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27 de Janeiro de 2011 N.º 306 ano 9 | 0,50 euros
Director Hermano Martins
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Muro ignorou eleições
Presidenciais páginas 12 e 13 Bombeiros pág. 3
Voleibol pág. 20
Académico da Trofa pede ajuda
Mundos de vida página 16
Procuram-se Abraços Cerca de 50 instituições, empresas e escolas juntaram-se à Mundos de Vida na campanha de 2011. Covelas pág. 8
Incêndio desalojou 12 pessoas
Especial Festas de S. Gonçalo
2 Actualidade
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27 de Janeiro de 2011
Rotary da Trofa “descobriu” azenhas do Rio Ave Rita Maia rita@onoticiasdatrofa.pt
Clube trofense realizou palestra sobre azenhas do Rio Ave
“A minha avó ia levar a roupa para o Rio Ave, para o lugar da Barca (em S. Martinho de Bougado) e ao ver a azenha eu gostava de um dia poder brincar naquele edifício”, conta Bruno Matos, explicando como nasceu o gosto pelos moinhos e azenhas. Começou um estudo mais alargado sobre os edifícios que existem nas duas margens e que estão “abandonados”. “Sem dúvida nenhuma que temos um potencial fantástico. Lá fora,
as pessoas mostram-se interessadas neste estudo porque este património local poderia servir, sem dúvida nenhuma, para criar uma Rota das Azenhas do Rio Ave”, referiu ainda o orador convidado pelo Rotary Clube da Trofa. Na palestra participaram vários estudantes e proprietários das azenhas que se mostraram interessados no tema. “Pressenti que, de facto,
este é um assunto importante para a Trofa, quer em termos ambientais, quer em termos da sustentabilidade do futuro, que não pode ser pensado de costas voltadas para o rio”, referiu António Charro, presidente do clube trofense. O responsável defende que estes espaços poderiam ser “um ícone e uma grande âncora” para o turismo local, que poderia influenciar entre “outras coisas, a gastronomia”.
Assembleia de Freguesia
Obra de Francisco Gomes Machado na Casa da Cultura A obra de Francisco Gomes Machado já percorreu Portugal de Norte a Sul e países como França e Itália. A partir de 5 de Fevereiro, pinturas e esculturas deste artista plástico vão estar expostas na Casa da Cultura da Trofa. A inauguração está prevista para as 16 horas. A exposição vai estar aberta ao público até 26 de Fevereiro e é “mais uma iniciativa inserida no programa anual de dinamização” da Casa da Cultura, que oferece assim ao
Agenda Dia 27 20 horas - Assembleia-geral ordinária do CD Trofense, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado Dia 28 21 horas - Festas em honra de S. Gonçalo, que se prolongam até dia 31, em Covelas 21.30 horas - “Hoje vou ao café... ouvir poesia”, no Café PEEWEE, em S. Mamede do Coronado
O Rotary Clube da Trofa promoveu uma palestra sobre as azenhas existentes no Rio Ave. O orador, Bruno Matos, estuda os edifícios e a sua história há já três anos. Estão destruídos, abandonados, esquecidos e até há pouco tempo cobertos por vegetação, mas os edifícios das azenhas existentes ao longo do curso do Rio Ave são um património histórico importante para a região e para o desenvolvimento do turismo. Esta é a convicção do arquitecto Bruno Matos, que apresentou alguns dos resultados de um estudo, que começou há três, numa palestra promovida pelo Rotary Clube da Trofa, na noite de segundafeira. Durante cerca de duas horas, o técnico mostrou gráficos e fotografias do passado e do presente destes locais, explicando o seu funcionamento, as suas características e a importância para o desenvolvimento das populações.
|O Notícias da Trofa
de S. Martinho de Bougado Edital - Sessão Extraordinária 31 de Janeiro 2011
público trofense “inúmeras e variadas acções para ocupar os tempos livres de forma construtiva”, esclarece fonte da autarquia. Pode visitar a exposição de terça a sexta-feira, das 10 às 12.30 e das 14 às 19 horas e sábado das 10.30 às 12.30 e das 14 às 17 horas. Francisco Gomes Machado tem já um currículo consolidado, tendo participado em várias exposições individuais e colectivas. R.M.
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Delbarque da Costa Dias, presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado: Torna público, que convoca o Plenário da Assembleia de Freguesia, para uma sessão extraordinária que se realizará no Salão Nobre da Junta de Freguesia, no próximo dia 31 de Janeiro de 2011 com início às 21 horas com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Requalificação do Parque Nossa Senhora das Dores Mesa da Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado, aos 14-01-2011 O Presidente - Delbarque da Costa Dias
Dia 29 9 horas - Open Day, na Academia Municipal - Aquaplace 9.30 horas - Encontro de Escolas APEF, no Complexo Desportivo do CD Trofense, em Paradela 15 horas - Troca de cromos do Trofense, na zona vip do Estádio do Trofense 21 horas - Peça de teatro “Altomar Louco”, no Salão Paroquial de Alvarelhos Dia 30 9.30 horas - X Trilho de S. Gonçalo junto à Estação nova 10 horas – Romagem a Covelas da Confraria do Cavalo, com início no Mercado/Feira da Trofa 15 horas - Bougadense x Serzedo, no Parque de Jogos da Ribeira Leões da Citânia x Paradela, na Complexo Cultural e Desportivo Leões da Citânia S. Romão x Guilhabreu, no Campo Carlos Alves 16 horas - Câmara de Lobos x CAT, no Pavilhão CSD Câmara de Lobos Dia 31 21 horas - Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado, na Junta de Freguesia
Farmácias de Serviço Dia 27/01 Farmácia Nova Dia 28/01 Farmácia Moreira Padrão Dia 29/01 Farmácia Sanches Dia 30/01 Farmácia Trofense Dia 31/01 Farmácia Barreto Dia 1/02 Farmácia Nova Dia 2/02 Farmácia Moreira Padrão
Telefones Úteis Bombeiros Voluntários da Trofa - 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal 252 428 109/10
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
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Incêndio destruiu habitação
Quatro famílias ficaram desalojadas Rita Maia rita@onoticiasdatrofa.pt
Incêndio destruiu o interior de uma habitação em S. Romão do Coronado, deixando desalojadas, temporariamente, 12 pessoas, incluindo um bebé com poucos meses de vida. Apesar da destruição causada pelas chamas, não houve feridos a registar. As lágrimas e o desespero de Adérito Rodrigues eram impotentes contra as chamas que destruíram o interior do edifício que mantinha arrendado a três famílias e onde o próprio residia, na freguesia de S. Romão do Coronado. No total, foram12 pessoas que ficaram, temporariamente, desalojadas. No final da tarde de segunda-feira, o primeiro andar da casa - onde moravam um casal e dois filhos, uma menina e um bebé com cinco meses foi consumido por um incêndio que terá começado “porque a pequena de 11 anos foi para a escola e deixou o coPUB
bertor eléctrico ligado”. Adérito assegurou que a casa está protegida pelo seguro, mas “não” sabe se esta “paga os prejuízos todos”. Quando chegaram ao local, a primeira preocupação dos Bombeiros Voluntários da Trofa foi “verificar se existiam feridos” e retirar do interior da casa um idoso que se recusava a fazê-lo. Albino Cunha, COS (Comando das Operações de Socorro) no local, explicou que o fogo foi “atacado” a partir das janelas do edifício. Enquanto os bombeiros se atarefavam a apagar as chamas e a atirar para o exterior o colchão, peças de vestuário e outros objectos para evitar reacendimentos, as famílias faziam tudo para salvar o máximo de bens possível. Os soldados da paz demoraram quase duas horas a extinguir o fogo que destruiu tudo: “Cozinha, corredor e os dois quartos”. “Está complemente destruída”, reiterou o bombeiro. Albino Cunha preferiu não avançar as causas do incêndio.
As famílias desalojadas passaram a noite em casa de familiares e, de acordo com a vereadora da Câmara Municipal, Teresa Fernandes, que esteve no local, “já estão a ser acompanhadas pelo Serviço Social da Câmara Municipal da Trofa”. As casas que não foram afectadas pelas chamas podem voltar a ser habitadas, sendo apenas necessário resolver “o problema dos cheiros e das infiltrações de água e verificar o sistema eléctrico”. “Na segunda-feira já devem estar reunidas as condições de segurança para que as famílias regressem aos seus lares”, anunciou Teresa Fernandes. Em relação à família que ficou sem casa, a vereadora atestou que estão a ser ponderados vários apoios: “Neste momento, existe a hipótese da atribuição de uma pensão comparticipada pela Câmara e pela Segurança Social ou o arrendamento de uma casa, também com a ajuda destas entidades”. Numa fase seguinte, vão ser pensadas soluções de realojamento
“permanentes”. Segundo a vereadora, apenas uma das famílias estaria referenciada pela Segurança Social. O agregado mais afec-
tado pelo incêndio vive em S. Romão do Coronado há cerca de três anos e não era acompanhado pelos serviços de assistência social.
Incêndio destruiu interior de habitação
Apanhados a conduzir sem carta Isabel Moreira Pereira
A GNR da Trofa deteve dois indivíduos por conduzir sem carta de condução. Um indivíduo de 24 anos foi detido pela GNR da Trofa por conduzir sem habilitação legal um ciclomotor, que também não possuía matrícula. O jovem foi interceptado pela guarda na Rua Dr. Délio Santarém, em S. Romão do Coronado, cerca das 16.10 horas de sexta-feira. De acordo com fonte PUB
policial, o indivíduo ainda ofereceu resistência, mas acabou detido. No mesmo dia, cerca das 18 horas, na Rua D. Pedro V, em S. Martinho de Bougado, a GNR deteve pela terceira vez um homem de 34 anos, que conduzia um veículo ligeiro, sem habilitação legal. Para além deste incumprimento, que repetia pela terceira vez, o carro em que circulava não possuía seguro e inspecção. Os dois indivíduos foram detidos e presentes a tribunal esta segunda-feira. Os casos baixaram a inquérito.
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27 de Janeiro de 2011
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Estação da CP desactivada
Cenário de destruição preocupa trofenses Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Cinco meses bastaram para que a antiga estação de comboios da Trofa se transformasse num cenário de destruição. REFER deve emparedar edifício em Fevereiro. Vidros partidos, roupa suja e lixo, muito lixo, abundam na zona da antiga estação da Trofa, que agora serve apenas de passagem e de refúgio para os toxicodependentes. Enquanto passeava a cadela, Maria Ferreira não ficou indiferente à presença da equipa de reportagem do NT/ TrofaTv. Habitante na zona, Maria lamenta o cenário “degradante”, considerando-o “um nojo”, e defende que “a REFER ou quem de direito devia proteger” a infra-estrutura. “Isto é vergonhoso, (o edifício) devia estar bem preservado. Devia estar aqui alguém a proteger, porque está cada vez pior”, frisou. Já Amândio Ferreira mora perto da antiga estação e passa pela zona quatro vezes por dia. Acompanhou de perto a PUB
degradação do edifício e, por isso, acha “que devia ser renovado”. “Isto devia levar outro rumo”, desabafa. Os habitantes da zona alertam para a má imagem que a zona dá à cidade e ao facto de todos os dias muitas crianças passarem por lá para irem para a Escola EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques. Vânia Pinto é uma das jovens que utiliza aquele percurso para ir e regressar da escola e não esconde o “receio” que sente quando lá passa “à noite”. A Guarda Nacional Republicana tem patrulhado a zona para garantir a segurança das pessoas que por lá passam. De acordo com o primeiro-sargento, Emídio Rodrigues, “a GNR tem feito o patrulhamento normal, quer apeado quer móvel, sistematicamente, da parte da manhã e da tarde”. “À noite costumámos passar lá com o piquete, porque junto à estação vemos o problema do consumo de estupefacientes que até agora está perfeitamente controlado e já não é o que era”, explicou. Na zona, as únicas ocorrências registadas pela GNR
foram casos de furto “de cobre e de ferro”, nos dias seguintes à desactivação da linha. Segundo o primeiro-sargento, “por incrível que pareça, poucas denúncias existem por parte da população em relação ao estado em que chegou a estação”. “O habitual era que as pessoas que morassem em frente ligassem para nós quando vissem actos de vandalismo, mas isso não acontece”. Segundo Emídio Rodrigues, esses actos devem ser provocados por “menores que saem da escola e ao passar ali partem um vidro e no outro dia partem dois... A zona acaba por chegar ao estado em que chegou”.
podem ser reaproveitados e ao emparedamento dos edifícios, com o intuito de preservar equipamentos e bens, e para garantir as condições de
salubridade e de segurança”, esclareceu. O início da intervenção está prevista “para o mês de Fevereiro”.
Trabalhos de limpeza devem começar em Fevereiro Contactada pelo NT/TrofaTv, fonte da REFER afirmou que a empresa “está ciente dos problemas de vandalismo que afectam a infra-estrutura”. “Enquanto está em análise o processo de valorização do património entretanto desactivado, proceder-se-á à remoção de alguns materiais que
Interior do edifício está completamente destruído
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
Actualidade 5
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Jovens brilham com música clássica Rita Maia rita@onoticiasdatrofa.pt
Jovens artistas deram “vida” à música clássica, num recital de contra-baixo. O objectivo é prepararem-se para a prova que vão “enfrentar” no final do ano lectivo. Quase não existiam lugares sentados no teatro Alves da Cunha, da Casa do Futebol Clube do Porto, na Trofa, ao final da tarde de sábado. Dezenas de pessoas fizeram silêncio e escutaram as inter-
pretações de temas de referência da música clássica, protagonizadas por duas jovens instrumentistas. Os dedos de Vanessa Lima e Ângela Alves percorriam as cordas do contra-baixo, ao mesmo tempo que moviam o arco com mestria, para agrado de todos. Finalistas na escola profissional Artave, as duas jovens, de 17 anos, vão ter de realizar um recital, onde serão avaliadas por um júri: “A ideia de organizar o recital partiu das duas, porque mais tarde temos de fazer algo semelhante e desta forma vamo-nos
Vanessa Lima interpretou várias músicas
habituando ao ambiente”, explicou Ângela. Mas a tarefa de actuar sozinhas em cima do palco com muitas caras conhecidas na plateia não se afigurou fácil. “Podia ter corrido melhor, mas é muita pressão sobre nós e começamos a ficar nervosas. Quando chegamos ao palco, não damos tudo o que temos trabalhado até agora”, confessou Vanessa Lima que também faz parte da Banda de Música e da Orquestra Sinfónica da Trofa. As duas amigas defendem que “deviam existir mais iniciativas destas na Trofa”. A mesma opinião tem o maestro Luís Campos, que assumiu recentemente a direcção artística da Banda de Música, já que atesta que “na Trofa há pouco bairrismo”. Natural de Paços de Ferreira, o jovem maestro tem “a sensação de que as pessoas acompanham pouco a Banda” e isso reflectiu-se na iniciativa daquela tarde. “A música clássica está muito pouco divulgada e as obras a solo menos ainda. Em Portugal liga-se mais ao futebol e menos às artes”, evidenciou. Luís Campos fez ainda
Ângela Alves foi a primeira a subir ao palco
questão de frisar que este foi um recital de “duas grandes solistas”. No público estavam amigos, familiares e o vereador da Cultura da Câmara Municipal, Assis Serra Neves, que
considerou o concerto “bonito”. “Devemos apoiar os jovens e estas iniciativas, até porque este era um programa com qualidade para ser realizado a nível concelhio”, afirmou.
Autarquia assina protocolo com FEDRAVE Isabel Moreira Pereira isabel@onoticiasdatrofa.pt
Autarquia trofense assinou protocolo com a Fundação para o Estudo e Desenvolvimento da Região de Aveiro (FEDRAVE) para desenvolver formações e pós-graduações no concelho. “A Trofa vai ficar a ganhar com este projecto pioneiro no município”. Foi desta forma que Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa concluiu a reunião onde assinou um protocolo de cooperação com a FEDRAVE, esta segunda-feira.
