Edição 488

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12 de setembro de 2014 N.º 488 ano 12 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade pág. 3

Acidente em rally vitima Casa destruída por incêndio

mulher e filho de piloto da Trofa Atualidade pág. 12

Transladação em S. Romão envolta em polémica

Atualidade pág. 16

Tribunal obriga Câmara a despedir Atualidade pág. 24

Misericórdia da Trofa assinalou 15 anos

Polícia pág. 5

GNR deteve assaltantes em flagrante


2 Atualidade

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12 de setembro de 2014

Obras obrigam a cortar parte da EN 318 Em julho arrancaram as obras de requalificação e repavimentação da Estrada Nacional 318, junto à Carriça, no Muro, entre Agra da Cana e o Parque de S. Pedro de Avioso. Há poucos dias, a estrada, no sentido de S. Pedro de Avioso está cortado ao trânsito. Quem segue na EN14, na Rua José de Moura Coutinho, deve fazer o desvio pela estrada junto ao edifício da Junta de Freguesia do Muro. As obras estão a cargo da autarquia trofense, que prevê um in-

vestimento de “mais de 150 mil euros”. O presidente da Junta de Freguesia do Muro, Carlos Martins, contou que está a ser “levantado o piso todo para fazer tudo de novo”, uma vez que “tinha um problema de muitas ligações e muitas caixas”. A estrada vai ser “requalificada com águas pluviais, passeios e piso novo”. A repavimentação da estrada vai ser “até ao limite da freguesia”, enquanto “os passeios vão ser até às últimas casas”. P.P.

Dia 12 18.30 horas: Braga B-Trofense 21.30 horas: Atuação do Conjunto Típico do Val, no Arraial da Louseira, na Abelheira 22 horas: Smed Fest 2014, no Smed Museu

EN 318 está cortada junto ao cruzamento da Carriça

Buracos abertos no meio das ruas há mais de um ano Falta de segurança nas ruas dos Restauradores e Agra da Cana preocupa moradores e automobilistas. As ruas dos Restauradores e Agra da Cana têm há vários meses buracos no meio da rua, alguns sinalizados, outros não.

Agenda

“Há mais de um ano que os moradores assistem a este cenário que pioria sempre que chove. Na rua dos Restauradores os moradores garantem ter lá visto “por diversas vezes funcionários da Câmara da Trofa”. Durante a noite “foram já várias as viaturas que bateram nos PMB” em plástico

Dia 13 9.30-12.30 horas: Ação de limpeza e manutenção da Poça Velha, em S. Mamede do Coronado 20 horas: Desfolhada à moda antiga, no Largo da Serra, no Muro 21.30 horas: Festival de Folclore Concelhio, no Souto de Bairros - Atuação de Pedro Sousa e suas bailarinas, no Arraial da Louseira, S. Martinho de Bougado 22 horas: Smed Fest 2014, no Smed Museu Dia 14 15 horas: Festival de Folclore Concelhio, no Souto de Bairros Dia 17 16 horas: Trofense-Marítimo B

Presidente da Junta já pediu apoio à autarquia

Rua dos Restauradores tem buracos há vários meses

que lá foram colocados para sinalizar um dos buracos na Rua dos Restauradores mas o outro mantém-se sem sinalização. Já na Rua Agra da Cana a situação repete-se. Moradores e utilizadores daquela via estão descontentes com a situação. Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro adi-

anta que estas duas situações têm a ver com um “problema muito antigo relacionado com águas pluviais”. O autarca referiu ainda que a Junta “não tem capacidade nem técnica nem financeira para resolver a situação”, pelo que “solicitou apoio à Câmara Municipal, que prometeu resolver o problema, brevemente”.

AMAVE contra venda da Empresa Geral do Fomento Caso a privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF) se concretize, a AMAVE - Associação de Municípios do Vale do Ave - está a preparar uma ação judicial para que “seja reconhecido o direito de os municípios utilizadores da Resinorte de revogarem o contrato com esta empresa”. A Resinorte é uma das 11 concessionárias do grupo EGF, constituídas em parceria com os municípios, e serve aproximadamente um milhão de habitantes de 35

autarquias, entre os quais Trofa, Vila Nova de Famalicão, Amarante, Guimarães, Lamego, Vila Real e Vizela. Domingos Bragança, presidente da Câmara de Guimarães, foi quem adiantou a informação ao Dinheiro Vinho, assumindo-se formalmente contra a privatização da empresa de lixos, ao mesmo tempo que exige do Governo uma negociação com os concorrentes interessados na compra da EGF, de modo a obter maior encaixe,

do qual as próprias autarquias seriam beneficiárias. O autarca assegura que Guimarães só venderá as ações que detém na EGF se o preço agradar e lamenta que o Estado possa considerar fazer a escolha do vencedor sem puxar mais pelos concorrentes. Segundo o relatório preliminar da Parpública e Águas de Portugal sobre a privatização da EGF, “escolha imediata” do agrupamento SUMA (da Mota-Engil) como vencedor do concurso “preocu-

pou” os autarcas, uma vez que é o concorrente classificado em segundo lugar, a espanhola FCC, que melhor preço se propõe pagar pelas ações da EGF detidas pelas câmaras. Embora a oferta da SUMA seja superior à da FCC (349,9 milhões de euros versus 345 milhões), a verdade é que o agrupamento da Mota-Engil propõe-se pagar às câmaras apenas 4,605 milhões de euros, contra os 8,765 milhões oferecidos pela FCC. P.P.

Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros Email: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:

252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a

opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa

Dia 19 15-19.30 horas: Colheita de sangue, no salão polivalente dos Bombeiros da Trofa 20 horas: Jantar de António Costa com militantes e simpatizantes do PS, no Restaurante Braguinhas

Farmácias de Serviço Dia 12 Farmácia Barreto Dia 13 Farmácia Nova Dia 14 Farmácia Moreira Padrão Dia 15 Farmácia de Ribeirão Dia 16 Farmácia Trofense Dia 17 Farmácia Barreto Dia 18 Farmácia Nova Dia 19 Farmácia Moreira Padrão

Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


Sinistralidade 3

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12 de setembro de 2014

Cátia Veloso

Maria Cândida Fernandes e o filho Adriano Maia, de Cedões, Santiago de Bougado, foram duas das oito pessoas colhidas por um carro que terminava a prova no Rally Sprint de Guimarães, no domingo. Cinco dias depois, ainda se tenta encontrar explicações para o desfecho trágico do Rally Sprint de Guimarães, na rampa da Penha. Já depois da meta, o quarto carro a participar na prova, conduzido por Hélder Macedo, entrou em despiste e colheu oito pessoas. Duas delas, residentes em Cedões, Santiago de Bougado. Maria Cândida Fernandes, de 48 anos, e Adriano Maia, de oito, esposa e filho do piloto Joaquim Maia, acompanhavam-no para assistir à prova, quando o pior aconteceu. O Renault Clio desgovernado passou a centímetros de Joaquim, mas Maria Cândida e o pequeno Adriano, aficionado pelo

automobilismo, não tiveram a mesma sorte e acabaram traídos pelo destino, junto ao santuário da Lapinha. Tudo aconteceu quando a família se dirigia para uma zona do percurso para assistir à prova, depois dos pedidos insistentes de Adriano, uma vez que Joaquim Maia desistiu de participar por não ter o carro em condições para competir. O funeral realizou-se na terça-feira e juntou várias centenas de pessoas, na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado. As missas de sétimo dia decorrem pelas 19 horas de sábado em S. Martinho, outra realiza-se pelas 12 horas de domingo, em Santiago de Bougado e uma outra na igreja do Muro na terça-feira, às 19 horas. Das oito pessoas atingidas, resultou mais uma vítima mortal, Bruno Lopes, de 13 anos, residente em Abação, Guimarães. Foram ainda socorridos dois feridos graves, uma mulher de 19 anos e um homem de 40, e outros dois feridos ligeiros. Hélder

foto: GuimarãesDigital

Acidente em rally vitima mulher e filho de piloto da Trofa

Acidente juntou vários curiosos no local

Macedo, de 32 anos, e o navegador Marco Mota, de 21 anos, ficaram em estado de choque e foram, igualmente, transportados para o hospital. A violência do embate e os

DR Carro de Hélder Macedo ficou destruído

gritos de pânico impressionaram o público no local e a intervenção imediata de uma enfermeira que assistia ao Rally terá sido muito importante para manter a calma entre a assistência. Houve elementos do público que lamentaram a demora dos meios de socorro, no entanto, Joaquim Oliveira, segundo-comandante dos Bombeiros de Guimarães, assegurou que a assistência foi rápida e que “para quem espera, parece sempre muito tempo”. O rali, que estava a começar, foi, de imediato, suspenso. O Governo e a Câmara Municipal de Guimarães enviaram as condolências às famílias, o Ministério Público abriu um inquérito para apurar as causas do acidente e a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting criou uma comissão de inquérito para “apurar responsabilidades”. Já o diretor do Rally assegu-

rou à comunicação social que na zona do acidente “estava tudo bem sinalizado e a segurança assegurada”. A Guarda Nacional Republicana tomou conta da ocorrência e esteve no local a recolher vestígios do acidente. Depois do sinistro foram mobilizadas oito ambulâncias - cinco dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, duas dos Bombeiros de Vizela, uma dos Bombeiros de Fafe -, três Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação e um Helicóptero do INEM, que também enviou uma equipa de apoio psicológico. O Rally Sprint de Guimarães, clube inscrito na Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, é a sexta e última prova do Troféu Inter-Municípios do Norte e a quarta organizada pelo Motor Clube de Guimarães (MCG).


4 Sinistralidade

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Acidente nas curvas em Guidões Um acidente, que causou três feridos, ocorreu na manhã de sábado, 6 de setembro, na nacional 104, nas “curvas do Bicho” em Guidões. Uma viatura que circulava no sentido Vila do Conde-Trofa entrou em despiste e colidiu contra outra que circulava em sentido contrário. Um dos três feridos, a condu-

tora que alegadamente entrou em despiste, foi transportada com ferimentos ligeiros para Centro Hospitalar do Médio Ave, unidade de Vila Nova de Famalicão, já o condutor e a passageira da outra viatura, por serem moradores de Vila do Conde, foram transportados para o Hospital da Póvoa de Varzim, também com

ferimentos ligeiros. A estrada esteve cortada cerca de uma hora. No local estiveram os Bombeiros Voluntários da Trofa com 11 elementos e 4 viaturas, a Viatura Médica do INEM e a GNR da Trofa. O piso escorregadio terá estado na origem do despiste.

Condutor atropela mulher de bicicleta e põe-se em fuga

12 de setembro de 2014

Mulher atropelada na passadeira “Esta passadeira não devia de estar aqui”. Este era o comentário partilhado pelas várias pessoas que se juntaram perto da passadeira junto à rotunda do Catulo, em frente ao Banco MillenniumBCP, para assistir ao socorro de uma mulher, com 82 anos. A idosa foi colhida por um camião, que circulava no sentido Trofa-Famalicão, quando estava a atravessar a passadeira, por volta das 9.20 horas de segunda-feira, 8 de setembro. A vítima sofreu ferimentos na cabeça e nos membros superiores. A mulher foi assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa e pela equipa do INEM, que se deslocou para o local com uma ambulância de Suporte Imediato de Vida. Foi transportada para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. O trânsito esteve congestionado e foi orientado pela Polícia Municipal. No local, esteve ainda a Guarda Nacional Republicana a tomar conta da ocorrência. P.P.

Colisãoentre dois ligeiros Dois veículos ligeiros colidiram, na Rua do Horizonte, em S. Romão do Coronado, pelas 14.10 horas, de 11 de setembro. Do acidente resultaram dois feridos que foram assistidos no local. Um deles foi transferido para a Unidade Hospitalar de Famalicão com ferimentos ligeiros. No local estiveram os Bombeiros Voluntários da Trofa.

TrofaTv Condutor fugiu sem prestar auxílio à vítima

Uma mulher que circulava numa bicicleta na Rua 16 de Maio, no sentido Trofa-Vila do Conde, foi atropelada por uma viatura que se pôs em fuga sem prestar apoio à vitima.

A mulher, com mais de 65 anos de idade, terá sofrido um toque na bicicleta, acabando por cair. Segundo testemunhas, o condutor saiu da viatura, discu-

tiu com a vítima, que desmaiou, e colocou-se em fuga. A mulher foi transportada para unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave.

As notícias da Trofa na televisão

www.trofa.tv


Polícia 5

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Tentativa de furto à Escola de Feira Nova Movimentações “estranhas” fizeram os moradores da zona envolvente à Escola de Feira Nova, em S.Mamede do Coronado, alertar a Guarda Nacional Republicana (GNR) à 1.50 horas de 10 de setembro. A patrulha, chegando ao local, deparou-se com a fechadura do portão rebentada e um vidro da porta partido. Feita uma busca dentro do estabelecimento, os militares da GNR encontraram dois homens, de 58 e 45 anos, moradores nas imediações da escola, escondidos na casa de banho. Um dos indivíduos estaria embriagado afirmando sentir-se mal, tendo sido assistido no local pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, e transportado para o Centro Hospitalar do Médio Ave, Unidade de Santo Tirso. O outro, também alegou indisposição e foi transportado para a mesma unidade hospitalar. Em S. Mamede, os sujeitos são conhecidos por “alegada ingestão compulsiva de álcool”. Os indivíduos afirmaram estar no interior do edifício em busca de alimentos. Aparentemente, nada foi furtado do interior da escola, tendo

sido registados danos no portão, na porta de alumínio e na porta da casa de banho. Furtaram esquentador Na mesma data, mas em S. Martinho do Bougado, foi furtado um esquentador no valor de 300 euros, entre as 22 horas do dia 9 e as 8.30 horas do dia 10 de setembro. Furto de veículo Dois indivíduos que circulavam numa viatura ligeira na Rua Avelino Padrão, em Santiago do Bougado, foram vistos por populares, por volta das 19.30 horas, do dia 4 de setembro, a furtar uma viatura. Os populares viram um dos homens sair do veículo em que circulava e entrou numa Toyota Hailux, colocando-se em fuga. Bicicletas alvo dos amigos do alheio No dia 5 de setembro, foram furtadas duas bicicletas de uma habitação, no valor de 375 euros, na Rua Júlio Brandão, em S. Martinho do Bougado. Vítima de roubo por esticão Uma idosa de 75 anos, que circulava a pé pela Rua António

Cão abatido a tiro O proprietário de uns pavilhões em obras, na Travessa da Liberdade, em Covelas, ter-se-á dirigido ao local onde tinha dois cães, no dia 4 de setembro, pelas 23 horas. Ao chegar aos pavilhões não encontrou um dos cães e foi procurá-lo, quando um casal o informou que um homem teria abatido um cão, a tiro, colocando-o num saco e levando-o no carro para parte incerta.

Detidaporcondução sem habilitação legal Uma cidadã brasileira, de 32 anos, residente no Porto, foi apanhada a conduzir sem carta um veículo ligeiro de passageiros, na Rua das Indústrias, no dia 6 de setembro às 2 horas. A mulher foi notificada para comparecer no tribunal no dia 8 de setembro, às 10 horas e no dia 18 no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no Porto. No mesmo dia, às 4 da madrugada, foi detido um homem de 44 anos, morador em Ribeirão, por conduzir um ligeiro de passageiros com 2,07 de álcool no sangue. O indivíduo foi notificado para se apresentar em tribunal no dia 8 de setembro, às 10 horas.

