3 de janeiro de 2013 N.º 404 ano 11 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Atualidade pág. 3
Homem perde vida num poço Assembleia Municipal págs. 4-7
Trofa aprovou Plano Diretor Municipal Bombeiros pág. 11
Incêndio intoxicou 4pessoas
Polícia pág. 3
Assaltaram com pistola e levaram ouro e galinhas
2 Atualidade
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Batida à raposa e caça à perdiz de salto O Clube de Caçadores da Trofa, em conjunto com a Zona de Caça Municipal do Vale do Leça, vai promover duas batidas às raposas. A primeira está marcada para o dia 6 de janeiro, domingo, com concentração junto ao supermercado Modelo, em Santiago de Bougado, pelas 8 horas. A segunda batida está agendada para o dia 10 de fevereiro, com concentração junto à
Igreja de S. Gonçalo, em Covelas, pelas 8 horas. As inscrições têm o valor de cinco euros e serão feitas no dia e no local da concentração. Os interessados devem levar “todos os documentos exigidos pela lei da caça”. Já para o dia 27 de janeiro está marcada uma caça à perdiz de salto em grupo até cinco caçadores. As inscrições podem ser feitas até ao dia 22 de janei-
Grupos trofenses cantam os Reis nas ruas da cidade A tradição das reisadas mantém-se na Trofa com um espetáculo pelas ruas do centro da cidade. No dia 6 de janeiro, a partir das 15.30 horas, alguns grupos do concelho vão interpretar cânticos de Natal e de Reis pelas principais artérias da cidade, terminando no Parque Nossa Senhora das Dores. Aí, voltam a cantar os temas que prepararam para este dia. O percurso de cada grupo está, assim, definido: o Rancho Folclórico da Trofa sairá da Rua 1º de maio (junto ao Trofa Shopping), o Rancho Enográfico de Santiago de Bougado sairá da Rua D. Pedro V (junto ao café Lord), o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado sairá da Rua Infante D. Henrique (junto à Trofáguas), o Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado sairá da Rua Abade Inácio Pimentel (Largo de S. Martinho), o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo sairá da Rua D. Pedro V (largo dos Bombeiros Voluntários da Trofa) e por fim o Grupo de Tradições de Cidai
sairá da Rua Poeta Guerra Junqueiro (frente à serração Jorge Dias). A autarquia pretende “levar as tradições até à população trofense”. “A cultura e as tradições vão até à rua onde mora, onde trabalha ou onde simplesmente passeia. Durante uma tarde as ruas da Trofa enchem-se de música e recordam as tradições do Reis”, referiu o executivo. Paralelamente, o concerto “O Natal na minha aldeia” regressa aos palcos, e depois de ter passado pela freguesia de Alvarelhos (16 de dezembro), estará no auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, no dia 5 de janeiro, sábado, pelas 18 horas. Pelo palco passará uma vez mais João Junqueira na voz, Carlos Carneiro na guitarra, Rui Mesquita ao piano, João Brito no violoncelo, Isabel Sousa, Ana Cristina e Ana Filipa nos violinos, João Monteiro e Rui Junqueira nos bandolins e ainda o coro ‘4 Elementos’.
ro de 2013, na sede do Clube de Caçadores (terças e sextas-feiras) e na Casa Cacitrofa. No ato da inscrição é exigido o pagamento de uma caução de 50 por cento. As taxas, com direito a almoço, estão escalonadas da seguinte forma: classe A (sócios do clube) 20 euros; classe B (não sócios do clube mas residentes no concelho) 35 euros; classe C
Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros
(não sócios do clube de fora do concelho) 40 euros; classe D (outros) 45 euros. O local da concentração é junto ao supermercado Modelo, em Santiago de Bougado, pelas 8 horas. Mais uma vez, para esta caçada, são exigidos “todos os documentos exigidos pela lei da caça e da entidade gestora (autorização especial e braçadeira)”. C.V.
Encontro de Cantares de Reis em Santiago O auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado vai receber o 7º Encontro de Cantares de Reis, no dia 5 de janeiro (sábado), pelas 21.30 horas. A iniciativa, promovida pelo Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado, conta com a participação do rancho anfi-
trião, do Grupo Folclórico de Santa Cristina do Couto (Santo Tirso), do Grupo Folclórico de Cantares e Danças “Os Camponenses de Navais” (Póvoa de Varzim) e do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Calendário (Vila Nova de Famalicão). C.V.
Desapareceu O Scooby desapareceu de casa, na aldeia da Maganha, em Santiago de Bougado, na noite de passagem de ano, poucos minutos depois da meia-noite. Foi visto a fugir em direção a Vila do Conde, mas ainda não foi encontrado. O Scooby é um Boxer e tem uma característica pouco habitual na raça e que o identifica mais facilmente: tem uma cauda extensa.
Alteração do preço do jornal Informamos os nossos leitores que, devido aos constantes aumentos das matérias primas e dos custos de distribuição, somos forçados, já a partir de janeiro de 2013, atualizar o preço unitário do jornal e da assinatura anual. Assim a assinatura anual tem um custo de 22,50 euros na versão papel para Portugal continental e 60 cêntimos o custo unitário do jornal.
Farmácias de Serviço A família proprietária do animal apela a que alguém que saiba do paradeiro do animal que a contacte através do número 916 020 823.
Na edição número 403 d’O Notícias da Trofa, no texto intitulado “Levou um pobre à Porta dos Sabores e ficou voluntária”, erradamente publicamos que as rabanadas foram oferecidas pela entrevistada, quando na realidade foram oferecidas pela colega de equipa Fátima Freixo.
E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo
Dia 5 15 horas: Encerramento do 50º aniversário da FNA, núcleo de S. Martinho de Bougado, no cemitério da freguesia 15 horas: Inauguração da Exposição “Palavras d’Olhar na Casa da Cultura da Trofa 21.30 horas: Encontro de Cantares de Reis, no auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado Dia 6 8 horas: Batida à Raposa, com concentração junto do supermercado Modelo 15 horas: Trofense-União da Madeira Vila FC-Bougadense Estrelas Fânzeres-S. Romão 15.30 horas: Cantar dos Reis pelas ruas da cidade da Trofa até ao Parque Nª Sra das Dores
A Gerência
Nota de redação
Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (T.P. 1639) Editor: O Notícias da Trofa, Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (T.P. 1637), Cátia Veloso Setor desportivo: Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864),
Agenda
Nota de redação Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
Dia 3 Farmácia de Ribeirão Dia 4 Farmácia Trofense Dia 5 Farmácia Barreto Dia 6 Farmácia Nova Dia 7 Farmácia Moreira Padrão Dia 8 Farmácia de Ribeirão Dia 9 Farmácia Trofense Dia 10 Farmácia Barreto
Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10
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Ameaçaram com pistola e roubaram ouro, comida e galinhas Hermano Martins
Mulher foi obrigada a entregar objetos em ouro enquanto assaltantes roubavam comida e bebidas do frigorífico. Filho da vítima de 16 anos estava a dormir em casa e não se apercebeu do assalto. Maria de Fátima Pereira ainda não está refeita do susto que apanhou na manhã do dia 28 de dezembro. Cerca das nove e meia estava no quintal de casa, na rua do Outeirô, em Covelas, quando foi abordada por “um homem de cerca de 40 anos”. “Tinha uns óculos grandes e escuros na cara que me disse “dáme tudo que não te fazemos mal”, contou ao NT. Foi obrigada pelo assaltante a entrar para o piso inferior da casa, onde já estaria outro mais novo (cerca de 20 anos), que entrou pela porta que estava ape-
co e roubou um saco com bacalhau, outro com carne, algumas bebidas e ainda foi ao galinheiro e roubou duas galinhas. Maria afirma que não conhecia os assaltantes mas “a cara dele jamais me vou esquecer” . O filho de 16 anos que dormia no quarto ao lado não se apercebeu de nada. De seguida, deram indicação a Maria de Fátima para que abrisse o portão, que estava fechado à chave, e colocaram-se em fuga num automóvel que estava parado no início da Travessa Central. Nas imediações apenas uma vizinha terá visto os homens quando eles abandonaram a casa, contudo não terá conseguido identificar o carro pois não sabe ler. Assalto foi na rua do Outeirô A senhora entrou em contacnas batida. Não sabe como en- que tem solto pelo terreno assus- quanto ela dava as alianças, to com familiares que chamaram traram no terreno, mas acredita tou os assaltantes. O mais veanéis, brincos, alfinete de peito a GNR. Por se tratar de um asque devem ter saltado o muro lho acompanhou-a sempre com e mais algumas peças de ouro salto que envolve armas de fogo, com cerca de 1,70m de altura. uma pistola apontada, pedindo- dela e herdadas dos pais, o as- está agora a ser investigado pela Nem o cão de raça Doberman lhe que lhe desse o ouro. Ensaltante mais novo foi ao frigorífi- Polícia Judiciária do Porto.
Homem perde a vida ao cair num poço Um homem de 50 anos perdeu a vida ao cair de um poço, na segunda-feira, 31 de dezembro, na Rua de S. Roque, em Ervosa, freguesia de S. Martinho de Bougado. Perante a ausência do homem, alguns familiares foram procurá-lo num café das redondezas até que se aperceberam que as suas canadianas – há cerca de um ano tinha tido um acidente de mota e ainda recuperava – estavam junto ao poço, que tinha a tampa aberta. De imediato, cerca das 10.35 horas, alertaram os Bombeiros Voluntários da Trofa, que se deslocaram para o local com uma ambulância e um veículo de desencarceramento. A EIP (Equipa de
Intervenção Permanente) conduziu as operações de resgate do homem do poço que tinha cerca de 16 metros de profundidade, cinco dos quais cobertos de água. O homem, que estava desaparecido há duas horas, não apresentava ferimentos exteriores, mas acabou por perder a vida. No local estiveram ainda as equipas da Viatura Médica de Emergência e Reanimação da unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave e da ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso. A Guarda Nacional Republicana da Trofa registou a ocorrência, mas não há indícios de criVítima foi retirada já sem vida me. C.V.
