Edição 422

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9 de maio de 2013 N.º 422 ano 11 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

PUB

Bombeiros pág. 3

Dez feridos em acidentes Atualidade pág. 10

Caminhadajuntoumaisde2000pessoas Atualidade pág. 5

Atualidade pág. 20

Crianças da Lagoa com recreio novo Lista independente candidata-se ao Muro

40 oportunidades de emprego


2 Atualidade

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Bênção a 20 grávidas no Dia da Mãe

Candidaturas ao “Programa Cidadania Ativa” até 28 de junho Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Câmara da Trofa informa instituições sobre candidaturas ao “Programa Cidadania Ativa” dirigidas a Organizações Não Governamentais.

Paróquia de S. Martinho não deixou passar despercebido Dia da Mãe

No domingo, 5 de maio, o dia foi dedicado a todas as mães. Nesta data, celebra-se o Dia da Mãe em homenagem à Virgem Maria, mãe de Cristo. A paróquia de S. Martinho de Bougado não deixou passar esta data e assinalou-a com uma eu-

caristia muito especial, onde, além de a dedicar a todas as mães, fez a bênção a cerca de 20 grávidas. A celebração foi animada pelo Grupo da Pastoral Familiar, que organizou uma encenação e, no final, distribuiu um miminho por todas as mães presentes. P.P.

Gota D’Água homenageia mães A Gota D‘Água deu início à homenagem do dia da Mãe, no sábado 4 de maio, às 15 horas. Esta homenagem teve como base uma sessão de musicoterapia. Com o apoio da professora de música da Trofa acompanhada com vários instrumentos musicais tentou mostrar através deste trabalho “a importância e a riqueza que é a música e os seus diferentes ritmos, melodias e sons”. As crianças entraram “em delírio de tanta felicidade ao tocarem o tambor e os instrumentos de percus-

são”, reforçou fonte da organização. Foi ainda dedicada uma canção às mães e posteriormente foram os filhos que através de alguns poemas puderam dizer às mães “o seu amor incondicional”. A atividade encerrou com uma música “de embalar, em que cada mãe com uma boneca dançava ao ritmo da música se concentrando como se tivesse adormecendo o seu próprio bebé”. No fim da iniciativa foi servido um lanche e realizado um sorteio de prémios simbólicos para todos. D.F.

O Programa Cidadania Ativa tem como objetivo primordial o “fortalecimento da sociedade civil portuguesa e o progresso da justiça social, da defesa dos valores democráticos e do desenvolvimento sustentável”. A Câmara da Trofa alerta as coletividades e instituições do concelho para a abertura da candidatura deste programa, gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian, que termina no dia 28 de junho de 2013. O programa, que decorre entre 2013 e 2016, dispõe de um montante de “5,8 milhões de euros”, que serão concedidos através de concursos periódicos. Os projetos são financiados a 90 por cento. Podem candidatar-se Organizações Não Governamentais (ONG) portuguesas, ou seja, pessoas coletivas de direito privado, de base voluntária, sem fins lucrativos, legalmente constituídas, que prossigam finalidades de interesse geral ou de bem comum, independentes de autoridades locais, regionais ou nacionais e de outras entidades públicas ou organizações socioprofissionais ou empresariais, que não sejam organizações partidárias ou partidos políticos e que não sejam organizações religiosas. Para ter acesso à tipologia “grandes projetos” é ainda necessário que a ONG esteja constituída e registada há mais de um ano, à data da apresentação da candidatura. Cada ONG pode apenas candidatar-se a um projeto por ano, em cada domínio de atuação. Os projetos em parceria são “encorajados”, sendo obrigatóri-

Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa, Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago

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os “a partir dos 25 mil euros”. Nestes casos, aplicam-se as seguintes regras: o líder de uma parceria terá de ser uma ONG portuguesa; uma entidade só pode ser selecionada para três projetos como líder de parceria e três projetos como entidade parceira; cada parceria poderá integrar um máximo de quatro entidades; entidades públicas e privadas (que não ONG) poderão integrar parcerias, mas não são elegíveis para apoio; o Programa oferecerá ainda oportunidades de cooperação com ONG estrangeiras. As candidaturas terão de ser submetidas num Domínio de Atuação Específico, como a “Participação das ONG na conceção e aplicação de políticas públicas, a nível nacional, regional e local” ou a “Promoção dos valores democráticos, incluindo a defesa dos Direitos Humanos, dos direitos das minorias e da luta contra as discriminações” ou ainda o “Reforço da eficácia da ação das ONG”. As atividades elegíveis no âmbito do Programa incluem “ações de promoção da participação cidadã nos processos de conceção e decisão de políticas públicas a nível local, regional e nacional, atividades de sensibilização, ações que promovam o diálogo e a cooperação entre ONG e organismos públicos, atividades que promovam a integração na sociedade de minorias ou grupos de risco, atividades que reforcem a capacidade e a eficácia das ONG, atividades de criação de redes e plataformas de ONG, ações de formação e de informação, promoção de serviços de apoio social de proximidade, ações de sensibilização, de vigilância e de monitorização de políticas públicas”. Para mais informações, pode consultar o sítio da internet http:/ /www.gulbenkian.pt/ section237artId4147langId1.html. Nota de redação

Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt

Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo

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Agenda Dia 10 16 horas: Visita do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, à Santa Casa da Misericórdia da Trofa 18.30 horas: Abertura da Feira Franca, junto ao Centro de Saúde em Alvarelhos Dia 11 9-12.30 horas: Colheita de sangue, no salão paroquial do Muro 10 horas: Abertura da Feira Franca, junto ao Centro de Saúde em Alvarelhos Dia 12 10 horas: Abertura da Feira Franca, junto ao Centro de Saúde em Alvarelhos 11 horas: Bênção dos casais com 25, 50 e 60 anos de matrimónio, na Igreja Nova em S. Martinho de Bougado 14.30 horas: 4ª edição da Descida do Lar do Emigrante, em Covelas 16 horas: Trofense-Belenenses 17 horas: Bougadense-Vila FC - CD Torrão-FC S. Romão Dia 13 10.30 horas: Início da Profissão de Fé, em S. Romão do Coronado

Farmácias de Serviço Dia 09 Farmácia Trofense Dia 10 Farmácia Barreto Dia 11 Farmácia Nova Dia 12 Farmácia Moreira Padrão Dia 13 Farmácia de Ribeirão Dia 14 Farmácia Trofense Dia 15 Farmácia Barreto Dia 16 Farmácia Nova

Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


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Estradas da Trofa registaram quatro acidentes Maio, em Santiago de Bougado. Segundo testemunhas oculares, uma viatura estava a sair do parEm dois dias, 5 e 6 de que de estacionamento do resmaio, as estradas do concetaurante Flor do Ave, para Vila lho da Trofa registaram qua- do Conde, quando outro veículo, tro acidentes. que seguia nessa faixa de rodagem, embateu por trás. As estradas do concelho da Duas ambulâncias de socorTrofa registaram quatro aciden- ro com quatro Bombeiros Voluntes, dos quais resultaram seis fe- tários da Trofa (BVT) estiveram ridos, que foram transportados no local e transportaram duas para a unidade de Vila Nova de crianças, com oito meses e nove Famalicão do Centro Hospitalar anos de idade, para o CHMA. Médio Ave (CHMA). Segundo as testemunhas, as O primeiro ocorreu cerca das crianças não estariam na cadei22 horas de domingo, 5 de maio, ra de transporte de crianças. na Nacional 104, na Rua 16 de Outra viatura dos BVT esteve Patrícia Pereira Hermano Martins

Embate entre duas carrinhas na Nacional 14

Tribunalcondenahomem a comprar mota elétrica Um homem, morador em S. Romão do Coronado, foi intercetado pelas 11 horas de quarta-feira, 1 de maio, pelos militares da GNR da Trofa, quando conduzia um ciclomotor na Rua Sacadura Cabral. Como não tinha habilitação para a condução, a GNR notificou o indivíduo, com 71 anos de idade, para comparecer no tribunal, na manhã de quinta-feira, onde lhe foi aplicada como medida de coação uma pena suspensa de três meses, mais a obrigatoriedade de entregar um donativo no valor de cem euros à instituição ASAS – Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso e a adquirir uma mota elétrica, uma vez que este tipo de veículos não carece de habilitação para a condução.P.P.

Furtada viatura ligeira de mercadorias

no local, para limpeza do pavimento. Já na segunda-feira, foi a vez da Rua D. Pedro V, na EN 14, em S. Martinho de Bougado, a ser palco de mais uma colisão entre duas viaturas ligeiras de mercadorias. A colisão ocorreu, pelas 7.45 horas, porque o veículo, que saia da Rua Dr. António Augusto Pires de Lima, não terá respeitado o sinal de stop e, ao entrar na Rua D. Pedro V, no sentido Porto-Trofa, bateu na frente de outra viatura, que seguia nesse sentido. Esteve no local uma ambulância de socorro com dois elementos dos BVT que transportaram um condutor, com 27 anos, para o CHMA de Famalicão. No mesmo dia, ocorreram mais dois acidentes de viação entre ligeiros de passageiros, mas na Rua do Horizonte, em S. Romão do Coronado, e na Rua D. Pedro V dos quais resultaram dois feridos ligeiros. Também no concelho vizinho, em Vila Nova de Famalicão, na Avenida Portas do Minho, em Ri-

Duas crianças tiveram que ser transportadas ao hospital

beirão, ocorreu pelas 13 horas de domingo, uma colisão frontal entre dois ligeiros de passageiros, de marca Mercedes e Renault, do qual resultou quatro feridos que também foram transportados

para o CHMA de Vila Nova de Famalicão. No local estiveram duas viaturas dos BVT e três dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão.

Choque frontal fez quatro feridos

Detidos por condução sob o efeito de álcool A Guarda Nacional Republicana da Trofa mandou parar pelas 21 horas de sábado, 4 de maio, um condutor, que seguia na Rua Guerra Junqueiro, em S. Martinho de Bougado, por conduzir sem cinto de segurança. Ao pedirem a documentação do condutor e do veículo, os militares da GNR da Trofa verificaram que a viatura circulava na via pública sem seguro e sem inspeção periódica. Ao ser efetuado o teste de alcoolemia, ve-

rificaram ainda que o homem, morador em Guidões, apresentava uma taxa de 3.33 gramas de álcool por litro de sangue. Notificado para comparecer em tribunal na manhã de segunda-feira, 6 de maio, o individuo, com 43 anos, viu-lhe ser aplicada como medida de coação 300 horas de serviço comunitário e dois anos e quatro meses de inibição de condução. Já cerca das 3 horas de domingo, 5 de maio, a GNR

intercetou um homem, na Rua D. Pedro V, em S. Martinho de Bougado, por conduzir com uma taxa de 1,21 gramas de álcool por litro de sangue. O homem, de 33 anos de idade e morador em Vila Nova de Famalicão, foi notificado para comparecer em tribunal, onde lhe foi aplicada como medida de coação uma coima no valor 357.50 euros e quatro meses e meio de inibição de condução. P.P.

Apanhado a vender material contrafeito

Os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa Entre as 22 horas de quinta-feira, 2 de maio, e as 3 horas de identificaram pelas 13 horas de sexta-feira, foi furtada uma viatura ligeira de mercadorias, Mitsubishi quinta-feira, 2 de maio, um cidaL200, quando estava estacionada na via pública na Rua Ascen- dão português, morador em Vila são, em S. Romão do Coronado.P.P. Nova de Gaia, pela tentativa de

venda de material contrafeito, na Zona Industrial do Soeiro, em S. Mamede do Coronado. O homem, com 47 anos de idade, tentava vender quatro relógios da marca Breitling e

Ferrari, bem como quatro pares de óculos de sol, pelo preço unitário de dez euros. O indivíduos foi constituído arguido com termo de identidade e residência. P.P.


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Assembleia de Freguesia do Muro

Unanimidade na aprovação das contas de 2012 Cátia Veloso Hermano Martins

A Junta de Freguesia registou uma execução orçamental que “rondou os cem por cento” e ainda transferiu 20 mil euros para o orçamento de 2013. As contas de 2012 da Junta de Freguesia do Muro mereceram a aprovação unânime da Assembleia, que reuniu na noite de terça-feira, 30 de abril. De acordo com o presidente do executivo murense, Carlos Martins, que apresentou o documento contabilístico, a execução orçamental “rondou os cem por cento”, já que “o valor previsto foi de 150 mil euros e foram obtidos 145 mil”. A Junta conseguiu ainda transferir 20 mil euros do saldo resultante do ano anterior para o orçamento de 2013. Na análise das contas, o social-democrata José Martins chamou à atenção para “o aumento das despesas de conservação e reparação”, em “5200 euros”. “Não sei se houve alguma desatenção relativamente a essas despesas”, sublinhou. Apesar de louvar a “manutenção das transferências para as instituições” e “a redução de des-

pesas de pessoal”, o elemento do PSD assinalou “a redução” da respetiva verba na ordem dos “2500 euros”, assim como para “a contenção de dois mil euros ao nível de obras”. “A Junta recebeu mais oito mil euros que o ano anterior, mas emagreceu na distribuição para as instituições e no investimento de capital, o que fez com que a Junta juntasse mais dez mil euros para passar para 2013 cerca de 20 mil. Eu tenho esperança que esse valor seja investido nas obras que tem para este ano”, frisou. Em resposta, Carlos Martins explicou que o saldo de 20 mil euros foi conseguido graças “à Câmara Municipal”, que “transferiu, no dia 31 de janeiro, todas as verbas que faltavam do protocolo de 2012, respeitantes a dois meses”, explicou. “Com certeza que, como não tínhamos obra para pagar, ficamos com esse dinheiro em caixa, onde já tínhamos algum. Foi um aumento de cerca de dez mil euros”, adiantou. Já no que respeita à redução das verbas para as instituições, o presidente da Junta justificoua com “os cortes de 20 por cento do protocolo com a Câmara e de cinco por cento do Governo”. “Fizemos um corte proporcional,

