indicar os projetas em realização, seus objetivos e sujeitos e:JVolvidos. Quanto ao objetivo geral, é o da transformação - da fábrica, do sindicato, da sociedade- partindo da mudança do modo de atuar dos sindicalistas, desde aquele da base até o dirigente nacional. A primeira experiência deixou claro que uma nova preparação do sindicalista e militante de base não pode ser feita somente com um curso, ainda que de longa duração, mas sim com base em um roteiro formativo feito de momento de estudo, de experiência de trabalho, de período de pesquisas, sempre acompanhado pelo Centro de Formação. Esta junção do estudo com a experiência permite uma relação entre os diversos níveis de atividades sindicais e entre diversos sujeitos sociais: da formação de base pode-se passar, com base em uma seleção efetuada sobre a experiência, ao curso de delegado sindical, ao curso de operador sindical em tempo integral e ao de especialista setorial. Os cursos de base dirigidos aos militantes são pensados para preparar o delegado de fábrica em diferentes funções: - Contratualista. Ou seja, para aqueles delegados que há tempos realizam os contratos com as empresas. Para esta função, atualmente é necessário se conhecer as rápidas transformações do processo produtivo, das mudanças organizacionais, e as conseqüências destas sobre o trabalho, sobre as condições de trabalho e sobre as relações sociais. Atualmente, não é suficiente usar a força na relação com o patronato, mas, ao contrário, a habilidade contratual baseia-se no conhecimento e na capacidade de controle contínuo e da gestão. Por isso, o conteúdo desse curso é essencialmente técnico : do cálculo da produtividade à técnica produtiva, da aplicação da nova tecnoloqia ao conhecimento da informática , etc. Não é necessário um aprofundamento,que requeira longo tempo de formação, mas sim o suficiente para perceber as mudanças.
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Responsável pela organização a nível de fábri-
ca. Voltado para os militantes que desempenham o papel de ligação entre os grupos operatórios e o sindicato. O objetivo é preparar para um trabalho mais eficaz, seja de anelação coletiva- modo de dirigir reuniões e assembléias, organização de formas de lutas e protestos, etc. - seja de relações pessoais, de preparação e coordenação dos militantes, e principalmente de organização das várias formas de formação dos trabalhadores. - Adido de serviço. Dirigido a militantes das organizações que têm como função atividades de apoio ao sindicato no local de trabalho. Como, por exemplo, as questões previdenciárias e fiscais, problemas habitacionais e sanitários, etc. - Formação de aposentados. Algumas destas ativ idades têm a participação dos aposentados, como forma de evitar a marginalização de um crescente número de trabalhadores anciãos que muito podem contribuir com a atividade social. Com tal objetivo, em 1985, foi feito um programa de formação para um grande número de aposentados: cerca de 120 animadores para iniciativas de formação cultural e recreativas, outros 60 para atividade de política social e previdenciária, 80 para coordenação organizativa das atividades dos anciãos. Em 1986, já se atuou em 12 cursos a nível inter-regional e 80 a nível local.
Os Sujeitos Envolvidos Nos últimos anos existe uma grande troca dos t delegados e militantes de base. Um grande grupo de ; anciãos, ligados à CISL desde o seu nascimento, e que participaram de todas as fases de lutas e crescimento do sindicato, chegaram à idade da aposenta doria. Os grupos que cresceram nas lutas políticas de 69-73, em parte pas5i'lram para atividades políticas, outros ao empenho sindical em tempo integral, ou ainda em parte tornaram-se incapacitados de se reciclarem às mudanças ocorridas. Na atualidade, é preciso se dirigir aos ativistas e militantes jovens, sabendo que é mais difícil encontrar quem se empenhe e que tenha uma formação política precedente. Em grande parte os jovens que se interessam pelo sindicato o fazem com uma visão existencialista de quem entende seguir- ainda que com empenho - uma experiência por dois ou três anos, para depois passar a outra. Com estas dificuldades não podemos pensar em um número suficientemente estável de quadros e militantes sindicais. É preciso então um grande esforço de aproximação, preparação, mobilidade e troca, através de uma difusa ação formativa e uma política organizativa voltada à orientação e à sustentação do voluntarismo militante. Por tais motivos, estamos nos voltando a uma atualização dos quadros sindicais em tempo integral, para sustentar uma maior especialização e um papel diferente do tipo "tudo faz", principalmente de ajuda às fun ções e atividades dos militantes e delegados de base.