8 de agosto de 2014 N.º 485 ano 12 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Atualidade pág. 3
Mulher amputada em atropelamento Atualidade pág. 11
Procissão vai à Capela na Senhora das Dores Política pág. 7
Coronado não aprova protocolo com a Câmara
Atualidade pág. 15
Bougado e Juventude em Festa em Bairros Cultura pág. 8
Rancho de Alvarelhos celebrou 18.º aniversário
2 Atualidade
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8 de agosto de 2014
GNRdaTrofadeteve7condutores
Assalto a posto de combustível Eram cerca das 3.30 horas de 5 de agosto, quando desconhecidos partiram o vidro da porta de entrada da loja de um posto de combustível, situado na EN 14 em Santiago de Bougado , forçaram a grade e acederam ao seu interior, de onde furtaram uma máquina de tabaco. Segundo testemunhas, os “três indivíduos colocaram-se em fuga num carro vermelho em direção ao Porto”. Já na madrugada de 2 de agosto, foi furtada do interior de uma torre de sinal da Vodafone, em Covelas, material de teleco-
municações no valor de 4600 euros. Desconhecidos terão cortado a vedação e entrando pelo respiro para o interior do contentor, de onde furtaram diverso equipamento de transmissão de sinal. Também na madrugada de 31 de julho, indivíduos terão furtado material ferroso de uma habitação, situada na Rua do Poço Público, em S. Martinho de Bougado. Desconhecidos terão cortado a vedação e entrado no terraço da habitação, de onde furtaram diverso material em cobre no valor de cerca de 350 euros. P.P.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa organizou nas ruas da Trofa uma operação de fiscalização de trânsito, que ocorreu entre as 00 horas e as 4 horas do dia 3 de agosto, onde deteve sete condutores por infrigirem o Código da Estrada. Na Rua das Indústrias, em Santiago de Bougado, a GNR deteve três indivíduos por conduzirem com taxas de 1,65; 1,49 e 1,56 gramas por litro de sangue. Os militares autuaram ainda outros três condutores por conduzirem com taxas compreendidas entre o 0,5 e 1,19 gramas por litro de sangue. Os condutores foram notificados para comparecer em Tribunal na manhã desta segunda-feira, 4 de agosto. Já pelas 16.45 horas de quarta-feira, a GNR apanhou um condutor de um ciclomotor a circular na Rua da Ribeira, em Santiago de Bougado, sem habilitação para condução, tem sido notificado para comparecer em Tribunal na manhã desta quinta-feira. P.P.
Próxima edição do NT sai a 18 de agosto De forma a noticiar todos os acontecimentos ligados às festas em honra de Nossa Senhora das Dores, antes de o NT ir de férias, a próxima edição do jornal vai sair na segunda-feira, dia 18 de agosto, e não na sexta-feira, dia 15. Já entre os dias 18 e 31 de agosto, a redação estará fechada para férias. Por essa razão, durante estes dias, não haverá atendimento ao público nem serão distribuídas as edições semanais nesse período. No entanto, a equipa do NT fará a cobertura dos acontecimentos que considere mais relevantes no concelho ao longo desses dias e a publicação das respetivas notícias será feita na primeira edição do mês de setembro, que será publicada no dia 5. A decisão de interromper a publicação do jornal prendese com a necessidade de possibilitar aos colaboradores que trabalham neste semanário o gozo de duas semanas de férias, durante o mês de agosto. A direção e administração agradecem a compreensão dos leitores.
Agenda Dia 08 Bougado e Juventude em Festa, no Souto de Bairros, até dia 10 21 horas: Assembleia AC Bougadense, no Parque de Jogos da Ribeira - Festa do Imigrante, em S. Mamede do Coronado até dia 10. 22 horas: Fotocópias (Rock), no Bar da Comissão de Festas da Sra. das Dores Dia 09 Festas em honra de Nª Srª das Dores até dia 19 de agosto 17 horas: Benfica B-Trofense (2.ª Liga) Dia 10 15 horas: Concurso Melão Casca de Carvalho, no Souto de Bairros Dia 11 18-21 horas: Assembleia Eleitoral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa Dia 13 16 horas: Trofense-Atlético (Taça da Liga) Dia 14 22 horas: Duo Leo e Leandro, junto à Igreja Matriz de Alvarelhos Dia 15 17 horas: Celebração da Palavra e Procissão solene em honra de Nossa Senhora de Assunção, na Igreja Matriz de Alvarelhos Dia 16 10 horas: Dia Desportivo, em Guidões 16 horas: 3 horas de Resistência de BTT, em Guidões Dia 17 17 horas: Procissão em honra de Nossa Senhora das Dores, até à Capela 18.30 horas: Trofense-Tondela (2.ª Liga)
Farmácias de Serviço Dia 08 Farmácia Barreto Dia 09 Farmácia Nova Dia 10 Farmácia Moreira Padrão Dia 11 Farmácia de Ribeirão Dia 12 Farmácia Trofense Dia 13 Farmácia Barreto Dia 14 Farmácia Nova Dia 15 Farmácia Trofense Dia 16 Farmácia de Ribeirão Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Barreto
Telefónes úteis
Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa
Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros Email: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:
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opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714
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Acidentes causam seis feridos Patrícia Pereira
Duas mulheres foram colhidas e projetadas por uma viatura, quando estavam no passeio. O acidente aconteceu cerca das 10.20 horas de sábado, 2 de agosto, quando a viatura circulava na Avenida do Bicho, em Guidões, no sentido Trofa-Vila de Conde. Ao ser atropelada pelo veículo ligeiro de mercadorias, uma
das senhoras, com cerca de 60 anos, sofreu, de imediato, amputação da parte inferior da perna esquerda. Dada a gravidade do seu estado foi transportada para o Hospital de S. João, no Porto, pelos Bombeiros Voluntários da Trofa com o acompanhamento da viatura médica de Famalicão, e da Guarda Nacional Republicana da Trofa. A outra vítima de atropelamento, com 54 anos, foi transportada em estado grave com o
Vítimas ficaram em estado grave
acompanhamento da viatura de Suporte Imediato de Vida de Santo Tirso para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. Os bombeiros da Trofa transportaram ainda os dois passageiros da viatura para a mesma unidade hospitalar de Famalicão, com ferimentos ligeiros. A chuva que caiu durante toda a manhã dificultou as operações de socorro. A Estrada Nacional 104 este-
Criança ficou encarcerada
ve cortada cerca de três horas. No local estiveram três ambulâncias de socorro, um veículo de desencarceramento e um veículo para limpeza de via dos Bombeiros da Trofa e a Guarda Nacional Republicana da Trofa a tomar conta da ocorrência e a controlar o trânsito. Ainda na manhã de sábado, cerca das 11 horas, deu-se um acidente de viação na Rua do Horizonte, em S. Romão do Corona-
do. Do despiste do veículo ligeiro de passageiros resultou dois feridos ligeiros, uma mulher de 38 anos e uma criança de 11 anos, que foram transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. A criança teve que ser desencarcerada pela equipa dos Bombeiros da Trofa, que estiveram no local com duas ambulâncias de socorro e um veículo de desencarceramento.
Encontrado um ninho de vespas no Muro Há “uns dez dias”, Manuel Teixeira, morador na Avenida S. Cristóvão, no Muro, avistou “vespas” que pensava que “estavam do lado do vizinho”, mas veio a constatar que o ninho estava situado no cimo de uma das jane-
las do quarto do filho. Em conversa com “uns amigos sobre o tamanho” dos insetos, estes comentaram que poderiam ser vespas asiáticas. “Mal disseram isso, ligamos à Proteção Civil e mal entramos no site
vimos que havia mais casos no concelho da Trofa”, contou. Na noite desta terça-feira, 5 de agosto, o ninho foi exterminado pelo apicultor José Silva. Este “teria 30 centímetros”, já “um terço do que estava” quando foi descoberto. Como o ninho estava por cima da janela do quarto do filho, esta “não podia ser aberta”, mas, mesmo assim, o morador chegou a encontrar “algumas dentro de casa”, nomeadamente “na cozinha, quarto do filho e na garagem”. “A que apareceu no quarto acabou por sair, as outras matei-as dentro de casa, sem saber o quão perigosas eram”, referiu. Quando detetarem um ninho de vespa velutina, a Proteção Civil
Ninho estava na janela de um quarto
da Câmara Municipal da Trofa apela para que os contactem de imediato de forma a mobilizar os
meios necessários para proceder à destruição deste tipo de ninhos. P.P.
4 Atualidade
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Aprovada candidatura para redução de custos energéticos no Aquaplace Cátia Veloso
“Quarenta e um por cento” é a percentagem que a empresa municipal TrofaPark prevê reduzir em gastos energéticos na Academia Municipal (Aquaplace), com os novos equipamentos que serão colocados ao abrigo de uma candidatura apresentada pela autarquia ao Programa Operacional Regional do Norte, em 2010. Sérgio Humberto, presidente da Câmara e do conselho de administração da TrofaPark, e Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), assinaram o contrato da candidatura de eficiência energética, apresentada em 2010 durante o mandato de Joana Lima, que envolve um valor global de “316 mil euros, com um “investimento elegível de 257 mil euros”, dos quais “180 mil são comparticipados pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional). Depois da assinatura, o presidente da autarquia evidenciou que este investimento “já devia ter acontecido há algum tempo”, uma vez que “a academia apresenta custos elevados de energia”. Sérgio Humberto afirmou que, em gás, o equipamento gasta “cerca de oito mil euros por
Contrato visa eficiência energética do Aquaplace e resulta de uma candidatura apresentada em 2010
mês” e que “os painéis nunca produziram energia e ficaram inutilizados”, enquanto “a caldeira de pellets só funcionou na primeira semana”. As obras previstas incluem a instalação de “60 painéis solares” e “caldeira de pellets de biomassa”, para “aquecimento das duas piscinas e águas sanitárias”, instalação de “telas térmicas” nas piscinas para “retenção do calor da água durante os períodos de não utilização, otimização dos fluxos de águas sanitárias e rega e ainda a instalação de sistema centralizado de controlo de temperatura”.
Atualize a sua assinatura
Esta candidatura, apresentada em 2010, é uma oportunidade para que a infraestrutura “tenha rentabilidade” e continue a “ter um papel social junto da comunidade”. “Esta academia não é para dar lucro, mas também não é para dar prejuízo, o objetivo é equilibrar os custos”, evidenciou o autarca, que lembrou que em 2013, o Aquaplace “apresentou um prejuízo de 440 mil euros”. “Sabemos que a maior parte das piscinas são buraco sem fundo para os municípios. Por acaso, e bem, a infraestrutura a nível de projeto foi bem pensada, porque
tem o pé direito não tão alto como deveria ter e tem outro tipo de condições que nos possibilita pensar no futuro, com investimentos que possibilitem não ter prejuízos tão avultados”, salientou. As intervenções já estão a decorrer na Academia e, segundo o administrador da TrofaPark, a expectativa é para que “terminem ainda durante o mês de agosto” para que “boa parte da eficiência energética esteja em funcionamento dna reabertura do Aquaplace”. Paulo Amaral sublinhou ainda “a redução assinalável da pegada ambiental”. Sérgio Humberto informou
ainda que estão a ser feitos outros investimentos, nomeadamente com “a aquisição de bicicletas de cycling, substituição da sauna, banho turco e renovação do espaço exterior”. Emídio Gomes, presidente da CCDR-N, felicitou a autarquia pela preocupação de garantir “a sustentabilidade futura das valências do concelho”. “O município tem conseguido concretizar investimentos que estavam em curso, modernizar infraestruturas e equipamentos e, em simultâneo, fazer um fortíssimo esforço com a reorganização das finanças municipais”, frisou.
Atualidade 5
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Já abriu na Trofa a Carfast A Carfast Pre-mium Renta-Car inaugurou a sua loja, na sexta-feira, dia 1 de agosto. A empresa de aluguer de viaturas conta com uma frota de cerca de 30 veículos. “Ser uma empresa de referência no aluguer de automóveis em Portugal, reconhecida pela eficiência dos serviços, pela inovação dos equipamentos e pela competência e profissionalismo dos recursos humanos”. Esta é a visão da Carfast Premium Renta-Car, uma empresa de aluguer de viaturas que abriu portas, na Trofa, no dia 2 de agosto, depois de ter sido inaugurada no dia anterior. A Carfast pretende oferecer “as melhores soluções de aluguer de viaturas para satisfazer as necessidades dos clientes, criando valor para parceiros, colaboradores, fornecedores e comunidades locais, com base na sustentabilidade e no compromisso de reduzir ao máximo o impacto ambiental da atividade”. André Coroa pretende posicionar a Carfast como “uma empub
Carfast localiza-se junto à Rotunda dos Bombeiros
presa premium rent-a-car pelo serviço que vai prestar à população e aos clientes”, estando a palavra premium relacionada com “o serviço que vai dar na empresa”. “Pretendemos ter um posicionamento um bocadinho
mais alto que a maior parte das empresas rent-a-car. Muitas das coisas que noutras empresas são extras, opcionais, na frota da Carfast já está tudo incluído. Optamos por comprar viaturas de uma gama média, em que, por
exemplo, o GPS não é uma peça de aluguer, mas uma peça que já vem incluída na própria viatura”, explicou. A Carfast dispõe de “uma frota na ordem das 30 viaturas”, que vai desde o Renault Clio e
Megane até aos “de gama mais alta, Mercedes Classe A, C, CLS”, tendo ainda “monovolumes, viaturas de nove lugares, viaturas comerciais de passageiros e comerciais de mercadorias”. “Temos um bocadinho de tudo aquilo que o mercado nos pode solicitar”, completou. Situada no Edifício Habitat XXI, junto à Rotunda dos Bombeiros Voluntários, a Carfast está aberta de segunda a sexta-feira, das 9 às 13 horas e das 14.30 às 18.30 horas. Já aos sábados, tem loja aberta das 10 às 13 horas. Será na loja que, numa “primeira fase”, se deve dirigir ou contactar telefonicamente para reservar um veículo e, numa “segunda fase”, haverá “a possibilidade de fazer essa reserva online”. Durante a reserva será feito “o procedimento normal”, como “a identificação do condutor, check in do veículo, a apresentação dos documentos do condutor e do titular do cartão de crédito para a questão da franquia”.
