Edição 386

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16 de agosto de 2012 N.º 386 ano 10 | 0,50 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade págs. 8 a 11

Esperadas milhares de pessoas na Senhora das Dores

Religião pág. 3

Padre Padre RuiAlves RuiAlves sucede sucedeaa ManuelDomingues ManuelDomingues

Desporto pág. 17

Sexta-feira há Volta na Trofa Acidente pág. 13

Homemferido emexplosão


2 Atualidade

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Projeto do ASAS foi premiado O Centro de Acolhimento Temporário Casa do Sol da ASAS participou com o projeto Espaços, que foi premiado com 1250 euros. O Centro de Acolhimento Temporário (CAT) Casa do Sol da ASAS (Associação de Solidariedade e Ação Social) participou com o projeto Espaços, no Joãozinho Retribui. A iniciativa foi organizada pelo Hospital de João, do Porto, que premiou este projeto com um prémio monetário de 1250 euros. A escolha do projeto vencedor foi através de uma votação na internet. O projeto, desenvolvido pelos jovens do CAT e com o apoio de alguns antigos residentes, pretende concretizar-se através da

construção de uma horta pedagógica para utilização da Casa do Sol, aquisição de equipamento para uma biblioteca e ludoteca para a Casa do Sol e apoiar uma iniciativa de angariação de fundos para a ASAS. Segundo fonte da organização foi “muito interessante” participarem nesta iniciativa, pois foi uma “experiência que fez trocar ideias e pensar de que forma podemos melhorar a nossa casa e as nossas vidas”. “A colaboração dos nossos colegas, antigos residentes do CAT Raízes, foi fundamental para a concretização e para o sucesso deste projeto”, afirmou fonte da associação, agradecendo a todos aqueles que votaram neste projeto. P.P.

O Notícias da Trofa encerra para férias A direção do jornal O Notícias da Trofa informa que a redação estará fechada para férias entre os dias 20 e 31 de agosto. Por essa razão, durante estes dias, não haverá atendimento ao público nem serão distribuídas as edições semanais nesse período. No entanto, a equipa do NT fará a cobertura dos acontecimentos mais relevantes no concelho ao longo desses dias e a publicação das respetivas notí-

cias será feita na primeira edição do mês de setembro, que será publicada no dia 6. A decisão de interromper a publicação do jornal prende-se com a necessidade de possibilitar aos colaboradores que trabalham neste semanário o gozo de duas semanas de férias, durante o mês de agosto. A direção e administração agradecem a compreensão dos leitores.

Autarquia trofense oferece manuais escolares A Câmara Municipal da Trofa oferece a cerca de 1500 crianças do 1º ciclo os manuais escolares para o ano letivo 2012/2013. A Câmara Municipal da Trofa volta a oferecer os manuais escolares a todos os alunos residentes no concelho e que frequentam as escolas do 1º ciclo do Ensino Básico do município. Com esta iniciativa, a autarquia pretende “ajudar na redução dos custos suportados por cada agregado familiar, na educação dos seus filhos, ao mesmo tempo que procura salvaguardar a democratização do acesso das crianças a uma educação de qualidade e equitativa”, pois considera que “todas as crianças são iguais e que todas merecem as mesmas oportunidades”. Desta forma, cerca de 1500 crianças serão beneficiadas, ao longo dos quatro anos da esco-

Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso, Ana Assunção (T.P.E 155) Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 20 euros; Extra europa: 59,30 euros; Europa: 42,40 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,50 Euros

laridade, recebendo os livros necessários para o seu percurso escolar. “Tendo consciência das dificuldades financeiras que todos os anos as famílias trofenses são confrontadas, aquando da necessidade de um esforço financeiro para a compra dos manuais escolares para os seus filhos, a autarquia trofense concretiza novamente esta medida de ajuda a estas famílias, na compra dos manuais escolares”, frisou a Câmara Municipal em comunicado. Esta medida exige um investimento por parte da Câmara Municipal de 58 mil euros. Recorde-se que o Projeto Muito+, desenvolvido pela Câmara Municipal da Trofa, conseguiu no seu primeiro ano recuperar 300 manuais para serem reutilizados, o que significou uma poupança de três mil euros. P.P.

Agosto marcado pelo cinema ao ar livre As estrelas serviram de teto à sala de cinema ao ar livre improvisada, instalada na Casa da Cultura da Trofa. Durante três dias muitos foram os que quiseram ver e rever os filmes que marcaram uma época do cinema português e que continuam a estar presentes na memória dos cinéfilos. Os filmes em cartaz nos dias 3 e 4 de agosto foram “A Canção de Lisboa”, com Beatriz Costa e Vasco Santana, e “Fado - História de uma Cantadeira”, com a

Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (T.P. 1639) Editor: O Notícias da Trofa, Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (T.P. 1637), Cátia Veloso Setor desportivo: Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864),

16 de agosto de 2012

E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo

participação de Amália Rodrigues e Virgílio Teixeira. No fim de semana seguinte, 10 de agosto, o filme em cartaz foi “Amália - o Filme”, que conta com a participação dos atores Sandra Barata Melo, Ricardo Carriço, António Pedro Cerdeira, Carla Chambel e Maria João Abreu. Além de “divulgar o bom cinema português”, esta iniciativa serviu de “homenagem” ao Fado, Património Imaterial da Humanidade, afirmou fonte da autarquia. P.P.

Nota de redação Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Agenda Dia 16 22 horas: Atuação dos Sons e Cantares do Ave, no Parque Nª Srª das Dores Dia 17 16 horas: 2ª etapa Volta a Portugal termina na Trofa 22 horas: Atuação de Deolinda, no Parque Nª Srª das Dores Dia 19 09.30 horas: Banda de Música da Trofa e Banda de Música de Famalicão, no Parque Nª Srª das Dores 12 horas: Missa Solene em honra de Nª Srª das Dores, na Capela 17horas: Procissão em honra de Nª Srª das Dores Dia 20 Festas de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado 9-20 horas: Banda de Música da Trofa e Banda de Música da Branca, no Parque Nª Srª das Dores 22 horas: Atuação de Zé Amaro, no Parque Nª Srª das Dores Dia 21 Festas de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado, até 25 de agosto Dia 25 Festas em honra de S. Roque, em Alvarelhos 15 horas: Concurso do Melão, no Souto de Bairros, Santiago de Bougado Dia 26 Festas em honra de S. Roque, em Alvarelhos Dia 30 S. Mamede ConVida, no Largo Espírito Santo, até ao dia 2 de setembro

Farmácias de Serviço Dia 16 Farmácia Sanches Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Sanches Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia Sanches Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto Dia 24 Farmácia Sanches Dia 25 Farmácia Moreira Padrão Dia 26 Farmácia Nova Dia 27 Farmácia Trofense Dia 28 Farnácia Barreto Dia 29 Farmacia Nova Dia 30 Farmácia Moreira Padrão Dia 31 Farmácia Sanches Dia 1 setembro Farmácia Trofense Dia 2 Farmácia Barreto Dia 3 Farmácia Nova Dia 4 Farmácia Moreira Padrão Dia 5 Farmácia Sanches Dia 6 Farmácia Trofense


Atualidade 3

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16 de agosto de 2012

Padre Rui Alves sucede a Manuel Domingues Patrícia Pereira A. Costa

Rui Alves assumiu as paróquias de S. Cristóvão do Muro, S. Romão e S. Mamede do Coronado. As cerimónias solenes decorreram nas diferentes paróquias. Durante o fim de semana de 11 e 12 de agosto, o padre Rui Alves assumiu as paróquias de S. Cristóvão do Muro, S. Romão e S. Mamede do Coronado. As cerimónias solenes decorreram nas eucaristias de sábado às 17 horas, em S. Cristóvão do Muro, às 19.30 horas, em S. Romão, e no domingo, pelas 8 horas, em S. Mamede do Coronado. Luciano Lagoa, vigário de Trofa/Vila do Conde, esteve presente para “dar posse” a Rui Alves. Antes do início das cerimónias, o vigário leu o decreto da nomeação de Rui Alves para pároco do Muro, S. Mamede e S. Romão do Coronado e entregou nas mãos do novo pároco as chaves das igrejas e dos sacrários. Este é um sinal de que Rui Alves é o responsável pelas paróquias. A frase “Deixa pai e mãe e segue-Me”, presente no Evangelho, onde Jesus Cristo transmite aos seus discípulos que é preciso deixar a família para seguir a sua “causa”, foi proferido numa Eucaristia que celebrou, quando o padre Manuel Domingues, a sua mãe e padrinho estavam hospitalizados. Foi uma Eucaristia “conseguida”, pois pela “primeira vez”, frisou, “senti o Evangelho com uma força tremenda e seguir Jesus Cristo, é um pouco isso”. No final da cerimónia no Muro, o agora pároco das três paróquias tinha um “sentimento misto”, ora de “uma alegria” por viver um “momento importante” para si, ao mesmo tempo que estava numa “profunda tristeza”, devido à ausência do padre Manuel

Domingues, que “gostava muito” que estivesse presente nestas cerimónias. Estas últimas semanas foram vividas com “alguma ansiedade” pelo pároco, devido à “consciência da responsabilidade do que é assumir a presidência das três comunidades”, pois, para si, são “as melhores” na procura da Igreja. “Até agora era o padre Manuel quem decidia as coisas e eu também acabava por não ser o mau das coisas. A partir de agora ter que tomar decisões não é fácil, seja quem for, onde quer que estejamos, o que quer que façamos, qualquer profissão, vamos ter que tomar decisões que nunca são fáceis. Muito mais quando envolve pessoas com formas de pensar diferentes”, referiu, salientando que nas paróquias há “uma fé consolidada” e um “grande número de pessoas que rodeiam e envolvem-se na Igreja”. Rui Alves começa uma nova etapa com outras “perspetivas e segurança”, pois tem a vantagem de conhecer as “coisas mínimas” das paróquias, tais como “os códigos da Igreja, as igrejas, os seus problemas, o que é e o que não é preciso fazer e as obras necessárias no futuro”. Quando questionado como iria governar as paróquias, Rui Alves respondeu que é da sua intenção “respeitar a identidade de cada comunidade”, pois “S. Romão não é S. Mamede e S. Mamede não é Muro”. Devido à “escassez de clero”, poderá ser necessário ponderar algumas situações, mas “sem nunca perder a identidade de cada comunidade”, pois “não quer estragar a história das paróquias, mas sim continuá-la”. “Estou integrado nas três e percebo precisamente isto. Agora querer vir colocar regras novas aqui e ali não. Como dizia, quero caminhar junto e não caminhar sozinho”, asseverou. Depois de ter confiado a Deus

Padre Rui Alves é o novo pároco do Muro, S. Mamede e S. Romão do Coronado

os seus familiares, no dia da sua ordenação, Rui Alves tem agora uma causa, guiar os murenses, romanenses e mamedenses, quer sejam ou não cristãos. O pároco apenas pede-lhes “uma coisa muito simples”: “Verdade, transparência e, acima de tudo, que olhem para mim e que vejam alguém que procura Jesus

Cristo na vida, com limitações, fragilidades, mas que, acima de tudo, nunca duvidem da minha entrega e que me ajudem, porque um padre não faz nada sozinho”. Recorde-se que estas celebrações já estavam marcadas para o início de setembro, mas devido ao estado de saúde do

Mensagem de Rui Alves aos paroquianos

“Todos juntos seremos capazes de construir uma comunidade maior e melhor. Uma frase que eu uso muitas vezes e que é o grande desafio da minha vida é: ‘Muito mais é o que nos une do que aquilo que nos separa’. O que nos une é a nossa humanidade e na nossa humanidade podemos chegar a este Deus que eu acredito que se revela em Jesus Cristo. Na sua humanidade tocamonos muito mais uns aos outros, assemelhamo-nos muito mais uns aos outros do que nos diferenciamos. E é nessa construção que vamos fazer da diversidade de cada um, porque a diversidade é boa, (...) mas sem nunca esquecer aquilo que nos une essencialmente. É este desejo de felicidade, este desejo de encontro de sentido de vida que eu acredito que Jesus Cristo é um sentido pleno e grande de vida para todos e para cada um em particular. O lema da minha ordenação é ‘Quem não ama o irmão que vê, não pode amar a Deus que não vê’. Esse lema é de São João e quero fazer dele o meu lema de vida. É impossível chegarmos a um Deus, que é transcendente, se não partirmos da nossa humanidade. Estou convencido que as comunidades são muito mais semelhantes do que aquilo que imaginamos. Com um ou outro pormenor, com uma ou outra situação, também vou estudando isso, que acho que é importante. Para que as homilias não sejam bacocas, para que aquilo que eu digo às pessoas não seja bacoco, mas seja vivido.”

padre Manuel Domingues foi necessário antecipar a investidura do novo pároco. “O serviço de fiéis não pode ficar sem sucessor e por isso mesmo, e nessas circunstâncias, é que o padre Rui assume agora a paroquialidade destas três paróquias”, afirmou Luciano Lagoa, frisando que estas ficam “bem servidas com a presença do padre Rui Alves”, pois é “uma pessoa muito dinâmica, com uma força muito grande dentro dele e capaz de levar o barco a bom porto”. Luciano Lagoa acredita que Rui Alves será “um digno sucessor” de Manuel Domingues, aproveitando “tudo o que está para trás e desenvolvendo cada vez mais a atividade paroquial”. E por essa razão, espera que as paróquias “ajudem e colaborem” com o pároco, para que possam “atingir novas metas”, procurando que as paróquias “cresçam”. O vigário espera que as paróquias continuem a rejuvenescer, frisando que a renovação das mesmas não acontece tendo apenas “padres novos”, mas também contando com a presença de “pessoas dinâmicas” e que “procurem depois também desenvolver as próprias comunidades paroquias”.


