24 de novembro de 2011 N.º 348 ano 9 | 0,50 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Trofahomenageou no dia do concelho
13 anos de concelho págs. 12 e 13
Câmara em pré-insolvência
Relatório da Deloitte pág. 24
Solidariedade pág. 07
Bombeiros pág. 08
2 feridos Mais de 400 deram em acidente sangue para ajudar
2 Atualidade
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24 de novembro de 2011
Semana Europeia da Prevenção de Resíduos De 19 a 27 de novembro comemora-se a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos e a Trofáguas pretende alertar os munícipes para as boas práticas ambientais, nomeadamente, para a adoção de comportamentos que permitam uma redução da produção de resíduos. Segundo a Trofáguas este ano tem-se vindo a verificar uma diminuição da produção de resíduos no concelho da Trofa, tanto no serviço de recolha indiferen-
ciada (lixo comum), como no serviço de recolha seletiva. “Nos primeiros dez meses deste ano, recolheram-se em todo o concelho 13335,86 toneladas de resíduos indiferenciados, menos 292,38 toneladas face ao período homólogo de 2010. Um resultado positivo, mas que devemos trabalhar todos os dias para melhorar, pois quanto menos resíduos indiferenciados se produzirem, menos consequências o ambiente sofre”, adiantou fonte
da empresa. Já no que respeita aos resíduos provenientes dos serviços de recolha seletiva, a Trofáguas também assegura que houve um decréscimo na produção em todos os tipos – papel, vidro e embalagens. “Foram recolhidas 381,14 toneladas de papel, menos 31,38 toneladas que no período homólogo de 2010, 642,42 toneladas de vidro, menos 61,78 toneladas que em 2010 e 233,74
Agenda
toneladas de embalagens, menos 3,26 toneladas que em 2010”, asseverou a mesma fonte. Para continuar a reduzir a quantidade de resíduos produzidos a Trofáguas deixa uma dica: “podemos fazê-lo recorrendo não só a técnicas de compostagem caseira, mas também a formas de reaproveitamento/reutilização de resíduos para utensílios domésticos”. D.P.
Dia 25 9.30 horas: Escritora Alice Cardoso visita a escola EB 1 de Finzes 10 horas: Autarquia assinala Dia Mundial para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres com a inicitaiva“Retrato da Violência na Primeira Pessoa”, na Loja Social 14 horas: Escritora Alice Cardoso visita a escola EB 1 de Paranho, seguindo para a escola EB 1 da Esprela 21 horas: Umbrella Party, no auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado 21.30 horas: “Hoje, vou ao café ouvir poesia”, no café S. Roque, em Alvarelhos
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Se existe Natal para além da morte «?» Mensagem à eternidade Feliz Natal meu querido filho E porque desta imensa tristeza não me libertarei jamais Eternamente, Carlitos, já não teremos mais Natais. Eu, desesperado, “Feliz Natal” queria gritando Mas aquele eco sem resposta, meu coração deixou sangrando. Com ternura me disseste: “serei, papá, teu amparo total” Mas o cruel azar da vida castigou-nos com tragédia fatal. Porque valor não tenho, da vida suprimir, ainda aqui fiquei Submerso na tristeza e soledade, pouco sobreviverei. Fomos, meu filho, irmãos na desdita, tocados pela má sorte Partiste, sem adeus sem despedida, chorarei até à morte. Desfalecendo vai o meu espírito por tanta amargura Somente um sensível dedicado pai conhece esta tortura. Viverás através de mim, serás a luz que alumia meu ser Igualmente em ti vivo, nesta viva chama do pensamento Neste sofrido coração de pai que te dedicou tanto amor Dizem que neste mundo ainda há alegria e muito prazer É sarcasmo. Mentira: desde sempre aqui reinou o sofrimento Porque a realidade nesta triste vida, só existe a dor … Natal de 1998, Papá Eduardo Maia da Costa Reis
Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (C.O. 742) Editor: O Notícias da Trofa, Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Cátia Veloso (C.O. 742), Diana Pimentel Setor desportivo: Cátia Veloso (C.O. 742), Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Afonso Paixão, Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso, Ana
Câmara Municipal da Trofa EDITAL Nº 95/2011 Maria Teresa Martins Fernandes Coelho, Vereadora da Câmara Municipal da Trofa, com competência delegada por despacho nº 21/P/2009, de 10 de Novembro, da Senhora Presidente da Câmara: Nos termos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 70º do Código de Procedimento Administrativo, procede-se à notificação a todos os proprietários dos lotes do loteamento sito em Quintão Muro, com alvará nº 3/2001, de que dispõem do prazo de 10 dias, para se pronunciarem relativamente à alteração dos lotes nºs 17 e 18, em nome de Maria de Fátima Moutinho Carneiro Machado, processo nº 313/11. A alteração consiste na alteração dos muros limites com a via pública e nas rampas de acesso automóvel. Todos os interessados poderão pronunciar-se, apresentando para o efeito sugestão ou reclamação, no sector de Obras Particulares desta Câmara Municipal, sita na Rua das Industrias, n.º 393 – Apartado 65 – 4786-909 Trofa, dentro das horas de expediente. Para constar mandei passar o presente Edital e outros de igual teor que vai ser afixado no edifício desta Câmara Municipal, na Sede da Junta de Freguesia e publicitado em Jornal local. E eu, MARIA MANUELA DE RIBEIRO DIAS LIMA, (gestora de procedimento), o subscrevo. Sede do Município, 15 de Novembro de 2011. A Vereadora, Maria Teresa Fernandes Coelho, Dr.ª
Assunção Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 20 Euros; Extra europa: 59,30 Euros; Europa: 42,40 Euros; Avulso: 0,50 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11
Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo
Nota de redação Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
Dia 26 9 às 12.30 horas: Colheita de sangue promovida pelo Lions na escola EB 2/3 de Ribeirão 9 às 12 horas: Plantação de árvores, na Quinta da Sardoeira 15 às 17 horas: Eleições para os órgãos sociais da ADAPTA, na sede da associação 20.30 horas: Jantar de beneficência, promovido pelo Lions Clube da Trofa, na Casa da Agra - Ribela, Maia Dia 27 Eleições da JS para os órgãos concelhios 15 horas: Trofense-Estoril Praia, no Estádio do Clube Desportivo Trofense 15 horas: Bougadense-Vila Caiz, no Campo de Jogos da Ribeira 15 horas: FC S. Romão-Mocidade Sangemil, no Campo Carlos Alves 17 horas: Leixões S.C.-C.A. Trofa, na Nave Ilídio Ramos, em Leixões Dia 30 10º Aniversário do Centro Comunitário da Trofa
Farmácias de Serviço Dia 24 Farmácia Moreira Padrão Dia 25 Farmácia Sanches Dia 26 Farmácia Trofense Dia 27 Farmácia Barreto Dia 28 Farmácia Nova Dia 29 Farmácia Moreira Padrão Dia 30 Farmácia Sanches
Atualidade 3
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Camilo Lourenço apelou à mudança de mentalidades Diana Pimentel diana@onoticiasdatrofa.pt
“Boas práticas na gestão do orçamento familiar e no crédito ao consumo”. Este foi o tema da conferência promovida pela Câmara Municipal da Trofa, no dia 23, no auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado. Camilo Lourenço, jornalista e comentador financeiro, veio à Trofa para falar sobre “A cultura do endividamento”. O comentador focou a sua apresentação em três parâmetros: a poupança do estado, das famílias e a questão da insolvência. Camilo Lourenço começou por salientar que o facto de o País estar a travessar uma grave crise financeira que se deve aos demasiados empréstimos que foram contraídos ao longo destes anos e que levaram o Governo a um sub-endividamento excessivo. Como esses créditos também eram de fácil acesso às famílias, estas também se
Auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado encheu para ouvir Camilo Lourenço
foram endividando. Para Camilo Lourenço a solução para este problema passa por primeiramente mudar as mentalidades. “Temos de ter juízo, ou seja, temos de mudar de chip e passar a preocupar-nos com questões como estas: quanto é que eu tenho que poupar? e depois devemos fazer o exercício ao contrário que
é: para eu poupar cinco por cento por mês onde é que eu vou ter de cortar para conseguir alcançar o meu objetivo?”, afirmou o convidado. O jornalista também deixou algumas dicas para se poupar corretamente no dia a dia. “Pagar em dinheiro em vez de pagar com cartão, antes de comprar ter
em conta se é mesmo necessário comprar aquilo ou não, comprar marcas brancas. Todos estes pequenos pormenores juntos fazem uma grande diferença depois de mudarmos a mentalidade”, asseverou. Para vencer a crise Camilo Loureiro tem uma receita. “Devemos começar a gastar de acor-
do com as nossas posses, isto é, ajustar o que é o nosso consumo à nossa produtividade pois ninguém nos vai estar a pagar para nós vivermos como ricos”, adiantou. A autarquia da Trofa também adquiriu algumas lições de poupança com o convidado Camilo Lourenço. “Todos os presentes nesta palestra perceberam que não podem gastar mais do que aquilo que têm como receita. Infelizmente essa foi uma prática corrente na Câmara Municipal da Trofa, como foi noutras instituições e como é também em algumas famílias. E esta palestra serviu para percebemos que temos de deixar de lado a nossa cultura de gastos e passarmos a ter em conta uma cultura de poupança”, asseverou a autarca Joana Lima. Nesta palestra estiveram também outros convidados que abordaram questões como o endividamento das famílias, a tomada de decisão de crédito e as problemáticas da contratação de crédito.
4 Atualidade
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24 de novembro de 2011
Alvarelhos a favor da reforma administrativa Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Na sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia de Alvarelhos não houve uma intervenção, quer de membros do órgão, quer de populares, contra a reforma administrativa. É raro ver o auditório da Junta de Freguesia de Alvarelhos tão cheio em dia de assembleia. Segunda-feira, 21 de novembro, foi uma exceção à regra, com pessoas da freguesia e de Guidões presentes na sessão extraordinária, para ouvir falar da reforma administrativa. Já dar a opinião não foi um direito muito utilizado na Assembleia, pois apenas três habitantes de Alvarelhos intervieram. No entanto, pelas manifestações do público, membros da Assembleia e executivo da Junta, parece consensual a necessidade de se fazer a reforma administrativa. Depois da exposição do presidente da Assembleia, Ricardo Moreira, sobre o que consta no Documento Verde, e que deixa antever a junção de Alvarelhos com Muro e Guidões, pelo facto
Intervenientes na Assembleia Extraordinária manifestaram-se a favor da reforma administrativa
de estas freguesias não terem mais de cinco mil habitantes, o alvarelhense Sérgio Araújo considerou que a reforma “não vai fazer com que as freguesias desapareçam”. “O que as compõem é a cultura, quem faz a cultura e as tradições são as pessoas e isso nunca se vai perder. No meu entender, um dos objetivos desta reforma passa por fazer com que muitos façam melhor o trabalho que poucos não conseguem fazer”, frisou, alertando que este assunto deve estar despido de “qualquer demagogia partidária”.
António Vieira utilizou o exemplo das cidades Buda e Peste (atual Budapeste), que se uniram “para ficarem mais fortes”, para defender a reforma administrativa. “Temos que ter noção que isto tem que se fazer. Juntos, somos muito mais fortes. O nome da nova freguesia não importa, mas sim o facto de ficar mais barato para toda a gente”, afirmou. “Quanto mais unidos formos, mais força teremos para reivindicarmos as nossas regalias”, defendeu Joaquim Ramos. Para
este alvarelhense, “os nomes do Muro e Guidões não vão desaparecer, porque as paróquias continuam e só a parte civil será unida”. O presidente da Junta de Freguesia, Joaquim Oliveira, referiu que defenderá “o que o povo de Alvarelhos quiser face à reforma”, no entanto considera que “o mapa administrativo está desenquadrado” e que a medida que o Governo quer implementar “já devia ter sido feita há muito tempo”. O autarca salientou ainda que, caso se confirme a “fusão”
das freguesias, os novos dirigentes eleitos em 2013 “terão muito trabalho”. “Deve-se criar condições para que todas as pessoas se sintam integradas, se sintam respeitadas e que pertencem, de justo valor, à nova terra, sem criar situações de nacionalismo nem imposições”. E sobre a intervenção de Sérgio Quelhas, que garantiu que se vai bater pelo nome de Alvarelhos, Joaquim Oliveira defendeu que a designação da nova freguesia “deve recolher o consenso das populações envolvidas”. Já José Júlio, do PS, considera que “o nome Castro nem fica mal, já que é o nome de um património muito importante nesta freguesia”. Para o socialista Adriano Teixeira, a reforma administrativa “peca por tardia”, considerando que “Alvarelhos não se irá opor” e que “os cidadãos de Guidões e do Muro são muito bemvindos a esta freguesia”.