6 Entrevista
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Presidente da Junta de Freguesia do Coronado em entrevista
“Principal objetivo é dotar o Coronado de melhor qualidade de vida” Patrícia Pereira
Em entrevista ao NT, José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, contou que a ação social é “a maior preocupação” do executivo, tendo sido criado um Gabinete de Apoio Social. O Notícias da Trofa (NT): Qual o balanço que faz dos primeiros meses de mandato? José Ferreira (JF): Francamente positivo. Quando se está na causa pública com desprendimento e a missão de servir as pessoas o resultado só pode ser positivo. Não se pode ignorar o facto que diz respeito à agregação das freguesias de S. Mamede e S. Romão, que veio trazer uma dificuldade acrescida ao trabalho a realizar pelo meu Executivo. Sendo eu natural da freguesia de S. Mamede senti, desde a primeira hora, por parte da população da freguesia de S. Romão um carinhoso acolhimento. Este facto tem contribuído para uma relação de confiança entre a população e o Executivo da Junta. Esta relação já existia com a população da freguesia de S. Mamede e tudo faremos para que não se quebre este laço de confiança. NT: Quais os projetos que tem para a freguesia? JF: A nova freguesia é toda ela um projeto, é uma nova realidade que por si só já seria trabalho suficiente para o mandato de um executivo. Mas o nosso principal objetivo é dotar a freguesia do Coronado de melhor qualidade de vida e ajudar as pessoas a encontrarem soluções para os seus problemas.
nos equipamentos necessários ao desempenho dessas funções.
NT: Sendo a segunda freguesia maior do concelho, quais as principais dificuldades que tem encontrado? JF: Sobretudo a falta de infraestruturas básicas como a rede de saneamento e a rede de abastecimento de água. São os elementos essenciais para que toda a população possa gozar de uma melhor qualidade de vida. A rede viária é outra das necessidades que se tem vindo a degradar ao longo dos anos sem que os sucessivos executivos camarários façam uma intervenção profunda. NT: E que pequenas obras e intervenções pretende fazer? JF: A requalificação de todos os cemitérios conferindo-lhes maior dignidade. Restaurar todos os lavadouros públicos, que além de fazerem parte do património da freguesia, tem tido cada vez mais procura por parte das pessoas, fruto da realidade que hoje vivemos. Pavimentar as ruas que ainda se encontram em terra batida. NT: O que tem previsto fazer nas áreas da Ação Social, Cultura/Desporto, Educação e Associativo? JF: A Ação Social é sem dúvida a nossa maior preocupação. Cada vez mais pessoas procuram a Junta de Freguesia à espera de apoio nas mais diversas áreas. Para dar uma resposta efetiva, a Junta de Freguesia, criou um Gabinete de Apoio Social onde tem um Técnico Social que tem como principal missão encontrar uma solução rápida e efetiva para as mais varia-
José Ferreira criou Gabinete de Apoio Social
das necessidades das pessoas que recorrem à Junta de Freguesia. Nas restantes áreas como Educação, Desporto e Cultura a Junta dá apenas apoio logístico às coletividades que vão desenvolvendo esse tipo de atividades. NT: É visível o mau estado de várias ruas, assim como a preocupação do executivo da Junta em resolver esta situação. Definiu algum plano de intervenção? Quais as zonas prioritárias a intervencionar? JF: Infelizmente é uma triste realidade com a qual as pessoas da Freguesia do Coronado tem de lidar diariamente. A Junta de Freguesia definiu um plano de intervenção para requalificar anualmente algumas das ruas mais degradadas. Demos conhecimento dessa nossa intenção à Câmara Municipal e enviamos os respetivos orçamentos para que a verba necessária nos fosse disponibilizada. Anualmente te-
ríamos a receber 71 280 000 € verba que já vem sendo atribuída ao longo dos últimos anos pela Câmara à nossa Freguesia. Acontece que a Câmara Municipal alterou as condições previamente acordadas com todas as Juntas de Freguesia e elaborou um novo Protocolo para apenas ser gasta na verba da conservação das vias Municipais. Naturalmente não estamos de acordo. NT: Qual o valor do protocolo de Delegação de Competências com a Câmara Municipal da Trofa? Em que vai ser utilizada essa verba? JF: Os valores em causa são sempre manifestamente insuficientes face às necessidades e competências delegadas pela Câmara Municipal na Junta de Freguesia. As verbas são essencialmente usadas na limpeza das ruas municipais, nas pequenas reparações das escolas e
NT: Na Assembleia Municipal, no dia 27 de junho, foi o único presidente de Junta a manifestar-se e a votar contra o contrato interadministrativo de delegação de competências entre o Município e as juntas de freguesia para assegurar a manutenção e conservação das vias municipais. Qual o problema deste protocolo? JF: A Câmara Municipal resolveu criar um contrato interadministrativo de delegação de competências para que a Junta de Freguesia assegurasse a manutenção e conservação das vias municipais. Até aqui e se fossem apenas estas as competências a delegar a Junta do Coronado teria aceitado e assinado o contrato. Mas, a Câmara acrescentou uma cláusula em que responsabiliza civilmente a Junta de Freguesia pelos acidentes de viação resultantes do mau estado das vias. E é aqui que reside o nosso ponto de discordância. A Junta do Coronado não aceita ser responsável pelo mau estado das vias municipais, quando ao longo dos últimos anos, nenhum executivo camarário se dignou fazer qualquer tipo de intervenção nas nossas ruas deixando-as chegar ao ponto de degradação em que atualmente se encontram. A aceitação deste contrato implicaria que a verba, destinada a investimentos na freguesia, fosse apenas gasta nas vias municipais com a agravante de não chegar para pagar todas as indemnizações resultantes do mau estado das mesmas. NT: Sente-se discriminado por este executivo municipal por ter sido eleito nas listas do Partido Socialista? JF: Até à data não temos sentido esse tipo de discriminação e penso não haver por parte do executivo camarário essa intenção. Se isso algum dia vier a acontecer os únicos a serem prejudicados serão os habitantes da freguesia do Coronado e não o presidente da Junta.
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Política 7
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Assembleia do Coronado ratifica não aceitação de protocolo com a Câmara Cátia Veloso
A Assembleia de Freguesia do Coronado ratificou a deliberação do executivo de não aceitar contrato interadministrativo de delegação de competências para a manutenção das ruas, com sete votos a favor do PS. Oposição votou contra. “É uma afronta”. Este é o entendimento de José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado (S. Romão e S. Mamede), sobre os termos do protocolo que a autarquia apresentou para delegar nas juntas a conservação das ruas. A afirmação foi proferida na sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia, convocada pelo executivo, para ratificar a não aceitação desse contrato interadministrativo de delegação de competências. Em causa está, segundo o autarca, o “ponto 2 da cláusula 11.ª” do documento, que “transfere para as juntas de freguesia a responsabilidade de pagar as indemnizações dos danos causados nos acidentes de viação que ocorrerem devido ao mau estado das estradas”. José Ferreira considera que o protocolo “é lesivo para a freguesia”, uma vez que “as ruas estão num estado lastimável”, “os acidentes são inú-
Assembleia prestou homenagem ao ex-autarca Guilherme Ramos
meros” e a Junta “não tem meios humanos nem técnicos para avaliar os problemas que podem surgir diariamente”. Para evitar a responsabilidade civil, seria necessário “uma intervenção profunda” nas vias, pelo que a verba apresentada, de 71 mil euros, “não seria suficiente”, destacou o presidente. Além disso, José Ferreira não concorda que a verba, que “já era atribuída pela câmara, praticamente desde que a Trofa pub
é concelho”, seja canalizada, exclusivamente, para a manutenção das vias, quando até agora servia para “outro tipo de investimentos, como uma reparação de um lavadouro público ou intervenção no cemitério”. “As ruas são da responsabilidade da Câmara que, como não quer intervir nem tem condições financeiras para as reparar, quer fazer este protocolo”, asseverou. O autarca afirmou ainda que a Junta “substituiu-se” à autarquia, tendo reparado algumas vias e que “ainda não recebeu um cêntimo”. Ricardo Santos, elemento eleito pela coligação Unidos Pela Trofa do PSD/CDS, quis saber “por que a Junta gastou verbas nas ruas se não tem essa competência”. Sobre o protocolo, defendeu que “se as vias forem reparadas, os acidentes deixam de acontecer”. “Com 71 mil euros é evidente que não dá para reparar as ruas todas, mas somando o valor até ao final do mandato são cerca de 275 mil euros, uma verba considerável”, postulou. José Ferreira contrapôs, afirmando que o valor global “não chega para requalificar a rua (do Horizonte) desde a igreja às bombas da Galp”. Sobre a intervenção da Junta nas vias por sua conta, José Ferreira explicou que “esperava que aquela verba fosse atribuída nos mesmos moldes”, acusando o atual executivo camarário de “mudar as regras a meio do jogo”. Por seu lado, Vítor Martins do PS, mostrou-se intrigado com o facto de, no protocolo, “Guidões e Alvarelhos receberem mais 16 mil euros que a freguesia do Coronado” e apontou uma explicação para aquilo que considera uma “discriminação”: “É para compensar os 2630 euros que a Câmara lhes retirou no protocolo para limpezas para transferir para a freguesia de Bougado”. Augusto Jesus, da coligação PSD/ CDS, contrapôs, aconselhando Vítor Martins a “lembrar-se de quem foi o último executivo camarário”. “As estradas estão
no estado lastimável em todo o concelho, mas tem que se lembrar de quem governou até às últimas eleições”, frisou. Vítor Martins concordou, salvaguardando que “quem fez as obras e as tapou” foi “o executivo de Bernardino Vasconcelos”. “Não estou a dizer que o executivo anterior nos beneficiou, aliás, o Coronado foi sempre prejudicado, mas agora é mais visível, com este protocolo”, sublinhou. A deliberação do executivo da não aceitação do protocolo foi ratificada, com sete votos do PS e cinco contra do PSD/ CDS. Na declaração de voto, a coligação “louva” a autarquia, porque é “a favor desta delegação de competências, por entender que com o simples facto de as juntas de freguesia estarem mais próximas das populações, aumenta significativamente os serviços prestados à sua população, bem como a racionalização dos recursos disponíveis e, consequentemente, os ganhos de eficácia”. Na declaração pode ler-se ainda que os elementos da coligação estão “convictos que a Câmara assumirá a responsabilidade” de “tapar os buracos”, uma vez que “o presidente da Junta de Freguesia não quer assumir esse ônus”. Recorde-se que, à exceção do Coronado, este protocolo de delegação de competências foi aprovado pelas restantes juntas de freguesia do concelho. Voto de pesar a Guilherme Ramos A sessão extraordinária da Assembleia começou com a aprovação, por unanimidade, de um voto de pesar a Guilherme Ramos, ex-presidente da Junta de Freguesia de S. Romão do Coronado e elemento da Assembleia de Freguesia, que faleceu no dia 26 de julho. No voto, destaca-se a “simplicidade, humildade e dedicação” do antigo autarca, que “conquistou o respeito e apoio dos romanenses”. O lugar de Guilherme Ramos na Assembleia de Freguesia foi ocupado por Alexandra Oliveira.
