9 de janeiro de 2014 N.º 455 ano 12 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Empresa têxtil “suspende” vinda para a Trofa Atualidade pág. 8
Três feridos em colisão frontal
Atualidade pág. 2 Polícia pág. 8
Atualidade pág. 3
Assaltada quando levantava dinheironomultibanco Atualidade pág. 5
Serviços públicos com sanitários fechados
Cheias provocaram estragos
2 Atualidade
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9 de janeiro de 2014
Órgãos sociais da Muro de Abrigo tomam posse Fátima Silva foi reconduzida como presidente da direção da associação Muro de Abrigo e tomou posse, juntamente com os outros órgãos sociais, na noite de terça-feira, 7 de janeiro. A responsável pela coletividade, que tem como valências um Centro de Convívio do Idoso e o Serviço de Apoio Domiciliário, afirmou que “o compromisso” para o próximo triénio “é forte” e exige “o empenho de todos”. A presidente da Muro de Abrigo afirmou que é importante “ter uma visão de futuro” e preparar, desde já, um grupo de pessoas jovens que possam constituir os próximos órgãos sociais, porque “isto começa a cansar”. Outro dos desejos de Fátima Silva é ver concretizado “o sonho” da construção da sede da
Dia 11 10-12 horas e 14.30-17 horas: Curso “Como planear e construir um jardim”, na sede da ADAPALNOR, na Rua Escola de Mendões, em S. Mamede do Coronado 21 horas: Ginásio Solidário, no salão paroquial de Alvarelhos 21.30 horas: Cantares ao Menino, na Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado Dia 12 8 horas: Concentração para a Batida às Raposas, numa padaria junto à Rotunda do Professor e do Conhecimento, em Santiago de Bougado
Órgãos sociais tomaram posse na terça-feira
associação. “Ainda não perdi a esperança. Pode ser que nestes anos de recuperação económi-
Alteração no processo de restituição de cauções de serviços públicos Através do Decreto-Lei n.º100/2007 de 2 de abril, que alterou o Decreto-lei n.º195/99 de 8 de junho, ficou estabelecido “um regime aplicável à devolução das cauções, que não tendo sido restituídas por transferência bancária aos consumidores possam ainda ser restituídas”. Face a esta alteração no processo de restituição de cauções dos contratos de fornecimento de serviços públicos essenciais como a água, eletricidade e gás canalizado, o Serviço do Centro Municipal de Informação ao Consumidor, da Câmara Municipal da Trofa, está “ao dispor dos munícipes para possíveis esclarecimentos sobre esta matéria”, nomeadamente em “questões específi-
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cas”. “Como posso saber se tenho direito a receber alguma caução? Que dados e documentos devo apresentar nesse requerimento? Qual a forma de fazer chegar este requerimento à Direção-Geral do Consumidor? Até quando se pode pedir a devolução da caução? E quem tem direito à restituição da caução?” Estas são algumas questões das quais poderá obter resposta através do Centro Municipal de Informação ao Consumidor da Câmara Municipal da Trofa, situado no Centro Comercial da Vinha, loja 13 r/c, através do telefone 252 403 690 ou do email cmic@mun-trofa.pt. P.P.
ca, consigamos pôr de pé o nosso projeto, se não for da forma como está projetada, que seja de
outra”, sublinhou. O presidente da Assembleia Geral da associação é Armando Sanches. C.V.
“Como planear e construir um jardim” É já neste sábado, 11 de janeiro, que a ADAPALNOR – Associação para a Defesa do Ambiente e do Património Litoral Norte – recomeça os cursos na sua sede, na Rua da Escola, em Mendões, S. Mamede do Coronado. “Como planear e construir um jardim” é o tema do primeira curso, que vai decorrer entre as 10 e as 12 horas e as 14.30 e as 17 horas. Para os sócios a participação é gratuita e para o público é de “dez euros”. O próximo, a decorrer no mesmo horário, mas no dia 18 de janeiro, é dedicado às “Ervas Milagrosas”. Na sessão serão apresentadas “50 ervas utilizadas para fins medicinais” e explicado como “devem ser preparadas e armazenadas as ervas curativas e qual o poder de cada uma”. O custo é de “cinco euros para os associados e de 20 euros para o público”. “Venha conhecer as ervas que acalmam os nervos, ajudam a digestão, fortalecem o coração, induzem o parto, aliviam as enxaquecas, retardam o envelhecimento, protegem da gripe, potencial tratamento da SIDA, contra a insónia, forte laxante e muito mais”, convida a associação. No final será fornecido um certificado a todos os presentes. Para participar deve inscrever-se “até 48 horas antes do início dos cursos”, através do e-mail (dapalnor @gmail.com) ou do telemóvel (929 042 420). P.P.
Nota de redação Na edição 454 do jornal O Notícias da Trofa, na notícia intitulada “Centro Equestre furtado em mais de 3000 euros”, onde se lê “As instalações do Centro Equestre da Trofa” deve ler-se “As antigas instalações do Centro Equestre da Trofa”. Já na notícia “Irmãos compatíveis com doente que precisa de transplante de medula óssea”, é referido que o Instituto Português de Oncologia é do Hospital de S. João, do Porto, quando na realidade se tratam de duas entidades distintas. Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
15 horas: Encontro de Cantares de Janeiras, no auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em Santiago - Atlético-Trofense - Bougadense-Custóias FC - Águas Santas-FC S. Romão
Farmácias de Serviço Dia 09 Farmácia Trofense Dia 10 Farmácia Barreto Dia 11 Farmácia Nova Dia 12 Farmácia Moreira Padrão Dia 13 Farmácia de Ribeirão Dia 14 Farmácia Trofense Dia 15 Farmácia Barreto Dia 16 Farmácia Nova
Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714
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Cheias provocaram estragos por todo concelho Patrícia Pereira Hermano Martins
O vento forte e as chuvas que caíram sem parar desde quinta-feira, 2 de janeiro, provocaram o caos na Trofa, com ruas cortadas ao trânsito, viaturas submersas e soterradas. Eram cerca das nove horas de sexta-feira, 3 de janeiro, quando um “estrondo” despertou a atenção dos moradores na Rua Cancela de Areias, no lugar de Seixinho, em S. Romão do Coronado. Ao espreitar, Augusto Gomes viu dois carros soterrados: o seu e o do seu filho, que tinham ficado estacionados na berma da estrada. Há 23 anos que o faz e nunca tal tinha acontecido. “Ouvi o estrondo e viemos cá fora e já estava em cima dos carros, até pensei que fosse algum camião a passar”, contou. A rua esteve condicionada e com a chegada da GNR da Trofa e da Proteção Civil foi cortada ao trânsito. Segundo Augusto Gomes, “ninguém se magoou”, ficando registados os estragos nos dois automóveis que, depois de serem retirados dos escombros, foram diretamente para uma oficina. Já pelo concelho foram várias as estradas cortadas, caves alagadas e viaturas submersas, depois de uma noite de muita chuva. A estrada nacional 14, entre o Estádio do Trofense e a em-
presa Preh, esteve intransitável entre as 21.30 horas de 2 de janeiro e as 11 horas do dia seguinte, para desespero de centenas de automobilistas. Na noite do dia 2 de janeiro, a Rua de Santiago esteve cortada e uma viatura ficou presa nas águas. Durante a noite, foram três as viaturas que os Bombeiros Voluntários da Trofa tiveram que retirar das ruas inundadas. Devido às chuvas, o nível da água do Rio Ave subiu, galgando as margens e inundando tudo à sua volta. O percurso do Parque das Azenhas ficou completamente inundado e, devido à força das águas, destruiu algumas zonas. O estaleiro da obra do Parque das Azenhas não escapou à fúria das águas, com as máquinas, camiões e contentores a ficarem dentro de água. Já na Estrada da CEE, em Santiago, uma viatura ligeira de mercadorias ficou parcialmente coberta pelas águas do Rio Ave, não havendo no entanto feridos a registar. Também a Azenha de Bairros ficou parcialmente inundada, devido à subida do nível das águas do Rio Ave. De acordo com o relato feito à agência Lusa pelo responsável da Polícia Municipal (PM) da Trofa, Vítor Pinto, a subida do caudal do Rio Ave causou “grandes estragos” no concelho, desde estradas fechadas à circulação a zonas submersas e intransitáveis, tendo sido de “maior preocupação” a situação da zona do
Estaleiro do Parque das Azenhas não escapou às cheias
Parque das Azenhas. Sérgio Humberto, presidente da Câmara da Trofa, adiantou que o Parque das Azenhas está quase totalmente executado, mas a cheia provocou estragos avultados. “Podemos estar a falar de mais de meio milhão de euros de prejuízos e a Câmara não tem possibilidades, todos os anos, perante as cheias, de gastar esse dinheiro. Numa instalação daquelas, estamos a falar de postes de iluminação e redes de vedação danificados, piso que foi levantado e vegetação que desapareceu. Quem conhece a Trofa sabe que, em situações de cheia, o rio sobe duas a três vezes por ano. Temos que ter a consciência que este projeto, que já vem desde 2007 a ser projetado, tem
deficiências profundas e que deviam ter sido alteradas há dois ou três anos antes de iniciar a obra. Temos que encontrar soluções para reformular”, adiantou. O presidente adiantou ainda que “as cheias na EN14 junto à Câmara são recorrentes e o edifício municipal teve a sua cave inundada, o rés do chão com 20 centímetros de água e os processos ficaram ensopados”. “As inundações já vêm do tempo de Santo Tirso, que se taparam madrias de água, bueiros e deixou-se construir de forma desenfreada e hoje causa-nos um problema enorme”. Apesar de haver um projeto para resolver o problema, o mesmo “é incomportável”, garante Sérgio Humberto, adiantando que são necessários “dois milhões de euros”. “A Câmara gostava de gastar dois milhões de euros e resolver o problema de forma definitiva, mas é completamente dispendioso e impossível gastarmos esse valor. Temos de arranjar outras soluções financeiras mais viáveis para o concelho”, adiantou o autarca. Estradas nacionais cortadas devido às cheias
Edifício da Câmara Municipal ficou com cave inundada
Vítor Pinto explicou que o primeiro alerta de emergência, devido à subida das águas do rio e
à forte precipitação, foi dado às 20 horas do dia 2 de janeiro, tendo, “de imediato” sido encerradas duas estradas nacionais: a EN14, que só foi reaberta às 12 horas do dia 3 de janeiro, e a EN104, que reabriu às 8 horas. “Estas estradas estão a ser vigiadas e alvo de muita preocupação por parte dos serviços de emergência da Trofa. Devido à muita chuva, o piso está saturado e não consegue absorver as águas”, asseverou. Durante a noite, a PM da Trofa registou cerca de 50 ocorrências, desde pedidos de socorro devido à entrada de água em casas particulares e unidades fabris, ao registo de muitas viaturas submersas. O responsável da PM da Trofa alertou, ainda, para alguma “falta de cuidado” por parte dos munícipes, aconselhando que “cortem imediatamente a corrente de luz se a água começar a entrar em casa”. “Mas nem todos o fazem, assim como nem todos seguem as ordens de desvios de trânsito ao ponto de ficarem bloqueados na estrada devido à muita água”, frisou. No terreno estiveram várias patrulhas da PM, Bombeiros Voluntários, Comando de Proteção Civil e GNR. Vítor Pinto adiantou que só da PM tem “todo o efetivo, mais de dez agentes, no terreno”.