Guidões disse não à “fusão” em manifestação Cátia Veloso Hermano Martins
Alguns guidoenses estiveram numa manifestação no Porto, contra a extinção de cerca de 2400 freguesias no País, como prevê o Livro Verde da reforma administrativa. “Fusão das Freguesias? Não, obrigado! Guidões Sempre”. Esta foi uma das muitas mensagens que puderam ser vistas na manifestação preparada pelo “Movimento Freguesias Sempre”, no domingo, na Praça D. João I, no centro da cidade do Porto. Munidos de tarjas com letras garrafais, alguns guidoenses estiveram entre as cerca de três milhares de pessoas que se manifestaram contra a “fusão” das freguesias, proposta pelo Livro Verde do Governo. “Dentro dos meios e da divulgação que foi feita e dos condicionalismos e do apoio residual que foi feito pelos órgãos institucionais, foi o possível. Alguns amigos guidoenses prepararamse e levaram faixas e cartazes para essa manifestação, que
contou com uma boa movimentação, pois estiveram presentes muitas freguesias, nomeadamente de Vila do Conde, Matosinhos e Maia. Estamos convencidos que, no fim, o povo vencerá e o Governo recuará e serão respeitadas as legítimas expectativas das populações que não aceitam a fusão”, referiu Atanagildo Lobo, um dos habitantes de Guidões, que esteve presente no Porto. A sugestão para que a população marcasse presença na manifestação foi feita pela CDU, na sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia de Guidões, no entanto, Atangildo Lobo considera que esta luta deve envolver todo o concelho. “Era importante que todas as freguesias se movimentassem, agregando-se a este movimento ou criando outros movimentos. Era também fundamental transpor a própria região e criar um movimento nacional, que tivesse uma enorme corrente e que fizesse com que o Governo recuasse na sua decisão”, acrescentou. Atanagildo Lobo referiu que a possibilidade de outras freguesias do concelho da Trofa se jun-
tarem à reivindicação “ainda não está de uma forma clara em cima da mesa”. “Há expectativas legítimas e vontades de algumas populações do nosso concelho contra a extinção e agregação, nomeadamente a população de Santiago de Bougado, que não está de acordo com a agregação e mais cedo ou mais tarde vai manifestar-se nesse sentido. Presumo que muitos murenses também não estarão de acordo, pelo que considero que as populações
da Trofa vão juntar-se a esta luta”. Como guidoense, Atanagildo Lobo marcou também presença na Assembleia Extraordinária de Alvarelhos, na passada segundafeira, e lamentou o facto de a população dessa freguesia concordar com o proposto no Documento Verde: “Sendo assim, praticamente já se extinguiu o mapa”. “Quando partem do princípio de que Alvarelhos se mantém e que são as outras duas
freguesias (Guidões e Muro) que se vão integrar a Alvarelhos, estão a partir de um princípio errado e a querer subir a um pedestal, julgando que são mais que os outros. Não é isso que está no documento Verde. Eles não têm consciência daquilo que, efetivamente, se passa. Esta atitude que estão a tomar não sei se servirá para se enganarem a eles próprios ou aos outros”, rematou.
Alguns guidoenses marcaram presença na manifestação na Praça D. João I, no Porto
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Atualidade 5
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S. Martinho discutiu fusão da freguesia Diana Pimentel diana@onoticiasdatrofa.pt
No debate público promovido pela Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado sobre a reforma da administração local a maioria dos participantes mostrou ser a favor da fusão das freguesias, incluindo o presidente da Junta, José Sá. A Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado realizou na segunda-feira, dia 21, uma discussão pública sobre o Documento Verde da reforma da administração local. A sessão foi moderada por Carlos Almendra, que começou por fazer uma abordagem histórica sobre a divisão administrativa em Portugal, seguindo-se uma explicação aprofundada sobre o Documento Verde da Reforma da Administração Local e a sua aplicação “previsional” ao concelho da Trofa. Segundo o Documento Verde as freguesias que são sede do município e que distem a menos de três quilómetros de raio entre si deverão ter um mínimo de 15 mil habitantes, logo S. Martinho de Bougado (15.153 habitantes) deverá ser fundida com Santiago de Bougado, uma vez que esta última, segundo os censos de 2011, apenas tem 6.395 habitantes. Vasco Pereira, tesoureiro da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, foi
o primeiro a intervir para dizer que não concorda com as fusões de forma cega. “Acho que as juntas de freguesia existem para resolver os problemas das pessoas e esse deverá ser o parâmetro mais importante. Concordo, por isso, com a agregação das freguesias, mas considero que com estes limites estamos a exagerar e acho que vamos correr o risco de ter freguesias que têm uma população muito maior do que muitos concelhos”, adiantou o tesoureiro. Jorge Campos defendeu que estes debates devem partir, primeiramente, dos municípios e não das freguesias. “A discussão tem de partir da Câmara Municipal da Trofa, é um erro estar a discutir a nossa freguesia, o nosso posicionamento descontextualizado do nosso concelho. Acho que a autarquia deveria apresentar uma proposta e depois esta deveria ser levada à Assembleia Municipal e às Assembleias de Freguesia. Não tenho posição tomada relativamente a esta questão, mas gostava de ouvir as pessoas, porque neste momento, temos 120 concelhos no País que têm menos habitantes que S. Martinho de Bougado, e isso, naturalmente, dá que pensar”, asseverou. E se para uns a posição ainda não é clara outros há que não têm dúvidas. Emília Cardoso defende que por questões económicas se devem fundir as juntas freguesias. “Se estamos a falar em contenção
Foram poucos os são martinhenses que participaram neste debate público
de despesas penso que devemos realmente fundir as juntas de freguesia. Não devemos mexer nas freguesias em si pois elas têm a ver com a nossa pertença, com a nossa história e na minha opinião isso não custa dinheiro nenhum e não traz qualquer problema à situação em que vivemos”, adiantou. Isabel Cruz também fez questão de deixar clara a sua posição quanto à fusão das freguesias. “Mesmo que no futuro o caminho seja uma Junta de Freguesia do ponto de vista da organização política de S. Martinho e de Santiago, eu viverei sempre em S. Martinho de Bougado. É preciso separar aqui que a freguesia não vai deixar de existir no mapa, a freguesia mantém-se. Isso seria o desejável, porque por muito que queiramos cada freguesia tem as suas características, e a identidade de um povo são para toda a vida e não devemos destruí-las”, afirmou. Luís Pinheiro também admitiu ser a favor desta medida, desde que sejam tomadas algumas considerações. “Estou completamente de acordo que as Juntas de Freguesia se juntem não perdendo a denominação. No caso de S. Martinho e Santiago de Bougado caso se venham a unir, considero que, administrativamente, a gestão dessas duas freguesias deveria ser feita apenas com um executivo, e penso que esse executivo deveria ser eleito por elementos de uma freguesia e de outra, para que posteriormente as pessoas se pudessem identificar com o executivo que lá está”, asseverou. António Vieira foi um dos intervenientes que mostrou ser contra esta proposta. “Acho que este Documento Verde é um perfeito disparate e por isso sou con-
tra. Na minha opinião as freguesias não gastam dinheiro nenhum, isso é mero masoquismo anti-democrático”, afirmou. Pedro Reis, foi o único jovem que interveio neste debate público e questionou o autarca José Sá, relativamente à sua posição. “Estamos a falar em termos administrativos das fusões das freguesias, mas devemos recuar ao passado. Na década de 70/80 tentou-se fundir o Clube Desportivo Trofense e o Atlético Clube Bougadense e que acabou por fracassar devido a várias divergências. Será que nos tempos que correm essas divergências foram ultrapassadas? Será possível esquecer o bairrismo e funcionar como uma verdadeira estrutura? O que é que o presidente da Junta acha desta situação?”, questionou. José Sá mostrou ser a favor da fusão das freguesias bem como dos clubes de futebol existentes, tudo em prol de uma cidade só. “Este seria o momento ideal após a fusão das freguesias para acabarmos com as rivalidades, de forma que teria muito orgulho em que os clubes também se fundissem para podermos trabalhar em parceria numa cidade só. Relativamente à fusão das freguesias sou da opinião que deve ser feita essa reforma administrativa, defendo que não se de-ve acabar com a identidade dos povos nem com a das freguesias, mas que deve ser feita esta reforma nas entidades. Acho que é importante a redução de juntas, muito embora em termos económicos o resultado será zero”, afirmou o presidente da Junta. Apesar da importância deste tema a reunião pública contou com pouca participação dos habitantes de S. Martinho de Bougado.
Juventude socialista foi a votos No fim de semana, a Juventude Socialista (JS) trofense foi a votos para eleger os núcleos de freguesia existentes na concelhia da JS Trofa. Nestas eleições foram eleitos os novos secretários coordenadores de núcleo e os respetivos secretariados de núcleo, Pedro Teixeira (Alvarelhos), Nuno Moreira (Guidões), José Santos (Covelas), José Pereira (S. Romão do Coronado) e Armindo Azevedo (Santiago de Bougado). Neste atos eleitorais participaram no total das freguesias 103 jovens militantes da Juventude Socialista. A JS Trofa vai novamente a votos no dia 27 de novembro para eleger os órgãos concelhios. D.P.
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24 de novembro de 2011
Gota D'Água desenvolve “Projeto autoestima”
ASAS discutiu maus-tratos a crianças e jovens Cerca de 250 pessoas participaram no 4º Encontro sobre Maus-Tratos, Negligência e Risco na Infância e na Adolescência, que foi promovido pela Associação de Solidariedade e Acção Social (ASAS). A instituição conseguiu retirar algumas conclusões interessantes deste encontro, como por exemplo a necessidade de uma intervenção articulada das diferentes instituições que trabalham com crianças e jovens e a especialização dos seus técnicos para as matérias que constituem objeto da sua intervenção. Um dos palestrantes alertou para a necessidade urgente de denunciar casos de abuso ou maltrato, assim como a necessidade de um diagnóstico correto e célere com avaliação forense e do risco. Destacou-se neste encontro também a necessidade de repensar o modo como o sistema de
justiça aborda a matéria dos menores em perigo, particularmente as situações que configuram ofensa à autodeterminação e à liberdade sexual das crianças, a receção e a avaliação das denúncias, a promoção e proteção dos direitos da vítima, e a recolha de informação e de prova com validade processual penal e a sua avaliação em tempo útil. O conceito de adoção foi apresentado neste 4º encontro da ASAS como uma medida que permite reparar a adversidade precoce presente nas trajetórias de desenvolvimento das crianças e jovens que vivenciaram o abandono, maus-tratos, e negligência e/ou cresceram em situação de risco. Foram apresentados no final deste colóquio dados relativos aos últimos dez anos que mostram um progresso significativo em Portugal no que toca à investigação e ao combate aos maustratos e negligência de crianças
e jovens. A Viagem da Asinhas pelo Mundo da Adopção No IV Encontro sobre Maus Tratos, Negligência e Risco na Infância e na Adolescência, foi lançado o livro “A Viagem da Asinhas pelo Mundo da Adopção”, da autora Vera Ramalho. Esta é uma história de descobertas e emoções que transmite uma mensagem de ternura sobre a adoção. Um tema que ainda apresenta muitas nuances desconhecidas. No lançamento desta obra literária, a coordenadora técnica do Centro de Acolhimento Temporário Raízes, Telma Pinto, explicou como surgiu esta ideia. “Este livro nasceu da necessidade de trabalhar alguns dos anseios que as crianças sentem face a um projeto de vida que tanto desejam, mas que ao mesmo tempo lhes desperta inseguranças”, afirmou Telma Pinto. D.P.
Evento solidário sensibiliza jovens para a toxicodependência “Umbrella Party”, ou festa do guarda-chuva. É assim que se chama o evento solidário, que vai decorrer na sexta-feira, dia 25, pelas 21 horas, no auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado. Através do projeto “Nos caminhos da prevenção”, inserido no Plano Municipal de Prevenção Primária da Toxicodependência (PMPPT), a Câmara Municipal da Trofa, em conjunto com a ASAS (Associação de Solidarie-
dade e Acção Social), com a Cruz Vermelha - Delegação da Trofa e com a Irmandade e Santa Casa da Misericórdia decidiu realizar este evento solidário que visa prevenir comportamentos de risco, informando e sensibilizando os jovens para o problema da toxicodependência, auxiliandoos a descobrir e a adoptar hábitos de vida saudáveis e independentes. Nesta noite, a Junta de Freguesia de S. Martinho de Bouga-
do vai transformar-se para receber um concerto de música, que vai contar com a participação de algumas bandas e ainda com a apresentação e exposição de guarda-chuvas pintados, alusivos ao evento, pelos alunos que participam nos projetos. Um euro é o valor de entrada para este evento solidário. O dinheiro angariado vai reverter a favor da aquisição de material educativo para os agrupamentos escolares envolvidos no PMPPT. D.P.
A Associação Gota D'Água em parceria com a ASCOR desde o dia 21 de novembro que está a desenvolver o “Projeto autoestima”. Esta iniciativa vai realizarse todas as segundas-feiras no salão de cabeleireiros da ASCOR e vai contar com a presença do profissional de cabeleireiro da Trofa, Carlos Veloso, que munido de pentes, tesouras e muita solidariedade vai levar mais leveza à comunidade carenciada na freguesia de S. Romão do Coronado, oferecendo inicialmente cinco atendimentos gratuitamente. Numa fase posterior a Associação Gota D'Água vai contar com a presença de um(a) voluntário(a) que se vai responsabilizar pelo embelezamento das
mãos e pés, a fim de devolver a dignidade a estas pessoas, ajudando-as a sentirem-se melhor interiormente contribuindo para a sua integração social, uma vez que a boa aparência é a chave para aumentar a autoestima das pessoas. A iniciativa está a começar pela freguesia de São Romão do Coronado, mas a intenção da Gota D'Água é o mais brevemente possível alargar esta iniciativa a todo o concelho da Trofa. A Gota D'Água é uma associação que tem a missão de dinamizar atividades sócios/culturais e recreativas com o objetivo de ajudar as pessoas na (re)construção dos seus projetos de vida. D.P.
