Momento Cores

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ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, MARKETING E COMUNICAÇÃO GUILHERME SANCHES, ISABELE DAROS, RENAN SILVA E THAYNA VILELA

MOMENTO O POTENCIAL DA MEMÓRIA ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA E COLORIZAÇÃO

SOROCABA 2020


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ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, MARKETING E COMUNICAÇÃO GUILHERME SANCHES, ISABELE DAROS, RENAN SILVA E THAYNA VILELA

MOMENTO O POTENCIAL DA MEMÓRIA ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA E COLORIZAÇÃO

SOROCABA 2020



ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, MARKETING E COMUNICAÇÃO GUILHERME SANCHES, ISABELE DAROS, RENAN SILVA E THAYNA VILELA

MOMENTO O POTENCIAL DA MEMÓRIA ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA E COLORIZAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ESAMC - Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design Gráfico – Hab.

SOROCABA 2020


BANCA EXAMINADORA

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Prof. Elson Yabiku

____________________________________________________________

Profa. Ma. Jéssica de Almeida Bastida Raszl

Sorocaba, 07 de Dezembro de 2020



Este trabalho Ê dedicado a todos aqueles que de alguma forma nos auxiliaram ou nos apoiaram durante toda a jornada de aprendizado para a construção deste projeto.



AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente as Forças Divinas pela iluminação durante a construção deste trabalho, também aos nossos familiares, colegas e amigos, que nos auxiliaram e nos apoiaram durante a graduação. A nossa orientadora Quelen Torres por ter demonstrado extrema dedicação em nos ajudar e ter sido fonte de inspiração durante todo o processo, como mulher e profissional. A todos os professores que nos auxiliaram e nos mostraram vias para a criação e conclusão deste projeto. Por fim, agradecemos a Instituição ESAMC Sorocaba e todos os seus colaboradores, pela constante dedicação em nos prover toda a ajuda e material necessários para a conclusão dessa fase tão importante em nossas vidas.


DAROS, Isabele; SANCHES, Guilherme; SILVA, Renan; VILELA, Thayna. Cores em Tempos Cinzentos: O resgate de sentimentos positivos através da colorização de fotos do período entre a primeira e segunda guerra mundial. 2020. 88 páginas. Projeto de Graduação de Bacharel em Design Gráfico – Hab. Com. Visual. ESAMC - Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação, Sorocaba, 2020.

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RESUMO Sendo notável a importância da memória como conexão entre o passado, presente e futuro e como o registro imagético é fundamental para passar conhecimento e sentimentos para as gerações futuras, através do resgate de fotografias originalmente registradas em preto e branco e digitalmente colorizadas, se cria a oportunidade mercadológica para a comunicação composta por mensagens imagéticas, abordando o estímulo emocional e sendo utilizado transmissor de conhecimento. A entrega deste trabalho vem a ser um portal de conteúdo produzido com a identidade visual de uma marca fictícia com os ideais propostos pelo projeto, que busca passar informações e entretenimento com interesse no potencial mercadológico. Palavras-chave: Cores; Fotografia; Design; Memória.

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DAROS, Isabele; SANCHES, Guilherme; SILVA, Renan; VILELA, Thayna. Colors on Dark Days: The rescue of positive feelings through the colorization of pictures from the First and Second World War. 2020. 88 pages. Graduation Project for Bachelor in Graphic Design – Qualification in Visual Communication. ESAMC – College of Business Administration, Marketing and Communication, Sorocaba, 2020.

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Abstract The importance of memory as a connection between the past, present and future is notable and as the imagery record is fundamental to share knowledge and stimulate emotions to the next generations, through the rescue of photographs originally taken in black and white and digitally colorized, there’s the possibility of marketing opportunity using the image as message, the emotional stimulus and also being used as a knowledge transmitter. The delivery of this work becomes a content portal produced with the visual identity of a fictitious brand with the ideals proposed by the project, which seeks to provide information and entertainment with an interest in the market potential. Key-words: Colors, Photography, Design, Memory.

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SUMÁRIO 1.

Inspiração, Histórias e Memórias 1.1 A Fotografia como Gatilho para a Memória

2. Inspiração, Histórias e Memórias

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2.2 Evolução 2.3 Impacto de Fotografias 2.4 Fotografia Indo Além de um Produto no Mercado

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3.1 O Estudo das Cores

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3.2 Estudo Individual das Cores 3.3 As Cores no Mercado

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4. A Importância dos Registros 4.1 Por um Momento, um Resgate de Memórias

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2.1 Surgimento

3. O Efeito das cores na Humanidade

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5. Criando Momentos

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5.1 O que é a Momento

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5.2 Públivo Alvo e Persona 5.3 Identidade

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6. A Momento em Prática

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6.1 Postagens

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6.2 Momento Agindo no Mercado Nacional

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7. Conclusão

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INTRODUÇÃO Todo conhecimento acerca da humanidade é composto pela memória. Seja através de registros físicos ou da memória como exercício humano, individual e coletivo, só é possível acessar conexão com o passado através do contato com ele. Durante toda a vida, os seres humanos são expostos ao presente como resultado do passado, criando uma necessidade intrínseca de obter conhecimento, possuir um modelo no qual basear suas ações e criar conexões, sejam essas familiares, regionais, religiosas etc. Fora identificado através deste projeto a necessidade do ser humano de ter contato com o passado, não só por base informacional, mas como meio de criar conexão, ou seja, abrangendo a emoção além do conhecimento. Assim, criase além desse desejo humano, o potencial mercadológico que abrange o registro da memória. Através da fotografia, fora reconhecida a oportunidade de estimular sentimentos e ações entregando conhecimento de maneira imagética. Também, ao buscar suprir o desejo de criar conexão entre o passado e o presente, nasceu a ideia da aplicação de cores em fotografias 18

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originalmente registradas em preto e branco, como forma de aproximação e correlação dos períodos retratados com os dias de hoje. Fora definido neste projeto que a fotografia é um meio de extrema significância para o processo de registro da memória, capaz não só de causar a rememoração, mas transmitir conhecimento e emoção. Assim, fora idealizado um portal de conteúdo capaz de expor o potencial da fotografia e da colorização dessas como meio de entregar não só conhecimento sobre momentos do passado, mas também a possibilidade de criar laços afetivos com as histórias registradas. A intenção deste projeto, denominado Momento, é implantar esse resgate de emoções, informações e conexões através de um portal de conteúdo que aborda exclusivamente colorização de fotografias antigas, utilizando um arsenal de registro histórico imagético registrado em preto e branco e a aplicação de cores baseadas em psicologia e psicodinâmica das cores, sendo capazes de potencializar as reações desencadeadas pelas fotos. O portal será responsável não só por estimular os sentimentos provocados pelas cores em conjunto com as


imagens, mas também por levar informação e entretenimento, além de pavimentar um caminho mercadológico, formando uma rede de clientes para uma futura comercialização de fotos restauradas colorizadas para fins comerciais e particulares. Para demonstrar o potencial da colorização e exemplificar a aplicação, será utilizado um acervo de fotografias da primeira e segunda guerra mundial e da gripe espanhola, visto que são períodos com registros ambíguos de cotidiano e caos, capazes de transmitir a proposta dos efeitos da colorização na percepção humana. Por fim, este projeto visa apresentar os efeitos e possibilidades das cores e imagens fotográficas como estímulo para os seres humanos e exemplificar o potencial mercadológico da colorização de fotografias originalmente clicadas em preto e branco.

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1. INSPIRAÇÃO, HISTÓRIAS E MEMÓRIAS 20

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“Mestra da Vida”, é assim que Cícero (séc. I a.C, apud Carlos Fernandes, 2020), orador romano, nomeava a história, pela qual é possível identificar o passado, compreendê-lo e proporcionar a tomada de decisões do presente com base nos exemplos precedentes. O historiador Marc Bloch propõe a definição da história sendo “a ciência dos homens no tempo” (Bloch, 2001), a fim de não se limitar apenas ao passado, mas demonstrar que a realidade histórica está presente em cada passo da evolução humana. Lucien Febvre (1949), historiador francês, concluiu que a história recolhe sistematicamente, classificando e agrupando, os fatos passados em função das suas necessidades atuais. Quando se discute sobre história deve-se ir além do passado e presente, incluindo o futuro, visto que todas as ações e recorrências do passado são necessárias para a continuação do presente. Tal afirmação fora delineada por Santo Agostinho (apud Carneiro, 2004, p. 224), onde há o conceito de “o presente das coisas passadas, o presente das coisas presentes, o presente das coisas futuras” apontando a evolução geral como um comportamento consequente nascido a partir do equilíbrio da consciência entre os períodos de tempo. De acordo com Le Goff (2003), a maioria das formações sociais se baseiam no passado como modelo para o presente, o que explica essa volta ao conhecimento histórico para adquirir referências e identificar modelos de ações. O autor afirma que todo o conhecimento adquirido 22

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ao longo dos anos se mantém vivo através não só de documentos, mas também da memória coletiva, que nada mais é do que o agrupamento de memórias compartilhadas por uma sociedade, podendo ser dividido por região, religião, nação, período etc. Tal agrupamento de memórias conserva informações, as quais o homem pode resgatar e atualizar, sendo a memória uma formação psíquica e neurológica de cada ser humano. A coletividade de uma mesma memória traz conhecimento e desperta sensações para seus observadores, tornando-se mais um meio de resgate da história. Logo se fez necessário registrar a história humana sob a visão da memória coletiva em vias documentais, como por exemplo através da escrita, aponta Le Goff em sua trajetória. E procedendo a escrita, o momento revolucionário para o registro da memória se deu a partir da fotografia, proporcionando precisão e veracidade para os fatos mecanicamente registrados. Assim há o armazenamento de informações retratados em um único meio de transmitir a mensagem, uma imagem. O filósofo Juan Carlos Tedesco (2004) se baseou na reflexão de memória para apontar: [...] o ato objetivo de recordar os processos vividos que cada um de nós organiza e reinvoca no passado, do ponto de observação do presente, possui a capacidade de estruturar a experiência num patrimônio utilizável para si e comunicável aos outros. Porém entendemos não ser essa a única dimensão da memória, aquela pode ser entendida como estrutura de interiorização e exteriorização de fatos, circunstâncias e vividos organizados, especial e temporalmente, para transmitir ao externo a representação pessoal e/ou coletiva da própria história ou da de outrem. (TEDESCO, 2004, p. 38)


Agregando, a recordação através da fotografia como um meio de registro de informação, só é válida a partir da noção de seu contexto histórico, como afirma o fotógrafo e historiador Boris Kossoy (1941): [...] apesar de ser a fotografia a própria “memória cristalizada”, sua objetividade reside apenas nas aparências. Ocorre que essas imagens pouco ou nada informam ou emocionam aqueles que nada sabem do contexto histórico particular em que tais documentos se originaram. (KOSSOY, 2001, p. 152).