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Ponte que liga o Coronado fechada ao trânsito Patrícia Pereira Hermano Martins
A ponte que liga as localidades de S. Mamede e S. Romão do Coronado, junto à Escola Básica e Secundária de S. Romão, está encerrada desde terça-feira, 7 de janeiro, devido a um deslizamento de terras. O mau tempo e as fortes chuvas continuam a afetar o concelho da Trofa. Desta vez, na freguesia do Coronado, que viu encerrada a ponte, denominada Travessa Costa, que liga as ruas Gondão (S. Mamede) e da Costa (S. Romão), junto à Escola Básica e Secundária da freguesia. Devido a “um aluimento de terras”, que foram “arrastadas pelo caudal da água”, “o piso” da ponte “ameaça ruir”, pondo “em causa a segurança de quem ali transita”. De forma a “salvaguardar as normas de segurança”, a Câmara Municipal da Trofa decidiu, segundo José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, “interromper o trânsito”. “A rua foi cortada apenas ontem (terça-feira), ainda não há por parte das pessoas muito con-
Ponte está cortada ao trânsito por motivos de segurança
fiança do que realmente se está a passar, mas vai causar imenso transtorno”, contou, sublinhando que a estrada vai estar condicionada “durante algum tempo, se calhar durante alguns meses”. O trânsito vai ser “todo canalizado” para a Rua Vale do Coronado e para a EN318, o que vai causar “um transtorno muito grande”, devido à “afluência de trânsito muito grande” e por as estradas “não estarem em bom estado, sobretudo a EN318”. pub
Segundo José Ferreira, esta situação aconteceu porque, quando foi construída a ponte, a “estrutura metálica”, por onde passa a linha de água do Rio Mamoa, já estava “deficitária, com alguma corrosão e com algum estado de degradação”. Para o presidente da Junta esta é uma situação “lamentável”, uma vez que esta é “uma obra nova e toda aquela estrutura podia ter sido modificada”, algo que na altura alertou. “Penso que os técnicos da Câmara que acompanharam
a obra deviam ter alertado para essa situação e hoje teríamos evitado uma situação destas que causa o transtorno que todos nos conhecemos que é o corte de uma rua com a necessidade e o trânsito que ali se faz sentir e com a proximidade da C+S”, acrescentou. A obra vai estar à “responsabilidade da Brisa”. Para José Ferreira, a “estrutura metálica”, que “suporta o peso daquela viaduto”, vai ter que “ser substituída” por “uma estrutura de betão”.
O presidente referiu que “infelizmente não há prazos” para a obra, “nem foram adiantados nenhuns factos”, uma vez que há, “infelizmente, casos idênticos a estes nessas linhas de água”. O concessionário está, “juntamente com o empreiteiro que fez a obra”, a resolver os casos, sendo o do Coronado “o último que aconteceu e, por ordem de intervenção, será o último”. “Espero que seja o mais breve possível, mas ainda é uma obra com alguma complexidade e que vai exigir algum tempo. Certamente que a rua vai ter que permanecer cortada durante o tempo de intervenção”, finalizou. Contactada, a Brisa, concessionária da autoestrada número 3, fez saber que “o que está em causa, neste caso concreto, não é a passagem superior, a qual não oferece qualquer risco em termos de segurança, mas sim uma passagem hidráulica”, que ficou “danificada como consequência das fortes chuvas que se fizeram sentir nos últimos dias”. Ao final do dia de quarta-feira estava a decorrer “uma reunião técnica para definir a solução a implementar”.
Centro da cidade com trânsito condicionado Quem circulava pela Estrada Nacional 104, na quarta-feira, 8 de janeiro, foi apanhado de surpresa com o corte em parte do troço da Rua Abade Inácio Pimentel, obrigando os automobilistas a seguir pela Avenida de Mosteirô, junto ao Parque Dr Lima Carneiro. Este é apenas um dos condicionamentos de trânsito nas estradas nacionais 14 e 104, pelo período de “90 dias/três meses”, devido às obras de requalificação urbana dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Este condicionamento deve-se às obras que vão decorrer na EN14, (troço - Rua D. Pedro V) e na EN 104, (troço Rua Abade Inácio Pimentel), complementares à empreitada de requalificação e regeneração dos Parques e zona envolvente. As alterações e os percursos alternativos aconselhados estão devidamente assinalados no local. O presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humber-
Polícia Municipal está no terreno a informar condutores
to, afirmou ter “a consciência” que esta situação vai causar “alguns constrangimentos”, salientando que a autarquia tem tentado “minimizar”, através dos agentes da Polícia Municipal, que vão prestar “um serviço de informação à população”, e dos técnicos, que na segunda-feira “esti-
veram a falar com alguns proprietários de estabelecimentos da Rua D. Pedro V”. Nos próximos tempos, os técnicos da autarquia vão fazer “avaliações periódicas” para saberem se há a necessidade de “alterar algum desvio”. P.P.
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Edifício Terraços do Infante com sanitários públicos fechados Cátia Veloso Hermano Martins
“Por questões de higiene e segurança o WC encontrase encerrado”. Esta é a informação que a Gestecasa colocou na porta dos sanitários públicos do Edifício Terraços do Infante, justificando com a “falta de pagamento” do condomínio. Se precisar de ir ao Centro de Atendimento da Trofa do Centro de Emprego ou tratar de algum assunto na empresa municipal Trofáguas, saiba que não poderá utilizar as casas de banho públicas do edifício Terraços do Infante, em S. Martinho de Bougado, onde estão instaladas estas entidades. O WC está fechado desde 30 de dezembro, por “questões de higiene e segurança, com sanitas entupidas e algumas coisas partidas”, afirmou ao NT José Pereira, da Gestecasa, empresa responsável pela gestão do condomínio. Os funcionários do Centro do Emprego, Trofáguas, Indaqua e ASVA (Associação de Silvicultores do Vale do Ave) têm que se deslocar a um café próximo para utilizar a casa de banho e há até quem espere pela hora de almoço para ir a casa. José Pereira referiu que o WC
foi fechado por “não haver forma de suportar as despesas de limpeza e manutenção”, uma vez que “os proprietários das lojas” daquele edifício “não pagam o condomínio”. O diferendo já dura desde 2010, altura em que a Câmara Municipal deixou de pagar o condomínio, uma vez que, o contrato de arrendamento não especifica quem deve pagar o condomínio, “esse encargo era da responsabilidade dos proprietários das lojas”. “Face à ausência de pagamento, a Gestacasa interpôs um processo contra esses proprietários, penhorando as rendas que a Câmara lhes pagava e em 2011 recebeu o condomínio de 2010”, acrescentou. No entanto, segundo José Pereira, “ainda faltam pagar os valores de 2011, 2012 e 2013”, que totalizam “cerca de 36 mil euros”. Apesar do atraso, salvaguardou, até ao final do ano “estava garantida a limpeza das áreas comuns do edifício”, cujo pagamento estava a ser suportado pelas restantes frações do edifício. José Pereira referiu ainda que já houve ordem de corte de eletricidade e abastecimento de água, este por parte da Indaqua, que, simultaneamente, “tem o pagamento do condomínio da fração da loja que ocupa no edifício de 2013 por pagar”.
Este é o aviso que está na porta dos sanitários
Ao NT, fonte da Indaqua confirma a ausência do pagamento, porque “não” lhe “foi enviada qualquer fatura”, e a suspensão do abastecimento de água “a partir do dia 14 de janeiro, uma vez que no dia 13 vence o aviso do corte”, devido “ao não pagamento da fatura referente a novembro”. Contactada, fonte da Socitrofa, proprietária de várias frações autónomas do edifício, fez chegar ao NT um comunicado no qual refere que o encerramento do WC “foi feito à revelia” e que “interpelada sobre os motivos”, a admi-
nistração do condomínio “recusou-se a dar qualquer resposta”. No mesmo comunicado, a empresa faz saber que não compreende a “informação” na porta das instalações sanitárias com a menção de que “as mesmas se encontram num estado de salubridade impróprio à sua utilização”, sublinhando que “na véspera do encerramento encontravam-se as mesmas limpas, asseadas e em perfeito estado de conservação”. “Os diversos contactos, sensibilizando para os enormes pre-
juízos que acarreta o encerramento das instalações sanitárias e para urgência na sua reabertura, visto que trabalham mulheres grávidas e outras pessoas, que, por diferentes razões, têm necessidades especiais a este nível, a administração de condomínio recusa-se a proceder à sua reabertura. Face à inercia e desinteresse da administração do condomínio na resolução deste assunto, a exponente (Socitrofa) viu-se obrigada a participar esta situação às entidades competentes”, frisou. Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, afirmou que já foi feito o contacto “com o proprietário das instalações a quem a Câmara paga a renda” e que este, “de forma provisória, já providenciou casas de banho perto para as pessoas poderem utilizar”. O edil referiu ainda que “o representante da empresa do condomínio nem uma assembleia fez” e questionou se “é justo estarem a fechar casas de banho de utilização pública por guerrinhas”, garantindo que “a Trofáguas disponibilizou-se a limpar as casas de banho através dos serviços e a fazer essa manutenção”, mas a Gestecasa “não aceitou”. “Espero que não haja qualquer tipo de maldade por parte da empresa que está a gerir o condomínio”, frisou.
Empresa têxtil “suspende” processo de deslocalização para a Trofa O processo de instalação da nova empresa têxtil da Trofa estava previsto para “janeiro”, mas foi “suspenso” por um período “nunca inferior a meio ano”, referiu ao NT responsável jurídico da Opportunity. “Devido a um conflito judicial entre a empresa e o Estado tunisino, teve que se suspender, por algum tempo, o prazo de instalação da empresa em Portugal”. O anúncio foi de Luís Cameirão, representante jurídico da empresa Opportunity, em declarações ao NT, na terça-feira, 7 de janeiro. Segundo Cameirão, a empresa “não está a conseguir tirar as máquinas de lá (Tunísia) e por
isso ficou decidido, ontem (6 de janeiro), suspender a instalação da mesma em Portugal por algum tempo, nunca inferior a meio ano”. Este é um revés no processo que estava previsto ser concluído “em janeiro”, de acordo com declarações dadas por Luís Cameirão há um mês. Nessa altura, já havia “algum atraso” relativamente ao agendamento previsto e pelo mesmo motivo: dificuldade de “deslocar um conjunto de maquinaria que vem de uma das fábricas da Tunísia”. “Essas máquinas só foram libertadas há cerca de oito dias e, neste momento, estão em trânsito. A instalação só deve ocorrer no mês de janeiro”, explicou Luís Cameirão no início de dezembro de 2013.
Para a nova empresa da Trofa contavam-se, na mesma data, “mais de 500 candidaturas” para a unidade fabril, de capitais franceses, do ramo têxtil para produção de vestuário desportivo. O advogado frisou que convencer os investidores a instalar-se na Trofa “não foi fácil”, uma vez que estes “já tinham algumas localizações predefinidas, noutros concelhos da zona Norte” e que “por mero acaso” conseguiu encontrar “instalações compatíveis com os requisitos indicados”, na Rua do Poente, em Santiago de Bougado. Esta empresa, acrescentou, ia criar “250 postos de trabalho” aquando a sua instalação e “mais 150 ao fim de três anos de laboração”.
No entanto, já foram “mais de 2500” as candidaturas que chegaram à autarquia, que se prestou a colaborar no processo, afirmou o presidente, Sérgio Humberto. Apesar da suspensão, “a empresa não deu diligências para parar de receber currículos”, acrescentou. “Queríamos que a empresa abrisse em janeiro e estamos a dar outros passos para trazer outras empresas, mas é algo que eu espero que aconteça”, sublinhou. Esta notícia da suspensão do processo surge dias depois de ter vindo a público a instalação de uma empresa têxtil na freguesia de Vilela, no concelho de Paredes. Fonte da Câmara Municipal
de Paredes afirmou ao NT que se trata de uma empresa de capitais estrangeiros que, em parceria com uma empresa do concelho de Paços de Ferreira, pretende empregar no imediato “cerca de 250 pessoas” e, “a longo prazo 400”, na produção de vestuário desportivo para golfe. A aquisição do imóvel para a unidade industrial isenta de imposto, a isenção de IMI por cinco anos e o custo das taxas e licenças devidas ao município reduzido a um euro foram os apoios indiretos providenciados pelo município de Paredes. Apesar das semelhanças, Luís Cameirão garantiu que “não se trata da mesma empresa que se pretende instalar na Trofa”. C.V.
