Edição 479

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27 de junho de 2014 N.º 479 ano 12 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade pág. 7

Direção dos bombeiros demite-se Atualidade pág. 10

Centenas de pessoas assistiram às Marchas de Guidões Atualidade pág. 8

Milhares de flores coloriram a procissão do Corpo de Deus

Polícia pág. 12

Homem ferido em assalto a minimercado


2 Atualidade

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27 de junho de 2014

Martinho Dias com exposições de pintura e vídeo Patrícia Pereira

Até “ao final de julho/agosto”, pode visitar a exposição de pintura “PO(L)VO” do trofense Martinho Dias, patente na Galeria O Rastro, em Figueira da Foz, desde o dia 7 de junho. A exposição PO(L)VO integra “um conjunto de 17 novas obras, realizadas especificamente para os espaços da galeria, situada na Rua da Liberdade, e que pode ser visitada “todos os dias, entre as 10 e as 19 horas”. “Trata-se de uma exposição individual, que já vinha sendo pedida pela galeria O Rastro (com quem costumo trabalhar) desde há dois anos, e que só agora me foi possível concretizar”, contou Martinho Dias. O nome da mostra surge de “um jogo de palavras entre ‘polvo’ e ‘povo’ que, de certa forma, reflete o interesse” do autor por “questões sociais, culturais e políticas, centradas no tempo presente sem desprezar o passado”. “A ironia e o humor também fazem parte, pois, estou plenamente convicto de que os assuntos ditos ‘sérios’ teriam melhores resultados se não fossem tratados de uma forma tão séria, formal e complicada. Seriedade e formalismo em excesso compli-

Dia 27 “Sextas com Vida”, comércio do centro da cidade aberto até às 23 horas Festas em honra de S. Pedro Pedro, na Maganha, em Santiago de Bougado 19 horas: Abertura do Arraial de S. Pedro, junto à Escola Básica de Paradela, em S. Martinho de Bougado 20.30 horas: Assembleia do Bougadense, na sede situada no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado 21 horas: Assembleia Municipal descentralizada, no salão paroquial do Muro Dia 28 Arraial de S. Pedro, junto à Escola Básica de Paradela, em S. Martinho de Bougado 21 horas: Concurso de Marchas Populares, do Souto de Bairros até à Maganha, em Santiago de Bougado - Sarau de ballet da ASCOR, no auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em Santiago

Pinturas de Martinho Dias abordam questões sociais, culturais e políticas

cam muita coisa, causam desinteresse e monotonia e matam a espontaneidade e a criatividade”, explicou. Nesta exposição, encontramse “personagens comuns transformadas em ‘atlantes’ que sustentam o mundo financeiro, na obra ‘Atlantes’; praticantes de remo competindo com imigrantes clandestinos, possivelmente a caminho de Lampedusa, na obra ‘Barca da Glória’; figuras,

supostamente endinheiradas, tomando chá no país de Alice com bonecas do Museu do Brinquedo (Sintra), em ‘Os Hóspedes de Alice’; ou as relações de escala entre um Gulliver multifacetado, contemporâneo, e os habitantes de Liliput”. Já entre os dias 12 e 15 de junho, o trofense marcou presença no SchoK’2014 – um festival de artes visuais, teatro, música, filme e dança, em Schoorl, próximo de Amesterdão, com a obra em vídeo PANGEA. A sua participação resultou de “um convite pessoal feito pelo diretor do festival Jaap Borgers, tendo apresentado “um vídeo com a duração de 50 minutos”, que “abriu o festival”. “A apresentação da minha obra correu muito bem, com um público entusiasta que encheu por completo o pequeno teatro (Dam Theater), onde se deu início à abertura oficial de SCHOK’2014. No final, houve lugar para conversas informais com os visitantes. Estas breves conversas são interessantes, pois dão-nos a conhecer a forma como a obra foi recebida, para

além de outras discussões mais amplas tendo como ponto de partida o conteúdo da própria obra”, contou. “PANGEA” aborda “questões centradas sobretudo nas assimetrias sociais e económicas, em questões culturais e políticas, na emergência e domínio por parte de diferentes ‘poderes’”. Realizada “a partir de postais e imagens turísticas de 26 países (países subdesenvolvidos, em desenvolvimento, ricos e emergentes, dos cinco continentes), articuladas com imagens e notícias de jornais desses mesmos países, cada qual, escrito na respetiva língua oficial”, em que “a parte sonora é formada pelos hinos nacionais desses mesmos países”. A próxima apresentação desta obra será em Bergen, na Holanda. Além disso, Martinho Dias está “a trabalhar para uma exposição coletiva (em setembro), na Fundação Escultor José Rodrigues, no Porto, uma outra participação no Luxemburgo e uma individual para a Galeria Movimento Arte Contemporânea, Lisboa”.

252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a

opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa

Agenda

Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros Email: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:

Dia 29 9 horas: Caminhada “Ponhase a mexer”, a partir da sede de Junta de Freguesia do Muro Dia 30 21 horas: Assembleia de Freguesia do Coronado, no edifício sede da Junta, em S. Romão Dia 03 21.30 horas: Lançamento do livro “Pássaro das Cores”, no auditório da AEBA, no edifício Nova Trofa, em Santiago de Bougado

Farmácias de Serviço Dia 27 Farmácia de Ribeirão Dia 28 Farmácia Trofense Dia 29 Farmácia Barreto Dia 30 Farmácia Nova Dia 01 de julho Farmácia Moreira Padrão Dia 02 Farmácia de Ribeirão Dia 03 Farmácia Trofense Dia 04 Farmácia Barreto

Telefónes úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


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27 de junho de 2014

Encontrado ninho de vespas asiáticas em S. Mamede Patrícia Pereira

Depois de no dia 12 de junho ter sido identificado um enxame de vespas asiáticas em Santiago de Bougado, desta vez foi em S. Mamede do Coronado, mais concretamente numa árvore de uma habitação, situada na Travessa José da Silva Maia. O proprietário da habitação, Manuel Ferreira, já tinha visto o ninho “há 15 dias”, quando este “estava pequeno” com cerca de “15 centímetros mais ou menos”, tendo “sempre aumentando” ao longo dos dias. Manuel Ferreira pensava que era um ninho normal, tendo só nesta segunda-feira, 23 de junho, se deslocado à Proteção Civil depois de ter “visto no jornal O Notícias da Trofa” que se tratava de um ninho de vespas asiáticas. “Desloquei-me à Proteção Civil e disse ao senhor que tinha um ninho de vespas. Ele foi ao computador e mostrou-me fotografias e pergun-

tou se era o que tinha. Quando confirmei, disse-me para ter cuidado porque eram vespas asiáticas”, contou. A Proteção Civil informou ainda o proprietário para “não mexer” no ninho e para “ter sempre as janelas e portas fechadas”. Já na manhã de quarta-feira, a Proteção Civil esteve no local para cortar e desviar o cabo da eletricidade, para que a grua da corporação dos bombeiros “passasse”. Já à noite, por volta das 21.30 horas, dois elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa deslocaram-se para o local numa autoescada, onde eram esperados dois elementos da Proteção Civil e o apicultor José Silva, para queimar o ninho de vespas. Devido aos acessos e ao tamanho da escada, não foi possível chegar ao ninho com segurança, tendo sido necessária a intervenção dos Bombeiros da Póvoa de Varzim. Já no local, os bombeiros elevaram o apicultor até ao ninho de vespas, que estava numa árvore com uma “altu-

José Silva destruiu mais um ninho

ra de dez metros”, e queimou-as usando um maçarico. Em relação ao ninho encontrado em Santiago de Bougado, o apicultor José Silva contou que este “era mais do dobro”, sendo que, “pelo tamanho do ninho, que equivalia a mais de bolas de futebol”, continha “mais de dez mil

vespas asiáticas”. “Já deve ter formado algum enxame, que já deve ter saído, mas não tenho a certeza”, acrescentou, alertando a população para ter “cuidado” e ter em atenção a “algum enxame, para não o deixar desenvolver, porque se não vai ser uma praga”.

Caso encontre um ninho de vespas e desconfie que sejam das asiáticas, o apicultor aconselha a “chamar a Proteção Civil” e a “não se meter a lidar com elas, porque são perigosas e atacam”. “Cerca de oito vespas destas poderão matar um homem”, completou. Pub

A combinar sabores há dois anos O Restaurante Combinação de Sabores comemora neste sábado, 28 de junho, dois anos a combinar sabores e a criar delícias que satisfaçam todos os paladares. Neste dia especial, quem saborear uma das especialidades – a Francesinha em Forno a Lenha – recebe de oferta uma bebida. Combinação de Sabores esmera-se em preparar refeições ao gosto caseiro, confecionadas no forno a lenha, como a Francesinha Especial, Bacalhau

Gratinado ou Vitela Assada. Mas poderá ainda deliciar-se com outros pratos e tudo isto disponível para “take-away”. Além disso, de segunda a sexta-feira, o prato do dia, quer ao almoço ou ao jantar, tem um custo de apenas 3.30 euros. Visite o Restaurante que está situado no Largo da Cruz Velha, junto ao hospital, em Vila Nova de Famalicão. Pode ainda fazer as suas encomendas, através dos números 252 378 509, 91 330 499 e 912 951 884.


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27 de junho de 2014

Aluno do Cenfim Trofa no Campeonato Europeu Patrícia Pereira

Carlos Faria tem 18 anos e reside em Alvarelhos. O jovem, que terminou o curso de Eletromecânica Industrial no Núcleo da Trofa do Cenfim, venceu o Campeonato Nacional das Profissões, tendo por isso sido selecionado para representar Portugal no Campeonato Europeu das Profissões – EuroSkills, que se realiza na cidade francesa de Lille de 2 a 4 de outubro. Entre os dias 25 e 30 de maio, o Campeonato Nacional das Profissões ocupou “cinco grandes pavilhões no Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, e ainda espaços no centro comercial Dolce Vita Porto e na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto”. De todo o país participaram “372 concorrentes” que representaram “46 profissões – 38 em competição e 8 em demonstração –, em domínios tão diferentes como as artes criativas, gestão e tecnologias de informação, produção, engenharia e tecnologia, transporte e logística, serviços sociais, pessoais e turismo”. Na área da Eletromecânica Industrial, o vencedor foi o trofense Carlos Faria, que teve que fazer uma “montagem elétrica e mecânica de componen-

tes que vão fazer a simulação de uma máquina industrial, programar essa mesma máquina e colocá-la em funcionamento, desenhar uma parte do esquema da máquina que montou e, num quadro elétrico, detetar um conjunto de avarias. Apesar de já ter participado num “concurso interno no Cenfim” onde obteve o 1.º lugar, esta foi a primeira vez que Carlos Faria concorreu num Campeonato Nacional. Para o alvarelhense a prova “correu bastante bem”, apesar de ter sido “bastante stressante”, porque teve “uns problemas no final, mas que se compôs”. Carlos Faria está “desde maio” a preparar-se para o Campeonato Europeu, que, segundo o próprio, vai ser “uma nova prova”, com “outro software e material”, esperando que a participação “corra bem”. Adelino Santos, técnico de formação do Núcleo da Trofa do Cenfim, é o responsável pela preparação de Carlos Faria para estes campeonatos. O técnico está “confiante” que o Europeu “corra bem”, uma vez que o aluno “já percorreu várias etapas”, como a participação no concurso interno do Cenfim, onde concorreu com “colegas de turma, outros alunos e formados dos “13 núcleos do país” e conseguiu ficar em 1.º lugar. “Face a essa pontuação, decidimos levar o

Carlos Faria já se está a preparar para o o Europeu

Carlos ao Campeonato Nacional”, acrescentou. Quanto às provas desempenhadas pelo aluno, o técnico de formação garantiu que são “as tarefas mais importantes que um técnico de manutenção de industrial poderá ter na sua vida ativa”. O diretor do Núcleo da Trofa do Cenfim, António Luís, adiantou que “está disponível” para que os alunos tenham “condições de forma racionais, de investimento e de curso” para que “atinjam elevados padrões de competência,

de atitude e de saber estar para que em qualquer parte do mundo possam vencer nos desafios profissionais que têm pela frente”. Este campeonato serve de “componente” ao curso, uma vez que os participantes são colocados em determinadas “situações”, em que “nem todos reagem da melhor maneira”. “Há situações de perfil pessoal que os leva, perante determinados desafios, a não serem capazes de suportar essa pressão e perante

uma situação concreta eles não reagirem da forma como até eles próprios esperavam. Às vezes não se traz medalhas não porque não se sabe, mas porque se bloqueia é porque se não dá o salto quando aparece o primeiro obstáculo e a pessoa deixa-se vencer no aspeto psicológico”, explicou, salientando que além da “componente” dos estudos, Carlos Faria tem “uma boa preparação e atitude pessoal” que o ajudou a vencer a prova.

