26 de setembro de 2014 N.º 490 ano 12 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Atualidade pág. 10
Caminhada pelo Coração repete sucesso
Atualidade pág. 4
Moradores pedem demolição do reservatório de Valdeirigo
Política pág. 12
AntónioCosta apoiado na Trofa
Atualidade pág. 16
Santa Eufémia atrai milhares ao Santuário pub
2 Atualidade
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26 de setembro de 2014
GNR alerta para a nova nota de 10 euros
Dia 26
Patrícia Pereira
Sextas Com Vida, nas ruas do centro da cidade 21 horas: Assembleia Municipal da Trofa, no salão do edifício sede da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, em Alvarelhos
Os militares da Secção de Programas Especiais do Destacamento Territorial da Guarda Nacional Republicana de Santo Tirso têm já agendadas mais de duas dezenas de ações de sensibilização sobre a nova nota de dez euros, que entrou em circulação no dia 23 de setembro. Tocar, observar e inclinar são as três formas de verificar a autenticidade da nova nota de dez euros. Ao tocar vai perceber que o papel é firme e ligeiramente sonoro, que tem umas pequenas linhas impressas em relevo nas margens esquerda e direita da nota e que a tinta é mais espessa no motivo principal, nas inscrições e nos algarismos de grande dimensão representativos do valor da nota. Ao observar a nota em contra luz vai tornar-se visível um retrato de Europa, os algarismos representativos do valor e uma janela. Além disso, o filete de segurança apresenta-se como uma linha escura e, ao colocar a nota sobre uma superfície escura, as áreas claras tor-
Agenda
Dia 27
Militares alertaram para a verificação da autenticidade da nota
nam-se mais escuras. Ao inclinar a nota, o número vai apresentar um efeito luminoso de movimento ascendente e descendente e, dependendo do ângulo de observação, o número também muda de cor, passando de verde-esmeralda para azul-escuro. Já na banda prateada vai ver-se um retrato de Europa, uma janela e os algarismos representativos do valor da nota. Numa das ações de sensibilização que decorreram no Lar Padre Joaquim Ribeiro, em S. Martinho de Bougado, na manhã desta quarta-feira, 24 de setembro, os militares alertaram os seniores que nenhum elemento do banco ou de outra entidade
se vai dirigir a sua casa para trocar as notas, uma vez que as duas vão circular na Zona Euro em simultâneo. Caso alguém se dirija a sua casa para o fazer, esteja atento pois trata-se de uma burla. Com a entrada em circulação da nova nota de dez euros, devem estar atento a ambas as notas, pois como as pessoas andam mais atentas às novas notas, os burlões podem aproveitar o momento para falsificar a antiga nota. Tenha sempre em atenção as formas de verificação da autenticidade e, em caso de dúvidas, não aceite a nota. Durante a ação de sensibilização, os militares informaram
ainda sobre os cuidados a ter, de forma a não serem burlados ou assaltados. A chave está em não dar muita informação a estranhos, nem mostrar que está sozinho. As utentes Almerinda Pereira e Maria Pereira, do Lar Padre Joaquim Ribeiro, afirmaram que apesar de “ainda não” terem visto “nenhuma”, já sabem como podem verificar a autenticidade da nova nota e se alguém lhes pedir “para destrocar, dizem logo que não”. Quanto a estas ações de sensibilização, asseguram que “é mesmo importante” pois “é sempre uma vantagem” saber prevenir de eventuais burlas.
Colisão na A3 faz seis feridos
21.30 horas: Exibição do filme “O Palácio das Necessidades”, na Casa da Cultura 19 horas: Inauguração da sede do Clube Slotcar da Trofa, no bar do Aquaplace Dia 28 9.30-12.30 horas: Caminhada Rota da Água, a partir da Igreja Matriz de S. Romão 15 horas: Trofense-Febres Futebol Clube (Taça de Portugal) Dia 30 21.30 horas: Assembleia de Freguesia do Muro, no salão da Junta - Assembleia de Freguesia do Coronado, no salão do edifício sede da Junta, em S. Romão Dia 02 21 horas: Assembleia de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, no salão do edifício sede da Junta, em Alvarelhos
Farmácias de Serviço
Feridas em choque na EN 14 Colisão entre duas viaturas na A3
Duas viaturas ligeiras de passageiros colidiram na Autoestrada número três, junto ao nó da saída Trofa/Santo Tirso, no sentido Vila Nova de Famalicão-Porto. Da colisão, que ocorreu pelas 08.20 horas de 19 de setembro, resultaram seis feridos ligeiros, que foram assistidos pelos Bombeiros Voluntários de Famalicão
(BVF) e transportados para a unidade famalicense do Centro Hospitalar Médio Ave. O trânsito naquele sentido da autoestrada esteve condicionado durante cerca de uma hora. Para o local, os BVF mobilizaram cinco ambulâncias e 12 elementos. P.P.
Duas mulheres ficaram feridas na sequência de um acidente entre dois veículos, ocorrido na manhã de sexta-feira, 19 de setembro, na Rua D. Pedro V, na Estrada Nacional 14, junto ao posto de combustível da Galp, em S. Martinho de Bougado. A condutora da viatura BMW não se terá apercebido da proximidade de outro veículo, Opel Corsa, que circulava no sentido Vila Nova de Famalicão-Trofa, saiu da Galp e entrou na estrada em direção a Ribeirão. A colisão ocorreu por volta das 10.30 horas. As condutoras foram assistidas pelos Bombeiros Voluntários da Trofa e transportadas para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), com ferimentos ligeiros. A GNR da Trofa também esteve no local a registar a ocorrência.
Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (T.E.1022) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Mendes,
Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714
Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Machado de Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião
dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
Dia 26 Farmácia Trofense Dia 27 Farmácia Barreto Dia 28 Farmácia Nova Dia 29 Farmácia Moreira Padrão Dia 30 Farmácia de Ribeirão Dia 01 de outubro Farmácia Trofense Dia 02 Farmácia Barreto Dia 03 Farmácia Nova
Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714
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Atualidade 3
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa assinala aniversário
Mulher ferida em acidente
Associação vai entregar duas viaturas aos bombeiros Patrícia Pereira
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT) vai comemorar o seu 38.º aniversário e assinalar o Dia Municipal do Bombeiro, com a bênção de duas novas viaturas. A cerimónia começa pelas 14.30 horas do dia 4 de outubro, com o hastear das bandeiras, seguindo-se a homenagem aos bombeiros e membros dos órgãos sociais falecidos na Rotunda do Bombeiro. Depois da bênção das duas novas viaturas, há a sessão solene, pelas 16 horas, terminando com o desfile apeado e motorizado. Manuel Dias, presidente da AHBVT, contou que a cerimónia, que vai ser “simples”, está a ser preparada “nos mesmos moldes que nos anos anteriores”. “Quando era diretor tinha-se acordado que de em cinco em cinco anos fazia-se um aniversário mais abrangente, convidando outras entidades a estar presentes. É uma
cerimónia simples e singela para homenagear e recordar principalmente aqueles que já partiram, quer dos órgãos sociais, quer dos bombeiros, sem esquecer o aniversário da associação e o Dia Municipal do Bombeiro”, declarou. No aniversário vão ser benzidas “duas viaturas”: um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndio e um Veículo Tanque Tático Urbano. O primeiro é “um carro de intervenção topo de gama que chega mais facilmente ao local” e o segundo um carro de “apoio aos veículos que estão a combater os incêndios”, com “uma capacidade de oito mil litros”. O presidente salientou que as viaturas foram conseguidas pelo “excelente trabalho desenvolvido pela associação anterior (liderada por Pedro Ortiga) que conseguiu arranjar dinheiro para as comprar”. Manuel Dias afirmou que a atual direção está “ainda a tentar arranjar um patrocinador para uma das viaturas”, atendendo que “há alguém que é sempre homenageado”. “Uma já está destinada”, mencionou.
O alerta para uma colisão entre dois veículos, nas curvas do Bicho, em Guidões, na EN 104, provocou ao início da tarde de sexta-feira, 19 de setembro, ferimentos numa mulher de 30 anos de idade. A viatura, que circulava no sentido Vila do Conde-Trofa, entrou em despiste nas curvas, colidindo com outra que seguia em sentido contrário. O alerta foi dado pelas 13.10 horas via INEM que acionou os Bombeiros Voluntários de Vila do Conde que deslocaram para o local uma ambulância com dois
tripulantes. A mulher de 30 anos de idade foi transportada para o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. A estrada esteve cortada nos dois sentidos até cerca das 14.45 horas. Os Bombeiros da Trofa deslocaram-se para o local e procederam à limpeza da via. A GNR da Trofa e de Vila de Conde, com o apoio da Polícia Municipal da Trofa, procederam ao desvio do trânsito. Só no mês de setembro já se registaram mais de dez acidentes no mesmo local.
4 Atualidade
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26 de setembro de 2014
300 assinam petição para demolição de reservatório de água em Valdeirigo Cátia Veloso
Um habitante de Valdeirigo, em S. Martinho de Bougado, reuniu numa petição 300 assinaturas para a demolição do reservatório de água público da aldeia, desativado “há mais de 20 anos”, e acusa a Junta de Freguesia, que requalificou a estrutura, de “não ouvir” a população. Cerca de 25 pessoas estiveram na Assembleia de Freguesia de Bougado, no dia 19 de setembro, para dar corpo à reivindicação para demolir o reservatório do poço público desativado em Valdeirigo, recentemente requalificado pelo executivo da Junta. Emídio Neves, habitante da al-
deia, interveio para mostrar desagrado pelo facto de o executivo da Junta não ter acedido à vontade das “300 pessoas” que assinaram “uma petição” para a demolição da estrutura, alegando como motivo principal a falta de visibilidade para a circulação rodoviária. “Quando um comboio deixa de circular, tiram-se os trilhos. Ali deixou de passar água há mais de 20 anos, pelo que o depósito não está lá a fazer nada”, justificou. Emídio Neves afirmou que alertou o presidente da Junta, em tempo de “campanha” eleitoral e já no início das obras de embelezamento do reservatório, justificando que “o sentimento das pessoas era de que aquilo deve-
Reservatório está no centro da discórdia
Emídio Neves interveio para apelar à demolição do reservatório
ria ser demolido”. Recolheu “300 assinaturas” o “mais rápido” que pôde, mas refere que o presidente, Luís Paulo, “não recebeu” a petição. “Disse que não era assim que as coisas funcionavam. Eu acho que a vontade das pessoas deve permanecer em quem está nos cargos. Fiquei muito surpreendido por viver num país democrático, onde as pessoas não são ouvidas”, frisou. Depois de se ter dirigido ao presidente da Assembleia de Freguesia, Vítor Martins, que o recebeu “cordialmente”, a população pró-demolição colocou duas soluções: “No lugar do reservatório colocar um nicho com a santa padroeira de Valdeirigo, a Santa Margarida, e retirada dos ecopontos daquele local, que
“também afetam a visibilidade dos condutores”. Do mesmo lado, Sandra Leitão evidenciou “o problema da visibilidade” que torna aquele local “muito problemático, não só no tráfego automóvel como na circulação de peões, sobretudo crianças, por se tratar de uma zona escolar”. “Em caso de acidente, quem é o responsável?”, questionou, invocando também “a crise e a necessidade de reduzir custos” para interpelar o executivo: “Quanto vai custar à Junta de Freguesia a manutenção do espaço?”. Sobre a questão histórica do reservatório, invocada por Maria Emília Cardoso, da bancada da coligação PSD/CDS, Sandra Leitão levantou reservas: “É muito
importante que as pessoas se revejam na sua paisagem. O património reinventa-se quotidianamente e são as pessoas que dão valor às coisas materiais. Agora, isso não acontece, as pessoas não se reveem naquilo, pelo que não marca o ritmo e a vivência da população”. Em contraponto, Elvira Azevedo subiu ao púlpito para felicitar o executivo pela obra, uma vez que “houve alguém que identificou Valdeirigo”. Por sua vez, Jorge Araújo, que se diz “adepto da memória e da conservação”, considera que o local ficou “arranjado e bem coordenado”. Aos críticos da intervenção, Luís Paulo disse que “deviam ter estado na assembleia anterior, quando este assunto foi abordado” e que se tratou de uma “opção política”. “Humildemente, só quis dar dignidade àquele espaço e não tive outro objetivo que não fosse pensar que vocês iam gostar”, asseverou. O autarca afirmou que “não podia parar a obra a meio e deitar dinheiro ao lixo” e que para o “problema do trânsito” está a ser “estudada” a melhor “solução”. Já sobre a petição, Luís Paulo ressalvou que “a lei obriga a um determinado número de assinaturas, que terão de ser levadas à assembleia de freguesia, que é quem decide”.