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S. Gonçalo “à porta” para uma das romarias mais concorridas Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
As festas de S. Gonçalo, em Covelas, realizam-se no dia 10 e de 17 a 20 de janeiro. Comissão de Festas faz antevisão de uma das romarias mais concorridas do concelho. É com a esperança de que S. Pedro não pregue uma partida que Fernando Rocha está a preparar as festas de S. Gonçalo, em Covelas, que se realizam no dia 10 e de 17 a 20 de janeiro. Trata-se de uma das romarias mais afamadas do concelho da Trofa, por atrair milhares de romeiros que se deslocam a pé, de bicicleta, a cavalo ou de automóvel. Fernando Rocha organiza as festas pela segunda vez consecutiva mas, ao contrário do ano passado, conta com a ajuda de quatro pessoas para garantir o sucesso das festividades.
“Por um lado está mais fácil organizá-las, mas por outro está difícil, porque a crise está maior e não há tantos fundos angariados. Em termos de publicidade, baixou muito em relação ao ano passado”, referiu, em declarações ao NT. Além de esperar que a chuva não desmotive os romeiros – o ano passado foi um dos que registou menos afluência devido ao tempo -, Fernando Rocha também espera que o orçamento não ultrapasse as verbas angariadas. “Menos do que o costume nunca podemos gastar, porque por muito que tentemos baixar, as coisas estão bastante caras. Cada vez é mais difícil economizar”, desabafou. O programa das festas começa esta sexta-feira, 10 de janeiro, com uma eucaristia em ação de graças a S. Gonçalo. Uma semana depois, no dia 17, o espetáculo de folclore abre as hostes para a romaria, com a atuação
do Rancho das Lavradeiras da Trofa e do Rancho Paroquial de Guifões (Matosinhos). O dia de sábado (18 de janeiro) começa com o som estridente dos tambores do Agrupamento Musical Juventude em Força, pelas 8.30 horas, que anunciarão as festas pela freguesia. Seguem-se a eucaristia de ação de graças a S. Gonçalo e a missa vespertina, às 12 e às 18 horas, respetivamente, e o espetáculo musical da Banda Impaktus, às 21 horas. O fogo de artifício, previsto para as 23.30 horas, encerra o dia. No domingo, as festas começam com uma eucaristia, às 8 horas, e uma hora depois entra no recinto a Banda Marcial de Gueifães (Maia). A manhã é ainda composta por mais duas eucaristias, às 10 e às 11.30 horas. Às 14.30 horas, a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia promete animar a romaria até à saída da procissão, às 15.30 horas.
Fernando Rocha espera que S. Pedro não pregue uma partida
No dia 20 de janeiro, realizam-se uma eucaristia e a procissão de voto ao redor da capela de S. Gonçalo, às 9 horas, e um espetáculo musical das Vo-
zes do Tâmega, às 15 horas. Fernando Rocha aproveitou para “agradecer à freguesia” pela colaboração “mesmo em tempos difíceis”.
Passeio Solidário angariou “mais de 500 alimentos” Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Grupo “Amigos do BTT” reuniram “cerca de 120 pessoas” num Passeio Solidário de Reis, que decorreu na manhã de domingo, 5 de janeiro. “Cerca de 120 pessoas” acederam ao convite do grupo “Amigos do BTT” e participaram no Passeio Solidário de Reis, que tinha como objetivo “angariar bens alimentares a reverter a favor dos Vicentinos de S. Martinho de Bougado”. Foram angariados “mais de 500 alimentos, entre massas, arroz, bolachas, azeite e enlatados”.
Cerca de cem betetistas no Passeio Solidário
A iniciativa estava dividida entre duas atividades: a caminhada e um passeio de BTT. “Cerca de 20 pessoas” participa-
ram na caminhada, que teve um percurso de “mais ou menos oito quilómetros”, que passou pela “zona de Paradela, chegando a
um dos pontos mais altos da Trofa o ‘Meco da Guerra’”. Já o passeio de BTT foi “mais direcionado pela zona de Finzes,
Cedões e Bairros”, com a organização a “fazer questão de passar em frente a alguns apoios deste evento solidário, como, por exemplo, Estádio do Clube Desportivo Trofense, O Notícias da Trofa, 3Bike e Tecidos Carriços”. Mesmo com “as adversidades climatéricas”, Ricardo Santos, um dos elementos da organização, afirmou que a iniciativa foi “um sucesso”, tendo a noção que “poderia ter sido melhor se o tempo tivesse ajudado”. “Mas mesmo assim tivemos uma grande adesão”, acrescentou. Para a primavera, o grupo tem “algumas ideias”, mas que ainda estão a “estudar em que moldes” se vão proceder.
Batida às raposas na zona de caça municipal O Clube de Caçadores da Trofa vai organizar no dia 12 de janeiro uma batida às raposas, na zona de caça municipal, compreendida entre os lugares de Cedões, em Santiago, e S. Pantaleão, no Muro. O local de concentrações dos caçadores é numa pastelaria situada junto à Rotunda do Professor e do Conhecimento, em Santiago, pelas 8 horas. As inscrições têm um custo de cinco euros e devem ser feitas no dia e local da concentração. Para participar, os caçadores “devem fazer-se acompanhar de todos os documentos exi-
gidos pela lei da Caça”, segundo o clube da Trofa. Já para o dia 26 de janeiro, o Clube de Caçadores está a organizar uma caça à perdiz de salto, em “grupo de cinco caçadores”. As inscrições devem ser feitas até ao dia 17 de janeiro, na sede do clube, às terças e quintas-feira, pagando uma “caução de 50 por cento”. As taxas, com direito a almoço pelas 13 horas, são de “20 euros para sócios do clube”, “35 euros para não sócios mas residentes no concelho”, “40 euros para não sócios do clube e residentes fora do concelho” ou de “45 euros para outros” casos. P.P.
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9 de janeiro de 2014
Correio do Leitor O adeus a Eusébio O dia 5 de janeiro de 2014 ficará imortal para todos os portugueses e além fronteiras, pela morte do “Rei Eusébio”, natural de Moçambique, contava 71 anos, casado e pai de duas filhas. Muito jovem era já um grande atleta de futebol na sua terra, razão pelo qual o Benfica o contratou em 1960, com 19 anos. Desde logo mostrou muito talento dando muitas alegrias ao seu clube, como à Seleção de Portugal. Faço das minhas palavras uma homenagem ao Eusébio, recordo que quando veio para Lisboa, eu iniciei o ensino primário e depressa o comecei a admirar pelo alto talento de futebolista, por isso cresci com ele até à sua partida. Não esqueço a década de 60 e 70, anos loiros não só para o Benfica, mas também para o F.C. do Porto e Sporting, eram os maiores clubes e deles brilhava a nossa querida Seleção. Mas a história do futebol engrandeceu-se com este humilde jogador. Eusébio da Silva Ferreira, seu nome completo, foi um fenómeno, um herói que deu sempre grandes alegrias desportivas. Ficou célebre no Mundial de 1966, em que Portugal conquistou o honroso 3º.lugar pela primeira vez. Ele foi o melhor “artilheiro”com nove golos marcados. Naquela década foi uma aventura única o valor da Seleção das Quinas, em que todos os jogadores foram positivos. Hoje Eusébio, “o Pantera Negra” é um mito, um ídolo, o rei, o homem da Cultura do Futebol, embaixador de Portugal, amigo do amigo, conviveu sempre com pessoas de todas as classes sociais. Africano muito irmão dos portugueses, uma mistura de pele fraterna e humana. Humilde, ficou com o povo, pelo amor que partilhava com os seus jogos, jogou com muita técnica e amor à camisola, sempre fiel ao Benfica, à Seleção, nunca emigrou. Foi a figura mais popular do século XX, muitos jovens e adultos nunca o viram jogar, mas conhecem o seu feito em prol do futebol. Apoiou incansavelmente sempre a nossa Seleção, quer em campeonatos Mundiais, como Europeus, era a estrela da moral. Eusébio foi um obreiro antes da globalização, deu a conhecer Portugal pelo seu talento. Contribuiu muito para a lusofonia manteve sempre o elo entre os países de expressão portuguesa, sem esquecer as suas raízes. Ele vai continuar a apoiar a Seleção, vamos sentir sempre a sua moral e força. - Em câmara ardente uniu todos os clubes em seu redor. Adeus Eusébio, até sempre. Deixaste muitas saudades e muita gente a chorar no último adeus. O mundo esteve a teus pés pela tua humildade. Que Cristo Rei te abrace para sempre. Trofa, 06 de janeiro de 2014 Firmino Santos
Ortodoxos celebraram o Natal Patrícia Pereira A.Costa
Na Trofa, os cristãos ortodoxos da paróquia de Santa Catarina celebraram, em Dia de Reis, o nascimento de Jesus, com uma celebração na Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado. À primeira estrela a aparecer no céu na noite do dia 6 de janeiro, segundo o nosso caléndário, os cristãos ortodoxos reúnem-se nas suas casas à volta da mesa de jantar, antes de seguirem para a missa vespertina. Este é, segundo o rito bizantino oriental, o momento que marca o início da véspera de Natal. A ceia, que encerra o período da “Pelêpivka” (quaresma de preparação ao nascimento do Filho de Deus), conta com uma ementa de 12 pratos de peixe, onde não pode entrar nenhum tipo de carne ou gordura animal, que correspondem a cada um do apóstolos de Jesus e às 12 tribos de Israel, um número que na Bíblia está associado ao conceito de plenitude. Nesta noite, o prato principal dos ortodoxos é a “Kutia”, doce à base de trigo cozido com mel e sementes de papoila moída, ingredientes usados na doçaria oriental. Na ceia não pode ainda faltar o alho, a cebola, o sal e o pão, símbolos de riqueza e prosperidade na Igreja Ortodoxa. Já no dia de Natal e nos dois dias subsequentes, os almoços e jantares dos cristãos ortodoxos são à base de carne
fumada. Pelas 21.30 horas, dezenas de cristãos ortodoxos reuniramse na Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado, para a Divina Liturgia (ou missa), onde celebraram o nascimento do Menino Jesus. Antes da cerimónia litúrgica, que corresponde à Missa do Galo católica, os ortodoxos cumprimentaram-se dizendo que “Jesus vai nascer”. A celebração foi marcada por muitas canções natalinas, onde todos cantam e saúdam-se com a saudação típica para a festa do Natal: Xrestós Rodêvcia – Slavimo Iohó (Cristo nasceu – Glorifiquemo-lo). No final, quando o sacerdote se despede profere o cumprimento “Jesus Nasceu”, que é usado pelos ortodoxos durante os três dias de festa. Durante a cerimónia, tanto o pão (sem fermento e sal) como o vinho, utilizados durante a Consagração, são, previamente, cozidos/fervidos pelo sacerdote. No dia em que os cristãos católicos celebraram os Reis, os ortodoxos comemoraram o nascimento do Menino Jesus. A explicação do porquê de os ortodoxos só agora celebrarem o Natal é simples. É que a Igreja Ortodoxa nunca aceitou a reforma do calendário, feita em 1582 pelo papa Gregório XIII, continuando a utilizar o calendário juliano, criado por Júlio César (em 45 antes de Cristo), que tem mais 13 dias do que o calendário gregoriano, adotado pelos católicos apostólicos romanos. Isto significa que o dia 25 de dezembro
do calendário pelo qual se guiam os cristãos ortodoxos corresponde ao dia 7 de janeiro do calendário pelo qual se guiam os católicos apostólicos romanos. Apesar de serem fiéis ao mesmo Deus, católicos e ortodoxos distinguem-se pelas cerimónias e ritos litúrgicos. Esta é uma entre várias diferenças. Em declarações à agência Lusa, o sacerdote ortodoxo Alexandre Bonito explicou ainda que nesta noite não há o hábito de oferta de presentes nem a “figura” do “Pai Natal”, como acontece no Natal dos católicos. A troca de presentes também existe, mas no dia 4 de dezembro, dia de S. Nicolau, um santo popular entre os cristãos e conhecido pela sua generosidade. Segundo Alexandre Bonito, para os ortodoxos mais importante do que o Natal é a Páscoa, que este ano se celebra exatamente na mesma data em que os católicos romanos a festejam. Reza a história, que católicos e ortodoxos fizeram parte da mesma Igreja, tendo se separado definitivamente em 1054. Além de calendários diferentes, os ortodoxos não reconhecem a autoridade do papa e apenas admitem nas igrejas pinturas de santos. Um sacerdote pode ser casado. Contudo Alexandre Bonito referiu que há uma aproximação entre as duas Igrejas, admitindo que “com este papa penso que o avanço ainda vai ser mais visível”.