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Assembleia Municipal
PAEL reformulado e Orçamento aprovado Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Na Assembleia Municipal da Trofa, que se realizou na quinta-feira, 27 de dezembro, foram aprovados a reformulação do PAEL e o orçamento para 2013. Das sete instituições bancárias que foram consultadas pela Câmara Municipal da Trofa para a cedência de um empréstimo de 13,8 milhões de euros para o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), apenas a Caixa Geral de Depósitos (CGD), respondeu positivamente, mas com con-trapartidas diferentes das que a autarquia tinha delineado inicialmente. Apesar das tentativas, a CGD que também é credora do município, não flexibilizou as condições do empréstimo. Em vez dos 20 anos ambicionados pela Câmara para o pagamento do empréstimo, a entidade bancária exige 15 anos, com um ano de carência, menos três que os pretendidos pelo executivo. O spread situa-se nos “6,5 por cento”, com “Euribor a seis meses”. Esta proposta da CGD obrigou a uma “reformulação” do PAEL da Trofa, assim como as recomendações da unidade técnica que o apreciou, que alega que o plano “estava muito sensível às receitas”, explicou Magalhães Moreira, vice-presidente da Câmara. “Ou seja, se houvesse uma variação nas receitas para baixo, imediatamente o projeto podia entrar em incumprimento”, acrescentou. Teve que se que fazer “alguns cortes” que, segundo o autarca, tiveram o “acento tónico” nas “transferências de capital para as empresas municipais”. O PSD apresentou uma declaração de voto, na qual refere que as condições acordadas com a CGD “vêm dar razão” ao partido “laranja”. “O PSD sempre defendeu que o prazo de 20 anos era um prazo exagerado, sendo o prazo de 15 anos mais adequado assim como o próprio período de carência de cinco anos era abusivo, sendo um ano suficiente para iniciar a amortização do empréstimo. Lamentamos que este executivo não tivesse solicitado este plano há mais tempo após a conclusão da auditoria que realizou e como muito bem se comprometeu peran-
Magalhães Moreira afirmou que orçamento poderá ser alvo de revisão em fevereiro
te a DGAL (Direção Geral das Autarquias Locais) a entregar até ao final de 2010. Assim o município da Trofa perdeu melhores condições a nível de juros”, afirmou Alberto Fonseca. Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, não se admira com a resistência dos bancos para emprestar. “Ainda há pouco ouvi que o Tribunal de Contas, em 2005, tinha alertado para o orçamento deste município e eu também já venho dizendo desde que faço parte desta Assembleia que este município não tem viabilidade económica. Já é o terceiro plano que estamos a fazer. Acreditam que algum banco quer emprestar a quem não paga, além de não ter dinheiro?”, questionou. O autarca, que alertou para o facto de a execução orçamental ter vindo a baixar, referiu-se ainda à possibilidade de o Governo avançar com uma espécie de “minitroika” para controlar as finanças das autarquias em rutura financeira: “Vamos ter aqui um gestor do Terreiro do Paço que vai dizer que se as receitas são 17 milhões, quatro milhões são para abater à dívida e vocês só podem gastar 13 milhões. Quem é que vai fazer a gestão da Câmara? O poder político? Não, vão estar aqui tipo marionetas”. Tanto a reformulação do PAEL como a contratação do empréstimo foram aprovadas por unanimidade, porém, o PSD não deixou de fazer alguns reparos à gestão deste processo. Foi nessa altura que a expressão “dívi-
da de gaveta” voltou à baila. Depois de o social-democrata António Barbosa salientar que “65 por cento desta dívida, cerca de 11 milhões de euros, é da responsabilidade deste executivo camarário”, Pedro Ortiga, do PS, veio em defesa da autarquia: “Tenho pena que a bancada do PSD ainda não tenha percebido o porquê de 65 por cento da dívida está espelhada no período do atual executivo. Efetivamente, a dívida aumentou, porque havia dívida contraída no anterior executivo do PSD que não estava devidamente cabimentada e não tinha os procedimentos corretos”. Joana Lima quis complementar a resposta do socialista: “Quando tomamos posse (a 30 de outubro de 2009), não começamos a pagar pela despesa que fazíamos. Começamos a pagar por dívidas antigas e um dos primeiros atos deste executivo foi pagar dois anos a pequenos fornecedores do anterior executivo. Tivemos quase um dia a passar cheques e a fazer transferências. Daí, agora estarmos a pagar a dívida contraída por este executivo e alguma registada em 2010”. Joana Lima também quis apresentar números: “Em relação ao défice, em 2007, foi de nove milhões de euros, em 2008 foi de 14 milhões, em 2009 foi de seis milhões e em 2010 foi de seis milhões. Em 2011 houve um superavit (saldo positivo) de 266 mil euros e para 2012 a previsão é que o superavit chegue aos dois milhões de euros. Estes são números incontestáveis”, afir-
mou. E acrescentou: “Temos as escolas todas pagas no que diz respeito ao financiamento local”. Orçamento aprovado com abstenção da oposição O orçamento para 2013 foi aprovado com 13 votos favoráveis do PS e 15 abstenções do PSD e CDS, mas poderá ser de “curta duração”, alertou Magalhães Moreira. “Em função do que for decidido para as empresas municipais e se o PAEL não for aprovado, em fevereiro teremos que o rever em profundidade”, afirmou. O vice-presidente anunciou que este é o orçamento “mais baixo de todos os que foram elaborados após a contabilização da dívida que existia e que não constava da contabilidade, em 2010”. De acordo com as regras do princípio orçamental, a autarquia
tem que empolar as receitas, pois estas têm que cobrir a dívida vencida. Para 2013, “os compromissos que transitam são de 46 milhões (o ano passado eram de 52 milhões)” e as verbas dos projetos do Parque das Azenhas e o da Requalificação Urbana dos Parques (PRU) têm que constar do documento, mesmo sem a certeza de que o segundo, será concretizado. “Na prática, o orçamento é de 30 milhões de euros, 20 milhões de receitas ordinárias e mais dez milhões que nós contamos receber do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) se realizarmos o PRU na totalidade”, afiançou. António Barbosa, do PSD, interveio para evidenciar que “os grandes projetos que estão em curso ou inscritos para serem realizados vêm do anterior executivo municipal, como a requalificação do Parque Escolar, a requalificação do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e o Parque das Azenhas” e sublinhar que “tendo em conta que este município é capaz de arrecadar em impostos e transferências do Estado menos de 20 milhões de euros, resulta que este orçamento de 30 milhões é claramente empolado”. Por outro lado, o social-democrata criticou “a diminuição das transferências para as juntas de freguesia”. Em resposta, Magalhães Moreira afirmou que “o executivo trabalhará sempre o melhor que puder e souber em defesa das freguesias”. “Com isto, garantimos que aqueles protocolos que estamos a pagar serão mantidos. Claro que há ou-tras obras que serão sacrificadas e a gestão terá de ser muito criteriosa”, concluiu.
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Trofa já tem Plano Diretor Municipal Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A Assembleia Municipal aprovou o Plano Diretor Municipal da Trofa. Presidentes das juntas de Covelas e Santiago de Bougado votaram contra documento. Catorze anos depois de nascer, o concelho da Trofa tem definido o Plano Diretor Municipal. O documento foi aprovado na última Assembleia Municipal do ano, realizada na quinta-feira, 27 de dezembro, com 13 votos a favor do PS, dez abstenções do PSD, CDS e presidente da Junta de Freguesia do Muro e seis votos contra dos presidentes das juntas de freguesia de Santiago de Bougado e Covelas, dos membros sociais-democratas Manuel Campos e Alexandra Ferreira, em “solidariedade” com os autarcas, respetivamente, de Armando Sanches e Martinho Ferreira. Fernando Moreira, presidente da Junta de Covelas, explicou o voto desfavorável com o desacordo com o PDM na sua freguesia. “É uma injustiça que se faz à freguesia o PDM que hoje apresentam para ser aprovado. E desafio a população que está aqui a ir ao terreno ver a situação”, frisou. Joana Lima contrapôs, afirmando que “o senhor não concordou com a primeira versão e na discussão pública fez três pedidos, que foram atendidos na sua totalidade, por isso não tem nenhuma razão quando diz que vai votar contra o PDM”.
Já António Azevedo preferiu apresentar numa declaração de voto os motivos que o levaram a votar desfavoravelmente. Entre o desacordo por ver que “só um número reduzidíssimo” de bougadenses foram atendidos na Segunda Discussão Pública, António Azevedo “não podia estar de acordo” com o facto de a autarquia não ter acedido ao pedido da Junta para “a desafetação de terreno de área verde de utilização coletiva ao lado das casas de banho públicas, em Bairros, para zona de equipamentos sociais para aí implementar o centro comunitário”. Azevedo lamentou ainda “a retirada da definição da localização do terreno para a construção da EB 1/2/3 de Santiago de Bougado”. “Levame a pensar que foi por opção política desta Câmara Municipal, pois como todos sabemos, a carta educativa ainda não foi alterada, mas segundo consta já está projetada a sua alteração”, sublinhou. Azevedo defende ainda a classificação de terrenos para construção como por exemplo nas ruas Dr. Avelino Padrão, rua da Azenha, Rua da Agricultura, rua Faria Lino, rua 16 de Maio e rua de Santiago. Joana Lima quis intervir para “clarificar” que “como nunca existiu nenhum terreno” para a obra, “não podia haver uma localização exata”. Perante a insistência de Azevedo - afirmou que no primeiro documento do PDM estava definida a localização “no triângulo entre a Rua dos Carvalhinhos e a Rua Aldeias de Cima” um dos técnicos responsáveis
Arquiteto António Charro esclareceu António Azevedo
Seis elementos do PSD votaram contra o PDM
pelo PDM, António Charro, explicou que “em Santiago de Bougado, no lugar da Lagoa, está prevista a construção da EB 1/2/3” e que “não foi retirada a intenção de aí a construir”, mas confirmou que desconhece que anteriormente houvesse já um terreno definido. O presidente da Junta de Freguesia do Muro, Carlos Martins, considera-se “interveniente no processo”, cuja reclamação “não foi atendida”, no entanto, mostrou “confiança na capacidade técnica dos que fizeram o Plano”. O autarca apelou a que, no plano empresarial, “haja um critério para não prejudicar quem cumpre e paga os terrenos ao preço de mercado e para quem vai para o meio do monte e tenta resolver o processo de outra maneira”. Já António Barbosa explicou a abstenção de oito elementos do PSD com o facto de, apesar de haver “acordo global” no que às “opções macro” dos técnicos dizem respeito, “existirem algumas incongruências e opções de pormenor com as quais não podemos pactuar”. Para além de “não verem qualquer razão para a demora” da apresentação do documento final (processo durou três anos), considerando que este “não difere substancialmente do apresentado em 2009”, os sociais-democratas alegam que “há algumas alterações” no Plano que são “de duvidoso critério político”. António Barbosa referiuse a “terrenos, inicialmente classificados como sendo de Reser-
va Agrícola Nacional que passaram para urbanos, sem que o enquadramento infraestrutural em redor o justifique” e “a desclassificação de terrenos urbanos quando situados em zona de aglomerado populacional passando para terrenos agrícolas”, sem referir, no entanto, nenhuma situação concreta. Joana Lima lançou o desafio a António Barbosa, para dar um exemplo de desclassificações de terrenos de duvidoso critério político, ao qual o social-democrata respondeu que enviará “por escrito, tudo aquilo” que afirmou. “E assim a senhora presidente terá oportunidade de explicar cabalmente as minhas dúvidas, noutra oportunidade. Não vamos fazer isto pela rama, porque há nomes de proprietários que estão em causa”, referiu. A presidente da Câmara afir-
mou que não teve oportunidade de “clarificar” as “insinuações”, assegurando que o executivo “não teve a mínima preocupação de olhar para os proprietários dos terrenos”. “O PDM foi feito em função do que pensamos ser o melhor para o concelho da Trofa”, acrescentou. Para a autarca, o Plano “difere muito do de 2009”, uma vez que na primeira discussão pública “houve 580 reclamações” e na segunda, em 2011, houve “180”, porque “as outras foram atendidas”. “E mais, em 2009, existiam 24 UOPG (Unidade Operativa de Planeamento e Gestão), em 2012 existem 13”, acrescentou. E quanto à duração do processo, Joana Lima salientou o facto de o executivo anterior liderado pelo PSD ter demorado “nove anos” a levar o documento a discussão pública.
