28 de março de 2013 N.º 416 ano 11 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Política pág. 11
Sérgio Humberto apresenta candidatura Atualidade pág. 3
Loja assaltada duas vezes em 6 dias Moda pág. 10
Polícia pág. 3
Homem sequestrado e assaltado em S. Romão Polícia pág. 3
Baía elogia coleção de Torcato
Encapuzados assaltamcafé
2 Atualidade
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28 de março de 2013
“Bispo do Benfica” com reportagem na SIC
Agenda Dia 29
Durante dois dias, sexta-feira e sábado (22 e 23 de março), a equipa de reportagem da Sic deslocou-se até à Trofa, para entrevistar Miguel Costa, mais conhecido como “Bispo do Benfica”. Foi “numa brincadeira” que surgiu a ideia de mostrar a vida de Miguel Costa, por detrás daquilo que as pessoas conhecem como “Bispo do Benfica”, desde
o seu local de trabalho, ao trabalho voluntário que desenvolve nos Bombeiros Voluntários da Trofa e como massagista de uma equipa de futebol. A reportagem, com duração de “cerca de 15 minutos”, vai ser transmitida no Jornal da Noite do próximo domingo, dia de Páscoa, 31 de março. P.P.
Trofense Cup, no Complexo Desportivo de Paradela 22.30 horas: Leitura do Testamento e Queima do Judas, no Salão de Chá Aquário Dia 30 Trofense Cup, no Complexo Desportivo de Paradela
foto: Álvaro Silva
ASAS celebra a primavera
Reportagem é transmitida no Jornal da Noite da Sic, no domingo
A Associação de Solidariedade e de Ação Social (ASAS) de Santo Tirso organizou na sextafeira, 22 de março, uma festa para “brindar” à chegada da primavera. Esta iniciativa contou com utentes do Lar Padre Joaquim Ribeiro e da associação Muro de Abrigo. Entre utilizadores e convidados, estavam presentes 70 pessoas. O grupo musical Saberes com Sentidos recebeu os convi-
dados com músicas referentes à primavera. A Escola Passos de Dança também animou a festa com as suas bailarinas. Os convidados também fizeram algumas atuações e no final foi servido um pequeno lanche para todos. Alusivo à primavera é o crescimento das flores e estas foram também parte integrante da festa e, no final, foram distribuídas pelas crianças e jovens do grupo ABCriativo. D.F.
Cronista do NT defendeu tese de doutoramento Mudança de hora dia 31 O cronista d’O Notícias da Trofa, José Maria Moreia da Silva, defendeu publicamente, no dia 15 de março, a sua tese de doutoramento em Ciência Política, Cidadania e Relações Internacionais, na sala de Atos da Universidade Lusófona do Porto. “As Reformas Administrativas e a divisão territorial desde a romanização até ao século XXI”
foi o tema da tese, que foi “aprovada por unanimidade”, com a classificação de Muito Bom, pelos júris João Almeida Santos, presidente da mesa, António José Fernandes, orientador, e pelos vogais José António de Oliveira Rocha, Nuno Vasconcelos e Sousa, Adelino Torres Guimarães e José António Passos Palmeira. P.P.
A hora de verão vai chegar no domingo, dia 31 de março, por isso, os relógios em Portugal devem ser adiantados 60 minutos em todo o País, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa. Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser adiantados 60 minutos à uma hora da madrugada de domingo, passando para as duas horas. A mudança ocor-
re mais cedo na Região Autónoma dos Açores, onde, à meianoite de domingo, os relógios deverão ser adiantados uma hora. A próxima mudança de hora, para a hora de inverno, vai ocorrer no último domingo de outubro, ou seja dia 27. Durante todo o período em que vigorar a hora de verão, Portugal terá mais uma hora do que o tempo universal coordenado (UTC).
15 horas: Oliveirense-Trofense Dia 31 21.30 horas: Atuação da Orquestra Ritmos Ligeiros, no Largo Manuel Canejo, em Cidai, Santiago de Bougado Dia 1 15 horas: Atuação de grupos folclórios, no Largo Manuel Canejo, em Cidai, Santiago de Bougado
Farmácias de Serviço Dia 28 Farmácia Moreira Padrão Dia 29 Farmácia de Ribeirão Dia 30 Farmácia Trofense Dia 31 Farmácia Barreto Dia 1 Farmácia Nova Dia 2 Farmácia Moreira Padrão Dia 3 Farmácia de Ribeirão Dia 4 Farmácia Trofense
Telefones úteis Moreira da Silva concluiu doutoramento
Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa, Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago
Nota de redação Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt
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Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714
Polícia 3
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28 de março de 2013
Assalto à Milénio Gold rendeu 330 euros
Homem sequestrado e assaltado em S. Romão Patrícia Pereira Hermano Martins
Um homem foi sequestrado e assaltado na noite de segunda-feira, dia 25 de março, junto à Estação da CP de S. Romão do Coronado. Indivíduo foi atraído para o local para um encontro amoroso. Loja foi assaltada duas vezes em seis dias
Em apenas seis dias, a loja de compra e venda de ouro Milénio Gold foi assaltada por duas vezes, tendo sido furtados num total de 330 euros. O primeiro assalto ocorreu cerca das 16.50 horas de quinta-feira, dia 21 de março. Segundo o que o NT conseguiu apurar, um jovem, com cerca de 20 anos, entrou na loja, situada na Rua Conde S. Bento, em S. Martinho de Bougado, empunhando uma faca com cerca de 20 centímetros, enquanto outro aguardava no exterior. O indivíduo, que usava uma camisola com um capuz, obrigou a funcionária a entregar-lhe 155 euros e fugiram apeados. Já na quarta-feira, dia 27, cerca das 11 horas, terão sido os mesmos indivíduos a assaltarem a loja, mas desta vez inverteram
os papéis. O modus operandi foi o mesmo, enquanto um aguardava no exterior, o outro obrigava a funcionária a entregar 175 euros, com uso de uma faca, colocando-se em fuga apeada. Em função da descrição dos indivíduos, a GNR procedeu à busca pelas ruas da Trofa, encontrando, na Estação Nova, um jovem de 19 anos, que correspondia à descrição feita por algumas testemunhas. Depois de ser identificado, o jovem, morador na Trofa, apenas foi considerado como suspeito, uma vez que não tinha consigo nada que o relacionasse com o assalto. O NT tentou obter esclarecimentos junto da funcionária do estabelecimento comercial contudo esta mostrou-se indisponível para prestar declarações. C.V.
Viatura todo terreno furtada em Guidões
Quando se preparava para se encontrar com uma jovem que conheceu num chat, um homem, com cerca de 40 anos, não contava com o desfecho que a sua noite ia ter: foi sequestrado e assaltado. Ao que o NT conseguiu apurar, o homem, morador em Gondomar, conheceu uma jovem, que se apelidava de Tatiana e dizia ter 24 anos, através do “chat” do teletexto. Depois de várias conversas, que já duravam há alguns dias, decidiram marcar um encontro para se conhecerem. Combinaram então cerca das 22 horas junto aos armazéns na Rua Gago Coutinho, em S. Romão do Coronado, pois, segundo a jovem, seria próximo da sua casa. Reconhecendo as características do veículo do homem, a jo-
vem entrou na viatura e cerca de um minuto depois, a viatura começou a ser abanada por três encapuzados, dois com cerca de 20 e outro com cerca de 40. O indivíduo terá tentado ligar o motor do carro para se por em fuga, mas a jovem terá impedido, colocando-se em fuga. Os agressores entraram dentro da viatura e, empunhando uma arma de fogo, uma navalha e um pau, colocaram o homem no banco de trás. Na viatura terão seguido até a uma caixa multibanco do banco Santander Totta com o intuito de levantar dinheiro, mas como a conta bancária estaria a zero, regressaram ao local, junto à Estação da CP
de S. Romão do Coronado, onde deixaram a vítima depois de lhe terem roubado os três telemóveis e 80 euros em dinheiro, que tinha na carteira. Depois ter-se-ão colocando em fuga noutra viatura, não havendo dados que permitam identificar a marca e modelo. Segundo o que o NT conseguiu apurar, quando a vítima foi deixada no local, deslocou-se a uma empresa, tendo pedido a um segurança que lhe emprestasse o telemóvel para contactar a Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa, que passou o caso para a Polícia Judiciária do Porto, que na mesma noite esteve no local.
Detidos infratores do Código da Estrada
O todo terreno, que pertencia Uma viatura todo terreno, de Nestes últimos dias, três inmarca Mazda pick up, foi furta- a uma oficina de automóveis, es- divíduos foram detidos e notificada durante a madrugada de sá- tava estacionado na Rua Fernando dos para comparecer em tribuPessoa, em Guidões. C.V. bado, dia 23 de março. nal, por terem infringido o Código da Estrada. O primeiro caso remonta a sexta-feira, dia 22 de março, quando ocorreu um acidente de viação na Rua dos Jarretes, em Santiago de Bougado. A sede do Atlético Clube de las da sede, os indivíduos terão Um dos condutores envolvidos foi Bougadense foi alvo de uma visi- quebrado a parte inferior da por- detido pela GNR da Trofa por apreta e furtado um compressor, no sentar uma taxa de 3,26 gramas ta dos “amigos do alheio”, na madrugada de terça-feira, dia 26 valor de 120 euros, doze bolas, de álcool por litro de sangue. no valor aproximado de 120 de março. O homem de 45 anos, moraPara entrarem numa das sa- euros, e focos de iluminação. dor em S. Martinho de Bougado,
Sede do Bougadense assaltada
Foi neste local que o homem foi surpreendido por três indivíduos
foi detido e notificado para comparecer em tribunal na manhã de segunda-feira, dia 25. No entanto a sessão foi adiada para o dia 9 de abril. Já na segunda-feira, um homem de 55 anos, foi intercetado na Rua Infante D. Henrique, em S. Martinho de Bougado, quando conduzia um ligeiro de passageiros. Como não tinha habilitação para condução, o homem, morador em S. Martinho de Bougado, foi detido e notificado para comparecer em tribunal na
tarde do mesmo dia. Também na quarta-feira, dia 27 de março, a patrulha da GNR intercetou uma condutora de 34 anos, que conduzia um veículo ligeiro de passageiros na Rua do Sanguinhal, em Alvarelhos. Como não tinha habilitação para a condução, a mulher foi detida e notificada para se apresentar no início da tarde do mesmo dia, não sendo conhecidas as medidas de coação aplicadas até ao fecho da edição. C.V.
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28 de março de 2013
Furto a café causa prejuízos de 3 mil euros Meninos Cantores atuaram no Brasil
Indivíduos utilizaram carrinha para arrombar a montra do café
“Estava tudo destruído. Estive aqui desde as cinco até às nove da manhã a endireitar a montra, senão não podia abrir o café”. Foi desta forma que Daniel Cruz, gerente do café Refúgio, começou por contar os contornos do assalto ao seu estabelecimento, na madrugada de domingo, dia 24 de março. Segundo o gerente, faltavam 15 minutos para as cinco horas
quando soou o alarme do café, situado na Rua do Souto Santa Bárbara, em Guidões, depois de desconhecidos terem arrombado a montra do café com uma carrinha de caixa aberta, de marca Ford, que conduziam, provocando prejuízos de cerca de três mil euros. Houve testemunhas que assistiram ao assalto e contaram a Daniel Cruz que viram “quatro
indivíduos encapuzados” a entrarem dentro do estabelecimento e a furtarem uma máquina do tabaco, outra de batatas fritas e uma de brindes, colocando-se em fuga em direção à EN104. Os vizinhos alertaram a Guarda Nacional Republicana da Trofa que, juntamente com a Polícia Judiciária do Porto estiveram no local a recolher indícios. P.P.
Foi sempre em ambiente de festa que os Meninos Cantores do Município da Trofa (MCMT) protagonizaram os vários concertos que os levaram aos Brasil, para participar nas Comemorações do Ano de Portugal no Brasil, tendo atuado na Universidade Estatal do Rio de Janeiro, no Real Gabinete Português de Leitura, no Centro Cultural Banco Brasil, e no Museu Imperial da cidade de Petrópolis. Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, e Teresa Fernandes, vereadora da Educação, marcaram presença nesta viagem, tendo aproveitado para “atualizar as imagens recíprocas dos dois Países irmãos,
bem como para promover intercâmbios e estreitar os laços entre as duas comunidades lusófonas”. “Foi com enorme orgulho que os nossos MCMT representaram Portugal nestas comemorações, e levaram ecos da Trofa deste século XXI, numa ação internacional alargada, em que se celebrou a imensidão do presente, de Brasil e de Portugal, como países modernos, dinâmicos e plurais, assumindo-se esta viagem como mais uma ocasião de recordar a importância da nossa história e da herança que é de todos os que partilhamos a mesma língua e a mesma ancestralidade”, denotou. P.P.
Pedro Silva é o presidente do Conselho de Administração da Everjets
Responsável da Ricon anuncia investimento da Everjets no Aeroporto Sá Carneiro Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
A empresa Everjets anunciou na sexta-feira, dia 22 de março, o valor do investimento num hangar/sede no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto. “Quatro milhões de euros”. Este é o valor do investimento num hangar/sede no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, a cargo da Everjets, empresa que ganhou o concurso público de fornecimento ao Estado de 25 heli-
cópteros ligeiros de combate aos fogos florestais, e que “já está em fase final da construção”. Para Pedro Silva, presidente do Conselho de Administração da Everjets e líder do Grupo Ricon, este investimento permitirá “o desenvolvimento e internacionalização da empresa de aviação executiva”, uma vez que o “novo hangar”, com “uma área coberta de 3,5 mil metros quadrados e uma área total de cinco mil metros quadrados”, poderá receber “aeronaves de grande porte para trabalhos de manuten-
ção”, sendo “uma infraestrutura que não existia no Aeroporto Sá Carneiro nem em nenhum outro ponto do País para além de Lisboa”. “Estas características não só dotam o maior aeroporto do Norte do País de uma infraestrutura muito importante para o seu desenvolvimento, como permitem à Everjets ampliar o seu portefólio de serviços, uma vez que poderá ceder o seu hangar para operações de manutenção a grandes aviões, que até agora tinham de ser executadas em Lisboa ou fora do país”, referiu. Para além de uma escola de pilotagem, o novo hangar albergará ainda a nova sede da Everjets, que concentrará e desenvolverá toda a sua operação a partir do Aeroporto Sá Carneiro, sendo “a única empresa de aviação executiva” sediada no Porto e a operar a partir da capital do Norte do País. Pedro Silva anunciou ainda que o contrato com a EMA/INEM, que prevê o fornecimento de 25 helicópteros ligeiros de combate aos fogos florestais, será “as-
sinado dentro de poucos dias”, explicando que a “entidade adjudicante” ter entrado com “uma resolução fundamentada no Tribunal de Sintra”, o que “anula os efeitos da providência cautelar que tinha sido proposta pelo concorrente derrotado”. Recorde-se que no dia 22 de fevereiro, a Everjets entregou “à entidade adjudicante todos os documentos contratualmente exigíveis, assim como prestou a caução exigida, no valor de cerca de dois
milhões de euros – a mais elevada de sempre e pela primeira vez apresentada antes da assinatura do contrato”. Será José Pereira, diretor operacional da Everjets e “um piloto comandante com milhares de horas de voo e uma larga experiência na operação de combate aos fogos florestais”, que vai “coordenar todo o dispositivo que compete à Everjets”. Os primeiros três helicópteros serão apresentados para operação a 1 de junho.