Esta Fundação, associada ao Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA) de Aveiro, trará para a Trofa formação e educação em cinco áreas distintas. “Uma na área da Educação e da Psicologia, temos pós-graduações para as necessidades Educativas Especiais que respondem às necessidades dos professores, temos também pós-graduações de Segurança Comunitária, uma área de estudos de segurança que interessa a Bombeiros, INEM e Protecção Civil, uma formação na área das tecnologias do mar e na área das Ciências da Comunicação”, explicou Armando
Teixeira Carneiro, um dos fundadores da FEDRAVE e presidente do ISCIA, à margem da cerimónia de assinatura do protocolo. O responsável realçou ainda a parceria que poderá ser iniciada com uma formação na área da gestão estratégica, para os empresários locais. Na EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques decorre já uma pós-graduação em Necessidades Educativas Especiais, frequentado por 40 formandos, em horário póslaboral. “São professores de todas as áreas de formação e inicialmente começamos por uma acção de formação num curso de especialização em Educação Especial, no domínio cognitivo e motor”, explicou Horácio Saraiva, Coordenador das pós-graduações do Departamento de Psicologia e Educação do ISCIA. “Este curso conta com 40 formandos, 20 dos quais já estão interessados em fazer o mestrado”, frisou Joana Lima, satisfeita com o sucesso da iniciativa. Para a autarca a assinatura deste protocolo “é uma mais-valia para o concelho, sem o mínimo de
custos, a não ser a cedência das instalações”. “Para além de não termos custos, temos também alguns bónus, nomeadamente bolsas de estudo, como por exemplo numa pós-graduação em Segurança Comunitária, que a Câmara Municipal entendeu oferecê-la aos Bombeiros Voluntários da Trofa, nomeadamente ao seu comandante”, acrescentou. “O exemplo” do concelho de Baião, onde também foi
assinado este protocolo há quatro anos, entusiasmou Joana Lima que aceitou esta parceria que “vai projectar a Trofa ao nível do Ensino Superior”. Quanto a uma futura parceria para instalação de um pólo do ISCIA no concelho, a edil deixou tudo em aberto: “Da nossa parte temos todo o interesse e terão o acolhimento necessário para podermos desenvolver essa parceria no Ensino Superior”.
Autarquia assinou protocolo com FEDRAVE
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Ano Europeu do Voluntariado Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Incentivar e apoiar os esforços desenvolvidos pela Comunidade, Estados-Membros e pelas autoridades locais é o objectivo do Ano Europeu das Actividades Voluntárias que promovam uma Cidadania Activa. A iniciativa adoptada pelo Conselho da União Europeia pretende ser uma chamada de atenção dos europeus, sublinhou Elza Chambel, presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado. O propósito do Ano Europeu do Voluntariado divide-se em quatro grandes objectivos específicos: criar um ambiente propício ao voluntariado na União Europeia; dar meios às organizações que promovem o voluntariado para melhorar a qualidade das suas actividades; reconhecer o trabalho voluntário; sensibilizar as pessoas para o valor e a importância do voluntariado. Segundo a agência Lusa, que cita os dados do Eurobarómetro, há, actualmente, mais de cem milhões de europeus a fazerem trabalho voluntário, mas, ainda assim, é necessário um
maior envolvimento por parte dos cidadãos, uma vez que as metas traçadas até 2015 estão cada vez mais difíceis de alcançar, alertam os últimos estudos das Nações Unidas (ONU). Em Portugal, a Confederação Portuguesa de Voluntariado (CPV) afirma que o próximo ano servirá para fazer a “radiografia” ao número de missões voluntárias que existem e de pessoas que se dedicam a esta actividade, actualmente desconhecido. Os objectivos nacionais passam por dar mais visibilidade ao que se faz, de forma a tentar ultrapassar as principais dificuldades com que se deparam as organizações, sobretudo financeiras e logísticas. Entre activos e “esporádicos”, Portugal tem cerca de um milhão e meio de voluntários distribuídos por várias áreas, segundo dados de 2001 e revelados pelo Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado. O NT vai divulgar, ao longo do ano, algumas histórias de pessoas que fizeram ou fazem voluntariado, tentando descortinar o que motiva alguém a dar de si ao outro sem esperar nada em troca. Se tem uma experiência no voluntariado que queira partilhar com o NT, contacte-nos através do email jornal@onoticiasdatrofa.pt
Câmara Municipal da Trofa EDITAL Nº 2/2011 JOANA FERNANDA FERREIRA LIMA, Presidente da Câmara Municipal da Trofa: Torna público, nos termos e para os efeitos do artigo 91.º da Lei n.º 169/ 99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e do n.º 2 do artigo 37.º do Código do Procedimento Administrativo, que o Executivo Camarário, em sua Reunião Extraordinária, realizada em 30 de Dezembro de 2010, deliberou aprovar o contrato-programa a celebrar com a Trofa-Park – Empresa de Reabilitação Urbana, Desenvolvimento Económico, Inovação Empresarial e Gestão de Equipamentos, E.E.M., nos termos do qual foram delegados naquela Empresa Municipal os poderes discriminados no documento em anexo ao presente Edital e que dele faz parte integrante para todos os efeitos legais. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital e outros com igual teor, que vão ser afixados no átrio dos Paços do Município e demais lugares de estilo, bem como no sítio da Internet – www.mun-trofa.pt . Sede do Município, 04 de Janeiro de 2011. A PRESIDENTE DA CÂMARA JOANA FERNANDA FERREIRA LIMA O Município da Trofa delega na TROFA-PARK, EEM os seguintes poderes: a) Para a prossecução do objecto social da TROFA-PARK incumbe a esta a realização dos estudos e infra-estruturas necessárias à concretização dos empreendimentos constantes no seu objecto social; b) Em complemento, a TROFA-PARK exerce directamente ou em colaboração com terceiros outras actividades acessórias ou subsidiárias da exploração e gestão, bem como outros ramos de actividade comercial ou industrial conexos, incluindo prestação de serviços, que não prejudiquem a prossecução do seu objecto e que tenham em vista a realização dos fins sociais e a melhor utilização dos seus recursos disponíveis; c) Aquisição, alienação, oneração e administração de bens móveis e imóveis com vista à prossecução do seu objecto; d) Celebração de quaisquer contratos que tenham como objecto a cessão do gozo dos bens a que se refere a alínea anterior, seja qual for a natureza dos mesmos, designadamente contratos de locação e concessão de exploração; e) Celebração de contratos de empreitada de fornecimento e de prestação de serviços; f) Desenvolvimento de um conjunto de acções que visem assegurar, de forma regular, contínua e eficiente o objecto social da TROFA-PARK, EEM.; g) Promoção de estudos visando a aplicação de novas tecnologias e métodos versados sobre o desenvolvimento empresarial do concelho da Trofa; h) Promoção e ou participação na construção, exploração e gestão das infra-estruturas e nas estruturas de apoio às actividades constantes no objecto social da Empresa Municipal; i) Realização de estudos e projectos, captação de investimentos e negócios e aquisições de comparticipações financeiras.
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Ano Europeu do Voluntariado 7
Um trofense em Moçambique Ricardo Maia é de Alvarelhos e há três anos regressou de uma missão em Moçambique. Olhando à distância, com a calma e a ponderação que o tempo oferece ao passar, as palavras que escolhe para contar a experiência ainda sentem a “marca” do continente africano e não escondem a vontade de voltar... “Era uma vez um jovem de nome Ricardo, que partiu para Moçambique, para terras macuas, com o intuito de trabalhar em comunidade com a equipa missionária de padres espiritanos que já há algum tempo por lá estavam em Missão. Esse jovem sou eu e a história que vos conto foi por mim vivida e é com alegria que a partilho convosco. Foi em Outubro de 2006 que cheguei a Itoculo, uma paróquia da diocese de Nampula, no nordeste de Moçambique. Têm razão as pessoas que dizem que África marca para sempre e tal foi a força que, acabado de chegar, pude presenciar as cores e sabores, gentes e cultura, que em cada pedaço de chão deixa um traço no coração de quem lá passa. A paróquia de Itoculo é composta por 77 comunidades cristãs, espalhadas por uma vasta área (60x80 quilómetros), com 80 mil habitantes, dos quais apenas dez por cento são cristãos. A Missão de Itoculo, encontra-se numa zona rural, onde subsiste uma pobreza extrema. As vias de comunicação começam a ser restabelecidas. Contudo, havia sempre algum caminho matreiro que nos fazia perder na aventura de tirar o jipe das areias ou
terras enlameadas. A educação e a saúde são dois sectores bastante carenciados. É precisamente na área da educação que vou dar o meu apoio enquanto professor de Educação Musical e Formação Cívica. A experiência de dar aulas neste contexto foi profundamente marcante, retendo ainda hoje na lembrança os olhares vivos e brilhantes das crianças sem nada, mas cheias de vontade de aprender, sem preocupação em percorrer, descalças sob um sol tórrido, quilómetros e quilómetros, durante horas e horas, até à escola apenas para… aprender. Que grande lição para as nossas crianças portuguesas! Em geral, só a partir dos nove anos é que começam a dominar a língua portuguesa, falando primeiramente a língua nativa, o macua. E perguntam vocês: ‘O Ricardo dava aulas em macua?’ Não, não dava. Eram em português e apenas aos 6º e 7º anos de escolaridade, em idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos. Alguns aí em casa poder-se-ão interrogar se alguns dos alunos não teriam “idade a mais” para estar no 6º e 7º anos de escolaridade. Contudo, a resposta é fácil, mas testemunha uma realidade difícil. A escola ficava a muitos quilómetros de distância para alguns alunos e, portanto, como não havia carro, autocarro ou metro, apenas algumas bicicletas para poucos afortunados e uma dezena de motos em toda a paróquia, as crianças ficavam em casa com os pais, partilhando as tarefas domésticas, desde procurar água e transportá-la, lavar
As crianças faziam parte do dia-a-dia do trofense
Ricardo passou mais de um ano em missão
roupa, ajudar na machamba (campo de cultivo) no cultivo de milho, mandioca, gergelim, algodão, amendoim, feijao, batata-doce, ajudar na confecção dos alimentos, que tinha por base a “chima” (farinha de milho cozida), cuidar dos irmãos mais novos, tendo também momentos de convívio e brincadeira com as outras crianças do bairro. Só quando eram autónomas e capazes de se desenrascar, é que se mudavam para o centro da paróquia, onde estava a escola. Lá, ou ficavam em casa de um familiar ou partilhavam uma residência com outros estudantes ou então alugavam uma casa e tinham que colaborar nas despesas e pagar uma renda. Curioso o sentido patriótico do povo moçambicano, em especial os estudantes, que todas as manhãs se concentravam e entoavam o hino enquanto se hasteava a bandeira nacional. Quando pensamos em escolas, pensamos que são “uma seca”, no dizer dos estudantes de hoje em dia. Esses mesmos estudantes que não valorizam as condições em que têm essas mesmas aulas e o facto de as terem. Na Escola de Itoculo, as crianças não tinham mesas nem cadeiras. Sentavam-se em bancos e colocavam os cadernos sobre as pernas. As salas não tinham electricidade. Não havia chegado o choque tecnológico, tão em moda nos dias de hoje. Contudo, não se deixava de ensinar e muito menos de aprender. Sim, aqueles olhares atentos
e sedentos de sabedoria, de conhecimento, que dariam gosto a qualquer professor de hoje em dia. Além de mim, como professor estrangeiro e missionário, estava a irmã Felicité, missionária espiritana, que leccionava Inglês. Ao todo éramos nove professores, três nacionalidades: Moçambicana, Portuguesa e República Centro Africana. Ser professor é abrir as portas do conhecimento. E sem dúvida que se aluno havia que as queria escancarar, esse era o Albertino. Impossível deixar de me lembrar dele. Impossível deixar de admirar aquela vontade, aquele entusiasmo e determinação com que enfrentava cada dia. Com o seu sorriso e alegria espalhava um tom diferente naquelas terras para mim já por si diferentes. Uma diferença que contagiava e fervilhava nas outras crianças da turma do 7º A, como num atrelar a uma onda que se espraia em sonhos, esperanças, risos, olhares… de crianças. Podemos julgar que isto é um passado, quando já é o futuro, muito mais que sonho puro, embarcado num projecto, talvez de uma utopia discreta, mas pelo Albertino muito apetecida e que o vai levar longe. O sonho do Albertino, que ele criou e recriou, é o sonho de muitas crianças macuas, que não se entregam à euforia do destino e se recusam ser folhas de papel, números gritantes do Terceiro Mundo, mas tinta do amanhã, alicerce sólido do futuro de um país, o seu país, Mo-
çambique. O dia-a-dia na Missão de Itoculo era passado entre a escola e a visita às comunidades cristãs. A equipa missionária desdobrava-se de maneira a dar asas a um trabalho que passava pela formação de leigos e de líderes comunitários, pela formação na justiça e paz e em cuidados básicos de saúde, na elevação do papel das mulheres, na execução de uma rede de escolinhas espalhadas pela paróquia, de maneira a suprir as carências na área da educação e, em especial, pela formação catequética. Dos momentos belos que guardo de Moçambique, e que foram muitos, dando para uma enciclopédia bem grossa, vem-me neste momento à memória o céu à noite. Todo aquele céu imenso, estrelado e cintilante, era silêncio, depois de um dia marcado pela agitação, conversas, ideias, correrias, trabalho e alegria. Aquele céu era a prova de que Deus estava com aquele povo e que o envolvia ternamente, na certeza de um futuro melhor, na fé acesa e desperta porque vivos e não poetas, que é coisa de sofrer, mas poemas, saídos da pena de Deus, na terra dos homens. Quanta coisa quis fazer e quanta coisa não fiz. De um lado Deus permitiu. De outro lado o tempo não quis. E é por isso que sonho um dia voltar, para um lugar tão longe e tão perto, mas que se revelou um mundo que me era tão certo”. Ricardo Maia
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27 de Janeiro de 2011
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“A tradição é rezar e puxar a bengala ao S. Gonçalo” Isabel Moreira Pereira isabel@onoticiasdatrofa.pt
Conhecido por muitos por ser um Santo casamenteiro, o S. Gonçalo também é advogado daqueles que têm problemas nos ossos. O NT entrevistou uma das covelenses mais antigas para saber quais as tradições associadas a esta festa centenária. Clarinda Martins Vieira conta 93 anos. Será uma das covelenses com mais anos de vida e a que melhor conhece as tradições daquela freguesia do concelho da Trofa. A festa em honra de S. Gonçalo recorda como sendo “sempre igual”, mas houve um ano que se destacou: “O meu avô já contava que era sempre muita chuva e que a festa era muito difícil de fazer, depois mudaram-na para o Verão, e dizem que foi azar, porque nesse dia choveu. Tiveram de mudar outra vez a festa para Janeiro, porque o Santo não queria aquele dia”. A tradição é “ir à beira do Santo rezar e puxar a benga-
la”, porque “traz felicidade”. “As moças agora já não fazem isso”, garante. Mas o Santo também é conhecido por aqueles que têm problemas de ossos e que vêm à festa para pedir as melhoras. “Eu tenho muita devoção, mas vem muita gente do Porto e da Maia com muita fé, eu até fico admirada”, contou Clarinda, recordando histórias de possíveis milagres realizados pelo santo: “Há um senhor que já vem aqui há muitos anos, que nem sabia quem era o S. Gonçalo e onde era. Veio convidado por um amigo que lhe disse ‘lá o que mais há são doces e figos!’. O homem veio saber quem era o Santo, entrou na capela, rezou e viu a procissão. Depois contou-me que tinha um catraio que na segunda-feira ia fazer uma operação aos dedos e que o médico tinha dito que seria preciso cortar um dedo. O homem estava com fé e pediu pela saúde do filho. Quando chegou à beira do filho ele já não precisava de cortar o dedo, nem da operação. Ele disse-me ‘depois disso, nunca mais deixei de vir ao S.
