Edicao 429

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27 de junho de 2013 N.º 429 ano 11 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade pág. 10

Milhares a ver passar as marchas Atualidade pág. 6

Desporto pág. 15

Alunos reconhecidos pelo mérito nas escolas Atualidade pág. 12

Bernardino Maia despede-se de Guidões

Atleta da Trofa no Campeonato do Mundo


2 Atualidade

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27 de junho de 2013

Nova ordenação sacerdotal na Trofa

Marco Cunha celebra Missa Nova neste domingo

Marco Cunha será ordenado presbítero já este sábado

O concelho da Trofa vai ver ordenado mais um presbítero. O diácono Marco Cunha, nascido na Trofa em abril de 1975, vai ser ordenado presbítero já este sábado, 29 de junho, pelas 15 horas, no Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso, pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga. Já no domingo, pelas 16 horas, a Igreja Nova, em S. Mar-

tinho de Bougado, acolhe a Missa Nova de Marco Cunha, que culmina com um lanche aberto à comunidade. A Paróquia de S. Martinho de Bougado pede à comunidade que queira participar no lanche, que “traga algo para partilhar”. O bem alimentar deve ser entregue no domingo de manhã. P.P.

Trofa comemora centenário de Álvaro Cunhal De forma a “comemorar o centenário de nascimento de Álvaro Cunhal e homenagear aquele que é considerado uma das personalidades mais marcantes do nosso País”, a Câmara Municipal da Trofa vai desenvolver

nesta sexta-feira, 28 de junho, a apresentação do “IV Tomo das Obras escolhidas de Álvaro Cunhal”, na Casa da Cultura. A sessão, com início pelas 21.30 horas, conta ainda com um debate sobre a obra artística e

Jogos tradicionais na Quinta de S. Romão “Uma tarde cheia de animação num local de grande beleza e com algumas surpresas vindas do fundo do baú”. Esta é a promessa dos lobitos do Agrupamento 635 de S. Romão do Coronado, que convidam a comunidade a participar nos jogos tradicionais, que estão a organizar para este domingo, 30 de junho, a partir das 13.30 horas na Quinta de S. Romão. Latas, malhas, petanca, ar-

golas, tiro ao alvo, arco e flechas, jogo do prego, jogo do sapo, malhão e pião são os jogos disponíveis e que dão direito a prémios. No recinto, além da promessa de “muita diversão”, não vai faltar tômbola, bebidas e petiscos. A atividade faz parte de uma “campanha de angariação de fundos para o Acampamento regional, em Penafiel”. P.P.

literária de Álvaro Cunhal, aberto à comunidade e com a presença de Francisco Melo, diretor da Editorial Avante. No dia 10 de novembro de 1913 nascia Álvaro Cunhal, que faleceu com 92 anos, no dia 13

Peregrinação a Jerusalém 2014

Jovens do Muro com concerto de angariação de verbas “Angariar fundos para a peregrinação a Jerusalém, em 2014”, é o principal objetivo do Grupo de Jovens Juventude Sem Fronteiras do Muro ao realizar este sábado, 29 de junho, um concerto com bandas de garagem. A atuação, com início marca-

do pelas 21 horas no Largo da Estação do Muro, tem a entrada de dois euros. “Teremos o gosto de receber a comunidade para um momento de convívio com a Juventude da nossa terra”, convidou o grupo. P.P.

Nota de redação

Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt

Dia 27 21.30 horas: Sessão ordinária da Assembleia Municipal, no salão nobre dos Bombeiros Voluntários da Trofa Dia 28 Festas em honra de S. Pedro, na Maganha, em Santiago de Bougado 21.30 horas: Apresentação do “Tomo das obras escolhidas de Álvaro Cunhal” na Casa da Cultura Dia 29 Festas em honra de S. Pedro, na Maganha, em Santiago de Bougado 21 horas: Concerto de angariação de verbas, Largo da Estação do Muro 21.15 horas: Início das Marchas, junto à Capela de Nossa Senhora do Desterro Dia 30 Festas em honra de S. Pedro, na Maganha em Santiago de Bougado 9 horas: Caminhada Turística, com início na Junta de Freguesia do Muro 15.30 horas: Pré-spinnig, na nova estação da CP 16 horas: Missa nova do padre Marco Cunha, na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado

Farmácias de Serviço

Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo:Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago

de junho de 2005. O autor estudou no Liceu Pedro Nunes e no Liceu Camões e esteve ligado ao mundo da política, atividade cultural e artística. L.A.