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Autarquia vai extinguir TrofaPark em fevereiro Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A autarquia apontou o mês de fevereiro para a extinção da empresa municipal TrofaPark. PSD criticou gestão da empresa municipal nos últimos três anos. Na aprovação dos contratosprograma para 2013 para as empresas municipais, na Assembleia Municipal, foi o da TrofaPark que deu mais que falar. Depois de se abster na atribuição de um subsídio de cerca de 997 mil euros à exploração da Trofáguas – os 13 elementos do PS viabilizaram a proposta e o CDS também se absteve -, o PSD repetiu o sentido de voto para o contrato-programa para a TrofaPark (PS e CDS votaram a favor), com um subsídio à exploração de dois meses, já que a autarquia pretende extingui-la nesse período. No entanto, os sociais-democratas não deixaram de apresentar um sentido de voto, que critica a gestão desta empresa municipal durante o mandato deste executivo. António Barbosa afirma que a abstenção em muito se justifica pela análise que o partido fez “aos documentos previsionais”, apesar de estes não terem estado em votação: “Deixou cair uma candidatura a fundos comunitários com o apoio de oito milhões de euros para a ALET (Área de Localização Empresarial da Trofa); criou uma autêntica trapalhada com o processo de escolha do parceiro para a ALET, ao ponto de este ter ficado moribundo; não se sabe em que ponto se encontra e que objetivos tem a empresa municipal Global Trofa; a subida à bruta dos preços de utilização da Aquaplace representou uma queda de 23 por cento da frequência, fazendo com que a receita em vez de crescer tenha diminuído”. Outros dos motivos que influenciaram o sentido de voto do PSD, foram “as incoerências que se verificaram nas informações prestadas nos instrumentos previsionais”, pois, como sublinhou António Barbosa, “não foi cumprido o pagamento das tranches com o BPG (Banco Português de Gestão), conforme estava acordado desde 2011 e só agora foi prestada informação concreta sobre este assunto”. “Este não cumprimento acarretou o aumento dos juros para além do aumento das novas
PS e CDS aprovaram contrato-programa da TrofaPark
prestações a pagar. Agora fiquei convencido e a saber o que é um exemplo claro de dívida de gaveta”, atirou. E mais: “Não se compreende que sendo a TrofaPark extinta a partir de fevereiro, se mantenha a remuneração do administrador delegado até outubro do próximo ano nem como será o modelo de gestão do Aquaplace no pós fevereiro ou março”. Em resposta, Joana Lima afirmou que “gostava de o ter visto a votar contra quando foi para criar a empresa”, porque “assim não existia este elefante branco”, atirando: “Nós vamos acabar com aquilo que vocês fizeram de mal”. Sobre a ALET, Joana Lima afirmou que se tratava de uma “pré-candidatura” que não avançou, já que “o Governo alterou as parcerias público-privadas”. Sublinhando que “não foi opção política” abandonar o projeto, Joana Lima considera que “há males que vêm por bem” e questionou se o mesmo “seria sustentável no momento em que vivemos”. Em relação aos preços de utilização da Aquaplace, a edil trofense afirmou que à chegada do executivo, o IVA era de seis por cento, que estava incluído na mensalidade, mas que “quando passou para 23 por cento, se a empresa já não é sustentável”, a autarquia “não podia continuar a sustentar isso e então pôs a mensalidade mais o IVA”. “No entanto, a descida das receitas não se reportam ao momento em que se aplicou o IVA, mas só a partir de setembro deste ano”, frisou.
Já sobre a acusação de ter “dívida de gaveta”, Joana Lima afiançou: “Isto reporta-se ao só ao executivo do passado. O edifício da Aquaplace, inicialmente, estava previsto custar cerca de 4,5 milhões de euros. Foi contraído um empréstimo ao BPG de três milhões de euros e os outros cerca de 1,5 milhões de euros foram pagos através de uma candidatura. A Aquaplace foi inaugurada em junho de 2008, pelo que a obra já devia estar paga. Mas quando tomamos posse em 30 de outubro de 2009, não se tinha pago uma prestação destes três milhões de euros. Qual não é o nosso espanto quando entrou uma ação em tribunal por parte da empresa Casais, de 1,2 milhões de euros de trabalhos a mais na Aquaplace à qual tivemos que negociar. Negociamos e esse valor está quase todo pago . Não sei se o vosso dinheiro estica, porque o da Câmara não, por muito que se queira e se poupe. Dívida de gaveta não, porque ela estava bem plasmada e oficializada”. Sobre o vencimento do administrador da TrofaPark, Joana Lima referiu que “tem a duração do mandato do executivo”, mas “é óbvio que se a empresa municipal encerrar em fevereiro como previsto, ele não vai receber o vencimento, mas sim uma indemnização tal como diz a Lei”. Aprovada concessão para parquímetros na cidade A Assembleia também aprovou, com votos a favor do PS e CDS e votos contra do PSD, a
concessão de exploração para novos parquímetros da cidade. Joana Lima informou que o executivo pretende dar “uniformidade” e “equidade” aos lugares de estacionamento da cidade, explicando também que, atualmente, “há dificuldade de consertar as máquinas quando elas avariam”, porque “a empresa que detém o monopólio das máquinas não dá orçamentos e não vem consertá-las em tempo útil”. “Depois de fazermos um estudo económico com dois ou três cenários, chegamos à conclusão que a melhor solução era fazer um concurso público e concessionar este espaço para que haja mais organização e para que seja mais proveitoso para os comerciantes, que muitas vezes afirmaram que queriam que as máquinas da Rua Conde S. Bento funcionassem”, justificou. O PSD explicou o voto desfavorável, sublinhando que “este executivo pretende quadruplicar o número de lugares pagos de estacionamento automóvel no centro da cidade da Trofa, passando dos atuais 130 para 552”.
Os sociais-democratas afirmam que esta medida “irá prejudicar gravemente o comércio no centro da cidade, por motivos facilmente atingíveis pelos trofenses”, defendendo que “nesta matéria, a ser efetuado algo, seria a criação de mais lugares de estacionamento gratuito”. Na sessão, que tinha 33 pontos a discussão, foi aprovada a estrutura orgânica da Câmara Municipal, com 16 abstenções do PSD e CDS e 13 votos a favor do PS. Com o mesmo sentido de voto foram aprovadas a autorização para dispensa de autorização prévia da Assembleia Municipal para compromissos plurianuais para o ano de 2013 e a autorização para a assunção de compromisso plurianual para abertura de concurso público para aquisição de combustíveis pelo prazo de 36 meses. O presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos viu aprovada, por unanimidade, a proposta de protocolo de delegação de competências com a autarquia para a repavimentação da Rua Santa Maria. Foram ainda aprovadas por unanimidade 16 alterações ao regulamento de trânsito do concelho. No período de intervenção do público, Luís Pinheiro falou do tema da requalificação dos parques da cidade, questionando “quais os critérios que estiveram na base na escolha do empreiteiro”. Joana Lima garantiu ter “confiança” no júri que está a avaliar as propostas do concurso público, salvaguardando que o processo “ainda não está concluído”. A edil trofense alertou para o facto de este ser “um projeto de risco” e que “há que ter em conta a possibilidade de as empresas com preços muito esmagados, a meio, quererem parar a obra a meio”, sob pena de “devolver o dinheiro ao QREN”.
