Edição 164

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25.JAN.2013

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Perca peso, calcule como

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O que mais custa na mochila

Cazuza Ferreira e Juá querem derrubar as fronteiras com Caxias e com os investimentos públicos

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10 Aulas no You Tube

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Muiezinhas incomodativas e público insistente

8 Agenda cultural vazia, mas não para quem quer aprender

21 A reconstituição da vida e da morte sem esclarecimentos de um jovem gaúcho na Bolívia

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CARROS E MOTOS Até março, IPI reduzido para carros novos

Fotos: 8 e 10: Paulo Pasa/O Caxiense | 6: Luciana Lain/O Caxiense | 17: Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

Ativismo virtual | Novo conteúdo investigativo | Caxias cada vez mais plural Em 16 de fevereiro, quando O CAXIENSE publicou em www.ocaxiense.com.br o link para o abaixo-assinado direcionado ao governador Tarso Genro (PT) para que cumpra a liminar do TJ que obriga a aquisição de um marca-passo diafragmático para o menino tetraplégico Jackson Bottim, de 8 anos, morador de Caxias do Sul, o protesto tinha adesão de 161 pessoas. Até a quinta-feira (24), após dezenas de compartilhamentos a partir das redes sociais da revista, esse número subiu para 2.686 assinaturas. A meta agora é atingir 5 mil adesões. O Estado deve recorrer da decisão, assim como o Município, que também é atingido pela liminar do Tribunal de Justiça. Acione o leitor de códigos QR de seu smartphone, tablet ou webcam e acesse o link direto para o abaixo-assinado virtual de iniciativa popular para ajudar o garoto Jackson:

Cassol e pode ser lida a partir da página 17. A matéria, aprofundada e repleta de fontes vivas, registros históricos e pesquisa em livros, conta a história de uma rapaz gaúcho que poderia ser igual a qualquer outro jovem que viveu no Rio Grande do Sul nos anos 60, que fervia com o clima politico da Campanha da Legalidade e, posteriormente, com a censura da ditadura. Mas Dippy, Eugênio ou simplesmente Luiz Renato Pires de Almeida decidiu que participaria de uma guerrilha na Bolívia, depois da morte de Che Guevara, e lá desapareceu. O governo de Evo Morales não abre os documentos do período que poderia ajudar a esclarecer a morte de Luiz Renato. Tudo que se sabe foi condensado nas 7 páginas de reportagem que você tem à disposição para leitura.

ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br

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Felipe Boff Paula Sperb Diretor Administrativo

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ASSINATURAS Atendimento

Nesta edição, O CAXIENSE estreia a publicação de um conteúdo especial produzido pela Agência Pública. A revista e a agência têm, em sua essência, algo em comum: jornalismo independente, sem amarras com poder público ou privado. E é por causa desta sintonia que a essência do jornalismo, que deve sempre atender o interesse comunitário, ganha força nas nossas páginas. Nos tornamos, a partir de agora, republicadores do conteúdo investigativo e, portanto, multiplicadores da mensagem. A reportagem que inaugura esta parceria foi escrita pelo jornalista e mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos Daniel

Na semana passada fiz um convite: fugir do senso comum. A reportagem de capa, que fala sobre a anexação de Cazuza Ferreira e Juá a Caxias do Sul reforça o convite. Que tal não repetir o senso comum sobre o tema “mais gente para usar nosso serviço de saúde, mais gente para ocupar vaga nas nossas escolas, mais carros para piorar nosso trânsito”? Que tal olhar para o outro lado? Vamos pensar diferente, vamos pensar com pluralidade.

Eloisa Hoffmann Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120

foto de capa Paulo Pasa/O Caxiense

TIRAGEM 5.000 exemplares

Boa leitura! Paula Sperb, diretora de Redação Erramos: Diferente do publicado na edição 163, o partido do prefeito Alceu Barbosa Velho é PDT, não PMDB. 25.JAN.2013

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BASTIDORES

Antes de qualquer material escolar, compre uma calculadora | Aulas gratuitas na internet | O carisma do bagual

A matemática de perder peso

Informativos, cardápios, guia de pontos, jornal pessoal e calculadora de produtos industrializados distribuídos aos iniciantes | Divulgação/O Caxiense

por Leonardo Portella No café da manhã, uma fatia de pão e uma xícara de café com leite desnatado consomem 6 pontos. O lanche da manhã não pontua, porque é composto por uma fruta, que vale 0. Na hora do almoço, o prato de feijão, arroz, carne (de preferência, grelhada e que deve ser do tamanho da palma da mão), e a rica variedade de saladas (com o minímo possível de sal, azeite e vinagre) somam mais 10 pontos. Uma leve sobremesa no lanche da tarde equivale a mais dois pontos. Na janta, uma alimentação leve e sem exageros na gordura, 6 pontos. É assim, seguindo um cardápio detalhado e concentrados nas pontuações de cada alimento, que cerca de 35 caxienses emagreceram em 2012 o equivalente a 600 quilos com o programa Vigilantes do Peso. O número poderia ser maior, segundo a orientadora do programa, Sandra Brochado, de 49 anos. “Em Pelotas,

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durante 7 meses, eles ultrapassaram os 600 quilos. Em Caxias, não se tem nada para fazer e aí as pessoas resolvem sair para comer”, diz Sandra, que se refere ao restaurante como o lazer mais comum na cidade. Natural de Porto Alegre, a orientadora percorre outras 5 cidades gaúchas para auxiliar homens e mulheres a chegarem no peso ideal. “Em todas as cidades, as pessoas chegam até mim achando que eu tenho a varinha de condão do emagrecimento e do corpo bonito. O que eu tenho é o estimulo que vai fazer com que a tua força de vontade provoque mudanças nos teus hábitos alimentares”, conta. A dieta dos pontos é simples e varia conforme o peso a altura de cada pessoa. Para todas, o mínimo é de 24 pontos diários. O máximo varia de acordo com a idade, sexo e a altura. Além disso, elas recebem 49 pontos semanais extras, para doces e outras extravagâncias. Mas 49 pontos não é algo que permita grandes comilanças. Uma fatia pequena de

torta, por exemplo, consome 12 pontos. O churrasco ultrapassa os 20 pontos. “Tu estás tomando café e sabendo quantos pontos da tua cota está sendo consumida. Com o tempo, tu memoriza fácil os pontos”, explica Sandra, que distribui, no primeiro encontro, um guia de bolso com todos os alimentos detalhados e suas pontuações. O Vigilantes do Peso distribui também uma calculadora de papel que faz a contagem dos pontos de alimentos industrializados, que não estão no guia. A calculadora define a pontuação conforme os carboidratos, proteínas e fibras do alimento, impressos no rótulo do produto, na chamada Informação Nutricional (que quase ninguém lê). Todas as quintas, em dois horários – às 16:30 e às 18:30 – em uma sala alugada em um hotel no bairro São Pelegrino, Sandra recebe de forma descontraída e bem humorada – que descarta qualquer possibilidade de ser comparado com reuniões equivalentes em outros grupos


Acervo Pessoal de Leila Pessôa Hoffmann, Divulgação/O Caxiense

te regional do Vigilantes do Peso a chamou para expandir o trabalho no Interior do Estado. “Só quem é obeso sabe como é angustiante, como se sofre preconceito por ser fora de forma. As mulheres que vêm até aqui não querem ficar com o corpo sarado para mostrar nas ruas. Elas querem se sentir bem, ter mais qualidade de vida”, conta. Há dois anos, Leila Pessôa Hoffmann, de 53 anos, estava desesperada para emagrecer. “Eu só tinha vontade de dormir”, diz. Nas dietas de revistas femininas a remédios para reter a vontade de comer, Leila não obteve sucesso. Conheceu o Vigilantes do Peso por meio de uma amiga e, a partir de então, o sucesso com a balança foi se tornando frequente, passando dos 81 kg para os 67 kg atuais. “O mais difícil não é emagrecer e sim manter-se no peso ideal. É por isso que é importante frequentar o grupo. Tu segues a dieta do programa e encontra pessoas com os mesmos problemas que o teu, com as mesmas preocupações e acaba te ajudando a melhorar de vida”, conta ela. Além de eliminar a gordura, Leila conta outros benefícios. “O cabelo fica mais bonito, a pele fica menos ressecada. São problemas que eu não tenho mais”, afirma. Uma das mais mulheres mais jovens do Vigilantes do Peso comemorava a perda de 1 kg. Natalia Biazus, de 24 anos, conseguiu emagrecer 17 kg em apenas um ano. Com o peso ideal, resolveu deixar o grupo e seguir fazendo a dieta. “Deixei o grupo, mas engordei demais e retornei ao Vigilantes para voltar ao peso ideal”, conta ela. A vantagem de fazer parte do grupo, segundo ela, é que não há restrições na alimentação. “Emagreci comendo chocolate todos os dias”, afirma. Em vista do preço dos alimentos, o investimento não é tão alto. Na primeira semana, a adesão e mais 4 semanas, custam R$ 118 (pela internet, o valor pode ser parcelado em duas vezes). Após, o preço cai para R$ 97 mensais. “A vantagem é que quando tu chegares ao teu peso ideal, tu não pagas mais e frequenta o grupo todas as semanas. É o estímulo para aquelas que chegam”, conta Sandra.

Paulo Pasa/O Caxiense

de ajuda mútua – aqueles que estão em busca do peso ideal. Os cadastrados no programa iam até um canto da sala e pesavam-se em uma balança tradicional, sob a atenção de Sandra. “As balanças eletrônicas são todas com placas e aí nem sempre são confiáveis. Em todos os lugares, eu uso sempre uma dessas grandes”, afirma Sandra. Em meio a férias e datas que se come além do normal, poucos apresentaram perda de peso. Entre festejos e tristezas – emagrecer apenas 300 gramas em uma semana pode aborrecer muitas mulheres -, Sandra marcava em uma ficha a evolução de cada uma. Antes de subir na balança, vale até mesmo retirar os brincos e os acessórios, em busca de alguns gramas a menos no peso. Após a pesagem, Sandra ministra uma rápida palestra com algum assunto que certamente provoca discussão. Na quinta (17), a orientadora ensinava a programar a alimentação. “Imaginem-se voltando da praia, cansadas, com fome e nada na geladeira e nem na dispensa. O que vocês fariam?”, perguntava Sandra, para cada uma delas. As respostas, sinceras, demonstravam a importância do assunto do dia. “Eu iria num restaurante comprar uma marmita”, disse uma delas. “Comeria a primeira coisa eu visse pela frente”, disse outra. Como organização é o princípio básico para perder peso, a ordem era destinar alguns minutos para condicionar alimentos na geladeira, cortar as frutas em pequenos pedaços e armazená-las. “Vocês são mulheres e são vocês que mandam na comida. Não adianta dizer que cozinham para os filhos e os maridos. Se eles não gostarem da comida saudável que vocês prepararam, existe um monte de boteco na esquina que faz comida gordurosa pra eles”, ensinava Sandra. Sandra é um exemplo a ser seguido – princípio básico para ser orientadora do Vigilantes do Peso. “Eu era fora de forma e meu marido era obeso mórbido. Frequentávamos juntos o grupo, em Porto Alegre, e ele não deu a miníma para a dieta”, conta. Em 7 anos, Sandra emagreceu 37 kg com a dieta dos pontos. Tamanho foi o sucesso com o programa que a geren-

Leila Pessôa Hoffmann, antes e depois | 25.JAN.2013

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Paulo PAsa/O Caxiense

Uma atriz inspiradora Quando Stefanie Linz Polidoro tinha cerca de 2 anos, sua mãe ouviu de algum parente: “Tem que colocar esta menina em uma aula de dança”. A pequena Tefa – como seria reconhecida profissionalmente anos mais tarde – demonstrava desenvoltura com ritmos, mas também já se expressava com pequenas atuações. “Em casa, sempre tive estímulo em relação a qualquer arte. Todo mundo via que eu gostava de cantar, atuar, dançar”, lembra a atriz e professora de teatro. Dos 2 aos 16 anos, ela se dedicou à música, com aulas de piano, dança e violão. Quando o diretor Raulino Prezzi a convidou para participar da peça Dona Otília Lamenta Muito, Tefa se descobriu atriz. “Hoje, não conseguiria escolher entre só dar aula ou só atuar. Em alguns momentos, a gente fica se

perguntando sobre a importância do nosso trabalho, se não é fútil, egocêntrico... Nessas crises, é nas aulas que vejo a importância do trabalho. Já no palco, eu me sinto plena, é uma catarse”, define, apaixonada, a atriz formada em Teatro pela UFRGS e professora de teatro da escola Madre Imilda e do Teatro do Encontro, reconhecida por trabalhos como (E) Terno, inspirado na história de sua família. “Foi o mais desafiador para mim, por tudo que ele representa, por ser um momento marcante das nossas vidas, e foi concebido com muito cuidado.” (E)Terno não está em cartaz em Caxias, mas você pode assistir uma grande atriz caxiense em a premiada A Serpentina ou Meu Amigo Nelson (veja na página 27). Tefa e sua apaixonada catarse são destaques no elenco.