Gonçalo’”. A este ritual das caminhadas até Covelas para pedir um pouco de tudo a S. Gonçalo, junta-se ainda a boa comida, que se pode encontrar nas tasquinhas espalhadas pelas ruas que circundam a capela. “Na nossa tasquinha, quando ainda estava a minha mãe, faziam-se papas de sarrabulho e rojões. Vinha cá muita gente”, lembrou. O ne-
gócio começou a evoluir e foram alargando o espaço e contratando pessoas para ajudar a servir às mesas. “Vinha gente toda a semana, de todos os lados, eu até comprava 500 quilos de fêveras, fazia rojões e arroz”, contou. Apesar da idade, a Clarinda Vieira nada impede de continuar a comandar os destinos deste restaurante na freguesia. “Eu tomo conta do restau-
rante e ainda ensino a cozinhar”, frisou, referindo que agora à ementa se juntam outras especialidades. Hoje, vê o negócio ser gerido por um dos netos e prefere ficar em casa a rezar e a apreciar a festa pela vidraça. “Mas quando era moça ia à festa rezar e ver o fogo-de-artifício”, referiu.
Clarinda Vieira tem 93 anos
De cavalo até Covelas Amigos do Pedal promovem A tradição de rumar a Covelas a pé ou montado a cavalo perde-se no tempo, mas a Confraria do Cavalo mantém vivo este costume. Assim, no domingo, o ponto de encontro é no Mercado/Feira da Trofa, às 10 horas, para de-
pois seguir “em direcção” ao S. Gonçalo. A actividade é aberta a todos os que quiserem participar e, se o tempo o permitir, o percurso de ida será feito pelo monte de Paradela e o regresso pelas estradas regulares. R.M.
“Passeio do Rojão” Para não apagar a tradição, a Associação Amigos do Pedal vai promover mais um “Passeio do Rojão”, que tem como ponto de chegada a freguesia de Covelas, em plena romaria de S. Gonçalo, no domingo, 30 de Janeiro. Este evento “informal” foi pensado para “proporcionar uma jornada de confraternização entre os amantes do BTT das mais variadas idades”, referiu fonte da associação. O passeio-convívio tem iní-
Associação costuma realizar esta iniciativa
cio na cidade de Vila Nova de Famalicão, junto aos Paços do Concelho, pelas 8.15 horas, e tem como destino “a famosa” festa de S. Gonçalo. Dado o seu carácter informal, a participação não assegura seguro nem é sujeita a inscrição prévia. O percurso, ida e volta, é de sensivelmente 40 quilómetros e apresenta-se como sendo de média dificuldade física e de baixa dificuldade técnica. C.V.
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
Covelas 9
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Rita Maia rita@onoticiasdatrofa.pt
Grupo “Crescer Unidos” junta jovens com vontade de fazer mais por Covelas.
Uma das actividades desenvolvidas pelo grupo é a Festa da Fonte
seu trabalho e angariando alguns fundos. Outra iniciativa de relevo foi a exposição fotográfica “Olhar Covelas”, que tinha como objectivo mostrar o património da freguesia. O grupo participa ainda em vários fóruns TCA (Trofa Comunidade de Aprendentes) e nas actividades organizadas pelo TJC (Trofa Jovens em Comu-
nidade), do qual faz parte. “Penso que, na generalidade, a comunidade valoriza o trabalho do grupo, no entanto, sentimos que por parte de determinadas pessoas ainda existe o complexo de que alguns jovens têm comportamentos menos toleráveis”, confessou a responsável pelo grupo. Entre os projectos para o
futuro, o grupo gostaria de conseguir uma sede própria, já que actualmente reúnem na Residência Paroquial cedida pelo pároco local, José Ramos. “Queremos continuar a descobrir as belezas naturais escondidas em Covelas, valorizá-las e dá-las a conhecer a todos”, explicou Rosa Lage.
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Fundado em Setembro de 2006, o Grupo de Jovens “Crescer Unidos” é uma consequência dos laços de amizade que Rosa Lage desenvolveu com os alunos, os seus familiares e a comunidade de Covelas, ao longo dos 28 anos em que leccionou na freguesia. “Após a minha aposentação, fui surpreendida pelo convite formulado por um grupo de jovens que mostrava vontade de se organizar, visto não existir em Covelas qualquer actividade cultural ou recreativa para ocupar os tempos livres”, recordou a professora. Actualmente, o grupo é constituído por 22 jovens (oito raparigas e 14 rapazes, com idades entre os 12 e os 15 anos), que querem “crescer unidos”, pois sentem que devem “aprender a crescer em comunidade e com espírito de
união”. A solidariedade e a cultura são as actividades que mais movem este grupo, cujos objectivos passam por “realizar actividades culturais interessantes”, “participar em actos solidários” e “contribuir para o crescimento e desenvolvimento humano, social e cultural de todos os membros”, mantendo a “união”. Ao longo do ano, os jovens desenvolvem várias actividades e procuram participar em iniciativas concelhias e nacionais, como por exemplo o projecto “24 horas solidárias na água”, com o intuito de ajudar a APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) da Trofa ou o peditório da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Uma das actividades mais importantes do grupo é a recriação da Festa da Fonte, que promove anualmente em Julho. O “Crescer Unidos” também marca presença na romaria mais importante do ano na freguesia: no S. Gonçalo monta uma “barraquinha”, dando a conhecer o
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Crescer Unidos em Covelas
Quatro dias de festa honramS.Gonçalo Isabel Moreira Pereira isabel@onoticiasdatrofa.pt
Todos os anos são muitos os que contam os dias para rumar ao S. Gonçalo em Covelas. Uns pela fé, outros pelo convívio e muitos que querem apenas provar as iguarias regionais que um pouco por toda a freguesia são vendidas. Este ano, a festa em honra de S. Gonçalo, na freguesia de Covelas, decorre entre os dias 28 e 31 de Janeiro. As actividades já estão programadas e espera-se que a festa supere as expectativas. Falta apenas consultar a meteorologia para saber se o S. Pedro não vai pregar uma partida. De acordo com o Instituto de Meteorologia de Portugal, não estão previstos aguaceiros, pelo menos para domingo, dia em que milhares de pessoas rumam a Covelas. Mas as festividades começam já na sexta-feira, às 21 horas, com um espectáculo de folclore onde actuarão
os Ranchos Folclóricos de S. Miguelo-Anjo e de Silvares. No sábado, a festa começa logo às 8.30 horas com o Agrupamento Musical Juventude em Força, às 12 horas decorre a Missa de Acção de Graças dos Gonçalos e às 18 horas a Missa Vispertina. Para as 21 horas está marcado o espectáculo musical com o grupo “Kapittal” e às 23.30 horas a sessão de fogo-deartifício. A Banda de Música de Lousada dá entrada no domingo, às 8.45 horas, na Missa da Igreja Matriz. Às 10 e às 11.30 horas decorrem as Eucaristias em honra de S. Gonçalo e às 14.30 horas prevê-se a entrada da Fanfarra de Cabanas. A Procissão em honra do Santo tem início às 15.30 horas e às 21 horas actuará o agrupamento musical OSIV. Na segunda-feira a festa encerra com a “Eucaristia do Voto” e procissão ao redor da Capela, às 9 horas, e com a actuação do Conjunto Típico Novo Dia, às 15 horas.
A cantar novas rimas em Covelas e pelo país Isabel Moreira Pereira
Conhecidos por representar a freguesia de Covelas na ExpoTrofa, em Julho, e em vários locais por todo o país, a Associação de Música Popular Rima Nova existe há 21 anos. A ideia de formar um grupo que com novas rimas cantasse a música tradicional portuguesa nasceu com “a amizade”. Já lá vão quase 22 anos que em Covelas se formou o grupo Rima Nova, que se mantém “firme para enfrentar novos desafios”. “Noutros tempos alguns elementos faziam parte de um grupo de teatro que existia em Covelas, entretanto alguém teve a ideia e lá formámos este grupo”, recordou Arlindo Sousa, um
dos elementos. Hoje, sentem-se “como uma família”. São sete músicos em palco, que contam ainda com a ajuda de um técnico e dois assistentes. Com cavaquinhos, violas, pandeireta, tambores e as vozes afinadas, o grupo tem mantido a divulgação da música portuguesa. Como todos os grupos têm “objectivos definidos” e, por isso, garantem “ensaiar” para se tornarem “cada vez melhores”. Nos concertos, mostram o fruto desses ensaios e cada um deles se transforma em “momentos especiais” partilhados pelos membros do grupo em palco. Do outro lado, “o calor humano” do público que os aplaude a cada música, “transmite segurança”. “E vontade para desempenharmos o nosso papel”, completou Arlindo Sousa.
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27 de Janeiro de 2011
|O Notícias da Trofa
“Tirei Covelas da lama” Isabel Moreira Pereira isabel@onoticiasdatrofa.pt
Fernando Moreira, autarca de Covelas, garante que a freguesia evoluiu nos últimos anos. Em entrevista ao NT falou da construção da sede da Junta, onde será incluído um multibanco, que ainda não existia na freguesia. São quase 30 anos a comandar os destinos da freguesia de Covelas e Fernando Moreira não tem “papas na língua” no que toca a falar da evolução da freguesia. “Tirei a freguesia de Covelas da lama”, afirmou. “Eu não me apresentei às eleições, foram fazer-me o convite a casa e eu aceitei”, recordou, frisando que durante alguns anos esteve sem oposição, mas depois “os partidos começaram a preparála”. “Podem dizer mal do presidente da Junta de Covelas”, mas o próprio, está de consciência “tranquila”. “A oposição não apresenta uma obra, eles criticam para me deitar abaixo”, acrescentou, sem querer comentar mais o assunto. Tendo a segunda maior
área de freguesia do concelho (16,69 quilómetros quadrados), em Covelas o que se destaca são os espaços verdes a perder de vista, mas também foi feita obra: “A freguesia tinha apenas uma estrada, hoje todas as ruas estão pavimentadas, têm luz pública em todo o lado, uma capela mortuária, antes havia apenas uma cabine de corrente eléctrica e tudo mudou”. “A Junta de Freguesia, com a colaboração do senhor David Campos, construiu também a escadaria da capela de S. Gonçalo, aos poucos e com a ajuda de outros covelenses”, recordou. Brevemente estará também concluída a sede da Junta. “Comprei o terreno e estamos a fazer a obra de raiz”, garantiu, lembrando que a Câmara Municipal, “já pagou 30 mil euros do total de 70 mil euros” prometidos. “Mesmo esses 70 mil euros eram para ajudar a comprar o terreno, mas já falei com a senhora presidente da Câmara, que vai ter de dar algum dinheiro para as obras”, comentou. No entanto, considera: “Tenho feito uma boa gestão e já do tempo do outro executivo da Câmara era dos únicos presi-
Fernando Moreira mostra futuras instalações da Junta, ainda em construção
dentes que fazia muitas obras com o dinheiro que poupava”. O novo espaço da freguesia terá um gabinete para reuniões, sala de informática, cave para arrumar o material da Junta de Freguesia, o gabinete do presidente, elevador, um auditório e um multibanco, que ainda não existia na freguesia. A obra “está a andar a bom ritmo”, de acordo com o autarca, que não quis avançar com a data da conclusão. Mas Fernando Moreira e o seu executivo não pensam
apenas nas obras. A área social também é levada em conta: “Se eu souber que há uma pessoa em Covelas a passar fome, eu mando lá alguém levar mercearia e se souber que alguém precisa de medicamentos também resolvo o problema”. “S. Gonçalo é uma tradição bonita” “A festa maior da freguesia é o S. Gonçalo”. Esta é a certeza de Fernando Moreira, que sabe que nos dias em que
se honra este santo “todos os caminhos vêm dar a Covelas”. Os romeiros invadem a freguesia e para além dos trofenses, “também pessoas de todo o país vêm a Covelas”. “É uma festa muito bonita e todos gostam de vir a Covelas para se divertir e tenho muita pena quando ouço dizer que não há pessoas para a Comissão de Festas”, lamentou, frisando que acredita que “a festa nunca vai acabar”. “É uma festa que eu amo muito”, reiterou.
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Covelas 11
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GD Covelas dá desporto à freguesia Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
continuar a desenvolver actividades desportivas para os jovens do concelho” e que “sem apoios extra-concelhios, seria impossível levar o ‘barco’ a bom porto”. “Por isso queremos aproveitar e agradecer a todos os patrocinadores e amigos que nos têm ajudado nesta caminhada. À equipa técnica, obrigado pelo esforço aplicado em todos os treinos e jogos onde, apesar do amadorismo, têm sempre uma postura muito profissional. Deixamos também uma palavra de apreço às entidades do concelho pelo apoio dado da forma possível, quer ao município quer à Junta de Freguesia”, asseverou.
Grupo Desportivo de Covelas tem equipa de futsal feminino a militar na 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Clube sonha com construção de um pavilhão para as modalidades de salão. É o único clube desportivo da freguesia de Covelas, mas “está sempre de portas abertas a toda a comunidade”. Com 32 anos, feitos no dia 2 de Janeiro, o Grupo Desportivo de Covelas está a desenvolver a sua actividade no futsal, com uma equipa feminina a militar na 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). Esta é a primeira incursão da equipa neste campeonato, depois de ter sido “repescado” pela AFP. A campanha da formação covelense tem sido “melhor do que as expectativas”, afirmou fonte do clube. “Com o esforço da equipa técnica, conseguimos contratar algumas jogadoras de qualidade que vieram dar alguma consistência. Sendo o objectivo a manutenção neste escalão e estando a alguma distância da ‘linha de água’, cre-
Equipa feminina milita na 1ª Divisão da AFP
mos que estamos no bom caminho”, referiu. Mas nem sempre de futsal se ocupou a colectividade. Foi o futebol de 11 que captou os esforços dos elementos do GD Covelas e até o atletismo teve alguma representatividade. Actualmente, “estão na forja algumas actividades futuras a desenvolver na vertente desportiva”, como “o trabalho no sentido de obter apoios para a criação de novos escalões na modalidade de futsal”, no entanto o projecto está ainda “numa fase embrionária”.
Outro dos “sonhos” do clube é “a construção de um pavilhão próprio para a prática de várias modalidades de salão”. A população de Covelas “ajuda da forma que pode, mesmo não sendo das freguesias mais ricas do concelho”, mas os dirigentes notam que “cada vez mais pessoas acompanham o clube fruto da criação do site oficial e da constante divulgação do clube nos órgãos de comunicação social”. “O Grupo Desportivo de Covelas tem neste momento
uma visibilidade que não teve ao longo da sua vida. O facto da criação do site, que cerca de 3500 pessoas já visitaram, a boa campanha da equipa feminina de futsal desde que estes técnicos estão a trabalhar connosco, passando pelas boas relações com a comunicação social e instituições desportivas, relançaram o clube para uma projecção que não estávamos à espera”, explicou a mesma fonte. Os elementos do clube têm ciente “o esforço que a direcção tem feito para que o único clube da terra possa
Campo do Covelas utilizado pelos jovens do Trofense O campo de futebol do GD Covelas está, actualmente, sob a alçada do Clube Desportivo Trofense. Foi assinado um novo acordo de parceria, para que os jovens do clube da Trofa possam treinar. “Com o fim da equipa sénior de futebol de 11, achamos necessário fazer este tipo de parceria para que todos possam usufruir de instalações desportivas que tanto fazem falta ao nosso concelho”, explicou.