Agenda

Sede e Redação:Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS:124105 |Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo

Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Dia 27 Farmácia de Ribeirão Dia 28 Farmácia Trofense Dia 29 Farmácia Barreto Dia 30 Farmácia Nova Dia 01 Farmácia Moreira Padrão Dia 02 Farmácia de Ribeirão Dia 03 Farmácia Trofense Dia 04 Farmácia Barreto

Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


Atualidade 3

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27 de junho de 2013

Cinco feridos em acidente de trabalho Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Cinco trabalhadores de uma empresa de Ribeirão sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus. Um acidente de trabalho numa empresa de cabos elétricos em Ribeirão, Vila Nova de Famalicão, provocou cinco feridos. Segundo informações do INEM, os trabalhadores, homens com 19, 24, 27, 40 e 42 anos, sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus, tendo três deles sido transportados para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) e dois para o Hospital de S. João. Ao que o NT conseguiu apurar, uma explosão causada pelo contacto de água fria com cobre

a mais de mil graus terá estado na origem do acidente de trabalho. A água terá saído de um tubo de refrigeração através de uma fuga e, ao contactar com o cobre, que estava num forno, provocou a explosão, ferindo os trabalhadores, principalmente, nas costas e pescoço. O alerta foi dado às 15.20 horas e para o local deslocaram-se três ambulâncias de socorro dos Bombeiros Voluntários da Trofa, com seis elementos, duas da Cruz Vermelha de Ribeirão e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação da unidade de Famalicão do CHMA. O NT tentou obter explicações sobre o acidente junto dos responsáveis da empresa, mas ninguém se mostrou disponível Feridos foram transportados para o Hospital de S. João e CHMA para prestar declarações.

Queimas proibidas entre 1 de julho e 30 de setembro Uma grande percentagem dos fogos que deflagram no nosso país deve-se à prática de queimas em tempos que são inoportunos para tais ações. Este ano, o período crítico vigora de 1 de julho a 30 de setembro. Durante estes meses, devem ser asseguradas medidas especiais de prevenção contra incêndios florestais, não podendo ser realizadas queimas, sejam eles fora ou dentro de espaços rurais. Para que sejam realizadas, têm que contar com a presença de uma unidade da corporação de bombeiros ou uma equipa de sapadores florestais e com o devido licenciamento na respetiva câmara municipal ou junta de freguesia.L.A.

Assalto a café rendeu 350 euros Um café situado na Lagoa, Santiago de Bougado foi assaltado cerca das 16.30 horas de sexta-feira por dois homens com cerca de 20 anos de idade. Na hora em que perpetraram o roubos, os dois homens, que agiram de cara descoberta, aproveitaram a ausência de clientes no café para, com recurso a uma arma branca, ameaçarem a irmã da proprietária do estabelecimento, pedindo-lhe o dinheiro. Ten-

taram arrombar a caixa registadora, mas como não conseguiram ter-se-ão deslocado a uma cozinha onde estariam guardados cerca de 350 euros, que acabaram por furtar. Os dois puseram-se em fuga numa viatura ligeira de marca Ford, modelo Focus de cor cinza. GNR apreendeu arma em café da Trofa Um jovem de 19 anos de ida-

de foi apanhado pela Guarda Nacional Republicana da Trofa (GNR) na posse de uma arma de calibre 4,5 de ar comprimido, no interior de um café, junto à rotunda do Catulo, na freguesia de S. Martinho de Bougado. A arma destinada à prática de tiro desportivo terá sido comprada a um armeiro no Porto. O jovem de 19 anos de idade foi obrigado pela GNR a entregar a arma, que foi posteriormente enviada para o Núcleo de Armas e Explosivos da PSP, que deverá fixar a coima a aplicar ao rapaz. GNR fiscalizou 43 viaturas e apreendeu haxixe A GNR realizou, a 22 e 23 de junho, a operação Baco nas freguesias de S. Martinho de Bougado e S. Romão do Coronado, onde fiscalizaram 43 viaturas. Os militares da GNR aplicaram a dois condutores duas contra-ordenações muito graves, por condução sob efeito

Arma apreendida a jovem de 19 anos

de álcool com taxas entre 0,8 e 1,19 de álcool no sangue. Foram ainda levantados autos por quatro contra-ordenações graves, por ausência de seguro nas viaturas e por uso de telemóvel e três contra ordenações leves. Ainda durante a fiscalização, os militares intercetaram dois condutores por posse ilegal de

haxixe. Um dos homens de 26 anos de idade e residente em S. Romão tinha na sua posse 1,5 gramas desta substância e o outro de 32 anos e residente em S. Mamede possuía 1,63 gramas de haxixe. Ambos foram notificados a comparecer na Comissão de Dissuasão das Toxicodependência, no Porto. pub


