18 de agosto de 2014 N.º 486 ano 12 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Atualidade pág. 3
Resistiu a roubo de 37 mil euros
Nossa Senhora das Dores págs. 9-13
Obras não impediram ida da Procissão à Capela Atualidade pág. 2
Uma semana de Coronado ConVida Atualidade pág. 6
Manuel Dias é o novo presidente dos Bombeiros
Associativismo págs. 14 e 15
Clube Slotcar tem nova sede em setembro
2 Atualidade
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18 de agosto de 2014
Coronado ConVida à festa em S. Mamede
Agenda Dia 20 17 horas: Aves-Trofense (Taça da Liga) Dia 21 Festas de S. Bartolomeu, em S. Romão, até ao dia 24 Dia 24 16 horas: Trofense-Oliveirense (2.ª Liga) 17 horas: Procissão em honra de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado Dia 27 16 horas: AC Viseu-Trofense (2.ª Liga) Dia 30 21 horas: Festival do grupo Danças e Cantares Vale do Coronado, na Igreja de S. Romão Dia 31 Coronado ConVida, até ao dia 7 de setembro 16 horas: Trofense-Atlético
Patrícia Pereira
Associativismo, artesanato, tasquinhas e muita animação vão dar vida ao Largo do Divino Espírito Santo, em S. Mamede, de 31 de agosto a 7 de setembro. A inauguração está marcada para as 11 horas do dia 31 de agosto.
Farmácias de Serviço
arquivo
Denominada Coronado ConVida, a iniciativa é organizada pela Junta de Freguesia que pretende “promover a freguesia, quer na área da gastronomia, do artesanato e associativismo”. Pelo Largo do Divino Espírito Santo vão estar distribuídos “23 stands” e “três restaurantes”. Anteriormente denominado S. Mamede ConVida, o certame “mudou um bocadinho o conceito” devido à “nova realidade e configuração da freguesia”, tendo começado com o nome que foi alterado de forma a “englobar as duas freguesias”, mantendo ConVida que tem “duplo sentido: de vida e de convidar”. Também “o conceito” do evento foi modificado, com “a particularidade” de que, durante os oito dias, de 31 de agosto a 3 de setembro são “as coletividades e associações das duas freguesias que vão estar representadas nos stands” e de 4
Coronado vai estar em festa de 31 de agosto a 7 de setembro
a 7 de setembro os stands ficam a cargo dos artesãos. “Acaba por ser um evento dinâmico, porque não é repetitivo, há uma parte dedicada ao associativismo e outra parte dedicada ao artesanato. A gastronomia será permanente durante os oito dias”, com-
pletou José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, explicando que o executivo decidiu “manter três restaurantes”, porque apesar de “o espaço não permitir muito mais não seria benéfico para quem estivesse a explorar”. O programa para os oito dias de festa “está praticamente fechado”, sendo que “todas as noites são temáticas e sempre com a colaboração e a dinamização de artistas ou associações da freguesia do Coronado, à exceção da sexta-feira e domingo à tarde que será, como tem sido hábito”, organizado e dinamizado por uma rádio local. O “ponto alto”, segundo o autarca, será durante a tarde de domingo, com o espetáculo de “artistas de âmbito nacional sobejamente conhecidos e que atrai muita gente de fora”. Outro dos momentos altos do programa será “a projeção de um filme ao abrigo de um projeto que a Câmara levará a cabo”, associando-se desta forma à iniciativa da Junta de Freguesia. Apesar de ser “mais dias”,
José Ferreira denotou que conseguiram “baixar o orçamento que ficará significativamente bem mais barato do que as edições anteriores”. “A conjuntura atual também permite que tenhamos outra capacidade de negociação e conseguimos ter os mesmos stands, ter as mesmas infraestruturas praticamente a metade do preço. Isso também permitiu que pudéssemos fazer oito dias de certame com metade do orçamento do ano passado”, frisou. O presidente da Junta adiantou que “não está fora de hipótese” a realização deste certame noutro local, mas, como foi “criado precisamente para aquele espaço”, se o tirasse dali poderia “descaracterizá-lo um bocadinho”, preferindo mantê-lo “naquele enquadramento, naquela paisagem, naquele cenário que foi criado e tem apetência muito própria para este género de iniciativas”. Por essa razão, na sua opinião seria “mais fácil criar outras iniciativas para outros lugares da nova freguesia”.
252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a
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Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa
Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros Email: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:
Dia 18 Farmácia Barreto Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia de Ribeirão Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto Dia 24 Farmácia Nova Dia 25 Farmácia Moreira Padrão Dia 26 Farmácia de Ribeirão Dia 27 Farmácia Trofense Dia 28 Farmácia Barreto Dia 29 Farmácia Nova Dia 30 Farmácia Moreira Padrão Dia 31 Farmácia de Ribeirão Dia 01 de setembro Farmácia Trofense Dia 02 Farmácia Barreto Dia 03 Farmácia Nova Dia 04 Farmácia Moreira Padrão Dia 05 Farmácia de Ribeirão
Telefónes úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714
Polícia 3
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Resistiu a três homens que lhe queriam roubar 37 mil euros Um homem de 71 anos de idade sofreu, cerca das 15 horas de 11 de agosto, uma emboscada quando se preparava para ir ao banco depositar 37 mil euros de uma empresa de carnes. Foi atacado à coronhada, atirado para o chão em Ribeirão, perto da ponte do Rio Ave, mas não entregou os valores que levava para depositar. A vítima, de 71 anos, saiu das instalações da indústria de carnes em Ribeirão, no concelho de Vila Nova de Famalicão, pouco antes das 15 horas e, apesar de reformado, continuava a “fazer uns recados” para o antigo patrão. Assim, perto das 15 horas de segunda-feira, como fazia todos os dias há cinco anos e de acordo com fonte próxima da
Homem foi retirado do carro e agredido, mas não entregou valores
empresa, o homem levava valores ao banco para depositar. Desta vez, tinha consigo sete mil euros em dinheiro e 30 mil em cheques e dirigia-se ao banco para os depositar, quando se apercebeu que estaria a ser se-
Entraram pelo sentido proibido para ir à GNR Dois condutores foram multados pela Guarda Nacional Republicana da Trofa, por entrarem na rua da GNR pelo sentido proibido. O insólito aconteceu pelas 21 horas de 10 de agosto, quando dois condutores, que se dirigiam ao posto da GNR da Trofa entraram na Rua Joaquim da Costa Azevedo, pelo sentido contrário ao de circulação, estacionando em frente ao posto. Um deles, de 48 anos, foi ainda notificado para comparecer em Tribunal no dia 11, por apresentar uma taxa de 1,42 gramas de álcool por litro de sangue. P.P.
Assaltos em residências Duas habitações, em S. Martinho de Bougado, estiveram na mira dos amigos do alheio. Entre as 20 horas do dia 8 e as 10 do dia 9 de agosto, desconhecidos furtaram de uma casa, situada na Rua Heliodoro Salgado uma bicicleta todo o terreno, no valor de 200 euros. Já entre as 00 e as 7 horas do dia 7 de agosto, registou-se um furto do interior de uma residência, situada na Rua Ponte de Estreu. Desconhecidos arrombaram a arrecadação de uma habitação, de onde furtaram uma máquina de cortar relva, um soprador, diversos cabos elétricos e latas de tinta. O valor do furto está avaliado em 350 euros. P.P.
guido por uma viatura Ford Focus, de cor escura. O septuagenário tentou despistar o trio que o perseguia seguindo pela Rua D. Manuel Augusto Dias de Azevedo, em direção à Estrada Nacional 14, perto da ponte sobre
o Rio Ave, onde acabou por ficar imobilizado devido ao trânsito. Foi nessa altura que os três encapuzados saíram da viatura e, munidos de dois revolveres e uma shot gun, ameaçaram o homem que saiu de dentro do carro e agrediram-no à coronhada, ameaçando-o para que entregasse os valores. Perante a recusa do ex-combatente e veterano da guerra em África e ao aperceberem-se de que a vítima não ia entregar o dinheiro, e com toda a gente na rua a ver o que se passava, os encapuzados entraram no carro e fugiram em direção a Lousado. A vítima acabou por ser socorrida no local pela Cruz Vermelha e foi transportada para o Centro Hospitalar do Médio Ave, unidade de Famalicão. Só quando os assaltantes
arrancaram é que os lojistas e clientes se arriscaram a sair à rua. De acordo com testemunhas, “a GNR de Famalicão foi extremamente rápida” a chegar, e o caso foi entregue à Polícia Judiciária que está a investigálo. A vítima Felisberto Pinho, de 71 anos de idade, já está em casa, depois de ter recebido tratamento no Centro Hospitalar do Médio Ave, onde foi suturada na orelha esquerda e recebeu tratamento a ferimentos num braço. As forças de segurança alertam a população para a necessidade de se manter atenta e não cumprir sempre os mesmos percursos nas suas deslocações, evitando assim as rotinas de forma a dissuadir possíveis assaltos.
PJ deteve grupo suspeito de roubos à mão armada em Ribeirão A Polícia Judiciária do Departamento de Investigação Criminal de Braga deteve o grupo suspeito de vários assaltos à mão armada a supermercados, entre outros roubos e furtos, praticados nos últimos três meses no Vale do Ave. Só numa tarde, o grupo - que causava grande alarme entre funcionários e clientes pela ameaça com uma caçadeira de canos serrados - assaltou dois supermercados em Vila Nova de Famalicão, em Pousada de Saramagos e em Ribeirão. Segundo o comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, a PJ de Braga - com a colaboração da Diretoria do Norte - “deteve três homens e uma mulher, com idades entre os 18 e os 24 anos, três deles residentes em Vila Nova de Famalicão e outro na Trofa”, que foram presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Guimarães,
para aplicação de medidas de coação. Do grupo faria ainda parte um quinto elemento, que a PJ ainda não conseguiu capturar. Desde maio, o grupo executou “onze roubos e diversos furtos qualificados, utilizando para o efeito veículos furtados ou alugados”. Além de supermercados, que atacou em Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Barcelos e Santo Tirso, o grupo é suspei-
to de um assalto à mão armada que teve como alvo uma ourivesaria no centro de Vizela, a 19 de maio, em alguns postos de abastecimento de combustível. A PJ de Braga localizou e apreendeu “diverso material usado para o cometimento dos roubos, designadamente uma caçadeira e respetivas munições, luvas, capuzes, um pé de cabra e um machado”. P.P.