Pedro Silva (à esq), com José Pereira e Paulo Faria
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28 de março de 2013
Serviços Públicos de proximidade em debate
Bloco prepara projeto para as autárquicas na Trofa Patrícia Pereira Cátia Veloso
Numa sessão pública, que decorreu no sábado, dia 23 de março, o núcleo da Trofa do Bloco de Esquerda discutiu a importância dos serviços públicos e anunciou que vai concorrer às autárquicas. Quase um ano depois de se apresentar à população, o Bloco de Esquerda (BE) prepara-se para concorrer às eleições autárquicas na Trofa. A ponta do véu foi levantada por Gualter Costa, coordenador concelhio do BE da Trofa, em declarações ao NT e à TrofaTv, à margem da sessão pública que o núcleo concelhio do partido promoveu, para discutir os serviços públicos de proximidade, numa sessão que decorreu no sábado, no auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado. Gualter Costa adiantou que a concelhia está “a ultimar” o seu projeto autárquico, avançando que, “em princípio”, o Bloco de Esquerda vai concorrer à Câmara e à Assembleia Municipal e muito provavelmente a “algumas juntas de freguesia”. João Teixeira Lopes, dirigente nacional do BE, foi um dos oradores da sessão e não se escudou a falar da importância de o partido estar representado na da Trofa. “Como é um concelho emergente e que tem tido protagonismo no mapa da região do Porto, é necessário que o BE esteja presente para ser uma voz que incomode o poder, defenda as populações e que nunca fechará os olhos perante situações de corrupção e de compadrio.
Creio que para a democracia local e para a Trofa, o BE será mais um contributo e um contributo muito vivo e provavelmente decisivo”, sustentou. Para além deste anúncio, o núcleo da Trofa do BE discutiu a “importância dos serviços públicos” para a comunidade, bem como para “a dinamização da economia local”. A intervenção de João Teixeira Lopes visava dar “algumas luzes” de como a concelhia do partido devia “orientar o projeto autárquico para suprimir a falha de serviços públicos que existem no centro da Trofa”. Durante a sua intervenção, Gualter Costa, delineou “as linhas mestras do projeto do Bloco na Trofa”, seguido de uma “pequena visita guiada” pela Trofa, através de fotografias, através das quais mencionou que o centro da cidade é o local onde se tem que “atuar urgentemente, para salvar o comércio, que está a ficar decadente, e para o salvar da fuga de pessoas”. No momento em que confrontou o “perímetro do centro da Trofa com a oferta de serviços públicos atualmente existentes”, Gualter Costa verificou que “praticamente não existem” e que esta situação está relacionada com “a degradação do centro”, tendo feito ainda “uma pequena comparação” entre a oferta de serviços públicos da periferia e a do concelho da Trofa. O “desemprego na Trofa” também não foi tema esquecido: “Fiz uma comparação da taxa de desemprego da Trofa com a taxa de desemprego dos concelhos vizinhos, para realçar a importância dos serviços públicos também na criação de emprego”. E como o tema da sessão ver-
Gualter Costa foi um dos oradores da sessão pública
sava sobre os serviços públicos, a vinda do Metro para a Trofa também esteve em destaque. Gualter Costa salientou que o Metro “sempre foi e será uma prioridade” para o BE, recordando que na Assembleia da República o partido apresentou um projeto que previa “a adjudicação imediata” e que foi reprovada pelo PSD e CDS. “Na altura, o PSD entendeu que não era economicamente viável. Nós entendemos que é e inclusive já apresentamos na Assembleia Municipal uma proposta de expansão do traçado do Metro até junto do Parque das Azenhas, para servir a Mabor, que é um dos maiores empregadores nacionais com milhares de trabalhadores, sendo uma boa fonte de passageiros para o Metro. Achamos que essa extensão de 400 ou 500 metros não tem grandes custos e serviria muito melhor a Trofa, sendo também um argumento para contrariar o economicista que nos impede de termos este meio de transporte”, explicou.
As acessibilidades do concelho da Trofa foi outro ponto abordado pelo coordenador concelhio, que “propôs” que se fizessem “duas travessias de proximidade”: uma “junto à antiga Mabor”, outra “junto a essa estação do Metro” e outra “junto à Ricon”, de modo a “não tirarem o trânsito do centro”, mas sim a “dispersálo”. “Comparado com os custos da variante que está projetada, são 200 milhões de euros, parecemme ser um bocado inexequíveis na atual realidade”, declarou. A concelhia da Trofa do BE defendeu ainda “a manutenção das estradas” e a “iluminação noturna total das três estradas que atravessam o concelho”, para que, além de terem um “bom piso”, proporcionem “boas condições de segurança e circulação”. Cidadãos “devem ser ouvidos” nos projetos O dirigente Nacional do BE, João Teixeira Lopes, também esteve presente na sessão pública, onde falou sobre a importân-
cia da participação dos cidadãos nas decisões políticas. Para João Teixeira é “importante” que as pessoas “sejam ouvidas” quando, por exemplo, existe “um grande projeto que vai modificar uma cidade” e que “quem está numa câmara municipal” explique “pormenorizadamente o impacto que o projeto vai ter e o que vai mudar na vida das pessoas”, para que estas se “possam pronunciar”. “A sua opinião depois é ouvida e pode servir para alterar os projetos. Porque os técnicos, nos seus gabinetes, muitas vezes não sabem o que se passa no terreno e na vida das pessoas. Por isso, temos de ter essa flexibilidade para escutar atentamente e saber incorporar críticas”, denotou. Quanto ao orçamento participativo jovem, dinamizado pela autarquia trofense, o dirigente nacional frisou que este devia ser “mais alargado”, dando a “possibilidade às pessoas de decidirem quais são as prioridades do investimento”.
“Ano Europeu da Cidadania” debatido na Trofa Junta Metropolitana vai aproveitar Dois mil e treze é o “Ano Eu- dadania” que inclui três áreas rando da DemSSO. saldo positivo para ajudar famílias “Deste estudo surgiram alguns ropeu da Cidadania” e para o co- distintas. “Nutrição, envelhecimemorar a Câmara Municipal da Trofa decidiu organizar uma sessão pública com o tema “Ano Europeu da Cidadania: Envelhecimento Positivo”. A iniciativa terá lugar no auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, a 4 de abril, pelas 14.30 horas. O primeiro tema a ser debatido será “Envelhecer Positivamente”, com a intervenção de um coordenador nacional do Ano Europeu da Cidadania. Posteriormente, será apresentada a temática “Envelhecimento e Ci-
mento e cidadania” será o painel apresentado por Olívia Pinto, professora catedrática. Constança Paúl, diretora da UNIFAI- Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos, falará sobre “Solidão & Felicidade: Dados da população portuguesa”. Por fim, será apresentado o estudo da perceção dos atores sociais do município da Trofa, para o desempenho das Cidades Amigas do Idoso, no âmbito de um doutoramento realizado por Francisco Alves Pinheiro, douto-
indicadores relevantes, sendo que os atores abordados na investigação indicaram a saúde como a dimensão que deve receber maior atenção por parte dos decisores, seguido da segurança e, em terceiro lugar, a participação dos idosos na comunidade”, confirmou fonte da autarquia. Esta conferência está aberta a toda a comunidade, designadamente a todas as instituições e entidades que trabalham com os seniores. D.F.
Dois milhões de euros é o orçamento inicial do programa de emergência social que a Junta Metropolitana do Porto (JMP) vai avançar para “ajudar famílias que estão a sofrer com a crise económica que o país atravessa, através dos excedentes financeiros resultantes de uma gestão rigorosa”. A medida foi anunciada por Rui Rio, presidente da JMP, no final da reunião mensal deste órgão, a 22 de março. O programa será articulado com os 16 vereadores de ação social das autarquias que integram a Área Metropolitana, onde se incluiu a autarquia da Trofa e a Diocese do Porto. O objetivo é que até ao final de abril, seja aprovada a documentação do programa. “A decisão de apoiar socialmente famílias afetadas pela crise económica surge no âmbito da aprovação das contas de 2012, que apresentam um excedente de cerca de três milhões de euros. Este excedente resulta da gestão rigorosa das contas da Área Metropolitana do Porto ao longo dos últimos anos”, concluiu a mesma fonte. C.V.
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28 de março de 2013
Workshop com propostas para “empresas sustentáveis” No workshop intermunicipal “Economia e Empreendedorismo Social”, que se realizou na quinta-feira, 21 de março, foram propostas “novas soluções” para criar “empresas sustentáveis” na Trofa.
Limpar Portugal 2013 aposta na responsabilização Cerca de 50 pessoas participaram na ação do Limpar Portugal que, este ano pretendeu “responsabilizar” quem continua a alimentar as lixeiras a céu aberto. De sachola na mão, os jovens mostravam-se empenhados na plantação de árvores num gesto simbólico de sensibilização para a preservação da Natureza. No sábado, 22 de março, num terreno onde há dois anos deflagrou um dos piores incêndios, na freguesia de Covelas, cerca de 50 pessoas quiseram contribuir para preservação da Natureza. Esta atividade inseriu-se na ação do Limpar Portugal 2013 que, ao contrário das últimas edi-
ções, não tinha como objetivo limpar as lixeiras a céu aberto, mas “responsabilizar” as pessoas que, continuadamente, sujam os espaços públicos. A organização pretendia encarregar todos aqueles que desrespeitam o ambiente através de “atos ilícitos”, fazendo o “mapeamento de todas as deposições ilegais de resíduos”, para depois apresentá-las num “grande debate nacional”. “Enquanto nos outros anos, fizemos a identificação das lixeiras, mapeamentos e georreferenciação e limpeza dessas mesmas lixeiras, este ano a ideia é só identificar o local onde elas estão e mostrar às entidades competentes que continua a haver depósi-
tos ilegais na nossa floresta”, referiu Hélder Magalhães, coordenador do Limpar Portugal na Trofa. Quanto à identificação das lixeiras, Hélder Magalhães afirma que “os sítios são sempre os mesmos” desde 2010 até 2013 e, por isso, existe a necessidade de “responsabilizar” quem comete estes atos. Mesmo com as condições meteorológicas pouco favoráveis, a população compareceu nesta atividade cívica para ajudar na plantação de 200 árvores: “Participaram pessoas de todas as freguesias, tivemos oito grupos a fazer plantação de árvores e foi uma participação que consideramos significativa”, enalteceu Hélder Magalhães.
“Debater e refletir sobre novos caminhos para as questões sociais que afetam atualmente toda a comunidade” foram os principais objetivos do workshop intermunicipal “Organizações de Economia Social: o que as distingue e como podem ser sustentáveis”. O workshop, que surgiu no âmbito do projeto In’Tegr@r com a colaboração da Universidade Católica, esteve a cargo de Américo Mendes, coordenador da Área de Economia Social da Universidade Católica, que apresentou “várias soluções e diferentes formas de organizar empresas e negócios sustentáveis que criem emprego e gerem riqueza a nível micro”. Depois da apresentação foi proposta uma “atividade conjunta e participativa”, em que os presentes se juntaram em três grupos, orientados por Américo Mendes, António Batista e Palmira Macedo, professores na Universidade Católica e membros da Área de Economia Social, para apresentarem ideias para “dinamizar a economia local”. “Os participantes aceitaram este desafio e surgiram ideias interessantes como um Cluster de Indústrias Criativas, um Acelerador de Empresas, uma Cozinha Industrial Partilhada por vários empreendedores, a criação de estruturas de autofinanciamento das Instituições Privadas de Solidariedade Social, nomeadamente ao nível da patenteação de novas ideias, na prática patentes que pudessem financiar o trabalho social das instituições, entre outras propostas”, avançou fonte da autarquia. Segundo José Magalhães Moreira, vice-presidente da autarquia trofense, com este workshop pretendia-se “criar um espaço de debate entre as diversas entidades” dos concelhos da Trofa e Santo Tirso, no sentido de “encontrar respostas inovadoras para novos problemas sociais que têm emergido, fruto do aumento exponencial do desemprego resultante desta crise”. Recorde-se que as câmaras municipais da Trofa e Santo Tirso, em parceria com o CAID Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente de Santo Tirso, têm em desenvolvimento, desde 2011, o Projeto In’Tegr@r, que decorre integrado nos “contratos locais de desenvolvimento social”. P.P.