Padre Armindo dá nome à rua do novo centro de saúde A rua onde vai nascer o novo centro de saúde de Santiago de Bougado vai ter o nome do antigo pároco, Armindo Gomes, que faleceu em novembro de 2013. O anúncio foi feito pelo presidente da Junta, durante a Assembleia de Freguesia. O autarca explicou
também que o novo edifício será “o polo um”, onde estarão “todos os médicos”, enquanto o atual centro de saúde, em S. Martinho, terá “outros serviços, como apoio domiciliário e um gabinete de apoio aos toxicodependentes”. Luís Paulo anunciou as pró-
ximas obras a realizar na freguesia, como “a pavimentação da Rua das Grovas” e dos troços da Estrada Nacional 104 “desde o antigo Dália até à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, da Rotunda da Cêpa a Ervosa e pequenas intervenções da Rotunda dos Ex-combatentes até à Cêpa”. No cemitério de S. Martinho, a Junta de Freguesia pretende “fazer um arranjo no exterior e na Casa Mortuária” e, apesar de ter lançado concurso, “nenhum dos cinco empreiteiros aceitaram fazer a obra, devido ao preço baixo”. “Para a semana, vamos fazer convites às mesmas empresas, com o projeto ligeiramente alterado”, anunciou. Questionado por Mário Morei-
ra, da bancada socialista, sobre a questão do subsídio para o Atlético Clube Bougadense, o autarca explicou que os dirigentes da associação “acharam o valor baixo”. “Eles têm razão e legitimidade para achar pouco, mas nós também temos legitimidade para lhes dar aquilo que achamos que podemos. Mas posso garantir, que se me entregarem as chaves do campo, o Bougadense não vai acabar”, atestou. Depois de abordado pelo socialista Jerónimo Torres, que considera a requalificação da Rua do Progresso “uma prioridade”, Luís Paulo anunciou que é intenção intervir na via “no próximo ano”. Já os semáforos em Santiago de Bougado, junto ao posto de com-
bustível da Cepsa, vão estar desligados “por opção da Câmara, que entende que é melhor para o trânsito”, explicou o presidente. Numa assembleia que, face à ausência do presidente da mesa Vítor Martins, foi conduzida por José Maciel Silva, a bancada socialista sofreu nova alteração. Tomé Carvalho renunciou por “motivos de ordem pessoal” e foi substituído por Daniel Lourenço, enquanto Vera Araújo pediu suspensão de 90 dias por “questões de saúde”, tomando o lugar Nuno Cruz. Foi ainda aprovado, por unanimidade, um voto de louvor à Santa Casa da Misericórdia, pelos 15 anos de serviço social no concelho. C.V.
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26 de setembro de 2014
Assembleia de Covelas para “cumprir calendário” Patrícia Pereira
Os membros da Assembleia de Freguesia de Covelas reuniram-se para a sessão ordinária de setembro, que se realizou na segunda-feira. Como o próprio presidente da Junta, Luciano Castro, apelidou tratou-se de uma sessão para cumprir calendário, tendo a participação dos covelenses sido nula. Durante a apreciação da atividade e da situação financeira da Junta, Luciano Castro afirmou que continua com “um saldo positivo, embora não tenha havido obras”, estando na altura de “gastar algum dinheiro” no “acesso à rua principal” da Igreja de Covelas, tendo a empreitada “já sido adjudicada” a “uma empre-
Executivo informou sobre a atividade e situação financeira da Junta
sa de Famalicão”, que apresentou um dos orçamentos “mais baixos”. “Tivemos a oferta de vários camiões de paralelos pela Câmara e só ainda não come-
çou porque o tempo não tem permitido. Não vale a pena começar enquanto estiver de chuva, porque assentar paralelos com este tempo fica tudo torto”,
acrescentou. O presidente informou ainda que vai “alterar/atualizar o horário do cemitério”, fechando-o “de noite”, uma coisa que “não acontecia”. As passadeiras da freguesia, assegura, “não estão esquecidas”, tendo “andado a insistir com a Câmara para fornecer a tinta”. Quanto aos sinais de trânsito, Luciano Castro declarou que “continuam a ser roubados”. Relativamente às ruas que foram “deterioradas aquando do alargamento da A3”, o presidente denotou que já falou com a Câmara e que quando procederem ao arranjo na Rua da Gabriela “de certeza que vão ter que cortar a estrada e desviar o trânsito”, uma situação que já foi acautelada e aprovada em reunião. “O arquiteto Charro falou com o consórcio que disse que
estava com as máquinas um bocado longe, mas que logo que viessem para esta zona iriam intervir nas ruas”, explicou. Luciano Castro contou que foi alertado, no domingo, sobre a “zona do Lar do Emigrante”, onde “já caiu um bocado do muro”. “Os homens foram hoje (segunda-feira) arrumar as pedras para mais perto do muro para libertar a valeta para a água não vir para a estrada. Falei com os “Garcia Garcia”, mas disseram que aquilo já não é deles e que foi vendido”, asseverou, referindo que “Pedro Garcia sabia quem eram os donos e ia contactar com eles”, mas mesmo assim Luciano ia “tentar saber de quem é” para “chamar a atenção com uma carta a responsabilizá-los e participar à Câmara”.
Impostos mantêm-se no máximo em 2015 Patrícia Pereira
Na reunião de Câmara realizada na manhã desta quinta-feira, 25 de setembro, o executivo municipal aprovou, por unanimidade, a fixação das taxas no máximo. O executivo propõe fixar as Taxas do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) para o Ano 2015 em “0,8 por cento em prédios rústicos e 0,5 em prédios urbanos”, a Participação Variável no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) em “cinco por cento”, o que dá “um rendimento anual de 800 mil euros”, e o Lançamento de Derrama sobre o Lucro Tributável Sujeito e Não Isento de Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) em “1,5 por cento”. Quanto à Taxa Municipal de Direitos de Passagem para o ano 2015, o vice-presidente António Azevedo, em substituição do presidente Sérgio Humberto, afirmou que “sempre foi um crítico” aquando da introdução desta taxa, porque “achava que nunca tinha sido prática”. A vereadora Joana Lima, eleita pelo Partido
Socialista, recordou que na altura António Azevedo dizia que “era uma verba tão irrisória que não justificava aplicar esta taxa aos munícipes da Trofa”. A socialista denotou que esta taxa “não é obrigatória ao abrigo do PAEL (Plano de Apoio à Economia Local)”, mas “uma opção política”. “Vamos votar favoravelmente porque não temos uma posição na oposição e outra no poder, mas entendemos que podia haver uma forma diferente de tratar este assunto por parte do executivo, uma vez que foi sempre contra esta taxa”, justificou. O vice-presidente referiu que “estando em Plano de Ajustamento Financeiro, migalhas fazem pão”, sendo que “tudo é necessário”. Com esta taxa, o executivo recebeu em 2013 “4554 euros”, enquanto “até ao dia 22 de setembro” está a receber “5352 euros”. O ponto foi aprovado por unanimidade. Na reunião de câmara, o ponto correspondente à Emissão de parecer prévio vinculativo do órgão Executivo para a aquisição de serviços de trabalhos especializados, para o Eixo Prioritário III – Valorização e Qualificação
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Ambiental e Territorial, no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte 2007-2013 (NORTE-09-0230-FEDER-000091), da candidatura de Requalificação das Margens Ribeirinhas do Rio Ave suscitou dúvidas por parte dos membros socialistas. A vereadora socialista, Teresa Fernandes, quis saber em que “consiste este serviço” e o que “se pretende com este estudo” no valor de “42 mil euros”. O vicepresidente lamentou que o Diretor de Obras Municipais, António Charro, não estivesse presente para explicar, adiantando que os serviços estão “inseridos nas atividades imateriais”. Joana Lima afirmou que “não é preciso contratar este serviço”, mas que se “pode fazer outro tipo”, questionando “qual é o objetivo, o que é que se vai fazer concretamente, o porquê a esta empresa unipessoal que é só um individuo, como é que ele vai executar, que trabalho vai fazer” e “se é um estudo, um dossier ou um trabalho prático”. Recorrendo da requisição de Obras Municipais e Ambiente, António Azevedo leu que os serviços contemplam a “inventariação dos habitats faunísticos existentes, a adoção de medidas de conservação, proteção e potencialização de habitats, ações de promoção e de sensibilização e promoção de atividades de valorização do património ambiental e construído”. A vereadora Joana Lima lembrou que “quando este executivo
Taxas municipais no máximo para 2015
chegou à Câmara Municipal, este senhor, a quem agora está a ser atribuído esta prestação de serviços de 42 mil euros, tinha uma avença de mil euros por mês, que já estava há cerca de dois anos, para fazer um estudo sobre o Parque das Azenhas no âmbito do que o senhor vice-presidente acabou de ler”. “Ele completou o trabalho, depois ouvimos algumas pessoas a dizer que aquilo foi um copy e paste de um trabalho que o engenheiro Alberto Maia tenha feito, mas isso não vou discutir. Parece que esse senhor já fez o que tinha a fazer, foi muito bem pago, tinha uma avença e não vinha à Câmara, apresentou o trabalho que não devia ser uma avença mas uma prestação de serviço. E agora a mesma pessoa, o que acho estranho, que concluiu esse estudo, que está na Câmara Municipal vem fazer
quase a mesma coisa”, enumerou. O vereador do Ambiente, Renato Pinto Ribeiro, apontou que “desconhece completamente” a requisição, uma vez que “não passou” por si. “Como as dúvidas são algumas”, António Azevedo decidiu “retirar este ponto da ordem de trabalho para que seja devidamente esclarecido por quem está com este procedimento”. Já no período de intervenção do público, Joaquim Azevedo questionou se o executivo camarário “não acha um absurdo total oferecer 42 mil euros a uma pessoa para fazer um estudo de uma coisa que já foi feita e nem sabem qual é razão porque o que estão a fazer”. O vice-presidente apenas respondeu que: “o senhor fez a pergunta e deu a resposta”.
6 Atualidade
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26 de setembro de 2014
Parque das Azenhas começou a ser limpo mas obras continuam paradas Magda Machado de Araújo
António Azevedo, presidente da Câmara em exercício na reunião de câmara desta quinta-feira, anunciou que as operações de limpeza do Parque das Azenhas já começaram e que as obras deverão recomeçar em breve. O anúncio foi feito na reunião de Câmara desta quinta-feira, 25 de setembro, por António Azevedo, presidente da Câmara em exercício, após ter sido questionado pela vereadora Joana Lima sobre o espaço que está praticamente pronto (da ponte de caminho de ferro à Barca) continuar sem limpeza. A obra “esteve parada 10 meses, o Sr. Presidente da Câmara disse que a obra ia começar há cerca de um mês e meio, mas até agora ainda não começaram”. António Azevedo anunciou que as operações de limpeza já
Acesso do Pinheiral ao Parque das Azenhas
tiveram início esta semana e que se espera que as obras possam arrancar em 30 dias, uma vez que
uma das empresas do consórcio pediu um PER- Plano Económico de Revitalização que ain-
da não foi aprovado. O vice presidente afirmou que por força disso “ainda não foi possível avançar com a assinatura do contrato de trabalhos a mais” mas garante que “o consórcio está a fazer todos os possíveis e tem-se esforçado para acabar as obras e foi-nos garantido pelo Senhor Gaspar (da empresa ABB) que assume e executa as obras”. “Está ainda previsto, caso seja necessário fazer um adiantamento de um milhão de euros ao consórcio para que possa avançar e terminar as obras”, adiantou António Azevedo. O Parque abriu parcialmente até à zona da Barca a 15 de setembro de 2013, durante o inver-
no ficou danificado, devido à subida das margens do Rio Ave, sobretudo junto à Quinta do Zé Emílio e estufas da empresa Hortiflor, local onde os terrenos são quase planos e em época de cheia, as águas galgam vários metros as margens do rio Ave. Hoje, e mais de um ano depois, as obras estão paradas há cerca de “10 meses” e com o inverno à porta poderá pôr-se em questão se vai ou não ficar pronto até final de 2014. Recorde-se que o projeto envolve um investimento de cerca de três milhões de euros, comparticipados em 85 por centro pelo QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional) que tem de estar fechado até junho de 2015.
Detido sem habilitação para conduzir
comparecer em Tribunal na manhã do dia 22.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa deteve um homem a conduzir um ciclomotor na Avenida da Maganha, em Santiago de Bougado, sem habilitação para a condução. O condutor, de 38 anos e morador em Alvarelhos, foi detido pelas 10.45 horas do dia 20 de setembro e notificado para
Despista-se com álcool no sangue
tado lateralmente. Com a ajuda de populares, o condutor, de 46 anos e residente em S. Mamede do Coronado, conseguiu endireitar a viatura e encostá-la à verba. A GNR fez um teste de alcoolemia, que acusou uma taxa de 1,96 gramas de álcool por litro de sangue. Foi notificado para comparecer no tribunal, pelas 10 horas do mesmo dia.
Autarquia referiu que já começaram as operações de limpeza
Polícia
Furtos de peças em cemitério De 15 para 16 de setembro, os amigos do alheio furtaram uma imagem de S. José, em bronze, do cemitério em S. Martinho de Bougado e causaram estragos nas pedras de fixação. O valor do prejuízo é de 500 euros. Já durante esta semana, registaram-se mais furtos, nomeadamente de diversas peças metálicas de imagens e adornos e a destruição de algumas pe-
dras. António Barbosa, elemento da Junta de Freguesia de Bougado, confirmou que são cerca de uma dezena as pessoas que terão abordado elementos da Junta de Freguesia e é expectável que possam ser mais, uma vez que é durante o fim de semana que as pessoas vão ao cemitério com maior afluência. O último registo de furto de peças é desta quarta para quinta-feira.
As autoridades foram chamadas para um despiste na Rua D. Pedro V, em S. Martinho de Bougado, junto às bombas de combustível da Galp, pelas 1.26 horas do dia 24 de setembro. O veículo despistou-se e ficou capo-
Atualidade 7
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26 de setembro de 2014
Aulas começaram sem livros, sem professores e sem auxiliares Magda Machado de Araújo
Começo do ano letivo na Trofa marcado por falta de manuais escolares, professores e pessoal auxiliar. As refeições escolares e a manutenção dos edifícios são outras das preocupações dos pais. O ano letivo 2014/2015 teve início, oficialmente, no concelho da Trofa no dia 15 de setembro, mas há alunos, nomeadamente do pré-escolar, que ainda não têm professor, auxiliares, nem pessoas para apoiar nos serviços de limpeza. Já no que diz respeito ao funcionamento de cantinas, há ca-
sos em que existe apenas uma cozinheira e uma auxiliar, a cumprir quatro horas de trabalho, para fazer as refeições para 300 crianças, em escolas como Finzes e Cerro. A estes problemas acresce o da falta de pessoal nas cantinas na confeção das refeições assim como no apoio às crianças durante o horário de almoço, havendo mesmo escolas em que pessoas contratadas pela Câmara Municipal da Trofa ao abrigo dos Contratos Emprego Inserção deixam de fazer vigilância no exterior da escola para ajudar no apoio à alimentação das crianças, muitas das quais a frequentar o jardim de infância pela primeira vez.