Peregrinação pela Paz 2013

porque se continuássemos com o mesmo orçamento, não iríamos ter receitas suficientes”, asseverou. José Martins também fez um reparo sobre o timing para a obra no adro da capela de S. Pantaleão, anunciada por Carlos Martins antes da ordem do dia. O presidente da Junta explicou que o executivo “traçou como objetivo fazê-la neste mandato”, mas como “tinha outras ruas” para intervencionar e como o projeto para aquela zona “era economicamente inviável”, decidiu dividi-la “em fases”. “Sabemos que é um local muito mal frequentado e, juntamente com a paróquia, estamos a tentar embelezar aquilo, para afugentar essas pessoas. Estamos a fazer isto para a freguesia do Muro. Esta obra, assim como nenhuma outra, não foi feita com alguma intenção eleitoral”, frisou. Carlos Martins sublinhou ainda que o que a Junta poupou “não vai chegar” para executar a intervenção naquele local, informando que “há-de vir dinheiro que está assegurado pela Câmara Municipal, através de um subsídio”. A intervenção da Junta passará por “fazer o circuito da procissão e o adro da Capela”, deixando para o futuro “a rua que liga a zona à Agra da Cana” e “o anfiteatro”, por serem obras “demasiado caras”. Antes da ordem do dia, Carlos Martins informou que a Junta de Freguesia vai terminar de calcetar a Rua de Camões, depois de o presidente da Assembleia, Baldomero Talaia, ter “oferecido os paralelos”. Esta requalificação é, na opinião do autarca, “de extrema importância para a freguesia, principalmente para que as pessoas que vêm de Gueidãos e Matos evitem ir à estrada nacional”. No período de intervenção do público, Manuel Pinto alertou a

Assembleia do Muro aprovou conta gerência de 2012

Junta para a falta de uma grelha perto da antiga estação que, segundo respondeu Carlos Martins, “já está a ser feita”. O murense referiu-se ainda à água que corre na Avenida de S. Cristóvão. O

presidente da Junta afirmou que “há cinco ou seis anos” fez-se “um desvio” das águas e que o “problema do escoamento” continua a persistir, prometendo “averiguar a situação”.

António Correia é o candidato da coligação ao Muro Durante a Assembleia de Freguesia, o membro do CDS António Correia informou que será o candidato à Junta do Muro nas listas da coligação PSD/CDS, para as eleições autárquicas deste ano. Correia, que fez parte do executivo de 2005/2009 também liderado por Carlos Martins, referiu que decidiu “manter o cargo” na Assembleia, já que pretende “continuar a defender os interesses do Muro”. No entanto, quis saber se algum membro da Assembleia era contra a sua decisão de continuar no órgão. Carlos Martins, presidente da Junta, foi o único a pronunciar-se, afirmando que não vê “nenhum inconveniente”. “Pelo contrário, nós fomos eleitos pelo CDS e continuamos aqui. Isto é um sítio de discussão e debate e estamos cá para defender a nossa terra”, frisou. Recorde-se que Carlos Martins recusou ser o candidato pela coligação, já que para além de considerar que “era uma boa altura” para o CDS correr “sozinho” às eleições, pelos “valores e pelas pessoas que tem”, também não gostou que “a freguesia não fosse tida nem achada na negociação” com o PSD, referiu em entrevista ao NT, em fevereiro.

Lions da Trofa com colheita neste sábado “Uma manhã pela vida”. Este é o lema do Lions Clube da Trofa para mais uma colheita de sangue, que está a organizar para o próximo sábado, dia 11 de maio,

no salão paroquial de S. Cristóvão do Muro. A colheita, que decorre entre as 9 e as 12.30 horas, será efetuada a dadores de S. Cristó-

vão do Muro e S. Mamede do Coronado e destina-se aos doentes do Hospital de S. João, do Porto. P.P.


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Carlos Martins avança com candidatura independente

“Não me podia aliar a um partido que propôs a anexação do Muro” O atual presidente da Junta de Freguesia do Muro não concorda com a coligação PSD/CDS e decidiu alinhar num movimento independente, no qual também já estão o atual presidente da Assembleia e tesoureiro da Junta.

Dois meses depois de anunciar não fazer parte do projeto da coligação PSD/CDS, Carlos Martins anunciou, em exclusivo, numa entrevista ao NT, a candidatura independente à Junta de Freguesia do Muro. O atual presidente do executivo murense, no segundo mandato eleito pelo CDS, decidiu avançar com uma candidatura sem comprometimento partidário, pois “era a última alternativa que tinha” para “defender a freguesia do Muro de intrusos que só se lembram dela quando se aproxima um ato eleitoral”. “Depois de sabermos que iria haver coligação, quisemos reunir o grupo de há quatro e oito anos, para ouvir a opinião de todos, sendo que quase todos acharam que devíamos fazer mais um mandato, indo como independentes, para salvaguardar a nossa terra, para que não viessem invasores do Catulo decidir os destinos do Muro”, afir-

Baldomero Talaia, Armando Castro e Carlos Martins fazem parte do movimento independente

mou. Sem nomear os alvos das críticas, Carlos Martins afirmou que há “quem só se lembre do Muro apenas nas eleições”. “No primeiro mandato, só apareceram 15 dias antes das eleições”, acrescentou. Carlos Martins garantiu que não se candidata apenas para ser presidente da Junta, mas sim por se “sentir na obrigação de proteger a freguesia”. “Caso contrário, seria muito mais fácil ir a eleições pela coligação”, frisou.

A lista do movimento independente foi criada por Carlos Martins e Armando Castro (atual tesoureiro da Junta) depois de serem “incentivados por muitas pessoas”. O grupo “está aberto” a “toda a gente” que queira fazer parte do projeto. “Aqui não haverá bandeiras e cada um apoia o partido que quiser à Câmara. Não há disciplina partidária. Quando me pediram para ser candidato pelo CDS, uma das minhas condi-

ções era que não queria disciplina partidária. Queria dizer o que pensava e ser livre. Quando me condicionaram e me tiraram essa liberdade, eu saltei. Assim vou como independente que assim defenderei sempre a freguesia do Muro”, afirmou. Mais do que sentir que a sua ação política seria limitada numa candidatura sustentada pela coligação, Carlos Martins nunca viu com bons olhos o casamento entre as concelhias do PSD e do

CDS. Uma das razões prendese com a lei da reforma administrativa. “Não me podia aliar a um partido (PSD) que foi à Assembleia Municipal com uma proposta para a anexação da freguesia do Muro, assim como a de S. Mamede e de Guidões. Foi um partido contra as assembleias que é o órgão mais nobre que as freguesias têm. Passaram por cima de tudo e de todos num ato de prepotência”, criticou. Carlos Martins também não esquece os anos de governação social-democrata, acusando-a ser espelho “de tudo de mau que pode haver em política”, com “a dívida que deixou aos munícipes e, o clientelismo que alimentou”. Por outro lado, Carlos Martins considera que era altura de o CDS “se afirmar”, correndo sozinho nas eleições, para “mostrar a sua capacidade” e se, em último recurso, fosse em coligação, “teria que ter mais expressão que o PSD”, defendeu. Desta que se formou, Carlos Martins “não” vê “nas listas, pessoas com grande capacidade de gestão e de liderança”. “Apenas vejo ódios, falsas promessas e uma guerrilha que ultrapassa as questões políticas. É uma novela que não nos levará a lado nenhum”, afiançou.

Murenses inauguram nicho à Nossa Senhora de Fátima Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Moradores na Rua Aldeia Nova, no lugar de Quintão, no Muro, inauguraram, no dia 1 de maio, um nicho à Nossa Senhora de Fátima. Foi a partir de “uma sugestão” do padre Manuel Domingues, antigo pároco da freguesia do Muro, que alguns moradores decidiram criar uma comissão para preparar e planear a construção do nicho à Nossa Senhora de Fátima, na Rua Aldeia Nova,

no lugar de Quintão. A ideia surgiu em maio do ano passado, no final da procissão do mês de Maria, que os moradores daquele lugar organizaram em direção à igreja. Como “correu otimamente”, o padre Manuel Domingues sugeriu que “se erguesse uma pedra, para comemorar aquele feito”. Dario Sousa, um dos elementos da comissão, contou que em meados de julho “começou a pensar-se na imagem que, depois de comprada “em bruto”, esteve no ateliê do Boaventura Sousa Matos para que fosse pinpub

tada. Foram os moradores que contribuíram para a construção do nicho. O próximo passo seria decidir o local onde seria construído o nicho. “Havia um fontanário com água totalmente imprópria. A Assembleia da Junta de Freguesia já tinha decidido a sua demolição e a construção de algo para o substituir. Falou-se então com a Junta, que foi recetiva e procedeu à demolição do fontanário e aí nasceu o nicho à Nossa Senhora de Fátima”, contou Dario Sousa. A imagem apenas foi para o seu lugar no dia que antecedeu à sua inauguração, que decorreu na tarde de quarta-feira, dia 1 de maio. A cerimónia de bênção esteve a cargo do padre Manuel Domingues e Rui Alves, pároco da freguesia do Muro. A sessão, que contou com a presença do executivo camará-

População uniu-se para construir nicho

Foto: Joaquim Araújo

rio, da Junta e Assembleia de minou com um lanche preparaFreguesia, “cerca de metade da do por “algumas senhoras” do loBanda de Música da Trofa”, ter- cal.


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Obras nos parques voltam a “incendiar” Assembleia Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

As obras nos parques voltaram a estar em cima da mesa da Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado. Conta de gerência de 2012 aprovada com abstenção do PSD. Foi com um “figurino” alterado que se realizou mais uma Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado, no dia 30 de abril. Além da ausência dos elementos do PSD Maria Emília Cardoso e José Luís Araújo, substituídos por Mário Costa e Carlos Andrade, o executivo também contou com uma alteração. Botelho da Costa, até então líder da bancada do PS na Assembleia, tomou o lugar deixado por Vasco Pereira no executivo liderado por José Sá, com sete votos favoráveis e seis brancos. Vasco Pereira, ex-tesoureiro da Junta, demitiu-se e prescindiu do assento na Assembleia, explicando os motivos por carta: “Divergências quer no conteúdo quer na forma como o senhor presidente do executivo dirige a nossa Junta de Freguesia, que se agudizaram a partir do momento em que eu, legitimamente, apresentei a minha candidatura pelo PS à União das Freguesias de S. Martinho e Santiago”. Sobre esta saída, a bancada do PSD pronunciou-se através de Isabel Cruz, que referiu que Vasco Pereira “transportou mais-valias no que diz respeito à parte da tesouraria que, para nós, era um emaranhado e confuso documento apresentado”. “Conseguiu alterar algumas práticas desta assembleia, nomeadamente uma apresentação através de meios informáticos”, frisou. A demissão também foi pre-

texto para a social-democrata atacar o executivo, o qual considera “descaracterizado, porque de seis em seis meses vai perdendo um elemento”. “Tem que defender os interesses da freguesia, que está porca, com ruas sujas, cheias de buracos”, afiançou, acrescentando que José Sá tem demonstrado “passividade perante as grandes borradinhadas que estão aí a fazer”. E daí, apontou armas contra as obras nos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro: “Vimo-lo em tempos a dar o grito do Ipiranga em defesa pelas árvores do parque, mas atualmente é um homem sem energia, sem palavra e que está preocupado sim em ser presidente, para manter essa inércia. Não podemos continuar a viver ao abandono. Eu não quero um parque de cimento, eu quero um futuro com árvores”. Sobre a conservação das ruas, José Sá respondeu: “Não aceito que insinue e que mostre tanta hipocrisia, dizendo que as ruas estão péssimas e que a nossa cidade está pobre. Se ela está pobre, somos nós todos que a empobrecemos e não só o presidente nem só um elemento da Assembleia”. Já sobre as obras dos parques, José Sá garantiu que continua a “preservar as árvores”. “O parque irá ficar devidamente arborizado, com tantas ou mais que as que tem. De certeza que vai acontecer como aconteceu em algumas obras. Quando começam, é um horror, quando terminam, diz-se que na verdade ficou uma beleza”, afiançou. O assunto voltou a ser abordado momentos depois, por Daniel Lourenço, do PS, que se dirigiu a Isabel Cruz: “Nunca a ouvi insurgir-se contra a antiga obra que estava projetada e essa é

Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado reuniu-se a 30 de abril

que era ruinosa, assassina e ia descaracterizar a alma dos parques”. O socialista considera que o projeto que avançou posteriormente, já sob o mandato de Joana Lima na Câmara “é muito importante para a dinamização de todo o centro urbano”. Isabel Cruz defendeu-se, alegando que “foi no mandato que o doutor Bernardino (Vasconcelos) iniciou um processo para a apresentação de um projeto para a alteração e obras no parque” e que “não” teve “conhecimento da maquete”, por isso “não” se pronunciou “a favor ou contra”. “Mas nesta casa da democracia nasceu uma comissão de defesa do parque e o compromisso era de que não se mexeria em nada no Parque sem antes passar por essa comissão. A minha dúvida é onde está ela?”, ripostou. No período de intervenção do público, Paulo Martins mostrou o seu desagrado por saber que os coretos do Parque Nossa Senhora das Dores vão ser demolidos, justificando que faziam parte do “património cultural da Trofa” e que os novos “que em nada têm a ver com os tradicionais”. EB 2/3 de fora da lista do Governo para retirar amianto Durante a ordem do dia, a secretária da Junta de Freguesia, Natália Soares, quis responder às “questões levantadas” por Isabel Cruz “em assembleias anteriores”, sobre a intervenção na Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques para re-

tirar as estruturas em fibrocimento, que contêm amianto, substância perigosa para a saúde. Natália informou que “no dia 1 de março o Governo veio anunciar uma intervenção nas coberturas de fibrocimento, em que a escola da Trofa não estava nessa listagem”. “Na altura a professora Isabel Cruz dizia que a escola era de intervenção prioritária e pelo lugar que ocupa atualmente (é subdiretora da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares) poderia estar mais atenta e possivelmente poderia intervencionar. Mas está preocupada com as árvores e deixou de se preocupar com as crianças”, referiu. Isabel Cruz respondeu que “se fosse presidente da Câmara, não seria preciso substituir as telhas, porque havia uma escola requalificada, no valor de milhões de euros, cuja parte de contribuição além do QREN seriam suportadas pelas verbas do PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central). A Trofa perdeu uma oportunidade de tirar todas as telhas de amianto para a qual eu daria todo o meu contributo, porque a presidente da Câmara sonhou destrui-la para construir lá os Paços do Concelho”, replicou. PSD critica distribuição de verbas no orçamento Todos os anos, Jorge Campos afirma que “o que interessa para a freguesia é que consiga emagrecer ao máximo as despesas correntes para que o di-

nheiro transite para despesas de capital”. Mais uma vez, o socialdemocrata sublinhou esta ideia, criticando o facto de a Junta ter gasto “125 por cento” das verbas previstas em despesas correntes e executado “42,7 por cento” do previsto em despesas de capital. Jorge Campos assinalou ainda a percentagem do orçamento gasto na Feira Anual da Trofa: “20 por cento”. “Vocês tinham previsto gastar inicialmente 94.800 euros e, apesar de ter havido uma alteração no orçamento, a verdade é que gastaram 132 mil euros, ou seja, mais 38 mil que o que tinham previsto inicialmente. Em tempo de vacas magras, não valeria a pena pensar nisto?”, questionou. Por outro lado, o elemento do PSD quis saber “onde” é que o executivo “gastou” o dinheiro da venda de um terreno, cujo valor da hasta pública (cerca de 25.500 euros) levantou a discórdia dos sociais-democratas. José Sá respondeu que “o dinheiro foi aplicado na freguesia e para pagar dívidas”. “Em 2005, quando fomos empossados, algumas pessoas da oposição diziam que eu recebi o cofre a abarrotar. A verdade é que eu tinha 50 mil euros em cofre, mas por outro lado tinha 300 mil de dívidas, que foram pagos por este executivo. Hoje, o passivo não passa dos 30 mil euros e não há nada a dever de 2012”, frisou. A conta gerência foi aprovada com sete votos a favor do PS e seis abstenções do PSD.

Obras que executivo “vai cumprir” José Sá garantiu que, até ao final do mandato, vai cumprir as promessas que sustentaram o manifesto eleitoral, nomeando “a pavimentação de uma rua em Paradela

e das ruas Aires Bandaria e António Sampaio” e a “construção do parque infantil na Urbanização da Barca”. Sobre este assunto, Isabel Cruz afirmou que “espera” que José

Sá “possa cumprir” com o “outdoor” que colocou na Urbanização da Barca “em campanha eleitoral”, onde constava “um jardim” e “um magnífico pavilhão”.


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Alvarelhos

Orçamento rondará os 15 mil euros

Estado das ruas e requalificação do cemitério invocados na Assembleia Municipal

Rancho de Alvarelhos espera atrair multidão à Feira Franca

Para “obter resposta às questões que mais afligem a freguesia de Alvarelhos e as suas populações”, Joaquim Oliveira, presidente da Junta de Freguesia, levantou três questões a Joana Lima, durante a Assembleia Municipal de 30 de abril. Como “das missivas que escreveu, pouco ou nada teve de resposta da parte do município”, o autarca decidiu colocá-las naquela sessão. A primeira das três “grandes aflições dos alvarelhenses” é, segundo Joaquim Oliveira, a expropriação de terrenos “que condicionam o corte/alargamento da Rua 25 de Abril, no lugar de S. Roque”, cujo ofício é de “25 de março de 2010”. “É uma obra de extrema necessidade, porque condiciona o trânsito naquela zona apertada, sendo esta uma das principais vias de saída das populações de Alvarelhos e Guidões que pretendem dirigir-se para o Castêlo da Maia e Porto”, justificou. Alegando que os proprietários dos terrenos foram “intransigentes” na cedência, Joaquim Oliveira pretende que a Câmara avance com o processo de expropriação, em “defesa do interesse público”. Em resposta, Joana Lima afirmou que, apesar de “uma expropriação trazer custos”, já “há um procedimento a decorrer para se iniciar o processo”, no entanto salvaguardou que o mesmo carece de “avaliação”. Outro dos “problemas” elencados por Joaquim Oliveira é o mau estado das vias da freguesia, consequência da “construção da rede de saneamento e abastecimento de água”. Os “efeitos secundários” da intervenção que “muito beneficiou a qualidade de vida dos habitantes do concelho” foram “o esventramento e transformação de todas as artérias da freguesia, que revoltam e dececionam todos os transeuntes que diariamente atravessam esta localidade”, frisou. Joaquim Oliveira frisou ainda que se passaram “seis anos penosos de reclamações, requerimentos, pedidos de indemnização, vistorias, discussão pública e assembleia municipal sem qualquer resultado ou ação desenvolvida para a correção desta situação”. Invocando “sensibilidade” por parte da autarquia e da empresa municipal Trofáguas, responsável pela obra, o autarca quis saber “o ponto de situação do processo, nomeadamente sobre o acionamento das garantias bancárias e quais os seus valores e datas de término”. Joana Lima respondeu que “o prazo de garantia terminou a 7 de março”. “Eu pedi uma prorrogação de 90 dias, porque a caução de 200 mil euros é insuficiente para resolver a gravidade da situação das ruas, não só em Alvarelhos, mas também no Muro”, frisou. A intervenção de Joaquim Oliveira terminou com a questão acerca da atribuição de “um subsídio” para a requalificação do cemitério. “Em reunião conjunta com a senhora presidente da Câmara e senhor vice-presidente em maio de 2012, ficou assente que o valor a atribuir seria de 70 mil euros. Foi também referido que, devido às indefinições da Lei dos Compromissos só em setembro de 2012 é o que o assunto podia ser tratado em termos formais pela Câmara”. O presidente da Junta de Alvarelhos afirmou que “até ao presente, o subsídio ainda não foi deliberado” e que “o processo da parte da Junta há muito que está concluído, faltando apenas dar a ordem de avançar”. Joana Lima afirmou que, depois de Joaquim Oliveira ter solicitado “um subsídio de cem mil euros”, respondeu que “era impensável”. “Depois dessa conversa, a Lei dos Compromissos entrou em vigor. Nós não temos capacidade para podermos atribuir um subsídio dessa dimensão. O senhor presidente vai ter que fazer um projeto mais humilde, mais simples e com menos dinheiro, adaptando-o à realidade em que vivemos. E, nessa altura, nós também estaremos cá para ajudar Alvarelhos”, respondeu. C.V.

Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Rancho Folclórico de Alvarelhos organiza a Feira Franca, que decorre entre os dias 10 e 12 de maio, junto ao Centro de Saúde da freguesia. “Estão todos convidados para a abertura oficial que é na sextafeira, dia 10, às 18.30 horas, e a acompanhar todo o programa disponível, pois a entrada é gratuita”. O convite é feito por Abílio Azevedo, presidente do Rancho Folclórico de Alvarelhos, para participar na primeira edição da Feira Franca, que decorre junto ao Centro de Saúde da freguesia, entre os dias 10 e 12 de maio. “Ambicioso e diversificado”, o programa é o “retrato visível” daquilo que será o evento, que contará com “algumas surpresas”. Além dos expositores dos setores agrícola, comercial e industrial, o artesanato, as artes e ofícios não foram esquecidos, abarcando “manifestações artísticas, culturais e desportivas” de cariz diversificado, de forma a agradar desde os mais jovens aos mais velhos. Com a duração de três dias, a Feira Franca tem um orçamento que “rondará os 15 mil euros”, para fazer face às despesas relacionadas com a logística, desde “a montagem dos stands, palco, tenda da gastronomia, ecrãs gigantes, eletricidade e a prova de atletismo”. Estes são os “custos diretos” e para os quais conta com o “apoio institucional, com a indispensável ajuda dos patrocinadores e dos lucros obtidos com as atividades desenvolvidas na feira”. A ideia de organizar este certame surgiu pela “dinâmica” da nova direção do Rancho, que, além da “normal evolução” do grupo, pretende “diversificar estratégias que possam acrescentar valor à nossa terra e atrair forasteiros que possam absorver um pouco da nossa cultura e ajudar a organização a chegar ao equilíbrio financeiro”. Para isso, a organização conta com o “empenho e dedicação” dos elementos do rancho, do movimento associativo do concelho e, sobretudo da freguesia, o que vai “acrescentar mais-valias e curiosidades”. “Deste modo, esta-

Rancho de Alvarelhos prepara iniciativa

rão reunidas as condições para que o certame possa deixar orgulhosos e satisfeitos, quer os nossos conterrâneos, quer os visitantes”, declarou. Recorde-se que as Feiras Francas surgiram na Idade Média, com o intuito de promoverem as vendas, as compras e as diversões, “isento de qualquer direito fiscal, isto é, livres de ‘portagens e costumagens’”. Este é um dos principais propósitos desta atividade, “divulgar os costumes e as tradições da nossa região”, assim como “angariar fundos para regularizar o pagamento do imóvel recentemente adquirido”, no qual funciona a sede do Rancho. O facto de ser uma iniciativa nova na freguesia, eleva “um pouco as expectativas” da organização, que espera que este seja “o maior evento realizado nos últimos tempos e que mobilize o maior número de pessoas”. Aliás, é esta a ambição que dá “ânimo e predisposição” para a organização do evento, que espera que tenha “continuidade nos próximos anos, neste ou outro formato”. “Tudo faremos para não desiludir ninguém, estando conscientes das nossas limitações e preparados para resolver algum contratempo que possa surgir, mas, acima de tudo, estamos esperançados de que será um evento que marcará positivamente o trabalho desta direção”, referiu. Abílio Azevedo espera que o “colorido proporcionado pela multidão” seja o “prato forte” deste certame. “Nem mesmo o clássico de futebol que opõe o Fute-

bol Clube de Porto e o Sport Lisboa Benfica, pelas 20.30 horas, será motivo para afastar os visitantes, uma vez que providenciaremos um ecrã gigante para a transmissão do jogo, na tenda da gastronomia, para assim assistirem ao ‘espetáculo dentro do espetáculo’”, concluiu. Programa diversificado para todos os gostos No dia da inauguração, a animação noturna contará com arruadas de gaitas de foles e de Concertinas e Cantares ao Desafio, terminando com a atuação da tuna veterana Gestrintuna. Já durante a manhã de sábado, a partir das 10 horas, há atividades lúdicas juvenis com jogos tradicionais, insufláveis e passeios de jerico. A organização promete uma tarde desportiva, onde não falta a atuação dos Alvadance e a Prova Nacional de Atletismo “Corrida Feira Franca de Alvarelhos”, terminando com a demonstração da Escola de Karaté de Alvarelhos Kyolushin. O dia termina com uma noite de folclore e atuação da banda Drain Zapping. No último dia do certame, além de atividades lúdicas juvenis, desfile da Fanfarra e Agrupamento de Escuteiros, concentração de Equídeos e chegada do Alvacycling, haverá espetáculos de variedades com o Grupo de Cavaquinhos “Os Amigos da Trofa” e o Conjunto Típico “Reformados da Portugal Telecom”, atuação da banda Hypnotic Wall e da Banda João Norte e suas bailarinas.


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1º Hospital Veterinário do Vale do Ave inaugurado na Trofa Foi inaugurado o Hospital Veterinário da Trofa, no dia 1 de maio, o primeiro hospital veterinário do Vale do Ave. A inauguração foi um sucesso, tendo contado com mais de uma centena de pessoas, tendo havido espaço para visitas guiadas ao Hospital, palestras sobre comportamento e treino de cães e muito convívio e boa disposição entre os amigos de quatro patas e seus respetivos donos. Foi desta forma que decorreu a inauguração do primeiro Hospital Veterinário do Vale do Ave, situado na Avenida das Pateiras. Este projeto, pioneiro na região, vem permitir um serviço de urgência permanente 24 horas acessível não só aos habitantes da Trofa como aos dos concelhos vizinhos, dando já nesta altura apoio regular aos concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Maia, Guimarães, Porto, Vila do Conde, Matosinhos,

Este projeto é pioneiro na região

Vila Nova de Gaia e Braga. Para além dos habitantes, o Hospital Veterinário da Trofa dá também apoio aos colegas dos consultórios e clínicas veterinárias destes concelhos sempre que é necessário internamento, cirurgias, utilização do laboratório ou outros dos serviços disponíveis. Está acessível não só a consulta de urgência, mas também

um bloco operatório com cirurgião e anestesista prontos a atuar a qualquer hora, bem como um internamento equipado para receber e tratar animais em cuidados intensivos. Com este serviço é garantida a presença permanente de um médico ou enfermeiro veterinário 24 horas, para todos os animais internados, estando à disposição

meios de diagnóstico, como análises sanguíneas e ecografia a qualquer hora, permitindo obter resultados em tempo real, aumentando consideravelmente a taxa de sucesso dos tratamentos. Outra novidade neste espaço é a cirurgia de oftalmologia, nomeadamente das cataratas dos cães, com um aparelho de cirurgia de última geração em medi-

Ribeiro de Covelas alvo de “descarga poluente” Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Popular alertou, no dia 4 de maio, para uma descarga poluente no ribeiro de Covelas. ADAPTA apela à comunidade, para que denuncie estes “atentados ambientais” às autoridades competentes. “As águas do ribeiro de Covelas apareceram novamente negras, resultado de mais uma descarga poluente”. O alerta foi dado pela direção da ADAPTA - Associação para a Defesa do Património da Região da Trofa que, cerca das 14 horas de sábado, dia 4 de maio, foi avisada por um popular do sucedido, assim como a Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa, que reencaminhou para o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) do Destacamento Territorial da GNR de Santo Tirso. Segundo Pedro Daniel Costa, presidente da ADAPTA, pela “coloração negra” que ainda

pode ser vista ao longo de “toda a extensão” do rio, “não se tratou de uma pequena descarga”. “Este ribeiro dispõe de caudal de água durante todo o ano, com maior afluência no inverno, mas sem qualquer vestígio de vida aquática. Estes atentados são frequentes e, muitas vezes, devastadores, sendo que os detritos podem permanecer durante semanas no ribeiro, até serem ‘lavados’ pelas fortes chuvadas”, referiu. O NT contactou o Destacamento Territorial da GNR de Santo Tirso, que informou que a equipa estava a fazer diligências no terreno, para se descobrir quem foi o autor desta descarga. Contudo, até ao fecho desta edição, ainda era desconhecido. O presidente da ADAPTA lamenta que, embora esta situação seja do conhecimento da “maioria da população”, “não se utilize as ferramentas disponíveis para denunciar estes atentados ambientais e de saúde pública”, para que as “autoridades com-

cina veterinária, que permite por exemplo, a aplicação de lentes intra-oculares após a remoção das cataratas, à imagem do que acontece em medicina humana. Outra preocupação foi o de permitir o acesso deste serviço a toda a gente, independente da situação sócio-económica, já que os custos dos serviços foram meticulosamente pensados e calculados de forma a não haver um agravamento dos mesmos. Para além disto, foi também disponibilizada mais informação sobre os seguros de saúde animal e encontra-se em negociação uma linha de crédito que permite, em situações inesperadas, que o animal de estimação não seja o mais lesado com a situação. Para mais conhecimento de quem é a equipa, bem como o espaço e os serviços, pode visitar a página www.hospitalveterin ariotrofa.com ou através do contacto 252 411 444.