8 Cultura
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8 de agosto de 2014
Rancho de Alvarelhos assinalou 18.º aniversário
Grupo Danças e Cantares do Vale do Coronado dinamiza festival de folclore
“Vila do Coronado, umpovo trabalhador, pobre, honesto e humilde”
Patrícia Pereira
O Rancho Folclórico de Alvarelhos já atingiu a maioridade. Há 18 anos a divulgar os usos e costumes da sua região, o Rancho de Alvarelhos decidiu festejar a efemeride com dois dias dedicados ao folclore. O palco, instalado junto à sede da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, recebeu durante este fim de semana, dias 2 e 3 de agosto, o 17.º festival de folclore e um festival dedicado ao seu 18.º aniversário. Pelo palco passaram o Rancho Danças e Cantares de Gestaçô, ranchos folclóricos da Associação Cultural de S. Martinho de Brufe e de Ramalde, Rancho Etnográfico de Ribeirão, Rancho Folclórico das Lavradeiras de Mosteirô e Danças e Cantares do Vale do Coronado. Os dois dias foram ainda animados pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Alvarelhos e pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Gémeos (Guimarães). Enquanto padrinho esteve presente o Rancho Folclórico da Trofa, que, segundo o presidente Fernando Jesus, foi com “muito gosto” que aceitaram o convi-
Rancho atingiu a maioridade
te para estarem presentes no aniversário. Fernando Jesus, que também há 18 anos era presidente do Folclórico da Trofa, recordou que foi “o já falecido presidente mais a sua esposa, Laurinda”, que o convidou para apadrinharem, pois era “o grupo mais representativo do concelho de Santo Tirso e o mais velho da Trofa”. Nos “últimos anos”, Fernando Jesus assegurou que “não tem havido muito diálogo”, mas que com “este novo presidente” já tiveram “uma conversa” e soube da vontade do grupo em melhorar. Já o presidente do Rancho Folclórico de Alvarelhos, Rui Cos-
ta, mencionou que “as várias direções” que passaram pela associação tiveram “o seu mérito”, pois “sem essas pessoas o Rancho não teria chegado à maioridade”. Há “apenas dois anos na direção”, Rui Costa denotou que o Rancho tem “agora uma maior responsabilidade”, devido a “alguns projetos” que comportam “bastante responsabilidade”. A Feira Franca, dinamizada em maio do ano passado, motivou o Rancho de Alvarelhos a organizar esta festa com “um cariz diferente”, para que “as pessoas fiquem com um cheirinho do que será a Feira Franca para o ano”, uma vez que esta será organizada de “dois em dois anos” por ser “muito dispendiosa”. “A Feira Franca ficou na cabeça de muita gente. Não desfazendo as outras penso que foi o maior evento organizado em Alvarelhos pelo Rancho com a ajuda das instituições e patrocinadores. Por haver muitas pessoas que queriam participar, ver e ter uma festa na rua, decidimos aceder ao pedido das pessoas. Acho que é um local ex-
celente para este tipo de eventos”, declarou. Para Rui Costa, a festa de Santa Eufémia, que se realiza durante o mês de setembro, é “uma responsabilidade acrescida”, em que o Rancho Folclórico vai “fazer as rusgas, ter uma rulote durante o mês e participar no festival organizado pela direção da Santa Eufémia”. “Temos imensas festas durante o mês de agosto, fomos contactados pela Câmara da Trofa para representar o concelho na Feira de Artesanato de Vila do Conde, o que muito nos orgulha”, acrescentou. O presidente recordou que o Rancho “continua a precisar da ajuda das pessoas” para, “urgentemente, substituir a cobertura da sede”, pois no inverno “cai água” lá dentro. “Nesse sentido, também este tipo de eventos que fazemos, desde o festival, a caminhada, a participação na ExpoTrofa - a verba que angariamos superou todas as expectativas -, em que todas as verbas que pudermos angariar, desde patrocínios a pequenos eventos, vão ser canalizadas para esse fim”, concluiu. Pub
Um desfile etnográfico dos ranchos e grupos folclóricos marca o início do 2.º Festival de Folclore organizado pelo Grupo Danças e Cantares do Vale do Coronado, denominado “Vila do Coronado, um povo trabalhador, pobre, honesto e humilde”, que se realiza pelas 20.30 horas do dia 30 de agosto. Chegados ao adro da igreja de S. Romão do Coronado, tem início a atuação. Mas antes, pelas 18.05 horas, na antiga Fábrica da Pesafil, em S. Mamede do Coronado, há a cerimónia de entrega de lembranças. Fundado em 11 de novembro de 2012, o Danças e Cantares do Vale do Coronado surgiu por “um grupo de amigos”, com o objetivo de “representar o Vale do Coronado, histórica, etnográfica e folcloricamente, com base em estudos, pesquisas, recolhas e documentação”. “Tais recolhas não servem para ficar guardadas na gaveta, mas tem como base fundamental, preservar as nossas tradições e divulgá-las a todos, dando-lhes conhecimento de que muito foi feito pelos nossos ‘avós’ para que hoje possamos ocupar o lugar que ocupamos. Nesse mesmo aspeto, temos desenvolvido alguns certames em que demonstramos e apresentamos vários pontos de cultura, lazer, religiosidade, trabalho, etc”, avançou, em nota de imprensa, a direção do Grupo. P.P.
Cultura 9
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8 de agosto de 2014
Festival de Folclore divulgou usos e costumes Patrícia Pereira
Os usos, costumes e tradições de Montijo, Lisboa, Ansião, Ílhavo, Braga e Trofa estiveram em destaque no 34.º Festival de Folclore, que o Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado promoveu na noite de sábado, 2 de agosto. O Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonseiro (Montijo), Rancho Folclórico de Alenquer (Lisboa), Rancho Folclórico Flores da Serra (Ansião), Rancho Folclórico “O Arrais” (Ílhavo) e Grupo Folclórico das Lavradeiras de Parada de Gatim (Braga) desfilaram
pelo palco os seus trajes, apresentando, através da música e dança, os usos e costumes da sua região. Em frente ao palco, instalado no largo da Capela de S. Bartolomeu, várias pessoas assistiram ao festival e aproveitaram para dar um pézinho de dança. O momento não foi só de festa e, durante um minuto, o Rancho de S. Romão pediu que se homenageasse o falecido Guilherme Ramos, ex-autarca da Junta de Freguesia de S. Romão, e “um irmão de um elemento” do grupo. Em jeito de balanço, Liliana Gomes, secretária do Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, denotou que o festival “correu muito bem e dentro
Rancho Folclórico de S. Romão abrilhantou a noite de sábado
dos possíveis”, apesar da “falta de elementos”, situação que conseguiram “contornar”. “Tivemos o apoio de toda a população e dos ranchos convidados que nos ajudaram bastante na realização do
festival”, completou. Durante os próximos tempos, o Rancho vai ter “saídas fora do concelho”, no dia 31 de agosto vai atuar no Coronado Com Vida “a convite da Junta de Fregue-
sia” e no dia 14 de setembro no festival concelhio. Liliana Gomes aproveitou para “apresentar agradecimentos à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal”.
Rancho Divino Espírito Santo dedica festa ao imigrante pub
O espaço envolvente da Capela do Divino Espírito Santo, em S. Mamede do Coronado, vai ser palco da Festa do Imigrante, que o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo está a dinamizar desta sexta-feira, 8 de agosto, até domingo. A primeira noite começa pelas 21 horas com a atuação de Junyor Jackson e Gisela Perei-
ra, terminando com Kiko. Já o sábado é dedicado ao folclore, com o 2.º Festival Folclórico do Rancho do Divino Espírito Santo, que, além do grupo organizador, vai contar com as atuações do Grupo Folclórico Ronda Típica de Carreço (Viana do Castelo), Grupo Danças e Cantares de Soutelo (Rio Tinto, Gondomar), Grupo de Pauliteiros (Vila Nova
de Anços, Soure) e Rancho Folclórico de Santa Eulália de Sanguedo (Santa Maria da Feira). O festival tem início pelas 21 horas. Para a última noite da Festa do Imigrante estão reservados os espetáculos do grupo Os Amigos dos Cavaquinhos (21 horas) e o Show de Imitações com Estrelas de Silva Escura (22 horas). P.P.
Alvarelhos dedica Festa à Padroeira Os alvarelhenses estão a preparar a festa em honra da padroeira: Nossa Senhora da Assunção. A festa, que se realiza nos dias 14 e 15 de agosto no adro da Igreja Matriz de Alvarelhos, apresenta um programa diversificado de modo a agradar à maioria da população. O primeiro dia de festa come-
ça pelas 20.30 horas com uma missa vespertina, seguindo-se a atuação do Duo Leo & Leandro e de fogo de jardim. Na sexta-feira há uma eucaristia (7.30 horas), o espetáculo da Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos (8.30 horas) e missa solene com Profissão de Fé (10.30 horas). Para a parte de
tarde, a partir das 15.30 horas, estão reservadas as atuações do Rancho Folclórico de Alvarelhos e da Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos. Já pelas 17 horas, há a celebração da Palavra e a procissão em honra de Nossa Senhora da Assunção. P.P.
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8 de agosto de 2014
Mau cheiro em ribeiro causa preocupação Patrícia Pereira
Moradores da Rua Moinhos da Lagoa, em Santiago de Bougado, queixam-se do cheiro nauseabundo que vem do troço do Ribeiro das Pateiras e que há pelo menos dez anos está por resolver. “Tem sido normal, no verão, este ribeiro secar completamente, mas como se pode ver não é efetivamente água que por lá corre mas sim esgotos. Pode-se verificar à vista desarmada que estão a ser lançados para este ribeiro resíduos (parecem) industriais, dejetos e sabe-se lá mais o quê, e que, a curto prazo, se não forem tomadas medidas, irá ser um problema grave de saúde pública”. Este é apenas um trecho da carta enviada por Carlos Costa, em agosto de 2004, a várias entidades, como Câmara Municipal da Trofa, Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), ADAPTA (Associação para a Defesa do Ambiente e do Património da Região da Trofa) e Trofáguas. Dez anos passaram e a situação mantém-se. O cheiro nauseabundo que vem do troço do Ribeiro das Pateiras, na Rua Moinhos da Lagoa, em Santiago de Bougado, tem deixado os moradores com os nervos em franja. Em 2004, Carlos
Costa enviou um documento às várias entidades, onde mencionou que as “diversas transformações e entubações” que o curso do ribeiro sofreu fez com que “desembocassem no mesmo esgotos, provocando na zona e a céu aberto, um cheiro pestilento e nauseabundo que se pode sentir a dezenas e dezenas de metros do local”. Cansados desta situação e depois de terem encontrado o troço de ribeiro com uma cor alaranjada e maus cheiros – que não permitia estar muito tempo junto ao local –, o casal Carlos Costa e Maria da Luz Costa contactou, na sexta-feira, 1 de agosto, o NT para expor a situação, que considera ser “um perigo para a saúde pública”. “Esta situação é característica no verão, porque não há chuva e as águas pluviais não arrastam isto, por isso as águas estagnam aqui, tudo o que é esgotos ou seja lá o que é isto para aqui. Já falei com diversas entidades, como é o caso da Trofáguas, CCDR, Câmara Municipal, Junta de Freguesia e SEPNA e todos eles vêm aqui e falam mas ninguém resolve a situação”, completou. Carlos Costa não compreende o porquê de o assunto estar a demorar tanto tempo a ser resolvido, pois “tem que haver um cadastro quer das águas pluviais, quer do saneamento” e os responsáveis “têm que saber de onde vem isto”. “Se formos ver as caixas de visita para lá do
No verão o troço do ribeiro apresenta vários tipos de resíduos
Nova Trofa, o Ribeiro está completamente seco. Portanto, aquilo passa-se a partir das imediações do edifício Nova Trofa até aqui. Era facílimo virem aqui, seguirem o cadastro das caixas e ver de onde é que parte isto”, adiantou. Para o morador, esta situação é “erro humano”, porque “as gorduras e os esgotos não nascem, têm de ser de alguém que faça isso”, estando na altura das entidades competentes “atuarem em conformidade”. Se o troço “não pertence a ninguém”, Carlos Costa afirmou que “não tem problema nenhum” em colocar “um camião de betão e fechar” o troço. Maria da Luz Costa contou ainda que, no “ano passado, a vizinha foi ao Hospital por causa da mosquitada que aparecia”, porque foi “picada e não passava”. Além disso, apesar de terem água do poço, os moradores “não a podem usar” e uma das moradoras chegou a comentar que “o cheiro que tinha no troço era o que tinha nas torneiras”. O que mais deixa indignados os morados é que “em 2010” quando o ribeiro ficou “todo poluído” com “calda do betão” das obras do túnel dos caminhos de fer-
ro, “apareceram logo as entidades do ambiente da Trofa”, o “caminho todo da zona do ribeiro” foi limpo e “a empresa até pagou uma multa”. Mas agora, “não é de ninguém”. Contactada, fonte do SEPNA do Porto, adiantou ao NT que o que corre no ribeiro “não serão descargas, mas um conjunto de situações de saneamento que eventualmente não estarão nas melhores condições”, estando o “assunto a ser investigado” e depois de recolhidos os “dados necessários” vão ser “comunicados às entidades competentes, nomeadamente a administração dos Recursos Hídricos, Câmara Municipal e Trofáguas, para que no âmbito das suas competências possam dar alguma solução”. “Não estávamos a ver alguma situação de que alguém tenha de uma forma dolosa feita alguma descarga. É uma situação que existe permanente, na altura do inverno é menos preocupante porque há mais corrente de água e as coisas vão-se diluindo e no verão tornam outras dimensões”, concluiu.
