3 de maio de 2012 N.º 371 ano 10 | 0,50 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Assembleia Municipal pág. 5
Trofa parou de se endividar Incêndio pág. 12
Carros destruídos pelo fogo Polícia pág. 12
Homem esfaqueado em S. Romão
Atualidade pág. 12
Caos nas compras
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Guidões aprova protocolo de delegação de competências A Assembleia de Freguesia de Guidões aprovou, na quintafeira, 26 de abril, o protocolo de delegação de competências que o executivo assinou com a Câmara Municipal da Trofa. Apesar do corte de 20 por cento de que foi alvo por parte da autarquia, fruto dos graves constrangimentos financeiros, o documento mereceu a unanimidade do ór-
gão, na sessão extraordinária. Atanagildo Lobo, elemento da CDU, explicou que o voto favorável visa mostrar “a união dos órgãos autárquicos, enquanto se mantiver a luta contra a extinção de freguesias”. O documento não fere os ideais do partido, e sempre que assim for, o comunista vai votar favoravelmente. C.V.
Recital enche auditório de Santiago Foi com uma plateia preenchida que Pedro Salgueirinho atuou no auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, na quinta-feira, 26 de
abril. O intérprete bougadense apresentou temas clássicos, que deliciaram o público presente, que encheu o espaço. C.V.
Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (T.P. 1639) Editor: O Notícias da Trofa, Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (T.P. 1637), Cátia Veloso Setor desportivo: Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Afonso Paixão, Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso, Ana Assunção (T.P.E 155) Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 20 euros; Extra europa: 59,30 euros; Europa: 42,40 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684
Avulso: 0,50 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo
Nota de redação Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
3 de Maio de 2012
O Notícias da Trofa n.º 371 2ª publicação - 03/05/2012
Dulce Cordeiro Agente de Execução
Anúncio N.º do Processo: 675/08.2TBPBL Pombal - Tribunal Judicial 2º Juízo Exequente: CALEIRAETERNA – FABRICO E COMÉRCIO DE COMPONENTES E MÁQUINAS PARA CALEIRAS, S.A. Executado: NORTECALEIRAS – CALEIRAS LDA Valor: 6.089,39 € Referencia interna: PE/25/2008
DULCE CORDEIRO, Agente de Execução nos autos à margem identificados faz saber que no dia 17 de Maio de 2012 pelas 14 horas, no Tribunal Judicial de Pombal se vai proceder à venda judicial por propostas em carta fechada, nos termos do artigo 886º, nº1, al. a) do C.P.C dos veículos a seguir indicados, penhorados à ordem dos presentes autos:
VERBA UM: Veículo Automóvel com a matrícula 37-71-QC, da marca SKODA PICK UP (797) FELICIA FUN, de cor Amarela. Tem 236.150 Quilómetros. VERBA DOIS: Veículo Automóvel com a matrícula 94-56-NO, da marca MITSUBISHI CANTER (F531E4SL), de cor Branca. Tem 98.781 Quilómetros. As propostas em carta fechada, devem ser dirigidas ao Meritíssimo Juiz de Direito, do Tribunal Judicial de Pombal-2º Juízo, e entregues na Secretaria (Sec. Central), sito na Avenida Heróis do Ultramar-Palácio da Justiça, 3100-462 Pombal, (Telf. 236209110-Fax 236209111-Mail: pombal.tc@tribunais.org.pt) até à data e hora designada para o acto. O valor para a venda de cada uma das verbas é de 3.500,00 (três mil e quinhentos euros) de acordo com o disposto no Nº. 2 do Artº. 889 do CPC, que corresponde a 70% do valor base (5.000,00 EUROS), não podendo ser consideras proposta de valor inferior. As propostas devem conter de forma clara e rigoroso o preço oferecido, bem como a identificação e assinatura do proponente, morada, número de contribuinte, número de Bilhete de Identidade e data da validade ou de Cartão de Cidadão, devendo vir contida num segundo sobrescrito, no qual se indique que se trata de proposta em carta fechada, identificando-se o processo e o nome do executado. Nos termos do Nº. 1 do Artigo 897.º do CPC os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem da Solicitadora de execução, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. Se a proposta for aceite, é o proponente, ou preferente, notificado para, no prazo de 15 dias, depositar numa instituição de crédito, à ordem do solicitador de execução a totalidade ou a parte do preço em falta, com a cominação prevista no artigo 898 CPC. As propostas serão abertas na data e hora designadas, na presença do Meritíssimo Juiz, podendo assistir todo e qualquer interessado nos termos do Nº. 1 do Artº. 893 do CPC. O adquirente fica sujeito ao pagamento do IVA. Nos termos do Artº. 891 do CPC, durante o prazo dos editais e anúncios é o fiel depositário AUGUSTO FERNANDO FERREIRA ALMEIDA, residente na Rua Vasco da Gama, nº 163, Alvarelhos, Trofa, Porto, obrigado a mostrar os bens a quem pretenda examiná-los; mas podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção, tornando-as conhecidas do público por qualquer meio. Obs. Importante: A decisão que se executa NÃO está pendente de recurso, nem de oposição à execução nem à penhora. 19-04-2012 A Agente de Execução DULCE CORDEIRO Cédula Profissional: 1769
Agenda
Dia 3 21.30 horas: Assembleia de freguesia S. Mamede do Coronado, na seda da Junta. Dia 4 20 horas: Jantar Asas à vida, na Rauliana, em Ribeirão. Dia 5 14 horas: Inauguração do ginásio Bodytone, em Lantemil. 21 horas: Abertura do evento Encontro Lusófono, na Casa da Cultura da Trofa. Dia 6 16 horas: Orquestra Ritmos Ligeiros da Trofa, na Casa da Cultura da Trofa. 18.30 horas: Apresentação do livro “Areia do vento” de Joaquim de Matos Pinheiro, na Casa da Cultura da Trofa. 21 horas: Lançamento do livro “Silêncio Poético” de Hélder Castro na Casa da Cultura da Trofa. Dia 7 8 horas: Encontro com as autoras Regina Gouveia e Ana Maria Magalhães, na Casa da Cultura da Trofa. Dia 8 8 horas: Encontro com a escritora Vanda Furtado, na Casa da Cultura da Trofa. 10 horas: Peça de teatro “O Rei e a Estrela”, na Casa da Cultura da Trofa. 17.30 horas: Formação “Oficina jogos tradicionais”, na Casa da Cultura da Trofa. 21 horas: Espetáculo de animação do Agrupamento de Escolas de Coronado e Covelas, na Casa da Cultura da Trofa. Dia 9 8 horas: Encontro com a autora Anabela Mimosa, na Casa da Cultura da Trofa. 14 horas: Peça de teatro “A Herança de D. Filipa e D. João I”, na Casa da Cultura da Trofa. 17.30 horas: Ateliê de Ilustração “Dentro do Livro...”, na Casa da Cultura da Trofa. 21 horas: Espetáculo de animação do Agrupamento do Castro, na Casa da Cultura da Trofa.
Farmácias de Serviço Dia 03 Farmácia Sanches Dia 04 Farmácia Trofense Dia 05 Farmácia Barreto Dia 06 Farmácia Nova Dia 07 Farmácia Moreira Padrão Dia 08 Farmácia Sanches Dia 09 Farmácia Trofense Dia 10 Farmácia Barreto
Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10
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Partidos debatem metro na Assembleia Municipal Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O metro da Trofa foi um dos temas que marcou a sessão ordinária da Assembleia Municipal, realizada na segunda-feira, 30 de abril. Embalados pela viagem de cerca de 200 trofenses à Assembleia da República, dez dias antes, onde assistiram à discussão dos grupos parlamentares sobre o assunto, vários elementos da Assembleia Municipal aproveitaram para felicitar a população. O socialista Dias Pereira deu o mote para o início do debate, sublinhando a importância da aprovação do projeto de resolução do Partido Comunista Português – que prevê a reintegração da Linha Verde que liga o ISMAI à Trofa –, mas acusando os partidos do Governo, que se abstiveram neste documento, de “ter uma postura em frente aos trofenses e outra diferente ao escrever um projeto de resolução” (deverá ir a votação no Parlamento brevemente) que, segundo o elemento do PS, “vai provocar o retrocesso face ao avanço obtido, colocando várias interrogações, como “a reavaliação do projeto, verificando os rácios custo-benefício” da obra e, em caso de resultado positivo, realizá-la “depois de reiniciado o crescimento da economia”. Por saber “o que significa tantos ‘ses’ e condicionantes”, Dias Pereira apelou “às estruturas politicas concelhias que interponham junto das suas estruturas nacionais para que não retrocedam naquilo que foi aprovado através do projeto de resolução a 20 de abril”. Renato Pinto Ribeiro, líder da bancada do CDS da Trofa, não concordou com a intervenção do socialista e como argumentos utilizou a importância de o dossiê ter sido colocado, novamente, “em cima da mesa”, considerando que o projeto de resolução que será apresentado pelo PSD e CDS “não se trata de um retrocesso”, por recomendar ao Governo “a reavaliação do projeto”, com vista “a potenciar os rácios custo-benefício”. “Se não fosse a petição criada em defesa do metro na Trofa e a mobilização dos trofenses, este assunto jamais estaria na ordem do dia”, sublinhou. Na mesma senda interveio António Barbosa, elemento do
PSD, que afirmou que o documento que os partidos de direita apresentaram “dá uma clara mensagem de que querem dar seguimento a uma causa, perfeitamente, justa” e “mostra a disponibilidade dos partidos do Governo em honrar os compromissos assumidos pelo Estado para com todos os trofenses”. E parafraseou as palavras do deputado Adriano Rafael Moreira, a 20 de abril, de que “com a aprovação” do documento do PSD e CDS, “o projeto é retomado de imediato” António Barbosa elogiou “a preserverança e coerência do PCP” no conteúdo do projeto de resolução, ao qual apelidou de “sério” e “verdadeiro nos factos” e apontou o dedo ao PS, por também ter apresentado um documento “como se toda a trapalhada da construção da linha anunciada durante o ano de 2009, em altura de campanha eleitoral, pela então secretária de Estado Ana Paula Vitorino, não tivesse acontecido”. “Aquele projeto de resolução mais parecia um documento de atirar areia para os olhos e com desculpas esfarrapadas. Sabemos o que a casa socialista gasta. Desgovernou de 2005 a 2011 e ainda assobia para o lado. É preciso ter lata para apresentar um projeto de resolução daquele teor”, frisou. O contra-ataque às palavras do social-democrata foi protagonizado por Pedro Ortiga, do PS, que afirmou que, “mais importante que olhar para a responsabilidade de ‘A’ ou ‘B’, importa estar unidos”. “É nisto que o PS Trofa se bate. Não foi o PS que colocou outdoor que o metro vem para a Trofa. Este é o momento de deixar essas querelas políticas baratas”, acrescentou. Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, preferiu desligar-se do debate político: “Andamos aqui com retórica política, mas o que queremos é o metro”. O autarca incentivou os partidos para que nas próximas eleições “mandem os amigos políticos dar uma volta”, acusando-os de serem “mentirosos”, e mostrou-se disponível para acompanhar a presidente da Câmara Municipal, Joana Lima, na reunião com o Secretário de Estado dos Transportes, “para saber em concreto o que é que se vai fazer”. Por seu lado, a edil trofense, considera que o projeto de resolução do PCP “servia, perfeitamente, os interesses da Trofa” e
Partidos políticos destacaram presença dos trofenses na Assembleia da República
que o documento apresentado pelos partidos do Governo “não vem trazer nada de novo” e que a análise dos rácios custo-benefício “foram feitos há dez anos e se não foram, deviam ter sido feitos”. “O que interessa, e é um direito que os trofenses têm, é que o metro chegue à Trofa”, complementou. Plano de reequilíbrio financeiro volta a discussão Depois de duas sessões extraordinárias realizadas com o mesmo propósito, o plano de reequilíbrio financeiro voltou a estar em destaque na Assembleia Municipal. Pedro Ortiga iniciou o tema, afirmando que “as consequências para a Trofa” do chumbo do PSD e CDS ao documento “não foram objeto de avaliação séria”. “O que esteve, verdadeiramente, em causa era o PSD derrotar uma proposta da Câmara e com isso criar um facto político
importante e pode dizer-se que obteve uma vitória contra o executivo municipal”, afiançou. Pedro Ortiga afirmou ainda que “não se coloca em causa a legitimidade da votação” dos partidos da oposição, mas considera que os votos que inviabilizaram o plano “não servem a comunidade trofense, que está mais interessada em ver se o seu município evolui”. António Barbosa insurgiu-se contra as palavras do socialista, defendendo que “um plano de 20 anos exigia, no mínimo, um diálogo”, mas “foi imposto com arrogância e intolerância” por parte do executivo. “A responsabilidade da dívida do concelho também é do PSD, nunca o negamos. Mas, pergunto ao PS, entre 2010 e 2011, a Câmara da Trofa arrecadou cerca de 40 milhões de euros e, mesmo descontando 20 milhões para pagamentos e funcionamento da autarquia, o que fez aos restantes?”, questionou. E garantindo
que o PSD “não estava contra a autarquia saldar as suas dívidas”, António Barbosa anunciou que “caso a Câmara não apresente um novo plano ou ferramenta para agilizar este problema, o partido “laranja” vai “levar a debate um plano” com o objetivo de efetivar os compromissos do município com os fornecedores. O centrista Renato Pinto Ribeiro assegurou “não ter dúvidas” que “assim que deixar de ter assento na Assembleia Municipal, o plano voltará a votação”. Joana Lima contrapôs o elemento do CDS, garantindo que “o documento não virá mais a discussão”. “Os trofenses já perceberam que não há dinheiro para pagar aos fornecedores, quer da Trofa quer de fora do concelho, que estão numa situação delicada e, infelizmente, viram as suas ambições, que eram receber o que têm direito, forjadas no dia em que o documento foi reprovado”, asseverou.
