drica de Lucena Francisco (PP), ao Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS), presidido por João Antônio Leidens, é um bom indicativo. Se há um setor que precisar de desenvolvimento urgente em Caxias do Sul, é o turismo. Para começar, juntar forças entre os agentes envolvidos na cadeia turística pode impulsionar a consolidação da área na cidade, que precisa ser encarada não só como economia, mas como cultura e identidade.

Crise de mão de obra Melhor preço no material escolar

A cada virada de ano os melhores conselhos para os pais que vão comprar a lista de material escolar continuam os mesmos: pesquisa e antecedência. Com os dois recursos é possível economizar, e muito, na lista que vai custar até 10% mais, conforme o Sindilojas. Conforme o infográfico publicado em www.ocaxiense.com.br é possível encontrar uma régua de 30 centímetros por R$ 0,40 ou R$ 5, dependendo a livraria. Mesmo caso de um apontador, que pode custar R$ 0,20 ou R$ 5,70, por exemplo. A pesquisa garante encontrar os menores preços. A antecedência evita com que se entregue a lista nas mãos de um vendedor que escolhe os produtos aleatoriamente, podendo custar mais no final.

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Depoimento de uma gerente de livraria a O CAXIENSE (leia no site) é apenas mais um dos indicativos da escassez de mão de obra em Caxias do Sul. Marisol Borges é testemunha da dificuldade em contratação, ainda mais nesta época do ano. A gerente se decepciona com o pouco empenho dos jovens nas suas funções e tem optado por contratar candidatos mais maduros. Mas não é apenas o comércio que sofre com a falta de trabalhadores comprometidos. Indústria e serviços também têm sido afetados.


Paulo Pasa/O Caxiense

Vida às margens da BR 116 Porque estão distantes demais da visão de quem viaja, chama-se de casinhas as moradias ao redor da estrada. Longe de tudo, menos do perigo, ainda são lugares bons para viver por Andrei Andrade Os mais de 4 mil quilômetros que fazem da BR-116 a principal rodovia do país, ligando a capital do Ceará, Fortaleza, à pequena Jaguarão, na fronteira gaúcha com o Uruguai, não se fazem apenas de asfalto, pontes, placas e veículos. Suas margens também são endereço para muitas famílias, algumas orgulhosas de terem visto a estrada ser asfaltada. Percorrendo os trechos rurais da BR em Caxias do Sul, deparamos com moradores que têm pouco ou nenhum contato com a cidade – seja por dificuldades de transporte ou por preferir o isolamento do cotidiano apressado – e gente que têm no ronco dos motores dos carros e caminhões uma tri-

lha sonora permanente, que com o tempo nem se ouve mais. Outros que a cada travessia de rua ou a cada batida na porta no meio da noite ficam apreensivos, pois não sabem que perigos podem vir. Há quem nunca pensou em abrir mão de ter, a partir da sua janela, algumas das vistas mais privilegiadas que se pode ter, sem precisar pagar caro por isso. Do ponto de vista de quem viaja, os mais desatentos sequer reparam que há casas. E os proprietários nem gostam mesmo que reparem.

a aposentada Lídia Nava é uma das mais antigas habitantes daquelas redondezas onde se veem algumas poucas casinhas de madeira, varal e cercadinho, além de algumas bancas onde de tempos em temos alguém aparece para vender uva, vinho ou queijo. A mulher que fala alto e ainda preserva um forte sotaque italiano de quem pouco se mistura vive na mesma casa em que nasceu, há 56 anos. A vida à beira da estrada, em um trecho sem acostamento, deu a ela a pior mostra do que se pode experimentar no contato Uns dois quilômetros além da placa diário com motoristas apressados e relapque indica o fim do perímetro urbano de sos. Em uma manhã de 1992, seu marido, Caxias do Sul, rumo a Nova Petrópolis, que ia todo dia de bicicleta até o bairro de 11.jan.2013

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Restos de um cortume desativado, próximo ao Rio São Marcos | Paulo Pasa/O Caxiense

Galópolis, onde trabalhava em um moinho, teve a frente cortada por um carro que trafegava na contramão. Atropelado em alta velocidade, morreu na hora, deixando Lídia e 4 filhos – o mais novo com 40 dias de vida. O motorista do veículo fugiu sem prestar socorro. Lídia, que precisa andar cerca de meia hora até a parada de ônibus mais próxima quando tem que ir a Caxias, acredita que a falta de espaço para os pedestres caminharem com segurança é o principal perigo da estrada. “Os motoristas não respeitam, eles vêm em cima da gente e não tem Cristo que faça andarem mais devagar”, reclama, antes de acrescentar que seria preciso mais policiamento na rodovia, especialmente em finais de semana. Lídia já viu de tudo através das janelas da sua casa. Nem arrisca contar quantos motoristas, principalmente motoqueiros, que se acidentam na curva em frente à sua casa, já ajudou a socorrer. O procedimento é sempre o mesmo: primeiro liga para a Polícia Rodoviária, em seguida desce o pequeno morro que separa a sua casa da estrada, munida com esparadrapo, garrafa de álcool e o que tiver que possa ajudar a curar algum ferimento. Uma vez, viu uma mulher ter parte do braço decepado pelo encontro frontal entre um carro e um caminhão. De tantos viajantes que já apareceram pedindo pouso e comida, teve que cercar o terreno. “Sabe os ‘mindingo’, como dizem? (risos), são esses os que mais aparecem. Quando não tinha a cerca, eles iam até dentro da minha casa sem eu ver”, conta. “Mas só dou comida quando vejo que não é vagabundo.” Mais adiante, em direção a Nova Petrópolis, há uma banca de produtos coloniais que provavelmente seja a mais antiga da BR nos limites de Caxias. A Banca Marchi, que na tarde de sexta-