Além disso, faltam os livros escolares em escolas como Paradela e Paranho para os alunos que têm escalões A e B, uma vez que os manuais este ano são pagos pelos pais e apenas os alunos com escalão têm direito à oferta dos livros. Assim, quase duas semanas depois de se iniciarem as aulas há salas onde há alunos sem livros escolares”, adiantou um encarregado de educação que pediu o anonimato por temer represálias. Os pais dos alunos das Escolas do Agrupamento da Trofa queixam-se de terem sido “convidados” a “pintar as escolas porque a Câmara não tem capacidade financeira para o fazer. Em Guidões a situação repe-
te-se. Os pais foram chamados a pintar a escola em regime de voluntariado, porque alegadamente “a Câmara só dá a tinta e não dá a mão de obra”. Há encarregados de educação que se dizem “revoltados pois não há dinheiro para a educação mas há para atividades e despesas supérfluas”, acusam. O Notícias da Trofa enviou por email ao Vereador da Educação António Azevedo um pedido de esclarecimentos sobre o porquê das falhas atrás enunciadas e face à ausência de resposta, contactado por telefone o autarca informou que não conseguia responder a tempo de ser publicado na edição desta sexta-feira. Questionado sobre os livros
escolares durante a reunião de câmara desta quinta-feira, 25 de setembro pelos vereadores da oposição, António Azevedo, adiantou que os manuais escolares e o material escolar passou para alçada dos agrupamentos. “No Agrupamento da Trofa o atraso na distribuição dos manuais escolares deveu-se a um erro no concurso e teve que se fazer novamente”. Questionado sobres as AEC e pessoal não docente, António Azevedo adiantou que foi feita delegação de competências para os agrupamentos, afirmando que também foi delegada justificação de faltas dos funcionários da Câmara que trabalham nas escolas”.
EB1 Feira Nova foi requalificada para ano letivo Patrícia Pereira
Os voluntários da empresa Odlo Portugal requalificaram a Escola Básica de Feira Nova, em S. Mamede do Coronado. “O nosso cuidado foi dotar as salas de aula, halls, casas de banho, telhado e partes exteriores com a melhor qualidade”. Durante os meses de verão, voluntários da empresa Odlo Portugal requalificaram as instalações da Escola Básica de Feira Nova. Júlio Paiva, responsável pela Odlo Portugal, afirmou que “esta atividade social surge dos encon-
tros que se estabeleceram entre a Câmara Municipal da Trofa e a direção” da empresa, sendo que esta escola foi “o projeto selecionado, pois pareceu a todos os intervenientes a mais urgente e a que traria maior benefício para a população em geral e em muito especial às crianças de S. Mamede”. “Podemos referir que muitas funcionárias da Odlo Portugal têm os seus filhos nesta escola e deste modo estamos também a cuidar de um modo especial dos nossos colaboradores”, acrescentou. O responsável referiu que “toda a empresa esteve envolvida e empenhada na obra, ficando as intervenções mais técniFuncionários da Odlo Portugal deram nova vida à EB1 Feira Nova
cas e exigentes a cargo de um empreiteiro que habitualmente trabalha” com a empresa, sendo que “naturalmente estas intervenções mais específicas decorreram nos meses de verão”. Nas infraestruturas foram “feitas alterações de acordo com as regras estabelecidas pela Câmara Municipal”. “Não quisemos fazer uma simples lavagem de face, mas uma intervenção séria que
deixasse uma marca da nossa qualidade enquanto empresa. Relativamente aos custos não é nem nunca foi a nossa preocupação maior”, denotou Júlio Paiva mencionou que a “Odlo Portugal tem tido ao longo dos últimos anos uma política social que faz já parte da génese”, em que “todos os trabalhos desenvolvidos ao longo dos anos neste âmbito revestem-
se sempre de uma política proativa em que todos os colaboradores da empresa participam cívica e socialmente nas tarefas sociais que a empresa propõe através do seu departamento social”. Nesse sentido, a empresa tem desenvolvido “todos os anos diferentes atividades sociais também noutros concelhos nomeadamente na Maia e Gondomar”.
8 Política
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26 de setembro de 2014
Congresso distrital do PS em Santo Tirso
Moção estratégica de José Luís Carneiro aprovada Cátia Veloso
Santo Tirso recebeu, pela primeira vez, um congresso distrital do PS. Reunião ocorreu na Fábrica de Santo Thyrso, no dia 21 de setembro, a uma semana das eleições internas, que vai escolher o secretáriogeral e próximo candidato do partido às legislativas de 2015. Uma mensagem de unidade foi aquela que os socialistas presentes no 16.º Congresso Distrital do PS do Porto quiseram passar, com a aprovação, por unanimidade, da moção estratégica global assinada por José Luís Carneiro. Segundo o recém-eleito presidente da Federação Distrital, foi a primeira vez, desde o 25 de Abril, que uma moção desta natureza recolheu o consenso dos congressistas, contrariando o clima de divisão – cada vez mais conturbado – que se vive no seio do PS com as eleições primárias que acontecem no domingo, 28 de setembro. Esta circunstância motivou, inclusive, a ausência do atual secretário-geral, António José Seguro, que se fez representar por Francisco Assis, para evitar acusações de aproveitamento político. Sobre a aprovação da moção estratégica, que elenca dez “compromissos” para o distrito e para a região, José Luís Carneiro diz ser a prova de que “o Partido Socialista está forte no Porto” rumo à obtenção do “objetivo” de “ganhar as eleições legislativas”.
José Luís Carneiro apresentou moção com dez compromissos
Entre os compromissos assumidos pela Federação, está a intenção de ter “um partido aberto, competente e qualificado”, que se “comprometa com a reforma do Estado”. Neste domínio, está patente o “reforço dos mecanismos das competências das autarquias locais” em duas dimensões. A primeira é a regionalização, matéria que a distrital do PS não esquece, por considerála essencial para “aproximar o poder dos cidadãos” e “garantir níveis de escrutínio da ação e decisão política de forma mais eficaz”. “Temos, talvez, o país mais centralizado da Europa. Estamos confrontados com a necessidade de avançarmos com essa reforma fundamental do Estado para garantir uma decisão política mais célere e eficiente, capaz de, com os mesmos recursos, produzir mais resultados no desenvolvimento regional”, sustentou José Luís Carneiro. Na segunda dimensão surge o “reforço das competências das
autarquias” nas áreas da educação, saúde, apoio social, emprego, formação e qualificação profissional. De que forma? “Através da articulação com as redes sociais, que têm parceiros da Segurança Social, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, e entidades ligadas à saúde e do combate à pobreza”, respondeu. José Luís Carneiro defende também a “valorização de infraestruturas no distrito, ligadas à mobilidade, educação e saúde”, porque “nem todo o investimento público deve ser diabolizado” e “há muitas necessidades materiais que têm de ser solucionadas por via das políticas públicas e com recurso ao quadro comunitário”. A economia também está na lista de prioridades da Federação, através da intenção de investimento em “investigação”, na cultura e em políticas que estimulem “a inovação”. “Aproveitar a reforma da fiscalidade que está a ser feita no país, para colocá-la
ao serviço da comunidade e da promoção do emprego”, atestou. A igualdade de género também consta na moção, conteúdo que se aproxima das medidas recentemente reivindicadas por António José Seguro. No documento consta “o reforço da presença das mulheres na vida política” e “constituição de um debate público” que acabe com “preconceitos” e “injustiças”, como “a remuneração do trabalho atribuída a mulheres e homens”, e “denuncie casos de violência doméstica”. “PS também sabe reunir consensos” Francisco Assis, que representou Seguro no encerramento do congresso, mostrou-se convicto na união do PS após as primárias, avisando os “opositores” que o partido “sabe discutir quando é para discutir, mas também sabe reunir consensos quando é necessário”. Santo Tirso recebeu, pela pri-
meira vez, o congresso distrital do PS. Para Joaquim Couto, líder da Comissão Política tirsense, foi “um orgulho” o “reconhecimento da Federação de que a organização do congresso foi boa para o partido”. A mensagem de unidade foi a mais veiculada no congresso, que também ficou marcada pela eleição da única lista aos órgãos federativos, liderada por Mário de Almeida. No congresso, foram várias as figuras trofenses que intervieram. De destacar, o discurso de Teresa Fernandes que, na qualidade de presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Porto, se propôs a “construir um departamento ativo, forte e mobilizador” e a “desenvolver um trabalho responsável e profícuo” contribuindo para que “o distrito continue a ter um PS forte e que seja sempre uma alternativa credível”. A socialista reiterou, igualmente, a necessidade de o partido de unir para o “grande desafio” que é vencer as legislativas, no próximo ano. Já Marco Ferreira, líder da Comissão Política e Concelhia do PS da Trofa, elogiou José Luís Carneiro como “exemplo da proximidade com todos os militantes” e aproveitou para relembrar que a questão do metro até à Trofa “é um problema gravíssimo” e uma “injustiça histórica, que o PS tem obrigação de ajudar a corrigir”. Também discursaram Joana Lima, Ângela Moreira, Nuno Moreira e Zélia Coelho.
Eleições primárias do PS O Partido Socialista vai a eleições primárias este domingo, 28 de setembro, entre as 9 e as 19 horas, que vai opor António José Seguro e António Costa para próximo secretário-geral. Os militantes de S. Romão e simpatizantes de S. Romão e S. Mamede do Coronado devem votar no edifício sede da Junta de Freguesia, em S. Romão, enquanto que os militantes de S. Mamede votam na sede do PS da localidade, na Rua Manuel José Azenha Ferreira. Já os militantes e simpatizantes de Alvarelhos e os simpatizantes de Guidões votam no edifício sede da Junta de Freguesia, em Alvarelhos. Os militantes e simpatizantes de Santiago e os simpatizantes de S. Martinho votam na sede da Concelhia do PS, si-
tuada no Edifício Nova Trofa. Na EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques votam os militantes e simpatizantes de Covelas, do Muro e de S. Martinho de Bougado e os militantes de Guidões. Segundo fonte do partido, “por lapso, nos cadernos eleitorais alguns simpatizantes foram colocados a votar noutros locais que não os de residência”. No entanto, para esclarecer as dúvidas, os militantes e simpatizantes podem dirigir-se à sede de candidatura de António José Seguro, no Largo Pontechique, junto às Galerias Araújo, para se informarem do local onde terão de votar. A sede vai estar aberta todos os dias. Se preferirem podem consultar o seu local de voto no site do PS dedicado às eleições primárias (www.psprimarias2014.pt). P.P.
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26 de setembro de 2014
Trofense é candidata a Miss European 2014 Patrícia Pereira
Sílvia Silva Reis tem 23 anos e é uma das candidatas nacionais que vai representar Portugal na Miss European 2014, que se realiza de 6 a 12 de outubro, na Irlanda. Durante a participação no concurso de beleza Miss Santal, onde conquistou o título de Miss Simpatia Santal, Sílvia Silva Reis foi convidada a participar na Miss Look Glamour, tendo sido uma das “15 finalistas nacionais” apurada. A partir de “castings regionais e distritais”, as concorrentes a Miss Look Glamour passaram por “várias fases” até “serem apuradas as 15 finalistas nacionais” que foram direcionadas para “concursos internacionais de beleza”. Sílvia Silva Reis integra o grupo que vai representar Portugal no concurso Miss European 2014. Para a trofense “é ótimo ser uma das meninas escolhidas” para representar o
país lá fora, porque “é uma honra ter sido umas das eleitas no meio de tantas candidatas” e fará “parte da linha da frente de todo um conjunto de pessoas que se esforça para levar o nome de Portugal o mais longe possível”. O concurso tem “duas componentes”: a nível individual e de grupo. Sílvia espera “sair bem classificada tanto a nível individual como enquanto grupo”. “Existe o concurso de dança em grupo, do qual Portugal tem sido vencedor”, acrescentou. Para a trofense este concurso “é um complemento da vida e uma mais-valia para a sua formação enquanto pessoa e profissional”, pois atualmente frequenta o último ano do curso de Arquitetura na Universidade do Porto. Natural de Póvoa de Varzim, Sílvia Silva Reis, de 23 anos, vive na Trofa, onde frequentou o 2.º e 3.º ciclo no Colégio Nossa Senhora das Dores e, posteriormente, a Escola Secundária da Trofa. A jovem tem “alguma experiên-
cia como modelo”, tendo começado a “fazer desfiles e alguns catálogos quando tinha cerca de 16 anos”, uma coisa que “não tem nada a ver” com ser Miss. “Para ser Miss temos que seguir um conjunto de regras ‘de como ser uma princesa’, não só enquanto desfilamos mas também como nos comportamos em sociedade. Transforma-nos e define aquilo que queremos ser para os outros, que passa por sermos um exemplo a seguir”, explicou. Sílvia Reis denotou que estes concursos de beleza dão “muita visibilidade”, o que faz com que “várias portas se abram mais facilmente” e as “fazem crescer”, pois durante “as semanas de preparação para as respetivas galas finais” estão “afastadas de casa” e têm de se “adaptar a novas regras e a novas pessoas”. “Por isso espero no final deste desafio final na Irlanda regressar mais forte e preparada para tudo”, concluiu. Sílvia Reis quer ficar bem classificada no concurso
Festivaleiros concentraram-se no S. Pantaleão Patrícia Pereira
“Projecto Muro Cultura” promoveu uma festa dedicada à juventude no S. Pantaleão, na noite de sábado, 20 de setembro. “Aos velhos amigos, aos novos amigos, aos conhecidos e aos desconhecidos, um muito obrigado pela magnífica festa que fizeram no Projecto MC de sábado à noite! Sem este público magnífico a coisa não seria a mesma”. A mensagem foi deixada pelo “Projecto Muro Cultura” na página oficial do Facebook, no final da festa dedicada à juventude. Vários festivaleiros juntaramse no recinto para ouvir o set de DJ, composto por DJ PAUL & Dinis, os WTF DJS e Double Two Xpress Dj’s (W2xPress Dj’s). Mas antes, os jovens foram recebidos com música acústica pela banda formada por Gonçalo Sousa, Eduardo Sinatra e Diogo Fonte. E sendo festa dedicada à juventude, não podia faltar o bar,
que esteve a cargo da Juventude Sem Fronteiras do Muro. André Azevedo justificou a escolha de “DJ de vários pontos do país, como Famalicão e Santo Tirso”, com o facto de “atrair algumas pessoas”, tendo no local a acampar “pessoas de Santo Tirso”. Para “o caso de chover”, a organização montou o recinto “no salão”, mas os festivaleiros queriam que fosse ao ar livre no S. Pantaleão. Margarida Pinto contou que o projeto “surgiu numa conversa de café depois de uma Volta a Portugal, onde houve um grupo que fez uns panos alusivos ao metro”. Foi aí que o grupo olhou para “a estação” e falaram que se podia “fazer coisas bonitas e sobre a cultura, tendo em conta que está abandonada e que ninguém vai fazer nada”. Foram enviadas “mensagens a várias pessoas mais jovens do Muro”, tendo existido algumas que se juntaram ao grupo, hoje constituído por “dez pessoas entre os 18 e os 27 anos”. “Queremos crescer o grupo, precisa-
Festival começou com concerto acústico
mos de mais gente. A logística é complicada, é preciso muito tempo que alguns de nós não tem para dar”, acrescentou André Azevedo, demonstrando a ideia de se “tentar fazer uma associação”. O “Projecto Muro Cultura” começou o ano passado com “uma festa de lançamento” e, este ano, andou “um bocadinho adormecido”. Foi aí que perceberam que “as pessoas que vieram à festa estavam desejosas que houvesse outra iniciativa des-
te género e outras de dinamização do espaço, através da cultura, das artes e mesmo da freguesia”. André Azevedo salientou que, apesar de o ano passado a entrada ter sido “gratuita”, estiveram na festa “cerca de 300 pessoas, o que foi ótimo”. A festa da juventude será “o grande evento” do Projecto Muro Cultura, promovendo ao longo ano “outras atividades”, estando já a pensar em desenvolver “uma exposição sobre os padroeiros da freguesia”, um “festival de cur-
tas-metragens, uma série de workshops no verão relacionados ou com a freguesia ou sobre a cultura e a arte” e “uma espécie de rotas ou caminhadas pelos cruzeiros ou por sítios emblemáticos da freguesia”. Margarida Pinto referiu que a ideia do projeto é “pegar em vários sítios que as pessoas nem sequer fazem ideia e tentar mostrar as deficiências que esses sítios têm e provavelmente chamar a atenção e potenciá-los”.