Lembrar 25 de Abril Foi com louvores às conquistas de 25 de Abril que se deu o mote para a sessão da Assembleia Municipal da Trofa. Conceição Paixão interveio em primeiro lugar para “manter viva a memória deste dia” e sublinhar que “a revolução foi um projeto de futuro”, mas que não está a servir de base pelos políticos. Na opinião da socialista, “a política padece de instrumentos mais eficazes” para ensinar aos jovens “a importância da vida política ativa”, não lhes incutindo “a motivação necessária e suficiente para que não se distanciem dos órgãos políticos em geral”. “É preciso mudança de mentalidades. Comecemos por falar verdade e saber ouvir as necessidades dos cidadãos”, apelou. Já o social-democrata António Barbosa exaltou uma frase que considera “lapidar” na comemoração do 25 de Abril: “O facto de se ser eleito democraticamente não faz nenhum eleito um democrata”. E na senda das citações, o elemento do PSD continuou, parafraseando Bismarck: “A política é a arte dos consensos possíveis. Por isso,
espero que, apesar de alguma barulheira ou de silêncios ensurdecedores, seja possível criar consensos”. Por seu lado, Renato Pinto Ribeiro, líder da bancada do CDS, aproveitou a evocação da efeméride para considerar que “aquilo a que assistimos todos os dias não passa da violação de todos os valores conquistados” e aproveitar para condenar boatos que lhe chegaram de ter sido “apelidado de persona non grata”. “Serei persona non grata por querer o melhor para os trofenses, para a terra onde nasci, cresci, vivo e crio os meus filhos? Ou serei persona non grata por dizer aquilo que penso? Espero estar enganado, porque se se vier a verificar aquilo que imagino que virá acontecer, a novela apenas está no seu começo”, afiançou. Nesta sessão, Miguel Portas, eurodeputado do Bloco de Esquerda, que faleceu no dia 24 de abril, foi homenageado com uma ovação de todos os presentes, a pedido do presidente da Junta de Freguesia do Muro, Carlos Martins.
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Câmara da Trofa parou de se endividar Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Os relatórios de gestão de contas e contas consolidadas de 2011 da autarquia foram aprovados com a abstenção do PSD e CDS na Assembleia Municipal da Trofa. Magalhães Moreira congratulou-se pelo facto de a autarquia ter “parado de se endividar”. “Pela primeira vez, a Câmara Municipal da Trofa parou de se endividar”. Foi desta forma que José Magalhães Moreira, vicepresidente da autarquia, começou por apresentar o relatório de gestão e contas do ano 2011, na Assembleia Municipal, que se realizou na segunda-feira, 30 de abril. “Na execução orçamental, a Câmara da Trofa apresenta, pela primeira vez, superavit, tendo abatido 288 mil euros ao seu endividamento líquido. Foi pouco mas, para quem se endividava a uma média de 4 milhões e meio por ano, é obra”, sublinhou. Na apresentação do documento, imposto por lei e que visa a apresentação das contas consolidadas (somatório dos balanços da autarquia e empresas municipais) de 2011, Magalhães Moreira explicou que o “segredo para este superavit esteve nos cortes, na redução dos custos operacionais”, já que, segundo o autarca, o município registou “uma redução dos proveitos operacionais de 902 mil euros, em relação a 2010”, assim como “os proveitos extraordinários baixaram 46 mil euros”, relativamente ao ano transato. Perante este cenário, o “pequeno acréscimo de 29 mil euros” nos proveitos financeiros pouco contribuiu para esta execução orçamental. “Ao contrário do que se vem dizendo, cortamos nos custos operacionais, que em 2011 foram inferiores em 5,802 milhões de euros àqueles que foram suportados em 2009. E de 2010 para 2011 baixamos os custos operacionais em 4,066 milhões de euros. Os custos financeiros subiram 431 mil euros e os custos extraordinários mantiveram-se mais ou menos iguais, mas baixaram 1,7 milhões de euros, relativamente a 2009. Com esta execução, apresentamos um prejuízo de 3,27 milhões de euros, baixando 274 mil euros, relativamente
a 2010, ano em que o prejuízo apresentado foi de 6,044 milhões euros, e baixou em relação a 2009, 8,46 milhões de euros”, explicou. O vice-presidente do município afirmou ainda que “a Câmara Municipal passou a estar em falência técnica, porque tem capitais próprios negativos, em consequência dos prejuízos acumulados que transitaram dos anos anteriores e dos três milhões deste ano”. No entanto, isto “não tem grande significado”, sublinhou, tendo em conta “a execução orçamental”. “Os 288 mil euros de redução no montante da dívida são peanuts, mas o significado é extraordinário”, acrescentou. No que respeita às contas consolidadas, Magalhães Moreira anunciou que “o total do balanço é de 80 milhões e destes 62 milhões pertencem ao município”, enquanto os restantes pertencem às empresas municipais. Nestas, o resultado líquido foi “menos mau” que o da Câmara, considerada isoladamente, já que apresentam “fundos próprios positivos”. “Houve quem pusesse problemas para saber como se gastou o dinheiro. Eu aconselho a ver nos documentos que fornecemos, onde gastamos, nomeadamente no quadro de execução do PAM (Plano de Atividades Municipal), está lá detalhado onde gastamos 1,870 milhões de euros e nos planos de execução do PPI (Plano Plurianual de Investimentos), está detalhado que 3,432 milhões de euros foram gastos, essencialmente, nas escolas que estão em construção”, adiantou. Renato Pinto Ribeiro, do CDS, apresentou a análise que o partido fez do documento, apontando como falha a “ausência da descrição pormenorizada e evolução das obras camarárias, em 2011, assim como as obras em curso pelo concelho com comparticipação do Estado e dos fundos europeus”. “Com esta ausência, a Câmara não evidencia nem justifica o que tem realizado”, complementou. Quanto às contas, o centrista destacou o facto de ter sido “apenas executado 24 por cento do orçamento inicial” e que “a receita cobrada é superior à orçamentada”. “As receitas de capital não cobriram a totalidade das despe-
Executivo anunciou que autarquia parou de se endividar
sas e foi necessário depender da receita corrente para as financiar. Embora se verifique que as receitas de capital aumentaram, devido à receita proporcionada pelas comparticipa-ções do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), verificamos, no entanto, que foram 84 por centro inferiores ao orçamentado, levando-nos a supor que houve bastante ligeireza nas previsões”, acrescentou. Na resposta, Magalhães Moreira afirmou que, perante esta análise, o elemento do CDS “justificou o voto contra ao plano de reequilíbrio financeiro”, pois “apresenta uma ignorância total do que é contabilidade”. “A execução é de apenas 24 por cento, devido ao montante da dívida, pois temos que fazer um orçamento que cubra o valor da dívida acumulada, mais aquilo que achamos que vamos fazer no ano seguinte. Enquanto não começarmos a baixar à dívida, todos os anos a execução orçamental baixa. Isto é matemática simples, daquela que se aprende no 6º ano”, explanou. O autarca apelidou de “blasfémia” a intervenção do centrista relativamente à canalização de receitas correntes em receitas de capital, referindo que “tem que se cortar em despesas correntes para gastar no investimento”. O PSD, pela voz de António Barbosa, chamou a atenção para “a subida do passivo da Trofáguas e a gestão atabalhoada em termos jurídico-administrativos da TrofaPark, no que respeita ao processo da escolha do parceiro privado para a entidade gestora da Área de Localização Empresarial”. Os
sociais-democratas consideraram ainda que era importante “a referência do ponto de situação das grandes obras públicas previstas para o concelho, pois podem ter pouca ou nenhuma expressão nas contas, mas consumiu recursos”. “O documento é entendível, mas não é dada qualquer explicação politica sobre as opções que foram feitas. Vai sendo mais que tempo de a Câmara mostrar e justificar o que tem feito”, acrescentou António Barbosa. Já o PS louvou a capacidade do executivo conseguir, num contexto de adversidade, “inverter o endividamento” e “contrariar uma tendência que era clara e inequívoca até 2009”. Pedro Ortiga lamentou que “a oposição não saiba reconhecer ainda o porquê de o passivo continuar a aumentar”. “Há meses em que o passivo aumenta 8,528 milhões de euros e 13,027 milhões. Isto não é passivo corrente, são dívidas criadas pelo anterior executivo e que não estavam devidamente cabimentadas”, frisou. Os relatórios foram aprovados com 13 votos favoráveis do PS e 16 abstenções, do PSD e CDS. Manuel Campos questiona Joana Lima sobre empresas contratadas Antes da ordem do dia, Manuel Campos, do PSD, questionou o executivo acerca da aquisição de serviços para a realização do plano estratégico do Monte de S. Gens e para a comunicação no âmbito da requalificação das margens ribeirinhas do rio Ave à empresa Eixo Urbano. O socialdemocrata quis saber se o executivo “não tem técnicos e arquitetos que estivessem à altura” para
realizar estes serviços. Joana Lima, presidente da Câmara Municipal, explicou que candidatura Riscos Naturais e Tecnológicos, que prevê o estudo do Monte de S. Gens e o estudo sobre a identificação dos riscos industriais e naturais no concelho, “foi feita pelo anterior executivo do PSD”. A edil trofense explicou que, também no mandato social-democrata “estava acertado atribuir este serviço da candidatura à Faculdade de Letras do Porto, por 120 mil euros, mas como não se podem fazer ajustes diretos por mais de 75 mil euros, para remediar esse procedimento, desdobrou-se, contemplando a Eixo Urbano e a Faculdade” para a elaboração dos estudos e planos previstos. E à questão de Manuel Campos, sobre se existe grau de parentesco entre o administrador da empresa Socicorreia, que foi contratada para elaborar o estudo de viabilidade económica e realização do projeto de arquitetura do parque de estacionamento subterrâneo no Parque Nossa das Dores, e um vogal da Global Trofa (presidida por Joana Lima), a autarca trofense afirmou: “Estas empresas não foram escolhidas pela Câmara Municipal diretamente. Como se sabe, a construção do parque de estacionamento competia à Associação Empresarial do Baixo Ave (AE BA), parceira na requalificação dos parques, mas que num entendimento entre a Câmara, a própria AEBA e da CCDR-N deixou de fazer parte do projeto, passando a autarquia a responsabilizar-se pela obra. No entanto, a AEBA exigiu que assumíssemos as responsabilidades que tinha com os fornecedores (projetistas) dessa candidatura, que já tinham sido contratados. A contratação destas empresas não tem nada a ver com este executivo, mas admira-me o senhor Campos não saber disto, quando pertence à AEBA (é vice-presidente)”. Nesta sessão foram ainda aprovadas a autorização genérica para dispensa da autorização prévia da Assembleia Municipal para compromissos plurianuais (com abstenção do PSD) e, por unanimidade, as propostas de alteração dos regulamentos de atribuição de prémios de mérito escolar e bolsas de estudo para o Ensino Superior.
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Assembleia de Covelas aprovou conta de gerência de 2011 queria fazer essa obra “antes de sair”, mas não promete, pois não quer entregar a Junta com dívidas. Na intervenção do público, Carlos Hermínio afirmou ser necessário que a sessão da assembleia seja mais divulgada, para que mais pessoas possam participar em algo “demasiado importante”. Além disso, salientou que a Junta de Freguesia devia ter afixado o horário de funcionamento, para que as pessoas possam saber quando precisarem de lá ir, mencionando que nessa tarde passou por lá e não sabia a que horas abria. Também Joaquim Maia deixou duas sugestões: colocação de placas nas pontes das autoestradas com o nome do rio e a alteração do nome do apeadeiro para Covelas.
Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
A conta de gerência e a votação da 1ª revisão orçamental e o orçamento retificativo de 2011 foram os pontos a discussão da Assembleia de Freguesia de Covelas, realizada no dia 26 de abril, quinta-feira. Antes do período de ordem do dia, na leitura do expediente, foi lida uma carta enviada por Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, relativamente à instalação da empresa Ambitrevo na freguesia. Na carta, a edil trofense explicou que quando recebeu a proposta da empresa, achou que seria bom para o local, mas “como acima de tudo estão os interesses da população”, o projeto não avançou. José Carlos Marques, membro da bancada social-democrata, asseverou que Joana Lima deveria ter falado primeiro com a população, em vez de andar “com artimanhas”, frisando que a empresa “não tem interesse” para os covelenses. O membro aproveitou ainda para questionar o presidente da Junta de Freguesia sobre o ponto de situação do coletor da Savinor, informando que o local (ribeiras) se mantém “nauseabundo e preto”. Fernando Moreira afirma haver um desentendimento entre a empresa e a autarquia. O presidente de Junta destacou que, apesar de saber que o rio “está como nunca esteve”, uma situação que não pode continuar, este mais não pode fazer. Já no período da ordem do
Assembleia discutiu conta de gerência e orçamento retificativo
dia, Fernando Moreira mencionou que toda a gente sabe a situação financeira da Junta, sendo da sua vontade transitá-la da forma que está, pois mesmo fazendo algumas obras conseguiu manter os valores. Comunicou a redução de 20 por cento nas transferências para as juntas, mostrando-se satisfeito pela proposta de 48 por cento ter sido reprovada, pois se tal acontecesse, não haveria obras. Outro tema abordado foi a venda do jazigo, onde se informou a existência de uma proposta de dez mil euros que, na opinião do presidente, “era vantajosa para a Junta”. Na apresentação da conta de gerência de 2011, Alexandra Ferreira, tesoureira da Junta, asseverou que o dinheiro é cada vez menos, sendo importante
preservar as ruas e investir em projetos, caso haja essa possibilidade. O documento foi aprovado por maioria, com seis votos favoráveis (PSD), um contra (PS) e uma abstenção (CDS). Domingos Faria, membro da bancada PS, comunicou que votou contra o documento, pois este “não mostra credibilidade”, dando o exemplo do valor utilizado em gasolina. José Carlos Marques contrapôs, afirmando que o valor “não parece exagerado”, pois, por exemplo, os cantoneiros gastam muito. Além disso, se há faturas de todos os gastos, não entende a sua “desconfiança”. Também a 1ª revisão orçamental resultante do saldo de gerência transitado de 2011, bem como o orçamento retificativo daí resultante foi aprovado por maioria, com seis votos favoráveis da bancada social-democrata, uma abstenção (CDS) e um voto contra (PS). No último ponto do pe-
ríodo da ordem do dia, as limitações da freguesia foram evocadas. Fernando Moreira mencionou a existência de uma escritura de usucapião, que aponta que o terreno é de S. Romão do Coronado e “com novas matrizes”. O autarca informou que caso eles não retifiquem o documento, o caso irá para o tribunal, pois “é muito terreno que está em causa”. Informou ainda que a Junta ganhou, no Supremo Tribunal, “a questão dos campos unidos”, tendo sido devolvidos mais de dois mil euros pelos gastos e entregue o terreno. O autarca comunicou que estão a ser feitas obras na capela mortuária, pois até já chovia lá dentro. Domingos Faria interveio, dando a sugestão de se pavimentar a avenida frente à Igreja. Uma obra “que não ficava cara” e que embelezava o local, podendo ser utilizada uma decoração “mais artesanal”. O autarca afirmou que
Placa da discórdia Aquando da votação da ata de reunião de 13 de dezembro de 2011, que foi aprovada por maioria (com seis votos a favor do PSD, uma abstenção do CDS e um contra do PS), Domingos Faria pediu uma declaração de voto, onde mencionou a existência de um erro na sua declaração relativamente à placa na nova Junta de Freguesia. O membro afirmou que é lamentável que na placa Joana Lima não seja reconhecida como presidente da Câmara Municipal, além disso, na inauguração deve ter ficado “triste e envergonhada” com esta situação. Em resposta, Fernando Moreira informou que foi quando comprou o terreno para o edifício, que pediu o apoio da Câmara Municipal para a realização da obra e que Joana Lima prometeu-lhe esse apoio, mas nunca mais viu o dinheiro, chegando ainda a tirar-lhe 12 mil euros para dar à Junta de Freguesia de S. Romão do Coronado. Com o atraso da receção do subsídio, o presidente da Junta avisou a edil que caso não contribuísse, o nome não constaria na placa. Situação que se veio a concretizar. “E se eu não tivesse seguro, como seria”, questionou à assembleia. Também na intervenção do público, Carlos Hermínio afirmou estar “boquiaberto” com esta dualidade de critérios, não achando bem que se dependa de verbas para a colocação do título.
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3 de Maio de 2012
Assembleia de S. Mamede suspensa Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
O Protocolo de delegação de competências de 2012, as contas do ano de 2011 e a alteração do regulamento e tabelas de taxas e licenças foram os pontos da Assembleia de Freguesia, no dia 26 de abril. A sessão ordinária de abril ficou marcada pela sua suspensão, pouco depois da meia-noite, quando ainda faltavam dois pontos de discussão. Arnaldo Sá, presidente de mesa, decidiu dar por terminada a reunião, sem propor a sua decisão aos membros da assembleia de freguesia. Uma atitude muito contestada pelos membros do PSD e pelo público, que esteve à espera do seu momento de intervenção. Esta quinta-feira, dia 3 de maio, realiza-se a segunda parte da sessão, pelas 21.30 horas, no edifício sede da Junta de Freguesia, que contará com dois pontos de discussão: assuntos de interesse para a freguesia e intervenção do público. No último ponto do período de antes da ordem do dia, Modesto Torres, membro da bancada social-democrata, questionou José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia, “se já foram tomadas algumas medidas”, relativamente ao assalto que ocorreu no adro da Igreja, em que foram furtadas sete tampas das caixas de águas pluviais, e se “hoje (quinta-feira) passou pela Rua de Paiço, entre a Rua do Soeiro e a Rua Nossa Senhora de Lurdes, ou seja, no cruzamento dos quatro caminhos, e se verificou alguma anomalia”, referindo-se a um cabo elétrico que está sobre uma parede. José Ferreira mencionou que
Segunda parte da Assembleia realiza-se esta quinta-feira
o furto no adro da igreja, ocorreu num “recinto fechado e privado, que tem a ver com a Igreja”, no entanto considera que já se tenha tomado todas as diligências possíveis”. Quanto à Rua do Paiço, o presidente nada sabe, mas aproveita para relembrar Modesto Torres que, enquanto morador e membro da assembleia, também deve alertar para o que se passa na freguesia, pois sabe que o executivo não é “omnipresente”, não podendo estar em todo o lado ao mesmo tempo. O membro social-democrata contrapôs, dizendo que já alertou as entidades competentes, em que foi informado que a Junta de Freguesia nada tinha apresentado. “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. No passado, o anterior presidente de Junta tinha que ser omnipresente em tudo que era sítio, presentemente, o presidente usa do mesmo estatuto, que o anterior, mas não é omnipresente”. Na discussão do protocolo de delegação de competências, a celebrar com a autarquia, José Ferreira apresentou o documento, advertindo para o corte de 20 por cento nas transferências para as juntas de freguesia. Modesto Torres considera que os membros de assembleia mereciam “um bocadinho mais de rigor” na
apresentação dos documentos, referindo que este também devia ser lido, pois há pessoas que não o conhecem. Além disso, apelida o documento “tão incompleto e inconsequente” devido à ausência de valores nas cláusulas, considerando que esta será “uma votação às escuras”. Mesmo assim, o voto será favorável pois não quer que a freguesia deixe de crescer. Em resposta, José Ferreira reconheceu que nunca tinha recebido “um protocolo tão incompleto”. Cardoso Monteiro, da bancada PSD, questionou o porquê de trazer o documento a votação, se o próprio reconhece que está incompleto, perguntando se teria a ver com algum prazo. O presidente de junta afirmou que a sua aprovação, é importante para o normal funcionamento da freguesia. O protocolo foi posto à votação, tendo sido aprovado por unanimidade. A prestação de contas do ano de 2011 foi o ponto que se seguiu. O autarca avisou que estava presente na assembleia um técnico disponível para esclarecer todas as dúvidas que pudessem existir, caso os membros achassem necessários, mas os membros sociais-democratas dispensaram a sua presença. Depois de José Ferreira ter salientado alguns setores de inves-
timento, Modesto Torres interveio, levantando uma lista de esclarecimentos, onde apelidou o documento de “um regabofe em termos de gastos de dinheiro”, pedindo que lhe fosse explicado apenas a rubrica sobre o equipamento de recolha de resíduos e transporte, no valor de 11.844 euros, presente na aquisição de bens de capital, perguntando qual foi o equipamento que adquiriu. Em resposta, o autarca afirmou que “este documento tem o seu valor”, sendo que o comentário de Modesto Torres “está completamente disparatado”, pedindo-lhe que “faça uma política séria”. Quanto à questão colocada, o autarca explicou: “O equipamento de recolha de resíduos que referiu tem a ver com o material que a Junta possui para a limpeza de bermas, com os dumpers (…) com todos os gastos da maquinaria”. Já Rui Machado afirmou que a rubrica deveria estar então noutro campo, pois no sítio onde está refere-se a aquisições e não a reparações, pedindo para que o presidente não ande com habilidades a camuflar as coisas, referindo que em 2010 a Junta de Freguesia gastou cerca de 25 mil euros em reparações na carrinha e dumpers, sendo que em 2011 “a saga continuou”. Com estes gastos, o membro afirma que dava para comprar um novo equipamento.O presidente do executivo agradeceu a preocupação dos membros com os gastos, frisando que este tem “uma atuação limpa e transparente”. Outro aspeto também discutido visava o plano plurianual, relativamente à conclusão da parte nova do cemitério, com Modesto Torres a questionar o executivo se este já estaria concluído segundo o projeto aprovado em Assembleia de Freguesia,
pois disse que, pelo que viu, o local ainda não está concluído. “Gastar 32.400 euros para refazer aquilo que lá está, sinceramente”, apontou. José Ferreira informou que esse valor tem a ver com obras de conclusão do local, frisando que o anterior executivo “muito pouco lutou pela parte nova”, acusando-o ainda de que deviam ter fiscalizado melhor as obras, pois existe materiais pagos, que nem existem. Depois de uma troca de palavras relativamente à dívida da freguesia, quando este executivo assumiu a Junta de Freguesia, as contas do ano transato foram postas a votação, tendo sido aprovado com cinco votos favoráveis do PS e quatro contra do PSD. Foi também posta à discussão e votação uma alteração do regulamento e tabela de taxas e licenças, para este ano, que prevê a existência de uma tabela de preços para o envio e receção de fax e fotocópias, devido ao aumento destas solicitações e os gastos que isso acarreta para o executivo. Além disso, o valor por metro quadrado de sepulturas passará para 1500 euros, sendo que cada uma teria o valor de três mil euros, realçando que as licenças para revestimento de sepultura passam a ter um valor unitário de 50 euros, também as placas de memória e as floreiras passam a ter o custo de dez euros. Já os lampadários têm o custo de cinco euros. Modesto Torres apenas não entende qual a diferença de a Junta suportar, gratuitamente, o campo de futebol para associações e não a casa mortuária, que, além de os gastos serem inferiores, abrange toda a freguesia. O regulamento e tabelas de taxas e licenças foram aprovadas com cinco votos favoráveis do PS e quatro abstenções do PSD.
PCP acusa
PSD e CDS “põem em causa” Metro A Assembleia da República aprovou, no dia 20 de abril, um projeto de resolução do Partido Comunista Português (PCP), que reintegra a extensão da Linha Verde do metro, que liga o ISMAI à Trofa na 2ª fase do projeto. Depois de se absterem e viabilizarem o projeto de resolução dos comunistas, os partidos do Governo preparam-se para viabilizar um documento da sua autoria que, segundo o PCP, “põe em causa a decisão da Assembleia da República de 20 de abril e a própria ligação do Metro à Trofa”. O PCP acusa os partidos de direita de “não terem tido coragem de votar contra esta proposta”, perante mais de 150 trofenses, “enganando a
população e desprezando a região”. “O PSD e o CDS não assumem o compromisso de construir a ligação do Metro à Trofa. Fazem depender essa ligação da análise do projeto, da sua reavaliação, nomeadamente verificando as condições para potenciar os rácios de custo-benefício deste investimento, quando a referida linha já foi alvo de muitos estudos e análises”, pode ler-se no comunicado enviado pelos comunistas. O PCP promete empenhar-se para “repor a justiça perante a região e a população, que há mais de uma década viu-se privada do comboio”, com a promessa de que seria substituído pelo Metro. P.P.