Abertas candidaturas para Incentivos à Qualificação e Internacionalização

Marcas da descargas eram bem visíveis

petentes” possam atuar. “Não acreditamos que sejam insensíveis a estas situações que, muitas vezes, interferem com a própria qualidade de vida”, denotou. Apesar de apontar como “possíveis causas” para esta insensibilidade a “falta de conhecimento dos meios disponíveis ou o descrédito nas entidades

pub

responsáveis”, Pedro Daniel Costa apela à comunidade, para que “defenda o direito a um ambiente limpo e saudável”. Para isso, quando detetar algum atentado ao meio ambiente, contacte o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, através do número 808 200 520, e a ADAPTA, através do número 916 701 823.

Estão abertas as candidaturas para Incentivos à Qualificação e Internacionalização, dirigidas às Pequenas e Médias Empresas (PME) da Trofa. Estes incentivos inserem-se nas prioridades das políticas públicas de apoio à inovação e ao empreendedorismo, materializadas no Programa Estratégico para o Empreendedorismo e a Inovação (+E+I), visando a intensificação do esforço nacional em inovação com vista ao aumento da competitividade das empresas. Através destas candidaturas pretende-se “apoiar de forma simplificada a aquisição de serviços de consultoria e de apoio à inovação e ao empreendedorismo por parte de PME, para resposta a necessidades específicas da empresa, no sentido do aumento da sua competitividade”. A terceira fase para apresentar as candidaturas já está a decorrer e termina no dia 15 de maio de 2013. A quarta fase decorre entre os dias 16 de maio e 15 de julho de 2013 e a quinta entre 16 de julho e 13 de setembro. P.P.


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Trofa é um dos concelhos que mais cobra pelo abastecimento de água Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Em 2012, a Trofa foi um dos municípios que cobrou mais pelo abastecimento de água. Joana Lima, presidente da Câmara da Trofa, sente-se “refém de um contrato (de concessão) que hipoteca o município e os munícipes”. “Infelizmente, sinto-me presa, sem meios para poder ajudar os trofenses. A Trofa está refém de um contrato que não fui eu que negociei e com o qual nada tenho a ver”. Este é o sentimento de Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa (CMT), quanto ao contrato de concessão de abastecimento de água, que coloca a Trofa, junto com Santo Tirso, como os concelhos que mais cobram por este serviço. Segundo dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços de água e Resíduos (ERSAR), em 2012, nos concelhos da Trofa e Santo Tirso, o valor cobrado por “dez metros cúbicos mensais de água” é de “18,66 euros”. A presidente da CMT lamentou o preço cobrado pela água no concelho, afirmando estar “refém de um contrato (de concessão)” com a Indaqua (empresa privada do sector das águas), “assinado em 28 de dezembro de 1998 com efeitos a partir de 2 de novembro de 1999”. A edil recorda que o “concurso terá sido efetuado”, quando “o concelho da Trofa ainda pertencia a Santo Tirso” e “antes da constituição do concelho”, referindo que é impos-

sível alterar o contrato, com “o valor de 9.477160,44 euros”, que tem a duração de 35 anos. Devido ao grande endividamento da autarquia trofense, a presidente declarou que “não há meios para ajudar” quem mais precisa, através, por exemplo, de uma comparticipação no custo da água. “A autarquia é sensível aos problemas e dificuldades crescentes das famílias locais e ponderou a possibilidade de apoiar os agregados familiares locais, através, por exemplo, de uma comparticipação no custo da água. No entanto, a CMT encontra-se em processo de reorganização financeira o que impossibilita a libertação de quaisquer recursos financeiros”, salientou, denotando que autarquia conseguiu “eliminar as taxas de ligação”. Joana Lima declarou que quando o contrato foi negociado com a Indaqua a “conjuntura económica era outra” e, como tal, foi feito com “base em previsões de crescimento e de evolução que se revelaram irreais e inatingíveis”. “Os pressupostos do modelo económico financeiros não foram atingidos, relativamente ao número de ligações (taxa de adesão) e respetivos consumos, situação que teve reflexo direto nas receitas, implicando incumprimento no investimento previsto a realizar, com impacto por sua vez na taxa de adesão”, esclareceu. Perante “o inevitável incumprimento dos compromissos estabelecidos”, a autarquia tinha que “repor o equilíbrio”, existindo “três formas” para o fazer: “Transferência de verbas do Município, Au-

mento do tarifário ou ainda uma combinação destas variáveis”. Como a CMT “não tinha, nem tem, condições financeiras para proceder a qualquer transferência”, viu-se confrontada com a “necessidade de proceder a reajustamentos das tarifas de água em 2012, com evidentes sobrecargas sobre os consumidores trofenses”. Este contrato já teve “dois aditamentos para reequilíbrio económico-financeiro”. O primeiro, “subscrito em 25 de novembro de 2003”, tinha como causas a “criação do concelho da Trofa, com a correspondente inclusão no contrato de concessão de mais um concedente”, o facto de o “valor dos investimentos serem superiores ao inicialmente previsto” e dos “caudais faturados serem significativamente inferiores aos também previstos”. “A revisão e/ou reposição de equilíbrio do modelo económico-financeiro provocou uma atualização do tarifário, a eliminação da retribuição, de cera de 0,07 cêntimos/ M³ água faturada, atualizada todos os anos de acordo com a taxa de inflação, ao concedente (CMT) e a prorrogação do prazo de concessão de 25 para 35 anos”, explicou. Já o segundo aditamento, em 1 de julho de 2011, foi fundamentado na “previsão de que em 2009 existissem cerca de 10.500 clientes domésticos e verificouse que apenas eram no final do ano cerca de 7.200”. “Na previsão de que aqueles estimados 10.500 clientes consumissem em média 10 metros cúbicos por mês e o que se verificou foi que os efetivos 7.200 clientes consumiram apenas, em média, 6 metros cúbicos. Em fevereiro de 2013, existiam 8.700 clientes domésticos ainda muito aquém dos estimados 10.500 para 2009. O consumo médio mantém-se nos 6 metros cúbicos por mês”, concluiu. A alteração dos pressupostos teve “reflexo negativo na exploração”, levando a que “o investimento previsto não se executasse nos prazos previstos”. O investimento, no valor de “aproximadamente 880 mil euros”, está em fase de execução, estando ainda previsto, “de acordo com o 2º aditamento ao contrato de concessão”, a realização de “um

Fatura da água na Trofa é uma das mais caras do País

novo investimento, na ordem de 961 mil euros”, que permitirá atingir “uma taxa de cobertura de aproximadamente 96 por cento”. No entanto, está “dependente da aprovação de uma candidatura no âmbito do POVT (Programa Operacional Temático Valorização do Território)”, que deve ocorrer “durante este mês de maio”. O total global do investimento rondará os “oito milhões e quinhentos mil euros”.

Os números da obra Na Vila do Coronado, Muro e Covelas foram já executados cerca de 7,5 Km (557 ramais) faltando ainda executar 8,5 Km. Em S. Martinho de Bougado, lugar de Ervosa foram realizados aproximadamente 3,5 Km (61 ramais). Esta empreitada quando concluída vai servir a seguinte população. S. Romão do Coronado e Covelas – 770 habitantes S. Mamede do Coronado – 470 habitantes Muro – 597 habitantes S. Martinho de Bougado (Ervosa ) – 170 habitantes

Península de Tróia tem a fatura mais alta Fatura mais alta que a dos concelhos de Santo Tirso e Trofa só mesmo a aplicada na península de Tróia, pertencente ao concelho de Grândola, que tem um subsistema (Infantróia) para gerir os serviços de água, saneamento e resíduos daquela área de desenvolvimento turístico. Nesta área, dez metros cúbicos mensais de água custam “20,38 euros”. Terras de Bouro mantém-se como o concelho com a menor fatura da água: “2,53 euros no total”, incluindo abastecimento, saneamento e tratamento de resíduos. Segundo a mais recente avaliação da ERSAR a todos os concelhos do território continental, os custos dos serviços de abastecimento, saneamento e resíduos “subiram oito por cento em 2012”. Os portugueses pagaram em média “10,29 euros” pelo abastecimento de água em 2012, “mais 49 cêntimos” do que em 2011, com o encargo mensal a totalizar “20,69 euros”, somando o saneamento e o lixo. As diferenças entre os tarifários praticados em 278 concelhos continuam a ser significativas, com os encargos mensais dos três serviços a variarem entre um máximo de “40,71 euros” e um mínimo de “2,53 euros”, segundo números da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). “Cerca de dois terços dos concelhos aumentaram os preços, para os aproximar dos custos reais destes serviços”, pode ler-se na Lusa.


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Mundos de Vida

Caminhada dos Abraços juntou mais de 2000 pessoas

De mãos dadas com o filho e a afilhada, Fernanda Amorim caminhava apressada para a zona de partida da Caminhada dos Abraços. Devidamente equipada, com t-shirt e boné brancos, a participante da iniciativa promovida pela instituição Mundos de Vida salientou a importância de um evento desta natureza para Lousado antes de se “perder” no meio das mais de duas mil pessoas que aceitaram o desafio e caminharam por uma causa. Um “manto” branco invadiu a zona envolvente da Mundos de Vida, em Lousado, para a caminhada, numa tarde que, se não soubéssemos ter acontecido a 4 de maio, mais parecia de verão. Sozinhos, em família ou entre amigos, muitos deles muni- Mais de duas mil pessoas participaram na caminhada dos de carrinhos de bebés, os quatro quilómetros de percurso passeio. participantes não temeram os e equiparam-se a rigor para o De Santo Tirso, Daniel Pon-

tes, acompanhado pela esposa e pelo filho, que frequenta a creche da Mundos de Vida, também marcou presença na iniciativa. Antes de partir, afirmou que quis dar a oportunidade ao bebé de participar. “Também é bom para convivermos com os pais e outros meninos também”, sublinhou. O mais pequeno dos entrevistados, Afonso Pereira, dizia que a caminhada seria “fácil”, porque tinha “força” suficiente para o desafio. Já Fátima Dias, da Trofa, quis participar no evento da creche frequentada pelo neto. “Eu acho que vai ser fixe”, anteviu, reconhecendo que “sabia que vinha muita gente”. Manuel Araújo, presidente da Mundos de Vida, destacou a presença de “500 crianças” na caminhada: “Deve ser das poucas iniciativas do País que juntou tantas crianças com os seus pais a caminhar por uma causa”. O responsável pela instituição afirmou que vieram pessoas “da Trofa, Famalicão, Santo Tirso e de muitos outros concelhos dos distritos de Braga e do Porto”. Para além de ter o objetivo de apelar para a importância do acolhimento familiar, a atividade “também está inserida nas comemo-

Miguel Gameiro fez pequeno concerto no local da meta

Caminhada juntou pessoas de vários concelhos

Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Mais de duas mil pessoas, entre elas 500 crianças, participaram na Caminhada dos Abraços, que tinha o objetivo de alertar para a importância de cada criança ter uma família.

rações dos 25 anos da creche da Mundos de Vida”, revelou. Também para integrar nos festejos, a Mundos de Vida “propôs aos municípios que substituíssem, temporariamente, nas suas praças principais o nome de ruas por apelos aos direitos das crianças”. Ao tiro de partida, os caminheiros sabiam que, na meta, esperava-lhes um momento muito especial: o cantor Miguel Gameiro associou-se à atividade com um pequeno concerto, mostrando por que razão apoia a instituição. Ao NT e à TrofaTv, o músico afirmou que a Mundos de Vida “é uma associação que tem feito um trabalho extraordinário”. “São pessoas que disponibilizam o seu tempo para dedicá-lo aos outros, indicando-lhes um caminho e ajudando-os. Estamos numa altura em que temos que nos virar para os outros”, acrescentou. Miguel Gameiro apresentou alguns dos novos temas do segundo disco a solo, editado recentemente – “11 canções” –, mas também brindou o público com músicas bem conhecidas como “Dá-me um Abraço”, que serve de hino à campanha “Procuram-se Abraços”, que recruta famílias de acolhimento.