Concurso “À Velocidade do Sol” Inserido na Semana da Energia, o concurso “À Velocidade do Sol” contou com a participação de “19 equipas de escolas da Área Metropolitana do Porto”, em que o Município da Trofa foi representado por “duas equipas do

último ano dos cursos de Manutenção Industrial do Núcleo da Trofa do Cenfim. Os concorrentes tiveram de participar numa corrida intermunicipal de carrinhos a energia solar construídos numa base igualitária (motor e

Alunos participaram com carrinhos movidos a energia solar

placa solar) e com regras de “peso e dimensões”, que se realizou no dia 13 de junho, na Lipor, em Baguim do Monte. Segundo o estabelecimento escolar, os “jovens aderiram a

esta iniciativa e desenvolveram o seu projeto com o apoio de Paulo Marques (coordenador e formador)”, tendo sido “com grande satisfação e desportivismo que participaram neste evento”.

“A competição foi realizada por eliminatórias de tempos 2 a 2, e no final uma das equipas do Cenfim Trofa terminou com um honroso 4.º lugar”, denotou.


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50.º aniversário do Centro Paroquial de S. Cristóvão do Muro J.M.Areal/A.Moreira

Cerca de 30 alunos fizeram audição musical Cerca de 30 alunos do Colégio da Trofa participaram na audição musical em piano e guitarra, mostrando “aos encarregados de educação e familiares o trabalho desenvolvido na área dos instrumentos musicais ao longo do ano”. A audição realizou-se ao final da tarde de 19 de junho, no auditório do Colégio da Trofa. Para o diretor pedagógico, Manuel Pinheiro, esta é “uma atividade muito enriquecedora para a formação dos jovens alunos”, pois assim “crescem mais harmoniosamente. Quanto à audição, Manuel Pinheiro referiu que os alunos “gostam de apresentar o trabalho desenvolvido” nesta atividade extracurricular, tendo, por isso, convidado “os pais e os familiares dos alunos para ouvirem o resultado desta aprendizagem”. “Ficamos muito felizes que tenhamos passado um fim de tarde agradável, a ouvir competências e capacidade dos alunos na área musical. Os pais e familiares também assistiram de uma forma muito alegre a esta atividade”, contou, referindo que “os pais corresponderam” ao convite, tendo a audição “uma afluência muito grande de pais”. P.P./A.C.

Cruz Vermelha lança livro dedicado à igualdade e liberdade “O Pássaro das cores” é o nome do livro que a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai lançar pelas 21.30 horas do dia 3 de julho. A sessão decorre no auditório da Associação Empresarial do Baixo Ave, situado no Edifício Nova Trofa, em Santiago de Bougado. O conto aborda “as temáticas da igualdade e da liberdade, e de forma simples apela para a reflexão do leitor, com exemplos que levem à mudança na forma de agir para alcançar uma sociedade mais justa e igualitária”. A venda deste livro, escrito por Bruno Marques e ilustrado por Filipa Viana, permitirá à delegação da Trofa da CVP “dar continuidade a todo o trabalho que realiza se desde há 13 anos em prol do bem-estar do próximo”. A aquisição dos exemplares pode ser feita a partir do dia 3 de julho na sede da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, que terá um custo de “dez euros”. A sessão vai contar com a atuação da Escola Passos de Dança. P.P.

Sarau Ballet na ASCOR O auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em Santiago, vai ser palco de um sarau de ballet pelas alunas da Associação de Solidariedade Social do Coronado (ASCOR). A sessão, que decorre pelas 21 horas de sábado, 28 de junho, vai contar com “diversas coreografias” apresentadas pelas alunas “após um ano de trabalho”. “Será com certeza um espetáculo de elegância, ritmo e cor”, avançou fonte da associação. P.P.

O Centro Paroquial do Muro cuja primeira pedra foi lançada em 10 de agosto de 1963 - comemora este ano o 50.º aniversário da sua inauguração (1964 - 2014). Em muito boa hora, o pároco da freguesia, Padre Rui Alves, e o Conselho Económico Paroquial, com o apoio de uma comissão, decidiram recordar a efeméride com um conjunto de iniciativas que decorrerão ao longo deste ano de 2014. Pretende-se homenagear todos os briosos paroquianos e benfeitores que naquele tempo de há meio século atrás - através de peditórios, sorteios e cortejos - se empenharam na realização desta obra, para a época, um vultuoso e extraordinário empreendimento. Assim, no sábado, 21 de junho, dando início às comemorações, foi celebrada a Eucaristia em que foram recordados os homenageados. Às 21 horas o salão do centro encheu-se de paroquianos que quiseram demonstrar com a sua presença o quanto estão gratos à comunidade geracional de então e recordar os seus generosos benfeitores que abnegadamente se empenharam na realização deste nosso Centro Paroquial. A grandiosidade de uma obra desta natureza (que neste breve apontamento não podemos por-

Padre Manuel descerrou a placa comemorativa

menorizar) mas que desde sempre foi, e continua a ser, um bem imprescindível para a dinamização e vivência de qualquer comunidade paroquial moderna, representou naquela época um enorme salto na qualidade e afirmação dos vários movimentos paroquiais, desde a catequese às várias associações ligadas à comunidade paroquial, de crianças, jovens ou adultos. É claro que, em homenagens como esta, corre-se o risco de, inadvertidamente, esquecermos alguns dos seus melhores obreiros. Dois nomes há, porém, que são inconfundíveis e incontornáveis: o Pe. Manuel Henriques Ribeiro, pároco de então, pela

iniciativa e dinamização da obra, e o inesquecível empresário e benemérito, Arnaldo Ferreira Gonçalves, pela generosidade das suas ofertas. Estes dois homens, sendo os obreiros decisivos da construção deste centro e de muitas outras obras ligadas à paróquia bem mereceram, como os paroquianos de então, a homenagem que no sábado lhes foi dedicada. A sessão terminou com o descerramento de uma placa comemorativa do 50.º aniversário do Centro dedicada “aos que concretizaram o sonho”. Esperamos, expectantes, pelos restantes atos que decorrerão até final do corrente ano.

Sextas com Vida “Sextas com Vida” é o nome da iniciativa que pretende movimentar o comércio do centro da cidade da Trofa. Alguns lojistas decidiram promover esta iniciativa, permitindo que as lojas este-

jam abertas até às 23 horas, com muita animação, muitas surpresas, promoções, brindes, animação e música. A primeira edição chega esta sexta-feira, 27 de junho, e vai re-

petir-se a cada última sexta-feira do mês. O comércio vai estar aberto até às 23 horas, nas ruas Conde S. Bento, Camilo Castelo Branco, Dr. Adriano Fernandes Azevedo, Praceta S. Bento, Galerias Catulo e Centro Comercial da Vinha. Durante o decorrer da atividade, a Rua Conde S. Bento vai ser encerrada para que as ações programadas possam acontecer livremente e os visitantes circulem sem restrições. O jornal O Notícias da Trofa juntou-se à iniciativa e publica gratuitamente, de forma a incentivar o comécio local, nas páginas desta edição, o cartaz com a programação das atividades P.P.


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27 de junho de 2014

Reunião de Câmara atribui subsídios Na reunião de Câmara do dia 19 de junho foram aprovados os contratos programa com o Clube Desportivo Trofense e com o Clube de Slotcar da Trofa e apresentados os dois primeiros chefes de Departamento Municipal nomeados pelo executivo. A assinatura do contrato programa com o Clube Desportivo Trofense no valor de 135 mil euros, 60 mil euros para obras e 75 mil euros para atividades desportivas, gerou polémica entre o executivo e os vereadores socialistas, uma vez que a socialista Joana Lima colocou em dúvida a legalidade de se votar um contrato programa com um clube de futebol sem ficar por escrito que o dinheiro não poderá ser usado no futebol profissional, mas apenas nas camadas jovens. António Azevedo, que substitui o presidente por este se encontrar ausente em férias, adiantou que se poderia acrescentar essa ressalva mais tarde, questionando o vereador Renato Pinto Ribeiro que afirmou que “se poderia acrescentar depois, pois legalmente a Câmara não pode

apoiar o futebol profissional”. Apesar disso, Joana Lima afirmou que não iria votar o ponto e ausentou-se da sala para “não correr o risco de vir a incorrer em responsabilidades”, mencionando não “estar a votar confortavelmente este ponto da forma como os documentos estavam redigidos”. António Azevedo assumiu o compromisso de a Câmara proceder à retificação e ressalvar que os 135 mil euros só poderiam ser usados em proveito das equipas de futebol dos escalões de formação do Trofense. O ponto foi aprovado por unanimidade dos vereadores presentes na sala. Já o contrato programa com o Clube Slotcar da Trofa, no valor de cinco mil euros, foi votado favoravelmente por todos os elementos do executivo. Já na atribuição de apoio financeiro, em forma de subsídio, à Associação Um Animal Um Amigo,os vereadores socialistas questionaram como é que foi feito o pedido já que não aparece no processo quem faz o pedido. A proposta acabou por ser retirada por falta de documentação necessária à aprovação do sub-

sídio e vai ser levada a uma próxima reunião. Durante a reunião foram ainda apresentados os dois primeiros diretores de departamento da história da Câmara Municipal da Trofa. António Charro, que anteriormente desempenhava funções de Chefe de Divisão do Planeamento e Urbanismo, foi nomeado Diretor de Departamento Administração do Território, assim como Vicente Seixas, que passa de Chefe da Divisão Financeira a Diretor de Departamento Administração Geral e Social, subindo um patamar na hierarquia dos serviços municipais. Foram ainda dados a conhecer os chefes de Divisão e os Chefes de Serviço nomeados em regime de substituição até ao concurso, que terá de ser aberto para ocupação destes lugares. Joana Lima questionou António Azevedo sobre o porquê de não ter ainda sido nomeado Chefe de Divisão de Obras Municipais e Ambiente, obtendo como resposta que a nomeação “não foi feita, pois detetamos um problema, o que impossibilitou a designação desse membro”. “Quem está assumir a responsabilidade é o Diretor de Departamento. O nosso critério primeiro foi esse: dar continuidade ao trabalho dos que cá estavam. Já que havia uma agregação de divisões, escolhemos os que cá estavam. Quem pertencia a outra entidade iríamos prescindir, como foi o caso da Chefe da Divisão de Cultura e Chefe da Divisão de Obras Particulares”, explicou. Relativamente à demolição do tabuleiro da estrada 104, Joana Lima questionou de quem era a responsabilidade de intervir. António Azevedo respondeu que “a responsabilidade era das Estradas de Portugal, tendo existido, com certeza, uma cedência para fazer isso”. António Azevedo adiantou que o resultado da Câmara em 2013 foi pior que 2012, devido às empresas Municipais, havendo, “em termos de resultados, um agravamento referente a 2012 para 2013. “Nós tivemos em 2012 um resultado líquido positivo de 1,800 milhões, em 2013 tivemos um resultado negativo de 586 mil euros. Aliás, na última reunião levamos a aprovação de 750 mil euros para a Trofáguas dos prejuízos de 2013. O porquê desta