TOP5

Materiais mais caros Para ajudar os pais a decidirem se levar os filhos às compras do material escolar é um bom negócio, O CAXIENSE percorreu 3 das principais livrarias da cidade em busca dos valores dos itens essenciais da lista. Veja a seguir, a faixa de valores dos produtos mais caros solicitados pelas escolas: Dicionário da Língua Portuguesa Mesmo com a prorrogação da validade do atual acordo ortográfico até 2016, é sempre bom ter um dicionário atualizado em mãos. O menor preço para o produto foi de R$ 23,90 e o maior de R$ 36,90.

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Lápis de cor (24 cores) É um item que compõe a vaidade, sobretudo, dos alunos das séries iniciais. Não ter perdido nenhum lápis até a metade do ano é uma conquista e empréstimos são concedidos apenas a best friends. Cores fluorescentes, então, é o auge do status estudantil. O item varia de R$ 8,95 a R$ 29,90. Caderno (capa dura, 96 folhas) A regra é clara: a beleza das capas é proporcional ao gosto pela matéria. Para os pequenos, os adesivos são objetos de escambo e podem valer outro adesivo mais bonito ou doces comprados no recreio. Já para aqueles que estão mais próximos da faculdade, principalmente para os garotos, o item pode ser mais básico, desde que permita organização das matérias, o que representa menos peso na mochila. Preços variam entre R$ 3 e R$ 18.

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Br

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Tabela periódica Sim, a internet oferece várias versões mais 56 divertidas do que as tradicionais 58 90 vendidas em livrarias, mas ainda sim, a versão à venda é bem mais resistente. Quem optar por comprar poderá pagar de R$ 4,90 a R$ 7,80.

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Tesoura É parceira dos lápis de cor em trabalhos de Artes e ferramenta na elaboração de cartazes que são produzidos, em uma série ou outra, em alguma das disciplinas. O produto custa de R$ 1,70 a R$ 5,80.


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O método Khan no Brasil

Chamado de “o melhor professor do mundo” por diversas publicações internacionais, o engenheiro e matemático Salman Khan é a inspiração do Ministério da Educação (MEC) para levar aulas oferecidas nas universidades brasileiras à internet. Khan é o criador da Khan Academy, instituição que publica vídeos de aulas no YouTube e permite que qualquer acesse. Ele, que já ministrou mais de 2.700 aulas e tem mais de 115 milhões de visualizações na rede, consegue promover o conteúdo em vídeos rápidos, de no máximo 15 minutos. Utilizando o método de Khan, o MEC promete colocar em prática ainda neste ano a implantação de um plano nacional que irá publicar as aulas oferecidas nas instituições brasileiras pela internet. O MEC vai consultar as instituições a partir de março. A adesão será voluntária.

Multimídia

Esta não é a primeira iniciativa nacional de aulas em vídeos publicados na internet. No ano passado, a Faculdade Getúlio Vargas (FGV) lançou o projeto Ensino Médio Digital, um site com exercícios e vídeos animados com conteúdos focados no ensino médio. Em cada disciplina, um personagem interagia com o estudante, como Machado de Assis (Português e Literatura), Einstein (Física) e Pitágoras (Matemática). Veja mais em: ensinomediodigital. fgv.br

Negócios

Destinado a profissionais que buscam ampliar o conhecimento na área de negócios e estratégia, o Centro de Ensino Empresarial (CEEM) está com inscrições abertas para 27 cursos, entre gestão financeira, tributos, gestão de pessoas e marketing. São cursos de curta duração e podem ser consultados pelo site da instituição. Informações de datas e valores podem ser obtidas pelo telefone 3225-6644.

Opções de cursos

A Faculdade Anhanguera está com inscrições abertas para 16 cursos de pós-graduação, como Enfermagem do Trabalho, Gestão Ambiental e Marketing e Vendas. A seleção para ingresso nos cursos consiste na análise do currículo e entrevista com o coordenador do programa, que será agendada mediante a inscrição. Interessados podem se inscrever pelo site ou diretamente na unidade. O investimento mensal é a partir de R$ 249,99 e as aulas começam no dia 4 de março. Divulgação/O Caxiense

CAM

Mestrados na UCS

Sob a coordenação do professor Aldo José Pinheiro Dillon, os graduados e pós-graduados em qualquer área relacionada à Biotecnologia já podem se inscrever no Mestrado em Biotecnologia, na Universidade de Caxias do Sul (UCS). O mestrado foi implantado em 1993 em Caxias e já titulou 125 profissionais. O curso tem duração de dois anos, compreendendo 24 créditos mínimos em disciplinas e 10 créditos em dissertação. As inscrições ocorrem até 1° de fevereiro e custam R$ 106. Além da Biotecnologia, a UCS abre inscrições para o Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática. A linha de pesquisa do curso abrange os fundamentos e estratégias educacionais no ensino de Ciências e Matemática e tecnologias, recursos e materiais didáticos. O curso tem a coordenação do professor Francisco Catelli. As inscrições ocorrem até 8 de março, no valor de R$ 70. Outras informações pelo telefone 3218-2100.

Faculdade da Serra Gaúcha

Calculadora HP com Aplicações em Matemática Financeira. Inscrições até 22 de fevereiro. Início em 23 de fevereiro. Estratégia de Vendas e Negociação. Inscrições até 1° de fevereiro. Início em 4 de fevereiro. Matemática Básica. Inscrições até 1° de março. Início em 2 de março.

+ VESTIBULAR

Anglo-Americano/IDEAU

Vestibular agendado. Provas em 1º, 15 e 22 de fevereiro, sempre às 19:00. As matrículas iniciam toda segunda-feira posterior à realização da prova. R$ 30 WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.EUSOUMAISANGLO.COM. BR. 3536-4404 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.CEEM.COM. BR. 3225-6644 | WWW.PORTALPOS.COM.BR. 3223-3910 |

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Fidelidade gaudéria Paulo Pasa/O Caxiense

por Daniela Bittencourt Estrela da segunda noite do 25º Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul, com show marcado para as 20:00 de domingo (20), no Pavilhão 2 do Parque de Eventos Festa da Uva, Mano Lima estava 30 minutos antes no local. Sozinho, esperava sentado em uma cadeira vermelha de plástico, impecavelmente pilchado em sua bombacha e camisa brancas, botas caramelo, lenço vermelho e chapéu. Do camarim improvisado atrás do palco, quis desligar o ar-condicionado. “É por causa da garganta”, explicou. Mesmo a experiência dos mais de 20 anos de carreira não permite que o músico relaxe antes de uma apresentação. Concentrado, Mano Lima exibia um certo cansaço – vinha de uma sequência de dois shows, no Paraná e em Santa Catarina, e 4 dias longe de casa, em São Borja –, mas o semblante sério se dava muito mais pela concentração do que ao esgotamento físico. “Mesmo depois deste tempo todo, não tem como não sentir a tensão. Não é um frio na barriga, mas é um senso de responsabilidade. E a responsabilidade deixa a gente tenso”, explicou. Antes de ir para o camarim, Mano Lima havia sido interceptado por um grupo de fãs. Começou com um homem, com cerca de 30 anos, que pediu para tirar uma fotografia com o cantor e acordeonista. Depois, vieram duas jovens, um pai com o filho pequeno e, em menos de 5 minutos, um grupo de quase 30 pessoas rodeava o tradicionalista, pedindo por fotografias e autógrafos. Mano Lima atendeu a todos. Ninguém impedia o acesso ao músico. “O povo de Caxias é insistente”, brincou, para depois assumir

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um tom de agradecimento. “Já vim tantas vezes pra cá e eles insistem em me assistir. Vê a turma de jovens que me abordou antes, são sempre muito carinhosos.” Enquanto o cantor aguardava que o show começasse, o número de cadeiras rente à grade que separa o público do palco, ia aumentando. Era o jeito de esperar pelo espetáculo sem se cansar. Havia aqueles que estavam lá há mais de duas horas: com suas cuias em mãos, as garrafas térmicas à frente, montaram uma espécie de camarote vip. O metalúrgico Nelson Teixeira, de 42 anos, não partilhava do melhor espaço, mas não podia se queixar. Na segunda fileira da plateia, ele até conseguia enxergar bem o microfone frente ao qual o músico se posicionaria. E mesmo que não conseguisse, a melhor visão da noite ele tivera 10 minutos antes: acompanhado da esposa, Renata, e dos filhos Gustavo, de 10 anos e Gabriele, de 6, havia sido recebido por Mano Lima em seu camarim. O músico autografou seu mais recente CD adquirido por Nelson, que tem os 13 discos de Mano Lima. Natural de Lavras do Sul, Nelson acompanha o trabalho de Mano Lima desde 1990, 5 anos depois de vir para Caxias. Garante que as músicas ajudam a matar a saudade do campo. “Ele fala muito do campo, e a gente, que conhece, sabe que as histórias que ele conta não são mentira. É assim mesmo que acontece”, defendeu Nelson, lembrando da letra da música Estouro de Tropa, sobre uma boiada que foge ao controle do tropeiro. “Só quem viveu um estouro de boiada sabe como é”. A paixão do pai passou para o filho: Gustavo já aprendeu a tocar gaita e chegou até a ser convidado por Mano Lima para subir ao palco em um outro show em Ca-

xias. “Estamos sempre acompanhando os shows dele aqui na Serra”, contou o pai, minutos antes do show começar. Quando o tradicionalista tomou seu lugar no palco, sob os acordes da banda que lhe acompanha, a plateia, que lotava o pavilhão aplaudiu, delirante. “Putututututu, temo domando/ Temo aprendendo, temo ensinando/ O homem é igual ao cavalo quando é bom já nasce pronto”, cantava Mano Lima. Embora, no camarote vip improvisado, o público permanecesse sentado – as mulheres cantavam, os gaudérios assistiam de braços cruzados –, da metade para trás a plateia se mostrava mais ousada. Muitos casais arriscavam passos de dança, e as cuias de chimarrão eram substituídas por copos de cerveja. Aplaudido efusivamente, Mano Lima estava à vontade. Fazia rimas, contava causos e até fez um charme: “Eu agradeço o carinho de vocês e, se um dia eu vier a Caxias e não tiver ninguém no meu show, eu entendo: é que eu venho muito aqui. Mas meu público não foge à luta”. Quando começou Muiézinha Incomodativa, recebeu como resposta gritos e braços para cima. As mulheres – desde senhoras acompanhadas de seus maridos até grupos de moças – cantavam a letra como se fosse escrita para elas. Os homens, pareciam se sentir confortados por uma letra que traduz as agruras do gênero: “Muiézinha incomodativa igual a minha ninguém tem/ Não se dá com mais ninguém/ Já brigou com a vizinhança”. Após uma hora de show, um ou outro vivente havia ido embora, mas, em geral, o público ainda se mantinha fiel ao tradicionalista mais gaudério do Rio Grande do Sul. Pelo jeito, em Caxias Mano Lima não corre risco de ficar sem plateia.


Paulo Pasa/O Caxiense

Otimismo na Assembleia

“Sensibilizar que Caxias precisa de um olhar diferente”, assim define o deputado estadual Vinicius Ribeiro (PDT) sobre os seus primeiros dias na Assembleia Legislativa. Vinicius esteve na redação da revista O CAXIENSE na quinta-feira (17), quando dedicou o dia para visitas a veículos de comunicação da cidade. O deputado está otimista e tem levado a mensagem de que suas principais bandeiras são as bandeiras de Caxias do Sul, que tem ficado desatendida pelo governo do Estado. O município só tem a ganhar com a dedicação do novo deputado.

Discurso na prática

Caxias do Sul está representada no Conselhão de Tarso, anunciado na terça-feira (22). José Antônio Fernandes Martins, da Marcopolo, Osvaldo Voges, presidente da Voges, e Guiomar Vidor, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil/ RS, seguem no Conselho. Todos estavam na composição anterior do grupo que auxilia o governador. As empresas Voges e Marcopolo apoiaram a campanha eleitoral de Tarso Genro (PT) ao governo em 2010. A Marcopolo fez uma doação de R$ 100 mil e a Voges doou R$ 25 mil, conforme a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral.

Maurício Concatto, Arquivo/O Caxiense

Vinicius Ribeiro (PDT) tem repetido que seu foco é Caxias do Sul, mas não é mero discurso. Nesta semana, visitou o secretário da Saúde Ciro Simoni e, além de se colocar à disposição para as demandas da Serra, pediu atenção especial ao Hospital Geral. O deputado pediu empenho para que se cumpra o cronograma das obras da ala de radioterapia, com conclusão prevista para 2014.