Caridade de S. Martinho
Trabalhar na entrega aos outros Rita Maia Cátia Veloso
Caridade de S. Martinho é um grupo constituído por covelenses que querem ajudar os conterrâneos que mais precisam, seja com bens ou uma palavra amiga. O padroeiro de Covelas, S. Martinho, foi “um bom exemplo de caridade” e, por isso, um grupo de pessoas, lideradas por Laurinda Martins, pe-
diu emprestado o nome do santo para criar o Grupo Caridade de S. Martinho. “A inexistência deste grupo era uma lacuna a nível paroquial. Procurei amadurecer a ideia (que partiu do pároco local José Ramos e do Bispo Auxiliar da diocese D. João Miranda) e fez-se luz quando num passeio de mulheres, vi que estas podiam ser pedras preciosas para a organização do grupo”, explicou Laurinda. Ao apelo desta covelense
responderam 20 pessoas (18 mulheres e 2 homens), que querem “chegar a todos sem excepção, para que ninguém fique sem comida, agasalhos, medicamentos e uma presença amiga, particularmente os que estão impossibilitados de sair de casa, quer pela doença quer pela idade”. Sem estatutos oficiais e sem fundo de maneio, o grupo elegeu informalmente Laurinda Martins como presidente, que reúne mensalmente com um secretário e um tesoureiro. O Caridade de S. Martinho tem já um espaço no salão paroquial, onde pode guardar os géneros alimentícios e a roupa que consegue angariar. Também o peditório das eucaristias do primeiro fim-desemana de cada mês reverte a favor do grupo, que “não quer aplausos”: “A solidariedade quer um pouco de visibilidade, enquanto a caridade passa pelo silêncio e pelo anonimato, trabalha na gra-
Bens estão armazenados no salão paroquial
tuitidade e na entrega aos outros”. Apesar de algumas carências económicas, em Covelas o grande problema da população “é a solidão”. Meia centena de covelenses está “impossibilitada de sair de casa”. Fazer uma visita e passar algum tempo com estas pessoas é compensador tanto para quem os recebe como para quem faz parte do grupo. “No feedback que recebi dos membros que já fizeram estas visitas, estes disseramme que ficaram muito conten-
tes e que se sentiram muito bem”, contou Laurinda. Durante a festa de S. Gonçalo, que decorre entre os dias 28 e 31 Janeiro, o grupo vai vender rifas, e oferecer brindes em troca, para angariar fundos. O grupo vai ainda distribuir um desdobrável para informar a população da freguesia da sua actividade e quer promover uma noite de música ao vivo, em Fevereiro, perto do Dia dos Namorados, para angariar fundos.
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27 de Janeiro de 2011
|O Notícias da Trofa
Boicote no Muro para reivindicar o Metro Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
No domingo, ninguém votou no Muro. Enquanto nenhum elemento que constituía as mesas de voto apareceu na sede da Junta, a população juntouse na estação desactivada para “levantar a voz” e reivindicar a vinda do metro. “Metro para a Trofa Já” era a mensagem das camisolas daqueles que não conseguem esperar mais. No domingo, em pleno dia de eleições, a população do Muro juntou-se para reivindicar a vinda do metro. Às 8 horas, quando as urnas deveriam abrir, não havia nenhum elemento para constituir as mesas de voto. O descontentamento dos murenses ganhou novos contornos com Carlos Martins, presidente da Junta, a defender que “como votar é um direito, também há o direito à indignação”. Poucos foram os eleitores que quiseram exercer o direito cívico e, por momentos, a confusão instalou-se na sede da Junta, mas rapidamente os ânimos serenaram.
Já no largo onde está a antiga estação, vestida de negro em sinal de protesto, centenas de murenses juntaram-se para dizer “basta” aos adiamentos de uma obra que foi prometida há quase uma década. O som dos bombos improvisados tocados por jovens da freguesia ecoava e chamava a atenção para a manifestação. Um pouco por todo o espaço envolvente, mensagens pintadas nas paredes e até na Estrada Nacional 14 foram mais uma das “armas” da luta murense. Joaquim Vinhas desabafava que a população “está farta de promessas” e “se há dinheiro para um lado, também há para o outro”. Já Conceição Costa considerava que esta manifestação “devia ter sido feita há mais tempo”. Estava “com pena de não ir votar” – era “a primeira vez” que não exercia o direito de voto – mas estava do lado da vontade da população. Maria Ramos “vestiu a camisola” da indignação e prometeu “mais manifestações para ver se olham para os murenses”. A presidente da Câmara Municipal também compare-
Murenses fizeram um cordão humano
ceu na manifestação para apoiar o anseio dos habitantes do Muro, apesar de não concordar com o boicote. “O metro à Trofa tinha que ser uma realidade. É uma promessa e um direito que os trofenses adquiriram há quase dez anos. Os murenses podem contar comigo ao lado deles nesta luta difícil”, referiu. O presidente da Junta esteve sempre do lado dos po-
pulares para exigir a reposição da justiça. Carlos Martins considera que “o processo a nível político foi muito mal conduzido”. “Neste processo, nós sentimo-nos, até à data de hoje, um pouco isolados, porque somos uma freguesia pequena, mas a população mostrou a sua força. Agora peço à Câmara e às Juntas das freguesias por onde passa a linha que nos juntemos todos por uma causa única”, asseverou. Cordão humano para reivindicar o Metro Depois da agitação da
População fez-se ouvir no dia das eleições PUB
manhã, a população do Muro voltou a “bater o pé” durante a tarde de domingo, na defesa do meio de transporte. Os populares mobilizaram-se junto da estação desactivada para fazer um cordão humano e gritar: “Metro já, votos não há”. Hélder Ferreira foi uma das centenas de pessoas que caminharam entre a Junta e a antiga estação. Este murense considera que a manifestação “deve começar por algum lado”, mas lamenta “a falta de apoio das outras freguesias do concelho”. “Isto deve ser uma guerra da Trofa para ter aqui o metro”, atestou.
Populares reivindicam vinda do metro até à Trofa
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
Actualidade 13
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Ninguém votou no Muro Rita Maia Isabel Moreira Pereira
Nem sequer um eleitor do Muro exerceu o seu direito de voto esta terça-feira. Depois do boicote de domingo, os murenses voltaram a não ir às urnas para, mais uma vez, mostrar o seu descontentamento com a retirada do comboio de circulação e o constante adiamento da conclusão da Linha Verde do Metro até à Trofa. Às oito horas de terça-feira, as mesas de voto abriram na Junta de Freguesia do Muro, de forma a dar voz a quem entendesse votar. No entanto, as horas foram passando e apenas chegavam ao local jornalistas e alguns populares que reiteravam o protesto e a vontade de não votar até que “o metro venha para a Trofa”, antevendo possíveis boicotes a actos eleitorais futuros. Foi isso mesmo que defendeu António Oliveira, residente em Alvarelhos, mas solidário com a causa murense. “Tenho quase a certeza que nas próximas eleições, sejam elas para o próximo mês ou daqui a quatro anos, a Trofa toda vai aderir ao boicote até que o metro passe aqui”, vaticinou, olhando de relance no sentido do local onde outrora passaram comboios na “linha estreita”.
PUB INST
Manuel Santos chegou à Junta de Freguesia do Muro montado num cavalo, que, desde que retiraram o comboio de circulação, é o seu meio de transporte, porque “em casa só existe um carro” e a esposa “precisa dele”. Esta foi a forma que este murense escolheu para mostrar o seu desagrado por uma situação que já se arrasta há quase uma década. Também Lúcia Oliveira quer ver a questão do “metro para a Trofa resolvida” e vai mais longe ao afirmar que os murenses “deviam cortar a estrada”, porque “o metro faz muita falta”. “Se não queriam colocar o metro, não tiravam o comboio. Eu sou doente oncológica, não posso passar sem transportes e só muito raramente é que há camionetas”, lamentou. Enquanto Lúcia Oliveira explicava a importância da vinda do metro para a Trofa, Nelson Neves, Pedro Santos e Pedro Paiva conversavam entre si sobre o mesmo tema. Estes três jovens de 18 anos fizeram parte das duas mesas de voto instaladas na Junta de Freguesia, juntamente com alguns colegas. Os três rapazes nunca votaram e estão solidários com o resto da população mas, devido ao boicote de domingo, foi necessário convocar novos elementos para a mesa de voto. “Já há muito tempo que precisamos deste transporte, sobretudo nós, os
Murenses não esconderam alegria ao final do dia
jovens, e esta é uma boa forma de começar a nossa ‘vida eleitoral’”, garantiu Nelson Neves. Pedro Santos completou a ideia: “Não estamos a apoiar nem a votar em nenhum candidato, mas sim a votar no Metro”. O colega Pedro Paiva constatou que o dia estava “a ser calmo” e até queria que “continuasse assim”, pois era “uma forma de protesto pacífica”. “Estava ansioso por votar pela primeira vez, mas esta é uma boa causa”, confessou. Foi assim ao longo de todo o dia, com palavras de incentivo e de solidariedade proferidas enquanto o relógio contava os minutos que faltavam até às 19 horas, altura em que as urnas encerraram como abriram: vazias. “Vitória! Vitória!” gritavam os murenses que fizeram questão de participar neste momento histórico para o Muro, para a Trofa e para o país. Mas as grandes vitórias são conseguidas a custo e os minutos que antecederam a abertura das urnas foram vividos de forma ansiosa, com olhares (in)discretos através dos vidros das janelas até que o momento mágico aconteceu: o presidente da mesa cortou o fio lacrado, retirou a tampa e virou a urna ao contrário, sem que nem um papel dobrado caísse. Marta Silva fazia parte do grupo que não escondia a alegria do momento: “O Muro pode ser muito pequeno, mas hoje (terça-feira) foi muito grande. Fez-se ouvir com um acto de cidadania, pro-
testando mas pacificamente”. Luís Silva também esteve na Junta de Freguesia para o momento do encerramento das mesas da voto e prometeu que “não” volta a exercer o direito de voto enquanto “o metro não chegar ao Muro”. “No domingo as pessoas não votaram porque não puderam, mas desta vez não votaram porque não quiseram e este foi um apoio muito forte a todos os que se envolveram nesta luta”. Foi desta forma que António Correia resumiu os acontecimentos dos últimos dias. O objectivo estava alcançado e foi cumprido “a cem por cento”: “Chamar a atenção dos governantes”. Ao final da tarde, Carlos Martins, presidente da Junta, sentia “o mesmo” que os cerca de 2600 habitantes da freguesia, porque esta votação “foi a prova dos nove”, que confirmou a “indignação” do povo do Muro. O autarca não escondeu o contentamento e anunciou que está a ser organizada uma visita de quatro deputados do CDS. “Estamos a tentar que todos os deputados, de todos os partidos, eleitos pelo círculo do Porto venham ao Muro para dizer o porquê da não vinda do metro até à Trofa, se todos prometeram que ele chegaria ao concelho. Queremos saber se nos vão continuar a enganar ou se, de facto, vão começar com a construção da linha do metro”, afirmou o autarca.
Populares estavam satisfeitos pelo facto de se ter confirmado abstenção total
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27 de Janeiro de 2011
|O Notícias da Trofa
Assinaturas contra maus-cheiros em dia de eleições
Movimento já conseguiu cerca de mil assinaturas Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Cavaco ganhou na Trofa Isabel Moreira Pereira Cátia Veloso
Cavaco Silva foi o vencedor das eleições presidenciais 2011. Na Trofa, o acto eleitoral decorreu com normalidade em todas as freguesias, à excepção do Muro. Na Trofa, como em todo o país, Cavaco Silva foi o vencedor das eleições presidenciais 2011. Com 9555 votos, Cavaco ultrapassou Manuel Alegre, que obteve apenas 2854 votos. Os trofenses foram às urnas em todas as freguesias, à excepção do Muro que, devido à ausência de elementos para as mesas de voto, obrigou à marcação de novo sufrágio para esta terça-feira, conforme está estabelecido na lei. No entanto, nenhum eleitor foi votar, o que contribuiu para o aumento dos valores da abstenção, que na eleição deste ano se cifrou nos 48,94 por cento (em 2006 foi de 29,84 por cento, de acordo com dados divulgados em www.presidenciais.mj.pt). Apesar da abstenção do Muro, “o acto eleitoral decorreu de uma forma pacífica e não se registou nenhum incidente”, explicou José Magalhães Moreira, vice-presidente da Câmara
Municipal da Trofa. De acordo com o autarca, a afluência às urnas “foi mais baixa do que na anterior eleição” e os resultados “estiveram dentro do expectável”. Quanto aos candidatos, os discursos foram díspares. Enquanto um festejava a vitória, o outro assumia a derrota. Cavaco Silva foi reeleito Presidente da República com 52,95 por cento dos votos e, por isso, saudou todos aqueles que lhe deram “a confiança do voto de uma forma tão expressiva”. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para justificar a confiança que em mim depositaram”, frisou. Quanto aos ataques de que foi alvo durante a campanha, Cavaco deixou bem claro: “Foi a vitória da verdade sobre a calúnia, a vitória de uma candidatura feita pela positiva”. Já Manuel Alegre, que recolheu apenas 19,76 por cento dos votos, felicitou Cavaco Silva, assumiu “pessoalmente a derrota” e rejeitou “qualquer comparação com outras eleições”. “O meu objectivo
era a passagem à segunda volta, não consegui e por isso assumo a derrota”. Mas nestas eleições houve outras surpresas. Fernando Nobre, candidato independente, mostrou-se satisfeito pelo facto de que a “candidatura da pura cidadania” ter “um resultado histórico”. “Com cerca de 14 por cento dos votos e 500 mil votantes, não tenhamos dúvidas, a cidadania portuguesa está viva, recomenda-se e o país vai ter que ter isso em conta”, acrescentou. José Manuel Coelho, conquistou 4,49 por cento dos votos dos portugueses, tendo ficado em segundo lugar no arquipélago da Madeira, por isso garantiu que o seu “futuro político” seria agora “lutar por uma Madeira democrática, onde o 25 de Abril floresça nos corações dos madeirenses na sua plenitude”. O objectivo é “derrotar a ditadura ‘jardinista’”. O candidato apoiado pelo PCP, Francisco Lopes, obteve 7,14 por cento dos votos e Defensor Moura reuniu 1,57 por cento dos votos.
Movimento Ambiente Saudável conseguiu recolher cerca de 600 assinaturas contra os maus cheiros, em S. Romão do Coronado, no dia das eleições. Em dia de eleições houve quem trabalhasse por uma causa. No domingo, à porta da Escola da Portela, em S. Romão, elementos do Movimento Ambiente Saudável, que luta contra os maus cheiros que afectam a freguesia, recolheram cerca de 600 assinaturas dos eleitores que votaram para a Presidência da República. Segundo Joaquim Dias Pereira, um dos elementos do Movimento, a iniciativa “correu muito bem”. “Todos aqueles que nós abordámos assinaram”, referiu. Depois de ter apresentado publicamente uma petição online, cujas assinaturas vi-
sam chegar à Assembleia da República, o Movimento Ambiente Saudável considera que esta acção junto dos eleitores foi “um bom segundo passo” na luta contra os maus cheiros, que incomodam os moradores de S. Romão e S. Mamede do Coronado, Covelas e até mesmo algumas freguesias do concelho da Maia. “Agora teremos que continuar a incentivar ainda mais para a assinatura da petição. Na próxima semana vamos fazer um balanço da primeira recolha, porque os primeiros dias foram um sucesso. Com esta divulgação de hoje (domingo), deu-se a conhecer a petição, mas vamos ter que andar pela rua a recolher as assinaturas”, explicou. O Movimento Ambiente Saudável já conseguiu cerca de mil assinaturas. Para que tenha viabilidade para ir a discussão à Assembleia da República, são necessárias quatro mil.