Projeto pretende aumentar autoestima dos participantes
Assembleia Geral Extraordinária de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária da Trofa apest.trofa@gmail.com
Convocatória Conforme estatuído no nr.1 do art.º 15º dos estatutos desta Associação, e para cumprimento do disposto nos art.os 12º, 14º e 16º do Decreto-Lei nº75/2008 de 22 de Abril, e nos art.os 14º, 16º e 18º do Regulamento Interno da Escola Secundária da Trofa, convoco todos os Pais e Encarregados de Educação dos alunos desta Escola, para uma Assembleia Geral Extraordinária, a realizar no próximo dia 25 de Novembro de 2011 pelas 21.00H, no auditório da escola, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto único - Eleição dos Representantes dos Pais, ao Conselho Geral da Escola Secundária da Trofa. Nota: As listas candidatas devem ser entregues na escola ao cuidado do Presidente da Assembleia Geral da Associação de Pais, até 48 horas antes da realização da Assembleia. Trofa, 14 de Novembro de 2011 O Presidente da Assembleia-geral Luis Neves Dias
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Colheita de sangue “Ser voluntária faz-me para medula óssea sentir viva e útil” supera expectativas Ano Europeu do Voluntariado
No âmbito do Ano Europeu do Voluntariado, o jornal O Notícias da Trofa está a divulgar – ao longo do ano – testemunhos de pessoas que fizeram ou fazem voluntariado, tentando descortinar o que motiva alguém a dar de si sem esperar nada em troca. Rosa Laje é professora voluntária no TCA, num projeto de alfabetização, no qual muitos dos alunos já têm mais de 50 anos.
Após a minha aposentação, sentia-me triste pois ensinar foi tudo o que eu gostei de fazer ao longo da minha vida. Sentia-me vazia e sem rumo. Fui convidada pelo TCA para participar no projeto de alfabetização «Aprender a ler, escrever e contar», em 2006, e aceitei de imediato. Atualmente, estou de corpo e alma ligada ao projeto. Trabalhar com estas pessoas é fantástico. É sentir que todos eles ganharam uma nova vida. Têm novos sorrisos, são mais alegres, mais comunicativos, ganharam autonomia, autoestima e confiança. Acreditam muito mais em si próprios. Partilhar com eles o meu saber foi para mim uma aprendizagem. As suas vivências têm-me enriquecido. Aprendi muito mais do que aquilo que dei. No entanto, não é uma tarefa na qual encontro dificuldades a todos os níveis – social, cultural e emocional. São pessoas para as quais a vida foi muito “madrasta”. Alguns perderam os pais muito cedo e ficaram à mercê dos vizinhos, dos irmãos mais velhos; outros filhos de famílias numerosas e pobres, que tiveram de ajudar os irmãos; outros com dificuldades graves de aprendizagem e que não foram bem-sucedidos. Agora o tempo fê-los crescer, estão mais disponíveis e então agarraram esta oportunidade logo que tiveram conhecimento dela através do TCA. Além de trabalhar para o TCA, voluntariamente, pois é um trabalho que eu adoro fazer, ainda sou voluntária na ACREDITAR (Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro). Esta associação tem como função ajudar as crianças que estão internadas no Hospital de S. João e no IPO do Porto e também as que vão às consultas externas. Dois dias por semana desloco-me ao IPO para fazer o meu turno, apoiando crianças internadas no serviço de transplantes de medula óssea, levando-lhes o meu carinho, as minhas brincadeiras, as minhas canções… Também faço parte do projeto Aprender Mais (ACREDITAR), deslocando-me a casa das crianças sinalizadas pelo Hospital, para as apoiar no seu desenvolvimento cognitivo, social e intelectual, durante o período de recuperação. Tendo sido uma pessoa sempre disponível para ajudar e partilhar o meu tempo e os meus conhecimentos com os meus alunos e os meus amigos, fui praticando atividades de voluntariado ao longo da minha vida. Não tendo a totalidade do tempo disponível, adequei-o sempre que possível. Agora, estou totalmente disponível, para ser voluntária a tempo inteiro. Ser voluntária para mim é dar sem nunca pensar em retribuição. É partilhar o que sou capaz de fazer - ensinar. É sentir-me útil e viva perante a sociedade da qual faço parte, sendo esta muito heterogénea. Ser voluntária é ser responsável, pois é preciso cumprir os deveres que o voluntariado exige. Ser voluntária foi a forma de eu poder continuar a ser eu própria, como pessoa e como ser humano.
Rosa Lage considera que tem aprendido muito com os alunos
Hermano Martins
Não houve kits suficientes para todos aqueles que acorreram ao Cenfim na terça-feira, para ajudar a Sara, o Gustavo e todos os meninos, jovens e adultos que precisam de um dador de medula óssea. “Hoje precisam umas pessoas, amanhã podemos precisar nós, foi por isso que vim cá”. A afirmação, de Sara Gil, dadora de medula óssea, espelhava o sentimento de todos os que esta terça-feira, dia 22 de novembro, se deslocaram ao Cenfim para participarem nesta colheita de sangue. “O pensar nos filhos” fez também com que Ângela e Paulo Vaz saíssem do trabalho às duas da tarde e esperassem pacientemente, cerca de hora e meia, na fila para também eles se poderem tornar dadores de medula ós-sea: “Tivemos conhecimento pela firma, que colocou lá o cartaz da menina e tomamos a iniciativa de vir cá”. Visivelmente satisfeito, José Carneiro, responsável pelo pelouro do sangue dos Lions Clube da Trofa, admitia que não contava com tantos dadores, “o que é muito bom, não só para a Sara, mas também para outras pessoas”. A pequena Sara tem sete anos e foi-lhe diagnosticado uma síndrome mielodisplático e precisa de transplante de medula óssea para ficar curada. O apelo, colocado um pouco por todo o lado, fez com que mais de meio milhar de pessoas quisessem ajudar, contudo apenas 408 ficaram inscritos, uma vez que os outros, “mais de cem”, foram embora “por falta de kits de recolha”, informou o responsável do Lions. O caso de vida do Gustavo, filho do jogador de futebol português Carlos Martins, sensibilizou os portugueses, que acorreram para ajudar o menino…e todos os outros que também necessitam de um dador. É que ao fazer a recolha, o tipo de sangue do voluntário fica armazenado numa base de dados que está acessível para todo o Mundo. José Car-
Mais de 400 pessoas participaram na colheita
neiro reconheceu que “o mediatismo ajudou muito” e que “aqui pode resultar uma colheita compatível com o filho de outra pessoa”. Este tipo de colheitas para medula óssea não é novidade para o Lions Clube da Trofa, que foi “o primeiro clube lionístico a promover uma colheita deste género”, recordou. A pensar nesses que não se poderão tornar dadores esta terça, o Lions marcou já nova colheita para o dia 17 de dezembro, às 9 horas nos Bombeiros Voluntários da Trofa, que coincide com outra recolha de sangue já agendada para o Hospital de S. João. Para ser dador, e segundo Cecília Mendes, técnica de análises clínicas, a trabalhar nesta recolha, “basta ser saudável e ter entre 18 e 45 anos” e… não dói nada.
Lions promove colheita e jantar O Lions Clube da Trofa vai realizar mais uma colheita de sangue em Ribeirão. Esta iniciativa vai decorrer no sábado, dia 26, entre as 9 e as 12.30 horas, na Escola EB 2/3 de Ribeirão. O sangue recolhido nesta colheita vai ser doado aos doentes do Hospital de S. João, no Porto. Também no mesmo dia, o Lions vai realizar, pelas 20 horas, um jantar de beneficência na Casa da Agra - Ribela, na Maia. As receitas angariadas neste evento vão reverter a favor das obras de solidariedade social e beneficência da instituição. Para mais informações deve contactar a instituição através dos seguintes telemóveis: 968 104 805 / 911 506 588 / 926 685 373.D.P.
Dadores chegaram a esperar cerca de duas horas
8 Atualidade
Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA Nos termos legais dos estatutos e regulamento interno, convocam-se todos os associados do Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado para uma Assembleia-geral a realizar no próximo dia 2 de dezembro de 2011 (sexta-feira), pelas 21 horas, na EB1/JI de Cedões, com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Apreciação e votação do relatório de contas e atividades, relativo à época ano de 2011 (período) de 12 de novembro de 2010 a 11 de novembro de 2011. 2- Eleição dos órgãos sociais para o biénio 2012/2013 3- Trinta minutos para discussão de assuntos de interesse para a associação Se à hora marcada não se encontrar o número de sócios suficientes, a mesma funciona 30 minutos mais tarde, com qualquer número. Santiago de Bougado, 21 de novembro de 2011 O presidente em exercício de funções Renato Pinto Ribeiro
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Acidente provoca 2 feridos e caos no trânsito Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Um acidente em Cedões, na ponte sobre o Rio Trofa, Santiago de Bougado, cerca das 16.45 horas de quarta-feira provocou dois feridos e o caos no trânsito da Estrada Nacional 14. José Carlos Ferreira, condutor de um ligeiro de mercadorias, repetia que tinha ganho “o euromilhões”, já que apenas apresentava algumas escoriações na perna, depois do embate. “Eu circulava na direção TrofaMaia quando vi que o condutor da outra carrinha não ia fazer a curva. Eu só tive tempo de parar. Ele destruiu-me a cabine”, contou ao NT. O condutor do outro veículo ligeiro de mercadorias também sofreu ferimentos ligeiros. O colega, Hélder Pereira, que vinha do lado do pendura afirmou ao
Acidente congestionou o trânsito
NT que não se apercebeu de nada. “Quando eu vi que íamos contra a carrinha, ainda pus a mão ao volante, mas já não foi a tempo”, explicou. Para José Carlos Ferreira, o condutor do outro veículo “estava completamente distraído”. Já Hélder Pereira não consegue “dizer com certeza” se o colega
“estava distraído ou se lhe deu o sono”. No local, estiveram duas ambulâncias de socorro dos Bombeiros Voluntários da Trofa, que transportaram os feridos à unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. A Guarda Nacional Republicana tomou conta da ocorrência.
Proprietários e condutores de ciclomotor devem alterar licenças Foram três os condutores de ciclomotor que foram abordados pela GNR por não terem licença de condução. O primeiro, abordado no sábado, em S. Martinho de Bougado, foi presente ao Tribunal de Santo Tirso e admoestado. Os outros, em Alvarelhos e S. Romão do Coronado, também seguiam sem licença para conduzir, na terça-feira. O último também foi admoestado pelo
juiz, enquanto o outro não compareceu no tribunal. A GNR aconselha todos os proprietários de ciclomotor a procederem à alteração da chapa de matrícula, uma vez que as eram emitidas pelas câmaras municipais deixaram de estar legais. A autoridade sugere também que os proprietários das licenças de condução, emitidas pelos municípios, procedam à sua alteração
para que o título faça parte da carta de condução. A GNR interpelou ainda um condutor de uma viatura ligeira, no sábado de manhã, em S. Martinho de Bougado, que circulava com 1,42 gramas de álcool por litro de sangue, uma taxa crime. Presente ao Tribunal de Santo Tirso, foi multado em 250 euros e proibido de conduzir por três meses. C.V.
Deram tiro por vingança e foram detidos A Polícia Judiciária deteve três dos quatro presumíveis autores, no âmbito de uma investigação por crimes de ameaça, dano com violência e detenção de arma proibida. Na noite de 22 de fevereiro de 2011, Manuel (nome fictício) regressava a casa com a mulher e o filho de cinco anos no seu automóvel, quando foi surpreendido por quatro indivíduos que, motivados por desavenças antigas, quebraram os vidros do veí-
culo com dois barrotes de madeira e ameaçaram o homem com uma caçadeira e uma pistola de calibre 6,35 mm. Manuel terá entrado em confronto com um dos assaltantes, mas acabou por ser atingido na perna por um disparo da pistola. Ferido, entrou na viatura e fugiu do local. Nove meses depois, a Polícia Judiciária deteve três dos quatro indivíduos suspeitos da agressão, dois irmãos de 21 e 36 anos, e um amigo comum de 19 anos, de Guilhabreu, Vila do
Conde, todos com a profissão de vendedor ambulante e o último com antecedentes criminais por condução sem habilitação legal. A PJ apreendeu a caçadeira, que se encontrava na posse de um dos indivíduos. Presentes no tribunal de Vila do Conde, foram impostas como medidas de coação presenças bi-semanais às autoridades a um dos indivíduos, enquanto os restantes apenas têm que se apresentar uma vez por semana. C.V.
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24 de novembro de 2011
Orçamento Participativo Jovem apresentado com nova imagem Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A 2ª edição do Orçamento Participativo Jovem foi apresentada com “expectativas altas e otimistas”. Projeto tem nova imagem, concebida a partir de um concurso lançado a alunos da Escola Secundária. O Orçamento Participativo Jovem (OPJ) já tem imagem. Representa a “união e a entreajuda”, que num projeto como este “não podem ser deixadas de parte”. Constitui também “uma nova criação da figura humana, entrelaçada e privilegiando a proximidade”. Foram estas as bases que Rui Teixeira, aluno do 12º ano da Escola Secundária da Trofa, utilizou para conceber o logótipo vencedor do concurso, que visava dar uma imagem ao OPJ. A segunda edição do projeto foi apresentada na sexta-feira (18 de novembro), no auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado e à porta, podi-
Rui Teixeira concebeu a nova imagem do OPJ
am ver-se os logótipos, que foram a concurso e que Rui Teixeira venceu. Perante jovens, professores e diretores de agrupamentos escolares, a vereadora da Educação, Teresa Fernandes, reconheceu que este “é um projeto, particularmente, querido, não só por se destinar aos jovens, mas por esti-
mular e possibilitar a participação e a responsabilidade cívica dos cidadãos”. Depois de apresentar o projeto nas escolas, a autarca afirmou que os alunos “mostraramse disponíveis para trabalhar para o desenvolvimento da Trofa”, pelo que as expectativas para este “são altas e otimistas”.
Com o OPJ, os jovens são desafiados a apresentar ideias, projetos ou ambições a concretizar no concelho. Os moldes desta iniciativa são os mesmos: para o projeto vencedor que vier das escolas a autarquia dispõe 7500 euros, enquanto o que for apresentado no âmbito concelhio terá 12 500 para o desenvolver.