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Alvarelhos homenageou Nª Srª de Assunção Patrícia Pereira
Alvarelhenses organizaram festa em honra de Nossa Senhora de Assunção, que se realizou nos dias 15 e 16 de agosto. O som dos tambores da Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos anunciava o início da procissão em honra de Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Alvarelhos. Na tarde de sexta-feira, 15 de agosto, as temperaturas altas obrigavam as pessoas à procura da sombra para verem passar a procissão, depois da celebração da Palavra. As meninas que foram à primeira comunhão atiravam as flores, seguidas de várias dezenas de estandartes, dos andores de Santa Rita, S. Sebastião, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora das Dores, S. Roque, San-
ta Eufémia e Nossa Senhora de Assunção, dos cerca de 30 jovens que foram à Procissão de Fé, o Pálio com o Santíssimo e restante comunidade que quis fazer parte da procissão. Cada andor foi levado por um movimento da paróquia, com a exceção do de Nossa Senhora de Assunção, que foi carregado por elementos da Associação de Paraquedistas de Guimarães. Mas antes da procissão houve a atuação do Rancho Folclórico de Alvarelhos. A festa começou na quinta-feira, com o espetáculo do Duo Leo & Leandro e de fogo de jardim. As festas foram novamente organizadas por um grupo de mulheres, constituído por Fernanda Ramos, Rosa Silva, Paula Barbosa, Maria Cândida, Luísa Maia, Emília Couto e Fátima Oliveira. Apesar dos “meses de trabalho, da muita dedicação e can-
Andor de Nossa Senhora de Assunção foi carregado por elementos da associação de Paraquedistas
saço”, o grupo fez um “balanço muito positivo”, que “superou tudo”. “Foi muito bom. Não estávamos à espera deste número de pessoas, foi espetacular. Não podia correr melhor. A noitada foi muita boa, um espetáculo lindo, um fogo magnífico e com uma adesão muito grande”, contaram. A comissão de festas deno-
tou que este ano só começou a tratar das festas “em janeiro” porque estavam “à espera que os homens pegassem”. Foi então que o padre José Ramos falou com uma das senhoras e pediu que continuassem a organizar as festas, juntando ao grupo novos elementos para que as festas não terminem. “Disse que somos
muito bem organizadas”, denotou. Este ano a novidade foi a participação da Associação de Paraquedistas de Guimarães, que contactou a comissão “há cerca de um mês” para desenvolver atividades para “tentar mostrar à juventude que esta é uma profissão bonita”. “Agradecemos a sua presença”, concluiu. Pub
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Festa em S. Mamede para “homenagear emigrantes” Cátia Veloso
O Rancho do Divino Espírito Santo promoveu a Festa do Emigrante, em S. Mamede do Coronado. Iniciativa tinha objetivo de “homenagear” quem trabalha fora do país. O recinto envolvente à Capela do Divino Espírito Santo, em S. Mamede do Coronado, foi palco da Festa do Emigrante. Organizada pelo Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo, a iniciativa realizou-se entre os dias 8 e 10 de agosto e foi, essencialmente composta por espetáculos musicais. Um dos momentos altos foi o festival de folclore, na noite de sábado, no qual o Rancho do Divino Espírito Santo foi anfitrião. No palco, um santeiro esculpia uma Nossa Senhora, numa alusão à arte que tem raízes profundas em S. Mamede do Coronado. Em baixo, uma série de equipamentos, hoje obsoletos, mas
Festa para receber os filhos da terra emigrados
que na altura eram fundamentais para a atividade agrícola na região. Podia ver-se uma máquina de sulfatar e dois jugos, um de 1935 e outro de 1965, contou Carlos Ferreira, presidente da direção do Rancho organizador. “Estamos num processo federativo, pelo que exigiram algumas
recolhas, pelo que tivemos a ideia de retratarmos o santeiro, que é uma imagem muito forte de S. Mamede, assim como as carreteiras”, explicou. No primeiro dia do evento, o palco foi de jovens artistas, como de Junyor Jackson, Gisela Pereira e Kiko, enquanto no domingo
a noite foi animada pelos “Amigos dos Cavaquinhos”, concluindo com um show de imitações pelas “Estrelas de Silva Escura”. A ideia de promover esta iniciativa surgiu em jeito de “homenagem aos emigrantes” que, na ótica de Carlos Ferreira, estão “um pouco esquecidos”. “Eu fui
emigrante e sei o que custa e o que se sofre lá fora. Foi uma forma de lhes dar um miminho”, acrescentou. O presidente do Rancho do Divino Espírito Santo agradeceu “o empenho da população, dos patrocinadores e de todos os elementos da direção do grupo”.
Romanenses dedicam festa a S. Bartolomeu Patrícia Pereira
S. Romão do Coronado será palco das festas em honra de S. Bartolomeu, que decorrem no Largo junto à Capela, entre os dias 21 e 24 de agosto. A comissão de festas de S. Bartolomeu preparou um programa de quatro dias de animação e que agradasse a “toda a gente”, de forma a manter vivo este tipo de festividades que “são tradições já muito antigas”, segundo denotou o juiz Manuel António. A animação começa pelas 21.30 horas desta quinta-feira, 21 de agosto, com música tra-
dicional portuguesa pelo grupo popular Duo Mistura Fina. No dia seguinte, a partir das 21 horas, há um espetáculo de hip hop pelo grupo I Am Dance e Estrelas da Agrela, seguido da atuação dos ranchos folclóricos de S. Romão do Coronado, do Divino Espírito Santo, casa do Povo de Ermesinde (Valongo) e de Pinheiros (Monção). Já no sábado, pelas 9 horas, o Agrupamento Musical Juventude em Força vai percorrer toda a freguesia de forma a anunciar as festas. Já à noite a animação musical continua com a Banda Myllenium, pelas 21.30 horas, terminando com uma sessão de fogo de artificio. Entre as 21 e as 24 horas, os ando-
res vão estar em exposição na Capela de S. Bartolomeu. No domingo, há alvorada com morteiros pelas 7.30 horas e, uma hora depois, entra a Banda de Santiago de Riba UI (Oliveira de Azeméis) junto à Igreja Paroquial. Já pelas 11 horas realiza-se a missa dominical na Capela em honra de S. Bartolomeu e, depois da entrada da Fanfarra dos Boinas Verdes de Valongo pelas 15 horas, há a “majestosa procissão com diversos andores, estandartes e figuras alegóricas, precedida da Guarda de Honra da GNR a cavalo, que fará o percurso habitual”, pelas 17 horas. A animação musical continua à noite, pelas 21.30 horas, com o conjunto Os
Solitários, terminando com uma sessão de fogo de artificio. Os andores vão estar em exposição na Capela, entre as 21 e as 24 horas. Manuel António contou que as festas estão a “ser preparadas com muito sacrifício”, em que “as coisas não estão fáceis”, mas afirmou que “dentro do que é possível a festa vai correr bem”, estando a comissão de festas a “fazer o melhor que pode”. Com um orçamento a “rondar os 20 a 23 mil euros”, a comissão de festas fez “várias excursões, a Fátima e Samil, um sarrabulho em Ponte de Lima, a apanha do porco, a venda de alguns porcos e porco no espe-
to”, de forma a “angariar fundos sem grandes custos para ninguém e sem grandes prejuízos” para a comissão. “Sei que custa muito dar dinheiro para as festas, mas estas não devem de acabar, caso contrário as freguesias param com as atividades que têm. As festas devem continuar”, salientou Manuel António, garantindo que a comissão de festas “tenta gastar o menos possível para fazer uma festa bonita”. Nesse sentido, a comissão preparou “um programa que agrade a toda a gente para que vejam que de facto o dinheiro foi bem investido naquilo que querem e gostam”, acrescentou o juiz. pub
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18 de agosto de 2014
Manuel Dias é o novo presidente dos Bombeiros Patrícia Pereira
Depois de terem sido eleitos por 63 votos na Assembleia Eleitoral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT), que se realizou no dia 11 de agosto, os novos corpos sociais foram empossados na noite de quarta-feira, 13 de agosto. “Não vai ser um trabalho difícil. Se todos estivermos unidos e virados para a mesma causa tenho a certeza que vai ser um trabalho fácil”. Na tomada de posse dos corpos sociais eleitos para o biénio 2014/2016, o presidente, Manuel Dias, afirmou que a direção terá “uma tarefa simples se todos estiverem empenhados e virados para o mesmo lado”. Sem querer divulgar os objetivos para o biénio antes de “primeiro reunir com a direção” que o acompanha para lhes “expressar” as suas “opiniões e ideias em relação ao que pretende
Nova direção da Associação Humanitária tomou posse
fazer”, Manuel Dias adiantou que pretende “dar seguimento ao excelente trabalho da direção anterior”, que fez “um trabalho excecional”, e a partir daí “há outras situações que vai tentar pacificar e ajuizar”. “À direção anterior deixo os meus agradecimentos, conheci o trabalho deles, um excelente trabalho que vamos tentar dar continuidade. Espero que toda a gente apoie
toda a direção empossada. Eu tenho um sonho que a AHBVT seja a mais importante do país”, frisou. Esta eleição marca o regresso de Manuel Dias, que já foi “diretor no ativo” durante “19 anos” e esteve no “conselho superior cerca de cinco anos”. “Agora regresso com o sentimento que tenho de cumprir uma missão. Venho com espírito e com a von-
Vespas asiáticas encontradas em Alvarelhos e no Coronado São aos milhares as vespas velutinas que foram já mortas nos últimos meses no concelho da Trofa mas serão muitas mais aquelas que continuam por descobrir nas árvores, nas paredes ou até mesmo em habitações, sem que ninguém tenha ainda dado por elas. “Mais de uma hora” foi o tempo necessário para queimar um ninho de vespas asiáticas, que estava dentro de um sobreiro na Quinta do Paiço, em Alvarelhos. A demora deveu-se à “dificuldade de acesso e pela quantidade de vespas”, que rondaria as “quatro mil”, segundo avançou Vítor Pinto, Comandante Operacional Municipal (COM) da Protecção Civil Municipal. Durante todo o processo, que ocorreu na noite de 11 de agosto, foi “necessário recorrer à BMIF (Brigada Municipal de Intervenção Florestal) para ir controlando o incêndio”. Outro ninho foi exterminado no cruzamento dos quatro caminhos abertos pela engenharia militar em S.Mamede do Coronado.