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16 de agosto de 2012

Trofa e Santo Tirso exigem definição de limites Patrícia Pereira Hermano Martins

Autarcas consideram insustentável a indefinição dos limites dos concelhos de Trofa e Santo Tirso, que tem causado inúmeros problemas às populações. Trofa e Santo Tirso continuam sem saber onde começa e acaba cada um dos concelhos. Apesar da criação do concelho da Trofa ter ocorrido há quase 14 anos, a delimitação de fronteiras e a partilha de bens continua por fazer. Os autarcas da Trofa, Joana Lima e de Santo Tirso, Castro Fernandes, apontam o dedo à Assembleia da República que deveria há muito tempo ter tomado a decisão que lhe compete e que teria já poupado milhares de horas de trabalho e de euros às populações e empresas dos dois concelhos. Joana Lima dá o exemplo da “partilha de bens e processos entre os dois municípios”, nomeadamente no que diz respeito à disponibilização, por parte do Município de Santo Tirso, dos

processos de obras que ainda se encontram na posse daquela Câmara Municipal e que são imprescindíveis para a reavaliação a efetuar pelas Finanças, relativamente aos valores dos imóveis. Apesar de reconhecer a “cooperação” do município liderado por Castro Fernandes nesta matéria, a autarca não deixa de lembrar que “indefinição dos limites entre os concelhos da Trofa e de Santo Tirso tem, ao longo de todos estes anos, criado inúmeros problemas à população do Município da Trofa em geral e às nossas empresas em particular”. Por seu lado o autarca tirsense considera a situação “ insustentável” reconhecendo que “está a gerar graves problemas na gestão do território com repercussões nos particulares, sobretudo para efeitos de registos, de licenciamento e fiscais”. Castro Fernandes garante que “são muitas as diligências que a autarquia de Santo Tirso tem desenvolvido para ver aquela questão dos limites resolvida. Ao longo de mais de 10 anos a Câmara Municipal tem insistido

Delimitação dos concelhos por definir há quase 14 anos

com os presidentes da Assembleia da República e de todos os Grupos Parlamentares para que definitivamente se fixem os limites administrativos, sem que a

solução esteja à vista e ao que parece ninguém quer ver este assunto resolvido. Santo Tirso depois de prejudicado com a criação do concelho da Trofa, vê nova-

mente os interesses da população esquecidos” reitera o autarca. Castro Fernandes adianta ainda que “apesar de se ter promovido junto do Instituto Português de Cartografia e Cadastro (atualmente Instituto Geográfico Português) o processo de delimitação administrativa entre os dois concelhos - tendo mesmo sido despachado favoravelmente pelo Secretário de Estado do Ordenamento do Território de então - o mesmo não foi conclusivo em virtude de não existir acordo entre os dois municípios quanto ao limite entre as freguesias de Santo Tirso e de Santa Cristina do Couto (concelho de Santo Tirso) e a freguesia de S. Martinho de Bougado (concelho da Trofa). Os presidentes das Câmaras da Trofa e de Santo Tirso apelam à Assembleia da República para que encete todos os procedimentos necessários para a resolução desta situação já em setembro, no início dos trabalhos parlamentares e “legisle no sentido de definir os limites definitivos dos concelhos”.

Rotura em conduta de água provoca aluimento de piso na EN 104 Uma rotura numa conduta de água na Rua Costa Ferreira, em S. Martinho de Bougado, provocou o abatimento de parte do piso da Estrada Nacional 104. A rotura na conduta aconteceu ao início da madrugada de segunda-feira e o aluimento do piso ocorreu cerca das três da manhã. Diogo Coelho, responsável da Indáqua pela exploração Sistema Municipal de Abastecimento de Água no concelho da Trofa, confirmou ao NT o “reben-

tamento de uma conduta”, que provocou o abatimento do piso “numa área de 20 metros quadrados”. “A avaria já está em fase de reparação e o abastecimento de água já está a ser reposto”, afirmou na tarde desta segunda-feira. Quanto ao piso será apenas colocado esta quinta-feira, devido às condições meteorológicas adversas. A circulação automóvel esteve cortada durante o dia de segunda-feira devido às obras de reparação.

Rua Costa Ferreira esteve intransitável devido a um rebentamento de conduta


Atualidade 5

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16 de agosto de 2012

S. Romão acolhe festas em honra de S. Bartolomeu Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Apesar de não ter mar para o banho santo de S. Bartolomeu, S. Romão do Coronado organiza as festas em honra do padroeiro das crianças, festejado a 24 de agosto. Realizando-se apenas de dois em dois anos, as festividades de S. Bartolomeu são este ano da responsabilidade de um grupo de amigos que decidiu juntar-se e formar uma comissão de festas, estando a trabalhar, desde setembro do ano passado, na promoção de “bastantes

arquivo

As festas em honra de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado, começam na próxima segunda-feira, dia 20 de agosto. Comissão de Festas está “muito otimista quanto às festividades”.

Procissão sai mais uma vez à rua

iniciativas” para angariar verbas. Exemplo desse trabalho é o sorteio de bilhetes pelo Natal, a apanha do porco e o passeio a Samil (Espanha), que decorreu

no passado fim de semana. Além disso, pediram patrocínios e fizeram os peditórios porta a porta, por toda a freguesia de S. Romão.

Devido à situação económico-financeira em que se encontra o País, a comissão de festas “baixou bastante o orçamento”, cerca de oito mil euros em rela-

ção há dois anos, que era de “38 mil”,referiu Ricardo Faria, juiz da comissão de festas. O cartaz foi elaborado mediante o dinheiro que tinham disponível. “Contratamos artistas que talvez não fossem os desejáveis, mas foi tudo em função do dinheiro. E se não fossem os patrocínios, também era difícil fazermos estas festas”, referiu. O juiz está com “muito boas” expectativas quanto à romaria, esperando que “muita gente” a visite e que “corra tudo muito bem”. “Estou muito otimista quanto às festas”, afirmou. Para Ricardo Faria, o apoio dos romanenses ao longo deste ano de trabalho, das empresas que patrocinaram, da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal da Trofa foi essencial para que as festas possam continuar a realizar-se.

Festas de S. Roque contam com a “prata da casa” Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

As festas em honra de S. Roque, em Alvarelhos, decorrem no último fim de semana de agosto. Comissão de festas conta com uma boa adesão. Ao todo são vinte as mulheres responsáveis pela organização das Festas em honra de S. Roque, que decorrem no último fim de semana do mês de agosto. De forma a continuar a roma-

ria, a comissão fez um peditório de porta a porta por toda a freguesia, onde contaram com a generosidade da comunidade alvarelhense, tornando possível a sua organização. O programa foi ultimado consoante o orçamento disponível, optando, tal como aconteceu no ano passado, pelos “grupos da freguesia” para comporem o programa. Já esta quinta-feira, dia 16 de agosto, tem lugar uma missa de ação de graças a S. Roque, pelas 21 horas. Uma semana depois, já no dia 23 de agosto, realiza-se uma missa de

sufrágio pelos antigos membros da comissão de festas, pelas 21 horas. O arranque da romaria fica marcado para o dia 24 de agosto com a inauguração da iluminação festiva, pelas 21 horas. Gracinda Rocha, membro da Comissão de Festas de S. Roque, deixou um apelo a toda a

comunidade: “Pedimos que todos compareçam nestas festas, que se realizam há mais de 50 anos. Que venha muita gente, tanto na noitada de sábado como durante o domingo, pois é um orgulho para a comissão ver as pessoas a aderirem às

Mulheres voltam a tomar as rédeas da festa

festas”. Recorde-se que já no ano passado as festas foram organizadas pelo grupo de senhoras, que não queriam que as festas “acabassem”. A organização agradece a toda a comunidade por ter contribuído para que a romaria fosse uma realidade.


6 Atualidade

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Chuva não impediu festa da padroeira de Alvarelhos Patrícia Pereira Cátia Veloso

A festa em honra de Nossa Senhora de Assunção realizou-se nos dias 14 e 15 de agosto. S. Pedro ouviu preces da comissão de festas e deu tréguas para que os espetáculos pudessem ter início no largo Padre Manuel António Moreira. A festa em honra da padroeira de Alvarelhos, Nossa Senhora da Assunção, atraiu a comunidade alvarelhense ao largo Padre Manuel António Moreira, em frente à igreja matriz. Apesar das más condições meteorológicas, S. Pedro deu tréguas, mesmo a tempo do início dos espetáculos, e várias dezenas de pessoas aproveitaram para ver as atuações das 3A’s (Ana Sofia, Ângela e Ana Isabel) e Banda Sabor, na noitada de

terça-feira. Já na quarta-feira o dia foi dedicado à Nossa Senhora de Assunção, que além da celebração da palavra e procissão em honra da padroeira, contou com a animação da Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos e, de tarde, com o Rancho Folclórico de Alvarelhos e o convidado Rancho Folclórico de Meadela (Viana do Castelo). Emília Couto e Alzira Santos, membros da comissão de festas, estavam contentes por terem conseguido “cumprir todos os objetivos”, graças ao apoio da população, patrocínios e dos espetáculos realizados no salão paroquial, tais como uma peça de teatro de Vila Nova de Gaia e o Caça Talentos. Foi até da organização do Caça Talentos, que a comissão de festas conheceu a Ana Sofia, Ângela e Ana Isabel. Como gostaram muito delas, decidiram convidá-las a

Festas realizaram-se no Largo Padre Manuel António Moreira

atuar na noite de terça-feira. A adesão da população nos peditórios foi “muito satisfatória”, que “ajudou muito” para que a realização das festas fosse “espetacular”. “Só temos que agradecer à população e a toda a gente que nos ajudou, como os patrocínios. Isto é um momento que a gente não esquece. Há camaradagem, amizade. Isto é ótimo”, referiram.

O único momento menos bom foi a tarde de terça-feira, quando viram que estava a chover. “Foi todo um stresse, só apetecia chorar, não era Alzira”, questionou Emília Couto. A colega confirma: “Foi verdade. Pedimos muito a Santa Clara para que a chuva parasse. O desejo foi em parte cumprido já que na hora de espetáculos, S. Pedro deu tréguas.

Com a certeza que o ferido mantém-se pelo menos em 2013, as festas da padroeira vão manter-se no mesmo dia. Caso o feriado acabe, o pároco José Ramos é da opinião de manter o dia 15 para as festas, como S. Romão do Coronado tem o dia 13 de maio para a Profissão de Fé. “Sendo feriado melhor, assim as pessoas aderem mais”, frisou. Durante os peditórios, a população alvarelhense queixou-se do facto de haver duas festas tão próximas, o que, em tempos de crise, acaba por ser “muito peditório junto”. Para que as festas da padroeira não acabem, a comissão de festas tem uma sugestão: “Podia-se unir as duas festas ou então realizá-las intercaladas, como acontece com as festas de S. Bartolomeu e Santa Eulália. As pessoas queixamse e é verdade, são apenas dez dias de diferença”.

Concurso do Melão adiado para 25 de agosto Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

O Concurso do Melão foi mais uma vez adiado. A iniciativa, que decorre no Souto de Bairros, Santiago de Bougado, realiza-se no dia 25 de agosto, sábado, a partir das 15 horas. O Bougado em Festa termina com o Concurso do Melão, que decorre no Souto de Bairros em Santiago de Bougado. Depois de ter sido adiado para o dia 15, o concurso voltou a sofreu alteração na data. Desta vez, para o dia 25 de agosto. Como é habitual, esta iniciativa costuma realizar-se conjuntamente com a Feira à Moda Antiga, mas, este ano, o concurso teve que ser adiado por não haver produtores inscritos, uma vez que os melões ainda não estão maduros. Um “problema ambiental” é a razão apontada por António Azevedo, presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, para esta situação. Para o dia 25 de agosto es-

tão inscritos 12 produtores, que vão pôr o produto à prova e tentar convencer o júri que têm os melhores melões casca de carvalho. “Todos querem concorrer, mas também todos querem ganhar. E isso é bom, porque faz com que todos escolham os melhores melões e tragam aquilo que eles gostam aqui para a terra”, salientou o autarca. Para animar o dia, haverá cantares ao desafio e a encenação de “uma cozinha tradicional”, organizada pelo Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado. Será desta forma que a Junta de Freguesia encerra o Bougado em Festa, realizado, anualmente, para dar “vida a este magnífico Souto”. O ano passado, a iniciativa foi organizada oito dias antes das festas em honra de Nossa Senhora das Dores, devido ao amadurecimento precoce dos melões. Este ano, decidiu antecipar a data, para que o mesmo não acontecesse, mas, desta vez, os melões “fintaram-no” e ainda não estavam prontos a serem consumidos.