Logo, a cena congelada que a fotografia retrata só é plenamente compreendida a partir do conhecimento do contexto histórico pelo observador, trazendo assim todo o engajamento de sensações e emoções propostos por ela. Por fim se dá a compreensão da correlação entre memória, história e fotografia, visto que a memória coletiva cultivada através das gerações afeta diretamente a linguagem, cultura, política e todos os outros aspectos de uma sociedade e de cada membro dela subjetivamente, tanto quanto os registros documentados da história, sendo os detalhes de cada modelo de arquivamento responsável por uma miríade de memórias, possibilitando a fotografia se tornar estímulo para lembranças e sensações.

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1.1 A FOTOGRAFIA COMO GATILHO PARA A MEMÓRIA Tendo em vista a necessidade de registro da história para instruir e pavimentar os caminhos das gerações futuras, a fotografia se mostrou uma grande aliada para promover o arquivamento de memórias imagéticas e isso se dá principalmente pela capacidade do registro fiel à realidade. Mas na visão da fotógrafa Dr.ª Maria Pereira Kowaski (2013), a fotografia vai além do chamado “registro imagético”. Em um ensaio publicado em 2013, Kowalski conta que seu primeiro contato com fotografias antigas deu-se na casa de seus pais com álbuns de fotografias dos séculos IX e XX, ela aponta que aquelas fotos mesmo em preto e branco e estrategicamente montadas em estúdio ainda assim eram capazes de transmitir vida apenas pelos olhares que eram direcionados à câmera. Naquelas antigas fotografias, as pessoas que posavam possuíam conhecimento somente de seus passado e presente, enquanto Kowalski conhecia seus futuros e sabia até mesmo que já estavam mortas, ainda que nunca as tenha conhecido pessoalmente. Ali, Kowalski se sentia afetada pela ideia de conhecer a vida de pessoas que nunca conheceu pessoalmente e que fizeram parte de sua vida através daquelas fotografias, visto que se ela não tivesse tido contato com 24

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aqueles álbuns, sequer teria ciência de que um dia aquelas pessoas estiveram vivas. Em uma época onde se estabeleceu em Moçambique pelo período de dois meses por motivos profissionais, a fotógrafa conta que apesar de ter a intenção de fotografar toda a beleza e dignidade daqueles que ela encontrava, o que para ela era exótico e deslumbrante, para os residentes era o cotidiano, um dia-a-dia imerso em pobreza, fome e lixo. Assim, Kowalski pensou que ao invés de se aproximar, seu ato poderia acabar causando distanciamento e aversão da comunidade. Trabalhando em um orfanato e criando laços com os 60 rapazes, em maioria órfãos de HIV/SIDA, ela sentia que a máquina fotográfica acabava sendo uma barreira entre ela e a vivência real, mesmo que os jovens gostassem de ser fotografados e ver suas imagens na máquina, não havia intimidade. Sentindo a necessidade de tornar as fotografias mais espontâneas, a mulher passou sua máquina aos jovens, para que eles próprios se fotografassem onde e como quisessem. Após isso, Kowalski pôde perceber que a verdadeira conexão com a realidade daquela comunidade só poderia ser vista através daqueles que estavam ali, e observando as centenas de fotografias clicadas pelos jovens, ela pôde sentir uma conexão muito


maior com eles do que o faria se ela mesma tivesse os fotografado. Aqueles que vivenciavam aquela realidade eram os que, mais verdadeira e espontaneamente, poderiam passá-la adiante. Tendo em mente a premissa de que “a ignorância é uma bem-aventurança desde que continue a ser ignorância” (Doren, 2012 p. 10 apud Kowalski, 2013, p. 9), a fotografia adquire um potencial papel na construção do desejo de ir além da curiosidade, fazendo nascer no espectador a vontade de imergir naquele contexto e adquirir o conhecimento que aqueles que foram retratados possuíam. Antes do estalo da globalização, processo que de acordo com Pena (2020) iniciou-se em meados do século XV, o acesso à informação era limitado e difícil, todavia hoje em dia, como Kowalski aponta, o contato com a informação é ilimitado e constante, o que pode tornar a assimilação mais superficial, logo, o conhecimento não chega completamente. Por exemplo, uma fotografia quando vista por si só pode causar determinados sentimentos e vontade de conhecer mais do que ela representa, mas o que ela realmente mostra não pode ser compreendido sem conhecimento de seu contexto. Uma foto clicada pelos rapazes de Moçambique na história de Kowalski mostra um jovem com uma bola de basquete na mão, como se estivesse se preparando para saltar, todavia, na realidade aquela foto não representava os jovens brincando, mas uma visão do que o fotografado gostaria de ser no futuro, já que a direção daquele orfanato naquele momento não deixava os jovens

pegarem na bola para não estragar. Assim, a assimilação de fatos em uma fotografia fora de contexto ocorre, mas causa um impacto totalmente diferentes para aqueles que possuem acesso à informações relevantes do período ou situação que a foto retrata. Kowalski aponta que muito da fotografia documental envolve a captação da cena para suprir o prazer do observador, ou seja, o fotógrafo é mais como um voyeur da imagem e busca contemplá-la, todavia, fotógrafos como Sebastião Salgado [1], Nan Goldin [2] e outros incontáveis que captam cenas pelo mundo, trazem em suas fotografias uma visão mais crítica da realidade. De tal forma, fotógrafos diferentes são capazes de expor de polos opostos um mesmo período, despertando sensações nos espectadores que dependem de seus repertórios e conhecimento do contexto da imagem na fotografia. Tendo a imagem fotográfica como maneira de comunicação afetiva, o fotógrafo tende a se expressar através de suas imagens que podem ser compreendidas em maior ou menor grau de acordo com quem as contempla. Dr.ª Kowalski citou que seu primeiro contato com a fotografia fora na casa de seus pais através de álbuns de fotografia dos séculos IX e XX, onde nas antigas imagens ela era capaz de enxergar a vida de acordo com o que o fotógrafo era capaz de transmitir. Posteriormente, em experiência 1 Sebastião Salgado, nascido em 1944, é um fotógrafo com formação em economia, documenta acontecimentos e condições de vida na América Latina, Europa e África através a fotografia. 2 Nan Goldin, nascida em 1953, explora através da fotografia questões de gênero e minorias, abordando a intimidade de casais LGBT e as crises de HIV e a epidemia de opioides.

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particular, pôde sentir que a fotografia pelas mãos daquele que está inserido na realidade traz um peso diferenciado que mesmo aqueles sem conhecimento do contexto são capazes de notar, mas não capazes de entender profundamente, pois justamente não sabem a história. Segundo a autora “a seleção do que é imortalizado na fotografia é uma extensão da análise feita perante uma realidade” (KOWALSKI, 2013, p. 13), assim, trata-se da visão de seu contexto, da expressão artística e/ou crítica daquele que que fotografa e por fim, daqueles que a observam e digerem a informação exposta imageticamente. É na maneira de olhar que se estabelece conexão com o objeto, de acordo com Andrade (2002, apud Kowalski 2013, p. 14), logo, a relação com aquilo que vemos só se torna mais latente quando nos identificamos e nos colocamos no mesmo lugar daquele que foi fotografado e daquele que segurava a câmera, pois a forma como se enxerga a realidade se transforma na forma de representá-la e interpretá-la. Logo mais, a fotografia migra do curso documental para o participativo, sendo capaz de se relacionar com seu espectador levando em conta não só o que está retratado, mas o repertório dos observados, sendo uma “via de mão dupla”. Fotografias podem ter a intenção de passar informação ou de causar emoção, utilizando-as para além da mera apreciação, mas como ponte de conexão, tal qual as utilizadas pelos tratamentos fototerapêuticos, que “ajudam o cliente a explorar diferentes perspectivas deles 26

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próprios e do seu passado” e a “explorar a sua própria personalidade” (Prosser, 1998, p. 78. Apud Kowalski, 2013, p. 15). A fotografia se torna então capaz de transmitir tanto conhecimento e história de outras pessoas e outras épocas, quanto pode transmitir do presente momento e de si mesmo. Ainda de acordo com a autora, “fotografia gera empatia, empatia gera ação, logo, fotografia gera ação” (KOWALSKI, 2013, p.16). A empatia, potencialmente criada através da conexão com a realidade fotografada, é capaz de causar ação no espectador caso as emoções causadas pela foto sejam negativas, dolorosas ou desconfortáveis, assim como o contrário. A empatia criada em conexão com a fotografia é capaz de despertar no observador sentimentos que são capazes de movê-lo, positiva ou negativamente, de acordo com o que é retratado. Em conclusão, Kowalski aponta que emoções geram ações, sendo a fotografia capaz de desencadear uma noção de elo afetivo e emotivo, tornando possível ao espectador agir movido pelos sentimentos em um ato altruísta ou de consciência e intervenção social, ainda mais profundamente se tiver conhecimento de contexto e da história representada.