“O sucesso do primeiro ano, reforçou a nossa certeza e a nossa confiança na atitude participativa e corajosa dos jovens, e daí continuarmos a incentivar e a apoiar o sentido de iniciativa e a entreajuda das nossas novas gerações”, frisou Teresa Fernandes. A vereadora recordou o convite endereçado pela Associação Nacional de Municípios Sueca para que a autarquia apresentasse nesse País o OPJ, que foi alvo “dos mais extensos elogios”. Os projetos candidatos podem concorrer até ao dia 20 de abril de 2012. A autarquia lançou ainda um concurso para o documentário que retrate o OPJ, cuja data limite é 25 de março. Recorde-se que, na primeira edição, os projetos vencedores foram o Laboratório de Ciência para a EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques e um Circuito de Manutenção a instalar no Souto de Bairros, proposto pelo grupo de escuteiros de Santiago de Bougado.
Escola Secundária da Trofa assinalou aniversário do concelho com palestra O grupo que coordena a disciplina de História da Escola Secundária da Trofa promoveu, no dia 16, uma palestra comemorativa da elevação de Trofa a concelho. No anfiteatro da escola encontravam-se alguns convidados e oradores como Bernardino Vasconcelos, ex-autarca trofense, e Costa Ferreira, jornalista. Os alunos das turmas do 10º,
11º e 12º ano quiseram conhecer um pouco melhor as várias etapas da luta dos trofenses pela sua autonomia e independência. Nesta palestra foram feitas referências a algumas datas importantes desde o início da luta dos trofenses até à concretização do sonho: dia 19 de novembro de 1998. Também foi projetado um vídeo onde era visível o entusias-
mo dos dez mil trofenses que se deslocaram a Lisboa para “irem buscar o concelho” da Trofa. Costa Ferreira, à medida que o vídeo ia passando, fazia algumas observações. Depois seguiu-se a vez de Bernardino Vasconcelos dar o seu depoimento. No final da intervenção dos oradores restou tempo para os participantes colocarem algumas
Bernardino Vasconcelos e Costa Ferreira participaram na palestra
questões, das quais se salientou a de uma aluna que perguntou ao ex-autarca se essa luta valeu a pena. Bernardino Vasconcelos foi perentório quando reafirmou a justeza da luta travada pelos trofenses e a ausência de qualquer tipo de justificação para se inverter o processo que culminou com a criação da mais um concelho no ano de 1998. D.P.
10 Construção & Decoração
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Renove o seu lar Se é daquele tipo de pessoas que gosta de renovar frequentemente o interior da sua casa então não perca mais tempo e coloque mãos à obra e siga algumas das dicas que o NT lhe dá nesta edição especial sobre casa, construção e decoração. Quem tem uma casa, ou um apartamento sabe que tem sempre de dispender algum dinheiro, ora para comprar móveis ou artigos de decoração novos, ora para fazer algumas pequenas
reparações. A carpintaria e a pintura são algumas das opções às quais pode dedicar especial atenção na altura de remodelar. Alie o seu bom gosto à escolha de profissionais qualificados e obtenha o resultado que sempre desejou. Tomar as decisões acertadas de forma rápida nem sempre é fácil. No entanto, com as sugestões que o NT tem para si, simplificar e renovar serão tarefas simples.
Renove o interior de sua casa
Madeira para que te quero
Por vezes, os carpinteiros são verdadeiros artistas
A carpintaria é também uma forma de arte. Os carpinteiros são por vezes verdadeiros artistas pois dedicam-se à execução dos mais diversos trabalhos em madeira. Desde móveis em série, a móveis por medida, passando por restauros de móveis antigos. Hoje em dia, muitos são os fabricantes onde basta apenas dar as medidas exatas para se obter a mobília tão desejada. Atualmente as carpintarias também se preocupam com as questões ambientais e, por isso, já fabricam móveis ecológicos.
Basta um pouco de criatividade e beleza. O objetivo é apenas o de minimizar o impacto ambiental em todas as fases de vida do produto, até ao seu destino final e são móveis cuja vida útil é mais longa. O nosso país sempre foi rico em madeira e por isso nós podemos e devemos usufruir dos nossos próprios recursos. Hoje em dia a carpintaria “funde-se” com o design, e por isso já se vê à venda móveis que são produzidos segundo uma linha estética. A contraposição entre carac-
terísticas clássicas e modernas é essencial. Móveis herdados de família aliados a peças contemporâneas, dão o toque de atualidade e ainda contam um pouco sobre a história de quem habita a casa. Nas últimas décadas, o lacado e o plástico estiveram no centro das atenções quer dos clientes quer dos fabricantes. Contudo as coisas foram-se alterando e atualmente a madeira já se funde com outros materiais, como o vidro, o aço ou o ferro.
Dê uma nova cor à sua vida Se pretende dar à sua casa um toque diferente, a pintura do seu imóvel é uma solução bastante viável. O NT pensou em si e apresenta-lhe nesta edição um conjunto de propostas. As opções são variadas e permitemlhe atribuir uma nova vida ao seu espaço pessoal. Seja no quarto, na sala, ou a casa inteira, o importante é que se sinta bem com as remodelações que está prestes a fazer. Existe um imenso conjunto de técnicas e de texturas que vão transformar a sua casa no lar que sempre quis. Para remodelar o seu imóvel opte por contratar um pintor profissional. Os resultados serão bem visíveis. Mas antes de escolher, deve ter em atenção alguns aspetos. O pintor deve ter boas referências, portanto informe-se acerca de trabalhos anteriores que tenha realizado. Deve ser ainda bastante preciso na pontualidade após serem definidas as datas de início e conclusão do serviço. Um bom pintor deve saber trabalhar com texturas, conseguir
um acabamento fino nas paredes e ser detalhista. Você deve fiscalizar diariamente todos os trabalhos, realize e certifique-se que ele deixa o local de trabalho limpo e arrumado. Se o pintor que escolheu conseguir realizar tudo isto, terá satisfação garantida. Hoje em dia as paredes de sua casa podem ganhar vida de uma forma muito simples e marcante. Papéis de parede, adesivos, e as próprias cores da tinta são opções práticas e eficazes. Escolha o estilo que quer para a sua casa e deixe que o pintor concretize o seu sonho. Mas se vai renovar o interior de sua casa, o exterior é igual-
mente importante e não deve ser descurado. Antes de entrar no seu imóvel, é o exterior que reflete o seu senso de estilo. No entanto, antes de partir para a pintura, peça ao pintor para verificar o estado das paredes e para reparar eventuais danos. Deve confiar no seu bom gosto e escolher a corta certa para o seu imóvel que deve acentuar todos os elementos de design da sua casa. Complemente o estilo arquitectónico do seu imóvel. A localização da sua casa também é um fator a considerar. Se possui uma vivenda estilo casa de campo, está livre para usar as cores vibrantes.
As paredes de sua casa podem ganhar vida
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“A Trofa foi mais uma repetição de tudo o que era erro neste País”
Comissão Promotora reuniu-se em almoço Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Elementos da Comissão Promotora do concelho da Trofa reuniram-se num almoço de confraternização. Grupo considera que as oportunidades que surgiram há 13 anos não foram aproveitadas. A Trofa é como um jogador de futebol que passou ao lado de uma grande carreira. A ideia é comungada pelos elementos da Comissão Promotora do concelho, que se reuniu, mais um ano, num almoço de confraternização, no restaurante Pintor Pobre, em Santiago de Bougado. Por entre conversas de circunstância de como está o País e o Mundo, há uma que nunca se esgota… e que está presente todos os anos: a elevação da Trofa a concelho a 19 de novembro de 1998. O tema não surge por acaso, porque, afinal, estes foram os timoneiros de uma conquista sem precedentes de uma população que há mais de um século vivia revoltada com a anexação ao concelho de Santo
Tirso. Na História, existem estórias que não permitem saber, tal e qual, como se formou a Comissão Promotora, mas parece ser certo que a vontade nasceu no seio da freguesia de S. Martinho de Bougado, através da televisão pirata TDM. Bougadenses de S. Martinho (Pedro Costa, Aníbal Costa, José Serra, Eugénio Gomes, Mário Ribeiro, Costa Ferreira e Armando Martins) e Santiago (Augusto Vaz e Silva, José Gregório Torres, Manuel Rodrigues da Silva, António Pereira, Francisco Lima, José Reis e Adélio Serra) uniram-se por uma causa e, mais tarde, contaram com um murense, José Moreira da Silva, para fortalecer um grupo que lutou, apartidariamente, pelo nascimento do concelho. Treze anos depois, quase todos fazem questão de se reunir num almoço no dia de aniversário do concelho para avivar memórias. Para Adélio Serra, a criação do concelho “foi uma aposta que durou 11 anos de ininterruptos acontecimentos, de consultas
Vários trofenses unidos pelo concelho
intermináveis de documentos que serviram para junto à Assembleia da República, demonstrar a justeza da pretensão”. “Continuaremos, até que a vida nos permita, a celebrar a criação do concelho. Lamentamos que, neste momento, nos falte um elemento por falecimento (Augusto Vaz e Silva) e dois que não estão presentes neste almoço por questões pessoais”, acrescentou. Depois de atravessarem muitos obstáculos para conseguirem concretizar o desejo dos trofen-
ses, os elementos da Comissão Promotora vivem com o sentimento de dever cumprido. Aníbal Costa considera que o grupo “teve um papel importante na criação e a partir do momento em que cumpriu o seu trabalho, terminou as suas funções”. Apesar de não se arrepender de ter lutado pelo concelho, Aníbal Costa considera que a Trofa não aproveitou as oportunidades que lhe foram proporcionadas há 13 anos: “Nesta luta, achávamos que tínhamos condi-
ções para fazer da Trofa um concelho-modelo no País e hoje, passados 13 anos, reconheço que podíamos ter sido um exemplo. Infelizmente, o nosso concelho foi mais uma repetição de tudo o que era erro neste País. Temos um concelho que é o que é…” Aníbal Costa acrescentou que a Trofa “teve todas as condições para ser um ótimo concelho”, mas “não é agora que se vai fazer o que devia ter sido feito há dez ou 11 anos”.
Trofa Criativa Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Autarquia mostrou “talentos municipais” na exposição “Trofa Criativa”, na Casa da Cultura. “Primeiro estranha-se e depois entranha-se”. Esta citação de Fernando Pessoa não podia combinar melhor com o que aconteceu com Augusto Ferreira. Um dos últimos representantes da arte santeira, lida com a atividade desde os 13 anos, altura em que a mãe – ciente das habilitações artísticas de Augusto – atirou-o “aos leões”. Hoje, apesar de esta arte estar em declínio e não ser devidamente valorizada no mercado, voltava a abraçála sem hesitar. Este artista é um dos que compõem o leque de “talentos municipais” que a autarquia da Trofa fez questão de promover através da exposição “Trofa Criativa”. Inaugurada na tarde do feriado municipal, 19 de novembro, a mostra reúne na Casa da Cultura a arte santeira, o vitrinismo, a moda, a vinicultura e a escul-
tura. “Criativos” como Augusto Ferreira, Susana Joana Ribeiro, Márcio Sousa, Júlio Torcato e António Pedro Maia levam o nome da Trofa além-fronteiras, mostrando que o empreendedorismo municipal está com saúde e recomenda-se. Ciente de que a arte santeira está a atravessar momentos difíceis no mercado, Augusto Ferreira tenta contrariar os obstáculos, inovando. “Acredito que vamos dar a volta, mas não temos que ficar agarrados ao nosso mercado, que é muito limitado. Podemos apostar fora dele, que é o que tenho feito”, frisou. Noutro piso da Casa da Cultura, pode ver-se a indumentária do trofense de hoje, um fato azul marinho às riscas, idealizado pelo estilista Júlio Torcato: “O desafio foi fazer algo atual, que de alguma forma transmitisse a modernidade e a dinâmica do concelho, que também é jovem. A base foi a figura de cerâmica que retrata a Trofa e a parte mais marcante era um colete de riscas, daí o fato ser assim também”.
Trabalhos de Augusto Ferreira (à esquerda) estão expostos na Casa da Cultura
Vencedora do Concurso Lusófono da Trofa é brasileira “Smark era um duende da selva amazónica, que brincava de bolhas encantadas. As bolhas encantadas eram gigantes, maiores que o próprio duende e subiam muito mais alto que uma bola comum. Elas subiam tão alto que estouravam, apenas, nas pontas afiadas das estrelas”. Estas são as primeiras frases do conto vencedor de edição 2011 do Prémio Matilde Rosa Araújo,
o Concurso Lusófono da Trofa. A autora brasileira, Ivone Teixeira escreveu “Índio Bolha”, que conquistou o júri. O representante do grupo que avaliou os contos participantes, Jorge Velhote, afirmou que “o conto em si tem algumas particularidades que são cativantes”. “É curto e feito de pormenores, que cativam, partindo do princípio que é para um público ainda ouvinte. O próprio modo de linguarejar do português do Brasil também dá um toque cativante e que se calhar
despertará os leitores portugueses e de outros países para outra sonoridade que o próprio português contém”. Para Jorge Velhote, a autarquia da Trofa não deve prescindir de apostar na cultura. “O concurso transfere a Trofa para o Mundo. Qualquer vereador, empreendedor, empresário e cidadão, por mais ignorado que seja, quer ver a sua terra projetada. E o concurso projeta a Trofa para um patamar muitas vezes não conseguido pelas áreas empresariais”.