8 Atualidade
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9 de janeiro de 2014
Acidente na EN 14 em Lantemil
Colisão frontal provoca três feridos Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Uma colisão frontal entre dois automóveis provocou três feridos e condicionou a Estrada Nacional 14. Três pessoas ficaram feridas na sequência de um acidente que ocorreu na Estrada Nacional 14, em Lantemil, localidade de Santiago de Bougado. A colisão deu-se perto das oito da manhã de terçafeira, 7 de janeiro, e condicionou o trânsito nesta via, que esteve totalmente cortada à circulação automóvel durante uma hora. Da colisão frontal resultaram três feridos, um de 24 anos que conduzia um Seat Ibiza, que circulava no sentido Maia-Trofa. O passageiro, de 35 anos, também ficou ferido. Ambos apresentavam queixas na coluna cervical e foram transportados para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. O condutor da outra viatura, de 70 anos, apresentava queixas nos membros inferiores e ferimentos na face e boca e foi transportado para o Hospital de S. João,
Colisão frontal condicionou EN 14
no Porto. Devido à violência do embate, os condutores tiveram que ser desencarcerados dos automóveis. Não foi possível apurar as causas da colisão. No local estiveram sete elementos dos
Mulher assaltada ao levantar dinheironomultibanco Uma mulher de 57 anos de idade e residente na Rua Infante D. Henrique foi assaltada na segunda-feira, dia 6 de janeiro, às 18 horas, quando estava a levantar dinheiro da caixa multibanco, instalada no Edifício Terraços do Infante, junto à Trofáguas. A vítima tinha acabado de levantar 800 euros da caixa multibanco quando foi abordada por um homem, português, de capacete na cabeça que empurrou a mulher e roubou-lhe o dinheiro. O homem fugiu num motociclo onde o esperava um outro, em direcção a Vila do Conde. O facto de o local ser recatado e de pouca visibilidade e de ter já caído a noite quando se deu o furto contribuiu para que ninguém tivesse dado conta do roubo.
Duas viaturas furtadas Um homem apresentou queixa no posto da Guarda Nacional Republicana da Trofa por furto de uma viatura de marca Opel Astra. O furto terá ocorrido entre as 21 horas do dia 5 de janeiro e as 7 horas da manhã de dia 6. A carrinha estava estacionada na rua da Escola C+S de S. Romão do Coronado e tinha no seu interior peças de roupa no valor de cerca de 1500 euros, bem como uma tenda de feira utilizada pelo proprietário para exercer a sua atividade. Já entre os dias 4 e 5 de janeiro tinha sido furtada outra viatura da Rua Sacadura Cabral. H.M.
Bombeiros Voluntários da Trofa, com quatro viaturas, a ambulância do INEM da Maia, com dois tripulantes, e a de Suporte Imediato de Vida da Unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave, com dois tripulantes.
Ao fim de uma hora um dos sentidos da estrada foi reposto ao trânsito, que foi orientado pela Polícia Municipal. A Brigada de Trânsito do Porto também esteve no local.
Condutores apanhados sem licença para conduzir Um homem de 53 anos de idade foi detido pela GNR por conduzir sem habilitação. O indivíduo, morador em S. Martinho de Bougado, foi mandado parar pelos militares às 9.30 horas do dia 3 de janeiro e além de não ter habilitação legal para condução, tinha a viatura apreendida por circular sem seguro. Já no dia 5 de janeiro um outro indivíduo de 50 anos de idade, conduzia uma viatura ligeira de mercadorias e esteve envolvido num acidente de viação com um motociclo em Alvarelhos. Chamados ao local os militares verificaram que o indivíduo estava alcoolizado, tendo-lhe sido detetada uma taxa de 2,25 gramas de álcool por litro de sangue. O homem conduzia um veículo sem se-
guro e sem inspeção, não tinha documentos e, da consulta ao sistema, a guarda constatou que também não tinha carta de condução. Foi notificado a comparecer em tribunal. No dia 6 de janeiro, às 9 horas, um homem morador na Rua de Celões, em Santiago de Bougado, foi apanhado pela GNR num ação de fiscalização a conduzir uma viatura que estava apreendida por falta de seguro. O condutor, com 50 anos, também não era detentor de carta de condução válida, pois tinha caducado à cerca de dois anos. O homem foi presente a Tribunal. H.M.
Atualidade 9
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9 de janeiro de 2014
Queixa da JSD contra Polícia Municipal arquivada Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O “cumprimento de um dever imposto por lei ou por ordem legítima de autoridade” motivou o arquivamento da queixa da presidente da Juventude Social Democrata contra a Polícia Municipal da Trofa, pela retirada de cartazes alusivos ao mau estado das estradas. A Procuradoria da República de Santo Tirso arquivou a queixa de Sofia Matos, presidente da Juventude Social Democrata, contra a Polícia Municipal (PM) da Trofa pela retirada de 19 cartazes colocados nalgumas vias do concelho alusivas ao mau estado do piso, no dia 27 de abril de 2013. A procuradora-adjunta refere, no despacho de arquivamento, a que o NT teve acesso, que “a tipologia dos cartazes é suscetível de ser confundida com sinais de trânsito, conforme se constata pela visualização das fotografias” e que a ação da Polícia Municipal é legal, pois “não é ilícito o facto praticado no cumprimento de um dever imposto por lei ou por ordem legítima de autoridade”.
Os dois agentes da Polícia Municipal confirmaram a retirada de 19 cartazes – que foram levantados por um elemento da JSD no dia 21 de maio de 2013 – alegando que estavam em contravenção com o disposto no nº 3 do artigo 5.º do Código da Estrada, que sustenta que “não podem ser colocados nas vias públicas ou nas suas proximidades quadros, painéis, anúncios, cartazes” que possam “confundir-se com os sinais de trânsito ou prejudicar a sua visibilidade ou reconhecimento”, “prejudicar a visibilidade”, “perturbar a atenção do condutor” ou “comprometer a segurança de peões nos passeios”. A juventude partidária comunicou que foram retirados entre 30 a 40 cartazes, mas segundo o despacho de arquivamento não se colheram “indícios” de “quem subtraiu” os restantes, uma vez que “não se vislumbra razões” para os agentes “faltarem à verdade, já que, se efetivamente tivessem retirado todos os cartazes, poderiam sempre invocar que os mesmos estavam em violação do disposto na referida norma, o que seria credível, face às fotografias”. Sérgio Inverneiro, à data co-
Roubaram objetos em ouro Desconhecidos arrombaram a janela de uma casa na Avenida de S. Gens, no Muro, no dia 3 de janeiro, e furtaram várias joias em ouro. Foram furtadas
três pulseiras, dois fios, dois anéis e um par de brincos avaliados em cerca de 2500 euros. Foi ainda furtada uma pistola de calibre 6.35 milímetros. H.M.
Placas foram colocadas por várias estradas do concelho
mandante da PM da Trofa, em declarações ao NT, considerou o arquivamento “a decisão natural num processo em que só se esperava este desfecho”, pois as placas colocadas pela JSD “eram facilmente confundidas
com sinais de trânsito”, inclusive algumas postas “perto de passadeiras de atravessamento de peões”. “Foram retiradas aquelas que constituíram perigo para quem circula na via pública, nas vias principais, e houve outras
que também podiam, mas como a infração não era tão grave, não foram retiradas”, frisou. Por sua vez, Sofia Matos adiantou ao NT que o processo culminou, porque decidiu “não avançar com a queixa-crime contra a Polícia Municipal”. “Entendo agora que se trata tão só de uma querela política e não jurídica, tanto assim é que o povo da Trofa já deu a sua resposta, reprovando a sua gestão nas urnas”. Para Sofia Matos “é mais importante a vitória do PSD na Trofa do que outra vitória que pudesse conseguir nos tribunais”, no entanto “conseguiu-se provar que a Polícia Municipal retirou 19 cartazes, a mando da presidente da Câmara, que o confirmou em Assembleia Municipal, e que foram colocados 40 cartazes”. A presidente da JSD salientou que o objetivo dos cartazes era “chamar a atenção para o problema dos buracos e das acessibilidades” e fazer deste um tema da campanha eleitoral. “Estou contente, porque depois de tudo o que se passou conseguiu-se fazer alguma coisa por isso, porque, neste mandato, o executivo já tapou mais de 300 buracos nas estradas nacionais e municipais da Trofa”, sustentou.
GNR apreende carrinha envolvida em furto Militares da Guarda Nacional Republicana da Trofa foram alertados por populares para a presença na Rua 16 de Maio, na localidade de Santiago de Bougado, de uma carrinha suspeita. Ao chegar ao local, os militares intercetaram a viatura e numa
vistoria foi encontrado diverso material metálico, mas o condutor da viatura garantiu que o recolheu de um terreno baldio. Suspeitando desta versão, os militares dirigiram-se a uma empresa, que está sediada na Rua 16 de Maio, e constataram que o material tinha sido furtado.
A GNR apreendeu a viatura e o material que foi mais tarde restituído ao proprietário da empresa. O condutor da carrinha de marca Ford Transit foi constituído arguido e ficou com termo de identidade e residência. H.M.
Homem e mulher detidos em flagrante a furtar metais Uma mulher de 43 anos de idade e um homem de 50 anos foram apanhados em flagrante a furtar objetos de metal no interior das instalações da Ráfia. O alerta às autoridades terá sido
dado por populares, que se aperceberam da presença de desconhecidos no interior das instalações e, ao chegarem ao local, os militares da Guarda Nacional Republicana da Trofa apanharam
homem e mulher em flagrante a furtar estantes e armações em ferro. Foram notificados a comparecer em Tribunal. H.M.