2. A FOTOGRAFIA PARA A HUMANIDADE Na publicação “O ato fotográfico e outros ensaios” proposto por Philippe Dubois (1993) apresenta-se a ideia da fotografia como aparelho psíquico, isto é, a foto não se trata apenas de uma imagem estática química e mecanicamente produzida, mas de um ato icônico por si só, não se limita à produção da fotografia nem da imagem propriamente dita, mas também engloba o ato de recepção e contemplação da foto em seu contexto. Assim, a fotografia traz “em suma, como inseparável de toda a sua enunciação, como experiência, como objeto totalmente pragmático” (DUBOIS, 1993, p. 15). Ainda sob o olhar de Dubois, nos altos do século XIX, a fotografia trouxe o peso da fidelidade com a realidade. Mesmo que sempre houvesse registros para fins documentais, tal qual documentos escritos, representações gráficas, cartográficas, pinturas etc, a foto era capaz de representar, em teoria, o que exatamente foi fotografado, sem floreios dos viajantes ou contadores da história representada na dita fotografia. Desta forma, foi impressa à fotografia uma credibilidade singular que nunca antes havia sido determinada, o famigerado “ver para crer” sendo plenamente satisfeito por meio da imagem estática, que até então indubitavelmente provava a existência daquilo que fora fotografado.

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2.1 SURGIMENTO De acordo com Peres (2007) o nascimento da fotografia foi em 1826 pelas mãos de Joseph Niépce Nicéphore, sendo a primeira produzida através de um diafragma de íris, enquanto internamente de uma placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível e exposta por 8 horas. Após todo o processo citado, enfim teve-se em mãos a primeira fotografia da história nomeada “View from the Window at Le Gras” (traduzido internacionalmente para inglês).

Figura 1 - “View from the Window at Le Gras” (Foto: Joseph Nicéphore Niépce)

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De acordo com o autor, considera-se que a partir de Nicéphore fora dado início a um longo processo de evolução da fotografia na Europa, emergindo no início do século IX. Através do estudo das propriedades e efeitos da luz, do avanço dos estudos químicos e óticos e do desejo de, enfim, ser capaz de reproduzir de maneira precisa registros de experiências visuais, a fotografia próxima de como conhecemos hoje deu indícios de desenvolvimento. Todavia, o nascimento da fotografia fora por si só conflituoso, muito se debateu sobre os pontos benéficos e maléficos de sua existência e assim Dubois (1993) categorizou os três principais tópicos debatidos em linha histórica. O primeiro ponto, a discussão da fotografia como espelho da realidade, o segundo ponto, a fotografia como transformação do real e por fim, a fotografia como traço de um real. No primeiro tópico de debate era de senso comum que a fotografia se tratava da mais fiel representação da realidade. Em ênfase se discutiu o procedimento da fotografia que, derivado somente da construção mecânica e química da máquina fotográfica, não se enquadraria como arte, pois era considerado arte aquilo que vinha das próprias mãos do artista e não um resultado de algo “automático”. Em contrapartida, Charles Baudelaire (1865, apud Dubois, 1993, p. 28) referência a fotografia como a absoluta arte por ser capaz de retratar com perfeição exata aquilo que é da natureza.


O segundo tópico, como previamente citado, trazia a ideia de transformação do real, isto é, um ponto de vista que considerava que a foto sempre seria codificada, fosse culturalmente, sociologicamente, tecnicamente etc. Assim, de acordo com uma publicação de Lady Elizabeth Eastlake (1857) deve se lembrar que a natureza vai além do jogo de luz e sombra retratado em uma fotografia, por trás das massas dos objetos fotografados há mais um sem fim de luzes e cores, que somente um pintor experiente pode retratar. Logo, neste segundo campo de debate, se levantava a questão onde, principalmente, a fotografia era incapaz de traduzir; então em preto e branco; todas as nuances das luzes na natureza. A fotografia era tomada como algo simbólico. Por fim, ainda de acordo com Dubois, a terceira teoria tomada por tópico, a fotografia como traço de um real, explana a ideia onde essa é tida como índice, uma representação com valor singular de um objeto signo. Aplicando a visão de Ch. S Peirce, primeiro a fotografia é índice (indicando a realidade) e somente posteriormente pode se tornar ícone (parecida) ou símbolo (adquirir sentido).

2.2 EVOLUÇÃO De acordo com Grant B. Romer, em History and the Evolution of Photography (2007) todos os fotógrafos hoje trabalham utilizando uma perspectiva histórica, ou seja, eles sabem que a tecnologia hoje utilizada nasceu em um passado

Figura 2 - Portrait of a soldier, por T.R Willians, 1855, através de daguerreótipo e colorida à mão.

um tanto distante. Há, entre os profissionais, o consenso de que a fotografia evoluiu e se transformou com os tempos, que superou as tecnologias do passado e que também a de hoje um dia será superada. Segundo o autor, fora em 1839 registrado os primeiros indícios de pesquisa que possibilitariam que a fotografia registrasse não somente as formas da natureza, mas também suas cores. Aos poucos, o público se tornava impaciente e a primeira escapatória para atender a demanda de fotografias coloridas fora adicionar cores posteriormente nas imagens, de maneira manual. Romer aponta que em 1839 iniciou-se a comercialização de fotografia através da invenção de Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787 - 1851) chamada daguerreótipo, uma máquina que produzia as fotografias em placas de cobre com uma fina camada de prata polida e sensibilizada em vapor de iodo, esse processo é um dos que possibilitou a colorização posterior feita à mão (Figura 2). MOMENTO

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2.3 IMPACTO DE FOTOGRAFIAS Atualmente há uma superprodução de informação visual, grande parcela da sociedade está absolutamente familiarizada às imagens fotográficas por meio de publicidade e mídias sociais, todavia, de acordo com o estudo A popularização da fotografia e seus efeitos (KAWAKAMI; VEIGA. 2012.) a sociedade tem se mostrado pouco apta a acompanhar esse bombardeio de informações visuais, exibindo despreparo e ainda alienação quanto ao poder de informação que compõe uma imagem, logo, as pessoas absorvem o conteúdo nas imagens principalmente de forma rápida e superficial. Ainda de acordo com o estudo de Kawakami e Veiga, hoje existe uma fabricação desenfreada de fotografias e há, portanto, uma banalização delas onde nasceu a crença de massa que qualquer um pode fotografar, bastando apertar um botão. Com a onipresença das fotografias e as pessoas às percebendo superficial e momentaneamente, com a banalização e principalmente com a familiaridade das pessoas hoje com a fotografia, há o enfraquecimento do peso das mensagens que são passadas através de uma foto, logo, o contato com fotografias preto e branco automaticamente remetem ao 30

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passado e possuem carga conceitual, fascinando aqueles que se dedicam a examiná-las, com base no que aponta Flusser (2002, apud FERNANDES; TORQUATO, 2008, p. 8). Como apontou Eduardo Vilas Bôas (1951) as cores e formas são os principais e primeiros itens notados pela visão, logo, nessa absorção superficial que compõe a visão da massa, a disposição de formas e cores utilizadas é fundamental para causar impacto imediato. Baseando-se na citação do autor, a fotografia colorida traz às pessoas o sentimento de familiaridade e aproximação, enquanto a fotografia preto e branco costuradas em épocas passadas mantém uma ideia de pensamento teórico e abstrato, consequentemente distante daqueles que hoje a observam e assimilam de maneira rápida e superficial.

2.4 FOTOGRAFIA INDO ALÉM DE UM PRODUTO NO MERCADO Atualmente, o fotógrafo por profissão, pode desempenhar várias habilidades dentro da área, como consta Heloiza Castro (2018) professora no Belas Artes Joinville, como fotografia de retrato, infantil, social, artística, subaquáticas, de viagem,


de culinária, publicitária, fotojornalismo etc. Hoje em dia, em todo o mundo, é possível trabalhar com fotografia através de empresas como negócio próprio e de maneira autônoma, cobrindo toda o amplo ramo fotográfico e suprindo os desejos humanos de obter conhecimento e conexão com o mundo, a fotografia podendo ser usada não só como transmissor de conhecimento e sentimentos, mas também como objeto de estudo, de decoração, de lembrança etc. Muitos fotógrafos se especializam em ramos específicos da fotografia, como aponta Castro, mas alguns artistas encontraram um outro caminho que vai além de registrar o agora, como é o caso de Marina Amaral, uma brasileira especializada na colorização de fotos originalmente registradas em preto e branco. Marina Amaral, nascida em 1994, se torna responsável por fazer toda a pesquisa histórica por trás da imagem eternizada que se dispõe a colorir, sendo assim capaz de aplicar cor fidedignamente à fotos há muito registradas. Seus trabalhos já foram exibidos por grandes veículos de comunicação mundiais, tal qual BBC, Washington Post, New York Post, National Geographic, Le Figaro, entre outros, assim como foram exibidos em museus, publicações e instituições, além de livros de autoria própria. De acordo com Marina “cor tem o poder de trazer à vida os mais importantes momentos” (2017), assim, com o auxílio de programas de computador, ela é capaz de adicionar camadas de cores sobre as antigas fotos preto e branco.

Entre tantos outros, “Faces of Auschwitz” fora um projeto particularmente reconhecido, sendo este uma colaboração entre o Auschwitz-Birkenau Museum, Marina Amaral e um time de estudiosos e jornalistas, criado com o objetivo de homenagear a memória das vidas perdidas no campo de concentração nazista Auschwitz colorindo suas fotos.

Figura 3 - Czesława Kwoka, nascida em 15 de agosto de 1928. Recebida em Auschwitz sob o registro 26947. Foto disponibilizada pelo Auschwitz-Birkenau Memorial and Museum

Figura 4 - Czesława Kwoka. Foto disponibilizada pelo Auschwitz-Birkenau Memorial and Museum. Colorida digitalmente por Marina Amaral.

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Figura 5 - The Burning Monk. Foto disponibilizada registrada por Malcolm Browne em 1963.

Figura 7 - Ruby Bridges escorted by U.S Marshals to attend an all-white school. Foto original registrada em 1960.