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feira (4) estava sendo conduzida pela filha do proprietário, Cristiane Marchi, foi fundada pelo seu avô, há mais de meio século. A família vive no terreno ao lado, em uma casa espaçosa, ladeada por parreirais que também são deles. Para quem passa em frente à banca, especialmente em finais de semana, chama atenção as mesas e cadeiras de plástico colocadas em uma espécie de belvedere, do outro lado da rodovia, com cercas de madeira e uma bonita vista para os morros verdes da Serra. É um espaço que atrai muitos turistas, principalmente com destino a Gramado e Canela. Já virou programa tradicional para muitos parar na banca e tomar o café da tarde ao ar livre, à beira da estrada. A família agradece e recebe a todos com a oferta de sucos de uva, cucas, biscoitos, roscas de polvilho, entre outros produtos de agricultores da região. Cristiane tem 28 anos. Sua filha, Ciane, de 8, adora brincar na rua, mas a mãe nunca deixou ela atravessar a rodovia sozinha, pelo perigo que os motoristas representam. “A gente vê cada coisa que dá frio na barriga. No sábado de manhã, principalmente, tem uns motoqueiros que gostam de passar empinando. Pela quantidade de loucuras que eles fazem e não se matam, essa rua só pode ser abençoada”, observa Cristiane. É a criança quem lembra a mãe de contar um episódio ocorrido há uns 5 anos, quando ela ainda era bebê, que tinha tudo para ser uma lembrança trágica, mas que acabou bem. “Eu estava aqui trabalhando, quando vi que um homem estacionou ali em frente ao penhasco (aponta para o belvedere). Ele ficou pensando por alguns minutos, até que criou coragem e decidiu se tocar lá para baixo, com carro e tudo. Por sorte, uma árvore uns 10 metros para baixo conteve a queda. Mas, se não tives-

se a árvore, não ia ter salvação, porque a queda é enorme. Mais tarde vieram os bombeiros e até a namorada, que a gente descobriu que era a causa dele querer se matar, porque tinham brigado. Nunca mais vimos eles”, conta. Cristiane não abre mão da vida bucólica que leva distante do centro. “É muito bom viver esse contato com a natureza. Tu sente o vento, não tem aquela poluição da cidade. De manhã dá pra ouvir os passarinhos cantando. É um lugar muito legal de morar”, define. Na outra extremidade da parte caxiense da BR, que liga Caxias a São Marcos, moram pessoas que dizem ter na falta de segurança o maior problema em viver tão longe das áreas urbanas. Na última casa antes da ponte que divide os dois municípios, ainda no lado caxiense, a aposentada Marilene Nodena, de 55 anos, vive com os dois filhos, Rudinei e Cristiane Ballardin, de 25 e 26 anos, respectivamente. Marilene desconfia de estranhos que param em frente a casa. No portão, conta que a maioria dos vizinhos já teve a casa assaltada. Ela mesma escapou por pouco. “Uma noite eu estava sozinha, meus filhos estavam acampando e um homem bateu palmas na rua, pedindo para entrar. Depois bateu forte na porta. Era madrugada já. Aquela vez deu medo”, lembra. Os filhos confirmam que falta policiamento naquela região. “A gente sabe que, por ser mais longe de tudo, é um lugar mais fácil para os bandidos fugirem. Tranquilos a gente nunca fica”, diz Rudinei. Não muito longe, em uma pequena vizinhança de umas 5 casas na margem direita da BR, próximo ao frigorífico da Frangosul, famílias convivem com o incomodo de um antigo curtume abandonado em um terreno próximo. O mau


cheiro da montanha de couro apodrecido perturba a vizinhança, principalmente em dias de chuva ou muito calor. No terreno ao lado do curtume, onde fica a casa de Carmem Schmitz, uma senhora encostada por sofrer de depressão, o couro que desce até o seu gramado com a água da chuva já matou boa parte da grama. Mas isso nem é o pior. “Dá muito mosquito e pernilongo, é horrível para dormir. Meus netos [um de 7, outro de um ano] são alérgicos e sofrem muito também. A gente já fez de tudo, pegou assinatura, mandou fotos para a prefeitura, mas ninguém fez nada”, queixa-se. Outro problema que Carmem relata da vida naquele trecho da BR, são as enchentes. No último mês de fevereiro, uma chuva forte fez transbordar um pequeno córrego que passa por trás da vizinhança, fazendo com que a água invadisse as moradias e destruísse boa parte das mobílias, além de causar pânico entre os moradores. Por causa do susto, Carmem passou 40 dias internada, com crise depressiva e ainda vive com o te-

mor de que o desastre possa se repetir. As marcas do nível que a água atingiu persistem nas paredes, a quase um metro do chão, tornando o episódio ainda mais vivo na memória. “Não tenho como sair daqui. Se for para vender [a casa] baratinho, não consigo comprar nada em outro lugar. Meu marido garante que não vai acontecer de novo, então o jeito é acreditar”, lamenta. Uma das vizinhas de Carmem, a jovem Andréia Orth, de 21 anos, fez um vídeo no celular do dia da enchente. Na tela pequena, é possível ter a dimensão da apreensão daquele dia, quando Andréia havia recém-chegado na vizinhança. Funcionária de uma fábrica de plástico, a jovem natural de Três de Maio, no Noroeste do Estado, vive em Caxias há 4 anos. Veio por um amor que não deu certo, mas mesmo assim preferiu continuar na cidade que oferece mais emprego do que sua terra natal. Vive com a filha Milena, de um ano, e considera tranquila a vida por ali. Bem melhor do que na casa onde vivia antes, no bairro Parada Cristal. Grávida na

época, locava o andar de baixo em uma casa onde a proprietária odiava crianças. Na casa nova, tudo seria perfeito, se não fosse a falta de creche por perto. Por isso, quando sai para trabalhar, deixa a pequena na casa de uma vizinha, que mora do outro lado da estrada e também cuida de outras crianças enquanto seus pais trabalham. Seja Lídia ajudando os acidentados ou Cristiane curtindo o canto dos pássaros pela manhã; Seja Marilene dormindo com os olhos abertos ou Carmem lutando contra seus traumas, os moradores dos recantos mais longínquos das margens da BR-116 parecem gostar de viver sem sofisticações, aproveitando o fato de ter mais árvores do que prédios ao redor. Para quem está na estrada, uma casa pode ser só mais uma construção. Para quem está em casa e vê um carro passar na estrada, aquele é só um barulho a mais. Atrás dos portões, que têm medo de abrir para qualquer carro que pare, cultiva-se no isolamento boas histórias para se ouvir.

Milena e Andréia Orth |

Cristiane Marchi |

Carmem Schmitz |

Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

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O MÍNIMO PARA SER FELIZ

Os cálculos econômicos mostram que é impossível sustentar a casa com R$ 678, o piso do salário nacional. Em Caxias, 2,8% das famílias consegue sobreviver com esse valor. Pelo menos uma esbanja felicidade, coisa que dinheiro não compra