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Atualidade 7

Uma vida dedicada ao folclore Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Há mais de meio século que Maria do Carmo Silva dedica a sua vida ao folclore. Grande parte da sua história foi vivida no Rancho Folclórico. Maria do Carmo Silva é, provavelmente, uma das pessoas mais conhecidas no concelho da Trofa. Não pelo seu nome de batismo nem sequer pela peculiar estatura. No alto do seu metro e quarenta de estatura, esta mulher de 77 anos dedicou grande parte da vida ao folclore. Miquinhas, para os amigos e para esta história, vive, e respira, as tradições há mais de meio século e nem o problema diagnosticado nos joelhos a faz parar. Numa tarde de calor, abriu-nos as portas da humilde casa para partilhar alguns dos muitos momentos vividos no seio do folclore, paixão que despertou com a fundação do Rancho Folclórico da Trofa, há mais de 53 anos. Miquinhas relembrou os primeiros passos da criação do grupo: “Em Valdeirigo, houve um cortejo para fazer a cantina, para dar de comer aos meninos. A senhora Augusta Reis, que o organizou, desafiou os senhores que iam a tocar para fazer um rancho e lá resolveram criá-lo. Eu, entretanto, entrei e a primeira saída do grupo foi na Feira Gran-

Maria do Carmo Silva exibe o seu espólio

de”. Apesar de “saber dançar”, Miquinhas sempre preferiu cantar no grupo. Solta um “ui” quando lhe é pedido para dizer quantos foram os locais por onde passou a levar a insígnia do Rancho Folclórico. Ia para todo o lado, fizesse sol ou chuva. “Houve um dia em que choveu muito. Quando cheguei a casa, pousei o casaco nas costas da cadeira e no dia seguinte tinha uma poça de água no chão da sala”, afirmou. Por três vezes esteve em França a levar

as tradições da região e muitas outras participou em espetáculos no concelho. E, a relembrar uma das excursões, cantarolou a música que traz na memória de um cortejo realizado para angariação de fundos para a construção da capela de S. Gens: “Formosos campos de Portugal, vossa beleza não tem rival, assim nos dizem os passarinhos, cantando alegres lá nos seus ninhos”. No baú das recordações, Miquinhas guarda com carinho as fotografias que eternizam a viagem a Lisboa para ir buscar o concelho, a 19 de novembro de 1998, onde ficou conhecida pela “mulher do bombo”. São estes símbolos do passado que ainda dão “arrepios” a Maria do Carmo.

Miquinhas relembrou tempos passados

Depois de 47 anos de dedicação ao Rancho Folclórico, e vencida pelas complicações nos joelhos, decidiu abandonar o grupo, mas ainda chora quando o vê atuar. Para trás, a par das memórias, ficam o trabalho e as doações: “Uma máquina de costura que na altura me custou 90 escudos, uma caixa para os cereais, um banco da matança, um lavadouro, uma bacia, uma mesa de cozinha, um cântaro, um púcaro de barro, uma espremedeira, uma escada, uma canasta de abanar o bebé com o pé, louça, ferramentas… Trabalhei sempre para o rancho e não me arrependo de nada do que dei. Adorava andar a pedir para ele e dar as boas festas”, frisou. Entretanto, acabou por aceitar o convite do Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado para “cantar as boas festas e ajudar”. “Enquanto puder, lá estarei, porque é isto que me dá saúde”, assegura. Com ela, guarda um espólio de grande valor patrimonial, mas cujo valor sentimental é incalculável: pela sala distribuiu alguns dos trajes que guarda com carinho e que, às vezes, retira dos armários para “os pôr a arejar, estender e colocar perfume”. Tem o traje de trabalho, o de romaria, o de missa e o de rico, o mais antigo é aquele que Maria do Carmo guarda com mais estima. Pelo meio da conversa, mostra uma fotografia que tirou com o marido, numa ocasião em que o vestiu, quando ainda tinha a sombrinha roxa a acompanhar o traje. Mulher de convicções fortes, Miquinhas já decidiu que é esse o traje que vai levar para a última morada…


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Atividades no Parque Programa de festas de Nª Srª das Dores dinamizou Parque com diversas atividades Stand up comedy atraiu milhares

Augusto Canário animou Parque

Miguel 7 Estacas, João Seabra e Hugo Sousa foram as personagens que trouxeram, na terça-feira, humor até ao Parque Nossa Senhora das Dores. Muitas pessoas não quiseram perder a oportunidade de os verem ao vivo e encheram o recinto para receber os humoristas. Durante cerca de duas horas, os humoristas apresentaram vários sketches, que fizeram os visitantes soltar várias gargalhadas.

A noite do dia 8 de agosto, prometia um grande espetáculo musical com a atuação de Augusto Canário e amigos. Além da habitual música tradicional portuguesa e os cantares ao desafio, surpreendeu os presentes com uma música rock. José Sá, presidente da comissão de festas, entregou uma imagem de Nossa Senhora das Dores a Augusto Canário, que, como forma de agradecimento, cantou sobre as sete dores da santa.

Comissão de Festas preparou noite Latina

Procissão de Velas atraiu milhares de fiéis

Unión Salsera foi o grupo escolhido para marcar presença no Parque Nossa Senhora das Dores, na noite de quinta-feira, dedicada à música latina. Os amantes deste género musical puderam ouvir e dançar sons de Salsa, Merengue e Chá-chá-chá.

Um dos momentos altos da atividade religiosa das festas em honra de Nossa Senhora das Dores é a procissão de velas em honra da santa. Depois da missa na Igreja Matriz, o andor de Nossa Senhora das Dores saiu em procissão, seguida por milhares de fiéis, até à capela. Depois dos acólitos, seguiam os escuteiros do Agrupamento 94 de S. Martinho de Bougado, que estiveram encarreguados de levar o andor.

Concerto de música sacra na Capela

Tunas “inauguram” semana grande das festas

Depois da primeira sessão do concerto de música sacra, a cargo do Orfeão de Santhyago, ter sido um sucesso, a capela de Nossa Senhora das Dores acolheu, no domingo, o último concerto do género no programa de festas. Márcia Azevedo, Antónia Serra e Rui Martins, ao piano, foram os convidados da comissão de festas, para abrilhantarem a noite de domingo, que contou com a presença de uma numerosa assistência.

O palco do Parque Nossa Senhora das Dores acolheu mais uma noite de animação. Na segunda-feira, dia 13 de agosto, o palco foi território das tunas universitárias. A Javardémica, da Faculdade de Ciências, e a Tuna TS (Tecnologia da Saúde), da Escola Superior Tecnologias do Porto, foram as convidadas da comissão de festas em honra de Nossa Senhora das Dores. A comunidade aderiu bem à animação das “duas das mais conhecidas tunas da Universidade do Porto”, aplaudindoas durante todo o espetáculo.

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Atualidade 9

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16 de agosto de 2012

Festas da Senhora das Dores atraem milhares Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Concerto dos Deolinda e procissão são os pontos altos da romaria de Nossa Senhora das Dores. Comissão de festas convida população a marcar presença no Parque. A iluminação na rotunda do Catulo, assim como na saída da autoestrada número 3 (A3), não passa despercebida e anuncia as maiores festas da Trofa. E se a imagem de Nossa Senhora das Dores dá um brilho especial ao centro da cidade, que dizer da capela, iluminada com esmero para todos aqueles que passeiam no parque. No ar, paira o cheiro a romaria com as farturas, as bifanas, o pão com chouriço e os doces e, no recinto, “moram” as tendas montadas com bijuterias e brinquedos. No lago, junto ao parque infantil, pode apreciar-se uma réplica em miniatura da ponte pênsil da Trofa. Noutro plano, as luzes e as cores ganham evidência juntamente com os sons retumbantes e os movimentos oscilantes dos carrosséis. A verdade é que a tradição ainda é o que era e

miúdos e graúdos reúnem-se para a reviver. A par da desativada linha de comboio, o palco tem sido pisado todos os dias desde o início de agosto. A animação noturna foi uma das apostas da comissão de festas de Nossa Senhora das Dores, que está satisfeita com a adesão aos espetáculos. “Quase todos os dias, o público acorre em grande número a este arraial, para assistir aos concertos ou festivais, o que nos deixa satisfeitos e com mais energia para trabalhar, para fazer com que estas festas sejam marcantes e dignas desta celebração”, afirmou José Sá, presidente da comissão de festas. Mas se já muito aconteceu até agora, para esta semana também está garantida muita animação, com grandes concertos como do grupo musical Deolinda, na sexta-feira à noite, e de Zé Amaro, na segunda-feira, 20 de agosto. “Esta é a semana grande das festas e vai ser composta de grandes espetáculos, onde participam os melhores artistas do país. É um programa atrativo, que merece que eu convide toda a população, porque será uma oportunidade única aqui nesta

região do Norte e, concretamente, na Trofa”, evidenciou. Na sexta-feira, dia da atuação dos Deolinda, a Trofa estará nas bocas do mundo por também receber a chegada do pelotão da Volta a Portugal. José Sá afirma que este acontecimento vai potenciar a romaria: “Vai ser um dia altamente movimentado na Trofa, porque vão estar cá os meios de comunicação nacionais a transmitir a chegada da segunda etapa da Volta a Portugal à Trofa não só para o País, como para todo o mundo. A Volta a Portugal vai influenciar todo um dia cheio de atividades”. A comissão de festas decidiu abrir o bar da capela mais cedo do que é habitual, em março, e congratula-se por essa medida ter sido tomada “em boa hora” e contribuído para “a concretização dos objetivos”. “Inicialmente, planeamos o nosso orçamento e tivemos de procurar as fontes de receita e o Bar da Capela é uma das melhores. Foi uma boa aposta e está a correr bem”, acrescentou. O orçamento para as festas de Nossa Senhora das Dores é de cerca de 150 mil euros.

José Sá espera que romaria deste ano seja marcante

Romaria faz parte “do código identitário local da Trofa”

Como atraem milhares de visitantes à cidade, as festas de Nossa Senhora das Dores assumem-se como impulso do turismo local. Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, considera que a romaria “consubstancia especialmente um património cultural e religioso admirável que geração após geração tem sido mantido e melhorado, fazendo já parte do código identitário local da Trofa e das suas gentes”. A edil trofense aponta como um dos pontos al-

tos “a majestosa procissão” com “participação de dezenas de figurantes que reconstituem episódios alusivos à vida de Nossa Senhora” e “os imponentes andores”, que são “uma das imagens mais marcantes das festas” e um “produto do árduo trabalho de construção e decoração de dezenas de pessoas”. “Enquanto presidente da Câmara fico naturalmente reconhecida a todas as dezenas de pessoas que de uma forma voluntariosa, fraterna e desinteressada dão o seu melhor para fazer perdurar esta tradição ao longo dos anos e que fazem da Trofa um local de visita obrigatória no mês de agosto”, evidenciou.