Feliciano Castilho (S. Martinho do Bougado), no dia 5 de setembro, foi assaltada por um indivíduo encapuzado que circulava no interior de uma viatura de cor branca, no lugar do pendura. O sujeito saiu da viatura e, aproximando-se, da vítima roubou-lhe o fio de ouro que trazia ao pescoço e empurrou-a, fazendo-a cair, pondo-se em fuga na direção da EN 104. O valor do furto não é conhecido. Furto em estabelecimento comercial Quatro mulheres saíram no dia 6 de setembro, pelas 18.20 horas, com produtos do supermercado Pingo Doce, em S. Martinho de Bougado, sem pagar, em direção ao estacionamento até onde foram seguidas por um dos funcionários da superfície comercial. As suspeitas colocaram-se em fuga, deixando para trás os sacos e uma carteira com os documentos de identificação de uma delas. O produto do furto, no valor de 164 euros, era essencialmente géneros alimentares e produtos de higiene. No mesmo dia, a mulher que tinha deixado ficar a carteira jun-

Homens destruíram porta de acesso ao interior do edifício

to com os produtos furtados no supermercado, apresentou-se no local para tentar reaver a documentação. A senhora, de 42 anos, residente no Porto, foi identificada pela patrulha da

GNR, chamada ao supermercado, e constituída arguida, sendo notificada para comparecer em tribunal no dia 8 de setembro, pelas 10 horas.

Ação de patrulhamento em S. Romão do Coronado Uma viatura Opel Corsa inverteu a marcha, entrando numa rua de sentido proibido quando se cruzou com a GNR, no dia 9 de setembro, à 1.30 horas, na Rua do Horizonte, em S. Romão do Coronado. A GNR foi em perseguição do carro que seguiu pela Nacional 318 até Água Longa, Santo Tirso. Durante a perseguição a equipa de patrulha pediu apoio ao destacamento da GNR e foram enviados reforços. A GNR conseguiu apurar que viatura tinha sido furtada na zona de Rio Tinto, Gondomar. Chegando ao cruzamento que liga a EN318 com a EN105, a viatura, em fuga, não respeitou o sinal vermelho do semáforo continuando a fuga pela EN 105, entrando no acesso à A41. Ao aperceberem-se da GNR na A41, inverteram a marcha.

A perseguição continuou por diversas ruas na zona de Agrela, Água Longa (Santo Tirso) e Alfena (Valongo) até que, ao entrarem numa rua sem saída, os fugitivos colocaram-se em fuga, a pé. Os indivíduos foram detidos pelos militares, mostrando resistência à detenção. O terceiro indivíduo que seguia no banco traseiro ficou no interior da viatura e foi detido. Os sujeitos foram levados para o posto da GNR, em Alfena, para identificação. O condutor, de 28 anos, morador em Campanhã, Porto, tinha antecedentes criminais e estava em liberdade condicional, tendo ficado detido no posto da GNR da Trofa e foi a tribunal no dia 9 de setembro, às 10 horas, ficando indiciado por condução perigosa, resistência às autoridades, furto de veículo e condução

sem habilitação legal. Os outros dois indivíduos, um com 31 anos, morador em Gondomar, e o outro com 26, morador no Porto, foram notificados para comparecer em tribunal à mesma hora do dia 9 de setembro. As medidas de coação aplicadas são desconhecidas.


6 Atualidade

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Teresa Fernandes reeleita no Departamento das Mulheres Socialistas do Porto

12 de setembro de 2014

Socialistas acusam executivo da Trofa de desinvestir na educação O PS/Trofa acusou o executivo PSD/CDS na câmara municipal de estar a fazer um “verdadeiro desinvestimento” no sistema educativo nomeadamente pelo facto de o executivo não oferecer os manuais escolares a todas as crianças do primeiro ciclo que frequentam as escolas do concelho.

Eleições decorreram sem incidentes na secção da Trofa Cátia Veloso

Teresa Fernandes foi reeleita presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Porto, nas eleições que decorreram no sábado. Com a moção “Novos Desafios”, a trofense conseguiu recolher 69 por cento dos votos no distrito, um resultado que considera “expressivo, apesar de não ter havido grande mobilização”. “Demonstra bem que as mulheres socialistas do distrito do Porto confiaram nesta candidatura”, afirmou, em declarações ao NT. Teresa Fernandes recolheu um total de 990 votos, contra 325

da concorrente Maria Amélia Martins, num total de 1427 votantes. A abstenção foi de 51 por cento. A socialista assegurou que, “todas as socialistas, independentemente de ter votado na lista A ou B, serão englobadas neste espírito de desenvolver o DFMS e torná-lo mais ativo e útil para as mulheres do distrito”. O primeiro “grande desafio” do Departamento será, segundo Teresa Fernandes, após as eleições primárias de 28 de setembro, “unir o partido e vencer as eleições legislativas em 2015”. Segue-se a “promoção de um conjunto de atividades” para envolver “a sociedade civil” e, com isso, “credibilizar a classe políti-

ca”. Teresa Fernandes propõe-se, ainda, a “aproximar as mulheres da política”. “Rever os dados, de modo a ser possível chegarmos a elas, através do email e da página do Facebook, para divulgar iniciativas do departamento, mas também as posições e orientações do Partido Socialista”, atestou. Na Trofa, Teresa Fernandes recolheu 120 votos, contra cinco da concorrente Maria Amélia Martins. Este é o segundo mandato consecutivo da socialista trofense. Noutro plano, José Luís Carneiro foi reeleito presidente da Federação Distrital do PS Porto.

António Costa janta na Trofa e Seguro em Santo Tirso António Costa vai jantar com apoiantes e simpatizantes, na sexta-feira, dia 19 de setembro, às 20 horas no res-

taurante Braguinhas, na Trofa. Já António José Seguro, que esteve no concelho trofense, janta este sábado, às 20

horas, na Fábrica em Santo Thyrso com militantes e simpatizantes.

A concelhia do PS da Trofa está contra a decisão do executivo liderado por Sérgio Humberto - que sucedeu à socialista Joana Lima nas autárquicas de setembro de 2013 - de não distribuir manuais escolares de forma gratuita a todos os alunos do 1.º ciclo do concelho como acontecia no executivo anterior. “É um verdadeiro desinvestimento nas nossas crianças, nas nossas escolas e no sistema educativo (...). Esta decisão representa também uma quebra na relação de confiança com os pais e com as famílias dos alunos do 1.º ciclo que, num momento de tantas dificuldades, tinham a legítima expectativa de poder contar com a atribuição dos manuais escolares”, lê-se num comunicado enviado aos órgãos de comunicação. Para os socialistas, a atribuição dos manuais escolares a todas as crianças do 1.º ciclo “significa um pequeno investimento para a câmara, mas uma grande marca para o futuro do concelho, onde a educação deixou de ser uma prioridade e a estratégia para o futuro foi hipotecada em detrimento de episódios de propaganda pessoal”. Em resposta, o vice-presidente da câmara e detentor do pelouro da Educação, António Azevedo, disse à Lusa que a autarquia está “a cumprir um plano de ajustamento financeiro que é motivado por dívidas do passado”, pelo que decidiu gerir esta matéria com base em critérios de “justiça social”. “Vamos entregar livros a todos os alunos carenciados e, pela primeira vez, vamos entregar um ‘kit’ com material de desgaste como cadernos e lápis, entre outros materiais. Damos a quem precisa, a todos os alunos que apresentem dificuldades. Por isso é que decidimos agregar as divisões da Ação Social e da Educação”, disse António Azevedo. O autarca garante que este executivo PSD/CDS “não desinvestiu na educação” pois, argumentou António Azevedo, “foram feitas obras de melhoria nas escolas que precisavam de arranjos durante as férias escolares”, entre outros projetos e melhorias que enumerou em relação ao arranque do ano letivo 2013/14. Questionado sobre a quanto corresponde a população carenciada do 1.º ciclo do concelho, ou seja quantos alunos receberão apoio em material dado pela autarquia, o vice-presidente apontou para 60%, “cerca de 700 alunos”, mas avançou que os números ainda estão a ser “ultimados” pois “até ao final do mês os agrupamentos e associações de pais podem identificar mais crianças com dificuldade”. O argumento sobre “justiça social” não convence, porém, o PS/Trofa que, no seu comunicado, diz defender “que a posição mais justa e adequada às necessidades das famílias trofenses é manter a política (...) de atribuir manuais escolares a todos os alunos” do primeiro ciclo, acrescentando que “dar a uns e não dar a outros é profundamente injusto e fomenta a discriminação dentro das escolas”. De realçar que o ajustamento financeiro começou a ser implementado pelo executivo de Joana Lima quando decidiu recorrer ao PAEL – Plano de Apoio à Economia Local para fazer face à divida e compromissos de “68 milhões de euros” deixados pelo executivo do social democrata Bernardino Vasconcelos.


Atualidade 7

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12 de setembro de 2014

Concelhos vizinhos foram nomeados para promover iniciativa

Banho público comunitário junta 700 pessoas Cátia Veloso

O arco-íris que se formou com o banho público comunitário embelezou a iniciativa solidária, que juntou 700 pessoas no Estádio do Trofense, em prol da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica. Concelhos vizinhos foram desafiados a fazer o mesmo. Tomás Oliveira não quis estar de fora da iniciativa solidária, que juntou cerca de 700 pessoas no Estádio do Trofense, para ajudar doentes como a mãe, Ana Célia Silva, que sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O menino, que protagonizou um dos momentos mais emocionantes da tarde quando, com o pai, foi entregar um ramo de flores a Ana Célia, mostrouse “feliz” por ver a participação dos trofenses e divertiu-se quando se abriram as mangueiras do veículo dos Bombeiros Voluntários da Trofa. Os banhos públicos que ganharam fama nas redes sociais visam retratar o sentimento de doentes e familiares quando recebem o diagnóstico. “Sentimos que a vida deu uma volta completa e que todos os projetos terminam naquele momento. É mais do que se levássemos com um balde de gelo pela cabeça”, descreveu Teresa Moreira, voluntária da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA) e esposa de um doente. O movimento associativo do concelho uniu-se para ajudar a APELA. A doença também afeta famílias trofenses, como é o caso da de Ana Célia Silva, diagnosticada com ELA em 2012. O marido José Carlos Oliveira sentiu

Trofenses solidarizaram-se com a causa da APELA

uma “comoção enorme” com a iniciativa, por “sentir o ato de generosidade das pessoas” e “por darem atenção à ELA” e “auxiliarem a associação”. Maria José Ribeiro, filha de uma doente com ELA, manifestou “uma alegria imensa”. “Não tenho dúvidas que os trofenses são humanos e quando há iniciativas destas, aparecem e querem participar”, acrescentou. O ato solidário foi carregado de boa disposição. Houve quem providenciasse uma preparação antes do banho, ao atirar balões de água, e quem se preparasse a rigor, com toucas e óculos utilizados nos desportos aquáticos. Os membros da organização estavam “felizes” por terem cumprido o objetivo de ajudar a APELA. Segundo Pedro Carvalho, um dos promotores, o número de participantes foi “satisfatório”. Cada trofense no estádio representava um doente com ELA.

Teresa Moreira, da APELA, afirmou que se estima que existam “cerca de 700 doentes com ELA”, em Portugal. Desde que começaram os banhos públicos gelados, a associação já recebeu “cerca de 100 mil euros” em donativos, que servirão para “apoiar os doentes”. “Há muitas leis que os doentes desconhecem e que, por vezes, são extremamente importantes a nível de reformas e juntas médicas. Além disso, damos apoio nas cadeiras de rodas, camas articuladas e cadeiras de banho, providenciamos sessões de fisioterapia aos doentes e apoio psicológico”, explicou. Para que a onda de solidariedade continue, os concelhos de Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Maia e Vila do Conde foram nomeados para fazerem uma iniciativa do género. Associada a esta iniciativa esteve uma recolha de alimen-

Conforme explica a APELA, no sítio da internet ww.apela.pt, “a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica degenerativa, progressiva e rara, sendo a forma mais frequente de Doença do Neurónio Motor (DNM)”. ”Os neurónios motores (cabos elétricos) que conduzem a informação do cérebro aos músculos do nosso corpo, passando pela medula espinhal, morrem precocemente. Como resultado, esses músculos, que são os que nos fazem mexer (músculos estriados esqueléticos), ficam mais fracos”, descreve a associação. Manifesta-se, frequentemente, nos músculos dos braços ou pernas, mas também há sinto-

mas no pescoço ou dorso. Pode ainda existir dificuldade de articular palavras, mastigar e engolir ou respirar. A ELA pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, apesar de a idade média para o surgimento da doença seja de cerca de 60 anos. A medicina ainda não conseguiu avanços significativos no tratamento desta patologia, pelo que não há evidências do que podem ser as causas para o aparecimento da ELA. Em cerca de cinco a dez por cento dos casos a doença é hereditária, por mutações em genes. A evolução da doença difere de pessoa para pessoa e se há casos em que doentes sobrevivem dez a 15 anos, há outros que vivem cinco ou até menos anos. A principal causa de morte com ELA é a insuficiência respiratória, devido à fraqueza muscular progressiva dos músculos.

é a “promoção da saúde e prevenção de doenças”, incentivando à prática de desporto para viver saudável, uma vez que a atividade física não faz só bem ao corpo, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, hiperten-

são e risco de enfarte, colesterol elevado, diabetes, cancro e obesidade, mas também à saúde mental, aumentando a boa disposição e o bom humor e diminuindo o stress e o risco de ansiedade e depressão. P.P.

tos que reverteu para os vicentinos da Trofa. O que é a ELA?

Caminhar pelo Coração Cerca de seis quilómetros de caminhada é o desafio que a Farmácia Moreira Padrão fez à comunidade, estando já inscritas 500 pessoas. Denominada “Caminhada pelo Coração”, a atividade decorre no dia 21 de setembro.

