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ENTREVISTA

Conversamos com Rodrigo Carneiro, CEO do Mercadocar e Presidente da ANDAP

MERCADO

Confira mais um boletim exclusivo do Pulso do Aftermarket

GESTÃO

Em mais uma aula o Professor Scopino te ajuda a implantar uma ficha de reclamação

EM BREVE NA SUA OFICINA

Veja o que os reparadores independentes acharam do WR-V, o menor SUV da Honda

TECNOLOGIA HÍBRIDA

Você sabia que existem carretas que transportam vidros planos? Entenda como!

REPARADOR DIESEL

Passo a passo da manutenção no sistema de injeção diesel da Ford Ranger

LANÇAMENTO

Renault Kwid chega com reestilização e alguns aperfeiçoamentos mecânicos

FUNDO DO BAÚ

Vamos passear em um carro que se tornou lenda, Pontiac GTO 1964!

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Aprenda a fazer um diagnóstico avançado com aplicação da tríade

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Veja as principais análises e diagnósticos com nossos consultores!

DIRETO DO FÓRUM

Os casos mais complicados e solucionados no Fórum Oficina Brasil

REPARADOR DIESEL

Acompanhe a segunda parte sobre o reparo da Ford Ranger equipada com motor 3.2 Duratorq 24

Pág. 37

:: Números CAL

(Central de Atendimento ao Leitor)

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Cartas.....................................................................0 WhatsApp.....................................................................16 E-mails............................................................ 5 Telefonemas...........................................10 Site..............................................................78 Total...........................................................109

SOLICITAÇÕES

Assinaturas....................................................33 Alterações de cadastro..........................45 Outras.................................................50

Total..................................................128

50

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Cliente chegou na oficina reclamando que o câmbio automático da Zafira AW 50-40 parava de funcionar a cada 100 metros, entenda mais sobre este caso

?? 54

TÉCNICA

O evaporador também tem avanços tecnológicos que melhoraram a sua eficiência na troca de calor e o Professor Gaspar te mostra como!

TÉCNICA

Hoje, vamos desvendar a eletrônica por trás dos acionamentos de injetores e unidades injetoras Diesel. O técnico André Miura irá te ensinar o passo a passo

Referência quando o assunto é mercado de reposição, o atual CEO do MercadoCar acaba de ser renomeado como presidente da ANDAP. Em entrevista exclusiva, o executivo nos conta sobre a experiência e expectativas no setor automotivo

Rodrigo Carneiro conta sua trajetória, desafios e percepções sobre o mercado aftermarket

Da Redação

Consta em nossos registros que o senhor concedeu a sua primeira entrevista ao Oficina Brasil (então Motor 100%) em 1996. O material ressalta sua migração da área financeira para o setor de autopeças. Conte-nos um pouco deste momento de sua vida profissional.

Foi um momento importante e difícil em minha carreira. Comecei no mercado financeiro em instituições multinacionais, líderes mundiais. O mercado financeiro tem um glamour e uma atratividade diferente de outros segmentos e para quem está começando, é muito difícil outra opção. Cheguei aos 40 anos de idade sendo diretor de duas diferentes e importantes instituições financeiras, o que muito me orgulha e, claro, não sinalizava nenhuma mudança de segmento.

Algumas decepções e discordâncias quanto a princípios me incentivaram a olhar para o mercado e, encurtando a história, um dos processos via head hunter me levou até o Grupo Comolatti. Por lá, fiquei mais de 20 anos de uma rica, agradável e produtiva experiência. Aprendi muito e devo a permanência no mercado àquela excepcional escola. Meu eterno agradecimento a todos da Comolatti, mas não poderia deixar de centralizar minha gratidão na pessoa do Sergio Comolatti, grande mestre.

Mas não vou deixar de citar minha passagem igualmente rica e produtiva pela diretoria da Barros, com laços mantidos até aqui.

Há mais de dois anos no Mercadocar posso afirmar que minha formação no aftermarket se aproxima do encerramento de um ciclo.

Sem qualquer dúvida o que aprendi e aprendo na ANDAP/ SICAP, ao me relacionar com empresas associadas de elevado nível e com empresários e executivos, que tanto contribuem para nosso segmento me fazem afirmar que a troca do mercado financeiro pelo de reposição valeu muito a pena (não ganhei dinheiro, mas fiquei milionário em relacionamentos e conhecimento).

Quando estreou no setor de autopeças há mais de 25 anos, o senhor tinha expectativas de alcançar a projeção que conquistou em nosso segmento?

Não fazia ideia, as coisas foram acontecendo naturalmente. Passei a fazer parte da diretoria da ANDAP e do SICAP logo no começo e me envolvi com esta área. Tive oportunidade de poder defender vários temas relevantes para o setor e contribuir, de alguma forma, para o desenvolvimento do setor. Poder me dedicar ao trabalho da associação e doar tempo para causas coletivas importantes visando o fortalecimento do aftermarket são motivações que me movem todos os dias. Acabei de iniciar nova gestão 2022/2026 à frente da presidência da ANDAP e vicepresidência do SICAP para mais um mandato com muitos desafios pela frente junto com a diretoria. Vamos enfrentar as transformações do mercado que estão acontecendo em ritmo bem acelerado, como por exemplo, novos modelos de negócios e o aumento da presença do digital. Também lidamos com temas relacionados a questões institucionais e extremamente complexas no Brasil como sistema tributário, trabalhista, LGPD segurança jurídica e o relacionamento com outras instituições públicas e privadas.