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16 de agosto de 2012

População trabalha para manter tradição, apesar das dificuldades para comportar os gastos

Andores preparados para a procissão Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Andores estão prontos para a procissão. Estruturas com cerca de 13 metros de altura atraem milhares de pessoas à cidade. João Silva ainda se lembra do tempo em que havia homens que sobrassem para carregar os andores da procissão de Nossa Senhora das Dores. “Os homens que pegavam no andor da Senhora das Dores eram quase todos militares, porque prometiam que se fossem e viessem a salvo do Ultramar, pegavam no andor. Até havia ‘zangas’, porque era mais a oferta que a procura”, frisou. Mas, mudam-se os tempos e as vontades também se modificam. “Agora, os 16 homens que são precisos para carregar o andor são pagos”, conta, no alto

dos seus 36 anos de experiência na preparação dos andores que dão muito que falar pelo País. Apesar de não serem únicos em Portugal, os andores da procissão da Senhora das Dores, na Trofa, atraem milhares de forasteiros, todos os anos, pela quantidade. Dez estruturas representam as aldeias da freguesia de S. Martinho de Bougado e levam consigo um santo a quem a população reza para que tudo corra bem. João Silva, juntamente com o irmão e o filho, desdobram-se em esforços para preparar o andor, sem esquecer a atividade profissional na Agência Funerária Trofense. Para “não sobrecarregar” as pessoas, João Silva decidiu começar a trabalhar mais cedo uma semana e a estratégia “deu resultado”. Esta segunda-feira, no salão paroquial, já os andores estavam prontos. Valeu

a pena o trabalho manual durante 12 dias, das nove da manhã às nove da noite. “Os colegas dizem que a carcaça é bonita, por isso, quando assim é ficamos cada vez mais satisfeitos com aquilo que estamos a fazer”, referiu. Apesar de já estar ligado à armação dos andores há 36 anos e do trabalho que envolve a sua preparação, João Silva não se vê a abandonar esta tarefa: “É paixão que nós sentimos. Parece que a nossa vida não é igual sem isto”. Azul e branco são as cores do andor de Nossa Senhora das Dores, que todos os anos é preparado com material “renovado”. As partes douradas “são arranjadas” e “o que não presta deitase fora”, mas há objetos que começam a escassear, como as estrelas com espelho presentes um pouco por todos os andores, feitas a partir de uma “obra de palheta” que já não existe, que também leva lantejoulas e veludo. Uma das que enfeitam um dos andores marca 1965 na parte traseira, evidenciando a antiguidade do material. “Agora não existe disto. E se houver, são pessoas com mais de 70 anos que as fazem”, sublinhou. Para enfeitar os andores de Valdeirigo, Esprela, Finzes e Paranho foram necessários “11 quilos e 200 gramas de alfinetes” e foi gasto perto de um quilómetro de tecido. João Silva já passou por sete andores, entre eles Valdeirigo, Esprela, Finzes, Abelheira, Mosteirô e S. Martinho, e está responsável pelo da Senhora das Dores (do Paranho) há cerca de três décadas: “Este andor é muito imponente. Não é habitual e tem uma carcaça muito bem preparada. É de uma arquitetura fabulosa”, afiançou. Depois de preparados, os andores aguardam pelo dia da procissão, em que são montados para ganharem a imponência característica. Em média, cada

João Silva prepara o andor de Nª Srª das Dores há cerca de 30 anos

andor tem 13 metros de altura, o que faz com que João Silva reze à Senhora das Dores para que nenhum percalço aconteça. “Se temos o azar de nos cair um andor em plena procissão, o pânico toma conta de toda a gente e é uma desgraça, uma catástrofe autêntica. Nem quero pensar nisso. A Nossa Senhora das Dores que nos ajude e nos valha”, vaticinou João Silva, relembrando um episódio que se passou na década de 80, com o andor da Gandra: “No dia da procissão começou a chover muito e, coitados dos homens, eles já estavam tão cansados, porque este andor pesa 650 quilos e ainda tinha o cetim encharcado, que, perto da igreja matriz, em vez de o pousar, atiraram-no”. Mas esta não foi a única vez que a meteorologia fez das suas: “Noutra situação, estávamos a acabar de fazer o andor, que estava encostado à igreja, veio uma rabanada de vento que fez com que o andor caísse na linha de comboio. Partiu-se todo”. Para além da atual dificuldade em encontrar quem carregue os andores durante a procissão, mesmo com a mais-valia de se-

rem transportados através de carrinhos com rodas, a população das aldeias da freguesia têm tido dificuldade em prepará-los, dados os gastos que comportam: “São precisos cerca de 2500 a três mil euros para cada andor. Há aldeias pequenas que veemse e desejam-se para arranjar dinheiro. É uma situação sobre a qual ainda não pensamos a sério, mas vai acontecer. Eu temo que daqui a uns anos, em vez de serem dez andores, sejam quatro ou cinco. Terá de haver um fundo de maneio ou qualquer coisa do género para continuarmos com esta tradição. E, depois, são quase sempre as mesmas pessoas. Gostaria que os jovens se envolvessem e sendo muito bem encaminhados vão lá, mas não tem acontecido ou porque não sabem ou não querem ou não gostam”, lamenta. A procissão de Nossa Senhora das Dores é um dos pontos altos da festa e promete encher as ruas do centro da cidade e o recinto da Capela com milhares de pessoas. Está agendada para as 17 horas de domingo e sai da igreja matriz de S. Martinho de Bougado.


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16 de agosto de 2012

Deolinda: um fado alegre Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Deolinda é cabeça de cartaz das festas de Nossa Senhora das Dores. Grupo atua na noitada de sexta-feira, num concerto composto por músicas dos dois álbuns, “Canção ao Lado” e “Dois selos e um carimbo”. Dizem que o fado tem uma “longa série de clichés” e fazem questão de os quebrar. A música dos Deolinda é fado, mas sem a guitarra portuguesa, sem uma música sisuda ou triste, sem roupas pretas e com dança. A “receita” de Ana Bacalhau, Pedro da Silva Martins, Zé Pedro Leitão e Luís José Martins vingou e prova disso é o respeito que o grupo já alcançou não só dentro de portas, mas também no estrangeiro. A música dos Deolinda vai desde a tradicional por-

tuguesa à rembetika grega, música ranchera mexicana, samba música havaiana, jazz e pop. Uma mistura difícil de conjugar, mas conseguida por este grupo, que vai animar a noitada desta sexta-feira, 17 de agosto, nas festas de Nossa Senhora das Dores. O NT falou com Zé Pedro Leitão, que tem à sua responsabilidade o contrabaixo, para perceber o que o público da Trofa pode esperar do concerto. O Notícias da Trofa (NT): Vocês atuam na Trofa depois de concertos pelo estrangeiro. Como se sentem ao voltar a atuar para o público português? Zé Pedro Leitão (ZPL): É sempre uma ótima sensação voltar a casa e podermos tocar para o público português. São concertos intensos, em que o público consegue usufruir não só da música, mas também da letra e da

Deolinda atuam esta sexta-feira à noite

história de cada canção. NT: Quais as expectativas que têm relativamente ao público da Trofa? ZPL: Já tocámos muitas vezes muito próximos da Trofa e sempre fomos muito bem recebidos. Esperamos ser muito bem recebidos. Acima de tudo, uma noite de concerto é uma noite de partilha com o público. NT: O que é que o público pode esperar dos Deolinda? ZPL: Pode esperar uma grande entrega nossa e músicas dos nossos dois discos. As canções ao vivo ganham outra dimensão, pois a participação do público influencia a nossa forma de tocar e a energia que colocamos na nossa interpretação das músicas.

Grupo tem atuado um pouco por todo o mundo

NT: Quais as diferenças de atuar para um público em festas populares, como na Trofa, e em grandes auditórios? ZPL: Em festas populares, ao ar livre, geralmente o nosso concerto é mais enérgico porque um concerto ao ar livre não permite a intimidade que um auditório permite. São concertos que gostamos muito de fazer porque a

partilha com o público é muito grande e porque através das festas populares podemos conhecer um bocadinho mais as pessoas, a cultura e o local onde tocamos. NT: Como foram recebidos no estrangeiro? ZPL: Temos sido muito bem recebidos no estrangeiro. Já tocámos em mais de 25 países, em quatro continentes e apesar de todas as diferenças culturais e de comportamento das pessoas temos tido sempre públicos atentos e interessados em conhecer nova música. NT: As atuações no estrangeiro contribuíram para uma nova aprendizagem para a vossa performance? ZPL: Cada vez que tocamos para um público novo estamos a conquistar esse público e para nós é muito bom ver no final que foram a pouco e pouco entrando dentro do nosso espetáculo e que acabamos no final, público e banda, como um só. Tocar para público que não percebe a nossa língua faz-nos também ver que a música é universal e ultrapassa qualquer barreira linguística.

NT: Depois da Trofa e ilha da Madeira, voltam a viajar. Esta é uma prova que a música portuguesa pode chegar longe? ZPL: A música portuguesa pode e chega longe. Em setembro, vamos voltar aos Estados Unidos para uma nova tour de dez concertos. Só este ano, já tocámos em Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Escócia, Eslovénia, Macau e cada vez mais nos cruzamos com bandas e artistas portugueses dos mais variados géneros musicais que andam também pelo mundo a espalhar a sua música e a nossa cultura. NT: Seis anos depois, consideram que o “fado” dos Deolinda tem uma palavra a dizer no panorama musical? ZPL: Fazemos a música que gostamos e temos a felicidade de ter muita gente a ouvir-nos. Apresentamos a nossa visão da música popular portuguesa e sem dúvida que esta nova geração onde nos incluímos tem muitas palavras a dizer no panorama musical.


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16 de agosto de 2012

Bombeiros da Trofa salvam cão que caiu num poço Patrícia Pereira Hermano Martins

A Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros Voluntários da Trofa salvou um cão, que tinha caído num poço, na manhã de sexta-feira, dia 10, no lugar de Trinaterra, em S. Mamede do Coronado. “Serviu-me de exemplo”. Estas são as palavras de Manuel Leite, dono do Luxer, o cão que caiu num poço e acabou resgatado pela Equipa de Intervenção Permanente (EIP) dos Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT). O acidente aconteceu pelas 9 horas de sexta-feira, quando o proprietário estava a “substituir a bomba do poço” de sua casa, que fica situada na Rua da Liberdade, no lugar de Trinaterra, em S. Mamede do Coronado. De forma a poder “medir a água do poço”, Manuel Leite destapou-o e ausentou-se por

segundos. Durante a ausência do dono, o cão, que “vê mal” passou naquela altura e não se apercebeu do buraco, acabando por cair de uma altura de 14 metros. O dono ainda atirou uma cesta com uma corda para tentar resgatar o animal, que nadava à superfície da água, que tinha dois metros de profundidade, mas, sem êxito. Resolveu então ligar para os BVT a pedir socorro. Depois de chegar ao local, a EIP montou o “material de resgate” e um soldado da paz, desceu para resgatar o animal. A operação de salvamento durou cerca de dez minutos e foi um sucesso. “À nossa chegada vimos que o cão se encontrava vivo. Quando o bombeiro chegou perto dele, este estava calmo e apoiado no cesto (que tinha sido lançado pelo dono minutos antes). Foi retirado com vida e entregue à senhora da casa”, asseverou Joaquim Mendes, chefe da EIP.

Soldados da paz estavam contentes pelo resgate do animal

Os elementos da Equipa de Intervenção estavam “contentes, por terem feito o resgate do animal ainda com vida”. Uma situação “muito gratificante” para a equipa, mas “também para toda a corporação”. O salvamento do Luxer, mostrou que os Bombeiros da Trofa “também têm homens especializados para este tipo de operações”, sublinhou. Esta situação “serviu de exemplo” para Manuel Leite, pois, em vez de um cão, poderia ter caído uma criança ou até mesmo um adulto. Apesar de este tipo de salvamentos ser “raro” no concelho da Trofa, os elementos da EIP treinam, todos os dias, os diversos cenários de ocorrências que possam, eventualmente, requerer a EIP. É graças a esse treino, que foi possível fazer “um trabalho eficaz e com rapidez” no salvamento deste amigo de quatro patas.


Carro cai em campo de milho

Condutor saiu ileso do acidente

Uma viatura circulava na Rua 1º de Maio em direção ao Bicho, em Guidões, quando o condutor terá perdido o controlo do veículo, acabando por cair num campo de milho. Para o local, os Bombeiros Voluntários da Trofa deslocaram uma ambulância de socorro com três bombeiros e

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um veículo desencarcerador com cinco elementos. O homem foi socorrido no local, tendo recusado ser transportado para uma unidade hospitalar. O condutor saiu ileso do acidente, que ocorreu pelas 2 horas da madrugada de domingo, 12 de agosto. P.P.

Dois feridos em colisão frontal Dois feridos foram transportados para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave, depois de uma colisão frontal. Uma colisão frontal entre dois veículos ligeiros na madrugada de terça-feira, dia 14 de agosto, na Rua das Indústrias, na Estrada Nacional 14, em Santiago de Bougado provocou dois feridos. Do acidente, que ocorreu pelas 6 horas da madrugada, resultaram dois feridos, que foram transportados por quatro elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa, para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar Médio Ave. No local estive-

Acidente ocorreu na Rua das Indústrias

ram duas ambulância de socorro. As más condições atmosféricas que se faziam sentir na altu-

ra deverão estar na origem deste sinistro.

Homem ferido em explosão Uma tarde de trabalho no campo quase acabou em tragédia para um homem de 44 anos de idade. A vítima estaria a realizar trabalhos agrícolas, num campo na Rua Souto de Santa Bárbara, na freguesia de Guidões, cerca das 15.30 horas, quando

uma bomba de fogo de artifício terá rebentado, ferindo o homem nos olhos e no abdómen. De acordo com populares o fogo de artifício de S. João Batista é, normalmente, lançado de um campo próximo, pelo que se presume que se tratasse de um enge-

nho pirotécnico, que não explodiu durante as festas. A vítima foi assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa e pela equipa médica do INEM de Vila Nova de Famalicão e foi transportada para o Hospital de S João no Porto. H.M.