4 Atualidade

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27 de junho de 2013

Secretário de Estado visitou Misericórdia Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Secretário de Estado, Marco António Costa, participou no Encontro de Misericórdias do distrito do Porto, que decorreu na Santa Casa da Misericórdia da Trofa. O Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, marcou presença no Encontro Distrital do Porto de Misericórdias, que se realizou na sexta-feira, dia 21 de junho, na Santa Casa da Misericórdia da Trofa. Aproveitando a sua presença foram vários os provedores das misericórdias do distrito do Porto que lhe colocaram algumas questões, a fim de serem esclarecidos. Depois de ter elucidado os provedores das Misericórdias, Marco António Costa visitou a construção do novo Lar Imaculada Conceição e, numa reunião privada, auscultou as preocupações dos membros da Misericórdia da Trofa. Em entrevista ao NT e Trofa Tv, o Secretário de Estado contou que este novo equipamento

Secretário de Estado visitou novo lar

será de “substituição”, uma vez que o existente “não tem as condições que acham indispensáveis”. Esta visita também foi aproveitada para estar com “o senhor

provedor e toda a sua equipa”, por tratar-se de “alguém que conheço há muitos anos e que tem prestado um serviço extraordinariamente importante no concelho

António Costa afirmou que eram “matérias que já conhecia e que está a trabalhar nelas”, sendo para si “fundamental” manter “permanentemente um contacto direto com aqueles que no terreno resolvem, tratam, acolhem, ouvem as queixas e sabem quais são os problemas das pessoas”. Só assim é possível “ter uma perceção e uma leitura muito real de tudo o que se está a passar no País, para podermos tomar as decisões o mais fundamentadamente possível”. Amadeu Pinheiro, Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, estava “contente” com as palavras de Marco António Costa, que se mostrou “muito empenhado em resolver os problemas que afligem não só as misericórdias, mas todas as pessoas”. “Estou muito confiante de que o senhor Secretário de Estado fará tudo o que está à sua disponibilidade para poder dar soluções a estes problemas. da Trofa e em concelhos limíTodos temos situações a todos trofes nas questões que se pren- os níveis e expusemo-las. Ele ouviu-nos com atenção e mosdem com a coesão social”. Relativamente às questões trou todo o interesse em ajudar que lhe foram colocadas, Marco a resolvê-los”, concluiu.

Santa Casa da Misericórdia recebe o S. João em festa Luís Afonso Patrícia Pereira

Utentes e familiares marcaram presença na Santa Casa da Misericórdia da Trofa para se comemorar o dia de S. João, na tarde de sábado, 22 de junho. Comida, alegria

e música fizerem parte do menu do dia.

“Na dança entro contente, // Recordo a mocidade, // No meio de tanta gente, // Até me chega a saudade”. Os versos marcavam a entrada da Santa Casa da Misericórdia da Trofa durante um

dia que se tornou diferente do normal para os utentes da instituição trofense. As comemorações do S. João juntaram “cerca de 300 pessoas”, entre utentes, apoio domiciliário e familiares, que durante a tarde solarenga de sábado se reuniram na parte exterior do edifício e não quiseram perder um dia de convívio, ao mesmo tempo que petiscavam as famosas sardinhas e barriguinhas, tradicionais desta época festiva. Maria Amélia Dias, utente da Santa Casa, que já participa nesta festa “há oito anos”, confidenciou ao NT que estava “a gostar muito” deste “dia diferente dos outros”. Sentimento corroborado pelos utentes Emília Couto e Manuel Lima que se mostravam “felizes com o dia”, elogiando a qualidade do “serviço à mesa”. Amadeu Pinheiro, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, fez um balanço “franca-

Utentes e familiares comemoraram S. João

mente positivo” da iniciativa mostrando-se amplamente satisfeito por conseguir reunir grande parte das pessoas que estão ligadas à instituição trofense. “Juntámos as pessoas para que possam passar uma tarde bem-dispostos, provando umas sardinhas e barriguinhas, as coisas próprias do S. João”, salientou. O provedor revelou ainda que as senhas de consumo, no valor de um euro, eram necessárias para ajudar a instituição a suportar os gastos. “Tudo custa dinheiro e como vivemos muito à base de subsídios e ajudas era funda-

mental que assim fosse” sublinhou. O dia serviu também para proceder à entrega de prémios relativos a “um concurso sobre as obras da misericórdia”, que consistia numa “parte escrita e outra de desenho”. Segundo Amadeu Pinheiro, a prova “teve bastante participação das crianças”. No total, “cerca de 110 alunos do 6º ano da catequese das paróquias de S. Martinho e Santiago de Bougado, Muro e S. Mamede do Coronado” concorreram ao desafio proposto.