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26 de setembro de 2014
Caminhada pelo Coração repete sucesso Cátia Veloso
A Farmácia Moreira Padrão realizou a 2.ª Caminhada pelo Coração que contou com a participação de “mais de 600” pessoas. As previsões apontavam para chuva, mas foi o sol que acompanhou as centenas de pessoas que participaram na Caminhada pelo Coração, na tarde de domingo. Face aos pedidos para repetir a experiência do ano passado, os responsáveis da Farmácia Moreira Padrão decidiram prolongar o percurso que iniciou junto ao estabelecimento, em S. Martinho de Bougado, e terminou no Souto de Bairros, em Santiago. Novos e velhos, sozinhos ou acompanhados, houve até quem
Caminhada contou com “mais de 600” pessoas, disse elemento da organização
quisesse levar os amigos de quatro patas, porque estes “também
têm coração”, dizia uma das participantes. O percurso foi feito ao som da música debitada por um camião que servia de chamariz para a atividade, na cidade e na zona rural, onde o cheiro das ramadas convidava a saborear as uvas já no ponto para as vindimas. Segundo a organização, foram “mais de 600” as pessoas a calcorrear os quase cinco quilómetros até ao Souto de Bairros, onde as esperavam sombras refrescantes para o merecido descanso. A promoção da saúde, aliada à Semana da Mobilidade,
sustenta esta atividade da Farmácia Moreira Padrão, que acedeu aos “muitos pedidos” para realizar, novamente, a caminhada. “Quero agradecer aos trofenses por nos terem acompanhado e partilhado connosco mais um sucesso da iniciativa. Para nós, o mais importante é mostrar a importância de tratar da saúde, todos os dias”, afirmou Joana Fonseca, da organização. À chegada, os participantes puderam fazer rastreios visuais, à glicemia, colesterol e tensão arterial. Joana Fonseca deixou no ar a possibilidade de a atividade se
repetir no próximo ano e agradeceu “às doutoras Ana e Vanessa que, novamente, foram incansáveis e a todas as pessoas que apoiaram em termos monetários e logísticos”. “A equipa da Farmácia quer prestar a nossa homenagem à doutora Maria Júlia pelo sacrifício, esforço e trabalho que tem dedicado à Trofa e à Saúde, principalmente. São muitos anos de dedicação e reconhecimento por toda a gente. Estamos muito gratos por tudo o que nos tem ensinado no trabalho e pelo acompanhamento que nos faz para seguirmos os passos dela”, concluiu.
Atualidade 11
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26 de setembro de 2014
Lojistas da Praceta Monge Pedro uniram-se para dinamizar comércio local Patrícia Pereira
A Praceta Monge Pedro, em S. Martinho de Bougado, ganhou vida durante o dia 20 de setembro. As lojistas trouxeram as suas atividades para a rua, dando a conhecer o que de melhor fazem. Denominada Regresso em Festa - Sabor e Arte, a iniciativa contou com várias atividades, como exposições, espetáculos de dança, demonstrações, workshops e desfile da nova coleção de mochilas escolares. Durante o dia, a Papelaria Novo Mundo promoveu um workshop de Goma EVA e Sizzix, a Arte de Bordar uma “Iniciação ao Bordado” e a Sabores – Lídia Catering um workshop de culinária. O certame foi animado pela Escola Passos de Dança. A ideia deste certame partiu de Natália Soares, da Papelaria Novo Mundo, que contou que “uniram várias lojas” para “impulsionar um bocadinho a praceta” sob o tema “regresso às aulas” sendo que no workshop de culinária a ementa que predominou foi “o outono”. “Envolvemos várias pessoas para que também conheçam os nossos espaços, os nossos serviços, penso que é importante divulgarmos um bocadinho aquilo que fazemos e o que somos”, acrescentou.
Praceta ganhou vida com Festa Sabor e Arte
A escolha do mês de setembro para a iniciativa não foi ao acaso, pois esteve relacionada com “o regresso de todas as pessoas de férias” para “mostrar a coleção já para o Natal” através de algumas atividades, como os workshops. Natália Soares espera que na segunda edição do evento “estejam e apareçam mais pessoas”, em que a organização vai “tentar engrandecer ainda mais” a iniciativa. “Sinto que foi um grande êxito e toda a gente saiu daqui satisfeita. Agradeço a participa-
ção da Passos de Dança como de todos os lojistas e pessoas que estavam envolvidas. Agradeço imenso pois só com eles foi possível”, concluiu. Lídia Couto foi uma das lojistas e convidadas que participou, apresentando a sua empresa de catering. Para si “é importante dinamizar” as lojas e devido ao “sucesso que este evento teve faz todo o sentido que as pessoas continuem e que se faça uma nova edição em que tenha muito mais gente”. “Eu trabalho na Trofa onde tenho uma empresa
de catering há dez anos e encontrei pessoas que não faziam ideia que eu tinha uma empresa e que trabalhava nesta área. Como no meu caso há muitas lojas assim e há muitas pessoas que pensam da mesma maneira e que não conhecem, logo faz todo o sentido porque é uma maneira de dinamizar e mostrar aquilo que nós fazemos”, frisou. A loja Sexto Sentido, com “cerca de três anos”, está implementada na Trofa para “embelezar e trazer o bem-estar da população”, disponibilizando
“diversos serviços de manicure, pédicure, tratamentos de beleza, podologia, maquilhagem, tudo aquilo que a pessoa precisa para se sentir bem”. “Decidimos participar neste evento para divulgar os nossos serviços e o nosso espaço porque achamos que muitas pessoas que aqui moram não conhecem o nosso espaço e preferem procurar outro fora da Trofa. Achamos que foi um sucesso a nossa participação e queremos continuar a participar”, adiantou.
Ricardo Oliveira reeleito presidente do Danças e Cantares Vale do Coronado Na Assembleia-Geral do Grupo Danças e Cantares do Vale do Coronado, que se realizou no dia 20 de setembro, foram eleitos corpos gerentes para o biénio 2014/2016. Com 58 votos ‘sim’ e dois brancos, Ricardo Oliveira foi eleito presidente da direção do Grupo de Danças e Cantares do Vale do Coronado. Os corpos sociais, que contam com Sérgio Azevedo a presidir a Assembleia-Geral e José Guedes no Conselho Fiscal, vão tomar posse pelas 21.30 horas desta sexta-feira, 26 de setembro, na Pesafil, situada
na Rua do Covelo, em S. Mamede do Coronado, “antes do primeiro ensaio da época”. Para o próximo biénio, os objetivos de Ricardo Oliveira passam pela “conclusão do processo de adesão à Federação de Folclore Português, convertendo a inscrição de sócios aderentes para sócios efetivos, continuar as pesquisas, terminar o portefólio de apresentação, apostar em alguns eventos, fazer algumas modificações na apresentação do festival e continuar a pesquisar quadros etnográficos característicos da região”. Relativamente à adesão da
Federação, o presidente contou que tem o portefólio “já praticamente terminado”, faltando “dar uns toques” e depois apresentar à Federação, que vai fazer “um trabalho de avaliação” e, se preencherem “os requisitos”, são “identificados como um grupo que representa fidedignamente as tradições da região”. “A Federação do Folclore Português tem acompanhado as nossas atuações, as nossas danças e os nossos cantares, agora falta justificar a base do nosso trabalho, ou seja, mostrar à Federação o porquê de nós fazermos estas representações e vestir-
mos estes trajes para que possam enquadrar na região Douro Litoral Norte”, explicou. Depois da tomada de posse, a direção vai começar a “trabalhar para o aniversário” do Grupo de Danças e Cantares do Vale do Coronado. Ricardo Oliveira contou que, este ano, querem “fazer uma coisa diferente do que fizeram o ano passado”. Mas antes do aniversário, celebrado a 11 de novembro, o Grupo vai participar numa desfolhada tradicional, que decorre este sábado, em Gemunde, na Maia. Tendo já sido presidente da comissão instaladora, do primei-
ro mandato e agora eleito para o segundo mandato “quase de empurrão”, Ricardo Oliveira denota que isto “deve querer significar que as pessoas gostam do seu trabalho”, tendo “a perfeita consciência que o Grupo tem crescido bastante”. “Tem sido um trabalho profícuo e há sempre coisas que compensam descobrir. Quando pensamos que há uma coisinha que já está pronta há sempre mais uma novidade e isso é um gozo tremendo. Temos corrigido à velocidade luz os nossos trajes. Tem sido um balanço positivo”, apontou. P.P.
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26 de setembro de 2014
António Costa apoiado na Trofa Cátia Veloso
O Restaurante Braguinhas, em Santiago de Bougado, foi o local escolhido para o jantar de apoio à candidatura de António Costa à liderança do Partido Socialista, que decorreu na sexta-feira, 19 de setembro. Foi ao som do Grupo Etnográfico de Santiago de Bougado que António Costa chegou ao restaurante, onde mais de 250 pessoas o esperavam para mostrar que estão ao seu lado para vencer António José Seguro nas eleições primárias de 28 de setembro. Devolver a “confiança” aos portugueses é o objetivo de Costa. “Confiança” foi, de resto, um dos vocábulos mais repetidos no discurso do candidato que garante liderar uma candidatura que visa “responder positivamente ao apelo que os portugueses lançaram de o PS se afirmar como uma alternativa sólida” contra o atual Governo. Para Costa, em Portugal “tem faltado uma resposta ao impasse em que tem estado o Governo sem soluções”, numa clara alusão à atuação do opositor nas eleições internas. “Voltei a ver na pub
cara dos socialistas, quer dos militantes quer dos simpatizantes, um brilhozinho nos olhos e a confiança que o PS voltou para fazer a mudança que é necessária em Portugal”, frisou. Sem apresentar propostas concretas, porque já defendeu que “compromissos” só daqui por um ano, o socialista considera que “é preciso que os portugueses voltem a acreditar que o país tem futuro”, defendendo a “pacificação da sociedade portuguesa”. “Temos que tranquilizar quem vive das suas pensões, que as vai ter garantidas e estabilizadas. Temos de dar um sinal claro a quem vive do seu trabalho, que os salários vão ser valorizados e que vamos voltar a dignificar o trabalho e por isso é fundamental a atualização do salário mínimo nacional. Temos de dar aos empresários confiança no futuro, dizendo-lhes que temos de estabilizar o sistema financeiro, para que tenham acesso ao crédito, e o sistema fiscal, porque não há quem possa investir sem saber o que vai pagar ao final do ano ao fisco, cujas regras têm sido alteradas a cada ano”, argumentou. António Costa rejeita as acusações de “liderar uma campa-
António Costa garante ser a “alternativa sólida” contra o Governo
nha de uma certa Lisboa”, contrapondo o que sentiu na campanha feita no Norte. “Já percorri três vezes cada um dos distritos, Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga e, sobretudo o Porto, e sempre senti que o Norte está com esta candidatura e que aqui vamos ganhar as eleições primárias”, sustentou. Numa operação de charme aos apoiantes, António Costa apelou “à união” depois das primárias e legislativas para “recuperar para o PS a Câmara Municipal da Trofa”. “Essa é uma luta que nos tem de unir a todos”, asseverou. Costa é o “farol da esperança” dos apoiantes Militantes e simpatizantes da Trofa defendem que só António Costa será capaz de recuperar a soberania política ao PS. João Fernandes tem no candidato o rosto da “responsabilidade” para garantir “o futuro com um país melhor” e elogiou a postura “se-
rena” diante dos “ataques sujos de que tem sido alvo, não dos atuais adversários políticos, mas daqueles que dentro do PS não querem perceber que a mentira, a demagogia e o populismo têm perna curta e que não é possível enganar toda a gente a vida toda”. Já Carlos Portela, da secção socialista de Santiago de Bougado, no discurso de apoio a Costa, não deixou de dar uma “alfinetada” aos camaradas da fação contrária, a nível concelhio. “Num terreno difícil como a Trofa, onde por vezes a democracia tanto a nível autárquico como de forma precipitada a nível interno parece ser, permanentemente, tutelada, cá estamos sem peias e sem medos para afirmar termos em ti (António Costa) o farol da nossa esperança”, atirou. Além de militantes trofenses, houve quem viajasse de concelhos vizinhos para apoiar António Costa. Para Manuel Pizarro, é longa a linha que separa as candidaturas. De um lado, diz, “está
Mais de 250 pessoas encheram Restaurante Braguinhas
uma oposição adulta, consciente em relação à vida política e que honra a história do PS”, do outro “há uma campanha constante de ataques pessoais, de divisionismo, que junta o PS ao discurso da direita para dividir o país”. Pizarro utilizou até uma metáfora para definir o desagrado de António José Seguro pelo avanço de Costa: “Num certo desespero, o ainda secretário-geral do PS resolve portar-se como aqueles meninos que levam a bola para a escola e quando alguém marca um golo contra a equipa onde ele joga, ele rouba a bola e nunca mais ninguém pode jogar. No nosso partido, a bola é de todos os militantes e simpatizantes e nós temos o direito a escolher o capitão de equipa que queremos levar o PS para a vitória”. Os dois candidatos às primárias do PS já passaram pela Trofa. Domingo é o dia D para o partido, que conhecerá quem vai liderar a candidatura socialista às legislativas de 2015.