Polícia

Roubo por esticão em S. Martinho Na manhã de quinta-feira, dia 9 de agosto, uma mulher foi abordada por um indivíduo em S. Martinho de Bougado, que lhe roubou a carteira com todos os documentos e cerca de cem euros em dinheiro. Uma mulher foi abordada por um indivíduo, que se fazia deslocar num ciclomotor, na Rua João Paulo II, em S. Martinho de Bougado, que lhe roubou a carteira com todos os documentos e cerca de cem euros em dinheiro. Tudo terá acontecido na ma-

nhã de quinta-feira, quando a senhora se encontrava no passeio na Rua João Paulo II. A vítima foi abordada por um indivíduo, com cerca de 30 anos, que a terá intimidado e ameaçado com uma arma branca. Depois roubou-lhe a carteira com todos os documentos e cerca de cem euros em dinheiro. O assaltante, que agiu sozinho, além do capacete tinha ainda um gorro que só deixava ver os olhos. O caso está entregue à Guarda Nacional Republicana da Trofa.

Jovem detido por conduzir alcoolizado Um indivíduo, com cerca de 20 anos, conduzia um veículo ligeiro pelas ruas de Alvarelhos, quando foi intercetado pelos militares da Guarda Nacional Republicana da Trofa, no dia 13 de agosto, cerca das 23 horas. O jovem foi sujeito ao teste de alcoolemia, tendo como resultado de 1,3 gramas de álcool por litro de sangue. O condutor foi detido e notificado pela GNR para comparecer, na manhã de terçafeira, no tribunal. No entanto, o jovem não apareceu. P.P.


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350 mamedenses participam em passeio

Câmara de Santo Tirso contesta avaliação de Fundação Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

A Câmara Municipal de Santo Tirso contestou a avaliação feita à Fundação de Santo Thyrso e promete combater extinção da mesma nos tribunais.

Chuva obrigou Junta a encontrar local abrigado para realização do convívio Patrícia Pereira Hermano Martins

A Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado organizou a terceira edição do Passeio dos Seniores, que decorreu, na terça-feira, dia 14, em Braga. Cerca de 350 seniores não deixaram de marcar presença. Depois de terem visitado S. Pedro do Sul e Vila Nova de Cerveira, este ano, a Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado organizou a terceira edição do Passeio dos Seniores, que tinha como destino o Bom Jesus e o Sameiro, em Braga. Cerca de 350 seniores aceitaram o desafio da autarquia e partiram, na manhã de terça-feira, em seis autocarros, com destino ao Mosteiro do Bom Jesus, onde o pároco Rui Alves celebrou, pelas 11.30 horas, uma eucaristia “só para a comunidade mamedense”. No final da cerimónia religiosa estava marcado um almoço no Bom Jesus e, posteriormente, um lanche no Sameiro, com a atuação do Rancho Divino Espiríto Santo, que também acompanhou o grupo na visita. No entanto, a chuva não deu tréguas e foi necessário pensar-se numa solução. “Em alternativa, e depois do contacto com a Câmara Municipal de Braga, esta cedeu-nos o Parque de Exposições

de Braga (PEB)”, referiu José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia. Depois de encontrada a solução, os autocarros transportaram as pessoas para o PEB, onde almoçaram. Alguns optaram por almoçar em restaurantes. A animação durou o resto do dia, com a atuação do grupo folclórico no auditório do PEB, onde os seniores deram um pezinho de dança. Esta já é uma iniciativa que a Junta de Freguesia tem desenvolvido ao longo dos anos, mas, nestes últimos três, o executivo liderado por José Ferreira decidiu “limitar” o passeio para “os moradores e recenseado da freguesia com mais de 60 anos”, em vez dos 55 anos, já que o objetivo deste passeio é proporcionar um dia de convívio “à população mais idosa”. “É uma população que está em risco de isolamento e muitas delas não têm oportunidade, já com esta idade, de conviverem com pessoas da mesma faixa etária, porque passam muito tempo sós. E uma vez por ano, a Junta realiza esta iniciativa, com o objetivo de proporcionar um convívio entre esta faixa etária da nossa população”, frisou. Além do padre Rui Alves e do Rancho Divino Espírito Santo, também Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, e Teresa Fernandes, vereadora, acompanharam o grupo na visita a Braga.

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Considerando a avaliação feita à Fundação de Santo Thyrso “insuficiente e errada”, a Câmara Municipal de Santo Tirso contestou-a na sexta-feira, dia 10, estando ainda disposta a “ir para os tribunais” impedir o seu encerramento. Relativamente ao processo de avaliação das fundações, o presidente da autarquia, Castro Fernandes, afirmou em declarações à agência lusa, que “isto são sound bites da administração que quer arranjar bodes expiatórios para os seus próprios erros”, esperando que o Governo “vá ver onde estão os verdadeiros problemas financeiros em Portugal e não vá buscar problemas às fundações”. Castro Fernandes pretende ainda questionar a Associação Nacional de Municípios sobre este assunto, frisando estar disponível a recorrer aos tribunais, caso o Governo continue com a intenção de extinguir a fundação. “Eu não tenho qualquer problema em recorrer aos tribunais contra o Estado, que é aliás um direito que assiste em qualquer país livre, o de contestar as más decisões do Estado. Por isso eu irei nem que seja até ao Tribunal Constitucional”, referiu. Os serviços jurídicos da autarquia já enviaram à Secretaria de Estado da Administração Pública uma contestação da análise, feita pelo Grupo de Trabalho para Avaliação das Fundações, apontando-lhe erros e contestando algumas das suas conclusões. Um dos argumentos é o facto de que, ao contrário do que afirmou o grupo de avaliação, a Fundação não tem “qualquer dependência do financiamento público”, sendo que, “o único apoio público recebido no período consistiu numa comparticipação, através do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação), ao investimento efetuado em 2008”. Além disso, a autarquia também contesta a ideia de que existem entidades no setor público, que desenvolvem

atividades congéneres ou afins, como sustentou o grupo de avaliação, afirmando que as suas funções “extravasam claramente as atribuições dos municípios”. O autarca critica a sugestão de passar a fundação para a Associação Comercial e Industrial do concelho, pois esta além de não ser parceira do projeto, não conhece as “atividades, competências e experiência que, nesta matéria, permitam substituir” as da fundação. Na contestação enviada é corrigido outro fator depreciativo, onde esclarece que os órgãos da administração são nomeados pelo município, considerando a “extinção ineficaz em relação à Fundação e aos fundadores particulares, pois são partes interessadas e não foram ouvidas”. Caso algumas das contestações realizadas pelos serviços jurídicos sejam aceites, a pontuação da Fundação de Santo Thyrso ultrapassaria os 50 por cento, valor abaixo do qual o Governo reclama a extinção do organismo. “As contas feitas pelo grupo estão muito próximas dos 50 por cento e até parece que arranjaram um modelo para nós ficarmos abaixo e assim sermos extintos”, sugeriu. A Fundação Santo Thirso foi criada para gerir o antigo espaço da Fábrica do Teles, situada no centro da cidade, com o intuito de servir de incubadora de empresas de base tecnológica, estando a funcionar, no momento 14 estruturas. O autarca recorda que a autarquia não tem qualquer empresa municipal e, por essa razão, decidiu “constituir a fundação porque era o único tipo de organismo, na altura, que se podia candidatar aos fundos comunitários do programa PRIME (Primeira Empresa Inovadora)”. Castro Fernandes considera que com estas medidas o Governo está a “atacar a autonomia do poder local”, considerando que o fim da fundação representaria o interromper de “um processo evolutivo que visa arranjar empresas de base tecnológica, indústrias criativas, gerar riqueza, gerar emprego, ou seja, resolver problemas que Santo Tirso tem”. Em outubro, a autarquia pretendia apresentar um projeto de criação de um quarteirão cultural e industrial, que envolve esta fundação.


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De 30 de agosto a 2 de setembro

S. Mamede ConVida anima Largo do Divino Espírito Santo Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

A segunda edição do S. Mamede ConVida promete animar o Largo do Espírito Santo. Junta de Freguesia vai homenagear escultor mamedense no certame. De 30 de agosto a 2 de setembro, o Largo do Divino Espírito Santo, em S. Mamede do Coronado, enche-se com as forças vivas da freguesia para mostrar o que de melhor se faz ali ao nível do artesanato, associativismo, juventude e restaurantes. A iniciativa “S. Mamede ConVida” conta com um orçamento equivalente ao da primeira edição, “cerca de 4900 euros”, que foi possível angariar, em grande parte, pelo voluntarismo dos mamedenses que participaram no Banco Local Voluntariado (BLV). Este projeto nasceu sob a batuta da Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado, que cedo percebeu que as receitas não chegariam para a realização deste evento. Com o BLV e o trabalho dos mamedenses, foi

possível realizar diversas atividades de angariação de fundos, que tiveram sucesso. “Foi uma ajuda preciosa para a realização deste evento, porque se assim não fosse, a Junta de Freguesia por si só comprometia o financiamento, porque é uma iniciativa que não é barata, a maior despesa é o aluguer dos stands e os apoios são cada vez menores. Foi um projeto muito bem sucedido, que mobilizou muita gente e tornou possível a realização do S. Mamede ConVida”, explicou José Ferreira, presidente do executivo mamedense. A concretização do objetivo deu longo prazo de vida ao BLV, adiantou o autarca, que anunciou que “há já outros projetos na calha”. Quanto ao “S. Mamede ConVida”, cerca de 25 stands vão ser montados no Largo do Divino Espírito Santo para receber “os artesãos, as associações e os restaurantes” da freguesia. Estes vão explorar duas tasquinhas, enquanto a terceira será da responsabilidade da “Liga de Amigos do Centro Social de S. Mamede do Coronado” que, a partir daí, Largo Espírito Santo acolhe certame pelo segundo ano

vai tentar “angariar fundos”, divulgou José Ferreira. O Grupo Paroquial Jovens Unidos, a Associação de Protecção do Vale do Coronado, a Juventude em Força, o grupo de vicentinos da freguesia e o Smed Fest são as associações e estruturas que estarão presentes no certame, que também vai ficar marcado pela homenagem a Alberto Carneiro, escultor da freguesia. Quanto à animação, na quinta-feira (30 de agosto), o certame terá uma noite tradicional com uma encenação de uma desfolhada à antiga portuguesa, com o Rancho do Divino Espírito Santo e o Ran-

cho de S. Pedro de Avioso (Maia). No dia seguinte, subirão ao palco artistas da freguesia, como Júnior Jackson e Pedro Carvalho, e dança de rua. No domingo à tarde, o S. Mamede ConVida contará com a festa de uma rádio local. À noite, um grupo cultural de Silva Escura (Maia), com crianças a fazer imitações, promete animar o recinto. “Convido toda a comunidade de S. Mamede do Coronado a participar neste evento de promoção da freguesia. É sempre importante, porque estas iniciativas são feitas para a população”, referiu o presidente da Junta de Freguesia.