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9 de maio de 2013

Encontro Lusófono: “Mais de 36 mil” participantes desde a primeira edição

O ninho da lusofonia na Trofa Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Desde sábado e até 11 de maio, o Encontro Lusófono está recheado de atividades que exaltam a língua portuguesa. Durante cerca de 20 minutos, a escola Passos de Dança aliou a literatura à música e dança. O grupo trofense adaptou um excerto do conto vencedor da edição do Concurso Lusófono da Trofa – Prémio Matilde Rosa Araújo -, o “Sebenta Esquecida, de Tomé Cabeça na Lua”, e brindou o público com um espetáculo sóbrio, cómico e enternecedor, na sessão de abertura do 9º Encontro Lusófono. Esta iniciativa, especialmente dedicada ao público jovem, envolve mais de 1500 alunos e professores das escolas da Trofa, numa prova que “a cultura mas também a educação e a formação integral das nossas gerações são fatores essenciais de coesão e de identidade da comunidade, contribuindo para promover a qualidade de vida”, salientou Joana Lima, presidente da Câmara Municipal.

Escola Passos de Dança animou abertura do Encontro Lusófono

“Valorizar o património, qualificar a oferta cultural e promover a formação de públicos” são as metas traçadas para este encontro, cujo horizonte é a “projeção do concelho no âmbito nacional e internacional”. Salientando que o português é falado por mais de 250 milhões de cidadãos no Mundo e é a terceira língua mais utilizada na rede social Twitter, Joana Lima afirmou que “a relevância deste valioso património vai mais longe e, hoje, as características e identidade da cultura lusófona são também fruto da herança das memórias que deixamos espalhadas

pelo mundo”. “A relação de Portugal com todos os países lusófonos constitui um vetor fundamental do nosso papel internacional, por imposição do passado que tivemos e por opção do presente e do futuro que queremos. Continuar a valorizar este legado é, pois, fundamental para construirmos um Portugal de referência no Mundo e, na Trofa, o compromisso está a ser cumprido. Estamos a fazer a nossa parte, apesar da crise que estamos a atravessar devido à situação financeira do país e também do concelho que se repercute também no investimen-

to disponível para todas as nossas áreas prioritárias, entre elas também a cultura”, sustentou a edil trofense. Na abertura do certame, a Câmara premiou os utilizadores da Casa da Cultura que mais livros requisitaram: Manuel Reis, Claudia Zhang, Alex Almeida e Raquel Martins. Joana Lima ainda ofereceu a todas as crianças presentes o livro vencedor do Concurso Lusófono “Sebenta Esquecida, de Tomé Cabeça na Lua”. Durante o certame, a Casa da Cultura acolhe três exposições, promove várias oficinas, é palco de lançamento de livros e de atuações dos alunos de vári-

as escolas do concelho. Assis Serra Neves, vereador da Cultura, valorizou o programa desta edição: “Mais uma vez aqui estamos à altura dos mais de 36 mil participantes que já passaram por este certame ao longo de todas as edições sem nunca perdermos o talento para criar espaços de afetos e partilhas e, este ano, o programa preparado não desilude, mantém-se antes fiel ao espírito promotor do debate e da convivência entres escritores e público e continua a apresentar novidades, lado a lado com as inúmeras atividades que são marca deste encontro de escritores, autores e criadores de expressão portuguesa”. A sessão de abertura do evento ficou ainda marcada pela apresentação do conto vencedor da edição de 2012 do Concurso Lusófono, “Sebenta Esquecida, de Tomé Cabeça na Lua”, que contou com a presença do autor, Diogo Teixeira, da ilustradora, Susana Matos, e do elemento do júri, o escritor Pedro Seromenho. A par do Encontro Lusófono, está aberta a 13ª Feira do Livro da Trofa. O evento encerra com o espetáculo de Mi Ku Bô, às 21.30 horas de sábado, 11 de maio.

Rojões e leite-creme para promover restaurantes Daniela Ferreira Cátia Veloso

gem a uma panóplia de “pratos fartos” que permanecem no tempo, nomeadamente os rojões. Os restaurantes da Trofa Nos dias de hoje, esta iguaria associaram-se aos “Fins de ainda é muito apreciada e, por Semana Gastronómicos” e isso, foi o mote nas mesas serviram rojões e leite-creme. trofenses durante a iniciativa dos “Fins de Semana GastronómiNa casa dos lavradores, o cos”, aderida por 11 restauranaproveitamento de todas as car- tes do concelho, de 3 a 5 de maio. nes e sangue do porco deu oriOrganizada pelo Turismo do

Porto e Norte de Portugal, esta atividade tem o intuito de reavivar memórias e fazer provar o sem número de propostas gastronómicas que marcam a identidade de uma região. “Na Trofa, decidimos que seria neste fim de semana para potenciar também o Encontro Lusófono e a Feira do Livro”, cuja abertura aconteceu no dia 4 de maio, explicou o vicepresidente da autarquia, José Magalhães Moreira. Esta iniciativa tem vindo a crescer e prova disso é o acrescento de mais três restaurantes que aderiram aos “Fins de Semana Gastronómicos”, relativamente à última edição. “Neste momento, aquilo que sabemos é que tem havido bastante adesão às ementas. Penso que vai ser um êxito”, acrescentou o autarca. Este ano, foi o restaurante de S. Romão de Coronado que mereceu a visita do executivo camarário, do presidente da Assembleia Municipal, dos presidentes das juntas de freguesia do Coronado e do presidente da Trofáguas.

Executivo almoçou no Restaurante de S. Romão

Baseados na gastronomia tradicional portuguesa, os “Fins de Semana Gastronómicos” permitem ainda dar um empurrão ao setor da restauração. Maria Torres, uma das gerentes e cozinheira do restaurante de S. Romão, acredita que esta iniciativa “é boa” e que pode ajudar a que o estabelecimento tenha “mais su-

cesso”, já que o negócio “tem sido muito fraco”. Para acompanhar esta iguaria foi servido o vinho verde Castro Trofa e para sobremesa o leite-creme. Esta edição marcou pela diferença com uma nova ementa, já que nas anteriores eram servidos o pica no chão e a maçã assada.


12 Atualidade

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9 de maio de 2013

Uma Aventura...Literária 2013

Alunos da Trofa vencem o 2º prémio Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Inês Santos e Hugo Costa da Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, em S. Martinho de Bougado, venceram o 2º Prémio exaequo do concurso “Uma Aventura... Literária 2013”. “Era uma vez um jovem aluno que era desprezado pelos seus colegas da escola, devido às suas poucas condições financeiras. Uma situação que se alterou, quando o aluno participou num concurso de literatura na escola, com um texto bonito, e arrecadou o 1º lugar. Os seus colegas viram que ele era inteligente e empenhado e, a partir daí, começaram a tratá-lo como um colega normal”. Este é o resumo do texto original de Inês Santos e Hugo Costa, da turma 6º C, que venceu o 2º prémio ex-aequo, no concurso “Uma Aventura...Literária 2013”. Foi através do incentivo da professora de português, Elisabete Silva, que os alunos decidiram participar com um texto, que tinham realizado durante as férias de Natal para um trabalho da disciplina. “Ela gostou e achou que tinha os parâmetros necessários para poder participar e perguntou se gostaríamos de participar e nós aceitamos”, começou por contar Inês Santos,

residente em S. Martinho de Bougado. Os alunos decidiram enviar o texto, participando na modalidade de texto original, em trabalhos coletivos referentes ao 2º ciclo. Só nesta vertente participaram mais de cem mil trabalhos. Por ser um concurso a nível nacional, os jovens não contavam ganhar, tendo apenas participado por carolice. Segundo Inês Santos, o texto trata-se de “uma narrativa de encaixe”, pois além da “história do menino”, conta a história que ele escreveu para participar num concurso. Enquanto o texto para o concurso foi inspirado “num livro de uma coleção de contos”, a história do menino é “inspirada na realidade”. “De certeza que, em muitas escolas, muitas vezes os meninos e meninas são desprezados por não terem dinheiro”, denotou, tendo Hugo Costa acrescentado que com esta história pretendem alertar a comunidade educativa para que se trate todos por igual. Por terem arrecadado o 2º prémio, os alunos vão receber um cheque-livro, que vai ser entregue numa cerimónia da Feira do Livro, a realizar-se pelas 15 horas do dia 28 de maio, no Pavilhão da Editorial Caminho, em Lisboa, onde vão estar presentes as autoras da coleção “Uma Aventura”, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. No comunicado

Alunos venceram concurso com um conto escrito para a disciplina de Português

enviado à escola a informar da atribuição do prémio, foi ainda pedida a identificação completa dos alunos, uma vez que o texto vai ser publicado nas últimas páginas de uma edição da coleção “Uma Aventura”. Amante da leitura, Inês consegue “ler um livro em dois dias” e “uns dez” num mês. Já leu alguns livros da série infantil Geronimo Stilton, do “Diário de uma Totó” e da coleção “As Gémeas”. A aluna gosta de escrever e de “dar largas à imaginação”. Uma das partes que mais gosta de fazer quando começa a trabalhar num texto é de “amolgar a folha de papel em forma de bola e atirar para trás”. Já Hugo gosta de ler “um bocadinho” antes de dormir. O último livro que leu foi da coleção “As Cinco Quinas”, que lhe foi

oferecido pelo seu aniversário e “devorado” em “quatro noites”. O aluno também gosta de escrever e tem à-vontade para escrever sobre “qualquer tema”. “Devo fazer mais rápido que a Inês, mas também demoro sempre um bocadinho”, concluiu. Segundo Olívia Domingues, professora bibliotecária na EB 2/ 3, houve “mais cinco participações coletivas, com textos originais” de alunos deste estabelecimento. Na biblioteca da escola são sempre divulgados estes tipos de concursos, porque são “interessantes para a promoção da leitura e para melhorar as capacidades de escrita dos alunos”. Para Marialva Ferreira, coordenadora da EB 2/3, estes concursos são “pretexto para escrever, logo para melhorar os resul-

tados dos alunos e incentivar à melhoria da escrita, que é tão importante hoje em dia”. “Estes concursos são importantes e ganhar um prémio é um gosto e acrescenta motivação. Assim os alunos vão pensar que é possível e todos vão querer participar mais, por acharem que é possível ganhar”, afirmou a coordenadora, felicitando os alunos pelo prémio obtido. O concurso “Uma Aventura... Literária 2013” foi constituído por seis modalidades: Texto Original, Crítica, Desenho, Teatro, Olimpíadas da História e Blogue. Na modalidade de Texto Original, aberta a todos os anos de escolaridade, o tema era livre e devia ter a “extensão máxima de uma a duas páginas manuscritas ou datilografadas”.

Comunidade envolvida na luta contra os maus-tratos Trofa envolveu comunidade na prevenção contra os maus-tratos na infância. Jovens foram desafiados a criarem o laço mais criativo, o ícone da iniciativa. “Ser criança é ser feliz”. Este foi o refrão da música entoada em coro pelos alunos do 6º C da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, durante a sessão de encerramento do mês dedicado à prevenção dos maus-tratos na infância. A cerimónia decorreu na Casa da Cultura da Trofa, evento que incluiu a entrega de prémios aos vencedores do concurso “Cria o Laço Mais Criativo”. Os prémios foram distribuídos pelas mãos de Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), e pelo vice-presiden-

te da Câmara da Trofa, José Magalhães Moreira. A Escola de Bairros e a Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques foram as grandes vencedoras, uma vez que a turma 4 do primeiro estabelecimento venceu o concurso, relativo ao 1º ciclo, e as turmas 6º C e 808 do segundo venceram os prémios na categoria de 2º e 3º ciclos. Armando Leandro mostrouse “muito satisfeito por marcar presença na festa”, congratulando uma “iniciativa que procura apurar a sensibilidade de todos os cidadãos no sentido de amar as crianças, respeitar os seus direitos e promover que esses direitos sejam protegidos”. O presidente da CNPCJR elogiou ainda o concelho trofense, uma zona que considera “rico, porque tem muitos jovens”. “Quem tem muitos jovens tem pre-

sente e futuro. É preciso cuidar deles e ajudar que eles se cuidem a eles próprios”, concluiu. Já o vice-presidente da autarquia, José Magalhães Moreira, fez um balanço positivo de um mês que teve “programas que foram muito bem escolhidos”. Elogiou os filmes que foram projetados nas juntas de freguesia do concelho, afirmando serem “altamente educativos”. “Elucidavam bem os riscos que se correm mesmo em situações aparentemente normais, portanto, alertaram-nos que todos os cuidados são poucos para se prevenir os maus-tratos na infância”. Relativamente à iniciativa “Cria o Laço Mais Criativo”, o autarca estava satisfeito. “A quantidade de laços que concorreram foi enorme, as paredes estão completamente cheias e há laços extremamen-

Sessão de encerramento contou com uma plateia jovem atenta

te criativos, o que denota que houve muito entusiasmo”, acrescentou. Ao longo do mês de abril, o concelho da Trofa serviu de palco às iniciativas organizadas em

conjunto com a CNPCJR, que visavam a sensibilização da população alertando-as contra as agressões aos mais jovens. L.A./P.P.