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Paulo Pasa/O Caxiense

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“Para uma família de 5 pessoas, sobreviver somente com o salário mínimo é impossível”, diz a economista Maria Carolina Rosa Gullo, professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Maria Carolina se baseia em dados confiáveis. A cesta básica caxiense, calculada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes), da UCS, custa R$ 569,78 (valor de novembro de 2012). “Com um salário mínimo por pessoa, até se pode ter uma vida aceitável. Mas se for uma família de 3 pessoas, só o valor do mínimo já não é suficiente para se sustentar, ainda mais em Caxias”, opina a economista. Conforme o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1% dos domicílios caxienses tem renda per capita de até ¼ de salário mínimo (cerca de R$ 150 por pessoa) e derruba o argumento da economista: sobrevive. Alguns, ainda conseguem ter uma vida feliz. A auxiliar de cozinha Sílvia Daiane Comin, de 30 anos, ganha o salário mínimo nacional, R$ 622, e o Bolsa Família, benefício do Governo Federal, de R$ 166. Com os descontos na folha de pagamento, a renda soma R$ 766, menos do que o novo salário mínimo regional, que vale a partir de fevereiro, de R$ 770. O valor seria suficiente para Sílvia, sozinha, ter uma vida aceitável, conforme os economistas, adquirir todos os itens da cesta básica caxiense e ainda ter dinheiro para comprar roupas e pagar outras contas fixas da casa. Talvez ainda sobrasse para fazer as unhas no salão ou para o lazer, que hoje, para ela, é luxo. Mas o salário de Sílvia também sustenta o marido Gilnei de Oliveira Ferreira, de 38 anos, desempregado, e os 3 filhos: Marle, de 8 anos, Ariel, de 5 e Dandara, de 3. O lar de Sílvia e Gilnei está entre os 4.147 domicílios caxienses, 2,8% do total, que se sustentam com uma renda mensal de meio a um salário mínimo: atualmente, valor entre R$ 311 e R$ 622. Se Sílvia recebesse o novo salário mínimo nacional – R$ 678, em vigor a partir de fevereiro – sem descontos, somado ao auxílio do Bolsa Família, os R$ 844 seriam suficientes para a família viver bem em setembro de 1998, de acordo com dados do Departamento Intersin-

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dical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esta era a estimativa do mínimo necessário para uma família comer, morar e garantir saúde, educação, vestuário, higiene, transporte e lazer naquele ano, quando o salário mínimo era de R$ 130. Em janeiro de 2013, para que uma família (em média 3,3 pessoas na área urbana e 3,4 pessoas na área rural, conforme os dados nacionais do IBGE) consiga suprir todas estas necessidades sem depender de outra renda ou auxílio, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.561,47, conforme o Dieese. Em Caxias, 96,7% das famílias têm renda mensal maior do que esta – 38% ganham um salário bem próximo do limite do “aceitável” e 4,8% teria dinheiro suficiente para custear essa qualidade de vida ideal para a sua e outras 4 famílias. Sílvia não faz milagre. Faz cálculos, faz economia, faz bico. A renda da família é complementada pelas esporádicas faxinas que a auxiliar de cozinha faz na casa de conhecidas, um ganho extra sem preço fixo. “Eu tenho vergonha de cobrar. Deixo a pessoa pagar o quanto acha que vale. Às vezes é R$ 30, às vezes é R$ 50”, conta. No bairro Canyon, a casa de madeira onde vivem o casal e as 3 crianças teve sua estrutura doada pelo Município. Tábuas e telhas foram levantadas por Gilnei, Sílvia e parentes ajudaram na construção, em 2008. São 4 peças: a sala e a cozinha que dividem o mesmo cômodo, o quarto do casal, o quarto das crianças e um pequeno banheiro. Os móveis não combinam, sinal de que não fazem parte do mesmo conjunto e que, provavelmente, são de segunda mão. Na sala, Sílvia conversa sentada em uma cadeira de escritório, enquanto deixa o único sofá da casa,

de dois lugares, para as visitas. Gilnei usa uma das duas cadeiras de metal que acompanham a mesa de 1m², pequena para reunir o casal e os filhos. Atrás da mulher, um mural de tecido azul exibe fotos impressas em papel comum com momentos da família. A máquina digital foi recebida em troca de um biscate feito por Gilnei. Parte dos móveis e eletrodomésticos são doações, como a televisão do quarto do casal, que aguarda uma sobrinha de salário para ser consertada e voltar a ter som; o rádio portátil; e a TV de tubo 14 polegadas, que divide espaço na estante com um aparelho de DVD, o primeiro investimento da auxiliar de cozinha depois que teve a carteira assinada pela primeira vez, há 9 meses. Investimentos em eletrodomésticos e móveis são conquistas que chegam aos poucos. “Depois que comecei a trabalhar, consegui comprar meu armário de cozinha, mas ainda quero fazer melhorias na casa. Falta fazer o forro. A gente tem que aumentar para ter espaço. Quero construir um quarto para mim e a Dandara vai ficar com o meu, separada dos meninos”, planeja. A cesta básica caxiense calculada pelo Ipes tem 57 itens, que representam os mais comprados pelas famílias caxienses. A lista inclui alimentação, higiene doméstica, higiene pessoal, gás de cozinha e fumo. Os produtos alimentares somam R$ 461,91 e representam 81,2% do custo total da cesta – seguidos por 6,4% em gás de cozinha, 5,7% em cigarros e 5,4% em produtos de higiene pessoal. A família de Sílvia consome tudo isso, inclusive os cigarros – o casal é fumante. Mas a auxiliar de cozinha gasta menos da metade do valor básico para encher a despensa. No total, a conta do mercado soma cerca de R$ 200 mensais. Assim


que cai na conta corrente de Sílvia, o salário é imediatamente direcionado para o pagamento das contas: a água vem primeiro, seguida pelo rancho. A luz, que seria a próxima na lista de prioridades, foi excluída das despesas. Recentemente, um “gato” na rede elétrica intensificou os riscos à casa, mas poupou cerca de R$ 60 do salário de Sílvia, que agora usa o forno elétrico, “muito bom, porque economiza gás”. A cesta básica recebida pelo Centro de Referência de Assistência Social salva a despensa. No supermercado, o rancho é engordado com azeite, leite, carne e alguns mimos para as crianças, como iogurte e bolacha, além de produtos de higiene e limpeza. “Em tese, o salário mínimo é um valor maior do que o custo da cesta básica. Só que a cesta básica não inclui custos com saúde, lazer, transporte...”,

argumenta a economista Maria Carolina Rosa Gullo. Além de contar com auxílios não previstos no cálculo da economista, que se baseou apenas no valor do salário mínimo, Sílvia não gasta com escola: Marle, no 3ª ano, estuda em escola municipal e Ariel e Dandara ficam em uma creche da prefeitura. Também não tem despesas com saúde: os 5 membros da família são saudáveis e, quando necessário, recorrem ao SUS, que também oferece o acompanhamento pediátrico para as crianças e auxilia Sílvia na prevenção de uma nova gestação. A chefe de família direciona os ganhos, além das contas já comentadas, para o transporte dos filhos à creche – R$ 150 mensais para os dois menores, o mais velho vai à escola a pé – e despesas extras. Quando isso acontece, o orçamento é ajustado para cobrir todos os furos. “Agora em fevereiro, vou comprar o material escolar do mais velho. Folhas de ofício e

“O dinheiro que recebo do Bolsa Família, eu gasto só com eles. É para comprar um tênis quando precisa, uma roupa. Se precisa, gasto com o colégio: uniforme ou material”, conta Sílvia.