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Desporto 17

Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

A cidade da Trofa é palco da chegada da 2ª etapa da Volta a Portugal, na sexta-feira, 17 de agosto. Ciclistas vão passar em S. Romão do Coronado, Covelas e S. Martinho de Bougado por duas vezes na mesma etapa. É já na próxima sexta-feira, 17 de agosto, que os 149 ciclistas chegam à Trofa onde vão discutir a segunda etapa da Volta a Portugal em bicicleta, que decorre entre os dias 15 e 26 de agosto. A zona envolvente à Estação da CP foi o palco escolhido pela organização para receber a chegada da segunda etapa da Volta, que parte de Oliveira do Bairro e chega à Trofa numa distância de 190.7

quilómetros. Segundo a organização, e dadas as características da etapa, poderá acontecer a primeira discussão ao sprint. A “grande novidade” deste ano é que a Volta vai passar “em várias freguesias do concelho”, o que, segundo Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, demonstra a “importância que colocámos na promoção do concelho como um todo”. Esta etapa da Volta a Portugal em Bicicleta entra no concelho da Trofa pela EN318, em S. Romão do Coronado, seguindo em direção a Covelas pela E.M.556-2. Continua pela Rua da Liberdade, passando pela Rua Santa Bárbara em direção ao Parque Dr. Lima Carneiro, onde entra na E.N.104 em direção à Rotunda do Ciclo, virando à direita em direção à Estação da CP. Vai à Rotunda de Paradela volta à Avenida da Estação, en-

arquivo

Sexta-feira há Volta na Trofa

2ª etapa da Volta vai passar em S. Romão do Coronado, Covelas e S. Martinho

tra na EN 104 em direção a Santo Tirso e repete novamente o circuito entre S. Romão do Coronado e a Estação da CP da Trofa. O concelho trofense estará uma vez mais representado na edição deste ano da Volta a Portugal pelo ciclista trofense Daniel Silva, da equipa Onda-Boavista. Segundo a presidente da autarquia, a Volta a Portugal, considerada “um dos maiores eventos desportivos do País”, é um “fenómeno ímpar de popularidade”, pelo que a aposta do município em trazêla revestiu-se de “uma componente marcadamente estratégica”, uma vez que é importante para “a economia e turismo do concelho”. Paralelamente à chegada da segunda etapa da Volta a Portugal em Bicicleta, o concelho recebe, o programa da RTP1, Há Volta, que se realiza em direto no Parque Nossa Senhora das Dores, com início pelas 14.45 horas. “Mediante um reduzido valor de investimento conseguimos projetar o nosso concelho, não só em Portugal mas em todo o mundo. Vejam-se as inúmeras re-

Gastronomia em destaque na Volta

nt ferias

A gastronomia vai marcar presença na Volta a Portugal em Bicicleta com o Leitão do Restaurante Flor do Ave, os doces da Confeitaria Castêlo e do Grão d’Aroma entre muitas iguarias de outras empresas que a Trofa tem para dar a provar aos milhares de visitantes esperados para a próxima sexta-feira, no concelho.

portagens televisivas, mas também do programa Há Volta, no decurso do qual teremos a possibilidade de dar a conhecer algumas das facetas do concelho: da música à gastronomia, passando por projetos pioneiros como o Orçamento Participativo Jovem até às sugestões de lazer e cultura”, asseverou, frisando que, uma vez mais, “a Trofa entra no roteiro de verão dos portugueses”. Se havia dúvidas em relação à potencialidade da associação do município da Trofa à Volta a Portugal, para Joana Lima essas já deviam estar dissipadas, devido “ao enorme sucesso” do início da etapa do ano passado, que contou com “milhares de pessoas, que afluíram ao nosso concelho e, naquele dia, se renderam definitivamente às potencialidades para o comércio, para o turismo e para a promoção cultural e desportiva que esta prova encerra para os locais onde passa anualmente”. A autarca reconhece o empenho de todas as personalidades e empresas que se associaram à Câmara da Trofa na organização e promoção deste eventos, nomeadamente às empresas que contribuem para o sucesso desta prova desportiva. Esta iniciativa que está integrada na Requalificação Urbana dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro abrangida pela Candidatura ao Programa de Ação (PRU/2/2008) – Grandes Centros” no âmbito do instrumento de Política “Parcerias e Regeneração Urbana”, inscrito no Eixo IV – Qualificação do Sistema Urbano do Programa Operacional Regional do Norte, comparticipada por Fundos Comunitários através do ON2.


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Ciclista trofense espera melhorar classificação Cátia Veloso Hermano Martins

Para além de estar nas bocas do mundo na sexta-feira, o concelho da Trofa terá um representante no pelotão: Daniel Silva vai tentar melhorar a classificação do ano passado. “Espero com expectativa a chegada desse dia”. Foi desta forma que Daniel Silva se pronunciou relativamente a uma das novidades da Volta a Portugal: a chegada à Trofa, na segunda etapa da competição. O ciclista trofense, que veste a camisola da Onda-Boavista, também é o embaixador do concelho no pelotão. Na terceira “Volta” da carreira, o atleta, que é um dos trunfos da equipa portuense, quer melhorar a classificação do ano passado, o 10º lugar. Esse será “o ponto de referência” de Daniel Silva que, juntamente com outros colegas, fez o reconhecimento da última fase do percurso da etapa que ligará Oliveira do Bairro à Trofa, na manhã de sexta-feira, 10 de agosto. Coletivamente, explicou, a Onda-Boavista “não tem nenhum líder definido”. “Vamos com uma equipa mais aberta e há três ci-

Daniel Silva (2º à direita) espera melhorar o 10º lugar obtido o ano passado

clistas que podem fazer um bom lugar: eu, o João Cabreira e o José Gonçalves, que está em grande forma e é líder do ranking nacional. Qualquer um pode atacar a corrida e o que interessa é fazer o melhor lugar na classificação geral”, adiantou. Ter a oportunidade de chegar à Trofa numa etapa é um motivo de orgulho para o ciclista, que vai ter um apoio redobrado: “Terei aqui os meus familiares e colegas a apoiar-me. Já é habitual ter grupos de amigos que percorre várias etapas, como a Senhora da Graça e Serra da Estrela, mas aqui será o ponto alto”.

Daniel Silva não pode prometer uma vitória nesta etapa, já que o traçado está desenhado para que seja discutida ao sprint e não subida de montanha, que é a sua especialidade, não fosse ele um trepador nato. “A Trofa faz a sua estreia na Volta como chegada, que é o evento mais apetecível, é aquele que atrai mais atenções e traz mais público”, frisou. Apesar das alterações que o percurso global da Volta sofreu, como a supressão da chegada à Senhora da Assunção, em Santo Tirso, Daniel Silva elogiou o traçado. “Perde uma chegada

para trepadores, que podia fazer alguma diferença e ter impacto na classificação geral, mas ganha uma etapa em Oliveira do Hospital, que vai fazer grandes diferenças. Retiram de um lado, mas acrescentam noutro”, explicou. João Cabreira é um dos atletas mais experientes e uma das esperanças da Onda-Boavista. Tem acompanhado a evolução de Daniel Silva e acredita que o colega pode ter uma palavra a dizer na Volta: “O Daniel é um ciclista jovem, que tem crescido muito. Este ano evoluiu bastante no contrarrelógio, que é es-

sencial para quem quer discutir a Volta e é um ciclista que consegue estar com os da frente na alta montanha”. João Cabreira antevê uma competição difícil, com etapas a “rondar os 180 quilómetros, com muito calor e desgaste”. “Vai ser uma Volta com pequenas armadilhas, em que vamos ter que estar atentos para não sermos surpreendidos”, acrescentou. O atleta deixou um reparo ao percurso escolhido para a chegada à Trofa, pois considera que o concelho ficaria “muito mais bem servido se trouxessem a chegada pela (Estrada) Nacional 14” e “não corriam o risco de chegar ao fim e ouvir muitos ciclistas a criticar esta chegada que vem por uma estrada interior, onde a aproximação à meta se pode tornar perigosa e uma queda pode tirar um ciclista da Volta”. A Volta a Portugal começou esta quarta-feira, com um prólogo em Castelo Branco, e esta quinta-feira parte das Terras de Monfortinho em direção a Oliveira do Hospital. Na sexta-feira, cerca de 190 quilómetros separam Oliveira do Bairro à Trofa. Esta etapa é composta por três metas volantes, a última em território trofense, na freguesia de S. Romão do Coronado.

Jogos Olímpicos de Londres

Rui Pedro Silva não terminou maratona Portugal esteve representado nos Jogos Olímpicos em Londres pelo trofense Rui Pedro Silva. Apesar de o atleta não ter conseguido terminar a maratona, está contente por ter participado. “Ainda fui até cerca de 26 quilómetros, mas já não dava mais”. Foi desta forma que Rui Pedro Silva explicou a desistência da maratona dos Jogos Olímpicos de Londres, devido a “uma dor lombar”. Rui Pedro Silva participou, na manhã de domingo, nesta modalidade e esteve bem classificado nos primeiros quilómetros da prova, tendo estado no 26º lugar. No

entanto, a meio do percurso, o “problema físico” obrigou-o a abandonar a corrida, quando se encontrava na 80ª posição. “Não correu como eu gostaria, mas sei aquilo que treinei para chegar bem. Sei aquilo que sofri. Só que na maratona não se pode estar num dia menos bom. E ninguém mais do que eu queria que corresse bem, mas infelizmente não foi isso que aconteceu”, referiu. A “dor lombar” surgiu antes da meia maratona, obrigando-o a “reduzir o ritmo”, pois a “dor era muito forte”, o que o impediu de chegar ao fim. Terá sido nesta altura que o atleta teve uma que-

DR

Rui Pedro Silva desistiu a meio da prova

da abrupta na classificação, passando, em cerca de 20 minutos, de 34º a 87º lugar, segundo informações avançadas pela página oficial portuguesa da Missão Jogos Olímpicos Londres 2012. O atleta, natural de Santiago de Bougado, conseguiu o apuramento para as Olimpíadas em abril e tinha como objetivo ficar entre os 15 primeiros e terminar os 42 quilómetros e 195 metros de prova pelas ruas de Londres. No entanto, com a desistência, as expectativas que tinha em relação à prova saíram defraudadas, pois não conseguiu cumprir o objetivo, o que o deixou “muito triste”. Mesmo assim, Rui Pedro Silva estava feliz por ter participado nesta prova, pois “só os melhores do mundo é que estavam lá presentes e eu consegui marca para lá estar”. Neste momento, o atleta vai tirar uma semana de férias, para depois “começar a trabalhar para outro objetivo”. P.P.


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CARTÓRIO NOTARIAL de Lic. ANÍBAL CASTRO DA COSTA Rua Conselheiro Santos Viegas, Edifício Domus III, lojas 3 e 4, Vila Nova de Famalicão Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de hoje, lavrada de fls. 26 a fls. 27v.º, do livro de notas para “escrituras diversas” número 194-A, deste Cartório, Alfredo da Costa Faria, N.I.F. 157.564.959, e mulher, Maria da Conceição Gomes Amaral, N.I.F. 147.452.007, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Bougado (S. Martinho), concelho de Santo Tirso, e ela da freguesia de Ribeirão, concelho de Vila Nova de Famalicão, residentes na Rua Mosteiro Beneditino, n.º174, Bougado (S. Martinho), Trofa, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do PRÉDIO URBANO, composto por casa de habitação de rés-do-chão e andar, com a área coberta de cento e sessenta e dois metros quadrados, e quintal com a área de trezentos e cinquenta e oito vírgula cinquenta metros quadrados, sito na Rua Mosteiro Beneditino, lugar de Mosteirô, freguesia de S. Martinho de Bougado, concelho da Trofa, a confrontar do norte com Alfredo da Costa Faria, do sul com Caminho Público, do nascente com Montepio Geral, e do poente com Blandina da Costa Amorim, OMISSO na Conservatória do Registo Predial da Trofa, inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido sob o artigo 3.475, (desconhece-se qualquer artigo matricial anterior), com o valor patrimonial e o atribuído de DEZ MIL E DUZENTOS euros e QUINZE cêntimos. Pela Conservatória do Registo Predial competente foi certificado, pela certidão adiante arquivada, que este prédio pode ser o lá descrito sob o número três mil oitocentos e setenta e seis – São Martinho de Bougado, ou parte desse prédio, pelo que eles primeiros outorgantes, declaram que o prédio ora justificado não é aquele descrito no indicado número, nem parte dele, estando, portanto, por descrever. Que não são detentores de qualquer título formal que legitime o domínio do referido prédio, tendo adquirido o terreno onde foi edificada a referida habitação no ano de mil novecentos e oitenta e quatro, por compra verbal a Manuel Oliveira Faria, e mulher, Maria da Costa Amorim, residentes no lugar de Mosteirô, freguesia de S. Martinho de Bougado, concelho da Trofa, não chegando todavia a realizar-se a projectada escritura de compra e venda. Que, no entanto, desde aquela data da aquisição, têm usufruído em nome próprio o referido prédio, construindo-o, habitando-o, fazendo obras de conservação, colhendo os correspondentes frutos e rendimentos, pagando as respectivas contribuições e impostos, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém. Que a posse assim exercida e mantida durante mais de VINTE ANOS, lhes facultou a aquisição do direito de propriedade do dito prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de Registo Predial, uma vez que não é susceptível de ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial, esta forma de aquisição. ESTÁ CONFORME E CONFERE COM O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA. Vila Nova de Famalicão, oito de Agosto de dois mil e doze. O Notário (Lic. Aníbal Castro da Costa)

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CD Trofense

Trofense perde no arranque do campeonato Trofense perdeu 2-0 com o Desportivo das Aves na jornada inaugural da 2ª Liga. Para o primeiro jogo do campeonato da 2ª Liga, no terreno do Desportivo das Aves, Neca fez três alterações no onze do jogo anterior com o Tondela (derrota por 0-1), estreando Marco Gonçalves, na baliza, e o reforço Tiago Lopes na defesa. Já Edu tomou o lugar de Gabriel Viana. Depois da goleada sofrida no primeiro jogo para a Taça da Liga com a mesma equipa, o Trofense viajou a Vila das Aves com o objetivo de obter o primeiro triunfo da época. No entanto, o presságio de mais um resultado negativo não tardou a aparecer. Aos três minutos, numa jogada de ataque rápido, Leandro serviu Vasco Matos para o primeiro golo dos avenses. A reação do Trofense surgiu tarde e ineficaz, por culpa de Rui Faria que evitou o empate. Numa primeira parte sem grandes ideias, o Desportivo das Aves ainda reclamou uma grande penalidade por mão na bola de Tiago Lopes depois de um cabeceamento de Pedro Grosso, que o árbitro Hugo Miguel não assinalou. Para o intervalo, Neca tinha de pensar numa maneira de contrariar o rumo dos acontecimentos. E o sinal da conversa do treinador com a equipa surgiu aos 60 minutos, com um remate de