A partir das 15 horas, os participantes devem levantar o seu kit, junto à Farmácia Moreira Padrão, na Rua D. Pedro V, em S. Martinho, apresentando a sua senha. Uma hora depois, será dado o tiro de partida até ao Souto

de Bairros, passando pela Estrada Nacional 14, Rua Aldeias de Cima, Souto de Lagoa e Rua Dr. Avelino Moreira Padrão. A organização promete muitas surpresas. O objetivo desta Caminhada


8 Atualidade

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12 de setembro de 2014

Abriu a Universidade Sénior do Coronado Uma visita ao Comando Territorial da GNR no Porto, na manhã de 10 de setembro, marcou a abertura da Universidade Sénior no Coronado. O início das aulas está marcado para segunda-feira, 15 de setembro. “Nem eu próprio sei, mas sei que é uma grande oportunidade, porque desde sempre gostei do ensino e estive ligado aos Jovens Unidos de S. Mamede do Coronado, que fundei há 20 anos”. Morador em S. Mamede, José Ramos, mais conhecido por Guilherme Ramos, decidiu inscreverse na Universidade Sénior, especialmente na disciplina de Introdução à Informática, por considerar ser “importante” para a sua atividade e “missão nesta vida”, tendo esta sido “uma grande oportunidade” que lhe surgiu. Também moradora em S. Mamede, Maria de Lurdes dos Santos, contou que “não queria muito” fazer parte da Universidade sénior por considerar ser “uma

Universidade Sénior arrancou no Coronado

pessoa de muita idade”, mas como gosta do “convívio e de passear” decidiu experimentar. Já Elsa da Mouta, de S. Romão, inscreveu-se por causa de Introdução à Informática e de Hidroginástica, por ser “as duas aulas que mais a entusiasmam”, além do “convívio”. O início de aulas da Universidade Sénior do Coronado é já pelas 9 horas de segunda-feira, com

Inglês 1. Da lista das disciplinas fazem ainda parte Cultura Geral, Introdução às Artes, Introdução à Informática, Expressão Dramática/Teatro, História, Saúde e Bem-Estar e Hidroginástica. As aulas decorrem no polo de S. Mamede da Junta de Freguesia, sendo que a Hidroginástica será no Aquaplace, no âmbito de um protocolo estabelecido.

O presidente da Junta do Coronado, José Ferreira, afirmou que “as inscrições estão sempre abertas” e têm “uma mensalidade de 25 euros, para fazer face às despesas existentes, sobretudo com os materiais que se gastam”. “Há disciplinas que obrigam que tenhamos um investimento em material, sobretudo na disciplina Informática e de traba-

lhos materiais, bem como algumas saídas e visitas de estudo. As pessoas pagam aquela mensalidade e têm acesso a uma série de disciplinas e de materiais sem terem de pagar mais por isso, porque se calhar acabaria por ficar mais caro e dispendioso”, explicou. José Ferreira contou que a Universidade Sénior surgiu de “uma necessidade e uma procura” que existe e se “sentia diariamente na freguesia”, cabendo à Junta a criação de “iniciativas que proporcionem, sobretudo a este público sénior, alguma ocupação dos seus tempos livres, em que se sintam úteis, que aprendam e que também ensinem e transmitem os seus conhecimentos”. “Penso que vai ser um projeto com sucesso e para continuar. Estou convencido, pelos contactos e pelo interesse demonstrado por parte das pessoas, que teremos um projeto para durar e para crescer na freguesia do Coronado”, concluiu. P.P.

Universidade Sénior do Rotary reabre em outubro Estão abertas as inscrições para a Universidade Sénior do Rotary Clube da Trofa. Do dia 15 a 30 de setembro poderá fazer a sua inscrição na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, das 15 às 17 horas. O início das aulas decorre a 1 de outubro.

Lions retoma colheitas de sangue

Escuteiros de S. Martinho na Peregrinação Anual da FNA “Cerca de 300 pessoas” dos núcleos de S. Martinho de Bougado, Alfena, Burgães, Ermesinde, Grijó, Oliveira do Douro, Rebordões, Santo Adrião de Vizela e Santo Izidoro de Romariz participaram, no dia 7 de setembro, na Peregrinação Anual da Fraternidade Nuno Alvares (FNA), da Região do Porto, que este ano teve como destino o Santuário de Fátima. Segundo o Coordenador Re-

gional, André Maciel, foi “uma Jornada de Fé, de Oração, de Sacrifício, com que a Região do Porto reinicia mais um ano Escutista depois do período de férias que mais ou menos todos viveram”. A FNA participou na Procissão, “devidamente integrados nas tarefas do Santuário, coordenados pelos seus responsáveis na distribuição da Sagrada Comunhão e na Assistência a Emergências,

tendo os restantes elementos ficado agrupados assistindo às Cerimónias em local previamente estabelecido”. Depois das Cerimónias no Santuário, os vários grupos juntaram-se no almoço de confraternização e convívio. André Maciel contou que no regresso a casa, os presentes “manifestaram a sua satisfação pelo enriquecimento espiritual, conseguido nesta Peregrinação”. P.P.

“Vai haver alterações nos calendários das colheitas, pois o Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) já não tem brigadas disponíveis aos sábados”. A presidente do Lions Clube da Trofa, Fernanda Costa, adiantou que vai existir uma alteração com as colheitas de sangue, dado que o Hospital de S. João, do Porto, terminou “em finais de julho” com a parceria que tinha com a instituição, depois de desde o “início de maio ter começado a cancelar as brigadas móveis”. Segundo Fernanda Costa, o argumento dado pelo Hospital para o fim desta parceria foi de que tem “recebido dádivas de sangue de forma sustentada, que são suficientes para as suas necessidades, acabando assim com as brigadas móveis”. “O Lions da Trofa respeita e aceita esta situação, no entanto realiza esta atividade das colheitas de sangue há muitos anos e pensa que deve continuar, considerando que só o ser humano pode dar sangue. Assim contactamos o Instituto Português do Sangue e da Transplantação, onde fomos acolhidos de ‘braços abertos’, e incrementamos a parceria com este Instituto”, contou. O facto de o IPST “não” ter “brigadas disponíveis aos sábados deixou o Lions com “alguma preocupação”, mas como o Lions tem “a capacidade de ver as coisas pelo lado positivo” acredita que os dadores “se adaptarão a esta circunstância”. A primeira colheita será no dia 19 de setembro, entre as 15 e as 19.30 horas, no salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa. “Esperamos que os dadores compreendam esta situação, tendo em conta que o Lions da Trofa fez tudo para colmatar este desequilíbrio. Agradecemos ao IPST a forma pronta como acolheu esta parceria”, concluiu. P.P.


Entrevista 9

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12 de setembro de 2014

“Temos a certeza que eliminaremos a principal fonte de odores” Em entrevista ao NT, o presidente da Savinor, João Pedro Azevedo, falou sobre a empreitada para resolver a questão dos odores, através da eliminação das lagoas. O Notícias da Trofa (NT): A Savinor é apenas uma das unidades industriais do Grupo Soja Portugal. Faça-nos uma pequena caraterização das atividades empresariais a que se dedica o grupo e enquadrar a aquisição e tipologia dessa unidade industrial? João Pedro Azevedo (JPA): A Soja de Portugal é um grupo económico que desenvolve negócios na área agro-industrial, privilegiando áreas de negócio geradoras de sinergias que sejam fonte de vantagem competitiva. Hoje em dia o grupo tem cinco áreas de negócio com forte presença na indústria. Temos as rações para avicultura e pecuária, que é negócio com maior antiguidade dentro do grupo. Estamos presentes nos alimentos compostos para aquacultura, sobretudo nas espécies como o robalo, dourada, salmão, truta, esturjão, camarão e pregado. Na área de alimentação animal estamos também no pet food ou seja, na produção de alimentos completos secos para cães e gatos. Depois temos a área de alimentação humana, onde predomina a produção, abate e distribuição de carne de aves, sobretudo de frango e peru. E por último temos o negócio do tratamento e valorização de subprodutos de origem animal, tanto de carne como de pescado. Para lhe dar alguns números, a área de alimentação animal representa um volume anual de vendas de cerca de 95 milhões de euros, a carne de aves anda nos 70 milhões de euros e o tratamento e valorização de subprodutos uns 10 milhões de euros. O mercado internacional tem sido o grande motor de crescimento nos últimos anos. Na área de rações para pescado o mercado externo representa cerca de 85% das nossas vendas e na valorização de subprodutos as exportações caminham para 50% da nossa actividade, quando há 3 anos atrás eram absolutamente residuais. No pet food, construímos uma nova fábrica que arrancou em novembro do ano passado e cujo objetivo é servir o mercado externo, sobretudo Espanha. A aquisição da Savinor no final de 2006 foi um passo natural na nossa estratégia. Permitiu-

nos consolidar a nossa posição no mercado de carne de aves, comprando o único matadouro de aves a norte do rio douro, e uma marca fortissimamente implantada no retalho tradicional na zona noroeste de Portugal, sobretudo no canal de talhos e restaurantes. Por outro lado permitiu-nos entrar no negócio de tratamento de subprodutos, o que para nós cumpriu um duplo objectivo. Por um lado, por via da nossa presença no mercado de carne de aves, em que abatemos cerca de 23 milhões de frangos e 520.000 perus anualmente, temos uma significativa produção de subprodutos que precisam de ser tratados e valorizados. Por outro lado, através das nossas unidades de negócio de alimentação animal, sobretudo nas áreas de pet food e fish feed, somos grandes consumidores de produtos e matérias-primas que resultam dessa valorização, como é o caso das gorduras e farinhas animais, farinhas de peixe e óleos de peixe. Fechamos completamente o ciclo, apropriamo-nos do valor criado nas várias fases do processo e garantimos uma rastreabilidade total, o que no mercado da alimentação é fundamental. NT: A Savinor quantos funcionários tem à data desta entrevista? JPA: Na Trofa temos colaboradores de pelo menos 4 empresas do grupo, da Savinor, Avicasal, SPA e da própria Soja de Portugal. Na Trofa, temos hoje mais de 230 colaboradores. No grupo, somos mais de 665. NT: Muita tinta correu sobre a empresa e nem sempre por bons motivos. Neste momento e com a assinatura do protocolo, quais as mais-valias existentes? JPA: É verdade, mas desde que assumimos a gestão da Savinor foram feitos fortíssimos investimentos a todos os níveis, sobretudo nas matérias que assumiam um impacto mais negativo em termos de visibilidade pública. Em boa-fé e assumindo como pressuposto que a memória não se desvaneceu, é impossível não reconhecer uma fortíssima melhoria. Quanto ao protocolo, é mais um passo importantíssimo para a Savinor nesse caminho. Com a assinatura do protocolo poderemos eliminar as lagoas da ETAR, que estão identificadas por todas as entidades públicas competentes na matéria,

ARH, CCDRN, APA e pela própria Câmara Municipal da Trofa, como a principal fonte de odores existente. Essa é uma mais-valia inquestionável. Por outro lado, com a construção de sete quilómetros de intercetor, também iremos permitir o acesso a saneamento básico a determinadas populações que até aos dias de hoje não têm acesso. NT: Qual o prazo de execução da empreitada? Têm certeza de que será suficiente para resolver a questão dos odores a eliminação das lagoas? JPA: Teremos três meses para fazer a imediata ligação ao intercetor, remoção de lamas e aterro das lagoas. Depois, teremos 15 meses para terminar a empreitada. Não é muito tempo dada a complexidade do projeto, mas é perfeitamente exequível. Se temos a certeza que vai resolver o problema dos odores? Temos a certeza absoluta que iremos eliminar a principal fonte de odores, que são as lagoas e que ainda hoje representam uma exposição de 4000 m2 de água proveniente do tratamento dos subprodutos e que está totalmente exposta ao meio ambiente. Com a conclusão do processo a exposição será insignificante, serão umas dezenas de metros quadrados. Depois, todos os nossos sistemas de produção têm captação dos gases, das emissões fixas e difusas, para uma unidade de tratamento de ar, em que através dum sistema caro e complexo fazemos a desodorização dos gases. Temos as melhores tecnologias disponíveis e trabalhamos todos os dias para aplicar as melhores práticas e metodologias de trabalho. E todos na Savinor sabem o enorme grau de exigência que aplicamos no cumprimento. Não cumprir as regras pode implicar um processo disciplinar e eventual despedimento. Agora temos que perceber que a Savinor vai continuar a tratar 4000 ou 4500 toneladas mensais de subprodutos que são gerados por dezenas de indústrias e montante e em que nós não controlamos o estado de degradação em que os subprodutos chegam à Savinor. Tratamos o que nos entregam para tratar, fazemos um trabalho que é reconhecido como serviço público, que todos reconhecem, que é fundamental para a saúde pública e salubridade do ambiente, mas que naturalmente ninguém quer ter à porta de casa. Nestes casos, cumpre-nos minimizar o

impacte. E não temos nenhum sistema tecnologicamente infalível, podem surgir avarias com impacto na eficiência do sistema de lavagem de gases. NT- Quais os motivos pelos quais passaram tantos anos até que fosse possível a assinatura deste contrato? JPA: Era preciso equilibrar diversos interesses, nomeadamente o cumprimento da legislação ambiental atual e futura, a sustentabilidade económica da solução e a responsabilidade social, que neste caso se consubstancia na eliminação das lagoas para eliminar a principal fonte de odores. Naturalmente que as diferentes partes envolvidas no acordo não valorizam estes diferentes aspetos da mesma forma e isso não facilita termos uma visão comum, o que é essencial para chegarmos a uma conclusão, que pode não ser excelente para ninguém, mas que é aceitável para todos. E claro, nem sempre o sentido de urgência esteve presente nem o ritmo de trabalho foi o que devia ter sido. NT: Quando começaram as negociações com a Câmara da Trofa para se resolver o problema? JPA: Assim que assumimos a administração da Savinor fizemos de imediato uma aproximação à Câmara, penso que em final de 2006 ou em 2007. Havia um protocolo de 2005, que no entender da anterior administração da Savinor, desobrigava completamente a empresa de qualquer tipo de investimento na ligação à ETAR de Agra. Havia portanto uma paralisação total do processo e um impasse e nós resolvemos dar um primeiro passo para desbloquear o processo. E fomos na altura bem acolhidos pelo Sr. Eng António Pontes, que deu início ao processo. NT: A Savinor apesar de criticada por alguns, tem desenvolvido um trabalho de grande proximidade quer

com as escolas e associações locais, quer no apoio a causas sociais. Que importância tem este lado da responsabilidade social? JPA: Tem efetivamente muita importância e é algo que fazemos em todas as comunidades escolares próximas das unidades industriais onde desenvolvemos atividade, sobretudo na Trofa, em Ovar e em São Pedro do Sul. Não o fazemos simplesmente por altruísmo. Fazemo-lo porque acreditamos que nenhuma organização consegue sustentadamente desenvolver uma atividade, crescer, continuar a criar valor, sem estar plenamente integrada na comunidade onde está inserida. Para atrair e reter talento, para conquistarmos bons parceiros de negócio, para estabelecermos pontes na rede de inovação, é fundamental tornarmos a nossa organização atrativa. E esse trabalho nas escolas permite-nos não só preenchermos algumas lacunas que o sistema de ensino atual apresenta, mas também darmo-nos a conhecer à sociedade, mostrar a cara e falar com as pessoas, criando uma perceção mais aproximada do que realmente somos. NT: As campanhas de sensibilização ambiental junto da comunidade têm sido desenvolvidas pela Savinor e bem acolhidas nas escolas do Coronado. Acredita que esta vossa atitude esteja a ajudar a formar os cidadãos de amanhã? JPA: Acho que sim. Basta seguir o trabalho fantástico que tem sido feito nas escolas da Trofa, pelos alunos e pelos professores, e atentamente seguido pelos pais, para percebermos que não estamos a dar tiros de pólvora seca. Há entusiasmo nos miúdos e uma sensibilização que é inegável e que me surpreende sempre. E isso dá-nos uma força enorme para continuar e reforçar o nosso programa de educação ambiental.