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13º aniversário do concelho da Trofa
Empresas e ilustres trofenses homenageados Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Entre iniciativas culturais, sociais e protocolares, a sessão solene foi um dos momentos altos das comemorações do 13º aniversário do concelho da Trofa. Figuras ilustres e empresas foram homenageadas. Há uma palavra que pode caracterizar os trofenses que, no dia 19 de novembro, foram homenageados pela Câmara Municipal: ilustres. No desporto, na ciência ou na cultura, todos têm um lugar vincado no País e no Mundo, pela dedicação que empregam na ocupação profissional. O feriado municipal foi a data escolhida para a autarquia distinguir estas figuras, que levam o nome do concelho para os quatro cantos do planeta. Perante um salão nobre dos Bombeiros Voluntários da Trofa repleto, Joana Lima, presidente da Câmara Municipal entregou, a cada um, uma medalha de honra ou mérito concelhio grau ouro que, para além de homenagear individualmente, pretende também ser um reconhecimento por todos os trofenses que, lá fora ou cá dentro, dão cartas e ainda contam com um futuro promissor. No desporto, foram homenageados Rui Pedro Silva, Mariana Serra, João Pedro Silva, Daniel Silva e Jorge Carvalho. Os dois últimos não puderam estar presentes e foram representados pelo treinador e pai, respetiva-
mente. Nuno Silva, Sónia Pinto e Maria João Saraiva, que esteve representada pelo seu pai, foram distinguidos pelo seu contributo na ciência. Na cultura, Alberto Carneiro e Abílio Cardoso viram reconhecido o trabalho de relevo que os levam a ser conhecidos em vários países do Mundo. O primeiro, de S. Mamede do Coronado, tem um currículo que fala por si. São cerca de 50 anos dedicados à Arte, polvilhados com prémios nacionais e internacionais. Alberto Carneiro não tem “expectativas quanto a reconhecimentos”. “Faço o meu trabalho e quando as pessoas reconhecem, fico contente. Reconhecimento é sempre feito pela obra e não é feito pela autarquia, mas pelas pessoas”, afirmou. Já Abílio Cardoso, responsável pela Artesana – Grupo Artecri, que fabrica brinquedos tradicionais de madeira e lata, sentiu que a homenagem foi “gratificante”. “Antes de a Trofa ser concelho, tive várias exposições a nível europeu e em países asiáticos. É o reconhecimento de um trabalho de que me honro muito e nas exposições onde vou, não há nenhuma onde a bandeira da Trofa não esteja manifestada. Por isso, é e será sempre um orgulho representar este concelho”, frisou. A autarquia homenageou ainda empresas trofenses: Altronix, Tropizoo, Frezite, Tetribérica, Avel, Torneiras Ofa, Nortempera, Trofamalha, Manusilva, Muroplás e Troficolor.
Trofamalha
Rui Rio foi o orador da sessão solene
Apesar do dia de festa, os constrangimentos financeiros não foram esquecidos. Joana Lima apelou à responsabilidade e reconheceu que a situação do concelho não vai permitir “fazer tudo o que estava planeado”. A edil trofense prometeu “inovar e procurar respostas adequadas às insuficiências que a Trofa precisa superar”, mas para isso “é exigida a coesão e a união de esforços”. “Teremos todos - cidadãos, famílias e instituições públicas - de gastar menos e melhor, definindo prioridades. Não vamos poder fazer tudo o que os trofenses merecem, não vamos poder fazer tudo o que tínhamos planeado para a Trofa, mas teremos de fazer o que é necessário para que a nossa população tenha o essencial, para poder suportar os sacrifícios que temos pela frente”. A presidente da Câmara acredita num futuro melhor para o concelho, apesar de “na próxima década não ser possível equilibrar as finanças”. “O mais jovem concelho de Portugal devia ter uma estabilidade financeira superior e melhor do que os restantes municípios do nosso País, mas uma gestão danosa e ruinosa acabou por deixar o concelho nesta situação. Temos que olhar para a frente e lutar por
novos projetos. Vamos ter sempre um espírito empreendedor para podermos trazer para a Trofa o que há de melhor”, acrescentou. Rui Rio foi o convidado especial para as comemorações do aniversário do concelho. Num discurso direcionado para a reforma da administração local, o presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP) defende que os executivos das câmaras municipais devem ter condições para governar. “A oposição deve estar no executivo, mas o presidente da autarquia deve ter maioria e poder governar. Tal como é o Governo, que depois tem um défice de fiscalização na exata medida em que a Assembleia Municipal não tem a mesma força que tem uma Assembleia da República”, considerou. Rui Rio defendeu ainda que “o presidente da Câmara não é
empregado de ninguém”, mas sim “representante do povo, que o elegeu para gerir o orçamento”. “Coisa diferente é se esse orçamento for gerido para lá das suas próprias capacidades, porque aí está a endividar-se”. “O que o Estado tem obrigação de fazer é controlar o nível de endividamento das autarquias, para não deixar que as coisas descambem”. Metro era um bom presente E em dia de festa, se pudesse oferecer um presente ao concelho, o presidente da JMP não hesitava: “Se eu perguntasse à senhora presidente o que queria, admito que quisesse o metro. Acompanho este tema há muito tempo e há uma questão de justiça para com a Trofa, que está em dívida”.
Avel
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Altronix
Nortempera
Frezite
Tropizoo
Manusilva
Ofa
Rui Rio não acredita na possibilidade de, com a reforma administrativa, serem as autarquias a poderem gerir grandes obras como o Metro do Porto, por envolver milhões de euros, mas não descarta a gestão ao nível das regiões: “É evidente, que se em Portugal houvesse regiões, é claro que este sistema de transportes devia passar para a esfera da regionalização e sair fora da do
Estado. Seria mais lógico ser gerido por uma região Norte do que a partir de Lisboa”. O metro para a Trofa seria mesmo o presente desejado por Joana Lima: “A Trofa tem direito ao metro. Suprimiram-nos uma linha com a promessa deste meio de transporte o e ao fim de dez anos dizem-nos que, mais uma vez, é adiado. É uma questão de justiça”. As comemorações do dia do muni-
cípio terminaram com a tradicional vitela assada, numa festa popular no Parque Nossa Senhora das Dores, onde a população pôde reconfortar o estômago e conviver ao som do Grupo Sons e Cantares do Ave seguindo-se o concerto dos Meninos Cantores do Município da Trofa, na Junta de S. Martinho.
Mais rápido que velozmente
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14 - 11 - 1932 “CHEGOU O 50 E 29 ANIVERSÁRIO DE EDUARDO REIS” “Foi no Domingo, dia 20, que o Notícias da Trofa esteve presente no Restaurante Braguinhas, aquando a celebração do 50 e 29 aniversário natalício do Comendador Eduardo Reis, com muitos outros convidados que lhe desejaram muitas felicidades, e mais 150 anos de vida na primeira etapa; como também muito o felicitaram pelo seu recente lançamento e baptizado do Grande-Livro «Extraordinário Best-Seller» "MULHER FATAL E RELIGIOSAS CONTRADIÇÕES".““No grande bolo alusivo ao acto, ali destacava-se a foto do Autor e a capa do seu livro "MULHER FATAL".“Este sensacional livro de 560 páginas = 150.000 palavras, mais triste que a tristeza, porque ali, todas as personagens foram mais fatalis-
tas que fatais! Terríveis Odisseias que bem po-deriam ter sido ou virão a ser as de V.as Ex.as!““Neste livro, triste, autêntico, histórico, realista, dizendo-nos ali o Autor, que o livro foi começado com pranto e lágrimas, e terminado de escrever chorando, pela tão trágica morte de seu filho, como também, pelo tanto azar e perene sofrimento da sua heroína Maria Soledad Dolores, desde criancinha enjeitada pelos seus pais! “Aos 14 anos, tendo ficado grávida, logo foi também enjeitada pelo Gilberto pai da sua filhinha Marisól!” Esta infeliz menina, pelo tanto sofrimento, sem família, sozinha no Mundo, pelo tanto azar e abandono, logo abandonou, enjeitando também a sua filhinha Marisól! “Passados meses,
mortificada pelo arrependimento, várias vezes intentou infantil suicídio!” “Anos depois, tendo-se enamorado perdidamente duma elegante personalidade, jovem, bonitão ele, que a tratava lindamente como a uma princesa, com quem conviveu intimamente, sexualmente durante todo um ano! “Mas, oh que fatalidade a da Maria Soledade, traiçoeiro resultou ser aquele Amor de Perdição, porque dois amigos lhe vieram denunciar, que o seu NamoradoAmor era um Clerical fornicador!“ “Como se uma Má-Estrela sempre a guiasse somente por tortuosos, sofredores falsos caminhos, porque tudo lhe sucedia mal na vida, e até mesmo a
todas as pessoas que conviviam no seu contorno!“ «Como o azar da vida nos persiga, não se livra a gente nem escondendo-se debaixo das pedras!» “Este formidável livro, «Um Best Seller de Autor Trofense», de momento, estará à venda nas livrarias e quiosques da Trofa, como na Residência do Autor = «20 Euroboacções». “"Mulher Fatal", livro contentivo de autênticas verdades, com alguns Eterónimos como é óbvio, para salvaguardar os autênticos autores e actores, com um conteúdo de 560 páginas e 100 fotografias a cores, de tão amena, histórica e cultural leitura, apropriada para muita meditação, e como relax para
estas longas noites de Inverno que se nos aproxima; sendo também este livro um elegante e belo obséquio, como presente de Natal às suas amizades e amantes de leituras realistas, autênticas, contrárias ao abuso e mau uso das cruéis, terríveis, contraditórias Clericais-Inquisições, do pernicioso nefasto Obscurantismo que chegou até nós subjugando-nos, imposto pelo supersticioso, iletrado, crendeiro povo do Remoto-Antigamente, exportado de Israel, mas já tudo aquilo está Periclitado, Obsoleto por Caduco. “Assim o expôs o Autor... Eduardo Reis
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24 de novembro de 2011
Trofenses homenageados Ciência
Maria João Saraiva: Vencedora do prémio Gulbenkian Ciência 2009, no valor de 50 mil euros, pelo trabalho desenvolvido ao longo de 30 anos sobre a doença dos pezinhos. Fez parte da formação nos Estados Unidos da América e é, atualmente, investigadora no Instituto de Biologia Molecular e Celular e professora catedrática de Bioquímica na Universidade do Porto.
Jorge Carvalho: Navegador de ralis, iniciou a sua atividade em 2002. Ao longo de vários anos arrecadou lugares no pódio em várias competições. Em 2003 garantiu o 1º lugar no Rali Vila Nova de Cerveira, em 2005 o 1º lugar no Rali de Murça. No ano de 2006 conseguiu garantir o 1º lugar do troféu 206 Rali Tórrie, o 1º lugar do troféu 206 Rali de Portugal e o 1º lugar do Troféu 206 Rali do Algarve. Em outubro de 2011 sagrou-se campeão nacional Open de Ralis, arrecadou o 1º lugar da geral no Rali Montelongo, no Rali Vidreiro, no Rali Serra da Freita, foi campeão categoria 1 (carros duas rodas motrizes) e garantiu o 1º lugar geral Rali de Mortágua (Taça de Portugal de Ralis).
João Pedro da Silva: Venceu o 1º prémio no 58º Campeonato Mundial de Ornitologia, que decorreu na Exponor em 2010 com um Diamante de Papagaio. Sagrou-se ainda campeão nacional e internacional em diversas espécies, tendo em outubro no Ornishow 2011, em Gondomar alcançado três medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze. No 6º Internacional do Atlântico 2011 alcançou o galardão de "Melhor Diamante de Gould" da exposição, para além de quatro medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Rui Pedro Silva: Foi campeão nacional de cross, nos anos 2007 e 2009, vice-campeão nacional de estrada em 2007, campeão europeu de estrada e campeão nacional de estrada, em 2009. Campeão europeu por equipas de estrada e campeão europeu cross por equipas, em 2009. Ficou em 22º lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008 e foi atleta europeu do mês de novembro 2008. Ganhou o 1º lugar na S. Silvestre Porto 2009 e 2010, o 1º lugar na S. Silvestre Funchal 2009, o 1º lugar na S. Silvestre Lisboa 2008, e ainda o 1º lugar na Great Ireland Run 2009. Ficou, ainda, em 2º lugar na Taça Europa, nos dez mil metros, no ano 2009.
Alberto Carneiro: Licenciou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) e já recebeu vários galardões, como o Prémio Nacional de Escultura e o Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte. Foi condecorado como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e em 1998 recebeu a condecoração Nacional de Mérito Cultural da Primeira Classe do Equador. Já em 2004 foi agraciado com o Prémio Tabaqueira de Arte Pública 2004 e Prémio Casa da Imprensa e em 2007 recebeu um Prémio de Artes do Casino da Póvoa.
Cultura
Sónia Pinto: Já recebeu galardões como o prémio “Eng.º António de Almeida” e “Eng.º Cristiano Spratley”. Engenheira química doutorada em Engenharia Química e Biológica, está a fazer um estudo sobre as “Novas Células de Membranas Híbridas para Separação”.
Nuno Silva: Responsável pela equipa que desenvolve a navegação e o controlo de um veículo, que tem como missão investigar a geologia de Marte e procurar provas de que existiu ou existe vida neste planeta. Está também a trabalhar na deteção de falhas, isolar e recuperar o Solar Orbiter, uma sonda que vai orbitar em torno do Sol.
Desporto
Mariana Serra: É bi-campeã nacional de tiro aos pratos de Fosso Universal (2010 e 2011) e conquistou o 3º lugar na Copa do Mundo, em 2011. Ainda este ano sagrou-se Campeã Nacional Double Trap e alcançou o 3º lugar na primeira prova do Campeonato do Mundo de tiro ao Voo (pombos) também em 2011. Daniel Silva: Venceu em 2009 o Grande Prémio Liberty Seguros, que decorreu no Algarve e o Prémio da Montanha na Volta a Gondomar. Em 2010, foi 12º classificado na geral da Volta a Portugal e já em 2011 classificou-se no 10º posto da geral na mesma prova recebendo o prémio de combatividade na última etapa. Classificou-se ainda em 2º lugar no circuito de Alcobaça.