Destruídos mais dois ninhos de vespas asiáticas
A colónia foi descoberta por lenhadores quando estavam a cortar árvores. Quando uma delas caiu, os lenhadores começaram a ouvir um zumbido, apercebendo-se, de imediato, de que tinham deitado abaixo uma árvore com um ninho de vespas velutinas e colocaram-se em fuga. O trabalho de destruição destas colónias, começou às 22 horas, no dia 11 de agosto, e terminou pela 1 hora da madrugada. O extermínio destas duas colónias de vespas velutinas foi mais uma vez
levado a cabo pelo apicultor José Silva, morador na Samogueira, Santiago de Bougado, trabalho que tem realizado ao longo dos últimos meses de forma graciosa. Vítor Pinto, Comandante Operacional Municipal (COM) da Proteção Civil Municipal da Trofa deixou um apelo à população para que alerte a Proteção Civil sempre que desconfiar estar na presença destes insetos que podem causar a morte e que matam as colónias de abelhas existentes. P.P.
tade de colaborar com a nossa associação, que é de todos nós. Quero trabalhar com a minha equipa para toda a população da Trofa e para os bombeiros”, afirmou o presidente. Manuel Dias estava “muito contente” com o número de votantes, julgando que “não houve nenhuma eleição com tantos votos como esta”. “Com alguns acontecimentos recentes, signi-
fica que a população da Trofa está mais atenta à associação e fico muito contente que esta veja a AHBVT como uma associação que é necessária e muito importante para toda a população”, concluiu. No dia da tomada de posse, o presidente da Assembleia-Geral da AHBVT, Amadeu Castro Pinheiro, deixou “um agradecimento à direção cessante” pelo “trabalho que executaram,” pela “dedicação e empenho que dedicaram a esta causa e de tentar dotar este corpo de bombeiros de tudo aquilo que precisavam”. Além disso, desejou “muitas felicidades” à nova direção, referindo que a “missão não será fácil”, mas de “trabalho e dedicação” e, acima de tudo, “tem de ser com muito empenho”. “Vocês conhecem esta associação e estou convencido que saberão continuar a obra deixada. Deixo um voto de muitas felicidades e que neste mandato consigam fazer algo no sentido de continuar o trabalho deixado”, completou.
Férias d’O Notícias da Trofa A direção do jornal O Notícias da Trofa informa que a redação estará fechada para férias entre os dias 18 e 31 de agosto. Por essa razão, durante estes dias, não haverá atendimento ao público nem serão distribuídas as edições semanais nesse período. No entanto, a equipa do NT fará a cobertura dos acontecimentos mais relevantes no concelho ao longo desses dias e a publicação das respetivas notícias será feita na primeira edição do mês de setembro, que será publicada no dia 5, sexta-feira. A decisão de interromper a publicação do jornal prende-se com a necessidade de possibilitar aos colaboradores que trabalham neste semanário o gozo de duas semanas de férias, durante o mês de agosto. A direção e administração agradecem a compreensão dos leitores e desejam a todos boas férias.
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18 de agosto de 2014
Metro assina protocolo para pagar ligação dos parques Cátia Veloso
O despacho referente à minuta do contrato a celebrar com a empresa da Metro do Porto (MP) para a empreitada de ligação dos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro foi aprovado por unanimidade, em reunião de Câmara extraordinária, no dia 8 de agosto.
“Cerca de 320” paroquianos de Santiago em Fátima A Paróquia de Santiago de Bougado partiu, na manhã de quarta-feira, 13 de agosto, em peregrinação para o Santuário de Fátima, onde as crianças recitaram o terço. O estandarte de Nossa Senhora do Rosário guiou “cerca de 320” paroquianos de Santiago de Bougado pelo Santuário de Fátima, durante o dia 13 de agosto. Mas antes, pelas oito horas, realizou-se uma eucaristia na Igreja Matriz de Santiago de Bougado, para “pedir proteção da viagem e com a ação de graças a Nossa Senhora”, que teve “cheia de pessoas”. Do Souto de Lagoa partiram “seis autocarros” com destino a Santa Maria da Feira para tomar “o pequenoalmoço” e de seguida para “um parque na Figueira da Foz”, onde decorreu “o almoço”. “As pessoas gostaram muito desse lugar porque era junto à praia, um parque com muito arvoredo e relva. Depois fomos para o Santuário fazer a via sacra a partir das 15 horas nos Valinhos”, contou Bruno Ferreira, pároco de Santiago de Bougado. Às 18.30 horas, a Paróquia de Santiago recitou o terço na Capelinha das Aparições e que foi transmitido, em direto, na Rádio Renascença, onde, segundo Bruno Ferreira, “rezaram por todos”. No final, houve “um pequeno convívio”, antes da peregrinação retomar à freguesia de Santiago de Bougado. Bruno Ferreira explicou que “ultimamente” o Santuário de Fátima, através do Movimento da Mensagem de Fátima, tem convidado a Paróquia a “presidir ao terço”. “Creio que a opinião geral das pessoas foi muito favorável, as pessoas gostaram muito e sempre que for necessário vamos repetir”, completou. Para o pároco “é sempre um momento importante da comunidade”, denotando que os paroquianos “estão mais unidos” até porque “agora” a Paróquia “aderiu à internet” com uma página do Facebook e “a partir do próximo ano pastoral” terá um “site da Paróquia”, em que “as pessoas, através das fotografias, podem nos acompanhar” e pode “chegar a informação a todos”. P.P. pub
Com este documento, a MP está obrigada a pagar um valor “até aos 900 mil euros”, assumindo a responsabilidade financeira da obra, depois da autarquia, ainda no mandato da socialista Joana Lima, ter de incluir no orçamento o montante de 960 mil euros para avançar com a intervenção, sob pena de atrasar os procedimentos da empreitada da requalificação urbana e perder os fundos comunitários. Na altura, Joana Lima justificava esta medida com o facto de o Governo não ter dado autorização à MP para assumir a despesa, sem nunca lhe deixar de imputar a responsabilidade. O compromisso financeiro está agora oficializado com a assinatura do protocolo, que envolve uma verba de 900 mil euros. Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal, afirmou que, uma vez que a empreitada de ligação dos parques adjudicada à empresa Edilages ficou por “560 mil euros”, vai tentar “acrescentar trabalhos a mais” para ir buscar “até o último cêntimo” a verba acordada com a MP. A pretensão é “desfazer os pontilhões da EB 2/3 e de Real, mantendo a ponte sobre a linha de água, que é um ícone em termos patrimoniais”. Magalhães Moreira, vereador sem pelouro, eleito pelo PS, mostrou-se “satisfeito” com a celebração do contrato, já que foi o próprio, enquanto presidente da Câmara em exercício, que teve de “assinar o documento em que a Câmara assumia a responsabilidade pela obra”. “Com este protocolo, está assegurado que, sem ter que recorrer ao tribunal, a MP tem de pagar a obra, e a Câmara fica livre para fazer outras coisas que são importantes para o concelho”, salientou, sem deixar de corroborar com a opi-
Executivo aprovou subsídios para associações
nião de “se tentar tirar o maior partido” do valor em questão “com trabalhos a mais”. Na reunião de câmara foi ainda a aprovação a celebração e designação dos júris de recrutamento dos procedimentos concursais para cargos de direção intermédia de 1.º, 2.º e 3.º Graus. Este ponto, sujeito a votação secreta, foi aprovado com três votos a favor e três abstenções. Sérgio Humberto afirmou que no recrutamento foram feitos convites “a técnicos de outras câmaras” e “a pessoas com know-how do ponto de vista de gestação e sensibilidade a nível de recursos humanos e políticos”. Este ponto vai ainda estar sujeito a aprovação na Assembleia Municipal para, posteriormente, ser publicado em Diário da República, até serem definidos critérios que permitam a candidatura dos interessados. Aprovados subsídios para coletividades desportivas O executivo da Câmara Municipal da Trofa reuniu-se ainda na manhã do dia 14 de agosto, onde foi aprovado por unanimidade os Contrato-Programas de Desenvolvimento Desportivo a celebrar entre a autarquia e o Futebol Clube de S. Romão (quatro mil euros), a Associação Recreativa Desportiva do Coronado (1250 euros), a Associação Escolinha de Futebol Rolando Miguel (500 euros), o Centro Recreativo de Bougado (1250 euros) e o Grupo Cultural e Recreativo de Alvarelhos (1250 euros).
Na sessão ficou ainda aprovada por unanimidade a redução de “20 por cento” das rendas no Polo 2, situado no Edifício Nova Trofa, em Santiago de Bougado, em que a autarquia vai pagar aos proprietários quatro mil euros mensais. Foi colocado ainda à aprovação da minuta de Protocolo de Colaboração com os Agrupamentos de Escolas do Concelho – Auxílios económicos para aquisição de manuais escolares e de material escolar para o ano letivo de 2014/2015, em que os agrupamentos têm a “obrigatoriedade de entregar os manuais e o material escolar no início do ano letivo” aos alunos com escalão A e B, segundo contou o vice-presidente António Azevedo. No protocolo, que “tem a validade de um ano”, o Agrupamento de Escolas da Trofa é contemplado com 30 mil euros (manuais) e seis mil euros (material escolar), enquanto que o Agrupamento de Escolas de Coronado e Castro vai receber “20 mil euros” (manuais) e “quatro mil euros” (escolares), uma vez que a primeira prevê ter “382 alunos” e a outra “300”. António Azevedo informou que os manuais escolares serão oferecidos, na totalidade, a todas as crianças com escalão A ou B. O documento foi aprovado com três abstenções dos vereadores eleitos pelo Partido Socialista. Já a atribuição de apoio financeiro à Fábrica da igreja Paroquial de Santa Maria de Alvarelhos, no valor de 750 euros, foi aprovado por unanimidade.
8 Cultura
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18 de agosto de 2014
Monumentos da Trofa em miniatura Patrícia Pereira
Há cerca de cinco meses, Paulo Noronha começou por fazer uma miniatura da Capela de Nossa Senhora das Dores, para se distrair devido à doença. A partir daí o bichinho ficou e nunca mais parou, tendo passado o gosto para o filho de 13 anos. “Um mês” foi o tempo necessário para Paulo Noronha fazer a Capela de Nossa Senhora das Dores em miniatura. No trabalho manual nada foi deixado ao acaso. Com o uso de “platex, cartão, areia, cola e tinta”, o trofense fez uma réplica da Capela de como era “há 50 anos”. Na parte frontal, podemos encontrar os dois santos, tal como na original, e ao abrir a porta deparamo-nos com os bancos e o altar que conta com a imagem de Nossa Senhora das Dores. A Capela de Nossa Senhora das Dores despertou Paulo Noronha para as artes manuais, uma “paixão” que surgiu “em março” quando veio para casa de baixa com “uma grande depressão”. “Calhou-me bem, gostei daquilo
Paulo Noronha transmite ao filho a sua paixão pela construção de miniaturas
que estava a fazer e continuei a fazer. Não sabia que tinha tanta paciência para estar a fazer isto. Faço não com a intenção de vender, nem quero vender. Agora que apareça alguém que me peça para fazer, eu possivelmente faço uma réplica”, denotou. Para se “distrair”, Paulo continuou a fazer réplicas em miniatura, perdendo cerca de nove horas diárias entre material de carpintaria e fotografias, que vai
“tirando” para ver melhor os pormenores. Em apenas cinco meses, já fez a Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado, a Capela de Santa Luzia (Santiago), os antigos coretos e a antiga escola primária que estavam no Parque de Nossa Senhora das Dores, a antiga estação de comboios da Trofa, a Capelinha das Aparições do Santuário de Fátima e uma azenha. Paulo contou que “agora é mais rápido” a con-
cluir uma peça, pois “já está mais ou menos habituado”, demorando entre “três dias a uma semana” a terminar o trabalho, dependendo do que estiver a fazer. A escolha da Capela de Nossa Senhora das Dores para o primeiro trabalho está relacionado com o facto de ainda “não” ter conseguido ver “em lado nenhum em ponto pequeno”. Já a antiga escola foi feita a pedido de “uma vizinha” que lhe mostrou
“uma fotografia” de quando lá “andava”. Apesar de gostar de todas, as suas réplicas favoritas são a Capela de Nossa Senhora das Dores e a Igreja Matriz, por ser “da terra” de onde é residente (S. Martinho de Bougado). “Embora me deu muito trabalho e gastei muitas horas, fi-las com muito gosto”, justificou. Neste momento, o “desafio” de Paulo é a Igreja Matriz de Santiago de Bougado, que ainda se encontra numa fase inicial. Posteriormente, o recém artesão prevê fazer a Capela de S. Gonçalo, “talvez a Casa da Cultura” e “outras que sejam da terra”. A paixão pela construção de miniaturas já está a ser passada ao seu filho de 13 anos, a quem está “a ensinar a fazer” a arte, tendo já construído duas peças: uma tasca e uma casa à moda antiga. Apesar de recentes, as suas peças já foram expostas numa edição do Sextas ConVida, que “correu bem” e teve “muita gente a ver”. Contudo, Paulo considera que “as pessoas não dão muito valor a estas coisas, que são bonitas”.
