Revista Só Futebol 02

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ANO 1 • EDIÇÃO 2 • 2014 • R$10,00

SUBURBANA Quem é quem no futebol amador

Marcelo Bolt Entrevista exclusiva com o atacante do Atlético

Pedaço da Europa Trieste traz de Moscou a inspiração para seu estádio

CAMPEONATO

BRASILEIRO Depois da pausa, ele está de volta


Consulte tabela nutricional, área, taxa de entrega e regulamento completo do delivery no site habibs.com.br. Fotos Ilustrativas. Produtos podem conter glúten. Consumo de bebida alcoólica proibido para menores de 18 anos. Se beber não dirija. Beba com moderação.




EDITORIAL

A

Copa acabou. Não da forma como queríamos, mas, ainda sim, ela deixa saudades. O clima de Mundial, todas as partidas, os estrangeiros pela cidade... Agora a vida segue seu ritmo normal. Apesar disso, o coração continua batendo forte (e ainda mais forte) para quem é fã de futebol: o Brasileirão está de volta! Nesta edição da Revista Só Futebol, fizemos um apanhado de como as coisas estavam antes da pausa e o que os times esperam das próximas rodadas. Conversamos ainda com Marcelo, destaque do Atlético, que nos contou sobre sua história e seus sonhos. Fomos em busca de Régis, ídolo paranista, para saber por onde ele anda, o que tem feito, e como vê o futebol paranaense hoje. Quanto às nossas jovens promessas, conversamos com a equipe do Coritiba sobre o novo formato de peneira usado pelo time. Batemos um papo com Dionga sobre sua trajetória com o futebol e pedimos seus pitacos a respeito dos principais times do Brasileirão. Novidade da Só Futebol, também estamos com uma página do Facebook (Facebook.com/revistasofutebol)! Por lá você confere notícias sobre o universo do nosso esporte favorito e ainda acompanha promoções imperdíveis.

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Jornalista Responsável Thais Vaurof – Mtb: 8270/PR thais@olikcomunicacao.com.br contato@olikcomunicacao.com.br

Colaboradores Mahani Siqueira, Rafael Falavinha, Thalita Uba e Arieta Arruda

Revisão Thalita Uba (Lumos Traduções)

Projeto Gráfico e diagramação Lais Pancote

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Seja bem-vindo à nova edição da Revista Só Futebol!

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Sumário

20 ANO 1 • EDIÇÃO 2 • 2014 • R$10,00

SuBurBaNa Quem é quem no futebol amador

MARcELOBOLt Entrevista exclusiva com o atacante do Atlético

Pedaço da euroPa Trieste traz da

Rússia a tecnologia para seu estádio

CaMPeoNaTo

BRASILEIRO Depois da pausa, ele está de volta

NOSSA CAPA fotoS: Divulgação e Foto Digital Produções MONTAGEM: Lais Pancote

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Brasileirão

O campeonato brasileiro está de volta e os destaques dos times paranaenses estão prontos para mostrar seu talento em campo

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Entrevista

Marcelo, atacante do CAP, em uma conversa descontraída sobre esporte e sua carreira

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Copa

A vitória da Alemanha e um panorama de como foi o Mundial em Curitiba

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Mundial

Com apenas 14 anos, curitibana é gandula do jogo de estreia do Brasil contra a Croácia

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Por onde anda

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Saúde

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Futebol 7

O ex-goleiro Régis se dedica aos negócios em outra capital

As lesões na coluna afetam atletas de diferentes esportes

Antes conhecido como futebol society, o futebol 7 ganha destaque entre os jogadores


40 54

40 46

Imprensa

Imagens incríveis de um fotojornalista paranaense

Futebol de Base

As tradicionais peneiras do futebol de base ganham novas estratégias no Coritiba

50 54

ESTRUTURA

O novo campo do Trieste tem ainda mais estrutura para os jogadores que se destacam por lá

Perfil

Dionísio Filho, o Dionga, e seu talento e sinceridade, dentro e fora dos campos

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Interior

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Suburbana

Cascavel promete ser destaque na Série B do Campeonato Paranaense

Os times das Séries A e B da Suburbana se preparam para entrar em campo

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Brasileirão

O Brasileirão voltou

N 8

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o dia 15 de julho, a bola começou a rolar na Série B e, no dia 16, na Série A. Durante a pausa para a Copa do Mundo, o que rolou com o seu time? Quais as expectativas? Lembra como parou? Nada como retomar a competição com todas as informações frescas na cabeça. Após 45 dias de intervalo, aproximadamente 1.079 horas parados, saiba como estão Atlético Paranaense e Coritiba para o retorno à Série A, e o Paraná para tentar a recuperação na Série B.

© Divulgação

Após aproximadamente 1.079 horas parada, a bola voltou a rolar. Saiba o que esperar de Atlético, Coritiba e Paraná


Atlético Paranaense Na pausa para a Copa do Mundo, o Furacão teve 11 dias de folga. Após esse período, treinou no CT Barcelos, em Curitiba, já que a seleção da Espanha estava utilizando a infraestrutura do CT do Caju. A notícia mais impactante da pausa foi a contratação do técnico Doriva, campeão paulista com o Ituano em 2014, e que tem no currículo, como jogador, a disputa de uma Copa do Mundo, em 1998. “Estou muito feliz de chegar a um clube como o Atlético Paranaense. Estou motivado para trabalhar e vamos fazer com que o time siga jogando bem. Quero agregar para a equipe e seguir evoluindo a cada jogo”, comentou o treinador quando anunciado, no dia 16 de junho. Foram três semanas para trabalhar com a equipe. “Acho que

tivemos uma evolução e foi importante o crescimento que o grupo apresentou. Temos um time jovem e que sabe jogar muito bem em velocidade, mas temos que amadurecer as situações em que a equipe precisa propor o ritmo da partida”, avaliou o comandante. O novo treinador espera ter imposto sua filosofia de jogo nos novos comandados. “O time tem que ser competitivo. Precisamos nos preparar bem para ter um espírito

de ‘briga’, a luta pela vitória sempre, independentemente da situação e do resultado. Quero uma equipe bem equilibrada na defesa, no meio e no ataque. O time precisa saber o que quer dentro de campo, mostrar um perfil vencedor, mas sempre jogando com a devida precaução que temos que ter durante os jogos”, afirmou. O treinador exaltou ainda a compreensão dos jovens atletas ao que foi solicitado. “Evoluímos bastante. Acho que os

“O time tem que ser competitivo. precisamos nos preparar bem para ter um espírito de ‘briga’, a luta pela vitória sempre, independentemente da situação e do resultado. Quero uma equipe bem equilibrada na defesa, no meio e no ataque." Doriva, técnico do Atlético Paranaense

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Brasileirão jovens assimilam rápido as coisas. Passamos para eles algumas situações que precisamos ter, como posse de bola e qualidade para administrá-la no campo adversário. Cobrei muito e pude ver que eles conseguiram cumprir essa meta. Isso me agrada”, concluiu Doriva.

Mercado Furacão Quem chega: Derley (Náutico) e Dellatorre (QPR-ING)

Quem sai: Manoel (Cruzeiro), Felipe (Figueirense) e Zezinho (Chapecoense)

Destaque Rubro-Negro

Nome: Weverton Pereira da Silva

Idade: 26 anos

Nascimento: 13 de dezembro de 1987

Altura: 1,89 m

Pé: Destro

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O grande nome do Atlético Paranaense é seu goleiro, Weverton. O camisa 12, número escolhido pelo próprio arqueiro, nasceu em Rio Branco, no Acre, e chegou ao Furacão em 2012, após destacar-se na Portuguesa. Apesar da desconfiança da torcida com sua chegada, o jovem jogador de 26 anos foi aos poucos ganhando a torcida até tornar-se unanimidade nos dias de hoje. Além de mostrar reflexos apurados e bom posicionamento, características que rendem defesas espetaculares e consideradas de nível dificílimo, Weverton chama a atenção por um ponto não muito comum para os jogadores de sua posição: a grande habilidade em jogar com os pés. Na última partida do Rubro-Negro antes da parada da Copa, na vitória por 3 a 1 diante do Figueirense em Florianópolis, o arqueiro fez pelo menos quatro defesas espetaculares que garantiram o resultado. Por esses fatos, tem o respeito da torcida e de seus companheiros e é o capitão do Furacão.


Mercado Coxa Quem chega: Hélder (Bahia), Elber (Cruzeiro) e Martinuccio (Cruzeiro)

Quem sai:

© Foto Digital Produções / © divulgação

Coritiba Celso Roth salientou os principais pontos trabalhados na parada para a Copa. “A bola parada a favor, contra, faltas, arremesso lateral, isso tem que ser muito bem trabalhado. Vimos na Copa que ainda se toma gol de lateral. Temos que cuidar disso”, comentou o treinador do Coritiba. A equipe acabou perdendo alguns atletas na movimentação do mercado, mas trouxe três reforços, o principal deles é o meia-atacante Martinuccio, que chega do Cruzeiro. “Não conseguimos repor o elenco como gostaríamos. Queríamos ter a possibilidade de outras contratações, mas, neste momento, não temos e não vemos no mercado uma

Victor Ferraz (Santos), Moacir (Figueirense – não passou no teste e apresentou problema cardíaco), Abner (rescisão), Roni, Diogo e Jajá

"Nosso grupo tem qualidade, agora já com outro tipo de trabalho e de metodologia. Esperamos que essa equipe nos dê um retorno e não é para daqui a pouco, é para ontem." Celso Roth, treinador do Coritiba situação clara que possa vir a nos ajudar”, avaliou Roth. No período de intervalo, o Coritiba ficou concentrado no CT da Graciosa e venceu dois jogos-treinos, contra o Foz do Iguaçu e contra o Camboriú. “Nosso grupo tem qualidade, agora já com outro

tipo de trabalho e de metodologia. Esperamos que essa equipe nos dê um retorno, e não é para daqui a pouco, é para ontem. Quando conseguimos a vitória, que poderíamos ter embalado, o campeonato parou. Agora, começa tudo de novo”, destacou Celso Roth.