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3 de janeiro de 2013
PS de Santiago age judicialmente contra fusão da freguesia Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
PSD considera que deliberação do PS e presidente da Junta de Freguesia do Muro prejudica as populações. Socialistas e Carlos Martins contrapõem, acusando PSD de não defender coesão municipal. Carlos Portela anunciou que PS de Santiago enviou “intimação à Unidade Técnica” por defender a não extinção/fusão da freguesia. A reforma administrativa foi o tema que introduziu a Assembleia Municipal de quinta-feira, 27 de dezembro. A discussão ficou marcada pelo anúncio de Carlos Portela, do PS, de que a secção do partido de Santiago de Bougado agiu com uma “intimação judicial” à Unidade Técnica a que se pode seguir uma “providência cautelar” em protesto com a agregação da freguesia e apelou à união da Assembleia na luta contra a reforma administrativa no concelho da Trofa: “Era bom que fôssemos todos, todas as freguesias, todos os partidos e se acreditam venham daí connosco. Não tenho a mínima pretensão que isto seja só de alguém. Se estão a falar com boa-fé tentem ainda o que resta, lutem até ao fim”. A intervenção soou a recado para António Barbosa, do PSD, que afirmuo que o partido “avisou” para o cenário que, atualmente, está em cima da mesa, ou seja, a agregação das freguesias de Santiago com S. Martinho de
Bougado, de S. Mamede com S. Romão do Coronado e de Guidões com Alvarelhos. Estas fusões resultam da deliberação da Unidade Técnica, que teve que tratar do processo, já que a Assembleia Municipal aprovou a proposta do PS, que dizia não à agregação de qualquer freguesia. Para Barbosa, “perdeu-se a possibilidade” de a Trofa ficar com “seis juntas de freguesia”, se a Lei fosse aproveitada “no que respeita à emissão de pronúncia atempada”. “E mais, as juntas de freguesia vão perder 15 por cento de majoração nos seus orçamentos com prejuízo claro para as populações. O município vai ficar dividido em novas estruturas administrativas claramente de dimensão disforme quer em população, quer em território”, frisou. O social-democrata entende que “muito disto podia ter sido evitado se tivesse havido alguma humildade democrática e o PS tivesse colocado os interesses do concelho acima dos interesses eleitoralistas e populistas”. “Queremos ver, nas próximas eleições autárquicas, alguns pretensos grandes defensores das suas freguesias o que vão dizer junto das pessoas. Assumam as responsabilidades na matéria, se forem capazes tiverem coragem, e não nos venham com histórias da carochinha, que defendem o concelho da Trofa e as oito freguesias, porque isso é muito bonito, mas é um atestado de menoridade para quem conhece os factos”, acrescen-
Carlos Portela informou que o PS enviou “intimação à Unidade Técnica” por defender a não fusão
tou. A intervenção provocou o desacordo de Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, eleito pelo CDS. Mesmo com o facto de a freguesia que lidera não estar agregada na proposta da Unidade Técnica, o autarca intitulou de “erro colossal” a postura do PSD ao apresentar duas propostas de agregação e acusou o partido de “ter a distinta lata para vir novamente falar no assunto”. “Defendeu apenas o interesse de uma Junta de Freguesia e de um presidente, que não defendeu S. Mamede nem Guidões, só a sua freguesia. Que direito tem o PSD de passar por cima das decisões que foram tomadas em assembleias de freguesia? Quem
tomou esta medida foi o Governo e já nos condicionou na proposta que tinha. O que havia de sair daqui, como muitas juntas de freguesia e câmaras municipais fizeram, era meter uma providência cautelar”, asseverou. O autarca considera um “ato de cobardia”, perante as populações, “defender os interesses de uns e não dos outros”, acusando o PSD de “não defender a coesão municipal”. Mesmo vendo a freguesia do Muro autónoma, Carlos Martins assegurou não estar contente com a proposta definida pela Unidade Técnica. Do lado do PS, Dias Pereira acusou os sociais-democratas de “só olharem para as freguesias de S. Martinho e Santiago”,
enquanto Pedro Ortiga alegou que “nenhuma das propostas” apresentadas pelo PSD “cumpria os parâmetros” da lei, pelo que, caso fossem aprovadas, não era certa a sua aprovação por parte da Unidade Técnica. “Mais me surpreende quando temos dentro do PSD duas faces e vejo propostas na Assembleia Metropolitana do Porto, que tinham como principal objetivo que as deliberações das respetivas assembleias de freguesia e das assembleias municipais fossem respeitadas e o grupo metropolitano do PSD votou contra, com duas abstenções, e há membros desta bancada lá”, afirmou. O tema voltou a ser aflorado no período da ordem do dia. António Barbosa “voltou à carga”, referindo que o PSD nunca olhou a reforma “como mero meio eleitoralista” e que “assumiu uma responsabilidade, consciente que seria penalizado”. “Não somos como outros que enterram a cabeça na areia e que vêm propalar-se como arautos e defensores da coesão municipal”, frisou. Joana Lima não quis passar ao lado do tema e imputou responsabilidades ao Governo do PSD/CDS, que “impôs uma lei contra a população”. “O senhor veio tentar defender uma coisa que é indefensável quando sabe que tudo fizemos para que esta reforma fosse travada”, sublinhou.
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3 de Janeiro de 2013
Orçamento e PPI aprovados no Muro Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Assembleia do Muro aprovou por unanimidade o orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos para 2013. Sessão também serviu para discutir o estado da nação e do concelho. A assembleia do Muro, marcada para discutir os assuntos relativos à freguesia, o orçamento e o plano de atividades para 2013, teve um longo período em que mais parecia um debate da nação…e do concelho. O primeiro tema abordado foi a reforma administrativa, sobre o qual Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia, quis dar a conhecer o que foi discutido na Assembleia Municipal e manifestar dúvidas quanto “aos benefícios” que uma lei como esta traz para o Estado. Para o autarca, esta medida do Governo é um “erro crasso” e só traz “revolta entre a população”, apesar de a proposta da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território não contemplar a agregação do Muro com nenhuma outra freguesia. E sobre isso, Carlos Martins quis desmentir o “boato” que corre que a Junta de Freguesia teve influência nessa proposta. “A única coisa que a Junta fez foi tomar posições públicas, quer na Assembleia de Freguesia quer na Assembleia Municipal”, sublinhou. O autarca acrescentou que “ao ficar isolado, o Muro será a freguesia mais pequena do concelho, a nível geográfico”, não sabendo se isso “terá vantagens ou desvantagens”. Depois, a Assembleia virou-se para a situação financeira do concelho, com os membros desta e o presidente da Junta a discutirem sobre o orçamento do município para 2013. O social-democrata Vítor Maia, questionou se a melhoria dos resultados líquidos da autarquia (que apresentou superavit em 2011) “tem a ver com o facto de deixar os buracos abertos à porta dos contribuintes, que pagam os seus
Grupo de Jovens do Muro brindou elementos da Assembleia e Muro com cânticos das Janeiras
direitos e o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis)” e se “essas festas que existem e circuitos de carros vão ser cortados”. Para António Correia, do CDS, se “a casa tivesse rodas, sairia do concelho”, pois “o município é o quadro em ponto pequeno do que se passa no País”. “As estradas vão continuar com buracos e vamos continuar a pagar as taxas máximas”, frisou. Carlos Martins não quis responder pelo executivo camarário, mas sobre as contas para 2013 da autarquia considera que as receitas estão “inflacionadas entre três a quatro milhões” e é apologista que “deve haver redução do pessoal a 20/30 por cento”, para que o executivo consiga respeitar o orçamento. José Martins, do PSD, levantou interrogações quanto à mais-valia que a obra de requalificação dos parques da cidade trará para o concelho. “Não estamos a falar de ir buscar nove milhões ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), mas de gastar um milhão de euros. Um milhão de euros no orçamento dava para mantermos a freguesia do Muro durante dez anos”, afirmou. Uma hora depois, começou a discussão do orçamento e Plano Plurianual de
Investimentos para 2013, que foram aprovados por unanimidade. Carlos Martins informou que a freguesia sofreu “um corte de 20 por cento do protocolo de delegação de competências celebrado com a autarquia e outro de cinco por cento do Fundo de Financiamento das Freguesias”, que representam menos 20 mil euros no orçamento. O autarca espera “recuperar” esse valor através de um subsídio que, “à partida”, será atribuído pela Câmara. Para 2013, o executivo murense espera “terminar o arranjo da zona envolvente à capela de S. Pantaleão” que será complementado com as obras que a comissão da fábrica da Igreja vai fazer na capela. Carlos Martins quer intervir no cemitério, “tratando das águas pluviais e construindo uma ‘calçadinha’”, e requalificar o terreno da Agra da Cana. O presidente da Junta anunciou ainda que aceitara que a Câmara Municipal construísse um parque infantil na freguesia, que “será ou no terreno da Agra da Cana ou no terreno da urbanização nova”. Na rede viária, a Junta quer “corrigir os abatimentos” provocados pelas “obras de saneamento”, arranjar algumas ruas e colocar semáforos de controlo de velocidade. Vítor Maia quis saber se a Junta de Freguesia teve em atenção a chamada de atenção feita no ano anterior relativa à procura de seguros mais baratos. Carlos Martins respondeu que “apesar de ter o mesmo mediador, a Junta conseguiu uma redução de 20 por cento do valor dos seguros”. Por seu lado, José Martins considera que este orçamento “é um pouco mais do mesmo” e “o reflexo do marasmo em que vivemos”. “A verba para obras é um pouco o que já estava para 2012, 32 mil euros, e esse valor não se refletiu em obras”, afirmou, manifestando “esperança” de as ver “concretizadas em 2013”. “Se formos ver o plano de obras para 2013,
em 14, a maior parte delas já as vemos desde 2010”, sublinhou. Carlos Martins contrapôs, justificando que aquando da tomada de posse do executivo “havia o triplo de obras pretendidas”. “Este ano, pavimentamos a zona desde ponte da PetroGomes por aquela rua, tivemos que reparar ruas que abateram e são sempre intervenções de mil, dois mil euros. E as grelhas que nos roubam? O dinheiro vai-se, mas pelo menos certeza é que não temos nenhuma dívida”, afiançou. Depois da discussão do orçamento, Vítor Maia quis saber se o presidente foi oficialmente convidado pela autarquia para a inauguração das obras de requalificação e ampliação da EB1 de Estação, já que considerou “estranho” que “o presidente da Assembleia e restantes membros não tenham sido convidados”. Carlos Martins confirmou que recebeu o convite por telefone, recordando que, para o lançamento da primeira pedra da empreitada, “não” foi “convidado” pelo executivo camarário, na altura liderado por Bernardino Vasconcelos. “E assinei o pergaminho na quarta ou quinta folha, como elemento da população”, acrescentou. No período de intervenção do público, Manuel Pinto alertou para o roubo de grelhas na freguesia e solicitou a carrinha da Junta para transportar duas árvores, que vai ceder para plantar na zona envolvente à capela do S. Pantaleão, pedido que foi concedido pelo executivo. Já Adriano Ramos alertou para o facto de “a travessa de Vilares estar a ser mal frequentada, devido à prostituição” e “pelo lixo que lá está instalado”. Carlos Martins afirmou que vai alertar as autoridades para que patrulhem a zona e apelou aos habitantes que ajudem a identificar os depositores de lixo. A Assembleia terminou de uma forma diferente, com os cânticos das Janeiras pelo grupo de jovens do Muro.