Atualidade 13

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9 de maio de 2013

Feira apela para os cuidados de saúde

Alunos de S. Romão apresentaram Projeto Rios

Patrícia Pereira Hermano Martins

O Curso Técnico Auxiliar de Saúde da Escola Secundária da Trofa dinamizou na terça-feira, dia 30 de abril, a 9ª edição da Feira da Saúde. Rastreios de colesterol, tensão arterial, hipertensão, índice de massa muscular, visão, podologia e nutrição. Estas eram algumas das despistagens disponíveis na 9ª edição da Feira da Saúde, que decorreu na Escola Secundária da Trofa. A atividade, que está inserida no projeto Educação e Promoção para a Saúde e Sexualidade, tem como “grandes objetivos” fazer uma “chamada de atenção para os cuidados de saúde” e para que os alunos tenham “noção do seu estado de saúde”. Além dos rastreios habituais, a feira contou com uma secção dedicada à área dos pés, onde os podologistas viram como é que os alunos “os pousam” e verificaram a existência de calos e fungos. “Estão cá duas enfermeiras do Centro de Saúde, com

Feira visava servir de treino para os alunos

quem temos uma parceria, assim como a CESPU de Vila Nova de Famalicão. Mantivemos os colaboradores do costume em termos deste ciclo que temos: a Ótica, a Farmácia Moreira Padrão e a assistente da nutricionista da Câmara da Trofa”, contou José António, coordenador do projeto. Para José António é essencial que os alunos do Curso Técnico Auxiliar de Saúde estejam na organização desta iniciativa, pois, além de acompanharem o

processo e verem “como é que estas coisas funcionam”, também “treinam”. Para isso, o coordenador conta com a disponibilidade dos professores que “fazem permutas”, para que os alunos possam estar presentes. Segundo o coordenador, a Feira da Saúde junta “o útil ao agradável”, pois além de consolidar “os conteúdos que os alunos dão nas aulas”, também possibilita que estes comecem “já a experimentar e a ver como é que as coisas funcionam”.

Secundária assinala Dia da Dança B-boing, locking e popping são palavras que, na Escola Secundária da Trofa, foram proferidas, vezes sem conta, na segunda-feira, 29 de abril. Tratam-se das designações das variantes de Hip Hop, o estilo que os alunos aprenderam numa mega-aula promovida pelo núcleo de estágio de Educação Física do estabeleci-

mento de ensino. Esta foi uma forma de assinalar o Dia Mundial da Dança (29 de abril), para “quebrar preconceitos” e “fazer despertar o ‘bichinho’ da dança junto dos jovens”, explicou Ilídia Matos, professora estagiária. A equipa composta também pelos docentes estagiários Ricardo Teixeira e André San-

tos e a orientadora, Paula Matos, preparou a iniciativa, envolvendo os alunos, que em grupos animaram os intervalos das aulas com performances. A mega-aula foi ministrada pelos elementos do grupo All About Dance, de Santa Maria da Feira, que também atuaram no rés-do-chão de um dos pavilhões. C.V.

Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Alunos da Escola Básica 2/3 de S. Romão do Coronado apresentaram, no dia 29 de abril, os resultados do Projeto Rios deste ano à comunidade educativa. Depois de os alunos das turmas A e B do 9º ano da Escola Básica 2/3 de S. Romão do Coronado terem feito a sua primeira visita de campo ao rio Mamoa, no dia 8 de abril, chegou a altura de apresentarem à comunidade educativa os resultados dessa ação. No dia 29 de abril, foi sob o mote “A Escola e os Ecossistemas Ribeirinhos com a Savinor”, que os alunos brindaram os presentes que “encheram a biblioteca”, com dinâmicas teatrais, onde apresentavam as propriedades da água, mostrando os conhecimentos adquiridos com o Projeto Rios, que nestes três anos tem sido promovido pela empresa Savinor. No final, apresentaram uma peça de teatro “inspirada n’O Auto da Barca do Inferno”, que tinha como “protagonista a água”. “Foram vários os docentes envolvidos nesta ação, mostrando a importância da interdisciplinaridade para a aquisição de conhecimentos”, avançou fonte da empresa. Esta ação contou com as intervenções de José Faria, presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas Coronado e Covelas, Celeste Osório, professora coordenadora do Projeto Rios na escola, Inês Nabais, em representação da Savinor, e de Pedro Teiga, coordenador nacional do Projeto Rios. Recorde-se que o Projeto Rios, que se baseia na adoção de um troço de um rio, fazendo desse local um laboratório natural de aprendizagem e de partilha de conhecimentos entre a comunidade, foi proposto pela empresa Savinor há cerca de três anos, com o objetivo de sensibilizar os alunos para a “questão da despoluição dos rios e pelo cuidado da água”, criando “um clima e ambiente de entreajuda e de camaradagem”.


14 Desporto

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9 de maio de 2013

Trofense empatou com Feirense O Trofense conquistou esta quarta-feira um precioso empate (1-1) em casa do Feirense, ficando assim a apenas um ponto de assegurar a permanência na 2ª Liga, a duas jornadas do fim. Pires, logo aos dez minutos, colocou a equipa de Santa Maria da Feira em vantagem, mas Magique, aos 53, recolocou o empate com que terminou a partida, deixando o Trofense mais perto da manutenção, quando faltam disputar apenas duas jornadas. O Feirense colocou-se cedo em vantagem perante algum desnorte da defesa do Trofense, que sofreu a primeira contrariedade aos 10 minutos. Numa boa iniciativa individual, Tiago Jogo fugiu pela direita e serviu Pires na área, que se limitou a encostar o esférico para dentro da baliza. O Trofense mantinha-se desconcentrado nas ações defensivas e quase sofria o segundo golo aos 20 minutos, mas Platiny rematou ao lado da baliza. Pouco depois, Luiz Alberto fez um atraso para Conrado, que agarrou a bola fora da área. O

guarda-redes recebeu por isso ordem de expulsão, aos 24 minutos. A jogar com menos um elemento, o Trofense ainda deu um ar da sua graça antes do intervalo, numa tentativa de Hélder Sousa, que, na cobrança de um canto, enviou a bola à trave. Na segunda parte, a equipa de Micael Sequeira entrou mais decidida e acabou por chegar ao empate nos minutos iniciais. Magique aguentou uma carga de Oliveira e, à saída de Carlos, rematou com sucesso para a baliza do Feirense (53). A partir desse momento, o Trofense assumiu o jogo, enquanto o Feirense se mostrou mais desatento na defesa. Apesar da inferioridade numérica, o Trofense voltou a incomodar Carlos, que quase introduzia a bola na própria baliza, após um cruzamento de Hélder Sousa, aos 75 minutos. O Feirense respondeu e esteve perto da vitória após a cobrança de um canto. Filipe Babo cabeceou ao poste e Platiny chegou atrasado para a recarga (84). Até ao final, o Trofense acabou por defender o empate, numa altura em que o Feirense tam-

Resultados camadas jovens CD Trofense Juvenis A 1ª Divisão Nacional - 2º Fase Manutenção Gil Vicente FC 3-2 CD Trofense (6º lugar, 32 pontos) Juvenis B 2ª Div. Dist. - 2º Fase série 5ºs CD Trofense 6-0 A.C. Vila Meã (5º lugar, 20 pontos) Iniciados A 1ª Divisão Nacional - 2ºFase Manutenção Moreirense 1-1 CD Trofense (4º lugar 47 pontos) Iniciados B Taça José Bacelar Zona B Ermesinde S.C 0-3 Trofense (3º lugar, 12 pontos)

Trofense somou ponto importante

bém ficou reduzido a dez unidades por expulsão de Sténio (88). Com este ponto, o Trofense alargou a distância pontual para o Covilhã em seis pontos, quando faltam duas rondas para o fim da temporada. O Trofense joga com o campeão Belenenses e 12º classificado União da Madeira. Já o Covilhã defronta a Naval (17º) e Leixões (3º). No confronto direto, o Covilhã ultrapassa o Trofense, pelo que a manutenção da equipa da Trofa ainda não está assegurada. Derrota penaliza desperdício Com um estádio cheio e alguns adeptos divididos no amor aos dois clubes, o Trofense recebeu o Benfica B para a 39ª jornada da 2ª Liga. Perante a equipa encarnada, os jogadores da Trofa puxaram dos galões e impuseram o ritmo da partida. Aos três minutos, Mika deu um brinde a Leandro, mas o avançado devolveu-lhe com simpatia e atirou ao lado. No lado direito do ataque, Magique não fez melhor que o colega e falhou o alvo. Já Rateira foi protagonista do lance mais flagrante do jogo, cabeceando isolado por cima da baliza do Benfica B. As “águias” só deram o ar da sua graça aos 18 minutos, com Deyverson a falhar a finalização quando tinha a baliza à sua mercê.

Já perto do intervalo, a fé trofense foi mais forte que a do Benfica. Leandro quebrou o enguiço e, assistido por Diogo Coelho, deu a vantagem à equipa que mais tinha feito por isso. Depois de um intervalo onde houve música e desfile das camadas jovens do clube, o Trofense reentrou com ganas de consolidar o triunfo, mas à semelhança do que tinha acontecido na primeira parte, o desperdício foi a palavra de ordem. Magique não aproveitou o erro do guardião Mika e rematou às malhas laterais. Foi contra a corrente que o Benfica chegou ao empate. Ivan Cavaleiro cruzou e viu Conrado fiar-se no golpe de vista, deixando a bola entrar. Hélder Sousa deu um pontapé de revolta, mas não demorou muito para que os encarnados dessem a volta ao texto. Deyverson voou por entre os centrais do Trofense e fez o 2-1. As oportunidades para o lado da Trofa sucederam-se e até no ferro a bola bateu, com um remate de Tiago. Só que aos 82 minutos, a possibilidade de pontuar tornouse mais difícil, já que o Benfica beneficiou de uma grande penalidade cometida por Hebert Santos, que Diogo Rosado converteu. Já sem muito tempo para reagir, o Trofense conseguiu reduzir a desvantagem, pela cabeça de Hebert Santos.

Infantis 11 T. Joaquim Piedade Zona B CD Trofense 3-1 Pedrouços (4º lugar, 9 pontos) Infantis 7 Taça Complementar - série 2 CD Trofense 0-0 C D Torrão (3º lugar, 0 pontos) Escolas Sub-11 Campeonato Distrital F.C. Foz B 0-12 CD Trofense (2º lugar, 64 pontos) Trofense B 8-1 Sport. Progresso (9º lugar, 27 pontos) Escolas Sub-10 Campeonato Distrital A.C. Alfenense 6-1CD Trofense (6º lugar, 29 pontos) AC Bougadense Juniores 2ª Divisão 2ªFase - Série 5 Bougadense 3-0 Inter Milheirós (2º lugar, 9 pontos) Iniciados 2ª Divisão 2ª Fase - Série 3ºs S. Lour. Douro 1-0 Bougadense (7º lugar, 29 pontos) 2ª Divisão 2ª Fase - Série 8ºs Bougadense 3-3 FC Pedroso (10º lugar, 15 pontos) FC S. Romão Juvenis 2ª Div. 2ª Fase - Série 10ºs S. Romão 3-1 Vila Caiz (6º lugar, 13 pontos)


Desporto 15

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9 de maio de 2013

Três pontos suados para não morrer na praia Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

O Bougadense venceu o Leverense por 3-2, depois de estar a perder por duas vezes. A duas jornadas do fim, formação de Santiago ainda não garantiu a manutenção. O relógio marcava 87 minutos quando, em mais uma investida desesperada do Bougadense, Dani II apareceu isolado diante do guarda-redes do Leverense e concretizou. Estava feito o 3-2 favorável à equipa de Santiago de Bougado. Este golo, que fixou o resultado final, foi muito importante para a equipa que, na final da série 1 da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, ainda tenta fugir aos lugares de despromoção. O jogo nem teve uma primeira parte à feição dos atletas bougadenses que viram o adver-

sário colocar-se em vantagem por intermédio de Joel, na sequência de um erro do guardaredes Jonas. No entanto, a reação positiva do Bougadense ao golo sofrido deu frutos logo no início da etapa complementar, com o tento do empate, assinado por Dani II, que foi assistido por Tó Maia. A tarefa estava longe de ser facilitada pelo Leverense que, aos 73 minutos, colocou-se de novo à frente no marcador, com o “bis” de Joel. Aos 75 minutos, fruto da exibição aguerrida do Bougadense que nunca desistiu de procurar os pontos, Moura foi travado na grande área. Na conversão da grande penalidade, Tó Maia devolveu o empate às equipas. A explosão de alegria aconteceu já perto do apito final, com o golo da vitória marcado por Dani II. “Era um jogo muito importan-

te. Tínhamos que vencer e a equipa estava com uma atitude correta, mas fomos para o intervalo em desvantagem um pouco injusta. A equipa teve uma boa reação, foi sempre muito solidária e unida”, afirmou Pedro Pontes, técnico do Bougadense, no final da partida. Para o treinador, o triunfo é justo, já que é da “equipa que mais o procurou”. “Estamos na luta e só dependemos de nós próprios”, frisou. Já o treinador do Leverense, Manuel Rocha, criticou a equipa de arbitragem: “Vimos o Leverense a jogar contra o Bougadense e alguém a ajudar o Bougadense para ver se ele não desce de divisão. O jogo foi dominado por completo pelo Leverense, tirando os lances que ele (árbitro) não o deixava progredir”. O Bougadense ocupa o 16º lugar, com 32 pontos, menos um que o penúltimo classificado, o

Fábio Moura tenta ultrapassar dois opositores

Leça do Balio. No domingo, 12 de maio, a equipa volta a jogar

em casa, desta vez com o 6º classificado, Vila.