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Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Director: Hermano Martins (T.E.774) Sub-directora: Cátia Veloso (C.O. 742) Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redacção: Cátia Veloso (C.O. 742), Isabel Moreira Pereira (T.P. 1311), Rita Maia Sector desportivo: Cátia Veloso (C.O. 742), Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741)
Colaboradores: Afonso Paixão, Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Teresa Fernandes, Tiago Vasconcelos Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 18,20 Euros; Extra europa: 57,50 Euros; Europa: 40,60 Euros; Avulso: 0,50 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt
Sede e Redacção: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 Nº Exemplares: 5000 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo
Nota de redacção Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direcção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir susceptibilidades.
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
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Actualidade 15
JS Trofa protesta com tarja na Ponte D. Luís Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A JS da Trofa pendurou uma tarja na Ponte D. Luís, no Porto, com a mensagem “Metro para a Trofa já!”. Dois elementos da juventude partidária foram constituídos arguidos. “Metro para a Trofa já!”. A mensagem despertou com a cidade do Porto, no sábado. Passava pouco das 7.30 horas, quando alguns elementos da Juventude Socialista (JS) da Trofa decidiram reivindicar o meio de transporte, colocando uma tarja no tabuleiro superior da Ponte D. Luís I. As baixas temperaturas que se sentiram na baixa portuense não desmobilizaram os jovens socialistas que, com mais ou menos dificuldade, lá conseguiram pendurar a tarja de 50 metros de comprimento e três metros de largura. O vento não ajudou, mas a mensagem esteve na ponte quase uma hora. A forma de luta ecoou em todo o país, já
que a iniciativa foi divulgada em vários órgãos de comunicação social nacionais. Segundo o líder da JS, Marco Ferreira, esta iniciativa é uma mostra de “indignação”. “Vemos com muita preocupação o último adiamento sine die que foi ajustado à obra do Metro e pensamos desenvolver esta forma de luta para mostrar a nossa preocupação e indignação. Entendemos que as entidades da Trofa devem estar envolvidas nesta questão”, explicou. Para Marco Ferreira, a obra “deve ser prioritária” e deve fazer mobilizar todas “as forças vivas do Norte de Portugal”. “Esta é uma questão que abrange todos os partidos políticos, pois, no quadro da sua acção na Assembleia da República, têm um papel muito importante a dar no contributo para que esta obra seja uma realidade num futuro próximo”, argumentou. O líder da JS Trofa defende que os políticos “devem ouvir o povo” e “olhar para as promessas que lhes foram fei-
Vento dificultou acção dos jovens socialistas
tas e que lhes são constantemente adiadas”. “Tenho a convicção que a população, as forças vivas e as entidades municipais da Trofa ao continuar com a sua força, com o seu desempenho por esta causa, terão a oportunidade de ter a obra do Metro”, as-
severou. Antes de regressar a casa, os jovens socialistas foram levados à esquadra da PSP, no Porto, e dois elementos foram constituídos arguidos, tendo-lhes sido aplicado o Termo de Identidade e Residência. A tarja também foi
apreendida pelas autoridades. Marco Ferreira entende que “as autoridades têm que fazer o seu papel”, mas considera que “se fizerem justiça em relação à JS Trofa”, espera que “se faça justiça em relação à população da Trofa”.
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Lousado
Continental pondera investimento superior a 50 milhões de euros Depois de apresentar um volume de negócios superior a 595 milhões de euros em 2010, na fábrica de Lousado (Vila Nova de Famalicão), o grupo alemão Continental
está a ponderar um investimento superior a 50 milhões de euros na unidade. A novidade foi avançada pelo presidente da subsidiária portuguesa do grupo, An-
tónio Lopes Seabra, em declarações ao Jornal de Negócios. O objectivo é reforçar a linha de produção de pneus de alta performance, cuja produ-
ção aumentou no último ano. A concretizar-se este intento, a Continental vai dar emprego a “algumas dezenas de trabalhadores” e atingir os 470 milhões de euros de investi-
mentos nesta unidade de produção. A decisão ainda não foi tomada pela “casa-mãe”, mas o grupo já adquiriu os terrenos da fábrica de pneus Tribor, que faliu em 2000. R.M.
16 Região
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27 de Janeiro de 2011
|O Notícias da Trofa
Mundos de Vida continua a procurar abraços Isabel Moreira Pereira isabel@onoticiasdatrofa.pt
Cerca de 50 instituições, empresas e escolas responderam afirmativamente à Mundos de Vida e juntaram-se à campanha ‘Procuram-se Abraços’ de 2011. A Mundos de Vida continua à procura de abraços. Numa fábrica, no supermercado, na padaria, na GNR, no hospital, no tribunal e até nas estações de comboios. Também por todo o lado existem crianças que necessitam de uma família de acolhimento que possa dar amor, carinho e muitos abraços. A 19 de Janeiro, a Mundos de Vida apresentou a campanha para 2011 ‘Procuram-se Abraços’. Esta forma de captar a atenção para as crianças que necessitam de uma família de acolhimento surgiu há cinco anos e “tem sido um
sucesso”. Mas este ano, o objectivo é outro, como explicou Manuel Araújo, presidente da Mundos de Vida: “Conseguimos levar este projecto a dez concelhos da nossa região, cinco do distrito de Braga e outros cinco do distrito do Porto, aliás a sede dos nossos serviços no distrito do Porto é na Trofa”. “A novidade deste ano foi a criação de uma rede ‘Procuram-se Abraços’, onde conseguimos juntar um conjunto de entidades, estabelecimentos de ensino, empresas e a ideia é chegar a mais gente”, acrescentou. Esta campanha conta também com o apoio dos padrinhos, Sónia Araújo e Jorge Gabriel, que se mostraram satisfeitos com o alargamento desta campanha. “De há cinco anos para agora são mais pessoas a acreditar neste projecto e também fico contente porque a Mundos de
Municípios da Trofa e Maia são parceiros no projecto PUB
Sónia Araújo e Jorge Gabriel (à direita) são os padrinhos da campanha
Vida já conseguiu alargar a sua rede de actuação para mais crianças e jovens poderem beneficiar deste serviço”, adiantou Sónia Araújo. Já Jorge Gabriel fez questão de frisar que esta “rede transforma-se e não tem cor política”. Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, também marcou presença na cerimónia e considerou que todos se deviam empenhar a favor desta causa. “Penso que todos os municípios, todas as câmaras e toda a sociedade civil se devem empenhar muito para poder dar o seu contributo para que as crianças possam ser mais felizes”, reiterou. Sem esquecer o papel da Mundos de Vida no concelho da Trofa a edil lembrou que está em construção um lar e um centro de dia na freguesia de Alvarelhos que “vem enriquecer toda a rede social do concelho”. Cerca de 50 instituições, empresas e escolas responderam afirmativamente à Mundos
de Vida e juntaram-se à campanha ‘Procuram-se Abraços’ de 2011. O Colégio da Trofa também está disposto a ajudar e os seus alunos participaram no vídeo promocional. “Penso que este é um projecto credível e já manifestamos o nosso apoio total, naquilo que pudermos fazer”, lembrou Américo Gomes, um dos responsáveis pela instituição de ensino, frisando que outro dos objectivos é “incutir nos jovens o espírito solidário”, para que “cresçam a pensar naqueles que precisam de ajuda todos os dias”. Esta “mudança de mentalidades”, incentivada pela Mundos de Vida, foi elogiada por Idália Serrão, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação. “Só a Segurança Social transfere, por dia, para as Instituições Particulares de Solidariedade Social 3,2 milhões de euros, junto com os recursos dos municípios, da saúde, da educação, da administração interna, dos volun-
tários, portanto há um conjunto de recursos que nos obrigam a trabalhar as redes de outra forma e o senhor engenheiro Manuel Araújo e a Mundos de Vida têm o mérito de conseguir olear estas redes, pô-las a trabalhar em conjunto e é desta forma que vão conseguindo ter sucesso no seu trabalho”, considerou. “Todas as crianças têm direito a ter um colo e a uma família”. Esta é a ideia essencial desta campanha que começa agora e que espera a participação de muitas famílias que estejam dispostas a acolher. Para mais informações contacte a Mundos de Vida através do telefone 252 499 018. Veja a reportagem em www.trofa.tv
Colheita de Sangueem Brufe A Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de Famalicão anda “à procura de sangue novo”, para ajudar os doentes portugueses. Para isso, vai promover uma colheita de sangue este domingo, na sede da Junta de Freguesia de Brufe, entre as nove e as 12.30 horas. A colheita será feita pelo Instituto Português do Sangue do Porto e conta com o apoio do Agrupamento 218 do Corpo Nacional de Escutas, estando aberta à população em geral. R.M.
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
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Região 17
David Fonseca canta no Casino no Dia dos Namorados O músico português David Fonseca vai apresentar o seu mais recente trabalho “Between Waves” no Casino da Póvoa, no Dia dos Namorados. Na data mais romântica do ano, David Fonseca “promete extasiar a plateia com a sua voz e o seu carisma”, afirmou fonte do Casino. Inspirado pela canção “U Know Who I Am”, do seu mais recente trabalho, David Fonseca vai conceber um espectáculo de características únicas em que, tal como o subtítulo indica, estará em palco apenas acompanhado dos seus instrumentos e de uma máquina fotográfica.
Segundo a mesma fonte, “a surpresa vai ser um elemento presente nestas apresentações a solo”. “O recurso a instrumentos que não estamos habituados a ver em David, canções mais emblemáticas mas também as menos tocadas, com temas seus e de outros, com conversa e com silêncios, acústico e eléctrico, com música e com imagens vão ‘pintar’” o concerto. O espectáculo realiza-se pelas 23 horas, mas antes há jantar, pelas 20.30 horas. O preço da entrada por pessoa é de 50 euros. C.V. David Fonseca vai apresentar o mais recente trabalho
Gestão do risco e da fraude no IPCA Já estão abertas as candidaturas para a 1ª edição do “Curso de PósGraduação em Gestão do Risco da Fraude”, promovido pela Escola Superior de Gestão, do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). Os interessados podem inscrever-se até 31 de Janeiro e o curso tem início na segunda quinzena de Fevereiro. Este curso destina-se a quadros superiores de empresas e da Administração Pública e Tributária, TOC (Técnicos Oficiais de Contas), ROC (Revisores Oficiais de Contas), Auditores, Consultores, Mediadores de Seguros e Imobiliários, Advogados, Soli-
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citadores, bem como outras entidades sujeitas às obrigações da Lei n.º 25/ 2008, de 5 de Junho, que impôs o “Dever de Formação” e outros profissionais com competências em matéria de prevenção e repressão das diferentes formas de fraude, em especial agentes de entidades administrativas ou autoridades policiais. As candidaturas poderão ser feitas na secretaria da Escola Superior de Gestão do IPCA, ou enviadas por correio ou email. Para mais informação, os interessados podem consultar o site www.ipca.pt. R.M.
República em exposição Até 19 de Junho, pode visitar a exposição “Santo Tirso e o advento da República”, no Centro Cultural de Vila das Aves (CCVA), inserida nas celebrações dos 100 anos sobre a revolução de 5 de Outubro. As comemorações oficiais do centenário da República, iniciadas em 2010, terminam apenas em Agosto deste ano e o objectivo é sublinhar “a
perspectiva local (concelhia) dos acontecimentos”, explicou fonte da autarquia tirsense. “Com esta exposição, a Câmara Municipal documenta não só este importante período da história nacional como presta uma singela homenagem aos primeiros republicanos de Santo Tirso”, acrescentou. R.M.
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18 Desporto
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27 de Janeiro de 2011
|O Notícias da Trofa
Trofense líder em tarde de cambalhotas Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O Trofense venceu o Santa Clara por 3-2, na 15ª jornada da Liga Orangina, e ascendeu à liderança do campeonato. O presidente do clube, Rui Silva, foi homenageado. Os olhos de Rui Silva encheram-se de lágrimas quando uma compilação de imagens sobre o seu trabalho no Trofense começou a passar no ecrã do estádio. Em pleno intervalo do jogo contra o Santa Clara, no qual a equipa da Trofa venceu por 3-2, o presidente do clube foi homenageado por dirigentes, adeptos e ainda pelas entidades do desporto e do concelho. Fernando Gomes, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto, Joana Lima, presidente da Câmara Municipal, e José Sá, presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, entregaram lembranças a Rui Silva, que mereceu ainda um cartaz com a sua imagem estendido na bancada, onde está instalada a claque. O agradecimento por ter levado o Trofense até à Primeira Liga e o pedido para que dirija os destinos do emblema até ao final da época (mandato terminou esta quinta-feira) ecoaram pelo estádio que também foi palco de um jogo de “cambalhotas”. A jogar em casa, a formação da Trofa necessitava de voltar aos bons resultados para aproveitar a perda de pontos dos adversários directos,
Resultados 15ª jornada Varzim 1-1Oliveirense Penafiel 1-1 Moreirense Fátima 1-3 Gil Vicente Estoril 1-1 Belenenses Desp. Aves 2-0 Covilhã Trofense 3-2 Santa Clara Freamunde 2-2 Arouca Leixões 2-1 Feirense Próxima jornada (06-02-2011) Penafiel-Varzim Arouca-Santa Clara Freamunde-Feirense Leixões-Covilhã Trofense-Gil Vicente Estoril-Moreirense Fátima-Oliveirense Desp. Aves-Belenenses
Trofense Santa Clara
3 2
Local: Estádio do CD Trofense Árbitro: Bruno Esteves (AF Setúbal) T. Porfírio Amorim T. Bruno Moura
Marco João Dias Pedro Ribeiro Varela Igor Filipe Gonçalves Nikiema 74’ Tiago Serginho Licá 81’ Nildo Zé Manel Bahin Reguila 46’
Filipe Mendes Vítor Alves Diogo Silva Ilic Nélson Jeferson Gabi Pacheco 81’ Platini Renato 73’ Alex Fajardo 62 Renan Moreira
Cartões amarelos: Platini (43’), Zé Manel (44’) e Pacheco (86’) Marcadores: Serginho (25’), Platini (32’), Diogo Silva (41’), Filipe Gonçalves (50’) e Nildo (76’) Resultado ao intervalo: 1-2
como o Feirense e o Arouca. O Santa Clara protagonizou as primeiras oportunidades de golo, mas quem chegou ao golo foram os anfitriões, aos 25 minutos: Serginho desmarcou-se pela esquerda e rematou para o primeiro golo oficial como sénior com a camisola do Trofense. No entanto, muito mais estava para vir. Os açorianos não “baixaram os braços” e deram a volta ao marcador, primeiro com Platini a rematar forte, de fora da área, para o fundo das redes de Marco e depois foi Diogo Silva a completar a reviravolta no marcador, na sequência de um livre marcado por Alex. Desagradados com o rumo que o jogo estava a levar, alguns adeptos gritavam críticas às opções de Porfírio Amorim. A desvantagem não fez o Trofense desistir de lutar pela liderança do campeonato. Aos
Classificação 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
Trofense – 26 Oliveirense – 25 Gil Vicente – 24 Arouca - 24 Feirense – 24 Desp. Aves – 22 Leixões – 21 Moreirense – 20 Belenenses – 18 Penafiel – 18 Varzim – 18 Santa Clara – 17 Estoril – 17 Freamunde – 16 Covilhã – 15 Fátima – 10
Serginho foi um problema para os defesas do Santa Clara
50 minutos, Filipe Gonçalves repôs o empate, após passe de Zé Manel que, aos 76, atirou ao poste. Na recarga, Nildo fez o 3-2 No final, o treinador do Santa Clara considerou que o segundo tento do empate foi o lance da partida. “Não podemos sofrer aquele golo de bola parada, que alterou completamente o cariz de jogo”, frisou. Já o treinador do Trofense,
direccionou o seu discurso para os que não apoiam a equipa: “Estou aqui, mas não me apetecia, pela falta de respeito de algumas pessoas. Mas também digo que as pessoas significativas do Trofense valem muito, até podem ser muito poucas, mas valem muito mais do que esses que só querem é dizer mal”, atestou. E a cota de responsabilidade de Porfírio Amorim pela vitória “vai toda para uma parte
significativa da massa associativa, que apoiou os jogadores de uma forma incondicional”. “Tenho a certeza que a minha vontade é extensiva aos jogadores”, concluiu. Com este resultado, o Trofense ascendeu à liderança, com 26 pontos, mais um que a Oliveirense. Na próxima jornada, a 6 de Fevereiro, o Trofense recebe o Gil Vicente, para o início da segunda volta.