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8 de agosto de 2014
Pároco Luciano Lagoa garante, segundo “indicações” da Câmara Municipal
“ A procissão passa pela capela de Nossa Senhora das Dores” Cátia Veloso
O pároco de S. Martinho de Bougado afirmou, em entrevista ao NT e à TrofaTv, que a majestosa procissão em honra de Nossa Senhora das Dores vai passar pela capela. A poucos dias de um dos momentos mais marcantes do concelho da Trofa, Luciano Lagoa ultima os preparativos para as celebrações religiosas da festa em honra de Nossa Senhora das Dores. Juntamente com a comissão fabriqueira e comissão de festas, o pároco de S. Martinho de Bougado tem trabalhado “bastante” para que tudo decorra “dentro da normalidade”. Mesmo com “circunstâncias exteriores” diferentes do habitual e motivadas pelas obras de requalificação dos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. A empreitada obrigou a organização das festas a “fazer alguns ajustes”, mas para muita gente o que importa saber é se a procissão passará, como é tradição, pela capela. Luciano Lagoa afirmou, em entrevista ao NT, que “segundo os últimos indicadores e con-
Luciano Lagoa considera que requalificação vai melhorar os parques
versas com a Câmara Municipal, a procissão vai à capela de Nossa Senhora das Dores”. “Acho que podemos tranquilizar
Assembleia Geral do A. C. Bougadense
Convocatória Ao abrigo do, do artigo 17.º dos Estatutos do Atlético Clube Bougadense, convocam-se os associados para uma Assembleia Geral Extraordinária a realizar na sede do clube, sita no Parque de Jogos da Ribeira, no próximo dia 8 de agosto de 2014, sexta-feira, pelas 21.00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apresentação do Relatório e Contas relativos à época 2013/2014 2. Outros assuntos de interesse para o Clube Se à hora indicada não existir quórum de sócios, a reunião terá início meia hora mais tarde, ou seja, às 21.30 horas, independentemente do número de sócios presentes. Bougado, 24 de junho de 2014 Pelo Presidente da Assembleia Geral António Reis Vilaça
as pessoas”, afiançou, sem deixar de lamentar os sucessivos atrasos para a conclusão da obra. O andamento da empreitada fez mesmo o pároco equacionar que a majestosa procissão, com os celebrizados andores, não passasse pela capela. “Os prazos que me davam pareciam muito ilusórios. Falou-se em dezembro do ano passado, depois falou-se em maio, agora fala-se em não sei quando. Compreendo as dificuldades quer da Câmara, quer dos empreiteiros, não tenho razões para duvidar da boa-fé deles, mas o que é certo é que as obras se eternizam. É muito mau para a paróquia, para a comunidade e para as pessoas que se questionam. Espero que tenham um fim o mais rápido possível”, sublinhou. O itinerário das procissões, de velas (dia 9) e com os andores (dia 17), será diferente do habitual, à partida justificado pelo desaparecimento da avenida em frente à rotunda do Catulo. Segundo Luciano Lagoa, a procissão de velas “sairá da Igreja Matriz em direção à Rua Conde S. Bento” e daí tomará “a Estrada Nacional 104” em direção a Santo Tirso. Chegada à zona da antiga ponte sobre o caminho de ferro, a procissão vira à direita, entrando no parque e terminando na capela. No dia 17, a procissão dos andores tem o mesmo percurso, mas dá a volta à capela e regressa ao ponto de partida através da alameda do Parque Dr. Lima Carneiro, voltando à EN 104, entrando na rua Conde S. Bento, em direção à Igreja Matriz. O septnário, por se realizar ao longo de uma semana, não será feito na Capela Nossa Senhora das Sores, mas sim
na Igreja Nova. Com a conclusão da obra, destacou ainda Luciano Lagoa, as condições para a realização das celebrações religiosas “estão asseguradas”. A procissão poderá ter um itinerário diferente do deste ano, no sentido de dar “a maior dignidade possível” ao acontecimento. O pároco entende o descontentamento de trofenses pelo facto de as atividades relacionadas com as festas terem sido transferidas para perto da Igreja Nova, onde também está o bar da comissão de festas. No entanto, sublinhou que “a Nossa Senhora continua a ser a mesma e a merecer uma grande e forte atração dos trofenses, que se reveem nela como ajuda e intercessora”. “Mesmo que as circunstâncias não sejam as ideais, faço um apelo a todas as pessoas para que participem nas festas”, pediu. Sobre a obra que dará uma nova imagem aos parques da cidade, Luciano Lagoa acredita que estes “ficarão melhor do que o que estavam” e desafia a autarquia a “cuidá-los” para que não aconteça como “antigamente, em que estavam ao abandono e as pessoas tinham medo de passear neles”. A empreitada possibilitará também que o bar da comissão fabriqueira seja potenciado, assim como as atividades religiosas. “Não podemos retirar o lado espiritual àquele espaço, porque a capela é um espaço de oração, pode ser local de convívio, mas não podemos deixar de dar a esse local o carácter sagrado que ele tem e que é de referência para os trofenses”, concluiu.
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8 de agosto de 2014
Comissão de Festas confiante com sucesso d Cátia Veloso
Milhares de pessoas são esperadas na Trofa, entre 9 e 19 de agosto, para assistir às maiores festas do concelho, em honra de Nossa Senhora das Dores. A procissão, no dia 17, vai contar com cerca de 300 figurantes e dez imponentes andores, que chegam a atingir os 15 metros de altura. Começam este sábado as festas em honra de Nossa Senhora das Dores, consideradas como “as maiores do concelho da Trofa”, que decorrem até terça-feira, 19 de agosto. A edição 2014 da romaria é organizada pela aldeia de Valdeirigo, que tem a responsabilidade de, “apesar das dificuldades”, manter o padrão de qualidade das festas. A tarefa não foi fácil, disse Alfredo Gomes, presidente da Comissão de Festas. “A partir da altura em que deixamos de pensar no lugar que nos foi prometido (Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro), tivemos que repensar toda outra estratégia,
que passou desde a escolha do novo local para o recinto dos divertimentos, para realização das festas até às iluminações. É por isso que, infelizmente, temos algumas coisas atrasadas, como é o caso da iluminação, pois tivemos que ‘puxar as festas para o lado da nova estação e refazer tudo’”, afirmou. Reconhecendo que “é uma logística complicada” que “atrasou bastante”, Alfredo Gomes explicou que trabalho não tem faltado, mas “tudo estará pronto para que as festas corram pelo melhor”. Este sábado, 9 de agosto, começam as festas oficialmente, com a missa e respetiva procissão de velas, que “sai da Igreja Matriz e termina na Capela de Nossa Senhora das Dores”. Constrangimentos não têm faltado a esta Comissão de Festas, que se têm refletido no orçamento. “Há gastos que não estávamos a contar, por exemplo o bar, onde gastamos umas dezenas de milhares de euros. Se tivéssemos as obras (do parque) prontas, era só chegar e explorar, porque a casa estava pronta. Nota-se que as empre-
sas cada vez dão menos, porque têm as suas dificuldades, no terrado as coisas dão menos, porque as pessoas têm as dificuldades e nota-se que há falta de gente para as procissões, porque as pessoas não estão vocacionadas”, afiançou. Outra das dificuldades para a Comissão é organizar no espaço os divertimentos e os feirantes, pois tudo teve de ser repensado novamente. Alfredo Gomes reconheceu que as festas ficaram “mais caras do que o esperado”. Por seu lado, José Magalhães Moreira, membro da comissão responsável pela exploração do terrado, adiantou que “a receção dos habituais utentes e participantes nas festas em relação à nova localização é, pelo menos, um pouco melhor do que a que houve relativamente ao ano passado, em que se criaram alguns constrangimentos por causa do pó”. “Esse problema tem causado constrangimentos agora, porque embora estejamos num recinto completamente diferente, e o melhor para este tipo de iniciativas, a falta de hábito e o facto
de as procissões serem fora da zona onde está implementado todo o resto da festa cria algum receio a quem vem com o objetivo de fazer negócio”, acrescentou. Magalhães Moreira adiantou que “o terrado este ano vai ter algumas inovações”, mas lamentou o facto de a notícia do par-
que não estar pronto a tempo da festa ter sido dada “em cima da hora”, o que impossibilitou a contratação de alguns divertimentos. “Os proprietários desses divertimentos já tinham compromissos assumidos para irem para outras festas. Apesar de tudo, vamos ter alguma inovação
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8 de agosto de 2014
da romaria a Nossa Senhora das Dores condições vão ser, substancialmente, melhores para o negócio e, ao contrário do que as pessoas pensam, não vai ser inferior ao que foi os outros anos”. Vertente Religiosa das Festas
com novos divertimentos que nunca foram vistos na Trofa e são muito recentes no país” adiantou. Assim como todos os elementos da Comissão, Magalhães Moreira referiu ainda que “o programa sendo aliciante, com o Pedro Abrunhosa e o Fernando Pereira, vai convencen-
do os vendedores a irem para o terrado, mas é sempre difícil fazê-las pagar para se instalarem”. Magalhães Moreira tem “expectativas que eles (comerciantes) vão vender mais do que o ano passado, porque vai ter mais público”, reiterando ainda que “as
A vertente religiosa da festa tem como ponto alto no domingo, dia 17 de agosto, às 17 horas, a procissão em honra de Nossa Senhora das Dores, que conta, anualmente, com cerca de 300 figurantes e dez andores, com uma altura entre 12 a 15 metros de altura, com um peso de cerca de 650 quilogramas, carregados por vários homens e que atrai milhares de pessoas de todo o país e emigrantes que todos os anos vêm de propósito para ver a procissão. Cândido Pinheiro é o elemento da Comissão de Festas responsável pela vertente religiosa das festas e acredita na forte “adesão dos trofenses”, “não havendo grande problema” sobre a organização da procissão”. “Os trofenses estão connosco e sabem das nossas dificuldades.
Contamos no dia 16 (todo o dia) e 17 (depois da missa das oito horas da manhã até à noite) termos a capela de Nossa Senhora das Dores aberta e, à nossa disposição”, afiançou. Pedro Abrunhosa, Fernando Pereira e sessões de fogo de artifício marcam festas Pedro Abrunhosa e Fernando Pereira são os cabeças de cartaz das festas. Os cantores prometem espetáculos musicais memoráveis e a expectativa é que milhares de pessoas encham o recinto da romaria. Pedro Abrunhosa tem concerto marcado para o dia 14, às 22 horas, enquanto Fernando Pereira, conhecido por imitar vozes de vários músicos, atuará no dia 15, às 22.30 horas. O fogo de artifício é outra das atrações desta festa que, este ano, poderá ser contemplado na zona envolvente à Igreja Nova e estação de comboios, onde vai decorrer a parte profana das festas e será um “espetáculo único”, garantiu Alfredo Gomes. “No dia 17, à noite, teremos um es-
petáculo de fogo piromusical, com águas dançantes. Já no dia 19, no cortejo de oferendas junto ao recinto, de Valdeirigo, gostaria de ter muitas pessoas. Haverá muitas surpresas”, adiantou o presidente da Comissão. Como é tradição, a Banda de Música da Trofa vai marcar presença nas festas, assim como as bandas de Melres, Branca e Tarouquela. Alfredo Gomes garantiu ainda que “se não houver dinheiro, a comissão vai continuar a explorar o bar, porque não tem outro remédio, se houver, vai de armas e bagagens porque as pessoas estão cansadas e precisam de descansar”. O presidente da Comissão agradeceu a “todos os colegas da comissão e a todos os que fazem parte da aldeia de Valdeirigo e amigos”. “O sucesso destas festas deve-se a todos eles. Tenho de lhes prestar a minha homenagem, agradecer o trabalho magnífico. Valdeirigo, com os seus habitantes e os seus amigos, vai levar o barco a bom porto e Nossa Senhora está cá para nos ajudar”, concluiu. pub
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Andores com mais de dez metros estão prontos para a procissão Patrícia Pereira
De forma a conciliar o trabalho do dia a dia, a Agência Funerária Trofense começa a preparar três dos dez andores, que vão participar na procissão em honra de Nossa Senhora das Dores, com mais de um mês de antecedência. “Para ser bonito, tem que haver trabalho e sem trabalho não há nada feito”. Quem o afirma é João Silva, gerente da Agência Funerária Trofense, que tem a seu cargo a armação e decoração de três andores que vão participar na procissão em honra de Nossa Senhora das Dores e que, anualmente, atrai milhares de pessoas. Armador há “cerca de 38 anos”, João Silva orgulha-se do trabalho manual e artesanal que a sua equipa desenvolve na preparação dos andores da Senhora das Dores (Paranho), Santa Margarida (Valdeirigo) e Senhora de Assunção (Esprela), que, já nesta quarta-feira, 6 de agosto, estavam prontos no salão paroquial. A equipa prescinde das máquinas e dá uso aos dedos com o auxílio de um martelinho para prender, um a um, os milhares de alfinetes para segurar as centenas de metros de cetim, que
Andor mais alto mede cerca de 15 metros
enfeitam os andores, que são ainda adornados com as estrelas com espelho, que também leva lantejoulas e veludo. Uma das que enfeitam um dos andores marca 1965 na parte traseira, evidenciando a antiguidade do material. “As estrelas já tem uns anos e daí o valor. Os andores têm valor pelo material que se aplica. Nós mantemos a traça do antigo. Tem lá cartões/ estrelas que já ninguém faz. Tenho cartões de 1974 que estão por utilizar, mas agora não há quem os faça”, contou João Silva. Os três andores vão ter de altura “cerca de 15 metros” e
“7,50 metros de largura” e o custo pode variar entre os “1500 e os 2000 euros”. O andor de Nossa Senhora das Dores é o mais caro, pois é mais “trabalhoso e não é qualquer decorador e armador que o pega, é preciso saber”, devido à sua “carcaça muito específica” e às “características totalmente diferentes de qualquer andor que esteja na festa”, chegando a pesar “cerca de 650 quilos, sem estar armado”. No final da procissão, que sai da Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado a partir das 17 horas do dia 17 de agosto, a equipa tem “mais 15 dias” de trabalho, em que tem de “desarmar,
A história das festas As festas em Honra de Nossa Senhora das Dores são um dos marcos muito importantes no concelho da Trofa. As dez aldeias da paróquia de S. Martinho de Bougado são chamadas, ano a ano, a organizar as festas, que decorrem sempre no mês de agosto, tendo chegado a existir umas picardias saudáveis entre as comissões de festas. A comissão de festas propõese, anualmente, a trazer novidades para animar os dias de romaria, em que todas as aldeias se envolvem nos cortejos e na angariação de verbas para os andores, que integram a procissão. O ponto alto desta romaria religiosa é a procissão de Nossa Senhora das Dores que tem como principal atração os dez andores que desfilam pela cidade. Cada andor pode pesar cerca de
400 quilogramas e chegar a ter uma altura de 15 metros, dividindo-se em base, oratório e coroa. Só o andor de Nossa Senhora das Dores, que pesa cerca de 650 quilogramas, exige o esforço de três homens a trabalhar durante uma semana, cerca de 12 horas por dia. A imponência dos andores que desfilam na procissão de Nossa Senhora das Dores é inegável e a cada ano que passa continuam a atrair milhares de curiosos. Todos os andores, armados durante dias a fio, percorrem o centro da cidade, partindo da Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado, passando pela romaria e Capela da Nossa Senhora das Dores, regressando à Igreja. A Capela de Nossa Senhora das Dores tem uma história rica com quase 250 anos (1766), altura em que foi construída pelo Abade Inácio de Morais Sarmen-
to Pimentel, devido à sua devoção a Nossa Senhora das Dores. Passado um século da sua construção, a Capela tornou-se pequena, para tão elevado número de visitantes, sendo construída em 1879, a encargo do benemérito tirsense Conde de São Bento, a atual Capela de Nossa Senhora das Dores. Em 1766, foi entregue na Secretaria Episcopal do Porto a primeira petição dos moradores de S. Martinho de Bougado solicitando “licença para erigir uma capela no lugar então chamado de Monte da Carriça, em devoção de Nossa Senhora das Dores”. Quando ficou concluída, a Capela foi inaugura em 1767 ou 1768, altura em que se inaugurou, simultaneamente, aquela que deveria ser, no decorrer dos anos, uma das mais concorridas e pitorescas romarias do Norte.
limpar e aproveitar” o material que estiver bom”, o que não der deita-se ao lixo”. Apesar de não ser o único sítio com uma procissão com andores de grandes dimensões, João Silva salienta o facto de a procissão em honra de Nossa Senhora das Dores ser a “única do País” que tenha dez imponentes andores do mesmo tamanho e com “tantos figurantes” (figuras bíblicas). Os andores que saem na procissão representam as aldeias da paróquia de S. Martinho de Bougado: Santa Margarida (Valdeirigo), Senhora da Assunção (Esprela), S. José (Finzes), S.