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9 de janeiro de 2014
Reflexões de Emanuel Dias em livro Auditório do edifício sede da Junta de Freguesia do Coronado, em S. Romão, foi pequeno para acolher as várias dezenas de pessoas que assistiram à sessão de lançamento do primeiro livro de Emanuel António Dias. “Aproveita cada minuto, porque o tempo não volta. O que volta é a vontade de voltar no tempo... Hoje parei para pensar, parei para perceber se tenho feito tudo como quero, parei para saber se o que tenho seguido é aquilo que ambiciono, mas penso e volto a pensar e não consigo encontrar uma resposta definida, apenas respostas que me levam a mais perguntas. Será que a vida é assim mesmo? Cheia de perguntas, mas com poucas respostas ou quase nenhumas? E o que nos leva a fazer? Aí voltamos a refletir e a pensar e a pensar”. Este é um pequeno excerto de uma das muitas reflexões que fa-
zem parte do livro “Porque nem tudo faz sentido...” do jovem autor Emanuel António Dias, morador em S. Romão do Coronado. A sessão de lançamento, que se realizou no domingo, 5 de janeiro, começou com um minuto de silêncio em homenagem a Eusébio, que faleceu na madrugada desse dia. Seguiu-se uma recitação de um excerto de dois textos e intervenções de amigos do autor, que o deram a conhecer. A obra “Porque nem tudo faz sentido...”, editada pela Chiado Editora, foi baseada no blogue (porquenemtudofaz sentido.blogspot.com) de Emanuel António Dias, onde faz “reflexões e testemunhos pessoais sobre diversos temas”. “Este é o livro onde se levantam diversas questões sobre muitas coisas que acontecem na vida, para as quais, muitas vezes, não encontramos resposta. Para de-
Emanuel Dias sentiu “grande emoção”
monstrar isso, decidi escrever os meus testemunhos e reflexões pessoais para dar a ver ao Mundo que às vezes nem sempre tudo tem que ter uma razão, que nem sempre tudo tem que fazer sentido. E ao mesmo tempo mostrar que cada um de nós tem uma história que deve ser partilhada para que no final todos possamos melhorar cada vez mais este pequeno sítio que habitamos”, contou. O jovem, de 19 anos, começou a escrever um blogue depois de ter visitado, “por curiosidade”, o da amiga Inês Barros, descobrindo que esta estava a passar por “momentos difíceis”, pois “tinha sido atropelada e não conseguia andar”. “Naquele momento aquilo tocou-me, porque só vivia para o futebol, eu só queria correr atrás de uma bola, fazer golos e jogar, não pensava em mais nada, mas
naquele momento eu parei e pensei ‘e se fosse comigo, e se eu não conseguisse correr, o que é que eu fazia, não podia jogar’”, declarou, referindo que após “três meses” parou de escrever, retomando a escrita “uns meses depois”, quando sofre “uma grande lesão no joelho direito, rotura completa do ligamento cruzado anterior”. Foi ai que começou a escrever “vários textos, várias reflexões e testemunhos”, que se tornaram agora “nesta pequena obra”. Depois de “vários incentivos de amigos, familiares e até alguns conhecidos que acompanhavam o blogue”, Emanuel António Dias decidiu “aventurarse e apresentar os temas a várias editoras”. “Muitas ignoraram, outras responderam e uma ofereceu logo um contrato”, que o autor “não hesitou” conseguindo assim “concretizar este sonho”. “Reflexivo, calmo, mas também intempestivo este livro leva-nos a refletir e a perceber que há muitas coisas importantes na nossa vida. Iremos perceber com ele que há diversos aspetos aos quais não damos o devido valor, mas que ainda estamos a tempo de valorizar”, sublinhou. Este dia foi para Emanuel António Dias “uma grande emoção”, pois “não estava à espera de tanta gente”, ficando “contente por saber que tudo” o que escreve e transmite é “bem recebido por todas as pessoas”. Mesmo com o livro disponível em “todas as livrarias”, o romanense asseverou que o blogue “está apto para todos os leitores” e com “novos textos”, onde continuará a ter os seus “testemunhos e reflexões sobre vários temas”. P.P.
Plateia repleta na sessão de lançamento do livro pub
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9 de janeiro de 2014
Palácio de Belém foi palco dos Meninos Cantores Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Os Meninos Cantores do Município da Trofa deliciaram todos os presentes no Palácio de Belém, com a apresentação da Cantata de Natal – Adoro Dezembro. A contrastar com o frio e a chuva que se fazia sentir no exterior, na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, o ambiente era aconchegante e de muita alegria. Depois de dezembro, os Meninos Cantores do Município da Trofa (MCMT) regressaram a Lisboa no sábado, 4 de janeiro, para um novo concerto, ao final da tarde, que estava integrado na programação dos concertos de Natal da iniciativa “Noites de Luz”, do Museu da Presidência da República em
Meninos Cantores apresentaram uma versão diferente da cantata
parceria com os CTT Correios de Portugal. Os Meninos Cantores apre-
sentaram a sua mais recente obra “Cantata de Natal – Adoro Dezembro”, com texto e música
de Mário Alves, autor que venceu o Concurso Lusófono da Trofa Prémio Matilde Rosa Araújo, com o conto Amílcar, Consertador de Búzios Calados em 2010. Para a maestrina do coro infantil, Antónia Serra, o concerto correu “muito bem” e foi “uma delícia”, tendo sido “super bem recebidos” e com “muito carinho”. “De todos os espetáculos que fizemos da ‘Cantata de Natal Adoro Dezembro’ acho que este foi o mais bonito, o ambiente também se proporcionava”, referiu, contando que, desta vez, apresentaram “uma versão completamente diferente”, que foi “encenada” e “muito divertida”. Já os meninos estavam “bem dispostos”, apesar da “viagem longa e com muita chuva”. Agora, o coro infantil vai ver “um reportório novo e por algumas em ordem”, retomando em
março os concertos. Os MCMT têm um projeto que está no “segredo dos deuses”, uma vez que ainda está “muito no início”. Antónia Serra espera que este se concretize e que seja “o culminar deste ano de trabalho”. Este concerto dos Meninos Cantores estava inserido na “Noites de Luz”, que decorreu de 14 de dezembro de 2013 a 5 de janeiro. Durante estes dias, era possível ver o Palácio de Belém envolto num cenário mágico e natalício, com “uma instalação luminosa da autoria do coletivo de Arquitetos LIKEarchitects, em que um conjunto de arcos iluminados de vermelho contrastam com o verde dos jardins”. O valor do bilhete (1,50 euros) reverteu “a favor da Residência de Velhinhos das Irmãzinhas dos Pobres”.
Cantares de Reis apresentou tradições em Santiago Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado organizou na noite de sábado, dia 4 de janeiro, um Encontro de Cantares de Reis. Munidos de lumieiras, os grupos vindos das terras de Coimbra, Maia e Matosinhos passaram por casa de uma família, onde encontravam avós e netos. Na cozinha, com a lareira acesa, os grupos cantaram aos reis e desejaram um bom ano novo, tendolhes sido ofertado pela família uma chouriça e um copo de “xarope”. Foi assim, num ambiente descontraído e com humor à mistura, que decorreu o 8º Encontro de Cantares de Reis do Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado, no auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em
Santiago, por onde passaram, além do grupo da casa, o Grupo Folclórico da Casa do Pessoal da Universidade de Coimbra, o Rancho Típico da Amorosa (Matosinhos) e o Grupo Regional de Moreira da Maia. Para a presidente do Grupo, Manuela Moreira, o Encontro correu “muitíssimo bem, desde a chegada dos grupos, que foram extremamente simpáticos”, perspetivando-se “uma boa noite”. “Apesar do frio, da chuva e da intempérie, estavam todos presentes, bem dispostos e gostaram da maneira como foram recebidos e de conhecerem a nossa sede. O Grupo Folclórico da Casa do Pessoal da Universidade de Coimbra gostou imenso de vir ao norte e também de quando lá fomos, porque é uma tradição diferente”, afirmou. A realização deste encontro tem como objetivo “trazer outras
Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado desejou bom ano
tradições” ao concelho. No entanto, Manuela Moreira “pondera” a sua realização no próximo ano, uma vez que esta iniciativa acarreta “muitas despesas” e “as ajudas são poucas”. “Nós gostamos de receber bem os nossos convidados. É todo um conjunto de despesas que para o ano é um caso a pensar”, explicou. Esta “contenção de custos” também influenciou a escolha dos grupos a participar neste encontro, havendo “só um que tenha sido mais retirado” e os “outros dois são daqui de perto”. “É uma maneira de depois ao retribuir não termos viagens muito longas, porque os transportes também ficam muito caros”, salientou.
A presidente “agradeceu” à Junta de Freguesia de Bougado pela “cedência” do auditório, assim como à comunidade em geral, por os ter recebido durante o porta a porta, que está a decorrer desde o início de dezembro, para dar as boas festas. No balanço do porta a porta, Manuel Moreira referiu que a adesão “não é como nos anos anteriores” e que tem “reduzido”, mas “para a crise que estamos até tem corrido razoavelmente bem”. “Alguns não abrem a porta, a gente vê que estão em casa, mas notase hoje que as pessoas estão muito controladas. Este ano estamos bastante atrasados devido ao mau tempo, só temos me-
tade da freguesia feita, e nos anos anteriores por esta altura, a meio da freguesia, já temos um valor um bocadinho mais elevado do que este ano”, exemplificou, agradecendo à comunidade, pois, “dentro dos possíveis e dentro da crise”, têm sido “generosos”, tendo a “consciência que a vida não está fácil para ninguém”. Nos próximos tempos, o Danças e Cantares de Santiago tem “várias saídas agendadas”, tal como o festival para setembro, nas Festas de S. Gens, e quer “continuar com uma atividade que gostamos sempre de fazer, que engloba um quadro agrícola ou etnográfico”.
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Escola Passos de Dança tem novas instalações Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Após sete anos nas instalações da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, a Escola Passos de Dança abriu portas no sábado, 4 de janeiro, num pavilhão na Rua Alfredo Costa Peniche, em S. Martinho. “Que o medo da queda não seja maior que a vontade de voar”. Esta frase acompanhada por marcas das mãos dos alunos, devidamente identificadas, figuram numa das paredes das novas instalações da Escola Passos de Dança. Desde o dia 4 de janeiro, dia da inauguração, a Escola, que conta com “150 alunos”, passa a funcionar na Rua Alfredo Costa Peniche, número 121, em S. Martinho de Bougado. Foi através de um convívio, que a professora responsável pela Escola, Márcia Ferreira, convidou os familiares dos alunos a “conhecer o espaço”, assim como para se “divertirem um bocadinho” e estarem “em família”, uma vez que a Escola Passos de Dança “tem e sempre teve espírito de família”. Um dos momentos altos foi o descerrar da placa inaugurativa pela examinadora Vanessa Hooper, por ser “uma das pessoas responsáveis pela progressão”
Márcia Ferreira e Vanessa Hooper pousaram com algumas alunas
da Escola, fazendo “todo o sentido” para Márcia Ferreira que estivesse presente na inauguração. Segundo a professora, a mudança de instalações, antes estava no edifício sede da Junta de Freguesia de Bougado, em S. Martinho, esteve relacionada com “dois fatores primordiais”: a “falta de espaço físico que a Junta já tinha e a impossibilidade por parte do executivo de poder fornecer espaço maior”. O outro motivo foi a “dimensão que o projeto tomou”, pois o que começou por ser “pequenino” tornou-se “muito grande”. “Realmente já não ca-
bia nas instalações da Junta de Freguesia e como não havia forma desse alargamento das instalações, estava a tornar-se incomportável que continuássemos nas instalações da Junta”, contou, afirmando que lhe pareceu “melhor” mudar de instalações para que o projeto pudesse “progredir nos moldes que sempre teve”. Com a saída da Junta de Freguesia de Bougado, a Escola Passos de Dança ficou “independente”, mantendo apenas “uma relação de grande cumplicidade e amizade com as funcionárias,
porque foram sete anos a trabalhar em conjunto”. Contudo, Márcia Ferreira declarou que está “disponível para trabalhar com a Junta sempre que eles requisitarem”. Com as novas instalações, a Escola dispõe de um espaço “bastante mais amplo” e “acima de tudo adequado às nossas necessidades, não só as de momento, mas também de um espaço que poderá progredir durante muitos anos”. O espaço dispõe de “duas salas muito grandes e uma terceira sala que não está fechada mas poderá ser fe-
chada mais tarde”. Estas instalações surgiram “muito por acaso”, através de uma referência de uma pessoa, quando “andava à procura”. Márcia Ferreira ficou “maravilhada” com o espaço, por ser “aberto a qualquer coisa que pudesse idealizar na cabeça”. Com o novo espaço, a Escola Passos de Dança passa a contar com “novas modalidades”, que durante “duas semanas” terão “aulas abertas e gratuitas para que todos possam experimentar”. A Escola conta com aulas de Danças de Salão, Danças Africanas, Yoga, Pilates, HipHop, Break Dance e Zumba. Além de ter “duas salas bastantes grandes e a possibilidade de uma terceira”, a abertura de novas modalidades foi motivada pelas “alunas que gostavam de outras modalidades”, mas pelas “mães que pediam que tivesse alguma coisa para elas”. Durante a sua intervenção, emocionada, Márcia Ferreira agradeceu a todos os que contribuíram para que estas mudanças fossem possíveis, assim como a José Sá, ex-presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, por ter acreditado no projeto e apoiado na fase inicial. “Muito obrigada de coração a todos os que nos ajudaram”, agradeceu.