Abílio Cardoso: Dedica-se ao fabrico de brinquedos de madeira desde os seus 12 anos de idade. O seu trabalho está presente não só em Portugal mas também em França, Inglaterra, Alemanha, Luxemburgo, Espanha, Brasil, Bélgica e Itália. Está representado em vários eventos internacionais como por exemplo Expo Hannover – Alemanha e em vários pontos da Europa. Tem peças em todos os Museus de brinquedos nacionais assim como no Museu do Pão em Seia e no Museu dos Carros no Caramulo.
Publireportagem 15
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24 de novembro de 2011
Clientes Volkswagen usufruíram de check-up e lavagem gratuitos
EMAC promoveu Dia do Cliente As concessões EMAC, em Vila do Conde e Santo Tirso, abriram portas, no sábado, para oferecer aos clientes um check-up e uma lavagem gratuitos aos veículos da marca Volkswagen. Só os clientes Volkswagen podem gabar-se de usufruir de serviços personalizados de forma gratuita. Pela terceira vez, as concessões EMAC de Vila do
Conde e Santo Tirso promoveram o “Dia do Cliente”, que abriu as portas a todos os que quiseram fazer um check-up gratuito ao veículo da marca, com verificações de segurança e estética. Esta medida não podia ter calhado melhor numa altura em que o inverno está a chegar e todo o cuidado na estrada é pouco. Os clientes puderam ainda usufruir de uma lavagem exterior e interior aos automóveis. Esta ini-
Clientes tiveram oportunidade de conhecer gama da Volkswagen
ciativa constitui “um elemento diferenciadora da marca, relativamente às concorrentes”, referiu Pedro Barros Leite, diretor após-venda da EMAC. “O Dia do Cliente tem sido um sucesso. Na primeira vez verificamos 140 carros e na segunda 192. A Volkswagen não tem nada a provar no mercado e junto dos clientes e quando estamos neste nível, temos a calma de promover iniciativas como esta”, acrescentou. As concessões da EMAC abriram portas também a todos aqueles que quiseram conhecer melhor a marca, com uma gama “completamente renovada”. “Todos os carros são modelos novos, com o último design e tecnologia. Aproveitamos, igualmente, para mostrar os benefícios de vir à marca, com comparações de preços, desmistificando a ideia de que lá fora é mais barato”, referiu Pedro Barros Leite.
Com a EMAC, todos os clientes ficam satisfeitos
16 Atualidade
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Magusto escutista contou com 150 pessoas
Música abrilhantou aniversário do concelho As comemorações do 13º aniversário do concelho da Trofa ficaram marcadas por alguns concertos musicais. Os Meninos Cantores do Município da Trofa subiram ao palco do auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado no dia 19, feriado municipal, para apresentarem a estreia do musical “Amílcar, consertador de búzios calados”. O reportório foi baseado na história literária vencedora do Concurso Lusófono da Trofa 2010. Esta peça musical foi composta por Mário Alves e encenada pela maestrina Antónia Maria Serra. Para encerrar em beleza as comemorações dos 13 anos do concelho, o grupo Alvadance deu um espetáculo de dança no domingo, dia 20, no Salão Paroquial
24 de novembro de 2011
Todos os anos o Agrupamento 447- Santiago de Bougado promove a “Festa da Fraternidade” com o objetivo de promover o convívio entre a família escutista. Mais uma vez, a iniciativa realizou-se na Casa da Montanha, em S. Gens. O Agrupamento 447 em conjunto com a Fraternidade Nuno Álvares – Núcleo de Santiago de Bougado, realizaram um magusto no sábado, dia 19, a fim de proporcionar o convívio entre todos os pais, familiares e escuteiros quer no ativo quer da frater-
nidade deste núcleo escutista. Segundo Filipe Couto, presidente da Fraternidade Nuno Álvares - Núcleo de Santiago de Bougado, estiveram presentes “cerca de 150 pessoas” neste magusto, onde para além das habituais castanhas, houve lugar para um lanche partilhado e para um churrasco. A Fraternidade Nuno Álvares - Núcleo de Santiago é uma associação bastante recente que se encontra de portas abertas para acolher todos os antigos escuteiros e fazer com que eles “revivam os bons velhos tempos de escutista”. D.P.
Meninos Cantores atuaram no auditório da Junta de S. Martinho
de Alvarelhos. Já no final do dia, os vencedores do 2º Festival da Canção da Trofa (Wander Micaela, Elsa Carneiro e Elsa Fer-
reira) juntaram-se para dar um concerto musical, no auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado. D.P.
Trofa começa plantação de espécies autóctones A Câmara Municipal da Trofa aderiu, este ano, ao projeto 100 000 árvores. A iniciativa é do Centro Regional de Excelência e de Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto e destina-se à promoção, criação e manutenção de bosques autóctones. No concelho, a área abrangida será de treze hectares na Quinta da Sardoeira. O espaço
será preenchido com um povoamento ajardinado misto de carvalho e medronheiros, com 60 por cento de área clareira. Depois de ter ardido em 2010, vai agora ganhar 4500 carvalhos, sobreiros, nogueiras e castanheiros. O monte de Paradela e parte do monte de S.Gens são as áreas seguintes. No sábado, dia 26, decorre a primeira plantação na Sardoeira,
entra as 9 e as 12horas. A Camâra Muncipal convida toda a população a participar, contribuindo assim para um concelho mais verde. Vão ainda decorrer mais três ações de plantação nos dias 10 de dezembro, 28 de janeiro e 25 de fevereiro, todas entre as 9 e as 12horas. J.M.
Escritora Mafalda Moutinho esteve na Trofa A autora da coleção “Os Primos”, Mafalda Moutinho, visitou a escola EB 2/3 Napoleão Sousa Marques na terça-feira, dia 22. Os alunos para poderem participar nas duas sessões promovidas pela autora tinham de ter lido pelo menos uma das aventuras de Mafalda Moutinho para lhe poderem colocar uma questão. Nestas sessões Mafalda Moutinho falou das suas viagens, das suas investigações e da forma como cria cada uma das suas aventuras. Duas alunas da escola surpreenderam a autora com um bonito momento musical e também os alunos da turma CEF
Festa da fraternidade reuniu 150 pessoas na Casa da Montanha
Café com poesia em Alvarelhos Na sexta-feira, dia 25 de novembro, é a vez do Café S. Roque, em Alvarelhos receber a iniciativa “Hoje, vou ao café ouvir poesia ...”. A sessão de poesia
vai ter início pelas 21.30 horas e vai proporcionar a todos os alvarelhenses um bom momento cultural. D.P.
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Convocatória ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS DA ADAPTA Nos termos do disposto no artigo 12º dos Estatutos e no respeito pelo Regulamento Eleitoral da ADAPTA, convoco todos os associados para uma Sessão Eleitoral a realizar no dia 26 de Novembro de 2011, que funcionará entre as 15.00 e as 17.00 horas, na sede da associação, com a seguinte Ordem de Trabalhos Ponto único: Eleição dos Órgãos Sociais para o biénio 2012/ 2013 A escritora distribuiu autógrafos aos alunos
quiseram mostrar as suas capacidades à autora e fizeram o ar-
ranjo para a mesa da apresentação de Mafalda Moutinho.D.P.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Pedro Alves da Costa, Dr.)
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Atualidade 17
Jovens estrangeiros participam em intercâmbio juvenil Janine Mouta Diana Pimentel
Durante uma semana, a Trofa vai ser palco do Programa Juventude em Ação. Os participantes terão a oportunidade de conhecer vários aspetos da cultura portuguesa. O Espaço T - Associação Para o Apoio à Integração Social e Comunitária, está a promover até ao dia 27 de novembro, um intercâmbio juvenil. “ Expressions of Multiculturalism”, expressões do multiculturalismo, é o nome da atividade que conta com a presença de participantes oriundos da Turquia, da Grécia e de Espanha. Juntamente com cinco portugueses compõem um lote de vinte participantes nesta iniciativa, inserida no Programa Juventude em Ação, do Conselho Europeu da Juventude. Durante estes dias, várias são as atividades desenvolvidas pelos jovens. Boris Karadslan é turco e é um dos participantes que visitou as cidades do Porto e de Braga. “É a minha primeira vez em Portugal e aprendi muita coisa cá. É um lugar histórico por aquilo que vi, gosto muito de
Jovens estrangeiros estiveram na Trofa em intercâmbio
cá estar”, afirmou. Ao longo da semana, a participação em workshops também vai ser uma constante. Sobre fotografia, danças europeias, percussão, modos de vida, o objetivo é que se compreenda as semelhanças e as diferenças entre as múltiplas culturas que existem. “Aprendi muita coisa sobre os portu-
gueses: como se comportam, como vivem, as condições em que vivem, o que comem, o que fazem no dia a dia”, afirmou Arsenis Keramidas, participante grego. Para quebrarem alguns preconceitos e derrubar estereótipos, Domingos Gomes, coordenador do Espaço T da Trofa, esclarece “terão esta dinâmica de grupo
para eles também se identificarem culturalmente, perceberem que se calhar até são diferentes do próprio colega do país, mas que até são mais próximos de um País diferente, do ponto de vista cultural. Terão, ainda, outra iniciativa no sentido de derrubar alguns estereótipos”. Na Trofa estes jovens tiveram a oportunidade de visitar e ficar a conhecer o Clube Slotcar. João Pedro Costa, presidente do clube, afirma que “ tudo o que diga respeito a gente jovem, a intercâmbio com diferentes culturas, diferentes experiências, estamos sempre recetivos a esse tipo de situações, daí estarmos nesta iniciativa”. Durante o tempo que estão em Portugal, os participantes estrangeiros vão aprendendo algumas palavras na nossa língua. Se para Jorge Canda, participante espanhol “o português é muito fácil”, para Arsenis Keramidas, nem tanto. “Em português, só uma palavra... Olá”. Os participantes tiveram ainda oportunidade de visitar vários locais do concelho, monumentos, a Casa da Cultura da Trofa e o gabinete de Apoio ao Imigrante.
Magusto ao S. Romão com balanço positivo A Comissão de Festas em honra de S. Bartolomeu 2012 orgulha-se de “apostar nas tradições e costumes esquecidos” e para comprovar isso promoveu no sábado, dia 19, um magusto em homenagem ao padroeiro. A comissão organizadora admite que esta iniciativa foi um “sucesso”, uma vez que contou com a presença de muitos
romanenses e que S. Pedro ajudou à festa, proporcionando uma noite amena onde não faltou diversão e alegria. A festa ao padroeiro “S. Romão” foi organizada também por alguns populares. Esta união entre a comissão organizadora e a população pretende “fortalecer os costumes, mostrando mais uma vez que a tradição continua a ser o que era”. D.P.
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24 de novembro de 2011
ALET é “instrumento decisivo” na recuperação económica da Trofa Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
José Manuel Fernandes considera que a Área de Localização Empresarial da Trofa será “um instrumento decisivo da alavancagem” do concelho. Administrador da Frezite considera ainda que salvação do País está no reforço das exportações e na qualidade da educação. Em termos económicos, o concelho da Trofa é um dos mais dinâmicos para o PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Esta é a convicção de José Manuel Fernandes, administrador da Frezite, uma das empresas trofenses mais bem sucedidas, nacional e internacionalmente. Em conversa com o NT, que versou sobre vários temas da atualidade económica do País, José Manuel Fernandes salientou a importância das microempresas e da ativação, o mais rápido possível, da Área de Localização Empresarial da Trofa (ALET). “Há projetos que, hoje, se vão instalar em recantos da Trofa, que já deviam estar a ser montados na ALET. No nosso caso, estamos a incubar duas empresas novas, que podiam ir para o parque empresarial, mas este não vem a tempo”. O administrador da Frezite acredita que, pela sua localização, a ALET “é uma das melhores que está no Norte”. “É exce-
lente, porque vai acolher o investimento externo. Não tenho dúvidas que, quem estiver no Governo vai utilizá-la como uma base para atrair investidores e oferecer soluções rápidas, porque estamos próximos do aeroporto, do porto de Leixões, da (autoestrada) A7 e da A3. A ALET deve compreender “empresas que têm necessidade de condomínio industrial, por ter uma logística pesada”, como a parcela de “bens transacionáveis”, e não ser um ponto de paragem de todos os serviços. “A área empresarial terciária deve estar no meio da urbe, por entre a habitação”, completou. Por ser a peça que faltava no puzzle do desenvolvimento trofense, José Manuel Fernandes acredita que ALET será “um instrumento decisivo da alavancagem” do concelho. Este reforço da atividade económica que acontecerá com a ALET devia ser também a tarefa do Governo no que respeita ao País, alertou José Manuel Fernandes. “A economia faz-se com injeção de dinheiro na economia, com crescimento económico a alimentar projetos, que se vão realizar no futuro. E, por isso, é que o sistema financeiro é importante, assim como a sua regulamentação, que não houve”, frisou. Para a recuperação económica de Portugal, está fora de questão o corte de salários proposto pela “troika”, defende o adminis-
José Manuel Fernandes é administrador da Frezite
trador da Frezite. Por outro lado, a aposta da CIP (Confederação Industrial de Portugal) no banco de horas é bem recebida. “É uma proposta para as empresas poderem faturar mais, serem mais competitivas em relação à concorrência internacional, no entanto é redutora, porque seria necessário conjugar com outras atitudes no âmbito da microeconomia. As soluções para a economia têm que ser muito realistas e algumas têm que ser feitas em parceria com os próprios empresários, que são os geradores de riqueza”, sublinhou.