Atualidade 5

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27 de junho de 2013

Ser Trofa com Música Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Durante duas semanas, a iniciativa Ser Trofa divulgou associações trofenses e ajudou instituições de solidariedade e ação social. Durante duas semanas, o auditório do antigo cine Nova Trofa foi palco de cultura e solidariedade. Depois da dança, a AEBA - Associação Empresarial do Baixo Ave dedicou uma semana à música, contando com as atuações do Sons e Cantares do Ave, Noite de Fado, Grupo Tradições Infantis de Cidai, Escola de Violinos da Associação de Pais da Escola do Paranho e da Banda de Música da Trofa. O objetivo era simples: angariar bens alimentares a reverter a favor das instituições de solidariedade do concelho da Trofa. Perante um auditório cheio, os alunos da Escola de Violinos, acompanhados por uma escola de Rebordosa, animaram na sexta-feira, 21 de junho, o público presente, que contribuiu para a ASAS - Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso. Gilda Torrão, diretora geral da

ASAS, estava “muito agradecida pela confiança” que sentiram da parte da AEBA e das associações que “reconheceram o trabalho” da instituição. “Estes amigos AEBA conseguiram mobilizar gente para estar aqui connosco, com a causa da ASAS e das crianças da ASAS e sem dúvida o grande apoio acaba por estar aqui representado. A soma das partes é que faz o todo e, sem estas iniciativas e sem estas causas, a ASAS não conseguia sobreviver. É importante permitir que continuemos a viver”, afirmou. Para Rafaela Fernandes, professora da Escola de Violinos, o concelho “precisa deste tipo de eventos e de dinamização”, fazendo com que os jovens estejam “ligados à cultura e à arte”. Já na noite de sábado, muitas pessoas assistiram à atuação da Banda de Música da Trofa, contribuindo para a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental. A coordenadora geral, Conceição Leitão, denotou que iniciativas destas são de “louvar”, estando “muito agradecida” pela AEBA se ter “lembrado” deles. “Cada vez mais as associações precisam de proteção daqueles que puderem contribuir,

Escola de Violinos do Paranho animou noite de sexta-feira

porque é um momento difícil para toda a gente. Se todos contribuírem com um bocadinho o mau torna-se menos mau e todos conseguimos levar com isto avante”, avançou, frisando que estes eventos são de “continuar”, pois “movimenta e dá alma à Trofa”. O presidente da Banda de Música da Trofa, Luís Lima, referiu a “muita importância” e o “significado muito grande” que esta atividade tem para as asso-

ciações da Trofa, que “desenvolveram espetáculos para beneficiar a classe social mais desfavorecida do concelho”. Manuel Pontes, presidente da AEBA, fez um balanço “francamente positivo” desta iniciativa, que contou com “duas semanas extensas, onde passaram pelo auditório da AEBA as principais associações ligadas à cultura”. “Assisti praticamente a todas as sessões e tem sido um êxito. Na

AEBA estamos muito contentes, porque temos um auditório adequado para estas coisas. Em resumo cumprimos a nossa missão e no meu entendimento muito bem”, concluiu. A pensar nos comerciantes locais, a AEBA está a dinamizar workshops de Vitrinismo, Dinâmicas de Renovação e Visual Merchandising, que se realizam nos dias 27 de junho e 2 e 4 de julho.

ExpoTrofa 2013 apresenta potencialidades do concelho Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Zona envolvente à estação da CP da Trofa vai ser palco da edição 2013 da ExpoTrofa, que se realiza de 6 a 14 de julho. A comissão de festas em honra de Nossa Senhora das Dores e a Câmara Municipal da Trofa já estão a preparar mais uma edição da ExpoTrofa. A zona envol-

vente à Estação Ferroviária da Trofa vai ser palco desta iniciativa, que decorre de 6 a 14 de julho, onde vai ser dado especial destaque à promoção do tecido empresarial, industrial e comercial do concelho, privilegiando ainda os artesãos, os artistas e as associações locais. A Expotrofa, que se estende por “um recinto de 14 780 metros quadrados”, conta com a participação de “centenas de empresas, 15 artesãos, 28 associ-

ações e 12 tasquinhas”, que vão disponibilizar, em todos os dias do certame, um cardápio de eleição, para promover a gastronomia local. Esta edição vai ter ainda a particularidade de ter no local um piquete dos Bombeiros Voluntários da Trofa, que vão estar presentes com um “Quartel” descentralizado, respondendo às solicitações a partir da ExpoTrofa. A inauguração da edição 2013 está marcada para as 17 horas de 6 de julho, sábado, com um programa “especialmente idealizado” para a ocasião, sendo que, cada dia do certame é dedicado a uma freguesia do concelho, criando assim “um momento de divulgação e reconhecimento dos talentos e valores locais”. No dia 6, dedicado à freguesia de S. Martinho de Bougado, haverá a atuação da Escola Passos de Dança e um desfile de moda. Já no domingo, dedicado a Covelas, decorre uma aula de