Comissão Social Freguesia reúne parceiros em “Conversa ao Café” Comissão Social de Freguesia reuniu na APPACDM para fazer balanço da atividade em 2012 e traçou objetivos para este ano. “Voltar a reunir os parceiros e entidades convidadas, dar a conhecer o que foi feito em 2012 e apresentar o plano de ação para 2013” foram os objetivos traçados e cumpridos da atividade “Conversa ao Café”, da Comissão Social de Freguesia (CSF) de S. Martinho de Bougado. Os elementos da CSF, entre eles a Junta de Freguesia, Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha, ASAS, APPACDM, Santa Casa da Misericórdia e conferência vicentina, sentaram-se à mesa com representantes de entidades convidadas – Câmara Municipal, Polícia Municipal e Guarda Nacional Republicana para fazer uma retrospetiva da atividade
desenvolvida ao longo do ano passado e traçar novas metas para 2013. De acordo com Carla Lima, representante da Cruz Vermelha na CSF, “a atividade que teve maior relevância foi a Manhã Desportiva Solidária, que envolveu mais pessoas e permitiu angariar um valor sustentado de fundos, que estão a ser canalizados para situações de emergência”. “Apesar de consideramos que os números podem estar aquém do real, o levantamento das situações dos idosos surgiu de um trabalho muito meritório. Para além disso, conseguimos que a Comissão começasse a funcionar, efetivamente”, evidenciou. A adesão das entidades para a reunião “foi menor que o ano passado”, referiu Carla Lima, mas mesmo assim “deu frutos e foi produtiva”. “Na avaliação final, as pessoas consideraram-na positiva,
Reunião realizou-se na APPACDM
interessante e desafiante”, frisou, revelando que uma nova reunião está agendada “para junho”. Para 2013, os desafios passam por “continuar o levantamen-
to dos idosos da freguesia, através de uma nova dinâmica”, até para consertar esforços com “a GNR e a Polícia Municipal, que têm dinâmicas próprias nesse
campo”. “Vamos manter a atividade na ExpoTrofa, repetir a Manhã Desportiva Solidária, em setembro, e fazer o levantamento de pessoas sem-abrigo na Trofa. Queremos ainda começar com a atividade do mercadinho, em que as instituições da CSF podem arranjar fundos para o dia a dia”, anunciou. José Sá considerou que com esta reunião “é uma proximidade que se ganha junto das situações de decadência que existem no âmbito social”. “Os resultados são positivos embora não sejam resultados de se ver instantaneamente, portanto só por isso, valeu a pena estarmos reunidos três horas”. “Só o encontro de juntar os parceiros todos da comissão social da Junta de Freguesia para discutir todas as ideias, já é uma situaçao de destaque e de grande importância”, concluiu. C.V.
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Festa Pascal na ASCOR Daniela Ferreira
Utentes da ASCOR participaram numa festa de Páscoa, que foi animada pelo grupo musical “Onda Solidária”, que vai percorrer as instituições do concelho, a título gratuito, para espalhar a alegria pelos mais velhos e necessitados.
“Juventude, Cidadania e Associativismo” em debate A Câmara Municipal da Trofa organizou na quarta-feira, dia 20 de março, um debate dedicado às políticas de “Juventude, Cidadania e Associativismo”.
A ASCOR (Associação de Solidariedade Social do Coronado) organizou uma Festa Pascal, na sexta-feira, dia 22 de março, em S. Romão do Coronado. A festa teve como objetivo criar “momentos lúdicos” aos utentes. “O nosso papel enquanto instituição é promover o contágio aos nossos utentes pelo gosto de viver, pela construção de projetos de vida, pela formulação de objetivos, por fazer com que as pessoas idosas não percam os laços com a sociedade, mas sim, pelo contrário, torná-las parte integrante da mesma”, referiu Inês Ribeiro, diretora técnica da instituição. Esta instituição, acrescentou, “trabalha diariamente em prol da qualidade de vida e conforto dos utentes, bem como na valorização da importância da pessoa idosa na comunidade da instituição, mantendo em simultâneo a sua ligação ao seu meio natural”. Como convidados estiveram presentes os utentes do Cen-
moção de projetos que desenvolvam e potenciem a sua criatividade, o seu talento, a sua iniciativa e inovação”. “A participação dos jovens na sociedade é um fator de rejuvenescimento da mesma, já que são eles o recur“A participação pode ser fixe!” so essencial para a constante Este foi o resultado da ação de renovação das sociedades demoreflexão que a Câmara Munici- cráticas”, acrescentou. A conferência contou ainda pal da Trofa organizou sobre “Juventude, Cidadania e Associati- com a participação ativa de Mavismo” e que contou com a parti- nuel Barros, diretor regional do cipação de “cerca de 90 pesso- Norte do Instituto Português do as”, que se associaram de for- Desporto e da Juventude, de Pema “ativa”, tendo sido possível dro Calado, diretor executivo do “uma troca de ideias aliciantes” Programa Escolhas, de Giovanni Allegretti, investigador/docente entre público e oradores. No debate foram abordados do Centro de Estudos Sociais da “vários temas” da atualidade do Universidade de Coimbra, e ainda de César Muñoz, investigador/ concelho, como o “movimento docente da Universidade de associativo local”, tendo sido dado o exemplo do Orçamento Ramón Llull, em Barcelona. Este foi mais um debate dinaParticipativo Jovem da Trofa mizado pela Câmara da Trofa, (OPJ), lançado pela autarquia trofense, para “fomentar a partici- que surgiu integrado no procespação cidadã dos mais jovens”. so de elaboração participada do José Magalhães Moreira, vi- Projeto Educativo Municipal e da ce-presidente da autarquia, afir- Carta Educativa, como “instrumou que com o “inestimável con- mentos privilegiados para a defitributo” dos convidados presen- nição de uma política educativa De forma a “celebrar a Quates, abordou-se “a implementa- local e para o planeamento estra- resma” e de tornar “mais conheção de políticas que estimulem tégico e sustentado da educacido” o lugar junto ao Moinho da a participação dos jovens e a pro- ção”. P.P. Abelheira, em S. Martinho de Bougado, alguns moradores organizaram na noite de sexta-feira, dia 22 de março, mais uma edição da via-sacra. A ideia surgiu em 2009, O Largo Manuel Canejo, em Cidai, Santiago de Bougado, vai aquando da inauguração da imareceber, durante dois dias, as festas da Páscoa, que já contam gem do Senhor dos Passos, no com cerca de 80 anos de existência. Pelo segundo ano consecutivo, as Festas da Páscoa estão a “Dia da Páscoa”. “Por isso, alcargo da ACRESCI - Associação Cultural Recreativa e Social de guns moradores decidiram orgaCidai, que preparou o programa com o apoio da Junta de Fregue- nizar durante o tempo de Quaresma uma via-sacra. A intenção é sia de Santiago de Bougado. que isto vá crescendo e tornar o As festividades começam no Domingo de Páscoa, dia 31 de março, com uma alvorada pelas 9.30 horas. Depois de percorre- espaço mais conhecido e que rem os lugares de Santiago de Bougado, as cruzes juntam-se no seja usado, porque isto aqui é muito bonito, temos o Senhor dos Largo Manuel Canejo, pelas 19 horas, e seguem em direção à Igreja Matriz onde vai decorrer a missa de encerramento dos com- Passos, temos oliveiras, no funpassos. Pelas 21.30 horas, há a atuação da Orquestra Ritmos do o cenário tem muito a ver com Ligeiros da Trofa, terminando com uma sessão de fogo de artifício. o tempo de Jesus”, mencionou Já pelas 15 horas de segunda-feira, o Grupo Tradições Infantis Mário Costa, um dos organizade Cidai, Grupo Danças e Cantares e Rancho Etnográfico de San- dores. tiago de Bougado vão abrilhantar o último dia de festas.P.P. Para a organização, a dinami-
Grupo “Onda Solidária” animou utentes da ASCOR
tro Social e Paroquial de Ribeirão, tendo sido “proporcionado um intercâmbio entre instituições”. Durante a festa, o grupo musical criado pelo trofense António Moreira, “Onda Solidária”, levou a todos a animação. “Há um mês, resolvi criar um grupo de música popular, com cerca de seis elementos, para levar às associações gratuitamente”, revelou António Moreira. Este grupo, que demonstrou os seus dotes na última festa da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) já tem uma rota a seguir. A próxima instituição onde vão marcar presen-
ça é o Lar do Padre Joaquim Ribeiro, pretendendo “seguir a rotina das instituições de solidariedade do concelho da Trofa e, provavelmente, também para fora”. Demonstrando uma grande vontade de expandir a sua música popular para além das fronteiras do concelho, António Moreira realça a alegria que sente neste projeto: “Estou muito contente com isto e preciso disto. É uma alegria estar aqui no meio desta gente. Não quero parar”. Para além da animação musical, a Festa Pascal contou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo padre Rui Alves, e por um almoço-convívio.
Moradores de Abelheira dinamizaram uma via-sacra
Festa da Páscoa em Cidai a cargo da ACRESCI
zação desta via-sacra é uma “mais-valia”, pois é uma maneira de “as pessoas saírem de casa e de se juntarem para fazer uso da sua fé”. No próximo ano, a organização vai tentar que a via-
sacra seja “um bocadinho diferente”, alterando o início do percurso, para o tornar “maior” e juntando “algumas figuras vestidas à época”, que vão representar “cada quadra”. P.P.
Via-sacra visava tornar o lugar da Abelheira “mais conhecido”
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Em Guidões
Via-sacra em verso para homenagear homem da terra Patrícia Pereira A.Costa
O Grupo de Jovens de S. João Batista de Guidões organizou na noite de domingo, 24 de março, uma via-sacra nos cruzeiros junto à Igreja da freguesia. Antigamente, no tempo da Quaresma não se cantava ou dançava. Apenas se podia entoar temas religiosos ou ligados à religião e época em que se vivia. Exemplo disso é o Cantar dos Martírios, que retrata o sofrimento e a agonia de Cristo na cruz. Foi aí que Manuel Oliveira se inspirou para escrever uma via-sacra intitulada “Caderno da via-sacra em versos” e que serviu de base para a organização da cerimónia pelo Grupo de Jovens de S. João Batista de Guidões. Contrariamente à celebração do ano passado, o Grupo de Jovens organizou a via-sacra pelos cruzeiros junto à Igreja de Guidões, onde se ouvia a recitação de “quadras alusivas a cada estação”. “Tudo o que seja poesia ca-
Via-sacra de Guidões foi organizada pelo Grupo de Jovens
tiva as pessoas e o facto de ser em quadras populares ajuda um bocado na interiorização. Então em cada um dos cruzeiros o povo para e vai interiorizando aquelas quadras e visualizando aquilo que se está a passar”, contou o pároco da freguesia, José Ramos. Esta cerimónia marcou a “inauguração dos cruzeiros” e serviu de “homenagem a Manuel Oliveira”, guidoense já falecido “há muitos anos” e autor das quadras que foram proferidas por António Sousa, responsável pela agenda
cultural da Câmara Municipal da Trofa, no decorrer da via-sacra. Segundo Rita Maia, representante do Grupo de Jovens, a ideia de fazer uma via-sacra em versos surgiu o ano passado, pelo padre José Ramos, mas como já era “muito em cima da hora” e já tinham “tudo mais ou menos planeado”, optaram por fazer este ano. Para a representante do grupo, a organização foi “mais fácil” do que em anos anteriores: “Como tínhamos o texto, foi uma questão de vermos as estações
e acrescentarmos a Ressurreição no final. Optamos por fazer uns cenários simples, porque o centro da freguesia não precisa de muitos cenários e para as pessoas meditarem naquilo que estavam a ouvir. Só colocamos uns panos para embelezar um bocadinho e luzes para iluminar o caminho de Cristo”. Na opinião de Rita Maia, a viasacra foi “diferente para melhor”, pois as pessoas “meditaram no que estavam a fazer”. A responsável agradeceu ainda o trabalho
desenvolvido por António Sousa, que foi “incansável” na gravação do CD, em “apenas duas semanas”, utilizado para a recitação durante a via-sacra, uma vez que “não pôde estar presente devido a problemas de saúde”. José Ramos elogiou ainda as quadras de Manuel Oliveira: “Ele era um homem do campo, simples, mas muito culto, tendo redigido com o seu saber, cultura e visão”. Para Bernardino Maia, presidente da Junta de Freguesia de Guidões, foi “uma surpresa muito agradável” a “inauguração” dos cruzeiros, depois de a Junta ter colocado os que faltavam para a realização de “uma via-sacra completa”. Além disso, estava “muito orgulhoso” pela homenagem que foi prestada a Manuel Oliveira pelo Grupo de Jovens. “Esta teve um significado muito próprio, de uma homenagem a uma pessoa da freguesia e o significado muito forte do bairrismo e das virtudes da população. Isto feito pela imaginação própria do Grupo de Jovens, deixou-me surpreso”, concluiu.
Enchente nas missas de Domingo de Ramos Matriz, na Lagoa, foi o local escolhido por Bruno Ferreira, pároco da freguesia, para proceder à celebração da bênção dos ramos, que contou com a presença de centenas de pessoas. Também na paróquia de S. Martinho de Bougado, na euca-
Eucaristia em Santiago de Bougado contou com várias centenas de pessoas
O Domingo de Ramos, que este ano se assinalou no dia 24 de março, é uma importante festa cristã. Neste dia, as paróquias preparam eucaristias especiais, onde retratam a entrada de
Jesus em Jerusalém e, ainda, os últimos momentos de Cristo. Muitas foram as pessoas de todo o concelho que participaram nestas celebrações, acompanhadas pelos tradicionais ramos
de oliveira. Contrariamente a anos anteriores, a paróquia de Santiago de Bougado fez a bênção dos ramos antes da missa das 11 horas. O cruzeiro na avenida da Igreja
ristia das 11 horas, a Igreja Nova acolheu centenas de pessoas que, além da bênção, assistiram a uma cerimónia especial que contou com figurantes da catequese, que acompanharam as leituras. P.P.
Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso festeja aniversário
Liga fez visita pascal aos doentes Daniela Ferreira
A instituição recebeu uma visita Pascal e está a organizar um jantar solidário. A Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso (LAHST) celebrou a 13 de março o seu 27º aniversário. Este ano, a data foi vivida de uma forma diferente, com “espírito de partilha e amizade”. Como forma de comemoração a Liga ofereceu ao Hospital de Santo Tirso cinco cadeiras de rodas, das quais três para o serviço de ortopedia e duas para o serviço de cirurgia. “Esta oferta vai de encontro às necessidades do doente tendo em vista o seu bem-estar e a humanização”, referiu fonte da LAHST. Nesse mesmo dia, a LAHST recebeu na sede Teresinha Fraga (governadora dos rotários do distrito 1970), bem como outros representantes distritais dos movimentos Rotaract e Interact. Esta visita teve como objetivo “a conclusão do projeto dos pequenos-almoços, que a fundação Rotária Portuguesa irá apoiar”.