Caxias no Conselhão de Tarso

Homens na Cozinha

O evento beneficente que faz homens trocarem ternos e gravatas por avental e panelas já tem data marcada. O Homens na Cozinha 2013 será em 6 de abril, um sábado, nos Pavilhões da Festa da Uva. O ingresso individual custará R$ 150 e pode ser adquirido com as entidades que colaboram com as cozinhas. O ingresso dá direito a degustar todos cardápios, vinho e espumante. Toda a renda é revertida para entidades sociais.

Franquia infantil A Lecontando Escolas Infantis, que tem 3 unidades em Caxias do Sul nos bairros Centro, San Vitto e Sagrada Família, está entrando no negócio de franquias. A escola também está com matrículas abertas para as turmas de Berçário, Maternal, Jardim e Pré.

R$ 570, 35 é o valor da cesta básica caxiense. O leve aumento foi impulsionado pela coxa de frango, que subiu 10,39%. Use o leitor de códigos QR de seu smartphone para decodificar a imagem e veja um infográfico com o valor da cesta básica em Caxias do Sul mês a mês durante 2012. 25.JAN.2013

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Paulo Pasa/O Caxiense

POR QUE ELES QUEREM SER CAXIENSES Quem anda pelas ruas do Juá e Cazuza Ferreira, acha que o movimento pela anexação a Caxias tem apoio da unanimidade. Mas há quem diga o contrário: a verdadeira maioria está calada, por enquanto. Dos dois lados, reclama-se da precariedade dos distritos de São Francisco de Paula. Quando um plebiscito encerrar o debate, possivelmente Caxias também irá votar por Andrei Andrade 10


Estradas asfaltadas, alternativas de transporte público, maior segurança, médicos no posto de saúde, um posto de saúde. Os moradores das localidades de Cazuza Ferreira e Juá, distritos de São Francisco de Paula, favoráveis à anexação a Caxias do Sul, repetem esses argumentos quase como um mantra. A crença de que todos esses problemas serão resolvidos tem atraído grande parte dos mais de 2 mil habitantes dos dois distritos a se envolver no debate que já é antigo, vem desde os anos 70, mas que, por mobilização política e popular, ganhou força nas últimas semanas. Na ruas do Juá, comunidade localizada a 40 quilômetros do Centro de Caxias e a 80 quilômetros de São Francisco de Paula, os mais de 800 moradores (segundo dados do IBGE) parecem concordar que a anexação já deveria ter ocorrido há muito tempo. “Aqui estamos isolados, sem assistência nenhuma”, desabafa o aposentado Enedir Pedroso, de 72 anos. Ao contrário do coro por um posto de saúde na comunidade que hoje não conta com nenhum, Enedir diz que qualquer transporte regular para atendimento em São Francisco ou Caxias do Sul já resolveria o seu problema. Isso porque, sempre que precisa fazer uma consulta – com alguma frequência visita o cardiologista – precisa pagar para algum vizinho leválo. O preço é salgado: R$ 150 (mais ou

menos o preço de um tanque cheio de gasolina). Outra alternativa é pegar uma carona até o Apanhador (por uns R$ 40) e depois um ônibus até Caxias, mas se o horário favorecer. “Uma vez tinha um senhor que nos levava de Kombi e cobrava barato, mas ele já faleceu. Desde então é só carona mesmo”, reclama Enedir, que vive a vida simples que o salário mínimo da aposentadoria lhe permite. Outra razão para que os moradores defendam a anexação é a distância afetiva em relação a São Francisco de Paula, que alguns, principalmente os mais jovens, sequer conhecem o centro. A dona de casa Maria de Oliveira, por exemplo, assim como os filhos Matheus, Jéssica, Vinícius, Fabiele e Luis, considera que “Juá só é distrito de São Chico porque está no mapa. Porque nem ônibus para ir pra lá tem”. Maria e os filhos chegaram a morar por 4 anos em Caxias, mas nenhum aprovou a experiência na cidade grande. “As crianças se deseducaram lá, porque na cidade não se ensina o respeito com os outros”, reclama Maria. Para a dona de casa, o que mais faz falta é uma escola de ensino médio. Na escola do Juá, o ensino

é só até a 5ª série. A partir da 6ª série, a maioria dos alunos vai estudar em Lajeado Grande, comunidade distante cerca de 30 quilômetros. Um dos principais entusiastas da ideia de tornar Juá um distrito de Caxias do Sul é o comerciante Orides dos Reis, de 68 anos, integrante da Comissão Pró-Anexação, que no último domingo reuniu cerca de 500 pessoas em um encontro que teve participação do viceprefeito de Caxias do Sul, Antonio Feldmann (PMDB), e de deputados estaduais favoráveis à causa, como Marcos Daneluz (PT) e Vinícius Ribeiro (PDT). Orides, que mora nos fundos do seu armazém com a esposa, Leda Maria de Oliveira, e o sogro, Francisco de Oliveira, se mostra entusiasmado com o grupo. “Normalmente a gente vê entidades do Interior nascerem com muita gente participando, mas depois vão diminuindo. A nossa só tem aumentado”, vibra. Há uma semana, seu armazém foi assaltado. A família estava tomando café da manhã na cozinha, quando homens amordaçaram e amarraram a esposa e o sogro de Orides. Os ladrões levaram 600 maços de cigarro e

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Maria de Oliveira e seus filhos |

outros produtos do armazém, que deram um prejuízo de quase R$ 3 mil. Como os bandidos fugiram e a unidade de polícia mais próxima fica em Lajeado Grande, o comerciante preferiu nem chamar os policiais, que iriam demorar muito, para tentar perseguir os ladrões. “Se tivesse um posto policial por aqui, certamente estaríamos mais seguros”, afirma. No distrito de Cazuza Ferreira, onde vivem mais mais de 1,2 mil pessoas, e que assim como o Juá, está mais próximo de Caxias do Sul (75 quilômetros) do que de São Francisco de Paula (103 quilômetros), as opiniões populares quase não diferem da dos moradores de Juá. Para eles, as estradas precárias, sem asfaltamento e muito esburacadas, são o principal problema. O aposentado Paulo Roberto D’Agostini, de 55 anos, ex-funcionário da metalúrgica Fras-Le, possui há 3 anos uma propriedade em Cazuza Ferreira. Segundo ele, “já demorou” para Cazuza virar parte de Caxias. “Meu sonho é poder investir nessa propriedade, transformar em um hotel fazenda. Mas não tem como fazer isso com a estrada do jeito que ela está hoje. Se vier alguém visitar não só não vai querer voltar como também não vai recomendar pra ninguém”, reclama. Ele deposita na anexação as esperanças de ver os acessos ao distrito tão bons quanto os das comunidades no Interior caxiense. “Se tu vai a Caxias, vê que tudo é asfaltado, é uma beleza. Não falo só por mim, mas também quem planta e

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precisa levar sua produção para a cidade de caminhão sofre com isso.” Paulo mora a poucos quilômetros do pórtico que dá boas-vindas aos visitantes de Cazuza Ferreira. Passando pelo pórtico, descobre-se uma vila de poucas ruas, porém bem cuidadas, de jovens jogando futebol na praça, vizinhas conversando e transeuntes que olham com curiosidade para os visitantes. É uma localidade mais urbana e também mais populosa – 1,2 mil habitantes – do que Juá. Para quem mora em Cazuza, o transporte para Caxias não é tão difícil. Ônibus diários saem às 7:00 e às 17:00, enquanto que do Juá para Caxias o transporte é apenas 4 dias por mês, na primeira e na última semana. Se os moradores daquele distrito aguardam por um posto de saúde, em Cazuza Ferreira os habitantes defendem que haja um médico que atenda diariamente no posto da comunidade. Atualmente, apenas uma enfermeira trabalha de segunda a sexta, enquanto que um médico atende duas tardes e uma manhã. Paulo D’Agostini comenta que, até pouco tempo atrás, o médico aparecia apenas uma tarde por semana. Além de citar as melhorias nas estradas e na saúde entre suas reivindicações, Maria Regina Traslatti, de 57 anos, destaca as constantes faltas de energia elétrica como um dos problemas que precisa de solução urgente em Cazuza Ferreira. Ela se mudou em 2012 para curtir a aposentadoria depois de ter passado boa parte da vida entre São Francisco e Caxias, trabalhan-

Enedir Pedroso |

Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

do. Considera o distrito um paraíso, apesar dos problemas estruturais. Segundo ela, mais grave do que a frequência com que cai a energia é a demora no conserto que, segundo ela, costuma levar de dois a 3 dias. Se já houvesse ocorrido a anexação, não haveria o “empurra-empurra” entre as companhias que fornecem energia na hora de fazer voltar a luz. Quando se questiona aos moradores de Cazuza se há alguém contrário à anexação, a resposta é uma só: “sim, o seu Nauro Bosse”. E como a comunidade é pequena, todos sabem indicar onde ele mora. Mas o aposentado de 73 anos e sua esposa, Gilsene, de 63, e a filha, Márcia, de 37, acreditam que não sejam eles os únicos que prefiram manter o distrito pertencente a São Francisco de Paula. “Hoje os que querem anexar são os que mais se manifestam, quem é contra fica quieto. Mas acredito que se houver um plebiscito para saber a opinião do povo, ganham os contrários”, destaca Nauro. O funcionário público aposentado diz que nem sempre a situação geral foi de precariedade nas condições oferecidas pelo poder público à população. Nauro põe a culpa pelas condição das estradas nos 8 anos de má administração de Décio Antônio Colla (PT) em São Francisco de Paula. Tem fé que o novo prefeito, Juarez Hampel (PTB), irá fazer mais pelos moradores, e que anexar seria um erro, por entregar a Caxias do Sul o potencial econômico do distrito. “O que um distrito


que tem tantos recursos energéticos e de hortifrutigranjeiros quanto o nosso pode ganhar se anexando a Caxias? Nada”, avalia. A esposa de Nauro, Gilsene, defende que as esperanças contidas em uma possível anexação não passam de ilusão. “Não é passando para Caxias que tudo vai se resolver. Olha quantos problemas eles têm e não dão conta de resolver? É que a cidade não é só o centro, que muita gente conhece e acha uma maravilha”, comenta. Para a filha do casal, Maria, os moradores deveriam se unir para reivindicar à prefeitura de São Francisco as melhorias que querem para o distrito. “Quer saúde? Quer estradas melhores? Leve o problema para o prefeito. Claro que não está bom do jeito que está, mas falta a comunidade fazer a sua parte antes de querer se anexar a Caxias.” Citado por Nauro como alguém que não fez quase nada pelo distrito, o ex-prefeito de São Francisco de Paula, Décio Antônio Colla, que recentemente obteve destaque na mídia por acreditar que o município escaparia do fim do mundo previsto para o dia 21 de dezembro, mostrou-se radicalmente contra a anexação durante sua gestão. Atualmente exercendo a profissão de médico em seu consultório e no hospital da cidade que governou, Cola mantém sua posição. “Por que Caxias precisa de mais terras? O que São Chico, um município cuja sobrevivência é baseada na sua extensão territorial, ganharia com isso? Trata-se de uma ação imperialista, movida por interesses econômicos. São os mesmos motivos tiranos que fazem os Estados Unidos invadirem o Iraque e o Afeganistão”, compara. Segundo Colla, é um erro

achar que o povo ganharia em qualidade de vida com suas casas passando a fazer parte de Caxias do Sul. “Quem mora no Interior é simples, mas é rei. São pessoas importantes para seus vizinhos e felizes dentro de suas comunidades. Quando passam a fazer parte da cidade, continuam sem dinheiro, mas passam a ser ‘zéninguém’. Todo mundo sabe que Caxias não é cidade para pobre. Só vive bem lá quem tem dinheiro”, declara. E que interesse Caxias teria em anexar um pedaço de São Francisco? Colla, que já sugeriu que a cidade grande depositaria seu lixo e seus presos na área anexada, teria uma carta na manga quando os vizinhos precisassem daquela terra verde. “Mais cedo ou mais tarde, Caxias ia ter que comprar a nossa água.” Enquanto os muitos moradores favoráveis e os poucos contrários (pelo menos de acordo com as manifestações nas ruas) aguardam pela anexação ou não dos distritos, os agentes interessados trabalham para que a questão possa se resolver até o fim desse ano. Depende do ritmo com que a Assembleia Legislativa conduzir o caso. Não haverá mudança sem antes se realizar um plebiscito que, de acordo com a legislação federal, envolva todos os interessados no tema – o que inclui, toda a população de Caxias do Sul e São Francisco de Paula. Se a questão for votada de acordo com uma lei estadual de 2010, votariam em plebiscito apenas os moradores dos distritos. Mas a tendência é que se aplique a lei federal. Se a anexação se confirmar, Caxias, que tem 1643 Km², ganha uma área equivalente a mais do que a metade

Leda Maria de Oliveira |

do seu atual território: 1.014 km². E um acréscimo bem menor de população: 1,3 mil pessoas se juntariam às nossas 435 mil. “Acho que é um jogo em que todos ganham, a começar pela população, que não pode ficar abandonada, sem estrada, sem ônibus, sem saúde. Para São Francisco também seria positivo, pois desoneraria o município de atender comunidades muito afastadas e que precisam de investimentos que o município não tem condições de fazer. Por último, Caxias também ganharia com o que esses distritos têm a oferecer. Mas penso que as cidades não são são centrais nesse caso. O que importa é que as populações de Cazuza e Juá ganhem com isso”, afirma o ex-vereador de Caxias do Sul Vitor Hugo Gomes (PT), presidente do Conselho Deliberativo da Comissão Pró-Anexação. Em entrevista a O CAXIENSE nesta semana, o atual prefeito de São Francisco, Juarez Juarez Hampel (PTB), declarou que irá respeitar o que for interesse da maioria. Disse ainda não ter em mãos estudos que apontem qual o impacto da perda dos distritos sobre a economia do município. “A população tomará sua decisão com base no atendimento que prestarmos a eles. Independentemente da conclusão do processo, respeitamos o que for decidido pelos moradores e pretendemos prestar o melhor serviço possível a eles”, comentou Hampel. Independentemente de quem irá obter a guarda ao final, o certo é que os moradores querem soluções rápidas para os problemas que afligem as comunidades, hoje bastante isoladas tanto de Caxias quanto de São Francisco de Paula.