10 Regresso às aulas

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12 de setembro de 2014

A importância de um centro de estudo Com os pais a trabalhar e os filhos na escola torna-se difícil orientar e acompanhar o nível de estudo e educativo das crianças. A opção de os deixar entregues aos avós ou outros familiares é comum, mas nem sempre é a decisão mais certa. A orientação especializada nas horas vagas, após a escola, tem um papel essencial no desenvolvimento intelectual e social da criança. É nesta sequência que surgem os centros de estudo, cada vez mais regulares no nosso país. A falta de tempo, o stresse diário e os horários incertos levam os pais a colocarem os filhos nestas instituições que os encaminham e ajudam nas difi-

culdades escolares. Estes centros são importantes não só para a aprendizagem mas também para os formar como cidadãos responsáveis e ativos, com métodos disciplinados de estudo e orientação pessoal. As atividades desenvolvidas passam normalmente por um tempo dedicado à matéria escolar e o restante é complementado com atividades mais lúdicas que complementam a escola, como oficinas, leitura, línguas, entre outros. E estas são as principais diferenças de um centro de estudo para um ATL (atividades de tempos livres), orientam, disciplinam, ocupam a criança e, ajudam na realização dos trabalhos de casa.

Como se devem os pais comportar no 1.º dia de aulas dos filhos?

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O cheiro a cadernos novos e livros por estrear, aquele nervoso miudinho e o friozinho na barriga marcam quase sempre o início de mais um ano letivo. É um processo de adaptação ano após ano, mesmo quando já não é novidade para os pais e para os filhos. Os adultos devem manter, mais que tudo, a calma e a tranquilidade para que a criança ou o adolescente se sinta seguro e confiante no seu primeiro dia de aulas. Deve existir da parte dos pais uma atitude positiva face aos novos amigos que os filhos poderão fazer, à matéria que irão aprender, aos professores que irão conhecer. Chegar um pouco mais cedo no primeiro dia de aulas é importante para que haja tempo de convívio à porta da sala entre os alunos novos e até com

o professor, por isso, os pais devem sair de casa com algum tempo. A escola deve ser encarada com naturalidade, nem sempre é fácil mas, transmitir a ideia de que assim como os adultos têm

de trabalhar, os filhos têm que estudar, e essa é a sua função, é necessário. Não adianta haver massacres e pressões, isso só irá resultar em stresse e receio da parte da criança.

O pijama certo Nem todos os pijamas são recomendados para as crianças. A pele das crianças ainda em desenvolvimento requer alguns cuidados que muitas vezes são desconhecidos e nem todos os tecidos se incluem nesse padrão. Os pijamas estampados, principalmente os que têm desenhos plastificados, contêm muitas vezes produtos químicos usados na impressão que podem causar problemas de pele. Se estiver atento às etiquetas, exis-

tem dois símbolos ecológicos que garantem o afastamento de substâncias danosas no vestuário, a etiqueta Öko-Tex ou o Rótulo Ecológico Europeu. No caso do seu filho ter uma pele atópica, deve usar pijamas 100% algodão, a fim de evitar alergias ou outros problemas mais graves. É essencial que a criança tenha um sono confortável e tranquilo para que acorde bem disposta e com vontade de regressar à escola.


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Regresso às aulas 11

Sucesso na escola Setembro marca o regresso às aulas para as crianças e os meses que o seguem são períodos marcantes não só para os filhos, como também para os pais. É importante que os pais tenham uma participação ativa e atenta na vida escolar dos filhos ao longo de todo o ano, para que o ritmo e entusiasmo não sejam perdidos. Esse acompanhamento é indispensável para seguir trabalho desenvolvido por eles no processo de aprendizagem e também na forma como se socializam com os outros. Quando for levar e buscar o seu filho à escola, converse com os colegas, tente conhecê-los e faça-lhes perguntas sobre o dia, convide-os para um lanche ou um passeio, mostrando à criança como naturalmente se socializa e convive com o próximo. Para perceber se o seu filho se está a adaptar bem à escola a melhor maneira é observá-lo. É importante perceber o estado emocional da criança, se se sente triste ou deprimida, se está a aprender de forma eficaz (uma boa relação com o professor é importante), se existem problemas de comportamento na escola, se tem inte-

resse nas aulas e aparenta motivação. Para além do centro de estudos, também em casa é indispensável obedecer a um hábito de estudos. Apesar do tempo apertar, ao fim de semana, os pais estão mais desocupados e poderão dedicar-se a ajudar os filhos nos trabalhos de casa e nas dificul-

dades que vão tendo no dia a dia. Embora os pais devam ajudar, não deixa de ser importante que os filhos sejam autónomos na realização das suas tarefas. Mas não só de tarefas escolares vive a criança. As atividades extra-curriculares têm um papel muito positivo no processo criativo e de concentração da criança.

Pintura, escrita, leitura, desporto, música e línguas são algumas das atividades que o seu filho deve frequentar. Ajuda a desanuviar do cansaço das aulas e, ao mesmo tempo, a conviver com outras crianças e a desenvolver estratégias de motivação.

Ensine os seus filhos a valorizarem-se Gostarmos de nós próprios contribui para um sistema de desenvolvimento psicológico mais equilibrado. A autoestima é a avaliação que fazemos de nós próprios. Esta avaliação baseia-se na ideia que temos, do que fazemos de forma negativa ou positiva. Um meio familiar afectuoso, protector e tranquilo dá à criança estabilidade emocional e constitui um desenvolvimento

mental saudável de si mesma e um conceito de família unida. Por esse motivo, antes de transmitir ao seu filho a importância de se valorizar, terá que refletir se faz isso consigo, porque, de forma contrária, poderá prejudicar a sua criança. É importante que o elogie quando faz alguma coisa bem, e, quando erra, tentar perceber o porquê e em vez de o recriminar, ajude-o.


12 Atualidade

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12 de setembro de 2014

Família de mulher transladada garante que assistiu à operação

Transladação em cemitério de S. Romão envolta em polémica Cátia Veloso

Transladação ocorrida no dia 4 de setembro, no cemitério de S. Bartolomeu, está envolta em polémica. Susana Ferreira assegura que viu corpo “em decomposição e com as pernas a rasto” ser transportado pelo coveiro. Família desmente, garantindo que ossadas de senhora que faleceu “há 21 anos” estavam “cobertas por um lençol”. Estalou a polémica em S. Romão do Coronado. O epicentro da controvérsia é o cemitério de S. Bartolomeu, onde a Junta de Freguesia está a proceder a obras de requalificação. A intervenção já obrigou o executivo a efetuar “três transladações”, informou o presidente da Junta, mas a última, no dia 4 de setembro, ganhou projeção nacional. Numa entrevista ao Jornal de Notícias, Susana Ferreira afirmava que, na manhã desse dia, se dirigiu ao cemitério, para visitar a campa de familiares, quando se deparou com o portão fechado e, quando “estava a ver o horário” do cemitério, viu o coveiro “transportar” um corpo “dentro de uma carrela”, a descoberto, que estava “em decomposição com as pernas a rasto”. Contactada na manhã de quarta-feira, Susana Ferreira optou por não prestar declarações ao NT, remetendo possíveis esclarecimentos para esta sexta-feira. Ana Oliveira, neta da mulher cujos restos mortais foram transladados nesse dia para o geral, na parte inferior do cemitério, negou as afirmações. “A família foi contactada pela Junta de Freguesia, para se proceder à transladação do corpo e questionou se alguém poderia estar presente. Fui eu, uma tia e duas primas minhas. Eu levei um lençol para embrulhar os restos mortais da minha avó. Nem se pode falar num corpo, porque ela faleceu há 21 anos, a 10 de junho de 1993. Foi tudo feito com o máximo de respeito e sigilo possível. O cemitério estava encerrado para que ninguém fosse sujeito a ver aquela situação”, contou. Ana Oliveira adiantou que se apercebeu que surgiu “uma senhora” que questionou o facto de o cemitério estar fechado, mas

que “se meteu no carro e foi embora”. “As ossadas passaram longe do portão, eles (coveiros) atravessaram pela parte mais ao fundo do cemitério para depois descerem pela rampa”, referiu. A tia, Maria Magalhães, corroborou esta versão, adiantando que “dizer que iam as pernas a arrastar é pura mentira”. “De rastos deve andar a língua dela ao falar dessa forma. Essa senhora (Susana Ferreira) não está a mexer só com o senhor presidente (da Junta de Freguesia), também está a mexer com a família. Diz que não consegue dormir nem comer, porquê? Só se for de remorsos do que está a fazer. Ela merece ter castigo e ser penalizada”, asseverou. Ana Oliveira afirmou que os familiares “estão muito abalados” com “as mentiras” publicadas “nos jornais” e que o tio e a mãe, filhos da mulher transladada, “podem ter que ter acompanhamento psicológico”. A defender a história das familiares, Margarida Santos, que vive na casa ao lado do cemitério, garantiu que estava junto de Susana Ferreira. “O que a senhora viu foi a mesma coisa que eu vi. Vimos um pano branco dentro de um carrinho de trabalhos, mas com a ordem da familiar, que eu ouvi. É mentira que ela tenha visto uma perna”, assegurou. Margarida Santos afirmou ainda que as transladações estão a ser feitas “com muita dignidade” e “humanidade”. “Tem que haver respeito pelas pessoas que estão no cemitério” Opinião contrária tem Ricardo Teixeira, que afirma que esteve no cemitério na tarde de 4 de setembro e viu Susana Ferreira, “nervosa e a tremer”, a “ligar insistentemente para a GNR”. “Fui ter com a menina e perguntei-lhe o que se passava e ela respondeume que tinha visto um corpo ser transladado. Eu contei-lhe que tinha presenciado uma trasladação, no dia 19 de agosto, por volta das 5 da manhã, quando me deslocava para o parque da CP para pôr umas grades para as festas de S. Bartolomeu. Depareime com muita gente no cemitério, que tinha o portão aberto. Parei e perguntei se tinha acontecido alguma coisa e disseram-

Junta de Freguesia está a proceder a obras de requalificação

me que estavam a transladar uns corpos. Por curiosidade, fui espreitar à grade e para meu espanto vi que na zona onde estavam a mexer estavam pessoas que tinham morrido em novembro”, contou, acrescentando que “estavam presentes familiares das pessoas trasladadas”, a quem questionou se a ação estava autorizada. “A resposta que me deram foi que o presidente (da Junta), por uma questão de querer vender terrenos ou fazer arranjos no cemitério, foi ter com a família para dizer que queria que se trasladasse. Se fosse a minha mãe, eu não autorizava”, sublinhou. Ricardo Teixeira acusou o presidente da Junta de se dirigir a Susana Ferreira “com palavras que não são dignas” e pede “respeito pelas pessoas que estão no cemitério”. “Não estou a dizer que não se tem que fazer transladações, mas com dignidade e tempo preciso. Acho que uma pessoa que faleceu em novembro não deve estar em condições de ser trasladada”, frisou. A história tomou tal proporção que Ricardo Teixeira diz ser alvo de “ameaças” nos últimos dias e que até foi “aconselhado a deixar de frequentar o café perto do cemitério, onde ia lá muitas vezes”. Contactada pelo NT, fonte da GNR da Trofa confirmou que esteve presente no local e que, “aparentemente, não foi verificado que estivesse em causa a saúde pública”.

Presidente da Junta vai “agir judicialmente” Em entrevista ao NT, José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, afirmou que as trasladações fazem parte da intervenção da qual o cemitério de S. Bartolomeu está a ser alvo, uma vez que “a falta de dignidade é notória”, assim como “a falta de espaço nos jazigos de família”. “Há geral misturado com jazigos de família, há sepulturas que não têm fundações e é esse o primeiro trabalho que estamos a fazer. Estamos a construi-las, por uma questão de salubridade e para isso é necessário levantar os restos mortais ali depositados, que só o são com o acordo das famílias”, afiançou. O autarca afirmou que nas trasladações efetuadas, “as famílias estiveram presentes” e “se alguém viu e se apercebeu de alguma coisa é natural, mas da forma macabra como as coisas estão a ser descritas é ridículo e não passa pela cabeça de ninguém no seu perfeito juízo”. “Quando se diz que o cadáver vinha numa carrela com as pernas a arrastar no chão, estamos a falar de uma senhora que faleceu em 1993. Como é que isso é possível?”, questionou. Relativamente à transladação no dia 19 de agosto, o edil do Coronado garantiu que se tratou de uma ação que já tinha sido “acordada com a família”. José Ferreira anunciou que vai “agir judicialmente” contra Susana Ferreira e Ricardo Faria, acusando-os de “falta de respeito e consideração pela Junta de Freguesia e, sobretudo, pelas famílias”. “Quando vem o filho do ex-presidente da Junta, a namorada dele (Susana Ferreira) e o senhor Ricardo Faria a fazer uma cena destas e criar um caso destes, quando nem sequer lá estiveram presentes, isto demonstra o tipo de pessoas com que estamos a lidar. Lamento a postura de ataque pessoal e difamação, que já vem desde a campanha eleitoral. Estas pessoas ainda não fizeram o luto pelo facto de terem perdido as eleições. Estiveram muito tempo no poder e cometeram muitas falhas e querem desta forma, também, encobrir alguma coisa que ali foi muito mal feito. Em cada caso com que vamos lidando e nos deparando, sobretudo no cemitério, surpreende-nos”, adiantou. José Ferreira aludiu para o facto de “80 por cento das sepulturas não terem licenças de jazigo, floreiras e placas de memória, cujas receitas deixaram de ser arrecadadas”. “Houve terrenos que foram oferecidos às pessoas, supostamente, porque o dinheiro nunca entrou na Junta”, referiu.