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Brasileirão Destaque Coxa

Nome: Alexsandro de Souza

Idade: 36 anos

Nascimento: 14 de setembro de 1997

Altura: 1,74 m

Pé: Canhoto

Ídolo. É a melhor palavra que pode definir o sentimento da torcida coxa-branca para com Alex. Craque de habilidade, técnica e posicionamento invejável, o meia iniciou sua carreira nas categorias de base do Coritiba e é torcedor declarado do alviverde paranaense. Após explodir para o futebol, rodou por times do Brasil e foi para a Turquia, onde também fez seu nome e tornou-se ídolo, mas nunca escondeu sua vontade de retornar ao Coritiba e aposentar-se no time do coração. Em 2013, retornou ao verdão de tantas glórias. No mesmo ano, conquistou seu primeiro título com a equipe, o de campeão Paranaense. Por tudo o que fez e por onde foi, levou o nome do Coxa e é respeitado pela torcida. Este ano, anunciou sua aposentadoria ao término do Campeonato Brasileiro. Aos 36 anos, Alex aproveita seus últimos momentos em campo. Apesar da idade, mostra que tem coisas que não mudam. Especialista em bolas paradas e com passes precisos, além, claro, de muitos gols, é sem dúvida o grande nome do Coxa para a temporada e a esperança da torcida alviverde.

No período de pausa da competição, a equipe paranista realizou diversas atividades com as categorias de formação, buscando uma integração e quem sabe possíveis reforços para a equipe principal. “É importante observar os atletas em campo e também conhecer melhor os jogadores que temos na base. Buscamos essa integração para fortalecer mais o clube”, avaliou o técnico Claudinei Oliveira. O treinador comentou sobre a preparação para o retorno da competição. “Foi um período de muito trabalho,

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© Divulgação

Paraná Clube


empenho e comprometimento. No início, fizemos mais treinos e testes físicos. Mas depois a ênfase foi total em atividades técnicas e táticas”, explicou o comandante.

Oliveira lamentou a situação financeira tricolor, o que atrapalhou a intertemporada. “Perdemos treinos que seriam mais elaborados e com as negociações e reuniões

dos atletas, acabamos tendo um tempo mais curto para trabalhar. Mas não adianta lamentar, temos que confiar na superação do grupo”, concluiu Claudinei Oliveira.

Nome: Lúcio Flávio dos Santos

Idade: 35 anos

Nascimento: 3 de fevereiro de 1979

Altura: 1,75 m

Pé: Destro

Destaque Tricolor

Paraná. Após explodir no Tricolor, Lúcio Flávio é cria tricolor. Surgiu rodou por grandes clubes do cepara o futebol no Paraná em 1997, nário nacional e tentou a sorte em aos 18 anos. Apontado como cra- alguns times da Ásia. Em 2012, retornou ao Paraná que, o jogador é um meia clássico, de técnica refinada e bom passe. É Clube e, desde então, tem sido o grande articulador de jogadas do referência no meio de campo da

equipe, que busca retornar à Série A. Dono de uma bola parada fatal, é a grande esperança do Tricolor para se recuperar na competição e voltar à elite do futebol. Respeitado pelos torcedores, é o capitão da equipe e torcedor declarado do Paraná.

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Entrevista

Furacão Bolt Atacante Marcelo é comparado ao grande nome da velocidade Usain Bolt. De origem humilde, o jogador é destaque do Rubro-Negro

O

anos, do Atlético Paranaense, está longe do final, mas já conta com muita emoção e reviravoltas, e aponta para a conquista daquele velho sonho de infância de ser um grande jogador de futebol. O atleta é bicho do Paraná, nasceu em Maringá, e teve uma infância difícil. De família humilde, viu o pai batalhar para vencer na vida e tentar dar o melhor para a família. Por alguns momentos, chegou a passar necessidade. Viveu um período conturbado com a separação dos pais, o que dificultou seu crescimento. Por sorte, veio a reconciliação e, aos poucos, as coisas começaram a se encaixar. “Agradeço por tudo o que passei. Foi o que me fez crescer e me tornou mais forte”, lembra o jogador.

© Studio GaEa/Ale Carnieri

O mundo dá voltas. Um ditado antigo, que faz muito sentido no universo do futebol. Em um momento você pode estar por baixo, mas a vida prega peças e a qualquer instante o mundo gira e você vai para o topo – às vezes, até de forma estranha e inesperada. Há quem acredite que o grande segredo para essa reviravolta é a autoconfiança do atleta. Narrativas comuns no meio da bola, de superação de obstáculos, de infância difícil, mas que podem ter final feliz. A história do atacante Marcelo Cirino, de 22

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“Agradeço por tudo o que passei. Foi o que me fez crescer e me tornou mais forte.”

Marcelo Cirino 22 anos, atacante do Atlético Paranaense

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Entrevista Quando criança, tinha como passatempo favorito a bola e até fugia da escola para poder jogar com os amigos. Na rua, qualquer objeto servia para ativar a imaginação e já visualizar um campo de futebol completo. Foi nesse sonho que as coisas começaram a

acontecer. “Eu jogava na escola e, certo dia, um amigo me chamou para treinar em uma escolinha nova que precisava de gente. Não tinha dinheiro para me deslocar, então ia de bicicleta ou a pé mesmo. Em 2004, parei de jogar e fiquei um ano sem treinar,

Bate-pronto Família: Tudo Atlético Paranaense: Especial Treinador: Wagner Mancini Gol: Atlético-PR x Guarani, em 2012 Com quem gostaria de ter jogado: Ter jogado mais com o Romário Local: Minha casa Gol mais bonito: Palmeiras x São Paulo, em 2002 Comida: Arroz, feijão e carne

Ídolo: Cristiano Ronaldo Sonho: Real Madrid Marcelo: Um cara divertido

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© Studio GaEa/Ale Carnieri

Filme: Golpe Baixo


“Fiz meu primeiro gol no profissional, no dia 15 de novembro de 2009, dia do aniversário da minha mãe.”

devido aos problemas dos meus pais. Depois que retornei, tive uma passagem pelo time do Maringá, na parceria com a ADAP, e depois fui para outra escolinha, onde me destaquei”, explica o atacante. Foi então que sua vida mudou. As boas atuações chamaram a atenção e um observador técnico de um grande time apareceu. “Foi em 2008. Apareceu o Ticão, que era olheiro do Atlético Paranaense e me chamou para fazer um teste. Cheguei ao clube naquele ano e lá

estou até hoje”, relembra Marcelo. Sua chegada foi conturbada. Muito jovem, por várias vezes não quis ficar no clube e gostaria de voltar para a cidade-natal para ficar com seus pais. Foram pessoas importantes que o fizeram mudar de ideia. “O Marquinhos Santos, treinador do Bahia hoje, me ajudou muito. Assim como o Ticão”, comenta Marcelo, em tom de agradecimento. “Foram momentos difíceis, mas que serviram para o meu crescimento.” Adaptado ao novo time, Marcelo

viu ali crescer a chance da sua carreira. Fez parte da equipe vice-campeã da Copa São Paulo, em 2009. Em sua estreia na equipe principal, uma derrota para o Atlético Mineiro por 4 a 0 em plena Arena. “Isso foi no mês de julho. Só fui ter outras oportunidades em outubro. Lembro que fui para um jogo contra o Fluminense, e nem esperava aquilo. Foi então que fiz meu primeiro gol no profissional, no dia 15 de novembro de 2009, dia do aniversário da minha mãe”, lembra o jogador.

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Entrevista

Reviravoltas

Foi quando, pela segunda, vez o destino apareceu na vida do jogador e uma nova reviravolta aconteceu. “É até difícil falar de 2013. Foi um ano espetacular. Um ano que vou levar comigo para sempre”, destaca o atacante que foi peça fundamental para ajudar o Atlético Paranaense fazer a quinta melhor campanha no Brasileirão e assegurar uma vaga na Libertadores da América 2014.

© Studio GaEa/Ale Carnieri

Em 2010, uma lesão no início da temporada atrapalhou sua sequência e foram poucos jogos no ano. Foi então que aconteceu a primeira reviravolta na vida de Marcelo. “Em 2011, por questões burocráticas, fui emprestado para o Vitória, da Bahia. Meu contrato estava para vencer e eu não queria renovar, pois era outra diretoria e eu não me

sentia feliz ali. No Vitória, alternei bons e maus momentos”, comenta Marcelo. Em 2012, o atacante retornou para o Furacão. “Voltei em janeiro e meu contrato encerrava em março. Havia mudado o presidente e o senhor Mario Celso Petraglia me chamou com meus empresários para renovarmos. Foi mais um ano de altos e baixos, que acabou de forma positiva para mim”, afirma.

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Destaque Aos 22 anos, Marcelo é o grande destaque do Furacão. O resultado é o assédio de outros clubes do Brasil e do exterior que começam a surgir. Apesar disso, o jogador se diz tranquilo e ainda não acreditar em tudo o que aconteceu em sua vida de forma tão repentina, como a eleição de atleta revelação do Brasileirão 2013. “A ficha ainda não caiu! Às vezes, vou ao computador e olho alguns vídeos para ver se ela cai. Foi um ano realmente maravilhoso o de 2013. Eu

não me considero esse cara. Meu foco é o time. Pode até ser que eu seja para os adversários e que eu chame a atenção pelo que eu fiz, mas não me considero o principal jogador. O Atlético tem grandes nomes, alguns que estão chegando e que também farão muito pelo clube. Eu me considero mais um e só quero ajudar”, avalia o atleta. Seus sonhos parecem ter começado a se realizar. “Sonho em conquistar mais títulos e espero poder ajudar ainda mais a minha família. O mais importante é ter

saúde, o resto é consequência”, explica Marcelo. Como jogador, tem como principal característica a velocidade. Foi justamente isso que fez surgir uma comparação entre os torcedores e um apelido: Marcelo Bolt. “Acho que não tem comparação. O cara mais rápido do futebol não chegaria perto do Usain Bolt. Mesmo assim, fico feliz pela comparação, pois é um atleta excepcional e um cara sensacional. Fico contente, mas estou longe de ser um Bolt”, conclui Marcelo.