Gomis teve oportunidade de marcar golo

Paulinho que saiu centímetros ao lado da baliza de Rui Faria. Mais tarde, foi Gomis a tentar a sorte, mas o cabeceamento foi parar às mãos do guarda-redes do Aves. Já Paulinho voltou a tirar as medidas à baliza adversária depois de um mau alívio de Rui Faria, mas o remate saiu muito por cima. Já perto do final da partida, o Desportivo das Aves chegou ao 2-0, na sequência de um livre apontado por Vasco Matos e concluído por João Paulo, num lance onde o jogador avense puxa a camisola de Edu. No final do jogo, Neca lamentou a incapacidade da equipa para não aproveitar as oportunidades de golo que dispôs para chegar ao empate: “Entre o golo madrugador e o fim da primeira parte, o adversário não teve oportunidades de golo e nós tivemos uma. Na segunda parte, o Trofense criou as duas melhores situações

de golo, mas falhou na finalização, quer por Gomis quer por Paulinho, jogadores oriundos do futebol não profissional”. Já o técnico do Desportivo das Aves, José Vilaça, considerou que a equipa passou por momentos de “intranquilidade” na etapa complementar da partida, mas pediu compreensão aos adeptos: “O Aves tem uma equipa totalmente nova, que ainda está em construção. Do ano passado, da equipa base, só tínhamos um jogador em campo”, frisou. Desde a temporada 2009/ 2010, em que bateu o Carregado por 3-0, que o Trofense não vence no jogo inaugural do campeonato (perdeu 2-1 com o Gil Vicente em 2010/2011 e empatou a duas bolas com o Penafiel a época passada). Na próxima jornada, a equipa de Neca recebe o Portimonense, num jogo marcado para sábado, 18 de agosto, às 17 horas. C.V.

Trofense garante reforços O Clube Desportivo Trofense chegou a acordo, na quinta-feira dia 9, com o Estoril-Praia, SAD. Em cima da mesa discutia-se a cedência de contratos desportivos por parte do clube da Liga ZON Sagres ao Clube Desportivo Trofense para a temporada 2012/ 2013. Após negociações ficou acordada a cedência de Bernardo, jogador brasileiro de 20 anos, que usará a camisola nº 7, e de Leandro, fruto da formação, que fez parte do plantel que alcançou o título de Campeão Nacional na época anterior e que portará o número 29. Os jogadores estrearam-se a jogar pelo Trofense, no domingo, substituindo Paulinho e Rateira, respetivamente.

Outro dos setores que se encontrava desfalcado era o defensivo, mas que ficou oficialmente preenchido com a chegada de Tiago Lopes, ex-Tondela. O atleta assinou um contrato válido por uma temporada e usa o número 2 na camisola, tendo já jogado no domingo. Tiago Lopes também passou por Itália (Valle d’Aosta) e Sporting de Espinho. Para além destes reforços chega para a baliza o experiente, Marco Gonçalves, de 34 anos. O Clube Desportivo Trofense chegou a acordo, no dia 2 de agosto, com o guarda-redes que, na época passada, representou o Sporting de Espinho (2ª Divisão), trazendo consigo uma vasta experiência nas competições pro-

fissionais, um requisito importante num plantel ainda muito jovem como o do Trofense. É de referir que em 2001 Marco chegou ao Sporting de Braga com apenas 23 anos, com a equipa B como destino. As suas qualidades permitiram-lhe aspirar à equipa principal, tendo sido promovido na temporada 2001/2002, onde se manteve durante quatro épocas na “sombra” dos internacionais Quim e Paulo Santos. A sua vontade e ambição de jogar levou-o a tomar outro rumo, tendo assinado pelo Belenenses em 2006/2007, onde esteve duas temporadas. Marco Gonçalves atuou no segundo escalão, onde no Gil Vicente, na UD Oliveirense e no Arouca foi sempre titular. T.S.


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4 Dolentes cartas com destino à eternidade ao meu pai, António P. da Costa Reis < SEGUNDA CARTA > II

Contemplando o Universo: Apenas vejo uma grande janela pela qual a morte espreita a vida! Aqui me tens, de novo meu Pai, continuando aquele ameno diálogo contigo; interrompido, porque o correio “Notícias da Trofa” que teve a gentileza de prestar-se transmitir-te estas mensagens, suporta pouca carga de cada vez, o que é compreensível, porque conhecendo nós a sua boa vontade, também conhecemos as suas dificuldades. Sou sincero ao dizer-te que gostei desta limitação porque, sendo assim, ainda não concluirei esta aqui, mas sim nos próximos correios. Deste modo, são 30 dias que estivemos em pleno diálogo. O que não fizemos em 60 anos desde a tua partida à Eternidade, nem voltará a repetir-se jamais. Recordo de ti, meu Pai, uma tristeza profunda e constante, pena e sofrida resignação. Algumas vezes te vi chorar. Pode-se viver uma vida sem haver sorrido; mas ninguém será capaz de chegar ao fim sem ter alguma vez chorado... Lamentavas-te, porque cada dia, cada mês de cada ano, resultava, senão igual, pior que os anteriores! Tudo corria negativo nas mal amanhadas e administradas terras de que todos vivíamos naquela juventude, oito criancinhas carentes de prática e de recursos para as fazermos produzir! Da tua boca, eu apenas escutava como único protesto: “Deus assim o quis! Tudo seja pelo amor de Deus! Seja pelos nossos pecados”. Quais pecados? Não, meu Pai! Não houve tais pecados! Não, nunca existiu esse amor de Deus, contribuindo ao bem como à desordem, insensível à dor e ao mal.! Não houve ingerência de nenhum Ser Celestial! Sejamos mais autênticos, despidos de preconceitos e fantasia! Devias aceitar, como o aceito eu, que absolutamente ninguém conhece a origem, destino e fim do homem, que não seja a morte: “Para além da Eterna Noite dos Defuntos, nos está completa e absolutamente tudo vedado”! Aqui, na República da Colômbia, a nação mais católica da América Latina (mas também onde existe mais miséria e delinquência) porque em qualquer latitude, qualquer religião, qualquer época, o fanatismo, ópio religioso, sempre tiveram seu campo fértil no meio da pobreza física e espiritual, da opressão e ignorância! Disto estão conscientes, mesmo os que somente por conveniências e aparências discordam comigo! Como te dizia, meu Pai, em Colômbia – Armero, um desastre natural, provocado pelo vulcão Nevado del Ruiz, ocasionou a morte a 25mil pessoas, sepultando-as no lodo e lava vulcânica! Criancinhas inocentes, damas em estado de gravidez, velhos impotentes, crentes que ainda que sofrendo, rezavam e imploravam; mas todos foram esmagados atrozmente! Não foi um, um cento, nem um milhar; foram 25.000 infelizes! Outra Sodoma e Gomorra?!? Não digas agora também, meu pai, que tudo isso sucedeu por amor de Deus aos seus filhos; por sua imensa glória e misericórdia; que foi pelos pecados; que Deus assim o quis! Não, meu Pai: Tudo no mundo é apenas regido pela natureza, insensível à dor, que absolutamente nada conhece de sentimentalismos, e Deus não intervém para o bem nem para o mal “!?!” Desesperado, tu, meu Pai, pelos compromissos, pela fraca produção das terras, pelos revesses constantes, pelos teus oito jovens filhos carentes do mais elementar, por não poderes cumprir a palavra empenhada; muito te atormentavas, refugiando-te algumas vezes na bebida, como único calmante para mitigar a pena e vergonha; no cigarro, como único vício e que justificadamente te ajudava nas tormentosas noites de insónias! Mas eu, meu Pai, jamais pude censurar-te, porque a vida é incompreensivelmente traiçoeira, amarga, cheia de ciladas, armadilhas constantes! Todos, sem excepções, alguma vez falhámos, porque a caótica Entropia é uma constante na vida de todos e em todas as direcções! Eras tu mais crente que eu, meu Pai! Remodelaste as Alminhas junto à casa onde nascemos! Tinha sido já obra edificada pelo teu Pai, Manuel da Costa Reis. Sendo eu tão jovem e sem recursos, me pediste conseguir para elas uma luz eléctrica permanente, o que só anos depois de fechares os olhos pude cumprir o teu desejo: Com imensa satisfação, aquela luz alumiará para sempre a tua obra. (Valerá isso pelos nossos pecados?) Coloquei ali a luz permanente, e adecentei um pouco aquelas Alminhas que foram obra tua e do teu Pai; tudo fiz com a mais honrada e filial dedicação, com o meu dolente pensamento na vossa tão sofrida como efémera existência! Mas olhai, meu Avô, meu Pai, minha Mãe: “As boas ações também têm o seu castigo” porque tão insólito como injustamente, tantos anos mais tarde, logo me maltrataram a sensibilidade dos meus sentimentos, argumentando ali uma série de incorreções “!” Aí, nos Céus da Dimensão Desconhecida, seguramente tereis conhecimento, que recente restaurei, e assente numa nova base, recuperando assim o abandonado AntigoPedestal-sagrado que suportou as Velhas Alminhas de madeira desde 1840, e para não ficar tão desprovido, sobre ele coloquei a imagem do Cristo-Homem... Será isto também motivo de outra discórdia e pejorativo censura como a anterior?!? Sinceramente creio que vós aí nos Céus, meu Avô, meu Pai, minha Mãe, sabereis que tudo fiz com honradez, com as mais santas e sãs intenções, homenageando, perpetuando ali naquelas Alminhas a vossa muito grata memória...

Tu, meu Pai, mandaste imprimir os azulejos para aquele painel com alusivos frases, autoria tua! Te admiro, deveras! No entanto discordo plenamente! Um contra-senso é aquele ardente fogo do Infernal Purgatório que lá colocaste, “queimando amorosamente os infelizes filhos do Criador”! Filhos do braseiro que o é a mesma vida em si! “A ninguém pedimos para vir a este mundo, para que logo, e depois de tudo, se nos maltrate desse jeito”! A visão desses suplícios são traumas terroríficos, inaceitáveis, obscurantistas que confundem a mente das criancinhas, e não só, que essas fogueiras vejam; ou quem, desumano e desprovido de sentimentos, como alguns “clericais”, as mentalizam que o Pai Celestial, amanhã aí as queimará por anos ou eternamente! Mesmo que um só minuto fosse, seria impróprio de um Pai, quanto mais tratando-se da extrema bondade do Criador!!! Sem que pretenda para mim toda a razão, considero serem nefastos esses ensinamentos; nem sequer a só menção desses tormentos deveria ser permitida porque influenciam negativo. Pode e deve-se ensinar, educar, dar bons exemplos, sem necessariamente atemorizar, martirizar com abstrações, confundindo consciências inocentes! Simbolismos retrógrados inconcebíveis! Todos esses motivos alegóricos de suplícios, como cruzes, fogueiras da Inquisição, Purgatório, Inferno, santos mártires , como outros derivados que abundam, tudo isso deveria estar já ultrapassado; desde há muito deveriam ser banidos das religiões, nem sequer a sua menção, por ser um contra-senso que jamais pode ser comprovado nem aceite por uma mentalidade sã! Não meu Pai. Nunca, jamais poderei aceitar que alguém arde aí. Afirmem o que afirmem, pesa mais na balança da discórdia quem, como eu nega que, quem tais horrores confirma!Ou então Deus é o autor do bem e do mal?!? Talvez seguem por tradição o inventado por mentes enfermas e supersticiosas de épocas remotas obscurantistas, que se valiam da ignorância imperante, com propósitos atemorizantes, ou buscando, como hoje, algumas seitas religiosas efeitos lucrativos! Me resisto eu a aceitar esses lugares de suplício, indignos e faltos de lógica, e com isso estou certo de defender a digna bondade de quem quer tenha sido o Criador, ou a origem do homem. É certo que a Bíblia menciona o inferno, mas foi o homem quem a escreveu e ali colocou com fins atemorizantes. Ao afirmarem que ali seremos queimados eternamente, estão colocando em grave dúvida e contra-senso, que tenha o homem sido bem concebido e criado com amor. Estariam admitindo e confirmando que a mesma desastrosa entropia que sofremos na Terra, a suportaremos também nos céus, observando a confrontação de dois eternos rivais, como poderes políticos que se degladeiam na Eternidade, Divino e Diabólico, Deus e Satanás! “?!?” Sendo o Criador infalível e todo bondade, como assim creio, porquê desde o mesmo génesis tem vivido o homem um autêntico desastre? Quem criou o bem e o homem com amor foi também o Pai e Criador do mesmo Demónio, a quem logo autorizou a criação e administração dos Infernos, ficando os Purgatórios também Infernais no domínio dos Céus, para neles torturarem o homem, que foi a sua amorosa obra-prima! “Muita a gente que ignora desconhecendo o que crê”. (Descartes) Não, meu Pai. Não...O único purgatório-infernal que atormenta e sofre o homem está neste mundo. São os acicates do arrependimento na consciência pelo mal que tenhamos feito. Como também pelo bem que deveríamos ter praticado e não o fizemos. Sofre o homem unicamente pela sua miserável condição animalesca. Continua vendo no irmão a um inimigo. Coloca barreiras contra o irmão, contra tudo, contra o próximo, contra si mesmo! Uma barreira de ódios, impugnações, retaliações, contra seres que se querem ou quiseram, é um atentado contra a lógica. Barreiras, sim, para deter o mal, não barreiras para deter martirizando quem apenas o tenta prevenir... Desculpa, meu pai, esta confusão de ideias, pensamentos que mortificam, mas à nossa mente não lhe podemos nem devemos fechar a porta, porque o primeiro dever de um homem é pensar por si mesmo. A razão não é outra coisa que a análise do que se crê. Eu: “Eu apenas sei que nada sei” Comend. Eduardo Reis