Trofense recebe Troféu BetClic Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Por ter sido o campeão de inverno da Liga Orangina, o Trofense recebeu o primeiro Troféu BetClic. O Clube Desportivo Trofense recebeu o primeiro Troféu BetClic, esta terça-feira, por ser campeão de inverno da Liga Orangina. Este galardão é o primeiro de nove que serão entregues pelo sítio de apostas esta época às equipas que se destacarem no campeonato. O capitão de equipa, Tiago, e o treinador, Porfírio Amorim, receberam o troféu que distingue o clube pelo facto de conseguir terminar a primeira volta da Liga Orangina em primeiro lugar. “É com grande satisfação que recebemos este troféu, o qual revela o reconhecimento da BetClic em relação à qualidade e competitividade da Segunda Liga”, atestou Porfírio Amorim. O técnico frisou ainda que “a classificação actual é o resultado do empenho de todos no clube em levar a equipa ao
melhor resultado a cada jornada”. Já para os responsáveis da BetClic, “a Segunda Liga é, provavelmente, a competição de futebol mais equilibrada em Portugal e conta com grandes clubes, treinadores e jogadores”. “Como orgulhosos patrocinadores destas equipas sentimos, desde o início, uma imensa necessidade de dar um incentivo especial àquelas que se destacam no plano desportivo. Hoje (terça-feira) damos os parabéns
ao CD Trofense por ter vencido a categoria Campeão de Inverno numa liga tão competitiva e desejamos boa sorte a todos os clubes para a segunda volta da prova”, acrescentaram. O sítio de apostas vai ainda distinguir o vencedor do campeonato, o 2º classificado, a equipa com mais golos marcados, a equipa mais disciplinada, o melhor marcador, o melhor jogador, o jogador revelação e o melhor treinador.
Tiago e Porfírio Amorim receberam o troféu
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
Paradela vence e afasta-se da “linha de água” Paradela Alfenense
1 0
Bougadense
Hélder Ricardo Caetano Sérgio Diogo Rui Bento (71’) HoráciO Carlos Oliveira (60’) João Ricardo Ferreira Nuno Humberto Gomes Márcio Guimarães Décio Martins Marco Reis (45’)
T. Manuel Tavares T. Luciano Simões
Faria Nelson César Quintão Leandro André Ismael 90’ Manuel António Didi Nelson Artur 87’ Tiago Bruno Rami 88’
Cartões amarelos: Sérgio Cunha (33’), Marco Reis (78’), Vítor (88’) e Becas (90’+2’) Marcador: Pedroto (67’) Resultado ao intervalo: 0-0
O Paradela venceu o Alfenense, com golo de Pedroto na segunda parte. Era importante vencer o jogo contra o Alfenense para tentar fugir do lugar incómodo que é o antepenúltimo. A jogar no Parque de Jogos da Ribeira, reduto do Bougadense, o Paradela cumpriu e pela margem mínima (1-0) somou três pontos numa exibição que agradou muito ao treinador André Azevedo. Mas o triunfo só foi conseguido na etapa complementar, depois de 45 minutos de futebol apático e sem oportunidades de golo. A ânsia de fugir da perigosa “linha de água” fez com que o Paradela reentrasse mais afoito na partida, che-
Resultados 21ª jornada Folgosa 0-3 S. Martinho Baião 2-0 Sobrado Gens 1-0 Leverense Águias Eiriz 2-0 Ermesinde Marco 09 2-0 Rio Moinhos Leões Seroa 2-0 Crestuma Caíde Rei 2-0 S. L. Douro Paradela 1-0 Alfenense D. Sand. 2-1 Leões Citânia Próxima jornada (30-01-2011) Sobrado-S. Martinho Leverense-Baião Ermesinde-Gens Rio Moinhos-Águias Eiriz Crestuma-Marco 09 S. L.Douro-Leões Seroa Alfenense-Caíde Rei Leões Citânia-Paradela D. Sand.-Folgosa
1
Local: Complexo Desportivo Arcozelo Árbitro: José Silva Ribeiro
T. André Azevedo T. Juvenal Brandão
Cátia Veloso Rita Maia
Bougadense intranquilo perde com S. Félix da Marinha S. Félix Marinha 3
Local: Parque de Jogos da Ribeira Árbitro: Bruno Chasqueira Sérgio Pedroto Filipe Diogo Ruizinho Becas Ivan Pedro Gonçalves Pedro Silva Milhazes (83’) André Vítor (76’) Ricardinho Tonanha (63’)
Desporto 19
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Rui Paulo Neves Cruz Carlos Pereira 60’ Azevedo Nunes 82’ Bruno Santos Ricardo Costa Pedro Couto Tavares 60’ Tó Cristopher Ribeiro
Marcadores: Cruz (33’ pb), Bruno (81’), Nélson (85’) e Ribeiro (90’+2’ gp) Resultado ao intervalo: 1-0
Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Diogo tenta desarmar o adversáiro
gando mais vezes à baliza adversária. O primeiro aviso foi deixado por Ivan, aos 47 minutos, com um remate perigoso que saiu por cima da barra. Pouco tempo depois, foi Pedro Silva que, num remate de ressaca, obrigou o guardião do Alfenense a uma grande defesa, na sequência de um cruzamento de Ivan. A insistência acabou por dar frutos, já que, aos 67 minutos, Pedroto aproveitou uma “segunda” bola para fazer um “chapéu” ao guardaredes do Alfenense. Os forasteiros nunca conseguiram discernimento suficiente para chegar com perigo à baliza de Sérgio. Quem aproveitou foi o Paradela, que geriu a vantagem até ao fim e assegurou três pontos impor-
Classificação 01. D. Sandinenses – 46 02. Baião – 43 03. Marco 09 – 42 04. Leões Citânia – 36 05. Sobrado – 35 06. Rio Moinhos – 33 07. Ermesinde – 31 08. S. Martinho – 29 09. Folgosa – 29 10. Águias Eiriz – 28 11. Leverense – 26 12. Alfenense – 26 13. Leões Seroa – 24 14. Caíde Rei – 23 15. Paradela – 22 16. S. Lourenço Douro – 19 17. Crestuma – 15 18. Gens – 14
tantes na luta pelo objectivo da manutenção na 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). Em declarações ao NT, Juvenal Brandão, treinador do Alfenense, estava “desiludido” com a prestação da equipa, mas assumiu a responsabilidade da derrota. “Foi um jogo muito mau da nossa parte, o pior desde que estou no Alfenense. Temos que alterar, porque esta não é a nossa imagem”, frisou. Já o técnico do Paradela, André Azevedo, reconheceu que o jogo “foi muito bem conseguido”. “Dominámos, praticamente, o jogo todo. O resultado fixou-se em 1-0, mas podiam ter sido dois ou três. O adversário só criava perigo a partir de lances de bola parada”, atestou. André Azevedo gostou “da garra, do querer e da vontade” que os jogadores demonstraram, considerando que “estarem mais empenhados do que estão deve ser impossível”. O treinador reiterou que os jogos em casa “são para ganhar”, tudo para que a época seja tranquila e faça com que a equipa se aguente no campeonato. O Paradela ocupa o 15º lugar da série 2 da 1ª Divisão da AFP, com 22 pontos, mais três que o S. Lourenço do Douro, que está abaixo. Na próxima ronda, a equipa da Trofa defronta o 4º classificado, Leões da Citânia.
O Bougadense tropeçou no reduto do S. Félix da Marinha, no sábado, na 21ª jornada da série 1 da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. A equipa liderada por Luciano Simões esteve apática na primeira parte e quase ofereceu “de bandeja” o domínio ao adversário. O S. Félix da Marinha, que pretendia recuperar pontos para o adversário, conseguiu chegar à vantagem aos 33 minutos, na sequência de um auto-golo de Cruz, quando o atleta tentava cortar a bola para fora da área. A equipa tentou mudar a postura na etapa complementar e quando procurava pelo empate, foi surpreendido pelo adversário, que aproveitou que a defesa bougadense estava em “contrapé” para fazer
Resultados 21ª jornada Perafita 3-1 Leça Balio Lavrense 2-1 Balasar S.P. Rates 0-2 Maia Lidador D. Portugal 2-1 Gulpilhares Sra. Hora 2-0 Foz Serzedo 1-0 Labruge S. Félix 3-1 Bougadense Perosinho 3-1 Valadares Canidelo 3-1 Castêlo Maia Próxima jornada (30-01-2011) Balasar-Leça Balio Maia Lidador-Lavrense Gulpilhares-S.P. Rates Foz-Desp. Portugal Labruge-Sra Hora Bougadense-Serzedo Valadares-S. Félix Castêlo Maia-Perosinho Canidelo-Perafita
o 2-0, aos 81 minutos. Sem nada a perder, a formação de Santiago de Bougado voltou a adiantar-se no terreno, deixando espaços na retaguarda e foi assim que, quatro minutos volvidos, Nelson fez o 3-0, “matando” a partida. Ribeiro ainda fez o tento de honra do Bougadense, já nos minutos de compensação, na sequência de uma grande penalidade. Luciano Simões afirmou ao NT que, na primeira parte, a equipa “não esteve à altura do que tem demonstrado”, pois apresentou-se “muito intranquila”. “Para isso contribuiu muito a ausência do Virgílio, que dá segurança e maturidade ao grupo”, explicou. O treinador referiu ainda que “quando a equipa estava a lutar pelo empate, o Bruno Santos sofreu falta, mas o árbitro não marcou e o adversário aproveitou que a defesa estava descompensada para fazer o contra-ataque e marcar”, asseverou. Agora, o objectivo é “rectificar” os aspectos menos bons do último jogo e tentar regressar aos triunfos. Na próxima jornada, a partida é em casa com o Serzedo, mas o estatuto de vice-líder dos forasteiros não vai amedrontar os atletas do Bougadense. A formação de Bougado ocupa o 8º lugar do campeonato, com 32 pontos, os mesmos que o Maia Lidador, 7º classificado.
Classificação 01. Canidelo – 53 02. Serzedo – 45 03. Perafita – 42 04. Desp. Portugal – 41 05. Lavrense – 38 06. Sra. Hora – 35 07. Maia Lidador – 32 08. Bougadense – 32 09. S. Félix Marinha – 30 10. Gulpilhares – 24 11. Perosinho – 23 12. Castêlo Maia – 22 13. S. Pedro Rates – 22 14. Leça Balio – 18 15. Labruge – 18 16. Foz – 17 17. Balasar – 16 18. Valadares – 12
20 Desporto
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27 de Janeiro de 2011
|O Notícias da Trofa
Clube de voleibol pede ajuda para não acabar no: “A nível desportivo somos um país de terceiro mundo. Em Portugal, quando dizem que há direitos iguais não é verdade. Nós temos é os mesmos direitos para pagar. Portugal a nível de desporto obtém mais títulos a nível feminino, veja-se a Telma Monteiro, Ticha Penincheiro, Aurora Cunha e Rosa Mota, mas as pessoas continuam a dizer que o masculino é que é bom”.
CátiaVeloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O Clube Académico da Trofa está a viver momentos difíceis. As complicações financeiras assolam o emblema e a direcção resolveu “dar um murro na mesa” e pedir ajuda. Em causa está a continuidade da equipa sénior feminina, actual campeã nacional de voleibol. Com um valor mensal de despesas “na ordem dos 12 mil euros”, o presidente Mário Moreira relembrou o histórico do CAT, referindo que “em seis anos é o quarto maior clube nacional em campeonatos nacionais e em Taças de Portugal”. Por ser “o único clube do concelho que entra em todas as competições para ganhar”, o presidente apelou à ajuda da Câmara Municipal e dos empresários. “O CAT está numa grande crise. Muitas vezes pomos em questão a continuidade do clube. Não somos subsídiodependentes, mas obviamente dependemos de dinheiro, temos as nossas despesas e os nossos encargos”, frisou. O responsável espera “receber o subsídio da Câmara relativo a 2010 e 2011, nem que seja num valor mais reduzido”. Recorde-se que, de acordo com Mário Moreira, o anterior executivo atribuía um subsídio de 50 mil euros anuais ao clube. “Temos a certeza que a autarquia vai olhar para nós com mais carinho e
Pais das atletas “estão preocupados” com situação do clube
Dirigentes e atletas alertam que o tempo de vida do CAT é escasso
certamente arranjar-nos o subsídio que é de inteira justiça”, asseverou. O apelo estendeu-se aos empresários para patrocinar o clube. Mário Moreira afirmou que vai “fazer um grande apelo à Federação (Portuguesa de Voleibol) no sentido de se transmitirem jogos na televisão”, para “poder oferecer mais qualquer coisa aos patrocinadores”. No entanto, Manuel Barbosa, treinador da equipa sénior, considera que se os empresários “apostassem mais na equipa e ajudassem a que ela fosse às competições europeias, já havia jogos na televisão”. Para além das dificuldades financeiras, o clube sofreu ainda com o afastamento de alguns directores. O presidente não sabe a razão da sua ausência: “Alguns estão afastados, mas resolvem
os problemas fora. Agora muitos outros deram o nome e não conseguem chegar-se ao clube. É sempre bonito ver no final da Taça que está lá toda a gente a bater palmas e a apoiar. É pena que não seja assim toda a época”. Capitã do CAT: “Começa a chegar o limite…” O tempo de vida do CAT é escasso e se para Mário Moreira o clube “já não devia estar a viver”, porque tem “que pagar para ser presidente, assim como outros dirigentes”, já Manuel Barbosa aponta para um limite que acaba “dentro de uma ou duas semanas”. Na época passada, as atletas foram campeãs nacionais com três meses de subsídios em atraso. Jogadoras e treinadores chegaram a
Craques da Geração Benfica visitaram Estádio da Luz Cerca de 200 atletas nortenhos das Escolas Geração Benfica visitaram o Estádio da Luz, na actividade anual reservada às crianças, no sábado. Seis autocarros rumaram a Lisboa bem cedo e pararam em Fátima para o almoço. A chegada ao estádio aconteceu às 15 horas e os craques de palmo e meio tiveram oportunidade de se divertirem num torneio, que decorreu no sintético da Luz. O “momento alto” da iniciativa aconteceu quando os atletas deram a volta ao estádio, seis dos quais entraram de mão dada com jogadores
profissionais do Benfica. “Encurtar a distância que separa o estádio da sua rede de escolas” é o objectivo do clube com esta actividade. O regresso à “casa-mãe”
acontece outra vez no final da época, para participar no encontro nacional Geração Benfica, que se realiza no relvado do Estádio da Luz. C.V.