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COPA

Teve COPA em Curitiba

O Mundial teve momentos marcantes na capital e fez a alegria de curitibanos e turistas

D

aqui a 50 anos, pode ser que as pessoas não se lembrem da escalação da guerreira seleção argelina da Copa do Mundo de 2014. Pode ser, também, que nenhum curitibano consiga dizer de cabeça os nomes das seleções de Irã e Nigéria. Por mais que detalhes dos jogos fiquem perdidos na memória ao longo do tempo, teve Copa em Curitiba, sim. A capital recebeu quatro jogos e viu um artilheiro equatoriano, o adeus da vitoriosa geração espanhola, a festa argelina pela classificação. Quando quiser relembrar, é só voltar a ler esta edição da Só Futebol.

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© Maurilio Cheli/SMCS

ESTREIA Quando a bola rolou para Irã x Nigéria na Arena da Baixada, no dia 16 de junho, a Copa do Mundo já contava com 41 gols em 12 partidas, uma média de 3,41 tentos por jogo. Até então, nenhum duelo havia acabado sem que as redes balançassem ao menos uma vez. Diante de números tão animadores, a expectativa para o primeiro compromisso em Curitiba – apesar da pequena expressão dos times envolvidos – era imensa. Apesar da festa nas arquibancadas e dos excelentes números dos jogos anteriores, Irã e Nigéria fizeram uma partida sem grandes emoções para os pouco mais de 39 mil torcedores presentes. O placar ficou no 0 x 0 (o primeiro

– e um dos poucos – do torneio) e as duas seleções nem pareciam as mesmas que, nas rodadas seguintes, dariam trabalho para a Argentina de Lionel Messi. No fim das contas, a partida valeu muito como uma cerimônia

Irã Heydari (Masoud), Haji Safi, Hosseini e Sadeghi; Nekounam, Timotian, Montazeri, Ghoochannejad, Dejagah (Jahan Bakhsh); Pooladi Técnico: Carlos Queiroz

Nigéria Enyeama; Ambrose, Oshaniwa, Oboabona (Yobo) e Omeruo; Mikel, Onazi, Azeez (Odemwingie), Musa, Moses

de inauguração da nova Arena da Baixada e como um evento inesquecível para centenas de torcedores que puderam, enfim, conhecer a verdadeira Curitiba “padrão FIFA” e comemorar o retorno do Mundial à cidade depois de 64 anos.

(Ameobi); Emenike Técnico: Stephen Keshi

Data 16/06/2014 - 16h

Árbitro Carlos Vera (EQU)

Auxiliares Christian Lescano e Stefan Lupp (EQU)

Público 39.081 pessoas IRA

0

X

0

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NGA

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COPA O CRAQUE RESOLVE Equador e Honduras não se classificaram para a segunda fase da Copa do Mundo. No entanto, o duelo válido pela segunda rodada do grupo E contou com um combustível a mais. Derrotados nos jogos anteriores, os

Honduras Valladares; Figueroa, Bernardez, Izarrigue (Juan Garcia) e Bengston; Costly, Boniek (Chavez), Espinoza e Garrido; Claros e Beckeles Técnico: Luis Suárez

Equador Dominguez; Guagua, Erazo, Paredes e Noboa; Montero (Achilier), Ayovi, Caicedo (Mendez) e Antonio Valencia; Minda e Enner Valencia Técnico: Reinaldo Rueda

dois times precisavam desesperadamente da vitória para manter as chances de se manter na briga pela vaga. Na dependência do resultado, as duas seleções não tiveram medo de atacar e fizeram um jogo aberto e com várias chances de gol. Melhor para o Equador, que teve a seu favor a “arma” Enner Valencia. Jogador do Pachuca, do México, o atacante, que já havia marcado contra a Suíça, se mostrou letal e fez os dois gols que garantiram a virada dos sul-americanos na Arena da Baixada e mantiveram a equipe com chances de classificação, que acabou sendo frustrada na rodada final, após o empate com a França. O ponto alto do jogo foi o caldeirão criado pela simpática torcida equatoriana dentro da casa atleticana. A atmosfera, influenciada pela acirrada batalha dentro de campo,

mostrou a Curitiba a verdadeira festa que se faz dentro de um estádio de Copa do Mundo.

AMISTOSO Tinha tudo para ser o melhor jogo da Arena da Baixada, tinha tudo para servir como preparação da Espanha para as oitavas-de-final, tinha tudo para uma das favoritas ao título da Copa desfilar seus principais craques no gramado da Arena da Baixada, mas a partida teve seus imprevistos. Eliminadas sem marcar nenhum ponto nos dois primeiros jogos do Mundial, Espanha e Austrália fizeram um amistoso de luxo em Curitiba e protagonizaram um jogo de três gols. A seleção europeia, recheada de reservas, não teve dificuldades em dominar os australianos e conquistar a vitória por

Data 20/06/2014 - 19h

Árbitro Benjamim Williams (AUS)

Auxiliares Hakan Anaz (AUS) e Matthew Cream (AUS)

Gols Costly, 31’ (Honduras), Enner Valencia (Equador), 34’ e 65’

Público 39.224 pessoas

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HON

1

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2

EQU


AUS

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3

ESP

Austrália Ryan; McGowan, Wilkinson, Spiranovic, Davidson; Jedinak, McKay; Leckie, Oar (Troisi), Bozaniac (Bresciano), Taggart (Haloran) Técnico: Ange Postecoglou

Espanha

3 x 0, com gols de Villa, Torres e Mata. Se os curitibanos não puderam desfrutar de um duelo verdadeiramente emocionante, pelo menos poderão falar para os netos que assistiram à grande atuação de Iniesta no jogo que marcou o fim de uma era.

ARGÉLIA HISTÓRICA

© Andrew Boyers / © Maurilio Cheli/SMCS

Argélia e Rússia fizeram um jogo tenso, brigado e emocionante desde os primeiros minutos. Era a última rodada do grupo H e as duas seleções tinham

chances de classificação. O clima era de final de campeonato tanto dentro quanto fora de campo. Nas arquibancadas, a torcida argelina dava um show, com direito a muito incentivo ao time e até sinalizadores. O jogo sentiu o reflexo e se incendiou. A Rússia saiu na frente logo aos seis minutos de jogo, com um gol que colocaria a seleção europeia nas oitavas de final. O empate daria a vaga à Argélia, que não sossegou enquanto não atingiu a igualdade, conquistada

Reina; Juanfran, Sergio Ramos, Albiol, Alba; Alonso (David Silva), Koke e Iniesta; Cazorla (Fàbregas), Torres e Villa (Mata) Técnico: Vicente Del Bosque

Data 23/06/2014 - 13h

Árbitro Nawaf Shukralla (BHR)

Auxiliares Yaser Tulefat e Ebrahim Saleh (BHR)

Gols David Villa, 36’, Fernando Torres, 68’, Mata, 82’

Público

SEDE DOS CAMPEÕES Hospedados no CT do Caju, os craques da seleção espanhola tiveram Curitiba como casa durante a Copa do Mundo. Depois de eliminados, antes do duelo contra a Austrália, passearam pela cidade e visitaram shoppings e uma churrascaria. Curitibanos mais sortudos puderam esbarrar em estrelas como Gerard Piqué, Sergio Ramos e Cesc Fàbregas pelas ruas da capital. O meia Juan Mata, jogador do Manchester United e autor do último gol espanhol no torneio, elogiou as

39.375 pessoas instalações atleticanas, apesar das ressalvas quanto ao terreno de jogo da Arena da Baixada, e até fez um inevitável comentário sobre o frio curitibano. “Faz bastante frio aqui, né? De qualquer forma, o centro de treinamento é muito bom e lá pudemos ficar cômodos e tranquilos durante nossa estada. No estádio, tenho que dizer que o gramado não estava muito bom para a partida contra a Austrália, mas a Arena é muito bonita, assim como todos os outros estádios”, disse o craque espanhol.

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COPA após falha do inseguro goleiro russo aos 15 minutos do segundo tempo. A meia hora final de partida fez a Arena da Baixada parar no tempo. A torcida viveu 30 minutos de intenso desespero dos dois lados. Enquanto os russos se lançavam desordenadamente ao ataque, a torcida argelina roía as unhas e orava pelo apito final. Prevaleceu o bom elenco africano e o trabalho eficiente de seu técnico. Com o empate, a Argélia garantiu seu lugar nas oitavas de final para enfrentar a Alemanha e ganhou o direito de dar a primeira volta olímpica no gramado da Arena. Afinal de contas, era mesmo uma final.

AGL

1

X

1

RUS

ARGÉLIA

RÚSSIA

Data

M'Bolhi; Mandi, Belkalem, Halliche e Mesbah; Medjani, Bentaleb, Feghouli e Brahimi (Yebda, aos 26 min. do 2°t); Djabou (Ghilas, aos 31 min. do 2°t) e Slimani (Soudani, aos 46 min. do 2°t) Técnico: Vahid Halilhodzic

Akinfeev; Kozlov, Ignashevich, V. Berezutski e Kombarov; Samedov, Glushakov (Denisov, no intervalo), Fayzulin e Shatov (Dzagoev, aos 22 min. do 2°t); Kerzhakov (Kanunnikov, aos 36 min. do 2°t) e Kokorin Técnico: Fabio Capello

26/06/2014 - 17h

Árbitro Cuneyt Cakir (TUR)

Auxiliares Bahattin Duran e Tarik Ongun (TUR)

Gols Kokorin, 6’ (RUS); Slimani, 60’ (ARG)

DEU TUDO CERTO? Não é segredo para ninguém que Curitiba foi uma das sedes que mais sofreu durante a preparação para a Copa do Mundo. Poucos meses antes do início do Mundial, houve até mesmo uma ameaça formal da FIFA de que a cidade poderia ficar de fora do evento. Em cima da hora, no entanto, a Arena da Baixada ficou pronta, as obras não atrapalharam os turistas e a capital viveu quatro dias inesquecíveis. Para Reginaldo Cordeiro, secretário municipal da Copa do Mundo, a sensação que fica é de dever cumprido e, mais ainda, de que o resultado conquistado foi além das

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expectativas. Segundo dados preliminares, a cidade recebeu mais de 300 mil turistas ao longo dos dias de jogos e teve um aumento de 50% de reservas na rede hoteleira. Ele ainda afirma ter recebido elogios da FIFA. “Tudo foi resultado de muito trabalho. Nos preocupamos muito com estrutura, segurança, mobilidade e informação para os visitantes. Tivemos dificuldades durante o percurso e tivemos que contar com a paciência do curitibano, mas fico satisfeito em dizer que conseguimos cumprir bem o nosso papel e fomos muito elogiados pela FIFA, que disse que a nossa Fan Fest foi uma das melhores entre

“Tudo foi resultado de muito trabalho." Reginaldo Cordeiro, secretário municipal da Copa do Mundo todas as cidades e que a nossa sede de transmissão foi um exemplo”, garantiu o secretário.