Pacheco Pereira participa nos “Encontros de outono” em Famalicão Pacheco Pereira, é historiador, professor universitário e político e vai ser também um dos conferencistas dos “Encontros de outono 2011”, que vão decorrer nos dias 25 e 26 de novembro, na Casa das Artes em Vila Nova de Famalicão. Este ano, o encontro vai basear-se na temática “A Política dos Melhoramentos Materiais em Portugal: Da Regeneração ao Século XXI”. Pacheco Pereira vai moderar o debate no sábado, pelas 10.30 horas, sobre “Tecno-
logia e Tecnocracia”. Esta é uma iniciativa que é promovida, anualmente, pelo Museu Bernardino Machado e que se assume cada vez mais como “um acontecimento cultural e científico de referência nacional”. Neste encontro vão estar presentes outros historiadores e investigadores das universidades portuguesas que vão abordar alguns temas como: o “Progresso e Modernidade – ideologia e política em torno dos melhoramen-
tos materiais: do Fontismo aos nossos dias”, a “Ciência em Portugal: Passado, Presente e Futuro”, a “Economia e Futuro da Sociedade” e “Que futuro para o progresso, que progresso para o futuro”. Armindo Costa, presidente da autarquia famalicense, vai abrir o encontro na sexta-feira, dia 25, pelas 9.30 horas e Paulo Cunha, vice-presidente da autarquia, vai encerrar os encontros de outono 2011 no sábado, pelas 12.30 horas. D.P.
Exportar é o caminho Um dos passos para que o País ganhe fôlego é “a aposta nos bens transacionáveis”: “Podemos ser especialistas num pequeno produto, mas olhar para ele numa ótica de internacionalização. O Governo de José Sócrates foi o que mais apostou nas exportações e na internacionalização. Para nos posicionarmos com autossuficiência e com um défice equilibrado, temos que ultrapassar os 60 por cento de exportações. Temos que ter um Governo que saiba passar esta mensagem e não uma mensagem da gestão da conta corren-
te”. Isto vai de encontro ao que José Manuel Fernandes defendeu numa conferência do jornal Expresso de que existem “entre 15 mil e 18 mil empresas que estão no limiar da capacidade para exportar e é nessas que se tem que mexer”. Mas este “é um trabalho de bisturi” que deve ser feito pelos ministros da Economia (Álvaro Santos Pereira) e Finanças (Vítor Gaspar). “Temos que ter muita criatividade, muita inovação e, de facto, nessa base podemos alavancar e sermos um País perfeitamente preparado para o futuro e competir com os outros. Agora temos que nos identificar onde somos bons, onde podemos ser os melhores e estar entre os melhores. Isso tem que ser visto na base de uma estrutura bem discutida a nível nacional e alguém com uma visão estadista e não uma visão politiqueira, de gerir votos. Eu não acredito que quem esteja a gerir um voto, tenha capacidade para criar para o País um rumo, tendo em conta o médio-longo prazo”, defendeu. José Manuel Fernandes, considerou ainda que, a par desta atitude, é preciso “apostar numa educação com mais qualidade”. “As novas gerações têm que estar bem educadas e com espírito empreendedor. Ao mesmo tempo, temos que associá-la ao orgulho nacional de sermos portugueses. Esta conjugação é a base para sermos criativos, para gerar emprego, empresas e riqueza”, rematou.
Vila do Conde The Sytle Outlets simplifica compras de Natal Está a decorrer no Vila do Conde The Style Outlets, a Super Style Week. Com início na segunda-feira, dia 21, esta iniciativa é uma extensão do Super Style Day, em que todas as lojas aderentes garantem 80 por cento de desconto adicionais sobre o preço outlet. São cinco dias em que o objetivo é tornar, não só as compras de Natal mais acessíveis a todas as carteiras, como evitar que as deixe para “a última hora”. Apesar de terminar já esta sexta-feira, durante esta semana existem várias surpresas diárias, incluindo vales de 50 euros para a maior compra do dia. Nesta superfície comercial, pode ainda encontrar 140 lojas das marcas mais conceituadas a nível nacional e internacional, com descontos que se mantêm todo o ano entre os 30 e os 70 por cento.
Desporto 19
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24 de novembro de 2011
Bougadense alcançou primeira vitória Diana Pimentel diana@onoticiasdatrofa.pt
O Bougadense venceu pela primeira vez na 11ª jornada da série 1 da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, frente ao Balasar por 1-2. O Bougadense deslocou-se a Balasar com fé para tentar ganhar a equipa adversária e acabou mesmo por conseguir. A vitória, ansiada há muito pela equipa de Santiago de Bougado, surgiu na 11ª ronda do campeonato, no domingo, 20 de novembro. Este foi um jogo disputado ao máximo entre as duas equipas, que tinham um objetivo em comum: somar os três pontos para ganhar fôlego e subir uns degraus na tabela classificativa. Mas quem pôs os pés ao caminho foi o Bougadense, que conseguiu o primeiro golo da partida aos 46 minutos, por intermédio de Nené, que através de um cruzamento da direita finalizou com um remate cruzado para o lado esquerdo do guarda-redes do Balasar.
Balasar 1 Bougadense 2 Local: Campo do Balasar Árbitro: Osvaldo Ferreira Henrique Tinoco Klismael 60' Jota Leandro João Alves Sérgio Hélder Zanetti 70' Adriano Rica Simões Ricardo 59' Álvaro Simão Nené 67' Vitó Pedro Costa Clayton José Paulo 57' Carvalho Tó Maia 70' T. Formoso T. Pedro Pontes David 59' Lucas 57' Cerqueira 60' Ricardinho 67' Vieira 70' Vítor 70' Vermelhos: Clayton 30' e Rica 90' Resultado ao intervalo: 0-0 Golos: Nené 46', Rica 50', Pedro Costa 57'
Mas os festejos duraram pouco: o empate surgiu aos 50 minutos, com assinatura de Rica. O lance nasceu de um livre do lado esquerdo, em que o jogador do Balasar aproveitou o cruzamento e desviou de cabeça, antecipando ao guarda-redes do Bougadense. No entanto, o resultado não
esmoreceu a formação de Santiago de Bougado que, sete minutos volvidos, colocou-se de novo em vantagem, com um golo de Pedro Costa, que através de um cruzamento descaído no lado direito desviou de cabeça, dando os três pontos para a sua equipa. Neste jogo também foram levantados alguns cartões amarelos e outros vermelhos, que levaram à expulsão de três jogadores do Balasar. “Aos 40 minutos, Clayton foi expulso com cartão vermelho direto após falta e protesto. Depois do fim do jogo, o árbitro expulsou mais dois jogadores por protesto e por palavras dirigidas à equipa de arbitragem”, explicou o treinador do Bougadense. Agora que a equipa do Bougadense se encontra em 16º lugar, com seis pontos, vai ser mais fácil alcançarem o objetivo a que se propuseram: “Esta vitória foi um ponto de viragem, penso que a partir de agora as coisas vão correr melhor e se calhar o Bougadense vai atingir o meio da tabela classificativa, que era o que
arquivo
Pedro Costa marcou o golo da vitória do Bougadense
se tinha previsto no início da temporada”, asseverou Pedro Pontes. O próximo jogo a ser disputado pela equipa de Santiago de
Bougado é já no dia 27 de novembro, pelas 15 horas, frente ao Vila Caiz.
Vasco Torres é o novo presidente da Associação de Futebol Popular da Trofa
Campeonatos concelhios regressam Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Depois de um interregno, os campeonatos concelhios vão arrancar. Empenhado em impedir que a Associação de Futebol Popular da Trofa (AFPT) desaparecesse, um grupo de pessoas ligadas a associações decidiu colocar “mãos à obra” e convidar Vasco Torres para liderar a coletividade. Há muitos anos ligado aos campeonatos concelhios, também como jogador, Vasco Torres tomou posse como presidente da AFPT apostado em tornar realidade o futebol amador. Depois de reunir com a vereadora do Desporto e Juventude, Teresa Fernandes, e recolher o apoio da autarquia, a direção da coletividade trabalha agora para definir os moldes dos campeonatos. Por entre muitos pontos para resolver, uma coisa é certa:
o orçamento será muito mais reduzido do que os anteriores. “Teremos 25 mil euros para a época toda. Estamos ainda a negociar com a Câmara para saber se pode ficar responsável pelo seguro desportivo e, se assim for, o orçamento sofrerá um corte para fazer face a essas despesas”, contou o presidente da AFPT. Vasco Torres já contava com o valor do orçamento, uma vez que “o tempo é de crise” e defende que as associações têm de adotar uma postura diferente: “As coletividades viveram penduradas no subsídio da Câmara, mas agora temos de partir para novas etapas e aprender a sermos verdadeiras associações”. Vasco Torres não se quis alongar nos comentários quanto ao facto de a nova direção ter de gerir os campeonatos concelhios com um orçamento que representa 60 por cento do da época anterior. “Todas as direções fizeram o seu melhor e o que temos de
Vasco Torres é o novo presidente da AFPT
fazer é trabalhar com o orçamento que temos. O esforço é de
todos”, frisou. A nova direção da AFPT está
ainda a estudar a viabilidade de alargar os campeonatos concelhios às escolas básicas do 1º ciclo. As inscrições para participar nos campeonatos estão abertas até meados de dezembro. O NT contactou a Câmara Municipal que, através da vereadora do Desporto e Juventude, explicou que a autarquia vai ter uma reunião com a direção da AFPT esta quinta-feira, 24 de novembro, para se delinear o apoio a dar para a realização dos campeonatos concelhios. Vasco Torres sucede a Artur Costa na direção da AFPT, que não apresentou recandidatura depois de o futebol popular sofrer alguns percalços durante a época anterior, por falta de verbas para garantir seguro desportivo. Depois de um interregno, a Câmara Municipal chegou a acordo com a AFPT para a realização de um “Campeonato de Primavera” com menor número de jogos.
20 Desporto
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24 de novembro de 2011
Futsal federado
Equipas trofenses não vencem
arquivo
CAT perdeu novamente Diana Pimentel diana@onoticiasdatrofa.pt
O CAT deslocou-se a Lisboa, no dia 20, para defrontar o CF Belenenses, mas acabou por fazer a viagem de regresso “cabisbaixo”, uma vez que perdeu por 3-0. A equipa lisboeta mostrou-se desde logo mais sólida, forte e confiante do que a equipa trofense. Mas a verdade é que as atletas do Académico da Trofa tentaram dar o seu melhor e, por algumas vezes, conseguiram a vantagem perante a equipa adversária, mas acabaram sempre por desperdiçar os seus pontos de vantagem. No primeiro parcial, a equipa da casa dominou o jogo. O Académico da Trofa só começou a reagir após uma paragem do trei-
nador, Manuel Barbosa, aos 106, que resultou num empate 1010. Desde aí, o CAT nunca mais conseguiu equilibrar o jogo, perdendo por 25-17. Já no segundo parcial, o CAT tentou mostrar-se superior ao Belenenses, ficando à sua frente por duas vezes com quatro pontos de vantagem, mas tanto aos 4-0 como aos 16-12 as atletas do Académico da Trofa desperdiçaram a vantagem. Tentaram equilibrar o jogo até à final com 23-22 e 24-23, mas o set acabou com um 25-23. No terceiro e último parcial, o CAT começou bem e terminou o primeiro tempo técnico a ganhar por 8-6, mas mais uma vez desperdiçou a vantagem. Aos 109 as lisboetas já iam na frente, e fizeram tudo por tudo para nunca mais dali saíram. Este set
terminou com a vitória do FC Belenenses por 25-12. O treinador do CAT admitiu que neste jogo as suas atletas mostraram algumas melhorias, mas ainda há muito para fazer. “Este foi um jogo em que nós melhoramos, em certos aspetos, mas em momentos decisivos cometemos alguns erros infantis que fizeram com que o Belenenses sorrisse nos dois primeiros sets. Já no terceiro set, fomos abaixo, e por isso, acabou por ser um parcial mais fácil para a equipa adversária. Temos de continuar a trabalhar, a lutar e certamente vamos acabar por entrar no bom caminho”, afirmou Manuel Barbosa. Com este 3-0, o Académico da Trofa continua em 10º lugar na tabela classificativa, último, com apenas um ponto.
Depois de um início fulgurante no campeonato feminino da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP), o FC S. Romão parece ter perdido o rumo das vitórias. Na 10ª jornada, somou a quarta derrota consecutiva, desta feita com os Restauradores Avintenses por 0-8, mantendo o 6º lugar, com 15 pontos. No mesmo campeonato, o GD Covelas empatou a duas bolas com os Amigos de Corim a duas bolas, segurando o 7º posto, com 13 pontos. Sublinha-se que estas duas equipas defrontam-se no dia 3 de
dezembro, no pavilhão desportivo da EB 2/3 de S. Romão do Coronado, pelas 21 horas. Já os seniores da Associação Recreativa Juventude do Muro perderam com o Alfa Académico por 1-3 na 8ª ronda da série 1 da 1ª Divisão da AFP, mas continuam na vice-liderança com 16 pontos. Já os juniores da mesma coletividade perderam com o JD Gaia por 5-2, na 8ª jornada da série 1 da 2ª Divisão distrital, e ocupam o penúltimo posto, com seis pontos. C.V.
Equipas do Bougadense não somam pontos Nenhuma equipa de formação do Bougadense somou pontos neste fim de semana. Os juniores perderam com o Sobrosa por 2-1, mas mantiveram o 7º posto, com 12 pontos. Já os iniciados B foram goleados pelo Rio Tinto (1-4), descendo ao 11º lugar, com nove pontos.
No escalão de infantis, a equipa A perdeu 4-7 com o Custóias e ainda não tem pontos no campeonato. Já a formação B não evitou o desaire diante das Estrelas de Fânzeres por 2-1, descendo para o 3º lugar, com 12 pontos. C.V.