Martinho (Corôa Real, S. Martinho e Carqueijoso), Nossa Senhora do Rosário (Abelheira), S. Sebastião (Paradela), S. Bárbara (Mosteirô), S. António (Gandra), S. Roque (Ervosa) e Senhora das Dores (Paranho). Devido às obras de requalificação dos Parques, João Silva “ainda não sabe o percurso”, mas sabe que “a procissão passa em frente” à Capela da padroeira. “Estou convencido que as pessoas nesta terra que têm responsabilidade vão conseguir fazer o que está prometido. A procissão sai da Matriz e dá a volta à Capela”, acrescentou. Sobre o percurso, dado a conhecer pelo pároco Luciano Lagoa , João Silva garantiu que “os andores com a largura que têm não passam um pelo outro” na Estrada Nacional 104 “só se for de lado”. Contudo, o armador afirma que é “uma questão de organização” e que acredita que “não vai haver problema”. Questionado sobre a possibilidade de encurtar a base dos andores para ser possível passarem lado a lado, João Silva declarou que “não pode” e que isso seria para “acabar com os andores”, além de que ficaria “dispendioso fazer carcaças novas”, numa altura em que é “mais difícil arranjar a verba para cobrir as despesas para decorar o andor”.
Nossa Senhora das Dores Nossa Senhora das Dores ou Nossa Senhora das Sete Dores são nomes pelos quais a Virgem Maria é referida em relação às tristezas da sua vida. As Sete Dores de Maria são uma popular devoção católica existindo orações devocionais, que consistem na meditação sobre as suas Sete Dores, como por exemplo o Terço. A profecia de Simeão ou da Circuncisão de Cristo, a fuga para o Egito, a perda do Menino Jesus no Templo, Maria encontra Jesus no caminho do Calvário, Jesus morre na cruz, Maria recebe o corpo de Jesus em seus braços e o corpo de Jesus é colocado no túmulo são as sete dores da Virgem Maria que estão retratadas nos azulejos existentes no interior da Capela de Nossa Senhora das Dores, em S. Martinho de Bougado. As Sete Dores são acontecimentos da vida da Virgem Maria que são frequentemente retratados e lembrados pelos devotos. As festas em honra de Nossa Senhora das Dores têm origem em Colónia em 1413 repercutindo-se por todo o Mundo. Ao longo dos séculos várias devoções, e até mesmo ordens, surgiram para meditação sobre Dores de Maria. O primeiro altar à Mater Dolorosa foi criado em 1221 no mosteiro de Schönau. Já nos países mediterrânicos é uma tradição de séculos os paroquianos transportarem estátuas de Nossa Senhora das Dores em procissões. Nossa Senhora das Dores é padroeira de várias paróquias, lugares e até de países, como o caso da Eslováquia.
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8 de agosto de 2014
Bougado e Juventude em Festa em Bairros Patrícia Pereira
Desde esta quinta-feira até domingo, que o Souto de Bairros, em Santiago, é palco do Bougado e Juventude em Festa. Foi com uma noite dedicada ao humor que se deu início ao Bougado e Juventude em Festa, uma iniciativa dinamizada pela Junta de Freguesia de Bougado. Até domingo, o Souto de Bairros, em Santiago, acolhe esta iniciativa que promete “uma grande e diversificada diversão, com um vasto programa de entretenimento e animação cultural, recreativa, desportiva e musical”. Hoje, pelas 22.30 horas, o evento tem um dos seus pontos altos com a Festa das Cores, se-
guida da atuação dos DJ’s Meninos do Rio. No sábado, há o Torneio de Futebol de Praia pelas associações da freguesia (10 horas), a atuação do Grupo de Dança da Escola de Bairros (21 horas), o Desfile de moda para a “promoção do comércio local” (21.30 horas) e o espetáculo do Djay Rich. O dia de domingo é dedicado às tradições portuguesas, com a 10.ª edição do Concurso do Melão Casca de Carvalho, a partir das 15 horas. A música não foi esquecida, contando com a atuação do grupo tradicional de música portuguesa A Rapaziada e de Carlos Ribeiro & Amigos, com desgarradas e cantares ao desafio. Até ao dia 31 de julho, o Concurso contava com “16 produtores de melão” inscritos. Contu-
do, Miguel Costa, elemento da Junta de Freguesia, afirmou que dada “a incerteza das condições climatéricas”, no dia do Concurso pode “não haver melões” e, caso isso aconteça, a Junta “já conversou com os produtores” para que “o mesmo seja adiado, até que as condições estejam reunidas”. Tal como tem vindo a decorrer em anos anteriores, dentro do evento realiza-se a Festa da Cerveja e a Feira à Moda Antiga. Só que este ano, a Festa da Cerveja será “ dinamizada pelos bares da freguesia” e a “Feira à Moda Antiga terá a colaboração dos ranchos folclóricos”. “A animação noturna será ainda assegurada por quatro bares da freguesia, que encerrarão os seus estabelecimentos no período do even-
Iniciativa decorre até 10 de agosto
to, contribuindo para uma maior afluência ao Bougado e Juventude em Festa, à semelhança do
que aconteceu o ano passado na Juventude em Festa”, segundo adiantou Miguel Costa.
Região
Ministro inaugura Espaço do Cidadão em Famalicão Vila Nova de Famalicão faz parte do grupo restrito de municípios que recebeu o Espaço Cidadão, que a Secretaria de Estado da Modernização Administrativa está a abrir em regime de projeto-piloto. O concelho recebeu a visita do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, na terça-feira, que inaugurou a valência que pretende estreitar o relacionamento entre os cidadãos e a Administração Pública (AP). O Espaço do Cidadão integrase no Programa Aproximar, lançado pelo Governo, faz parte de uma “reforma global dos serviços de atendimento” e será integrado “de forma progressiva” no território português, informou o governante. Poiares Maduro garantiu ainda que esta valência “não visa substituir” os serviços públicos existentes, mas sim “complementá-los”. No entanto, é expectável que serviços que estejam “dispersos” sejam “concentrados” numa Loja do Cidadão, que o Governo quer criar em cada um dos
municípios portugueses. Os Espaços do Cidadão vão complementá-la, sendo criados “em câmaras, juntas de freguesia e estações de CTT”, explicou. Neles, os cidadãos poderão tratar da grande maioria dos assuntos com a AP, como renovar a carta de condução, requisitar certidões, solicitar a alteração de morada do cartão de cidadão, pedir o cartão europeu de seguro de doença, submeter candidaturas ao Porta 65 e enviar documentos para a AD SE. Este serviço assenta no conceito de atendimento digital assistido, que permite aos cidadãos não possuidores de recursos que lhes facultem o acesso à internet. Com estes espaços, o Governo espera obter “maior racionalização no funcionamento da AP, maior proximidade dos cidadãos com os serviços públicos e uma maior qualidade de atendimento”. O projeto “implica a cooperação entre os municípios e a Administração Central”. O Governo fornece apoio em termos de formação e de aconselhamento telefónico aos funcionários que farão o atendimento e disponibiliza platafor-
Ministro visitou Espaço do Cidadão na autarquia famalicense
mas digitais, enquanto o município cede o espaço e os recursos humanos. No concelho famalicense, foi inaugurado um Espaço do Cidadão na autarquia e, em breve, seguem-se outros quatro, nas vilas de Joane, Ribeirão e Riba de Ave e União de Freguesias de Calendário e Famalicão. Miguel Poiares Maduro assinou protocolos com os municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave (Famalicão, Vizela, Vieira do Minho, Guimarães e Póvoa de Lanhoso) para a criação da rede “Espaços do Cida-
dão” na região. O mesmo vai acontecer com outras três CIM. “Isso não invalida que mesmo nos territórios que não estão cobertos por esses projetos-piloto que aspetos desta reforma não passem a ser implementados, sobretudo esta rede complementar de Espaços de Cidadão. Aliás, já estão a ser criados em municípios que não vão participar na primeira fase”, complementou o ministro. Paulo Cunha, presidente da autarquia, congratulou-se pelo facto de Famalicão fazer parte do projeto-piloto, salientando que “é
importante que os cidadãos percebam que as novas tecnologias assentes na informatização e na digitalização permitem que a Administração Pública esteja mais perto do cidadão”. O autarca afirma que esta medida vem combater “as estatísticas que referenciam um afastamento entre governantes e governados” e assumese como “um verdadeiro incentivo ao serviço das políticas contraciclo, que farão com que os cidadãos se revejam mais e melhor na sua Administração Pública”. Até junho de 2015, o Governo pretende criar mil Espaços do Cidadão no país. Uma medida que custará aos cofres do Estado oito milhões de euros, cuja maior parte são fundos europeus. Com a aplicação desta rede, a expectativa da Administração Central é poupar entre 72 e 127 milhões de euros por ano. O Programa Aproximar contempla ainda um serviço de transporte porta a porta (por marcação) e carrinhas de serviço público, que andarão em territórios de baixa densidade populacional. C.V. pub
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8 de agosto de 2014
Famalicão com parque para a prática de Street Workout Cátia Veloso
Autarquia de Vila Nova de Famalicão inaugurou equipamento de Street Workout, no Parque de Sinçães, na segunda-feira. Força, coordenação e equilíbrio. São estas as palavras-chave do Street Workout (SW), uma modalidade que dispensa ginásios e privilegia o exercício físico ao ar livre e com interação social. Em Vila Nova de Famalicão, os adeptos do SW ganharam um equipamento, montado no Parque de Sinçães, onde poderão aperfeiçoar os exercícios. Como o famalicense Carlos Silva, atual campeão nacional, que não precisa de montar mais estruturas em casa. O atleta, que está inserido na equipa Bar Guardians, considera que esta valência vai permitir “dar a conhecer a toda a população o que é o SW”. “Tudo o que eu sei até agora, aprendi agora. Com estas estruturas, vai ser muito melhor para treinar outros tipos de mo-
Equipamento possibilita o exercício físico ao ar livre
vimentos”, frisou. O equipamento está montado no Parque de Sinçães, local que a autarquia também quis potenciar. Para o presidente da Câmara, Paulo Cunha, “todas as ferramentas que se possam colocar no terreno para fomentar a prática do desporto e o convívio com a Natureza são bons inves-
timentos”. O autarca salientou ainda a possibilidade de o parque ter equipamentos “destinados a todos” e que “qualquer pessoa pode praticar SW” ou então “complementar outra, como o atletismo”. Foi Carlos Silva que apresentou o projeto para a colocação
do equipamento junto da Câmara Municipal. “Espero que as pessoas apareçam, mas acho que vai ter muita adesão”, afirmou. Bruno Matos, responsável pela comunidade portuguesa de SW, a Pull Up Portugal, enfatizou as características deste equipamento, que “tem custos de ma-
nutenção baixos e maior longevidade” que outros menos seguros para a prática da modalidade. Para Bruno Matos, quantos mais parques de SW forem criados mais crescerá a modalidade. “Desde 2011, quando a modalidade chegou a Portugal com mais expressão, o crescimento tem sido incrível, com inauguração de parques e aumento do número de atletas, equipas e eventos”, referiu. Um dos grandes projetos da Pull Up Portugal é a organização de um evento internacional em 2015. Através desta associação, os adeptos da modalidade também podem pedir ajuda para criar projetos para a colocação de equipamentos e apresentar aos municípios. O Street Workout surgiu como uma prática desportiva que fazia uso do mobiliário urbano para a execução de exercícios de força. Atualmente, destaca-se pela combinação de movimentos de força com movimentos de freestyle, que são mais atrativos para o público em geral.