200 atletas visitaram Estádio da Luz
acordo com a direcção, mas nesta temporada, apenas receberam o do mês de Setembro. A capitã não esconde a tristeza que se vive no seio do plantel: “Chegámos a um ponto em que estamos a cumprir com os objectivos, mas não cumprem connosco. Só que além de sermos um grupo de atletas, somos pessoas que gostam de jogar e mantemonos juntas. Mas começa a chegar o limite…”. O treinador da equipa sénior não esconde o desânimo de ver o pavilhão cada vez mais vazio nos jogos e considera “ignorância” o facto de pessoas alegarem desconhecer o clube: “Um clube que é campeão nacional tantas vezes, só quem é ignorante é que não pode conhecer”. Manuel Barbosa foi muito crítico à forma como o país encara o desporto no femini-
Também os pais das jovens que compõem o departamento de formação do CAT estão preocupados com o futuro do clube. O porta-voz Jorge Rocha referiu que “todos os pais tinham gosto que o clube continuasse e aumentasse o número de atletas”. No entanto, está ciente das dificuldades actuais, que fazem com que sejam os progenitores “a suportarem as viagens das atletas para a maior parte dos jogos”, já que para os pavilhões mais distantes “a Câmara disponibiliza um autocarro”. Jorge Rocha afirmou que, se o CAT acabasse, a maior parte das jovens “deixavam de praticar voleibol, porque torna-se difícil praticar fora do concelho”. Mesmo com todas as dificuldades, a equipa sénior do CAT soma e segue no campeonato. No domingo, venceu o Leixões por 3-0 e consolidou o 2º lugar, que o permite disputar a 2ª fase da Divisão A1.
Trofense
Iniciados B reforçam liderança Depois de um sem número de empates consecutivos, a equipa de juniores do Trofense voltou às vitórias, desta feita frente ao Famalicão por 1-0. Com este triunfo, a formação da Trofa soma 27 pontos, ocupando o 8º lugar. No escalão de juvenis A, o Trofense conseguiu uma vitória importante no reduto do Tirsense, por 1-2, o que lhe permite estar no 4º lugar, com 42 pontos. Já a equipa B goleou o Frazão, por cinco bolas sem resposta, estando no 3º pos-
to, com 41 pontos. Um empate a zero foi o resultado da equipa de iniciados A frente ao Paços de Ferreira. Com 28 pontos, os craques de palmo e meio ocupam o 7º lugar. A formação B do mesmo escalão venceu, fora de portas, o Alfenense por 0-1, distanciando-se do adversário na primeira posição. No escalão de infantis 11, o Trofense perdeu com o Leixões por 0-3, ocupando agora o 6º lugar, com 29 pontos. C.V.
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
Desporto 21
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S. Mamede acolhe corta-mato municipal Isabel Moreira Pereira isabel@onoticiasdatrofa.pt
Décima edição do cortamato municipal decorreu em S. Mamede do Coronado. EB 2/3 de Alvarelhos, EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, EB 2/3 de São Romão do Coronado, Secundária, Colégio da e APPACDM da Trofa, participaram na iniciativa. Mais de 350 atletas correram, durante a manhã de terça-feira, não para aquecer, mas para participar na 10ª edição do corta-mato municipal, organizado pela autarquia, em S. Mamede do Coronado. As claques estavam formadas e os apitos soavam à medida que os diferentes escalões femininos e masculinos arrancavam para mais uma prova. Uns mais velozes e resistentes do que outros, a maioria terminou a prova, registando-se poucas desistências. Para Cátia Carneiro, de 16 anos, aluna do Colégio da Trofa, ganhar a prova no escalão em que competiu foi uma surpresa. “Cansada”,
350 jovens participaram no corta-mato municipal
confidenciou que “o mais difícil foi mesmo aguentar até ao fim”. Já para João Ferreira de 15 anos, da Escola Secundária da Trofa, apesar da “dificuldade” da prova e do “piso escorregadio nas curvas da pista”, ganhar era uma hipótese que não deixou de parte. Habituado a correr, já que é “atleta no Ginásio da Trofa”, considerou “boa” esta iniciativa da autarquia porque “dá para mostrar o que as pessoas valem”, explicou. A parte final “foi a mais difícil” para Ricardo Pinto, de 26 anos, da Associação Portu-
guesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Trofa e porquê? “Tive de correr mais depressa para apanhar o melhor lugar”, respondeu. Ricardo gosta de participar nestas iniciativas e “correr, jogar futebol e praticar natação” são as modalidades preferidas. Cátia Gonçalves, de 23 anos, da mesma instituição, elogiou a iniciativa: “Acho bem que haja estas iniciativas, porque nós gostamos de participar”. Teresa Fernandes, vereadora da autarquia, não deixou de estar presente para dar os
parabéns aos atletas. Os objectivos desta iniciativa eram claros: “Potenciar a actividade desportiva, em particular o atletismo que é uma das modalidades que no nosso concelho existem vários campeões, e porque permite aos jovens das várias instituições de ensino do concelho conviverem, porque é um momento de diversão”. A descentralização das actividades é outro dos objectivos alcançados: “Acho que é uma boa política, o ano passado estivemos em S. Romão e este ano escolhemos S. Mamede do Coronado
onde fomos muito bem acolhidos”. Para José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado, “é importante criar esta dinâmica em todas as freguesias do concelho”. “Para nós é motivador e cria alguma dinâmica nas nossas instalações desportivas”, acrescentou. Também parte integrante da organização deste cortamato municipal foram os alunos das turmas de Desporto da Escola Secundária: “Estamos a estagiar em diversas situações para que a Câmara nos solicitou e por isso estamos aqui a prestar todo o apoio possível. Esta é uma boa forma de podermos aprender como é o mundo do trabalho, porque existem muitas realidades para além da escola, o que é bastante enriquecedor”. Na actividades participaram os alunos da EB 2/3 de Alvarelhos, da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, da EB 2/3 de São Romão do Coronado, da Secundária da Trofa, do Colégio da Trofa e da APPA CDM da Trofa. Reportagem em www.trofa.tv
Primeira vitória do ano Ramaldense S. Romão
1 3
Local: Campo do Inatel, em Ramalde Árbitro: Carlos Andrade Nuno Daniel Teixeira Guimarães Hamilton Tó João Pinto Quintela Emerson Valdo Garrincha Nélson (46’) Flávio (67’) Ricardo (69’)
Hugo Nuno Xina Resende Esquerdinha Pedro Pepe Ricardo Bruno Ferraz Araújo Vitó (63’) Dário (63’) Filipe (85’)
Cartões vermelhos: Ferraz (90’+1’) Marcadores: Nelson (55’), Ricardo (65’), Vitó (70’) e Ferraz (90’) Resultado ao intervalo: 0-0
O ano de 2011 começou bem para o S. Romão, que vinha ameaçando a mudança nos resultados. Desta foi de vez e a equipa liderada por José Mamede marcou três golos ao Ramaldense e conquistou a primeira vitória do ano e a segunda esta época. A partida não começou da melhor forma no campo do Inatel, com as duas formações a entrarem nas quatro linhas de uma forma pouco dinâmi-
arquivo
T. Serafim Choussal T. José Mamede
S. Romão conseguiu somar três pontos
ca. Sem grandes investidas ofensivas, o resultado no marcador manteve-se inalterado. Do lado do S. Romão, Hugo protagonizou duas excelentes defesas, assegurando que o empate a zero se mativesse até ao intervalo. A segunda parte pareceu ter refrescado o jogo e o Ramaldense chegou ao golo aos 55 minutos, num contra-ataque rápido, que Nelson finalizou com eficácia. As mexidas na equipa visitante deram azo a uma maior mobilidade no ataque e o “onze” de Serafim Choussal sentiu dificuldades em travar o adversário. No minuto 65 a dupla de irmãos Vitó e Ricardo protagonizou a jogada que deu o golo do empate, com fi-
nalização do último. Cinco minutos volvidos, Vitó conseguiu virar o resultado, num belo golo de “trivela”. Em cima do apito final, Dário tentou a sua sorte e rematou à figura de Nuno. Depois da defesa incompleta do guardião de Ramalde, Ferraz marcou na recarga e na comemoração do golo recebeu o segundo amarelo e consequente expulsão. José Mamede, treinador do S. Romão, mostrou-se bastante satisfeito com esta vitória, que acredita ser moralizadora não só para a equipa mas para todos os simpatizantes do clube. “Entrámos muito mal, não dominámos o jogo nem criámos grandes oportunidades de finalizar, tal como o Ramal-
dense. Na segunda parte conseguimos virar o resultado, depois de estarmos a perder e arrecadámos os tão desejados três pontos. Infelizmente, perdemos um jogador para as próximas jornadas”, finalizou o técnico. Rui Damasceno, presidente do clube, foi surpreendido pelos jogadores com a dedicatória da vitória e não conteve a emoção. Foi um fim-desemana de emoções para o
S. Romão que, depois das duas vitórias consecutivas das seniores femininas em futsal e de duas jornadas vitoriosas consecutivas dos iniciados de futebol, fechou a jornada com chave de ouro pela vitória dos se-niores Apesar do triunfo, a equipa romanense ocupa o último lugar, com nove pontos. No próximo domingo, a formação liderada por José Mamede recebe o Guilhabreu. D.A.
Resultados 22ª jornada
Classificação
Ramaldense 1- 3 S.Romão Cerco do Porto 2- 1 Vitrine Lusitanos 0- 2 Pedroso I. Milheirós 1- 1 Á.Santas Guilhabreu 3-2 Progresso Pasteleira 1- 2 Vila Torrão 1- 2 Vilar Pinheiro Atlético Vilar 1-2 Sp. Cruz Boavista 1-2 Gondim Folgou: Guilhabreu
Próxima jornada (30-01-2011) S. Romão- Guilhabreu Vitrine- Boavista Gondim- Lusitanos Pedroso-Inter Milheirós Á. Santas- Ramaldense Progresso- Pasteleira Vila- Torrão Vilar Pinheiro- Atlético Vilar Sporting Cruz- Rio Tinto Folga: Cerco do Porto
01.Cerco Porto – 53 02.Sporting Cruz – 48 03.Rio Tinto – 45 04.Pedroso – 44 05.Guilhabreu – 44 06.Vila – 40 07.Gondim – 37 08.Inter Milheirós – 32 09.Progresso – 29 10.Vilar Pinheiro – 26 11. Pasteleira – 23 12.Lusitanos – 23 13.Boavista – 22 14.Ramaldense – 19 15.Atlético Vilar – 17 16.Torrão – 16 17.Vitrine – 14 18.Águas Santas – 13 19.S. Romão – 9
22 Desporto
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Amigos do Pedal lançam 1º Duatlo de Famalicão
Bombeiros da Trofa em torneio de futsal Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Corporação da Trofa participa no Torneio Interbombeiros. Depois de dois empates, conseguiu uma vitória por 4-2 frente aos Bombeiros de Santo Tirso. Não foram chamados para socorrer ninguém nem para apagar incêndios. No sábado ao início da noite, 14 bombeiros da Trofa estiveram a defender a “camisola” da corporação no Torneio Inter-Bombeiros, que junta as corporações para jogos de futsal.
O sub-chefe Azevedo teve a responsabilidade de convocar o plantel – ao todo estão 25 bombeiros inscritos – para o jogo com os Bombeiros de Santo Tirso. Depois de dois empates nos primeiros jogos da fase de grupos, era importante vencer. A partida começou com o domínio dos trofenses. Depois do 2-0 ao intervalo, os bombeiros da Trofa conseguiram marcar mais dois para anular os que o adversário tinha conseguido. Acabaram por vencer 4-2. O segundo comandante da corporação trofense, Filipe
Coutinho, afirmou ao NT que a participação no torneio “serve para aliviar e conviver, não só com os bombeiros da Trofa, mas também com os das outras corporações”. Os treinos realizam-se às segundas e quartas-feiras, no pavilhão Yes e na Escola Secundária da Trofa. No grupo da corporação da Trofa e dos Bombeiros de Santo Tirso estão ainda a de Matosinhos-Leça e de Lordelo. Os primeiros classificados de cada grupo defrontam-se até chegar à final.
Basquetebol na Vigorosa A equipa mista sub-13 de basquetebol da Associação Cultural e Recreativa de Vigorosa não conseguiu evitar o desaire frente ao Coimbrões por 24-59, na 1ª fase do campeonato distrital. O mesmo aconteceu com a equipa feminina de sub-14 que perdeu com o Guifões, por 51-22, em mais uma jornada da 2ª Divisão. No mesmo escalão, mas em masculinos, a Vigorosa não evitou a derrota por 59-40 com o Régio. Mais feliz esteve a equipa masculina de sub-16, que bateu o Vasco da Gama por 5750, após prolongamento, no campeonato da 2ª Divisão. Já a equipa de mini-10 participou num encontro em Modelos, Paços de Ferreira, e conseguiu vencer o Pacense,
mas não evitou o desaire com o Maia. Vigorosa no corta-mato em Felgueiras A Associação Cultural e Recreativa de Vigorosa participou no Campeonato do Norte de Corta-mato, no Parque Desportivo da cidade de Felgueiras, no sábado. A atleta benjamim Alice Oliveira conseguiu o 2º lugar no escalão, assegurando o melhor resultado da colectividade trofense. Em iniciados masculinos, João Gomes classificou-se em 13º lugar, enquanto os infantis Victor Martins, Alexandre Sá e Tiago Sá, ficaram em 14º, 16º e 23º lugares, respectivamente. Beatriz Silva, iniciada, ter-
minou a prova em 23º lugar, enquanto a infantil Sara Faria foi 54ª classificada. No próximo domingo, a Vigorosa vai marcar presença na estafeta mista de estrada do Mártir e Santo Tirso, na cidade tirsense. Assembleia-geral da ACR Vigorosa A Associação Cultural e Recreativa de Vigorosa vai realizar uma Assembleia-geral, no sábado, dia 28 de Janeiro, às 21 horas, na sede, com a seguinte ordem de trabalhos: Apresentação e votação das contas do ano 2010; Apresentação e votação do Plano e Orçamento para 2011; Outros assuntos de interesse para a colectividade. C.V.
A Associação Amigos do Pedal e a Federação de Triatlo de Portugal vão promover, a 26 de Março, o primeiro Duatlo de Vila Nova de Famalicão. Esta prova junta atletismo e ciclismo e a organização espera “a presença dos melhores atletas nacionais da modalidade”. “Apesar do carácter federado, a prova está a ser preparada para acolher também todos os amadores apaixonados pelas duas modalidades desportivas”, acrescentaram os Amigos do Pedal. As inscrições já estão disponíveis em www.federacaotriatlo.pt, tendo um custo de dez euros para não federados, 7.50 euros para federados e as senhoras apenas pagam o
valor do seguro (2.50 euros). A prova vai desenrolar-se a partir do Parque da Juventude de Vila Nova de Famalicão, de onde “vai sair uma primeira prova de atletismo em circuito urbano de cinco quilómetros, seguindo-se uma prova de BTT, em circuito rural e florestal com sensivelmente 18 quilómetros. Para a parte final, fica reservado novo desafio de atletismo, desta feita com circuito de 2,5 quilómetros de extensão”, informaram os membros da organização. A ideia para a realização da prova partiu da Associação Amigos do Pedal e foi “imediatamente abraçada” pela Federação de Triatlo de Portugal. R.M.
Seniores do Muro e equipa femininadoS.Romãovencem Uma vitória por 3-1 foi o resultado obtido pela equipa de seniores da Associação Recreativa Juventude do Muro, na 15ª jornada da série 1 da 1ª Divisão de futsal da Associação de Futebol do Porto (AFP). A formação murense ascendeu ao 5º posto, com 23 pontos, menos um que o S. Sebastião, 4º classificado. Já a equipa de juniores, na 19ª jornada da série 2 da 2ª Divisão da AFP, perdeu 1-2 com o N. Sportinguista de Gondomar, descendo ao 4º lugar, com 34 pontos.