Vitória

Jogadores da Alemanha comemoram o título de campeões mundiais

O caminho da Alemanha na Copa

© Divulgação / © Maurilio Cheli/SMCS / © Jefferson Bernardes/VIPCOMM

OITAVAS DE FINAL

QUARTAS DE FINAL

Brasil

1

Chile

1

Colombia

2

Uruguai

0

França

2

Nigéria

0

Alemanha

2

Argélia

1

Holanda

2

México

1

Costa Rica

1

Grécia

1

Argentina

1

Suíça

0

3 2

SEMIFINAL

Brasil

2

Colombia

1

França

0

Alemanha

1

Holanda

0

Costa Rica

0

5 3

Argentina

1

Bélgica

0

Brasil

1

Alemanha

7

FINAL

Alemanha

1

Argentina

0

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Disputa do 3º lugar

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eu fui

Gandula

na Copa Jovem jogadora é gandula de jogos da Copa e conta um pouco sobre sua experiência

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imaginou que teria. “Aprendi bastante e me emocionei também. Nunca imaginei que iria ver um jogo do Brasil tão de perto, lado a lado com os jogadores.” A pergunta inevitável: quem foi o jogador mais marcante em campo para você? A resposta, previsível. “Neymar! Se ver ele na TV já é uma emoção, pessoalmente foi mais incrível ainda”, lembra, animada. Sobre seus planos, Yasmin conta que pretende conseguir se profissionalizar e sonha em chegar à seleção brasileira feminina.

© arquivo pessoal

Y

asmin Marcene de Souza tem 14 anos. Aos sete, começou a se interessar por futebol, mas o time da escola só permitia meninos – as meninas deviam escolher o vôlei. “Conversei com a minha mãe, que convenceu o professor a me deixar jogar. Foi quando comecei”, lembra a jovem. Depois disso, seu caminho seguiu naturalmente. “Um professor do Círculo Militar me viu jogando com meu irmão e me indicou para o Coritiba.” É no Coxa que Yasmin está até hoje, na categoria sub-17. Os treinos acontecem três vezes na semana e os campeonatos são constantes. Em 2013, ela jogou e venceu com a equipe feminina a Copa Coca-Cola, que tinha como premiação a oportunidade para todas as jogadoras de serem gandulas de jogos da Copa do Mundo. A jovem esteve nos jogos Brasil x Croácia, Honduras x Equador e Argélia x Rússia. “Fizemos um treinamento, teve aulas teóricas, aulas práticas e algumas provas”, lembra. A experiência, claro, foi encantadora. Ver jogadores da Copa do Mundo em ação nos estádios foi uma lição que Yasmin nunca


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POR ONDE ANDA

Das traves aos negócios Ídolo paranista, ex-goleiro Régis fala sobre a vida de empresário e garante que não esqueceu o Tricolor

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“Claro que sinto falta das amizades que o futebol proporciona e também da sensação de estar dentro de campo, mas foi um ciclo que passou e agora tenho novas responsabilidades.”

O © fonte site paraná clube / © photoxpress.com

telefone chama algumas vezes e uma simpática secretária responde. “Posto Anjo, bom dia.” Explico quem sou e peço para falar com Régis, proprietário do empreendimento. Mais alguns minutos de espera até a voz carregada de um acentuado sotaque carioca atender e me saudar com um amigável “fala, campeão”. Do outro lado da linha, direto do Rio de Janeiro, estava Reginaldo Paes Leme, um dos maiores nomes da história do Paraná Clube. Pentacampeão estadual pelo Tricolor e dono da marca recordista de jogos pelo time da Vila Capanema, o goleiro disputou 308 partidas com a camisa paranista e se tornou um dos ícones da primeira

– e vitoriosa – década de vida do clube. Hoje, mais de 20 anos depois do início daquela era bem-sucedida, o Paraná vive uma realidade diferente: sem títulos desde 2006, está fora da primeira divisão do Brasileirão há sete anos. Assim como o clube, Régis hoje leva uma rotina pouco semelhante àquela dos anos 90 e assumiu uma nova profissão, longe dos gramados. “Depois que encerrei a carreira, em 2000, vim para o Rio de Janeiro e me tornei empresário. Trabalho no ramo de construção civil e também tenho o posto. Claro que sinto falta das amizades que o futebol proporciona e também da sensação de estar dentro de campo, mas foi um ciclo que passou e agora tenho novas responsabilidades”, comenta o ídolo paranista. Apesar de estar distante de Curitiba e afastado do futebol, Régis faz questão de lembrar que o Paraná foi o clube mais importante de sua carreira e que guarda um sentimento especial pela nação tricolor, graças aos títulos que conquistou e ao carinho que sempre

“Sempre que posso, vejo os jogos. Acredito que o clube precisa de uma reformulação. Hoje em dia, o futebol é muito comercial e é necessário acompanhar essa tendência.” • Revista Só Futebol •

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POR ONDE ANDA

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defendia uma a cada três cobranças. Perguntado se tinha alguma técnica específica para fazer as defesas, ele conta que sempre tentou induzir o batedor a escolher o canto. “Acho que era só isso, mas dava certo na maioria das vezes e acabou fazendo sucesso”, completa, antes de agradecer ao “campeão” pela oportunidade da entrevista e voltar aos afazeres de empresário.

hoje Régis, ao lado de sua filha, Mariah

© Arquivo pessoal

recebeu da torcida. Ele afirma ainda que não deixou de acompanhar as notícias e os jogos da equipe e que acredita em novas conquistas, desde que mudanças aconteçam. “Sempre que posso, vejo os jogos. Acredito que o clube precisa de uma reformulação. Hoje em dia, o futebol é muito comercial e é necessário acompanhar essa tendência. Por isso, o Paraná tem que se preocupar em formar novos ídolos e ganhar títulos. Não é algo simples, mas conheço as pessoas lá de dentro e tenho certeza de que todos querem o bem do clube”, analisa Régis. Depois de defender o Tricolor por cinco temporadas e conquistar todos

os campeonatos estaduais que disputou, o goleiro se viu no centro de uma saturação entre time, diretoria e torcida. Por isso, foi transferido ao Coritiba, onde jogou durante um ano, antes de voltar ao Paraná para a última etapa da carreira. “Em 1997, vimos que a torcida começou a se irritar com alguns jogadores e a transferência para o Coritiba foi algo necessário. Não me arrependo, até porque não houve mágoa com os torcedores de verdade. Tive um ótimo ano no Coxa, mas a verdade é que eu senti falta do Paraná e o clube sentiu falta de mim. Por isso, resolvemos reatar e voltei para jogar meu último ano de carreira pelo Tricolor”, relembra. Mudanças de clube à parte, Régis sempre foi conhecido por ser um exímio pegador de pênaltis. Segundo estatísticas divulgadas pelo Paraná, o goleiro


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Saúde

A dor de Neymar

As lesões na coluna podem afetar jogadores de diversas modalidades Revista Só Futebol: Como normalmente acontecem as lesões na coluna? Mario Namba: As lesões na coluna podem acontecer de três maneiras: por trauma direto, como no caso do Neymar, com uma pancada diretamente no local; por trauma indireto, num giro do corpo ou num agachamento feito de maneira errada; e até uma fratura por desaceleração do corpo, que dificilmente acontece no esporte, é mais comum ver estes casos em batidas de carro. No esporte, os traumas diretos e indiretos são os que acontecem com mais frequência.

Revista Só Futebol: Os atletas de quais esportes são mais propensos a sofrer lesões na coluna? Mario Namba: Cada modalidade tem suas características e os atletas precisam usar as proteções disponíveis. Alguns esportes são mais ou menos propensos a ter lesões na coluna. Quem pratica motovelocidade, por exemplo, usa uma proteção que evita impactos diretos e restringe o movimento da coluna para trás, reduzindo a possibilidade de lesões. No futebol, apesar de não ser tão comum, as lesões acontecem com traumas menores, que nem sempre são destaque, mas que podem afastar os jogadores por períodos curtos ou médios.

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MARIO NAMBA

Ortopedista e especialista em esportes

© Jefferson Bernardes/VIPCOMM / © Rafael Danielewicz

A

joelhada que Neymar levou nas costas nas quartas de final no jogo entre Brasil e Colômbia deu um susto em todos os torcedores, brasileiros e estrangeiros. O resultado, como todos sabem, foi o afastamento do jogador do campo, até que ele possa se recuperar completamente do trauma sofrido. Para entender melhor como esse incidente pode afetar os atletas, profissionais e amadores, conversamos com o ortopedista e especialista em esportes Mario Namba.


Revista Só Futebol: E no futebol? Como normalmente acontecem as lesões de coluna? Mario Namba: No futebol, pode acontecer do atleta cair de mau jeito, de costas, e provocar uma lesão. As contusões de coluna acontecem menos porque normalmente os traumas são de membro inferior, mas os de coluna não são tão incomuns assim. Como não é um trauma que precisa de cirurgia e o afastamento do jogador acontece durante um curto período, normalmente os clubes acabam não divulgando tanto esse tipo de lesão.

"As contusões de coluna acontecem menos porque normalmente os traumas são de membro inferior, mas os de coluna não são tão incomuns assim."

Revista Só Futebol: Existe alguma maneira de evitar que os traumas de coluna afetem os jogadores? Mario Namba: Hoje, principalmente no futebol brasileiro, os atletas seguem um programa de prevenção muito intenso, em que é feito um trabalho de fortalecimento e alongamento de todos os músculos, especialmente de coluna e abdômen. Com esses exercícios é possível evitar grande parte das lesões sofridas por atletas amadores, que não seguem o mesmo tipo de treinamento. Mas para os traumas diretos, como aconteceu com o Neymar, não tem nenhum tipo exercício preventivo.