razão: o agravamento deve-se essencialmente às empresas municipais, é justo que se diga”, enumerou. Já o socialista Magalhães Moreira chamou à atenção para a “ a contabilização daquela verba de 1 milhão e 700 mil” que fez também aumentar esse resultado negativo. “Essas empresas têm de ser extintas pois nunca deviam ter existido”, frisou. Numa reunião com 25 pontos em discussão, os vereadores questionaram ainda qual o ponto de situação sobre o Visto do Tribunal de Contas para a obra de Ligação dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, tendo António Azevedo adiantando que “devido a um processo judicial da empresa ABB o Tribunal de contas ainda não deu o visto e já nos questionou duas vezes mas ainda não temos o Visto”, adiantou. Já relativamente à empresa DST, que fez uma obra na EN104 em 2007 e que não lhe foi paga, o executivo atual “chegou a acordo com a empresa, já após sentença e antes de transito em julgado para pagar em apenas seis meses o valor de 800 mil euros. “Entendemos que não devíamos empurrar com a barriga e pagar aos empreiteiros que estão à espera desde 2007”, mencionou António Azevedo, reconhecendo que “era o mais justo”, apesar dos “sacrifícios” e de “ter menos 800 mil euros de disponibilidade”. Os vereadores socialistas criticaram o facto de o executivo “não ter tentado negociar melhores condições e pagar de outra forma”. Já no que diz respeito ao pagamento à FDO pela construção da habitação social, foi feito um acordo ainda pelo anterior executivo liderado por Joana Lima, com perdão de juros por parte da empresa, em que a Câmara comprometeu-se a pagar faseadamente os 1500 mil euros. Já no período do público, Joaquim Azevedo quis saber a razão de não se abrir o parque das Azenhas entre a Barca e a Ponte de caminho de ferro. José Ferreira, presidente da Junta do Coronado, “apesar de estar de férias” fez questão de estar na reunião “para falar pessoalmente sobre a proposta de contrato a assinar com as juntas de freguesia”. “Podia telefonar mas preferi vir cá. Na clausula 12ª diz que as juntas de fregue-

sia são civilmente responsáveis pelo que acontecer nas estradas. Recebemos as ruas em muito mau estado e não temos capacidade financeira para fazer face sequer aos pedidos de indemnização que vêm por ai. O que está previsto neste protocolo faz com que o próprio presidente da junta seja responsável. Se as ruas nos fossem entregues em condições aceitávamos estes protocolo, sendo assim a manter-se esta clausula a Junta do Coronado não vai aceitar o protocolo”, adiantou. Já Luís Pinheiro voltou a falar “da largura das estradas na Trofa e da falta de alternativas”, chamando a atenção das intervenções que foram feitas e questionando como poderá um veículo pesado aceder a Finzes ou a outros locais. Pinheiro voltou a criticar a largura dos arruamentos que vem dar à rotunda do Catulo e a zonas limítrofes, questionando novamente o executivo sobre prazos de conclusão das obras dos Parques das Azenhas e do Nossa senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Quanto à não abertura do Parque das Azenhas, António Azevedo adiantou que “só após a aprovação que foi feita hoje de cerca de 450 mil euros de trabalhos a mais para reparar os danos provocados pelas inundações e após assinatura do contrato é que o empreiteiro volta a entrar na obra”. “E por questões de segurança não podemos abrir o parque às pessoas”, esclareceu, adiantando que “o máximo na segunda semana de julho têm de entrar novamente em obra”. Em resposta a José Ferreira, António Azevedo respondeu que vão receber este ano “por seis meses, atendendo ao mau estado dos arruamentos, o valor que era previsto receber num ano”. O presidente em exercício desafiou José Ferreira “a votar conta o protocolo e a não aceitar o valor a atribuir”, chegando a ir mais longe ao afirmar que “ao delegar a competência também delegamos a responsabilidade, senão o que acontece é que eles não tapam os buracos”. Por ano, vão ser dados 71 mil euros para a Junta do Coronado para tapar buracos em todas as estradas da freguesia, o que José Ferreira considerou “insuficiente face ao mau estado dos arruamentos.


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27 de junho de 2014

Demissão da direção dos Bombeiros em época quente de fogos florestais Magda Machado de Araújo

A direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa apresentou este sábado a demissão em bloco, cabendo agora à mesa da assembleia-geral desta instituição a nomeação de uma comissão administrativa para desencadear um processo eleitoral. Foi no primeiro dia de verão, 21 de junho, que as temperaturas subiram na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, com os nove elementos que compõe a direção a apresentar a demissão em bloco. Em conferência de imprensa, o secretário da direção leu um comunicado que foi depois entregue aos jornalistas de vários órgãos de comunicação social, explica as razões que levaram à entrega do pedido de demissão de todos os elementos da direção a Amadeu Castro Pinheiro, presidente da Assembleia geral.

De acordo com os elementos da direção, em causa está o facto de, “por motivos que desconhecemos a mesa da Assembleia Geral, na figura do seu presidente, assumiu frontalmente perante a direção que o comandante só poderia ser do interior do corpo de Bombeiros, e mesmo após ter tido conhecimento de que a direção tinha já deliberado a nomeação do novo comandante e enviado proposta ao órgão competente, tentou ainda na presença de pessoas estranhas à AHBVT, influenciar o presidente da direção no sentido de aceitar para comandante pessoas sobre as quais ele já tinha sido esclarecido pessoalmente que não eram as certas para comandar”. Após enunciar o trabalho que esta e outras direções tem vindo a levar a cabo em prol da Associação Humanitária dos Bombeiros da Trofa, no comunicado pode ainda ler-se que “por sermos transparente e leais a quem nos elegeu, não poderíamos aceitar que nos impusessem nomes para comandamento do

Direção da Associação dos Bombeiros demitiu-se na tarde de sábado

corpo de bombeiros que já tinham dado provas de falta de liderança, de lealdade e empenho para com os bombeiros, opinião corroborada por outros órgãos desta associação”. Questionado pelos jornalistas sobre se estava em causa aspetos políticos, Pedro Ortiga recusou comentar essa situação,

afirmando apenas que da direção “fazem parte membros de vários partidos políticos e há membros apartidários, portanto a questão não se coloca nesses termos”. Contactado o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Amadeu Castro Pinheiro, não quis comentar a situação vivida pela Associação.

No entanto, cabe-lhe nomear uma comissão administrativa e convocar novas eleições para a direção da Associação Humanitária, e com urgência já que com o início do verão vem a época de fogos mais crítica e será difícil sem direção e sem comando em plenas funções fazer face ao flagelo dos fogos florestais.

Preço da água desce “ligeiramente” em 2014 Trofa, Santo Tirso e Indaqua chegaram a acordo para reduzir ligeiramente os preços a pagar pelos consumidores de água ao longo do ano de 2014. A informação foi avançada pelo Município Tirsense, mas a Câmara Municipal da Trofa não prestou esclarecimentos sobre o teor do acordo em tempo útil. A notícia foi avançada pela Câmara Municipal de Santo Tirso, na terça-feira, durante a reunião do executivo Municipal na qual foi aprovado um novo tarifário de abastecimento de água no concelho, que se traduz “numa ligeira redução dos preços a pagar pelos consumidores ao longo do ano de 2014”. O decréscimo dos encargos com a tarifa da água em Santo Tirso é o resultado da aprovação de uma candidatura pelo POVT-Programa Operacional Temático Valorização do Território em infraestruturas no Vale do Ave, na ordem dos três milhões de

euros, o que se vai refletir diretamente numa descida do tarifário que entrará em vigor a partir do dia 1 de julho. Contactada a Câmara Municipal da Trofa não prestou ainda esclarecimentos sobre esta questão remetendo explicações para uma conferência de imprensa a realizar na próxima segunda-feira, quando for assinada a escritura da terceira alteração do contrato de serviço público de água dos concelhos da Trofa e Santo Tirso . No entanto, fonte do Gabinete de comunicação da Câmara de Santo Tirso adiantou em comunicado que “ foi possível chegar a um consenso que beneficiasse de uma forma mais acentuada os clientes com consumos do tipo doméstico, ou seja, aqueles que cabem no 1º escalão”. Para Joaquim Couto, presidente da Câmara de Santo Tirso, “as partes envolvidas na negociação levaram em linha de conta as dificuldades socioeconómicas por que passam os agre-

gados familiares do concelho e chegaram a um entendimento em que todos saem a ganhar”. Em face da perspetiva de aprovação pelo POVT da candidatura apresentada aos fundos comunitários, e uma vez que o financiamento das infraestruturas previstas para as freguesias de S. Salvador do Campo, Vilarinho, S. Tomé de Negrelos e EN 105 (55 km de extensão de rede), tinha impacto nos valores da água, a atualização do tarifário não se verificou no início do ano, mas apenas agora, o que vai implicar uma alteração ao contrato de concessão assinado entre os Municípios de Santo Tirso e da Trofa e a concessionária”. Recorde-se que a candidatura feita pela Indaqua a fundos comunitários que contempla os concelhos da Trofa e Santo Tirso foi aprovada em apenas 27 por cento, restando agora saber quais as mais valias para a população da Trofa na assinatura do novo contrato de concessão. Já o PSD de Santo Tirso,

através da presidente da concelhia Andreia Neto fez saber, através de comunicado enviado aos órgãos de comunicação social que “não concorda com a assinatura do novo contrato pois as alterações propostas ao tarifário para 2014 e o eventual decréscimo para os anos seguintes, decorre do facto do concessionário ver aprovada a candidatura a fundos comunitários para infraestruturar uma parte do concelho, que deveria ter sido concluída até ao final do primeiro semestre de 2007”.

“O Município de Santo Tirso, assim como o da Trofa mesmo com as melhores perspetivas, continuará a pagar a água mais cara, quando compararmos com os concelhos que entregarem a concessão à Indaqua (Matosinhos, Vila da Feira, Vila do Conde e Fafe, e também quando comparada com concelhos com quem fazemos fronteira)”, assegurou. Até à hora do fecho da edição não foi possível obter esclarecimentos por parte da Indaqua. MMA

O Notícias da Trofa agora nas bancas à sexta-feira


8 Atualidade

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27 de junho de 2014

Milhares de flores coloriram procissão do Corpo de Deus Milhares de pétalas de flores coloriram as ruas de Bougado durante a procissão do Corpo de Deus que este ano partiu do Nicho de Nossa Senhora de Fátima em Finzes e rumou à Igreja Matriz de Santiago de Bougado da autoria do arquiteto Nicolau Nasoni. Centenas de pessoas nas ruas com baldes, caixas ou simplesmente sacos distribuíam cheios de azáfama, as flores por

cores milimetricamente colocadas nos moldes para ajudar a desenhar o enorme e colorido tapete que serviu para suportar a passagem do Corpo de Deus, carregado pelo Padre Luciano Lagoa, apoiado pelo Padre Alberto Vieira, dos Missionários Combonianos e padre Gaspar Às 17 horas a azáfama deu lugar à acalmia e ao longe já se ouvia o som dos instrumentos do Agrupamento de Escuteiros de

Procissão partiu do Nicho de Nossa Senhora de Fátima de Finzes

Paróquias unem-se numa celebração

S. Pedro em Paradela A abertura do arraial do S. Pedro começa com as Tasquinhas da Associação Recreativa de Paradela, onde não faltarão “bons petiscos, bom vinho e coisas para jantar”, havendo, pelas 21.30 horas, a animação por parte do Grupo Cantares D’Outrora, encerrando a noite com fogo de artificio. Estas são as atividades que vão decorrer nesta sexta-feira, 27 de junho, inserido no programa do arraial de S. Pedro de Paradela, que decorre junto à EB 1 de Paradela, em S. Martinho de Bougado. Já no sábado, abre as Tasquinhas da Associação pelas 12.30 horas, com porco no espeto. O custo é de “sete euros por pessoa”, podendo reservar a sua mesa, através do 919 238 175. Já a noite será animada pelo Grupo Sons e Cantares do Ave e pelo trofense Joaquim Cunha, que participou no programa de televisão “Rising Star – A Próxima Estrela”. O presidente da associação, Luís Castela, referiu que este ano apostaram nos “grupos da terra”, pois é preciso “valorizar os produtos da terra”, tendo “o cuidado de diversificar para não serem repetidos”. “Temos mais grupos, a noite é mais preenchida do que nos outros anos, embora se calhar tenha ficado mais barato”, acrescentou. Apesar de não estar mencionado no programa, a associação teve “uma oferta de fogo de artificio” e vai ainda apresentar como “surpresa o cantor internacional Hélio Rodrigo”, pelas 23 horas de sexta-feira. De forma a “manter as pessoas” no recinto pela “noite dentro de sexta-feira”, dois jovens vão tocar concertina no meio das pessoas. Luís Castela afirmou que as festas estão “a ser tratadas como de costume, quase em cima da hora”. Este ano, o presidente da associação confirma que tem “tido mais apoio por parte da Junta (de Bougado) e da Câmara, principalmente por parte da Junta a nível monetário”, “inúmeros apoios diretos e indiretos e o apoio das pessoas”. “