Recorde-se que a LAHST tem várias atividades, entre as quais a oferta diária de cerca de cem pequenos-almoços aos doentes de ambulatório que recorrem à Consulta Externa e Laboratório de Patologia Clínica do Hospital de Santo Tirso. Para festejar o seu aniversário, a Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso está a organizar um jantar solidário que será realizado no dia 6 de abril pelas 20 horas nas instalações dos Bombeiros Voluntários da Trofa. As inscrições para o jantar são efetuadas na sede da LAHST ou através do telefone: 252 853 122. Esta associação também decidiu celebrar a Páscoa com uma festa no sábado, dia 23 de março. Foi organizada uma visita pascal aos doentes e “o padre Mariano, capelão do Hospital de Santo Tirso, para além da bênção dos ramos, de todos os doentes e seus familiares, transmitiu palavras de fé e de esperança”. A visita terminou no salão nobre do hospital, onde um pequeno lanche foi servido a todos os que participaram nesta festa pascal.
Bgreen // Ecological Film Festival
Prazo de submissão dos vídeos foi alargado O prazo de submissão dos vídeos para o Bgreen // Ecological Film Festival foi alargado até ao dia 8 de abril, segunda-feira. Desta forma, os possíveis candidatos têm uma “última oportunidade” para realizarem o seu “spot” e participarem nesta atividade, organizada pela Ofici-
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na Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres. Recorde-se que o Festival de Vídeo Ecológico tem como “principal objetivo sensibilizar os jovens para as questões ambientais”, através de spots de vídeo. Para mais informações consulta o site www.bgr eenfestival.com. P.P.
Famalicão e Continental Mabor assinaram “Compromisso de Princípios” A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Continental Mabor assinaram um “Compromisso de Princípios”. De forma a assegurar a “permanência e crescimento da Continental Mabor em território concelhio”, Armindo Costa, presidente da autarquia, e José Carvalho Neto, presidente do conselho de administração da empresa, assinaram o acordo “Compromisso de Princípios”, que vai possibilitar que esta prosseguia com o “ciclo de investimento planeado”, permitindo atingir uma produção anual de “20 milhões de pneus”. Assim, a Câmara Municipal assegura a permanência e crescimento da empresa, com as vantagens que isso implica, quer ao nível de pagamento de impostos (derrama), quer ao nível dos empregos diretos e indiretos criados. Na prática, o compromisso assumido tem em vista a construção de uma nova estrada na freguesia de Lousado, de ligação entre o Loteamento da Carvalhosa e a Estrada Nacional 14, de
Autarquia e Continental assinaram compromisso
forma a dar resposta “à pressão que este plano de investimento vai colocar sobre a rede viária existente”, que já se manifesta “insuficiente” para as necessidades atuais da zona, de forte atividade industrial e onde sobressai, para além da Mabor, as novas instalações da multinacional LEICA. A nova via será construída pela autarquia famalicense em terrenos disponibilizados pela Continental Mabor e terá uma extensão de aproximadamente meio quilómetro e perfil que vai facilitar o trânsito de ca-
miões, desembocando na Estrada Nacional que liga Vila Nova de Famalicão ao Porto, a sensivelmente quilómetro e meio da entrada da A3, que dista a sensivelmente meia hora de viagem do aeroporto Sá Carneiro, do porto de Leixões e da fronteira com o norte de Espanha. Recorde-se que o município de Vila Nova de Famalicão é tido como a capital das empresas alemãs em Portugal, concentrando empresas que produzem marcas de referência mundial, onde se destacam a Mabor e a Leica.
Famalicão entrega 145 bolsas de estudo “Cerca de centena e meia de alunos famalicenses” que frequentam o ensino superior vão receber bolsas de estudo, atribuídas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. A medida, que pretende “apoiar financeiramente os jovens famalicenses na prossecução dos seus estudos universitários”, foi aprovada por “unanimidade” na última reunião do executivo mu-
nicipal. Para Armindo Costa, presidente da autarquia, a crise económica que o país atravessa afeta “muitas famílias famalicenses” que têm, muitas vezes, “dificuldades em manter os filhos na universidade”. “Com esta bolsa de estudo, queremos evitar essa situação. O apoio permite, por exemplo, ajudar a pagar as propinas da universidade”, afirmou.
A medida envolve um esforço financeiro municipal de “quase 120 mil euros”, e as bolsas oscilam “entre os 499 e os 1098 euros”. As bolsas foram hoje, dia 28 de março, entregues na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. Já o ano passado, a autarquia beneficiou “130 jovens”, tendo-se registado, este ano, “um aumento de 15 alunos”. P.P.
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Trofenses brilharam no Portugal Fashion Daniela Ferreira Cátia Veloso
Júlio Torcato foi o segundo dos nove criadores que desfilaram coleções de outono/inverno 2013 no Portugal Fashion, com música de André NO. As varandas de ferro forjado, o espelho da água do rio Douro e a filigrana tradicional de Gondomar foram o ponto de partida para mais uma coleção de Júlio Torcato, apresentada na 32ª edição do Portugal Fashion. O evento decorreu na Alfândega, no Porto, quinta-feira, dia 21 de março. O estilista trofense foi o segundo a mostrar as tendências para o próximo outono/inverno, com uma coleção masculina de inspiração clássica, mas com um toque vanguardista. “É uma coleção de homem que parte de bases clássicas, nomeadamente da tradição da alfaiataria portuguesa, que está agora a renascer um pouco, agora interpretada por um designer”, realçou o estilista Júlio Torcato, depois do desfile. “Fatos cortados, com tecidos topo de gama” são traços carac-
terísticos das peças apresentadas que também garantem “uma coleção moderna, não tão formal”. “Em passerelle, é uma coleção para um homem moderno, cosmopolita, do mundo, que viaja”, rematou o estilista. Para combinar com o cenário severo dos tons sombrios como o castanho, cinza,bordeaux e o azul-escuro esteve a sonoridade. A música ao vivo interpretada pelo artista, também trofense, André NO foi outro dos toques arrojados do estilista. “A música é sempre importante nos desfiles, dá esse toque durão, moderno, londrino. Eu também jogo um pouco com essas aparentes contradições de clássico, moderno, de tradição com modernidade”, frisou o estilista. André NO referiu que já conhece Júlio Torcato “há muitos anos” e que esta “ideia de fazer uma parceria” já estava a ser cozinhada há algum tempo: “Fomos sempre adiando, mas chegou o momento”, reconheceu o artista musical. O músico trofense decidiu juntar as ideias do estilista e o conceito que o desfile iria adotar “para pegar” na música dos U2, “Wake
23 de março também contou com as coleções de Miguel Vieira, Katty Xiomara, Luís Onofre e Luís Buchinho. Quem é André NO? André Nunes Oliveira nasceu em Vila Nova de Famalicão em 1978. Iniciou os seus estudos musicais aos quatro anos, em piano. Posteriormente, abraçou o estudo de bateria. Tem um curso de percussão na Escola Profissional de Música de Espinho. Atualmente estuda com o saxofonista Mário Santos a disciplina de “combo”. Tem trabalhado com bandas de Jazz, como por exemplo Edrigba, Maria Viana, YYZ, Avoid Note, Manuel Beleza, coro das Biomedicas, QuartetoporAcaso, Nils O. Poulin, entre muitos outros. Fez também trabalhos com bandas de Bossa-Nova, Música Popular Com André NO atrás, Rúben Rua desfilou criações de Júlio Torcato Brasileira e Tradicional PortugueUp Dead Man”e “dar-lhe uma rou- denciado ao longo da sua carrei- sa. Entretanto, mantém um trapagem ao estilo do Júlio”. ra”. “É um estilista consagrado balho regular com Phalazz, O desfile teve na plateia ca- e que muito admiro e aprecio o Glauco, Sandro Norton, Fado ras bem conhecidas da socieda- que ficou mais uma vez patente, em Si Bemol, T de três trio e de portuguesa. O ex-jogador de na excelente coleção que apre- Funfarra, continuando assim o futebol, Vítor Baía, também es- sentou”, frisou. seu trabalho individualmente teve presente no desfile do Júlio Torcato foi um dos nove como freelancer. estilista trofense “pela amizade criadores a participar nesta edie qualidade que o Júlio tem evi- ção do Portugal Fashion, que até
Poesia celebrada pelos mais novos Cátia Veloso Hermano Martins
Gosto muito de ti // E isso é uma grande alegria”. Ana Pereira seguiu-lhe os Câmara da Trofa promopassos: “Pai, papá, paizinho paiveu Semana da Poesia e enzão // Tens um lugar no meu coravolveu comunidade educati- ção // Está guardado lá bem no va. Tributo a Manuel António fundo // És o melhor paizão do Pina foi última atividade. mundo”. O propósito era participar nas Ainda com a memória fresca comemorações do Dia Mundial do Dia do Pai, as crianças que da Poesia e para a partilhar, os frequentam o ATL de algumas mais pequenos estenderam poescolas do concelho recitaram emas para que outros os recopoemas em sua honra no Par- lham e desfrutem. Para além do que Nossa Senhora das Dores. “Estendal da Poesia”, as crianCatarina António, da Escola de ças quiseram levá-la mais longe. Cedões, foi uma delas: “Meu O desafio passou por atar os poequerido pai // Hoje é o teu dia // mas a balões e a lançá-los para
Crianças recitaram poesia
um destino incerto. O vento que se fez sentir na manhã de 21 de março ajudou a que os balões voassem rápido e longe. Estas foram algumas das atividades da Semana da Poesia na Trofa, que foi “bastante recheada” e na qual “toda a comunidade escolar esteve envolvida”, afirmou o vereador do pelouro da Cultura da Câmara Municipal, Assis Serra Neves.
A Semana da Poesia começou com a inauguração da exposição “Vinte e um Poemas mais um”, teve a apresentação do livro “Sobre Fados”, do poeta Jesús Recío Blanco, e culminou com o tributo ao poeta Manuel António Pina. No entanto, esta manifestação literária “é celebrada durante todo o ano na Trofa”, desta-
cou o vereador, que exemplificou com a atividade “Hoje vou ao café ouvir poesia”. A próxima sessão está marcada para o dia 25 de abril, com um tributo a Ary dos Santos sobre “As portas que Abril abriu”. O “Estendal Poético” é uma atividade dinamizada pela Área Metropolitana do Porto e também aconteceu noutros concelhos do distrito.
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Atualidade 11
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Sérgio Humberto apresentou candidatura à Câmara Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Já depois de ser anunciado como candidato e de ter assinado o acordo de coligação entre o PSD e o CDSPP, Sérgio Humberto apresentou, oficialmente, a sua candidatura à Câmara Municipal da Trofa, no sábado, 23 de março. O salão nobre dos Bombeiros Voluntários foi pequeno para acolher todos aqueles que quiseram marcar presença na sessão de apresentação da candidatura de Sérgio Humberto à autarquia da Trofa, onde as primeiras filas estavam reservadas aos candidatos às assembleias de freguesia. Para além do apoio dos candidatos do PSD às autarquias da Maia e de Santo Tirso, Bragança Fernandes e Alírio Canceles, respetivamente, Sérgio Humberto surgiu ao lado do vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, e do deputado europeu do CDS, Nuno Melo. “Compromisso 2017” foi a denominação dada pela coligação para “um plano de investimento”, que visa desenvolver “um
conjunto de iniciativas de âmbito social, económico, educacional e cultural”, anunciou Sérgio Humberto. E um dos primeiros compromissos tem a ver com as acessibilidades. “Nenhuma terra se pode desenvolver com uma rede viária em mau estado de conservação. É vergonhoso o estado a que chegaram as nossas vias. É fundamental enfrentar este problema sério e grave”, afiançou, garantindo que “não é preciso muito dinheiro” para “acabar com os buracos, construir alternativas e promover os melhoramentos necessários”. Sérgio Humberto prometeu ter uma “voz ativa em Lisboa” para lutar pelas variantes e pelo metro. “Esses projetos estão sempre em cima da mesa, quer estejamos na oposição, quer estejamos no poder. Independentemente do partido que esteja no governo central, vamos fazer ouvir a nossa razão até que a voz nos doa”, sublinhou. E se do ponto de vista empresarial, Sérgio Humberto garantiu que, se ganhar as eleições, “qualquer empresa que se queira instalar na Trofa terá licenciamento na hora”, já no que diz respeito às IPSS e associações, essas “podem auxiliar no
Sérgio Humberto promete lutar pelas variantes e pelo metro
compromisso”. “Connosco existirá um plano social para o concelho, onde as carências sociais serão combatidas, assim como a solidão dos nossos idosos, que serão envolvidos em projetos ativos”, evidenciou. Críticas ao atual executivo camarário socialista As críticas ao atual executivo camarário socialista também tiveram espaço no discurso: “A taxa de desemprego no nosso concelho, infelizmente, já ultrapassou os 20 por cento e nós perguntamos o que é que esta Câmara Municipal liderada pelo PS fez? Absolutamente nada. Esqueceu o tecido empresarial”. Sérgio Humberto apontou ainda armas ao facto de o projeto da Área de Localização Empresarial ter caído. “Perdemos um projeto de 40 milhões de euros, em que a Câmara gastaria no máximo dos máximos 200 ou 300 mil euros, porque anulou um concurso internacional e quis entregar em forma de ajuste direto a um consórcio de Braga, mas esse ajuste foi anulado pelo Tribunal de Contas e pelo Tribunal Administrativo de Penafiel, devido a um conjunto de ilegalidades”, frisou. O social-democrata afirmou ainda que o executivo socialista esteve “três anos e
meio” a “viver no passado, esquecendo quem vive no presente” e que não fez “nada” de “positivo” em áreas como “acessibilidades, políticas sociais, apoio ao comércio tradicional, políticas de desenvolvimento económico, juventude e desporto”. “Dizer que esta Câmara liderada pelo Partido Socialista é incompetente é um elogio, é pior que incompetente, é zero, é impossível fazer pior”, asseverou. Nuno Melo afirmou que “a Trofa, nesta legislatura que finda, tem marcado passo” e que “agora tem a oportunidade de renascer a pensar num ciclo de desenvolvimento e crescimento”. “Eu não tenho dúvidas que sendo o doutor Sérgio Humberto um dirigente do PSD, enquanto candidato é muito mais que isso e teve a enorme capacidade de não revelar apenas o interesse partidário, ter consigo um outro partido que forma agora uma coligação que, a pensar na Trofa e assente em valores, vencerá uma batalha para bem de todos”, referiu. Sérgio Humberto apelou ainda à participação da população no projeto da coligação, com ideias para o programa eleitoral. A sessão pública foi aproveitada por Jorge Moreira da Silva e Nuno Melo para justificar as medidas do Governo e criticar a moção de censura do PS.