Nauro Bossle |

Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

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DESAPARECIDO NAS MONTANHAS

Festeiro e amigo leal, o jovem Luiz Renato Pires Almeida se transformou em idealista. O estudante gaúcho, que denunciou torturas da ditadura, tornou-se guerrilheiro na Bolívia pós-Che Guevara e sumiu nas montanhas andinas por Daniel Cassol | Agência Pública Os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional estão quase completando a travessia do rio Chimate, ao norte da Bolívia. Acossados pelos militares, precisam ser rápidos. A vanguarda já atravessou o rio e a coluna do centro avança, observada por Raúl e Dippy, soldados da retaguarda destacados para indicar aos companheiros o caminho seguido pelas duas colunas da frente. No relógio, “expropriado” pela guerrilha, Dippy vê que são 18:00 de 1º de setembro de 1970. Uma patrulha militar ataca e a guerrilha se parte em duas. A retaguarda não consegue atravessar o rio. Raúl e Dippy correm mato adentro para escapar dos tiros. Esperam até a noite, talvez sejam encontrados pelos companheiros. Escutam disparos de morteiros e percebem

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que será impossível atravessar o rio. A retaguarda nunca mais iria se reencontrar com o resto da tropa. Raúl é o nome de guerra do peruano Antero Callapiña Hurtado, estudante de engenharia civil na Polônia, recrutado para a guerrilha, assim como dezenas de jovens latino-americanos que estudavam em países socialistas. O outro, Dippy, ou Eugênio, era o único brasileiro entre os 67 combatentes que subiram as montanhas de Teoponte, a cerca de 200 quilômetros ao norte de La Paz, para retomar a guerrilha em Ñancahuazú, abortada 3 anos antes com a morte de seu comandante, Ernesto Che Guevara. Apartados do grupo, peruano e brasileiro passam quase 30 dias lutando pela sobrevivência na selva boliviana. Comem

palmito e mascam folhas de coca para não morrer de inanição. No último registro de seu diário, o brasileiro escreve: “ Hoje é uma data que não posso deixar de lembrar: dia 25. Faz 4 meses que me casei com Susana e hoje lembro dela mais do que nunca. Sinto falta dela e quero encontrá-la. Espero fazer isso antes do dia 1º de novembro e não pretendo me separar dela nunca mais”. O reencontro com a esposa, que àquela altura esperava um filho, nunca aconteceria. Luiz Renato Pires Almeida é um dos 13 desaparecidos políticos brasileiros em território estrangeiro. As circunstâncias de sua execução nunca foram esclarecidas, tampouco seu corpo foi encontrado. O caminho que o levou de Formigueiro,


no interior do Rio Grande do Sul, onde nasceu em 18 de novembro de 1943, até as montanhas bolivianas, onde morreu no começo de outubro de 1970, é o que se conta a seguir. Caçula de 11 irmãos, o menino de Formigueiro era um guri “medonho”, como lembra a irmã Deni, e gostava de jogar futebol. Concluiu o ensino fundamental no Colégio Estadual Tiaraju, onde fazia parte da chapa eleita para o Grêmio Estudantil em 1960. No Rio Grande do Sul, vivia-se a efervescência da Campanha da Legalidade, liderada em 1961 pelo governador Leonel Brizola para garantir a posse do presidente João Goulart, depois da renúncia de Jânio Quadros. Mas ele só descobriria a política para valer ao se mudar em 1962 para Santa Maria, maior cidade da região, para cursar o Clássico no Colégio Estadual Manuel Ribas, o tradicional Maneco, e cumprir o serviço militar no 7º Regimento de Infantaria. Ali, voltou a ter contato com armas, das quais aprendera a gostar nas caçadas com os irmãos. Em fevereiro de 1963, Renato ingressou na primeira turma do Colégio Agrotécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Eleito para a diretoria do Centro de Estudantes, entrou de cabeça no movimento estudantil. “Como era o mais velho da turma, era o líder da gurizada. Gostava de trago, fumava, andava armado. A gurizada achava o máximo”, recorda o colega Beto Vargas, hoje médico na cidade de Bagé. A pistola de três canos que carregava na cintura é uma lembrança dos amigos da época. “Foi a única vez que vi uma pistola daquelas”, recorda Rogério Vargas, irmão de Beto. Para a família, era visível a transformação do filho mais novo. “Nas primeiras férias que voltou de Santa Maria, era outra pessoa”, diz Zeca, um dos irmãos. “O Renato conversava um pouco com a gente e já vinha com a pregação do Mao Tsé-Tung”, lembra, achando graça. “Não seja tapado, tem que abrir os olhos”, dizia a Zeca. Chamava o pai de “tubarão” por estar politicamente ao lado dos ricos. Mas não deixava de abraçá-lo e chorar quando se despedia da família para retornar a Santa Maria. O apego à casa o faria escrever cartas aos irmãos de todos os lugares onde viveria depois. Em janeiro de 1964, Luiz Renato retornou de um congresso na Paraíba eleito presidente da União Nacional dos Estudantes Agrotécnicos (UNEA). Quase por acaso assumiu o cargo que o levaria à clandestinidade. O candidato natural à

presidência pela delegação gaúcha era o atual governador, Tarso Genro (PT), na época com 16 anos. Mas Tarso desistiu da indicação em troca de seis passagens áreas para que a delegação gaúcha viajasse à Paraíba, como ele conta hoje: “Quando nós montamos a nossa delegação, conseguimos passagens com o presidente João Goulart através do meu pai, que era amigo do João Goulart”, relembra. “Mas aí o meu pai, naquela boa chantagem paterna, disse o seguinte: eu consigo as passagens para vocês, mas tu tens que prometer que não vais ser candidato a presidente da UNEA, tens que voltar para Santa Maria para continuar os estudos. E de fato cumpri a promessa. Chegamos lá, substituímos o meu nome e apresentamos o nome do Luizinho, que foi eleito presidente da UNEA”, conta Tarso. Até os amigos mais próximos ficaram surpresos com a eleição de Luiz Renato, como lembra o colega Eros Marion Mussoi, hoje professor na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Ele era um cara cheio de vida e ideias, como boa parte da nossa geração. No início não era propriamente um ‘revolucionário’, mas tinha ideias sociais e humanistas muito claras. Um sujeito de um grande coração e preocupado com os outros”, diz. Para Tarso Genro, de “Luizinho” ficou a lembrança da pistola de três canos: “Eu até menciono, num poema que eu fiz depois da morte dele, a pistola de três canos, um em cima do outro, que ele usava e era uma memória muito intensa que a gente consolidou, porque aquela pistola era uma identidade que ele tinha, em função da visão que iria percorrer posteriormente”, diz. Como presidente da entidade, Renato transferiu-se para a Universidade Rural do Brasil (URB) e desembarcou no Rio de Janeiro no dia 2 de março de 1964. Menos de um mês depois, viria o golpe militar. As lembranças da família são cortadas, esparsas. Após o golpe militar, as notícias de Luiz Renato escassearam. E hoje em dia, remexer nessas histórias é reavivar a dor da perda do irmão caçula. Deni diz ter ouvido Renato discursando contra o golpe na rádio carioca Mayrink Veiga no dia 1º de abril de 1964. Em um programa da própria UNEA, segundo outra irmã, a Ladi. Luiz Renato e alguns colegas teriam escapado da emissora antes de serem presos pelos militares. Após o golpe, Luiz Renato fazia aparições esporádicas na casa dos pais, sem dizer exatamente o que fazia nem por onde andava. Em depoimento prestado no Inquérito Policial

“O Renato conversava um pouco com a gente e já vinha com a pregação do Mao TséTung”, lembra o irmão Zeca

“Até menciono, num poema que eu fiz depois da morte dele, a pistola de três canos, um em cima do outro. Porque aquela pistola era uma identidade que ele tinha”, diz Tarso Genro

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Última Hora publica entrevista com Renato, denunciando as torturas sofridas pelo sargento Manoel Raimundo Soares, em 1967 | Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

Militar (IPM), depois da prisão, em março de 1966, disse que “temeroso de ser preso” abandonou a Escola Agrotécnica nos primeiros dias de abril de 1964 e voltou ao Rio Grande do Sul. Passou por São Sepé, reviu a família e teria partido para o Uruguai, assim como fizeram centenas de militantes com alguma ligação com o PTB de Leonel Brizola e João Goulart. José Wilson da Silva, o “Tenente Vermelho”, hoje capitão do Exército reformado, diz ter conhecido Luiz Renato em Montevidéu, embora não tenha convivido com ele. “Era calmo, muito consciente politicamente, sonhador como todos nós éramos. Tanto que saiu de lá para ir adiante. Enquanto estávamos tentando fazer alguma coisa, estava demorando, foi procurar outras guerras”, conta. Havia muitos brasileiros no Uruguai. A pedido de Brizola, o desembargador aposentado Eliseu Gomes Torres montou uma comissão para analisar os casos de quem poderia retornar ao Brasil. Torres não se lembra de Luiz Renato, mas é possível afirmar que o estudante tenha voltado em circunstância semelhante. O depoimento dado ao IPM fala que Renato “foi instado por outros a regressar, já que não pesava nenhuma acusação contra si” entre o final de janeiro e o começo de fevereiro de 1965. No IPM, consta ainda que, em fevereiro

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de 1966, Luiz Renato foi a Porto Alegre para tentar se matricular no Colégio São Judas Tadeu. Nesta ocasião, teria encontrado o ex-coronel Pedro Alvarez, expulso do Exército após o golpe, “a quem já conhecera em Santa Maria e em cuja residência já estivera hospedado cerca de duas vezes”. Em 2003, Alvarez, que ainda mora na mesma casa onde hospedou Luiz Renato em 1966, a pedido do também militar José Pires Cerveira, contou: “Ele [Cerveira] me disse: ‘estou com um rapaz, um estudante que veio do Rio, e tenho impressão que já viram que ele está na minha casa. Tu não sabes onde podemos colocá-lo?’. Eu disse: ‘Faz o seguinte, numa noite dessas, em que não haja ninguém por perto, traz ele aqui pra minha casa’. Realmente ele trouxe e ficou aqui bastante tempo, mais ou menos um mês”, relatou Alvarez. A memória já não ajuda Alvarez, hoje com 94 anos. Ele ainda lembra do “rapaz muito educado, e bem preparado. Tinha conhecimento da situação, fazia uma análise certa daquele momento, dava a solução”. O irmão Zeca lembra de ter visitado o caçula na casa de Alvarez, acompanhado por Ary, o mais velhos dos irmãos. O código era passar assoviando “Aquarela do Brasil” na calçada. Um dia, Alvarez teve de viajar para Santa Maria. “Eu disse:

‘Renato, faz o seguinte, não sai pra rua. Se já te viram ali na outra casa, eles podem te localizar aqui’”, contou. “Pois não é que um dia ele saiu e foi na padaria? Prenderam ele e eu não sabia onde ele estava. Até que eu consegui saber que ele estava preso no DOPS.” Preso por “ligações com o esquema subversivo de Leonel Brizola” no dia 25 de fevereiro de 1966, Renato foi recolhido ao Departamento de Ordem Política e Social. Data deste período o depoimento prestado no dia 10 de março daquele ano. Ficaria 59 dias detido, entre o DOPS e a Ilha do Presídio. No dia 7 de março, o irmão mais velho de Renato levou objetos de higiene e vestuário até lá. O próprio Ary ajudaria o irmão a sair da prisão, possivelmente lançando mão das ligações do pai com a UDN para solicitar ajuda junto à Secretaria de Segurança. Após sair da prisão, já no Rio de Janeiro, Renato escreve uma carta a Deni, provavelmente de setembro de 1966. Conta que está fazendo um curso para trabalhar como jornalista, trata do envio de dinheiro pela família e avisa que, naquele dia, não estava com vontade de fazer mais nada porque estava abalado com uma notícia que havia recebido. “Os filhos da puta desses traidores da Pátria mataram,


afogado e com as mãos amarradas atrás, o sargento Soares, que tanto tempo esteve preso comigo, e ao qual deixei roupas, aparelho de barba e outras coisas. O assassinato foi aí em Porto Alegre e mais ou menos sei quem deu esta ordem. Esses são os homens bons que estão no governo, que vão à missa aos domingos e que durante as madrugadas torturam seus semelhantes como se fossem animais, para depois matar da maneira mais covarde possível. Quanto mais sacrifício passarem os companheiros, mais disposição nós temos para enfrentar os traidores fascistas”, escreve. O corpo de Manoel Raimundo Soares, sargento do Exército com ideias nacionalistas e militância na organização dos suboficiais, foi encontrado boiando, com mãos e pés atados, nas águas do rio Jacuí no dia 24 de agosto de 1966. O episódio ficou conhecido como o “Caso das Mãos Amarradas”. Foi um dos primeiros casos de tortura e morte por parte dos órgãos de repressão sobre o qual se teve notícia na época. Luiz Renato dividiu a cela com Raimundo Soares duas vezes. Depois de liberado, enviou uma carta ao jornal Última Hora relatando as idas e vindas do sargento das sessões de torturas e apontando como responsáveis os delegados José Morsch e Itamar Fernandes de Souza, carta esta que seria lida em sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa gaúcha que investigou o caso, no dia 12 de abril de 1967. De volta ao Rio de Janeiro, onde ficou

pouco mais de um ano, Luiz Renato tentou retomar os estudos e arranjar trabalho. Comunicava-se por cartas com a família, algumas assinadas por “Rodrigo”. No dia 13 de julho de 1967, informa à família que viajaria a Moscou para prosseguir os estudos. Como milhares de jovens de todo o mundo, Luiz Renato estava de partida para a Universidade da Amizade dos Povos Patrice Lumumba. O gaúcho chegou a Moscou em setembro de 1967, prestes a completar 24 anos, e se adaptou rapidamente. O economista Rafael Alves da Cunha, hoje vice-presidente da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, também estudou na Patrice Lumumba e foi presidente da União dos Estudantes Brasileiros na União Soviética. A afinidade entre os dois gaúchos foi imediata: Rafael é natural de Caçapava do Sul, vizinha a São Sepé, e os moradores das duas cidades têm sempre na ponta da língua alguma brincadeira sobre os vizinhos. Luiz Renato era um jovem agitado, brincalhão, festeiro, recorda Rafael. Estava sempre disposto a participar das atividades promovidas pela entidade, como os concorridos carnavais dos estudantes brasileiros. “Podia contar com ele. Se encarregava de uma coisa, ou da cozinha, ou da bebida, pegava uma coisa, estava sempre pronto”, diz Rafael. A disposição do colega também tinha grande valia nos jogos de futebol. “Ele era ruim de bola. Mas era gozadérrimo”, conta Rafael. “Entrava dando trombada em todo mundo. Quando botavam para marcar um cara, aquele cara

não fazia nada. Ele ficava ao lado, derrubava, fazia qualquer negócio”, diz. Politicamente, Renato demonstrava o mesmo temperamento: não apresentava grandes formulações teóricas, mas tinha disposição para as tarefas políticas e ansiedade pelas ações, lembra Rafael: “Não dava demonstração de muito conteúdo filosófico, político. Mas tinha um entusiasmo fora do comum e uma positividade enorme. Era um guerrilheiro, tinha um espírito de guerrilha. Se eu fosse fazer qualquer coisa numa revolução, gostaria de ter um batalhão de Luiz Renato”, completa. Com o aumento da influência cubana entre os estudantes, a universidade passou a pressionar aqueles que divergiam da linha soviética, como Renato. As contradições entre os estudantes e a direção soviética tornaram-se ainda mais agudas com as primaveras de Paris e Praga. Em 1968, durante o Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, em Sófia, capital da Bulgária, Luiz Renato estava entre os que participavam dos debates acalorados sobre os rumos da revolução. O chefe da delegação brasileira era o atual vice-prefeito de São Carlos (SP), Emerson Leal, à época vice-presidente da entidade presidida por Rafael. “Ele (Luiz Renato) era um dos defensores mais ferrenhos e combativos da luta armada. Por isso era grande sua sintonia com os estudantes da Bolívia e do Peru, muitos dos quais defendiam essa linha. Principalmente com os bolivianos – afinal, o Che Guevara tinha morrido na Bolívia e

“Era um guerrilheiro, tinha um espírito de guerrilha. Se eu fosse fazer qualquer coisa numa revolução, gostaria de ter um batalhão de Luiz Renato”, diz Rafael Alves da Cunha Luiz Renato (3°, da esquerda para direita) no 7° Regimento de Infantaria de Santa Maria | Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

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À esquerda, com a irmã Ladi no Rio de Janeiro |

os guerrilheiros bolivianos preparavam a segunda fase da guerrilha”, lembra. “Ele queria ver as coisas acontecerem rapidamente. O Luiz Renato, literalmente, ‘quebrava o pau’, porque achava que nossos países latino-americanos eram governados por ditadores ou por pessoas subservientes aos interesses do imperialismo. E, como dizia, a única linguagem que este ‘pessoal’ entendia era a da luta armada, como aconteceu em Cuba”, prossegue Leal. Um dia, Luiz Renato sumiu. “Qual não foi minha surpresa quando vi, em um jornal boliviano mostrado por colegas da Patrice Lumumba, uma foto do Luiz posando junto com outros militantes armados na Bolívia. O jornal noticiava sua morte”, recorda Leal. Tal era o entusiasmo e a radicalidade demonstradas por Renato que militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) chegavam a cogitar que ele fosse um agente infiltrado, fazendose passar como revolucionário para conquistar a confiança dos companheiros. De um colega do PCB, ouviu: “Imagine, e eu que pensava que o Luiz fosse um agente da direita”. O boliviano Osvaldo “Chato” Peredo estudava Medicina na Universidade Patrice Lumumba, em 1966, quando recebeu dos irmãos mais velhos, Inti e Coco, a missão de recrutar estudantes dispostos a engrossar as fileiras do Exército de Libertação Nacional, que sob a liderança de Ernesto Che Guevara iniciava sua campanha na Bolívia. Em setembro de 1967, quando Luiz Renato chegava a Moscou

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Renato na URSS, em 1967 |

Fotos: Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

para estudar na Patrice Lumumba, Chato Peredo já havia se graduado médico e andava pelo mundo a recrutar jovens para a guerrilha. Coco morreria no mesmo mês, em combate, e Guevara, em outubro. Inti Peredo seria o principal líder do ELN e um dos cinco sobreviventes da guerrilha do Che a deixar a Bolívia rumo a Cuba, de onde no ano seguinte redigiria o manifesto, publicado em julho de 1968, no qual proclamava: “A guerrilha boliviana não morreu. Voltaremos às montanhas”. Foi por esse período que Luiz Renato se engajou na “outra guerrilha guevarista” na Bolívia, sequência do movimento iniciado por Che. Chato não sabe precisar se conheceu Luiz Renato em Moscou. “Eu me reunia com as pessoas, e possivelmente assim foi o contato com Renato, porque não recordo o momento em que ele se incorpora”, diz. A entrada na Bolívia, depois de um período de treinamento em Cuba e de preparação no Chile, se deu em meados de 1969. Em setembro daquele ano, antes mesmo de entrar em ação, a guerrilha sofreria um duro golpe com a morte de Inti Peredo, emboscado pela polícia em uma casa onde vivia clandestinamente. Com a morte de Inti, o dirigente estudantil e mineiro Rodolfo Saldaña assumiu a chefia do ELN, defendendo o retorno ao Chile. Chato passou a liderar um grupo contrário à decisão do novo comandante. O ELN sofreu novo golpe com a notícia de que os cubanos Pombo, Urbano e Benigno, sobreviventes da campanha do Che, tinham decidido ficar em Cuba em vez de participar da nova empreitada guerrilhei-

ra. Em dezembro de 1969 apenas 12 combatentes do grupo original que treinou em Cuba decidiram ficar, lembra Chato. Luiz Renato estava entre os que quiseram continuar. Mesmo na Bolívia, prestes a pegar definitivamente em armas, Renato continuou escrevendo para a família. Deni guarda duas cartas. “Na situação em que encontro-me, não é possível mandar notícias seguido”, diz o jovem, então com 26 anos, no dia 27 de junho de 1970. Respondendo à irmã, reafirma sua convicção em pegar em armas. “Como tu disseste, todos temos um ideal e por este temos que lutar, assim entendo também e lutarei até as últimas consequências”, escreve, informando ter se casado, ainda que a companheira soubesse “que poderá ficará viúva mais ou menos rápido”. Luiz Renato se casou com Susana, militante do ELN que atuava no apoio urbano à guerrilha. Na carta de 15 de julho de 1970, pede que lhe mandem a certidão de nascimento, “para que minha mulher possa registrar o filho que deverá, dentro de uns meses, nascer”. Na mesma mensagem, anuncia, escrevendo em portunhol: “Esta possivelmente é a última vez que te escrevo. Amanhã partirei definitivamente para las montanhas, começará la guerra breve e aspiramos expandir por toda América”. No dia 18 de julho de 1970, um grupo de 67 guerrilheiros partiu, em dois caminhões, para a localidade de Teoponte, situada a pouco mais de 200 quilômetros ao norte de La Paz. Bandeiras brancas com


um grande “A” azul sinalizavam que aquele seria um grupo de estudantes voluntários da Campanha de Alfabetização promovida pelo governo do general Alfredo Ovando Candia. Dias antes, o próprio ditador havia entregado cartilhas e credenciais a Horácio Rueda Peña, dirigente da Confederação Universitária Boliviana (CUB) e combatente do ELN. Nos caminhões, sob as cartilhas, iam armamentos escondidos. Luiz Renato, sem pretensões de comando, estava na retaguarda da guerrilha comandada pelo estudante boliviano de origem camponesa Estanislao Vilca. Luiz Renato é descrito como exímio atirador pelo historiador Gustavo Rodríguez, autor do livro Teoponte – Sin tiempo para las palabras. Já Osvaldo Peredo, que foi seu chefe na guerrilha, lembra mais de Luiz Renato como um companheiro disposto a qualquer tarefa. Chato faria um gesto de reconhecimento ao valor do combatente brasileiro na primeira ação da guerrilha. No dia 19 de julho, o ELN tomou a localidade de Teoponte, assaltou a companhia South American Places e fez reféns dois engenheiros alemães. O rolex de um deles foi dado por Chato a Luiz Renato. “Quando lhe dou o relógio, foi simbólico, como dizer ‘você está por trás de tudo isso’, porque era decidido e disciplinado”, diz Chato. A guerrilha seria dizimada em cerca de 100 dias. O general Candia havia prometido uma guerra sem feridos nem prisioneiros, e foi mais ou menos o que ocorreu. Inexperientes, os guerrilheiros sucumbiram diante de um Exército muito mais preparado do que na época do Che. Não contavam, além disso, com o apoio da totalidade da esquerda boliviana, que discordava de uma ação guerrilheira contra um governo militar de corte nacionalista. Após o dia 7 de outubro, quando o general Juan José Torres derrubou Candia e assumiu o poder, mandou manter vivos os nove sobreviventes da guerrilha de Teoponte, entre eles Chato Peredo. Luiz Renato, no entanto, já teria sido executado. Uma versão falsa sobre as circunstâncias da morte de Luiz Renato circulou há mais de dez anos, e é uma das últimas referências ao brasileiro nos jornais. No dia 9 de junho de 1999, o Jornal do Brasil noticiou que ele teria sido punido por ter tomado uma lata de leite condensado retirada das provisões. Até hoje a família de Luiz Renato se incomoda com essa versão, publicada pelo jornal a partir de um equívoco. Segundo o texto, essa revelação

havia sido feita por Cláudio Gutiérrez, expreso político gaúcho que chegou a participar de treinamento do ELN no Chile, sem ingressar na Bolívia. As circunstâncias exatas da morte de Luiz Renato nunca foram esclarecidas – não há registros oficiais –, mas a versão de que o brasileiro teria sido executado pela própria guerrilha é falsa. No dia 1º de agosto de 1971, cerca de 10 meses após o fim da guerrilha, o jornal boliviano El Diário publicou uma reportagem intitulada “Los caídos y verdugos de Teoponte”, difundida pela agência cubana Prensa Latina e assinada por um certo Ariel Rojo, provavelmente um pseudônimo. Trata-se de um relato de como ocorreram as execuções de vários guerrilheiros, entre eles Luiz Renato. Para Gustavo Ostría, entrevistado em Santa Cruz de la Sierra, uma das hipóteses é que essas informações tenham saído de dentro do próprio Exército, durante o governo de Juan José Torres, e sido escritas por algum membro do ELN. Embora nunca tenha sido comprovado, é um relato plausível e rico em detalhes do que teria acontecido no dia 26 de setembro de 1970, um dia depois, portanto, do último registro no diário de Luiz Renato. Um camponês do povoado de Yaycurá teria revelado que dois guerrilheiros – nomes de guerra Eugenio e Raúl – estavam no povoado de Masapa, “em muito más condições”. A dupla de combatentes do ELN teria sido traída por “boteros” (barqueiros), aos quais haviam dado dinheiro e seus relógios em troca de serem levados para algum povoado não patrulhado pelos militares. “Mas depois de terem recebido o pagamento, os deixaram em Masapa, povoado que estava a 20 quilômetros de nosso acampamento”, diz o relato. Antero e Luiz Renato teriam sido presos e levados para o acampamento militar, em Yaycurá, no dia 2 de outubro. No dia seguinte, chegou “um helicóptero para trasladar os prisioneiros a sua última morada, que seria em San Jorge, povoado próximo a Mapiri”, na região de Teoponte. Às 11h25 da manhã de 2 de outubro de 1971, segundo o relato, Raúl tentou fugir e foi ferido por um soldado. “Eugenio, que estava no chão, sem forças para nada, grita desesperadamente que não o matem, mas o mesmo soldado abre fogo contra ele”, diz o texto. “Raúl e Eugenio caem no chão, queixando-se de dor. Os soldados disparam até acabar com suas vidas”. Assinando como Carla, Susana escreve uma carta para Deni no dia 25 de janeiro de 1971. “Francamente, não sei como