Santiago que abriam caminho para a passagem do Santíssimo. Apesar da chuva, muitas centenas de pessoas participaram e assistiram à procissão e missa campal, organizadas pelas duas

paróquias, e que obrigou ao corte da Estrada nacional 104 durante cerca de quatro horas. Apesar do cansaço e da azáfama de dias e dias a colher e recortar flores e verdes, os volun-

tários eram unânimes “o tapete ficou lindo em toda a sua extensão”. Quem passava só com a curiosidade de ver, saía dali com um brilho nos olhos. MMA

Acresci animou S. João com marchas em Cidai Muita cor, música e animação marcaram a noite de sábado, 21 de junho no Largo Manuel Canejo, em Cidai, Santiago de Bougado, com a ACRESCI a organizar uma noitada de S. João, contando, para isso com o Grupo de Tradições Infantis de Cidai que foi protagonista do desfile de marchas populares. É o quarto ano que a ACRESCI organiza a festa de S.João mas nem sempre foi com Marchas de S.João e segundo o presidente da associação, José Carlos Costa foi uma noite “animada, tivemos as crianças, quase todas cá de Cidai a desfilar e tivemos três marchas constituídas por crianças, jovens/adultos e os mais seniores” que não perderam a oportunidade de se vestir a rigor e desfilar entoando cânticos alusivos à época dos santos populares.

Marchas animaram arraial

Para José Carlos Costa o importante é fomentar o convívio entre as pessoas e “reativar a tradição de vir para a rua, conviver uns com os outros”, adiantou.

Acrescentando que “a nossa principal intenção era promover este convívio e sempre com o cuidado de não haver grande despesas nesta participação”.


Entrevista 9

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27 de junho de 2014

“Muitas são as necessidades de intervenção” em Alvarelhos e Guidões da rede de saneamento e abastecimento de água. Temos consciência que existem zonas mais problemáticas que outras, no entanto a sua requalificação terá que ser debatida com a Câmara Municipal. Por outro lado, consideramos urgente a recuperação de algumas artérias, como a Rua das Devesas, corte da Rua da Aldeia Nova, corte da Rua 25 de abril e sobretudo a requalificação do eixo que atravessa toda a freguesia, começando junto ao ribeiro de Guidões e terminando na fronteira com a freguesia do Muro.

Patrícia Pereira

Em entrevista ao NT, o presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, Adelino Maia, fez o balanço dos primeiros meses de mandato, apontando como principal prioridade as pessoas. O Notícias da Trofa (NT): Qual o balanço que faz dos primeiros meses de mandato? Adelino Maia (AM): A Junta de Freguesia a que tenho a honra de presidir, considera que o trabalho desenvolvido nestes primeiros meses de mandato foi ao encontro das necessidades urgentes da população. Iniciar um mandato com uma nova freguesia que teve a sua origem em duas freguesias autónomas, obrigou a uma atuação, por parte deste Executivo, eficaz e eficiente, na medida em que foi necessário, por vezes, executar ações no imediato, de forma a solucionar os problemas das pessoas naquele momento. Saliento aqui as intempéries surgidas logo no início do mandato, que derrubaram e destruíram muros de vedação e algumas artérias, o que obrigou a uma atuação rápida deste Executivo. A satisfação dos nossos fregueses é o nosso principal objetivo, e trabalhando com todos de igual forma estamos conscientes do sucesso do nosso trabalho. Por tudo isto, considero que todo o trabalho desenvolvido pela Junta de Freguesia, nos primeiros meses de mandato, é francamente positivo. NT: Quais os projetos que tem para a freguesia? AM: A União das Freguesias de Alvarelhos e Guidões passou apenas por uma obrigatoriedade legal que uniu aquelas duas freguesias em termos de território administrativo. No entanto, entende este Executivo, que esta União não pode ficar-se apenas por uma questão de administração do território, a União tem que acontecer no seu todo. O Executivo desta Junta de Freguesia não poderá concreti-

Adelino Maia considera que o trabalho desenvolvido é “francamente positivo”

zar os objetivos definidos para este mandato, sem o envolvimento da população e sem que a mesma se encontre motivada e integrada enquanto freguesia única. Este é o principal objetivo do Executivo que lidero, fazer sentir à população, o todo da freguesia e não apenas a parte. Claro que ao nível de investimento material, temos alguns projetos que pretendemos concretizar, no entanto, o nosso objetivo principal são as pessoas, e é por elas que vamos dedicar a nossa atuação durante estes quatro anos de mandato. NT: Com a união de duas freguesias, quais as principais dificuldades que tem encontrado? AM: A população de Alvarelhos e Guidões é caraterizada por um povo íntegro, humilde, mas muito bairrista, que defende e promove a sua terra afincadamente. No entanto, antes da concretização desta União, a população já se encontrava intimamente unida, quer por laços familiares, como por laços de amizade, até por laços profissionais, um bom exemplo é o envolvimento de toda a população desta União, nas festas em honra de S. João Baptista, e é neste espírito de fraternidade e partilha que este Executivo pretende trabalhar.

Pelo efeito e no abono da verdade, não tem este Executivo encontrado dificuldades com a União das freguesias, mas sim, isso sim, apenas preocupações para com as suas gentes e a sua terra. NT: E que pequenas obras e intervenções pretende fazer? AM: As necessidades da freguesia são bastantes e a expectativa das pessoas elevada, pelo que pretende este Executivo proceder às seguintes intervenções: retificações e pequenos alargamentos necessários para melhor circulação de trânsito; repavimentação de pisos que se encontram em mau estado; manutenção e conservação de edifícios escolares; restauro de fontanários; requalificação de rotundas; colocação de sinalização vertical; colocação de sinalização direcional. NT: O que tem previsto fazer nas áreas da Ação Social, Cultura/Desporto e Educação? AM: As áreas de ação social, cultura, desporto e educação encontram-se muito próximas entre si, pelo que, por exemplo, não se pode falar de educação sem ação social, e todas elas merecem um especial carinho no trato. Como é sabido, todas estas áreas são de competência da

Câmara Municipal, não obstante, pretende a Junta de Freguesia continuar a apoiar as atividades nesses âmbitos. É de salientar o empenho e a vontade na concretização dos objetivos propostos pela Comissão Social de Freguesia e pelas Comissões de S. Vicente de Paulo, por isso o forte apoio desta Junta a estas entidades. E por que entendemos que sozinhos não conseguiríamos alcançar os nossos objetivos, apoiamos as associações de pais, os grupos desportivos, os escuteiros, os grupos de jovens, todas estas associações que promovem o que de melhor se pode oferecer em termos desportivos, educacionais e culturais. NT: Um pouco pelas freguesias é visível o mau estado de várias ruas, assim como a preocupação do executivo da Junta em resolver esta situação. Definiu algum plano de intervenção? Quais as zonas prioritárias a intervencionar? AM: Falar num plano de intervenção não é razoável, até porque muitas são as necessidades de intervenção e não poderá a Junta de Freguesia executá-las de forma autónoma e sem a presença da Câmara Municipal. Aliás, note-se que o mau estado da rede viária teve a sua origem na execução das obras

NT: Qual o valor do protocolo de Delegação de Competências com a Câmara Municipal da Trofa? Em que vai ser utilizada essa verba? AM: O protocolo de delegação de competências é um documento subscrito entre a Freguesia de Alvarelhos e Guidões e a Câmara Municipal da Trofa, naturalmente validado pelas respetivas Assembleias de Freguesia e Municipal. Ora, através deste documento, a Câmara Municipal da Trofa, delega na Junta de Freguesia algumas das suas competências e atribuições, nas diversas áreas, como a educação, a rede viária, entre outras, sendo que as verbas envolvidas no protocolo destinam-se à execução de tarefas de conservação e manutenção das estradas, dos edifícios escolares e outras atribuições cujas competências sejam delegadas. NT: Que apoios vão prestar às associações de Alvarelhos e Guidões? AM: As associações desta freguesia eram já apoiadas pelos anteriores Executivos, entendendo esta Junta de Freguesia, manter esses apoios de forma a comparticipar no trabalho desenvolvido por elas. Certo é que não poderá a Junta de Freguesia substituir-se às associações e ser o verdadeiro financiador de todas as suas ações, mas o apoio será inequívoco.


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Centenas de pessoas assistiram às Marchas Populares em Guidões Patrícia Pereira As Marchas populares de S. João Baptista, em Guidões, saíram à rua na noite de sábado, 21 de junho. Várias centenas de pessoas ocuparam a zona envolvente à igreja matriz para verem o colorido das roupas e as músicas alegres das quatro marchas populares. De vermelho e branco, a Marcha do lugar da Póvoa foi a primeira a apresentar-se no recinto e a homenagear a primavera. Seguiu-se a Marcha dos lugares do Bicho e Aldeia Nova que, de trajes brancos e desenhos de uvas cor de vinho, fizeram recordar as vindimas, ofertando aos presidentes da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões e ao vice-presidente da Câmara Municipal da Trofa uma garrafa de vinho. Com trajes coloridos, onde imperava o dourado, a Marcha do lugar do Cerro recordou a desfolhada, terminando com a Marcha do lugar de Vilar, que, vestidas de azul, verde e dourado, também fez um culto às vindimas. De forma a manter uma tradição com

muitos anos de história, as marchas populares foram reativadas há sete anos. Para os participantes nas marchas a opinião é unânime: “é importante” a continuidade desta tradição, uma vez que dá “mais vida” à festa de S. João Baptista. A assistir pela primeira vez às marchas na tribuna estava o presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, Adelino Maia, que também frisou a importância destas festas, uma vez que “beneficia a terra, a freguesia e o concelho e é enriquecedor”, apontando que “se puder aumentar a receita o fará para que esta tradição não morra mas se mantenha”. “Não precisamos de ir ao Porto, nem a Lisboa, finalmente temos marchas em Guidões. Este povo está de muitos parabéns e é de louvar o mérito de todos”, afirmou. Adelino Maia avançou que ficou “surpreendido pela positiva” com as marchas populares, considerando que os guidoenses são “muito alegres, humildes e bem dispostos”. “Quando demos a nossa ajuda para as marchas, sinceramente eu pensei que era muito dinheiro, mas afinal pelo que falei com o povo e pelas roupas, que são caras, não é. As marchas

Marcha da Póvoa

Marcha do Bicho e Aldeia Nova

27 de junho de 2014


27 de junho de 2014

são uma mais-valia não só para Guidões mas para o concelho da Trofa. Gostei imenso desta festa e estou disposto a ajudar dentro dos possíveis, para que isto não pare e que continue, com todo o entusiasmo deste povo, e que juntos possamos enriquecer a freguesia e o concelho”, rematou. Se lhe perguntassem a quem dava o prémio, o presidente da Junta respondia que “dava às quatro, porque estiveram todas muito bem”. Mesmo assim, Adelino Maia esteve atento à performance da Marcha da Póvoa, por ser esta que vai representar Guidões na ExpoTrofa. O responsável pela Marcha, Pedro Sousa, referiu que este convite pelo executivo da Junta (a escolha da marcha aconteceu em sorteio) “incentiva, as pessoas também querem ir à Trofa e estão contentes, mas tem sido uma correria”, estando ainda previsto a realização de “mais um ensaio ou dois”, para que a atuação “corra ainda melhor do que hoje (sábado)”. As festas ficaram ainda marcadas

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pelo embelezamento da típica cascata de S. João Baptista, a atuação do Grupo Arco Íris e pela sessão de fogo de artifício. A vertente religiosa não foi esquecida pela comissão de festas, que lhe dedicou terça-feira, dia 24 de junho, com a missa solene com sermão e a procissão em honra de S. João Baptista. Organização satisfeita com a festa Paulo Sousa, elemento da comissão de festas, afirmou que a festa em honra de S. João Baptista correu “muito bem para quem preparou a festa em dois meses”, que foi feita “em feição” do que puderam. “Tanto se fala na crise que nunca pensamos que íamos tão longe quando pegamos na festa, mas começou a correr bem, nós todos os dias a trabalhar e acho que fomos além do que esperávamos”, concluiu. Este ano, para que “não fosse tudo igual”, a comissão de festas colocou no regato “umas fotografias de como era antes de ser todo restaurado”, uma vez

Atualidade 11

Marcha do Cerro

que “muita gente não o conhecia”. José Campos referiu ainda que a comissão decidiu “homenagear António Carneiro”, entregando “um quadro com o Papa Francisco” no final da procissão, por ter sido o responsável pela iluminação da Igreja. Este ano, este trabalho esteve a cargo de “outra empresa” devido “à idade de

Marcha de Vilar

António Carneiro e às burocracias existentes”. O membro contou ainda que as festas do próximo ano estão a cargo de “oito mulheres”, pedindo à comunidade para “não criticar tanto mas ajudar” na realização das festas. Contudo, José Campos agradece “o apoio de todos os que colaboraram para as festas”.