Salão nobre encheu para a apresentação do candidato
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28 de março de 2013
Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Com mais uma derrota por 4-1 frente ao Vizela, os juniores do Clube Desportivo Trofense ficaram afastados do acesso à 1ª Divisão Nacional. A três jornadas do final da fase de promoção da 2ª Divisão Nacional, os juniores do Clube Desportivo Trofense viram adiado o acesso à 1º Divisão Nacional, depois de amealhar mais uma pesada derrota frente ao Vizela, por 4-1. Assim, o Trofense continua em último lugar, com três pontos a 11 do 1º lugar , quando só faltam três jogos, que correspondem a nove possíveis pontos. Depois das comemorações da Páscoa, o Trofense vai receber o Beira-Mar, 1º classificado, numa partida que se realiza no dia 6 de abril, no Complexo Desportivo de Paradela, em S. Martinho de Bougado. Quanto a este jogo, o treinador Jorge Gonçalves afirmou que a equipa estava “completamente diminuída”, uma vez que “qua-
tro jogadores” tinham ido a uma “viagem de finalistas”, tendo que colocar jogadores em “posições que nunca tinham jogado”. “O nosso lateral esquerdo esteve de gripe e ainda estava a tomar antibióticos, ou seja, estava bastante diminuído, e o que o ia substituir foi para a viagem de finalistas. O nosso médio de cobertura também se lesionou juntamente com outro que já estava lesionado, ou seja, também não tínhamos ninguém tivemos que fazer uma adaptação. Na frente também tivemos que fazer mais duas adaptações”, exemplificou, mencionando que foi “muito complicado”, até porque “a outra equipa veio na máxima força”. No balanço à fase de promoção de acesso à 1ª Divisão Nacional, o treinador salientou o empenho dos atletas, que em todos os jogos entravam em campo “sempre para dar o máximo”, tendo dado sempre “o seu melhor”. “Não estávamos tão preparados como as outras equipas. O nível a que jogamos é altíssimo e é evidente que, para o ano, vamos
arquivo
Juniores falham subida à 1ª Divisão Nacional
Derrota frente ao Vizela adia subida à 1ª Divisão Nacional
ser muito mais fortes, porque como foi um ano de muita exigência obrigou-os a superarem-se bastante e vamos ter ganhos com isto”, explicou. Mas o facto de a formação da Trofa ter “menos recursos” que as outras equipas foi, segundo Jorge Gonçalves, o que “complicou” esta fase de promoção da 2ª Divisão Nacional. “Estar constantemente a ficar com menos jogadores do que todas as outras equipas é complicado. Eu
não as vejo diminuídas quando vêm jogar contra nós”, declarou. A juntar a isto havia ainda “as lesões” que se juntaram à pouca experiência dos atletas, que estavam pelo primeiro ano neste escalão a competir contra atletas que estão pelo “2º ano a jogar em posições muito competitivas”. “Para o ano, a nossa equipa vai ser constituída maioritariamente com jogadores de 2º ano, porque já estamos a colmatar as falhas que esta equipa tem. Este ano era impossível
fazermos isso, porque entramos a meio, em outubro de 2012, e, desde o nosso último projeto, houve muitos jogadores que se perderam”, afirmou. Chegar à fase final depois de terem ultrapassado a Sanjoanense, “uma equipa mais apetrechada”, foi “fantástico”, tendo surgido “algumas lesões” devido à “intensidade de jogo que foi mais forte”, com a equipa a ter “muito mais a bola” e a jogar “mais no meio campo ofensivo”.
20 anos de Super Dragões na Trofa
Claque festejou aniversário com críticas ao “futebol moderno” Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O Núcleo da Trofa dos Super Dragões na Trofa fez 20 anos de apoio ao Futebol Clube do Porto. Elementos da “nova guarda” querem lutar contra o que chamam “futebol moderno”. A primeira deslocação do núcleo da Trofa dos Super Dragões para apoiar o Futebol Clube do Porto não podia ter corrido melhor. Com quase um ano de existência na altura (20 de fevereiro de 1994), o grupo viu os azuis e brancos golearem o Famalicão por 0-5, no estádio do Varzim, na 20ª jornada do campeonato nacional. Vinte anos depois do nascimento do núcleo, os elementos que o compõem quiseram festejar um aniversário que consideram “especial”. Numa altura em que as claques não são vistas com bons olhos pela sociedade, são os próprios responsáveis que não querem dar a cara nem o
nome por elas. O responsável pelo núcleo da Trofa dos Super Dragões prefere usar as iniciais “HJ” para se identificar. Diz que o objetivo do grupo é “dar continuidade ao trabalho feito pela velha guarda” e fazer com que “a nova guarda entenda os novos valores da mentalidade Ultra que se vive em Portugal”. E esses valores passam por lutar contra aquilo que chamam de “futebol moderno”. “A estúpida repressão policial que se vive hoje em dia nos estádios, em que nos espezinham. Ainda hoje (sexta-feira) saiu mais uma lei em que ter uma tocha é crime, enquanto esses criminosos de gravata andam em Portugal a prevaricar. A pirotecnia não pode ser crime em Portugal, porque crime é roubar os bancos, como é o caso do BPN. Nós não somos criminosos, só queremos apoiar o Porto”, frisou. HJ também apontou armas à televisão, que “manda nos horários dos jogos”. “Andamos em função da SportTv e dependemos muito do preço dos bilhetes”,
sublinhou. VC, que também quer ser tratado pelas iniciais do seu nome, fundou o núcleo na Trofa e considera que a lei não devia ter sido feita sem que as claques fossem auscultadas. Do outro lado das críticas, a claque não assume responsabilidade pela repressão policial nem admite uma mudança de mentalidade de quem compõe estas estruturas. “Se não fôssemos nós, não havia ninguém nos estádios. Só havia os visitados, porque os visitantes somos nós. Independentemente da cor clubística, isto é uma luta de todos, não é só nossa. O futebol antigamente era muito melhor, enchia-se estádios, hoje em dia não”, afiançou. Com duas décadas, a história do núcleo da Trofa dos Super Dragões é feita de “altos e baixos”. “Os primeiros anos foram sempre em crescendo até que atingimos uma altura muito forte perto do ano 2000. Depois, houve um decréscimo bastante acentuado, quase até a extin-
ção. Depois graças ao Nelson e Jesus, que fizeram um grande trabalho, foi possível ressuscitar o grupo nos últimos anos e cá estão em força outra vez”, descreveu VC. O aniversário foi festejado com uma festa na Casa do Futebol Clube do Porto. O presidente da associação, Diamantino Silva, recebeu-os à semelhança do que
Claque da Trofa foi criada em 1993
acontece “nalguns jogos, em que vêm para assistir”. “Considero que os Super Dragões são o segundo membro da pirâmide do Porto, primeiro que os sócios. O núcleo da Trofa ainda tem um número reduzido de elementos, mas são todos bons rapazes”. O núcleo da Trofa dos Super Dragões conta atualmente com cerca de 70 elementos.
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28 de março de 2013
Pais e filhos juntos no campo
Colégio vence Torneio Inter-escolas Junta de S. Martinho de Bougado promoveu 2ª edição do Torneio Inter-escolas, de quatro estabelecimentos. Colégio da Trofa foi o vencedor. À partida para a final do Torneio Inter-escolas de S. Martinho de Bougado, a certeza era apenas uma: o vencedor era o Colégio da Trofa. As duas equipas finalistas pertenciam ao estabelecimento de ensino e brindaram o público com um espetáculo de futsal com emoção e disputado até ao último minuto. Sempre entusiasta, o público lá ia gritando os golos de uma e de outra equipa. O equilíbrio evidenciado fez com que a partida terminasse com um empate e no
prolongamento, a primeira equipa que marcasse vencia o troféu. Calhou a rifa à equipa branca, mas o prémio foi o que menos importou, porque no final ninguém parecia vencido, pois tantos azuis como brancos saltavam de alegria e gritavam “Campeões, campeões, nós somos campeões”. João Costa, jogador da equipa vencedora, afirmou que a partida “não” foi difícil e explicou que o segredo para ganhar “foi acreditar” e “jogar bem”. Já Pedro Silva, ainda empunhando a taça, referiu que “confiar na equipa e nunca desistir” foram os ingredientes para o triunfo. Para o atleta, o melhor jogador “foi o guarda-redes” e o treinador deu um contributo impor-
Foi especial a manhã de 23 de março no Complexo Desportivo do Trofense, em Paradela. No campo, duas gerações juntaramse para assinalar o Dia do Pai. Enquanto alguns pais suavam para não fazer má figura, outros preferiam registar momentos para mais tarde recordar. De máquina fotográfica ao peito, um dos progenitores lá regressava à sua posição no campo, mas acabava traído pelos laços que o ligavam ao filho. A disputa dava assim lugar à partilha… No campo, houve quem despisse o fato de presidente e envergasse a camisola de progenitor. Paulo Melro deixou a secretária do clube e também calçou as sapatilhas para se divertir com o filho. “Assim como no Natal e nou-
tras alturas, tentamos sempre aproximar os pais daquilo que se passa aqui no departamento de formação, porque isto sem eles não faz sentido. Aliás é também nessa qualidade que eu hoje estou aqui, partilhando com o meu filho um bocadinho desta alegria que é jogar futebol”, frisou o presidente do Trofense. Pedro e António Silva, pai e filho, também estiveram na atividade que o primeiro considera “boa” por fomentar o “convívio são entre pais e filhos”. Já António considera que a sua equipa “foi a melhor”, porque fez “bons passes e jogadas”. “Gostamos de nos divertir e eu gostei de jogar. Gostei quando o meu pai me passou a bola, porque ele queria que eu marcasse um golo”, concluiu.
tante, “porque confiou na equipa e deu bem as táticas”. “Gostei muito do torneio”, concluiu. Esta iniciativa é uma das que consta no Plano de Atividades da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado para o ano de 2013. “Este é um torneio que organizamos com muito orgulho, interesse e carinho. Foi uma satisfação enorme ver os sorrisos e a alegria destas crianças”, afirmou o presidente, José Sá. José Sá estava surpreendido pela qualidade dos atletas: “Notase que eles já sabem o que querem da bola, tratam-na bem e sempre com boa disposição”. No Torneio, também participaram as escolas de Finzes, Pais e filhos tiveram manhã divertida Paranho e Paradela.
14 Desporto Resultados Departamento de Formação CD Trofense Juniores A 2ª Divisão Nacional Zona de Promoção CD Trofense 1-4 FC Vizela (6º lugar, 3 pontos) Juvenis B 2ª Divisão Distrital Fase 5º Classificados A.R.S. Martinho 2-1 Trofense (4º lugar, 13 pontos) Iniciados A 1ª Divisão Nacional Fase Manutenção Abambres SC 1-2CD Trofense (1º lugar, 46 pontos) Iniciados B 1ª Divisão Distrital CD Trofense 0-2 CD Aves (13º lugar, 26 pontos) Infantis 11 1ª Divisão Distrital FC Avintes 0-3 CD Trofense (8º lugar, 44 pontos) Infantis 7 Campeonato Distrital Trofense 7-2 Ringe (2º lugar, 51 pontos) Escolas Sub-11 Campeonato Distrital Série 9 CD Trofense 2-1 FC Porto C (2º lugar, 51 pontos) CD Trofense B 0-2 Torrão (10º lugar, 18 pontos) Escolas Sub-10 Campeonato Distrital Série3 Rio Ave FC 4-3 CD Trofense (6º lugar, 26 pontos) AC Bougadense Juvenis 2ª Divisão Distrital Série 6ºs Carvalhosa 2-0 Bougadense (5º lugar, 12 pontos) Infantis 2ª Divisão Distrital Série 3ºs Bougadense 0-3 Tirsense Série 8ºs Lavrense 5-0 Bougadense (9º lugar, 10 pontos) FC S. Romão Juvenis 2ª Divisão Distrital Série 10ºs 1º Maio Figueiró 10-1 FC S. Romão (6º lugar, 7 pontos)
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28 de março de 2013
Sócios “preocupados” com situação do Bougadense Cátia Veloso Hermano Martins
Poucos foram os sócios do Bougadense que marcaram presença na assembleia convocada para discutir “a situação financeira do clube” e acertar “uma tomada de posição face à ausência de apoios por parte da Câmara Municipal”. Presidente da direção tinha reunião agendada com Joana Lima esta quarta-feira. Nem o ponto a discussão fez com que os sócios do Atlético Clube Bougadense participassem, em massa, na assembleia do emblema, que se realizou na noite de sexta-feira. Devido “às dificuldades de caráter económico-financeiro” que o clube atravessa, a assembleia-geral agendou uma sessão para discutir o futuro da coletividade, mas nem duas dezenas de associados marcaram presença. Depois da discussão, ficou decidido que o presidente do clube, Adalberto Maia, levará para a reunião que tinha agendado com a edil trofense, Joana Lima, para esta quarta-feira (27 de março) a entrega de um documento com a “tomada de posição” da assembleia-geral, dando conta “das preocupações” dos sócios. Estes, segundo António Pontes,
presidente da assembleia-geral, “manifestaram o seu descontentamento” pelo facto de “passados dois anos, a Câmara Municipal ainda não ter analisado o apoio normal através do protocolo anual com o clube”. “O Atlético Bougadense é uma instituição com uma longa história nesta terra, que presta alto serviço público a esta comunidade. Estamos a falar de muitas dezenas de jovens que praticam desporto, num trabalho que se substitui às entidades públicas e, como tal, merecedor de apoio financeiro dessas entidades”, frisou, no final da assembleia. António Pontes espera por parte da autarquia uma resposta “clara” e “eficaz” para “ultrapassar este momento difícil”. “Se isso não acontecer, outras posições terão que ser tomadas”, alertou, adiantando que a extinção da associação só será equacionada “em última instância”. “Não é isso que os órgãos sociais do clube querem, nem as pessoas da cidade da Trofa e da freguesia de Santiago de Bougado. E também estamos em crer, claramente, que não é isso que a Câmara Municipal pretende”, afiançou. Durante a assembleia também “ficou claro” que, “durante estes dois anos, o presidente da direção fez todas as démarches junto da Câmara, inclusive com a
Bougadense passa por “dificuldades” financeiras
instrução correta dos respetivos pedidos para que o protocolo pudesse ser aprovado”, sublinhou. Por isso, acrescentou, “a conclusão a que nós chegamos é que a responsabilidade é única e exclusiva da presidente da Câmara”. António Pontes colocou em causa “a igualdade de circunstâncias” entre as associações, afirmando que “houve outras entidades e associações desportivas do concelho que receberam apoios” da autarquia, enunciando “o Futebol Clube S. Romão”. O presidente da assembleiageral da coletividade considera que “a posição de simplesmente não dar nada não é compatível com aquilo que deve ser a
postura da autarquia”, pelo que “naturalmente, uma conversa com o presidente da direção do Atlético Clube do Bougadense era suficiente para se chegar a um entendimento e se não se podia dar 50 dava-se 25”. Na assembleia ficou ainda decidido que Adalberto Maia vai fazer chegar à Câmara Municipal uma carta com o que ficar decidido na reunião com Joana Lima. O clube poderá ainda convocar uma reunião, que poderá coincidir com a assembleia eleitoral, em meados de abril, para dar a conhecer os procedimentos feitos até essa data. Ao fecho da edição, Adalberto Maia e Joana Lima estavam em reunião.