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Agregação de Guidões provoca discussão acesa na Assembleia de Freguesia Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Em grande parte da Assembleia de Freguesia de Guidões esteve em discussão a reforma administrativa e a agregação da freguesia de Guidões. A última Assembleia de Freguesia de Guidões do ano 2012 ficou marcada pela acesa discussão em torno da reforma administrativa. O tema foi colocado em cima da mesa pelo elemento social-democrata Henrique Araújo, que pediu esclarecimentos ao presidente da Junta de Freguesia sobre a deliberação da Assembleia Municipal, que aprovou a proposta do PS, que visava a não agregação de qualquer freguesia. Recorde-se que esta deliberação foi equiparada a “ausência de pronúncia”, de acordo com os pressupostos da lei, pelo que a Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) apresentou uma proposta com as agregações de Guidões com Alvarelhos, S. Martinho com Santiago de Bougado e de S. Mamede com S. Romão do Coronado. Bernardino Maia, presidente do executivo, afirmou que votou “contra a fusão das freguesias” e contra a proposta do elemento guidoense Joaquim Ferreira (que sugeria a agregação de Alvarelhos com o Muro, deixando Guidões autónoma) por “respeito, não só pela freguesia do Muro, como por todas as outras”. O autarca considerou uma “trapalhada” a postura do grupo parlamentar do PSD ao apresentar duas propostas – para além de Joaquim Ferreira, Armando Sanches sugeriu a agregação de Alvarelhos com Guidões, deixando a freguesia do Muro isolada – e que “dentro do PSD há pessoas com mais força do que outras”. “O presidente de Guidões não votou contra a freguesia”afirmou, rejeitando as culpas imputadas pelo PSD de Guidões através de um comunicado. “É demagogia. Eu não preciso de mostrar nada a ninguém para que as pessoas conheçam o meu passado e o que tenho representado na fre-
Agregação de Guidões continua a levantar polémica
guesia. Os partidos do PSD e CDS são os autênticos coveiros da freguesia de Guidões e de mais 1600 e tal e sem razão palpável para isso”, acrescentou. Enquanto Henrique Araújo quis frisar que “certeza é a de que a proposta de Joaquim Ferreira defendia os interesses de Guidões”, esperando que “haja um milagre para que Guidões fique tal e qual como está”, já Atanagildo Lobo, da CDU, considera que os elementos da Assembleia Municipal do PSD “apresentaram duas propostas contraditórias, que defendiam interesses antagónicos”. “Treze elementos do PSD votaram numa e outros 13 votaram na outra. A ideia com que fiquei é que o partido estava de acordo com as duas propostas, ou seja, queria a fusão de todas as freguesias”, salientou. “Não percebo como é que há gente que se importe que Guidões fique como está, borrifando-se para os outros. Que raio de cristianismo é este? Vão à igreja fazer o quê?”, questionou, considerando que a proposta da UTRAT faz com que “seis freguesias desapareçam do mapa e não só três”. E acrescentou: “Eu não percebo muito bem a posição do PSD que vota a favor de uma coisa e depois vem pedir escla-
recimentos ao senhor presidente da Junta, que agiu com toda a lisura e lealdade. Foi uma posição responsável e solidária com os outros”. O comunista apelou ainda para que a população se una na luta pela não agregação de freguesias, afirmando que “é preciso que seja a população toda” para “defender não só o passado, mas também o futuro” e propondo “a recusa para assumir cargos” na “comissão instaladora” que se formará com a agregação de Alvarelhos com Guidões ou mesmo “recusar entregar o poder”. “Coloquemos placas à entrada da freguesia a dizer ‘Aqui começa a freguesia de Guidões’”, sugeriu. Tema voltou no período de intervenção do público A discussão tomou maiores proporções, no período de intervenção do público, quando Joaquim Ferreira, membro do PSD da Assembleia Municipal, tomou da palavra para “esclarecer” que fez um comunicado “em nome do núcleo do PSD de Guidões”, em que explicou “exatamente” o que “se passou na Assembleia Municipal”, desafiando os membros da Assembleia de Freguesia “a
dizer onde é que nesse comunicado há uma mentira”. Atanagildo Lobo aceitou o desafio, afirmando que “não é verdade” que “caso os concelhos não aproveitem esta oportunidade, será uma entidade designada Unidade Técnica que fará a reorganização, segundo o que está na lei”. “Isto é falso, porque quem fez o projeto de lei foi o PSD e o CDS. A Unidade Técnica não é política”, sublinhou. O elemento da CDU afirmou ainda que “há omissões” no comunicado, como “quando diz que o PSD apresentou a proposta” de agregação do Muro com Alvarelhos, “mas não diz que apresentou a outra”, que visava a agregação de Guidões com Alvarelhos. “Nem os elementos do PSD votaram todos na tua proposta. A vossa posição é incoerente. As vossas propostas são antagónicas e recolheram o mesmo número de votos. E mais: à proposta do PS, há 11 elementos do PSD que se abstêm. Os elementos que votaram a favor da agregação, logo de seguida abstêmse na proposta do PS”, acrescentou. Numa discussão em que diversas vezes os intervenientes falaram ao mesmo tempo, Joaquim Ferreira quis ainda afirmar
que “os três comunicados que o PSD lançou não tem uma mentira”, enquanto “o PS lançou um comunicado em que todos os parágrafos dizem mentiras”. “Eu não admito que me chamem mentiroso, enganador e cobarde, porque eu nunca o fui”, afirmou, acompanhando a declaração com um murro na mesa da Assembleia. Assumindo-se “a única pessoa que foi àquela Assembleia Municipal defender a freguesia de Guidões”, Joaquim Ferreira acedeu ao desafio de Atanagildo Lobo e afirmou inicialmente que “o PSD da Trofa e de Guidões não são completamente de acordo com esta reforma”, para depois complementar: “Somos contra esta reforma da forma como foi feita”. O guidoense propôs ainda que a freguesia pode apresentar uma “providência cautelar”, já que “esta Assembleia de Freguesia não cumpriu o que diz a lei, para que fosse convocada uma assembleia com um ponto que diz especificamente ‘Pronúncia sobre a agregação das freguesias”. “É uma das razões que pode levar a que a reforma não prossiga no concelho da Trofa”, frisou. O presidente da Junta de Freguesia interveio para afirmar que “toda a pessoa que se elogia a si própria está a cometer o maior erro da sua vida, porque não há pessoas perfeitas” e que Joaquim Ferreira utilizou “palavras politizadas de mais”. Na outra parte da Assembleia teve lugar a aprovação, por unanimidade, do Plano Plurianual de Investimentos e Orçamento para 2013, e aos esclarecimentos do presidente da Junta sobre o resultado da reunião com os técnicos da Câmara e Polícia Municipal, sobre a postura de trânsito. Questionado pelo presidente da Assembleia, Renato Costa, sobre os pagamentos das obras da Casa Mortuária, Bernardino Maia afirmou que “estão em dia” e que a empreitada “está em fase de acabamento”. O autarca adiantou ainda que a Junta “não abdica” da verba oriunda de um protocolo assinado com a autarquia para esta obra, que deverá chegar “depois do trabalho terminado”.
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3 de janeiro de 2013
Restaurante tem de pagar 13.500 euros de luz Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Vítor Almeida nem quis acreditar quando abriu a carta da EDP. A empresa reclamava o pagamento de mais de 13.500 euros por um mês de consumo de eletricidade. Quando recebeu a carta da EDP (Energias de Portugal) com a fatura do consumo de eletricidade, Vítor Almeida, proprietário do restaurante “Rei da Picanha”, em S. Mamede do Coronado, esperava que estivesse dentro da base de faturação a que estava habituado a pagar: entre os 500 e os 800 euros. Abriu a missiva um dia depois do Natal e sentiu ter recebido um presente “envenenado”: a fatura referente ao período de 7 de novembro a 5 de dezembro reclamava o pagamento de 13.547,33 euros. De imediato pensou que só podia haver algum erro, ligou para a EDP e daí disseram-lhe que “tinha que pagar e só depois reclamar”. “Sugeriram ainda que podia pagar às prestações, se preferisse”, afirmou. Não confor-
mado, Vítor Almeida dirigiu-se a uma loja da empresa, no concelho da Maia, onde acabou por apresentar uma reclamação e agora tem de “aguardar” para o veredito final. “Uma equipa da EDP ficou de realizar uma inspeção ao contador da luz, durante o dia de hoje (quarta-feira)”, afiançou. O proprietário do “Rei da Picanha” afirmou que a empresa “não assumiu o erro” e que “garante que as contagens estão bem”, salvaguardando que, “pelas suas estimativas”, a empresa afirmou que tem de pagar apenas “menos cem euros” do que está descrito na fatura. “Não se sabe se foi erro de faturação, se foi do contador, se ele está avariado ou não. Por mim, podem fiscalizar, fazer o que quiserem, desde que me resolvam este problema”, afiançou, garantindo que vai “até ao fim do mundo” para não pagar este valor. “Terão que me provar onde é que gastei tanta luz. É que nem com as máquinas ligadas 24 horas por dia, todo o mês”, sublinhou. “Espero não ter que pagar, senão terei que emigrar. Esse dinheiro gostava eu que fosse de
Restaurante gasta em média 650 euros de eletricidade por mês
lucro ao fim do ano de trabalho”, acrescentou. Até aguardar pela resposta da EDP à reclamação feita, Vítor Almeida diz que tem “pelo menos, mais uns dias de trabalho”. Este não é o primeiro problema que o proprietário do restaurante tem com a EDP. “Há três ou quatro anos, houve um período em que a luz estava sempre a falhar, porque havia uma cabine que entrava em curto-circui-
to. Num dia por altura do Natal, depois de tantas emendas e reparações, a cabine incendiou e eu fiquei sem luz, com a casa completamente lotada. Obriguei os clientes todos, cerca de 130, a assinar uma folha com o tipo de serviço que solicitaram e fiz com que o meu advogado enviasse a conta para a EDP, para que me pagasse o prejuízo. Passados uns dias, responderam que o incêndio foi por causas da
natureza. O meu advogado aconselhou-me, depois, a não gastar dinheiro, porque era impossível lutar contra a EDP”, contou. Esteve dois dias sem luz. Hoje, só espera ter de pagar o que acha de direito, caso contrário pode não conseguir manter o restaurante aberto. Contactado pelo NT, o Gabinete de Comunicação da EDP adiantou que que “a resposta que, alegadamente, terá sido dada ao cidadão no contact center, está a ser objeto de averiguação, na medida em que os colaboradores dessa área de atividade têm instruções diversas daquela a que corresponde parte do tipo de resposta em causa”. A mesma fonte garantiu ainda que “logo que o cliente reclamou o valor da fatura, esta ficou suspensa, e estará, até que sejam apuradas as razões que conduziram à sua emissão”. O prazo para o pagamento da fatura “ficou sem efeito”, acrescentou, “estando o cliente a ser alimentado normalmente, o que continuará a suceder, exceto se existirem faturas anteriores à suspensa, vencidas e não pagas”.