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3 de Maio de 2012
Autarca felicitou população murense Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
A ida a Lisboa foi o tema central na Assembleia de Freguesia do Muro, realizada na sexta-feira, dia 27 de abril, com o presidente da Junta a agradecer a contribuição e a colaboração da população murense. Trinta minutos depois da hora marcada (21.30 horas), teve início a Assembleia de Freguesia do Muro, numa noite em que Miguel Portas, eurodeputado falecido a 24 de abril, foi louvado pela sua frontalidade e pelo papel importante na democracia. Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia, pediu para ser acrescentado mais um ponto na agenda de trabalhos: discussão e votação do protocolo de delegação de competências, que foi aceite pelos membros presentes. O autarca explicou que o ponto não estava em agenda, porque quando a convocatória foi redigida, o mesmo ainda não tinha sido aprovado em Assembleia Municipal. Nos assuntos de interesse para a freguesia, o autarca informou os presentes sobre a ida da população a Lisboa, onde assistiram, na Assembleia da República, à discussão dos projetos de resolução sobre a linha do Metro da Trofa. O autarca afirmou “que em termos gerais correu muito bem”, tendo havido mais mobilização, por parte da população, do que aquela que estava a contar, aproveitando para agradecer às várias pessoas que tornaram esta viagem possível e que “lutam bastante pela causa do metro”. Agradeceu ainda às empresas que contribuíram para os autocarros, frisando que a Junta de Freguesia não gastou dinheiro algum com esta viagem, bem como aos deputados, que receberam bem a população murense. Carlos Martins acredita que se não existisse tanta mobili-
Presidente da Junta do Muro parabenizou a população, que se deslocou a Lisboa defender o metro
zação das pessoas, “o projeto nem a votação ia”. O projeto, que estava cancelado, foi “tirado da gaveta”, estando agora “à espera que haja novo financiamento ou nova autorização para ser lançado”. Mas, “pelo menos, a proposta apresentada pelo Partido Comunista foi aprovada”, com a abstenção dos partidos do Governo, sublinhou. Para finalizar o assunto, o presidente afirmou que se deve “continuar sempre com o ruidinho, para se lembrarem que a freguesia do Muro está atenta a isso”. Carlos Martins aproveitou o momento para comunicar que, apesar do “descontentamento” de “quatro freguesias, que não vão participar”, “a freguesia do Muro vai estar representada na ExpoTrofa”, que será realizada junto à nova estação da CP, em Paradela, “devido, pelo menos foi o que alegaram, às obras nos parques vão começar agora em junho”. Relativamente ao tema do metro, António Correia, membro da bancada do CDS, felicitou a participação da comunidade. O membro lamenta que “a história do metro já tem barbas, pelo menos dez anos, da forma como nós, murenses e trofenses, estamos a ser pressionados ou manipulados pelo PS e PSD”, referindo-se ao uso deste tema nas campanhas políticas. Findo este ponto, chegou o momento da discussão e vota-
ção do protocolo de delegação de competências. Apesar de os membros da Assembleia de Freguesia ainda não terem o documento, Carlos Martins pediu que este fosse votado, para que a freguesia pudesse receber de imediato os cerca de cinco mil euros e não estarem até julho sem receber. Na sua apresentação, o presidente garante que além do corte de 20 por cento, o documento em si “é rigorosamente igual”, frisando que mais vale terem este que nenhum. Não havendo nenhuma questão relativamente ao protocolo, este foi colocado à votação, tendo sido aprovado por unanimidade. Já o segundo ponto do período da ordem do dia, discussão e votação da conta de gerência 2011, levantou algumas questões pelo membro da bancada do PSD, José Fernando Martins. Com um orçamento previsto em cerca de 140 mil euros, “a execução orçamental foi quase em cem por cento”, tendo “sobrado” cerca de nove mil euros de “umas transferências que chegaram atrasadas”. O presidente da Junta acredita que “este ano será muito pior”, devido aos cortes de cinco por cento, do governo, e de 20 por cento da autarquia. José Fernando Martins asseverou que com o aumento dos cortes, “daqui a pouco estamonos apenas a entreter”, pois com “estes trocos” ninguém conse-
gue continuar a desempenhar o papel social junto da população. O membro questionou o presidente acerca de uma rubrica, onde constava 47 mil euros, pois achava “o valor exagerado” para as obras realizadas. Relativamente “a uma obra pendente” na Estrada Nacional 318, questionou se “a adjudicação da obra” seria feita ou se “agora rasga-se contratos”. Em resposta, Carlos Martins declarou que o valor da rubrica ascende aos 47 mil euros, pois além das obras que teve, foi necessário pagar a requalificação do S. Pantaleão, em cerca de 36 mil. O valor só foi possível pagar este ano, pois estavam à espera de um subsídio de 20 mil euros que lhes tinha sido prometido. Como esse valor não chegou, usaram o subsídio de 11 mil, que tinha sido “aprovado em 2006 ou 2007”. Quanto à EN318, o autarca mencionou a existência de um orçamento de cerca de 200 mil euros, mas, devido à falta de verbas, só seria possível fazer a pavimentação do troço. Para o seu espanto, a autarquia gastou cerca de dez mil euros a “tapar buracos com areia e cola preta”. Na altura questionou Joana Lima, presidente da Câmara Municipal, que lhe respondeu que para já foi o que conseguiu fazer, estando previsto elaborar uma candidatura ao QREN (Qua-
dro de Referência Estrastégico Nacional) para conseguir verbas para isso. O documento da conta de gerência 2011 foi aprovado por unanimidade, com António Correia a elogiar a Junta de Freguesia “por apresentar contas positivas”. Na intervenção do público, Manuel Pinho e Maria Dolores alertaram o presidente para alguns aspetos na freguesia. No final, Carlos Martins agradeceu às pessoas que participam na Assembleia, por “apresentar os seus problemas, ao contrário das assembleias municipais que é mais uma casa de garraiada”. As assembleias municipais extraordinárias foram outro ponto abordado. O presidente afirmou que “a falta de quórum”, na primeira sessão, iniciou-se por ele, que “não queria fazer parte da votação”, tendo sido seguido por Renato Pinto Ribeiro, membro da assembleia do CDS, e pelo PSD. Carlos Martins tomou esta decisão, porque “a dívida que a Câmara tinha não foi por obras feitas na freguesia”. “Como não fizemos a dívida, nem sabemos como será o dia de amanhã, se estaremos cá ou não, também não queria condicionar quem viesse para a frente. E depois achei que havia ali um duelo político e um medir de força, para o ano estamos em eleições, entre dois partidos. E como era um medir de forças entre dois partidos eu resolvi sair fora e eles que medissem forças e resolvessem o problema”, finalizou. O autarca salientou que mesmo o documento ter sido chumbado, “não há consequências nenhumas” para a população, apenas há “uma consequência política, um medir de forças”, porque o dinheiro necessário vai vir na mesma, só que este virá por fases e a autarquia será orientada por elementos da Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL), que vão controlar tudo o que será feito.
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3 de Maio de 2012
Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado
Oposição critica gestão do orçamento de 2011 Hermano Martins Cátia Veloso
A Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado aprovou conta de gerência de 2011, mas PSD votou contra. Requalificação dos Parques e Escola Básica 2/3 também estiveram em discussão. A conta de gerência do ano de 2011 foi um dos pontos mais discutidos na Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado, na sexta-feira, 27 de abril. O Partido Social Democrata votou contra este documento e levantou algumas interrogações quanto à eficiência da prestação de contas do executivo socialista liderado por José Sá. Jorge Campos, líder da bancada do PSD, considerou que “é impossível ver se a Junta de Freguesia fez um bom trabalho” por não discriminar “a evolução das dívidas a curto, médio e longo prazo de terceiros e a terceiros nos últimos três anos”, questionando “quanto devia a Junta a 31 de dezembro de 2011” e “quando foi feita a reunião do executivo para aprovar a conta de gerência”, evocando que “há documentos criados a 23 de abril, dia em que foram entregues aos elementos da Assembleia, e que só estão assinados pelo presidente da Junta”. Jorge Campos sublinhou ainda o facto de a Junta ter realizado receitas “15 por cento abaixo do que tinha planeado”, considerando que uma das justificações – deferência nas transferências correntes da DGAL (Direção Geral das Autarquias Locais) – “é mentira” e justificou com “a execução orçamental do lado da receita, em que se verifica que estas transferências foram de 102 por cento”. “No lado da despesa, não é claro que esta Junta esteja a fa-
zer um bom trabalho, porque continuamos a gastar cerca de 70 por cento em despesas correntes”, acrescentou. Lamentando o facto de esta documentação não ter sido entregue com a devida antecedência, Jorge Campos considerou ainda que a freguesia gasta muito na Feira Anual da Trofa, evocando que “desde que este executivo tomou posse, é facto que se tem aumentado nas despesas” deste certame. E mesmo com a redução do orçamento de “183 mil euros, em 2010”, para “173 mil euros, em 2011”, o elemento do PSD equacionou “se em anos de vacas magras” não se deveria ter poupado mais na Feira Anual. Por seu lado, Daniel Lourenço, do Partido Socialista, criticou a oposição por “não querer apostar na Feira Anual da Trofa”, sublinhando que esta iniciativa “é a imagem da freguesia”. “Houve uma redução da despesa e garantiu-se a sustentabilidade financeira do certame, que tem vindo a melhorar com este executivo e isso viu-se no último dia em que era muito difícil andar no recinto com tanta gente”, acrescentou. Vasco Pereira, tesoureiro da Junta de Freguesia, respondeu a Jorge Campos, explicando que os documentos apresentados têm “data de impressão” de 23 de abril, mas que foram elaborados “antes”, justificando a morosidade da entrega aos elementos da Assembleia por “ser uma altura de muito trabalho, por coincidir com a Feira Anual”. Sobre os gastos deste certame, Vasco Pereira afirmou que “era bom fazer uma Feira com este brilho com menos dinheiro ou até de borla, mas não é possível”. O tesoureiro justificou que para que esta iniciativa “dignifique o concelho e, principalmen-
Membros da Assembleia protagonizaram alguns momentos de discórdia
te, a freguesia” é necessário “acompanhar a evolução das coisas”, já que desde 2009 “existe a concorrência da Feira de Braga”. Já sobre a relação das dívidas, o elemento do executivo de S. Martinho, afirmou que a Junta não as tem junto de instituições de crédito e que no que deve junto dos fornecedores “é resultado de um acordo” entre as partes. “Os nossos fornecedores confiam nesta Junta de Freguesia e alguns dizem que podemos pagar na medida que nos for possível”, acrescentou. Sobre os gastos nas despesas correntes, Vasco Pereira relembrou que o executivo “teve uma despesa muito considerável logo no início do mandato com o aumento do cemitério”, no qual foram canalizadas “todas as receitas do Fundo de Financiamento das Freguesias”. “Gostávamos de fazer mais investimentos, mas é preciso ter dinheiro para pagar. Essa obra absorveunos mais de 160 mil euros, mas mesmo assim fizemos alguns investimentos”, frisou. Sobre o documento, Botelho da Costa, elemento do PS, elogiou o “trabalho realizado pelo executivo pelo que consta a apresentação de todo este trabalho de laboratório organizativo contabilístico”. “É sem dúvida alguma um trabalho exemplar e que prova o trabalho sério e honesto que está a ser desenvolvido”, sublinhou. Colocado a votação, o documento passou com os votos favoráveis do PS (sete) e os votos contra do PSD (seis). Já a distribuição do saldo de gerência foi aprovado pelo PS, com a abs-
tenção do partido “laranja”. Quanto ao protocolo de delegação de competências a celebrar com a Câmara Municipal da Trofa, apesar de aprovado por unanimidade, levantou a dúvida dos elementos do PSD. Isabel Cruz questionou José Sá como é possível a Junta de Freguesia fazer tudo o que está disposto no documento mesmo com o corte de 20 por cento que a autarquia deliberou. O autarca de S. Martinho explicou que “foi possível chegar a acordo entre Câmara e Junta de Freguesia e a partir daí gere-se o trabalho e o dinheiro da forma que é possível”. Requalificação dos parques e EB 2/3 em discussão Outro dos assuntos que “aqueceu” a sessão foi a retirada de tarjas do Movimento Acorda Trofa do Parque Nossa Senhora das Dores. Nas longas faixas negras, estavam frases que discordavam com a construção do parque de estacionamento subterrâneo e edifício para serviços constantes nas obras de requalificação. O tema foi levantado pelos elementos do PSD e também por Luís Pinheiro, o porta-voz do Movimento, no período de intervenção do público, que condenaram a ação de José Sá ao mandar retirar as tarjas. O presidente da Junta explicou que “como havia funcionários no Parque Nossa Senhora a cuidar da limpeza”, mandou-os retirar as faixas por “constatar que não é digno estarem panos pretos com os dizeres que cada um apetece e sem respeito pela
Igreja”, já que o terreno onde foram colocadas pertence à paróquia. Acerca da empreitada dos parques, Amândio Couto, do PSD, questionou José Sá sobre se o projeto de requalificação já está a concurso. O presidente da Junta afirmou que “o Governo recolheu todas as candidaturas”, acrescentando que só quando o Poder Central “autorizar que as candidaturas sigam em frente é que será possível haver obra”. Nos assuntos de interesse para a freguesia, Isabel Cruz quis “alertar” José Sá para que “tenha vincada atenção para com os alunos” da Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques. A social-democrata considera que a autarquia “não aproveitou a oportunidade de fazer a requalificação da escola” com candidatura a fundos comunitários por a presidente da Câmara “pretender fazer uma escola nova” e no local da atual “construir os Paços do Concelho”. “A presidente pretendia candidatarse para construir uma nova escola, mas preocupa-me que não seja com a mesma dimensão e que S. Martinho perca em termos de qualidade de vida dos alunos. Há uma nova possibilidade para fazer uma candidatura da requalificação da EB 2/3. Vamos perder a oportunidade pelo sonho da ilusão de uma nova escola?”, questionou. José Sá considerou que a intervenção da social-democrata devia ter sido feita em Assembleia Municipal para “dirigir-se diretamente à presidente da Câmara Municipal”, salvaguardando que vai “registar os apelos” deixados por Isabel Cruz.
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3 de Maio de 2012
Guidões celebra conquistas de Abril Cátia Veloso A. Costa
Cerca de uma centena de pessoas celebrou os 38 anos da Revolução dos Cravos, na freguesia de Guidões, com um jantar convívio. Iniciativa serviu também para agradecer à população que se bate pela “autonomia” da freguesia na reforma da administração local. Ainda vale a pena festejar o 25 de Abril? Esta questão pode levantar muitas interrogações a alguns, mas para a CDU de Guidões a resposta é límpida como a água: “Vale sempre a pena”. É desta forma que Atanagildo Lobo pensa acerca da importância da efeméride que aconteceu há 38 anos. O membro comunista considera mesmo que, agora, ainda faz mais sentido “relembrar as conquistas de Abril”, que, sublinha, “nos estão a ser tiradas nos últimos anos e neste de forma mais abrupta, com a destruição do Serviço Nacional de Saúde, o fim da escola pública, as condições péssimas dos trabalhadores e com esta vergonha da canalização dos dinheiros para meia
dúzia de bolsos com o sacrificio dos povos e destruição da classe média”. Foi para “relembrar, celebrar, proteger e projetar Abril para o futuro”, como afirmou Irene Maia, outra comunista, que cerca de uma centena de pessoas se juntaram num jantar convívio, em Guidões, na véspera da data da revolução. Gritando, em plenos pulmões, “viva o 25 de Abril, viva Portugal e viva os guidoenses”, as pessoas que participaram na festa também aplaudiram os discursos que foram proferido Enquanto Irene Maia exaltava os valores conquistados na revolução dos cravos, apelidando-a como “o momento mais luminoso da nossa história” e criticava “a ofensiva iniciada há 35 anos pelo triunvirato PS, PSD e CDS”, António Pereira aproveitou a ocasião para defender o poder local, condenando a reforma administrativa que pode ditar a fusão ou extinção da freguesia de Guidões: “O poder local democrático foi uma das principais conquistas do 25 de Abril, um dos pilares da democracia e um motor de desenvolvimento das populações”. Este guidoense, em
Cerca de uma centena de pessoas participou no jantar
nome da CDU, saudou “o povo” que “desde a primeira hora demonstrou estar contra fusão da freguesia”, exemplificando a participação na manifestação da ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias), em Lisboa.