Bougadense perde com Valadares Foi por 3-1 que ficou o resultado do jogo que opôs, na tarde de domingo, 24 de março, o Atlético Clube Bougadense e o Valadares da Gaia. O Atlético Clube Bougadense deslocou-se ao reduto do Valadares da Gaia, 3º classificado da tabela classificativa da série 1 da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Além da derrota da formação de Santiago de Bougado por 3-1, o jogo ficou marcado por agressões e críticas à equipa de arbitragem, liderada por João Santos. Num jogo a contar para a 27ª jornada, a equipa bougadense entrou bem e resultado disso foi o golo aos três minutos de jogo, pelos pés de Tó Maia, após o excelente passe de Sérgio. Volvidos cinco minutos, o Bougadense voltou a atacar, através de um remate de fora de área de Dani II, que acertou na trave da baliza
do Valadares. A equipa de Gaia tentou equilibrar o jogo, mas a equipa de Bougado susteve o adversário, demonstrando a vontade em vencer este jogo. Foi a partir de um penálti marcado a favor do Valadares, aos 18 minutos, que o resultado virou. O árbitro entendeu que Caetano derrubou um jogador de Valadares e assinalou grande penalidade. Rooney não falhou e igualou o jogo. Dois minutos depois e, num erro defensivo, o Valadares chegou ao 2-1, após um cruzamento, em que Rooney apenas teve de encostar. Quando o Bougadense voltava a ficar por cima no jogo, de acordo com declarações do treinador Pedro Pontes, Tó Maia “foi agredido com uma cotovelada”, aos 37 minutos de jogo. “Com a boca ensanguentada”, o jogador “protestou junto ao assistente e,
apesar de ter sido agredido, foi castigado com um vermelho direto”. Apesar de estar em inferioridade numérica, o Bougadense conseguiu equilibrar a partida já na segunda parte, mas num contra-ataque rápido, o Valadares fechou o resultado em 3-1, com hattrick de Rooney. O Bougadense continuou a procurar o golo e por duas vezes esteve muito perto, mas não conseguiu finalizar. Já aos 88 minutos, mais um jogador do Bougadense foi expulso com vermelho direto, após uma discussão acalorada entre dois atletas. “Só o atleta do Bougadense foi expulso com um lábio ensanguentado, enquanto o seu agressor se manteve em campo até ao final”, afirmou o técnico do Bougadense. Na análise à partida, Pedro Pontes, treinador do Bougadense, afirmou que a haver um ven-
cedor, seria o Bougadense, devido ao “excelente jogo realizado”. “Mesmo quando estávamos a jogar com dez, fomos sempre mais perigosos que o adversário e todos os simpatizantes do clube têm de estar satisfeitos com a prestação dos atletas, realizaram um excelente jogo em casa do 3º classificado”, acrescentou. Pedro Pontes também se manifestou quanto à equipa de arbitragem: “Se um jogador ou um treinador não é competente é dispensado do clube, por que será que essa regra não se aplica às equipas de arbitragem quando não se mostram competentes no seu trabalho? O que se passou foi indescritível”, finalizou. Com este resultado, o Bougadense ocupa o 15º lugar, com 26 pontos. Após o interregno, para as comemorações pascais, o Bougadense recebe, pelas 16 horas do dia 7 de abril, o Lavrense. P.P.
28 de março de 2013
Grupo Cultural e Recreativo de Alvarelhos
Secção de Setas disputacampeonato A secção de setas do Grupo Cultural e Recreativo de Alvarelhos iniciou o seu campeonato em outubro de 2012 com duas equipas, cada uma a disputar a 1ª e 2ª divisão distrital, respetivamente. A equipa da 1ª divisão, constituída pelos atletas Nilton Maia (Capitão), Sérgio Quelhas, Mário Maia, Raul Paiva, Joaquim Gonçalves, Fábio Silva, João Lomba, José Ruivo, Marta Faria e Gabriela Sousa, na sexta-feira, 22 de março, disputou o acesso ao play off entre dez equipas, ficando em 5º lugar. A próxima etapa será a disputa de um minicampeonato fora e posteriormente em casa, onde será necessário ficar nos primeiros lugares para ser apurada para as finais nacionais. Esta equipa também se encontra nas meias-finais da taça do distrito do Porto, onde poderá apurar-se para as finais nacionais da taça de Portugal, que se irá disputar em Lisboa no dia 27 de abril. Nilton Maia, como capitão e presidente da coletividade, deseja “toda a sorte à equipa, para levar o nome de Alvarelhos mais longe”, referiu. Relativamente à equipa da 2ª divisão, constituída por Américo Paiva (capitão), Carlos Reis, Carlos Silva, Joaquim Silva, David Silva, Pedro Silva, Diogo Moreira, Domingos Salgado, António Lopes, Soraia Reis e Idalina Faria, esta está a disputar o campeonato onde se encontra em 7º lugar entre 14 equipas e, na qual, as três primeiras serão apuradas para as finais nacionais da 2ª divisão, nas Caldas da Rainha. O presidente desta associação “agradece o empenho e dedicação de todos os atletas de setas e também das outras modalidades”. D.F.
CEATvenceGondomar
A equipa sénior feminina do Clube Estrelas Aquáticas da Trofa (CEAT) venceu este sábado, dia 23 de março, a de Gondomar, num jogo a contar para a 11ª jornada do Campeonato Nacional Feminino. Mesmo com a equipa “desfalcada de duas atletas”, o CEAT foi superior durante a maior parte do jogo, terminando-o com os parciais de 1-2, 4-2, 2-1 e 2-1, totalizando em 9-6. Os golos do CEAT foram apontados pelas atletas Diana Almeida (1), Maria João (2), Joana Loureiro (2) e Eli-zabete Matos (4). A equipa trofense continua em 3º lugar, com 21 pontos, empatada em pontos com a Amadora/Bfish/Restart, 2ª classificada. Já a equipa masculina, que está a disputar o Campeonato Regional sub-18, perdeu por 10-14 frente à formação de Santa Maria de Lamas, com os parciais de 1-6, 4-0, 2-2 e 3-6, apontados pelos trofenses Nuno Alexandre (4), Zé Pedro (3), Miguel Gouveia (1), Renato (1) e Telmo Costa (1). A equipa encontra-se na 8ª posição. Já na modalidade de natação, o clube da Trofa esteve representado por Diogo Silva na Torregri 2 de cadetes A e B, que se realizou este fim de semana, dias 23 e 24 de março, na Piscina Municipal de Lousada. Em cadetes A, Diogo Silva terminou a prova de 200 metros estilos em 40º lugar e a de 400 livres na 42ª posição. P.P.
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Jogo com Aldeia Nova valeu empate Diana Azevedo
Um duelo entre duas equipas muito empenhadas marcou um dos jogos mais bem disputados da segunda volta. Apesar da supremacia da equipa da casa, o S. Romão acabou por conquistar apenas um ponto. A partida no campo Carlos Alves começou equilibrada, entre duas equipas que mostravam bastante ambição e agressividade ofensiva, contudo o S. Romão detinha uma maior posse de bola e subia mais vezes até ao terreno do adversário. Aos 30 minutos, Pedro não conseguiu impedir que a trajetória da bola intercetasse o seu braço e, por isso, a equipa de arbitragem decidiu a expulsão do romanense e atribuiu grande penalidade a favor do Aldeia Nova. Mazzola tentou, mas falhou. Pedro Ribeiro tem tentado algumas modificações na sua equipa e Pepe, um homem habituado à defesa, provou que a sua colocação na frente de ataque foi uma boa aposta, por trazer mais mobilidade e agressividade ofensiva ao seu conjunto. Aos 37 minutos, o novo avançado impulsionou-se entre a aglomeração na defesa forasteira e cabeceou para dentro das redes de Miguel, para o que seria um magnífico golo, não fosse assinalado o fora de jogo. Outro dos elementos que tem dado dinâmica ao sector ofensivo da casa é Ruizinho, que nas últimas jornadas tem conseguido várias oportunidades para finalizar, mas a ansiedade no golo tem traído o jogador vermelho e branco. A caminho dos 40 minutos, mais uma dessas oportunidades flagrantes, em que o avançado colocado ao segundo poste cabeceou um cruzamento do lado direito, mas apesar de estar sem marcação, a bola foi ao lado.
S. Romão empatou a duas bolas
Apesar da desvantagem numérica, os “menos” do S. Romão pareciam “mais”, evidenciando uma equipa com muita mobilidade. O merecido golo surgiu aos dez minutos do segundo tempo, através de Ruizinho, com assistência de Pepe. A resposta do Aldeia Nova tardou e só chegou nas bolas paradas, nomeadamente num livre indireto. A bola foi colocada em frente à baliza de David e a falta de marcação a Paulo permitiu que este dominasse e no meio da confusão estabelecesse a igualdade. Volvidos cinco minutos, o Aldeia Nova voltou a marcar. Bruno cabeceou a bola do lado esquerdo da baliza de David e enganou o guardião, ao enviar a bola para o chão, onde se passeou por cima da linha de baliza até finalmente entrar. Perante o desenrolar do jogo era injusto a equipa de Pedro Ribeiro não pontuar, pelo que os dez romanenses redobraram esforços e não tiraram a mira da baliza de Miguel. Aos 81 minutos, Araújo tentou dominar a bola a caminho da baliza do adversário, ameaçando os forasteiros, mas a falta de Igor anulou essa possibilidade, pelo que lhe foi atribuído o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Em igualdade numérica, o S.
Romão chegou à igualdade no marcador, já em tempo de compensação, através do pontapé de Dário, garantindo assim mais um ponto. Flávio Silva, treinador do Aldeia Nova, admitiu que “ambicionávamos ganhar e vínhamos com esse intuito”. “Sabíamos que era um campo pequeno, mas não nos conseguimos adaptar. Gostamos de sair a jogar, de ter a bola no pé, mas num campo destas dimensões é muito difícil, porque caem-nos logo em cima”, denotou. Já o treinador do S. Romão, Pedro Ribeiro, começou por “dar os parabéns” à equipa, considerando que esta está no “bom caminho”. “Foi um jogo de grande intensidade, com muitas oportunidades de golo. Ficamos com dez jogadores na meia-hora de jogo, mas mesmo assim a equipa não quebrou o ritmo”, mencionou. Pedro Ribeiro afirmou ainda que assistiu-se a “uma dualidade de critérios”, que “podem mudar um resultado”. “O Pedro foi expulso na meia hora de jogo porque a bola tocou-lhe no braço e ele não conseguiu desviar. No final da primeira parte, um jogador deles deu mão e a sanção não foi a mesma. É um exemplo flagrante de decisões”, exemplificou. Após as comemorações da Páscoa, a bola volta a correr nas quatro linhas, opondo o Atlético de Vilar e o S. Romão.
Juniores do Muro vencem Cruz do Douro A Associação Recreativa Juventude do Muro venceu pela margem mínima (4-3) a ACR Santa Cruz do Douro. A ocupar o 8º lugar da tabela classificativa da série 2 da 2ª divisão distrital de juniores, com 30 pontos, os murenses recebem na próxima jornada, dia 6 de abril, pelas 19 horas, o Juventus Triana FC. Resultado diferente tiveram
os seniores da mesma associação que, num jogo a contar para a série 1 da 1ª divisão distrital, perderam por 5-3 com a Mocidade Invicta FC. Na próxima jornada, a realizar-se pelas 21.30 horas do dia 6 de abril, a equipa sénior, que ocupa a 15ª posição, com 21 pontos, desloca-se ao reduto do Clube Académico Pedras Rubras.
Também os infantis do Centro Recreativo de Bougado, que disputam a série 2 da 2ª divisão distrital, perderam por 2-0, frente ao CCD Ordem. Na próxima sexta-feira, dia 29 de março, os jovens de Bougado, que estão em 12º lugar, com 25 pontos, recebem pelas 11 horas, a ARC Moinhos. P.P.