Gilnei, Sílvia e os filhos Dandara, Ariel e Marle |

Paulo Pasa/O Caxiense

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EVA, compro nas lojas de R$ 1,99. Os outros materiais, como lápis e caderno, compro no BIG. O dinheiro que recebo do Bolsa Família, eu gasto só com eles. É para comprar um tênis quando precisa, uma roupa. Se precisa, gasto com o colégio: uniforme ou material”, conta Sílvia. Mas ainda faltaria o lazer, item básico em qualquer estimativa do quanto é necessário para viver. A diversão da família é em dias de passe livre no transporte coletivo. “A gente vai para o zoológico ou para o Parque dos Macaquinhos, compra um sorvete. Nós saímos bastante. Somos felizes.” Em agosto, o orçamento ficou mais apertado. Sílvia investiu R$ 300 na primeira festa de aniversário dos filhos. Aproveitou a comemoração dos 8 anos de Marle para celebrar também os aniversários dos menores – um havia sido em janeiro, o outro, em fevereiro. “Antes, a gente comprava um bolinho e cantava parabéns nós 5, aqui em casa. Mas, naquele dia, eu decidi fazer uma festa. Enfeitamos o salão do Núcleo de Capacitação Canyon, onde eu trabalho, encomendei dois bolos, salgadinhos, comprei refrigerante e convidamos familiares”, lembra Sílvia. Naquele mês, o rancho recebido pelo Centro de Referência de Assistência Social, teve que

dar conta da alimentação na casa. Mês a mês, as contas ficam apertadas. “Ainda não sobrou dinheiro. A gente sempre deseja que sobre R$ 30 ou R$ 50, mas dá no limite. Tem que controlar os gastos. Senão, depois pega desgosto do trabalho, porque trabalha e não sobra nada”, analisa Gilnei. A primeira segunda-feira de 2013 foi um dia importante na rotina da família. Nesse dia, enquanto Sílvia atendia a reportagem, Gilnei ajudava os filhos a tomar banho e se vestir. Com as crianças de férias, a família inteira iria com a mãe sacar o salário no banco. “Dandara, pega lá teu perfume para a moça ver”, sugeriu Sílvia, antes de colorir os lábios com um batom rosa. “Agora tenho dinheiro até para comprar um perfuminho para eles. Cada um tem o seu.” Sílvia precisou pedir dinheiro emprestado para uma vizinha para pagar as passagens de ônibus que levariam a família até o Centro. “Hoje, a geladeira está vazia”, comentou, prestes a ter dinheiro suficiente para enchê-la e pagar a vizinha na volta. Sílvia é otimista. “A gente tem que fazer dar conta, né!? Em primeiro lugar, vem a água e a comida. Roupa, só compro quando estamos precisando mesmo. Mas é uma

alegria poder dar as coisas para eles. É tudo novidade para nós. Já passamos tanto trabalho”, recorda um tempo em que a situação foi pior. Em fevereiro, com o novo salário mínimo de R$ 678 – R$ 56 a mais do que o atual – os R$ 30 de segurança que Gilnei gostaria de guardar têm mais chance de sobrar, sobretudo se ele conseguir o emprego que começará a procurar assim que terminarem as férias das crianças. E ele quer a carteira assinada, igual a da mulher. Em dezembro, o 13° salário – uma surpresa para a assalariada, que até então desconhecia o benefício – não deu conta dos presentes de Natal, mas ajudou a montar a ceia de Ano Novo: lentilha com ossinhos de porco, arroz e salada de maionese. As crianças parecem não ter se importado muito com a ausência do Papai Noel. Na casa 302 da rua Esperança, a celebração acontece mesmo a cada novo começo de mês. “Mãe, onde a gente vai?”, perguntou o primogênito, que sempre acompanha Sílvia quando ela vai receber o salário, enquanto a família se arrumava para sair. “No Centro”, respondeu ela, ao que o pequeno levantou as duas mãos para o alto, ensaiou uma rápida dancinha e comemorou: “Sorvete!”.

Na pequena casa, não há lugar para todos à mesa, mas há espaço para mostrar às visitas os melhores momentos da família | Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

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PLATEIA

Chaplin e Chimarruts de graça no Litoral | Oficinas de blues e jazz em Caxias | O que esperar da Cultura em 2013

Muito S2 no Ordovás Quem está de bobeira em Caxias durante o mês de janeiro pode aproveitar as quintas-feiras para assistir a bons filmes em sessões gratuitas. A programação do Matinê às 3 – Verão Romântico, que começou no último dia 10, segue até 31 de janeiro no Ordovás. As sessões ocorrem às 15:00 – horário com cara de férias. Na tela, romances, paixões e dramas integram a programação. Quem quiser reunir os amigos pode fazer reservas para grupos a partir de 10 pessoas, pelo telefone 3901-1316 ou pessoalmente no Ordovás.

Quinta (17) TE AMAREI PARA SEMPRE Clare tem 6 anos de idade quando conhece o adulto Henry, um homem que viaja no tempo. Enquanto ela cresce e descobre o mundo, ele aparece para visitá-la em determinados momentos, criando um laço de amizade entre os dois. Só que, quando a menina se torna mulher, ambos se apaixonam. Ignorando o absurdo de viverem em tempos diferentes, eles casam e Clare engravida. É quando ela começa a se questionar se não deveria investir em algo mais comum e se o relacionamento dará certo. Com Eric Bana, Rachel McAdams. De Robert Schwentke 12 1:47 Quinta (24) SIMPLESMENTE FELIZ Poppy é uma daquelas pessoas rotineiramente alegres – muito, muito alegres. Faz piada com coisa séria, vê sempre um lado positivo e nunca se aborrece. Resumindo: irritantemente feliz. Ao contrário do seu professor de autoescola, Scott, um homem carrancudo que se leva bastante a sério. Mas eles terão que aprender a conviver com estas diferenças, pelo menos até Poppy garantir sua carteira de motorista. Aqui na Redação teve alguém, não vamos mencionar quem, que dormiu durante a exibição deste filme no cinema, em 2008. Com Sally Hawkins. Andrea Riseborough. De Mike Leigh 12 1:58 Quinta (31) MINHAS MÃES E MEU PAI Concebidos por inseminação artificial, os irmãos adolescentes Joni e Laser sempre conviveram bem com suas duas mães: o casal Jules e Nic. Quando Laser completa a maioridade, ela decide procurar o doador que seria seu pai biológico. A chegada desse homem ao núcleo familiar coloca as relações à prova. Drama familiar para sofrer junto com os personagens. Com Mark Ruffalo. Julianne Moore. De Lisa Cholodenko 16 1:41 11.jan.2013