Enfim, são muitas mudanças em curso em um mercado dinâmico como o nosso.

grado, o senhor desempenha funções como líder em instituições como ANDAP e SINCAP. Qual a fórmula para conciliar atividades de tanta responsabilidade e com focos diversos?

ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO controle, disciplina e, sem dúvida, forte vocação para trabalhar o coletivo sem esperar qualquer retribuição senão o ORGULHO DE PERTENCER E CONTRIBUIR. Importante lembrar a todos que jamais qualquer diretor da ANDAP e ou SICAP recebeu ou recebe qualquer provento, a qualquer título – sequer verba de representação. O estímulo, insisto, é o orgulho de pertencer e contribuir, por si só, é gratificante o suficiente.

Hoje o senhor ocupa o cargo de CEO à frente da MercadoCar, um modelo de negócios impensável nos anos 90. O senhor acredita que o setor ainda oferece oportunidades para novos negócios “disruptivos”?

O modelo era impensável, mas não para o Roberto Gandra, felizmente. Deu no que deu.

Da mesma forma, sem dúvida, que oferece ainda alternativas de diferenciais e especializações. Há muitas oportunidades no aftermaket... Distribuidores e varejos têm muito para evoluir com a parte digital. Hoje falamos em figital, a integração do físico com o digital, inclusive esse foi o tema do Seminário da Reposição em 2021. Essa transformação de disrupção tem muito para acontecer e deve se dar ao longo dos anos, não é algo que acontece da noite para o

dia. A pandemia, por exemplo, acelerou o processo de digitalização, mas há muito para expandir.

Como é ser protagonista e testemunha de tantas transformações no aftermarket automotivo brasileiro? O que esperar para o futuro de nossa indústria?

É muito desafiador, preciso aprender todos os dias com as novas tendências, novas tecnologias, exigências, ferramentas e principalmente novos perfis de consumo.

Além do bem-sucedido modelo de “Shopping” de autopeças da MercadoCar, outros modelos de negócios surgiram rompendo definitivamente a “velha” cascata do mercado de reposição como tão bem definiu o saudoso Gustav Borghoff. Uma vez que não temos mais definidos os três “steps” (fabricante, distribuidor, oficina) em qual dos novos modelos o senhor identifica como os que conquistarão mais espaço no mercado de reposição?

Muito além dos modelos está a evolução de todos os mercados, o que implica basicamente em atender às necessidades do consumidor final. Isto vai continuar acontecendo com muitos modelos dentro de uma cadeia produtiva e o desenvolvimento de valor agregado é que determinará o sucesso.

O papel da distribuição é fundamental para abastecer o mercado e suportar a demanda, com capilaridade e abrangência em todo o País. Esta mesma capilaridade é enriquecida pelo varejo e aplicadores, que representam 80% da manutenção da frota brasileira de veículos.

O Grupo Oficina Brasil cunho e registrou o concei-

“O mercado de reposição continuará forte e resiliente, apresentando resultados satisfatórios mesmo em momentos difíceis para a economia, como os que vivemos com a pandemia porque justamente as oficinas continuaram a trabalhar e atender o dono do carro que é quem paga a conta final”

to “DDC” Demanda Driven Company, ou seja, a empresa que orienta sua ação a partir do estudo sistemático da demanda, ou seja do principal shopper do segmento: a oficina. O senhor endossa esta percepção?

O Oficina Brasil sempre ultrapassou as barreiras dos modelos convencionais de identificação dos potenciais, aperfeiçoando modelos, desenvolvendo competências e foi um dos primeiros a utilizar, com seriedade e competência, o geomarketing.

Foi muito além de um papel de veículo midiático e, generosamente, compartilhou muita informação com o mercado.

Mais uma vez inovou e acertou.

Agora não é uma pergunta, mas um espaço para que o senhor direcione sua mensagem às nossas 53 mil oficinas qualificadas e assinantes do Oficina Brasil.

O mercado de reposição continuará forte e resiliente, apresentando resultados satisfatórios mesmo em momentos difíceis para a economia, como os que vivemos com a pandemia porque justamente as oficinas continuaram a trabalhar e atender o dono do carro que é quem paga a conta final.

Temos um modelo de mercado muito diferente dos outros países e bem consolidado com abrangência para suprir a demanda em todas as cidades deste país continental. São os profissionais da reparação que movimentam toda a cadeia produtiva e fazem o aftermarket superar as dificuldades e se reinventar diante das dificuldades.

Assim, fábrica, distribuição e varejo buscam oferecer soluções para que as oficinas continuem evoluindo para atender consumidores cada vez mais informados, conectados e exigentes.

Acompanhe o desempenho do setor de reposição assinando o relatório quinzenal que se tornou indispensável para os tomadores de decisões no aftermarket.

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