Revista Só Futebol: E os atletas de fim de semana? Como podem evitar esse tipo de lesão? Mario Namba: Os atletas de fim de semana normalmente não têm um tipo físico propenso para isso, então o importante é não ser tão competitivo na hora das bolas divididas e fazer um trabalho de preparação física. O mais importante é fazer um bom trabalho de fortalecimento abdominal e da lombar.

Neymar

Durante o jogo que lhe rendeu a lesão na coluna

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FUTEBOL 7

Garra de

profissional A categoria disputada em grama sintética com equipes de sete jogadores, antes conhecida como futebol society, vem ganhando destaque entre boleiros e torcedores

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© Divulgação

A

s quadras de grama sintética se espalham pela cidade com a mesma velocidade com que cresce o número de times, campeonatos, o prestígio e o os gols do Futebol 7. Com partidas mais acirradas e maior proximidade entre jogadores e torcedores, a categoria tem ganhado mais praticantes a cada ano e já supera até mesmo o futsal. “A modalidade é disputada há muito tempo, mas como esporte de alto rendimento é uma novidade que vem crescendo nos últimos anos. No ano passado, com o início da transmissão dos jogos pela TV a cabo, a visibilidade aumentou muito”, destaca Mário Junior, ala da equipe do Clube Atlético Paranaense. É essa boa e velha paixão pelo futebol que reúne administradores de empresas, contadores, empresários, corretores de seguros e profissionais das mais diversas áreas. “Como é uma categoria que ainda não se profissionalizou, apenas alguns atletas conseguem sobreviver do esporte, principalmente no eixo Rio-São Paulo”, lamenta Junior. Mesmo assim, atletas do futsal, da Suburbana e também de outras categorias da bola também se renderam às emoções do Fut7 e integram equipes em todo o país. Com uma extensa programação de campeonatos regionais e nacionais, como o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil, a Liga Fut 7, a Taça Curitiba, a Copa Paraná, o Campeonato Metropolitano e a Kaiser Cup, fica difícil conciliar a vida profissional e familiar com a rotina de jogos. “É necessária a compreensão dos patrões e principalmente da família, de esposas, pais, irmãos e filhos, que sabem que o amor pelo esporte é importante. O apoio familiar faz toda a diferença”, enfatiza Jeferson Mosko, goleiro do Coritiba Futebol Clube. No Campeonato Brasileiro, que acontece em

agosto, entre as 32 equipes participantes, 13 estados estarão representados e três equipes são curitibanas: Atlético Paranaense, CAJA (Clube Atlético Jardim das Américas) e Coritiba. A expectativa é que a torcida compareça novamente em peso nas arquibancadas, como no ano passado, em que muitos torcedores chegaram a ficar do lado de fora dos estádios, tamanha a paixão pelos clubes do coração.

Destaques nacionais Entre as equipes da capital que já têm respeito nacional no Futebol 7, duas levam o nome dos clubes mais consagrados do futebol profissional paranaense. Coritiba e Atlético aliam a tradição e a rivalidade entre os clubes e garantem partidas emocionantes – e torcidas grandes e apaixonadas. Originalmente chamada Show de Bola, a equipe do Coritiba subiu para a Série Ouro do Campeonato Metropolitano em 2009 e começou as negociações com o clube para o uso do nome. “Antes de conseguirmos a liberação, havia gente que

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FUTEBOL 7

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Com partidas mais acirradas e maior proximidade entre jogadores e torcedores, a categoria tem ganhado mais praticantes a cada ano e já supera até mesmo o futsal.

© Divulgação

utilizava o nome sem autorização, compraram o uniforme e se diziam jogadores do Coxa. Em 2013, conseguimos a chancela e a liberação oficial do clube e hoje nós representamos o Coritiba Futebol Clube na elite do Futebol 7 nacional”, afirma Mosko. Ele é um dos goleiros da equipe e também ajuda na organização, pois o Futebol 7 ainda dá seus primeiros passos quando o assunto é profissionalização. “Todos do time ajudam de alguma maneira, seja na parte financeira ou na questão logística, e todos, sem exceção, possuem outra profissão”, afirma. Com os bons resultados conquistados ao longo desses anos, o reconhecimento e a credibilidade estão aumentando, mas os times ainda sofrem pela falta de apoio. “É muito difícil conseguir apoio financeiro, mas este ano estamos caminhando somente com as verbas próprias conquistadas pelos patrocínios. A premiação em dinheiro é praticamente irrisória, mas a satisfação em vencer os jogos, levantar troféus e conviver com amigos verdadeiros é algo que não tem preço”, reforça Mosko. O maior rival do Coxa, o Atlético Paranaense, está no Futebol 7

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FUTEBOL 7

Caminho traçado “A maioria dos jogadores que fazem parte do elenco do Atlético veio do futsal profissional, alguns, inclusive, com experiência na Europa e outros que deixaram o futebol profissional, como é o caso do Marcelo Tamandaré e do Rodrigo Batatinha,

“Jogamos por prazer e pela amizade adquirida durante todos esses anos.” Valdivino Reis, um dos diretores do CAJA

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que foi titular do Paris Saint Germaint junto com o Raí e Leonardo”, destaca Mário. Os fatos reforçam a crescente importância da modalidade, que está cada vez mais próxima da profissionalização e distante das disputas entre peladeiros. É com seriedade que as equipe conseguem se organizar e participar de tantos campeonatos. “Com planejamento e organização, podemos prever nossas atividades e nossos compromissos com treinamentos e jogos com muita antecedência. Sempre há algum atleta com um problema ou outro para conciliar, mas no final conseguimos, até porque o elenco é muito grande. Não é a profissão de cada atleta, mas também não é lazer. Existe um compromisso muito forte e sério por parte de cada um”, comenta Junior.

O grande campeão é do bairro A única equipe curitibana que é campeã brasileira não tem a chancela de grandes clubes: nasceu no bairro Jardim das Américas. Fundado em 1992, o CAJA começou disputando apenas os campeonatos do bairro até que, em 2002, passou a jogar os campeonatos de Fut 7 que eram realizados em Curitiba. Desde então, a equipe acumula três títulos do Brasileiro de Clubes – em 2005, 2008 e 2009 –, além de outros campeonatos locais e boas colocações em torneios nacionais. Somente da regional Kaiser Cup, que já foi disputada 12 vezes, dez títulos são do CAJA. “Buscamos patrocínios com empresas de Curitiba, mas não é uma tarefa

© Divulgação

desde 2008 e os títulos já se acumulam. “Somos a equipe do estado com melhor desempenho em competições nacionais. Em seis anos, foram mais de dez títulos e somos os atuais campeões metropolitanos, bicampeões da Taça Curitiba e atuais campeões estaduais. Também ficamos com o terceiro lugar na última Liga Nacional, sendo o único time invicto, e fomos os terceiros colocados na Copa do Brasil de Futebol 7”, comemora Mário Junior.


fácil. Nossas premiações são o reconhecimento e os troféus, já que as competições não têm prêmios em dinheiro. Jogamos por prazer e pela amizade adquirida durante todos esses anos”, conta Valdivino Reis, um dos diretores do time. A equipe também é conhecida pela grande quantidade de gols por partida e, como consequência, por sua apaixonada torcida. “Os jogos fora de Curitiba são muitos complicados para nossos

jogadores, já que todos têm seus compromissos profissionais. Nem sempre conseguimos viajar com nosso elenco completo”, lamenta Reis. Mesmo assim, sempre há muita dedicação por parte dos jogadores da base da equipe: Digão, Salário, Eliezer, Berda, Juvenil, Feijão, Castor, Bidinho, Beto, Davi e Adriano. Todos, sem exceção, têm outras profissões, mesmo sendo uma equipe bem jovem, com média de 25 anos de idade. O Brasileiro de Clubes começa

a ser disputado em agosto e os jogos da primeira fase acontecem nas cidades de Conselheiro Lafaiete-MG, Camaçari-BA e Camaquã-RS. O tricampeão CAJA está no grupo H e jogará contra o Vila Nova-RS, o Para Cima Deles e o Vila Nova-GO. O Atlético tem como adversários no grupo D Bahia, Flamengo e AABB do Tocantins. O Coritiba está no grupo F e enfrentará Fluminense, Acadêmicos-RS e Real Sete-SP.

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imprensa

O grande

momento

A

arte da fotografia mudou muito desde que surgiu a primeira máquina fotográfica, no século 19. Hoje, a facilidade que a maioria das pessoas tem em adquirir um equipamento semiprofissional fez com que a profissão de fotógrafo ficasse um pouco desvalorizada e até mesmo desorganizada.

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Para melhorar o trabalho dos jornalistas que levam a arte da fotografia a sério, uma nova gestão da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos Paraná (Arfoc-PR) iniciou os trabalhos em 2012 em busca de qualidade e profissionalismo. “O nosso objetivo é moralizar a profissão dos fotógrafos e cinegrafistas, além de prezar pela qualidade do resultado final do trabalho”, explica Valquir Aureliano, presidente da associação.


