Revista Esquadro | 03
A FLOR SÍMBOLO DA MAÇONARIA
MIOSÓTIS
Myosotis L., é um gênero de plantas com flor da família Boraginaceae (ordem Lamiales), herbáceas, anuais, que agrupa as espécies conhecidas pelo nome comum de miosótis ou não-me-esqueças. O género apresenta elevada biodiversidade com cerca de 89 espécies consideradas como validamente descritas, algumas delas cultivadas como planta ornamental nos jardins das regiões temperadas e subtropicais. A Miosótis contrariamente ao que julgamos, esta pequena flor são inflorescências terminais, parecidas com a forma de espiga longa da qual emergem formações de flores muito curtas e azuis. Floresce na primavera. A sua origem aponta para a Rússia, embora esteja disseminada por todos os continentes. Gosta de temperaturas baixas e de ambientes de altitude, daí ser muito comum no Andes. A pequena flor amplifica a sua beleza quando se encontra em buquê. Vergissmeinnicht, em alemão; forget-me-not, em inglês; forglemmigef em dinamarquês; ne m’oubliez pás, em francês; non-ti-scordar-di-me, em italiano; não-te-esqueças-de-mim, em português. Diz a lenda que Deus assim chamou a florzinha porque ela não conseguia recorda-se do próprio nome. O nome miosótis (Myosotis palustris) significa orelha de camundongo, por causa do formato das pétalas. O folclore europeu atribui poderes mágicos ao miosótis, como o de abrir as portas invisíveis dos tesouros do mundo. O tamanho reduzido das flores parece sugerir que a humildade e a união estão acima dos interesses materiais, porque é notada principalmente quando, em conjunto, forma buquês no jardim. Quanto às lendas associadas, são elas diversificadas, sendo que algumas recuam à Criação, o relato diz que Adão, ao dar nomes às plantas do Jardim do Éden, não viu a pequena flor azul. Mais tarde, percorrendo o jardim para saber se os nomes tinham sido aceitos, chamou-as pelo nome. Elas curvaram-se cortesmente e sussurravam sua aprovação. Mas uma voz delicada a seus pés perguntou: “- E eu, Adão, qual o meu nome?” Impressionada com a beleza singela da flor e para compensar seu esquecimento, Adão falou: “ – Como eu me esqueci de você antes, digo que vou chamá-la de modo a nunca mais esquecê-la. Seu nome será nãote-esqueças-de-mim.” Outra lenda ancestral coloca a pequena flor na margem de um rio, na qual passeava um cavaleiro medieval acompanhado da sua amada. Ao tentar apanhar a flor para presentear a dama caiu ao rio, afundando-se com alguma rapidez devido ao peso da pesada armadura. No seu infortúnio ainda teve tempo para gritar à mulher amada; “ não-me-esqueças”.