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Desfere golpes em homem numa tentativa de assalto Estava a repor o stock numa das últimas prateleiras do minimercado, quando foi apanhado de surpresa por um indivíduo, que, tapando-lhe a cara, começou por exigir dinheiro. A tentativa de assalto ocorreu por volta das 15.45 horas desta quinta-feira, 26 de junho, quando o homem se encontrava sozinho no minimercado, situado na Rua Heliodoro Salgado, em Santiago de Bougado, e de costas voltadas para a porta de entrada. À reação do proprietário, o assaltante atirou-o para o chão, ferindo-o na cabeça, e desferiulhe vários golpes, com o X-ato, na cabeça e na barriga. O homem começou a gritar pela mulher, que, quando apareceu no

O restaurante Rochedo dos Leitões, no Monte de S. Gens, em Santiago de Bougado, foi o local escolhido pela ANMAI - Associação Nacional dos Movimentos Autárquicos Independentes para a realização da reunião mensal, onde participaram cerca de 20 pessoas, que se realizou na tarde de sábado, 21 de junho. Durante a reunião, a ANMAI fez “um balanço das eleições europeias”, tendo constatado que”, se fizermos as contas e retirar os nulos, brancos e abstenção”, o partido que ganha “não tem se quer dez por cento da população nacional”. Segundo Pedro Marques, presidente da associação, o objetivo destes encontros é “divulgar a ANMAI”, assim como “conhecer a realidade local”, uma vez que esta “nasceu para dar respostas aos seus movimentos, nomeadamente em termos de candidaturas eleitorais e para ser obviamente algo que conceda e centralize os movimentos de cidadãos independentes”. “A ANMAI vai de encontro às aspirações das populações, descontentes com os movimentos partidários. Viemos à Trofa a convite de Joaquim Azevedo, cabeça de lista do Movimento Independente da

Posto da GNR da Trofa tem novo comandante Sargento Chefe Rocha é o novo comandante do Posto da Trofa da Guarda Nacional Republicana (GNR), depois de ter assumido o comando esta segunda-feira, dia 23 de junho. Militar da GNR desde 1988 e sargento chefe desde 2010, esta é a primeira vez que comanda um posto no destacamento de Santo Tirso, tendo como objetivo “continuar a zelar pelos interesses da população do concelho da Trofa”. Na sua carreira como militar, já comandou vários postos no destacamento de Penafiel, concelho de onde é natural, e, nos últimos três anos, foi comandante do posto da GNR de Vila Nova de Famalicão. P.P.

Comerciante “atacado” em tentativa de assalto

minimercado, foi ameaçada para não avançar. Contudo, a mulher acionou de imediato o alarme, tendo assustado o assaltante, que fugiu em direção à EN104. No local estiveram duas am-

bulâncias de socorro dos Bombeiros Voluntários da Trofa, que transportaram a vítima para a unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave. P.P.

Encontro dos autarcas independentes na Trofa Magda Machado de Araújo

27 de junho de 2014

Trofa (MIT), candidato à presidência da Câmara nas últimas autárquicas, que fez questão que este encontro se realizasse na Trofa”, confidenciou. O presidente afirmou que “a sociedade exige uma reforma do sistema político”, sendo “os movimentos independentes uma alternativa”, que “querem os mesmos direitos dos partidos políticos”. Já Joaquim Azevedo considerou “importante que as reuniões ANMAI sejam descentralizadas e passem em todos os pontos do país, de forma a ficarem a conhecer de perto as necessidades de cada concelho”. Relativamente ao MIT, que “não desapareceu e está a trabalhar, Joaquim Azevedo avançou que “não

quer que este seja mais um partido, mas sim a alternativa”. “Queremos uma Trofa em movimento. Infelizmente na visita que fizemos não conseguimos mostrar o metro, nem a variante e, pior ainda, não conseguimos mostrar o projeto dos Paços do Concelho. Não se criou nada em 16 anos de concelho”, apontou. Também o elemento do MIT, Manuel Azevedo, informou que “visitaram o Parque das Azenhas, que deveria ser o cartaz de visita do concelho da Trofa”, mas “é uma área desagradável e abandonada”. Os elementos da ANMAI ficaram “deslumbrados” com as vistas de S. Gens, tendo considerado que “se deveria apostar mais neste cartaz turístico”.

Elementos reuniram-se em S. Gens

Condutor embriagado entra em rua proibida Um militar que estava de serviço no posto da GNR da Trofa, na Rua Joaquim Costa Azevedo, intercetou um condutor, de 45 anos, quando este entrou na rua pelo sentido proibido, pelas 22.30 horas de sábado, 21 de junho. Ao realizar o teste de alcoolemia, detetou que o homem tinha uma taxa de 1.85 gramas de álcool por litro de sangue. Morador em Ribeirão, o homem foi notificado para comparecer em Tribunal na manhã de segunda-feira. Durante esta semana, foram ainda detidos e notificados para comparecer em tribunal dois detidos sem habilitação para a condução, sem inspeção e seguro e outro com uma taxa de 1.27 gramas de álcool por litro de sangue. Já na madrugada de sábado, 21 de junho, foram furtados 300 litros de gasóleo de um camião, que estava estacionado na Rua da Gabriela, em Covelas. P.P.

CriançasdeFinzesfestejaramanoletivo As crianças do Jardim de Infância e da Escola Básica de Finzes comemoraram o encerramento do ano letivo com uma festa promovida pela Associação de Pais (AP) da Escola de Finzes e pela comunidade escolar. A festa, que se realizou no dia 14 de junho no Polidesportivo da Escola, começou com as atuações dos artistas Johnny Abreu e Victor Rodrigues. Seguiram-se as atuações protagonizadas pelas “crianças, ensaiadas pelas professoras e auxiliares”. “Música, dança e teatro. Foram vários os momentos de entretenimento que os mais pequenos proporcionaram aos muitos pais que assistiam no recinto”, contou fonte da AP. Depois da entrega de “uma lembrança a todos os avós” e do jantar convívio, houve a “entrega das cartolas e dos diplomas aos alunos finalistas do 1º Ciclo. Pela noite dentro houve ainda animação musical, com a atuação da artista Maria do Sameiro. P.P.


Região 13

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27 de junho de 2014

“As prioridades têm de ser sempre dar qualidade de vida aos seus cidadãos” Patrícia Pereira

Na comemoração do 28.º aniversário da Vila de Ribeirão, a Junta de Freguesia vai dinamizar diversas iniciativas. Em entrevista ao NT, o presidente Adelino Oliveira abordou os projetos que tem para a freguesia. O Notícias da Trofa (NT): Está na presidência da Junta há vários mandatos. Como tem decorrido? Adelino Oliveira (AO): A minha dedicação à Junta de Freguesia já vem de há vários anos, mas parece que foi há pouco tempo. Como todos sabem, eu colaborei com o anterior presidente durante o seu percurso na Junta de Freguesia. Respondendo à sua pergunta, digo-lhe que estou à frente dos destinos da autarquia desde maio de 2009. Apesar destes anos passados, nem dei por isso. O trabalho diário, a dedicação e a determinação com que todos os dias me empenho na ajuda aos ribeirenses fazem com que passe os dias e os anos sem dar por isso. NT: Neste momento, que intervenções de relevo estão a decorrer na freguesia? AO: A Junta de Freguesia tem todos os dias uma interação com os ribeirenses, na ajuda a várias dificuldades com que diariamente todos nos deparamos. Ao nível das obras posso informar que estamos a intervir em alargamentos e construção de muros, intervenções que são o

primeiro passo para que, de seguida, seja melhorada a circulação em algumas vias. Quero aqui realçar a construção em Ribeirão da rua Continental Mabor que liga a rua do Senhor dos Perdões próxima da N.14 à rua Monte Oito que dá acesso a Lousado. Esta via, obra da responsabilidade da Câmara, vai servir em especial a Continental Mabor e os seus funcionários, pois será o elo de ligação entre as diversas secções da empresa e também uma das vias principais para que possa haver uma maior rapidez no escoamento da produção dos pneus. NT: Quais são, no seu entender, as principais prioridades para a freguesia? AO: Para um Presidente de Junta as prioridades têm de ser sempre dar qualidade de vida aos seus cidadãos. Isto tem de ser feito de várias formas, desde logo possibilitar a todos o acesso aos serviços, como água, saneamento e vias. A este nível ainda temos várias lacunas, mas estamos empenhados em, o mais depressa possível, resolver estas situações. NT: Ribeirão tem conseguido atrair população e investimento? AO: Ribeirão tem atraído população e investimento há já vários anos, pela sua localização e pelos espaços de construção que oferece, quer ao nível habitacional quer ao nível industrial e comercial. A situação do País nos últimos anos levou na-

turalmente a algum abrandamento. E a incerteza quanto à criação de uma alternativa à EN 14 tem desagradado a alguns industriais que mais dificuldades vão sentindo no desenvolvimento das suas atividades. NT: Ribeirão é uma freguesia com empresas de renome. Como encara essa riqueza empresarial? AO: As grandes empresas de renome sediadas em Ribeirão dão certamente grande visibilidade a esta nossa vila mas o mais importante é que não só essas como muitas pequenas e médias empresas cá instaladas proporcionam emprego para muita gente e contribuem para as receitas do nosso concelho que ajudam naturalmente o município a investir nesta e noutras freguesias de forma a melhorar significativamente a qualidade de vida não só de Ribeirão mas também de todo o concelho. NT: De que forma a Junta de Ribeirão tem ajudado a população nos tempos de crise? AO: Em tempos de crise a Junta de Freguesia tem uma preocupação diária. São diversas as situações de necessidade que nos são colocadas. Sempre as tentamos ajudar na perspetiva de aliviar um pouco as suas preocupações, encaminhando-as para quem possa dar a ajuda necessária, através das instituições da Freguesia ou do Município. Gostaríamos de resolver todas as carências sociais que conhecemos

mas tal não é possível e isso deixa-nos tristes. Porem é nossa preocupação fazer sempre o máximo para melhorar as condições de vida dos cidadãos. Os ribeirenses já me conhecem. Quero dizer a todos que estou sempre disponível para vos ajudar. Todos os dias na Junta ou em qualquer lugar no que estiver ao meu alcance podem contar comigo. Os vossos problemas são as minhas preocupações e todos juntos será mais fácil ultrapassá-los. Estamos a comemorar o 28º

aniversário da vila de Ribeirão. Aproveito esta oportunidade para convidar os ribeirenses e outros das freguesias vizinhas que se possam associar e participar nas nossas comemorações. Temos um programa variado e repleto de muita qualidade e animação. Muito do que de bom se faz em Ribeirão, vamos poder desfrutar, por isso apelo a toda a população que compareça e sinta orgulho nesta linda terra que é de todos nós.