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Festas de Nossa Senhora das Dores 9
Milhares de pessoas nas Festas da Senhora das Dores res, à exceção de 2013 e 2014 devido às obras de Requalificação Urbana dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Foram várias as semanas que decorreram entre a abertura do bar da Comissão de Festas até domingo, 17 de agosto, e muitas as iniciativas realizadas de forma a angariar dinheiro para as Festas de Nossa Senhora das Dores. Todos os dias trabalharam no bar muitas pessoas
António Dinis
Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores foram este ano organizadas pela aldeia de Valdeirigo, Paróquia de S. Martinho de Bougado, da freguesia de Bougado, e conta com centenas de voluntários que, durante meses, trabalharam afincadamente para que as festas se traduzissem em sucesso. Estas festas contam com quase 250 anos de existência e sempre se realizaram no parque Nossa Senhora das Do-
Procissão de velas juntou muitas centenas de pessoas que seguiram o andor da Senhora das Dores da Igreja Matriz até à Capela de Nossa Senhora das Dores, na noite de 9 de agosto. A noite encerrou com um stand de comédia, com Miguel 7 Estacas, João Seabra e Hugo Sousa.
de um grande grupo de mais de duas centenas de voluntários que incansavelmente deram o seu melhor para que as festas corressem bem. Em tempo de crise a Comissão de Festas teve de usar a imaginação com a realização de caminhadas, espetáculos e outras iniciativas que atraíram clientela ao bar, cujas receitas revertem integralmente para custear as festas. Mas as festas só terminam na terça-
feira, dia 19 de agosto, com o Cortejo de Oferendas que está a cargo da aldeia de Valdeirigo, mas ainda durante o dia de segunda-feira podem assistir às atuações da Banda de Música da Trofa e da Banda de Música Amigos da Branca que atuam desde manhã até ao pôr do sol. Alguns dos momentos das festas de Nossa Senhora das Dores 2014 ficam aqui ilustrados em fotos:
Organizado em parceria com o Rancho Folclórico da Trofa e o Rancho das Lavradeiras da Trofa, o Festival de Folclore exaltou as tradições de várias regiões do país, na tarde de 10 de agosto. Participaram o Grupo de Danças e Cantares “As Gamelinhas de Palme” (Barcelos), o Grupo Folclórico de Santiago de Cruz (Vila Nova de Famalicão), o Rancho Típico de Esposade (Matosinhos), Rancho Folclórico da Casa do Povo de Arouca (Aveiro) e Rancho Folclórico “Os Camponeses de Canados” (Alenquer). O Grupo Sons e Cantares do Ave encerrou a noite, com um espetáculo de música tradicional portuguesa. As músicas são bem conhecidas do público e fazem o ADN deste conjunto. Com um repertório recheado e medleys de “encher o ouvido”, a Orquestra Ritmos Ligeiros tomou conta do palco, na noite de 11 de agosto. O grupo mostrou-se “orgulhoso” por fazer parte do programa de animação das festas. “Foi uma grande responsabilidade, acrescida em participarmos em uma das melhores romarias na qual, só participam os melhores”, afirmou o maestro Vítor Sousa.
Na noite de quarta-feira, o grupo musical “A Rapaziada” animou o recinto das Festas com músicas tradicionais, em mais um espetáculo que realizou na Trofa. O conjunto tem sido muito requisitado para as festas e romarias um pouco por todo o concelho.
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“Quanto encantamento soltámos nós neste marulhar de madrugada e consolação, um perene Abraço de música e gente, muita gente, um raiar de luz que nasce na eternidade do chão que à minha frente se abre. Hoje fomos ainda mais longe neste nosso caminho comum, fomos mais fortes, mais felizes e mais próximos. Obrigado, Trofa, pela incrível noite de hoje”. A mensagem foi deixada por Pedro Abrunhosa na sua página oficial do Facebook, depois de ter atuado na Trofa, na zona de estação de comboios, na noite de 14 de agosto. O cantor encheu o recinto das festas e cantou alguns dos seus êxitos, que puseram ao rubro o público que veio de vários concelhos para assistir ao fantástico concerto. E porque as Festas de Nossa Senhora das Dores não seriam as mesmas sem a Banda de Música da Trofa, a comissão de festas fez questão de manter a tradição e dar destaque à Banda da Trofa, uma das melhores em termos nacionais. Durante vários dias a Banda de Música da Trofa subiu ao palco para demonstrar a qualidade dos seus músicos e do seu repertório. Além desta, também subiram ao palco as bandas de Tarouquela, Melres e Amigos da Branca. A Banda de Música da Trofa e a de Tarouquela integraram também na tarde de domingo a procissão em honra de Nossa Senhora das Dores.
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Festas de Nossa Senhora das Dores 11 Apelida-se de “Lord of the Voices” (Senhor das Vozes) pois é capaz de imitar vários artistas musicais. O artista multifacetado Fernando Pereira protagonizou um dos momentos musicais mais aclamados das festas de Nossa Senhora das Dores, na noite de 15 de agosto, ao interpretar músicas de cantores como Madonna, Mika, Lady Gaga, Roberto Carlos, Tina Turner, Michael Jackson, David Bowie, Anastacia, Deep Purple, The Doors, Tom Jones, Cat Stevens, Bee Gees, Muse e Julio Iglesias. A noite deste sábado foi animado pelas bandas de música da Trofa e de Tarouquela, que encerrou com uma sessão de fogo de artifício. Durante o dia, o Grupo de Bombos da Raimunda anunciou as festas.
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Milhares na procissão de Nossa Senhora das Dores Patrícia Pereira
A procissão em honra de Nossa Senhora das Dores cumpriu,uma vez mais, a tradição nas festas. Neste domingo, 17 de agosto, milhares de pessoas estavam espalhadas pelo centro da cidade para verem os andores, que são únicos no país. Com o auxílio dos carrinhos, mais de uma dezena de homens transportou cada um dos dez imponentes andores com mais de dez metros de altura, sendo que um atingi os 15, que podem chegar aos 650 quilos, sustentados por milhares de alfinetes e centenas de metros de tecido. Entre cada andor, que represente os lugares da Paróquia da S. Martinho de Bougado, seguiam centenas de figurantes, que ilustravam momentos bíblicos. Apesar de estarem a decorrer as obras de requalificação no Parque Nossa Senhora das Dores, a procissão manteve parte do percurso, saindo da Igreja Matriz, passando pela Rua Conde S. Bento em direção a Santo Tirso, entrando na alameda dos
Parques e e circundando a Capela para voltar ao ponto de partida, novamente pela Rua Conde S. Bento. Este ano, o andor da aldeia de Finzes, que tem como padroeira S. José, foi carregado por “16 homens”, sem usar o carrinho. Segundo Vítor Correia, responsável pelo andor, a razão de “utilizar este método antigo” surgiu durante “os peditórios” quando “as pessoas se queixavam que as tradições estão a acabar”. Na procissão da Nossa Senhora da Aparecida, este andor, que pesa “cerca de 600 quilos”, foi levantado por “35 homens”, contrastando com os “16” que iam na Trofa. “Correu tudo uma maravilha e ao terminar as pessoas bateram palmas, o que é bom sinal. Foi um bocado cansativo, mas chegamos ao fim”, denotou, mencionando que esta tradição “é para continuar”. Já João Silva, da Agência Funerária Trofense, é responsável pelas da Senhora das Dores (Paranho), Santa Margarida (Valdeirigo) e Senhora de Assunção (Esprela). Para o responsável “correu tudo muito bem”, mas com “uns pequenos atrasos” que
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“é normalíssimo”. Não obstante os constrangimentos por causa das obras nos parques, que obrigou a comissão de festas a deslocar a vertente profana das festas para a zona envolvente da nova estação de comboios, o presidente Alfredo Gomes, afirmou que “correu tudo muito bem” e que foi “excelente” depois do “muito trabalho” que teve “durante estes meses”. “Este era o
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momento que me preocupava muito, porque é sempre complicado ter este aparato todo bem montado, estes andores excelentes, com coisas bonitas. Chegamos ao fim desta etapa, agora é tentar descomprimir um bocado”, declarou, acrescentando que a comissão tem ainda “algum trabalho pela frente para que as coisas fiquem pagas”, uma vez que “não” conseguiram angariar as verbas suficientes. Também a vertente religiosa sofreu alterações, com as cerimónias a decorrerem na Igreja Nova, à exceção das Eucaristias deste domingo (8.30 e 12 horas) e das procissões, na Capela de Nossa Senhora das Dores. Para o pároco de S. Martinho de Bougado, Luciano Lagoa, “apesar dos condicionalismos” o balanço foi “bastante positivo” e
as “coisas correram dentro da normalidade”. O dia dedicado à Nossa Senhora das Dores começou bem cedo com uma missa por todos os benfeitores do concelho, seguida da atuação das banda de música da Trofa e Melres. Houve ainda a missa solene em honra da Santa na Capela, terminando o dia com um espetáculo piromusical-tradicional e show aquático.