Boom Fitness, pelo Aquaplace, as atuações do Grupo de Danças e Cantares do Vale do Coronado e do Sons e Cantares do Ave. Já a noite de segunda-feira, dia de Alvarelhos, será animada pela Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos, o grupo Alvadance e o Rancho Folclórico de Alvarelhos. Na noite dedicada a S. Romão do Coronado, 9 de julho, a animação estará a cargo do Grupo Super Crowd, Grupo Step Dance e da Associação Gota d’Agua – Golden Teens. Na noite de Santiago de Bougado decorre uma sessão de fado do Sons e Cantares do Ave e a atuação das Marchas de S. Pedro da Maganha. Guidões Dance e Elsa Carneiro vão atuar na noite de Guidões, 11 de julho, e o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo e Pedro Carvalho animam a noite de S. Mamede do Coronado. No penúltimo dia do certame, dedicado ao Muro, as atua-

ções estão a cargo da Associação Muro de Abrigo, com música tradicional portuguesa, a Associação Recreativa Juventude do Muro (com artes marciais e aeróbica), Jovens sem Fronteiras do Muro (teatro musical) e Hypnotic Wall (pop rock). O certame encerra no domingo, dia do Município da Trofa, com as atuações do Grupo de Tradições Infantis de Cidai, Star Kids, Fundação Ginga Capoeira (palco e recinto) e Casa de Esmeriz “Ensemble”. Os visitantes podem visitar os expositores das 19 às 23.30 horas, de segunda a quinta-feira, das 19 horas às 24 horas, das 17 às 24 horas, aos sábados, e das 15 às 24 horas aos domingos. Já as tasquinhas das 19 às 24 horas, de segunda a sextafeira, das 17 às 24 horas, no primeiro sábado, e das 12 às 24 horas, no segundo sábado e domingos.


6 Atualidade

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27 de junho de 2013

Agrupamento de Escolas da Trofa

290 alunos reconhecidos pelo mérito escolar e valor Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

O pavilhão desportivo da Escola Básica 2/3 Napoleão Sousa Marques, em S. Martinho de Bougado, acolheu na sexta-feira, 21 de junho, a cerimónia de entrega de prémios de mérito escolar e valor. Duzentos e noventa alunos foram reconhecidos pelo Agrupamento de Escolas da Trofa pelas suas notas escolares, relativas ao ano letivo 2011/2012, e apontados como referências para outros colegas. O pavilhão desportivo da EB 2/3 Napoleão Sousa Marques foi

pequeno para acolher as centenas de familiares e amigos, que iam aplaudindo os alunos premiados à medida que iam sendo chamados para receberem o seu diploma e uma prenda. Também a empresa Bial reconheceu o melhor aluno de cada ano escolar, através da atribuição de um prémio monetário de 200 euros. Para os alunos, os prémios de mérito escolar e de valor são importantes, pois é uma forma de reconhecer as “boas notas e os bons alunos”, bem como um “incentivo para continuarem a ter melhores resultados”. Para as alunas Daniela Silva, Inês Santos, Filipa Rodrigues e Joana Silva, o segredo para obterem bons resultados são “estudar muito”, “esforçar-se”, ter “força de

vontade”, “muito trabalho e estudo ao longo do ano”, “fixar o que a professora diz”, “estar atento nas aulas” e “um bocado de aplicação”. Paulino Macedo, presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento de Escolas da Trofa, explicou que, “num tempo em que há um descrédito tão grande nas escolas e no trabalho que se faz”, é preciso “mostrar à sociedade que temos bons alunos e que fazemos um bom trabalho”. O presidente da CAP afirmou que os alunos distinguidos são aqueles que “precisam de ser e tem que ser referência para os outros”, que, por terem “menos possibilidades ou condições de aprendizagem”, precisam de ser motivados. Apesar da criação do megaagrupamento, na Secundária da Trofa a cerimónia de entrega dos prémios de mérito escolar foi realizada num “dia distinto”. No entanto, Paulino Macedo pondera que se realize o “Dia do Agrupamento”, onde sejam entregues prémios de mérito escolar e de valor “desde o pré-escolar até ao secundário”. Outro “desafio” seria que os dois mega-agrupamentos se juntassem para distinguirem os melhores alunos a nível concelhio. “Embora me pareça