Incêndio em cozinha assusta moradores Hermano Martins
Filha mais velha acordou com quarto cheio de fumo e deu o alerta. Quatro elementos da família foram transportados ao hospital devido à inalação de fumo mas tiveram alta ainda na manhã do dia 1 de janeiro. Um incêndio destruiu uma cozinha nas primeiras horas do dia 1 de janeiro, em Cidai, Santiago de Bougado. Cerca das 8 horas da manhã e ainda todos os elementos do agregado familiar dormiam no nº203 da vivenda situada na Rua da Portela. Foram acordados pelos gritos da filha mais velha, com cerca de
17 anos de idade que acordou e deparou-se com o quarto cheio de fumo. Ao levantarem-se da cama verificaram que “os corredores e dois quartos estariam também já cheios de fumo e a cozinha estaria a arder”. Segundo Almerinda Silva, proprietária da casa, “na origem do incêndio terá estado um micro ondas, uma vez que era na zona do mesmo que a cozinha estava mais escura, presumindo-se assim que terá sido este eletrodoméstico que originou o fogo”. Como as filhas sofrem de alergias respiratórias foram levadas pelos pais para a varanda exterior de um dos quartos enquanto contactavam os Bombeiros Voluntários da Trofa e espe-
ravam pela sua chegada. Almerinda Silva garante que a família esteve acordada até cerca das 4 da manhã e nenhum dos elementos do agregado familiar se apercebeu de nada de errado nem estavam a utilizar o eletrodoméstico. No entanto aperceberam-se que durante a noite a luz terá faltado. Os móveis de cozinha ficaram destruídos bem como os eletrodomésticos tendo ficado ainda com as pinturas das paredes dos corredores e quartos estragadas, mas os danos estão “cobertos pelo seguro”. No local estiveram os Bombeiros da Trofa com 12 homens e 5 viaturas e às 8.48 horas fogo
Cozinha ficou destruída pelas chamas
foi dado como extinto. Os residentes da casa foram transportados para o Centro Hospitalar do Médio Ave, Unidade de
Famalicão, devido à inalação de fumos, tendo regressado a casa ao final da manhã do mesmo dia.
GNR levou a cabo Operação Ano Novo A Guarda Nacional Republicana da Trofa levou a cabo a Operação de Ano Novo que envolveu 14 militares e cinco viaturas. Durante a operação que decorreu entre sexta-feira dia 28 de dezembro e terça-feira dia 1 de janeiro, foram fiscalizados 95
condutores e foram observados sobretudo os comportamentos dos condutores no que diz respeito a manobras perigosas, condução sob efeito de álcool, ausência de habilitação para a condução e ausência de sistemas de retenção. Foram efetuados 45 testes de
álcool, tendo um deles registado 0,6 gramas por litro de sangue. Foi aplicada ao condutor uma multa de 250 euros. O condutor ficará inibido de conduzir, aguardando para o efeito a aplicação da medida pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Foram ainda detetados três condutores a conduzir ao telemóvel que foram multados em 120 euros cada um. Os infratores ficaram inibidos de conduzir, aguardando para o efeito as medidas a serem aplicadas pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Outros cinco automobilistas foram também multados, um por falta de cinto de segurança e quatro por outras infrações ao código da estrada. Na ação de prevenção a GNR prestou também apoio informativo a 5 condutores. H.M.
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3 de Janeiro de 2013
Exame de 4º ano certifica competências de dez adultos Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Dez adultos submeteramse ao exame do 4º ano de escolaridade na Escola Secundária da Trofa. Competências foram certificadas através de uma avaliação feita pelo Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Trofa e validadas pela DREN. “Estava muito preso, mesmo a falar. E agora falo melhor e compreendo melhor as pessoas. Foi tempo muito bem empregue”. O sentimento é de Manuel Marques, um dos dez adultos que, na tarde de terça-feira, dia 18 de dezembro, viu as suas competências ao nível do 4º ano de escolaridade serem certificadas, através de uma avaliação feita pelo Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Trofa e validadas pela DREN (Direção Regional de Educação do Norte). Juntamente com Manuel Marques, mais nove adultos concluíram uma fase que mudou as suas vidas por completo. O percurso iniciou-se através da Trofa Comunidade de Aprendentes (TCA), valência municipal entretanto extinta, através do curso “Aprender a Ler, Escrever e Contar”.
A professora Maria Rosa Lage, sem coragem para interromper o curso, continuou o seu trabalho de forma a possibilitar que os alunos pudessem garantir a certificação ao nível do 4º ano. O dia de terça-feira foi “importante e feliz” para a professora voluntária do projeto, que viu, no total, 21 adultos a “conseguirem o 4º ano”. Os formandos, oriundos da vila do Coronado, do Muro e da cidade da Trofa, estavam “muito nervosos e ansiosos”, o que é normal, uma vez que o exame é “algo novo para eles” que “nunca estiveram numa sala de júri”. “Estavam bastante preocupados, mas acho que se portaram muito bem”, afirmou. Maria Rosa Lage recordou que alguns nem tinham a 1ª classe, outros a “2ª mal feita” e outros tinham a “3ª completamente esquecida”, sendo que este curso é “uma aprendizagem de tudo ao longo da vida”, onde aprenderam “a pintar, a recortar, as cores (que muitos não sabiam), a desenhar, escrever, ler, contar, as quatro operações (somar, subtrair, multiplicar e dividir), a raciocinar, a partilhar, a conviver, a falar, a comunicar e a dar”. “Eram pessoas muito fechadas que viviam no seu mundo, mas aprenderam a conviver. Neste momento, eles são novas pes-
Dez adultos viram as suas competências certificadas
soas”, salientou, acrescentando que, no final do exame, estavam “felizes e mais tranquilos”. A professora denotou que existem “alguns” adultos que estão “com vontade de continuar” a aumentar as suas competências. A docente espera que o projeto possa continuar, tendo contado, neste “último ano”, com a muita ajuda das “juntas de freguesia de S. Romão, S. Mamede e Muro”, que foram “maravilhosas” e “estão disponíveis a continuar com este projeto”. Lucinda Azevedo era a mais
nova do grupo de dez formandos. Apesar de estar um “bocado nervosa”, garante que o exame correu “bem”. Durante o curso, aprendeu “a ler e a escrever”, uma vez que tinha “muita dificuldade”, pois abandonou a escola quando “era pequena”. Quando descobriu a valência do TCA, decidiu inscrever-se, pois precisava “muito de saber ler” para desempenhar bem o seu trabalho. “Foi muito sacrifício, pois andava sempre a correr de um lado para o outro. De manhã ia estudar e à tarde trabalhar até às 22 horas. Mas graças a Deus fiz o
4º ano e vou fazer o 5º e o 6º e por aí fora”, acrescentou. Manuel Marques, o mais velho do grupo, foi outro adulto que viu as suas competências certificadas. Com 82 anos, aprendeu a fazer “muita coisa”, nomeadamente “muita pintura” e “boas letras”. Para Manuel Marques o tempo foi “muito bem empregue”, pois agora fala e compreende “melhor as pessoas”. Se pudesse aconselhava as pessoas a aproveitar esta oportunidade de certificar as suas competências, pois “isto não vai durar sempre”.
Musical da ACRESCI com lotação esgotada Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
ACRESCI levou ao palco do auditório da Junta de Santiago o musical do filme de animação “Rei Leão” e nas três sessões contou com casa cheia. A história do pequeno leão Simba saltou do ecrã para o palco, no fim de semana de 29 e 30 de dezembro. O musical baseado no filme de animação da Disney teve três sessões e casa cheia em todas elas. Um motivo de “orgulho” para a direção e restantes elementos da Associação Cultural Recreativa e Social de Cidai (ACRESCI), promotora do
espetáculo, realizado no auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, que contou com mais de 400 espectadores. Depois da primeira experiência em 2011 com o musical da Leopoldina, a direção da coletividade nem tinha previsto repetila, no entanto, o grupo que tinha participado no espetáculo encorajou a associação a avançar com o Rei Leão. “Consultamos o grupo das tradições infantis de Cidai, os familiares das crianças também ficaram agradados com a ideia e em dois meses preparamos a peça”, explicou José Carlos Costa, presidente da ACRESCI. Os restantes atores foram
“elementos, amigos e familiares da coletividade”. Em “dois dias” os ingressos gratuitos esgotaram e, a par da performance dos 50 e tal intervenientes, surpreendeu a direção. A encenação foi, em grande parte, preparada por Susana Isabel Costa, membro da associação e responsável pelo grupo de tradições infantis, que já o ano passado tinha coordenado a apresentação da Leopoldina. José Carlos Costa quis agradecer a todas as pessoas que colaboraram no espetáculo, como as que ajudaram no guarda-roupa e máscaras, luz e som. “Foi graças a elas que a peça também saiu enriquecida”, sublinhou.
Musical teve casa cheia nas três sessões
Exposição de fotografia na Casa da Cultura Casa da Cultura da Trofa inaugura, no sábado, pelas 15 horas, a primeira exposição de 2013: “Palavras d’Olhar”, uma mostra de fotografia do fotógrafo amador Jorge Pimentel. “Palavras d’Olhar” é o nome da primeira exposição inaugurada na Casa da Cultura em 2013. De 5 a 26 de janeiro, os amantes da cultura e, especialmente, da fotografia podem contemplar os trabalhos de Jorge Pimentel, que “retratam o compromisso que assumiu com o sentir, revelando assim a sintonia que pensa existir entre o olhar que vê, a alma que sente e a linguagem que o verbaliza”. Atualmente professor do 1º ciclo em Vila Nova de Famalicão, Jorge Pimentel é um fotógrafo amador que já expôs na Casa Museu Soledad Malvar (Famalicão), no Museu da
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3 de janeiro de 2013
Indústria Têxtil (Famalicão), no ItSoCafé (Porto), na Biblioteca Municipal de Mirandela, na Casa de Cultura de Vimioso, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, na Casa Museu Adelino Ângelo de Vieira do Minho, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira de Bragança e no Museu de Arte Sacra de Penafiel. Jorge Pimentel é natural do concelho de Vimioso e “é entre a Terra Fria, o Planalto Mirandês e a “raia” que encontra as suas mais profundas referências”. “É no Minho que retoma uma velha paixão, a fotografia, ao mesmo tempo que novos desafios profissionais o conduzem ao aprofundamento de conhecimentos sobre as possibilidades educativas do universo web, cria ainda a blogue ‘São Só Meus Olhares’ para repositório de alguns ‘olhares dos olhos e da alma’”, referiu fonte da autarquia.
Desporto
Trofenses no Torneio de Natal de kickboxing Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Atletas trofenses participaram no Torneio de Natal, na modalidade de kickboxing, em Fafe. Grupo de alunos da escola Lifecombat resultante da parceria com a Cruz Vermelha foi ver os combates. Filipe Bacelo, 16 anos, teve a primeira experiência de combate numa competição de kickboxing e não podia querer melhor estreia, ao sair vitorioso do confronto num Torneio de Natal, que se realizou em Fafe, a 22 de dezembro. O atleta que veste a camisola da escola Lifecombat não foi o único trofense em combate, pois também Alexandre Carvalho lutou,
porém, “embora já experiente e apesar de um bom desempenho não conseguiu levar por vencido o seu adversário”, explicou fonte da escola. Para além destes atletas, a Lifecombat esteve ainda representado por outros quatro atletas e pelo grupo de alunos da parceria com a delegação da Trofa da Cruz Vermelha, através do Projeto Ter Prevenção. Os jovens tiveram a oportunidade de ver pela primeira vez combates da modalidade e “muitos deles manifestaram vontade de seguir as pisadas dos seus colegas mais experientes e se continuarem a evoluir positivamente irão participar no Campeonato Regional dos escalões mais jovens que se irá realizar em maio”, anunciou a responsável da esco-
la por este projeto, Nádia Barbosa, que aproveitou para “agradecer à Câmara Municipal a cedência de transporte”. Pedro Martins, 16 anos, é o capitão de equipa do núcleo da Trofa e refere que “integrar esta grande escola é um orgulho”. “Já pratiquei outros desportos, mas este é o que sempre quis e graças a este projeto posso agora evoluir nesta modalidade e quem sabe um dia trazer uma medalha para a escola e para a cidade da Trofa. Somos um grupo unido e sinto que é como uma segunda família para mim”, afiançou. Já a pequena Eugénia, de sete anos, gostou “muito” de ver o torneio e admite “treinar muito para um dia combater”.