Figura 6 - The Burning Monk. Foto disponibilizada registrada por Malcolm Browne em 1963. Colorida digitalmente por Marina Amaral. Figura 8 - Ruby Bridges escorted by U.S Marshals to attend an all-white school. Foto registrada em 1960. Colorida digitalmente por Marina Amaral.

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Há, por exemplo, a foto original de registro de admissão da jovem Czesława Kwoka (Figura 3), nascida em 1928 e que fora uma das vítimas do nazismo por pertencer à religião Católica Romana. Czesława fora assassinada em março de 1943 com uma injeção de fenol direto no coração, aos 14 anos de idade. Buscando cumprir com os objetivos do projeto, fora então colorida sua foto de registro fidedignamente (Figura 4), causando o impacto da realidade de uma vítima que não passava de uma criança, a colorização fotográfica sendo capaz de transmitir a vivacidade que se perdeu no registro original. Com base na descrição do projeto disponibilizada no site oficial, “Faces of Auschwitz” traz cores para as fotografias que foram registradas em preto e branco, buscando apresentar as histórias individuais daqueles que foram fotografados, agindo tanto como forma de homenagem quanto como uma mensagem para o mundo, que pouco a pouco parece se esquecer da tragédia que fora o holocausto. Os trabalhos de Marina englobam diversos temas, sendo mais um deles a colorização de fotografias marcantes na história mundial, como a famosa “The Burning Monk” (Figuras 5 e 6) onde

um monge chamado Quang Duc se tornou mártir e símbolo de violação de sua nação em um protesto no Vietnam. Outro exemplo é a fotografia de Ruby Bridges, a primeira criança negra a frequentar uma escola somente para brancos em Nova Orleans, sendo escoltada pela U.S Marshals (Figura 7 e 8). Notando-se o impacto e sentimento de conexão com a realidade colorida nas fotos, através dos trabalhos de Marina Amaral fora encontrado um meio de aplicar a ideia que inspirou este projeto. Robert Harris, em resposta ao livro “The Colour of Time: A New History of the World 1850-1960”, escrito por Dan Jones em parceria com Marina Amaral (2018), comenta: “A maravilhosa arte de Marina Amaral remove uma das barreiras entre nós e a história, e nós vemos o passado com um frescor vivido que é quase chocante”, apontando a diferença entre sensações diante de fotos preto e branco e coloridas. Por fim, com base no conteúdo produzido por Amaral e na reação que ela aponta como resultante da aplicação das cores nas fotografias antigas, chega-se à conclusão de que as cores utilizadas nas edições das fotos afetam diretamente a percepção das pessoas sobre elas, causando sensações e impactos distintos de suas versões originais em preto e branco, mesmo sob a influência de repertório e memórias individuais e coletivas.

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3. O EFEITO DAS CORES NA HUMANIDADE 34

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A cor, de acordo com Clotilde Perez (2006, p.1), é uma sensação visual que a natureza proporciona às pessoas através de raios de luz, estimulando a retina. Sendo uma produção do cérebro humano em decorrência da exposição de uma onda luminosa, a autora declara que os olhos são as “máquinas fotográficas” naturais dos seres humanos, capturando a luz e guardando em um filme invisível no cérebro de cada indivíduo. Perez ainda aponta: “As cores influenciam o ser humano e seus efeitos, tanto de caráter fisiológico como psicológico, intervêm em nossa vida, criando alegria ou tristeza, exaltação e depressão, atividade ou passividade, calor ou frio, equilíbrio e desequilíbrio, ordem e desordem etc. As cores podem produzir impressões, sensações e reflexos sensoriais de grande importância, porque cada uma delas tem uma vibração determinada em nossos sentidos e pode atuar como estimulante ou perturbador na emoção, na consciência e em nossos impulsos e desejos.” (FARINA, PEREZ, BASTOS. 2006. P.2)

Assume-se, através das considerações da autora, que as cores possuem polarização de sentido e se implantadas em um objeto contextualizado, podem carregar uma gama de sensações positivas ou negativas, visto que sofrem influência da cultura, adquirindo o formato de símbolo, indo além dos objetivos aspectos fisiológicos. Perez alega que a linguagem da cor é um meio capaz de atuar no subconsciente dos espectadores, resultando na sua utilização em harmonia com os objetivos estratégicos de uma empresa, produto ou campanha. Os seres humanos nos grandes centros urbanos, vivem rodeados em sua maioria de cores cinzentas e neutras e assim, na metade do século XX, os urbanistas passaram a procurar equilibrar 36

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as cores nas edificações, comunicações visuais e meios de transporte, tornando o ato de colorir uma tendência entre os mais sensíveis arquitetos e decoradores, uma preocupação compreensível do ponto de vista da autora, uma vez que a utilização de cores afeta o emocional e desperta a atenção daquele que as observa. Sendo de um profundo desejo psicológico e sociocultural, a autora aponta que o ser humano tende a buscar nas cores um catalisador capaz de transmitir dinamismo e energia. A autora ainda aponta que “as imagens são forças psíquicas e simbólicas que podem ser mais fortes que as experiências chamadas ‘reais’” (2006, p. 10), assim as imagens e suas cores são capazes de induzir à mutações psicológicas capazes de repercutir também no campos físico e social, criando uma nova visão do mundo, da forma de estar, agir e viver. Perez declara que, na força comunicativa da imagem, o que predomina é o impacto exercido pela cor. Uma vez que o impacto das cores no indivíduo humano é de eficácia indiscutível, como aponta Perez (2006, p. 13), é necessário ter em mente que as cores não podem ser analisadas tão somente pela estética individual, mas também estão profundamente conectadas ao seu uso, aplicação e todas as outras cores das quais estão rodeadas. Na comunicação visual o receptor é acometido por uma ação tríplice da cor, sendo a capacidade de impressionar, expressar e construir. A cor quando vista impressiona a retina,


também provoca emoções, e é construtiva, uma vez que possuindo significado próprio, tem valor de símbolo e capacidade de comunicar uma ideia própria. Kandinsky (1969, apud Perez. 2006, p. 13) transcreve o que considera-se a influência direta da cor no observador “a cor é o toque, o olho, o martelo que faz vibrar a alma, o instrumento de mil cordas”. A autora aponta que “a cor é uma linguagem individual. O homem reage a ela subordinado às suas condições físicas e às suas influências culturais”. (PEREZ, 2013, p. 14), seguindo seu ponto de vista, a cor vai além, podendo ser ensinada e abrindo imensas possibilidades de transmissão e compreensão. Sendo assim, Perez aponta que os elementos a constituir a cor são o movimento, peso, equilíbrio e espaço, uma vez que seu valor de expressividade percebida pelo indivíduo não possui fronteiras espaciais ou temporais. A cor é impactante independente de barreiras linguística, podendo ser tocante mesmo em analfabetos, se bem empregadas. Logo, de acordo com a autora, toda cor possui uma ação móvel, relativizando as distâncias temporais e espaciais, agindo de maneira certeira no subconsciente do espectador. A cor podendo ser um elemento de peso, pode equilibrar ou desequilibrar uma imagem bidimensional, influenciada pelo espaço ocupado, tendo possibilidade de ser também uma característica de época, mudando a percepção das imagens, visto que as cores são influenciadas pelas concepções culturais onde estão inseridas

tanto quanto as cores influenciam a percepção dessa imagem. Assim, a cor só existe em função daquele que a percebe, não possuindo intensidade própria, pois depende única e exclusivamente da luz e do objeto que a reflete para ser vista. Por fim, a autora determina que a cor é, principalmente, um evento psicológico.

3.1 O ESTUDO DAS CORES De acordo com Perez (2006, p. 63) há várias teorias de estudo das cores, neste projeto será detalhado as sensações visuais cromáticas que, nas palavras da autora “compreendem todas as cores do espectro solar [...] são experiências visuais resultantes da refração da luz”. Nessa teoria as cores são colocadas sob duas categorias, a de síntese aditiva, que são as cores da luz e que, quando mescladas, resultam em branco (Gráfico 1), e a categoria de síntese subtrativa, que são pigmentos e, quando sobrepostos, resultam em preto (Gráfico 2). As luzes básicas são vermelho, verde e azulvioleta, também conhecido como RGB, enquanto as cores básicas são magenta, amarelo e azul, ou CMYK. RGB e CMYK são as cores usadas em monitores e impressões, respectivamente. Perez aponta que as cores básicas são internacionalmente conhecidas, também, por MOMENTO

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cores primárias e são, como o nome aponta, responsáveis pelas misturas que consequentemente resultam nas cores secundárias, vermelho, verde e azul-violeta. Essas cores secundárias são as que, se mescladas, se anulam em branco e por serem essencialmente psicológicas, não se aplicam tanto à publicidade, por exemplo, que utiliza as cores complementares, laranja, verde e azul-violeta, para esquematizar suas aplicações harmoniosamente. Nas cores também são percebidos tons, saturação e brilho, que afetam na tonalidade e resultam em outro aspecto de percepção. No campo de tons são acrescentados branco, cinza e preto, resultando em matiz, tonalidade e sombreado respectivamente. Na saturação, há a percepção de densidade e concentração. Por fim, o brilho é a capacidade da cor de refletir a luz branca que há nela.

Figura 9 - Síntese aditiva das cores.

Figura 10 - Síntese substrativa das cores.

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3.2 ESTUDO INDIVIDUAL DAS CORES Influenciadas pela cultura, as cores são capazes de transmitir movimento e uma dinâmica envolvente e compulsiva, indo além da emotividade humana, aponta Modesto Farina (2006, p.85). Assim, as cores são utilizadas na comunicação, passando sensações de acordo com a referência psicológica e influência social. Há a possibilidade de categorizar as cores como quente e frias, como exemplifica a escala de dinâmica das cores (Gráfico 3).