“Na situação em que encontro-me, não é possível mandar notícias seguido”, diz Renato em carta enviada da Bolívia

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começar esta carta inacreditável”, começa. “Há quatro dias, me asseguraram que Luiz Renato morreu, possivelmente fuzilado pelo Exército”, diz Susana, que conta ainda que o filho deles nasceria “dentro de dois meses”. Não se sabe onde foram enterrados os restos mortais de Luiz Renato. Em fevereiro de 2010, o governo Evo Morales entregou aos familiares os restos mortais de 4 guerrilheiros. O trabalho foi realizado pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), com ajuda de pesquisadores bolivianos, entre eles Gustavo Rodríguez Ostría, mas não prosseguiu. Os arquivos militares do período na Bolívia são fechados. O historiador Gustavo Rodríguez Ostría, que chegou a ser viceministro de Educação da Bolívia, conseguiu manusear alguns documentos relacionados à guerrilha durante a pesquisa para seu livro. Entre eles, algumas folhas datilografadas com a transcrição do que seria uma parte do diário de Luiz Renato – com registros esporádicos que, pelo que estava escrito, eram mesmo do brasileiro. A Associação de Familiares de Detidos, Desaparecidos e Mártires da Libertação

Nacional tentou levar adiante um projeto de lei para a abertura dos arquivos militares, mas nunca obteve uma sinalização positiva do governo. Chato Peredo disse ter enviado duas cartas para o presidente Evo Morales solicitando a abertura dos arquivos militares. “Mas se vê que no Exército há uma resistência grande, porque significa ratificar a imagem de um Exército de fuziladores. Seguramente muitos documentos estão aí, ou estão desaparecendo. E creio que nisso não tem a decisão o presidente Evo Morales de dizer ‘bueno, descodifiquem’. Não me respondeu”, afirmou Chato. O Ministério da Defesa e o gabinete de Evo Morales não responderam às solicitações de informações para esta reportagem. Susana, companheira de Renato na Bolívia e mãe de Mabel, atendeu o telefone na Inglaterra, onde vive. Foi solícita, mas não quis dar entrevistas. Limitou-se a dizer: “Prefiro não tocar neste assunto, que dói muito em meu coração. A família de Luiz Renato tem todas as informações e creio que eu não teria mais a acrescentar. Não gostaria que meus sentimentos fossem publicados. É um tema muito doloroso para mim”.

“Prefiro não tocar neste assunto, que dói muito em meu coração”, diz Susana, companheira de Renato na época e mãe de Mabel

Renato (2° sentado da esquerda para direita) com o grupo da escola de samba que venceu um concurso cultural da Universidade Patrice Lumuba, em Moscou | Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

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PLATEIA

Django Chegou, com Lincoln | Quanto tempo, Nei Lisboa! | Carnaval com Nelson Rodrigues |Galeria fechada

Verão para aprimorar a técnica

Fábia Vasconcellos | Tradicionalmente, os primeiros meses do ano em Caxias são de poucas atrações nos teatros (esta semana de agenda cheia é atípica, veja na página 27). Mas 2013 iniciou com boas opções para quem quer aproveitar a baixa safra de plateia para ganhar conhecimento de palco. Até fevereiro, 8 oficinas de teatro e dança ocorrem na cidade. E 4 destas são gratuitas. Confira a lista e saiba como se inscrever.

Jair Moraes |

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Julio Adrião

MAria Eliza Franco, Div./O Caxiense

professora e mentora registrada pela Royal Academy of Dance. Jair foi solista do Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo e no Ballet Gulbenkein, em Lisboa. Atualmente é mâitre do Ballet Teatro Guaíra e diretor da Cia de Dança Masculina Jair Moraes. Informações e inscrições pelos fones 3222-5338 e 91669771. As aulas ocorrem no Ballet Margô.

com.br. Já a palestra tem limite de 40 vagas, que serão preenchidas no dia, por ordem de chegada.

Módulo I - Barre a Terre, Ballet Clássico e Técnica de Pontas com Jair Moraes SÁB. (26) a QUA. (30). R$ 300. Teatro para adolescentes Módulo II - Curso Intermediário - BalO ator e diretor caxiense Márcio Ralet Clássico, Técnica de Pontas e Ballet mos ministra uma oficina para adolesde Repertório com Fábia Vasconcellos centes de 12 a 16 anos no Teatro Moinho TER. (29) a SEX. (1°). R$ 250. da Estação. Em 3 aulas, Márcio ensina técnicas de improvisação através de Módulo III - Curso Iniciante - Ballet jogos. A oficina ainda tem exercícios de Clássico com Fábia Vasconcellos e aloncoordenação, criatividade, memorização, gamento com Akacio Camargo expressão corporal, oralidade e sociaTER. (29) a SEX. (1°). R$ 220 Módulos I + II - R$ 490. Aulas avulsas - R$ 40) lização. Divertido e produtivo até para quem não pretende ser ator. Inscrições Teatro e Pedagogia pelo fone 3537-7933. O Teatro do Encontro promove, em SEX. (25), SÁB. (26) e DOM. (27). 14:00. R$ 80. Teatro Moinho da Estação fevereiro, a primeira edição da Jornada de Pedagogia Teatral. O trabalho será coordenado pela pedagoga, atriz e Dança Clássica diretora argentina Ana Woolf, com parCom aulas para iniciantes e intermediários, o Ballet Margô promove o Curso ticipação do assistente italiano Giorgio de Verão de Dança Clássica, com a pau- Zamboni. A programação tem workshop listana Fábia Vasconcellos e o curitibano e palestra, ambos gratuitos. Para o Jair Moraes como convidados. Diploma- workshop, as inscrições estão abertas até 31 de janeiro e incluem seleção. Interesda pela Royal Academy of Dance e pela Escuela Nacional de Cuba, Fábia recebeu sados devem enviar currículo resumido para o e-mail teatrodoencontro@terra. o prêmio de 1º Bailarina Cuballet e é

Palestra Encontro com Ana Woolf. Pedagogia do ator no teatro contemporâneo QUI (21/02). 19:00 às 21:00. Gratuito. Teatro do Encontro

Workshop Caminhos, Paisagens e Pontes. Do treinamento à construção de materiais e cenas SEG. (18) a SEX (22/02). 8:45 às 12:45. Gratuito. Sala de Teatro do Ordovás

Mostra de Monólogos A 1ª Mostra de Monólogos de Caxias do Sul oferece 4 oficinas e 4 espetáculos. Todas as oficinas são gratuitas. Informações e inscrições pelo fone 3221.3130. Espaço íntimo do ator, com Márcio Ramos DOM. (17/02). 14:00 às 17:00 O ator no solo narrativo: o ator sem representação, com Julio Adrião TER. (19/02). 14:00 às 17:00 Em estado de graça, com Ana Fuchs QUI. (21/02). 14:00 às 17:00 Processos híbridos de criação, com João de Ricardo SÁB. (23/02). 14:00 às 17:00 25.JAN.2013

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CINE

Jamie Fox. Leonardo DiCaprio. Christoph Waltz. De Quentin Tarantino

DJANGO LIVRE Com uma semana de atraso, chega aos cinemas caxienses o mais novo filme de Tarantino. Django é um escravo famoso por sua brutalidade. Procurado pelo caçador de recompensas Dr. King Shultz para auxiliar na busca dos irmãos Brittle, ele aceita a proposta em troca de sua liberdade e com a promessa de que Shultz ajudará a encontrar sua esposa, Broomhilda. Estreia. CINÉPOLIS 18:00-21:30 GNC 14:50 | 18:10-21:20

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2:45

A VIAGEM

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

Não, não é um remake da novela espírita exibida em 1975 e em 1994 pela Globo (bem que poderia, né?). Esta viagem se trata de uma parceria entre Tom Tykwer (Corra, Lola, Corra) e os irmãos Lana e Andy Wachowski (Matrix). Mas também traz o tema causa e efeito: o quanto nossas ações podem influenciar em acontecimentos futuros? Este é o fio condutor que liga as 6 histórias entre os anos de 1850 e 2144, condensadas em quase 3 horas de filme. Com Tom Hanks. Susan Sarandon. De Tom Tykwer, Lana Wachowski e Andy Wachowski. 3ª semana. CINÉPOLIS 14:00-20:30 GNC 21:00

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AS AVENTURAS DE PI Pi, o menino que sobreviveu a um naufrágio e à convivência com um tigre de bengala em alto mar, narra sua história para um escritor. Com 11 indicações ao Oscar, é uma das apostas na categoria Efeitos Visuais (não poderia ser diferente). Com Suraj Sharma. Irrfan Khan. De Ang Lee. 6ª semana. GNC

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Michelle Williams. Seth Rogen. De Sarah Polley.

ENTRE O AMOR E A PAIXÃO Sabe aquela melancolia que surge do nada e desaparece tão rapidamente quanto? Não? Bom, a protagonista Margot sabe bem do que se trata. Sensível e um tanto melancólica, ela conhece Daniel durante uma apresentação de teatro. Compartilhando o mesmo voo de volta para casa, surge um interesse mútuo, que se intensifica quando Margot descobre que o rapaz é seu vizinho. O impasse é: deixar-se levar pelo curiosidade sobre o excêntrico Daniel ou respeitar o relacionamento de 5 anos com o namorado Lou? Estreia. ORDOVÁS SEX. (25) 19:30. SÁB. (26) e DOM. (27) 20:00. QUI (31) 19:30.

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JOÃO E MARIA – CAÇADORES DE BRUXAS Os irmãos, que eram mantidos em uma casa de doces e alimentados por uma bruxa megera para engordarem e virarem jantar, fugiram, cresceram, aprenderam a lutar e adquiriram armas. Longe de serem mocinhos tradicionais dos contos de fadas, os protagonistas do conto dos irmãos Grimm, vingam toda sua fúria matando bruxas mundo afora. E continuam esbeltos. Com Jeremy Renner. Gemma Arterton. De Tommy Wircola. Estreia CINÉPOLIS 3D 13:20-17:40 | 3D 15:30-19:50-22:10 14 GNC 3D 15:50 | 3D 17:50-19:50-21:50 1:23

O ÚLTIMO DESAFIO Um chefão do narcotráfico escapou recentemente da prisão e pretende cruzar a fronteira dos Estados Unidos com o México em um carro a 300 km/h. Cabe ao xerife durão Ray Owens impedir que isso aconteça. É quando o personagem – interpretado por Arnold Schwarzenegger, aos 65 anos mas em forma – recruta todo pessoal e armas disponíveis para mostrar quem é que manda. Com Eduardo Noriega. Rodrigo Santoro. De Kim Jee-Woon. 2ª semana Daniel Day-Lewis. Sally Field. De Steven Spielberg.