A formação feminina do Grupo Desportivo de Covelas, a militar na 1ª Divisão da AFP, perdeu 3-0 com o vice-líder Mindelo, continuando com 13 pontos, no 9º posto. Quem soma e segue é a equipa do FC S. Romão, que na 14ª ronda da 2ª Divisão da AFP venceu o CS Paróquia Carvalhosa por 1-4, aproximando-se do adversário na tabela classificativa. O S. Romão ocupa o 5º lugar, agora com menos dois pontos que o CS Paróquia Carvalhosa. C.V.
Ginásio da Trofa representa concelhoemFelgueiras Elsa Maia conseguiu a melhor classificação do Ginásio da Trofa, no campeonato do Norte de Corta-mato, em Felgueiras, no sábado. A atleta iniciada conseguiu o 4º lugar, enquanto o infantil Rui Rocha conseguiu o 6º posto. Paulo Neto foi 18º classificado. Ainda em iniciados femininos, Andreia Rodrigues conseguiu o 6º lugar e Ana Ramos o 12º.
No mesmo escalão, mas em masculinos, João Rocha, Fábio Rodrigues e Tiago Moreiro foram 9º, 27º e 38º classificados, respectivamente. Ana Silva (14ª classificada), Sara Teixeira (20ª) e Daniela Pontes (31ª) foram as representantes da colectividade trofense no escalão de infantis femininos. O juvenil João Ferreira terminou a prova em 22º lugar. C.V.
Juniores do Bougadense afastam-se do 3º lugar A equipa de juniores do Bougadense venceu o Ataense por 2-0, na 18ª jornada da 2ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, e afastouse do 3º lugar, ocupado pelo adversário. A equipa de San-
tiago de Bougado soma 39 pontos, menos quatro que o líder Estrelas de Fânzeres. Já os juvenis empataram a uma bola com o Raimonda, ocupando o 12º lugar, com 17 pontos. C.V.
O Notícias da Trofa| 27 de Janeiro de 2011
«… a Razão, mesmo vencida, / Não deixa de ser Razão»
Opinião 23
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Excerto de quadra de António Aleixo
Dou comigo, qual Santo António a pregar aos peixes, como acontece na oratória do jesuíta António Vieira, pois os peixes ouvem, embora não falem, e os homens falam muito, mas ouvem pouco. Bem me esforço, mas o resultado é reduzido, como diria um outro pregador popular, J. Mário Branco de seu nome, anda aqui um tipo a pregar cheio de boas intenções e vejam bem o que recebe em troca: « só porrada e mau viver». Com certeza estarei enganado, o defeito será meu. Em Portugal não há desemprego, os salários são bons, as pensões melhores, os impostos baixos, a gasolina a sete e coroa, a electricidade é económica, as autoestradas são livres, sem portagens, bem como as scuts, o ensino e a saúde são completamente gratuitos, os sectores produtivos seguem a todo o gás, não há corrupção, nem compadrios e a justiça funciona a todo o vapor. Quando assisti no Domingo passado ao definhar do resultado nacional das eleições presidenciais, foi o que pensei. O meu país não é aquele que eu venho caracterizando mas um outro, o acima sucintamente descrito. Não, o país não está mal, o povo não está pobre, não há recessão económica, nem aumento dos preços, nem cortes nos apoios sociais, nem supressões nos salários e congelamento das pensões, nem privilégios dos grupos financeiros. Tudo isso são coisas inventadas por mim, criadas pela minha ficção. Só assim se justifica os votos que caíram em Cavaco, Alegre, Nobre e Moura, todos eles, cada um à sua maneira, altos dignitários de uma política que eu considerava extremamente nociva ao povo português, aos trabalhadores portugueses, aos jovens, aos menos jovens, aos pequenos e médios empresários. Mas…estarei enganado? Quem, ao longo de anos, de décadas, de forma honrada e séria, andou na política portuguesa, na luta e prossecução de interesses colectivos com o fim de se atingir a melhor justiça social, a soberania nacional, da erradicação a pobreza, o fim da exploração e a distribuição justa da riqueza e da produção nacional, não é reconhecido. Quem sempre cumpriu com o que prometeu, quem tem apenas um discurso, seja na Trofa, seja na Assembleia da República, não é reconhecido, ou, pelo menos, não é devidamente reconhecido. Trata-se, no mínimo, de ingratidão. Refiro-me ao PCP e ao seu candidato Francisco Lopes. É certo que, no seu tempo, Jesus também não foi ouvido, ainda hoje apenas na teoria e na liturgia é seguido, Galileu foi obrigado a desdizer-se, Camões não foi reconhecido. Às vezes, dizem-me: «Vocês, comunistas, trabalham como ninguém, mas…»; «Vocês são sérios e honestos, mas…». «Vocês defendem a justiça social e os mais fracos como ninguém, mas…». Mas… o quê? Podem acusar, e já acusaram os comunistas de tudo, de comer crianças ao pequeno-almoço, de dar injecções aos velhinhos atrás da orelha, de incendiar o património florestal, e houve quem acreditasse, e há quem acredite. Mas não podem acusá-los de terem duas caras, de serem hipócritas, de venderem a alma ao diabo, de não serem sérios, de não serem coerentes e consequentes com os seus ideais de justiça e igualdade. É certo que mais de metade dos eleitores portugueses não votaram, num claro protesto e desacordo com a política que vem sendo seguida nos últimos anos, de que Sócrates, Cavaco, Santana, Durão e Portas foram os principais actores. Mas mesmo assim… como se explica que pessoas que vivam, ou melhor, que sobrevivam apenas com o rendimento de reinserção social, e eu conheço algumas, apoiem e votem em Cavaco, que foi apoiado pelos partidos que pretendem acabar com esse rendimento. E não foi por falta de aviso. Ainda agora aí vêm patrocinadas por PS, PSD, CDS e Cavaco Silva, indemnizações mais baratas para os despedimentos: 20 dias por cada ano de trabalho até ao máximo de 12 anos. Se o trabalhador tiver 20 anos de trabalho, receberá apenas 12 meses, a 20 dias por cada mês, quando até agora receberia 20 meses a 30 dias. Aí têm a paga pelos votos em Cavaco, Alegre e companhia. Esta contradição profunda é complicada e também de difícil digestão. Mesmo a história do Metro. Porque é que o Metro não vem para a Trofa? Simplesmente porque, apenas e só, o PCP tem as mãos limpas neste tema. Só o PCP, foi e é coerente e consequente com o que sempre assumiu. E esta é uma afirmação irrefutável. Mas continua a martelar a mesma questão: estarei enganado? Acredito que não. Sim, é possível, um outro país, uma outra Terra, neste cadinho periférico da Via Láctea do incomensurável Universo. Um mundo onde todos sejamos amigos, com pão, educação, justiça e saúde para todos. A Terra a produzir, fecundada, devolverá felicidade a todos os homens e a todos os seres vivos, porque a distribuição será justa e equilibrada. Poderão dizer: este tipo é um sonhador. Serei…ou talvez não…mas prefiro morrer envolvido num lindo sonho, do que atormentado por um pesadelo. E assim continuarei a luta com todos aqueles que preferem o sonho nessa tentativa de mudar e transformar este mundo, construindo um melhor, pois apesar deste e de outros resultados eleitorais semelhantes, não perderei, não perderemos, a razão pois «… a Razão, mesmo vencida / não deixa de ser Razão». Guidões, 25 de Janeiro de 2011 Atanagildo Lobo
Mais uma lição de Cidadania da Freguesia do Muro Uma força humana imparável, num desejo comum: a vinda do Metro à Trofa. Já assim tinha sucedido, há mais de doze anos, quando o poder político teve de se vergar perante a força da vontade popular para a Criação do Concelho da Trofa. Também nessa causa, os Murenses estiveram na vanguarda com denodo, na exigência autonómica. Nas eleições presidenciais, a luta mais que justa pela vinda do “Metro para a Trofa” veio mostrar aquilo que já muitos sabiam: o peso político da Trofa é tão diminuto que nenhum candidato presidencial marcou um acto de campanha eleitoral na Trofa. Já se tinha notado essa triste realidade na falta de estruturas como as variantes rodoviárias e agora com a situação aberrante do Metro. A confirmação dessa triste realidade foi feita a poucos quilómetros da Trofa, quando em campanha eleitoral um candidato, por acaso o vencedor e de novo o alto magistrado da nação, foi confrontado com a hipótese de a Freguesia do Muro não ir votar, afirmou que todos os trofenses deveriam ir votar. Mas, quando confrontado em Coimbra com uma situação semelhante à da Trofa, afirmou que essa situação era um exemplo de promessas não cumpridas. Dois pesos e duas medidas perante situações semelhantes mas em terras diferentes em termos de peso eleitoral. Será que por acaso, depois da contagem dos votos de domingo passado, algum candidato necessitasse dos votos da Freguesia do Muro para ganhar ou para ir à segunda volta não faria campanha na Trofa? E não iria “pedir batatinhas”, como o povo diz, à Freguesia do Muro? Ninguém tem dúvidas que quem quer que fosse na segunda-feira assentava “arrais” no Muro e faria as promessas mais hilariantes para conseguir os seus intentos. O que se passou no Concelho da Trofa em que muitos e muitos Trofenses utilizaram a arma da abstenção para dizer bem alto ao poder político, que basta de mentiras, a Freguesia do Muro foi o baluarte dessa luta, que em peso quis dizer, e disse-o bem alto, para que todo o Portugal ouvisse, e ouviu afirmar: Os que ignoram a Trofa no caso Metro, a Trofa ignora-os em eleições! Foi com um civismo exemplar, que o Povo da Freguesia do Muro demonstrou ao poder político, central, regional e local, que se não há peso eleitoral, há o peso da razão. Foi assim há doze anos para a criação do Concelho, é assim agora na luta mais que justa no “Metro para a Trofa”. Neste belo exemplo de civismo, os Murenses sentiram muitos apoios de Trofenses de outras freguesias mas também de algumas instituições, que devem ser realçadas: A Junta de Freguesia do Muro, que sendo a única autarquia do Concelho a ver a justeza da pretensão e da luta, esteve sempre ao lado do seu povo; a Juventude Socialista da Trofa, com a sua irreverência mas com maturidade política tem erguido bem alto a bandeira do “Metro para a Trofa”; a imprensa nacional e local, TrofaTv e Jornal “O Notícias da Trofa”, com as suas informações em cima dos acontecimentos, dignificaram o papel da imprensa; as redes sociais, mais concretamente o Facebook, que permitiu a muitos Trofenses a difusão on-line de ideias e partilha da informação. E, assim, a Freguesia do Muro deu, mais uma vez, uma bela lição de cidadania; exerceu o seu direito à indignação. Perante tanta promessa não cumprida, os Murenses e muitos e muitos Trofenses sentiram-se humilhados e indignados. Não fizeram um boicote às eleições presidenciais. Como voto de protesto, fizeram uma abstenção generalizada. Espera-se os resultados: a vinda do “Metro para a Trofa”!
moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
Assaltaram três carros para roubar documentos A GNR da Trofa registou três assaltos ao interior de veículos esta terçafeira, durante a hora de almoço. Tudo indica que tenham sido os mesmos indivíduos a efectuar os roubos. O primeiro assalto aconteceu entre as 13 e as 14 horas no parque de estacionamento de um restaurante na Rua Moinhos da Lagoa, em Santiago de Bougado. Os indivíduos partiram o vidro da janela de um veículo ligeiro, remexeram o seu interior e furtaram uma pasta com documentos, que foi encontrada mais tarde na freguesia do Muro. Foi precisamente nessa freguesia que se concretizou o segundo assalto. Também partiram o vidro ao veículo e furtaram do seu interior uma carteira com documentos, que abandonaram em S. Mamede do Coronado, no local do terceiro furto. Na Rua Padre Joaquim de Sousa Ferreira e Silva levaram outra carteira com documentos, depois de partirem o vidro do veículo, cerca das 14.30 horas. Esta carteira ainda não foi encontrada. O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Santo Tirso efectuou a perícia aos veículos. I.M.P.
24 Actualidade
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27 de Janeiro de 2011
|O Notícias da Trofa
Cantares ao Menino Rita Maia rita@onoticiasdatrofa.pt
Grupos folclóricos de várias regiões do país estiveram na Trofa para recordar a tradição, com cantares ao Menino, numa encontro promovido pelo Rancho das Lavradeiras da Trofa. Desconhecido por uns e esquecido por outros, o jogo do rapa fez parte das brincadeiras de muitas crianças trofenses, sobretudo na quadra natalícia, quando era jogado a pinhões. No entanto, este fru- Encontro de janeiras e cantares ao Menino recordou várias tradições to seco não era comprado cipação no encontro o jogo do do pelo Rancho Folclórico “As Lavradeira de Pedroso”, de num qualquer supermercado. rapa e pinhões. As pinhas eram queimadas O frio não afastou o públi- Vila Nova de Gaia. A encerrar nas lareiras e nos lares e o co que assistiu à actuação de as actuações, o Grupo Etno“casco” era guardado para cinco grupos diferentes, no gráfico da Região de Coimbra que, em dias de tempestade, salão polivalente dos Bombei- arrecadou muitas palmas do as pessoas o atirassem à fo- ros Voluntários da Trofa. Os público, com a última canção gueira e afugentassem o mau primeiros a subir ao palco fo- “Ó anjos cantai comigo” - a ser tempo. Esta tradição, apaga- ram os elementos do Grupo de entoada em conjunto por memda pelo tempo e pelo desen- Danças e Cantares Regionais bros de todos os grupos. volvimento, foi trazida de novo da Feira (Santa Maria da FeiNo final, Luís Elias, presià actualidade durante o XIV ra). Depois foram os “vizinhos” dente do Rancho das LavraEncontro de Janeiras e Can- do Rancho Regional de Fra- deiras da Trofa, mostrou-se tares ao Menino, promovido delos (Vila Nova de Famali- satisfeito com o desenrolar da pelo Rancho das Lavradeiras cão), que recordaram algumas noite: “É uma maravilha ter os da Trofa, na noite de sábado, das canções típicas da qua- grupos que cá tivemos, nomejá que o grupo trofense ofere- dra. A meio da noite actuou o adamente, o Etnográfico da ceu como lembrança de parti- grupo anfitrião, que foi segui- Região de Coimbra, que fez PUB
questão de dizer, clara e inequivocamente, que é um grupo amigo e que marca em qualquer lugar onde actue”. “Foi um fecho de noite muito agradável”, acrescentou. O presidente da colectividade assegurou que, “se a saúde permitir”, o encontro de janeiras ou cantares ao menino “é para manter”. Rancho das Lavradeiras da Trofa tem “marca própria” Luís Elias acredita que “o folclore não se esgota no dan-
çar e cantar”. O Rancho das Lavradeiras da Trofa lançou há pouco tempo uma marca própria, com o intuito de vender licores e bolachas artesanais em algumas lojas gourmet do país. “Existem outros usos e outras tradições, com costumes próprios de fazer doces e licor e é precisamente isso que estamos a fazer”, explicou. Entre os produtos estão “uma espécie de bolachas conventuais” e cinco licores diferentes, vendidos em garrafas “artísticas” . Um destes néctares chama-se “JSL” e é uma homenagem ao “saudoso amigo do rancho”, Joaquim Sampaio Lopes. A colectividade espera com estes produtos conseguir alguns “apoios que a autarquia da Trofa não pode conceder por não ter meios”. Na Trofa, pode encontrar à venda as bolachas e os licores na loja Sanimaia, em Santiago de Bougado. Estes produtos estão também disponíveis em Aveiro e Luís Elias assegurou que o grupo vai tentar colocá-los “em lojas de referência em todo o país”, pois esta “também é uma forma de divulgar o nome da Trofa e do Rancho das Lavradeiras”.