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27 de junho de 2014

Rede escolar da Trofa sofre alterações Patrícia Pereira

Na terça-feira, 24 de junho, foi divulgada a lista das 311 escolas do 1.º ciclo que fecham este ano letivo, avançando que uma delas seria a EB1 Giesta 2, em Alvarelhos. Câmara da Trofa e FAPTROFA explicam que apenas vão fechar dois edifícios de jardins de infância. Contactado o vereador do pelouro da Educação da Câmara Municipal da Trofa, António Azevedo, este afirmou que “no ano letivo 2014/2015 nenhuma escola irá encerrar na Trofa”, explicando que apenas irá ser feita “uma pequena alteração na Rede Escolar”. Ou seja, em Alvarelhos, “os alunos da Giesta 2 vão para a Giesta 1”, acabando com as turmas de anos escolares mistos e passando a ter “quatro turmas, uma para cada ano escolar”. Uma vez que “o Jardim de Infância (JI) de Cidoi não tem condições nenhumas”, os alunos serão transferidos para a escola de Giesta 2. Assim, a Escola de Giesta 1 seria dedicada ao 1.º ciclo e a de Giesta 2 ao Jardim de Infância. Para isso, António Azevedo contou que o executivo “já está a ultimar a aquisição do terreno (contíguo à escola) para fazer o alargamento da via, de modo que o autocarro possa ir

diretamente à escola”. Já em S. Mamede do Coronado, o Jardim de Infância de Feira Nova, que se “encontra em péssimas condições”, será encerrado e os alunos transferidos para a Escola Básica de Feira Nova, que tinha “salas a mais que estavam desocupadas”. “Passará a chamar-se EB1 JI de Feira Nova, com duas salas de Jardim de Infância. Estão já a requalificar a escola, faltando as vedações e as infiltrações, que irão estar concluídas obrigatoriamente até 31 de julho, contando com o apoio de uma empresa local numa parceria em que lhes dão muita mão de obra e contribuímos com os bens e materiais”, denotou. O presidente da FAPTROFA (Federação das Associações de Pais da Trofa), José Maria Oliveira, reagiu “bem” às alterações, uma vez que estas foram “concertadas entre a FAPTROFA e a Câmara Municipal, sendo da opinião que “nesta altura é a melhor solução para que as condições dos alunos possam ser bastantes melhores”. “No caso de Feira Nova, o JI fica bem melhor alojado na EB1 e também não temos dúvidas absolutamente nenhuma que no caso da Giesta 2 os alunos ficam melhores instalados na Giesta 1, porque ambas as escolas estavam a funcionar com turmas mistas o que não fazia sentido absolutamente nenhum”,

justificou.

Arquivo

Pais da Giesta 2 revoltados “Não mudamos sem obras. Esta escola não tem amianto”. Alguns pais de alunos da Escola Básica de Giesta 2 estão revoltados com as alterações anunciadas e demonstraram isso através da colocação de duas faixas na escola. Para alguns encarregados de educação, não faz sentido que os seus filhos sejam transferidos para a EB1 Giesta 1, que tem amianto, quando frequentam uma escola sem amianto, exigindo que este seja retirado das instalações para que os alunos possam frequentar a escola. Alterações no ano letivo 2015/16 José Maria Oliveira referiu que o executivo está a “analisar” a situação da rede escolar, prevendo que no ano letivo 2015/16 “haja novamente alguma alteração na reorganização escolar, nomeadamente no Agrupamento de Escolas da Trofa”. Já o vereador do pelouro da Educação, denotou que tem havido “uma diminuição imensa de alunos”, sendo que “os diretores dos agrupamentos estão assustados” com este fator. Dependendo do número de alunos matriculados neste ano letivo, o executivo pondera fazer uma nova reor-

Escola de Giesta 2

ganização escolar, em que os alunos do 1.º ciclo de Esprela e Paranho vão ser transferidos para a EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, passando este a ser um centro educativo para o 1.º e 2º ciclo, uma vez que o 3.º ciclo será transferido para a Escola Secundária da Trofa, desde de que esta “tenha hipótese de receber os alunos do 3.º ciclo”. Tanto na Esprela como no Paranho, os jardins de infância vão-se manter no mesmo edifício. Esta poderá ser, segundo António Azevedo, “uma proposta para a Carta Educativa”, que o executivo tem de entregar “até dezembro deste ano”, onde será estabelecidos “os investimentos na Rede Escolar a fazer nos próximos dez anos”. “Requalificar as escolas da Esprela e do Paranho, que necessitam de obras, ficaria-

a-nos muito caro. Assim, ficaríamos com o centro escolar na Professor Napoleão Sousa Marques e a transição do 1.º ciclo para o 2.º seria muito melhor. Claro que com algumas alterações, a que já nos candidata-mos, para que no ano letivo 2015/16 isso possa ser efetivado”, explicou. O vereador adiantou ainda que, uma vez que “os autocarros escolares estão em fim de vida”, para manter “o apoio no transporte” há a “a necessidade de comprar quatro autocarros”, estando ainda “a equacionar que política de transportes querem para o próximo ano”. Caso a Câmara Municipal “não tenha disponibilidade” para fazer o transporte das crianças, António Azevedo avançou que uma das soluções é “concessionar”.

Concurso de marchas populares é a novidade do S. Pedro da Maganha Patrícia Pereira

Um jogo de futebol de 11 entre seniores e veteranos do lugar da Maganha marcou o início das festas em honra de S. Pedro da Maganha. Na partida, que decorreu ao final da tarde do dia 21 de junho, no Parque de Jogos do Atlético Clube Bougadense, os veteranos venceram por 3-2. As festas continuam nesta sexta-feira, com atuações, a partir das 21.30 horas, do grupo de dança Star Kids e do artista de música ligeira Vítor Faria. No dia seguinte, pelas 21 horas, há a atuação da banda Fama Show, havendo uma interrupção para a primeira edição do Concurso de Marchas Populares, com o des-

file a começar no Souto de Bairros até à Maganha, onde cada grupo concorrente se exibirá perante o júri”. Já no domingo, pelas 11 horas, há a missa solene em honra de S. Pedro na Capela de Nossa Senhora do Desterro, em Bairros, e, pelas 18.30 horas, há a atuação do grupo da música popular Sons e Cantares do Ave, terminando com uma salva de foguetes. O presidente da Associação Recreativa S. Pedro da Maganha, António Castro, denotou que as expectativas para as festas “são boas, desde que o tempo ajude”. Quanto à criação do Concurso de Marchas Populares, António Castro referiu que como “a festa se estava a aproximar e a associação não tinha marchas

para representar como nos outros anos” surgiu “a ideia” de fazer um concurso, tendo aparecido “quase de imediato” a inscrição de um grupo. Na altura da entrevista, o Concurso já contava com “três marchas inscritas”, sendo que cada grupo tem “à volta de 80 componentes”. Dessas três, uma marcha da “fregue-

sia vizinha” tem ideia de “desistir”, mas a decisão “ainda não é certa”. “Se só atuar duas marchas já é muito bom, porque se só a marcha da Maganha já fazia uma boa noite de animação, com duas muito melhor e se tivéssemos mais isso iria arrastar-se pela noite dentro”, declarou.

Senhora Toma conta de crianças nos meses de julho e agosto Contacto: 967 170 366

Além disso, um dos objetivos deste concurso era que as marchas “não se perdessem e que engrandecem a festa, porque o S. Pedro sem as marchas perdia o seu sentido”. Contudo, mesmo “sem a marcha” o programa “é recheado” mas estas são “um bom complemento e o ex-libris das festas”.

Necrologia Santiago de Bougado José Maria da Silva Pereira Faleceu no dia 21 de junho, com 85 anos Casado com Maria Amélia da Silva Neves Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva


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27 de junho de 2014

Nuno Lima nomeado Gerente Executivo da SDUQ do Trofense Patrícia Pereira

O atual vice-presidente do Clube Desportivo Trofense, Nuno Lima, foi nomeado Gerente Executivo da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), detida pelo clube, numa reunião de direção realizada no dia 12 de junho. Para Nuno Lima esta nomeação é “uma sequência natural das funções que já tinha desempenhado no anterior mandato”, do qual ficou “responsável pelo futebol profissional em articulação com o presidente”, Paulo Melro. “Tendo em conta que conseguimos estabilizar o clube em termos administrativos, havia essa necessidade de também estabilizar a gestão do futebol profissional, com a oficialização das funções que já desempenhava”, declarou. Esta nomeação vem ainda “libertar o presidente (Paulo Melro) para a parte administrativa e financeira, que é uma área que o Clube terá que continuar a trabalhar de uma forma exaustiva, para cumprir os seus objetivos”, uma vez que “esta época o clube terá mais encargos relacionados com o plano de recuperação”. Nuno Lima, que vem desempenhando várias funções no Clube desde 2007, como diretor de Marketing, de Comunicação e, recentemente, Gestor Desportivo de Futebol Profissional, assumirá a presidência da SDUQ e será “o responsável máximo pelo Futebol Profissional do CDT”, como avançou o clube no sítio oficial. O atual presidente da direção,

Nuno Lima é o “responsável máximo” pelo futebol profissional

Paulo Melro, que também acumulava a presidência da SDUQ, vai partilhar a gestão e assumir a função de Gerente Financeiro da Sociedade Desportiva. Os gerentes da SDUQ cessam funções quando terminar o mandato da direção, presidida por Paulo Melro. Recorde-se que a Sociedade Desportiva “Clube Desportivo Trofense, Futebol, SDUQ, lda.” foi criada no início da época 2013/ 14 por “imperativos legais e para a gestão exclusiva do futebol profissional”. Trofense com novos reforços O Trofense avançou, no sítio oficial, a renovação com Chuca e Tiago e a contratação de Joachim Adukor, Eduardo Enrique e Rui Santos. Produto da formação do Clube, o defesa esquerdo

Chuca, que tem 20 anos, renovou por uma época mais uma de opção. Também o capitão Tiago renovou por mais uma época, após ter declinado uma proposta de um clube de Azebeijão e ter recebido incentivos para não terminar a carreia. Proveniente do Gefle IF (1ª divisão da Suécia), onde se estreou a profissional e onde disputou as eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga Europa 2013/2014, chega o médio centro Joachim Adukor, de 21 anos. O jogador é internacional sub-20 pela Seleção do Gana e assinou um vínculo de duas épocas. Já do EC Guarani, chega o defesa central Eduardo Enrique, de 22 anos e formado no EC Bahia, que assinou um vínculo de duas épocas. O jogador es-

treou-se na série A do Brasileirão em 2012, pelo Bahia, em 2014 ajudou o EC Guarani a conseguir uma vaga na divisão de acesso em 2015 e, neste momento, disputa a final de apuramento de campeão da segunda divisão do Futebol Gaúcho. Quem também assinou um contrato de duas épocas com o Trofense foi Rui Santos. O jogador de 25 anos é guarda-redes, formado no Benfica, chega proveniente do Vianense, e na época 2013/2014, realizou 15 jogos a titular no Campeonato Nacional de Seniores, pelo Vianense. Segundo Nuno Lima, o central Papa Alassane é “uma possibilidade” para o Trofense, depois de ter jogado no Sacavenense em 2013/14. Nuno Lima confirmou ainda que “há muitos jogadores que ainda não têm a situação definida”, uma vez que “não tem o aval técnico para continuar” a jogar com as cores do Trofense. De saída está Conrado e João Jesus, que vão representar o Santa Clara e o Grupo União Sport de Montemor, respetivamente. Entre os dias 12 e 20 de julho, a equipa sénior vai realizar jogos treino da pré-época 2014/ 2015. O primeiro está agendado para as 10 horas do dia 12 de julho, frente ao Gil Vicente, seguindo-se as deslocações ao Feirense (10 horas 16 de julho) e Chaves (18 horas de 19 de julho) e o jogo em casa frente à União da Madeira, pelas 17 horas do dia 20 de julho. O jogo de apresentação aos sócios está agendado para o dia 23 de julho, pelas 20 horas, frente ao Penafiel.