LINCOLN Com 12 indicações ao Oscar, a trama acompanha os últimos meses de mandato do presidente americano Abraham Lincoln, entre 1861 a 1865. Tentando levar adiante a iniciativa de abolir a escravidão nos Estados Unidos, Lincoln busca apoio, enquanto o país está em guerra. O roteiro é baseado na biografia Team of Rivals, escrita pela historiadora Doris Kearns Goodwuin e vencedora do Pulitzer. Estreia. CINÉPOLIS 11:50 (somente SÁB. (26) e DOM. (27)) | 15:00-18:20-21:40 GNC 15:00-18:20-21:30

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O RESGATE Will Montgomery (Nicolas Cage) é um criminoso recém-saído da prisão. E já arrumou encrenca. Seu ex-parceiro de crime trancou sua filha no porta-malas de um carro e exige 20 milhões de dólares para devolvê-la. A solução de Will? Roubar um banco para conseguir o dinheiro. Na tela, todas opções (uma só) de expressão facial de Nicolas Cage. Estreia. CINÉPOLIS 16:10-18:30-20:50 GNC 13:20-15:20-19:30-21:40

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JACK REACHER – O ÚLTIMO TIRO

SAMMY: A GRANDE FUGA Em 2011, o público acompanhou, nos cinemas, o nascimento e desenvolvimento da tartaruguinha Sammy. Agora, o personagem, que já é avô, acaba sendo capturado por uma rede e levado para um aquário em Dubai, junto com seu amigo Ray. Seus netos, os pequenos Ricky e Ella, tentarão trazê-los de volta. Tipo um Procurando Nemo, só que com tartarugas e bem menos engraçado. De Ben Stassen. 2ª semana CINÉPOLIS 3D 13:30-15:50 GNC 3D 13:00

CINÉPOLIS 17:30 GNC 18:45

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Sangue no olho é o que define o personagem-título, vivido por Tom Cruise no longa. Jack Reacher é um policial militar aposentado, invocado por um atirador de elite que foi preso ao matar 5 pessoas. Por esse motivo, ele começa a investigar o caso, na tentativa de descobrir que relação poderia ter com o acontecimento, o que desencadeia perseguições em alta velocidade, muitas brigas e alguns tiros. Com Rosamund Pike. Joseph Sikora. De Christopher McQuarrie. 3ª semana. GNC 16:10

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DETONA RALPH

DE PERNAS PRO AR 2 A comédia brasileira estrelada por Ingrid Guimarães, Maria Paula e “grande elenco”, conforme promete o trailer, já arrecadou R$ 3,9 bilhões, apesar da trama repetida e das piadas fracas. E promete alavancar as vendas de produtos de sex shop. Com Bruno Garcia. Eriberto Leão. De Roberto Santucci. 5ª semana

O vilão que quer ser bonzinho entra em sua 5ª semana em cartaz e tem agradado público e crítica. Mérito não só do cenário da animação, que passeia pelos diversos universos de videogames, mas também da boa construção dos personagens Ralph, o vilão desengonçado e carismático, e da pequena Vanellope Von Schweetz, a amiga que ele encontra durante a aventura.

CINÉPOLIS 14:30-17:10-19:30-22:00 GNC 14:00-16:00-18:00-20:00-22:00

CINÉPÓLIS 3D 13:40 GNC 17:20 | 3D 13:30

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Fotos: Divulgação/O Caxiense

litoral + eventos Zão e Zoraida (teatro) SEX. (25). 17:00. Gratuito. Praça Pinheiro Machado. Torres Banda Di Da Dó

SEX. (25). 19:00. Gratuito. Praça Pinheiro Machado. Torres

Léo Fozzy

SEX. (25). 21:15. Gratuito. Praça do Centrinho. Tramandaí

Filhos de Gaya

SEX. (25). 22:15. Gratuito. Praça do Centrinho. Tramandaí

Paulinho Oliveira

SEX. (25). 22:30. Gratuito. Praça do Centrinho. Tramandaí

Negalora em Tramandaí

SEX. (25). 22:00. R$ 10. Cabanas Bom Jesus. Arroio do Sal

Cláudia Leitte começou 2013 cantando para mais de 2,3 milhões de pessoas em pleno Réveillon de Copacabana, no Rio de Janeiro. O furacão carioca (não pense que ela é baiana) desta vez chega ao litoral do Rio Grande do Sul para apresentar seu novo disco: Negalora Íntimo. Seu novo sucesso chama-se Largadinho, com uma coreografia alto astral que fará muito praieiro descer até o chão, subir e balançar.

SEX. (25). 22:00. Gratuito. Hotel Rondinha. Arroio do Sal

SÁB. (26). Abertura dos portões às 20:00. Ingressos entre R$ 30 e R$ 140. Estádio Municipal de Tramandaí.

Ernesto Nunes e Zé da Oito Baixos e Banda

Banda Indústria Nacional Ernesto Nunes e Zé da Oito Baixos e Banda

SEX. (25). 22:00. R$ 10. Cabanas Bom Jesus. Arroio do Sal

Banda Indústria Nacional

SEX. (25). 22:00. Gratuito. Hotel Rondinha. Arroio do Sal

Campeonato Regional de Jiu Jitsu

SÁB. (26). 9:00. Sociedade Amigos de Arroio do Sal (SAAS). Arroio do Sal

I Circuito Gaúcho de Slackline SÁB. (26). 15:00. Gratuito. Praia Grande. A Megera Domada (teatro) SÁB. (26). 19:00. R$ 10. Torres

Grupo Chão de Areia

SÁB. (26). 21:15. Gratuito. Praça do Centrinho. Tramandaí

Grupo Sensa

SÁB. (26). 22:15. Gratuito. Praça do Centrinho. Tramandaí

Copa Verão de Motocross

SÁB. (26) e DOM. (27). A partir das 9:30. Valores não divulgados. Quatro Lagos. Arroio do Sal

Circuito Municipal de Pesca

DOM. (27). 8:00. SAAS. Arroio do Sal

Torneio de Vôlei de Praia SESC

DOM. (27). 11:00. Gratuito. Quiosque do Zequinha. Areias Brancas Madame Satã (filme) SEG. (28). 21:00. R$ 5. Centro Municipal de Cultura. Torres

Muita pegada (só que não)

Laluna e Vinicius já contam com 3 anos de estrada e deixaram pra trás o status de cantores de uma música só. Os guris de Sapiranga emplacaram sucesso no verão passado que certamente continuará no carro de muito pegador no litoral. A canção apenas diz que “só de me olhar eu já sei sei sei a pegada que você quer”. Outro sucesso da dupla chama todo mundo pra beber, pular, beijar e dançar (não necessariamente nessa ordem). SÁB. (26). 22:00. Praça da Emancipação. Gratuito. Arroio do Sal.

Atrações no meio da semana

Arroio do Sal é a praia do litoral norte mais bem organizada na programação cultural. Se não bastasse uma agenda completa de atrações nos finais de semana até fevereiro, a prefeitura anunciou nesta semana a criação do Quartas In Concert, um festival com gêneros musicais clássicos e com MPB, rock e blues. As próximas atrações serão a Orquestra Sinfônica de Tramandaí e banda de rock local Autopia, formada por Johnny Gross (voz e guitarra), Rodrigo Ginn (bateria) e Luan Gonçalves (baixo e guitarra). QUA. (30). 21:00. Gratuito. Calçadão Central. Arroio do Sal

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Cerveja e sertanejo

MUSICA

A festa Budweiser Summer Night tem como atração principal o paranaense Alexandre Cazarin, fruto da nova safra do sertanejo universitário. O cantor e compositor participou do programa Fama em 2005 e vem se destacando no cenário sertanejo do Paraná e Santa Catarina. Não Sou Seu Brinquedo, hit do músico, deve constar no repertório. Também participam da festa os Djs Luciano Lancini e Lilo Lorandi. A noite terá ainda sorteio de Ice Buckets originais da Budweiser (ou, no bom português, aqueles baldes para gelar bebida). Detalhe: eles já vêm cheios.

+ SHOWS SEXTA-FEIRA (25) Alexandre França & Banda

22:30. R$ 20 e R$ 15. Mississippi

Evânio e Gaita

21:00. R$ 8 e R$ 6. Paiol

Eddie

22:30. R$ 20. Portal Bowling

Orelhão Indie Party Style – DJs Paulinho S. + Pati Heuser + Saulo Campagnolo 23:00. R$ 15 a R$ 20. Level

Grupo Tira Onda + DJ marcelo Heck

SEX. (25). 23:30. R$ 25 a R$ 45. Bulls

23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

DJ Guga Gazzola

23:30. R$ 5. Cachaçaria Sarau

Festa Full House – DJs

Fotos: Divulgação/O Caxiense

23:30. R$ 20 e R$ 10. Olimpo

SÁBADO (26) Alquimia Voodoo

22:30. R$ 20 e R$ 15. Mississippi

Canto Charrua

22:00. R$ 8 e R$ 6. Paiol

Dinamite Joe + DJ Eddy

22:30. R$ 20. Portal Bowling

Festa Meninas Más Edição Especial Divas Surtadas 23:00. R$ 15 a R$ 20. Level

João Villaverde e Filhos de Yê + DJ Marcelo Heck

23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

Festa Local House – Vários DJs 23:00. R$ 15 a R$ 40. Havana Banda H5N1 00:30. R$ 15 e R$ 12. Vagão

Festa Oh My God! – Vários DJs

23:30. R$ 13 a R$ 25. Nox Versus

Moby Dick + DJ Alemão

23:00. R$ 15 e R$ 20. Buku’s Anexo

Thiago e Danny + DJ Cristiano Lemes

23:30. R$ 40 e R$ 20. Olimpo

Festa Play 4 Life – DJs

22:45. R$ 50 e R$ 25. Pepsi

Rock para dançar

O power trio João Perez (guitarra), Daniel Antoniazzi (baixo) e André Quadros (bateria) é conhecido (e querido) dos caxienses. Depois do lançamento do álbum Dual, em 2009, e do sucesso do videoclipe Homo Volans, em 2010, a Zava ganhou força no Estado. O grupo está preparando um terceiro álbum, repleto de referências roqueiras. Enquanto isso, o jeito é aproveitar a banda ao vivo – que, nesta noite, divide o palco com o rock dançante da Frida. SEX. (25). 00:30. R$ 15 e R$ 12. Vagão

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Fotos: Divulgação/O Caxiense

+ SHOWS DOMINGO (27) Sertanejo.com

22:30. R$ 20. Portal Bowling

SEGUNDA-FEIRA (28) Rafa Gubert & Tita Sachet

21:30. R$ 12 e R$ 8. Mississippi

TERÇA-FEIRA (29) Acústico David Wallauer

21:30. Gratuito. Boteco 13

Black Sheep Blues Trio

22:00. R$ 20 e R$ 15. Mississippi

QUARTA-FEIRA (30) Victor Hugo e Samuel + DJ Marcelo Heck

23:00. R$ 10 e R$ 5. Boteco 13

Noite de seresta

Samba de raiz é a especialidade da Seresteiros do Luar. Além da simpatia, é claro. Unindo, com maestria, estas duas características, o tradicional grupo caxiense formado por Sérgio Perdigão (voz e pandeiro), Cleber Medeiros (cavaquinho e bandolim), Milton (pandeiro), Dejair (surdo) e Luiz Carlos (violão) resgata sucessos da Velha Guarda, sambas-enredos e clássicos do samba e da gafiera.

Banda C3PO

SÁB. (26). 23:30. R$ 5. Cachaçaria Sarau

22:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

QUINTA-FEIRA (31) Blackbirds

22:00. R$ 18 e R$ 12. Mississippi

Jhonatan e Carlos

21:00. Gratuito. Paiol

Dinamite Joe + DJ Marcelo Heck 23:30. R$ 10 e R$ 5. Boteco 13

Ana Jardim e Pietro Ferretti

23:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

DJs Frederico Barco + Flavinha Leite

19:00. R$ 20 e R$ 15. Havana

Nei Lisboa de volta

Quem perdeu a apresentação de Nei Lisboa na última edição do Mississippi Delta Blues Festival, em novembro passado, tem a oportunidade de reparar a falha agora. O músico volta a sua terra natal para apresentar uma retrospectiva da carreira, com músicas dos 8 discos autorais (quase 35 anos de carreira que influenciaram a música gaúcha), entre elas Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina, Telhados de Paris, Faxineira e Cena Beatnik. Pelo menos uma delas você sabe cantar. SEX. (25). 21:00. R$ 20 a R$ 30. Teatro Municipal

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Kako Hubner, Divulgação/O Caxiense

PALCO Mulitas

Olmiro Derli Lemes Saraiva já gravou 6 CDs e dois DVDs com o seu personagem, o Mulita. Nesta edição do show, além do contador de piadas, Olmiro dá vida a Mano Limão, Renato Viadeti, entre outros personagens.