Registrar em fotos marcantes os momentos decisivos de uma partida de futebol é a paixão de Geraldo Bubniak

Mineirão

© Geraldo Bubniak

Vista da arquibancada do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, durante a Copa das Confederações em 2013

Desde o início desta gestão, a equipe já organizou exposições e bate-papos para divulgar o trabalho dos fotógrafos e ampliar o conhecimento sobre fotojornalismo. “Estamos organizando o próximo bate-papo com os profissionais que fizeram a cobertura da Copa do Mundo”, conta Aureliano. Segundo ele, a Arfoc conta com cerca de 350 associados, entre fotojornalistas e repórteres cinematográficos, e o objetivo é integrar esses profissionais em busca de uma profissão mais

“O grande reconhecimento é ver seu trabalho publicado.” Geraldo Bubniak

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imprensa

“O nosso objetivo é moralizar a profissão dos fotógrafos e cinegrafistas, além de prezar pela qualidade do resultado final do trabalho.” Valquir Aureliano

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No caminho certo Um administrador resolver ser fotógrafo pode parecer estranho, mas foi justamente a parceria entre as duas áreas que fez a carreira deste curitibano de 38 anos surpreender. O futebol sempre esteve presente na vida de Geraldo Bubniak, que, aos poucos, foi perseguindo seu sonho e, hoje, se destaca na área da fotografia esportiva. “Eu queria ser jogador, mas como não tinha o talento para bola, queria ficar próximo desse meio, e ser fotógrafo foi o caminho. Sempre gostei de tecnologia e a facilidade da foto digital me aproximou da atividade”, lembra o profissional. O caminho, no entanto, seria um pouco longo para o garoto que torcia para o Corinthians durante a infância e que chegou a participar de jogos escolares e campeonatos regionais de futebol. Bubniak trabalhou com administração

© Valquir Aureliano

séria e reconhecida. “Em parceria com o Sindicato dos Jornalistas, hoje nós fazemos uma prova de certificação para autorizar o registro de jornalistas, fotojornalistas e repórteres cinematográficos”, afirma. Ele conta que uma das conquistas no esporte é que hoje clubes como Coritiba e Atlético Paranaense já possuem uma exigência mínima de equipamentos para que os fotógrafos possam entrar no gramado para cobrir os jogos. “Com isso, os amadores não atrapalham o trabalho dos profissionais. Claro que existem exceções, como o caso de repórteres de rádio ou internet, que não precisam de um equipamento específico e nem tanto conhecimento de fotografia para atender às demandas dos veículos para os quais trabalham”, detalha Aureliano.


de empresas durante muitos anos até lançar seu próprio negócio dentro da fotografia. No início, colaborava no Jornal Metropolitano; depois passou a fazer colaborações em sites de torcidas e no extinto programa Esporte Show. Em 2008, Bubniak lançou o site futebolparanaense.net em parceria com outros colegas da imprensa e,

em seguida, passou a fornecer imagens para agências de fotos que abastecem jornais e portais esportivos em todo o Brasil. No trabalho para as agências, o profissional precisa fazer a foto, editar, preencher as informações e enviar para a publicação on-line. “Muitas vezes, entre o momento do gol e a foto ficar disponível para download, é preciso

levar menos de três minutos.” Além disso, a concorrência é grande, então é preciso contar com a sorte de ter a melhor foto, no momento certo. “O grande reconhecimento é ver seu trabalho publicado.” Durante uma partida de futebol, faltas, piques, caretas e lamentos fazem parte do jogo, mas o grande momento, é claro, é o gol. “Sempre busco

Fotógrafos

Bubniak e seus colegas, trabalho sério durante os jogos

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imprensa conseguir uma boa foto que represente o resultado do jogo e tenha os principais personagens: quem marcou o gol e as comemorações.” Um momento marcante da carreia, por exemplo, foi a goleada de 6 a 0 do Coritiba em cima do Palmeiras, em 2011. Com tantos gols, Bubniak também conseguiu emplacar algumas belas fotos em veículos nacionais. “Os registros dependem muito do desenrolar da

Corinthians e Coritiba em 2011

Foto ganhou destaque nacional

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partida e até dos acontecimentos fora de campo. Também busco captar imagens das torcidas e do pessoal dos bastidores, que às vezes não são conhecidos do grande público.” Infelizmente, o futebol não é feito apenas de belas jogadas, e situações trágicas podem resultar em uma grande repercussão para o trabalho do fotógrafo. Foi o caso da partida entre Atlético-PR e Vasco,

no final do Campeonato Brasileiro de 2013, em que as duas torcidas protagonizaram cenas de guerra nas arquibancadas. “Nesse jogo, consegui capturar momentos marcantes e tive rapidez no envio das imagens, então acabei vendendo muitas fotos no Brasil inteiro, com destaques para o jornal Folha de S. Paulo e a revista Veja, além de sites da Espanha e da Alemanha.”


Colegas e inspiradores

Jogo

© Geraldo Bubniak

Brasil e Japão no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no ano passado

Como em toda profissão, além de conhecimento é preciso inspiração para desenvolver um bom trabalho. A trajetória de alguns colegas é motivo de motivação para Bubniak. “Tenho vários amigos fotógrafos aqui em Curitiba que admiro muito e com quem aprendi muito da profissão. Posso destacar o Orlando Kissner, que atualmente é fotógrafo do Governo do Estado, e o Albari Rosa, da Gazeta do Povo. Eles sempre me ajudaram e ensinaram pequenas dicas que serviram de motivação e fizeram uma grande diferença para fazer uma foto melhor a cada jogo”. Demonstração da parceria entre os profissionais, grandes apaixonados pela arte da fotografia e do futebol, antes de serem concorrentes. Mesmo com tanta experiência, Bubniak acredita que ainda não fotografou o gol mais marcante ou o jogo mais importante da sua carreira, e continua correndo atrás. “O futebol traz consigo uma boa dose de emoção e várias histórias. Captar o grande momento de um jogo depende de muita sensibilidade, estar ligado aos fatos e ter agilidade”, completa.

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FUTEBOL DE BASE

Peneira nova

Com eficiência questionada, tradicional método de revelação de jogadores dá espaço à reformulação e a novas estratégias no Coritiba

U

m batalhão de jovens atletas se junta no campo ao mesmo tempo enquanto treinadores, durante pouco mais de uma hora, observam a movimentação e as habilidades de cada um dos aspirantes à sonhada vaga no clube de futebol. A popular “peneira” foi, por muito tempo, a principal responsável por revelar jogadores de muitos times em todo o Brasil. Os tempos, no entanto, estão mudando e uma nova filosofia implantada nas categorias de base de várias equipes profissionais promete mudar a forma de buscar novos talentos. No Coritiba, que, nos últimos anos, promoveu uma verdadeira revolução em toda sua estrutura de futebol (principalmente na base), as peneiras já não têm

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mais espaço, pois se revelaram um método ineficaz. Segundo Mario André Mazzuco, superintendente de futebol do Coxa, são vários os motivos que fizeram o clube abrir mão da antiga ferramenta de análise de novos craques. Ele afirma que, além de ser um processo muito subjetivo, a peneira não permite que os treinadores observem da maneira certa todos os atletas. A desmotivação dos eliminados também é um fator que ajudou na extinção desse critério de seleção. “Colocam-se centenas de atletas para jogar poucos minutos e tenta-se identificar aqueles que se saem melhor. Esse processo ocasiona uma perda considerável de talentos. Primeiro porque não há condições de observar todos aqueles atletas de forma correta e eficiente dentro de uma ‘peneira’. E, depois, o fato de uma criança ser reprovada pode criar


© Divulgação

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FUTEBOL DE BASE um fenômeno chamado drop out, que é a desmotivação e a consequente desistência de continuar a praticar o futebol. Às vezes, essa mesma criança, se melhor avaliada, poderia ser um talento promissor”, comenta Mazzuco. A reformulação alviverde, ao mesmo tempo em que extinguiu as peneiras, criou o Departamento de Captação, responsável por coordenar todas as ações relacionadas à busca de jovens e promissores atletas para o clube. Com a novidade, as principais formas de avaliação de novos jogadores passaram a ser as observações técnicas de atletas em competições e dentro de seus clubes de formação, avaliações técnicas realizadas no Coritiba, parcerias com equipes de futsal e, principalmente, as escolinhas oficiais do Coxa. “As escolinhas são importantes ferramentas sociais no sentido de cultivar e captar novos torcedores, proporcionar a vivência para que qualquer criança possa participar de atividades relacionada ao Coritiba, e também para o processo de captação do clube, pois é um excelente meio para observar e identificar novos talentos”, avalia o dirigente. Todo o processo de renovação no futebol do Coritiba exigiu certa de 18 meses de estudos e pesquisas antes que os primeiros passos concretos fossem dados. Para Mazzuco, a

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“O fato de uma criança ser reprovada pode criar um fenômeno chamado drop out, que é a desmotivação e consequente desistência de continuar a praticar o futebol.” Mario André Mazzuco, superintendente de futebol do Coritiba


Começo

© Divulgação

Os atletas das categorias de base são acompanhados pelo clube, que busca por jovens promessas.

reforma e a atualização das estruturas dentro do futebol são obrigatórias para qualquer clube que deseje formar bons atletas tanto para integrá-los às equipes profissionais quanto para negociá-los no futuro.

“Acredito que as categorias de base dos clubes estão, no geral, se reformulando. Os conceitos mais antigos de trabalho e avaliação estão sendo substituídos por novas metodologias e novas estruturas que

permitem um trabalho muito mais organizado e profissional. Os clubes que não acompanharem esse processo não conseguirão mais obter êxito em seus processos de formação”, finaliza o superintendente coxa-branca.

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estrutura

Da Europa

para Curitiba Trieste investe na estrutura, apresenta gramado de primeiro mundo e promete continuar revelando atletas para o futebol profissional

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© Divulgação / © Ana Carolina Mira Porto

U

ma visita a um clube de Moscou e o rigoroso inverno russo foram os pontos de partida para a reforma que movimentou o Trieste Futebol Clube e que trouxe a Curitiba um gramado sintético revolucionário, que já chega ao campo de Santa Felicidade com o status de único e mais moderno do Brasil. Cada vez mais participativo na formação de jogadores profissionais, o clube foi em busca de uma tecnologia de ponta para implementar em sua já respeitável estrutura. Segundo Rafael Stival, diretor de esportes do Trieste, as modificações foram inspiradas no Luzhniki Stadium, de Moscou, que teve o gramado adaptado para enfrentar o intenso frio que castiga a região durante o inverno. Ele ainda afirma que a nova tecnologia é utilizada na La Masia, o famoso centro de formação de atletas do Barcelona. “O sistema de amortecimento foi desenvolvido por uma empresa italiana e consegue transformar drenagem em maciez. Requisitamos a homologação da FIFA, que identificou o nosso piso como semelhante ao gramado natural. O que temos aqui não é um simples campo sintético, a obra que concluímos conta com um gramado somente visto em território europeu”, afirma Stival, cujo principal objetivo com a reforma foi preparar

um terreno ainda mais profissional para a formação de novos atletas e a valorização da estrutura do clube. Embora o Trieste tenha sido cogitado como destino de alguma seleção da Copa do Mundo, a recém-completada obra não teve relação com o Mundial de 2014. De acordo com o diretor de esportes, a reforma vai oferecer uma série de novos recursos à estrutura do clube. A ideia é que, com o campo restaurado, o trabalho realizado no Trieste se torne ainda mais completo. “Nossa ideia sempre foi concentrar todos os trabalhos de formação dentro do clube, porém, devido à grande quantidade de treinos e jogos e também porque precisávamos poupar nosso campo, utilizávamos outras estruturas fora do Trieste para realizar essas atividades, o que não é o ideal para uma formação de excelência. O projeto desse novo campo foi desenvolvido para atender essa necessidade”, conta Stival.