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Cultura 13

Patrícia Pereira

A comunidade está convidada a recuar no tempo e, vestida a rigor, a participar na reprodução de uma desfolhada à moda antiga, que se realiza pelas 20 horas deste sábado, no Largo da Serra, no Muro. A 9.ª edição da Desfolhada à Moda Antiga é, uma vez mais, dinamizada pela Junta de Freguesia do Muro, que segundo Conceição Campos, pretende “manter a tradição do que se fazia antes”, uma vez que a freguesia é uma zona, essencialmente, agrícola e, antigamente, o Largo da Serra era um local onde “se juntavam os lavradores”, que aproveitavam o fontanário para ir “buscar água”. “Colhese o milho, porque em setembro já está mais ou menos seco. As pessoas podemse vestir como antigamente e faz-se a desfolhada. Depois é servido o lanche, com azeitonas, vinho, broa e chouriça, sempre com concertinas e cantares ao desafio. É um momento de convívio e as crianças acham imensa piada”, afirmou. Além disso, a Junta convidou “todas as associações a estarem presentes com um stand ou barraquinha”, sendo que o grupo “Projecto Muro Cultura” vai estar pre-

sente com pipocas, para quem as quiser saborear enquanto assiste à projeção do filme “Mandela”, a seguir à desfolhada. O membro do executivo da Junta denotou que esta é “a novidade deste ano”, esperando que esta seja uma noite “muito boa”. Já a partir das 23 horas do dia 20 de setembro, sábado, o grupo do “Projecto Muro Cultura” vai promover, em parceria com a Junta de Freguesia, uma festa dedicada à juventude no S. Pantaleão. Além de assistirem ao set do Double Two Xpress Dj’s (W2xPress Dj’s), WTF DJS e DJ PAUL, os jovens podem acampar no local gratuitamente. Para ter acesso aos espetáculos, os jovens devem adquirir os bilhetes no Café da Estação do Muro, ou através dos RP oficiais Vítor Ferreira Rodrigues, João Pinto, Sem Titulo, Ana Santos, André Azevedo, Alexandra Freitas, Sérgio Silva, Daniel Pires e Rui Gonçalo. Em pré-venda, estes podem custar dois euros ou quatro, ou no recinto por três ou cinco euros, com shots gratuitos. Conceição Campos explicou que com o “Projecto Muro Cultura”, desenvolvido por “um grupo de jovens com o apoio da Junta de Freguesia do Muro”, pretende-se que “todos os locais do Muro sejam dinamizados”.

arquivo

Muro vai reviver desfolhada à moda antiga

Desfolhada realiza-se no Largo da Serra pub


14 Cultura

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12 de setembro de 2014

Coronado ConVida foi “um sucesso” Associativismo, artesanato, tasquinhas e muita animação foram palco do Largo do Divino Espírito Santo, em S. Mamede. Encerrou no dia 7 de setembro o certame do Coronado ConVida. A iniciativa, organizada pela Junta de Freguesia, com o objetivo de “promover a freguesia, quer na área da gastronomia, do artesanato e associativismo” esteve durante oito dias no Largo do Divino Espírito Santo, em S. Mamede. O balanço desta edição foi “francamente positivo”. “Para a primeira edição do Coronado ConVida e tendo nós feito este ano esta iniciativa durante oito dias, foi um sucesso sem dúvida que sim”, afirmou José Ferreira, presidente da Junta do Coronado. Vinte e três stands e três restaurantes estiveram distribuídos pelo Largo do Divino Espírito Santo ao longo dos dias, sendo que

Festa da Rádio no AR na tarde de domingo

“todas as entidades envolvidas participaram com sucesso” e “ficaram satisfeitas pelo facto de estarem presentes.” Anteriormente denominado S. Mamede ConVida, o conceito que

foi alterado em função da realidade da nova freguesia teve um “feedback” geral “francamente positivo”. A iniciativa que seria a 4ª edição do S. Mamede ConVida será

para continuar. “Iremos tentar fazer tudo para manter nestes moldes até porque esta experiência que fizemos foi positiva e penso que daqui para a frente temos só de corrigir algumas coisas que

correram menos bem, não correram mal, correram menos bem; rectificá-las para que a próxima edição seja ainda melhor que esta”, concluiu José Ferreira.

Grupo de Danças e Cantares realiza festival Cátia Veloso

Cumpriu-se mais uma edição do festival de folclore do Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado. Na tarde de domingo, perante a vista privilegiada no Monte de S. Gens, em Cidai, o espetáculo estava inserido no programa das Festas de S. Gens. Além do anfitrião, atuaram o Grupo Folclórico de Bustelo (Penafiel), Grupo Etnográfico de Corticeiro de Cima (Catanhede), Rancho Folclórico As Ceifeiras de S. Martinho de Fajões (Oliveira de Azeméis) e Rancho Folclórico S. Cipriano de Tabuadelo (Guimarães). Segundo Manuela Moreira,

presidente do conjunto bougadense, o balanço do festival “foi positivo”, apesar de “alguns” convidados apresentarem uma performance “pobre”. “Eles convidam-nos para os festivais e nós não queremos dizer que não, tendo que os trazer também ao nosso. Fiquei um pouco dececionada, porque quando os visitamos, estiveram melhor do que no nosso festival. À exceção do grupo de Guimarães, que esteve à altura”, contou. A presidente do grupo de Santiago de Bougado agradeceu à comissão de festas de S. Gens, uma vez que “é uma mais-valia” ter o festival associado à festa, porque “não se tem que pagar som nem palco”. A realização do festival faz

Festival está inserido nas festas de S. Gens

parte do caderno de atividade do grupo, na missão de “manter as tradições e salvaguardar o património”. Manuela Moreira assegura que “há muito património

que se está a perder em Santiago”. “Por vezes, as famílias que o têm não sabem estimar da melhor maneira, mas também não nos cede. Oferecemos um

valor, mas o processo inquina, muitas vezes, em processo de partilha em que herdeiros aceitam e outros não”, explicou.

Grupos folclóricos recordam usos e tradições À noite, homens, mulheres e crianças juntavam-se no mesmo espaço, em que cada um passava um tempo com diversos afazeres. Os homens escolhiam os feijões, as mulheres remendavam a roupa ou fiavam, enquanto as crianças brincavam. Havia até quem contasse histórias. Até que alguém chegava com um instru-

mento musical, sendo um mote para as pessoas dançarem um vira ou um malhão. O quadro etnográfico “O Serão” apresentado pelo Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado marca o início do Festival de Folclore do concelho da Trofa, que decorre este fim de semana, 13 e 14 de setembro, no

Souto de Bairros, em Santiago de Bougado. No sábado, o Danças e Cantares de Santiago abre o festival, pelas 21.30 horas, seguindo-lhe o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo com uma “Homenagem às carreteiras e aos santeiros de S. Mamede”, o Rancho Folclórico da Trofa com

um desfile de trajes e o Rancho Folclórico de Alvarelhos com uma Desfolhada. No dia seguinte, pelas 15 horas, sobem ao palco o Grupo Tradições Infantis de Cidai com o quadro “Trabalho, brinquedos e brincadeiras”, o Rancho das Lavradeiras da Trofa com “O domingo depois do terço”, o Ran-

cho Etnográfico de Santiago de Bougado com a espadelada do linho, o Grupo de Danças e Cantares do Vale do Coronado com a Romaria a Nossa Senhora de Lurdes e, por isso, o Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado com “As Vindimas”. Ao mesmo tempo, vai decorrer no espaço uma feira rural. P.P.


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12 de setembro de 2014

Cidai recebeu Festas de S. Gens e Nossa Senhora da Alegria O Monte de S. Gens, em Cidai, Santiago de Bougado, foi palco das festas religiosas a S. Gens, que decorreram nos dias 6 e 7 de setembro. Num lugar “bonito e “emblemático” teve início a oração das mães e consagração das crianças, principalmente menores de três anos, a Nossa Senhora de Alegria, que decorreu na missa solenizada pelas 18 horas de sábado, 6 de setembro, e inaugurou as festas religiosas a S. Gens de Cidai, em Santiago de Bougado. “Este ano em modo particular quisemos também dar um ar de frescura àquele lugar com uma limpeza mais aprofundada, sobretudo o espaço”, começou por explicar Bruno Ferreira, pároco de Santiago do Bougado. “Creio que a afluência de pessoas tem sido sempre bastante satisfatória nas celebrações, so-

bretudo na eucaristia de sábado, mas, este ano creio que teve mais gente, mais mães e filhos.” A festividade que esteve a cargo da comissão de festas liderada por Manuel Ramalho contou com o apoio do Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado, que esteve encarregue da animação, com o seu Festival de Folclore Bougado 2014. No domingo, dedicado a S. Gens, houve missa às 9 horas e a peregrinação do facho até ao Santuário, pelas 10.45 horas, com “a participação da Paróquia e todos os devotos”, que cumprem as suas promessas. Este ano, houve uma particularidade, “há muito tempo que o sino não tocava e dei autorização para que este ano o sino começasse a ser tocado na altura da chegada da procissão”, confessou o padre Bruno Ferreira. Mais tarde, decorreu a mis-

Andores fizeram parte da procissão

Procissão contou com belos tapetes de flores

sa solene em louvor de S. Gens, liderada por Luciano Lagoa, vigário da Vara Trofa/Vila do Conde, com sermão e comunhão. O Festival de Folclore contou com atuações do Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado, Grupo Folclórico de Bustelo (Penafiel), Grupo Etnográfico de Corticeiro de Cima (Cantanhede), Rancho Folclórico As Ceifeiras de S. Martinho de Fajões (Oliveira de Azeméis) e Rancho Folclórico S. Cipriano de Tabuadelo (Guimarães). “As cerimónias foram bastante participadas, também na parte de domingo com a procissão, e com as duas missas das 9 e das 11.30 horas e mesmo à tarde tive informação de que teve

bastante gente a participar e no festival do folclore. O espaço ficou impecável, os tapetes que foram feitos são admirados por toda a gente. Este ano houve a presença de tasquinhas na parte dos parques, e também foi importante”, contou o pároco. Haverá ainda mais um dia de festa, 22 de setembro, que será dedicado às Gentes do Mar, com missas às 9 e 10.30 horas. O pároco contou ainda que “aquele santuário está ligado à peregrinação, às pessoas das gentes do mar, aos pescadores, à zona de Vila do Conde, da Póvoa do Varzim (…) e aí vem de facto muita peregrinação, bastantes autocarros de pessoas que vêm cumprir as suas promes-

sas, pedir a proteção de S. Gens e também da Senhora de Alegria para a sua lida do dia a dia (…)”. “Hoje eu também estou com esse empenho de incentivar aquele lugar como peregrinação, como um lugar excelente de convívio, de sanidade, de tranquilidade e sobretudo por ser o lugar que é, com umas vistas fantásticas que tem sobre o nosso concelho, sobre a Trofa, Bougado, sobre a Póvoa do Varzim, Vila do Conde, é um local sempre a visitar”, acrescentou. A capela de S.Gens, situada num lugar “apetecível”, sofrerá brevemente algumas obras de manutenção devido às humidades, chuva e vento a que está exposta. pub


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12 de setembro de 2014

Tribunal obriga Câmara a despedir 2 funcionárias Patrícia Pereira

Na última Reunião de Câmara da Trofa, realizada na manhã de quinta-feira, 11 de setembro, o presidente Sérgio Humberto informou que vai “dar cumprimento a uma sentença do Tribunal Administrativo de Penafiel” e despedir duas técnicas. Segundo o autarca, a sentença surge de “uma protestação de uma pessoa que tinha ficado em 3.º lugar” num concurso de Relações Internacionais lançado pela Câmara Municipal da Trofa em 2009. De “várias alíneas” que a contestária apresentou, a Câmara apresentou “justificação só relativamente a uma” – à de “falsidade” -, tendo o processo seguido para julgamento e aí saiu a sentença que dita “a nulidade de contratos de trabalho em sítios públicos por termo indeterminado”. Questionado por Joana Lima, vereadora eleita pelo PS, se havia direito a recurso, Sérgio Humberto afirmou que a autar-

quia teve “todo o tempo para recorrer sobre as alegações apresentadas”, mas “neste caso a Câmara não contestou”. “Já sei que (as técnicas) já constituíram advogado e que vão dar todos os passos para tentar repor aquilo que é”, referiu, Já a jurista Filipa Costa acrescentou que “recurso há sempre”, mas que se “entendeu que uma vez que não foi contestada a ação, não se contestava” a sentença. Durante a reunião foram aprovados por unanimidade os Acordos de colaboração a celebrar entre o Município da Trofa e os Agrupamentos de Escolas da Trofa e de Coronado e Castro no âmbito do apoio do Gabinete Municipal de Acompanhamento Psicológico e Pedagógico (GMAPP). Sérgio Humberto explicou que “as técnicas formadas em psicologia vão fazer um trabalho de proximidade nas escolas e para os alunos”, tendo o vice-presidente António Azevedo referido que as “quatro técnicas” vão passar “as 40 horas nos agrupamentos”, reunindo-se “uma

Sérgio Humberto anunciou o despedimento de duas técnicas

vez por semana para articularem e fazerem uma avaliação de todo o processo de trabalho”. Já a emissão de parecer prévio vinculativo do órgão executivo para a celebração de contrato de aquisição de serviços de assessoria nos procedimentos tendentes à internalização/integra-

ção da empresa Trofa-Park, E.E.M. e na recuperação de IVA no Município da Trofa foi aprovada com três abstenções. O edil denotou que o parecer vai “englobar vários processos que vão ser desenvolvidos”, como em “recuperar o IVA dos últimos quatro anos e do futuro, essencialmen-

APVC promove voluntariado ambiental Patrícia Pereira

A APVC - Associação para a Protecção do Vale do Coronado é uma das “13 entidades” que participa no projeto Embaixada da Água, desenvolvendo duas ações neste sábado e no dia 28 de setembro. Uma “ação de voluntariado ambiental, com limpeza e manutenção da Poça Velha,” é uma das ações que a APVC vai desenvolver no âmbito da Embaixada da Água, que se trata de uma iniciativa do Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto (CRE.Porto), promovido pela Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto, Área Metropolitana do Porto, Pavilhão da Água e mais de trinta parceiros da região. A limpeza e manutenção da Poça Velha, situada na Rua de Vila, no lugar de Outeiro, em S. Mamede do Coronado, decorrem entre as 9.30 e as 12.30 horas deste sábado, 13 de setembro.

Poça Velha vai ser alvo de limpeza e manutenção

Segundo a APVC, a Poça Velha é “um dos mais antigos sistemas de contenção e distribuição de água tradicionais do Coronado”, que “ainda” está “ativa e ecologicamente sustentável, rega campos agrícolas e é ‘casa’ de mui-

tos anfíbios, rico ecossistema”. “E, dali, as águas correm, abundantes, para o Ribeiro da Mamoa – e depois, Rio Leça”, acrescentou fonte da associação. Esta atividade é de “acesso livre” a qualquer pessoa, estando

a associação a aceitar “voluntários”. Para a ação, a APVC recomenda o “uso de botas de água (galochas), luvas e, se chover, impermeável, boa disposição e vontade em recuperar património agrícola”. Há ainda a “possibilidade de realizar almoço-picnic junto ao local, em ambiente campestre”. Para mais informações pode contactar através do número 917 040 207 ou consultar o sítio http:/ /embaixadadaagua.blogspot.pt. Já para a manhã do dia 28 de setembro, entre as 9.30 e as 12.30 horas, há a segunda edição da caminhada Rota da Água no Vale do Coronado, “uma ‘viagem’ pelos vários pontos de interesse do património da água, no Coronado, com animação cultural e curtas intervenções sobre património, biodiversidade e mundo rural”. A caminhada, com um percurso de dez quilómetros, tem como ponto de partida e chegada a Igreja de S. Romão do Coronado. A “participação é gratuita, mas de inscrição obrigatória”, através do número 917 040 207.

te dos transportes e da alimentação” e também de “um processo relativamente à internalização/ integração da empresa TrofaPark”, relacionado “com a forma como o vamos fazer, tendo em conta também o IVA das infraestruturas que foi investido”.

Francesinha solidária pela AUAUA Quatro de outubro é Dia Mundial do Animal. De forma a assinalar esta data, a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) vai organizar uma Francesinha Solidária, pelas 20.30 horas no Café Coroa, em S. Martinho de Bougado. Um menu constituído por francesinha, batata e bebida é de 6,50 euros, sendo que “dois revertem a favor da associação”. Na sua página do Facebook, a AUAUA informou que, desde “fevereiro de 2014”, em conjunto com o Canil da Trofa, doou “126 cães e 34 gatos”. “Todos os cães saíram chipados e as cadelas adultas castradas e vacinadas”, denotou. A associação deixou um “muito obrigado a todos os voluntários, sócios e amigos da causa, que os ajudam diariamente a continuar este trabalho que está novamente a apresentar resultados fantásticos”. P.P.