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28 de março de 2013
Clube Slotcar da Trofa comemorou 9º aniversário Patrícia Pereira Cátia Veloso
O Clube de Slotcar da Trofa marcou as comemorações do seu 9º aniversário, com mais uma edição da lanparty, dinamizada pela secção de videojogos, durante a madrugada de sábado, 23 de março. A sede do Clube de Soltcar da Trofa (CST) foi palco de mais uma edição da lanparty, dinamizada pela secção de videojogos da coletividade, que juntou cerca de 40 jovens, uma equipa de Santo Tirso e restantes da Trofa, para uma maratona de League of Legends. Tiago Azevedo, responsável pela secção de videojogos, afirmou que esta edição contou com a participação de “50 por cento” das equipas que estiveram presentes na edição realizada no pavilhão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT), entre os dias 18 e 19 de janeiro de 2013. “Na altura gostaram do evento, conseguiram estar presentes e acho que vão continuar
Lanparty decorreu durante toda a noite
a seguir-nos nos próximos eventos que vamos fazer”, afirmou. O responsável pela secção de videojogos mencionou que “havia mais gente” a querer participar nesta edição, mas que devido à falta de espaço não foi possível. Por essa razão é que um dos objetivos desta secção passa por organizar uma lanparty de “maior dimensão”, estando já a estabelecer “contactos com as melhores equipas de Portugal, que também se mostraram interessadas em participar”. “Vamos ver
como as coisas correm, mas tudo indica que vai ser para fazer uma lanparty a nível nacional”, declarou. Com 14 meses de existência, Tiago Azevedo denotou que “não contava” que a secção de videojogos tivesse “evoluído bastante e muito rápido”, avançando que foi “a partir” do evento dinamizado nos BVT que tem recebido “muitos contactos” de interessados em participar nas atividades. Tiago Azevedo aludiu ainda que a secção “gosta” de perten-
Daniel Silva satisfeito com prestação na Volta ao Alentejo Daniela Ferreira
Ciclista trofense venceu a 1ª etapa da Volta ao Alentejo e teve a camisola de montanha, mas perdeu-a na última etapa. O atleta fez um balanço positivo da prestação nesta prova. Depois de vencer a 1ª etapa da Volta ao Alentejo, Daniel Silva acabou por descer na tabela classificativa, numa prova essencialmente feita à medida de sprinters. Como trepador nato, o ciclista trofense e chefe de fila da equipa Rádio Popular-Onda Boavista tinha como objetivo vencer a etapa que mais se adaptava às suas características e cumpriu-o. “Quando soube do percurso da Volta ao Alentejo vi que apenas tinha uma etapa (a primeira da prova) que se adequava às minhas características, por isso, nessa etapa tinha obrigação de ficar entre os 15 primeiros”, contou. No entanto, Daniel Silva alcançou muito mais do que a 15ª posição, tendo cortado a meta
em 1º lugar na etapa compreendida entre Castelo de Vide e Marvão: “Senti-me bem durante a etapa e dei logo indicações aos meus colegas de equipa, para estarem ativos na parte final e endurecerem a corrida, para que quando eu atacasse os adversários não tivessem capacidade de resposta”, assegurou. Depois de uma etapa de 167 quilómetros, onde deu a primeira vitória à sua equipa Rádio Popular-Onda Boavista, Daniel Silva revelou que “já tinha saudades de levantar os braços no ar”. O ciclista trofense, perito em provas de montanha, verificou que “as restantes etapas eram planas e indicadas para roladores e sprinters”, ao contrário das suas “capacidades físicas” que o impossibilitavam de fazer “luta direta com esses ciclistas”. Chegado à 5ª etapa, Daniel Silva, deparou-se com algumas dificuldades, que o fizeram perder a camisola de montanha. “Num circuito de cinco voltas, a contagem de montanha era coincidente com a meta. Porém, era uma ligeira subida de apenas dois quilómetros e com pou-
ca inclinação, pelo que nas quatro contagens a ordem de passagem foi sempre a mesma”, explicou. Uma das “pedras no sapato” de Daniel Silva foi o ciclista da República Checa (Karel Hnik), que se colocou no “caminho” do atleta trofense, “porque sprintava melhor e não dava qualquer hipótese”. Apesar do 45º lugar na classificação geral, Daniel Silva afirma estar satisfeito com a sua prestação: “O único momento de todas as cinco etapas onde eu tinha que estar na frente, estive e correu bem”, concluiu. Finda a Volta ao Alentejo, o trepador trofense já tem os “olhos” colocados no futuro: “A próxima corrida é uma prova de um dia, chamada ‘Clássica da Primavera’, no País Basco e a competir com grande parte das melhores equipas do mundo”. Prevista está também a participação na Volta às Astúrias e Volta a Madrid, onde Daniel acredita que estarão presentes “as melhores equipas e um pelotão de luxo”.
cer ao CST, que lhes proporciona “condições muito excelentes” e onde “toda a gente está pronta a ajudar”, desde membros da direção a atletas de outras modalidades. O presidente do CST, João Pedro Costa, explicou que esta foi uma das atividades que marcou as comemorações do 9º aniversário da associação, tendo sido com “muita satisfação” que recebeu os “muitos jovens” que estiveram presentes. “É sinal de habitabilidade com que,
neste momento, estamos a nível do público mais jovem, o que acaba por ser motivo de grande satisfação”, salientou. Na semana das comemorações do aniversário do CST, três modalidades estiveram em destaque: a secção de videojogos com a LanParty, a de slotcar com uma competição em Barcelona (Espanha) e a de bilhar com uma prova a contar para o campeonato federado, que decorreu durante o dia de sábado. “Uma semana completa recheada com todas as modalidades que o clube pode proporcionar, pelo que conseguimos juntar cerca de 150 pessoas, o que é um motivo de grande satisfação”. Para João Pedro Costa, os “nove anos de vida” da coletividade é um motivo de “grande satisfação” e de “esforço” em conseguir ter “as atividades em movimento” com as mudanças na “conjuntura” económica. Por isso, a “sustentabilidade do clube” é um dos “próximos desafios” assim como será o lançamento de “uma nova modalidade” ligada aos veículos antigos e clássicos.
Atletas do Vigorosa numa prova em Braga Os atletas da Associação Cultural Recreativa Vigorosa participaram no sábado, 23 de março, no torneiro de abertura de pista ao ar livre, em Braga. As infantis Ana Lopes, Patrícia Moreira e Jéssica Faria alcançaram o 1º, 2º, 3º lugar, respetivamente, nos 150 metros planos. No lançamento de peso, Ana Lopes conseguiu o 2º lugar, Patrícia Moreira o 6º e Jéssica Faria o 7º. Já nos iniciados, nos 250
metros planos, Sara Faria atingiu o 1º lugar do pódio. No salto em altura, Sara Faria alcançou a 8ª posição e Ana Silva foi 9ª classificada. Nos 800 metros planos, Ana Silva ficou em 7º lugar. Pelo lado masculino, Alexandre Sá, atingiu a 4ª posição nos 250 metros planos. Rui Rocha ficou em 6º lugar no lançamento do peso e Tiago Sá foi 8º nos 800 metros planos. Nos juvenis, Cátia Gomes alcançou o 2º lugar no lançamento de peso. D.F.
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Luz que salva o mundo ESTA É A OBRA DE DEUS ESPÍRITO E VIDA ACREDITAI E CONFIAI JO.8.12,23-24,51.C.6.29,63 Para a vida eterna não ser só para alguns, a Jeová pertenceu as saídas da morte. Sal.102.1820 e 68.20. Para isso Jeová rompeu e desfez o velho pacto concluído com todos os povos, para entrar novo pacto. Is.5.7, 24-26. Za.11.10-11. Mat.21.42-44. Lu.16.16. Is.42.6.C.55.34.C.61.8. Assim os fiéis de Jeová são livres de seguir o eterno reino do Pai Celestial no novo pacto. Dan.2.44.C.7.13-14,18. Lu.1.33.C.12.32.C.16.16.C.17.20-21. Col.1.13.2. Pe.1.11. Para Jeová remir o povo da morte Os.13.14, e ser conhecido por todos na terra como as águas cobrem o mar disse ao Pai eis-me aqui, envia-me, vai. Jo.12.41-47.Is.6.5,89.C.9.6.C.11.9.C.17.7.C.25.8-9.C.40.3-5,9-11.C.53.11-12.Os.6.2-3.C.13.14.Jer.31.3334.Za.2.10-11Mal.1.5.C.3.Jo.1.19-23,29-30.Mat.3-3.C.11.2-6.C.27.46.Sal.22. No novo pacto Jeová recebeu um nome que está acima de todos os nomes, nele está a salvação do mundo, sem ele nada se pode fazer. Is.9.6.C.52.6.C.62.2.Za.14.9.Mat.1.21.1Car.1.2-3.Fi.2.811.At.26.18.C.4.12.Jo.20.31.C.15.5.C.12.45-47.C.3.35-36.Ap.22.16.Is.55.3-4. Vivos sempre pela fé no único nome dado por Deus para toda a humanidade, felizes todos disse o Pai os que se refugiam nele, chamado o Deus de toda a Terra. Sal.2.6-9,12. Is.25.8-9. C.35.4. C.40.9. C.54.5,13. Jo.6.45. C.8.51. C.20.27-29. C.1.14. Ap.19.11-13. Tito.2.13. Is.9.6. At.4.12. Só Jesus dá vida eterna aos mortos, e os santifica pela fé no seu nome. Da.7.18. Jo.20.31. At.4.12. C.16.30-31. C.26.18. 1Cor.1-2. Col.1.12-14. 1Pe.2.9. Ap.20.6. Jo.5.21-24. C.8.51. C.11.26. C.17.17-19. C.14.6,23. Sal.101.6. Santos filhos de Deus e da luz pela fé em Jesus. Ga.3.26. Jo.1.9-13. C.12.36. Todos herdeiros da nova terra da felicidade eterna, nela não há mar, morte, dor, tristeza, fome, sede, nem sol. Há rios e árvores da vida, a luz é Deus e o cordeiro e todos os seus fiéis são luz no reino eterno do Pai. Is.33.15,17. 2Cor.12.2-4. Ap.7.9-10,16. C.2127. C.22-2. Mat.17.2. C.13.43. Todos os mestres religiosos que não ensinam os seus fiéis a fé só em Jesus, bloqueiam com joio o caminho da verdade e da vida. Mat.13.37-42. Jo.14.6. 2Pe.2-2.AP.17.14. Para a fé e a luz da salvação de Deus não chegue a todas as extremidades da Terra. Is.49.6. Lu.2.26-32. Jo.8.12,51 Mat.24.10-14. C.28.18-20. Disse Jesus examinais as escrituras que dão testemunho de mim, estais todos cegos. Jo.5.21-24,3944.Is.42.6-7.Jo.8.12,23-24,51.C.9.39.C.10.26-30.Ge.1.26.C.3.22.Deu 18.15,19.Pro.8.2236.Ap.6.15-17. Quem não é por mim, é meu inimigo. Espalha a fé noutros nomes, agradando a Satanás, tirando a fé dos povos em mim. Sal.110.1,5.Mat.12.30.C.13.3442.Lu.19.27.At.4.12.C.16.30-31.C26.18.1Car.1-3.1Pe.2.9-10.Ef.4.4-5.1Tim.C.26.18.1.Car.13.1Pe.2.9-10.Ef.4.4-5.Tim.C.26.18.1Car.1-3.1Pe.2.9-10.Ef.4.4-5.1Tim.4-2.Heb.10.26-31.2Pe.22.Ap.17.14.C.20.12-15. É neste século que todos os inimigos do filho de Deus, rei do novo pacto, ficam debaixo dos seus pés, ele é o juíz de todos os povos cara a cara. Sal.50.4-6.110.1,5. Ez.20.35. C.39.21. Mal.3.5. Mat.7.22-23. Jo.5.21-23. Ap.6.15-17. Todos os da larga estrada, Mat.7.13. Serão lançados no fogo a ranger os dentes até ficarem em pó. Ap.20.11-15. Mat.13.4142. C.21.42-44. Is.33.12. O mesmo sucede à velha e podre Terra. Sal.102.25-26. Is.51.6. Ap.20.11. 2Pe.3.7,10-12. Sofonias 1.18. C.3.8. Mar.13.31. C.12.31. Tiago.5.19-20.
18 Necrologia
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Necrologia Santo Tirso
Cecília Barros Guimarães Faleceu no dia 20 de março, com 54 anos. Divorciada.
António Rodrigues da Silva Faleceu no dia 23 de março, com 82 anos. Casado com Alice Rodrigues Faria.
S. Martinho de Bougado
Ribeirão
Casemiro de Sousa Santos Maria Rosa de Sousa Cunha Faleceu no dia 22 de março, com 80 anos Faleceu no dia 19 de março, com 52 Casado com Firmina da Costa Colho anos. Casada com José Maria Pereira do Couto. Maria Helena Vieira Alves Faleceu no dia 24 de março, com 51 Lúcia Couto Azevedo anos. Divorciada. Faleceu no dia 21 de março, com 75 anos. Jorge Manuel Dias da Silva Viúva de Joaquim Costa Araújo. Faleceu no dia 26 de março, com 78 anos. Francisco Assis da Costa Pinto Casado com Elvira Dias da Costa. Faleceu no dia 22 de março, com 46 Funerais realizados por Agência anos. Funerária Trofense, Lda. Marido de Maria Emília da Silva Gomes Gerência de João Silva Pinto. Lousado
Maria Emília de Azevedo e Silva Faleceu no dia 22 de março, com 88 Aprísio de Sá Costa anos. Faleceu no dia 13 de março, com 87 anos. Viúva de Manuel da Silva Oliveira. Casado com Armandina dos Santos Pereira. Lúcia Dias da Costa Pereira Faleceu no dia 23 de março, com 83 Maria Alice de Sá Costa Reis anos. Faleceu no dia 20 de março, com 87 Viúva de Joaquim Torres Faria. anos. Funerais realizados Viúva de António Miguel Pinto de Sá Costa por Funerária Ribeirense Reis. Paiva & Irmão, Lda.