É já tradição comemorar-se o 25 de Abril com pompa e circunstância em Guidões. Atanagildo Lobo, um dos organizadores do jantar, explicou que a iniciativa visa “celebrar a conquista da liberdade e da democracia”.
Este ano, a luta tem mais expressão com a defesa da “autonomia” da freguesia de Guidões. “A esperança é a última a morrer. É ela que nos move, assim como a confiança no futuro”, rematou.
Acólitos na Peregrinação Nacional O grupo de acólitos de S. Martinho de Bougado organizou a viagem a Fátima, tendo convidado os restantes grupos da Vigararia Trofa/Vila do Conde. Sessenta e sete acólitos, dos grupos de S. Martinho de Bougado, S. Mamede do Coronado, Mindelo, Vila Chã, Tougues e Árvore, associaram-se a esta iniciativa. A viagem iniciou-se pelas 6.10 horas, onde os acólitos da Trofa embarcaram na Igreja Nova, de onde seguiram para a estação do metro em Mindelo, para recolherem os da zona de Vila do Conde. À mesma hora saiu uma camioneta da igreja de S. Mamede do Coronado, com os respetivos acólitos. O Centro Paulo VI recebeu a apresentação das dioceses, pelas 10 horas, onde também os acólitos da Vigararia da Trofa/ Vila do Conde participaram. Já às 12.30
horas, a Igreja da Santíssima Trindade recebeu a celebração, que foi presidida pelo Bispo de Viana do Castelo D. Anacleto Oliveira, onde o branco das túnicas se sobressaiu. Após a eucaristia, seguiu-se o almoço, num “momento de confraternização, partilha e muita alegria à mistura”. O regresso para o concelho estava marcado para as 17.30, tendo chegado às 21 horas. “A iniciativa foi bastante positiva. Estamos dispostos a novas iniciativas e convívios, de modo que os grupos de acólitos da Vigararia Trofa/Vila do Conde se possam conhecer mais e melhor. Foi desta forma que a cidade de Fátima acolheu cerca de quatro mil acólitos em mais uma Peregrinação Nacional, organizada e dinamizada pelo Serviço Nacional de Acólitos (SNA). P.P.
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3 de Maio de 2012
Trofáguas promove workshop de sensibilização para jovens Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
A Escola Básica 2/3 S. Romão do Coronado recebeu um workshop dedicado à preservação da água, para nos alunos do 8º e 9º ano. “Água – economizar para valorizar” foi o nome do workshop que decorreu, na quinta-feira, dia 26 de abril, na EB 2/3 S. Romão do Coronado. A iniciativa, promovida pela Trofáguas e pela Câmara Municipal da Trofa, tem como objetivo “despertar nos participantes a sensibilidade para a poupança e preservação dos recursos hídricos”. Durante o workshop, os alunos tiveram a perceção do exagero do consumo de água e as medidas que devemos tomar para poupá-la e preservá-la. Houve ainda um momento para um
jogo, onde eram colocadas questões sobre a temática. Os participantes que deram uma resposta certeira ou próxima, receberam como prémio algo muito especial: um copo de água. Luís Rebelo, presidente do Conselho de Administração da Trofáguas, afirmou que estas sensibilizações são indicadas para as camadas mais jovens, por estas “serem mais sensíveis e, deste modo, poderem dar o exemplo aos seus familiares”. “O balanço será sempre positivo, tendo a esperança que o impacto seja muito bom, porque a população em causa dá-nos a garantia de alguma preocupação e de transmitirem aos seus familiares as preocupações existentes para a preservação do meio ambiente”, frisou. Também Teresa Fernandes, vereadora do pelouro da Educação da autarquia trofense, con-
Workshop visava sensibilizar os jovens para a preservação da água
siderou este tipo de iniciativas “muito boas”, pois é “fundamental que os jovens tenham conhecimento e consciência dos valo-
res que, normalmente, se gastam em água”. “Eu achei este worksop extremamente interessante porque
dá algumas ideias de como podemos poupar este recurso essencial que é a água. No final da sessão assistiram ainda a um trailer do filme Home, que transmite uma mensagem bastante importante sobre a preservação do planeta. Recorde-se que a Trofáguas - Serviços Ambientais EEM é parceira da Câmara Municipal da Trofa na candidatura Parcerias de Regeneração Urbana – Requalificação Urbana dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, sendo responsável pelo desenvolvimento das Ações de Sensibilização Ambiental integradas na Operação II – Requalificação Urbana dos Parques- Infraestruturas e Equipamentos. Por essa razão, a empresa pretende que este workshop percorra as escolas do concelho, estando ainda a preparar mais três seminários.
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Passou no vermelho e provocou acidente Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Na tarde de quarta-feira, dia 2 de maio, ocorreu um acidente de viação, entre dois veículos, nos semáforos na Estrada Nacional 104, em Santiago de Bougado. Desrespeito pelo semáforo será a causa do incidente. Duas viaturas colidiram nos semáforos, do cruzamento junto à Igreja em Santiago de Bougado, na EN 104. O acidente aconteceu pelas 13.50 horas, quando um veículo, que seguia na direção Trofa/Vila do Conde, embateu contra outro, que vinha da Igreja Matriz. As causas do acidente ainda não estão apuradas, mas supõese que tenha existido um des-
O acidente provocou um ferido
respeito pelos sinais luminosos. Há quem afirme, que é habitual o sinal estar verde para dois sentidos. Para o local, deslocaramse dois elementos da Guarda Nacional Republicana da Trofa, a tomar conta da ocorrência, e três elementos da Polícia Municipal, que estiverem a regular o trânsito. A condutora, que seguia
em direção a Vila do Conde, teve que ser transportada para o Centro Hospitalar Medio Ave de Vila Nova de Famalicão, pois apresentava escoriações e dores num braço. Foi ainda acionada uma viatura para lavagem de pavimento. No total estiveram presentes quatro elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa.
3 de Maio de 2012
José Costa desaparecido desde 12 de abril José Fernando Ribeiro Costa desapareceu, no dia 12 de abril, na zona de Gião, Modivas e Vila Chã em Vila do Conde. O homem, com cerca de 52 anos, residente em Calendário, Vila Nova de Famalicão, não levou consigo qualquer documento de identificação ou dinheiro, levando apenas a roupa que tinha vestido. Na altura do desaparecimento vestia uma camisola em tons de castanho, calças de ganga e um kispo em tons de azul (estava com a roupa de trabalho). A família pede que caso alguém tenha alguma informação, para os contactar, através do número 914 545 531, ou então para comunicar à Guarda Nacional Republicana de Vila do Conde, através do 252 640 160. José Costa “não sofre de nenhuma doença, quer física ou
José Costa desapareceu
mental, mas está a passar por uma fase muita crítica na vida”, fazendo com que a família esteja “desesperada” com a falta de notícias. O caso já está entregue à Polícia Judiciária
Homem esfaqueado em S. Romão do Coronado Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Um corte de cabelo terá estado na origem do desentendimento entre dois colegas de trabalho, levando o agressor a ferir o colega com quatro facadas. Um homem, com 34 anos, foi esfaqueado por um colega de trabalho, à porta de um café no edifício dos correios em S. Romão do Coronado. Um corte de cabelo que o agressor tinha feito ao
seu colega terá sido a causa para o desentendimento, pois, segundo informações recolhidas no local, a vítima ainda não tinha pago os cinco euros do serviço. Tudo terá acontecido na sexta-feira, dia 27 de abril, pelas 20 horas, quando o agressor, à porta de um café, desferiu quatro golpes no seu colega, três no abdómen e um na zona púbica, utilizando uma navalha. A vítima, que foi transportada para o Centro Hospitalar do Medio Ave de Vila Nova de Famalicão, apresentava ferimen-
tos com alguma gravidade, tendo tido no fim de semana. Já o agressor foi detido pela Guarda Nacional Republicana da Trofa e pernoitou no posto. Na manhã de sábado foi presente a Tribunal de Turno de Vila Nova de Famalicão, onde lhe foi aplicada como medida de coação o impedimento de se aproximar da vítima. O alerta foi dado pelas 19.52 horas, tendo sido deslocada para o local uma ambulância de socorro com dois elementos e três elementos da GNR.
Carros destruídos pelo fogo Patrícia Pereira Hermano Martins
Um incêndio na Rua Américo Moreira da Silva próximo à antiga estação da CP, destruiu dois automóveis (Fiat Uno, Fiat Punto), que aí estavam estacionados. O proprietário do Fiat Punto acordou com os estrondos, tendo dado o alerta, à Guarda Nacional Republicana da Trofa (GNR). Já as autoridades alertaram pelas 3.50 horas os Bombeiros Voluntários da Trofa, que se deslocaram para o local com um veículo urbano de combate a incêndios e três elementos, procedendo à extinção do fogo.
GNR está a investigar as causas do incêndio
Os dois Fiat foram destruídos pelo fogo. Já um Mercedes que estava estacionado atrás dos veículos, sofreu danos na pintura. As causas do incêndio não foram apuradas, estando a GNR
a investigar. O Fiat Uno estava alegadamente abandonado há cerca de um ano. No entanto, não existe registo de abandono na GNR, nem na Polícia Municipal.
Compras no Pingo Doce marcaram 1 de maio Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Contrariamente a outros anos, o Dia do Trabalhador, 1 de maio, não ficou marcado pelas manifestações, mas sim pela afluência de pessoas ao Pingo Doce, pelos descontos praticados. A data 1 de maio de 2012 ficará marcada para sempre na memória de grande parte dos portugueses. Pelo menos, daqueles que não deixaram passar a oportunidade de fazer compras superiores a cem euros com 50 por cento de desconto. A campanha de descontos que o Pingo Doce, do Grupo Jerónimo Martins, protagonizou nesse dia fez com que as lojas espalhadas pelo país fossem inundadas por pessoas, desde a sua abertura
até ao fecho. Na Trofa, os dois supermercados do grupo receberam a visita de milhares de pessoas, que, em tempos de crise, não quiseram desperdiçar esta oportunidade. Antes do horário de abertura, já havia fila de pessoas à espera para entrar, depois do espaço abrir, as pessoas esperaram em média quatro horas para efetuar o pagamento das compras. Eram cerca das 18 horas, quando a Guarda Nacional Republicana da Trofa foi chamada ao Pingo Doce, situado em Santiago de Bougado, por pessoas que se queixavam de ser impedidas de entrar, quando o horário de funcionamento fixado aponta o encerramento para as 21 horas. No entanto, as autoridades preferiram manter as portas fechadas, por questões de segurança.
Atualidade 13
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3 de Maio de 2012
Trofense promove jantar com empresas do concelho Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Comissão Administrativa do Clube Desportivo Trofense organizou, na noite de quinta-feira, um jantar com as empresas do concelho, para angariar fundos. Com o intuito de angariar verbas para ajudar a suportar os compromissos assumidos, a Comissão administrativa do Clube Desportivo Trofense promoveu um jantar com os empresários trofenses. O restaurante Lina, na Maganha, Santiago de Bougado, foi o local escolhido para acolher esta iniciativa que contou com a participação de cerca de 20 empresários. José Leitão, presidente da Comissão Administrativa do clube, contava com “a dádiva” das empresas, para que pudesse “pagar os salários que faltam aos jogadores”, que já não recebem desde fevereiro. Apesar da dificuldade que os empresários atravessam, o presidente contou com “a boa vontade das pessoas”, que, de uma forma ou de outra, aceitaram colaborar com o clube trofense. “As pessoas que não vão es-
tar presentes, que são uma dezena delas, por motivos profissionais, disseram-me para passar e levar uma lembrança que vão colaborar connosco. De qualquer maneira, senti nas pessoas a vontade de ajudar, embora o momento não seja o ideal”, confidenciou. Ricardo Santos, provedor do adepto, estava otimista quanto a este evento, onde se tentou “apelar à alma trofense, para que se junte e apoie o clube”. O empresário Carlos Martins afirmou que foi com “naturalidade” que recebeu o convite, frisando a necessidade do apoio das empresas ao “clube que representa o nosso concelho”. “Esta Administração, digamos provisória, do clube não está a trabalhar para ele, está a trabalhar para a comunidade, para o clube. Portanto acho que fez bem em convidar as empresas que representam aqui o concelho da Trofa para este jantar e, possivelmente, para uma ajuda, porque estamos agora no final de época e penso que o clube precisa e bem merece pelo esforço que têm feito, tanto financeiro, como dos próprios atletas, direção e todos os membros”, salientou, mencionando que “não
Empresários responderam afirmativamente ao apelo do clube
é fácil sustentar um clube na liga de honra”. Também a Câmara Municipal da Trofa esteve presente, representada por Joana Lima, presidente, e Teresa Fernandes, vereadora do pelouro do desporto. “Todos estamos a passar grandes dificuldades, mas é nestes momentos também que se veem as pessoas que podem ajudar, contribuir, ser amigas do Trofense e acredito sinceramen-
te que melhores dias virão para o clube, que irá passar por esta dificuldade. É nestas alturas de dificuldade que temos que mostrar que estamos a par do clube, sendo que os adeptos e empresários estão para ajudar”, asseverou Teresa Fernandes, salientando que a autarquia está presente “para dar o seu pequeno contributo e ajudar” o clube. A autarquia trofense tem dado “apoio em termos de transporte às camadas jovens”, estando
disponível a despender “outro tipo de apoio” sempre que seja possível. Dadas as dificuldades que o clube atravessou durante o ano, desde financeiras à “falta de estabilidade”, a vereadora do pelouro do desporto felicitou “toda a equipa pelos excelentes resultados que alcançou”. No final, foram entregues lembranças a todos os que participaram neste jantar de angariação.