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Clube Slotcar da Trofa vai ter nova sede Patrícia Pereira
O Clube de Slotcar da Trofa (CST) está de “malas e bagagens” preparadas para iniciar uma nova fase da coletividade: mudança de instalações da sede. Depois de ter estado no edifício em frente ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa, durante cinco anos, e de ter a sede instalada no edifício à face da Estrada Nacional 14, em Santiago de Bougado, nos últimos três anos, o Clube Slotcar da Trofa prepara-se para se mudar para as instalações do bar do Aquaplace – Academia Municipal da Trofa, em S. Martinho de Bougado, a partir de setembro. A necessidade de procurar um novo espaço está relacionada, segundo o presidente da coletividade, João Pedro Costa, com a “instabilidade” da zona, pois nos últimos dois anos quando choveu, o Clube foi “fustigado pelas cheias que destruiu a atividade de slotcar”. No dia em que aconteceu a “segunda inundação”, a 3 de janeiro, João Pedro Costa soube que “a pessoa que estava a explorar este espaço iria sair”, tendo em As-
sembleia-geral, em fevereiro, comunicado que “era intenção da direção chegar cá (ao bar) quando abrisse o concurso público”. Quando o concurso público para a ocupação do espaço do bar do Aquaplace foi lançado “em julho”, o Clube Slotcar “preparou uma candidatura e acabou por conseguir”, esperando poder desenvolver as atividades da coletividade “nos próximos dez anos”, sendo que “cinco anos” correspondem ao contrato e os restantes com “prorrogações”. Com a instalação da sede do Clube no bar, a direção tem “a clara noção” que “em primeira linha” têm que prestar “um apoio aos utentes do Aquaplace” e a partir daí “criar outro tipo de valências dentro deste novo espaço”. “Temos muitas outras ideias relativamente àquilo que podemos fazer desta coletividade, mantendo-a sempre com o mesmo cariz juvenil. A esse propósito passamos a nossa direção de cinco para nove elementos já a pensar noutro tipo de ação que podemos conseguir nos próximos tempos. Esperamos mostrar à comunidade trofense a partir do mês de setembro uma nova imagem deste Clube Slotcar da Trofa”, afirmou em entrevista ao
João Pedro Costa deu a conhecer novo projeto do Clube Slotcar
NT. O CST “sempre teve vontade de se abrir à comunidade” e exemplo disso foram as “bastantes vezes” que trouxe os jovens das escolas ao Clube, mas sem “nunca o conseguir fazer de uma forma massificada”. Atualmente, o presidente acredita que a coletividade tem “toda a estrutura, dirigentes experimentados” e
até mesmo “uma ligação ao IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude”, que permite “transmitir à federação das associações jovens do distrito do Porto aquilo que se vai passando na Trofa”. “Acho que todos os condimentos necessários para que este tipo de projetos tenha êxito existem. Agora, a comunidade tem que nos responder afirmativamente. Nós podemos preparar um produto muito bem preparado, mas as pessoas têm que vir pelo menos experimentar, porque tenho a certeza que depois de experimentarem, de virem cá sentir o nosso espaço, ver o ambiente que temos na nossa coletividade, que vão ficar por cá”, declarou, apelando à comunidade trofense que lhes dê “uma oportunidade de as conhecerem”. Slotcar investe no local cerca de 50 mil euros Desde o início de agosto que o bar da Academia Municipal está em obras. A direção “tem que abrir no dia 1 de setembro”, mas apesar de “não saber o tipo de andamento que as obras vão
ter durante o mês”, perspetiva que “a inauguração” seja no dia 6 de setembro. “Há um dilema entre querer prestar logo desde o início o serviço de bar aos utentes de Aquaplace e simultaneamente ter tudo pronto para que possamos ter uma festa de inauguração e começarmos com o pé direito”, referiu. Aquando da apresentação da candidatura ao concurso fazia parte “um investimento da coletividade de cerca de 35 mil euros”, que “atualmente já foi excedido”, estando previsto que o investimento final seja de “cerca de 50 mil euros”. Para que este investimento fosse uma realidade, João Pedro Costa contou com “uma vantagem muito importante”, que passa pela coletividade “não ter passivo e conseguir ter alguns patrocinadores, o que acaba por ajudar”. O presidente salientou ainda o facto de a coletividade ser “diferente”, pois “nunca” foi “subsidio-dependente”, tendo “nos últimos quatro anos” apenas colhido “cerca de três mil euros de subsídios na Trofa, o que comparativamente ao plano
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de atividades significa cerca de três por cento do orçamento que têm”. “Nessa perspetiva dá-nos alguma tranquilidade porque percebemos que somos uma coletividade diferente em termos de podermos fazer uma aposta em segmentos que a Trofa atualmente não tem”, acrescentou. Bar com animação e menus light João Pedro Costa mencionou que o Clube vai agora “ser muito mais do que isso”, pois vai “ser um clube de pessoas”. Além das quatro modalidades, a direção tem em mente várias ideias de forma a atrair as pessoas às novas instalações da sede. Na hora de almoço, o bar vai proporcionar “refeições light”, criando “um menu que seja compatível com o que se faz neste espaço”, ou seja a prática de exercício físico. Já ao final do dia, a direção tem “a intenção de ter um espaço de bar, onde possa haver um cantor residente” e, “dentro sempre dos mais novos, conseguir trazer revelações ao nível da música”, quer em individual, como grupos de vários estilos musicais. João Pedro Costa adiantou ainda que “já tem acordo para ter um cantor residente” e está “a ponderar ter um Dj residente e outros que poderão ser convidados”. Como a coletividade faz parte do IPDJ, o presidente acredita que isso “vai permitir, dentro do distrito do Porto, trazer outro tipo de expressões”, como, por exemplo “teatro”. “A nossa ideia passa muito por nas noites de quinta, de sexta e de sábado fazermos do nosso espaço, um espaço de excelência para aqueles que gostam de passar um fim de dia agradável. Muitas outras atividades estamos a perspetivar. (…) Estamos a apostar muito em agradar à comunidade trofense e as pessoas olharem para o CST como um ponto não só de passagem, mas de pararem na
coletividade, sentindo-se bem e integrados”, asseverou. Com o novo espaço, o presidente acredita que no mesmo espaço possa reunir pais e filhos, ao mesmo tempo que apresenta a atividade que desempenha. “Para nós não é estranho que um jovem esteja a passar música, a cantar ou ouvir um bocadinho de música e o pai que possa estar a jogar bilhar ou que haja outra criança que esteja no slotcar, enquanto o pai foi fazer uma atividade no Aquaplace. Para nos este tipo de interação acaba por ser natural e esperemos que aconteça com alguma regularidade”, explicou.
“uma pista ligeiramente mais pequena das grandes competições” de slotcar na zona do bar, de forma a “servir os mais jovens até aos dez/14 anos”, permitindo que “experimentem o que é o slotcar, de forma a refundar a modalidade na Trofa”. Já a nível de bilhar, é pretensão da direção “montar uma escolinha que é muito importan-
te”, uma vez que tem “uma equipa a jogar na primeira divisão”, procurando “a manutenção do bilhar federado e ao mesmo tempo fechar um plantel de 10/12 jogadores para uma competição regional”. A secção de videojogos também vai ganhar “outro tipo de espaço, onde poderá fazer grandes eventos”, estando já a ser
Clube mantém modalidades A direção acredita que pode “dar continuidade às 24 Horas de Slotcar”, que será “feita fora destas instalações”, estando já a pensar na 9.ª edição para janeiro. Com a alteração das instalações da sede, será colocada
Investimento na ordem dos 50 mil euros
pensado, para “setembro”, a realização de “uma grande lan party à semelhança das quatro ou cinco que já fizeram nos últimos dois anos”. Já na secção de Veículos Antigos, João Pedro Costa falou da possibilidade de “fazer neste verão uma concentração”, tal como aconteceu em novembro de 2013.
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Bougado e Juventude em Festa “é para continuar” Cátia Veloso
Souto de Bairros foi o epicentro do Bougado e Juventude em Festa. Iniciativa sofreu corte no orçamento, mas “é para continuar”, garantiu o presidente da Junta de Freguesia. Vinte e quatro melões estiveram sob avaliação no 10.º Concurso do Melão Casca de Carvalho. Apesar da chuva que caiu durante a tarde de domingo, algumas dezenas de pessoas não quiseram perder a oportunidade de ver qual dos concorrentes saía vencedor. Assim como naquele dia, a meteorologia não foi amiga dos produtores que, este ano, tiveram muitas dificuldades na exploração. Mesmo assim, houve bons exemplares a concurso e, segundo o júri, os dois melhores pertenciam a Filipe Couto Reis, que se sagrou vencedor desta edição. O produtor não estava à espera deste resultado, até porque, numa iniciativa como esta, “é sempre inesperado”. “Só conseguimos avaliar as características exteriores e quando o abrir
é que sabemos o que está lá dentro. Além disso, também depende muito da avaliação do júri, porque o que é bom para um, pode não ser para outro”, evidenciou. O produtor explicou que os melões que levou a concurso foram escolhidos com base “nas características exteriores, no estado de maturação e por terem sido produzidos em rama completamente verde”. Segundo um dos elementos do júri, Agostinho Areal, um melão para ser vencedor tem, antes de mais, de ter um “tom esverdeado” e “ser apimentado, sem deixar de ser doce”. “Não foi fácil de avaliar” os melões a concurso, devido à semelhança de muitos dos exemplares. “Havia sempre um melhor e não é por acaso que a pontuação bateu certo entre os membros do júri. Por outro lado, havia melões que tinham um aspeto muito bonito e por dentro não prestavam”, relatou. Agostinho Areal elogiou a persistência dos produtores de “arriscarem a cultivar um produto que é difícil”. O concurso do melão foi uma das atividades que exaltaram as tradições da região, à qual se juntaram o espetáculo de canta-
Festa das Cores deixou juventude ao rubro no Souto de Bairros
res ao desafio de Carlos Ribeiro e o concerto do grupo bougadense “A Rapaziada”. Mas a festa também se fez com e para a juventude. Na noite de sexta-feira aconteceu um dos momentos altos da iniciativa, com a Festa das Cores. O pó colorido estava por todo o lado e as tshirts brancas oferecidas pela autarquia tornaram-se num verdadeiro arco-íris para centenas de miúdos… e graúdos. O Bougado e Juventude em Festa contou ainda com uma
noite de comédia, protagonizada por Fernando Rocha, e por um desfile de moda, no qual participaram vários lojistas da freguesia. Este ano, o orçamento da iniciativa foi diminuído relativamente às edições passadas. Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia, reconheceu que “a contenção de custos é uma realidade”, porque “não fazia sentido gastar o dinheiro que se gastava” e pela “nova realidade” administrativa, uma vez que Santi-
ago de Bougado está agregado a S. Martinho. No entanto, garante que a iniciativa “é para continuar”. “Temos coisas a corrigir, como desinvestir numa área e apostar mais noutra, mas temos um ano pela frente para pensar mais nisso”, frisou. Além da participação de DJ que animaram as noites aos jovens, o evento também contou com um torneio quadrangular, organizado em parceria com o Centro Associativo de Bairros.