Cultura 13
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26 de setembro de 2014
Grupo de Tradições de Cidai promove mostra de folclore infantil Cátia Veloso
Uma mostra de folclore com protagonistas de palmo e meio. A atividade, da chancela do Grupo de Tradições Infantis de Cidai, realizou-se no sábado, 20 de setembro. As vozes dos Meninos Cantores do Município ecoaram no recinto da Feira e Mercado da Trofa. Ao contrário do que é habitual, o repertório visou exaltar tradições de outrora e o património do concelho no panorama folclórico. O coro foi o convidado especial do Grupo de Tradições Infantis de Cidai (GTIC), que promoveu uma Mostra de Folclore. “Normalmente, os grupos folclóricos acompanham as atuações com as tocatas, mas nós temos de nos recorrer ao suporte digital. Com os Meninos Cantores, fizemos o que, naturalmente, se fazia nos locais de brincadeira. Tivemos muito gosto de partilhar o palco com eles”,
Grupo de Tradições Infantis de Cidai partilhou palco com Meninos Cantores do Município
afirmou Laura Campos, responsável pelo GTIC. Além da música e da dança, à época “ensinadas na escola ou pelas mulheres mais velhas da família”, o palco também foi lugar para a demonstração de quadros etnográficos, verdadeiros retratos da vivência das crianças nas primeiras décadas do sécu-
lo XX, bem diferente da realidade dos dias de hoje. São exemplo os trava-línguas e as lengaslengas ensinadas aos serões, pelas avós, para manter os mais pequenos sossegados dentro de casa. Outro “aspeto muito importante” do passado e que foi evidenciado no espetáculo reproduzido
pelo GTIC foi “o trabalho penoso e árduo executado pelas crianças de então”. As atuações, mais do que servir para mostrar as tradições, assumem um papel importante na instrução dos mais pequenos para que “se interessem pela preservação do património material e imaterial e amem esta cultura
e forma de sermos diferentes dos outros povos”, argumentou Laura Campos. O espetáculo contou com a participação dos ranchos folclóricos infantis de Geraldes (Peniche) e de S. Cristóvão de Nogueira da Regedoura (Santa Maria da Feira) e do Grupo Folclórico e Etnográfico de Macinhata do Vouga (Águeda), que permitiram um “intercâmbio de culturas”. A ACRESCI - Associação Cultural Recreativa e Social de Cidai - tomou conta do GTIC, que nasceu na extinta Escola Básica de Cidai e “tem vindo a crescer” ao ponto de, atualmente, “ter mais elementos que na época passada”, afirmou o presidente da coletividade, José Carlos Costa. “Os miúdos adoram estar no grupo”, acrescentou. Enquanto a mostra de folclore encerra a época do grupo infantil, a associação prepara a realização das eleições dos órgãos sociais, que estão agendadas para novembro. pub
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26 de setembro de 2014
Lionsretomou colheitas de sangue
Banho público rendeu “344 euros” para APELA Patrícia Pereira A.Costa
Grupo de Jovens, Acólitos da Trofa e pároco tomaram banho de água gelada pelos doentes com ELA. “Somos um” é o lema do Grupo de Jovens “Os Mensageiros” que, nesse sentido, protagonizou, juntamente com os Acólitos da Trofa e Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, um banho público no final da eucaristia das 11 horas de domingo, 21 de setembro, no adro da Igreja Nova, em S. Martinho de Bougado. Com o auxílio de baldes e bacias, os participantes deitaram pela cabeça abaixo água gelada perante o olhar das pessoas que
participaram na eucaristia e, que no final, foram chamadas a colaborar. O banho público rendeu “344 euros”, segundo Nuno Duque, responsável pelo Grupo de Jovens, que vai ser entregue à APELA – Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica. O responsável afirmou que esta iniciativa surgiu “por causa da solidariedade e da grande generosidade de Deus”, pois, se “Deus foi muito generoso com as pessoas também decidimos ser generosos e não quebrar esta corrente de solidariedade”. “Se ‘somos um’ os que estão doentes também fazem parte desse ‘um’, assim como toda a comunidade, tendo decidido associarnos a esta iniciativa com os acólitos e o padre Luciano”, es-
clareceu. O Grupo de Jovens nomeia “todas as paróquias da Vigararia Trofa/Vila do Conde”. Já no dia 7 de setembro, o movimento associativo da Trofa uniu-se e promoveu um banho público no Estádio do Clube Desportivo Trofense, que juntou “cerca de 700 pessoas”. Recorde-se que a APELA é uma associação de apoio a doentes com Esclerose Lateral Amiotrófica e que tem como objetivos “promover a divulgação da doença junto da sociedade civil, doentes, famílias e profissionais de saúde”, apoiando “os doentes com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica”, no sentido de “os esclarecer e ajudar na resolução dos seus variados problemas”.
Decorreu no dia 15 de setembro a primeira colheita de sangue promovida pelo Lions Clube da Trofa, depois do fim da parceria com o Hospital de S. João do Porto. Realizada pelo IPS (Instituto Português de Sangue) do Porto, a sessão decorreu no salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa e contou com a presença de 101 pessoas, das quais 86 fizeram a colheita, sendo que seis delas foram de medúla óssea. Devido à mudança de horário, houve um número diferente de pessoas, mas, por outro lado, registaram-se novos dadores. A próxima colheita realiza-se no dia 10 de outubro, na ASCOR, em S. Romão, e no dia seguinte no edifício sede da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões. Haverá ainda mais três sessões, no dia 17 de outubro, em Fradelos (Vila Nova de Famalicão), no Centro Paroquial, no dia 18 de outubro na empresa Eurico Ferreira, na Trofa, e no dia 20 de outubro, na Mundos de Vida, em Lousado.
Atletas “apadrinhados” por centros de estudo Todos os anos, a escola de kickboxing, LifeCombat tenta inovar para fazer crescer o projeto Cross Stars, que desenvolve em parceria com a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Através deles, crianças e jovens sinalizados têm oportunidade de serem integrados socialmente através do desporto e, mais concretamente, da modalidade de kickboxing. Na abertura de mais uma época desportiva, a LifeCombat contactou centros de estudo para que “apadrinhassem” os atletas, possibilitando que estes, de forma gratuita, frequentassem os espaços para terem “um momento de estudo”. “Até agora temos tido sucesso, já temos atletas a frequentar os centros. Isto é muito bom, porque vai permitir que eles sejam integrados num grupo exterior à escola e ao núcleo familiar”, afirmou a treinadora Nádia Barbosa. C.V.
Sessão de autógrafos do autor Bruno Marques O escritor Bruno Marques, autor do livro “O Pássaro das cores”, em conjunto com a direção da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, promoveu no dia 19 de setembro, uma sessão de autógrafos em parceria com as Lojas Note, na Feira do Livro do Porto. Com o objetivo de “enaltecer a liberdade”, a obra “apela para a reflexão do leitor, com exemplos que levem à mudança na forma de agir para alcançar uma sociedade mais justa e igualitária”, aproveitando o momento não só para divulgar o livro, como também para “dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela
Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP)”. “Fazemos um balanço positivo da Sessão porque permitiu conhecer outro público e dar a conhecer o nosso trabalho”, concluiu a direção da CVP Trofa. Com um custo de 10 euros por livro, as receitas da venda desta obra revertem na totalidade a favor da Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação da Trofa. Os livros estão disponíveis para venda na Delegação da CVP Trofa, nas livrarias Chiado Editora; Wook e Bertrand e podem ser encomendados através do site http://livros-cvptrofa.webnode.pt/ Sessão de autógrafos de Bruno Marques
Economia 15
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26 de setembro de 2014
José Manuel Fernandes lança livro sobre a exportação e internacionalização Patrícia Pereira
“Caminhos do Exportador – Estratégias de Internacionalização” é o título do livro da autoria de José Manuel Fernandes, empresário que fundou a Frezite. Direcionado para “jovens gestores, empresários das Pequenas e Médias Empresas (PME)”, mas também para “gestores com bastante experiência”, o livro “Caminhos do Exportador – Estratégias de Internacionalização” apresenta “algumas experiências práticas de uma vida de cerca de 36 anos como empresário e cerca de 50 na indústria e sempre ligado a empresas e atividades nas áreas da exportação e bens transacionáveis”. Com “um estilo anglo-saxónico”, José Manuel Fernandes afirma que o livro é “extremamente objetivo, simples de ler e de compreender”, que se baseia na “escola do erro, porque é focado em casos que demonstram aquilo que não se deve fazer e aquilo
que se deve fazer”. “Num momento em que Portugal está com grandes carências de reforço das suas exportações, de validar muitas das mutações que as empresas têm que fazer no mercado interno, doméstico para os mercados externos, este livro é um grande auxiliar a apontar caminhos nesse sentido. Tem aí resultados de uma vida e que nós temos muito gosto em transmitir para o exterior”, denotou. A obra, que se insere num “projeto de provavelmente três livros”, transporta um marcador que se intitula “Diamantes da Estratégia”, que para José Manuel Fernandes “vale ouro”, uma vez que apresenta “regras fundamentais a ter nas empresas”, sendo “uma súmula do que está dentro do livro”. No marcador estão impressas algumas dicas fundamentais, como “ser competitivo, reduzir custos de produção e criar valor para o cliente”, “ser flexível – ter um excelente serviço e resposta rápida”, “ter uma marca – sem marca, o valor passa para os outros”.
Livro apresenta experiências práticas
Dependendo da “interpretação de cada um”, o empresário considera que este livro pode ajudar muitos empresários nas áreas da exportação e internacionalização, referindo que se existirem empresas que foram “beneficiadas” que se sente “satisfeito”. “Se muitas empresas, muitos empresários, muitos gestores absorverem algo que seja um por
cento do que o livro recomenda, porque é prático, não é maçudo, acontece que sentir-me-ei realizado e o país vai beneficiar com isso”, frisou O livro conta ainda com “oito depoimentos de figuras públicas”, desde o jornalista Nicolau Santos, Aníbal Campos (presidente da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Me-
talomecânicos e Afins de Portugal), José António Barros (presidente da AEP), José Eduardo Carvalho (presidente da AIP), Pedro Reis (ex-presidente da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), o macroeconomista Ricardo Arroja, Fátima Campos Ferreira e do empresário João Paulo Oliveira, e de um prefácio assinado por Mira Amaral. A apresentação do livro é já no dia 14 de outubro no auditório da Fundação da AIP – Associação Industrial Portuguesa, em Lisboa, e no dia 15 no auditório do edifício da AEP - Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, em Leça da Palmeira. José Manuel Fernandes fez questão de salientar que o livro “não representa algo de matéria de vaidade pessoal”, mas transporta “conhecimento para as empresas e abordagens de como devem ser feitas corretamente aos mercados quer para exportação, quer para internacionalização”.
16 Atualidade
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26 de setembro de 2014
Santa Eufémia atrai milhares ao Santuário O ponto alto das festas de Santa Eufémia, em Alvarelhos, decorreu este fim de semana, embora as atividades já tenham começado no dia 6 de setembro. O fim de semana da “Santa Eufémia grande” começou, no sábado, pelas 8.30 horas, com a Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos, havendo pelas 9 e 11 horas missas no Santuário. O espetáculo musical de Jorge Amado animou a noite, que terminou com uma “grande sessão” de fogo de artifício. Domingo foi o dia de “maior afluência de pessoas” com missas às 7, 9 e 11 horas e contou com “gente de muito lado: Coimbra, Aveiro, Estarreja…vêm pessoas que nem imaginamos de onde elas vêm”. “Foram cento e tal camionetas de certeza absoluta que vieram, só no domingo”, contou José Teixeira, membro da comissão de festas. O programa contou ainda com a encenação das rusgas de antigamente pelo Rancho Folclórico de Alvarelhos.