Alunas e professoras avaliadas Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Bailarinas e professoras da escola Passos de Dança foram avaliadas pela examinadora representante da Associação Internacional de Professores de Dança. Vanessa Hooper regressou à Trofa para avaliar, mais uma vez, as alunas da Passos de Dança. Desde a última vez que a representante da Associação Internacional de Professores de Dança (IDTA - International Dance Teachers Association) veio, muita coisa mudou na escola de ballet, principalmente ao nível das instalações, que agora conta com um espaço bem maior que a sala da Junta de Freguesia de Bougado. “A escola tem crescido muito. Eu vim cá há dois anos e posso ver que a melhoria
foi grande”, afirmou antes de falar da performance das bailarinas, que “estavam lindas e trabalharam muito bem”. “Tecnicamente, elas têm muito trabalho para fazer, por cada bailarino tem trabalho a fazer durante toda a vida. A Márcia faz um trabalho muito bom com elas”, sublinhou. No domingo, as crianças tiveram exame com Vanessa Hooper e na terça-feira foi a vez de Mafalda Diogo cumprir o exame semiprofissional de “Avançado 1”. Esta bailarina não se ficou por aqui e também fez o exame para professora, assim como Ana Luísa Oliveira. “No caso da Mafalda, trata-se do segundo exame, de um total de três, que lhe dá a habilitação de lecionar, embora não tenha o certificado oficial, que lhe será dado no último. Já a Ana Luísa vai fazer o último exame”, explicou Márcia
Exames decorreram num ambiente descontraído
Ferreira. Também a professora foi alvo de avaliação, para progressão de carreira. Estes exames, acrescentou,
“servem não só ao nível do conhecimento técnico dos professores e de melhoria da parte curricular, mas também são ne-
cessários para as professoras que, no futuro, quiserem fazer de examinadoras”.
Desporto 15
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9 de janeiro de 2014
Plano de recuperação do Trofense vai a votos na assembleia de credores
“Se o plano não for aprovado o clube entrará em liquidação” Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Caso o Plano de recuperação não seja aprovado na assembleia de credores, a realizar no dia 17 de janeiro, no Tribunal de Santo Tirso, a viabilidade do Clube Desportivo Trofense está em causa. Esperança é o sentimento que melhor define o estado de espírito de Paulo Melro, presidente do Clube Desportivo Trofense, que espera que na assembleia de credores, a decorrer no Tribunal de Santo Tirso, no dia 17 de janeiro, seja aprovado o plano de recuperação. Na assembleia de credores
vai ser discutido o plano de recuperação do Trofense, apresentado pela direção de Paulo Melro no Tribunal de Santo Tirso. Para que o clube seja viabilizado são necessários os votos favoráveis de dois terços dos credores atuais, sendo que dos que foram considerados detentores de “créditos comuns” têm de reunir uma percentagem igual ou superior a 50 por cento. Paulo Melro afirmou, em declarações ao NT, que a direção tem a “consciência” que fizeram “todos os esforços para trazer o clube até esta situação, com todas as dificuldades que são inerentes”. “Agora é a vez dos credores darem o seu apoio e darem o sinal de que acreditam
neste projeto e ajudar a viabilizar o clube”, acrescentou, pedindo “um esforço adicional aos credores”, que “permita continuar a levar o clube para a frente”. O presidente conta com “a colaboração expressa do maior credor”, Rui Silva (presidente de 2006 a 2011), que “garante dois terços dos votos”. Sabendo que há “fatores que não controla”, o presidente está com “alguma apreensão”, por poder “surgir outras empresas a votar contra, como o caso da empresa Eurico Ferreira”, mas ao mesmo tempo com “alguma esperança” que “as coisas possam ser resolvidas a bem do clube”. Neste momento, “a solução” é a aprovação do plano de recuperação, pois, caso contrário, “o clube entrará em liquidação” e o Trofense poderá “fechar portas”, pois a outra forma de viabilização, o Plano Especial de Revitalização (PER), foi chumbada em maio de 2013. “Se o plano não for aprovado o clube entra em liquidação. Estamos a falar do fim da linha e a nossa preocupação nestes dias”, declarou, sublinhando que a aprovação do plano, que “será moroso”, vai gerar “esforço por
parte de toda a gente para cumprir com as prestações que ficarão acordadas”. O presidente do clube adiantou que o passivo do emblema trofense ronda os sete milhões de euros. Se o plano de recuperação vier a ser aprovado na assembleia, o passivo do clube passa a cerca de dois milhões e 300 mil euros, tendo em conta a reestruturação das dívidas e a recalendarização dos pagamentos. “Durante 15/16 anos o clube terá esta responsabilidade acrescida, mas pelo menos consegue sobreviver e nós acreditamos que podemos reunir muita gente à volta do clube para ajudar a garantir o futuro”, finalizou. Recorde-se que quando o PER foi a votação, o clube conseguiu “cumprir com um dos requisitos, que eram dois terços nos votos totais”. Contudo, “não obteve os 50 por cento nos créditos comuns”, por haver “uma desclassificação dos créditos da Quinta dos Miguéis, que passaram a subordinados”, e pelos “votos tardios das finanças, que fizeram com que não tivessem os 50 por cento”.
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16 Desporto
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Bougadense com campeã regional no corta-mato
Joana Martins foi uma das atletas do Bougadense em prova
Deolinda Oliveira sagrou-se campeã regional, no escalão de veteranos +35 anos, no Cortamato Regional Curto, da Associação de Atletismo do Porto, que se realizou em Paredes, no sábado, 4 de janeiro. A atleta do Atlético Clube Bougadense foi uma das vencedoras de um dia recheado de provas. O clube esteve ainda representado por mais dez corredo-
res jovens, no Campeonato Regional Jovem. Alice Oliveira foi a mais bem classificada desse grupo, ao conseguir o 6º posto em iniciados femininos, à frente de Ana Lopes (21ª classificada), Juliana Teixeira (30ª) e Patrícia Moreira (31ª). Estas atletas conseguiram o 4º lugar coletivo. Já Rúben Gonçalves conseguiu a 8ª posição, em infantis, enquanto Rui Rocha obteve a
mesma classificação, em iniciados, terminando à frente do colega Tiago Sá (12º). Em benjamins B, Joana Martins foi 10ª classificada e Ana Mota 15ª, enquanto Ana Silva obteve o 18º lugar, em juvenis. Por sua vez, Sandra Sá e José Silva, que vestem a camisola do Ginásio da Trofa, conquistaram o 1º lugar no escalão de infantis, no mesmo campeonato. Elsa Maia e Andreia Rodrigues conseguiram a 2ª e 3ª posições, respetivamente, em juniores, enquanto do lado masculino João Ferreira terminou em 3º. Em juvenis, Tiago Silva foi 4º classificado e Vítor Martins 21º, enquanto Ana Ribeiro e Khrystyna Paylyuk conquistaram, respetivamente, o 16º e 28º lugares. Em iniciados femininos participaram Daniela Pontes (13ª), Naiara Crivelaro (29ª). No mesmo escalão, mas em masculinos, Paulo Neto terminou em 18º lugar. Vítor Bessa foi 14º classificado, em benjamins A masculinos. C.V.
Expulsão determinou derrota Diana Azevedo Hermano Martins
Mais uma vez a equipa do S. Romão perdeu um jogador e apenas com dez elementos foi difícil segurar o jogo, pelo que perto do apito final o adversário conseguiu a vitória. Toni garantiu ao NT estar “convencido que se não fosse a expulsão teríamos certamente vencido”. O novo ano trouxe expectativas à equipa de S. Romão e era importante que o primeiro jogo de 2014 trouxesse pontos ao grupo e assim garantisse motivação para mais uma sequência de jogos. A primeira parte foi algo cinzenta, como o tempo. Nenhuma das equipas conseguiu oportunidades de finalização significativas, no entanto o onze de Monte Córdova teve maior posse de bola e subiu mais no terreno. O S. Romão entrou melhor que o adversário após o intervalo. Os homens comandados por Toni demonstraram maior agressividade ofensiva e conseguiram inverter o sentido de jogo do primeiro tempo.
O Monte Córdova foi o primeiro a causar perigo, com um remate forte aos 63 minutos, intercetado por uma excelente defesa do guardião romanense Vítor. Aos 66 minutos, Renato foi advertido com o cartão amarelo e aproximadamente cinco minutos depois foi-lhe exibido outro cartão pelo trio de arbitragem feminino. Assim, o romanense abandonou o campo, por repetidas faltas cometidas sobre a progressão do adversário. O Monte Córdova ficou em superioridade numérica, mas apesar disso o S. Romão deu luta e apenas nas bolas paradas os forasteiros conseguiram superiorizar-se. A caminho dos 80 minutos, Marco Lopes fez o livre à entrada da grande área, por cima da barreira, mas o poste salvou a baliza da casa. Cinco minutos depois a sorte e a marcação faltaram ao S. Romão e, num livre indireto, a bola sobrou para Tiago, que perto do segundo poste cabeceou para o 1-0. “Obviamente que não era este o resultado que procurávamos nem foi para isto que trabalhamos durante a semana”, começou por afirmar o treinador da ca-
sa, Toni, que referiu que “não entramos bem nos dez primeiros minutos de jogo”, tendo depois a equipa conseguido “encaixar no adversário” e “superiorizar”. De uma forma geral, para Toni este foi “um jogo equilibrado e muito bem jogado”. Contudo a equipa romanense foi “condicionada por uma expulsão” e quando se apercebeu “já tínhamos sofrido um golo”. “Estou convencido que se não fosse a expulsão teríamos certamente vencido porque no segundo tempo estávamos a dominar a partida e o adversário teve mais dificuldade em subir no terreno, também agravado pelo forte vento. Enfim, lamentámos, é uma situação muito difícil de controlar”, finalizou. Já o técnico do Monte Córdova, Edgar Ferreira, declarou que este foi um jogo “difícil”, estando consciente das “adversidades” que teria a jogar “num campo difícil, em casa alheia”. “Mas apesar de andarmos nisto há pouco tempo acredito que temos um bom grupo e estou satisfeito com o resultado”, concluiu. Neste domingo, o Futebol Clube de S. Romão desloca-se ao reduto de Águas Santas.
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Correio do Leitor Ginásio da Trofa com excelentes resultados em 2013 O Ginásio da Trofa encerrou o ano de 2013 com excelentes resultados. Participou em mais de uma centena de provas, em que obteve várias dezenas de primeiros lugares, tanto a nível regional como a nível nacional. Participou em provas de grande nível, desde campeonatos regionais, campeonatos nacionais, olímpico jovem e campeonato do Mundo. Aí, a atleta Andreia Rodrigues representou a seleção portuguesa na prova de dois mil metros obstáculos, obtendo um honroso 10º lugar, ficando à frente de atletas de dezenas de países, cujas condições de trabalho são de longe superiores ao que o Ginásio da Trofa tem, para não falarmos de apoios federativos, de nível financeiro e técnico. É um trabalho realmente penoso o trabalho que temos tido para conseguirmos dar aos nossos atletas o mínimo de condições de trabalho. A direção do Ginásio da Trofa congratula-se e orgulha-se com os feitos dos seus atletas e a Trofa também se pode orgulhar dos filhos que tem. Botelho da Costa Ginásio da Trofa
Cantosfatídicos para o Bougadense Após uma pausa no campeonato, o Bougadense começou o ano com uma derrota frente ao Senhora da Hora, por 3-0. “O resultado não reflete o que se passou durante os 90 minutos”. Este foi a análise de Augusto Veloso, treinador do Atlético Clube Bougadense, feita à 14ª jornada da série 1 da 1ª divisão distrital, que opôs, no domingo, 5 de janeiro, a equipa de Santiago e o Senhora da Hora. Segundo o técnico, nos primeiros 45 minutos o Bougadense fez “tudo e mais alguma coisa” para ganhar a partida, tendo tido “quatro oportunidades flagrantes”. Mas o primeiro golo da partida pertence ao Senhora da Hora, aos 42 minutos, com Virgílio a marcar, no seguimento de marcação do “canto fatídico”, como Augusto Veloso apelidou. No intervalo, a formação de Santiago corrigiu, fez três substituições e foram “para cima deles”. Quando podia ter surgido o empate, o Senhora da Hora consegue ampliar a vantagem, com Virgílio a bisar, aos 53 minutos, uma vez mais na marcação de um canto, O Bougadense ainda correu atrás do prejuízo, mas depois de ter falhado cinco oportunidades flagrantes a equipa “acusou um bocadinho a situação de querer pontuar”. E como não há duas, sem três, numa marcação de canto, Bruno Pereira marca o terceiro e último golo da partida. Para o técnico, a partida pelo resultado correu “mal” e pela exibição correu “bem”, só que neste momento o que interessa é “ter pontos”. “A nível de jogo jogado não ficamos em nada a dever ao Senhora da Hora. Só que em termos de resultado eles marcaram três e nós podíamos ter marcado quatro ou cinco. No meio disto tudo, o Bougadense deu uma imagem boa. Para quem viu o jogo o resultado não tem nada a ver”, declarou, sublinhando que “o futuro começa a ser um bocado mais sombrio”. Com esta derrota, a equipa de Santiago desceu à zona de despromoção, com nove pontos, a um do 14º lugar. Nas próximas duas jornadas, o Bougadense vai jogar em casa e Augusto Veloso acredita que a equipa tem “todas as condições para sair da zona de despromoção”. “É isso que vamos trabalhar durante a semana”, concluiu. Neste domingo, o Bougadense recebe, pelas 15 horas, o Custóias Futebol Clube e, no dia 19 de janeiro, o Progresso. P.P.