A história do psicanalista “freudiano barbaridade” de Luis Fernando Verissimo estreia em Caxias. Sim, estreia. Este não tem a sexóloga de lingerie e atende pacientes, como no texto original. O Analista de Bagé, do Teatro Velho do Saco, de Porto Alegre, é interpretado por Tchakaruga de Paranaguá. No papel dos 8 pacientes, se revezam Leandro Coimbra e Totonho Lisboa. João Bonstup faz a trilha ao violão. O gaudério trata crise existencial, incontinência urinária, megalomania e homossexualismo. Mas tudo com a bênção dos direitos autorais de Verissimo. SÁB. (26) e DOM. (27). 21:00. R$ 40, R$ 30 (antecipados) 14 e R$ 20 (meia-entrada). Teatro Municipal 1:30

Adriana Marchiori, Divulgação/O Caxiense

SEG. (28). e TER. (29). 21:00. R$ 40, R$ 30 (antecipados) e R$ 20 (meia-entrada). Teatro Municipal

14

Analista com selo de qualidade

1:30

Carnaval no parque

É Carnaval. Guida, que vive um casamento feliz, se compadece da irmã, Lígia, vítima de um casamento infeliz e que pensa em morrer. Lígia não conhece o amor carnal. Guida tem a solução: emprestar o marido para a irmã por uma noite. Isso é Nelson Rodrigues, claro. Inspirada em A Serpente, a última peça de Nelson, A Serpentina ou Meu Amigo Nelson, adaptação do grupo Pindaibanos, de Porto Alegre, leva a comicidade e o deboche de Nelson à rua, ao som de marchinhas de Carnaval executadas ao vivo pelos atores da peça. O espetáculo venceu o prêmio máximo do Mais Revelação 2012, da Coordenação de Artes Cênicas de Porto Alegre, além do prêmio do Júri Popular, Melhor Direção a Evelise Mendes e Melhor Ator a Marcelo Pinheiro. Além destes, o elenco tem Alexandre Borin, Fabiana Santos, Gyan Celah, Létz Pinheiro e a caxiense Tefa Polidoro. Torça para não chover. DOM. (27). 17:00. Gratuito. Parque dos Macaquinhos

L

0:50

Alô, é o Willmutt

Cleiton Geovani Kurtz, natural de Marechal Cândido Rondon (PR), trabalhou como servente de pedreiro, carteiro, atendente de farmácia e vendedor de loja até passar um trote em 2013. A pegadinha com a atendente de uma operadora telefônica rendeu boas risadas entre os amigos e ficou guardada por 2 anos. Em 2005, foi parar no YouTube onde atingiu mais de 3 milhões de visitas. Willmutt, o personagem de sotaque alemão que passa trotes em empresas, virou humorista. E conseguiu no palco 10% do número que conquistou na internet. QUA. (30) e QUI. (31). 21:00. R$ 40, R$ 30 (antecipados) e R$ 14 20 (meia-entrada). Teatro Municipal 1:30 25.JAN.2013

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ARTE

Festival de histórias

O 5º Festival César Passarinho, que ocorre durante o 25° Rodeio Crioulo Nacional, recebe a exposição 40 anos dos Festivais de Música Nativista. A mostra itinerante da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, da Secretaria da Cultura do Estado, conta a história dos grandes encontros musicais, da realidade política de cada evento, da evolução e da identidade da música no Rio Grande do Sul. 40 anos dos Festivais de Música Nativista

SEX. (25). 9:00-23:00. Centro de Eventos dos Pavihões

Atelier Revisitado

Férias em Família PUC

Capelinhas: Memória e Fé

Turminha da Soama

Márcia Casal. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal Coletiva. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Edital da Citação - Cível

Deise Pieretti. SEG.-SEG. 9:00-22:00. Estação San Pelegrino Coletiva. SEG.-DOM. 13:00-22:30. Estação San Pelegrino.

Edital de Citação - Cível

4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (VINTE) dias. Natureza: Revisão de Contrato Processo: 010/1.08.0011152-7 (CNJ:.0111521-80.2008.8.21.0010). Autor: Renato Iplinski. Réu: Felipe Pedrosa. Objeto: CITAÇÃO de Felipe Pedrosa, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

Prazo de: 20 (vinte} dias. Natureza: Cobrança Processo: 010/1.11.0011977-9 (CNJ:.0041069-40.2011.0.21.00/0}. Autor: Super Pneus Importação e Comércio Ltda. Réu: Maria Luiza Deon Bandeira e outros. Objeto: CITAÇÃO de Maria Luiza Deon Bandeira e Airto Jose Bandeira, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

Caxias do Sul, 01 de novembro de 2012. SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUIZ: Sergio Augustin.

Caxias do Sul, 12 de dezembro de 2012. SERVIDOR, Maria Gorete Grisa. JUIZ: Silvia Muradas Fiori.

28


Endere

os

cinemas: CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB. DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer. R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) |

MÚSICA: Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 3221-6769 | BOTECO 13. Dr. Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | bukus anexo. Rua Osmar Meletti, 275. Cinquentenário. 3215-3987 | BULLS. Dr. Augusto Pestana, 55. Estação Férrea. 3419.5201 | CACHAÇARIA SARAU. Coronel Flores, 749. Estação Férrea. 34194348 | cond. Angelo Muratore, 54. Dellazzer. 3229-5377 | HAVANA. DR. AUGUSTO PESTANA, 145. mOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004 | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | NOX VERSUS. Darcy Zaparoli, 111. vilaggio Iguatemi. 8401-5673 | OLIMPO MUSIC. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11655, São Leopoldo. 3213-4601 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PEPSI club. Rua Guerino Sanvitto, 1412. Villaggio Iguatemi.3019-0809 | PORTAL BOWLING. RS 453, KM 2, 4140. SHOPPING MARTCENTER. 3220-5758 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616

CA

MA RIM

Marcelo Aramis

galerias: campus 8. Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | ESTAÇÃO SAN PELEGRINO. Av. Rio Branco, 425. São Pelegrino. 3022-6700 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3215-4301 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462. pio x. 3221-5233 |

Duração

Classificação

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura Bonecos. Comédia. Documentário. Drama Fantasia. Ficção.Científica. Faroeste Infantil. Romance. Suspense. Terror. Musical. Policial.

Música Blues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

Dança Clássico. Folclore. Hip.hop

Contemporânea. Flamenco. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre Salão.

Artes Acervo. Fotografia. Pintura.

Desenho. Grafite.

Diversas Escultura. Gravura. Instalação

O cenário serve de inspiração, mas não necessariamente. Mas não é a paisagem o que tem de mais inspirador no projeto Atelier Livre, da Curadoria Mona Carvalho. A proposta de arte em local aberto promove o diálogo entre os artistas: as obras em formação ficam expostas e eles pintam, desenham, esculpem, fotografam, param para conversar com os curiosos, tomam chimarrão. Nesta edição, que ocorre no sábado (26), das 15:00 às 18:00, no Zoológico da UCS, os convidados especiais são Artur Volpato, Daniela Antunes, Lindonês Silveira, Natalia Bianchi, Matias Lucena e Rafael Dambrós. Passe lá para interromper as criações e bater um papo. Ou para fazer a sua arte ao lado deles.

Fora da agenda

TEATROS: teatro municipal. Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | CASA DE TEATRO: Rua Olavo Bilac, 300. São Pelegrino. 3221-3130

Legenda

Tintas no zoo

* A colunista Carol De Barba (1ª Fila) está em férias.

A Galeria Municipal do Ordovás está vazia e sem previsão de ter uma nova exposição, pelo menos em fevereiro. Não é um desperdício do melhor espaço de exposições em Caxias? Reconduzida ao cargo de diretora da Unidade de Artes Visuais, Carine Turelly tem respostas. Nesse período é difícil compor a agenda, os artistas preferem expor quando o ano começa de fato. E o Acervo Municipal de Artes Plásticas (Amarp) – tem coisas ótimas lá, você nunca viu? – não poderia sair da geladeira no verão? Poderia, mas o Amarp não foi feito para tapar buraco de agenda e, segundo Carine, suas saídas à galeria têm maior apelo educacional do que qualquer exposição. Daí a opção por mostrá-lo também quando o ano começa. Além disso, por mais tranquila que tenha sido a transição Sartori/Alceu – na Cultura se mantiveram quase todos os cargos – o período de leves incertezas travou o planejamento. Agora que cada um voltou à sua mesa, da qual nem tirou seus objetos pessoais, pode-se voltar a fazer planos. Enquanto a galeria passa por pequenas manutenções, Carine providencia uma nova exposição. Então, que tal aproveitar a calmaria e pensar em ampliar o horário de atendimento da galeria, que hoje não funciona nos horários do cinema e shows no Zarabatana, com grande circulação de público? Carine pensa nisso todos os dias, mas, por falta de pessoal (só um guarda municipal não é suficiente), ainda não colocou no papel. Por enquanto, fica só a utopia de transformar a visita à galeria em um programa cultural independente, não uma atividade de intervalos. E a galeria fica muito tempo vazia até quando está aberta. 25.JAN.2013

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CARROS E MOTOS

Divulgação/O Caxiense

Carros mais baratos até março Uma das principais bandeiras do governo federal é estimular o crescimento econômico focando em corte de impostos e tributos. Além da chamada linha branca (geladeiras, fogões, lavadoras e micro-ondas), a partir desde mês, os carros contam com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Porém, o reajuste ocorre gradualmente e as alíquotas do imposto sobem no decorrer do ano. Para automóveis de até 1.000 cilindradas, a alíquota normal de IPI era de 7%. De janeiro a março deste ano, passa a ser de 2%. Já de abril a junho de 2013, aumenta para 3,5%. A partir de julho de 2013, a alíquota deve voltar ao normal, ou seja, 7%.

Recorde de vendas

Com imposto reduzido desde o ano passado, as vendas de veículos bateram recorde. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram comercializadas 3.807.859 veículos em todo o país em 2012, um aumento de 4,65% em relação a 2011. Excluindo-se o comércio de caminhões e ônibus, as vendas de veículos (carros e comerciais leves) cresceram 6,11% em 2012 em comparação ao ano anterior.

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Alíquota atual

Abril a junho

Automóveis

Alíquota normal

Até 1.000 cc

7

2

3,5

De 1.000 cc a 2.000 cc (flex)

11

7

9

De 1.000 cc a 2.000 cc (gasolina)

13

8

10

Utilitários

8

2

3

Caminhões

5

0

0

Atraso na Rota do Sol Aquele buraco no asfalto ou o trecho sem pavimentação adequada na Rota do Sol ainda está difícil de ser arrumado. Isso porque o edital que contratará uma empresa para obras na rodovia e em outras 3 estradas na Serra Gaúcha, ainda não foi publicado. Segundo a Central de Licitações do Estado do RS (Celic), faltariam especificações técnicas, como espessura do asfalto e o tipo de material utilizado na recuperação das rodovias. Ante-

(janeiro a março)

riormente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou irregularidades no edital, na exigência de qualificação técnica quantitativa de engenheiros para as obras. O Crema/Serra prevê investimento de mais de R$ 140 milhões para recuperar 196 quilômetros da RS-324, entre Nova Araçá e Nova Prata, a RS-470 entre Nova Prata e Bento Gonçalves, a RS-122 entre Ipê e a localidade de Samuel, e a Rota do Sol entre Caxias e Lajeado Grande.


GARAGEM Bem pra carro de menininha (limpinha!). Sapo lúdico lembra acessório de criança. Elo 7 | R$ 20

Vrumm

Essa é para os garotos. O carro do modelo é um Audi TT, feito de feltro. Pode ser também uma sugestão de presente.

Terror

O detalhe na cabeça da caveira mostra a tendência a lixeira ser adotada por uma mulher.

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Frog

Elo 7 | R$ 17

Meigo

O símbolo da sorte e do amor para os asiáticos é uma lixeirinha bem feminina. Elo 7 | R$ 20

Elo 7 | R$ 6

Grandão

É o que menos precisa de trocas, pelo tamanho. Tem 25 cm de altura. Elo 7 | R$ 18

1,6 habitante por veículo

Fim do pedágio Caxias-Farroupilha

Você deve ter reparado que o número de veículos nas ruas de Caxias do Sul aumentou. E os números comprovam. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), a frota caxiense apontou crescimento de 14.998 veículos em 2012, comparando com números de 2011. Atualmente, são 263.964 veículos em circulação na cidade, uma média de 1,6 habitante por veículo. Segundo o secretário municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidades (SMTTM), Zulmir Baroni Filho, ainda é cedo para pensar em rodízio de carros na cidade. Veja outros dados em: goo.gl/ZWSAS.

Após 14 anos de concessão, os gaúchos estão próximos de ver o fim das praças de pedágio. Na terça (22), o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES/RS) divulgou o cronograma de encerramento do contrato de concessão nos 7 polos de pedágio: Carazinho, Metropolitano, Lajeado, Farroupilha, Gramado, Santa Cruz do Sul e Vacaria. Em Farroupilha, o fim está marcado para o dia 16 de abril. Na última semana,

O CAXIENSE lançou em seu site a contagem regressiva para a extinção da praça. O contador permanecerá na barra lateral do site da revista até que a cobrança do pedágio seja encerrada. O CDES/RS também marcou uma audiência pública na cidade para 5 de abril (exatos 11 dias antes do término) para debater o novo modelo de concessão de pedágios, que deve passar a entrar em vigor ainda neste ano. Veja mais em: goo.gl/w9oFA

25.JAN.2013

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