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CINE

Tom Cruise. Rosamund Pike. De Christopher McQuarrie

JACK REACHER – O ÚLTIMO TIRO “Traga Jack Reacher para mim” é a única frase que um acusado de matar 5 pessoas diz sobre o crime, antes de perder a memória de tanto ser agredido pela polícia. Jack, um militar veterano, interrompe as férias e volta para investigar o assassinato. Jack tem uma bela mulher, dirige em alta velocidade, luta com vários homens ao mesmo tempo e talvez achasse fácil escalar o maior prédio do mundo. Estreia. CINÉPOLIS 13:00-15:50-18:40-21:40 GNC 13:30-16:15-18:50-21:20

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* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

Geraldine Chaplin, Guy Bedos, Claude Rich, Pierre Richard e Jane Fonda. De Stéphane Robelin

E SE VIVÊSSEMOS TODOS JUNTOS? Annie, Jean, Claude, Albert e Jeanne são amigos há mais de 40 anos, desde quando a maioria deles tinha vinte e poucos. Quando a velhice chega, a memória falha e o asilo parece ser uma opção sensata, ele resgatam a insensatez da juventude: decidem morar juntos, talvez um grande momento de lucidez. E a república para maiores de 75 vai rejuvenescê-los também. Ordovás SEX. (11) e QUI. (17). 19:30. SÁB. (12) e DOM. (13). 20:00

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DE PERNAS PRO AR 2 Na história, uma bem sucedida empresária, dona de uma rede de sex shop, tenta “fugir” da família para se dedicar ao trabalho, o motivo das brigas do casal. Na última semana, o longa estrelado por Ingrid Guimarães foi novamente o campeão de bilheteria, com 610 mil espectadores. Só perdeu em arrecadação porque Detona Ralph, que levou 608 mil pessoas ao cinema, mas é 3D e ganha mais. Com tanto pistolim na tela, é bom que não seja 3D. Maria Paula. Eriberto Leão. De Roberto Santucci. 3ª semana. CINÉPOLIS 13:10-15:30-17:50-18:50-20:10-21:10-22:30 GNC 14:00-16:00-18:00-20:00-22:00

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Tom Hanks. De Andy Wachowski, Lana Wachowski e Tom Tykwer

A VIAGEM Em quase 3 horas de filme, 6 histórias são contadas, em 6 épocas, desde a viagem de um negociador de escravos, no século XIX, até um futuro pós-apocalíptico, com clones e carros que voam. Elas se cruzam através dos séculos, não pergunteme como. O filme é uma parceria dos diretores de Matrix e Corra, Lola, Corra, portanto, uma viagem. E promete ser ótima. CINÉPOLIS 19:30-22:00 GNC 21:30

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Billy Crystal. Bette Midler. Marisa Tomei. Andy Fickman

AS AVENTURAS DE PI Pi continua arrecadando prêmios. A história do jovem indiano que, após o naufrágio do cargueiro onde transportava o zoológico da família rumo a uma nova vida no Canadá, passa a dividir um bote com um tigre de bengala, comemorou novamente na última semana. O longa foi indicado em 9 categorias do Bafta, o Oscar da Academia Britânica de Cinema. Pi concorre como Melhor Filme, Melhor Diretor (Ang Lee), Roteiro Adaptado, Trilha Sonora Original, Fotografia, Edição, Desenho de Produção, Som e Efeitos Visuais. Um aquecimento para o Oscar. Com Irrfan Khan. Gerard Depardieu. 4ª semana.

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DETONA RALPH Ralph é um desses vilões incompreendidos, que nem ficam bem no papel. Desprezado pelos colegas, a sina dos personagens do mal, ele parte para uma aventura por outros jogos. Quer voltar com uma medalha de herói, conquistar amigos e, quem sabe, ser convidado para festinhas atrás da tela. De Rich Moore. 3ª semana CINÉPOLIS 3D 13:30-16:00-19:00-21:30 GNC 3D 13:00-15:10-17:25-19:40 | 13:40-15:50

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UMA FAMÍLIA EM APUROS O título, o elenco, o roteiro, o cartaz. Tudo tem cara de Sessão da Tarde. E o filme chega a Caxias somente na versão dublada. Muito adequado. Um casal passa alguns dias com os 3 netos, enquanto os pais das crianças estão em uma viagem. A avó é paciente, o avô é rabugento e as crianças são infernais. Resultado: “uma turminha do barulho aprontando as maiores travessuras na casa do vovô”. CINÉPOLIS 12:00 (SÁB. e DOM.) | 14:30-17:00-19:30-22:00 L GNC 14:15-16:30-19:00-21:10 1:47

O HOBBIT: UMA JORNADA INESPERADA Sabe aquele tio velho do Frodo, o guri que carrega o Um Anel na trilogia O Senhor dos Anéis? Aquele que ganha do Gandalf uns fogos de artifício bacanas na festa de aniversário, logo no comecinho de A Sociedade do Anel? Pois finalmente você vai descobrir porque o mais bonito deles tem o formato de um dragão – o malvado Smaug. A criatura atacou e tomou a Montanha Solitário, o Reino dos Anões. Os donos do pedaço embarcarão numa jornada épica para retomar seu lar, levando Bilbo Bolseiro, o Hobbit, de gaiato. 5ª semana.

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litoral + eventos Campeonato de Bocha

SÁB. (12). 8:00. Gratuito. Sociedade Amigos de Areias Brancas. Areias Brancas

Gaúchos do litoral

Os Tiranos chegam a Areias Brancas após um período de férias no... litoral. A melodia e o som dos gaudérios é quase unânime entre os gaúchos. Em atividade desde 1990, os irmãos Ângelo e Ricardo Marques ganharam a companhia de Diego Cardoso, Leonel Almeida, Evandro Cardoso, Vitor Chiesa e Fabiano Bohner, ao longo da carreira. Um dos maiores sucessos do grupo é exatamente uma música que lembra praia: Gaúchos do Litoral. O grupo também se apresenta no 25° Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul, no dia 26 de janeiro, às 23:30.

Peça teatral Aquarela

SEX. (11). 22:00. Gratuito. Areias Brancas Fotos: Divulgação/O Caxiense

SÁB. (12). 10:00. Gratuito. Estação das Águas (próximo ao Baronda). Capão da Canoa.

Praiano de Soccer

SÁB. (12). 14:00. Gratuito. Arena Poliesportiva. Praia Grande (Torres)

Peça teatral Oigalê

SÁB. (12). 17:00. Gratuito. Estação das Águas (próximo ao Baronda). Capão da Canoa.