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12 de setembro de 2014

Cartoon e desenho humorístico de José Sarmento em exposição Patrícia Pereira

Até ao dia 3 de outubro, a exposição individual sobre cartoon e desenho humorístico do trofense José Sarmento vai estar patente na Casa Museu Soledade Malvar, em Vila Nova de Famalicão. “Passos e a Troika introduziram um novo conceito de Verão em Portugal … férias … em regime de duodécimos!!!” Esta é uma tira do trabalho O Pimpolho, que figura nas paredes da Casa Museu Soledade Malvar, em Vila Nova de Famalicão. Trata-se da exposição individual sobre cartoon e desenho humorístico de José Sarmento, que apresenta alguns dos seus muitos trabalhos, entre eles “O Pimpolho”, “Toninho Australopiteco”, “Os Manéis”, “Cartonices”, “Pintas e Carapinhas”. Segundo o autor trofense, a mostra é uma “sequência do trabalho” que faz

e que julga ter “interesse ser apresentado”, pois é “uma forma diferente de chegar ao público, uma vez que há uma ligação mais próxima ao autor”. A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, entre as 10 e as 13 horas e as 14 e as 17.30 horas. José Sarmento contou que esta paixão surgiu “em 1996”, quando tinha 28 anos, altura em que começou a fazer “uma experiência gráfica, em ateliers de pintura e de técnicas”, surgindo os bonecos. “Achei engraçado e a partir daí nunca mais parei”, declarou. O seu trabalho aborda “temas diversificados”, como “desporto, política e economia” desde que “chame mais atenção ou crie mais impacto”. “Em primeiro lugar tenho que alcançar o texto, a par daquilo que se passa a nível de desporto, economia e política, ter um olhar crítico e selecionar um texto, fazê-lo de maneira a ter aquela cadência pró-

Trabalhos de José Sarmento abordam temas da atualidade

pria para o tipo de trabalho que é e depois o desenho vai na prática ilustrar. Tenho as personagens criadas e vou adaptando, fazendo os fundos para as situações em concreto”, explicou. José Sarmento mencionou que os seus trabalhos “já saíram

um pouco por todo o país em diversos jornais”, colaborando atualmente com alguns jornais regionais e um “português que é publicado na Suiça”. Além disso, figuram em páginas online dedicadas ao cartoon e desenho humorístico.

Caso tenha ficado com curiosidade, esteja atento aos trabalhos do trofense, através das páginas sarmento-news.blogs pot.com, opimpolho.no.sapo.pt, facebook.com/pages/JoséSarmento e josesarmento.blog spot.com.

Smed Fest quer afirmar-se no panorama musical As portas do Smed Museu, em S. Mamede do Coronado, abrem às 21.30 horas desta sexta-feira e sábado, 12 e 13 de setembro, para a 4.ª edição do Smed Fest, promovida pela Smed - Quebra Sentidos Associação Cultural, com o objetivo de “continuar a apoiar os artistas em Portugal”. Os concertos, que estão marcados para as 22 horas, estão a cargo das bandas da re-

gião, como da Trofa, Vila Nova de Famalicão e Porto. Situado na loja seis do lote 54 da Rua Zona Industrial do Soeiro III, o Smed Museu recebe hoje as bandas Lux Yuri, Bang Bang Romance (Folk-rock, Indie, Blues) e Tommy the Cat (Rock N’ Roll). Já na noite de sábado, o espetáculo está a cargo das bandas Wild Apes (Indie Rock), Grandfather’s House (Blues e Rock) e da trofense Lyzzärd

(Rock ‘n’ Roll, Hard Rock, Glam Metal, Heavy Metal). Vítor Ferreira, membro da Smed - Quebra Sentidos Associação Cultural, afirmou que espera que este seja “um ano de afirmação, tendo em conta que o novo espaço, onde nunca foi realizado as anteriores edições”, e que as bandas participantes são da “zona do grande Porto” e de “localidades vizinhas”. “Esperamos ter o pessoal a apoiar os

Mobipaper promove viagens entre municípios No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade 2014, a AdE Porto em parceria com os Municípios Associados (Santo Tirso, Trofa, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim e Vila do Conde) vai promover, pelas 10 horas do dia 20 de setembro, a 4.ª edição do Mobipaper Intermunicipal que tem como principal objectivo a “promoção do uso do transporte público e de modos leves de transporte”.

Os participantes vão ter à sua disposição “títulos de transporte” que devem utilizar para fazer as viagens entre dois municípios associados da AdEPorto: Gondomar-Porto, Maia-Matosinhos, Póvoa de Varzim-Vila de Conde e Santo Tirso-Trofa. A participação nesta iniciativa é “gratuita”, mas “sujeita a inscrição”, através do email (sem@adeporto.eu) ou do telefone (222 012 893). Os partici-

pantes devem indicar nome, documento de identificação, idade, morada, telefone e email. O vencedor de cada percurso recebe como prémio uma bicicleta. O Mobipaper tem “oito percursos alternativos”. Na Trofa, o posto de partida é do Aquaplace – Academia Municipal, na Rua António Sá Couto de Araújo, e em Santo Tirso é do Pavilhão Municipal, na Rua do Picoto. P.P.

artistas da terra e que seja uma boa festa. Temos artistas que são do gosto da população, sempre à volta do rock e tendo isso em conta e o trabalho que temos feito anteriormente penso que as pessoas que nos conhecem nos vão seguir”, referiu. Apesar da polémica com o concerto com bandas conotadas à ideologia neonazi, que aconteceu em julho, Vítor Ferreira pensa que isso “não” vai por em cau-

sa o Smed Fest. “Só colocará confusão nas pessoas que não nos conhecem, quem conhece o nosso trabalho desde 2011 sabe que não passou de um malentendido”, concluiu. A entrada para um dia tem um custo de três euros, enquanto que um bilhete para os dois dias de concertos custam cinco euros. P.P.

ACRABEpromovearraial A Associação Cultural e Recreativa da Abelheira (ACRABE) inaugura, esta sexta-feira, o Arraial da Louseira. “Estou a contar que as expectativas sejam boas. Se o tempo ajudar e o S. Pedro não estragar, a festa vai ser boa. E estou convencido que vão ser dois dias excelentes”, declarou Carlos Silva, presidente da ACRABE. O programa inicia com a abertura da tasquinha, às 14 horas, onde se pode saborear “bom vinho” e “bons petiscos”. À noite, o Conjunto Típico do Val, anima a iniciativa. Amanhã, a festa continua com um passeio de bicicletas antigas pela aldeia, às 14.30 horas, que visa promover o desporto e o uso das bicicletas. Ainda durante a tarde, haverá espaço para os jogos tradicionais e, às 21.30 horas, o artista Pedro Sousa e suas bailarinas tomam conta do palco. A festa encerra à meia-noite, com uma surpresa ainda desconhecida. O orçamento estipulado para este Arraial ronda os “dois mil euros”, de acordo com o presidente da associação.


18 Região

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“Hora de Fados” na Torre Sénior

Momento musical na Torre Sénior

Aberto aos moradores da Torre Sénior, familiares e público geral, a “Hora de Fados” nasceu na continuação do trabalho e da valorização das diferentes formas de expressão artística a que a Torre Sénior tem recorrido para “estimular, animar e ocupar os residentes”. O evento, inserido no plano de

atividades da área social e ocupacional, decorreu nos dias 14 e 29 de agosto e contou com uma centena de residentes, familiares e amigos. “Ao longo de pouco mais de um ano de atividade, é com muito orgulho que temos já um plano de ações de reconhecido mérito concretizadas e que dão visibili-

dade ao “ADN” da Torre Sénior: fazer bem, fazer sempre melhor, fazer diferente; dando dignidade, continuidade e valor à VIDA dos nossos residentes”, explicou Diana Terroso, organizadora da iniciativa. O momento musical contou com a presença do grupo “Fado 1111” de Guimarães, num “ambiente intimista, tipicamente português ao som do fado e com momentos de interação entre os presentes”. A Torre Sénior, localizada em Santo Tirso, está ativa há 14 meses e é uma das maiores unidades de apoio a idosos do país. Com uma capacidade para 112 residentes, está devidamente preparada para receber pessoas em qualquer estado funcional e de saúde. No seu primeiro ano de abertura, a instituição já acolheu mais de meia centena de residentes.

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CresceremSegurança organizaSemana daSegurançaRodoviária Integrado no Projeto Crescer em Segurança, desenvolvido pelas enfermeiras Sandra Pinto e Elsa Silva, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Santo Tirso/Trofa vai promover várias atividades neste âmbito. A Semana da Segurança Rodoviária, inserida neste plano, vai decorrer nos dias 15 a 19 de setembro e tem como objetivo “fomentar junto da comunidade escolar uma reflexão acerca do uso correto e consistente dos sistemas de retenção, através da realização de várias iniciativas de sensibilização em diversas escolas do concelho de Santo Tirso”. Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte ou de incapacidade temporária/definitiva nas crianças e jovens do nosso país. O Projeto Crescer em Segurança desenvolve-se com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso, a Polícia Municipal de Santo Tirso, a PSP e GNR e os Agrupamentos de Escolas e pretende alertar para o problema da segurança rodoviária em crianças e jovens. Em especial o uso de sistemas de retenção – cinto de segurança e cadeira de transporte de crianças.

Lousado acolhe Romaria Nova A freguesia de Lousado, em Vila Nova de Famalicão, vai ser palco das festas da Romaria Nova em honra do Sagrado Coração de Maria e Nossa Senhora da Boa Hora, que decorrem a 11, 12, 13, 14 e 15 de setembro. A festa foi inaugurada ontem, com o levantamento dos mastros. “A expectativa é boa, pelo menos a gente trabalhou por isso, foi pouco tempo que tive-

mos a festa em mãos, em fins de maio, por isso a expectativa com o trabalho todo que tivemos e a organização, eu creio que é muito boa”, referiu Amélia Marques, membro da Comissão de Festas da freguesia de Lousado. O Rancho Folclórico Santa Marinha de Lousado, o Grupo de dança Moveloudance e Grupo FOLC D‘AVE estão encarregues da animação da noite desta sexta-feira. Já no sábado, logo pela manha, dará entrada o grupo Zés

Zés P‘reiras “Nós e os Outros de Santa Marinha de Lousado” e de tarde a Banda Marcial da Foz do Douro, Filarmónica do Porto. Ainda, às 18 horas, há uma Procissão em Honra de S. Lourenço, desde a Ponte da Lagoncinha até à Igreja Paroquial, seguida de uma missa com sermão por distinto Orador Sacro. A noite de sábado será protagonizada pela Orquestra FAMMASHOW, numa primeira parte, que será interrompida à meia noite com a sessão de fogo

de artificio. No domingo, dia 14, a Capela acolhe, às 11 horas, o Grupo Coral de Lousado na habitual missa festiva. Às 14 horas, a Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Povoa de Lanhoso dá entrada nas festividades e, pelas 17 horas, realiza-se a Majestosa Procissão em Honra do Sagrado Coração de Maria e Nossa Senhora da Boa Hora. O artista Zé Laustibia e Manuel Campos (que já fez duetos

com o Tony Carreira) tomam conta da animação da noite, que termina com uma sessão de fogo. O último dia de festa (segunda-feira) encerra com a procissão do regresso de S. Lourenço à sua capela. A Romaria Nova é organizada pela Comissão de festas com o apoio do povo lousadence, das pequenas e médias empresas da zona, do comércio, da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Famalicão.

ASAS, SIC Esperança e Vitalis Feirinha da Liga de Amigos apoiam “crianças desfavorecidas” do Centro Social de Calendário Tal como nos últimos quatro anos, a SIC Esperança em parceria com a Vitalis lançou o projeto “Bebida Solidária”, que “visa a criação de bolsas escolares, para crianças do primeiro e segundo ciclo do ensino básico, para “a aquisição de material escolar e equipamento desportivo necessários para o ano letivo”. De forma a operacionalizar o

projeto nos concelhos da Trofa e Santo Tirso, a organização escolheu a ASAS – Associação de Solidariedade e Ação Social, que assinou um protocolo em julho, ficando “encarregue de identificar crianças potenciais beneficiárias desta iniciativa e de preparar as candidaturas”. As 26 candidaturas apresentadas foram “aprovadas”, estando agora a instituição,

“juntamente com as famílias do concelho, a preparar enxovais escolares que permitirão que as suas crianças iniciem o ano escolar com melhores condições, graças ao apoio deste projeto da SIC Esperança”. Em três anos, o projeto Bebida Solidária™ já atribuiu “1441 bolsas escolares em todo o país”. P.P.

De forma a “angariar fundos” a favor da construção do Complexo Paroquial, a Liga de Amigos do Centro Social de Calendário vai promover uma feirinha neste domingo, dia 14 de setembro. Pão, bolos, sobremesas, legumes, frutas e outros artigos de utilidade são alguns dos produtos que vão estar à venda no adro da Igreja de São Júlio, antes e depois das missas das 8.30, 10.30 e 12 horas. “As pessoas de boa vontade, que oferecem produtos, as que compram e até as que ali tomam um simples café, sabem que estão a dar o seu contributo para este fim”, avançou fonte da organização. P.P.


Região 19

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12 de setembro de 2014

Trail do Jesuíta By Night ultrapassou a centena de participantes Cerca de 130 corredores e 40 caminhantes percorreram caminhos e trilhos de Santo Tirso, na primeira edição do Trail do Jesuíta By Night que teve lugar na noite de 6 de setembro. A caminhada de 12 quilómetros arrancou do Mosteiro de Nossa Senhora de Assunção, terminando onde se deu a partida e chegada dos atletas do trail de 20 quilómetros. Com passagem pelo monte de Nossa Senhora da Assunção, a prova não esteve ao alcance de todos. Vítor Teixeira, membro do Núcleo Associativo de Santo Tirso, venceu a prova na categoria geral com o tempo de 1 hora e 43 minutos. “Esta foi uma prova muito difícil, passei pela semana mais difícil da minha vida, tive muitos problemas e queria

Atletas do Trail na hora da saída

dedicar esta vitória à minha esposa. Foi a maior vitória da minha vida”, explicou o atleta. Albino Magalhães (EDV Viana Trail) com 1 hora e 44 minutos e Manuel Ferreira (JOBRA) com 1 hora e 53 minutos completaram o pódio masculino.

Concurso de Pesca de Rio já tem vencedores Carlos Alberto (Associação Recreativa da Torre - Santo Tirso), individual, e a Associação de Pesca Desportiva de Ribeirão, coletivamente, foram os vencedores da 8.ª edição do Concurso de Pesca de Rio, que a Casa do Povo de Lousado organizou no sábado, 6 de Setembro, no Rio Ave, em Santo Tirso. A prova, que contou com a presença de “50 pescadores”, terminou com um jantar/convívio, onde foram entregues as lembranças de participação. Já no dia 21 de setembro, a Casa do Povo de Lousado vai realizar, entre as 10 e as 18 horas, a Feira da Ladra, dado o “sucesso da primeira edição”. Além destas iniciativas, continuam as atividades regulares. Às segundas e quarta-feira há ginástica sénior, terças e sexta-feira há ginástica, à segunda e quinta-feira Karaté, à quarta-feira ténis de mesa, às segundas e quinta-feira dança de salão, terças e sextafeira street dance e aos domingos bilhar. P.P.