Desporto 17
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9 de janeiro de 2014
Rali
Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O piloto trofense Carlos Campos, navegado por Jorge Sousa, venceu a Divisão 1 (até 1300cc) do 6º campeonato inter-município, organizado pela Team Baia. Na nova época, que começa a 25 e 26 de janeiro, a dupla espera defender o título da melhor forma. Ao volante de um Pegeout 205, Campos conseguiu um somatório de seis provas irrepreensível, que o colocou “a cerca de 20 pontos de distância” do 2º classificado e permitiu prescindir das contas da última prova, em que teve de desistir devido a uma saída de estrada. Nas dez provas realizadas, à exceção da última e de outra realizada em Fradelos, o piloto trofense obteve sempre o 1º e 2º lugar, entre cerca de dez adversários diretos. Na segunda participação no campeonato, Carlos Campos e Jorge Sousa, que correm pela Team Fariauto, conseguiram me-
lhorar a classificação da época passada, em que a liderança lhes fugiu por “três pontos”. “Acertamos um com o outro e os resultados começaram a aparecer”, conta Jorge Sousa, que conta “16 anos” de andanças no desporto automóvel. Carlos Campos estreou-se ao volante nos ralis, em 2009, numa “brincadeira”. “Foi num rali em Vila Verde, o antigo dono do meu carro estava a participar com outra viatura e, como estava um pouco alcoólico, pediu-me para acabar a prova dele, por ser forte como ele e poder confundir as pessoas vestido e com o capacete. Eu não estava habituado a conduzir carros daqueles, principalmente um quatro por quatro, por isso fiz a prova nas minhas calmas e recebi assobios”, contou, entre risos. Depois da estreia “oficiosa”, Carlos Campos partiu para a aventura em 2010, na Super Especial da Trofa, onde fez a primeira prova com o Pegeout 205. Entre super especiais foi completando uma verdadeira “transfor-
foto: Beatriz Couto
Carlos Campos vai defender título no campeonato inter-municípios
Carlos Campos e Jorge Sousa venceram Divisão 1 do campeonato inter-municípios
mação mecânica” no carro, que estava apto para correr na terra em vez do alcatrão. Os bons resultados surgiram em 2012 e 2013, quando fez dupla com Jorge Sousa, no campeonato promovida pela Team Baia. “Nós
corremos para nos divertirmos e para conviver, porque somos um grupo grande. Financeiramente, este desporto não é fácil. Contamos com algum apoio de patrocinadores, a quem agradecemos, mas é praticamente tudo por conta
própria”, contou Campos. O próximo campeonato começa a 25 e 26 de janeiro, em Braga, e a dupla espera ter o Pegeout 205 operacional para começar da melhor forma, pois naquela pista está habituada a vencer.
Nasceu a União de Ciclismo da Trofa Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A União de Ciclismo da Trofa é uma nova associação, que pretende apostar nas modalidades de ciclismo de estrada e BTT. Inicialmente, o projeto anunciado em agosto de 2013 para a escola de ciclismo foi pensado no âmbito de uma parceria com o Centro Recreativo de Bougado (CRB), mas em três meses Bruno Cunha considerou que era melhor avançar com uma associação “independente”. Assim nasceu a União de Ciclismo da Trofa (UCT), a 26 de novembro de 2013, presidida pelo mentor, que considera que desta forma “seria mais fácil reunir as condições necessárias para a prática da modalidade”. “Os dirigentes do CRB sempre me trataram bem e foram acolhedores, mas achamos melhor constituir uma nova associação”, explicou em
Equipa já fez as primeiras aulas
declarações ao NT. Bruno Cunha explicou que a questão burocrática “está praticamente ultrapassada” e que “já foi feita a primeira assembleia e aprovados os estatutos”. Neste momento, a UCT, con-
cebida para ser, inicialmente, “uma escola de formação” de ciclismo de estrada e BTT, conta com dez atletas, que treinam, aos sábados, pelas 9.30 horas, no parque junto ao Edifício Nova Trofa. Os jovens, dos sete aos
14 anos, que estejam interessados em fazer parte do projeto “podem aparecer”, referiu o presidente. Atualmente, as principais dificuldades passam pela captação de apoios, pois, sustentou,
“é difícil uma escola de formação chegar aos patrocinadores”. “Desejamos que a população e as empresas apoiem e acreditem no nosso projeto. As pessoas têm achado o nosso projeto interessante, principalmente os pais dos atletas que têm colaborado imenso, não querendo que falte nada aos miúdos”, frisou. Para além de também ambicionar abrir uma secção de lazer, para todas as idades, o presidente da UCT pretende ainda integrar a coletividade na Federação Portuguesa de Ciclismo, para que esta participe em encontros nacionais. A direção espera, atualmente, por uma solução da autarquia, que “disse que logo que possa atribuirá uma sede”. Para mais informações pode consultar o site da associação, em http://www.uctrofa.pt/, ou a página do facebook, em www.fac ebook.com/uctrofa.
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Clube Slotcar da Trofa teima em resistir às adversidades A coletividade trofense tem vivido entre o infortúnio das inundações que têm afetado a Trofa e o sucesso de vários eventos desportivos que tem organizado no concelho. João Pedro Costa, presidente da coletividade, faz um ponto da situação e diz não ser líder de um clube derrotista. O Notícias da Trofa (NT): Os mais recentes acontecimentos que o Clube Slotcar viveu, um assalto na madrugada do último dia do ano e a inundação no dia 2 de janeiro, causam mazelas e condicionam o futuro da coletividade? João Pedro Costa (JPC): Sem dúvida que não são situações agradáveis, tanto mais que em março de 2013 já tínhamos conhecido uma situação similar, com uma inundação a danificar por completo o piso inferior onde funciona a modalidade de slotcar. Foram cinco meses de recuperação, um trabalho notável de um conjunto de associados, que culminou numa reinauguração no passado mês de agosto, pelo que, atualmente, já estão em pleno com campeonatos em curso e um calendário de provas bem preenchido. Mas há um ditado que diz que mesmo das piores situações podemos tirar algo de positivo e estou esperançoso que é isso que vai acontecer. NT: Em concreto, o que é que foi realizado para fazer face a esta situação tão crítica, já que metade da sede ficou sem operacionalidade e
as modalidades têm compromissos assumidos? JPC: Realmente, não há muito tempo para pensar e daí que tenhamos de ser assertivos, a inundação foi na quinta-feira e ainda hoje (sábado) temos na sede do clube uma competição individual da Federação Portuguesa de Bilhar com 32 atletas, sendo alguns dos melhores a nível nacional e como compromissos são compromissos, está tudo pronto para os receber! Foi complicado, pois tivemos de remover algumas tralhas que subiram ao primeiro piso mas, como sempre, esperamos estar à altura para recebermos bem as pessoas no clube. Em termos de slotcar é que as coisas se complicaram um pouco, já que se avizinha a 7ª edição das 24 Horas de Slotcar da Trofa para o dia 17 de janeiro mas, mais uma vez, a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa esteve à altura e a cedência de instalações desportivas, que estava prevista para o período de 11 a 23 de janeiro, foi antecipada e já está a ser construída uma pista que possibilitará aos nosso pilotos afinar as minimáquinas, não comprometendo, assim, a presença dos pilotos trofenses na prova - foi montada uma autêntica tenda de campanha! NT: A direção do Clube Slotcar, que tomou posse no início de dezembro, está motivada para as adversidades que se apresentam e tem contado com o apoio dos associados e simpatizantes?
João Pedro Costa é o presidente do Clube Slotcar da Trofa
JPC: Este é um clube simpático pelas modalidades com que se apresenta e tem resistido a várias dificuldades. Como ouvi alguém dizer já após este infortúnio “somos como os gatos, temos sete vidas”. As modalidades são as pessoas que gostam do que fazem, veja, por exemplo, o lançamento da modalidade de veículos antigos em novembro, o resultado foi cerca de cem viaturas, muitas pessoas que passaram um dia memorável e, certamente, não são as mesmas que participaram nas várias Lanpartys organizadas pelos jovens da nossa secção de videojogos. Enquanto o atleta de slotcar é muito específico e fez da Trofa a capital da modalidade em Por-
tugal, já no bilhar, temos mais de 20 atletas a competir todos os dias da semana, estão sempre em ação! Em suma, os associados e os que gostam do trabalho do Clube aparecem sempre que são convocados, ainda é um Clube à moda antiga que vive do bairrismo, embora um bairrismo do século XXI, mas a verdade é que no próximo dia 17 de março vamos completar já o nosso décimo aniversário! NT: Certamente não é só de boa vontade que o Clube vive. Como tal, tem sentido apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude, que ao que sei também continuam a fazer parte, bem como dos órgãos
autárquicos? JPC: Desde 2006 que o Instituto Português do Desporto e Juventude reconhece o nosso valor, fazemos com eles um planeamento anual pelo que neste momento estamos em pleno e a encerrar os acordos para 2014. Quanto ao nosso relacionamento com a Câmara Municipal sofremos muito durante os últimos quatro anos, ao ponto de nos últimos dois não ter existido qualquer relação institucional. Temos um orçamento anual de 35 mil euros o que perfez nesses quatro anos uma execução de 140 mil euros e foi-nos atribuído apenas um subsídio de três mil euros dos quais falta receber metade não nos deixa saudades e, como ouvi dizer, fomos literalmente ostracizados. Enfrentamos adversidades, mas não temos dívidas, o que, nos dias que correm, é uma grande vantagem e como presidente e membro fundador desta coletividade de cariz juvenil sinto que o tamanho dela reflete a dimensão da nossa terra que tenho esperança possa crescer no futuro. NT: Que mensagem gostaria de deixar para o público em geral e em particular para os trofenses? JPC: Que apareçam, pois há muito trabalho para repartir, mas acima de tudo que aproveitem o que resta do movimento associativo, porque não acredito que na atual conjuntura apareçam loucos a fundar associações desportivas sem fins lucrativos.
Clube recebeu competição de bilhar
Piso inferior ficou inundado com as cheias
A prova da primeira divisão do bilhar, disputada em sistema de duplo KO, realizou eliminatórias na tarde de sábado, no DanyBar, em Paços de Ferreira e no Clube Slotcar da Trofa, tendo a fase final sido disputada já durante o dia de domingo e apenas na Trofa. Foi a terceira de seis provas individuais, numa competição disputada por 32 jogadores do distrito do Porto e que visa o apuramento para o Campeonato Nacional. A competição que juntou na final, Bruno Fumega e Eduardo Barros, foi vencida por este último por um expressivo 5-2. Os atletas trofenses Rafael Sampaio
Atletas trofenses não conseguiram alcançar o pódio
e Miguel Alexandre tiveram um bom desempenho, mas foram ar-
redados dos quatro lugares cimeiros.