Calote Samba Rock

SÁB. (12). 18:00. Gratuito. Estação das Águas (próximo ao Baronda). Capão da Canoa

O chima da Chimarruts

Zueira

Desde a formação da Chimarruts, em 2000, não há um gaúcho sequer que não tenha associado o nome da banda de reggae com o chimarrão. Como o nome não é uma maravilha de ser pronunciado Brasil a fora, os fãs ainda apelidaram carinhosamente a banda de Chima. Em 2012 foi lançada, inclusive, a erva-mate Chimarruts. Após 3 shows na Argentina, no final de 2012, a banda porto-alegrense está com uma nova canção: Prece, de autoria de Gisele De Santi, a mesma compositora de Do Lado de Cá, o maior sucesso da Chima. Na praia, é liberado ir pro show tomando uma chimarrão, viu?!

Autopia

SÁB. (12). 20:00. Gratuito. Estação das Águas (próximo ao Baronda). Capão da Canoa

SÁB. (12). 19:00. Gratuito. Estação das Águas (próximo ao Baronda). Capão da Canoa.

SÁB. (12). 22:00. Gratuito. Praça da Emancipação. Arroio do Sal.

Ginástica na Praia

SEG., QUA. E SEX. 9:00. Sede TER. e QUI. 9:00. Areias Brancas

Ginástica da 3ª Idade

QUA. 15:00. Arroio Seco

Raffting no Mar

SÁB. 10:00. SESC. Areias Brancas DOM. 10:00. SESC. Areias Brancas

Charles Chaplin (filme)

TER. (15). 20:00. Gratuito. Salão Comunitário de Arroio Seco.

Estranhos no palco

Crianças, não se assustem. São apenas dois DJs gaúchos, que desde 2006, utilizam recursos (um tanto estranhos) para animar formaturas, festas de aniversário e baladas. No palco, Cabeção e Finna trabalham com os métodos pocket e versão integral. No pocket, os DJs tocam músicas bem populares, da linha dos Mamonas Assassinas aos funks mais conhecidos pelo público. Na versão integral, além da música, Cabeção e Finna fazem coreografias no palco, com o apoio de cortinas de LED e moving heads. Mas parece que os métodos estranhos de animação fazem sucesso com o público. SÁB. (12). 22:00. Gratuito. Praça da Emancipação. Arroio do Sal

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Fotos: Divulgação/O Caxiense

MUSICA + SHOWS SEXTA-FEIRA (11) Téo e Edu

23:30. R$ 20 e R$ 35. Bulls

Swing Natural

22:30. R$ 20. Portal Bowling

Los Infernales – Festa da Tequila 00:30. R$ 15 e R$ 12. Vagão

Rafa Gubert & Tita Sachet

23:00. R$ 20 e R$ 15. Mississippi

Daniel e Gaita

21:00. R$ 8 e R$ 6. Paiol

Dan Ferretti e Banda

23:30. R$ 20 e R$ 15. Boteco 13

Amigos do Samba

23:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

SÁBADO (5) H5N1

22:00. R$ 10. Bier Haus

Display + DJ Eddy

22:30. R$ 20. Portal Bowling

Hardrockers

22:30. R$ 20 e R$ 15. Mississippi

Pátria e Querência

22:00. R$ 8 e R$ 6. Paiol

O mais punk dos gaúchos

O ícone do punk rock gaúcho, Wander Wildner, está de volta a Caxias para lançar o DVD Rodando El Mundo. Trata-se de um resumo da sua última turnê, que passou por Berlim, São Paulo, Montevidéu, entre outras cidades. Wander também vai apresentar os clássicos de sua carreira solo e também dos Replicantes, banda que o consagrou nos anos 80. E o show vai além da música. Ele traz a Caxias o resultado de sua incursão no mundo das cervejas artesanais: a Coruja Labareda, resultado de sua parceria com a empresa gaúcha. Bons bebedores não podem perder. SÁB. (12). 00:30. R$ 20 e R$ 15. Vagão

Dj Guga Gazzolla

23:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

Popcorn Review (Madonna, Britney, Gaga e Rihanna) 23:30. R$ 20. Level

Tiga Fernandes

23:00. R$ 15. Upside (Andrade Neves, 461. Fone: 9192.8486)

DOMINGO (6) Pagode Junior + Mateus e Fabiano (pagode

21:00. R$ 20. Portal Bowling

TERÇA-FEIRA (15) Blues-A-Holics

22:00. R$ 18 e R$ 12. Mississippi

Pagode de fundo de quintal

O carioca Almir Serra, o Almirzinho, além de cantor e compositor, é o herdeiro direto de Almir Guineto, do clássico conjunto Fundo de Quintal. Mas cuidado para não se enganar. Se o pai é considerado um mestre do Partido Alto, a praia do filho sempre foi mesmo o pagode, gênero que ele manda muito bem. Além de Almirzinho, a festa, que comemora os 3 anos da casa, conta com o grupo Sai Dessa e o DJ residente Marcelo Heck. SÁB. (12). 23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

11.jan.2013

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Divulgação/O Caxiense

+ SHOWS QUARTA-FEIRA (9) Jhonatan e Carlos

21:00. Gratuito. Paiol

QUINTA-FEIRA (10) Grupo Macuco

22:00. R$ 5 e R$ 15. Paiol

Duda Velasquez

22:00. R$ 18 e R$12. Mississippi

3 dias para cultuar o verão

Não deu pra curtir as baladas no litoral? Não se preocupe. A segunda edição do Nox Summer Festival promete trazer o clima da festa praiana para a cidade, com muita música eletrônica e animação. Na sexta, o som fica por conta do portoalegrense Frede Beck. No sábado, é a vez do paulista Feeling (foto). No domingo, Lety Sartoretto encerra a festa. Passaporte à venda na Hering do Prataviera.