Celebrações religiosas na Santa Eufémia
Segunda-feira houve também missas pelas 9 e 11 horas e da parte da tarde teve início a atuação da Banda de Música da Trofa e da Associação Recreativa e Musical de Vilela. “De ano para ano cada vez acho que vêm mais pessoas, cada vez são mais excursionis-
tas a pedir para mandarmos programas para o próximo ano. As pessoas têm fé e vêm aqui para cumprir as suas promessas”. O balanço que José Teixeira faz “é positivo”, embora tenham sido “prejudicados” pelas obras na Carriça, que faz ligação com o local onde decorrem as festivida-
des, denotou. A festa continua este fim de semana. Sábado, dia 27, realiza-se da parte da tarde o Encontro de Tocadores de Concertinas e Cantares ao Desafio. No dia seguinte, além da missa das 11 horas no Santuário, decorre o 39.º Festival de Folclore com as
atuações do Rancho Folclórico de Alvarelhos, Rancho Folclórico As Vindimas de Mamarosa (Oliveira do Bairro), Rancho Folclórico do Souto (Guimarães), Grupo Folclórico de S. Cosme de Gondomar e Grupo das Lavradeiras de Meadela (Viana do Castelo).
Trofense Helena Araújo inaugura exposição “Acrílicos” A trofense Helena Araújo inaugurou, no dia 20 de setembro, a exposição “Acrílicos”, no piso menos um da Casa do Território, situada no Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão. “Comecei aos 11 anos a pintar e depois aos 13 fiz a primeira exposição na cripta da Igreja Nova com cerca de 15 quadros”, contou a artista de 15 anos. Com dez quadros vendidos e quatro reservados, num total de 30 criações, Helena mostrou-se “muito satisfeita”. “As pessoas dizem que está muito bonita, que realmente tenho arte e que devia continuar e aperfeiçoar, porque acham que tenho futuro nisto”, continuou. Com o apoio dos pais e do professor Alcino, ex-diretor da Escola Didáxis, onde é aluna, Helena “quer continuar a fazer mais”. “O professor Alcino convidou-me para liderar um grupo de
arte lá na escola e vou aceitar”. Leonel Rocha, vereador de Vila Nova de Famalicão explicou que “é já normal promover os talentos de Famalicão, não é tão comum termos talentos tão jovens com esta qualidade e com esta produção já tão vasta e é de acarinhar”. “Se qualquer famalicense que tenha uma iniciativa ligada à veia artística merece o nosso carinho, muito mais quando essa veia artística é mais precoce e ao mesmo tempo apresenta esta qualidade”, apelidando a artista de “cidadã famalicense” por estudar no concelho de Famalicão. “Uma menina que aos 15 anos, ainda no 9.º ano, já apresenta esta qualidade no seu trabalho tem que ser necessariamente realçada e acarinhada. Estou a dar uma força grande a esta jovem artista e dizer-lhe que a autarquia de Vila Nova de Famalicão, estou convencido que também a da Trofa, apoiará sempre estas iniciati-
Leonel Rocha e Helena Araújo na inauguração da exposição
vas, se quisermos este empreendedorismo artístico que esta jovem representa. Desejo-lhe as maiores felicidades, nós estaremos sempre ao lado dela quando precisar”, concluiu. Helena tem já um convite
para expor pela segunda vez na Trofa, com o designer responsável pela publicidade do evento, no “fim do ano/princípio do próximo”, em função do material que sobrar da exposição patente em Famalicão. Até 31 de outubro, a
mostra pode ser visitada de segunda a quinta-feira, entre as 9 e as 13 e as 14 e as 18 horas, à sexta-feira entre as 9 e as 12 horas e ao sábado e domingo, entre as 14 e 17 horas.
Região 17
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26 de setembro de 2014
Crianças “manifestam-se” pela segurança rodoviária Cátia Veloso
Na Escola Básica de Ermida, em Santa Cristina do Couto, Santo Tirso, os alunos terminaram o dia de aulas de 19 de setembro em manifestação. Motivo: a Segurança Rodoviária. Já depois de a campainha tocar, os meninos agruparam-se junto à entrada da escola, com cartazes e palavras de ordem, reivindicando segurança na circulação rodoviária. Alguns pais foram apanhados de surpresa pelo manifesto. Foi o caso de Jacinto Martins que “não contava” com o que viu, mas ficou “contente”. “Esta ação é boa para que pais e crianças tenham noção dos perigos que há quando circulam de automóvel”, atestou. Gritando “em segurança, juntos crescemos”, as crianças exigiam o uso do cinto de segurança e dos sistemas de retenção,
mais conhecidos como cadeirinhas. A ideia foi do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Santo Tirso/Trofa, no âmbito do projeto “Crescer em Segurança”, que contou com o apoio da GNR, PSP e Polícia Municipal tirsenses. “É uma questão de cidadania”, destacou Ana Tato, diretora do ACeS, que apelou para a necessidade de as pessoas “crescerem na mentalidade da prevenção e da diminuição do risco”. “Nós, adultos, estamos muitas vezes agarrados a mitos de que é só cem metros ou é só até ao quarteirão ao lado e que nada acontece, mas o problema é quando acontece. É fundamental, não só, que as crianças saibam incutir aos pais estas mensagens e vice-versa”, acrescentou. A Semana da Prevenção Rodoviária foi uma das atividades do projeto do ACeS e decorreu em dez escolas do concelho de Santo Tirso, também com a parceria
Crianças pediram segurança na circulação rodoviária
da autarquia municipal. A sensibilização, porém, vai continuar durante o ano letivo em todo o parque escolar, garantiu o vereador da Proteção Civil, Alberto Costa. “Estas ações vão ser feitas conforme a disponibilidade e a pedido das próprias escolas. Não pretendemos que isto seja mais um fait-divers, mas que seja uma iniciativa sustentada, atra-
vés da qual consigamos recolher frutos e atingir objetivos. É assim que este executivo tem trabalhado”, sublinhou. A “atualização dos miniautocarros” que transportam os alunos, diariamente, é uma das provas do “empenho da autarquia” nesta área da prevenção rodoviária, salientou o vereador. O projeto “Crescer em Segu-
rança”, do ACeS Santo Tirso/Trofa, está inserido na Década da Segurança Rodoviária estabelecida pelas Nações Unidas. Segundo Ana Tato, “há um estudo da APSI (Associação Promotora da Segurança Infantil) que diz que 80 por cento das crianças usam cinto de segurança e cadeira, mas só 40 por cento destas é que o utilizam corretamente”, pelo que “há que trabalhar nesta área e ensinar os pais”. “O próprio Centro Hospitalar do Médio Ave tem também um grupo que trabalha esta temática com as grávidas a serem preparadas para colocar o bebé dentro da cadeirinha. No centro de saúde, as nossas enfermeiras também vão ver como é que o bebé está colocado, se está tudo correto e adequado a cada idade”, descreveu. Segundo as Nações Unidas, a primeira causa de morte de pessoas entre os 4 e os 24 anos ano é o acidente rodoviário.
Pais do “Colégio A Torre dos Pequeninos” oferecem escultura Os pais dos alunos finalistas que frequentam o 1º ciclo da Torre dos Pequeninos decidiram homenagear a instituição com a doação de uma escultura armada no recreio exterior da escola. “Um banco de jardim em betão armado. Um corpo formado por treze individualidades (tantas quantos os finalistas). Cada peça é um sólido puro - um cubo. Assim que se encontram, os sólidos deformam-se. Conformam-se: perdem traços da sua individualidade para se ajustarem a um corpo coletivo. O coletivo reúne-se em volta da “árvore” (a professora) que durante algum tempo determinou o formato. Não para sempre; um dia o conjunto afastase, perde-se a imagem una e coesa mas não se perde a marca do conjunto que lhe permitirá reagrupar-se”. Esta é a descrição que o arquiteto José Carlos Nunes de Oliveira, responsável pela criação e projeto da obra, faz sobre o trabalho que realizou. Em tom metafórico, o autor usa a alegoria da obra para representar o percurso dos alunos da Torre dos Pequeninos, desde o momento em que se conhecem, até ao fim desta fase das suas vidas. Composta por blocos de 54/35/42 (cm) com 150kg cada um e com a inscrição do nome de cada aluno em alto-relevo, a produção da escultura demorou 15 dias e foi da responsabilidade da empresa “Cimenteira do Louro”. A direção da Torre dos Pequeninos mostra-se “extremamente honrada e sensibilizada com esta iniciativa que corresponde à vontade das famílias de perpetuarem a passagem dos seus filhos por esta casa. Estas iniciativas, que se têm repetido ano após ano, são reveladoras do apreço e do envolvimento que as famílias mantêm com a escola. Numa altura tão conturbada na educação e no ensino talvez fosse bom olhar para estes exemplos. Na Torre dos Pequeninos, sem qualquer apoio público, prestamos um serviço de elevado valor que vai ao encontro das expectativas das famílias. Isto é serviço público de qualidade!”, concluiu. É possível visitar a obra sob marcação, através do telefone: 252 862 919.
Tuna da Universidade Lusíada atua na Torre Sénior A Tuna Académica da Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão protagonizou um encontro intergeracional, através de uma atuação seguida de um convívio nas instalações da Torre Sénior em Santo Tirso, no dia 20 de setembro. Segundo fonte da Torre Sénior, no “encontro informal” predominaram os “afetos”, em que a Tuna, num “ato de grande generosidade e sensibilidade”, animou a tarde de todos os residentes e familiares presentes. Após uma atuação “alegre, dinâmica e inspiradora, residentes e tunos puderam partilhar histórias e experiências de vida”.
Para o residente José Moreira, são “estes momentos que fazem da Torre Sénior um projeto à frente do seu tempo”, em que “não” se “limitam às necessidades básicas e a esperar que o tempo passe”, mas são “sistematicamente desafiados a participar em atividades, algumas de carácter semanal, outras de carácter excecional”, onde há “uma intencionalidade muito grande em tudo o que fazem”. Já Diana Terroso, coordenadora da área social e ocupacional, denotou que na Torre Sénior “envolvem a comunidade, desafiam amigos e familiares e fazem com que a vida aconteça, com a
mesma naturalidade e respeito pelo desenvolvimento humano que cada um construiu ao longo da sua vida”. “Recusamos modelos préconcebidos que reduzem a temática do envelhecimento à doença e à dependência”, acrescentou. Numa sociedade “cada vez mais envelhecida, não deixa de ser um sinal de esperança ver o modo como os jovens desta tuna aderiram a este desafio num gesto de grande responsabilidade e generosidade”. É um indicador claro de “uma enorme solidariedade intergeracional”.
18 Região
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26 de setembro de 2014
Parque da Devesa em festa no 2.º aniversário O Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, vai ser palco de festa, música e animação nos dias 26, 27 e 28 de setembro. A comemorar o seu segundo aniversário, a data vai ser assinalada com com um programa de diversas atividades que preenchem o fim de semana. “Queremos estreitar ainda mais os laços de afetividade que existem entre o Parque da Devesa e os famalicenses” refere o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, esclarecendo que “desde há dois anos que o parque vem alterando os hábitos e as rotinas das pessoas, tornando-as mais preocupadas com o ambiente e um estilo de vida saudável”. Oficinas, teatro, palestras, espetáculos de música e muita
Concerto dos GNR na noite de sábado
animação são algumas das iniciativas do programa das Comemorações. Os GNR assumem o protagonismo da noite de sábado, dia 27, com um concerto no anfiteatro, com entrada livre. “A solidariedade, a saúde e o respeito pela natureza são, de resto, os conceitos que servem de mote a estas comemorações”.
No total, são “cerca de meia centena de eventos”, destinados a todas as idades e com entrada livre e gratuita. Em alguns casos, os participantes são convidados a contribuir com um bem alimentar, que terá como destino as Lojas Sociais do concelho, ou com um pequeno eletrodoméstico avariado que reverte para o Hospital de Mons-
Caminhada Rosa pelo diagnóstico do cancro da mama “Sensibilização para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama”. Este é o objetivo principal da Caminhada Rosa que a Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso (LAHST) está a organizar para o dia 5 de outubro. A receção dos participantes na caminhada é pelas 9 horas,
na Praça 25 de Abril, junto à Câmara Municipal de Santo Tirso, com oferta de água e um balão e uma aula de ginástica para aquecimento. Inicia-se a caminhada em direção ao Parque Urbano da Rabada, onde há uma largada de balões, sorteio de vouchers (mamografia), aula de ginástica e o lanche.
tros, onde ganharão outra vida. Ao longo dos três dias, entre as 16 e as 20 horas, os participantes podem visitar o Mercado Verde, que conta com a presença de produtores biológicos como Estória d’um Cogumelo, Campo da Agra ou Quinta de Pindela, licores artesanais, cerveja artesanal, cosmética natural ou ainda comida de rua.
Sendo 2014 o Ano Internacional da Agricultura Familiar, o programa incluirá também quatro palestras dedicadas a temas relacionados com a agricultura familiar e biológica. Introduzidas no projeto “Estende a tua Visão”, no âmbito do “Famalicão Visão 25 – 25 Ideias para o Futuro”, haverá espaço para debate e recolha de sugestões. No dia de encerramento das comemorações, domingo, será assinado um Protocolo com a Comissão de Acompanhamento do Parque da Devesa, às 17 horas, na Casa do Território. A festa termina com o concerto das Contratadeiras, às 19 horas. Para mais informações pode consultar a programação completa no site do município: www.vilanovadefamalicao.org. Os workshops e palestras são sujeitos a inscrição.