De acordo com o autor, existem numerosos estudos que analisam a preferência dos seres humanos nas escolhas das cores e isso influencia diretamente na publicidade e na seleção de cores para aplicação no design. O autor aponta que as cores constituem estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo para gostar ou não de algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir. Muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações ou experiências sentidas previamente pelo individual e/ou coletivo, portanto, torna-se difícil mudar as preferências sobre elas. Farina (2006, p. 90) afirma que algumas experiências psicológicas criam reação física do indivíduo. O estudo na área da psicologia proposto por Fère (1960) declara que “a luz colorida intensifica a circulação sanguínea e age sobre a musculatura no sentido de aumentar sua força segundo uma sequência que vai do azul, passando pelo verde, o amarelo e o laranja, culminando no vermelho.” (Apud Farina 2006, p.90). Assim, as reações provocadas nos seres humanos pelas cores têm sido usadas em larga escala nos mais variados campos de estudo e aplicação. Assim, considerando os aspectos psicológicos e físicos provocados pelas cores, Farina conclui que “mesmo que haja uma parte instintiva na reação à cor, é indiscutível que o homem vai acumulando em sua memória experiências que o definem e o fazem agir de determinadas maneiras no decorrer de sua vida.” (2006, p.94).

Figura 11 - Escala de classificação de cores quentes e frias.

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Levando em consideração a pesquisa publicada por Farina (2006), que aponta os efeitos das cores psicologicamente nos indivíduos, neste momento compara-se a teoria de Eva Heller (2012), onde ela afirma que uma mesma cor pode assumir diversos valores, dependendo de seu contexto de uso e do repertório individual e coletivo que a percebem. Heller aponta que algumas cores possuem valores bem específicos que são identificados de maneiras semelhantes em diferentes sociedades e consequentemente são constantemente utilizadas em publicidade e propagandas. De acordo com a autora, a cor azul possui 111 tons e consegue ser a cor da simpatia, da harmonia e da fidelidade e ainda incorporar o sentimento de frio e distante. Sendo apontada como a cor preferida em seu estudo com 46% dos homens e 44% das mulheres, apenas 1% dos homens e 2% das mulheres citaram que ela como a que menos gostam. O vermelho, por sua vez, conta com 105 variações e é reconhecida como a cor de todas as paixões - do amor ao ódio. Ele representa o fogo, a felicidade, os ricos e nobres, o imoral e o dinamismo. Fora uma cor utilizada no meio publicitário no pós-guerra como símbolo de uma alegria de viver renovada. O seu uso foi tão grande que chegou até a saturação, o que gerou o conceito de ser “ignorada” em anúncios, por exemplo, pois apesar do vermelho despertar mais atenção que o preto em uma impressão, o préconceito de se tratar de propaganda faz com que 40

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não seja lida com atenção pelo receptor. Ainda de acordo com a autora, o amarelo, que possui 115 tons, é a cor do otimismo, mas também da irritação, da hipocrisia e da inveja. É a cor da iluminação, do entendimento, mas é também a cor dos desprezados e dos traidores. Além de ser ambígua, é uma cor instável, pois quando misturada ao vermelho se torna laranja, ao azul se torna verde, ao apenas misturar com um pouco de preto, obtém-se uma cor suja e opaca que é pouco atrativa, podendo ser até repulsiva. Outra cor bastante utilizada na publicidade é o verde, com 100 tons, cor da natureza e daquilo que possui origem natural, o qual representa a vida e a saúde. Passa o frescor de acordo com a sua aplicação, quando empregado em um produto como perfume, age realçando frescor, todavia se empregado em um produto alimentício, pode passar a ideia de que está podre, mofado. É comumente considerada a cor da esperança e confiança e ainda assim é aplicada naquilo que é venenoso ou tóxico. É chamada uma cor “média”, pois além de tudo é capaz de passar segurança e calmaria. A autora aponta que o preto foi declarado como uma “não cor” pelos membros do movimento Impressionista, visto que eles valorizavam o uso das cores e como a luz era retratada. Ainda assim, pintores renomados como Van Gogh (1853 - 1890) e Pierre-Auguste Renoir (1841 - 1919) utilizavam o preto, com seus 50 tons, com frequência. Esta cor é bastante retratada como o fim, onde já não há mais qualquer sinal de luz, sendo utilizado


para simbolizar o luto e a dor da perda A autora aponta que o preto tem o poder de transformar os valores positivos das outras cores em algo negativo, então sendo mal visto por inúmeras culturas. Em ênfase na cor preta como signo, Heller cita: “Sempre que o preto estiver num acorde cromático em companhia do vermelho, amarelo ou do verde, um sentimento negativo, uma característica negativa será visualizada nele: amarelovermelho são as cores da alegria de viver - mas se a esse acorde for acrescentado o preto, obteremos o acorde do egoísmo. A reversão de todos os valores, essa é a ação mais forte do preto.” (HELLER, 2012.p. 13)

A cor branca, por fim, possui 67 variações e é comumente tratada como a cor do princípio de tudo, sendo para o cristianismo a cor da ressurreição. Sendo o contrário da cor preta, geralmente possui valores positivos atribuídos, como a paz, a leveza, o bem, a perfeição e a honestidade. Com o valor de objetividade, é uma cor utilizada para o minimalismo no design porque, assim como o preto, é considerada uma “não cor”. Como a forma define a função no design, a utilização destas cores contrastantes destaca a atenção para o produto em si. Há, de acordo com Farina (2006) e Heller (2012) uma variação de cores ainda maior que as aqui citadas, todavia, para objetividade, resta constar que cada uma de todas essas cores possuem seus próprios aspectos, psicológicos e sociais, afetando e impactando de maneira notável quando utilizadas corretamente, a fim de

alcançar algum objetivo, seja emocional ou em ação como resultado. Conclui-se que, sendo experiência visual, a cor age como signo cultural e psicológico, se comportando de maneiras distintas dependendo de contexto, aplicação e repertório do receptor, sendo meio transmissor de mensagem amplamente utilizado na publicidade. Vale citar, por fim, uma declaração de Farina, “uma mesma forma com diferentes cores não produz o mesmo sentimento.” (2006, p.123), e esta conclusão serve de base para o objetivo deste projeto de utilizar as cores como forma de causar percepção diferenciada da que seria originalmente causada no receptor por fotografias preto e branco.

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3.3 AS CORES NO MERCADO Devido a todas as características apontadas a respeito das cores e suas possibilidades a fim de causar não só sensações, mas também transmitir mensagens, fora identificado uma possibilidade específica para tornar a utilização de cores rentável na área mercadológica. Quando ainda não havia a possibilidade de uma fotografia ser originalmente retratada colorida, nasceu o hábito da colorização à mão, como fora previamente apresentado (vide capítulo 2.2), logo, constata-se a necessidade e o desejo humano de obter contato com um registro visual fidedigno que as fotografias antigas pecavam em expor pela falta de cores. A partir das possibilidades conquistadas pelos avanços tecnológicos, a prática da colorização manual se tornou obsoleta, todavia, ficaram registradas inúmeras imagens das épocas passadas, onde ainda prevalecia a ausência de cores ou tonalidades sépias. Nos dias de hoje, justamente pelo avanço tecnológico, é possível

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aplicar nesses antigos registros cores que outrora estiveram vivas, mas não puderam ser guardadas naquela imagem do passado. Através de programas especializados e inteligência artificial, tornou-se possível o resgate e restauração desses registros antigos, sendo capaz de ir além do resgate de memórias e sentimentos, possibilitando a transmissão de conhecimento e novas emoções. Apesar de todas as grandes possibilidades que se revelam diante da colorização de fotografias originalmente registradas em preto e branco, esse ainda é um espaço pouco explorado no mercado, sendo um segmento com um nicho muito específico e principalmente focado em projetos para instituições governamentais. O mercado hoje possui diversos nomes que ativamente trabalham com a colorização, tal qual o portal History In Color (@historycolored), que possui um projeto de colorização que se move através de doações de seus apoiadores e colaboradores. Também bastante conhecido na área, encontra-se Jordan


J. Lloyd, um britânico especializado no resgate e restauração de registros fotográficos antigos, que baseia-se em pesquisas de documentação histórica para nortear suas colorizações de maneira fiel a realidade. Suas obras de colorização já alcançaram grandes empresas, como a National Geografic, PEOPLE Magazine, HISTORY e outros, vendendo através de mídias impressas, como livros, trabalhos publicitários e exibições em museus. Marina Amaral é o nome que mais se destaca no mercado nacional, tendo alcançado também fama internacional devido aos projetos de colorização, suas obras e projetos sendo expostos em museus e mídias impressas e virtuais. Constatando que a grande maioria dos projetos de colorização são para fins governamentais e institucionais, encontra-se a oportunidade de transcender, levar para um público mais amplo o acesso ao conhecimento e sentimentos expostos nos registros antigos, quando estes estão fielmente

colorizados, aproximados a atualidade. Logo, não só entregando conhecimento histórico, mas sendo capaz de resgatar também momentos pessoais, individualmente importantes, resgatando memórias de um todo, mas principalmente do meio onde o consumidor está inserindo, resgatando memórias familiares ou regionais, por exemplo. Apesar dos aplicativos para smartphones e programas que prometem a restauração e colorização de fotos antigas que constantemente se tornam mais acessíveis ao público, nada se compara ao produto colorizado por um profissional, um ser humano capaz de aplicar nos registros a fidelização de sentimentos que a inteligência artificial ainda não é capaz de transmitir.