28 de março de 2013
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28 de março de 2013
Cantinho de Nutrição
Atualidade 19
Mensagem de Páscoa
Água, um tónico de vida Podemos sobreviver cerca de duas semanas sem alimentos, mas apenas dois a três dias sem a ingestão de líquidos: e só por aqui temos a real noção de como a hidratação tem um papel tão vital! Na realidade, cerca de 70 por cento do nosso corpo é constituído por água – olhe para si: dos pés até meio da barriga, é meramente água. Não é fantástico? Daí o tema da hidratação ser tão pertinente e relevante. Todos os dias sofremos variadas perdas de água: na urina, nas fezes, na sudação e até na respiração. Essas perdas rondam os dois/três litros de água por dia. Sabendo que grande parte do nosso corpo é constituída por água, percebemos o porquê da necessidade de repor esses dois a três litros de água perdidos. A deficiente ingestão de água está associada a um mal-estar geral (cansaço, irritação, dificuldade de concentração…) e diminuição das capacidades físicas e intelectuais. Quando esta ingestão deficiente se prolonga, pode originar problemas mais graves de saúde. As recomendações hídricas aumentam com a idade. Ou seja, enquanto as crianças com um a três anos de idade necessitam de 0,9 litros por dia, um adulto do sexo masculino necessita de três litros de água por dia. Já as mulheres necessitam apenas de dois litros por dia. É claro que estas recomendações variam com inúmeros fatores. Um desportista necessitará de beber em maior quantidade. De igual forma, as necessidades hídricas são maiores quando a temperatura está alta (as perdas também serão maiores) ou quando estamos diariamente em ambientes com ar condicionado. E, por exemplo, quando ingerimos mais sal e/ou mais proteína (carne ou peixe) as necessidades também aumentam! Por outro lado, se consumirmos uma caldeirada e dois pratos de sopa, necessitaremos de beber menos água. São realmente muitas as variáveis…sendo que uma forma muito prática de vigiar o nosso estado de hidratação passa pela análise da nossa urina: nomeadamente a cor e o cheiro. Quanto mais clara e menos intenso o odor, melhor o nosso estado de hidratação. E não se esqueça: a sede já é um sinal de desidratação! A água que necessitamos pode ser obtida de três formas diferentes: pela ingestão de água (ou de outras bebidas que contenham água), pela ingestão de alimentos ricos em água (como hortícolas e fruta, apesar de todos os alimentos conterem água, estes são os mais ricos) e pela oxidação dos nutrientes (ou seja, todos os dias o nosso corpo forma uma pequena parcela de água no seu interior)! É verdade, o nosso corpo produz água! É comum as pessoas questionarem: mas tenho de beber dois litros de água todos os dias? E os sumos? Bem, na realidade, os chás, o leite, os sumos podem igualmente hidratar. Por exemplo, um iogurte líquido meio gordo tem 83 por cento de água! Os chás rondam os 99,9 por cento de água. Estas bebidas podem ser muito interessantes em determinadas situações pois são muito ricas em micronutrimentos essenciais: o leite é especialmente rico em cálcio, os sumos de fruta em vitaminas e minerais. Quanto aos sumos, apesar de terem uma elevada percentagem de água na sua constituição, a sua capacidade hidratante é menor que a da água visto possuírem mais osmolaridade. É preciso alertar para o teor de açúcar destes! E o álcool? O álcool, ao contrário do que se julga, desidrata! Quanto mais volume de álcool tiver a bebida, mais desidratará essa bebida. Cuidado… No passado dia 22 de março comemorou-se o Dia Mundial da Água: sim, ela é importante ao ponto de ter um dia (mundial) só para ela. É importante a muitos níveis! E um deles passa… pela nossa saúde. Então, já bebeu água hoje? Ana Isabel Ferreira, estagiária de Nutrição ana_isabel_sts@hotmail.com
Queridos amigos e irmãos. Leitores d’ O Notícias da Trofa Mesmo às portas da Páscoa continuamos todos a saborear o dom do Espírito Santo que foi a eleição do Papa Francisco. A Páscoa traz tempos novos, também na Igreja, com a alegria e a simplicidade a comunicar, ao mundo, a Vida de Cristo ressuscitado. Moçambique abundou em água no início deste ano. Foi água que produziu morte, sofrimento e destruição mesmo se a água pode ser também fonte de vida - no batismo - e na abundância de comida. Os maiores problemas surgiram no sul e eu, como sabem vivo a norte. Mesmo assim muitos de vós se inquietaram por mim. Agradeço-vos de coração a preocupação e carinho demonstrado. De saúde estou o melhor possível com a graça de Deus e a vossa oração e ajuda. Desejo felicitar-vos, nesta quadra onde abunda os “aleluias”, pela ressurreição de Jesus e, na d’Ele, também a nossa ressurreição. A nossa fé em Jesus vitorioso é celebrada, renovada e vivida com o testemunho da alegria da salvação. Recordo-vos diante do Senhor sempre mas mais intensamente nestes dias de maiores saudades e comunhão. Em sinal de gratidão envio-vos uma página do meu diário em missão com um abraço fraterno extensivo a todos sem exceção de ninguém. Aleluia! Vosso irmão no Senhor, na Missão de Ribaué em Moçambique, Alberto Vieira Foram 34 os batismos que hoje, sábado, celebramos aqui bem perto do centro da vila, em Kithel. Eram muitas crianças mas as famílias eram poucas pois os pais de uns eram padrinhos dos outros e cada pai tinha dois e alguns três filhos a batizar. Um pai tinha mesmo 4 crianças. Aqui a produção não para, pelo menos a humana, pois a produção de comida é um pouco inferior. Ainda bem que aqui a terra é boa e dá sempre comida graças à abundância de montanhas e rios existentes. Assim é difícil haver fome. Kithel é uma comunidade nascida ainda há poucos anos. Eram casais que tinham celebrado o batismo e matrimónio recentemente e agora chegou a vez de batizarem os filhos menores de 7 anos. No fim da celebração dei boleia a algumas mamãs que, assim com as crianças, não tiveram de apanhar tanto sol no caminho. Na verdade aqui temos um calor enorme ao contrário da Europa que estamos em época do frio. Regressando à vila, pouco depois de deixar a capela, um cristão mandou parar o carro e vi no seu rosto que estava preocupado. Parei. Soube que a sua esposa estava na capela na celebração dos batismos e aí sentiu-se mal. Tentou regressar a casa. Vieram as dores do parto pelo que parou numa casa vizinha. Pediu-me então ajuda para a acompanhar até á maternidade do hospital. Como o carro estava cheio de gente mandei esperar alguns minutos que, deixando as mamãs mais à frente, voltava para levar a esposa. Assim fiz. Não passaram mais de 10 minutos. Quando regressei já tinha nascido a criança. Solicitou-me para esperar pois estavam, as mulheres amigas, a terminar o trabalho. Esperei e encaminhei mãe e filha à maternidade. Ali as deixei mas depois fiquei com pena de não lhe ter sugerido que dessem à menina o nome de “Ermelinda” recordando minha mãe. No entanto ao final da tarde voltei ao hospital e vi a mãe e a filha já tranquilas, descansando, depois das enfermeiras terem terminado o serviço do parto. Então sugeri à mãe o nome a dar à sua filha: “Ermelinda”. Ela agradeceu. Fica a memória de minha Mãe que sempre me acompanhou desde 1989, e acompanha ainda hoje, como intercessora junto de Deus, na Missão. Na enfermaria de partos estavam 8 mulheres que neste dia todas deram à luz. Viva a abundância da VIDA!!! P. Alberto Vieira Missionários Combonianos C.P. 821 - 3100 Nampula , Moçambique Telm. 00 258 825 899 587 e-mail: bertovieira@gmail.com
20 Reportagem
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28 de março de 2013
Um gesto nobre pela vida
40% da população portuguesa pertence ao grupo sanguineo A positivo e cerca de 36% ao grupo O positivo. Os grupos AB e B negativo são os mais raros.
Daniela Ferreira
No âmbito do Dia do Dador de Sangue (27 de março), o NT foi à procura daqueles que regularmente se disponibilizam em prol de outrem. Descobrimos dois dadores que integram a instituição Lions Clube da Trofa, que batalha todos os dias a favor desta luta pela vida. Tudo começou numa campanha de recolha de sangue. Armindo Campos nunca tinha estado ligado a movimentos deste género, mas naquele dia “houve qualquer coisa” que o “tocou” e o fez apresentar-se diante dos responsáveis da associação, para “contribuir” com uma dádiva de sangue. Estava “nervoso”, confessa, mas “ao mesmo tempo também estava calmo”, porque havia pessoas “a aconselhar como se devia ou não fazer”. Ao contrário do colega, Jorge Machado já fazia parte da organização do Lions Clube da Trofa, mas sem participar como dador. Um dia, casualmente, começou a dar sangue. “Não houve nenhuma necessidade de ser dador”, documenta, antes, porém, de colocar um parêntesis: “Tinha o sentido de dar uma ajuda também àqueles que têm necessidade de sangue”. Para estes homens, ser dador “é um gesto bastante nobre”, pois “há pessoas que necessitam de sangue” e a eles, como à maioria da população, “não faz diferença doar, porque não se esgota”, referem. Muitas pessoas têm a vontade de se tornarem dadoras de sangue, porém existem algumas condições, como ser saudável, ter entre 18 e 65 anos, ter um peso acima dos 50 quilos e não ter doenças crónicas. Dos cinco a seis litros que circulam no nosso organismo, só é doado aproximadamente 450 mililitros, que é reposto rapidamente pelo organismo. Os dadores homens podem doar sangue a cada 60 dias, as mulheres a cada 90 dias. “Pouco mais se passa do que uma análise ao sangue”, reforça Armindo Campos quanto à facilidade do gesto. “Quando chegamos, apresentamo-nos às pessoas que estão na receção, preenchemos um formulário em que há várias questões”, explicou Armindo Campos. No questionário que os serviços administrativos entregam ao dador, este declara que leu e
Lions Clube da Trofa promove colheitas de sangue durante todo o ano
compreendeu toda a informação, bem como que respondeu às questões com verdade, consciência e responsabilidade. Caso isso não aconteça, o dador pode prejudicar a dádiva de sangue. Jorge Machado atenta para a relevância da verdade neste inquérito: “Se a uma perguntaque esteja lá, por exemplo se já foi operado, a pessoa responde que não e é sim, essa resposta trocada pode causar problemas, não ao dador, mas a quem vai receber esse sangue”. Após o questionário, é feita uma avaliação médica da tensão arterial, frequência cardíaca e é realizado o teste para a determinação do valor de hemoglobina. Se houver alguma anomalia em qualquer um dos testes, a dádiva poderá ser suspensa temporária ou definitivamente, dependendo da situação. No entanto, caso o aval do médico seja positivo, o dador passa para a próxima etapa, dirigindo-se para a sala de colheita de sangue: “Senta-se na cadeira e em cerca de dez minutos está pronto. É fácil e rápido”. Porém, desengane-se se pensa que o processo termina aqui. Não. “Existe a preocupação do próprio hospital em indicar ao dador se tem algum problema”. Sendo feita a colheita de sangue, a amostra é analisada para que se saiba se pode ou não ser doada a quem precisa. “Normalmente, em oito dias, o dador recebe uma carta em casa, que vem com o resultado da análise que é feita pelo hospital. Se estiver tudo bem, podemos continuar a dar sangue, se por algum motivo for detetado algum problema, o hospital chama essa pessoa para uma consulta”.
do por outro e por isso a doação é tão importante. Em 2012, foi registada uma quebra de 12 por cento nas dádivas de sangue a nível nacional. No início deste ano, embora as equipas de colheita tenham aumentado, a quebra permaneceu. O Instituto Português do Sangue admite que em 2013 será um desafio manter as reservas de sangue. Por isso, a nível nacional, as equipas continuam a trabalhar para que o sangue não se esgote. “Eu acho que é importante por vários aspetos, um deles é saber que o sangue que nós doamos é um bem necessário para salvar muitas vidas, porque há muitas pessoas que dependem dele”, realçou Armindo Campos. O sangue continua e continuará a ser necessário. Esta necessidade só pode ser complementada com a doação voluntária da população. “É muito importante, estarmos sensibilizados e atentos a este problema, visto existir escassez de sangue. Todos nós devíamos, os que fossem saudáveis, contribuir ou colaborar o melhor possível para que nunca chegue a faltar o sangue”, rematou. José Carneiro, diretor do pelouro do Sangue do Lions Clube da Trofa, afirma que “o reconhecimento da dádiva de sangue é necessário” e como o sangue tem um tempo médio de duração para que possa ser transmitido a alguém “é preciso continuar a aumentar as dádivas de sangue para que não falte nos hospitais e para que não sejam adiadas operações que necessitam dele”.
As taxas moderadoras e os dadores Um dos motivos para a dimiA importância de doar sangue nuição de dádivas foi a retirada, O sangue funciona como por parte do Governo, da isentransportador de substâncias de ção das taxas moderadoras. Muiextrema importância para o fun- tos dadores “desanimaram” após cionamento do corpo. É um te- esta notícia e renunciaram à docido que não pode ser substituí- ação. Armindo Campos pensa
que os dadores deveriam ser “superiores”, porque “esta causa é bastante nobre” e a melhor recompensa que podem ter “não é a monetária, mas sim a satisfação que temos quando sabemos que estamos a ajudar alguém”. Jorge Machado compartilha da mesma opinião, afirmando que é “uma asneira” as pessoas não doarem sangue, porque foram retiradas as taxas moderadoras: “Quem precisa do sangue é o doente e não o hospital”, concluiu. Para além da isenção das taxas moderadoras, os dadores têm um cartão que os identifica e que serve para revelar quantas dádivas realizaram, se podiam ou não estar isentos das taxas e até para visitar doentes nos hospitais. Contudo, “as máquinas que dão a informação do cartão não estão a funcionar”, revela Jorge Machado. Sendo assim, este cartão não tem qualquer utilidade, pois não é possível fazer atualizações. Hoje o cartão serve apenas para “identificação que é dador”. Porém, “diz-se que vão ser feitos novos cartões e máquinas para que se possam apresentar nos postos de saúde e em todos os sítios que seja necessário a pessoa apresentar-se como dador de sangue”, frisou. Dar sangue é dar vida Membro do Lions Clube da Trofa, Armindo Campos, dador há cerca de 25 anos e Jorge Machado, há cerca de 30, têm uma enorme quantidade de dádivas realizadas. Por isso, fazem um apelo a todas as pessoas saudáveis: “A todas as pessoas saudáveis com mais de 18 anos, um dia venham experimentar dar sangue. Pode ser que amanhã venham a ser grandes dadores, porque nós precisamos deles, precisamos de toda a gente. Àquelas que têm possibilidade, apareçam e deem sangue, porque ele faz falta”.
Não pode ser dador de sangue quem alguma vez utilizou drogas, teve contactos sexuais com múltiplos parceiros, portadores de doenças crónicas (hepatite, diabetes, epilepsia, hipertensão), transplantados, recetados com transplante de sangue, quem fez endoscopia nos últimos quatro meses, quem foi operado nos últimos seis meses, quem fez uma tatuagem ou piercing nos últimos quatro meses e no caso específico das mulheres as que foram mães ou que estão a amamentar. No sábado, 23 de março, o Lions Clube da Trofa, organizou mais duas colheitas de sangue. Uma delas realizou-se na sede da Junta de Freguesia de Alvarelhos, a favor do Instituto Português do Sangue do Porto, tendo participado 44 voluntários, sendo feitas 42 doações. Já no edifício da ASCOR, em S. Romão do Coronado, a favor do Hospital do S. João do Porto participaram 90 voluntários dos quais 79 doaram sangue.
Armindo Campos
“Eu acho que é importante por vários aspetos, um deles é saber que o sangue que nós doamos é um bem necessário para salvar muitas vidas, porque há muitas pessoas que dependem dele”.
Jorge Machado
“Quem precisa do sangue é o doente e não o hospital”.