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Promovendo uma indústria siderúrgica vibrante
O Brasil desempenha um papel significativo nos mercados globais de aço e matérias-primas relacionadas. É um dos maiores produtores de minério de ferro do mundo e de longe o maior produtor de aço da América Latina. No entanto, o setor siderúrgico do país enfrenta algumas vulnerabilidades associadas à recente desaceleração da economia e do mercado siderúrgico global.
O setor siderúrgico continua a sofrer pelo excesso de capacidade, o que pesou na viabilidade financeira de muitos produtores de aço – inclusive no Brasil – e levou a uma escalada dos atritos comerciais. O Brasil é a 9ª maior economia produtora de aço do mundo. Em 2021, a produção de aço no Brasil atingiu 36 milhões de toneladas (mmt), representando 1,8% da produção mundial de aço bruto e representou a maior parte da produção de aço da América do Sul. Com uma produção de 388 mmt de minério de ferro em 2020, o Brasil é também o segundo maior produtor de minério de ferro (15,7%) e o segundo maior exportador do mundo (21%).
A OCDE coopera com o Brasil para monitorar a evolução do mercado e das políticas do aço, bem como para promover o ajuste estrutural no setor siderúrgico. O Comitê do Aço da OCDE tem mantido um relacionamento longo e frutífero com o Brasil, que participa ativamente das discussões do Comitê como Associado desde 1996. O Brasil é membro fundador do Fórum Global sobre Capacidade Excedente de Aço (GFSEC), criado em 2016, e tem desempenhado um papel ativo em todas as suas deliberações até o momento.
A cooperação com o Brasil no Comitê do Aço e no GFSEC contribui significativamente para o diálogo internacional compartilhado sobre a questão do excesso de capacidade siderúrgica, comércio de aço e matérias-primas, modernização da indústria, ajuste estrutural, inovação e desafios ambientais. O GFSEC ajuda a aumentar a transparência no que diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de produção de aço e políticas e medidas governamentais relevantes, além de fornecer uma plataforma única para desenvolver ações coordenadas e eficazes para enfrentar o desafio global do excesso de capacidade.
A OCDE também está comprometida em continuar o engajamento com os atores da indústria siderúrgica brasileira, inclusive através do Instituto Brasileiro de Siderurgia e da Associação Aço América Latina, que são regularmente convidados para reuniões e workshops do Comitê do Aço para compartilhar suas opiniões sobre as perspectivas do mercado e para informar os formuladores de políticas sobre sua posição em questões comerciais e estruturais.