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4. A IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS 44

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Fora apresentada, no princípio, a importância da memória para a humanidade. Provou-se que os efeitos da dos registros históricos vai além de somente informar sobre o passado, mas também é capaz de transmitir ensinamentos sobre o antes, o agora e o depois. Todos as emoções, ações, esperanças que os seres humanos sentem são originados da experiência e da recordação. Um exemplo claro: Se no passado a humanidade sofreu com uma praga, os seres humanos hoje são capazes de acessar registros sobre essa situação e, com a tecnologia que não existia naquela época, há a possibilidade de no futuro haver uma cura. Isso aconteceu com a doença denominada Gripe Espanhola. A pandemia que matou aproximadamente 50 milhões de pessoas em 1918, hoje é usada de paralelo para estudo e análise sociológica da pandemia do coronavírus COVID-19, como aponta as historiadoras Laura e María Lara Martínes (2020, apud PREVIDELLI, 2020). Entende-se que com base naquilo que a humanidade já suportou, nasce nos seres humanos uma base de conhecimento que fomenta seus pensamentos de hoje e suas ações de amanhã. O vislumbre daquilo que a humanidade já enfrentou cria esperança para que as calamidades de agora poderão ser superadas no futuro. Basicamente, toda a ideia de vivência do homem se da com base no conhecimento adquirido através da memória, o hoje e o amanhã nada mais é que a ação fomentada pela recordação. Com isso em mente é possível compreender,

ainda que de maneira superficial, o peso e a importância da história da humanidade ainda nos dias de hoje, os registros são fundamentais para a criação do futuro. E há uma ampla variedade de registros. Indo além dos registros históricos, que são aqueles que abordam grandes momentos ocorridos na história da humanidade, há também os registros que se prendem a uma região, uma religião, uma família. E todos esses registros são importantes para a formação da próxima geração incluída nesse contexto. Há registros escritos, grafados, imagéticos, sonoros... Há registros tangíveis e há aqueles que estão somente na cabeça de uma pessoa em particular ou de um coletivo. E cada um desses registros são importantes, pois são fundamentais para os pensamentos do presente e as ações do futuro. A fotografia também é uma forma de registrar momentos. Através da imagem eternizada, uma criança hoje é capaz de ver o rosto de uma avó que não conheceu, um idoso é capaz de rever com clareza uma paisagem da sua infância que já estava embaçada em sua memória, um governante é capaz de ver a evolução do povo que ele governa. Através do registro fotográfico há a possibilidade de ver com detalhes cenas de lugares, pessoas e tempos distintos, a fotografia torna possível a rememoração de pessoas esquecidas, lugares esquecidos... momentos esquecidos. Tendo em mente toda a importância da memória no comportamento dos seres humanos, a fotografia fora uma revolução na área de registros, MOMENTO

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pois era capaz de transmitir com veracidade aquilo que era fotografado e, principalmente, de permitir que aquele que vê a imagem registrada se visualize dentro dela, trazendo o conhecimento não só sobre aquilo registrado, mas sobre si mesmo. Nos dias de hoje a fotografia colorida permite ainda mais profundidade nesse contato com os registros, pois a identificação das cores presentes na realidade torna a fotografia uma ponte de ligação entre a imagem registrada e o real. E essas cores, por si só, carregam o peso de seus próprios significados. Uma fotografia antiga de uma praia ao pôr do sol passa, obviamente, sentimentos que são relativos a ela. Talvez paz, talvez saudade, talvez apreensão, podem ser infinitas sensações além da informação de que é uma praia dependendo daquele que a vê. Supondo que um senhor que viveu nessa praia há décadas, na sua infância, veja essa foto antiga em preto e branco, ele pode sentir nostalgia, lembrar-se da comida de sua mãe ou do seu primeiro amor... Porém, se esse mesmo senhor tiver em suas mãos uma foto daquela praia em cores fieis, irá além. Ele poderá visualizar a areia molhada, a água turquesa, as transições quentes da cor do céu ao entardecer. São tantas informações claras que despertam suas emoções, que ele se lembra com clareza daquele momento, naquela praia. Uma fotografia em preto e branco tem, obviamente, a responsabilidade de transmitir sua mensagem imagética. Mas, essa mesma fotografia 46

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com cores fidedignas, transmite também as emoções que aquelas cores despertaram na realidade, aquele breve momento outrora esquecido sendo entre de maneira completa, proporcionando uma experiência totalmente diferente. As cores criam uma ponte de conexão entre o registro e a realidade. Tendo em mente que a memória é fundamental para construir o futuro e instruir a humanidade, que a fotografia é exímia no trabalho de transmitir recordações e que as cores estão aí para potencializar todos os sentimentos e conhecimento entregue por essas recordações, este projeto fora idealizado.

4.1 POR UM MOMENTO, UM RESGATE DE MEMÓRIAS Momento. É o agora, assim como o ontem e o amanhã. Fora identificado neste projeto que o hoje não existiria sem o ontem, não sob um ponto de vista só filosófico ou físico, mas... humano. O conhecimento só é adquirido através da memória, a experiência para saber que se ralar o joelho será dolorido, que se tomar chuva pode ficar resfriado, que uma guerra não mata só no campo de batalha, todo tipo de conhecimento que hoje o ser humano possui é baseado na história, na memória, não


existe a esperança de “dias melhores” se não há conhecimento de como são dias melhores, só se torna possível visualizar isso pois há a memória que indica como seria os tais “dias melhores”. Com base nesta realidade, este projeto nasceu, como um fino laço ligando o passado, presente e futuro. Buscando levar às pessoas a graça do conhecimento, a possibilidade do aprendizado e, principalmente, a emoção experiência, nasceu a Momento. Fora notada a importância e a necessidade da humanidade de ter contato com o passado, não somente por questões racionais ou educacionais, mas pelo afeto, pela conexão com a ancestralidade. Indo além de um portal de conteúdo sobre fotografia e colorização, a Momento nasceu para criar conexão entre o passado, tão necessário e importante, tão cheio de informações e emoções, com o presente e futuro, entregando conhecimento e sentimento.

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5. CRIANDO MOMENTOS Levando em consideração a apresentada necessidade do ser humano de criar laços afetivos com o passado e de basear suas ações futuras em fatos históricos e experiências de outrem, assim como a possibilidade da fotografia gerar empatia e emoção, fora encontrada uma possibilidade de combinar esses aspectos com a colorização, saciando a vontade de obter ligação com o passando ao gerar vivacidade com as cores e conhecimento com as cenas fotografadas. Buscando entregar fotografias restauradas e colorizadas, este projeto fora construído idealizando um portal de conteúdo que irá não só saciar aqueles que apreciam a fotografia como arte, mas também suprir mercadologicamente potenciais clientes, alcançando principalmente a necessidade humana de obter conhecimento, fortalecer e/ou estabelecer laços afetivos, estimular a memória e transmitir sentimentos. O portal de conteúdo idealizado receberá os dados da marca Momento, uma empresa fictícia que busca criar uma rede de visualizadores para divulgar a colorização da fotografia como forma de informar, emocionar e entreter. Utilizando a plataforma Instagram, a marca irá fazer publicações periódicas a fim de criar engajamento e interações, aproveitando todas as possibilidades disponíveis no serviço, tal qual as variadas formas de postar em feed e stories.

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5.1 O QUE É A MOMENTO Momento, um portal de conteúdo sobre a importância da fotografia para a rememoração humana e o potencial da colorização, recebe este nome por trabalhar com o conjunto do passado, presente e o futuro, ligando o passado ao presente e futuro através da fotografia, o presente ao passado através da memória e o futuro ao passado e presente por reação aos estímulos provocados. Resultante, o nome da marca nasceu especificamente devido ao trabalho de restauração e colorização de fotos antigas, originalmente registradas em preto e branco, que é feito a fim de potencializar os efeitos da fotografia como meio transmissor de informação e emoção através da colorização.


A marca possui a responsabilidade de transmitir conhecimento e entretenimento. O conhecimento a ser propagado sendo explícito nas cenas fotografadas, que através da colorização irão trazer proximidade ao presente e potencializar as emoções capazes de ser sentidas através do contato com a foto colorizada. O entretenimento é fruto em especial dos estímulos causados pela aplicação de cores e pelas fotografias como forma artística. O meio escolhido para contatar consumidores fora através da plataforma Instagram, uma rede social gratuita destinada a postagens em fotos e vídeos para dispositivos móveis, em informações disponibilizadas pela própria empresa (2020) o Instagram permite comentários e curtidas, criando interação entre as contas. Através da conta da empresa na plataforma, disponível sob o nome “@ momentocores”, será feita toda a comunicação com o público alvo e demais interessados, criando uma rede de frequentadores que virão a ser potenciais clientes para o comércio dos serviços de restauração e colorização propostos pela Momento. A princípio, o feed da marca será focado em apresentar o serviço entregue através dos posts previamente planejados para o portal, abordando temas que relacionam com o objetivo da marca, que é passar informação e entretenimento de

maneira interativa e objetiva sobre registros históricos, fotografia e colorização. Alguns temas a serem publicados abordarão informações sobre as cenas fotografadas, sobre a aplicação de cores nessas fotos, sobre a fotografia e prática de fotografar, os efeitos das cores, a importância de registros históricos para a humanidade, o poder da memória, dos laços afetivos e emoções, entre outros tópicos, buscando atrair o público para conhecer o serviço e gerar não só o interesse pela arte, restauração e colorização, mas desencadear o desejo de consumo dos serviços que virão a ser disponibilizados pela Momento. Após aprofundamento sobre o tema colorização, fora identificado que esse é de fato um assunto pouco desdobrado no meio do design e da fotografia na área mercadológica nacional. Portanto, a Momento surge como um portal de conteúdo para disseminar os estudos sobre a arte da colorização e seu potencial, visando ser referência no ramo, através de seu conteúdo explicativo e também como forma de entretenimento, buscando se posicionar como um portal de conteúdo inovador, mesmo entregando um conteúdo desgastado pelo tempo, mas que é fundamental para a humanidade, além de possuir a credibilidade de informar os seus usuários, despertando a curiosidade no serviço, tanto técnico quanto emocional.

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5.2 PÚBLICO ALVO E PERSONA A Momento busca abranger um público amplo. Sendo composto por jovens de 17 anos a adultos de 55, a classe social distribuída entre A, B e C. Abarcando homens e mulheres, a marca visa alcançar aqueles que possuem interesse na fotografia como arte e profissão, na colorização e nos efeitos das cores, nos efeitos da memória no âmbito mercadológico e nas emoções causadas pelas fotografias, originais e colorizadas. A partir da identificação do público alvo da Momento e notando-se a amplitude dele, fora decidido desenvolver personas para a marca Momento, assim resultando em uma compreensão mais específica daquilo que a marca busca alcançar. 50

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Persona 1

Maria Clara tem 22 anos e acabou de entrar na faculdade de Design Gráfico. Se preocupa com o meio ambiente e por isso é bastante emotiva em suas ações. Ama história da arte, colagens, fotografia e edição de fotos. Desde criança faz recortes em revistas e jornais para compor as suas criações com a técnica da colagem, sempre compôs as colagens com seus desenhos super coloridos. Pensa em seguir carreira para um lado mais artístico do Design, trabalhando como freelancer com a criação de identidade visual e nas horas livres com a criação de colagens para fãs de diversos assuntos, como filmes, séries, celebridades, cantores, entre outros.