Inscrições abertas para a meia maratona de Famalicão Já estão abertas as inscrições para a primeira Meia Maratona de Vila Nova de Famalicão, que se vai realizar no próximo dia 30 de novembro. Organizada pela Runporto, em parceria com a Câmara Municipal de Famalicão e com a Associação de Atletismo de Braga, a prova terá uma corrida cronometrada de 21 quilómetros e irá integrar uma caminhada de cinco quilómetros, com partidas e chegadas no Parque de Estacionamento da Casa do Território, na Devesa. As inscrições decorrem online em www.runporto.com, nas Lojas Sport Zone e ainda na Loja do Corredor, sita na Rua Santa Luzia 808, 4250-415 Porto. Tanto a meia maratona como a caminhada partem do Parque de Estacionamento da Casa do Território.

No setor feminino, Lucinda Sousa e Maria Martins, ambas atletas do Gondomar futsal, venceram o primeiro e segundo lugar com um tempo 2 horas e 15 minutos e 2 horas e 26 minutos, respetivamente. O terceiro posto foi para Susana Andrade (JO

BRA) com 2 horas e 40 minutos. Organizado pela Confraria Trotamontes e os Trampolins de Santo Tirso, com o apoio da Câmara Municipal, este foi o primeiro trail “By Night”, em Portugal. Os objetivos passam por ali-

ar a atividade física à natureza por explorar “devido à grande necessidade de pessoas que vivem em centros urbanos a terem um contato com a natureza mais direto”, conclui José Moutinho, diretor geral do evento.

Presidente da Câmara de Santo Tirso inaugura Casa Mortuária de S. Tomé de Negrelos O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, vai inaugurar, pelas 19 horas deste sábado, a Casa Mortuária de S. Tomé de Negrelos, num investimento municipal de “cerca de 150 mil euros”. A obra, que teve a duração de aproximadamente um ano, envolveu a construção de raiz do edifício da casa mortuária, constituída por um alpendre exterior, antecâmara de receção e duas câmaras. Na antecâmara, que se abre sobre o jardim, é feita a receção das pessoas, que assim ficam protegidas do ambiente exterior.

Neste espaço, foram construídas duas claraboias, que marcam com luz as entradas nas duas salas, cujo efeito procura dar um sentido de verticalidade acentuador do momento de despedida. Já as câmaras propõem um espaço dinâmico que se divide e liga através de uma divisória em madeira. A cobertura “desloca-se” das paredes e gera uma fresta horizontal que dimensiona o espaço, provocando a noção de que a cobertura está a “levitar”. O prolongamento das duas salas é ampliado pela existência do jardim exterior. O investimento feito pela Câ-

mara de Santo Tirso implicou ainda a construção de uma garagem para a residência paroquial, ligadas por um pequeno hall coberto. O início da cerimónia de inauguração da Casa Mortuária de S. Tomé de Negrelos está marcado para as 19 horas, com o descerramento da placa alusiva à conclusão da obra, seguindo-se os discursos oficiais do presidente da Câmara, do padre António Ferreira e do presidente da Junta de Freguesia de S. Tomé de Negrelos, Roberto Figueiredo, e ainda uma visita às novas instalações.

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20 Desporto

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12 de setembro de 2014

Académico Viseu derrotou Trofense Patrícia Pereira

Em jogo em atraso da quarta jornada da 2.ª Liga de Futebol, o Académico de Viseu conquistou a sua primeira vitória, ao derrotar em casa o Trofense por 2-0. O Académico de Viseu entrou na partida, realizada no dia 7 de setembro, praticamente a ganhar, com um golo de Luisinho, aos sete minutos, aproveitando uma assistência de Tiago Borges. Em desvantagem no marcador, o Trofense procurou o empate e, à passagem do minuto 45, podia alcançar o golo por intermédio de Rateira, que obrigou Ivo Gonçalves a uma grande defesa. No segundo tempo, Sandro Lima, aos 51 minutos, aproveitou um passe longo de João

Coimbra e frente a Diogo Freire rematou cruzado e fez o 2-0. Apesar de ter tido mais posse de bola, o Trofense nunca conseguiu incomodar, com verdadeiro perigo, a baliza dos locais. Com o triunfo, o Académico de Viseu subiu ao 19.º lugar, com cinco pontos, enquanto o Trofense é 21.º, com quatro. No rescaldo da partida, o técnico Porfírio Amorim denotou que tinha “uma estratégica para ganhar o jogo”, mas “incompreensivelmente” o Trofense parecia uma equipa com “pouca velocidade”, o que veio a ser “melhorado no decorrer da primeira parte”. Para o treinador, o “momento chave” foi ao minuto 45 quando o Trofense podia “mudar o jogo com um empate”. “Na segunda parte arriscamos mais, mudamos o sistema e a equipa foi mais ousada pelos laterais, mas sofrer um golo em contra ataque o

arquivo

Trofense foi derrotado em Viseu

que nos condiciona”, referiu, acrescentando que “a condução do jogo” pareceu-lhe que “não privilegiou a partida, pois “marcava-se faltas por tudo e por nada”

e havia “ muito tempo parado”. Para o treinador do AC Viseu, Alex Costa, o jogo foi “bem conseguido por parte do Académico”, não tendo dúvida que foi “a

melhor equipa”. “O Trofense foi um adversário que valorizou a nossa vitória, porque é uma equipa que tem qualidade e boas individualidades. Tínhamos noção que a estratégia que o Trofense ia usar passava por baixar o bloco e jogar em transições rápidas. Tem jogadores muito capazes, rápidos e possantes. Tivemos em conta isso e noção de assumirmos o jogo e estarmos preparados para essa qualidade que o adversário possui”, concluiu . O Trofense defronta o Braga B, pelas 18.30 horas, desta sextafeira, num encontro a contar para o campeonato. Entretanto, o clube soube que para a Taça de Portugal, o sorteio ditou que tivesse como adversário o Febres SC, que milita na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Coimbra e na 1.ª Eliminatória ganhou ao Nogueirense por 4-2 nas grandes penalidades

Plantel sénior do Bougadense formado por atletas do concelho Patrícia Pereira

Presidente do Bougadense contou que o objetivo da equipa sénior para esta época é subir de divisão. Além das captações continuarem, Hilário Duque quer disponibilizar um dia por semana às escolas de Santiago. São 27 jogadores, têm entre os 19 e 33 anos e são todos do concelho da Trofa. Estas são as características do plantel sénior do Atlético Clube Bougadense (ACB), que na época 2014/2015 vai disputar a série 1 da 2ª Divisão Distrital, a mesma onde milita o Futebol Clube S. Romão. O presidente do ACB, Hilário Duque, afirmou que a “equipa sénior está definida” e o plantel “pronto para arrancar no dia 28 de setembro”, onde vai disputar a primeira jornada no reduto de Fânzeres. Destes 27 jogadores, “dez são da formação”. Além disso, Hilário Duque referiu que “todos jogam graciosamente por amor à camisola”. O objetivo para esta época é o de “subir de divisão”, tendo o presidente a certeza que “vai

correr bem” e que “tem jogadores para isso”. Hilário Duque apelou ao apoio da comunidade, uma vez que “não há protocolo com a Câmara Municipal da Trofa e com a Junta de Freguesia de Bougado” e “não tem ninguém que os apoie financeiramente” de modo a poderem “continuar a permitir que os jovens estejam a usufruir das instalações”. “Temos despesas fixas muito elevadas, como a manutenção, gás, luz e águas residuais, porque ainda não temos a ligação ao saneamento, que tem que ser feita pela Junta de Freguesia enquanto dona do espaço, e que nos prometeu que brevemente nos vai resolver a situação. Fez-nos essa promessa no final da época passada, ainda não o fez, mas tenho a certeza que entretanto a fará”, denotou. O presidente relembra que precisa do “apoio quer das empresas quer dos sócios”, convidando quem não o seja a tornarse, pois ao fazê-lo pode beneficiar de “15 por cento de desconto nas consultas e tratamentos no Hospital da Trofa e frequência no Aquaplace”, além de “outras regalias que o Bougadense

está já a tratar através de alguns protocolos com outras empresas e entidades”. As quotas do Bougadense são de “2,50 euros por mês”. Bougadense disponibiliza campo às escolas “Possibilitar aos jovens de Santiago de Bougado usufruírem do espaço” é o principal objetivo do Bougadense, ao disponibilizar o campo de jogos às escolas básicas e jardins de infância de Bairros, Cedões e Lagoa, através das associações de pais. Cada uma terá direito a “um dia por semana para poderem utilizar as instalações para as suas atividades”. “É um projeto que o Bougadense quer levar a cabo de forma a criar nas crianças o gosto pelo desporto, intensificação pela prática desportiva e até criar as escolinhas de futebol, uma vez que o clube só tem juniores, juvenis, iniciados e infantis. Pode ser uma forma de captar atletas que ingressem no clube nas escolinhas para serem formados, porque o mais importante é formar e ocupar os tempos livres e não fazer deles grandes jogadores”, relatou.

Hilário Duque tem boas expectativas para esta época

Captações para as camadas jovens Hilário Duque salientou que as captações para as camadas jovens ainda “continuam de acorrer” e, por isso, quem quiser jogar pelo Bougadense pode comparecer na sede a partir das 19 horas. “Todos são tratados de

igual forma, mesmo que não tenham dinheiro. Aqui jogam miúdos de todas as classes sociais e não há discriminação porque o pai de um tem dinheiro e outro não. Não é preciso ter um pai rico a dar um patrocínio ao clube para jogar no Bougadense, a porta está aberta para todos”, concluiu.


Desporto 21

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12 de setembro de 2014

Equipa feminina do S. Romão vai tentar apuramento para os nacionais Cátia Veloso

É ambicioso o objetivo da equipa sénior feminina do Futebol Clube de S. Romão para a época 2014/2015. Sandra Dias, a treinadora que conseguiu que a equipa subisse à 1.ª Divisão distrital na temporada passada, não gosta de “jogar por jogar”, por isso propôs ao grupo “ficar num dos dois primeiros lugares”, que dão acesso ao apuramento para os nacionais. A equipa, com poucas mudanças relativamente à última época, dá confiança à técnica, que sabe das diferenças da 1.ª para a 2.ª Divisão. “Na 2.ª, há sempre duas ou três equipas em que os pontos estão garantidos, enquanto na 1ª divisão as coisas não se passam dessa forma. E ainda há a possibilidade de descida, o que a torna mais exigente”, explicou. Este ano, a época começa mais cedo – no sábado – o que complicou a preparação da equipa que só teve acesso ao pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas, no início deste mês. O primeiro jogo é com as Escolas de Arreigada, no pavilhão romanense, às 21 horas. “Estivemos a treinar em ringue, que não é a mesma coisa, pois suscita algumas lesões e as atletas não treinam no limite.

Plantel começa a competir no sábado

Estamos a trabalhar à pressa aquilo que é mais importante dado o pouco tempo de preparação até ao início do campeonato. São dez as atletas que compõem o plantel. Sandra Dias espera garantir “mais dois reforços de qualidade”, mas a tarefa não tem sido fácil, devido às operações de charme das equipas portuenses que estão nos campeonatos nacionais. “Nós temos boas condições, mas as jogadoras querem é projeção e os clubes que estão no nacional têm argumentos que nós não temos”, sustentou. Esta dificuldade im-

Atletas do Bougadense regressam às provas Rui Rocha venceu o escalão de iniciados no 2.º Grande Prémio de Atletismo de Nossa Senhora das Dores, que decorreu no sábado, 6 de Setembro, na freguesia de Alvelos, em Barcelos. No mesmo escalão, Alice Oliveira e Tiago Sá terminaram a prova em 3.º e 4.º lugares. Nesta prova participaram ainda os benjamins Ana Mota (10.º) e Mariana Silva (21.º) e os juvenis Catarina Ribeiro (4.º), Fábio Rodrigues (6.º) e Cristiano Machado (21.º). No Coletivo Jovem Feminino, o Bougadense classificou-se em

10.º lugar, enquanto que no Coletivo Jovem Masculino ficou na 4.ª posição. A secção de Atletismo do Atlético Clube Bougadense informa que está a fazer captações para a próxima época em todos os escalões. Os treinos são às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19 às 20.30 horas, no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado. A secção tem também a funcionar uma escolinha de atletismo para “crianças até aos oito anos”, das 19 às 20 horas de sexta-feira. P.P.

possibilitou a equipa de ter mais do que três atletas da Trofa, entretanto comprometidas com outros emblemas. Uma das novidades desta temporada é a participação da equipa na Taça de Portugal. Sandra Dias, considera que “será bom para as atletas competir com associações de outros locais do país e em jogos cronometrados”. Clube cria equipa de juniores femininos Para participar nos campeonatos nacionais, não basta ao FC S. Romão garantir o

apuramento. É também obrigatório a associação ter equipas de formação. Perante o objetivo da equipa técnica, a direção do emblema pensou aliar a necessidade à vontade de preencher “um grande vazio” na formação de atletas do sexo feminino e criar uma equipa de juniores. Rui Damasceno, elemento da direção responsável pela modalidade de futsal, explicou que o projeto está a ser concertado com a Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas, no sentido de angariar as atletas. Quanto aos apoios para assegurar a atividade da coletivida-

de, Rui Damasceno referiu que são poucos. “Enquanto houver carolas, vamos lutar”, concluiu. Apresentação da equipa sénior masculina é no domingo A equipa sénior masculina de futebol vai apresentar-se aos sócios num jogo oficial, no campo de jogos Carlos Alves, em S. Romão do Coronado. A partida está marcada para as 17 horas de domingo, com o Monte Córdova, e está inserida na Taça Brali. Momentos antes do apito inicial, o plantel será apresentado à massa adepta.