9 de janeiro de 2014
A troika vai embora este ano. Finalmente!
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moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
Já lá vão quase três anos, que uma missão técnica da Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a Portugal, para iniciar negociações sobre o programa de ajuda financeira ao país, a pedido do então primeiro-ministro, José Sócrates, que anunciou, numa comunicação, que o Governo tinha conseguido “um bom acordo”. A assistência financeira internacional era para garantir condições de financiamento a Portugal e ao seu sistema financeiro. É preciso recordar! O programa de assistência, que a “troika” apresentou foi de 78 mil milhões de euros e, obviamente, exigiu contrapartidas, algumas bastante gravosas para os portugueses. O pagamento da assistência financeira do Mecanismo de Estabilização Financeira Europeia (EFSM) é trimestral e enquanto o programa vigorar, o país está sujeito a revisões trimestrais de avaliação. A primeira revisão foi realizada no terceiro trimestre de 2011. Passos Coelho, que era já o primeiro-ministro do Governo de Portugal, teve a missão espinhosa de implementar as medidas impostas pela “troika”. A 12ª e última revisão será este ano, no segundo trimestre, também com Passos Coelho, como primeiro-ministro. Até à data, as avaliações foram todas positivas! Para a “troika” sair de Portugal, o Governo precisa de continuar a implementar algumas medidas que foram acordadas no Memorando de Entendimento com a CE, BCE e FMI, assinado pelo PS, PSD e CDS. Para este ano de 2014, o Governo vai ter de implementar algumas medidas complementares, como por exemplo: a redução do défice; o decréscimo da despesa pública; a preservação da estabilidade do setor financeiro; o melhoramento da eficiência da administração pública e do sistema judicial. Também vai ser preciso melhorar o acesso das famílias à habitação e promover a criação de emprego. Ainda há muito para fazer! Ao longo deste período de intervenção externa surgiram muitos «paladinos da desgraça», com comentários derrotistas, do género: «vai ter de haver um segundo resgate»; «o Governo não tem capacidade para endireitar as contas públicas»; «Portugal vai precisar de mais tempo e mais dinheiro»; «a recessão em Portugal vai continuar em 2014»; «é impossível o regresso, tão cedo, aos mercados»; etc. Agora, que já se vê «uma luz ao fundo do túnel», alteram a direção dos disparos e agora dizem que será um fracasso se Portugal não sair como saiu a Irlanda. Querem comparar o que não é comparável, pois a Irlanda tem economia, não era um estado falido; e nós fomos à falência e continuamos falidos. Até apetece mandá-los para a Grécia! A necessidade e a urgência de a «troika» ter mais uma história de sucesso, a par da Irlanda, e que se diferencie da Grécia é um fator que pesa a nosso favor, assim como o cumprimento de grande parte das medidas do resgate. São sinais que dão confiança aos credores e aos investidores! Assim, a «troika» vai embora este ano. Finalmente! Ao longo de quase três anos de intervenção, o sofrimento do povo português tem sido muito. Os níveis de ansiedade dos portugueses estão elevadíssimos, para que a “troika” saia de Portugal. Se possível, definitivamente. Para ser restabelecida a nossa autonomia. Já chega de tanta intervenção externa e tanto sofrimento interno!
Lavradeiras da Trofa cantam ao Menino A Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado vai ser palco da 17ª edição dos Cantares do Ciclo Natalício – Cantares ao Menino 2014 – que o Rancho das Lavradeiras da Trofa promove pelas 21.30 horas de sábado, dia 11 de janeiro. Além do grupo da casa, a atuação vai contar com a participação do Grupo Folclórico de Santa Maria de Cabril (Castro Daire), do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Assafarge (Coimbra) e do Grupo Cultural e Recreativo Semente (Espinho). P.P.
Cantares de Janeiras no auditório de Santiago O Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado vai levar a cabo o seu 7º Encontro de Cantares de Janeiras, agendado para este domingo, 12 de janeiro, pelas 15 horas. Pelo palco do auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em Santiago, vai passar, além do grupo da casa, o Rancho Folclórico de Gens (Gondomar), Rancho Etnográfico de Santa Maria de Touguinha (Vila do Conde) e o Grupo Etnográfico da Região de Coimbra. P.P.
Alemanha. O país das maravilhas
Atualidade 19
Coordenador Concelhio Bloco de Esquerda gualter.costa@outlook.com
A Alemanha que nos vendem como modelo para a Europa é um rotundo falhanço. Uma inqualificável mentira. Nos últimos 25 anos o país tem sofrido uma acentuada degradação em quase tudo o que importa à cidadania e aos direitos sociais. Passou de um país relativamente equilibrado para o contexto europeu, a campeão europeu da desigualdade. Os 1% mais ricos detêm 23% da riqueza, os 10% mais ricos 53%!. À metade mais pobre da sociedade só 1% da riqueza, há dez anos eram cerca 3%. A Alemanha, que nos apresentam como modelo, viveu um recuo sócio laboral sem precedentes desde o pós guerra. A generalização da precariedade juntamente com os contínuos ataques aos direitos sociais e laborais, contribuíram para a queda acentuada na esperança média de vida para os mais pobres e para uma das taxas de natalidade mais baixas em todo o mundo. A maioria dos alemães viu-se seriamente prejudicada com este novo paradigma sócio laboral, que só a deturpação estrutural de alguns meios de comunicação social consegue fazer passar por “modelo”. Esse recuo faz parte de um processo mundial mais vasto, que se iniciou no final dos anos ‘60 nos EUA e se aplicou depois com Thatcher no Reino Unido, saltando mais tarde para toda a Europa à boleia de governos conservadores ou social-democratas. O choque da atual crise está a ser utilizado para dar um impulso a esta cada vez maior desigualdade social entre países que caracteriza este sistema, cujos excessos e ideologia foram os geradores da crise. O ilusório “sucesso” alemão na crise, mede-se pelos indicadores de desemprego e de recessão menores que na maioria dos países da Europa e sustenta-se exclusivamente nas exportações assentes nos reduzidos custos de mão de obra. A Alemanha gera metade do seu PIB através das exportações e graças ao euro, combinado com uma estratégia de salários baixos, que condiciona e prejudica os restantes parceiros europeus. Contudo, a ilusão tem um preço. Não há na Europa uma economia mais exposta aos efeitos de um arrefecimento da conjuntura global do que a alemã. O modelo alemão de relativa boa saúde na crise, só foi possível à custa da deterioração da saúde económica dos seus parceiros. O extraordinário superávit comercial que a Alemanha conseguiu nos últimos anos foi colocado nos mais aventureiros e imorais negócios financeiros em países como os EUA, Irlanda, Grécia ou Espanha. Os resultados de tais políticas estão hoje à vista de todos. Só entre 2005 e 2008, a banca alemã concedeu a instituições espanholas créditos e investimentos no valor de 320.000 milhões euros (mais de quatro vezes e meia o valor total do resgate a Portugal!), em grande parte para alimentar a criminosa bolha imobiliária pós franquista. Hoje, os números do desemprego em Espanha falam por si. O setor financeiro alemão lucrou, mas a Espanha lerpou … e quase afundou. Os resgates de países sucederam-se e são essencialmente resgates de dívidas dos bancos internacionais. Por exemplo, 90% do dinheiro entregue “à Grécia” tem sido destinado aos bancos, sobretudo a bancos estrangeiros. A Alemanha é hoje o principal exportador do recuo sócio laboral para o resto da zona euro. Em nome da austeridade, gera-se mais desemprego e mais dívida. Uma política meticulosamente desenhada para que o setor financeiro cubra integralmente as perdas dos seus maus negócios e dos seus crimes económicos à custa das classes trabalhadoras e das PME’s europeias. Políticas que se impõem com métodos opacos e autoritários e que mantêm em segredo a identidade dos bancos e instituições endividadas, que arrasam com a esperança e com a soberania dos estados. Esta é uma política duplamente redutora e desintegradora para a Europa. As nações e os povos da Europa recusam-se a fazer parte deste clube sobre tais premissas. Os novos reptos do século XXI que ecoam pela Europa são incompatíveis com a velha metodologia imperialista. A oposição às veleidades dominantes da Alemanha – mais cedo ou mais tarde, condenadas ao fracasso – não é apenas mais um assunto da velha luta entre nações. É uma realidade do longo combate social europeu entre reação e progresso que interessa e tem movido todas as cidadanias europeias, incluído a alemã. Por vezes com avanços, por vezes com recuos, a história social europeia escreveu-se sempre assim.
20 Publireportagem
www.onoticiasdatrofa.pt
9 de janeiro de 2014
D`ACCORD promove iniciativa “360º Trabalho Temporário” Uma análise de 360 graus ao Trabalho Temporário é o desa-
ados e aberta a empresas inte-
rio” visa sobretudo reforçar a in-
endereço www.360.daccord.pt ou
foque no trabalho temporário.
ressadas.
formação e o apoio aos trabalha-
na Sede da AEBA (na Rua Ima-
Apesar de ser uma empresa na-
fio proposto pela D´ACCORD,
O painel de oradores vai con-
dores e vem no seguimento da
culada da Conceição, 86, 4785-
cional, tem uma forte presença
empresa portuguesa, especi-
tar com a participação de André
preocupação da D`ACCORD
684Trofa).
na Europa, nomeadamente em
alista em Gestão de Recursos
Coroa,
da
com o problema do desemprego
Para mais informações, os
Humanos.
D`ACCORD, Mafalda Cunha,
e com as “más práticas” de con-
interessados podem contactar o
A empresa registou um cres-
O primeiro evento da ini-
Diretora Geral da AEBA e Sofia
tratação de trabalhadores em Por-
email: 360@ daccord.pt ou tele-
cimento de 40 por cento em
ciativa “360º Trabalho Tempo-
Cruz, responsável pelo Recruta-
tugal e no estrangeiro.
fone: 229 419 415.
2013, em número de trabalhado-
rário” decorre no próximo dia
mento e Seleção da D`ACCORD.
“Garantir a todos os seus co-
Ao longo do ano, a D`ACCORD
res recrutados, dados que pro-
15 de janeiro, às 14.30 horas,
Do programa consta ainda a
laboradores um trabalho digno,
tem já previsto um plano de no-
metem crescer em 2014 com a
nas instalações da Associação
realização de um "Speed Re-
uma emigração feita com segu-
vas ações a realizar em diferen-
abertura de novas agências em
Empresarial do Baixo Ave
cruitment", um circuito de mini-
rança e sobretudo proporcionar
tes cidades dirigidas às pesso-
Portugal.
(AEBA), na Trofa.
entrevistas de cinco minutos, nas
boas condições no país de des-
as que se encontram à procura
quais os candidatos, previamen-
tino para os trabalhadores re-
de emprego.
Desmistificar ideias sobre o
te selecionados, terão a oportu-
gressarem posteriormente ao
trabalho temporário, dar a conhe-
nidade de se apresentar à em-
seu país, são prioridades para a
cer as oportunidades disponíveis
presa D'ACCORD. A sessão terá
empresa quando recruta traba-
e ainda fornecer mais informa-
uma duração máxima de uma
lhadores”, reitera.
ções sobre o trabalho no estran-
hora.
Administrador
França.
Dispõe de uma equipa de profissionais altamente qualificados que apoiam diariamente na pres-
Sobre a empresa
tação de serviços de desenvolvimento de pessoas e negócios:
A D'ACCORD opera no mer-
Trabalho Temporário, Recruta-
A participação no evento é
cado nacional e internacional
mento & Seleção, Formação
geiro são os objetivos desta
André Coroa, Administrador
gratuita mas limitada à lotação
desde 2010, é uma empresa es-
Profissional e Consultoria em
ação, destinada a desemprega-
da D`ACCORD, afirma que a ini-
do auditório. A inscrição é obri-
pecializada na Gestão de Recur-
Recursos Humanos.
dos, estudantes, recém-licenci-
ciativa “360º Trabalho Temporá-
gatória e deve ser realizada no
sos Humanos, com especial en-