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14 Desporto
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3 de Janeiro de 2013
Trofense termina ano como “lanterna vermelha” Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Trofense perdeu com o Belenenses e virou o ano no último lugar da 2ª Liga. O Clube Desportivo Trofense passou para o novo ano no último lugar da 2ª Liga. Na 20ª jornada, diante do líder Belenenses, a equipa que ainda não teve Micael Sequeira no banco (ainda aguarda por credenciais do Instituto Português do Desporto e Juventude) foi a primeira a criar perigo, com um remate de Leandro ao qual o guarda-redes Jones respondeu com uma boa intervenção. A resposta dos “azuis” do
Restelo surgiu aos 20 minutos, com um remate de Fernando Ferreira que saiu ao lado da baliza. A formação lisboeta conseguiu chegar ao último reduto mais duas vezes, com cabeceamentos de Kay e, depois, de João Meira, mas em ambas as situações a bola não entrou. Aos 39 minutos, o líder do campeonato conseguiu inaugurar o marcador. Na sequência de um livre, Kay cruzou para a grande área, onde surgiu o defesa trofense Tiago Lopes a cortar para a barra. A bola ressaltou de novo para o coração da área e, na recarga, Fernando Ferreira atirou para o fundo das redes defendidas por Marco Gonçalves.
Na etapa complementar, Fredy deslumbrou-se ao isolarse em frente a Marco Gonçalves e atirou ao lado. O Trofense ainda teve oportunidade de empatar, na sequência de um canto, mas Aires não teve cabeça para acertar na baliza. Logo a seguir, aos 73 minutos, o Belenenses queixou-se de uma grande penalidade a sancionar uma suposta falta do guardião trofense sobre Fernando Ferreira, mas o árbitro Rui Silva nada assinalou. A dez minutos do fim, Si Salem concluiu uma boa jogada coletiva, fixando o resultado em 2-0. Enquanto o Belenenses carimbou a oitava vitória consecu-
arquivo
Vítor Oliveira esteve, novamente, no banco a orientar a equipa
tiva no campeonato, o Trofense somou a sétima derrota seguida, descendo ao último lugar, com 14 pontos, já que o Freamunde venceu o Benfica B. Esta época, em todas as competições, a equipa da Trofa
sofreu golos em 18 jogos e marcou em dez. E em 18 jogos venceu apenas dois. Na próxima ronda, a 6 de janeiro, o Trofense recebe o União da Madeira, numa partida marcada para as 15 horas.
Bougadense perde e está a dois pontos da descida jornada número 15, a formação de Santiago de Bougado perdeu no terreno do Leverense por 1-0, Equipa de Santiago de com um golo marcado aos 67 Bougado perdeu com o minutos, por Pedro Ferreira. Leverense por 1-0 e está na Para Pedro Pontes, treinador 15ª posição, a dois pontos da do Bougadense, foi “um bom zona de despromoção. Treijogo de futebol, com duas equinador espera que 2013 traga pas muito competitivas, que rimudança de rumo para convalizaram de igual para igual, quistar o objetivo de terminar ambas coesas e esclarecidas época na primeira metade da em termos defensivos e intelitabela classificativa. gentes nas transições”. O único tento da partida, O Bougadense não conseacrescentou, “surgiu num exceguiu despedir-se de 2012 com lente pontapé de meia distância um triunfo e, em vez disso, so- que não deu a mínima hipótese mou o sétimo jogo sem vencer de defesa a Jonas”. na série 1 da 1ª Divisão da AssoO técnico não deixou de aponciação de Futebol do Porto. Na tar o dedo ao árbitro da partida, Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
que “não assinalou grande penalidade primeiro num derrube a Fábio Moura e depois por uma mão de um atleta do Leverense a cortar um cruzamento que chegaria a Tó Maia”. Assinalando que “desde o início da temporada” não foi marcado nenhum penálti a favor do Bougadense, Pedro Pontes referiu ainda que é “inexplicável” a amostragem de nove cartões amarelos e um vermelho (para um jogador do Leverense). Mas o treinador sabe que a equipa “não vive de vitórias morais” e que a conquista de pontos é premente numa altura em que ocupa o 15º lugar, a dois pontos da zona de despromo-
Necrologia Faleceu no dia 28 de dezembro, com 92 S. Martinho de Bougado anos. Eduardo de Magalhães Faleceu no dia 26 de dezembro, com 61 Viúva de Lino de Sousa Maia anos. Divorciado Cândido Luís de Barros Dra. Paulina Maria Figueiredo Geraldes Faleceu no dia 30 de dezembro, com 96 Leal Félix anos Faleceu no dia 26 de dezembro, com 50 Viúvo de Custódia da Silva Lopes anos. Falecimentos realizados Casada Engº Rui Jorge Botelho Félix Santiago de Bougado Gumersinda Oliveira da Silva
por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva.
ção. “Não estamos satisfeitos. Equilibrar o jogo e sermos competitivos não é suficiente e o Bougadense tem de se deslocar a qualquer terreno, marcar golos e ganhar, quer seja contra o primeiro ou o último classificado”, afiançou. Ainda não foi desta que a formação bougadense conseguiu triunfar fora de casa, facto que se explica, “em parte”, das “inúmeras dificuldades que existem para apresentar uma equipa consistente”, já que a equipa “nunca repetiu um onze em 15 jogos”. “Esperemos que o novo ano nos traga bons resultados e principalmente boas exibições. Aconteceu-nos quase tudo o que
havia para acontecer e a situação só pode melhorar, pior é difícil. A nossa classificação não é condizente e continuo a manter o que disse no início da temporada, quando referi que era nosso objetivo ficar na primeira metade da tabela. Acredito no trabalho desenvolvido e temos obrigatoriamente de corresponder a todas as expectativas dos responsáveis do clube, dando uma resposta com resultados”. Desejando um “ótimo ano de 2013 para todos os jogadores, restante equipa técnica e adeptos da equipa”, Pedro Pontes espera somar três pontos já na próxima partida no terreno do Vila FC, no domingo, pelas 15 horas.
Desporto 15
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3 de janeiro de 2013
Ginásio da Trofa e Vigorosa terminam 2012 na S. Silvestre de Santo Tirso Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Ginásio da Trofa e Vigorosa terminaram ano a competir na S. Silvestre de Santo Tirso.
José Teixeira fez 30 anos de atletismo Patrícia Pereira A. Costa
José Teixeira festejou 30 anos de carreira no atletismo, num jantar-convívio com atletas amigos. O seu maior desejo era a realização de uma prova comemorativa do seu 30º aniversário, na Trofa. “Mais de mil taças” compõem o museu de José Teixeira que, o ano passado, completou 30 anos de carreira no atletismo. Mas nem sempre José Teixeira esteve ligado ao atletismo. Antes de competir na modalidade, chegou a jogar futebol em Vila Nova de Famalicão, mas por “duas vezes”, partiu “a perna”. A partir daí “nunca mais” jogou futebol e foi aí que descobriu o atletismo. Foi com 19 anos que começou a competir no Ginásio da Trofa , tendo amealhado, ao longo destes anos, milhares de taças e medalhas. Já ganhou “muitas provas”, nomeadamente no “Canadá e França”, e tem dificuldade em recordar-se de todas elas. Quando era “mais novo” e “tinha velocidade” participou várias vezes nas provas de Santo Tirso e chegou mesmo a competir pelo Futebol Clube do Porto. A prova que “mais gostou” foi a de S. Silvestre na Madeira, na década de 80, onde por três ve-
zes foi campeão, duas delas pelo Ginásio da Trofa. Em 1982, recorda-se, foi bicampeão nacional, na modalidade de maratona. Quando questionado pelos títulos adquiridos ao longo dos anos, José Teixeira respondeu: “Ui nem me fale em taças, tenho mais de mil em casa. Se for lá, vê as medalhas nacionais, regionais e de campeões”. Agora com 49 anos, o atleta trofense continua a competir no escalão de veteranos, tendo sido, “há dois anos”, campeão na prova de “cinco e dez mil em pista”. “Ainda há 15 dias”, ganhou o corta-mato das Taipas, no escalão mais de 45 anos. Na sua família, foi a filha que lhe seguiu as pegadas, tendo já praticado atletismo. Mas, contrariamente ao pai, desistiu do atletismo e agora “joga futebol”. Neste momento, o que José Teixeira mais “gostava de fazer” era uma prova que assinalasse o 30º aniversário de carreira no atletismo, nos meses de fevereiro ou março. Mas antes, tem que “arranjar patrocínios”. Aproveitando esta data emblemática para si, José Teixeira apela aos mais jovens atletas para continuarem a competição e “ganhar para a frente”, mencionando os atletas Rui Pedro Silva e David Figueiredo. O primeiro, “o melhor portu-
guês” para José Teixeira, não faltou a este jantar-convívio, pois conhece-o “desde pequeno”, já do tempo em que “corria no Ginásio da Trofa”. “A amizade foise fortalecendo e ainda treino com ele de vez em quando. É um amigo que vai ficar para sempre”, afirmou Rui Pedro Silva. Quanto à ideia de José Teixeira para a realização de uma prova de atletismo na Trofa, Rui Pedro Silva é da opinião de que seria uma “boa iniciativa” pois ia “incentivar as crianças na escola”. Para que isso acontecesse, Rui Pedro Silva afirmou que seria necessário “um grande investimento de algumas pessoas e instituições”, tais como “a Câmara Municipal e as melhores firmas da Trofa”. “Para fazer um grande prémio e para ter os melhores atletas nacionais é preciso dinheiro, porque hoje ninguém corre de borla, pois há muitos que são profissionais, como eu”, concluiu. O jantar, que se realizou num restaurante em Cedões, Santiago de Bougado, teve como ementa o arroz pica no chão. Um convívio que contou com atletas medalhados das equipas do Benfica, Maia, Conforlimpa (Lisboa), Liberdade de Famalicão, Associação Cultural Recreativa Vigorosa, Escola Rosa Oliveira (Famalicão) e Associação Moinhos de Vermoim (Famalicão).