CD Trofense
AC Bougadense
Juvenis sobem ao 2º lugar no apuramento de campeão
Juvenis vencem
A formação de juvenis do Trofense subiu ao 2º lugar do apuramento de campeão da 1ª Divisão distrital ao vencer o Salgueiros por 3-1. A equipa B do mesmo escalão, a militar na fase dos terceiros da 2ª Divisão distrital, bateu o Senhora da Hora, liderando com 13 pontos. Em iniciados, a formação A perdeu com o Penafiel por 3-1, descendo ao 2º posto, com seis pontos, no apuramento
de campeão da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). Já a equipa B, na fase dos primeiros, triunfou diante do Sobreirense por 1-0, mantendo a 9ª posição, com 11 pontos. Na Taça Joaquim Piedade, os infantis 11 do Trofense perderam com o Penafiel por 1-2 e desceram ao 3º lugar, com seis pontos. Em escolas, a equipa A da Trofa ven-
ceu o leixões por 1-2, somando 20 pontos no 10º posto. A formação B goleou o Ringe por 10-2 e segurou o 8º lugar, com 16 pontos, enquanto o grupo C perdeu com o Rio Ave por 4-1, mantendo a 4ª posição, com 38 pontos. A equipa D venceu o Tirsense por 7-2, mas continuou no 7º lugar, com 24 pontos. C.V.
A formação de juniores do Bougadense ainda não somou pontos na 2ª fase da 2ª Divisão distrital, tendo perdido no fim de semana com o Croca por 3-0. Os juvenis venceram com o Foz por 3-2, subindo ao 2º posto, com 11 pontos. Em iniciados, a equipa A empatou a uma bola com o Rio Tinto, mantendo o 8º lugar, com nove pontos. Já no escalão de infantis, a formação A do Bougadense perdeu com o Ramaldense por 3-0, ocupando a 5ª posição, com cinco pontos. C.V.
14 Desporto
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Equipa da Trofa ainda luta pela manutenção
Trofense empata com Covilhã Cátia Veloso Hermano Martins
O Trofense empatou a duas bolas com o Covilhã na 28ª e antepenúltima jornada da Liga Orangina. Equipa da Trofa mantém-se a cinco pontos de distância dos lugares de despromoção. O jogo frente ao Covilhã tinha uma importância acrescida para a equipa do Trofense. Em caso de vitória, garantia a manutenção da Liga de Honra, salvando-se uma época marcada por muitas dificuldades financeiras. Mas do outro lado, estava uma equipa que também deseja fugir dos lugares de despromoção e que até começou melhor o jogo, com um remate de Fofana, que passou a centímetros da baliza defendida por Trigueira. Com o treinador João Eusébio na bancada, a cumprir castigo, os jogadores da casa testavam a pontaria, como fez Zé Manel, enquanto o Covilhã criava cada vez mais perigo. Aos dez minutos, Trigueira teve que se empenhar para afastar a bola rematada por Gabi. Num jogo de parada e resposta, o Trofense lá conseguiu importunar a defesa adversária, mas numa boa jogada coletiva, Reguila deixou-se antecipar e atirou para fora. Depois de um remate de Edu desenquadrado com a baliza, o Covilhã conseguiu inaugurar o marcador. Gabi aproveitou uma saída precipitada de Trigueira para atirar para o fundo das redes, aos 15 minutos. O Trofense não baixou as ar-
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Futebol Popular Resultados Seniores femininos
Infantis CR Bougado C 3-0 CR Bougado A Alvarelhos B 0-19 CR Bougado B Alvarelhos A 0-7 guidões
Vigorosa 6-0 Bairros Finzes 0-8 Sporting
Próxima jornada Guidões FC-CR Bougado C CR Bougado A-Alvarelhos B
Coronado (adiado) Bairros Sporting-Barca Finzes-Vigorosa
Próxima jornada
CR Bougado B-Alvarelhos A Classificação 01. Guidões 02. CR Bougado B 03. CR Bougado C Juvenis Guidões 1964 1-7 Guidões CR Bougado 3-2 Coronado Barca 10-0 Muro
Tiago tenta tirar a bola ao adversário
mas e partiu em busca do empate, mas a situação da equipa piorou quando o Covilhã chegou ao segundo golo, por intermédio de Fofana, aos 32 minutos, num lance em que os defesas da Trofa reclamam fora de jogo, mas o avançado do Covilhã partiu para a bola em posição regular. O ritmo do jogo manteve-se alto devido à insistência do Trofense, que acabou por dar frutos em cima do intervalo, com o golo de David, num remate à entrada da grande área. Depois do descanso, a equipa da casa conseguiu equilibrar a partida com o golo do empate, que surgiu na sequência de um livre, marcado a regra e esquadro, por Zé Manel. Apostado em não dar margem de manobra ao adversário, o Trofense defendeu a sua bali-
800 pombos em concurso da Sociedade Columbófila A Sociedade Columbófila Trofense promoveu mais um concurso. Desta vez, a 234 quilómetros da Trofa, em Santarém, local escolhido para a largada de 805 pombos. O primeiro animal avistado no concelho trofense pertencia aos Irmãos Araújo. Seguiram-se os pombos de Renato Couto e Manuel Ferreira Lopes, que completaram o pódio, respetivamente. Na tabela classificativa geral, lidera a equipa Carvalheira SAC, à frente de José M. & Paulo M, 2º classificado, e VTS Padrão, 3º. No sábado, 5 de maio, a Sociedade Columbófila Trofense organiza mais um concurso, em Montelano, Espanha, a contar para a categoria de fundo. C.V.
za com esforço e para isso valeu a atenção de Trigueira, que teve intervenções importantes. A formação liderada por João Eusébio tentou consumar a reviravolta no marcador, ora através de bolas paradas ou a partir de cruzamentos para a grande área. O empate manteve-se até ao apito final de João Ferreira e enquanto o Trofense, com 35 pontos, respira mais uma jornada com cinco de distância para os dois últimos lugares da tabela classificativa, o Covilhã é “lanterna vermelha” e ainda tem que lutar pela manutenção. No final do jogo, Rui Nascimento, treinador do Covilhã, admitiu que “esperava ganhar”, mas confirmou a justiça do resultado: “Sempre pensei que a vitória era difícil, mas no 2-0 pensei que era nossa. Tivemos oportunidades
Próxima jornada Coronado-Guidões Muro-CR Bougado Alvarelhos-Guidões FC 1964 Classificação 01. Barca 02. Coronado 03. Guidões
para fazer o 3-0 e como quem não marca sofre, antes do intervalo sofremos o golo, que moralizou, e de que maneira, o Trofense. Na segunda parte, tivemos mais dificuldades, mas controlamos sempre o jogo”. Já o treinador adjunto do Trofense, Paulo Lima Pereira, valorizou a recuperação da equipa, mesmo a perder por 2-0: “Sabíamos que íamos defrontar uma equipa que tem vindo a crescer, que nos últimos jogos tem sido forte, só que tivemos dois deslizes, mas é de realçar que tive-
Classificação 01. Vigorosa 02. Coronado 03. Sporting Veteranos Masculinos CA Bairros 3-1 Vigorosa Maganha 7-1 Guidões Paradela (adiado) Paranho Coronado 4-3 Finzes Próxima jornada Guidões-Vigorosa Paranho-Maganha Finzes-Paradela Coronado-Bairros Classificação 01. Bairros 02. Paranho 03. Vigorosa
mos uma boa reação e acabamos o jogo por cima”. Paulo Lima Pereira salientou que a equipa “mantém-se à distância” dos lugares de despromoção e considera que “tem de haver uma combinação de resultados muito complexa” para o Trofense não conseguir o objetivo. Também não deixou de felicitar a equipa que “tem sabido sofrer em silêncio”. No penúltimo jogo do campeonato, a 6 de maio, pelas 16 horas, o Trofense viaja ao reduto do Portimonense em busca da tranquilidade.
CAT despediu-se da 1ª Divisão O Clube Académico da Trofa defrontou, no último jogo do campeonato na 1ª Divisão Nacional, o Sporting de Braga e perdeu, por 0-3 e desceu de divisão. A equipa da casa perdeu contra as arsenalistas por 0-3, pelos parciais de 9-25, 9-25 e 1825. Recorde-se que na fase dos últimos, o CAT não conseguiu amealhar um único ponto, terminando em último lugar da tabela
classificativa, que determinou a descida à 2ª Divisão. Manuel Barbosa, treinador do CAT, afirmou que este jogo “já não contava para nada”, pois o campeonato “estava decidido”. Aproveitou para frisar a “desmotivação” presente nas atletas, ao longo da época, devido à situação do clube. “As atletas estão de parabéns por terem dado a cara pelo clube, para que este não passasse uma vergonha, e por darem o máximo em todos os jogos”, afiançou.
Devido à descida de divisão, às consecutivas derrotas e pelas dificuldades que o emblema da Trofa está a passar, o treinador fez “um balanço muito negativo” deste campeonato. A possibilidade de permanecer no clube, no próximo ano, tem uma “percentagem reduzida”. Para que isso acontecesse, a direção tinha que organizar o clube, arranjar mais apoios e liquidar as contas em débito, afirmou o técnico. Caso contrário, “não há possibilidade”. P.P.
Desporto 15
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3 de Maio de 2012
“Empate justo” entre Bougadense e Lavrense Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
O Parque de Jogos da Ribeira foi palco da 33ª jornada da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP), que terminou com um empate, por 3-3, entre o Bougadense e o Lavrense. Quem assistiu ao jogo entre Bougadense e Lavrense, no domingo, dia 29, “viu um ótimo jogo de futebol”. Foi logo no primeiro minuto de jogo, que a equipa de Bougado teve a sua primeira oportunidade, pelos pés de Ricardinho. Já aos 19 minutos, Pedro Costa e Jota remataram à baliza, mas a bola não passou pela defesa. Outra oportunidade tiveram aos 22 minutos, com Álvaro a chutar a bola às mãos do guarda redes, Zé Filipe. E como quem não marca, sofre, aos 23 minutos de jogo, na conversão de canto, Hugo Almeida inaugura o marcador, com um cabeceamento. Um minuto depois, Hugo Almeida bisou. Num contra-ataque do Lavrense, Flávio abandona a baliza dando uma nova oportunidade a Hugo Almeida que pontapeia diretamente para a
Nené fez uma “ótima partida”
baliza, prefazendo o 0-2. O Bougadense não desistiu e, aos 31 minutos de jogo, na conversão de um canto, marcado por Néne, surge o primeiro golo da equipa da casa. Sete minutos volvidos, e a equipa de Bougado consegue empatar a partida. Na marcação de um livre, Nené passa para Tó Maia que, não deixando passar esta oportunidade, pontapeia para o
interior das redes. Houve ainda mais oportunidades de marcar para ambas as equipas mas, o último golo da primeira parte surgiu de Néne que, perto do meio campo, pontapeou diretamente para a baliza, defendida por Zé Filipe, não dando hipótese de defesa para o mesmo. O Bougadense entrou na segunda parte a vencer, mas mes-
mo assim não se deu por satisfeito, tentando sempre chegar ao golo. Mesma atitude teve o Lavrense que, ao iniciar a partida a vencer, não queria levar uma derrota para casa. O último golo do jogo ocorre aos 78 minutos de jogo, com hatrick de Hugo Almeida. Pedro Pontes, treinador do Bougadense, apelidou o jogo de domingo como “o típico final de temporada, com duas equipas com os objetivos praticamente alcançados”. O treinador realçou ainda o desempenho de Néne que fez uma óptima partida, sendo o responsável pelas duas assistências para o golo e pelo “magnífico” que marcou. “Aceita-se o empate no jogo, embora penso que a minha equipa poderia ter feito um bocadinho mais. Estávamos em vantagem mas, também, aproveitamos para colocar outros jogadores em campo para lhes dar mais minutos de jogo. No fundo, o 3-3 é um justo resultado”, afirmou, salientando que seria “injusto” que “qualquer uma das equipas saísse derrotadas no jogo”. Com o campeonato a terminar, faltando apenas um jogo, Pedro Pontes acredita que os
objetivos da equipa, que era a manutenção, foram conseguidos, apesar das “condições e das muitas dificuldades que temos em formar uma equipa para jogar e com muita juventude”. Hugo Reis, treinador do Lavrense, também é da opinião que este é “um resultado de final de época”. “Controlamos o jogo, criamos situações, marcamos, podíamos, com mais clarividência, ter nivelado o resultado. Pecamos, porque começamos a facilitar, e o Bougadense, com todo o mérito, chegou ao golo, empatou e, ao intervalo, saiu a ganhar, merecidamente, por 3-2. Acaba por ser um resultado justo mediante aquilo que as duas equipas fizeram e correram dentro de campo, durante os 90 minutos”, afiançou. Este resultado junta-se ao empate do jogo entre Bougadense e Castêlo da Maia, por 11, ocorrido no dia 25 de abril, quarta-feira. O Atlético Clube Bougadense encontra-se no 15º lugar da tabela classificativa, com 35 pontos. A última jornada desta temporada será disputada em Alfena, no dia 6 de maio.