CLUBE FORMADOR Conhecido por ser um clube formador de atletas, o Trieste foi o responsável pela revelação de jogadores como Luccas Claro, do Coritiba; Marcos Guilherme, do Atlético; e Max, do Grêmio Maringá, jogadores que se destacaram no último Campeonato Paranaense. Segundo Rafael Stival, a proposta do clube é justamente aliar o futebol amador ao profissional.

“ R e q u i s i ta m o s a h o m o lo g aç ã o da F I FA , q u e i d e n t i f i co u o n o ss o p i s o co m o s e m e l h a n t e ao g ra m a d o n at u ra l .”

Rafael Stival

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estrutura estrutura que já está em funcionamento no clube. “Vamos aprimorar ainda mais nosso processo de formação. Receberemos atletas e projetos parceiros, vamos aumentar nossa captação em

todo o território brasileiro. Temos aqui um gramado de última geração e poderemos utilizá-lo até 24 horas por dia, independentemente do clima de Curitiba”, finaliza o empresário.

“Quan d o se i nv e ste co m se r i e dad e e inte li gê n c i a , o f u te bo l am ad o r passa a se r o su po rte para u m futebo l pr o f i ssi o nal fo rte .”

Rafael Stival

© Ana Carolina Mira Porto

“Quando se investe com seriedade e inteligência, o futebol amador passa a ser o suporte para um futebol profissional forte. A chegada da Stival Sports no futebol amador foi um marco, não somente para a modernização do Trieste Futebol Clube, mas também de outras estruturas. Hoje, o futebol amador está organizado, muito mais forte e moderno”, avalia o diretor de esportes do clube. Perguntado sobre os planos do Trieste para o futuro, Stival promete um investimento cada vez maior na revelação de jogadores e um cuidado especial com a

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Perfil

Uma vida

dedicada

ao futebol

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á quem diga que o destino está escrito e não há nada que possa alterá-lo. Dionísio Filho tem seus motivos para acreditar na afirmação. No começo da adolescência, já apaixonado por futebol, o jovem Dionga fazia alguns bicos como gandula em jogos na cidade de Ribeirão Preto. Coincidentemente, um dos jogadores do Botafogo naquela época era o meia Sicupira, que, hoje, cinco décadas depois, divide estúdios e comentários com o então garoto que lhe arremessava as bolas que saíam para lateral ou escanteio. Destino ou coincidência, o fato é que Dionísio deixou a vida de gandula para trás, construiu uma bela carreira como jogador e, depois de se aposentar e passar por alguns clubes como treinador, encontrou no trabalho

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Gandula, lateral-esquerdo e comentarista, Dionísio Filho é uma figura histórica do esporte paranaense e mostra tanto talento nos estúdios quanto nos campos

de comentarista esportivo mais uma função que poderia desempenhar tão bem quanto as arrancadas pela lateral esquerda, marca registrada nos tempos de atleta. Com mais de 20 anos de experiência como comunicador, ele, sem medo de parecer pretensioso, garante que tem tanta habilidade nos comentários quanto tinha com a bola. “Tenho que dizer, sem falsa modéstia nem nada parecido, que levo jeito para a coisa, viu? Aprendi que o comprometimento com a verdade é o mais importante nessa profissão e falo exatamente aquilo que vejo no campo. Em uma situação hipotética, o presidente do time pode ser meu melhor amigo, mas isso não vai interferir no que eu digo ou escrevo”, afirma Dionga, como um bom jornalista. A simpatia e a disposição sempre foram marcas registradas de Dionísio. Prova disso é que quando era juvenil do Guarani, em Campinas, lavava os carros dos profissionais


Dionísio Filho

© Revista Só Futebol

20 anos de experiência como comunicador

em troca de uns trocados e da admiração dos colegas mais experientes. Logo, o talento deu as caras e Dionga se profissionalizou. A carreira teve passagens por clubes como Vila Nova, Atlético-MG e Operário-MS. Além disso, teve a honra de defender Atlético-PR, Coritiba e Pinheiros, tornando-se um jogador bastante popular no Paraná. Nos times do estado, Dionísio teve a possibilidade de mostrar

“A p r e n d i q u e o co m p r o m e t i m e n to com a v e r dad e é o m ai s i m po rtante nessa pr o f i ssão e falo e xatam e nte aqu i lo q u e v e jo no c am po.”

seu repertório de boas jogadas de ataque e seu vigor físico em arrancadas pela lateral esquerda. Pelo Verdão, o jogador participou das boas campanhas dos Brasileiros

de 1979 e 1980, quando o time do Alto da Glória parou nas semifinais, contra Vasco e Flamengo, respectivamente. No Pinheiros, jogou entre 1981 e 1984, e conquistou

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Perfil grande identificação com a torcida, além de definir o último ano como seu melhor momento no futebol. O encerramento da carreira veio no Cascavel, em 1990. Envolvido por tanto tempo com os times paranaenses e

acostumado a dar opinião sobre o assunto, Dionísio foi questionado sobre o que precisa acontecer para o futebol paranaense se equiparar a outros centros do Brasil. Otimista, ele prevê uma melhora em caso de novas

conquistas. “Falta uma sequência de títulos para o futebol paranaense. Uma série de troféus importantes pode fazer a diferença. Fora isso, acredito que as administrações precisam melhorar e os jogadores precisam ser mantidos por mais tempo. Os dirigentes precisam deixar de pensar somente em vender atletas e começar a se preocupar também em fazer contratações melhores. Só assim para ganharmos mais títulos”, crava o comentarista. Como gandula, lateral esquerdo ou comentarista, Dionísio já provou seu valor ao longo de uma vida inteira dedicada ao futebol. Apaixonado pelo esporte e diretamente ligado ao estado do Paraná, resta a ele continuar fazendo seus comentários e torcer para mudanças que tragam, como resultado, os tão sonhados títulos.

“ Falta u m a seq u ê n c i a d e tí tu lo s para o f u te bo l paranae nse . U m a sé r i e d e tr o f é us i m po rtante s po d e faz e r a d i f e r e nç a .”

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FALA, DIONGA! De olho no Campeonato Brasileiro, Dionísio Filho deu uma canja para a Só Futebol e fez suas previsões do que deve acontecer para os três times da capital na segunda metade do calendário de 2014.

ATLÉTICO-PR “Vejo o Atlético com boas chances de fazer um ótimo Campeonato Brasileiro. Os jogadores estão acreditando que podem chegar mais longe este ano e o time é muito leve e rápido. Pode dar trabalho aos favoritos.”

Encontro Com o Rei do Futebol

© Revista Só Futebol / © Arquivo Pessoal

CORITIBA “O Coritiba precisa de uma boa melhorada. Vamos ver como o Martinuccio vai ser usado e se ele vai mostrar o futebol que ainda não mostrou no Brasil. De qualquer forma, quem tem Alex, já tem um bom caminho. Mas será necessário mais do que isso para o time sair da zona de risco.”

Destaque Dionísio na capa da revista Placar de outubro de 1976

PARANÁ CLUBE “É triste ver que, a cada dia, chegam mais más notícias sobre o Paraná. Infelizmente, se não acontecer algo de diferente por lá, a tendência é que, no fim do ano, a manutenção na Série B será considerado algo bom, e não o acesso a Série A, como deveria ser.”

• Revista Só Futebol •

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Paranaense

Tropa rumo à elite

H

á exatos cinco anos de sua primeira partida profissional, em agosto de 2009, o Futebol Clube Cascavel (FCC) estreia na Segunda Divisão do Campeonato Paranaense com um sonho na ponta das chuteiras. Depois de passar por altos e baixos, quase ter o time desfeito e reclamar de pouco apoio da torcida, atualmente, a equipe tem por objetivo alcançar a Primeira Divisão do Campeonato Paranaense de Futebol. Subir à elite com as armas que diz ter: força física e elenco de primeira. O Aurinegro pretende formar um time ágil e resistente fisicamente – assim como uma cobra Cascavel, seu símbolo –, para conquistar a tão sonhada posição do grupo de acesso. “Acredito muito que podemos chegar à Primeira Divisão. Respeitamos todas as equipes, mas nós temos condições e qualidade para chegar lá”, afirma o técnico Paulo Foiani. Para a cobra estar preparada para dar o bote certeiro, a

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• Revista Só Futebol •

O FC Cascavel briga pelo acesso à Primeira Divisão do Campeonato Paranaense com maior parte do elenco que já esteve lá

equipe aproveitou um período maior de pré-temporada, por conta da realização da Copa do Mundo da FIFA™, para fazer avaliações táticas das seleções que se apresentaram no Brasil neste Mundial e também para fazer um forte trabalho físico. “Quando se tem tempo hábil para trabalhar, isso favorece o grupo. O trabalho está sendo bem estruturado”, completa o técnico que antes dirigia o Operário de Ponta Grossa. Segundo Foiani, quase 70% do elenco vêm da Primeira Divisão do Paranaense e já jogou em outros estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O soldado em destaque dessa tropa é Jorge Preá, de 30 anos de idade. atacante que foi descoberto no Pelotas do Rio Grande do Sul, já jogou pelo Palmeiras e no Operário de Ponta Grossa. “A intenção é fazer o time subir. Estamos focados ao máximo”, anuncia Preá. Alguns nomes já são conhecidos pelo torcedor cascavelense, como Irineu, Eduardinho e Sorbara.