Maurício Concatto, Arquivo/O Caxiense

SEX. (11), SÁB. (12) e DOM (13). R$ 25 (passaporte), de R$ 18 a R$ 25 (individuais). Nox Versus

DJs da Saveiro

A Noite do Pancadão Automotivo promete ter tudo que um bom entusiasta do som alto e de qualidade duvidosa polêmica gosta. Paredões de alto-falantes, mulheres em trajes mínimos (o cartaz sugere) e muita cerveja. O som fica por conta do DJ William Castro, especialista em eletrofunk. SÁB. (12). 23:00. R$ 20. ConD

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Divulgação/O Caxiense

PALCO

Mulher de fases

A nova-mulher-contemporâneapós-revolução-feminista, essa entidade onipresente nas comédias autoajuda, é o tema central de Se meu ponto G falasse. Vencedor do Prêmio Açorianos de Melhor Produção, no remoto 1997, o espetáculo apresenta a psicologia feminina em 4 etapas: Cinderela, a mulher frágil que sonha com o príncipe encantado; Bruxa, a divorciada, desamparada, descuidada; Loba, a caçadora; Profissional, a bem sucedida sem perder a feminilidade que todos conhecem. As fases aparecem na vida de Bia e Ana, interpretadas por Patsy Cecato (foto) e Cíntia Ferrer – a primeira presente desde a estreia e a segunda na formação 2013. TER. (15) e QUA. (16). 21:00. R$ 40, R$ 30 (antecipado) e R$ 20 (meia-entrada). 14 Teatro Municipal 1:20

Acordes de verão

A Escola Acordes promove, de 15 a 19 de janeiro, a Oficina de Férias. Para participar, é preciso conhecer a prática dos instrumentos. O investimento para cada oficina é de R$ 50, que dá direito a assistir as demais. A segunda oficina de cada dia, a partir das 20:30, é de Prática de Grupo e Improvisação, com investimento de R$ 100 pelas 4 aulas. No dia 19, uma jam session encerra a programação. Mais informações pelo fone 3419.0601. Veja a programação.

● Contrabaixo Blues, com Marcos Petta. TER. (15). 19:30

● Prática de Canto Popular, com Mirta Gomez . QUA. (16). 19:30 ● Guitarra Jazz, com Fernando Aver. QUI. (17). 19:30

André T. Susin, Arquivo/O Caxiense

● Bateria Jazz, Blues, Funk e Rock, com Mateus Bicca. SEX. (18). 19:30

Raulino para tímidos O ator caxiense Raulino Prezzi ministra a Oficina Intensiva de Teatro, de 14 a 19 de janeiro, na Faculdade Anglo Americano. As aulas, para maiores de 14 anos, são práticas e abordam técnicas de desinibição, jogos teatrais, improvisação, projeção de voz, concentração, percepção e conhecimento corporal. O investimento é de R$ 200. Informações pelo fone 3021.1599. 11.jan.2013

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CA

ARTE

MA RIM

Marcelo Aramis

A última exposição da caxiense Marciah Casal por aqui foi em 1998. Recentemente, suas obras estiveram em coletivas em Barcelona e no Canadá. De volta para casa, a exposição mostra obras da série Entre o céu e a terra, produzidas de 1994 a 2001. “O que povoa os mundos, além do quão pouco sabemos? E, se o que está fora é igual ao que está dentro, o que é que nos povoa?”, perguntava-se Márcia, no texto da primeira mostra da série. Depois de 15 anos, ela ainda não tem respostas definitivas. E convida o público a fazer novas perguntas. Atelier Revisitado

Márcia Casal. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Coletiva. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Para dislexia digito 34753942

Coletiva. SEG.-SEX. 9:00-19-00. Ordovás

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Aprovado na Câmara de Vereadores em dezembro de 2011, o Plano Municipal de Cultura, que projeta ações para os próximos 10 anos, entra em vigor a partir deste ano, com João Tonus no comando da Secretaria de Cultura. Tonus, que substituiu Antonio Feldmann no ano passado, trabalha na definição dos 16 cargos em comissão da sua pasta, que deverão manter a maioria dos nomes nas chefias. A principal novidade é a criação de dois setores, possivelmente, mais dois cargos de chefia. O Departamento de Equipamentos coordenará a Casa da Cultura, o Ordovás, a Estação Férrea e os Pontos de Cultura. O departamento promoverá o diálogo entre os espaços, mas cada casa continuará tendo direção própria. O Departamento de Formação e Promoção Cultural coordenará as unidades de teatro, dança, música, artes visuais e cultura popular, que já existem, mas funcionam separadamente. Cada departamento também continua com o seu diretor. Para produzir mais e melhor é preciso ter mais chefes? Esperamos que a receita dê certo.

Monólogos

A arte está nas perguntas

Capelinhas: Memória e Fé

Diálogos

A Casa de Teatro inicia 2013 com a 1ª Mostra de Monólogos, que terá 4 peças e 4 oficinas. De 17 a 24 de fevereiro, o teatro de Zica Stockmans recebe os espetáculos O Fauno, com Márcio Ramos e a oficina Espaço Íntimo do Ator; A Descoberta das Américas, com Júlio Adrião e a oficina O Ator sem Representação; Amostra Grátis, com Ana Fuchs e a oficina Em Estado de Graça, e Anatomia da Boneca, com Andressa Cantergiani e a oficina Processos Híbridos de Criação, esta ministrada por João de Ricardo. Os ingressos para as peças e para as oficinas custam R$ 10 (antecipados) e R$ 20 (na hora). Informações e inscrições pelo fone 3221-3130.


A

os

Robin Ahle, Divulgação/O Caxiense

Endere

cinemas: CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer. R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) |

MÚSICA: Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 3221-6769 | cond. Angelo Muratore, 54. Dellazzer. 3229-5377 | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | NOX VERSUS. Darcy Zaparoli, 111. vilaggio Iguatemi. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PORTAL BOWLING. RS 453, KM 2, 4140. SHOPPING MARTCENTER. 3220-5758 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 TEATROS: teatro municipal. Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | CASA DE TEATRO: Rua Olavo Bilac, 300. São Pelegrino. 3221-3130

Legenda Duração

Classificação

Auto maquiagem

Maquiar-se como se tivesse acabado de sair do salão de beleza, ou simplesmente aprender a usar o – maldito – delineador: você pode, sim, começar 2013 com o rímel direito. Já estão abertas as inscrições para o curso de auto maquiagem do Senac (Avenida Júlio de Castilhos, 3638 ). As aulas iniciam no dia 14 de janeiro. A capacitação aborda técnicas de cuidados básicos com a pele feminina e makes para diversas ocasiões. Mais informações pelo 3225-166. Divulgação/O Caxiense

galerias: campus 8. Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3215-4301 | instituto bruno segalla. r. andrade neves, 603. centro. 3027-6243 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462. pio x. 3221-5233 |

Carol De Barba

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário. Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

Música Blues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

Dança Clássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

Artes Acervo. Fotografia.

Desenho. Diversas Grafite. Gravura. Instalação

Escultura. Pintura.

Outlet na praia

Bom negócio para quem gosta da marca caxiense Nina Morena e está na praia. Pela primeira vez, as peças da grife estão no Atlântida Fashion Offer, uma espécie de shopping de ofertas, em Xangri-lá (Av. Paraguassú, 5600). O balneário é concorrido no Litoral Norte, e vale não só à ida a feira como o passeio. As compras podem ficar para depois do banho de mar: funciona diariamente, das 15:00 às 22:00. 11.jan.2013

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GASTRONOMIA E COZINHA Rápidas receitas Cozinha é um lugar para inventar. Ainda mais quando o tempo é curto e a fome é gigante. Com alguns ingredientes, é possível preparar pratos saborosos e requintados. Basta arregaçar as mangas, vestir o avental e pilotar o fogão. Para ajudar quem volta das férias e encontra poucas coisas em casa, O CAXIENSE conversou com a nutricionista Francine Pezzi Malicheski, que indica as receitas abaixo. Mãos à obra!