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Trofenses no pódio do Open Kyokushin Full Contact Três trofenses da equipa de Karate Kyokushin da Trofa subiram ao pódio do 2.º Open Kyokushin Full Contact, que se realizou no sábado, 22 de junho, em Lousada. Na iniciativa, organizada pela World Independent Budo Kai Portugal, participaram os trofenses Rui Cardoso, Samuel Dias, João Silva e Nazar Gulko e o vilacondense Ricardo Viana. “Os Karatecas trofenses, juntamente com Ricardo Viana, revelaram uma ótima performance e destacaram-se positivamente pela atitude e vontade de vencer o desafio a que se propuseram”, contou Mariana Martins, da Associação Kyokushinkai Portugal - Dojo da Trofa. Devido ao “empenho e dedicação”, Ricardo Viana, na categoria de 15 anos, conquistou a medalha de ouro, assim como Rui Cardoso, na categoria de 1618 anos. Já Nazar Gulko, na categoria de 8-9 anos, e Samuel

27 de junho de 2014

ASAS vence Torneio de Futsal Adaptado Patrícia Pereira

A ASAS (Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso) e a CAID (Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente) disputaram a final do Torneio de Futsal Adaptado, da qual saiu a primeira como a campeã.

Jovens conquistaram troféus

Dias, na categoria de 12-14 anos, conseguiram o 2.º e 3.º lugares, respetivamente. Apesar de ter combatido “destemidamente e estado sempre à altura do seu adversário”, o atleta João Silva foi “eliminado no primeiro combate, não obtendo lugar no pódio”. “Os karatecas ficaram felizes pelas classificações obtidas e cada

vez mais motivados para treinar e continuar a evoluir e crescer enquanto competidores. Estas vitórias são fruto de um grande esforço e horas de treino dos referidos atletas, assim como dos seus professores e colegas de treino”, mencionou Mariana Oliveira. P.P.

A 11.ª edição do Torneio de Futsal (5x5) Adaptado foi organizado pela APPACDM - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental – na tarde do dia 20 de junho, no campo de jogos da instituição trofense, onde participaram “quatro equipas”: a APPACDM da Trofa, o Vigorosa, a CAID e a ASAS. A ASAS foi a campeã do Torneio, seguindo-lhe a CAID (2.º), Vigorosa (3.º) e APPACDM da Trofa (4.º). “Costumo dizer a brincar que nós deixamos sempre que nos ganhem, uma vez que somos os anfitriões”, brincou Conceição Leitão, cordenadoda pedagógica da APPACDM da Trofa, Segundo Conceição Leitão, a competição “correu muito bem, como corre sempre”, em que houve “um intercâmbio muito saudável”, sendo um momento que os jovens estão “sempre à espera”. Na opinião da cordenadora, este torneio é importante para “o autoestima e o saberem competir” dos jovens, pois assim “aprendem a ganhar e a perder”, sendo que o “saber perder é o mais difícil”. Além disso, “é saudável” para as crianças que os visitam, uma vez que entendem que as pessoas com deficiência “também podem competir”, indo “mentalizando as pessoas e a sociedade para a problemática da deficiência mesmo nos bancos da escola”. “Quanto mais jovens forem e perceberem que todos têm diferenças, uns mais que outros, e que temos de aceitar e interagir com os outros, melhorar para nos sentirmos felizes e fazer sentir felizes os outros”, concluiu, garantindo ainda que este é “um momento sempre muito esperado pelos jovens”.

Chuva “abençoou” os 16 anos de peregrinações a Fátima em bicicleta Patrícia Pereira

O grupo de amigos do Salão de Chá Aquário cumpriu, pelo 16º ano consecutivo, a peregrinação a Fátima em bicicleta. Este ano, “mais algumas promessas foram cumpridas por novos elementos peregrinos”, que, pela “primeira vez”, se fizeram à estrada. No dia 6 de junho, os “18 elementos” enfrentaram a primeira etapa com “condições climatéricas bastante adversas, com muito vento e chuva”, mas “nada os demoveu” de

cumprir o objetivo, tendo “chegado sem incidentes” ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Vagos, onde pernoitaram. No dia seguinte, por volta das 7.30 horas, partiram com destino à cidade de Pombal, onde “pernoitaram nas instalações desportivas cedidas pelo Município dessa localidade”. Já no domingo, por volta das 6.30 horas, teve início a última etapa em direção ao Santuário de Fátima, para “assistirem e integrarem as cerimónias religiosas do dia e assim cumprirem as respetivas promessas”.

“Cicloperegrinos” cumpriram peregrição a Fátima

Nesta edição, participaram os “cicloperegrinos” de Joaquim Azevedo, Tó Mané, Félix, José Lopes, José Carlos, Luís, Tiago, Miguel, Filipe, Vitor, Ruben, Lima, Nuno Freitas, Pereira, Bruno, Davide, Zé e Ricardo no apoio. “Os cicloperegrinos contaram com os apoios já habituais do jornal O Notícias da Trofa, Fibruhotel, Trifitrofa, GMLUX, Unicer, Café Lord, Hortiflôr, Casa Antunes, Frutas Ramalho, Carnes Bougado, EDP, Liberty Seguros, Bombeiros Voluntários de Vagos e Câmara Municipal de Pombal”, avançou fonte do grupo.

Rui Pedro Silva vence Corrida São João de Braga Uma semana depois de ter vencido a Corrida de São João do Porto, o trofense Rui Pedro Silva, do Sport Lisboa Benfica, venceu a Corrida inaugural de São João em Braga, que se realizou no domingo, 22 de junho. Com um percurso de 12 quilómetros, a passar pelas ruas centrais de Bracara Augusta, Rui Pedro Silva teve menos luta do que no Porto, onde Licínio Pimentel se manteve por perto até final. O benfiquista escapou com segurança ao seu colega de clube Tiago Costa e acabou com 35:19 minutos, com 17 segundos de avanço, reforçando a sua liderança no comando do Troféu Runporto. Paulo Gomes fechou o pódio, com 35:44 minutos. Além disso, os principais patrocinadores do evento, a EDP Gás e a Bosch, doaram “20 mil euros a favor do Centro Social Padre David, da Cruz Vermelha de Braga e à ala pediátrica do Hospital de Braga”. Quem também participou nesta prova foi António Neto, atleta da Trifitrofa, que terminou na 215.ª posição geral e na 24.ª, em veteranos M55, com o tempo de 52:52 minutos. P.P.


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27 de junho de 2014

Dupla trofense correu no Rali Sprint União Patrícia Pereira

“Um barulho no motor” fez a dupla trofense Jorge Martins e João Gomes abandonar o Rali Spint União, que se realizou no Marco de Canaveses, entre os dias 14 e 15 de junho. A prova, quarta a contar para o Campeonato Intermunicípios do Norte, teve “65 equipas inscritas”, que percorreram a freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão. O condutor da dupla trofense, Jorge Martins, contou que “inicialmente” a prova “correu bastante bem nos primeiros

três pecks” e que “no quarto e no quinto” foram “forçados a abandonar a provar” devido a “um problema mecânico”. “O início da prova e a Super Especial Noturna correram bem, mas no fim da prova sentimos um barulho no motor e tivemos de abandonar, para não termos problemas”, explicou. A dupla trofense participou com um Subaru no escalão “tração a quatro rodas”, depois de “dois anos” a correr num “Lancia” na “classe três” com “1600 de cilindrada”. “Este ano subimos para um escalão com tração às quatro, com um carro mais potente com dois litros tur-

bo. Conseguimos reunir condições e patrocinadores para subir de escalão”, contou. A próxima prova de Jorge Martins e João Gomes será nos dias 19 e 20 de julho, em Vila Nova de Famalicão. Voltando à competição, o Rali Sprint União, organizado pela Casa do Benfica de Alpendorada, em parceria com a Team Baia e Motor Clube de Guimarães e com o apoio da Câmara do Marco de Canaveses e da junta de freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão, teve como vencedora a equipa de Alpendorada, Team Gasparauto, com a dupla Gaspar Pinto e Alberto Santos, a correr num BMW M3.

Dupla abanadonou prova por problema mecânico

Campeonato Rally Slot 2014 já tem vencedores Patrícia Pereira

As paisagens e os montes do Alentejo serviram de pano de fundo à última etapa do Campeonato Rally Solt 2014, depois de terem passado pela Serra da Estrela e pelo Douro. A secção de Slot do Clube Slotcar da Trofa decidiu recuperar as provas de rally, que se encontravam fora do calendário desportivo interno desde 2008. Fábio Azevedo, que participou nas “três provas”, assegurou que “nenhuma” lhe correu bem, mas que “a competição não lhe diz nada”, tendo concorrido “numa de brincadeira” e pelo “convívio”. “O meu principal objetivo foi reviver aquilo que tivemos no passado e que deixamos de ter.

Prova de rali uniu gerações

Está a correr bem, estamos todos a gostar, espero que haja e continue a haver provas destas, porque o pessoal gosta disto e estamos todos para o convívio”, declarou. Já o jovem Rafael Costa par-

ticipou porque “gosta de andar e acha divertido”, tendo esta não sido a sua primeira prova. Rafael gosta de fazer corridas de slotcar porque é “uma forma de se divertir”, sendo da coletividade, a modalidade que “mais” gosta por ser

“mais divertida e por gostar de carros”. João Vilas Boas, Rúben Almeida e Mário Vítor foram os três primeiros classificados deste Campeonato, que contou com 18 participantes. Os carros que premiaram os vencedores foram assinados pelo piloto Armindo Araújo. O presidente da coletividade, João Pedro Costa, afirmou que este evento foi o de “retomar algo em que já foram extremamente fortes” numa das vertentes do slotcar. Constituída por “três divisões”, o slotcar tem se “identificado muito com as 24 horas”, havendo ainda “a questão do raid e do rally”, que foi “repescada”. “Quando brincam com os carrinhos em pequenos, acabam por ser em pistas muito similares a estas, mas muito mais adornadas, com pisos a

imitar o asfalto, a neve e com a terra, gerindo na coletividade o gosto pelo modelismo, porque a criação é toda feita pelos associados que de prova para prova vão construíndo troços que não são fixos”, adiantou. João Pedro Costa garantiu que este campeonato acaba por ser de “muito convívio”, onde se gere “espírito competitivo muito saudável” e “fomenta uma ligação entre as pessoas”, conseguindo-se “um encontro de gerações que aproxima crianças e mais velhos com mais facilidade”. Neste momento, a coletividade está “muito empenhada” na realização da 8.ª edição das 24 horas do Clube Slotcar da Trofa, que se realizará no dia 11 de julho, no salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa.

Pilotos trofenses no Circuito Internacional de Vila Real O Circuito Internacional regressou a Vila Real, neste fim de semana, onde participaram cerca de 200 pilotos, entre os quais estavam os trofenses Rita Azevedo, Rui Azevedo e Rui Alves. Integrado nas Festas da Cidade, o 44.º Circuito Automóvel de Vila Real contou com “cerca de 200 pilotos” nas “oito provas”. Entre 21 concorrentes que participaram na Legends Cup, Rita Azevedo, num Toyota, terminou as duas provas em 8.ª e 3.ª posições. Já o seu pai, Rui Azevedo, que correu com um Ford na nova

categoria Classic Super Stock, venceu as duas provas. Num Ford, Rui Alves correu no Campeonato Nacional de Clássicos e ficou no 3.º lugar. Organizada pela recém criada Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real (APCIVR), o responsável José Silva explicou que “a nível europeu esta corrida decorre apenas em mais dois países, nomeadamente em França, Espanha, e Portugal, apenas nos autódromos do Estoril e Portimão”, sendo que “o circuito citadino é Vila Real”. P.P.

Rita Azevedo correu num Toyota


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27 de junho de 2014

Rifel foi campeã da Liga Futebol de 7 Patrícia Pereira

A Rifel sagrou-se a vencedora da primeira edição da Liga Futebol de 7, organizada pela Academia da Louseira, situada em S. Martinho de Bougado. De forma a assinalar o encerramento da primeira edição, a organização promoveu um jantar no Restaurante Os Braguinhas, que se realizou na noite de domingo, 22 de junho, e onde foram entregues troféus às três primeiras equipas classificadas. Em representação da equipa campeã, Rifel, Daniel Silva contou que o “torneio correu bem”, em que tiveram “uns jogos melhores e outros piores”, tendo em “oito jogos ganho seis, empatado um e perdido outro”. “Acho que foi uma participação positiva na equipa e a primeira vez que chegamos todos juntos, como equipa. Nós entramos sempre para ganhar e como correu o torneio vimos que poderíamos ganhar”, declarou, assegurando que “se houver uma próxima etapa vão repetir”. Durante a cerimónia de entrega de prémios, foram ainda distinguidos o melhor defesa, melhor marcador, melhor responsável pela equipa e o Prémio Fair-Play.