Vitória chegou com as Estrelas Diana Azevedo

Após várias jornadas em que o S. Romão viu os pontos escaparem por entre os dedos, as vitórias voltaram. Frente às Estrelas de Fânzeres, a equipa de Pedro Ribeiro marcou três golos e dedicou a vitória às mães. O fim do campeonato aproxima-se e cada vez mais a equipa romanense tem demonstrado em campo a vontade de saborear a vitória. A jogar em casa, a formação de S. Romão focou-se desde o início na baliza dos forasteiros e logo aos cinco minutos inaugurou o marcador, num remate com a rubrica de Jorge. Na meia hora de jogo, Renato esteve perto de finalizar com êxito na baliza adversária. Depois dos 30 minutos as Estrelas de Fânzeres começaram a demonstrar melhor adaptação

Jorge, Araújo e Rui assinalaram os três golos da vitória romanense

ao terreno de jogo, evidenciando-se mais concentradas e com maior agressividade ofensiva. Os forasteiros começaram assim a chegar muitas vezes à baliza de Lopes, no entanto sem eficácia. Aos 37 minutos, o Fânzeres esteve perto de marcar golo, na

sequência de uma distração da defesa romanense, mas valeu a rapidez de Jorge que intercetou a bola mesmo em cima da linha de baliza. O segundo tempo voltou a evidenciar a supremacia dos da casa. O 2-0 surgiu aos 65 minu-

tos numa bola parada, quando o livre marcado por Araújo tocou na barreira e deu mais um golo. Volvidos 12 minutos, o S. Romão estabeleceu o resultado final. Em frente à aglomeração de jogadores na pequena área do Fânzeres, Rui aproveitou a recarga para mais um golo. O treinador e presidente do Fânzeres resumiu a partida como “um jogo mau”. “Faltam alguns jogadores que não foram convocados e por conseguinte a qualidade de jogo ficou alterada. Além disso é um campo difícil, que por si só já dificulta o ritmo de jogo, ainda mais no final do campeonato em que as equipas já acusam cansaço. A equipa da casa foi mais feliz, no entanto acho que o resultado da partida não espelha a realidade do que se passou”, finalizou António Sousa. Pedro Ribeiro, técnico do S. Romão, estava satisfeito e orgulhoso dos seus jogadores. “Mais que tudo, esta vitória é dedicada

aos jogadores, que foram eles que correram para os três golos marcados. Apesar dos resultados menos bons, estes rapazes não desistem, continuam motivados para vir aos treinos e isso é muito gratificante. Além disso, porque hoje é o dia delas, esta vitória é dedicada a todas as mães”. Focando-se no jogo, o treinador romanense referiu que “foi bem conseguido, mais na segunda parte que na primeira”. “Entramos bem em campo, como quase sempre, depois começamos a sentir a pressão do adversário e baixamos um pouco. Na segunda parte, voltamos a criar muitas oportunidades e mostramos que somos a equipa que quis ganhar”, frisou. A duas jornadas do final do campeonato, o próximo destino é o Estádio Municipal da Lavandeira, em Vila Nova de Gaia, para o encontro com o Torrão.


16 Desporto

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Ginásio da Trofa

Andreia Rodrigues e Elsa Maia no Olímpico Jovem Nacional Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Ginásio da Trofa participou, nos dias 1, 4 e 5 de maio, em várias provas. No Olímpico Jovem Distrital, os atletas foram medalha de ouro, prata e bronze. “A semana que terminou foi de grande relevo para o Ginásio da Trofa, não só pelo número de títulos alcançados, como pela qualidade e marcas dos mesmos”. Foi desta forma, que Botelho da Costa, vice-presidente do Ginásio da Trofa, elogiou o desempenho dos atletas da coletividade, que, nestes dias, participaram em várias provas. No primeiro dia de maio, quarta-feira, vários atletas participaram numa prova em Amarante. Em infantis, José Silva ficou em 2º lugar e Sandra Sá em 3º. Já em iniciados, participaram Hugo Martins (4º), Paulo Neto (6º) e Daniela Pontes (8º). No escalão de juvenis, Tiago Silva ficou-se na 3ª posição, Tiago Moreira na 4ª, Ana Ribeiro na 2ª e Ana Carvalho na 4ª. No mesmo escalão, Andreia Rodrigues foi a “grande vencedora”. Em juniores, João Ferreira apurou-se em 2º lugar. Já no sábado, dia 4 de maio, o Estádio da Maia acolheu a primeira jornada do Olímpico Jovem Distrital. Na prova de dois mil metros com obstáculos, Andreia Rodrigues conseguiu o 1º lugar, com o tempo de sete minutos, 23 segundos e 47 centésimos, e Tiago Silva foi 3º classificado, com o tempo de seis minutos e 43 segundos. Nos 300 metros, Elsa Araújo ficou na 2ª posição, com o tempo de 43 segundos e 40 centésimos, e Ana Ribeiro terminou em 8º, com o tempo de 48 segundos e 50 centésimas.

Andreia Rodrigues e Elsa Maia apuradas para o Olímpico Jovem

No mesmo local, mas no domingo, realizou-se a 2ª jornada, onde Elsa Maia triunfou nos 800 metros, com o tempo de dois minutos e 21 segundos, e Andreia Rodrigues foi 2ª, com o tempo de dois minutos 21 segundos e 70 centésimos. Nos cem metros, Ana Carvalho fez o tempo de 14 segundos e 89 centésimos. Ao vencerem as provas de dois mil metros com obstáculos e 800 metros, Andreia Rodrigues e Elsa Maia ficaram selecionadas para os Campeonatos Nacionais do Olímpico Jovem, que se realizam em Fátima, nos dias 1 e 2 de junho. Botelho da Costa espera que as atletas tragam para a Trofa “mais títulos nacionais”. No mesmo dia, outros atletas do Ginásio da Trofa participaram no 13º Grande Prémio de Atletismo, que decorreu em Joane, onde as classificações também foram “muito honrosas”. José Silva venceu no escalão de infantis e, em femininos, Sandra Sá apurou-se em 2º lugar e Naiara Crivelaro em 9º. Já em iniciados, participaram Paulo Neto (4º), Daniela Pontes (2º) e Krystyna Payluk (10º). No escalão de juvenis, Tiago Silva conseguiu o 1º lugar, Tiago Moreira o 6º e Ana Ribeiro o 2º. Também no domingo, João Ferreira representou o Ginásio da Trofa numa prova em Rebordosa, onde, no escalão de juniores,

Deolinda Oliveira venceu a 2ª etapa da Taça de Portugal

conseguiu o 2º lugar. Com as classificações obtidas, o Ginásio da Trofa demonstrou estar a realizar “uma boa e promissora época de 2012/13”. Vigorosa vence etapa da Taça de Portugal A atleta veterana Deolinda Oliveira venceu a 2ª etapa da taça de Portugal de corrida de montanha pela Associação Cultural Recreativa Vigorosa. Esta prova decorreu em Fafe, no sábado, 4 de maio e colocou a atleta como líder da competição. Durante o fim de semana, a equipa participou ainda no Torneio Olímpico Jovem. Quanto aos resultados, na modalidade 80 metros planos as iniciadas Sara Faria, Juliana Teixeira e Maria Maia alcançaram o 6º, 24º e 25º lugar, respetivamente. Já no salto em altura Ana Silva e Sara Faria angariaram o 6º e 10º lugar, respetivamente. No salto em comprimento, Sara Faria alcançou o 3º lugar e Juliana Teixeira o 20º. Nos 1000 metros Ana Silva qualificouse na 12º posição. Quanto aos iniciados masculinos, nos 80 metros planos Alexandre Sá e Rui Rocha alcançaram o 8º e 12º lugar, respetivamente e no salto em altura posicionaram-se no 5º e 6º, respetivamente. Alexandre Sá angariou o 5º lugar nos 100 metros barreiras e Rui Rocha o 13º lugar. No estatuto juvenil, a atleta Ana Oliveira alcançou a 15ª posição nos 100 metros e a 4º posição nos 800 metros. Ainda durante o dia de domingo, 5 de maio, os atletas veteranos participaram no Grande Prémio de Rebordosa, em Paredes. Conceição Correia, José Rodrigues e António Neto posicionaram-se em 8º, 29º e 13º, respetivamente.

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Juniores do Muro goleiamValongo A faltar duas jornadas para o fim do campeonato distrital da série 2 da 2º divisão de futsal, os juniores da Associação Recreativa Juventude do Muro (ARJM) somam mais uma vitória frente ao CR Valongo por 6-0. No 9º lugar, com 36 pontos, os murenses deslocam-se na próxima jornada, pelas 15 horas de sábado, 11 de maio, ao Clube Desportivo das Aves. Resultado diferente teve a mesma equipa no escalão sénior, que perdeu por 3-2, frente ao CDC Biquinha. A faltar duas jornadas, a equipa sénior encontra-se na zona de despromoção da série 1 da 1ª Divisão distrital, 15º lugar, com 27 pontos. No próximo sábado, 11 de maio, pelas 20 horas, o Muro recebe o Jaca Futebol Clube, no pavilhão desportivo da EB 2/3 de S. Romão do Coronado. Já os infantis do Centro Recreativo de Bougado empataram a um golo com a Casa Futebol Clube do Porto de Rio Tinto. A equipa de Santiago está em 11º lugar da série 2 da 2ª Divisão distrital, com 36 pontos. Pelas 10 horas do próximo domingo, dia 12 de maio, a equipa desloca-se ao reduto do GD Baguim Monte.P.P.

Covelas é palco de Campeonato de Fórmula Roll É já neste domingo, dias 12 de maio, que a Rua Central, em Querelêdo, Covelas, acolhe a 4ª edição da Descida do Lar do Emigrante, que decorre a partir das 14.30 e as 19.30 horas. A RolTrofa 2013, nome da iniciativa, conta com uma descida de 1700 metros, entre o Lar do Emigrante e a ponte sobre o ribeiro de Coura, em carrinhos de rolamentos e downhill skate. A prova, organizada pela PombalRol - Associação Desportos de Inércia Coronado Covelas, faz parte do Campeonato de Fórmula Roll. O público, com entrada gratuita, pode ainda assistir a provas de fórmula livre e drift trikes.P.P.

Inscrições abertas para 3º Torneio do CRB O pavilhão do Centro Recreativo de Bougado (CRB) vai ser palco do 3º Torneio de Futsal, organizado pela coletividade e com início previsto para 3 de junho. Com o valor de “130+20 bolas”, o torneio tem inscrições abertas até 31 de maio, data na qual também será efetuado o sorteio. Os interessados em participar devem contactar Luís Neves (963 459 617), Tiago Portela (939 475 888) ou Mourão (963 059 617) ou o email crbougado@gmail.com. C.V.


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O Notícias da Trofa_ 09/05/2013 _ n.º 422_ 1ª Publicação

Gabriela Sousa Magalhães Agente de execução Cédula Profissional 2770 Santo Tirso – Tribunal Judicial – 4º Juízo Cível

Trofenses apuram-se para o Campeonato Nacional de kickboxing

Atletas da Trofa sagraramse campeões e vice-campeões no Campeonato Regional de Kickboxing, conseguindo o apuramento para os nacionais.

No Campeonato Regional de Kickboxing, que decorreu no sábado, 4 de maio, a escola Lifecombat participou com 19 atletas, dos quais 17 trofenses, que surgiram da parceria com a Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e conseguiram arrecadar um lugar do pódio. Destes, 14 conseguiram o apuramento para o Campeonato Nacional, por se sagrarem campeões ou vice-campeões regionais. No escalão de cadetes (8-10 anos), Hélder “Buakaw” Silva, Ana Mota, Miguel e Jorge Areal realizaram excelentes combates e sagraram-se campeões. Já Eugénia Ponimasova foi vicecampeã e Marcelo Pereira arrecadou o 3º lugar. Em iniciados (11-12 anos),

Vera Soares conseguiu o apuramento para o Campeonato Nacional na categoria -35Kg, ao sagrar-se campeã regional. Já no escalão juvenil (13-15 anos), foram cinco os atletas a representar a Trofa. Na categoria de peso, João Pereira, Vanessa Soares e Patrícia Soares sagraram-se campeões, Ana Cristina vicecampeã e Bruno Gouveia arrecadou o 3º lugar. Já no escalão júnior (16-18 anos), Pedro Martins e Carlos Paiva foram campeões regionais, os gémeos Hugo e Adriana Jesus vice-campeões regionais e Pedro Miguel Faria ficou-se pela 3ª posição. As atletas Vera Soares e Adriana Jesus (modalidade individual) e Ana Cristina, Vanessa Soares e Patrícia Soares (modalidade de grupo) competiram na disciplina de Aerokick e sagraram-se campeãs regionais. Graças “ao excelente desempenho” destes atletas, a Lifecombat arrecadou a medalha de ouro por equipas, na variante

de semi-contact, e a de 3º lugar em light-contact, o que revela “a qualidade” destes atletas. Para Nádia Barbosa, responsável da Lifecombat pelo projeto, embora os atletas tenham “poucos meses de treino” evidenciaram “uma rápida e talentosa evolução” na modalidade. “Este projeto mostra como crianças e jovens, muitas vezes excluídos de outros desportos e com dificuldades no acesso à prática desportiva, agarram as oportunidades que lhes são dadas conseguindo por vezes superar os seus pares. Estamos orgulhosos do seu bom desempenho no campeonato”, referiu. Também as responsáveis da Delegação da Trofa da CVP estavam “muito orgulhosas” dos jovens participantes e dos resultados obtidos. “Esta parceria é um sucesso e uma prova que a inclusão pelo desporto e a promoção de hábitos de vida saudável são o mais eficaz para a prevenção e para uma vida equilibrada”, concluiram. P.P.

Câmara da Trofa assegura transporte para alunos inscritos na Universidade Júnior A Câmara da Trofa disponibiliza transporte para os alunos que participem no programa “Universidade Júnior 2013”. A primeira fase de inscrições decorre até 18 de junho.

jovens estudantes do concelho a possibilidade de conhecerem as Faculdades da UP, a Câmara Municipal assegura o transporte entre a Trofa e a cidade do Porto a todos os alunos inscritos no projeto. A primeira fase de inscrições A Universidade Júnior 2013 é decorre até 18 de junho, para o um programa da Universidade do curso do mês de julho. Já a sePorto (UP), que dá a oportunida- gunda fase decorre até 20 de agosde aos estudantes do ensino bá- to, para quem quiser participar sico (2º e 3º ciclo) e secundário neste curso na primeira semana de conhecer as 14 faculdades da de setembro. As inscrições poUP e de participar em “várias dem ser feitas presencialmente na atividades e projetos de investiga- Divisão de Educação, no Pólo II, ção nas mais diversas áreas”. de segunda a quinta-feira, entre as De forma a proporcionar aos 9 e as 17 horas, e às sextas-fei-

ras das 9 às 12 horas, ou ainda para o email geral@mun-trofa.pt. Recorde-se que a Universidade Júnior é um programa de cursos de verão desenvolvido desde 2005 pela Universidade do Porto. Este tem como principal finalidade a “promoção do gosto pelo conhecimento e o despertar de potencialidades entre os jovens dos dez aos 18 anos, abrangendo áreas tão diversificadas como as ciências, as tecnologias, as humanidades, as artes e o desporto, tentando apoiar o processo de escolha vocacional que os estudantes terão de fazer ao longo do seu percurso escolar”. P.P.