Sobrosa roubou pontos ao S. Romão Diana Azevedo
Uma derrota por três bolas a uma foi o resultado do encontro entre o Sobrosa e o S.Romão, num jogo em que, apesar de muito equilibrado, os visitantes conseguiram uma grande eficácia na finalização. A tarde começou da pior forma para o Futebol Clube S. Romão, com o Sobrosa a chegar ao golo logo aos quatro minutos, numa defesa incompleta de Marafona em que na recarga Pinheiro rematou para o 0-1. Mais quatro minutos e mais um golo, depois de a defesa desatenta da casa deixar Ripas posicionar-se rematar para o segundo golo. Este era um resultado que já desacreditava os romanenses, que em menos de dez minutos perdiam por duas bolas. A posse de bola era muito equilibrada entre as duas formações, contu-
do a elevada eficácia de finalização do visitante trouxe-lhe uma situação mais confortável no jogo. Sem baixar os braços, a equipa de Pedro Ribeiro continuou a lutar, mas apesar das constantes investidas, no último terço do campo faltava alguma mestria. Pouco depois da meia hora, Esquerdinha sofreu falta e na marcação de penálti Araújo enviou para o lado esquerdo do guardião Amândio e fez o 1-2. Logo no lance seguinte, mais um azar para a equipa da casa. Marafona carregou o adversário na sua área e viu a cartolina amarela. Na grande penalidade, Bruno Carneiro aumentou para 13. Ainda antes do apito para intervalo, Pepe sofreu falta na entrada da área. Miguel trazia a expectativa de converter o livre num golo, mas a bola passou centímetros acima da trave. O regresso após o descanso, deu aos jogadores do S. Romão alguma orientação e pas-
sou a ver-se a equipa mais focada na baliza adversária. O cronómetro apontava 60 minutos quando a claque romanense sentiu que estava perto do golo: Bicheiro fez o passe para a entrada de Filipe, na frente da baliza, mas apesar de não ter marcação, o romanense desperdiçou a finalização, ao rematar muito acima da baliza. Filipe tentou redimir-se perto do final do encontro, ao progredir pelo flanco direito, mas no remate o esférico embateu no poste. José Joaquim, presidente do Sobrosa, referiu que “o objetivo deste jogo era mesmo ganhar e poder passar à frente de algumas equipas e conseguimos isso, fomos um justo vencedor”. Por seu lado, o treinador do S. Romão, Pedro Ribeiro, afirmou: “Nós construímos lances de perigo, construímos jogadas, entramos em campo com vontade e isso dá-me algum alento. Contudo, temos sempre que fa-
zer o dobro do que o adversário faz, porque temos falhas e distracções cruciais. Temos jogos em que estamos com uma grande atitude, mas depois há um único momento em que falhamos e o adversário consegue aproveitar e somos muito castigados assim, tal como vimos hoje”. “Há ainda outras circunstâncias independentes de nós, como as arbitragens. Eu não gosto de falar nisso, mas o cer-
to é que no fim do jogo vi jogadores do Sobrosa a cumprimentar árbitros todos sorridentes, a tratar por tu, com grande à vontade, o que parece explicar muitas da limitações que tivemos ao longo do jogo. Não só hoje, mas senti muito isso este ano e pelo que me apercebo não é só de agora”, confessou Pedro Ribeiro. A visita ao Gondim no próximo Domingo marca o fim do campeonato 2011/2012.
Equipa do S. Romão não evitou a derrota
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3 de Maio de 2012
Correio do Leitor Irresponsabilidade sem limite
Finais da Taça do Futebol Popular Diana Azevedo
A final da Taça Concelhia de Futebol Popular da Trofa voltou a encher o Pavilhão gimnodesportivo de S. Romão do Coronado, no feriado de 25 de abril. CR Bougado, AMU Barca, Núcleo do Sporting da Trofa e CA Bairros foram os vencedores. O Futebol Popular da Trofa movimenta vários atletas do concelho, assumindo-se como uma importante locomotiva da prática desportiva. As finais da Taça Concelhia são um dos momentos mais “brilhantes” desta competição e também servem para comemorar o espetáculo desportivo e exibir os talentos trofenses. Vários foram os que encheram as bancadas do pavilhão gimnodesportivo de S. Romão do Coronado, a 25 de abril, para apoiar as equipas. Na plateia também marcava presença Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, e Teresa Fernandes, vereadora do pelouro do Desporto, que apoiaram e incentivaram os atletas e coletividades presentes. A tarde começou com a final da Taça no escalão de iniciados, onde o Centro Recreativo de Bougado B venceu o Futebol Clube de Guidões por 2-0. O emblema guidoense voltou a ter um momento menos feliz ao sair derrotado da final de juvenis, diante da Associação de Moradores da Urbanização da Barca, por uns
esclarecedores 4-1. Na Trofa, o futsal também é uma modalidade de mulheres, que se bateram na final de seniores. O “caneco” foi entregue ao Núcleo do Sporting da Trofa, que arrebatou o Centro Associativo de Bairros por 5-0. Por fim, os mais experientes (veteranos) entraram nas quatro linhas. O Centro Associativo de Bairros esteve de novo representado, mas desta vez saiu vencedor do dérbi com a Associação Recreativa de S. Pedro da Maganha, numa final renhida que terminou com 4-3. Vasco Torres, presidente da Associação de Futebol Popular da Trofa (AFPT), referiu que “é importante incentivar a prática desportiva e acima de tudo dar condições aos jovens para o fazerem”, daí que considera “importante” o trabalho que esta coletividade “tem desenvolvido” na organização destes campeonatos. “No início da época passamos um momento difícil, que pôs em risco a existência da Associação de Futebol Popular, porque não havia direção, mas achei que não era justo acabar com tudo isto, porque os adultos reúnem um grupo e facilmente encontram local para jogar, já nos miúdos estaríamos a cortar algo de muito importante para eles, por isso me candidatei a presidente e tento continuar este projeto. E pelo que vemos hoje, toda esta gente e o empenho dos atletas mostram que valeu a pena”, confessou.
“Há na história homens que perante estas situações as assumem de peito aberto e com responsabilidade. Que pensam no bem das instituições e das populações. Como também outros homens há, que, por meros taticismos, adotam posturas menos responsáveis que acarretam a inviabilização das instituições e a sua inoperância total.” Foi desta forma que o executivo municipal iniciou a discussão do plano de reequilíbrio financeiro na assembleia municipal. Um pronúncio do que se seguiria. A clareza dos factos não permite outra análise: a bancada do principal partido da oposição trofense colocou o seu interesse partidário à frente dos interesses do concelho. O conteúdo e a forma pela qual o PSD reprovou o plano não dignificam um grande partido como é o PSD. Aliás, qualquer reflexão que se faça parece indicar o mesmo: esta atuação da bancada socialdemocrata trofense teve como objetivo obter uma vitória política kamikaze, paralisando a câmara municipal da Trofa e impedindo o município de fazer face aos seus compromissos mais prementes. São mais de 66 milhões de euros que ficaram para pagar em 2009. Durante os dois últimos anos combateu-se o recurso a um plano deste género através, por exemplo, de cortes nas despesas correntes e custos não recorrentes e da diminuição do quadro de pessoal. Mas a conjuntura nacional provocou a quebra das receitas, as dificuldades de financiamento, a diminuição das transferências do estado e o inevitável recurso a este plano. Entre as alternativas possíveis, uma insuspeita consultora internacional elabora um plano que visa principalmente os custos da própria câmara municipal, defendendo os projetos de educação e ação social e não objetivando cortes tão agressivos para as associações e juntas de freguesia como a gravidade da situação suporia. Seguiu-se o caminho mais exigente para um executivo municipal, mas que salvaguardava o futuro do concelho. O plano era justo, equilibrado e tecnicamente evoluído. Apresentado em Novembro de 2011 foi inclusivamente elogiado pelos vereadores do PSD. Mesmo no final de todo o processo, após viabilização do documento em reunião de câmara, numa atitude injustificável, a oposição decide inviabilizar o plano sem argumentos tecnicamente válidos, sem alternativas e sem qualquer responsabilidade. O jogo partidário, a pequena política, sobrepôs-se ao interesse global. Diga-se que é legítimo um partido tomar as suas opções, fazendo uso do voto que o povo concedeu. Mas é ilegítimo prejudicar um concelho quando os argumentos são tão frágeis e tão grande é a responsabilidade sobre a situação criada. Estes intervenientes são responsáveis por toda a dívida, por toda a obra que ficou por pagar, por toda a estrutura desmesurada, por toda a despesa irrelevante. Estes que foram causa do problema, são hoje obstáculo à solução. Mais um obstáculo a ser vencido, porque a Trofa merece, a Trofa tem de caminhar no rumo do desenvolvimento.
Marco Ferreira Enquanto o presidente da AFPT, Vasco Torres, garantiu que “é difícil este trabalho, em termos financeiros é cada vez mais restrito”. “Mas com força de vontade e empenho temos consegui-
do continuar o nosso trabalho. E aqui aproveito para agradecer à Câmara Municipal da Trofa, que nos têm dado um apoio incondicional em tudo o que pode”, asseverou.
Festa da família e da juventude foi um sucesso
Meninos Cantores da Trofa enchem CCB Stefanie Correia
Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
O Parque Nossa Senhora das Dores acolheu, no dia 28 de abril, a comunidade da paróquia de S. Martinho de Bougado, que passou um dia diferente com a família. Centenas de jovens e seus familiares aceitaram o desafio apresentado pela paróquia de S. Martinho de Bougado e participaram numa festa, que lhes foi dedicada. O Parque Nossa Senhora das Dores foi o local escolhido para receber as diversas atividades. A ideia de promover uma festa em prol da família e juventude surgiu a partir da diocese do Porto, que escolheu o ano de 2012, para desafiar as paróquias. Desta forma, os jovens que frequentam a catequese, nessa semana, não tiveram a habitual sessão. Em vez disso, os pais e outros familiares foram convidados a conviver nesta celebração, que começou com uma caminhada até Paradela. Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, salientou o “trabalho conjunto dos vários grupos paroquiais”, desde catequistas, escuteiros e da pasto-
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Os dois concertos dos meninos cantores da Trofa em Lisboa, no último fim de semana de abril, lotaram o pequeno auditório do Centro Cultural de Belém. O segundo dia exigiu um reforço no número de cadeiras.
Missa campal foi momento alto da festa
ral familiar, que fez com que fosse possível organizar esta iniciativa, que foi bem correspondida pelas famílias e jovens. Por essa razão, o pároco fez “um balanço bastante positivo”, onde até S. Pedro colaborou com “um sol esplendoroso”. Uma festa que pode contar com uma nova edição, caso haja “boa vontade” e interesse, por parte da comunidade. Luciano Lagoa aproveitou para “agradecer a todos” que ajudaram na divulgação e organização da atividade”. Depois da caminhada, se-
guiu-se um piquenique no Parque Nossa Senhora das Dores, que, durante a manhã de sábado, contou com a animação do Aquaplace. Já a tarde, estava reservada para um peddy paper familiar, onde as famílias tinham que superar as atividades apresentadas pelos escuteiros, que estavam distribuídas por stands, pelo recinto. No final, quando terminassem as provas, as famílias eram convidadas a colocar uma foto de conjunto num mural muito especial. A festa terminou com uma eucaristia campal.
Com “lotação completa” descreveu a maestrina Antónia Maria Serra, os espetáculos dos meninos cantores da Trofa no Centro Cultural de Belém (CCB), nos dias 28 e 29 de abril, no evento Dias da Música. Cerca de 300 pessoas assistiram ao primeiro concerto dos meninos cantores trofenses no pequeno auditório do CCB. Em palco esteve a obra de “Amílcar, Consertador de Búzios Calados”,
conto vencedor do Concurso Lusófono da Trofa em 2010. Também o segundo dia de atuações foi um sucesso. “Tiveram que acrescentar cadeiras”, relatou a maestrina do coro infantil. Juntamente com a presença de Mário Alves, autor da obra e música os meninos cantores colocaram a plateia do pequeno auditório em pé, num mar de aplausos. “Representaram muito bem a Trofa”, afirmou, orgulhosamente, Antónia Maria Serra. Este evento decorreu sob a temática “A voz humana - o canto através dos tempos”. Este sábado, os meninos cantores atuam na abertura do Encontro Lusófono, na Casa da Cultura da Trofa. E no domingo, dia 6 de maio, o coro vai estar presente na Feira do Livro, no Centro Cultural Paredes de Coura, onde dará um espetáculo pelas 16 horas.
Meninos Cantores animaram Centro Cultural de Belém
Operação Nariz Vermelho
Colégio da Trofa angariou mais de 500 euros Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
O Colégio da Trofa associou-se mais uma vez à Operação Nariz Vermelho, tendo promovido algumas atividades lúdico-desportivas para cerca de 400 alunos. De forma a assinalar a participação na Operação Nariz Vermelho, o Colégio da Trofa organizou atividades lúdico-desportivas, no recinto desportivo, na manhã de sexta-feira, dia 27 de abril.