Curso Profissional de Gestão da Produção no caminho da excelência operacional Numa região e num concelho demarcado por uma economia fortemente industrial em que as empresas procuram novos mercados, aumentam as exportações e se preparam continuamente para a competitividade global, o Curso Profissional de Gestão da Produção que a FORAVE ministra, há quase 25 anos, prepara os jovens técnicos para a excelência operacional. Consciente de que a gestão
da produção é a função essencial das empresas que se encarrega de tornar o processo produtivo o mais eficiente possível, a FO RAVE tem a preocupação de manter sempre atualizados os conteúdos modulares do Curso de Gestão e de focar na formação os conceitos e ferramentas mais necessárias às empresas, privilegiando o planeamento e as técnicas de controlo da produção e da qualidade, o aprovisiona-
mento e a gestão de stocks, o Lean Manufacturing, a gestão da cadeia de abastecimento, o planeamento e a gestão da manutenção. No âmbito das Provas de Aptidão Profissional do Curso, um dos temas que mais tem sido valorizado pelas empresas é a filosofia de produção LEAN que tem como objetivo otimizar a produção com base na eliminação de desperdícios e encontrar pontos de melhoria. Alguns dos exemplos das PAP desenvolvidas, este ano letivo, com aplicação prática nas empresas, durante a Formação em Contexto de Trabalho, permitiram a aplicabilidade dos conceitos adquiridos pelos alunos durante a sua formação. Segundo Beatriz Santos, aluna finalista do Curso de Gestão, cujo estágio foi realizado na Continental-Indústria Têxtil do Ave, o estágio deu-lhe a oportunidade de aprofundar assuntos relacio-
nados com a sua Prova de Aptidão Profissional sobre “Qualidade Lean”. Já o estágio do aluno José Henrique Azevedo, também do 12º ano Curso de Gestão, foi realizado na mesma empresa com o objetivo de aplicar algumas Ferramentas da Qualidade. Na empresa Metalogalva, do Grupo Metalcon, segundo Sara Pimenta e Nuno Guimarães, responsáveis pelo Departamento de Melhoria Contínua e Logística, “as alunas Sofia Costa e Beatriz Correia realizaram os seus projetos de estágio inseridos numa estratégia delineada pela empresa de introdução de ferramentas e procedimentos de melhoria contínua com vista à redução de desperdícios, ao aumento da capacidade produtiva, à motivação dos funcionários e à qualidade nos produtos e serviços prestados, de forma a adquirir vantagens competitivas nos mercados nacional e internacio-
nal”. O estágio da aluna Sofia Costa foi realizado na ferramentaria da empresa e teve como objetivo a aplicação dos 5S. A aluna Beatriz Correia foi enquadrada no projeto de gestão diária de obras nas secções produtivas, com implementação do ciclo PDCA e Kanbans Na empresa Prettl Adion Portuguesa, a aluna Filipa Gomes desenvolveu durante o seu estágio um projeto sobre “Planeamento da Produção Ágil”, orientado pela responsável de Operações do Departamento da Produção e Tecnologia, Ana Pinheiro, que considera que “há já algum tempo que a Prettl juntamente com a Forave está empenhada em oferecer aos jovens estudantes a oportunidade de dar esses primeiros passos que ditarão o seu futuro como profissionais”. Manuela Guimarães | diretora pedagógica FORAVE
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8 de agosto de 2014
Milhares na chegada da Volta a Santo Tirso Patrícia Pereira
O trofense Daniel Silva, a correr pela Rádio Popular ONDA Boavista, teve nas pernas a vitória da 5.ª etapa da 76.ª Volta a Portugal em Bicicleta, com chegada ao Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso. Mas no “início da subida, a corrente saiu fora” e, a partir daí, Daniel Silva garante que “não havia nada a fazer”. Apesar de ter terminado a etapa em 57.º lugar, o trofense recebeu o prémio de combatividade, o que para si é “a recompensa do esforço feito”, mas não esconde
que “preferia a vitória da etapa”. Quanto à sua participação na Volta a Portugal, Daniel Silva, que neste momento se encontra em 35.º lugar, assegurou que “para já está a correr bem” e a equipa tem “posto ciclistas em fuga, embora o principal objetivo é que Rui Sousa esteja a discutir a vitória”. “Vamos fazer o melhor, ainda temos a etapa da Torre que vai ser um dia decisivo e quanto a mim vou estar na luta pela vitória das etapas. Como vi que não estava em condições de fazer os primeiros lugares, preferi fazer uma subida tranquila e assim estar fora da discussão da geral e estar mais livre para lutar pela vitória nas etapas”, contou,
Daniel Silva recebeu o prémio de combatividade
Pelo Santuário estavam espalhadas milhares de pessoas
denotando que “é uma motivação extra” ter “sempre” os seus amigos a apoiá-lo. Depois de um interregno de dois anos, o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso, voltou a receber a caravana da Volta a Portugal em Bicicleta. Enquanto os ciclistas não chegavam, as pessoas passaram pelo parque de diversões, instalado na zona envolvente ao Santuário, que também serviu de pano de fundo à transmissão em direto do programa “Há Volta” na RTP1. Pela subida de cerca de
seis quilómetros era possível encontrar milhares de pessoas a assistir à chegada da 5.ª etapa e, com palmas e palavras de incentivo, apoiaram os seus ídolos. Segundo Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, correu tudo de “um modo excelente e até contra todas as expectativas”, pois, como “tinha havido um interregno, não esperava tanta gente”. “É um desporto muito popular nesta zona de Santo Tirso, Famalicão e Trofa, há um grande carinho
pelo ciclismo e há muitos clubes de ciclismo. A nossa iniciativa de fazer uma final de uma etapa de 2.ª categoria de montanha, mostrou-se adequada e o resultado está à vista”, declarou. A presença de “pessoas dos municípios vizinhos, desde Paços Ferreira, Trofa, Famalicão, Guimarães e Lousada”, demonstra, na opinião do edil tirsense, que “efetivamente que a aposta foi certa e se tudo correr bem” no próximo ano o executivo está “disponível para repetir a façanha e voltar a ter um final de etapa”. pub
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8 de agosto de 2014
Trofense garante triunfo nos descontos Cátia Veloso
Foi já no último suspiro do jogo, que o Trofense garantiu a vitória diante do Feirense, em jogo a contar para a 3ª jornada da fase de grupo da Taça da Liga. Este triunfo dá alento aos homens comandados por Porfírio Amorim e eleva as expectativas para seguirem em frente na competição. A partida, que se realizou na tarde de domingo, mostrou que as equipas ainda estão em ritmo de preparação e a prova esteve nos poucos lances dignos de registo na primeira parte. Primeiro foi Cafu, do Feirense, que, ganhando posição ao central Eduardo Enrique já dentro da grande área, não conseguiu controlar a bola, deixando-se antecipar pelo guarda-redes Freire. Depois foi o avançado trofense Brayan Riascos que atirou ao poste, num remate em esfoço entre dois opositores. O Feirense teve outra oportunidade para inaugurar o marcador, na sequência de um livre direto, cujo remate traiçoeiro obrigou Diogo Freire a empenhar-se para evitar que a bola entrasse na baliza. Na etapa complementar, o jo-
go teve mais motivos de interesse, com as duas equipas mais mexidas no ataque. O Feirense teve nos pés de Diogo Fonseca e Cafu oportunidades para marcar, mas ambos os remates saíram por cima. O Trofense também deu ar da sua graça, quando Dario, numa iniciativa individual ganhou espaço e rematou ao lado da baliza de Paiva. Os homens de Santa Maria da Feira voltaram ao ataque e, mesmo a jogar com dez, devido à lesão de Mika quando já tinham ocorrido as três substituições, criou perigo. Na sequência de um lançamento longo, Cafu rematou de costas e com o calcanhar para surpreender Freire, mas viu o guarda-redes do Trofense defender por instinto. Já nos descontos, quando encostou o adversário à área, o Trofense chegou ao golo, por intermédio de Eduardo Henrique. O central aproveitou uma defesa incompleta de Paiva para encostar para o fundo da baliza, dando o segundo triunfo oficial da equipa da Trofa. “Jogadores estão a dar boas indicações” Na análise à partida, Porfírio Amorim destacou o facto de o
Eduardo Henrique deu vitória ao Trofense no cair do pano
Trofense ter conseguido quebrar uma senda de derrotas com o Feirense que durava “há oito anos” e considerou que a equipa “foi premiada pela paciência” que teve durante o jogo. “Numa equipa como a nossa, que tem jogadores que estão a treinar há 15 dias e fazem dois jogos em quatro dias, é natural que se pague o esforço despendido. Temos algumas limitações em termos ofensivos, mas as coisas vão-se fazendo aos poucos. Hoje fomos inteligentes ao gerir uma situa-
ção de sofrimento. Na primeira parte tivemos um período de grande nível e no início da segunda parte sentimos algumas dificuldades em recomeçar. O poder do ataque do Feirense, com jogo direto, é muito difícil e os lançamentos são muito difíceis de anular, mas percebemos por onde deveríamos ir”, salientou. Apesar das duas vitórias obtidas, o técnico é contido na antevisão para a época. Porfírio Amorim referiu que “não se pode ter ilusões”, destacando que, sem
contar com Tiago, Hélder Sousa e os guarda-redes, a média de idades do Trofense “é de 20,5”, devendo ser “a mais nova do campeonato”. “Estes jogadores estão a dar boas indicações, mas neste momento a Liga não tem o peso que tem o campeonato. Vamos ver como ela, com todos os jogadores disponíveis, vai reagir numa competição que tem mais força que esta”, asseverou. Pedro Miguel, treinador do Feirense, destacou “o jogo equilibrado”, numa primeira parte em que “o Trofense foi melhor”. “Em termos defensivos estivemos organizados, faltou-nos a transição para o ataque. Na segunda parte, acabamos por perder o Mika por lesão, quando tinha esgotado as três substituições e, curiosamente, nesse período a jogar com dez tivemos duas boas situações para passar para a frente no marcador. Depois, praticamente do nada, o Trofense acabou por ter felicidade e chegar ao golo”, afiançou. O campeonato da 2ª Liga arranca no sábado. O Trofense viaja ao reduto do Benfica B para uma partida que está marcada para as 17 horas e que terá transmissão televisiva da BenficaTv.
Direção luta pela sobrevivência do S. Romão Diana Azevedo Cátia Veloso
O novo presidente da coletividade, Jorge Ferreira, abraçou a liderança do segundo clube mais antigo do concelho sem pensar duas vezes. Ciente das dificuldades, o pensamento que move esta direção é de “não deixar o S. Romão cair no esquecimento e morrer”. Em meados de junho deste ano, Jorge Ferreira passou a ocupar o lugar de presidente do Futebol Clube S. Romão. Apesar de todas as dificuldades e desafios que este cargo acarreta, o substituto de Rui Damasceno confessou ao NT que, além da grande ligação afetiva que tem com o clube onde já jogou, o que o motivou foi “a existência de um grupinho que quer acabar com o Futebol Clube S. Romão”. “É uma coletividade com muito passado, muita história, não pode acabar”, completou. Jorge Ferreira adiantou que o
foco principal nesta fase será “não deixar o S. Romão cair no esquecimento e morrer” e paralelamente a isso “com as poucas condições, melhorar um pouco a estética do campo, através de pinturas, e manter os quatro escalões que tinham o ano passado, as Escolinha, Juniores, Femininos e o Futebol 11”. “Acreditamos ser fundamental envolver a população, voltar a trazer os atletas da freguesia paa os clubes de cá, dando-lhes uma oferta gratuita de prática desportiva, o que também acreditamos que irá trazer as famílias e fazer com que a população da Vila do Coronado volte a acreditar neste Clube”, adiantou. A atual direção conta com apenas oito elementos, o que, segundo o presidente, “limita o trabalho” além dos “recursos financeiros que são complicados, os recursos humanos são muito limitados e era crucial que isso melhorasse”. “Por exemplo, ainda não tivemos possibilidade de nos focarmos na angariação de sócios e atualização de cotas e
como isso muitas outras coisas, como gente para ficar na bilheteira nos jogos, apanha bolas. Há muito trabalho a desenvolver e por isso lanço o convite a todos aqueles que queiram ajudar com o seu trabalho, para abraçarem este projeto”, apelou. Futebol 11 procura atletas José Oliveira, mais conhecido por Zé Manel, foi escolhido para treinador da equipa Sénior de Futebol 11. Com treze anos de experiência a treinar camadas jovens, o treinador, que veio do Folgosa, admite estar “confiante”. “Não acho que seja uma grande diferença treinar estas faixas etárias distintas, porque acima de tudo trata-se de trabalhar com pessoas e tenho ainda a vantagem de alguns deles já terem sido meus atletas, quando mais jovens”, confidenciou. Mais que a equipa sénior, Zé Manel também se mostra interessado na longevidade do Futebol Clube S. Romão e garante que, “antes de mais”, está a “co-
Presidente e treinador pretendem devolver o orgulho ao clube
nhecer melhor o clube que representa, para poder gostar dele e respeitá-lo”. “A partir daí o meu trabalho será uma consequência de quem faz o que gosta com dedicação e empenho. E como treinador a minha função será fazer melhor que em anos anteriores, voltar a devolver a confiança aos sócios para que voltem a acreditar neste clube”, referiu.
O início da pré-época está marcado para 15 de agosto. Nesta primeira fase de captações, os treinos vão decorrer às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, às 20 horas. Zé Manel deixa o convite a todos aqueles que gostam de futebol a comparecerem nos treinos, para a possibilidade de ingressar nesta equipa de seniores masculinos.