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12 de setembro de 2014

Residência Pratinha construída a pensar nas necessidades dos seniores A funcionar desde maio de 2014, a Residência Pratinha destina-se à “população sénior e/ou aqueles que, por alguma situação de incapacidade, necessitem de cuidados específicos”. Construído a “pensar nos utentes”, o edifício da Residência Pratinha, situada na Avenida da Veiga, Vila Nova de Famalicão, dispõe de “15 quartos – quatro individuais e 11 duplos – com WC privativo e equipados para “satisfazer todas as necessidades dos utentes”. Tem ainda um gabinete médico e de enfermagem, uma sala de apoio dos colaboradores, espaços de convívio e lazer, bem como “uma vasta área de jardim e de espaços relvados”. Com a inauguração oficial marcada para o dia 11 de outubro, a Residência tem como “principal valência” uma “estrutura residencial permanente para idosos, oferecendo ainda como possibilidade o alojamento temporário”. Com a escolha do nome, a direção pretendeu “homenagear a família Pratinha, graças à qual foi

possível a abertura da Residência e, por conseguinte, a concretização de um sonho”. “O nosso edifício foi construído a pensar nos nossos utentes e, dessa forma, todos os acessos quer no interior quer no exterior são adaptados de forma a responder às necessidades individuais e de saúde daqueles que acolhemos. Outra preocupação é a segurança e o bem-estar dos utentes pelo que toda a residência está equipada com sistema de campainha/vigilância permanente para que seja possível a resposta imediata aos nossos utentes”, avançou fonte da Residência. A Residência Pratinha assegura a prestação de alojamento temporário e/ou permanente, plano de cuidados personalizados, apoio nas atividades da vida diária, assistência médica e medicamentosa, cuidados de enfermagem, terapia ocupacional e animação, dispositivos de informática, ementas confecionadas sob supervisão de nutricionista e tratamento de roupa, realizando ainda atividades como “es-

tética, espaços de lazer exterior e assistência religiosa”. A direção da Residência Pratinha pretende tornar-se referência na prestação de serviços à população sénior, disponibilizando as melhores práticas de saúde e de prestação de cuidados humanizados, através do desenvolvimento de ações centradas no utente e no seu bem-estar bi-psico-social, tendo como principais valores a excelência, afetividade, respeito, confidencialidade, transparência, ética e verdade e formação e competência Para a direção da Residência, as “necessidades essências, como saúde e bem-estar físico e psicológico” são a base

da sua intervenção, considerando ainda que “a qualidade de vida da população sénior depende das convicções e vivências individuais”, uma vez que o objetivo “não é padronizar a intervenção mas sim definir um plano de intervenção individual para cada utente tendo em conta a sua vontade”. “Profissionais e serviços de qualidade”, criação de “um ambiente familiar e acolhedor, através da própria arquitetura da residência, e acima de tudo os valores que regem a sua intervenção” são, para a direção da Residência, o que a distingue das outras empresas da mesma área.


Opinião 23

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12 de setembro de 2014

“Ninguém sai de onde tem paz” Inevitável começar por relembrar os dramáticos acontecimentos a leste, com as bombas a cair em pleno território europeu da Ucrânia, dada a tensão com a Rússia, com muitas baixas entre os civis a que acresce a queda de um avião com 298 pessoas. Na Palestina, jamais haverá paz, os tumultos sucedem-se na Faixa de Gaza! No Iraque, reina a confusão. Dramas como estes replicam-se um pouco por todos os cantos do mundo, o que nos deve fazer perceber que vivemos num cantinho à beira mar abençoado! Por cá, neste cantinho abençoado, as férias trouxeram grandes surpresas, mantendo-se grátis, sem taxas ou impostos: as idas à costa com cerca de 1000 Km de praias, as brisas dos passeios à beira mar, as idas ao pôr do sol da ribeira do Porto ou a frescura da Serra do Gerês. Recordo ainda o convívio com os turistas no Algarve, a luz intensa do Tejo em Lisboa ou a neve da Serra da Estrela. Calma no continente que as ilhas ainda são nossas, o calor tropical da Madeira já encostada a África ou a ruralidade dos Açores a meio caminho da América. Os milhões de emigrantes portugueses sentem saudades destas e de outras maravilhas, e nós, aqui mesmo, de que nos queixamos? Como diz o grande compositor e intérprete Pedro Abrunhosa: “Ninguém sai de onde tem paz” e repete incessantemente que “quero ir para os braços da minha mãe”, como se as suas raízes o puxassem para de onde nunca deviam ter saído. “É tão cinzenta a Alemanha, e a saudade tamanha, e o verão nunca mais vem…Quero ir para casa, embarcar num golpe de asa (…) quero voltar para os braços da minha mãe… trouxe um pouco de terra, cheira a pinheiro e a serra, voam pombas nos beirais (…) Quero ir para casa, embarcar num golpe de asa (…) quero voltar para os braços da minha mãe (…) faz tanto frio em Paris (…) ninguém sai de onde tem paz!” 1) Por cá, os rios continuam a correr para o mar, as serras depois dos incêndios tornam-se novamente verdejantes e o sol nasce para todos… Sinto-me um privilegiado, porque estou onde há paz! 1) Excertos retirados da música de Pedro Abrunhosa, “Para os braços da minha mãe”

Necrologia Lousado – Vila Nova de Famalicão Maria de Lourdes Pereira dos Santos Faleceu no dia 4 de setembro, com 95 anos Viúva do Senhor Engenheiro António Dias da Costa Serra Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

Setembro de novo Chegamos a mais um Setembro. Depois do Verão, das férias e da respectiva “silly season”, a rotina diária recomeça como uma nova vida, com a chamada rentrée . Mas este ano, para além de um verão intermitente, a “silly season” também foi um pouco estranha. Este Verão foi particularmente conturbado. Tivemos uma metamorfose de um banco larva (BES) para borboleta (Novo Banco), mais uma agressão na Faixa de Gaza, o agudizar do conflito na Ucrânia, a ascensão do Estado Islâmico (EI), o Ébola e mais um Orçamento Rectificativo. A rentrée nacional é marcada principalmente pelo novo ano escolar e pela abertura do ano judicial. Na educação, os problemas repetem-se de ano para ano. O exterminador Crato não descansa da sua cruzada contra os professores e contra a escola pública, bem visível no concurso de colocação dos professores e na continuação dos cortes na educação, nomeadamente no ensino superior. Mais conturbado do que em anos anteriores, está a ser a abertura do ano judicial. Para além de ficarmos a saber que o Ministério da Justiça usa um site construído em 1999, a recente reforma do mapa judiciário é um bom exemplo do campo das decisões técnicas sem qualquer fundamento para o futuro de Portugal, principalmente para as regiões do interior. Podemos já imaginar uma reportagem, realizada daqui a 10 anos, num concelho transmontano, onde se noticie novamente a desertificação e as causas da mesma: não há hospitais, escolas, correios, finanças ou tribunais. Os laços das populações com o estado central e com a república estão a ser perigosamente destruídos. A política internacional está a ser marcada pelos cessar-fogo alcançados na faixa de Gaza e na Ucrânia, e pelas atrocidades diárias cometidas pelos EI. Estes jihadistas, outrora rebeldes libertadores da Síria, parecem personagens transportados directamente do século X. Se na aparência mostram semelhanças com uma seita religiosa, o EI já é capaz, como qualquer estado, de assegurar serviços e matérias relacionadas com o bem-estar. E de onde vem o financiamento? O armamento? O treino militar? Como conseguiram em tão pouco tempo estender o seu domínio ao Iraque? Assunto que marcará a agenda europeia nas próximas semanas, o referendo pela independência da Escócia que se realizará no próximo dia 18 poderá, no caso de ganhar o sim, dar vida às regiões que lutam pela autodeterminação (País Basco, Catalunha, Córsega), reabrir velhas feridas (Alsácia, norte de Itália) ou a simples implosão (Bélgica). Veremos como reage a Europa. Porém, a rentrée não deixa de ter o seu lado mais ligeiro. Na universidade de verão do PSD aparecem sempre as cátedras do bloco central a mandarem opiniões para instruírem os jotinhas. Talvez José Sócrates devesse aparecer para fazer mais umas cadeiras, de preferência ao domingo. No luta interna do PS, as televisões pediram à NASA o acesso ao Telescópio espacial Hubble para descobrir as diferenças entre António José Seguro e António Costa. Se os mortos não bebem, no PS votam. September’s here again (Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)

Correio do Leitor Aos Simpatizantes e Socialistas Trofenses Ao longo dos últimos três anos, estive na Trofa por diversas vezes, afirmando a política como ela deve ser, junto das Pessoas e no território. Estive ao lado da Joana Lima e da sua equipa durante a gestão autárquica do PS e estive com as Militantes e os Militantes que na Trofa dão a cara pelo Partido Socialista. Habituei-me a admirar o povo Trofense! Povo simples, lutador e humilde, com grande determinação e energia que valoriza, tal como eu, valores e princípios como: a lealdade, a verdade, a palavra dada, a igualdade, mas sobretudo a solidariedade. Sei que alguns olham para estes valores com desdém, mas este é o exemplo

do nosso País, esta é a nossa gente. Muito do que está em causa no próximo dia 28 de setembro é essa visão da política com proximidade, em contacto com as pessoas e com a realidade do nosso País. Ao longo dos últimos anos caminhámos juntos em vários combates políticos do nosso partido, em condições difíceis criadas pelo Memorando assinado com a Troika e por um governo da Direita sem respeito pela dignidade humana, em permanente guerra com o Estado e com os portugueses e sem uma visão para o futuro além do empobrecimento, dos sacrifícios e dos cortes cegos. Combatemos sem reservas mentais e com a ajuda dos Trofenses conseguimos recuperar um caminho de esperança para

Portugal. No plano nacional conseguimos duas vitórias eleitorais! Conquistamos nas eleições autárquicas 150 câmaras municipais (número nunca conseguido por nenhum partido) e vencemos as eleições europeias contra a direita toda unida. Para nós, sempre foram as Pessoas, o interesse nacional e o futuro que estiveram no centro da nossa intervenção política. Uma forma diferente de fazer política, que só promete o que pode cumprir, que critica mas apresenta alternativas e que quer um governo com uma visão do País em que os que estão na Trofa contem tanto como os que estão em Lisboa. Uma política para todos que conta com todos, independentemente do lugar onde nasceram, do lugar onde mora ou do di-

nheiro que têm no bolso. Uma política que defenda o Estado Social, o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública e a proteção social. Uma política que combata a incerteza, as desigualdades, as injustiças sociais e os desequilíbrios do nosso País. É por isso que apelo ao Povo da Trofa para que se mobilize, se inscreva nestas eleições Primárias até sexta, 12 de setembro, e que participe a 28 de setembro. A Trofa sabe que pode contar comigo! Avançamos Juntos! Um abraço do António José Seguro


24 Atualidade

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12 de setembro de 2014

Misericórdia da Trofa assinala 15 anos com “novos irmãos” e condecorações a benfeitores Cátia Veloso

O dia do nascimento de Nossa Senhora (ou natividade de Maria) tem um significado especial para a Santa Casa da Misericórdia da Trofa, pois marca também a data de fundação da instituição, que este ano assinalou o 15.º aniversário. As celebrações foram feitas, na segunda-feira, com uma cerimónia religiosa e solene, que juntou a irmandade e mereceu a visita do bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos. Depois de uma receção calorosa por parte dos utentes do lar, com direito a música personalizada, o responsável pela diocese presidiu à eucaristia que contou com a presença do vigário da vara Trofa/Vila do Conde, Luciano Lagoa, do pároco Bruno Ferreira, dos padres Xavier Dias, Gaspar e Alberto Vieira e do diácono permanente João Alves. Na parte final da celebração, foram entronizados 11 novos irmãos. Trata-se de personalidades conhecidas da sociedade trofense, envolvidos em diversas

áreas, como negócios, ação social e educação. “Perante Dom António Francisco, Bispo do Porto, Carlos Silva, Domingos Carneiro, Filipe Azevedo, José Magalhães Moreira, Maria Emília Cardoso, Maria Helena Fontes, Pedro Sousa, Pedro Silva, Pedro Carneiro, Ricardo Carneiro, Rui Alves, Filipe Manuel Machado e Jorge Alberto Casais, assumiram o compromisso de “praticar as obras de misericórdia, ajudando e aceitando desempenhar, com empenho e dedicação, os trabalhos solicitados” para “servir quem precisar”. Seguida da eucaristia, decorreu uma sessão solene, na qual foram condecoradas outras personalidades e empresas, pela “ajuda” concedida à Santa Casa, colmatando “as necessidades”, que não são comparticipadas pelo Estado e permitem “responder a muitas situações problemáticas do concelho”, explicou o provedor Amadeu Pinheiro. Receberam a medalha de reconhecimento – grau ouro – Maria Júlia Padrão, Manuel Pontes, Daniel Figueiredo, Henrique Soares, Filipe Vila Nova, Agostinho Gonçalves e a Farmácia Trofense. A em-

Família “Carriço” recebeu, pelo bispo do Porto, a maior condecoração da Santa Casa da Misericórdia

presa Ferespe e o grupo Proef foram agraciados com o crachá – grau ouro. Os fundadores das duas entidades, Jorge Casais e Eurico Ferreira, respetivamente, também mereceram um retrato, que está exposto na instituição. Já o galardão mais alto da Misericórdia, o colar -grau ouro-, foi entregue à família “Carriço”, pela doação da Associação de Solidariedade Social Imaculada Conceição, em 2002, onde atualmente está sediada a instituição. Alfredo Gomes “Carriço”, filho, recebeu a condecoração e não conteve a emoção. Em entrevista à TrofaTv e ao NT, admitiu que “a condecoração é um sinal de reconhecimento” do que a família tem feito em prol da instituição, mas “não é o mais importante”. “O mais importante é o que temos cá dentro”, salientou, antes de descrever o sentimento decorrente da dádiva. “Quando mais damos, mais recebemos. Nós temos que ter a consciência de que não damos nada do que é nosso. Ainda ficamos com uma parte. Tenhamos a consciência e o prazer de, quando olharmos para trás, ter obra feita e prazer de participar nessa obra. As condecorações, são sinais de que estamos vivos, mas temos que continuar a trabalhar, a ser os mesmos e a merecer o crédito que a sociedade nos dá”, asseverou. Alfredo Gomes afirma que o pai, com o mesmo nome, tinha

o lar da Imaculada Conceição “a expensas da família” e “sem qualquer subsídio da Segurança Social”. “O meu pai punha lá os mais pobres. Hoje, o meu pai vê esta instituição com satisfação e entusiasmo, como quando vemos os filhos crescer, tornandose adultos e um exemplo para a sociedade”, descreveu. D. António Francisco dos Santos elogiou “o trabalho imenso” desenvolvido pela Santa Casa trofense que “acompanha o ritmo e o dinamismo do concelho” e faz parte do rol de instituições que se “enraízam na vivência das obras de misericórdia do Evangelho”. “Que de melhor podemos dar ao mundo, à Humanidade, que não esta forma tão bela de realizar as obras de Misericórdia, estando atentos aos mais frágeis, aos mais pobres e aos que mais sofrem”, afirmou o bispo do Porto, que destacou ainda a “criatividade de respostas” dada no âmbito de ação social, indo “ao encontro das novas formas de pobreza”. Começando do zero, a Santa Casa da Misericórdia da Trofa completa 15 anos de obstáculos ultrapassados e com um património considerável. Mesmo assim, Amadeu Pinheiro salienta que “as dificuldades continuam” e exigem “muito trabalho”, até porque, recentemente, foi construído um novo lar, com capacidade para 60 utentes, orçado em dois milhões de euros, com comparticipação do POPH (Pro-

grama Operacional Potencial Humano) e encargo de 900 mil euros para a instituição. É premente, por isso, “muito esforço para responder às solicitações das pessoas que, todos os dias, nos batem à porta”, concluiu.

Números 80 refeições diárias a pessoas carenciadas 110 seniores acolhidos em lar 150 seniores apoiados em serviço de apoio domiciliário 110 crianças em creche e jardim de infância 215 famílias acompanhadas no âmbito do Rendimento Social de Inserção e Ação Social 159 famílias, num total de 357 pessoas, acompanhadas com géneros alimentares 24 famílias acompanhadas na horta solidária 1855 artigos, entre vestuário, calçado, têxteis-lar, material escolar e brinquedos, distribuídos pelas famílias carenciadas, em 2013 2.000.000 de euros custou o novo lar, num projeto financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano e no qual a Misericórdia teve de pedir um financiamento bancário de 900 mil euros


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