Figura 12 - Representação da Persona 1

Persona 2 Pedro Paulo ama fotos. Cursa fotografia na Belas Artes e tem 18 anos. Pedro é vegetariano, curte um estilo de vida mais praiano e natural. Adora fazer fotos de paisagens e viajar nas suas composições, um fotógrafo amador que ainda possui pouco conhecimento técnico, afinal está em seu primeiro período da faculdade, mas se interessa muito por esse tema e suas curiosidades. Pretende se tornar um grande fotógrafo nômade, em que possa viajar o mundo e conhecer lugares e histórias marcantes de cada canto do mundo. Figura 13 - Representação da Persona 2


Fabiana Moraes é fotógrafa profissional, possui 33 anos e trabalha com ensaios dramáticos e artísticos, focando as suas composições e criações embasadas na psicologia das cores. Possui uma vida bem corrida mas sempre consegue um tempo aos finais de semana com a sua família tão amada. Atua no mercado há 6 anos e pretende aprender sobre a colorização de fotos, afinal, já possui um bom entendimento sobre o poder da psicologia das cores. Domina bem todos os programas que utiliza para as edições e restaurações das fotografias e possui um projeto para ensinar as ferramentas a jovens estudantes.

Persona 3

Figura 14 - Representação da Persona 3

Persona 4

João Carlos é historiador e professor, tem 44 anos. Adora tratamentos holísticos e cuida muito bem de sua saúde. Trabalha dando aulas para o ensino médio e produz conteúdos diversificados para seus alunos, com aulas lúdicas. Sempre foi muito estudioso e adorava imaginar as histórias que eram contadas da sua família quando pequeno, lembrando de vários momentos marcantes ocorridos mundialmente.

Figura 15 - Representação da Persona 4

Com base nas personas apresentadas, a estratégia de conteúdo fora planejada a fim de suprir seus desejos, logo, a primeira ação da Momento aborda temas gerais sobre a fotografia e colorização, atraindo o interesse de todos os públicos de maneira mais ampla, abrangendo conteúdos como contexto de algumas fotos históricas, processos de restauração, de colorização e psicologia das cores. Posteriormente as postagens do portal de conteúdo serão direcionadas para um público mais específico, primeiramente baseado nas previamente mencionadas personas 1 e 2, com foco maior em entretenimento visual e informações gerais sobre fotografia. Para garantir o interesse do público coerente com a persona 3, serão agregadas postagens visando aprimoramento técnico, com propagandas de cursos sobre restauração e colorização. Como o público correlacionado a persona 4 mostra interesse em um serviço próprio MOMENTO

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da Momento, a restauração de fotografias e colorização como objeto de consumo, postagens serão feitas com o intuito de divulgação desse serviço prestado, mostrando a possibilidade de contratação tanto para intenção de consumo particular, quanto para fins empresariais ou governamentais. Ao todo, busca-se alcançar aqueles interessados no registro de fatos históricos, no estímulo da memória e na conexão com o passado tanto quanto aqueles que veem mais relevância no âmbito artístico e no potencial da comunicação imagética, da fotografia e da colorização das mesmas.

5.3 IDENTIDADE Com base no potencial do portal de conteúdo, composto por gerar interesse em fotografia, colorização, restauração e na rememoração de acontecimentos, a momento busca transmitir conhecimento e entretenimento a fim de promover uma futura comercialização de serviços de restauração e colorização de fotografias. Indo além, os valores da Momento visam a modernidade, comunicação acessível e transmissão de conteúdo cultural e informativo. Assim, a identidade da Momento fora pensada para se destacar na área da fotografia e colorização de imagens, desenvolvida de forma que trouxesse além de um nome marcante e fácil de ser guardado, significados fortes relacionados ao respectivo nicho mercadológico. 52

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Uma das formas básicas de diferenciação fora a escolha do uso de tipografias modernas e não serifadas, visto que a intenção da Momento é levar um ar de projeto moderno que almeja levar uma nova linguagem para essa área, fugindo do tradicionalismo proposto pelas serifas. A fonte escolhida possui linhas retas e marcantes para gerar um ar robusto e sólido para a marca na composição do logo (Figura 9).

Figura 16 - Logo da Momento

A utilização do conceito de continuação, lei visual que permite a compreensão de uma imagem como todo ainda que as linhas não estejam conectadas, fora aplicada com a intenção de remeter aos períodos da história que são esquecidos ou “faltam” nos registros, fazendo uma menção indireta à importância dos registros para compor a visão de um momento. A escrita será utilizada sempre e somente em preto e branco, a colocando como conexão com a origem das fotografias escolhidas e dando destaque ao espectro que preenche o nome do portal, sendo esse a base e o que faz a ligação entre o passado e o futuro, não somente na identidade da marca, mas fundamentalmente na comunicação dela (Figura 10).


Figura 17 - VersĂľes do logo em fundo preto e branco.

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A ideia central é transmitir a mensagem de que a história passa de um ponto para o outro continuamente, a colorização servindo para aproximar as realidades e entregar vivacidade para momentos registrados em preto e branco. O entrelaçar do espectro com as letras indica uma passagem do tempo e a variação entre o passado e o futuro em um mesmo momento, o agora. Finalizando o conceito do espectro, a entrada na letra “O” busca passar a ideia de um portal que liga esses momentos com o agora verdadeiramente.

A escolha da tipografia para a identidade como um todo fora composta com as seguintes famílias:

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Logo

ANURATI Primária

GOTHAM PRO BLACK Secundária

GOTHAM PRO MEDIUM


Figura 18 - Grid do Logo

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6. A MOMENTO EM PRÁTICA Sendo o Instagram escolhido como o meio de comunicação para o portal de conteúdo e compreendendo que há várias técnicas para a criação de conteúdo, o portal Momento possui um cronograma de postagens, planejando todo o conteúdo necessário para o público interagir e se interessar pela Momento como um todo. O portal utilizará todas as ferramentas da rede social, como os stories, enquetes, perguntas e respostas, vídeos e outras possibilidades, para criar engajamento. Devido à ampla variedade de conteúdo a ser disponibilizado pela Momento, fez-se necessário criar um cronograma de postagens (Figura 11) com a finalidade de organizar as ideias post a post, baseando todo o conteúdo na identidade da marca. 56

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Data Horário 09/10/2020 13:00 11/10/2020 13:30 13/10/2020 13:00 15/10/2020 13:30 17/10/2020 13:00 19/10/2020 21/10/2020 23/10/2020 25/10/2020 27/10/2020

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02/11/2020 04/11/2020 06/11/2020 08/11/2020 10/11/2020 12/11/2020 14/11/2020 16/11/2020 18/11/2020 20/11/2020 22/11/2020 24/11/2020 26/11/2020 28/11/2020 30/11/2020 02/12/2020 04/12/2020 06/12/2020

13:00 13:30 13:00 13:30 13:00 13:30 13:00 13:30 13:00 13:30 13:00 13:30 13:00 13:30 13:00 13:30 13:00 13:30

Postagem @momentocores Tema A importância da Colorização Trazendo cor para o passado A importância de registros históricos A relação das cores com emoções Cores ou Influencia Histórica, qual tem mais peso no momento da percepção O surgimento das cores nas fotos Marina Amaral Jordan J Lloyd Jecinci Nesta data - Pegar um acontecimento histórico com fotos para essa data Nesta data - Pegar um acontecimento histórico com fotos para essa data Nesta data - Pegar um acontecimento histórico com fotos para essa data Arraste para colorir Arraste para colorir Arraste para Colorir Colorização Aplicada ao dia a dia O mercado de Colorização A missão da colorização Sentimentos e Emoções Sentimentos e Emoções Sentimentos e Emoções O poder da memória Proximidade ou Afastamento? Qual das imagens te traz mais emoções? Speed Paint Processo de recuperação de fotos Processo de colorização de fotos PB Arraste para colorir Arraste para colorir Arraste para Colorir Tabela 1 - Apresentação do cronograma de postagens

Formato Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Enquete Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Enquete Stories Feed e Enquete Stories Feed e Enquete Stories Feed e Stories Feed e Enquete Stories Feed e Enquete Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories Feed e Stories


6.1 POSTAGENS Apostando na estratégia baseadas nas personas, as postagens possuem intenção informacional, voltados a apresentar dados importantes sobre a história da fotografia, ciência, cultura e sociedade, além do fator abrangente de entretenimento artístico visual. Há entre as postagens, aquelas que possuem enquetes para interação nos stories e até mesmo discussão em comentários, visto que essa interação com os seguidores é importante para percepção dos sentimentos e compreensão daquilo que a Momento busca entregar, que é exaltar a importância da fotografia como registro e da colorização como ponte entre as realidades registradas e o agora. Este projeto possui postagens como as exemplificadas a seguir: Figura 19 - Exemplo de postagens e feed

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Figura 20 - Exemplo de postagens para stories

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NASCEMOS PARA RESGATAR HISTÓRIAS, EMOÇÕES E VALORIZAR AS LEMBRANÇAS DA VIDA.