O jantar terminou com o visionamento do jogo Estados Unidos-Portugal, a contar para o Mundial. “Estamos num ambiente de festa, com um pequeno convívio que agora já não são equipas, mas amigos que estão juntos a jantar e ver a Seleção Nacional, o que reflete de alguma maneira o espírito que incutimos neste torneio. Um ambiente de competição enquanto estão dentro do relvado, mas ao mesmo tempo de respeito e em que se cria alguma amizade entre todos os participantes”, frisou Luís Cardoso, da Academia de Futebol da Louseira. O membro da organização fez um “balanço final positivo”, tendo ficado com “a sensação de que as equipas estão com disposição de renovar a sua participação e de criar uma segunda edição”. Além da competição desportiva, a Liga de Futebol de 7 permitiu que houvesse “relações sociais entre funcionários e, muitas vezes, filhos de funcionários - que pela idade avançada não podiam participar num jogo de futebol – e empresários”, o que foi “claramente uma mais-valia”. Já em termos de negócio, o “conhecimento que se foi alargando permitiu que, no fim de um jogo, duas pessoas acabassem por chegar a um entendimento em relação a umas sinergias que podiam criar em termos

Liga terminou com jantar convívio

empresariais”. Já em termos competitivo, Luís Cardoso denotou que esta foi “uma Liga de completos extremos, com muitas boas equipas a jogarem à bola e com muitos bons jogadores”, tendo participado “exjogadores profissionais que agora estão noutro ambiente de trabalho”. “Tivemos excelentes equipas em termos de desempenho. A Liga foi super competitiva e houve um nível elevado em alguns jogos com qualidade. No entanto, mesmo aquelas equipas que apresentaram algumas dificuldades iniciais notou-se que houve evolução”, contou. Luís Cardoso avançou que na entrega de prémios ofereceu “uma série de coisas”, como a hipótese de “os filhos dos participantes jogarem durante um mês ao domingo de manhã gratuitamente”, assim como os participantes usarem a Academia de “uma forma quase gratuita em horários disponíveis”. O “sucesso” que a Liga teve, assim como “a divulgação”, fez com que a organização já tivesse “recebido alguns interesses de outras empresas que garantiram participar”, estando já a pensar em

“alargar a liga e criar uma primeira fase, todos contra todos, em que serão definidas as equipas que vão fazer parte de uma primeira liga e de uma segunda liga dentro do mesmo torneio, fazendo também uma Taça da Liga”. Projetos Academia Louseira Além da Liga Futebol de 7, a Academia de Futebol da Louseira tem desenvolvido “alguns projetos”, nomeadamente os campos de férias, em julho, em que “uma série de associações de pais com a representação de jovens, em período de férias escolares, vão aprender a jogar futebol com técnicos professores associados à educação física, e jogadores de futebol”. Está a ser “implementado na época de verão”, as festas de aniversário e, para o ano, “um evento de solidariedade” que vai ser desenvolvido com “dois reconhecidos jogadores da Trofa, Tiago e Gaspar, fazendo um confronto um contra o outro”. “Através do nome que eles têm vamos promover um evento de solidariedade em benefício de uma instituição que trabalha arduamente no concelho que é a Cruz Vermelha”, adiantou.


Opinião 19

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27 de junho de 2014

Falando “futebulês” em tempo de crise

O mistério das coisas imóveis que se mexem

São muitas as pessoas, em várias partes do globo, que estão a viver uma grave crise, principalmente as que não conseguem um trabalho remunerado, para garantirem o sustento do seu agregado familiar. Atualmente, existem mais de 200 milhões de desempregados em todo o mundo e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), prevê até 2018, um aumento de desempregados de longa duração, um aumento de trabalhadores com empregos precários e em situação vulnerável e um maior nível de desemprego jovem, na faixa etária entre os 15 e os 24 anos, atingindo quase 80 milhões de jovens. Esta triste realidade tem vindo a agravar-se nos últimos anos e os «senhores do mundo» continuam a assobiar para o ar, como se nada estivesse a acontecer. É muito grave o que está a acontecer, mas não é por isso que se deixa de realizar, com vaidade desmedida e muitos exageros, o maior evento desportivo, e o mais caro de sempre, a 20ª edição do Campeonato do Mundo de Futebol, que este ano se desenrola num país de muitos contrastes sociais, que é o Brasil. Apesar de ser o país com o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB), O Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina. A herança que a fase final do Campeonato do Mundo de Futebol, que está a decorrer, vai deixar ao país anfitrião é uma coleção dos estádios mais caros do planeta. Dos 20 estádios mais caros do mundo, dez deles estão no Brasil. Este evento teve mais gastos do que a Alemanha e a África do Sul, tiveram com todos os estádios para os Campeonatos de 2006 e 2010, em conjunto. Nunca se gastou tanto em estádios como no Brasil, nestes dois últimos anos. É elucidativo! O problema não se coloca tanto no período em que se desenrola o campeonato, mas sim no pós-campeonato, pois alguns dos estádios são localizados no interior do Brasil, onde a população é diminuta. O país vai ficar com infraestruturas de grande dimensão, que se poderão transformar em «elefantes brancos», se não fizerem com que esses estádios sejam rentáveis, principalmente os estádios públicos. Aliás é o que infelizmente acontece em Portugal, com os estádios de Faro, Aveiro e Leiria, que serviram para o Campeonato Europeu de Futebol de 2004 e agora estão às «moscas», mas absorvem elevados custos de manutenção. É verdade que há vida para além do futebol, mas também é inquestionável que o futebol move muitos cifrões e muitas paixões, com tudo de bom e menos bom que isso acarreta. Falando «futebolês» em tempo de crise, uma bola que é lançada para o campo da realidade é que o Campeonato do Mundo de Futebol dá um pontapé, «abafa» ou pelo menos atenua os sintomas da crise. Já não se fala tanto em crise! Não é que o golo marcado, ou a vitória conquistada elimine a crise, mas relega-a para segundo plano. Que o digam os políticos, que não conseguem mobilizar os militantes e simpatizantes para as diversas ações político-partidárias de apoio ou contestação. O futebol supera quase tudo!

“Criou-se uma instabilidade substancial (…)com efeitos negativos (…)na solidez e prestígio das instituições democráticas.” Jorge Sampaio em Dezembro 2004 para justificar a convocação de eleições antecipadas e consequente queda do governo de Santana Lopes.

Empresas Trofa vs. V.N.Famalicão Porque será que estamos assistir a uma mobilização das empresas novas para o concelho vizinho? Empreendedores preferem V.N.Famalicão à Trofa, esta é uma realidade com que nos temos deparado constantemente, a zona industrial de Ribeirão está em franca evolução. Há que chamar aatenção dos nossos governantes diretos para tentarem colmatar esta deslocação e atrair para o nosso concelho empresas novas. Este “ sangue novo” faz falta, revitaliza a economia local, cria emprego e riqueza, aspetos francamente importantes para uma melhoria da conjuntura que vivemos na sociedade. Afinal, que vantagens têm as empresas em sediar-se em V.N.Famalicão face à Trofa? Existe uma parceria com o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento), o

Banco Espírito Santo, a Norgarante e a ADRAVE (Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave), juntos criaram um Programa chamado de Famalicão Finicia, que oferece soluções financeiras para projetos de investimento de micro e pequenas empresas associadas a um conjunto de medidas de incentivo ao investimento e o fomento do emprego, o Famalicão Finicia disponibiliza um apoio financeiro até 45 mil euros por projeto empresarial. (nas áreas da indústria, comércio, turismo, construção, energia e serviços). Os projetos aprovados beneficiam de taxas de juro e “spreads” abaixo dos praticados no mercado. Além disso, os mecanismos e procedimentos de pedido de apoio são simples e desburocratizados o os processos de tomada de decisão e concretização da operação têm um prazo máximo de resposta

O actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, é o político com mais tempo de casa na democracia portuguesa. Não apreciando, ao que parece, Camões, revelou-se ao longo destes 34 anos de política activa um leitor e discípulo de Maquiavel. O seu percurso político está bem recheado de ensinamentos maquiavélicos: sombrio e conspirativo como ministro das finanças; apologético e messiânico na sua “rodagem” à Figueira da Foz para a presidência do PSD; um modelo de virtudes nas suas maiorias como primeiro-ministro (tendo até um grupo de discípulos chamados cavaquistas); triste e ruminante na sua derrota às eleições presidenciais de 1996; paciente e cirúrgico no ataque (como foi visível no célebre texto da boa e má moeda) até à sua eleição em 2006 para a Presidência da República. Este percurso é digno de ser estudado nas Ciências Políticas e um verdadeiro caso de estudo se tivermos em conta que o protagonista se pronuncia ainda hoje como um ser “não-político”. De uma forma genial, esta personagem consegue a proeza de se distanciar de opções políticas estruturantes tomadas no passado recente. O homem que assinou o Tratado de Maastricht (embrião da moeda única) aparece sempre como um ser imaculado e acima de qualquer interesse partidário. Irrita. E irrita ainda mais a sua postura do “eu bem que avisei”. Claro que avisou: existirá alguém que sabe mais sobre a sua obra do que o próprio criador? Cavaco Silva, como Presidente da República, tem tido uma contradição em relação a um dos seus pilares enquanto primeiro-ministro. O célebre “deixem-me trabalhar!”, da sua última maioria como chefe de governo, deu lugar ao “deixa estar”. O Tribunal Constitucional chumba sistematicamente medidas do governo? “Deixa estar”. O governo ataca descaradamente um órgão independente e eleito pela Assembleia da República, violando a separação de poderes e destabilizando “o regular funcionamento das instituições democráticas”? “Deixa estar. Se alguém pensa que me pode pressionar, é melhor desistir.” O mais alto magistrado da Nação não pode viver numa torre de marfim e comunicar com os portugueses através do Facebook. Tem de sentir o pulso do povo e cumprir o juramento de “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa” que já fez por duas vezes. O governo não ataca só os direitos dos trabalhadores, sejam eles do público ou do privado. O seu ataque soez visa também corroer pilares fundamentais da democracia inscritos na Constituição, como a saúde. O recente caso do Hospital de S. João demonstra, em todo o seu esplendor, a destruição dos serviços públicos. Ao diferenciar o valor do mesmo acto médico em Lisboa e no Porto, o Ministério da Saúde procura criar um guerra fictícia e estúpida entre Norte e Sul. De seguida, ao abrigo da recente reorganização hospitalar e com dolo, deteriora os serviços prestados através da falta de meios e de recursos humanos, retirando assim à unidade hospitalar um conjunto de valências vitais para o seu funcionamento (algumas com grau de excelência a nível europeu). Por fim, reforça ainda mais a centralização de decisões. Quando um corpo directivo não tem autonomia sequer para comprar um computador, está tudo dito. Este ministério tem como missão a implosão do Sistema Nacional de Saúde e entregar aos privados o chamado “Core business”. Cada vez mais, são horas de dizer demissão já! (Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)

de 20 dias úteis. O Finicia é na realidade um Programa Inovador promovido pelo IAPMEI, que visa a melhoria das condições de acesso ao financiamento das empresas, materializadas através da criação de um Fundo de Sindicação de Capital de Risco (FSCR) e de um Fundo de Contra-Garantia Mútua (FCGM); possibilitando neste último caso (FCGM) o acesso à garantia Mútua e ao Financiamento Bancário em condições mais favoráveis.

A Trofa não conseguiu acompanhar esta estratégia devido ao endividamento existente sendo uma das condicionantes a aderir a esta programa de desenvolvimento, mas podemos sempre criar outras condições favoráveis e atrativas para a instalação de novas empresas no nosso concelho... Sr.Presidente a população agradece. Dra.Paula Sousa - Economia - ULP/00


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27 de junho de 2014


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