© Divulgação/FC Cascavel

A torcida parece apoiar o clube, mas se mostra bastante crítica: “O time não tem apoio dos empresários da região e os poucos que apoiam não conseguem suprir as necessidades financeiras para montar um time de ponta. No futebol, apenas boa vontade não é suficiente para chegar na frente”, avalia o torcedor Eduardo

Machado. “O objetivo é muito válido, pois uma cidade como Cascavel já passou da hora de ter um time na Primeira Divisão. Muito treinamento e foco são essenciais para um time conseguir seu objetivo”, comenta o torcedor, Ricardo Friedmann. “Tendo resultado, podemos reconquistar a torcida”, confia Foiani. O

time, que tem como casa o Estádio Ninho da Cobra, possui como orientação tática manter a posse de bola, ser mais técnico e trabalhar forte na marcação. Para o diretor de futebol do FC Cascavel, Sandro Belletti, a tropa é competitiva e está bem entrosada para lutar pelo acesso à elite do Futebol Paranaense este ano.

O Destaque do time é o atacante Jorge Preá, que já jogou pelo Palmeiras e passou pelo Operário de Ponta Grossa • Revista Só Futebol •

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Suburbana

Quem é quem

Nada de Robben, Neymar ou Messi. Os astros da vez no gramado são os jogadores que disputam a Suburbana estadual

D

epois de uma Copa do Mundo recheada de jogos inesquecíveis e grandes astros do futebol, chegou a hora de começar a torcer por uma turma bem menos pomposa. O Campeonato Amador da Capital, nome oficial da popularmente conhecida como “Suburbana”, tem data de início marcada para 19 de julho e vai contar com 12 times na Série A. A competição é promovida e organizada pela Federação Paranaense de Futebol e terá quatro fases. A Suburbana tem mais de 60 anos de história e é sempre disputadíssima. E quem pensa que

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• Revista Só Futebol •

os times não podem contar muito com o apoio da torcida está bem enganado: os moradores de cada região sempre comparecem em peso para motivar as equipes de seus respectivos bairros. Ir a uma partida do campeonato amador é sempre uma opção divertida de programa, pois além de gratuito, já que não é cobrado ingresso para assistir aos jogos, é uma boa oportunidade de conhecer os “vizinhos” e confraternizar de maneira alegre e descontraída, com direito a muita cerveja (cuja venda é liberada) e alguns quitutes clássicos, como o pão com bife. Pra ficar por dentro e não fazer feio na hora de torcer pelo seu bairro, aprenda um pouquinho sobre as 12 equipes que disputarão a taça.


Combate Barreirinha FC

B

Nome oficial:

VIRADA

Dinda (Santa Quitéria) comemora o gol sobre o Trieste

União Nova Orleans Nome oficial: União Nova Orleans

Data de fundação: 06/01/1973

© Denis Willian Barbosa

Cores oficiais:

O Campeonato Amador da Capital, conhecida como “Suburbana”, tem data de início marcada para 19 de julho e vai contar com 12 times na Série A.

Verde, brando e preto

Estádio: José Drullo Sobrinho

Técnico: Severino

Títulos: Campeão Divisão Especial (1994); Campeão Primeira Divisão – Adultos (2007)

A

Combate Barreirinha Futebol Clube

Data de fundação: 08/05/1945

Cores oficiais: Vermelho, preto e branco

Estádio: Recanto Tricolor

Técnico: Marcelo Leôncio

Títulos: Campeão Divisão Especial (1996, 1997, 1998, 2003, 2004, 2005); Campeão Taça Paraná (1997, 1998, 1999, 2000); Campeão Divisão de Acesso (1986, 1989); Campeão Divisão Especial – Adulto (2007).

• Revista Só Futebol •

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Suburbana Uberlândia EC

C

S.O.B.E. Iguaçu

D

Vila Hauer FC

E

Nome oficial:

Nome oficial:

Nome oficial:

Uberlância Esporte Clube

Sociedade Operária Beneficente Esportiva Iguaçu

Vila Hauer Futebol Clube

09/09/1959

Data de fundação:

26/05/1950

Cores oficiais:

06/06/1919

Cores oficiais:

Azul, amarelo e branco

Cores oficiais:

Preto, vermelho e branco

Estádio:

Preto e branco

Estádio:

Gustavo Schier

Estádio:

Donato Gulim

Técnico:

Egidio Ricardo Pietrobello

Técnico:

Marcelo Leôncio

Técnico:

Juninho

Títulos:

Juninho

Títulos:

Campeão Copa Paraná (2009); Campeão Copa Integração (2012)

Títulos:

Campeão 3ª Divisão (1953); Campeão Divisão de Acesso (1966, 1967); Campeão Veteranos (1979, 1984); Campeão Divisão Principal (1995, 1999)

Data de fundação:

Operário Pilarzinho FC

Campeão Divisão Especial (1962, 1966, 1967, 1973, 1977, 1992)

F

SE Renovicente

Nome oficial:

Nome oficial:

Operário Pilarzinho Futebol Clube

Sociedade Esportiva Renovicente

Data de fundação:

Data de fundação:

29/06/1951

21/12/2001

Cores oficiais:

Cores oficiais:

Azul, branco e vermelho

Vermelho, azul e branco

Estádio:

Estádio:

Bortolo Gava

Solar do Bosque

Técnico:

Técnico:

Severino

Rossano Santana

Títulos:

Títulos:

Campeão Primeira Divisão (2001)

Campeão Divisão Especial – Adultos (2002)

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• Revista Só Futebol •

Data de fundação:

G


SER Bangú

H

I

ACE Urano

Nome oficial:

Nome oficial:

Nome oficial:

Sociedade Esportiva Recreativa Bangú

Associação Clube Esportivo Urano

União Recreativa Esportiva Santa Quitéria

Data de fundação:

Data de fundação:

Data de fundação:

14/10/1937

20/08/1968

24/04/1974

Cores oficiais:

Cores oficiais:

Cores oficiais:

Vermelho e preto

Azul e branco

Verde e amarelo

Estádio:

Estádio:

Estádio:

Monte Bérico

Manoel Garcia de Andrade

Maurício Fruet

Técnico:

Técnico:

Técnico:

Jefferson Souza

Jorge Martinez

Mazolinha

Títulos:

Títulos:

Títulos:

Campeão Divisão de Acesso (1967, 1968, 1969, 2001); Campeão Amador da Capital – Adultos Série A (2013)

Campeão Divisão Especial (2001)

Campeão Divisão Principal (1975, 1978, 1982, 1987)

Trieste FC

K

ABE Novo Mundo FC

Nome oficial:

Nome oficial:

Trieste Futebol Clube 08/06/1937

Associação Beneficente Esportiva Mundo Novo Futebol Clube

Cores oficiais:

Data de fundação:

Data de fundação:

© Marc Garrido i Puig/SXC

URE Santa Quitéria

Vermelho, verde e branco

10/07/1930

Estádio:

Cores oficiais:

Francisco Muraro

Vermelho e branco

Técnico:

Estádio:

Leandro Chibior

Arena Vermelha

Títulos:

Técnico:

Campeão Divisão Principal (1964, 1965, 1968, 1969, 1975, 1976, 1984, 1985, 1986, 2006); Campeão Taça Paraná (11 vezes)

J

L

Ivo Petry Sobrinho

Títulos: Sem títulos na categoria masculina

• Revista Só Futebol •

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G

B

Suburbana

F

D K H A J

E C

L I

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• Revista Só Futebol •


Série B Assim como o Campeonato Paranaense, o Amador da Capital também tem uma divisão de acesso, mais conhecida como Série B. Dividida em três grupos, a Série B do Amador

conta com 18 equipes, seis em cada grupo, que brigam por uma vaga na Série A na competição de 2015. Confira como estão divididos os times dessa divisão.

Grupo B

Grupo C

Capão Raso Santíssima Trindade Sergipe União Ahú Vila Fanny Ypiranga

Boqueirão CA Nacional Imperial Umbará Vasco da Gama Vila Sandra

Caxias GR Ipiranga Grêmio Palmeirinha Gente da Gente Rio Negro São Braz Tanguá

© RAWKU5/SXC

Grupo A

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Cruzadinha PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

Local onde mora a avó de Chapeuzinho Vermelho (Lit.) Tornada plana

Misto de dança e luta Denomina praticada a máfia por Mestre dos EUA, Pastinha também chefiada por capos italianos

Qualidade da pessoa sem-vergonha As 15 horas, na liturgia católica

Dois populares esportes dos EUA Marcelo (?), apresentador do "CQC"

Construção comum em marinas Despojado (o estilo) Por que (red.)

"Quartel", em Q.G. Afago, em inglês

Local de treinamento de cavalos Ou, em inglês Feitio do bambolê

Item guardado no closet Imposto de (?), tributo anual pago on-line Princesa envenenada por uma maçã (Lit. inf.)

Bicho-(?), inseto Antecede o dez

Comovente Quadril Peça que conecta vagões

Casa (?), evento anual da decoração (BR) Adicionada (?)-se: foge da prisão Infecção comum em diabéticos

Fruto carnoso como a goiaba

Derrotou o gigante Golias (Bíblia)

Tricampeão (red.) A 3a nota musical

Período útil ao processo criativo Fenômeno como o fog londrino

Antigo Testamento (abrev.)

Triturado Instrumento de música folclórica

Aqui, em francês (?) exatas: Matemática, Física e Química Vitamina que previne a cegueira noturna

(?)-branco, árvore É mais longo no verão

Braço, em inglês

Pop (?): a estética de Andy Warhol

Veículo de lotadas Prática democrática (?) de burro, brincadeira infantil

"Garotas do meu Brasil (?)", bordão de Zé Bonitinho (TV) Serviço de astrólogos

2/or. 3/arm — art — ici — noa — pat. 5/evade. 10/cosa nostra.

BANCO

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Solução B O S A N S I C O Q H A U P A E T O A A E N D A N C A D G I A A T O D E N CI A E O A V D R O N I M A P A

D B E O S T R A C A I S R A S Q P U O R A C A N T E T M O E V AD E E N E V E R T I B I O M E S I C I I I S P E E B A T E L R A BO A S T RA L

• Revista Só Futebol •

C B A P R O E I R B R A B A C I A N V A

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