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A ciência que é a columbofilia Cátia Veloso
A columbofilia é uma verdadeira ciência. Que o digam os adeptos, que fazem deste o segundo desporto com maior número de praticantes em Portugal, a seguir ao futebol. A Trofa também tem muitos adeptos, como são exemplo a equipa Araújo & Filhos, que foram vice-campeões do bloco 5 do distrito do Porto pelo segundo ano consecutivo. Para se ser campeão, é preciso dedicar-se à modalidade “a cem por cento” e encará-la com verdadeiro espírito de profissional, apesar de não ser uma prática remunerada. É, aliás, um desporto caro, que vai persistindo graças à paixão dos praticantes aos pombos. Rigor, disponibilidade e dedicação são palavras-chave daqueles que ambicionam ter aves vencedoras. Assim como um pouco por todo o país, em Ervosa, S. Martinho de Bougado, vive um trio aficionado pelos pombos. Abílio Araújo, o pai, aprendeu a gostar da modalidade com os filhos, Manuel e Fernando, que compõem a equipa “Araújo & Fipub inst
Família Araújo orgulhosa com “Bambino”, que conseguiu uma anilha de ouro e três de prata
lhos”, que compete a nível local e distrital há mais de 25 anos. No início de uma época, que acontece de março a junho, chegam a ter “mais de 150” aves na colónia, número que decresce com a competição, uma vez que há exemplares que acabam por não regressar à origem, de-
pois de serem lançados a uma certa distância. Existem vários campeonatos dentro da modalidade, mediante a quilometragem: o de velocidade - que tem menor distância -, o de meio fundo, média distância, e o fundo, que pode chegar aos 750 quilómetros. No Campeonato do Bloco Cinco da Associação Columbófila do distrito do Porto, a “Araújo & Filhos” foi vice-campeã na classificação geral (atrás de uma equipa de Gondomar), tendo conquistado o 1.º lugar no meio fundo e o 3.º em velocidade. A nível local, nas provas da Sociedade Columbófila Trofense, a tripla venceu três das cinco provas – velocidade, meio fundo e campeonato de borrachos (pombos novos) -, mas acabou por perder para a equipa “Asas de Rindo” o título mais ansiado, que é a classificação geral. A prova de fundo foi vencida pela equipa “José Manuel e Paulo Matos”. Já no âmbito das provas do Grupo Columbófilo Tirsense, a equipa venceu o campeonato de meio fundo, foi 2.º classificado de velocidade e 3.º na geral. Venceu ainda o campeonato de clássicas. Este ano, a perda de aves foi considerável, porque “a aposta também foi grande”, explicou Fernando Araújo. Os 17 casais reprodutores que, atualmente, nidificam têm, por isso, um papel muito importante para a reposição da colónia. Há muitos fatores que contribuem para que as aves não consigam chegar ao destino. Desde logo “as condições climatéricas”, como a chuva, o vento, o nevoeiro ou o calor intenso, passando também pelos predadores e até pelos fios de alta tensão. As provas de longa distância são as que registam mais perdas. Nestas, as aves chegam a voar “durante 11 horas”, afirma Manuel Araújo. E como se prepara um pombo para competir? O segredo é treiná-lo com método e paciência. A preparação inicial é feita “junto ao pombal”, quando as aves
são soltas por “curtos períodos de tempo”. “Quando conseguem voar durante uma hora sem querer pousar, os pombos estão preparados para serem soltos longe do pombal”, explicou. O treino continua a ser feito de forma gradual, ou seja, já fora do pombal, a ave é largada, inicialmente, a cinco quilómetros, e nas semanas seguintes a distância vai aumentando até chegar aos 70 quilómetros. “Aí, podem ser soltos a qualquer distância, porque já têm a noção que é para voltar”, complementou Manuel Araújo. Nos dias de prova, os pombos não são muito alimentados, para que tenham vontade de regressar, assim como são separados das fêmeas, e vice-versa, para que quando chegarem ao pombal sejam “premiados” com o reencontro. A alimentação é reforçada “nos dois dias antes da prova”, para que a ave esteja “no pico de forma” quando for lançada. Em competição, explicou Fernando, “os pombos são registados com uma anilha que tem chip” na associação, sendo posteriormente “encestados” e “colocados num camião” que os levará para o ponto de partida. Depois de lançado, o primeiro pombo a ser constatado na “coordenada estabelecida” vence a prova. A coordenada serve para colocar os participantes em situação de igualdade, uma vez que os locais de chegada são os pombais onde são criados. Depois de terminada a época, os pombos são transferidos para a ala de reprodutores e, posteriormente, isolados para a muda da pena. Desde crianças que Manuel e Fernando Araújo têm “o bichinho” da columbofilia. Raramente compram aves, porque preferem “trocar com amigos”. Na colónia já morou um que foi considerado “o rei” do pombal e a descendência seguiu-lhes “as asas”. Como o neto, batizado de “Bambino”, que esta época “ganhou uma anilha de ouro e três de prata”.
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Clube de Ténis oferece duas aulas para experimentar modalidade Patrícia Pereira
A trabalhar “desde março de 2012”, o Clube de Ténis (CT) da Trofa, instalado na EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, pretende “divulgar” a modalidade e “aproximar-se da população”. Com atletas dos “quatro aos 60 anos”, o diretor técnico do CT da Trofa, António Monteiro, contou que o ténis “é um desporto transgeracional”, uma vez que “engloba várias idades”, podendo juntar avós, pais e netos. Por ser “uma escola recente”, António Monteiro salientou que “os resultados” só têm aparecido no “escalão vermelho, que engloba dos cinco aos sete anos”. Os atletas deste escalão do CT da Trofa são considerados, pelo diretor, como “os mais fortes” e que “combatem com as maiores potências do ténis no Norte, como o CT Porto, do Ginásio de Santo Tirso, CT Guimarães, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e CT Famalicão”. “Temos resultados muito positivos neste escalão”, completou. Na próxima época, o diretor técnico
espera que os seus “alunos fiquem fidelizados” e que consiga “captar novos” para “proporcionar o contacto com o ténis”. Nesse sentido, o CT da Trofa tem desenvolvido o projeto “O Ténis vai à Escola”, que começou “em primeiro lugar no Colégio da Trofa” e achou por bem alargar às “escolas do primeiro ciclo”, tendo, em janeiro deste ano, começado na EB1 de Finzes. “E este ano, se tudo correr bem, já temos as coisas mais ou menos bem encaminhadas com a associação de pais das escolas do Paranho e Paradela para iniciarmos em setembro”, denotou. António Monteiro asseverou que o CT da Trofa está “mais direcionado para a primeira abordagem do ténis no concelho”, com o intuito de “proporcionar às crianças e adultos um primeiro contacto” com a modalidade. A partir de setembro, “qualquer pessoa pode experimentar a modalidade de uma forma gratuita”, usufruindo das “duas aulas gratuitas”. Para isso, deve contactar o responsável através do email (clubedetenisdatrofa @gmail.com) ou do telemóvel (917 412 017) para marcar a sua aula e/ou obter mais informações.
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Inscrições abertas para as 3 Horas deResistênciaBTTdeGuidões Estão abertas as inscrições para as “3 Horas de Resistência BTT de Guidões”, que se realiza a 16 de agosto. A prova está inserida nas comemorações dos 50 anos do Guidões Futebol Clube e está a ser preparada pela associação em parceria com a Associação Cultural e Desportiva de Ciclismo (ACDC) da Trofa. Durante três horas, os participantes terão de dar o maior número de voltas a um circuito de 9,6 quilómetros. A expectativa da organização é “ter, no mínimo, cem inscrições”, no entanto, o número pode ser ultrapassado, antevê fonte da ACDC Trofa. As inscrições têm o valor de dez euros. O prémio é aliciante: mil euros. O valor, que não se vê todos os dias em provas realizadas na Trofa, “é simbólico e visa essencialmente premiar o esforço dos atletas e criar uma maior competição entre os ciclistas, que, por sua vez, dará mais espetacularidade à prova”, explicou. A organização “agradece” a “colaboração” da população de Guidões, que “mostrando todo o seu bairrismo e todo o orgulho que têm na sua freguesia, certamente irá receber, como muito bem sabe, os atletas participantes na prova”. A prova inclui uma gincana direcionada para crianças dos seis aos 11 anos. C.V.
Fábio Rodrigues foi 2.º na Milha de Aniversário do AC Póvoa O Atlético Clube Bougadense esteve representado na 2ª Milha de Aniversário do Atlético Clube da Póvoa, que se realizou na Póvoa de Varzim, no sábado. O atleta juvenil Fábio Rodrigues conseguiu o 2.º lugar na prova. Já o trofense António Neto, representante da empresa Trifitrofa, classificou-se em 14.º lugar em veteranos. No domingo, António Neto correu dez quilómetros da primeira Volta na Freguesia de Irivo, Penafiel, tendo conseguido, em veteranos, terminado a prova em 5.º lugar, com o tempo de 38.47 metros. C.V.
Atleta do Bougadense subiu ao pódio
Correio do Leitor
Chegou o Verão! Cuidados a ter com o Sol O verão chegou, inicia-se a época balnear e com ela os perigos associados à exposição solar, se não forem tomadas as devidas precauções. A pele é o maior órgão do corpo humano e responsável pela cobertura e proteção do organismo, por esse motivo requer muitos cuidados. É importante que a pele seja protegida contra os raios nocivos do sol, ultra violeta A (UVA) e ultra violeta B (UVB) para prevenir os danos na saúde da pele, como escaldões, insolações, alergias e intolerâncias ao sol e a longo prazo é responsável pelo envelhecimento precoce da pele e aumenta o risco de cancro da pele. Nem todos os tipos de pele reagem da mesma maneira aos raios solares, pelo que cada indivíduo tem o seu próprio nível de fotossensibilidade, caraterizada pelo seu fototipo. O fototipo é a qualidade da resposta de uma pessoa à ação dos raios solares e existem 6 fototipos, determinados pela cor do cabelo, presença ou de sardas, tendência de um indivíduo desenvolver queimaduras solares e de se bronzear. Quanto mais baixo for o seu fototipo, mais alto deverá ser o fator de proteção do protetor solar. Então como escolher um protetor solar? O protetor solar é um produto cosmético e de higiene corporal que tem a função de reduzir a velocidade dos efeitos do sol absorvidos pela pele, refletindo os raios. O valor do fator
de proteção solar (FPS), ao contrário da crença popular, não significa quanto mais forte maior a proteção. Na verdade, ele informa quanto tempo o deixará protegido. Para saber quanto tempo tem de proteção, multiplique os minutos de exposição ao sol que a sua pele demora para queimar quando está sem proteção, pelo número do FPS (por exemplo, se ao fim de 10 min. de exposição solar sem proteção apresenta sinais de queimadura, usando um protetor solar 30, fica protegido durando 300 min.). Independentemente do tipo de pele, deve-se escolher um fator de proteção solar (FPS) no mínimo de 15, já que segundo a Organização Mundial da Saúde, as loções solares com índice inferior não permitem prevenir o cancro da pele. Para além deste aspeto, também deve ser um protetor solar que proteja a pele dos raios UVB e UVA. Deve escolher um protetor solar resistente à água, mas não se esqueça que nenhum é realmente impermeável, pelo que deve reaplicá-lo depois de contacto com água. Deve aplicar o protetor solar 30 minutos antes da exposição solar, pois é esse o tempo que demora a surtir efeito e deve aplicá-lo generosamente nas áreas mais vulneráveis e de maior exposição solar. Mas é importante recordar que o uso do protetor solar não lhe permite estar exposto ao sol por tempo ilimitado! Para além do uso de protetor
solar adequado, existem outras precauções a ter em conta: - Evitar a exposição quando os raios estão mais intensos (entre as 11h e as 16h30); procure um lugar á sombra ou evite de estar o dia todo na praia; - Usar óculos de sol que ofereçam uma proteção eficaz; - Beber líquidos com frequência, pois ajuda a hidratar a pele e o corpo. A água é a melhor escolha; - Usar roupas leves e de cor clara; - Usar chapéu com abas, que protege a cara e olhos da exposição solar e brilho. Estas medidas de proteção devem ser mantidas mesmo que: o céu esteja nublado, pois as radiações atravessam as nuvens; permaneça na sombra de um guarda-sol, pois os raios incidem de forma indireta (cuidado com a luz refletida!) e esteja dentro de água. O bronzeado é uma reação de adaptação, em que a pele se defende contra os ataques do sol. O fato de ter um bronzeado pode proteger um pouco das queimaduras solares, mas não protege do risco de desenvolver cancro da pele a longo prazo, por isso, deve manter as mesmas precauções. As preocupações com o sol não devem estar presentes só na praia. Em qualquer atividade que exija momentos de exposição solar, o uso de protetor solar é essencial, assim como o uso do chapéu e de roupas claras. Num adulto saudável, a exposição adequada ao sol é es-
Deve evitar exposição solar quando os raios estão mais intensos
sencial no processo de fixação da vitamina D no organismo. Esta vitamina é essencial para o crescimento e desenvolvimento da estrutura óssea. Mas como já foi referido, o excesso de sol prejudica a saúde da pele, em especial às pessoas mais vulneráveis e às crianças. A prevenção deve começar logo na infância, pois as crianças passam mais tempo ao ar livre que os adultos, recebendo, em média, três vezes mais raios ultravioletas do que os pais. Por outro lado, a pele das crianças é mais sensível aos raios solares. Até aos 3 anos, a pele é muito fina e permeável, o que a torna muito sensível à desidratação e aumenta o risco de queimaduras solares. Assim, é importante reforçar algumas medidas de prevenção já supracitadas, tais como: - Não expor os bebés diretamente ao sol, até completarem pelo menos 1 ano de idade; - Idealmente os mais pequenos devem ir à praia apenas até às 11h e ao fim da tarde;
- Enquanto brincam na areia, as crianças devem usar uma camisola de algodão, chapéu de abas largas e fato de banho; - Usar sempre um protetor solar com fator de proteção elevado; aplicá-lo 30 minutos antes de ir à praia e reaplicá-lo 2h em 2horas e depois do banho, mesmo que o creme seja resistente à água. Insistir nas zonas do corpo mais expostas; - Oferecer água frequentemente para evitar a desidratação; - E ensinar às crianças os cuidados a ter com o sol e a sua importância. Não esquecer que estes cuidados mantêm-se não só na praia, mas também nas outras atividades ao ar livre. Aproveitem o Verão, mas tenham os devidos cuidados com a exposição solar. A vossa pele agradece. E não se esqueçam, o importante é Crescer em Segurança! Enfermeiras Sandra Costa e Elsa Silva ACeS Grande Porto I – Santo Tirso/Trofa
22 Atualidade
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Necrologia S. Martinho de Bougado Carlos Alberto Coutinho Lima Faleceu no dia 2 de agosto, com 54 anos Solteiro
Laurinda Lima de Sousa Faleceu no dia 30 de julho, com 67 anos Casada com António Maia de Sousa
Joaquim Santos Faleceu no dia 25 de julho, com 103 anos Viúvo de Osminda Ferreira da Silva
Santiago de Bougado
José Bernardino da Cunha Rafael Faleceu no dia 24 de julho, com 89 anos Viúvo de Júlia Pereira de Oliveira Ana Maria Pereira Machado Faleceu no dia 28 de julho, com 58 anos Divorciada
Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda.