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6.2 MOMENTO AGINDO NO MERCADO NACIONAL Tratando-se de um projeto inovador há o comprometimento de trazer ao cenário nacional um posicionamento diferenciado, sendo uma marca irreverente e moderna, mas que carrega em suas características principais a importância da valorização e do compartilhamento de conhecimento através da memória e dos laços afetivos criados através do contato com fotografias antigas. Sendo esse os principais pontos de notoriedade, a Momento porta-se como o primeiro portal nacional especializado em restauração e colorizações de fotos originalmente registradas em preto e branco. Notando que há uma escassez de conteúdo comercial e publicitário do nicho de restauração e colorização de fotografias no Brasil, profissionais nacionais também se tornam limitados, sendo praticamente “obrigados” a buscar renome no exterior a fim de crescer na área, o que torna difícil a contratação de profissionais especializados no assunto para suprir qualquer demanda dentro do território nacional. O objetivo da Momento é conquistar o público com um conteúdo estrategicamente produzido, 60

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a fim de servir como uma primeira etapa para “afunilar” potenciais clientes interessados em serviços de restauração e colorização. Posteriormente, o portal visara aplicar um sistema de vendas de serviços, direcionados tanto a pessoas físicas quanto a empresas privadas, órgãos governamentais e organizações. Indo além, a Momento ainda servirá como um canal de suporte e divulgação da área de restauração e colorização, fazendo venda de publicidade para profissionais, prestadores de serviços e programas de qualificação da área, como cursos, workshops, seminários etc, a fim de expandir a visibilidade do nicho e permitir que a área cresça no Brasil. Com a venda de espaço publicitário a Momento será capaz de se manter desde o princípio até que, enfim, possa ser também responsável pela venda dos serviços de maneira direta. De acordo com os objetivos de venda e prestação de serviços da Momento há, consequentemente, duas formas de agir. A primeira, levando em conta o sistema B2C, é com a criação de um site onde um usuário pessoa física possa fazer o pedido de orçamentos e


solicitar a restauração e/ou colorização de determinado material fotográfico, tendo em sua disponibilidade o envio via correspondência física para fotografias não digitalizadas, ou o envio de maneira virtual, para fotografias já digitalizadas. Com o citado site, a intenção é obter o máximo de detalhes possíveis sobre o material desejado, a fim de entregar as fotografias restauradas de maneira não só fidedignas, mas potencialmente capazes de despertar os sentimentos e memórias a respeito do registro solicitado, seja ele de cunho familiar, de comunidade, religioso etc. Em contrapartida para B2B, o principal serviço ofertado será voltado a recuperação de histórias das empresas e organizações contratantes, também possibilitando a criação de exposições voltadas para a valorização dessas histórias, como em homenagem a monumentos históricos, cidades, inaugurações, confraternizações etc. Assim, o serviço será de restauração e colorização de fotografias com base em documentos e material de precisão histórica, visto que o objetivo principal é informar ou relembrar momentos importantes para os contratantes.

Por fim, a Momento possui o comprometimento de sempre entregar conteúdos informativos e em alta, levando ao público aquilo que houver de maior tendência entre as possibilidades da área de restauração de fotografias e colorização. Além do mais, a Momento nasceu para recuperar histórias e valorizar memórias, deixando um legado de cores para a sociedade.

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7. CONCLUSÃO Este projeto apresentou, a princípio, o quão importante é o contato com o passado para a humanidade, sendo fundamental obter conhecimento sobre a história para basear ações e emoções do presente e futuro, assim sendo, só é possível compreender determinadas sensação com base em experiências antagônicas ou semelhantes que ocorreram no passado. Sentimentos a respeito de fatores individuais ou coletivos podem ser alcançados através do contato com registros de épocas passadas, logo, a fotografia se provou grande aliada para a transmissão de lembranças e memórias que não poderiam ser verbal ou oralmente guardadas. Tendo em vista o grande potencial da fotografia para despertar emoções e estimular ações, correlacionando a necessidade humana de criar laços com o passado para adquirir conhecimento e despertar emoções, fora identificado uma oportunidade de aplicar isso ao mercado de serviços nacional. Sendo este um ramo pouco explorado no Brasil, a colorização de fotografias como um serviço a ser prestado para fins particulares

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ou jurídicos mostrou grande potencial, assim nascendo a ideia de um portal de conteúdo capaz de passar informações, entretenimento artístico visual e serviços de restauração e colorização de fotos antigas, possibilitando à comunidade interessada em fotografia e colorização o acesso a um canal que fornece todo esse conteúdo e permite a interação dos interessados e crescimento do ramo de colorização no país. O portal criado, denominado Momento, visa entregar ao público todo um conteúdo produzido com base em colorização e fotografia, abordando temas como contexto registros históricos, processos de restauração e colorização, curiosidades e entretenimento como um todo, além de abrir um caminho para a divulgação de cursos e permitir que os interessados comuniquem-se com a Momento e entre si, pavimentando um caminho para o crescimento da área de restauração e colorização fotográfica no Brasil e potencializando as futuras vendas de fotografias restauradas e colorizadas, sejam essas de meios familiares, regionais, governamentais etc.


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Figura 21 - Acidente de avião Grumman Hellcat – 10 de Novembro de 1943 - Desconhecido – Fonte: US Navy Photo

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Figura 22 - Major Osborn, Chefe do Departamento de Transportes, 7 de Julho de 1918 – Lewis Wickes Hine – Fonte: Library Of Congress

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Figura 23 - Soldados Americanos gargarejando água e sal para prevenção da Gripe Espanhola, 24 de Setembro de 1918 – Desconhecido – Fonte: Shutterstock

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Figura 24 - Jogo de basquete, Eufaula, Okahoma, Fevereiro de 1940 – Russell Lee – Fonte: Library Of Congress

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Figura 25 - Carteiro na cidade de Nova York, 1917 – 1918 – Desconhecido – Fonte: U.S. National Archives and Records Adminstration

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Figura 26 - Agricultores tomando sorvete, Junho de 1940 – Russell Lee – Fonte: Library Of Congress

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Figura 27 - Meninos da fazenda comendo sorvetes, Washington, Indiana – Julho de 1941 – John Vachon – Fonte: Library Of Congress

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Figura 28 -Prisioneira Judeu Russo de 18 anos sendo libertado em campo de concetração nazista, 29 de Abril de 1945 – Cedido por AFP – Fonte: Getty Images

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Figura 29 - Soldados americanos dão água a um soldado alemão ferido em Limay, França, em 1944 - Fonte: Library of Congress

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Figura 30 - Paciente com ponte de mandibula, Primeira Guerra Mundial (Ano Desconhecido) – Desconhecido – Fonte: National Museum of Health and Medicine, Otis Historical Archives


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LISTA DE FIGURAS Página 27

Figura 1 - “View from the Window at Le Gras” (Foto: Joseph Nicéphore Niépce).

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Figura 2 - Portrait of a soldier, por T.R Willians, 1855, através de daguerreótipo e colorida à mão.

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Figura 3 - Czesława Kwoka, nascida em 15 de agosto de 1928. Recebida em Auschwitz sob o registro 26947. Foto disponibilizada pelo Auschwitz-Birkenau Memorial and Museum.

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Figura 4 - Czesława Kwoka. Foto disponibilizada pelo Auschwitz-Birkenau Memorial and Museum. Colorida digitalmente por Marina Amaral.

Página 31

Figura 5 - The Burning Monk. Foto disponibilizada registrada por Malcolm Browne em 1963.

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Figura 6 - The Burning Monk. Foto disponibilizada registrada por Malcolm Browne em 1963. Colorida digitalmente por Marina Amaral.

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Figura 7 - Ruby Bridges escorted by U.S Marshals to attend an all-white school. Foto original registrada em 1960.

Página 31

Figura 8 - Ruby Bridges escorted by U.S Marshals to attend an all-white school. Foto registrada em 1960. Colorida digitalmente por Marina Amaral.

Página 37

Figura 9 - Síntese adtiva das cores.

Página 37

Figura 10 - Síntese substrativa das cores.

Página 38

Figura 11 - Escala de classificação de cores quentes e frias.

Página 49

Figura 12 - Representação da persona 1.

Página 49

Figura 13 - Representação da persona 2.

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Figura 14 - Representação da persona 3.

Página 50

Figura 15 - Representação da persona 4.

Página 51

Figura 16 - Logo da Momento.

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Figura 17 - Versões do logo em fundo preto e branco.

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Figura 18 - Grid do Logo.

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Figura 19 - Exemplos de postagens e feed.

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Figura 20 - Exemplos de postagens para stories.

Página 63

Figura 21 - Acidente de avião Grumman Hellcat – 10 de Novembro de 1943 - Desconhecido – Fonte: US Navy Photo

Página 65

Figura 22 - Major Osborn, Chefe do Departamento de Transportes, 7 de Julho de 1918 – Lewis Wickes Hine – Fonte: Library Of Congress

Página 67

Figura 23 - Soldados Americanos gargarejando água e sal para prevenção da Gripe Espanhola, 24 de Setembro de 1918 – Desconhecido – Fonte: Shutterstock

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Página 69

Figura 24 - Jogo de basquete, Eufaula, Okahoma, Fevereiro de 1940 – Russell Lee – Fonte: Library Of Congress

Página 70

Figura 25 - Carteiro na cidade de Nova York, 1917 – 1918 – Desconhecido – Fonte: U.S. National Archives and Records Adminstration

Página 71

Figura 26 - Agricultores tomando sorvete, Junho de 1940 – Russell Lee – Fonte: Library Of Congress

Página 73

Figura 27 - Meninos da fazenda comendo sorvetes, Washington, Indiana – Julho de 1941– John Vachon – Fonte: Library Of Congress

Página 75

Figura 28 - Prisioneira Judeu Russo de 18 anos sendo libertado em campo de concetração nazista, 29 de Abril de 1945 – Cedido por AFP – Fonte: Getty Images

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Figura 29 - Soldados americanos dão água a um soldado alemão ferido em Limay, França, em 1944 Fonte: Library of Congress

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Figura 30 - Paciente com ponte de mandibula, Primeira Guerra Mundial (Ano Desconhecido) – Desconhecido – Fonte: National Museum of Health and Medicine, Otis Historical Archives

LISTA DE TABELAS Página 55

Tabela 1 - Apresentação do cronograma de postagens

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