ArraialMinhoto emCalendário “Angariar verbas para o Complexo Paroquial, em construção”, motivou a Liga de Amigos do Centro Social de Calendário a proAs inscrições devem ser feitas através da Liga dos Amigos, com a “doação de dois euros” com oferta de t-shirt. Segundo o presidente Nuno Costa Carvalho, outubro é “mundialmente reconhecido como o mês rosa” daí a Liga de Amigos realizar “uma caminhada de sensibilização”. P.P.
mover o Arraial Minhoto, no recinto do salão paroquial da freguesia, no dia 4 de outubro. No evento, há uma barraca de “comes e bebes”, com porco no espeto a partir das 19.30 horas. Uma hora depois tem início a desfolhada com a colaboração do Rancho Folclórico de S. Miguel-o-Anjo e, a partir das 21 horas, há animação com a Associação de Tocadores e Cantadores ao Desafio Famalicense. P.P.
Desporto 19
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26 de setembro de 2014
Trofense soma a terceira derrota consecutiva Patrícia Pereira
Dois golos de Cardozo permitiram, esta quarta-feira, ao Moreirense vencer em casa do Trofense, por 2-1, em jogo da primeira mão da segunda fase da Taça de Liga. O início da segunda fase da Taça da Liga não correu de feição para o Trofense, que perdeu por 2-1 frente ao Moreirense. A segunda mão vai ser disputada no reduto do Moreirense, pelas 16 horas do dia 29 de outubro. Voltando à partida, o Moreirense chegou ao golo aos 11 minutos pelo paraguaio Cardozo, através de grande penalidade, por castigo a Eduardo Enrique que terá cortado a bola com o braço. Na segunda parte, o Trofense chegou ao empate por intermédio do central brasileiro Eduardo Enrique, introduzindo a bola na baliza no meio da confusão na pequena área. Aos 77 minutos, o Moreirense voltou ao comando da partida
Hélder Sousa consegue fintar adversário
com o segundo golo do paraguaio Cardozo, o que obrigou o Trofense a reequilibrar o ritmo de jogo, terminando mesmo colado à área adversária a tentar um novo empate que não surgiu. O técnico do Trofense, Porfírio Amorim, acredita que “pode inverter” o desaire, até porque no jogo “só passaram a ter verda-
deiros problemas depois do 2-1”, depois de “um golo completamente fortuito, caído do céu”. “Fomos sempre superiores, tivemos sempre qualidade de bola, uma boa circulação, bem organizados e ousadia atacante. Não fomos tão fortes no último passe e acho que isso nos penalizou bastante e não deu expres-
são ao resultado que ele merecia”, declarou, acrescentando que está “muito satisfeito com o que fizeram” mas “não pelo resultado”. Já Miguel Leal, técnico do Moreirense, denotou que “já sabia que ia ser um jogo sofrido e de muita luta”, com “um adversário aguerrido e a jogar bem”,
mas pelo “que se passou no jogo foi uma vitória justa”. “Os meus jogadores souberam vestir o fato de macaco, jogar quando lhes foi permitido, tivemos alguns desequilíbrios que habitualmente não temos e por isso sofremos alguns contra ataques”, concluiu. O Trofense vai jogar pelas 15 horas deste domingo, 28 de setembro, a segunda eliminatória da Taça de Portugal, que vai defrontar frente ao Febres Sport Club. Recorde-se que, no domingo, em jogo da 8.ª jornada da 2.ª Liga, a formação da Trofa perdeu com o Leixões por 2-1. A equipa matosinhense colocou-se em vantagem aos 20 minutos, por intermédio de Tiago Lenho, mas Naníssio estabeleceu a igualdade 15 minutos depois. No início da etapa complementar, Preciado, ex-jogador do Trofense, fechou o resultado a favor do Leixões. Com este resultado, o Trofense ocupa o 21.º lugar, com sete pontos.
Bougadense com “boas expectativas” para o campeonato Cátia Veloso
Bougadense entra em competição no domingo, no campo das Estrelas de Fânzeres. Treinador antevê “uma grande época” para a equipa, apesar da juventude do plantel. As “dificuldades” decorrentes da “falta de apoios” não desmoraliza a direção do Atlético Clube Bougadense que, após conseguir inscrever a equipa, está a ultimar os preparativos para começar o campeonato de futebol, no próximo domingo. A equipa sénior, que milita na 2.ª Divisão, vai ao reduto das Estrelas de Fânzeres com “boas expectativas”, anunciou José Miguel Cardoso, diretor desportivo. “Temos jogadores com média de 22 anos, 95 por cento deles são do concelho da Trofa. Podemos pensar em alcançar objetivos muito bons ao longo da época, passo a passo”, sublinhou. O facto de a maioria do
Equipa é composta, maioritariamente, por jovens da Trofa
plantel ser da Trofa “demonstra as dificuldades que o clube está a passar”, mas, por outro lado, “apela ao bom sentido, com o variado leque de jogadores formados no concelho e que podem evoluir”, salientou. Outra das mais-valias de ter atletas do concelho é “a aproximação da massa associativa” ao emblema de Santiago de Bougado que, deste modo, po-
dem encher o Parque de Jogos da Ribeira. José Miguel Cardoso afirmou que as “dificuldades financeiras” são o principal entrave para o desenvolvimento das atividades da coletividade e para a construção de um plantel mais forte. No entanto, a confiança depositada no treinador é suficiente para os dirigentes acreditarem no alcance do sucesso.
Agostinho Lima é o técnico que, perante as atuais condições do clube, aceitou tomar conta do projeto. “Conseguimos construir um grupo coeso e forte para atacar esta divisão. É composto por rapazes da zona que andavam sem clube, mas que têm qualidade pela formação que tiveram no CD Trofense e AC Bougadense. Estou convencido que vamos fazer uma grande
época”, referiu. O treinador não teme pela juventude do plantel, até porque a “experiência de dois ou três jogadores, com cerca de 30 anos”, equilibra o grupo. Sobre a 2.ª Divisão, Agostinho Lima considera que “se a equipa for organizada” poderá anular a “matreirice” de alguns adversários, já experientes neste campeonato.
20 Desporto
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26 de setembro de 2014
GD Covelas apresenta-se com ambição de subir à 1.ª Divisão Cátia Veloso
O objetivo do Grupo Desportivo de Covelas para esta temporada na 2.ª Divisão de futsal de seniores masculinos é a subida de divisão. A equipa sénior de futsal do Grupo Desportivo de Covelas entra em competição no próximo sábado. Pelas 17 horas, no pavilhão municipal de S. Pedro de Fins, na Maia, a equipa da Trofa vai defrontar o Grupo Cultural e Desportivo de Covelas, em jogo a contar para a série 14 da Taça Distrital, uma competição recente da Associação de Futebol do Porto. A formação covelense apresentou a equipa aos sócios e simpatizantes, no sábado, 20 de setembro, com o pensamento de “fazer melhor” que a época passada, na qual terminou o campeonato da 2.ª Divisão distrital com 33 pontos e no 15.º lugar. Nuno Moreira encabeça a nova equipa técnica que tem como “horizonte” a subida de divisão. “O campeonato é sempre
Equipa entra em competição já este sábado
muito competitivo, pois há sempre duas ou três equipas preparadas para subir. Estamos a contar com isso, mas vamos contrariar e conseguir os nossos objetivos, para estarmos nesse lote dos que sobem”, frisou o treinador. “Quase todos” os atletas da equipa são do concelho da Trofa, à exceção de dois reforços oriun-
dos da Maia. David Ferreira, presidente da associação, congratulou-se pelo facto de conseguir manter uma equipa, essencialmente, constituída por jogadores trofenses, um “compromisso” que assumiu quando inscreveu a equipa na temporada passada. A nível de apoios, a coletividade contou com o contributo
monetário de algumas empresas, que “permitiram a inscrição da equipa”, e da Junta de Freguesia. Incapaz de apostar em equipas de formação, por falta de local para os treinos, David Ferreira manifestou desejo de, com “a ajuda da Junta de Freguesia e da Câmara”, ver concretizada a construção de um ringue, no
campo de futebol de Covelas, atualmente inutilizado, para “começar a trabalhar com os jovens”. O GD Covelas realiza o primeiro jogo em “casa” – pavilhão da Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas, em S. Romão – no dia 4 de outubro, pelas 19 horas, com a Casa do FC Porto de Rio Tinto, para a 2.ª jornada da Taça Distrital.
ARJ Muro aponta objetivo para os 50 pontos Cátia Veloso
Depois de na época transata ter concluído o campeonato da série 1 da 1.ª Divisão no 10.º lugar, com 32 pontos, a equipa sénior masculina da Associação Recreativa Juventude do Muro vai encarar a nova temporada com mais ambição. O objetivo do treinador Vítor Ferreira é “atingir os 50 pontos” e, consequentemente, alcançar uma classificação melhor. “Depois de na época passada termos conseguido fazer uma época tranquila, que foi aquilo que nos propusemos no início, para esta esperamos melhorar os resultados”, adiantou, em declarações ao NT. A “maior parte” dos jogadores que compõem a equipa “é da Trofa”, que esperam um campeonato “muito competitivo”, à semelhança dos anteriores. “Não
Além do campeonato, equipa murense vai participar na Taça Distrital
há grande diferença entre a qualidade das equipas. São sempre jogos muito equilibrados. Esperamos um campeonato complicado, mas vamos disputar cada jogo para obter os três pontos e
para isso temos de ser muito competentes e rigorosos”, adiantou Vítor Ferreira. Esta temporada, a equipa tem como novidade a participação na Taça Distrital, cujo primei-
ro jogo disputa-se já no sábado. O Grupo Desportivo de S. Sebastião é o adverdário, numa partida marcada para as 18 horas, no pavilhão municipal de Leça do Balio. No jogo seguinte, a 3 de
outubro, pelas 22 horas, a ARJ Muro recebe, no pavilhão da Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas, a Associação Cultural e Desportiva de Mindelo. Nesta competição, o objetivo, segundo o técnico, “é passar a primeira fase e chegar aos oitavos-de-final”. Quanto aos apoios externos para a atividade da coletividade “são poucos” e proveem “sempre das mesmas empresas, que ajudam com aquilo que podem”, salientou o treinador “Cada atleta tem de fazer um certo sacrifício para podermos fazer face às despesas que temos, uma vez que não temos oportunidade de os ajudar nem nas deslocações, nem com prémios de jogo”, frisou. O campeonato da série 1 da 1.ª Divisão distrital começa a 11 de outubro, com a ARJ Muro a deslocar-se ao reduto do Biquinha.
Desporto 21
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26 de setembro de 2014
Centro Recreativo de Bougado
Entusiasmo e nervosismo na estreia na 1.ª Divisão Cátia Veloso
Um desafio “difícil” e, ao mesmo tempo, “desafiante”. É desta forma que Fernando Mourão, treinador da equipa de iniciados de futsal do Centro Recreativo de Bougado (CRB) definiu a participação da equipa na 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Face à subida de escalão da maior parte dos jogadores que, na temporada passada, garantiram a subida de divisão da equipa, o plantel sofreu grandes remodelações, o que complica a missão do treinador. “Jogar na 2.ª Divisão com os miúdos que saíram já não era fácil, agora que formamos uma nova equipa com seis atletas novos ainda vai ser
mais árduo. Mas o desafio está aí para o assumirmos e vamos levá-lo adiante”, garantiu o técnico. Os atletas estão “entusiasmados” e “muito nervosos” com a participação na 1.ª Divisão distrital, uma vez que muitos deles estreiam-se em campeonatos federados. Póvoa, Caxinas e Cohaemato são equipas que Mourão espera que causem muitas dificuldades ao CRB ao longo do campeonato, pela experiência que têm na formação de atletas. Para complicar a tarefa, a dificuldade de “encontrar jovens com qualidade”, uma vez que “o Trofense capta a maior parte dos atletas”. “Os miúdos só pensam no futebol de 11 e esquecem-se do futsal. Muitas vezes, são os pais que os incentivam a jogar no fu-
Plantel praticamente remodelado relativamente à época transata
tebol, porque querem todos ter cristianos ronaldos, mas isso só
um num milhão”, frisou. A equipa entra em ação a 11
de outubro, no reduto do Cohaemato.
Bougadense na Corrida Esmeriz-Cabeçudos Catarina Ribeiro (2.º) e Fábio Rodrigues (3.º) também subiram ao pódio. No escalão de benjamins A correram Joana Silva (6.º), Max Anolrijuk (13.º), Maximiano Polishchuk (14.º) e Denis Tsybrus (15.º), enquanto que em bengamins B participaram Ana Mota (4.º), Joana Martins (8.º), Mariana Silva (9.º) e Ruben Pinto (9.º).
A secção de Atletismo do Atlético Clube Bougadense esteve representada na primeira Corrida Ermeriz-Cabeçudos, que se realizou no sábado, 20 de setembro, em Vila Nova de Famalicão. O iniciado Rui Rocha terminou a prova em 1.º lugar, enquanto o seu colega Tiago Sá classificou-se no 4.º lugar. A iniciada Alice Oliveira (2.º) e os juvenis
Ginásio fecha época com “bons resultados” O Ginásio da Trofa esteve representado no 17.º Prémio Ancede, em Baião, que se realizou no domingo, dia 21 de setembro. A júnior Andreia Rodrigues foi a primeira do seu escalão a terminar a prova, assim como o infantil José Silva. O juvenil Tiago Silva (2.º), a infantil Sandra Sá (3.º), a iniciada Daniela Pontes
(3.º) e o júnior João Ferreira (3.º) também subiram ao pódio. Pelo clube trofense correram ainda os iniciados Naiara Crivelara (5.º) e Paulo Neto (7.º) e a juvenil Khrystyna Paylyuk (10.º). Segundo o vice-presidente do Ginásio, Botelho da Costa, estes foram “bons resultados para o fim de época de 2014”. P.P.
António Neto termina provas em 4.º e 6.º lugares O atleta trofense António Neto participou na primeira Corrida do Porto de Leixões, que se realizou no dia 20 de setembro. Num percurso de dez quilómetros, o atleta, que corre pela Trifitrofa, terminou em 4.º lugar no escalão veteranos M55. Já no dia seguinte, correu no 10.º Grande Prémio Roriz, em Barcelos, tendo terminado os oito quilómetros em 6.º lugar, em veteranos M55. P.P.