Lousado
Gerência de João Silva
S. Martinho de Bougado Avelino Costa Faleceu no dia 22 de julho, com 81 anos Viúvo de Albina Gonçalves Duarte
As Azenhas do Ave – património e identidade da Trofa (parte 2)
Ribeirão
António Soares Pereira Faleceu no dia 5 de agosto, com 66 anos Casado com Maria de Lurdes Dias Ferreira
Augusto Morgado D’Oliveira Faleceu no dia 6 de agosto, com 82 anos Casado com Maria dos Anjos Raquel Saraiva
8 de agosto de 2014
Alfredo de Jesus Nogueira Faleceu no dia 1 de agosto, com 78 anos Viúvo de Maria Odete Rodrigues Pereira da Silva Funerais realizados pela Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.
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Devido a um conjunto de fatores socioeconómicos desencadeados no início do século XX as Azenhas do rio Ave foram progressivamente desativadas e em alguns casos abandonadas. Atualmente o estado de conservação das Azenhas do Ave é preocupante. No concelho da Trofa existem na margem esquerda do rio Ave um total de 9 Azenhas. Nenhum exemplar exerce a sua atividade original! Neste grupo de 9 Azenhas constatamos que: a Azenha da Esprela desapareceu; a Azenha da Barca, a Azenha de Sam, a Azenha do Cerro e a Azenha do Arnado encontram-se em ruínas; a Azenha de Real e a Azenha do Bicho encontram-se descaracterizadas por intervenções construtivas que não preservaram os valores patrimoniais do edifício; a Azenha dos Frades ou da Maganha encontra-se desativada; e por último, a Azenha de Bairros ou da Portela subsiste apta a funcionar, de acordo com as técnicas tradicionais de moagem, graças ao esforço do seu proprietário. Até ao momento não se vislumbra nenhuma ação prática de salvaguarda, preservação e valorização deste património que se degrada com o passar do tempo correndo o risco de desaparecer definitivamente. Perante este preocupante cenário e no intuito de encontrar caminhos para a preservação das Azenhas do Ave encontra-se em curso uma investigação no âmbito de um doutoramento que envolve uma pesquisa de ações práticas de salvaguarda, preservação e valorização do património concretizadas dentro e fora do País. A título de exemplo destacámos apenas três casos de intervenções de reabilitação que se revelaram referências culturais e sociais para a comunidade local e representam um ponto de atração turística para a região onde se inserem. Em Portugal, no Município de Leiria na margem esquerda do rio Lis, foi reabilitado o Moinho do Papel, para criar um novo espaço museológico que permite demonstrar na prática às crianças os processos artesanais de produção de farinha e pão, bem como, o fabrico ancestral de papel. Em Espanha, no Município de Zamora, na margem direita do rio Douro foram reabilitadas as Azenhas de Olivares, para criar um Centro de Interpretação das Indústrias Tradicionais da Água. Atualmente a Fundação do Património Histórico de Castilla e León disponibiliza ao público uma exposição que explica “(…) a importância da água como força motriz da antiguidade e o papel cultural, social e económico do rio antes da industrialização, bem como, os distintos detalhes sobre o funcionamento destes engenhos hidráulicos.” Hoje as Azenhas de Olivares são conhecidas como um dos pontos de atração turística mais importantes da cidade de Zamora, cujo mérito foi premiado com o prestigiado galardão Europanostra. Por último, no centro da Holanda, no Município de Bronkhorst, mais propriamente em Vorden, na margem direita do canal Baakse, foi restaurada a Azenha de Hackfort em 1998. Esta encontra-se classificada como Monumento do Estado Holandês desde 1961. Atualmente a Azenha de Hackfort representa uma fonte de atração cultural, educacional e turística fundamental para o meio rural onde se insere. Disponibiliza visitas à população, às escolas e ao turismo. A associação de Moinhos Holandeses (De Hollandsche Molen) transmitiu-nos que a Azenha de Hackfort desempenha um papel educacional fundamental pois é “(…) um museu vivo que conta uma história interativa aos grupos de crianças que as visitam.” Além deste fator de reforço cultural, histórico e identitário a Azenha de Hackfort promoveu a criação de um restaurante e uma cafetaria que recebem os turistas e promovem a gastronomia com produtos da região. Após transmitir o reconhecimento patrimonial manifestado pela comunidade local, pelas instituições e pelo meio científico aliado à demonstração prática de ações exemplares de preservação, salvaguarda e valorização devemos concluir que o Património constituído pelas Azenhas do Ave é um recurso cultural, social e económico herdado de geração em geração que temos o dever de respeitar o seu secular percurso, aproveitar as suas potencialidades em prol da comunidade hoje e transmitir os seus valores às gerações futuras. Reuniremos esforços para preservar uma marca preciosa da nossa história – as Azenhas do Ave. R. Bruno Matos, Arquiteto Mestre em Metodologias de Intervenção no Património Arquitetónico – FAUP, Investigador integrado no CEAU da FAUP Doutorando no Perfil Património Arquitectónico na FAUP
8 de agosto de 2014
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É tempo de férias Depois de um período de atividade constante, que pode ter sido a trabalhar ou a estudar, normalmente vem um período de descanso, que se generalizou chamar-se tempo de férias. O termo férias provém do latim ‘feria, -ae’, singular de ‘feriae, -arum’, que significava, entre os romanos, o dia em que não se trabalhava por determinação religiosa. Era assim no passado bem distante, mas na atualidade é a lei que estabelece o tempo de férias. O período de férias pode variar, de país para país, em função de legislação própria, como é o caso, por exemplo, de os trabalhadores franceses e os austríacos terem direito a 5 semanas e os sul-coreanos terem direito só a 10 dias de férias. Nos Estados Unidos, as férias não são obrigatórias, mas geralmente são também de apenas 10 dias úteis. A legislação portuguesa, através do código do trabalho, estabelece que o período mínimo de férias é de 22 dias úteis, sendo esse limite suscetível de ser alargado por efeito da assiduidade do trabalhador, no ano a que as férias se reportam. Este regime tem o objetivo subjacente de combater o absentismo através de um prémio aos trabalhadores que pode chegar a mais 3 dias de férias além dos 22 previstos na lei, permitindo assim ter até 25 dias úteis de férias, em cada ano. Nos contratos sem termo, o período de férias é de 22 dias úteis, que poderão ser gozados de forma seguida ou de forma interpolada, são as chamadas férias repartidas. No entanto a lei impõe que o trabalhador goze pelo menos 10 dias de férias seguidos. No caso dos contratos cuja duração seja inferior a um ano, inicial ou renovado, o período de férias é de 2 dias por cada mês de trabalho. Para os contratos a prazo, que ultrapassem um ano, o período é igual ao dos contratos sem prazo, isto é, o trabalhador tem direito a 22 dias úteis de férias. O direito a férias é um direito constitucionalmente consagrado. É assim um direito fundamental atribuído ao trabalhador. Na legislação portuguesa está plasmado que as férias são, em regra, irrenunciáveis e não podem ser substituídas por compensações financeiras, mas quando por causa imputável à entidade empregadora, esta impossibilitar o trabalhador de gozar férias, ficará obrigada a pagar a este, a título de indemnização, o triplo da retribuição correspondente ao período de férias em falta, o qual terá de ser gozado obrigatoriamente no 1º trimestre do ano civil seguinte. É uma obrigatoriedade gozar-se o tempo de férias, a que se tem direito, pois o legislador português considerou, e muito bem, que as férias são um gozo pessoal do trabalhador e uma forma essencial para o seu desenvolvimento pessoal. Para o corpo humano atuar na sua potencialidade máxima, precisa de períodos frequentes de descanso e de mudanças de rotina, que ajudam a restaurar o corpo, a mente e a disposição das pessoas. É tempo de férias! O direito a férias deve efetivar-se de modo a possibilitar a recuperação física e psíquica dos trabalhadores e a assegurar-lhes condições mínimas de disponibilidade pessoal, de integração na vida familiar e de participação social e cultural. É assim que o legislador português encara as férias. É assim que devemos encarar as férias. Boas férias! moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
Opinião 23
“Fogo posto” nos Bombeiros Não liguem excessivamente ao título, porque ele apenas pretende despertar o interesse para a leitura e para sossego de todos vislumbra-se o período de rescaldo! Vénias para os Bombeiros, verdadeiros soldados em tempo de paz, que zelam pelo nosso socorro! Seja nos fogos, nas inundações, nos acidentes ou até mesmo quando a porta se tranca no último andar de um prédio e é necessária uma escada para entrar pela varanda! O seu voluntarismo é heroico e os trofenses têm-no reconhecido, pelos mais de 9.000 associados de que dispõe a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários (AHBV). As quotas e os donativos, permitiram a construção de um quartel de enormes dimensões, com um notável conforto e dotado de excelentes meios: 8 ambulâncias transporte de doentes, 7 ambulâncias de socorro, 2 viaturas de desencarceramento, 3 auto tanques, 1 auto escada, 8 veículos de combate a incêndio, 1 barco, 4 carros de apoio, etc. Voluntarismo extensível a uma direção (demissionária) que, mesmo zelando pelos meios que a população trofense colocou ao serviço da sua AHBV, levou ainda mais avante o sentido de responsabilidade social, tratando da mesma forma a creche e jardim de infância, assim como outras obras de relevo, com a criação de uma biblioteca, de um museu, abrindo ainda a Associação a todos os trofenses, criando parcerias com outras associações de onde se destacou a Universidade Sénior e a parceria com o Rotary Club da Trofa. Como se tudo isto não fosse pouco, ainda mantém cerca de 50 postos de trabalho, com ordenados em dia, executando um orçamento de cerca de um milhão e quinhentos mil euros, mantendo-se num estado de saúde e equilíbrio financeiro invejável, ímpar entre todas as AHBV de todo o país, facto que lhes valeu um voto de louvor na Assembleia-Geral de associados, do passado dia 31 de março. Diria mesmo que, na atualidade, foi gerida como uma das 100 maiores e melhores empresas da Trofa, facto que deve orgulhar os trofenses! Obrigado a todos os que despenderam do seu tempo e principalmente às suas famílias, para que a bravura de todos aqueles que conduziram a sua história nos traga esta atualidade. Todos já precisamos desta estrutura e sabemos que vamos voltar a precisar, o que nos compromete a manter um dos grandes baluartes da Trofa! Devemos, por isso, nas condições de associados, não nos divorciarmos dos nossos direitos e deveres, participando no ato eleitoral do próximo dia 11 de agosto, dando um voto inequívoco de apoio a todos aqueles que oferecem o seu tempo ao serviço da comunidade.
Quando apenas restar a memória O conflito israelo-palestiniano parece ter chegado ao limite. E no entanto o limite é sempre transposto. Sendo um assunto complexo devido à sua natureza histórica milenar (abarcando desde a bíblia até às Guerras Mundiais), podemos concluir que é difícil tomar posição, mas nunca devemos assumir uma atitude de apatia, ou pior ainda, ter o discurso “Andam nisto desde o início do mundo. Nunca vão chegar a acordo.” Outra vertente que sobressai neste tipo de discussão é o jogo de palavras e os rótulos. Para isso basta optar pela defesa da causa Palestiniana. Quem se revelar contra a atitude terrorista do estado de Israel é logo cunhado de anti-semita (erro grave) ou amigo do austríaco com o
bigode mais ridículo do mundo. O facto dos judeus terem sido vítimas da maior barbaridade alguma vez perpetrada, não dá carta branca para, em nome da sua defesa, cometerem crimes hediondos. No limite, podemos questionar até se realmente é um conflito ou uma agressão pura a um povo. Israel não pode continuar com a sua política de olho por olho, dente por dente. As imagens e relatos que nos chegam de Gaza mostram um verdadeiro massacre onde nada nem ninguém escapa: civis, escolas, hospitais, edifícios da ONU, jornalistas. Nada parece sagrado. Assustador também parece o comportamento da chamada comunidade internacional. Os EUA fazem o seu jogo hipócrita, con-
denando as acções militares de Israel ao mesmo tempo que o apoia politica e militarmente, como foi bem visível no recente fornecimento de artilharia pesada. A Europa, por sua vez, assiste a tudo no sofá, mantendo uma letargia irresponsável, bem visível no recente chumbo, na Assembleia da República, de dois votos de condenação pela acção militar de Israel na faixa de Gaza pela maioria PSD/CDS. Se, no campo visual, esta agressão tende a tornar-se banal ao olhos do cidadão ocidental, tal é frequência dos acontecimentos, o aspecto simbólico de algumas acções podem ter o impacto igual a um murro no estômago. Usada desde 2008 como punição para a população árabe de Jerusalém oriental,
a “dirty water” ou “skunk” (doninha) tem jorrado mais nestes últimos dias devido às crescentes manifestações contra os bombardeamentos em Gaza. E o que é a “dirty water”? É uma água pestilenta, com um odor de carne podre misturada com suor e meias sujas, esguichada por um camião sobre tudo: pessoas, ruas, fachadas e vegetação. Uma simples bomba de mau cheiro? Não. Fica impregnado durante dias. Uma humilhação suprema, com contornos bíblicos, onde pessoas são tratadas como parasitas. “O líquido é totalmente inofensivo. Pode mesmo ser bebido”, diz com um sarcasmo arrepiante o superintendente da polícia de Israel. (Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)
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8 de agosto de 2014