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Empate entre Trofense e Tondela Patrícia Pereira
Trofense e Tondela empataram a segunda jornada da 2.ª Liga, que foi disputada este domingo, no estádio da Trofa. Já no dia 13 de agosto, Trofense tinha passado à próxima eliminatória da Taça da Liga. Enquanto a primeira parte ficou marcada pelos quatro golos do Trofense e Tondela, na segunda registou-se duas expulsões. O Trofense começou a vencer com um golo, aos cinco minutos, de Dário, que completou bem um cruzamento de Rateira. À procura da primeira vitória no campeonato, Bryan Riascos, após tirar do caminho Vítor Alves e Deyvison, aumentou a vantagem com um “chapéu” perfeito (25 minutos). Mas, se o ataque trofense funcionava bem, o meio-campo permitiu o crescimento do Tondela, que ainda antes do intervalo conseguiu empatar. Primeiro foi Tiago Barros a
Dário marcou primeiro golo do Trofense
bater Diogo Freire (39 minutos), seguindo-se uma grande penalidade convertida por Joel (45+2),
que castigou uma falta de Eduardo Enrique. A segunda parte ficou
marcada por duas expulsões: Rúben Silvestre viu Bruno Paixão mostrar-lhe vermelho direto por
protestos (70 minutos) e o Trofense foi alvo da falta de paciência do juiz setubalense, que mostrou o segundo amarelo a Costinha (73). O treinador do Trofense, Porfirio Amorim, denotou os “35 minutos de excecional qualidade” do jogo da formação “contra uma equipa de grande valia”. Quanto ao resultado, o técnico acha que “se aceita, embora gostasse de ter ganho”. “Uma equipa a ganhar 2-0, se um golo antes do intervalo já mexe, quanto mais sofrer aos 47 o golo do empate. Entramos conscientes de que não ia ser fácil, de que nos tínhamos que organizar, mas depois sentimos os efeitos do desgaste do jogo de quarta-feira. Nesta altura é uma vantagem a equipa não jogar a meio da semana”, declarou. Segundo Carlos Pinto, técnico do Tondela, a equipa teve “uma entrada péssima no jogo”, mas depois “esteve melhor”, conseguiu empatou e, na segunda parte, teve “quatro ou cinco oportunidades em que podia ter matado o jogo, mas não matou”.
Trofense garante passagem à 2.ª fase da Taça da Liga Na quarta-feira, o Trofense recebeu o Atlético para o jogo da 4.ª jornada do Grupo D da 1.ª fase da Taça da Liga e venceu por 2-1. Depois de uma primeira parte sem golos, em que merecem destaque as iniciativas de Jordan Hamilton, aos 14 e 24 minutos, e de Njengo, aos 36, do lado do Trofense, e de Quinaz, para o Atlético, a segunda parte foi bem mais emocionante. Aos 64 minutos, o Atlético colocou-se na frente do marcador, com um tento marcado por Manuel Liz, mas em dez minutos o Trofense tratou de dar a volta ao resultado. O primeiro golo foi marcado por Brayan Riascos (75’) e o que confirmou a
reviravolta teve a assinatura de Nani (84’). Antes de cumprir o último jogo, o Trofense já garantiu a passagem à 2.ª fase, no entanto o próximo adversário, Desportivo das Aves, ainda não tem carimbada a continuidade. A partida realizase na Vila das Aves, no dia 20 de agosto, às 17 horas. Porfírio Amorim, treinador da equipa da Trofa, valorizou “a reação extremamente positiva depois de sofrer o golo”, mas quer “mais” do grupo, no que respeita à “atitude competitiva” para que “não se jogue sempre no mesmo ritmo”, sob pena de se tornar “previsível e facilmente anulado”.
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Segunda maior associação da Trofa aguarda apoio das autarquias
Sócios do Bougadense aprovaram as contas Cátia Veloso
As contas do Atlético Clube Bougadense foram aprovadas pela maioria dos sócios, mas a conta bancária está praticamente a zero e a dívida a credores é de cerca de 25 mil euros. É com esta situação que a segunda maior associação do concelho da Trofa sobrevive e aguarda pelos apoios autárquicos que deverão chegar “a curto prazo”. Uma assembleia extraordinária convocada pela segunda vez com o principal ponto na ordem de trabalhos: a aprovação das contas da época desportiva 2013/2014. Os sócios do clube foram chamados a discutir e votar as contas de uma época desportiva que, em meados de março de 2014, ficou sem presidente, que se demitiu juntamente com mais três elementos por alegadas “diferenças de ponto de vista com a restante direção”. Depois de discutidas e “es-
clarecidas as dúvidas, as contas foram aprovadas por maioria com a abstenção de um sócio e o voto contra de um outro”, adiantou Hilário Duque, presidente em funções do Clube de Santiago de Bougado. Quanto à nova época, Hilário Duque confirmou que “tudo está a ser preparado para que, em setembro, todos os escalões de formação e o escalão sénior possam começar a competir”. Apesar das “enormes dificuldades financeiras”, o clube “está a tentar pagar a quem deve”, tendo, inclusive, “planos de pagamento para fazer face às dívidas”. O dirigente espera “poder contar com o apoio da Junta de Freguesia de Bougado e com a Câmara Municipal da Trofa”, com quem reuniu “para dar conta das dificuldades e das condições precárias em que os atletas trabalham, nomeadamente em termos de balneários e na dificuldade de pagar as contas da luz e do gás, com a agravante de agora ser obrigatório o clube a pagar à GNR
Departamento de formação do Bougadense sofre revolução O plano de treinos para a época 2014/2015 do departamento de formação do Atlético Clube Bougadense já está definido e tem início a 18 de agosto. Para os benjamins, traquinas e petizes, os treinos são à segunda e quarta-feira, pelas 18.30 horas, enquanto que para os infantis e iniciados serão pelas 19.15 horas de segunda, quarta e quinta-feira. Já pelas 19.15 horas de terça e sexta-feira e pelas 20.30 horas de quarta-feira, há treinos para os juvenis e juniores. João Mira, elemento das camadas jovens do Bougadense, adiantou que os objetivos do departamento estão “enquadrados na formação”, tendo como lema “formar para ganhar”. Contudo, frisou que “não” querem “ganhar a todo custo”, mas sim “um processo sustentado e corrente com as suas convicções”, preparando “os jovens para a exigência do futebol”. “Vai ser difícil para o Bougadense ter estado estes anos parado no tempo, por isso, convido todos os jovens a comparecer porque acreditamos neste objetivo. A nova época para todos os escalões começa em agosto e contamos contigo”, referiu. Enquanto treinador de júnior, João Mira acrescentou que vai ser “uma ponte de continuidade para os seniores, que em alguns clubes ainda continuam a não apostar”. P.P.
Sócios aprovaram contas do clube de Santiago de Bougado
por cada jogo em casa”. Para agravar a situação, “o piso sintético que foi colocado necessita de uma manutenção urgente já que tem vários anos de utilização sem a devida manutenção”, acrescentou. “Não temos dinheiro para fazer face a este investimento e solicitamos apoio à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal, pois este complexo é utilizado não só pelos nossos atletas, mas também por de outras instituições, nomeadamente as crianças das escolas, assim como a própria Escola de Rugby da Trofa que esteve aqui vários meses a treinar e a desenvolver atividades, sem que o Atlético Clube Bougadense cobrasse um cêntimo”, evidenciou. Além dos mais de 120 atle-
tas que praticam futebol, esta coletividade tem ainda a modalidade de atletismo, “que tem trazido para a Trofa muitas medalhas e taças, tendo inclusive a vencedora da Taça de Portugal de Montanha, a atleta Deolinda Oliveira que se sagrou também campeã Regional de cinco mil metros”. Hilário Duque quis “também realçar que em, quase todas as provas em que o Bougadense tem participado, tem subido ao pódio em vários escalões, o que dá um enorme orgulho e ânimo para continuar a lutar contra as adversidades que este ano o clube tem atravessado”. Além dos resultados, o responsável pela coletividade quer manter os jovens do concelho da Trofa ocupados, através
da prática desportiva e diversificar a oferta, porque o desporto não é só futebol: “Estamos inclusivamente abertos a parcerias com outras instituições da freguesia e também do concelho para que mais crianças, jovens e até seniores possam ocupar este complexo para a prática desportiva”. Hilário Duque está confiante no futuro e apela a toda a sociedade civil, aos pais dos atletas e aos autarcas que apoiem o associativismo. “Não é só de apoio financeiro que necessitamos. Precisamos de pessoas que gostem do clube que nos ajudem com patrocínios, que não têm necessariamente de ser em dinheiro”, concluiu.
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18 de agosto de 2014
Desporto 19
Prova de Resistência em Guidões no aniversário do clube Patrícia Pereira
Dezenas de ciclistas, participaram na prova de resistência que durou três horas, na freguesia de Guidões. Iniciativa estava inserida nas comemorações dos 50 anos do Guidões Futebol Clube. Nove quilómetros e 600 metros. Este era o perímetro do circuito montado pela Associação Cultural Desportiva de Ciclismo (ACDC) da Trofa para as 3 Horas de Resistência de BTT de Guidões, que se realizou na tarde de sábado. Pela frente, os participantes tiveram que enfrentar um percurso “bastante duro” com “muita montanha” e também “um bocadinho de estrada” para que os ciclistas possam “descansar um bocado”. O campeão Nacional, Gonçalo Amado, foi o mais forte, ao conseguir completar o maior número de voltas do circuito ao longo das três horas. Em entrevista
ao NT, o vencedor afirmou que esta foi “uma prova excelente”, em que “as três horas de resistência valeram para treinar para a Taça do Mundo, em França, e o Mundial, na Noruega”. “O percurso estava cinco estrelas, estava duro, um bocado de estrada, mas foi bom. São três horas dá sempre para treinar, foi bastante boa”, mencionou. Já os juniores e os Masters femininos apenas tiveram uma hora de prova. A correr no concelho onde reside, o júnior João Veloso decidiu participar para “ver como se sentia”, sem “nunca imaginar chegar ao pódio”, o que Vencedores de elite da prova de resistência o deixou “contente”. “Achei-a jeto que está a ser concretiza- inédita na região”, em que os muito dura, uma prova muito bem do”, para “divulgar o ciclismo na participantes têm “três horas de feita, com corredores muito du- Trofa” tal como tinham “prometi- resistência”, que será “feita no ros, mas correu bem. Foi muito do”. Quanto ao valor do prémio, centro à noite”. Inserida nas cobom, nunca pensei que corres- de mil euros a distribuir pelos memorações do Guidões Futese muito bem”, afirmou três classificados de cada esca- bol Clube, a prova de resistência José Ribeiro, da ACDC Trofa, lão, José Ribeiro denotou que foi foi uma das iniciativas mostrou-se satisfeito com o nú- “um chamariz” para os atletas. desportivas organizadas. O resmero de participantes e destaA próxima iniciativa está ponsável pela comissão adminiscou que esta foi “a realização de agendada já para o dia 6 de se- trativa da associação, Joaquim mais uma corrida e mais um pro- tembro e será “uma prova quase Ferreira, agradeceu “a todos os
participantes, e quem ajudou a fazer esta iniciativa”, que, na sua opinião, “correu bem e ninguém se aleijou, é o que interessa no ciclismo para além do convívio”. No início do mês de setembro, a comissão administrativa vai fazer “uma apresentação público” de um “projeto para os próximos dois anos”, e que vai haver “novidades”.