CD Trofense
Iniciados A continuam a liderar A formação de iniciados A do Clube desportivo Trofense continua na liderança, depois de mais uma vitória, desta feita frente ao Lousada por 3-1. Já os juvenis A perderam o 1º lugar ao perder com o Valonguense por 1-0. Os juniores perderam com o Mondinense para mais uma ronda da 2ª Divisão Nacional, mantendo o 8º lugar, com dez pontos. No escalão de infantis 11, a equipa A empatou a uma bola com o Paços de Ferreira e segurou o 3º posto, com 24 pontos. A formação B não evitou o
desaire por 0-1 diante do Pedrouços e está na 8ª posição, com dez pontos. Em infantis 7, a equipa trofense perdeu com o Rio Ave por 3-1 e ainda só tem três pontos, que a coloca no 10º posto. No escalão de escolas, a equipa A venceu o Torrão por 0-1 e está no 6º lugar, com sete pontos. A formação B perdeu diante da formação C e está no 8º lugar, com três pontos, enquanto a outra é vice-líder, com 12 pontos. A equipa D foi goleada pelo Folgosa e ainda não somou pontos. C.V.
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CARTÓRIO NOTARIAL (Lic. JOSÉ MÁRIO RESSE LASCASAS DOS SANTOS) (Rua José Falcão nº 15 – 1º direito, Porto) Certifico, narrativamente, para fins de publicação que por escritura lavrada em vinte e um de Novembro de dois mil e onze no livro de notas para escrituras diversas deste Cartório Notarial número Cento e sessenta e cinco – M de folhas cento e vinte e oito MANUEL AMANDIO FERREIRA MAIA e ARLINDA DIAS DE SOUSA MAIA, casados no regime da comunhão geral, naturais da freguesias de Bougado (Santiago), concelho da Trofa, residentes na Rua de Vilar, nº. 1, Porto declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Rústico: Pinhal, sito no lugar de Lantemil, freguesia de Bougado (Santiago), concelho da Trofa com área de quatro mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, do sul com António Dias de Sousa Herdeiros, do nascente com Américo Lourenço Alves da Silva e do poente com António Dias de Sousa Herdeiros e outro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3002 (desconhecendo o correspondente artigo rústico da extinta matriz), com o valor patrimonial tributário de € 22,38; - ao qual atribuem o valor de cem euro; - não descrito na Conservatória do Registo Predial da Trofa. Que, o identificado prédio veio à sua posse por doação verbal efectuada ao outorgante marido pelos seus ascendentes por volta do ano de mil novecentos e setenta e cinco e nunca reduzida no componente titulo formal. Mas que a partir desse momento sempre estiveram na posse e fruição do prédio adquiridas e mantidas sem qualquer oposição ou ocultação, ou seja, de modo a poderem ser conhecidas por quem tivesse interesse em contrariá-las. Que tal posse, assim mantida e exercida o foi em nome e interesse próprio e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitando de todas utilidades e potencialidades do prédio, nomeadamente roçando o mato e ervas, o corte de rebentos, plantando, abatendo ou mandado abater árvores, pagando os respectivos impostos e contribuições, com vista ao integral aproveitamento de todas as utilidades e potencialidades por ele proporcionadas, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direito de propriedade, sem oposição, embargo, ou estorvo de quem quer que seja à vista e com o conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exercita direito próprio de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, contínua, pública e sem violência. Que, atendendo às enunciadas características de tal posse, facultou aos primeiros outorgantes a aquisição por usucapião do identificado prédio, direito este que, pela sua própria natureza é insusceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original, declarando-se, que na parte omitida nada há que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte extractada. Cartório Notarial do Lic. José Mário Resse Lascasas dos Santos, sito à Rua José Falcão nº 15 -1º direito, 21 de Novembro de 2011. O Notário José Mário Resse Lascasas dos Santos
Atualidade 21
Trofa diz não à violência contra as mulheres A Câmara Municipal da Trofa vai assinalar o Dia Mundial para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A Loja Social foi o local escolhido para acolher a iniciativa “Retrato da Violência na Primeira Pessoa”, que vai ter início pelas 10 horas de sexta-feira, dia 25. Esta iniciativa vai dar a conhecer ao público presente o testemunho de uma mulher, que no passado foi vítima de violência, e que hoje em dia já tem a sua vida reorganizada e equilibrada. Esta iniciativa vai englobar ainda uma ação de sensibilização onde vai ser dado a conhecer quais os procedimentos a tomar, perante uma situação de violência doméstica. Este evento vai contar com a presença de Joana Sampaio da Associação Soroptimist Clube do Porto Invicta. A Soroptimist International é uma organização mundial de mulheres profissionais e de negócios, que desenvolve projetos de serviço à comunidade, e que se dedica à promoção dos Direitos Humanos e do Estatuto da Mulher em cerca de 124 países. Esta sessão vai contar no máximo com 30 participantes, incluindo utentes
fonte: APAV
24 de novembro de 2011
Violência contra as mulheres é crime
do Gabinete para a Igualdade, elementos femininos do Banco Local de Voluntariado, e público em geral que queira inscrever-se na Loja Social. D.P.
22 Atualidade
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Necrologia Lousado Abílio Costa Reis Ferreira Faleceu no dia 10 de novembro, com 78 anos Marido de Zulmira Alves Ramos João Varela Marques de Lima Faleceu no dia 15 de novembro, com 84 anos Viúvo de Maria Augusta Silva Faria S. Martinho de Bougado Maria Donzilia Gonçalves Correia Basto Cabral Faleceu no dia 15 de novembro, com 89 anos
Viúva de José Joaquim Rodrigues Cabral Ribeirão Maria da Silva Paiva Faleceu no dia 17 de novembro, com 101 anos Viúva de Manuel Ferreira de Sá Maria Madalena Duarte Campos e Sousa Faleceu no dia 18 de novembro, com 54 anos Solteira, filha de Silvestre Campos e Sousa e de Leonilda Azevedo Duarte Faia Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.
24 de novembro de 2011
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Opinião 23
O Notícias da Trofa_ 24/10/2011 _ n.º 348_ 2ª Publicação
Serviço de Finanças da Trofa-4219
Anúncio VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES
N.º da Venda: 4219.2011.74 – Prédio urbano: 1/8 (herança indivisa) de Prédio em Prop. Total sem Andares nem Div. Susc. de Utiliz. Independente, afecto a habitação, constituído por casa com dois pavimentos, 3 divisões com quintal, área coberta de 38 m2 e área descoberta de 69 m2, sito na Rua Padre Lino da Silva Araújo, n.º 658, Lugar de Caminho Largo, Freguesia de Balazar, Concelho de Póvoa de Varzim, inscrito na matriz predial urbana do Serv. Finanças Póvoa de Varzim (1872) sob o artigo n.º 1410 e descrito na competente Conservatória do Registo Predial sob o registo 1168/20050901. Processo de execução fiscal n.º 4219200901052756 Teor do Edital: José Fernando Matos, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças TROFA-4219, sito em RUA DA SAUDADE N. 51, TROFA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Cógido de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de dívida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) MARIA MANUELA OLIVEIRA DA SILVA, residente em BALAZAR PVZ, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 10:30 horas do dia 2011-12-19 e as 18:30 horas do dia 2012-01-03. O valor base da venda (250.º CPPT) é de 1.387,67 euros. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-20, pelas 10:30 horas, e termina no dia 2012-01-04 às 10:30. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 4219200901052756 NIF/NIPC: 224392646 Nome: Manuel António Oliveira da Silva Campos Morada: R LAGOA, 4 AP F LAGOA – SANTIAGO BOUGADO - TROFA
Portugal na Europa ou Portugal da Europa? Normalmente estaria a escrever sobre o décimo terceiro aniversário do nosso Concelho. Não o faço, porque a autarquia decidiu comunicar que vai anunciar (escrevo este artigo a 22 de Novembro) um plano de reestruturação financeira. Este plano está estreitamente ligado a mais um ano de Concelho e mandato do atual executivo camarário. Não gosto de ser demagógico e injusto, muito menos de forma premeditada. Assim, no próximo artigo não deixarei de abordar mais um aniversário do concelho da Trofa, mesmo que desfasado no tempo. Aquando da entrada de Portugal para a antiga CEE, CE a partir de 1992, tivemos de ceder em diversas áreas como, por exemplo, agricultura e pescas. A indústria nacional não se antecipou aos desafios do futuro da época, mantendo a aposta no baixo custo em detrimento da inovação, exceto raros casos de sucesso, algumas multinacionais investiram em território nacional fruto dos enormes subsídios e do baixo custo do fator trabalho. O país vivia uma “euforia expansionista”, onde a despesa aumentava. O acesso ao crédito era moda, comprar carro e casa era simples, os hábitos de consumo mudaram e o consumidor tornou-se mais sofisticado. Mais tarde, com a progressiva aproximação dos custos de trabalho aos do país de origem dessas multinacionais e o fenómeno dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com a China à cabeça, a provocar a deslocalização da produção para Oriente, surgiu a ideia luminosa do país orientar a sua economia para os serviços. Não é preciso ser muito entendido de economia para perceber que um país não pode viver somente de serviços. O turismo não dá para tudo. Vivemos os últimos anos insuflados por apoios, subsídios e crédito para manter os padrões de consumo que, entretanto, se tornaram uma forma de estar e viver. Quando pusemos os pés no chão, já foi tarde. A dívida é grande (País, famílias e empresas) e com surpresas diárias de “faturas na gaveta”, a capacidade de produção está terrivelmente afetada, a desconfiança dos mercados é enorme, o custo da dívida é muito pesado (País, famílias e empresas), o desemprego teima em crescer, a insegurança aumenta todos os dias e há quem ponha o regime em causa. Para mal dos meus pecados, nem o FCP ajuda. Paralelamente, a Europa viveu os mesmos vícios. Globalmente, sofre da mesma doença com algumas exceções. A Europa, como um todo, está a perder batalha atrás de batalha contra os BRICS. Eles estão a colonizar a Europa. Por outro lado, a Alemanha está a conseguir o que não conseguiu pela força das armas. Atualmente, a Senhora Merkel governa a Europa sem o voto dos portugueses. Merkel comanda os destinos do Continente mais antigo. Antigo e amorfo. Não me parece que a Alemanha e a Europa estejam a seguir a estratégia correta. Aliás, parece que andam a brincar ao esconde-esconde e já não têm idade para isso. A Europa está sem estratégia e reage tarde e em má hora. A Alemanha sem uma Europa forte não vai longe. A Europa sem estabilidade e competitividade será comandada pelas próximas (?) potências económicas. A questão que se coloca é, pois, como é que a Europa consegue atingir o crescimento económico e a estabilidade social? Tem uma de suas hipóteses: Voltar atrás, cada país por si mantendo o mínimo de aprofundamento económico e político; Dar o passo em frente, caminhando para a união política. Pelos diversos argumentos económicos, políticos e sociais apresentados pelos defensores de um e outro caminho a tomar, eu opto pela segunda hipótese. Com o estado actual de aprofundamento da União ou dar o passo atrás, para mim, é a mesma coisa. Ou seja, Portugal é da Europa. Caso haja aprofundamento da União, a Alemanha pode continuar a mandar, mas todos nós poderemos decidir pelo voto. Os Europeus poderão condicionar a economia europeia através do voto. Portugal estará na Europa e, por incrível que pareça pela suposta perda de soberania (se é que ainda existe), terá uma voz mais forte, mesmo sendo um pequeno país.
24 Atualidade
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24 de novembro de 2011
Câmara da Trofa está em “pré-insolvência” Autarquia chamou as associações trofenses, juntas de freguesia e instituições para explicar as medidas de austeridade e os cortes que terá de fazer já a partir de 2012 nas transferências e nas despesas. Não é só o País que estará debaixo de fortes medidas de austeridade nos próximos anos. Também o município da Trofa vai ter de cortar nas despesas para fazer face aos cerca de 66 milhões de euros de dívidas e responsabilidades assumidas pela Câmara. A autarquia da Trofa e a consultora Deloitte apresentaram, esta quarta-feira, à população e instituições do concelho, a situação financeira do mais jovem concelho do País, apontando o caminho da diminuição da despesa como a única saída possível para resolver o endividamento excessivo. As contas não são difíceis de fazer, mas os cortes, esses sim, são difíceis de implementar e de receber. De acordo com a consultora Deloitte a autarquia tem compromissos e dívidas assumipub
das de 66 milhões de euros dos quais cerca de 13 milhões são dívida a fornecedores, 1,4 milhões são dívidas a Instituições Sem Fins Lucrativos e cerca de 21,5 milhões de euros são dívidas aos bancos. A autarquia deve ainda às juntas de freguesia e às empresas municipais, Trofáguas e Trofa-Park, que têm, por sua vez, uma dívida considerável de 10,6 milhões de euros e 4,6 milhões, respetivamente. Guilherme Monteiro, consultor da Deloitte, explicou que só com cortes profundos nas despesas é possível tirar a Câmara do sufoco financeiro. O consultor adiantou que a autarquia está em “pré-insolvência e se fosse uma empresa estava insolvente”. Apresentadas as dívidas e perante a estupefação dos presentes, os técnicos da Deloitte adiantaram que o único caminho a seguir é o da austeridade e dos cortes na despesa que já em 2012 têm de ultrapassar os 4,5 milhões de euros. Esses cortes terão de ser feitos nos vencimentos dos trabalhadores, onde a Câmara espera poupar mais de 1,5 milhões de euros através dos
cortes no subsídio de Natal e férias, corte de horas extraordinárias, reforma de colaboradores entre outras. Já no que diz respeito à aquisição de bens e serviços, a Câmara pretende cortar nas despesas cerca de 24,1 por cento. Mas a austeridade vai fazer-se sentir também na transferência de verbas para as juntas de freguesia e para as associações que deverão baixar substancialmente nos próximos anos. Joana Lima, presidente da autarquia, adiantou que os sacrifícios que estão a ser pedidos têm de ser cumpridos, lembrando “os cortes e a grande poupança feita em 2010 e em 2011”, mas adiantando que “estes cortes não chegam e teremos de cortar ainda mais”. A autarca garante que os cortes vão ser feitos e “se tivermos de pagar custos políticos, que assim seja”. H.M.
Relatório deu a conhecer orçamento para o próximo ano