A equipa do Ginásio da Trofa terminou o ano competitivo na corrida de S. Silvestre de Santo Tirso, na qual arrecadou alguns lugares no pódio, no dia 29 de dezembro. Exemplo do benjamim José Silva que venceu, enquanto a colega de escalão Filipa Sá foi 5ª classificada. Em juvenis, Andreia Rodrigues ficou em 1º lugar, enquanto João Ferreira ficou-se pela 3ª posição. No escalão de infantis, Paulo Neto obteve a 6ª posição e Sara Teixeira a 4ª. Já os iniciados Tiago Silva, Fábio Rodrigues e Hugo Martins conseguiram as 4ª, 10ª, e 17ª posições, respetivamente. No mesmo escalão Ana Ribeiro foi 5ª classificada e Khrystina 9ª. No dia seguinte, em Braga, Elsa Maia participou nos 400 metros e obteve o 3º lugar. Para a coletividade, 2012 foi um ano de grandes vitórias. Recorde-se os feitos de Andreia Rodrigues e Elsa Maia, que representaram a seleção nacional portuguesa nos Jogos da CPLP 2012 e conseguiram o 2º lugar nos 800 metros e o 1º nos 400 metros, respetivamente. No Olímpico Jovem, Andreia Rodrigues ficou em 2º lugar nos dois mil metros obstáculos com um tempo de 7:20 minutos, enquanto Elsa Maia venceu os 800 metros com um tempo de 2:15 minutos. Nos Campeonatos Nacionais de Juvenis, Andreia Rodrigues participou mais uma vez nos dois mil metros obstáculos,
vencendo a prova com um tempo de 7:16 minutos e ficando-se no 4º lugar nos três mil metros. Elsa Maia participou nos 300 e nos 800 metros. A Associação Cultural e Recreativa Vigorosa também participou na S. Silvestre de Santo Tirso com vários atletas. Alice Oliveira (5ª classificada), Patrícia Moreira (19ª), Ana Lopes (21ª) e Jéssica Faria (29ª) conseguiram o 3º lugar coletivo, enquanto a benjamim Joana Martins terminou em 12º lugar, o infantil Rui Rocha em 3º e a iniciada Ana Oliveira em 32º. Em juniores, Joaquim Figueiredo concluiu a prova na 8ª posição, ao passo que Deolinda Oliveira, em veteranos, foi 3ª classificada, seguida das colegas Conceição Correia (22ª), Paula Rodrigues (33ª), Manuela Rodrigues (39ª). Em veteranos mais de 50 anos, Abílio Marques terminou no 23º lugar e em veteranos mais de 55 anos, Francisco Rodrigues ficou em 20º, António Neto em 40º e Carlos Frutuosa em 69º. No dia anterior, a coletividade esteve representada no torneio de abertura de pista coberta, no Parque de Exposições Municipal de Braga. No salto em comprimento participaram os infantis e iniciados João Gomes (5º), Alexandre Sá (12º) e Tiago Sá (27º) e o juvenil Sérgio Silva (5º). Nos 60 metros planos, em infantis, Tiago Sá foi 10º classificado, enquanto em iniciados classificaram-se João Gomes (5º) e Alexandre Sá (10º). Sérgio Silva, em juvenis, terminou em 16º, enquanto em infantis femininos participaram Ana Lopes (5ª), Alice Oliveira (8ª), Patrícia Moreira (9ª), Maria Maia (10ª) e Juliana Teixeira (20ª). A iniciada Sara Faria foi 10ª classificada.
Camadas Jovens CD Trofense Iniciados B Trofense 0-3 Sousense (9º lugar, 21 pontos Infantis Coimbrões 2-0 Trofense (9º lugar, 25 pontos)
16 Atualidade
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3 de Janeiro de 2013
Joaquim Couto é candidato do PS à Câmara de Santo Tirso
Um ponto. Apenas um ponto ditou a vitória de Joaquim Couto sobre Ana Maria Ferreira, nas diretas da Comissão Política Concelhia do PS de Santo Tirso, realizadas no sábado, 29 de dezembro, para ditar o candidato à Câmara Municipal de Santo Tirso nas eleições autárquicas de 2013. Joaquim Couto socialista, que já foi presidente da Câmara tirsense entre 1982 e 1999, venceu com 358 votos, mais um que os obtidos por Ana Maria Ferreira. Registaram-se ainda três votos
nulos e três em branco. “Os militantes perceberam que eu sou o candidato melhor colocado para assegurar que a Câmara vai continuar nas mãos do PS. Nas candidaturas anteriores, sempre consegui votações muito acima dos 50 por cento, com votos saídos de vários quadrantes”, referiu à Lusa Joaquim Couto. Vencidas as diretas, Joaquim Couto terá agora a missão de “reagrupar” os militantes do concelho para “constituir um projeto forte” que mereça a confiança dos eleitores, nas eleições de 2013. “Estou convencido de que, muito rapidamente, estaremos todos de novo a remar na mesma direção”, acrescentou. Já um elemento da concelhia do PS de Santo Tirso é de opinião que a tarefa de escolher a lista candidata à Câmara será “tudo menos simples”.
Festejar a quadra natalícia, praticando exercício físico foi o desafio lançado pela Câmara Municipal da Trofa a todos os seniores do concelho, no dia 27 de dezembro. A Festa de Natal realizou-se na Academia Municipal da Trofa Aquaplace e durante a tarde, os convidados estiveram no centro das atenções numa mega aula de ginástica. Neste convívio de Natal participaram também os utentes das
instituições trofenses como Santa Casa da Misericórdia da Trofa, Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Bougado, ASAS – Centro Comunitário da Trofa e Muro de Abrigo, os quais estão também integrados nas aulas de ginástica sénior e hidroginástica ao longo do ano. No final, os participantes puderam retemperar energias com um lanche, onde não faltou o bolo-rei. C.V.
Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Joaquim Couto venceu as eleições diretas da comissão política concelhia do PS de Santo Tirso e é o candidato do partido à Câmara, nas eleições autárquicas de 2013.
Ana Maria Ferreira é a atual vice-presidente da autarquia de Santo Tirso e recolhia o apoio do presidente Castro Fernandes – e também líder da concelhia do partido - que não se pode recandidatar devido à lei da limitação dos mandatos. Quando apresentou a sua candidatura à concelhia do PS, Joaquim Couto afirmou à Lusa que “pela longa permanência do atual presidente de câmara e da gestão partidária no concelho”, “é necessário dar um safanão, uma refrescadela e uma reforma profunda no PS ao nível do concelho”, sublinhando estar “em condições” para dar um contributo, dentro do PS, para essa mudança. “Eu acho que, globalmente, a gestão socialista da Câmara com o atual presidente [Castro Fernandes] é positiva. O atual presidente, por força da lei, não
pode concorrer e obviamente o PS tem que estar refrescado e reformulado”, enfatizou. Por seu lado, Ana Maria Ferreira considerou-se “a melhor candidata” à Câmara e acusou a distrital do partido de “impor” a candidatura do adversário político “num perfeito desrespeito pelos militantes de Santo Tirso”. “É de ambição pessoal. A
minha cumpre todos os requisitos, é subscrita por 65 por cento da concelhia e conta com o apoio do atual presidente da câmara e da concelhia [Castro Fernandes], de 90 por cento dos autarcas socialistas do concelho, do primeiro presidente de Câmara de Santo Tirso e de dois atuais vereadores, entre muito outros”, afirmou.
dos mais utilizados na secagem de flores, alguns dos quais experimentados pelos formandos, são: “secagem natural, em que as flores são apanhadas na Natureza e colocadas a secar, penduradas em locais apropriados; secagem por prensa; secagem por processos químicos; secagem em areia ou farinha”. Dora Gonçalves explicou “os cuidados de preparação e as várias utilizações” das flores na culinária. “As flores comestíveis têm proteínas, vitaminas A, B, C e E, aminoácidos, gordura, amido e muitos minerais importantes para uma alimentação saudável e completa”, explicou a formadora durante o workshop.
Existem algumas que são mais conhecidas, pois temos à nossa mesa quase que diariamente, como a couve-flor, os brócolos, a alcachofra e a flor de abóbora. Também são comestíveis as capuchinhas, as rosas, as begónias, as calêndulas, os amores-perfeitos, os crisântemos, as tulipas, as flores de alfazema, as cravinas, verbenaslimão, girassol, cravo, prímulas, cravo-da-índia, lírios, jasmim, gladíolo, violeta selvagem, borragem, dente de leão, papoila, gardénia, malva, alteia, magnólia, camomila, petúnia, gerânio (sardinheira), margarida, jacintos, dália (o tubérculo também é comestível), hibiscos e ainda flo-
res de rúcula, cebolinho, alcachofra, abóbora, valeriana, ervilha-de-cheiro, sabugueiro e laranjeira. “O amor-perfeito, por exemplo, é conhecido pelas propriedades diuréticas e é muito requisitado para saladas e sobremesas. A flor da borragem, oriunda do norte de África, é secularmente conhecida por possuir efeitos benéficos sobre o corpo e a mente. Deve ser sempre utilizada fresca, uma vez que perde as suas propriedades depois de seca, e marca presença frequente em saladas ou em bolos e sobremesas”, explicou a formadora.
Joaquim Couto venceu por um voto de diferença
Seniores festejam quadra natalícia a fazer exercício
Flores que se comem Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Sabia que as rosas podem ser utilizadas na culinária? E que o amor-perfeito é conhecido pelas propriedades diuréticas e muito requisitado para saladas e sobremesas? Estas e muitas outras curiosidades sobre flores comestíveis foram afloradas nos workshops organizados pela Associação para a Proteção do Vale do Coronado. Oriundos da Trofa, Vila Nova de Famalicão, Paredes, Alfena, Aveiro, Maia e Porto, os formandos que “encheram” o salão da
Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado aprenderam sobre secagem de flores e flores comestíveis, nos workshops organizados pela Associação para a Proteção do Vale do Coronado, durante o dia de sábado, 29 de dezembro. Jaime Vieira, fitopatologista e paisagista, e Dora Gonçalves, engenheira química, foram os formadores de serviço. O primeiro, responsável pelo workshop sobre secagem de flores explicou que “quase todas as flores podem ser secas, com exceção das que têm pétalas muito delicadas ou pecíolos demasiado curtos, como os lírios e os amores-perfeitos”. Quanto aos méto-