Breves
Daniel Silva vence Grande Prémio de Mortágua “Obrigado capitão Célio Sousa meia vitória é tua. Obrigado equipa, grande trabalho”. Na primeira prova de regresso do pelotão nacional da Volta a Portugal, o trofense Daniel Silva, a correr pela Rádio Popular Onda Boavista, venceu a 14.ª edição do Grande Prémio de Mortágua, prova de 107 quilómetros. A prova ficou marcada por “um constante sobe e desce”, tendo sido apenas “um grupo restrito que discutiu o triunfo, com Daniel
Silva a superiorizar-se a um corredor da casa, o natural de Mortágua Bruno Sancho (Banco BIC-Carmim)”, completando a prova em 02:46.02 horass, segundo avançou fonte da Federação Portuguesa de Ciclismo. O terceiro classificado foi Rafael Silva (Efapel-Glassdrive). A Rádio Popular- OndaBoavista ganhou por equipas, enquanto a Liberty Seguros/Feira/KTM foi a melhor formação de clube. P.P.
Não é o primeiro, não é o segundo, nem o terceiro e provavelmente não será o último veículo em plena rotunda do catulo, galgar o separador “traiçoeiro” recentemente construído. Em plena faixa de rodagem, que apanha qualquer um desprevenido, os veículos acabam invariavelmente suspensos em cima do separador que, por ter a forma geométrica de uma banana muito tem dado que falar, assim como muitos prejuízos e dores de cabeça aos automobilistas.
Incêndio consumiu três hectares O alerta soou pelas 17.20 horas de sexta-feira, 15 de agosto, para um incêndio florestal, que ocorreu no lugar de Rindo, em Covelas que foi extinto por volta das 00.10 horas, depois de ter consumido três hectares de mato. No local estiveram 47 bombeiros de três corporações, BMIF (Brigada Municipal Incêndios Florestais), sapadores florestais e afocelca, que contaram com o apoio de um helicóptero.
20 Desporto
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18 de agosto de 2014
“Dores musculares” impedem Rui Pedro Silva de terminar maratona
Ciclistas trofenses bem classificados em Braga A União de Ciclismo da Trofa (UCT) participou no Grande Prémio de Rendufe e Barcelos, nos dias 9 e 10 de agosto, organizadas pela Associação de Ciclismo do Minho. A equipa da Trofa foi constituída pelos iniciados Lara Pereira, Francisco Pereira, João Dias, Francisca Pereira e João Cunha, pelos infantis Beatriz Martins e
José Barbosa e pelos juvenis Afonso Couto. Segundo Bruno Cunha, da UCT, no Grande Prémio de Rendufe a equipa mostrou-se “bastante homogénea nos resultados obtidos com destaque para a vitória da iniciada Francisca Pereira e top 10 para João Dias e Francisco Pereira”. Já no escalão de infantis, Beatriz Martins obteve o segundo lugar.
A prova do Grande Prémio Cidade de Barcelos realizou-se com chuva, o que tornou “o circuito bastante perigoso”. Contudo, segundo Bruno Cunha, “a equipa adaptou-se a essas condições” e os iniciados Francisca Pereira e João Dias alcançaram a 2.ª e 7.ª posições. “Após uma queda”, Beatriz Martins ainda obteve “um honroso 4.º lugar”. P.P.
O trofense Rui Pedro Silva não conseguiu terminar a maratona do Campeonato da Europa de Atletismo, na prova que se realizou este domingo, 17 de agosto. Em mensagem deixada na sua página do Facebook, Rui Pedro Silva afirmou que “vida de maratonista é mesmo assim”, em que “por vezes não” se consegue “controlar o corpo”. “A partir dos 30 quilómetros comecei a ter muitas dores musculares. Queria muito ter chegado ao fim fosse que classificação fosse, mas foi impossível. Agora é descansar e pensar nos próximos objetivos. Obrigado pela vossa força”, frisou. Na maratona, Ricardo Ribas foi o português melhor classificado na prova, tendo-a terminado no 10.º lugar, com o tempo de 2:15:43 horas, a quase cinco minutos do vencedor, o italiano
Direitos reservados
Daniele Meucci (2:11:08). José Moreira (2:24:43) foi 39.º, enquanto Hermano Ferreira e Rui Pedro Silva não concluíram o percurso. P.P.
Santo Tirso lança Orçamento Participativo Jovem Patrícia Pereira
Um dia antes de se celebrar o Dia Internacional da Juventude, o Município de Santo Tirso aprovou por “unanimidade”, em reunião pública de Câmara no dia 11 de agosto, o regulamento do Orçamento Participativo Jovem (OPJ) dirigido a “todos os que tenham entre 12 e 30 anos”, em que “as escolas e as associações jovens serão um dos públicos-alvo prioritários”. Quem reside no concelho de Santo Tirso vai poder apresentar oficialmente propostas para o OPJ “durante o mês de setembro”. Pela primeira vez, este instrumento vai ser utilizado pelo
executivo municipal com vista “a promover a participação dos jovens na definição e execução das políticas públicas do município”. Segundo Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, o regulamento aposta “numa ampla divulgação, de forma a contar com um grande número de participantes e projetos”, considerando que o OPJ “é um instrumento muito importante para a promoção do diálogo e da aproximação dos jovens ao poder político, numa visão cívica e de responsabilidade comunitária”, na linha do que têm sido as políticas públicas para a juventude seguidas pela Câmara. A importância dada pela autarquia de Santo Tirso a esta
Orçamento participativo jovem pela 1ª vez em Santo Tirso
medida reflete-se na dotação para o OPJ, com “cerca de 120 mil euros, um dos maiores do país”. Os projetos nas áreas do Urbanismo, Desporto, Ação Social, Saneamento, Espaços Públicos e Espaços Verdes, Mobilidade e Acessibilidades, Turismo e Promoção Económica serão algumas das vertentes valorizadas nas propostas a apresentar a partir de setembro. O regulamento arranca de imediato no terreno, nomeadamente com a organização de várias sessões públicas. A fase de apresentação de propostas
será de setembro a 31 de outubro. “Vamos apostar numa forte divulgação do OPJ, de forma a garantir uma ampla participação. É a primeira vez que este instrumento é utilizado em Santo Tirso e sabemos que as pessoas não estão ainda sensibilizadas para a necessidade de participarem ativamente nestas matérias. Queremos chegar ao fim do processo com um número de propostas razoáveis e de qualidade”, mencionou Joaquim Couto. A participação dos jovens, na fase de planeamento e de elaboração dos projetos, deverá ser
concretizada em assembleias participativas, através do envolvimento das escolas e do movimento associativo jovem. Depois da entrega das propostas, a comissão técnica de análise terá até ao final de novembro para anunciar o ou os projetos vencedores. Entre os critérios de avaliação das propostas, estarão itens como “a abrangência do projeto, o seu enquadramento no plano de desenvolvimento estratégico do município ou a possibilidade de candidatura do mesmo a fundos comunitários”.
Região 21
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18 de agosto de 2014
Incêndio em fábrica de confeção de têxteis-lar Cátia Veloso
Passavam alguns minutos das 17 horas de quarta-feira, quando o alerta foi dado. Um incêndio na Felpinter, fábrica de confeção e comercialização de artigos de felpo, em S. Martinho do Campo, concelho de Santo Tirso, deflagrou no armazém e durante horas consumiu um terço da unidade industrial. As chamas atingiram ainda a zona da confeção. Dezenas de pessoas concentraram-se em frente à fábrica e o cenário de destruição preocupou vários funcionários que gozavam o segundo dia de férias e receavam pelo posto de trabalho. Há 29 anos a laborar naquela empresa, Carla Costa “não” queria “acreditar” no que estava diante dos olhos. “Fomos surpreendidos”, afirmou, sem esconder que temia pelo emprego. Sílvia Martins, com a voz embargada, dizia que “este é o ganha-pão” de muitas pessoas, famílias até, e a colega Adelaide Mendes, funcionária há 31 anos, nem “queria imaginar” um futuro
Mais de uma dezena de corporações de bombeiros combateram as chamas
no desemprego. Joaquim Couto, responsável pela Proteção Civil Municipal de Santo Tirso, mostrava-se preocupado com aquilo a que chamou de “tragédia”. “Esta é uma zona de concentração de grandes empresas na área têxtil e, pelo que sei, esta fábrica estava a admitir pessoal com alguma frequência e o nível de encomendas era bom”, frisou. Mais de uma dezena de cor-
porações de bombeiros do distrito do Porto estiveram no local a combater o fogo, numa tarefa que obrigou à mobilização de “30 meios” e mais de cem agentes da Proteção Civil. Segundo Carla Maia, engenheira de segurança da Felpinter, a fábrica “estava parada” e no interior estavam “alguns trabalhadores a fazer manutenção”, que não sofreram quaisquer ferimentos. Ainda durante a noite, os sol-
dados da paz combatiam as chamas, cercando-as na zona destruída, para que não alastrassem para as áreas contíguas. Segundo Carla Maia, ficou destruída “cerca de 20 a 25 por cento da fábrica”, correspondente ao armazém de fio, onde começou o incêndio, a confeção e escritórios. A tinturaria e a tecelagem, áreas sensíveis da unidade industrial ficaram “intocáveis”, afirmou. Cerca de duas horas depois
do início do incêndio, uma parte da parede da fábrica ruiu e, mais tarde, outra também desabou. Joaquim Faria, comandante dos Bombeiros Voluntários da Vila das Aves, garantiu que os operacionais “já sabiam que aquilo ia ruir”, pelo que “tomaram as devidas precauções para que não houvesse feridos”. A “muita carga de combustível, os ventos e a elevada temperatura” foram adversários difíceis de combater durante o fogo, adiantou. Apesar da preocupação visível nos rostos dos populares que se concentraram na entrada da fábrica, os postos de trabalho “não estão em causa”, garantiu Carla Maia. “A empresa reinvestiu há pouco tempo e vai voltar a reinvestir, colocando a confeção a trabalhar em setembro, normalmente”. A porta-voz da empresa afirmou que a Felpinter “tem outro local com 20 a 30 mil metros quadrados de área coberta”, a “cerca de 200 metros” da unidade fabril, onde colocará esse departamento. A Felpinter emprega 387 pessoas e trabalha essencialmente na confeção de toalhas de banho e de rosto. pub
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PSD de Santo Tirso garante que Centro Hospitalar mantém obstetrícia Patrícia Pereira
A Comissão Política Concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Santo Tirso reuniu-se com o Conselho de Administração do CHMA, que garantiu a continuidade do serviço de Obstetrícia em Vila Nova de Famalicão. “O serviço de Obstetrícia instalado na unidade de Famalicão não vai encerrar”. A garantia foi dada pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Médio Ave (CHMA), durante a reunião com Andreia Neto, presidente do PSD de Santo Tirso e deputada da Assembleia da República (AR), e Alírio Canceles, coordenador da equipa de vereadores. O presidente do Conselho de Administração, Américo dos Santos Afonso, explicou que na “portaria que tem estado no centro das atenções, não sugere qualquer reorganização da rede hospitalar, limitando-se a referenciar os hospitais do SNS”. “Aliás, o plano estratégico apresentado pelo CHMA e aprovado pela tutela, incluiu a manutenção do serviço de obstetrícia. O plano apresentado salvaguarda a manutenção da atual prestação de cuidados, assim como também considera o alargamento e melhoria de cuidados de saúde em função das necessidades evidenciadas pela população”,
pode ler-se no comunicado enviado à imprensa pelo PSD de Santo Tirso. Ainda no comunicado, a concelhia social democrata de Santo Tirso afirma estar “satisfeita com a qualidade e quantidade da informação recolhida nesta reunião, e com a certeza que tudo está a ser feito para valorizar, melhorar e diversificar os serviços prestados nas unidades de Santo Tirso e de Famalicão do CHMA”. “O PSD de Santo Tirso relembra que foi o anterior governo que encerrou o serviço de Obstetrícia de Santo Tirso, curiosamente com o aval do atual presidente de câmara Joaquim Couto, na altura deputado da AR (como se pode ver na I série, nº 114 do Diário da Assembleia da República de 21 de abril de 2006)”, denotaram, enumerando que foi “também no anterior governo que o Hospital de Santo Tirso perdeu os serviços de neonatologia, a urgência de Ginecologia, bem como os serviços de pediatria”. Os sociais democratas acrescentam ainda que se “assistiu à desqualificação da urgência, que passou de médico-cirúrgica para básica”, que “o bloco operatório passou a ser usado só para cirurgias programadas e os serviços de Laboratório, no que respeita às transfusões de sangue passaram parcialmente para a unidade de Famalicão”.