Para ajudarem nesta ação, os alunos podiam adquirir um nariz vermelho pelo valor simbólico de um euro e, por cinco euros, uma t-shirt. Uma manhã diferente e do agrado dos jovens, que estavam sensibilizados com este tema. Rodrigo Diogo, do 6º ano, achou a atividade “perfeita”, porque com este donativo estavam a ajudar e “a louvar as crianças que estão em camas de hospitais”. Opinião partilhada por Beatriz Gomes, também do 6º ano: “Se temos capacidades para ajudar os outros, porque não
Alunos contribuíram para uma causa nobre
devemos fazê-lo?”, questionou. Manuel Pinheiro, diretor pedagógico e administrador do colégio, destacou a “generosidade” da comunidade educativa, que está sempre pronta a participar “nestas iniciativas de carácter social e de solidariedade de apoio aos mais fragilizados, neste caso, às crianças hospitalizadas”.O diretor pedagógico esti-
mava angariar entre “os 500 e mil euros” com os donativos. “Não será uma verba muito significativa, mas se todas as escolas e comunidades educativas contribuírem como nós, a nível nacional, com certeza que é uma ajuda muito significativa para ajudar as crianças mais desfavorecidas que estão hospitalizadas”, asseverou. Relativamente
às atividades desenvolvidas na manhã de sexta-feira, Manuel Pinheiro afirmou que “contribuem para a formação integral dos alunos, nomeadamente dos mais jovens”. No final, o diretor pedagógico aproveitou ainda para agradecer à comunidade educativa, desde as crianças aos encarregados de educação, pela participação nestas iniciativas.
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Luz que salva o mundo
Puxar para cima O povo português, que tem uma cultura multissecular e uma identidade muito própria e muito forte, tem a escorrer nas suas veias a tristeza do fado e na sua génese a simplicidade e humildade dos corajosos. É um povo habituado a chorar, mas também a lutar por valores de elevação, como a proteção de toda a vida humana. Talvez por isso, Portugal teve a coragem memorável e histórica de ser um dos primeiros países do mundo a abolir a pena de morte. São tantos os motivos de orgulho, que os portugueses até têm, por vezes, uma postura despretensiosa sobre a História. Hoje, que tanto se sente e fala da globalização, não pode ser surripiado da história, que foram os portugueses os primeiros a vivenciá-la: os descobrimentos iniciados no século XV foram a primeira forma de globalização e tiveram como protagonistas os portugueses, que deram novos mundos ao mundo. É verdade! E não pode nem deve ser esquecido o facto de sermos um país que tem muitos défices de desenvolvimento, comparativamente com alguns países da Europa, mas temos muitos motivos de orgulho. Somos um povo simpático e acolhedor, como existem poucos no mundo, e com a adaptabilidade necessária para vingar e ter sucesso em qualquer parte: veja-se a quantidade de portugueses com sucesso espalhados por todo o mundo. Portugal tem um clima ameno como poucos países na Europa e uma diversidade de paisagens para contemplar: o sol, o mar, a serra, os monumentos, as cidades e as aldeias. E a gastronomia ímpar. Belezas para saborear e gozar, que podem ser desfrutadas a custos muito baixos. Um excelente país para ver e viver. No mundo empresarial, existem organizações, com sede em Portugal, de sucesso e de nível mundial, fundadas e dirigidas por portugueses, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Felizmente, são muitas e diferentes as áreas em que somos líderes mundiais, como por exemplo na produção de rolhas de cortiça, transformadores eléctricos ou feltros para chapéus, sem esquecer uma indústria farmacêutica portuguesa, que lançou no mercado global o primeiro medicamento de raiz “made in” Portugal. Para além dos generosos Vinho do Porto e Vinho da Madeira. Portugal é um país de criadores e inventores e está muito avançado na investigação e produção de energias limpas: das marés – através das ondas do mar e eólicas - através do vento. São invenções portuguesas: a Via Verde, um sistema muito cómodo de pagamento na passagem nas autoestradas; o sistema biométrico de pagamento nas bombas de gasolina; o pré-pagamento por multibanco; muito software para telemóveis, a bilha de gás muito leve; o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis; um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial. Também nas áreas científicas, os portugueses «dão cartas»: os melhores institutos de investigação científica nas áreas da biologia molecular, neurociências e biomedecina são o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Fundação Champalimaud – ambos de Lisboa e privados e o IPATIMUP - Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, que é público; centros de investigação de excelência, como o Grupo 3B (Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos) e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologoa (INL) da Universidade do Minho, que também é público e líder europeu. É tempo de falarmos bem de nós, do que Portugal tem de bom. E, são tantos os motivos de orgulho: desde a Ciência, as Artes, a Investigação, a Criação até ao desporto onde somos dos melhores do mundo em diversas modalidades. É preciso puxar para cima, mesmo que tenhamos que cantar um «fadinho» com a lágrima ao canto do olho. É tempo de nos orgulharmos de ser Portugal. moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
Necrologia S. Martinho de Bougado
Viúva de Fernando de Oliveira
Maria Duarte da Costa Pereira Faleceu no dia 18 de abril, com 73 anos Casada com Manuel pereira Dias
Cândida da Costa Correia Souto Faleceu no dia 28 de abril, com 80 anos Viúva de António Moreira do Souto
Maria Neves de Oliveira Faleceu no dia 22 de abril, com 81 anos
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Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
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Para a vida eterna não ser só para alguns, a Jeová pertenceu as saídas da morte. Sal.102.20. 68.20. Is.53.1-12. Os 6.2-3. Para isso Jeová rompeu e desfez o velho pacto concluído com todos os povos, para entrar novo pacto. Is.55.3-4. C.5.7,24-26. Za.11.9-11. Mat.21.42-44. Lu.16.16. Assim os fiéis de Jeová são livres. Is.42.6-7. Mar.12.30-31. Jo.8.36. Ga.5.1,13. De seguir o eterno reino do Altíssimo no novo pacto. Dan.2.44. C.7.13-14,18. Lu.1.33. C.16.16. C.17.20-21. C.12.32. 2Pe.1.11 Col.1.13. Para Jeová remir o povo da morte, e ser conhecido por todos na terra como as águas cobrem o mar. Os.13.14. Jer.31.33-34. Is.49.6. C.11.9. Is.55.3-4. Disse ao Pai eis-me aqui, envia-me, vai. Deu.18.15,18-19. Is.6.5,8. C.17.7. C.25.8-9. C.40.3-5,9-10. Za.2.10. Mal.1.5. C.3-1. Jo.1.19-23,29-30. C.8.23-24,51. C.10.7-18,2730.Mat.3-3.C.11.2-6,28.C.27.46.Sal.22.C.2.12. No novo pacto Jeová recebeu um nome que está acima de todos os nomes, nele está a salvação do mundo, sem ele nada se pode fazer. Jo.12.47. C.15.5. C.3.35-36. Deu.18.15,18-19. Re.6.16-17. Is.52.6. C.62.2. Za.14.9. Mat.1.21,23. Fi.2.6-11. Re.3.12. C.22.16. Is.55.3-4. At.4.12. Vivos sempre pela fé no único nome dado por Deus para toda a humanidade, felizes todos disse o Pai os que se refugiam nele, chamado o Deus de toda a Terra. Sal.2.6-9,12. Is.25.8-9. C.35.4. C.40.9. C.54.5,13. Jo.6.45. C.8.51. C.20.27-29. C.1.14. Re.19.11-13. Tito.2.13. Is.9.6. At.4.12. Só Jesus dá vida eterna aos mortos, e os santifica pela fé no seu nome. Da.7.18. Jo.20.31. At.4.12. C.16.3031. C.26.18. 1Cor.1-2. Col.1.12-14. 1Pe.2.9. Re.20.6. Jo.5.21-24. C.8.51. C.11.26. C.17.17-19. C.14.6,23. Sal.101.6. Santos filhos de Deus e da luz pela fé em Jesus. Ga.3.26. Jo.1.9-13. C.12.36. Todos herdeiros da nova terra da felicidade eterna, nela não há mar, morte, dor, tristeza, fome, sede, nem sol. Há rios e árvores da vida, a luz é Deus e o cordeiro e todos os seus fiéis são luz no reino eterno do Pai. Is.33.15,17. 2Cor.12.2-4. Re.7.9-10,16. C.21-27. C.22-2. Mat.17.2. C.13.43. Todos os mestres religiosos que não ensinam os seus fiéis a fé só em Jesus, bloqueiam com joio o caminho da verdade e da vida. Mat.13.37-42. Jo.14.6. 2Pe.2-2.AP.17.14. Para a fé e a luz da salvação de Deus não chegue a todas as extremidades da Terra. Is.49.6. Lu.2.26-32. Jo.8.12,51 Mat.24.10-14. C.28.18-20. Disse Jesus examinais as escrituras que dão testemunho de mim, estais todos cegos. Is.42.6-7. Jo.9.39. C.5..21-44. Quem não é por mim, é meu inimigo. Sal.110.1,5. Lu.19.27,38. Espalha a fé noutros nomes, agradando a Satanás, tirando a fé dos povos em mim. Sal.2.12. Mat.12.30. Ef.4.4-5. Heb.10.26-31. 1Tim.4-2. 1Cor.1-3. At.26.18. C.16.30-31. C.4.12. Re.17.14.Mat.13.37-42. É neste século que todos os inimigos do filho de Deus, rei do novo pacto, ficam debaixo dos seus pés, ele é o juiz de todos os povos cara a cara. Sal.50.46.110.1,5. Ez.20.35. C.39.21. Mal.3.5. Mat.7.22-23. Jo.5.21-23. Re.6.15-17. Todos os da larga estrada, Mat.7.13. Serão lançados no fogo a ranger os dentes até ficarem em pó. Re.20.11-15. Mat.13.4142. C.21.42-44. Is.33.12. O mesmo sucede à velha e podre Terra. Sal.102.25-26. Is.51.6. Re.20.11. 2Pe.3.7,10-12. Sofonias 1.18. C.3.8. Mar.13.31. C.12.31. Tiago.5.19-20.
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Autarca condena aterro agrícola autorizado pela RAN Cátia Veloso Hermano Martins
O presidente da Junta de Freguesia de Covelas condena um aterro para fins agrícolas na freguesia, que foi autorizado pela Reserva Agrícola Nacional. “Isto é um abuso”. Este é um sentimento de Fernando Moreira, presidente da Junta de Freguesia de Covelas, relativamente a um aterro que está a ser instalado na freguesia, no lugar da Gabriela. O autarca manifestou preocupação quanto à sua legalidade e sublinhou que este “começou a ser feito há cerca de 30 anos e nunca ninguém pôs termo a isto”. Todos os dias é notório o entra e sai de camiões para aquela propriedade que faz paredes meias com o campo de futebol do Grupo Desportivo de Covelas. Fernando Moreira garantiu que naquele local “existiam linhas de água e um moinho, que desapareceram”. “Isto é uma pouca-vergonha. Fazer um aterro destes em Covelas, sem fazer consultas às linhas de água, tapar os viadutos lá em baixo, destruir um
caminho que era da Junta de Freguesia… Eu não sei onde é que isto vai parar”, desabafou. Mas, enquanto “uns dizem que aquilo tem licença”, Fernando Moreira prefere ver com os próprios olhos o documento com parecer favorável, porque duvida: “Por isso pedi à Câmara Municipal para ver a licença, assim como o vou fazer junto do Ministério da Agricultura”, referiu. Entretanto, na segunda-feira, 30 de abril, o autarca covelense contou com o apoio de elementos da comissão política concelhia do PSD Trofa e de três deputados na Assembleia da República do Partido Social Democrata, Conceição Ruão, Andreia Neto e Mário Magalhães, o último elemento da Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, que se deslocaram ao local para “averiguar qual a situação deste aterro”, revelando desconhecimento acerca deste caso. Andreia Neto afirmou que as diligências a tomar passam por “averiguar junto da tutela responsável se existe algum parecer no âmbito do Ministério responsável”. Aterro está legal O NT contactou fonte da Di-
recção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP-N), que confirmou a legalidade do aterro, que está localizado em Reserva Agrícola Nacional (RAN). A operação foi autorizada pela RAN, que está sob a alçada da DRAP-N, em agosto de 2009, conforme documento a que o NT teve acesso que deu luz verde à realização da operação para “uso, exclusivamente, agrícola”. A mesma fonte adiantou que o “único pedido de esclarecimento acerca do aterro foi feito pela advogada da Junta de Freguesia de Covelas, a 24 de março de 2010”. “Depois de vistoriado o local, constatou-se que estava autorizado e que não existia qualquer tipo de problema”, acrescentou. A DRAP-N considera, inclusive, que aquele tipo de intervenção “é vantajoso para o fim a que se destina” e fez saber que “não existe nenhuma linha de água à superfície, já que, no local, não se vislumbra qualquer rio ou lagoa”. Quanto à volumetria das terras colocadas também está dentro da lei, explicita a mesma fonte, pois “o pedido de autorização foi feito para 15 mil metros quadrados de terreno e 15 metros
Aterro agrícola está autorizado pela RAN
de altura”. “Todo o processo decorreu de forma normal, pois só depois de autorizada é que a operação foi iniciada e sempre que o terreno foi vistoriado, apresentava as condições de impermeabilidade que permitiam a correta infiltração da água das chuvas”. A mesma fonte afirmou ainda que, em setembro de 2009, um mês depois de autorizada pela RAN, a operação foi alvo de despacho pela Câmara Municipal da Trofa. A autarquia confirmou a informação, explicando que “anexado ao pedido de intervenção para fins agrícolas, em área de Reserva Agrícola Nacio-
nal, o requerente juntou uma autorização para o efeito emitida pela RAN”. “Como este pedido não é sujeito a licenciamento municipal, tal facto foi comunicado por esta Câmara ao requerente, por despacho de setembro de 2009. Cumpre-nos ainda informar que a fiscalização desta intervenção é da competência da Reserva Agrícola Nacional, entidade responsável pela autorização da intervenção”, explicitou fonte da Câmara Municipal. O NT contactou o proprietário do terreno que afirmou que “tudo estava devidamente autorizado”.