que há culturas diferentes em termos de organização e de seleção ou de níveis de aprendizagem, mas porque não fazer uma cerimónia onde possamos distinguir os melhores alunos, não só em termos de aproveitamento, mas os melhores alunos em termos de referência para os outros colegas ao nível do concelho”, denotou. Para Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, “iniciativas de valorização como estas” são “fundamentais para o suporte de qualquer carácter e de qualquer personalidade de qualquer aluno”. “A distinção é uma coisa importante para esses alunos, mas também importante para os alunos que não estão distinguidos, porque vêm uma possibilidade de para o ano também serem distinguidos. Acho que isto é uma forma de reconhecer, agradecer, dizer aos alunos que se empenharam e que a escola, toda a comunidade e sobretudo a Bial se importam e estão ao lado deles no percurso escolar”, concluiu, referindo que “ser reconhecido, acompanhado e valorizado” são “três componentes fundamentais para qualquer aluno ter sucesso”. A cerimónia contou com atuações dos alunos, bem como do grupo de Metais da Orquestra Ritmos Ligeiros.


Atualidade 7

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27 de junho de 2013

Festa de Nossa Senhora do Rosário renasceu Hermano Martins hermano@onoticiasdatrofa.pt

Santiago de Bougado viu renascer as Festas em honra de Nossa Senhora do Rosário. A imagem da Santa, mandada recuperar pela Confraria que este ano cessa funções, saiu pela primeira vez à Rua na procissão de domingo. Ao longo de três dias, as festas religiosa e profana em honra de de Nossa Senhora do Rosário decorreram na Lagoa, em Santiago de Bougado, e muitos foram os que marcaram presença numa romaria que nos últimos quinze anos se realiza pela terceira vez. António Costa, tesoureiro da confraria, fez um balanço positivo da festa, que ao longo dos três dias atraiu muitas centenas de pessoas ao Souto da Lagoa, em Santiago de Bougado. “O balanço é bastante positivo. Estas festas já não se realizavam há bas-

que estava muito danificada, no museu, totalmente afastado do culto e nós queríamos que voltasse outra vez”, adiantou António Costa. O responsável agradeceu a todos os que colaboraram não só com a realização da festa mas também através do seu donativo para o restauro da imagem. A imagem de Nossa Senhora do Rosário saiu este domingo à rua na procissão em honra da Santa, que percorreu todo o Souto da Lagoa e contou com a participação dos vários movimentos da paróquia. Além do Fado de Paula Canossa, Eduardo Pinto e Fados de Coimbra, o Souto da Lagoa serviu ainda de cenário para o espetáculo da Orquestra Ritmos Ligeiros, dos ranchos Etnográfico de Santiago de Bougado e Lavradeiras da Trofa Imagem renovada de Nossa Senhora do Rosário saiu pela primeira vez em procissão e de Pedro Sousa. O tesoureiro tante tempo. Em quinze anos finais de junho. Todos os mem- desta Confraria, composta por esta é a terceira vez que se rea- bros da confraria apoiaram esta elementos dos lugares de Trofa- da Confraria de Nossa Senhora lizam. Foi sempre o desejo da ideia e, com o apoio do padre velha, Cedões e Lantemil, foi con- do Rosário deixou ainda o desafio aos novos elementos da conConfraria voltar a tentar colocar Bruno Ferreira, pusemos pés a seguido ainda antes da festa. as festas no local, no dia e no caminho.” “Queríamos restaurar a imagem fraria para continuarem a realizar esta festa. mês que deveria ser, que era em Um dos principais objetivos de Nossa Senhora do Rosário

Maganha apronta-se para festas de S. Pedro Cátia Veloso

Nos dias 28, 29 e 30 de junho, as festas de S. Pedro prometem animar a aldeia da Maganha. Marchas populares continuam a protagonizar o momento-alto das festividades. A aldeia da Maganha, em Santiago de Bougado, vai estar em festa no próximo fim de semana. S. Pedro é o santo popular que lá mora e que enche a avenida de pessoas, todos os anos. As marchas populares, que animam a noite de sábado, mantêm-se como cabeça de cartaz da festividade que, este ano, contou com um orçamento curto. “Tivemos menos apoios finan-

ceiros, as dificuldades são muito grandes”, admitiu António Castro, presidente da Associação Recreativa S. Pedro da Maganha, organizadora das festas. Os fundos angariados desde março, prazo habitual para a organização da romaria, não foram os mesmos, muito por culpa da crise financeira. E o pé de meia conseguido até ao início da preparação da festa já tinha sido canalizado para as obras da sede da coletividade. “O dinheiro não vai chegar. Alguém vai ter que custear e depois a associação vai angariar dinheiro para entregar a essa pessoa”, anunciou. Foram organizadas diferentes atividades para angariar fundos, como jogos desportivos, assim como a tasquinha continuou a