“Famalicão” de Manoel de Oliveira inaugura atividades do Arquivo Municipal O arquivo Municipal Alberto Sampaio de Vila Nova de Famalicão irá inaugurar as suas atividades com a visualização do filme “Famalicão” realizado por Manoel de Oliveira, na década de 40. Na primeira iniciativa do serviço educativo 2014-2015, marcada para o dia 3 de setembro, às 15 horas, haverá ainda um espaço reservado para um diálogo com o famalicense Manuel Sampaio, que aos 94 anos relembra “como se fosse ontem”, os dias das filmagens, em que serviu de cicerone ao cineasta. A atividade destina-se ao público adulto e sénior e tem como objetivos “conhecer, através do olhar do cineasta Manoel de Oliveira, o concelho e da vila de Famalicão na década de 40 do século XX nos seus diversos aspetos, nomeadamente, histórico, etnográfico, económico, cultural e social.” Serão realizadas mais duas sessões a 7 de janeiro e 6 de maio de 2015, para além da sessão de 3 de setembro. Os interessados devem enviar a sua inscrição para o e-mail emilianovoa@vilano vadefamalicao.org.
18 de agosto de 2014
O caminho para Clermont-Ferrant É com o inconformismo e a tristeza de quem tenho assistido ao longo dos últimos anos à partida de dezenas de amigos, conhecidos e familiares de Portugal em busca de melhor sorte no estrageiro. Ainda hoje tive a notícia que mais dois amigos de longa data estão de malas feitas rumo a uma nova “aventura” proletária no estrangeiro. Trabalhadores de fibra, empenhados e estudiosos, em que a dimensão das suas mentes e o poder das suas ideias não são compatíveis com a mediocridade, o amorfismo e o status quo instalados em Portugal. Quando ficar é murchar a única alternativa é partir. Nas conversas de despedida que fomos tendo, verifiquei haver denominadores comuns que justificam o êxodo. Contrariamente ao que esperava, não é falta de emprego a condição maior para a saída. O que verdadeiramente acende o rastilho que despoleta a vontade de fuga é o total descontentamento com a atual situação do país, a falta de esperança no futuro, as precárias e exploratórias condições laborais cada vez mais enraizadas, mas sobretudo, a total descrença no sistema político e nas estratégias seguidas pelo país. Desvaneceu-se a esperança no seu próprio país. Os vazios apelos ao patriotismo já não os iludem nem os motivam. Necessitam de mentiras novas. Todos jovens. Todos com desânimo. Todos com a vontade de uma ida sem regresso. Será a constituição de uma nova vida, longe do país que os convidou a emigrar. Com ressentimentos e sem o típico depósito das poupanças em Portugal. Gente que sabe pensar, que prefere o desconforto da exploração temporária, por vezes até a incerteza da ilegalidade num qualquer país estrangeiro, ao total debalde de um país a saque, sem rumo e sem futuro. O rebentar do caso BES, enquanto o Sr. Primeiro Ministro estava a banhos na Manta Rota e o Sr. Vice Primeiro Ministro submergido durante a tempestade num qualquer submarino, mas sempre com o periscópio de fora, não auguram nada de bom para o país. Todos sabemos que na densa neblina levantada pelo caso BES está implícita a certeza de décadas de mais e maiores sacrifícios para os trabalhadores e para os contribuintes. Ao meio milhão de jovens que Portugal perdeu ao longo da última década, segundo os dados do INE, juntar-se-ão mais umas centenas de milhar (se não milhões) ao longo dos próximos anos. Cumprir-se-à um dos principais desígnios do atual governo: o de ver os seus jovens emigrados, explorados e bem longe das suas zonas de conforto e das suas famílias. Atordoados, espalhamo-nos pelo Mundo. Parecemos cada vez mais um povo sem pátria. Os “parceiros” europeus, africanos e asiáticos agradecem a mão de obra qualificada e barata que lhes proporcionamos. Não podemos ignorar as consequências a médio e longo prazo que esta estúpida sangria de jovens, recursos humanos altamente qualificados terá no país nas próximas décadas. O conforto momentâneo que a emigração convidada concede ao atual governo (que por essa via consegue diluir parcialmente os reais e desastrosos números do desemprego), serão o calvário dos governos e da sustentabilidade das gerações futuras. Portugal precisa de jovens e novas políticas. De um novo paradigma de desenvolvimento. Está cada vez mais claro que o sistema capitalista desenfreado assente na desregulação, que governou, apodreceu e esvaziou Portugal ao longo das últimas décadas está a morrer. Não de Ébola mas de ganância. É este o timing para ter coragem e escolher mudar de rumo. É imperativa uma reação popular capaz de travar o desastre da desertificação juvenil. É necessária visão e vontade para inverter os caminhos que hoje nos levam novamente a Clermont-Ferrant, Larrochette, Manchester, Bradford, Zermatt, Oslo, Schwabisch Hall, Newark, Abu Dhabi, Xangai ou até a uma das cidades mais caras e corruptas do mundo, Luanda. Gualter Costa Coordenador Concelhio Bloco de Esquerda Trofa. gualter.costa@outlook.com
18 de agosto de 2014
Nova sinalética ajuda a descobrir museus A colocação de uma nova sinalética vai ajudar os visitantes a chegar aos museus de Vila Nova de Famalicão, descobrindo locais de referência da cultura famalicense. A iniciativa surge da Rede de Museus de Vila Nova de Famalicão, criada em novembro de 2012, que “visa projetar a imagem de um município dinâmico e potenciar o seu património cultural como produto turístico de excelência”. Neste âmbito foi já desenvolvido um trabalho que tem permitido a coordenação de atividades e a articulação de horários, explorando ao mesmo tempo a mais-valia turística e cultural dos vários espaços. “Num período marcado pelo retorno de emigrantes e pelo aumento do número de turistas que escolhem Vila Nova de Famalicão para umas férias tranquilas e retemperadoras, não poderia ser mais oportuna a colocação desta sinalética cuja imagem é agora homogénea. Os 13 equipamentos que integram a Rede de Museus municipal são lugares incontornáveis do património histórico concelhio. São verdadeiras caixas fortes da identidade famalicense onde está preservada a cultura popular e presente a memória coletiva”, avançou fonte da autarquia. O concelho famalicense tem mais mais de dez museus. P.P.
Necrologia S. Martinho de Bougado José Mário da Silva Pereira. Faleceu no dia 7 de agosto, com 57 anos. Divorciado Adrião da Cunha Miranda. Faleceu no dia 8 de agosto, com 79 anos. Casado com Eulália Flora Cardoso Santiago de Bougado Ambrosina Moreira de Araújo. Faleceu no dia 10 de agosto, com 84 anos. Viúva de José de Azevedo Ferreira Falecimentos realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Região 23
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Seguro para despesas de tratamento dos bombeiros sobe “344 por cento” Patrícia Pereira
A nova apólice de seguro abrange “471” soldados da paz das corporações dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso (“Vermelhos”), Bombeiros Voluntários Tirsenses (“Amarelos”) e Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, envolvendo um investimento da Câmara de Santo Tirso de “cerca de 18 mil euros”. “Apesar dos constrangimentos orçamentais por que passa a Câmara, temos vindo a fazer, desde o início do mandato, um esforço no sentido de procurar dar as melhores condições às três corporações de bombeiros de Santo Tirso, com um papel incontornável na comunidade”. Esta foi a justificação dada por Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal, para justificar a decisão de melhorar consideravelmente os seguros contra
acidentes pessoais dos bombeiros. Os capitais referentes às coberturas das despesas de tratamento por acidente dos bombeiros das três corporações de Santo Tirso “aumentaram 344 por cento”. Com a nova apólice de seguro feita pela Câmara, os capitais seguros, no caso da cobertura de despesas de tratamento por acidente, passam a ser de “50 mil euros, contra os cerca de 14 mil anteriormente em vigor”. Também os capitais por morte ou invalidez permanente por acidente “subiram exponencialmente com o novo seguro”, fixando-se agora nos “150 mil euros”, registando-se, neste caso, “um aumento da cobertura na casa dos 27 por cento”. Aumento superior teve a cobertura relacionada com a incapacidade temporária e absoluta em caso de acidente por parte dos bombeiros pertencentes às três corporações existentes no
concelho. O novo seguro prevê “um capital de 75 euros, o que contrasta com os cerca de 53 euros definidos na apólice que vigorou até maio último”, tendo a subida atingido “os 30 por cento”. “Mesmo antes de o novo quadro normativo que regulamenta as condições mínimas, as quantias e os riscos do seguro contra acidentes pessoais dos bombeiros entrar em vigor, já a Câmara havia tomado a decisão de ir além do que estabelecia a lei no que aos capitais de cobertura diz respeito. O reforço, muito substancial, da apólice dos seguros que cobrem a atividade dos bombeiros é a prova inequívoca de que a Câmara está atenta aos problemas dos agentes de Proteção Civil do concelho e empenhada em melhorar as condições de trabalho de quem está no terreno a prestar um serviço de grande relevância para as populações”, mencionou.
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