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16 de agosto de 2012

Escola Life Combat com atividades desportivas A escola de kickboxing Life Combat está a apoiar o projeto TER Prevenção da Cruz Vermelha Portuguesa da delegação da Trofa, proporcionando atividades desportivas para os mais novos. A escola de kickboxing Life Combat dinamizou atividades desportivas para os mais novos, abrangidos pelo projeto TER (Trofa em Rede) Prevenção da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. A iniciativa, que decorreu na segunda-feira, dia 13, no auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, ajudou “as crianças a desenvolveram as suas competências na área do kickboxing, tendo aprendido novas técnicas

sempre com o apoio dos atletas da Life Combat que disponibilizaram material e tempo para iniciar estes jovens na modalidade”. Os mais novos tiveram ainda a oportunidade de aprender algumas técnicas de defesa pessoal, o que, na opinião de Nádia Barbosa, membro da escola de kickboxing, foi “uma das atividades que mais os atraiu”. As crianças “adoraram esta experiência” e manifestaram “desejo de continuar na modalidade”. Devido ao sucesso desta parceria, as associações “não pretendem parar por aqui e têm em mente novos projetos estando a aguardar o apoio de outras entidades do concelho para novas iniciativas”. P.P.

Escola de kickboxing ocupou tempos livres das crianças

Amarelo é novidade nos equipamentos do Trofense O Clube Desportivo Trofense conta com novos equipamentos para a época 2012/13. A novidade desta época são as cores utilizadas no equipamento alternativo: amarela, nas camisolas e

meias, e azul, nos calções. O equipamento principal dos jogadores continuará a ser o vermelho, nas camisolas, e o azul, nos calções e meias. Já o guarda-redes contará

com três equipamentos. O principal é de cor cinzenta, tanto nos calções como camisola e meias. O segundo alternativo é de cor branca e, o terceiro, é de cor preta. P.P.


22 Atualidade

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Descobrir Famalicão de uma forma “Bué” “Dentro de muito pouco tempo os jovens que estiverem de visita a Vila Nova de Famalicão podem descobrir os encantos e recantos da cidade minhota através de uma forma Bué”. Foi com esta mensagem que fonte da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão anunciou que a autarquia vai disponibilizar, gratuitamente, 15 Bicicletas Urbanas Ecológicas (Bué) para que os jovens famalicences ou que “estejam de visita à cidade”, com idade compreendidas entre os 16 e 35 anos, possam, de uma “forma agradável, saudável e ecológica”, conhecerem a cidade. As bicicletas estarão disponíveis, todos os dias entre as 9 e às 18 horas, na

sede da YUPI (Youth Union of People with Initiative) Famalicão, sedeada na Central de Camionagem, ou na Casa da Juventude, na Rua Barão da Trovisqueira. “As Bué pretendem ser um modo de locomoção para curtas distâncias, promovendo a mobilidade sustentável, a valorização do território, estilos de vida mais saudáveis, bem como novos hábitos de cidadania”, pode ler-se na proposta apresentada pelo executivo liderado por Armindo Costa, que obteve parecer unânime do coletivo autárquico. A proposta foi aprovada, na terça-feira, dia 14, em reunião do executivo municipal, onde ficou decidido “as normas de utilização das Bué”. P.P.

Necrologia S. Martinho de Bougado

Alberto Augusto da Silva Machado Faleceu no dia 8 de agosto, com 79 anos Casado com Maria Fernanda da Costa Ferreira Maria da Conceição Carvalho de Araújo Santos Faleceu no dia 12 de agosto, com 59 anos Casada com Fernando Pereira dos Santos Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

16 de agosto de 2012


Opinião 23

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16 de agosto de 2012

Correio do Leitor

Correio do Leitor

Mensagem do Padre Alberto Vieira

Negligência é inimiga da eficiência

Como a todos foi comunicado encontro-me em Portugal para um tempo de férias renovação das amizades e cuidados de saúde. Como o tempo passa e já estou a meio desejo dar-vos algumas informações, mesmo sabendo que corro o perigo de vos roubar algum do pouco tempo que dispondes neste agosto para renovação das forças de modo a enfrentar a vida com mais qualidade e esperança apoiados sempre na força do Senhor. Ao chegar ao aeroporto na saída e controle das malas fui interpelado pelo funcionário que disse: o Sr. Padre foi de férias a Moçambique? Não, disse-lhe eu. Venho a Portugal de férias. Estou a trabalhar em Moçambique há já 23 anos. Porém as férias, como sabeis, servem essencialmente para três coisas: renovar as amizades e criar novas; renovar a vida de fé; descansar e cuidar da saúde. São assim três os pontos que desejo partilhar convosco: 1 - Desde que cheguei tenho encontrado muitos de vós. De outros, pelo menos, tenho-vos por telefone. Agradeço a vossa amizade renovada e solidariedade com a Missão. Quem o deseje pode descarregar a reportagem da TVI do Oitavo dia, de 3 de junho, que é sobre a Missão onde vivo e trabalho em Ribaué, Nampula, Moçambique. Eis: http://www.tvi.iol.pt/programa/4460/videos/141837/video/ 13640874 Muito obrigado.

Nascido e criado nesta laboriosa terra, hoje chamada cidade da Trofa, tenho lutado ao longo de muitos anos, com os meus modestos recursos para o seu engrandecimento, como o bichinho do ouvido ainda não morreu, apesar da minha avançada idade, (já não faltam 3 para 90), ainda me sinto com coragem para pugnar pelo seu progresso, começando pelas pequenas carências que serão mais fáceis de realizar, como é lógico, e que surtirão benéficos efeitos - como a situação económica deste pais aconselha prudência em gastos supérfluos, não me atrevo a falar em obras de grande vulto. Por esta razão mais uma vez venho acordar o silêncio dos responsáveis autarcas, timoneiros desta cidade assim como de todo o concelho, que ponham em marcha algumas pequenas obras de grande impacto na senda do seu progresso, cuja concretização daria à nossa cidade um aspecto de modernidade dignificante. Exemplo: é necessidade imperiosa plantar árvores de grande porte no recinto da feira, bem como nas ruas contíguas à sua volta, além de enriquecer o seu embelezamento vai produzir efeitos benéficos ao meio ambiente, vítima da poluição causada pelo surto do progresso. Ainda mais, aquele mercado semanal fica totalmente empestado com plásticos e outros detritos poluentes que se espalham em larga escala, levados pelo vento, situação degradante que pode ser evitada com a seguinte solução: em viagens por vários países dos cinco continentes, constatei que em alguns dos quais tinham um processo prático e eficiente para se desembaraçarem dos detritos, deixando os mercados limpos após o seu encerramento, usando a seguinte prática: era distribuído aos utentes dos referidos mercados uns sacos de plástico preto com iniciais gravadas da edilidade organizadora, aonde era introduzido todos os referidos detritos que depois de bem acondicionados seriam transportados pelos carros do lixo que os conduziriam aos locais próprios. Este exemplo deveria ser posto em prática pelos responsáveis do destino da nossa cidade, que não quer perder o galardão honroso de civilizada.. Mais ainda: Para quando está prevista a ligação da rua Conde S. Bento até ao largo Costa Ferreira, que durante muito anos esteve cortada pela passagem da linha férrea, facto que existir em virtude da sua suspensão. Ruínas históricas: Junto ao edifício Costa Ferreira, actual rua Américo Moreira da Silva, existe uma casa em ruínas, abandonada, rodeada de silvas e outras ervas daninhas, onde prolifera ratos e ratazanas e mais bicharada, que pode ser nocivo à saúde pública, além do aspeto desolador que prejudica a imagem da nossa cidade; e ainda outro pardieiro nas mesmas condições junto à estação velha do C.F. O Município não terá meios para obrigar os seus proprietários a fazer limpeza condigna àqueles antros? ... Arranjem soluções para pôr cobro a tão degradante situação. Deixo aqui mais uma chamada de atenção: há um pequeno jardim em forma de triângulo, desprezado e abandonado com bancos de madeira em muito mau estado de conservação, com algumas árvores mal cuidadas, próximo da estação velha do C.F., mais concretamente em frente à sede da nossa Banda de Música. É uma necessidade premente corrigir estas anomalias para a protecção duma boa imagem da nossa cidade. Outros reparos: o vandalismo é uma praga difícil de destruir, mas temos que arranjar soluções para o combater; desde há muito que os bancos de recreio do parque da S. das Dores são destruídos por malfeitores em horas mortas da noite para lhe extorquir as partes de alumínio, vendendo-as a sucateiros pouco escrupulosos onde o egoísmo materialista domina os valores nobres da honestidade. Para grandes males grandes remédios: creio que a solução mais viável é fazer a sua subsituação por outros construídos com materiais sem valor comercial, exemplo: madeira, ferro ou outros que não façam cobiça aos marginais. Aqui fica gravada a esperança viva, à espera de tão ansiosas soluções. Oxalá que o grito da minha voz desperte silêncios adormecidos.

2 - Ao chegar tenho recebido também alegrias na vida espiritual testemunhando e celebrando alguns sacramentos, sobretudo a Eucaristia, e por isso alimentando a fé vossa e minha. É isso que espero continuar a viver durante o tempo que ainda me resta em Portugal antes do regresso à Missão. Mas permiti que assinale um acontecimento importante. Logo ao chegar a Portugal o Superior dos Combonianos pediu-me para presidir à Eucaristia da peregrinação Comboniana anual em Fátima. Foi o que aconteceu diante de alguns milhares de pessoas. Foi a primeira vez que celebrei e presidi à Eucaristia na Igreja da Santíssima Trindade. Quando em 2006 reparti em Missão também presidi à Eucaristia mas foi no Centro Paulo VI. Assim agradeço a Deus o dom que me concedeu bem como a muitos de vós que estiveram na peregrinação Comboniana. Obrigado. 3 - Mas o tempo de férias é também para cuidar e renovar a saúde. Quero informar-vos de que os problemas que tinha de saúde mantêm-se. No controle da próstata apareceram porém sinais, na vesícula, a merecer cuidados. Repetindo os exames viu-se que tinha, “uma pedreira” como dizia o médico. E uma pedra era demasiado grande. Descobrimos assim as razões porque em abril e maio tive grandes problemas em algumas visitas às comunidades que me deixaram muito debilitado. A solução era extrair a vesícula. Foi o que aconteceu no passado dia 6, segunda-feira, dia da Transfiguração do Senhor. Graças ao cuidado dedicado do pessoal de saúde e sobretudo ao cirurgião amigo de longa data, tudo correu muito bem. Obrigado a Deus, a eles e a todos vós. Não sei se estou transfigurado em Cristo mas espero, pelo menos, não ter desfigurado a graça de Deus em mim. Agradeço também neste ponto a preocupação de muitos de vós que desejavam ser informados antes da operação mas que, por opção pessoal, decidi nada comunicar para que nenhum de vós se preocupasse demasiado comigo. Entreguei-me nas mãos de Deus como diz o salmista: confia ao Senhor as tuas preocupações e Ele cuidará de ti. Agora já me encontro em franca recuperação. Tudo está a correr muito bem. Graças a Deus e a vós espero regressar a Moçambique dentro de um mês. Já chega, por hoje, de vos roubar tempo e paciência. Um abraço fraterno de amizade e gratidão do vosso irmão Alberto Vieira. Padre Alberto Vieira

M.R.Silva


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16 de agosto de 2012


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