ser explorada aos fins de semana, mas as pessoas “andam cada vez com menos dinheiro na carteira”, sublinhou António Castro. Até as marchas populares, com mais de uma década de existência, sentiram a contenção financeira. Este ano, o grupo conta com “cerca de 50 pessoas”, entre figurantes e bailarinos. “Este ano, esperemos que o pessoal desfile bem, embora seja em menos quantidade, a qualidade não ficará atrás dos anos anteriores. Que S. Pedro não abra as portas do céu, no momento da atuação”, brincou. Também no sábado, as festas vão ser animadas pela Banda de Música da Trofa, que “foi do agrado da população, no ano passado”, afirmou. A novidade da festa tam-

bém acontece no sábado, com a entronização da Confraria de S. Pedro, acedendo “ao pedido do padre Bruno (Ferreira)”. Às 16.30 horas, realiza-se a missa solene em honra do santo, seguida da entronização da confraria, que “irá, além de fazer acompanhamento nas procissões, incorporar nos funerais de sócios da associação”. “A bandeira está a ficar pronta e a vestimenta será uma opa branca com cabeção amarelo”, frisou. Na noite de domingo, a banda musical Milénio sobe ao palco, com um repertório “mais virado para a juventude”. A anteceder, realiza-se um desfile de moda.À tarde, pelas 17 horas, o público será animado pelo grupo Cantares de Outrora, com músi-

ca tradicional portuguesa, Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado e Rancho Folclórico de Monte Córdova. António Castro quis deixar um agradecimento “às pessoas que contribuiram para que fosse possível a realização das festas, em especial à Junta de Freguesia, que foi o maior patrocinador, à Câmara Municipal e restantes apoios”. O programa festivo termina com um almoço, no dia 7 de julho, no pavilhão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa. O custo será de 22,50 euros e as inscrições podem ser feitas na tasquinha de S. Pedro, na Maganha. Depois das festas, a coletividade continua com um projeto de peso, a construção da sede. Segundo António Castro, a primeira fase de pedreiro “está concluída” e, neste momento, a direção espera por financiamento para a prossecução da empreitada. “Há cerca de cinco, seis anos, houve um contrato-programa assinado com a Câmara Municipal e já no mandato deste executivo recebemos algum dinheiro. O restante está inscrito no PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) e contamos recebêlo, brevemente, para conseguirmos concluir a parte de pedreiro.


8 Atualidade

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27 de junho de 2013

Cidai vibra com noite de S. João Luís Afonso Patrícia Pereira

Dezenas de pessoas saíram à rua para festejar o S. João em Cidai, Santiago de Bougado, numa festa que contou com muita música, marchas populares e animação. Sardinha assada, marchas populares, convívio e música tradicional portuguesa. Estes foram os ingredientes de mais um arraial de S. João em Cidai, Santiago de Bougado, organizado pela ACRESCI – Associação Cultural Recreativa e Social de Cidai, na noite de domingo, 23 de junho. A noite convidativa mostrouse curta perante a diversão e grande festividade vivida pelas

dezenas de pessoas que marcaram presença nas comemorações do S. João. Para além das fogueiras, barraquinhas de comes e bebes e das tradicionais sardinhas e churrascos da época, a noite contou ainda com a animação protagonizada por três marchas populares: uma infantil, uma de jovens e a “Nossa Marcha”, onde estavam convidados todos os membros mais velhos, que desfilaram sob o olhar atento da população. No local, podia ainda ser visto um pequeno cenário com miniaturas de elementos de banda de música, uma cascata, casas e moinhos, sobressaindo-se o S. João. Em declarações ao NT, José Carlos Costa, presidente da asPub

Dezenas de pessoas no arraial de S. João

sociação, fez um balanço “ótimo” da festa, revelando que, “para além deste ano”, o evento decorreu “sempre bem”, o que “desa-

fia” a associação a “continuar” noites mais quentes do verão, com a organização da iniciativa. volte a alegrar todos aqueles que Antevê-se que para o ano, aque- se dirijam ao lugar de Cidai. la que é considerada uma das