Creme de Abacate INGREDIENTES

MODO DE PREPARO

No liquidificador, bata primeiro a linhaça. Em seguida, coloque os outros ingredientes e bata novamente. Coloque em um pote fechado e leve a geladeira até ficar consistente. Divulgação/O Caxiense

- 1 abacate pequeno - 1 iogurte natural (ou desnatado) - Suco de 1/2 limão - Açúcar mascavo a gosto - Linhaça

Comida de boteco

Torre Salgada INGREDIENTES

- 2 unidades de wrap (espécie de pão-folha) light ou integral - 2 fatias de peito de peru - 3 fatias de queijo muçarela - alface - 5 rodelas de tomate - 1 colher de sopa cheia de cream cheese (pode ser na versão light) - Azeitona, tomate picado e queijo ralado MODO DE PREPARO

Aquecer uma frigideira e dourar os wraps dos dois lados. Em um prato colocar um wrap, o peito de peru e o queijo. Aquecer no micro-ondas até o queijo derreter. Cobrir com tomate, alface, o cream cheese e o outro wrap Aquecer no micro-ondas por 40 segundos. Servir com azeitona, queijo ralado e tomate picado por cima.

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Omelete nutritivo INGREDIENTES

- 1 gema - 2 claras - Sal e orégano a gosto - 1 colher de sopa de salsinha picada - 1/3 xícara de cebola picada - 1/3 xícara de tomate picado - 1/3 xícara de cenoura ralada - 1/3 xícara de pimentão verde picado - 1/3 xícara de ervilha - 2 colheres de sopa de farinha de aveia MODO DE PREPARO

Misturar tudo e cozinhar em uma frigideira untada com óleo em fogo baixo.

Petiscos e empanados têm o seu valor. A tradicional comida de boteco é destaque em uma oficina, promovida pelo Senac, em Caxias do Sul. Ainda é possível se inscrever e fazer parte da oficina que ensinará aos alunos o preparo de receitas como pastel de carne, bolinho de bacalhau, escondidinho de carne de sol, tutu de feijão, croquete de pato, coxinha e outras especiárias. A inscrição pode ser feita diretamente no Senac, na Av. Julio de Castilhos, 3638. As aulas iniciam em 21 de janeiro, e ocorrem de segunda a quintafeira, das 19:30 às 22:00. Outras informações pelo telefone 32251666.

Agilidade

“É fácil preparar alguns alimentos. Sendo ágil, a alimentação está garantida”

a vontade de comer Ingredientes

“Se tiver em casa, ingredientes mais sofisticados enriquecem o prato” por Francine Pezzi Malicheski, nutricionista


SECOS E MOLHADOS Receitas para driblar os dias chuvosos na praia

Enroladinho de presunto e queijo MODO DE PREPARO

Dissolva o fermento no copo de leite morno. Junte os demais ingredientes até formar uma massa lisa. Abra a massa numa superfície qualquer (o importante é que você espalhe farinha sobre ela). Estire a massa com rolo e corte em tiras com espaço de 4 dedos entre elas e vá colocando por cima as fatias de presunto e muçarela com a mesma medida da massa. Após, enrole como se fosse fazer rocambole. Pegue 6 gemas de ovos, bata elas até se dissolverem e em seguida, com a ajuda de um pincel, passe sobre os enroladinhos e leve para assar em forno quente. Além do presunto e do queijo, o enroladinho poderá ser recheado com linguiça calabresa, carne moída ou catupiry.

INGREDIENTES

Fotos: Divulgação/O Caxiense

- ½ quilo de farinha de trigo - 1 xícara de leite morno - 50 gramas de fermento para pão - ½ xícara de óleo - 2 colheres de chá de açúcar - 1 colher de chá de sal - 200 gramas de presunto picado - 400 de queijo muçarela picado

Lanche rápido INGREDIENTES

- 8 fatias de pão de forma - 100 gramas de presunto fatiado - 100 gramas de queijo prato fatiado - 1 lata de creme de leite sem soro - 3 ovos - 1 tomate fatiado - Orégano - Queijo parmesão ralado para polvilhar MODO DE PREPARO

Em um recipiente retangular, coloque 4 fatias de pão de forma e sobre o pão, coloque o presunto e o queijo. Cubra com as outras 4 fatias de pão. Bata os ovos, junte o creme de leite com uma pitada de sal e despeje sobre os sanduíches. Decore com o tomate, polvilhe com o queijo, orégano e leve ao micro-ondas por 8 a 10 minutos em potência alta até o creme firmar.

Cueca virada (ou grostoli) INGREDIENTES

- 50 gramas de fermento fresco - 100 ml de leite morno - 500 gramas de farinha - 3 ovos inteiros - 100 gramas de açúcar - 50 gramas de manteiga - 1 pitada de sal MODO DE PREPARO

Dissolver 50 gramas de fermento em 100 ml de leite morno. Misture a farinha, os ovos, o açúcar, a manteiga o sal, e depois o leite e o fermento. Descanse por aproximadamente 30 minutos para crescer. Amasse e corte em retângulos e faça um corte no meio do retângulo para virar e descansar por mais 10 minutos. Frite em óleo quente. Passar no açúcar com canela.

Bolinha de Queijo INGREDIENTES

Massa: - 2 xícaras de leite - 4 colheres de sopa de maionese - 1 cubo de caldo de legumes - 2 xícaras de farinha de trigo Recheio: - 200 gramas de muçarela ou queijo prato em cubos pequenos Para empanar: Farinha de rosca e 1 ovo batido MODO DE PREPARO

Em uma panela, leve ao fogo o leite, maionese e o caldo de legumes até ferver. Desligue o fogo e em seguida, coloque toda a farinha. Misture bem os ingredientes, leve ao fogo novamente, mexendo até soltar do fundo da panela. Após esfriar, forme bolinhas recheando cada uma com um cubinho de queijo. Feche bem para evitar que estourem. Passe na farinha de rosca, no ovo batido com 2 colheres de sopa de leite e novamente na farinha de rosca. Frite em pequenas quantidades em bastante óleo quente. Após, deixe escorrer em papel absorvente.

Dica da Nona Acrescente canela em pó ao açúcar que vai dar o acabamento ao bolinho de chuva. A receita fica ainda mais gostosa e sua folga chuvosa ganha um novo sabor.

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