Resultados futebol - Camadas Jovens CD Trofense Juniores A 2.ª Divisão Nacional - Série A Trofense 4-2 Tirsense (8.º lugar, 4 pontos)
Iniciados A 1.ª Divisão Distrital – Série 2 Lixa 0-2 Trofense (6.º lugar, 3 pontos)
Juvenis A 1.ª Divisão Distrital – Série 2 Trofense 5-1 Vila Meã (3.º lugar, 3 pontos)
Infantis 11 1.ª Divisão Distrital - Série 1 Trofense 4-0 Avintes (4.º lugar, 3 pontos)
A iniciada Ana Lopes terminou a prova em 9.º lugar, enquanto os juvenis Ana Ramos, Sofia Maia e Cristiano Machado apuraram-se na 4.ª, 7.ª e 10.ª posições, respetivamente. Em veteranos, Goreti Sá foi a 5.ª classificada, enquanto João Lopes terminou no 16.º lugar. P.P.
22 Atualidade
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AUAUA abre lojinha A Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) abriu uma loja “totalmente renovada”, na terça-feira, 23 de setembro. A “lojinha”, situada no número 336 da Rua Camilo Castelo Branco, em S. Martinho de Bougado, tem “artigos desde os 0,50 euros”, em que as “vendas revertem a favor da associação”. “Venha visitarnos. Ao mesmo tempo que compra está a ajudar os animais abandonados, porque as vendas revertem totalmente para tratamentos clínicos e alimentação para os animais que ajudamos”, avançou fonte da associa-
ção na página oficial do Facebook, referindo ainda que também têm “gatinhos bebés e cães bebés porte pequeno para adoção”. Nos dias 4 e 5 de outubro, a AUAUA vai assinalar o Dia Mundial do Animal, convidando a comunidade a visitar o Canil da Trofa entre as 9 e as 17 horas. Além de poder “contribuir com entrega de ração”, haverá “vacina da raiva gratuita, insufláveis e palhaços”. P.P.
Necrologia Ribeirão José da Silva Santos Faleceu no dia 31 de agosto, com 82 anos Casado com Ana Azevedo Mesquita
Manuel Faria Reis Faleceu no dia 17 de setembro, com 75 anos Viúvo de Ciseltina Ferreira Cruz Santiago de Bougado
Camilo Mendes da Silva Faleceu no dia 31 de agosto, com 62 anos Casado com Joaquina da Silva Moreira S. Martinho de Bougado Maria da Conceição Dias Serra Faleceu no dia 2 de setembro, com 91 anos. Solteira
Conceição de Oliveira Maia Faleceu no dia 11 de setembro, com 91 anos Viúva de António da Costa Araújo Funerais realizados pela Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.
26 de setembro de 2014
Correio do Leitor António Costa por Portugal Caro leitor e simpatizante ou militante Socialista Trofense, é já no próximo Domingo, 28 de Setembro, o ato eleitoral (anti estatutário “segurista”) * das primárias do Partido Socialista. A questão é mais importante do que aparenta. Não apenas se trata de quem é mais capaz de dirigir o partido, mas sobretudo de quem é mais capaz de vencer a luta contra Pedro Passos Coelho e Paulo Portas nas próximas eleições legislativas e assim derrotar as suas políticas neoliberais de austeridade que levaram o país à recessão, sacrificando os Portugueses em geral e a nós Trofenses em especial destaque. Não são as diferenças programáticas que estão em causa, como reclamam muitos comentadores políticos na televisão e assim também A. J. Seguro à boleia destes. Essas diferenças debatem-se entre partidos e nos partidos entre portas. A questão é a forma como se está na política e por isso apoio António Costa. Prefiro um líder que vença pela qualidade das suas ideias, honestidade de caráter e intelectual, pela sua postura séria, a um líder que vença pela chantagem emocional ao estilo de “Calimero ofendido” procurando uma vitória pela antidemocrática e intelectualmente ofensivas acusações de deslealdade e traição, apelando ao sentimento de pena do eleitor, desvalorizando a sua inteligência e capacidade de razão. Já com maior conhecimento de causa após os debates televisivos, pode agora o leitor julgar a veracidade das minhas palavras e avaliar de sua justiça os candidatos a estas eleições. A liberdade de pensamento é sua, assim como é a de voto, não se deixe por isso envolver nas teias do caciquismo político da parte de quem usa o seu voto como mero instrumento político. Ninguém se inscreveu nestas eleições para votar no candidato ‘X’. Caro eleitor tenha consciência de que, independentemente da pessoa com quem fez a sua inscrição como simpatizante, a sua liberdade de voto é total e o eleitor apenas se inscreveu para votar nestas eleições e não para votar obrigatoriamente numa determinada pessoa. Estamos numa democracia, embora em amadurecimento, mas numa democracia. Pelos motivos que lhe expliquei antes e por outros noutras edições, para os quais aqui não me cabe mais espaço referir, apoio e votarei em António Costa. Pela Trofa e por Portugal gostaria que participasse comigo nesta intenção! * Este processo de eleições não está previsto nos estatutos do partido. Um líder ao se sentir contestado deverá moralmente, ao abrigo da lei, solicitar os meios para se colocar a si e aos seus oponentes em avaliação pelo eleitorado. António José Seguro após ter, de maneira astuta, feito aprovar os atuais estatutos pela Comissão Política Nacional, feita à sua medida, nos quais pela primeira vez nos 40 anos do PS se altera a duração dos mandatos de dois para quatro anos, impedindo com que naturalmente houvessem eleições diretas por volta do mês de Março, está ele sim a ser antidemocrático e desleal (deslealdade intelectual) para com o partido e os seus militantes ao lhes retirar poder de decisão, resolvendo-se por uma solução interessante mas, mal executada e ilegal numa perspetiva de ganhar tempo, tendo então aí sim resultado numa descida da intenção de voto no PS. Rui Miguel
Opinião 23
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26 de setembro de 2014
Correio do Leitor Um grande contributo para uma grande decisão Um dia histórico para a política nacional. Dia 28 de setembro os portugueses são chamados a decidir qual o candidato do Partido Socialista a primeiro-ministro nas eleições legislativas de 2015. Quase 300 mil inscritos, cerca de 150 mil simpatizantes. Esta é uma mobilização muito interessante num processo novo para os portugueses e raro na Europa. Agora é necessário que esta grande mobilização se traduza em votos no domingo, para que este processo se torne um exemplo para a esquerda europeia e para política nacional. O Partido Socialista, numa época de crítica fácil à política, conseguiu atrair a sociedade para a participação e para o debate partidário. Esta abertura é essencial nos tempos atuais, aliás a participação cívica direta nas decisões políticas é uma pratica obrigatória no século XXI, seja nos partidos, seja nos governos dos países ou das autarquias, e pode abarcar desde escolhas de candidatos até à definição de orçamentos. O debate entre candidatos foi intenso, longo e, por vezes, mais pessoalizado que o desejável. Contudo, no final deste caminho, os eleitores compreenderam o que separa os candidatos, o que os une e, fundamentalmente, o que os coloca como alternativa necessária ao atual governo. E é disto que falamos: alternativa. Alternativa a um governo que falhou nos seus fins, como a consolidação orçamental e a reforma do Estado, mas que conseguiu aplicar o seu mecanismo ideológico de empobrecimento dos portugueses. É conhecido o posicionamento da Trofa neste processo eleitoral. Costa e Seguro tiveram oportunidade de estar na Trofa, de dialogar com os militantes e simpatizantes. Concretizou-se na Trofa um processo livre, participado e de debate. Eu próprio tive a oportunidade de participar institucionalmente em ambas as ações de campanha dos candidatos, recebendo-os e expondo-lhes os problemas e as esperanças da Trofa enquanto concelho, mas também as posições tomadas pelos órgãos do partido. É sabido que a maioria dos membros da comissão política concelhia votou favoravelmente o apoio à candidatura de António José Seguro e sabe-se também que a opção individual de cada votante foi respeitada, havendo igual apoio às estruturas de campanha de cada candidato. Lucidamente, nenhum militante socialista trofense pode questionar a democracia interna do PS Trofa. Estes meses de debate interno, a minha postura e a da equipa de dirigentes concelhios demonstram isso mesmo: o PS Trofa fez jus ao seu carácter tradicional de abertura, discussão e liberdade. A Trofa ganhou com isso. A mobilização, na Trofa, de novos simpatizantes é extraordinária e é um demonstrativo de uma esquerda socialista viva no nosso concelho. Os trofenses mostraram querer participar na escolha do candidato do PS a primeiro-ministro. Assim, urge votar. Está em causa mais do que o PS, está em causa o país e a sua saída de um ciclo de empobrecimento e de desigualdades. Nas juntas de freguesia, nas sedes ou na escola, todos são chamados a dar um grande contributo para uma grande decisão. Uma decisão que trará uma nova esperança a Portugal. Marco Ferreira Presidente PS Trofa
Envolver, Informar e Questionar Olá caros leitores d’O Notícias da Trofa! Início a minha intervenção neste espaço com uma efeméride da maior relevância para a história recente do país. Trata-se do segundo aniversário da manifestação “Que se lixe a Troika! Queremos as nossas vidas!”, que a 15 de setembro de 2012 juntou centenas de milhares de portugueses um pouco por todo o pais contra a austeridade e contra a intenção do Governo de reduzir a TSU dos patrões à custa do aumento da TSU dos trabalhadores. Olhando para os efeitos práticos da manifestação, concluímos que foi bem-sucedida se considerarmos que as alterações à TSU não avançaram. Concluímos também que é possível que pessoas de sensibilidades tão diferentes saiam à rua unidas por um objectivo comum, algo raro num país tendencialmente passivo. Mas, no essencial, foi uma manifestação que, tal como tantas outras, teve efeitos residuais sobre o garrote destrutivo que o programa de assistência representa para o país. E assim foi porque nunca há uma acção concertada e objectiva que se suceda a estas manifestações. As pessoas manifestam-se até à hora do jantar e no dia seguinte é como se nada tivesse acontecido. Temo que um dia as pessoas deixem de se manifestar. Que se deixem acomodar às supostas inevitabilidades do quotidiano de um país onde a impunidade dos poderosos, a corrupção política ou a dualidade de um sistema de justiça que prende o desgraçado que rouba um quilo de arroz e amnistia o banqueiro fraudulento passem a ser vistas com normalidade e como que institucionalizadas. E esse dia parece estar cada vez mais perto, basta ler os jornais e ver o que se passa à nossa volta, da promiscuidade entre política e negócios aos resgates a bancos à custa dos contribuintes, passando por políticos sem escrúpulos, que enganam os eleitores na sua busca do poder e onde a ética e a moralidade deixaram de ter lugar, para perceber que os valores democráticos sobre os quais a sociedade pós-ditatorial foi refundada são permanentemente pervertidos, violados e esmagados pelos apetites vorazes das elites dirigentes. E tudo isto acontece perante a serenidade de uma sociedade que parece ter esquecido que é na soberania popular que se encontra a essência da criação da República Portuguesa enquanto Estado de direito democrático. Mas, perguntar-se-ão muitos, o que podemos nós, simples cidadãos, fazer para contrariar a impunidade do “sistema”? Muito mais do que imaginamos. A começar por nos envolvermos e informarmos sobre as decisões e negócios levados a cabo pelos dirigentes eleitos com o nosso dinheiro. E questionar essas mesmas decisões e negócios. É que o “sistema”, do alto da sua arrogante prepotência, não está preparado para ser questionado. E quando se depara com uma cidadania activa e construtiva, a máscara tende a cair e o joio torna-se mais fácil de separar. A corrupção, o clientelismo ou a fraude não são inevitabilidades e existem países onde o escrutínio dos responsáveis políticos é elevado, estruturado e eficaz. Este pode ser um ponto de partida para uma nova era da nação que já deu mundos ao mundo e que não é menos capaz que outros parceiros europeus. Regresso ao início: mais do que um acto isolado de levantamento popular, a manifestação de 2012 pode e deve ser entendida como a constatação da capacidade do cidadão comum de entrar num braço-de-ferro com o poder a ganhar. Mas, para que tal aconteça, é necessário uma sociedade envolvida, informada e capaz de questionar. Envolvam-se, informem-se e questionem vocês também. Eu vou andar por aqui a questionar. Cá vos espero!
Correio do Leitor Eu voto António José Seguro No próximo domingo, dia 28 de setembro, será feita história na democracia portuguesa e estou certo que António José Seguro ficará para sempre ligado a esta nova forma de fazer política. Nestes últimos meses, afirmei que António José Seguro é o candidato que apoio nestas eleições Primárias do Partido Socialista. Faço-o porque reconheço ao nosso secretário-geral qualidades para ser o primeiro-ministro de Portugal.
Qualidades de humanismo e de proximidade que são essenciais para reabilitar a imagem dos políticos e da política e dar uma nova confiança a Portugal. O “contrato de confiança” de António José Seguro é um caminho de futuro para Portugal, resgatando as populações do empobrecimento que a maioria de direita instituiu. Eu voto António José Seguro porque foi o homem que reergueu o Partido Socialista após as eleições Legislativas de
2011, quando outros viraram as costas e assobiaram para o lado. Eu voto António José Seguro porque ele conseguiu reaproximar as pessoas e a política, sendo prova disso as 150 mil inscrições como simpatizantes do Partido Socialista para participarem nas eleições Primárias do Partido Socialista. Seguro demonstrou ser capaz de encetar uma liderança que conjuga propostas vanguardistas com um respeito pelo
que há de mais essencial: as pessoas. As suas propostas que objetivam a separação entre política e negócio são um marco importante desta caminhada, e defender este objetivo é defender um melhor serviço à causa pública, é defender a vitória de António José Seguro. Por estas razões estou convicto que faço a melhor opção para o futuro primeiro ministro de Portugal. Nuno Moreira Félix
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