Execução Comum nº.1464/08.0TBSTS Exequente: Banco Santander Consumer Portugal, S.A. Executados: Carla Alexandra da Silva Lima Freitas e António Fernando Ribeiro de Freitas VALOR: 2.899,93 Euros Referencia Interna: PE/177/2008

VENDA JUDICIAL DE BEM IMÓVEL MEDIANTE PROPOSTAS EM CARTA FECHADA 1ª PUBLICAÇÃO Faz-se saber que nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 22 de Maio de 2013 pelas 14:00 horas, no Tribunal Judicial de Santo Tirso – 4º Juízo Cível, Processo nº1464/ 08.0TBSTS, Processo n.º 1464/08.0TBSTS, para abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Bem a vender Fracção Autónoma designada pela letra DG, composta por 4 divisões assoalhadas para habitação, que corresponde ao rés do chão direito, bloco 9 do prédio urbano sito em Rua Escola C+S Bloco 3, nº40, freguesia Coronado ( São Romão ) e concelho de Trofa. Esta fracção encontra-se inscrita na matriz predial sob o artigo 1379 da freguesia de Coronado ( São Romão ) e descrita na Conservatória do Registo Predial de Trofa sob o número 745/São Romão do Coronado. O bem indicado pertence aos executados Carla Alexandra da Silva Lima Freitas e António Fernando Ribeiro de Freitas, casados, maiores, residentes em Rua da Escola C S Bloco 9 R/C Drt N 108 4745-610 São Romão Coronado Valor Base: 91.000,00 euros Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 63.700,00 euros, que corresponde a 70% do valor base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior. Nos termos do artigo 897 n.º 1 do Código de Processo Civil, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor. É fiel depositário do imóvel indicado, o executado proprietário do bem penhorado, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado. O Agente de Execução Gabriela Sousa Magalhães


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Correio do Leitor « Revejo tudo e redijo meu camarada e amigo» ARY dos Santos

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Crónica

Agricultura Biológica (parte II)

Lembrar Álvaro Cunhal Passa este ano, 2013 o centenário do nascimento de Álvaro Cunha. Em 1931 com 17 anos era então estudante na faculdade de Direito em Lisboa entra para o PCP. Os comunistas lembram com saudade e orgulho o escritor, intelectual, artista, político, mas sobretudo o Homem. Homem de grandeza de carácter. Afável, puro, simples, que não traiu o Povo. O militante que esteve de corpo inteiro na luta pelo pão, pela Liberdade e pela Democracia. Passou anos na prisão, atravessar vias, vales e montanhas mas nunca esmoreceu. Estava-lhe nas entranhas a luta pelos mais pobres pelos proletários que sofriam na pele a ditadura fascista do Salazarismo. Muitos tentaram achincalhá-lo, mas quando nos deixou o Povo de Lisboa , acompanhou-o ao cemitério do alto de S. João, numa marcha fúnebre como nunca se viu. Pelo seu altruísmo foi um herói, acima de tudo um grande Ser Humano.

Vamos hoje continuar a “falar” sobre agricultura biológica… A agricultura biológica, também chamada agricultura orgânica, estabelece o equilíbrio da natureza, utilizando métodos naturais no controlo de pragas e na adubação. Trofa Os produtos biológicos, geralmente, têm um custo mais elevado que os da Maria do Amparo Martins agricultura convencional, o que não admira, pois na agricultura biológica a produção é em menor quantidade (por falta de adubos químicos!!). Hoje, os alimentos biológicos, por terem muito menos resíduos de substâncias químicas, são considerados de nível superior aos restantes alimentos convencionais; e estudos demonstram que os produtos biológicos apresentam menor quantidade de produtos químicos. A agricultura biológica é um elo da cadeia de abastecimento que engloba os Luís Lima foi reconduzido como presi- está Alcino Lima e Pedro Silva. Já na setores de transformação, de distribuição e de revenda, chegando ao próprio condente da direção da Banda de Música da assembleia, está Manuel Pontes, sumidor. E, como aliás é notório, cada elo desta cadeia gera enormes benefícios Trofa para o biénio 2013/15, na assem- Valdemar Silva e Jorge da Costa. No conem diversas áreas como Proteção Ambiental, Sociedade, Economia, Saúde Animal bleia-geral ordinária, que se realizou no selho fiscal foram eleitos Diamantino Azee, por último, Confiança do Consumidor. dia 27 de abril. vedo Silva, José da Silva e Jaime RoMas a designação de “Agricultura Biológica” não recebe unanimidade de conA acompanhar Luís Lima na direção drigues. P.P. cordância, nem parece ter um significado etimologicamente correto, embora reconhecido como “agricultura ligada à Natureza”. E afirma-se mais como uma ideologia do que como um conjunto de técnicas agrícolas! Diversas são as correntes que se contrapõem à monocultura convencional, correntes essas chamadas de ALTERNATIVAS: – Agricultura Biodinâmica – que se baseia no princípio de que a sanidade vegetal depende da sua inserção na matriz energética universal; – Agricultura Natural – que tenta imitar os processos da natureza que são a base da sanidade humana, por via da sanidade vegetal e animal; – Agricultura Biológica – que demonstra que a sanidade vegetal depende do húmus do solo, em função da presença de microorganismos; – Permacultura – que reúne técnicas tradicionais ancestrais, por vezes de povos já extintos, intimamente ligadas à ecologia local numa interação com a ecologia humana. Por último, vamos aprender algumas dasdefinições ligadas ao sistema certificado de Agricultura Biológica: – Operador – é toda a pessoa singular ou coletiva que produz, transforma, acondiciona ou importa de países terceiros, produtos de agricultura biológica, com vista à sua comercialização; – Certificação – é um conjunto de procedimentos que permitem garantir a conformidade do produto face à regulamentação europeia da Agricultura Biológica; – Licença – é o documento que atesta o compromisso por parte do operador em respeitar as normas do modo de produção biológico; – Atestado de Garantia – é o documento emitido após o controlo e certificação dos produtos, e que indica que os mesmos estão em conformidade com o modo de produção biológico, e que pode ser de um ou mais níveis de certificação; – Atestado de Início de Conversão– é o documento que comprova perante terceiros, que as parcelas de terrenos se encontram em fase de conversão, embora não permita a comercialização com a designação de Produtos de Agricultura Biológica. Em resumo, a agricultura biológica é um sistema agrícola que procura fornecer ao consumidor, alimentos frescos, saborosos e autênticos, ao mesmo tempo que respeita os ciclos naturais da vida, através de rotatividade de culturas, de rigorosa proibição do uso de organismos geneticamente modificados, de limites muito restritos ao uso de pesticidas, herbicidas, inseticidas e fertilizantes sintéticos, de antibióticos, de aditivos alimentares e auxiliares tecnológicos, do aproveitamento dos recursos locais – tais como o estrume animal, como fertilizante – e da escolha de espécies vegetais ou animais resistentes a doenças e adaptadas às condições locais. Estudos recentes indicam que o mercado de produtos biológicos cresceu 10% nos últimos dois anos.

Luís Lima reeleito presidente da Banda de Música

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Jaime Vieira | APVC http://facebook.com/valedocoronado http://valedocoronado.blogspot.com


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EB1 de Lagoa ganha novos espaços exteriores Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

A Escola Básica e Jardim de Infância da Lagoa, em Santiago de Bougado, viu requalificados os espaços exteriores, com parque infantil, recreio coberto e jardim. O investimento total é de “quase de 38 mil euros”. “Ai estes são os filhos da Lagoa//Crianças para sempre// Ansiosos por viver//E crescer a aprender”. Foi com confetis e balões e perante toda a comunidade educativa, que decorreu a inauguração da requalificação dos espaços exteriores da Escola Básica e Jardim de Infância da Lagoa, em Santiago de Bougado, na tarde de segunda-feira, 8 de maio, cujo o investimento total foi de “quase de 38 mil euros”. A requalificação, que resultou de uma “obra conjunta” da Câmara Municipal da Trofa, da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado e ainda da Associação de Pais (AP), permitiu a remodelação do parque infantil e da zona ajardinada e ainda a construção de uma cobertura, para os atuais 97 alunos daquele estabelecimento de ensino usufruí-

Obra foi realizada através da parceria entre a Associação de Pais, Câmara e Junta de Freguesia

rem de um recreio coberto. A Junta de Freguesia de Santiago de Bougado forneceu o escorrega e o balancé e a Associação de Pais o pavimento de segurança em borracha e equipamentos do parque infantil. Já a Câmara da Trofa, além da colocação dos equipamentos, procedeu à colocação da cobertura do recreio, do pavimento em betão colorido e do jogo em termoplástico, fornecimento e colocação do set de cogumelos e zona ajardinada. Posteriormente à obra, cujo custo “ascendeu a 24.379,25 euros”, a AP fez uma

intervenção no campo de jogos. Para Pedro Carvalho, presidente da AP, esta era uma requalificação que a “escola merecia e estava a precisar”. Sabendo que este projeto exigia “um esforço muito grande”, o presidente da AP contou com o “esforço” de toda a comunidade educativa na realização de “festas, eventos e stands”, para “angariar dinheiro”. Também a Junta de Freguesia de Santiago de Bougado e o Agrupamento de Escolas da Trofa estiveram “sempre ao lado” da AP, “ajudando-os sempre que precisavam”.

O “contributo fundamental” foi de Teresa Fernandes, vereadora do pelouro da Educação, que “não se esqueceu” dos vários pedidos da Associação e, juntamente com estes, viu a “melhor forma para fazer a obra de uma maneira mais suave e sem desperdiçar dinheiro”. Pedro Carvalho também estava agradecido a Joana Lima, presidente da Câmara da Trofa, pela “aposta muito clara” que fez em “modernizar esta escola”. Para António Azevedo, presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, esta inau-

guração teve um sabor especial, uma vez que esta era a sua escola. O presidente denotou que a Junta de Freguesia está “sempre disponível” para participar com associações ou até com a própria Câmara desde que seja para “uma valorização do espaço ou das infraestruturas”. “Desde que seja um bem qualitativo para as crianças, estamos sempre dispostos a apoiar”, referiu. Depois da requalificação dos espaços exteriores, para Joana Lima, presidente da Câmara da Trofa, as crianças da Escola Básica da Lagoa têm agora “mais um motivo para sorrir”, uma vez que passam a ter “melhores condições de crescimento e de aprendizagem”. O “requalificado e aprazível” espaço exterior representa, para as crianças, “um novo ponto de atração” da escola, onde houve a “preocupação de criar áreas adaptadas às necessidades específicas dos utilizadores”. Joana Lima referiu “a reivindicação de já há muito tempo” pelo Pedro Carvalho, que com a “persistência e determinação” fez com que fosse “possível” a inauguração desta “pequena obra”, que “tanto significa” para toda a comunidade educativa.

Padre burlão em prisão preventiva Luís Afonso Cátia Veloso

Foi detido na região de Lisboa, pela Polícia Judiciária, o falso padre suspeito, de furto de obras de arte e bens culturais religiosos e de burla a fiéis. O Tribunal de Instrução Criminal decretou-lhe prisão preventiva. As investigações a Agostinho Caridade, de 40 anos, que se fez passar por padre chamado Luís, decorriam há já vários meses, constatando-se que o indivíduo, assumindo falsas identidades,

se introduziu “em diversas igrejas nos distritos de Lisboa, Porto, Aveiro, Braga e de Viana do Castelo e ali furtou dezenas de bens e objetos, os quais, posteriormente transacionou, no mercado ilícito”, refere a PJ de Lisboa. Agostinho Caridade valeu-se sempre dessa falsa identidade para desenvolver relações de proximidade com o meio eclesiástico e com os fiéis, criando condições para efetuar falsos peditórios para, alegadamente, subsidiar uma operação cirúrgica do filho deficiente, em Cuba. A PJ afirmou que o burlão “se apode-

rou também de um conjunto de cheques alheios, pertencentes a uma vítima com boas relações nos meios culturais, os quais falsificou, tendo adquirido vários bens que acabou por revender a comerciantes”. Agostinho Caridade, de 40 anos, tem um longo histórico de crimes de usurpação de funções e de burla, tendo sido condenado em pelo menos dois ilícitos. As investigações decorriam há já vários meses terminando com a detenção do indivíduo. Na Trofa, o “falso padre” atuou durante quatro anos celebrando missas, casamentos, batizados e funerais

sem levantar qualquer tipo de suspeita por parte dos fiéis e verdadeiros padres. A história de burlas começou em 2004, quando conseguiu integrar-se na Igreja de S. Martinho de Bougado, contactando o pároco de então, Joaquim Ribeiro, que estava já num estado de saúde muito debilitado. Ofereceu-se para o ajudar, apresentando-se como João Luís, padre missionário, pertencente à Ordem dos Camilianos. Em janeiro de 2010, foi condenado a três anos e seis meses de prisão por burla qualificada continuada, depois de ter burlado um casal de idosos de San-

tão, em Felgueiras, e em outubro de 2011, a dois anos e seis meses de prisão, com pena suspensa pelo Tribunal Judicial de Santo Tirso, por burla a uma idosa. O falso padre terá também atuado noutras localidades dos distritos de Viana do Castelo, de Aveiro e de Lisboa. Esteve ‘parado’ durante alguns meses e reapareceu na Igreja Matriz de Ovar, há um mês, onde concelebrou missas com verdadeiros padres e furtou três peças de arte sacra do templo. Sempre que é apanhado, pede “perdão” e diz ter agido “movido pela fé”.


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