Paradela acolhe arraial de S. Pedro Luís Afonso Patrícia Pereira

Arraial de S. Pedro promete juntar multidão durante este fim de semana, dias 28 e 29 de junho. Música, vinho e petiscos não vão faltar. O largo junto à Escola Básica de Paradela, em S. Martinho de Bougado, é o palco escolhido para receber o Arraial de S. Pedro durante este fim de semana. A abertura do recinto e da tasquinha, onde os petiscos e vinho não vão faltar, está marcado para as 19 horas de sábado. A animação do dia está a cargo do conjunto Lírio Roxo. Já no domingo, as tasquinhas vão servir o almoço, a partir das 12.30 horas, que terá o custo de 7.50 euros por pessoa. Porco no espeto é o prato de eleição, sendo necessário marcação prévia, através do número 919 520 037. A animação continua com a atuação do Conjunto Típico do Val, pelas 21.30 horas. Segundo avançou Luís Ferreira, presidente da Associação Recreativa de Paradela, tendo em conta a “conjuntura económica”, “os festejos estão a ser bem preparados” e de forma “mais célere”, sendo que o programa está “dentro da normali-

dade dos anos anteriores”. “O orçamento é o mesmo. Como nos anos anteriores, as festas começam praticamente sem dinheiro e no decorrer dos festejos contamos que se consiga angariar o suficiente para que não haja prejuízo”, contou. Paralelamente ao arraial, está a ser preparado o primeiro “BTT Tascas”, numa parceria entre a associação e a Bike Team Trofa. A atividade consiste em percorrer aleatoriamente todos os estabelecimentos aderentes, em bicicleta. O tiro de partida é dado no largo de S. Pedro pelas 16 horas de sábado. As inscrições estão abertas até às 16 horas de sábado ou, antes, caso se atinja o limite máximo de 25 equipas, ou seja, 50 elementos. “As expectativas são elevadas, pois temos tido muitos contactos para esclarecimentos e apoio e congratulação pela iniciativa”, concluiu o presidente da associação de Paradela. Caso esteja interessado em participar, deve entrar em contacto com a organização através do e-mail para biketeamtrofa@gmail.com ou dos números 916 919 288 (Xavier), 910 816 194 (Sérgio) ou 919 520 037 Lima).


Atualidade 9

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27 de junho de 2013

Há 34 anos, António Carneiro é o responsável pela iluminação da Igreja de Guidões nas festas de S. João

“Faço isto é por gosto, não é por mais nada” Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Desde 1979 que António Carneiro, conhecido por Tone eletricista, é o responsável pela colocação da iluminação da Igreja Matriz de Guidões nas festas de S. João. “Cerca de mil luzes” são colocadas numas réguas e “presas com pregos de aço”. Depois, com o auxílio de uma escada, sobe a Igreja Matriz até à torre, onde suspenso por uma corda vai colocando a iluminação. Até aqui nada de muito estranho, a não ser o facto de a pessoa encarregue por este trabalho ser um guidoense de 81 anos. Com duas chaves de fendas de teste de corrente no bolso da camisa, não vá ser preciso acudir alguém, António Carneiro, mais conhecido na freguesia como “Tone eletricista” ou “Tone Carneiro”, contou ao NT como ficou responsável pela colocação da iluminação da Igreja Matriz, pelas festas de S. João Baptista.

“As mordomas fizeram o peditório para os mastros, mas por alguma razão, não foram colocados. Para não terem que devolver o dinheiro angariado resolveram colocar 160 lâmpadas na Igreja, na altura pelo falecido António Santos. A partir daí foise montando e aproveitando estes suportes, réguas e lâmpadas e hoje existem à volta de mil”, afirmou. No ano seguinte, em 1979, António Carneiro recebeu o convite, na “Casa da Fábrica”, por “António Santos, eletricista em Guidões, Alvarelhos e Muro”, para colocar a iluminação na Igreja. Apesar de na altura só perceber “qualquer coisinha” de eletricidade, com o passar dos anos e graças às suas “habilidades” foi desenvolvendo os seus conhecimentos. “Fazia-lhes admirar como é que eu conseguia fazer tanto serviço sem ninguém comigo. Eles próprios, quando chegavam à beira dos quadros, viam logo que o serviço era meu, pois tinha tudo muito direitinho. Às

Angélica Costa

António Carneiro de 81 anos não tem medo de estar nas alturas

vezes tinha as minhas falhas como outro qualquer, mas procurei sempre levar a coisinha sempre afinadinha”, evidenciou orgulhoso. Este ano, António referiu que “não era” para colocar a iluminação, pois além de “no ano passado não se ter iluminado a Igreja, em setembro, esteve “internado”. “ Tinha muito gosto nisto, tinha sido tudo feito por mim mas como disse, pensei em não pegar mais nisto, pois já não estou muito em idade disso. Ainda tentei que o meu filho mais velho, Constantino Carneiro, continuasse, mas ele disse que não queria. Agora, há meia dúzia de meses meteu na cabeça que

queria colocar a iluminação e pediu-me para o acompanhar lá para cima e lhe explicar onde pertence cada coisa”, mencionou. Apesar de a primeira resposta ter sido “não”, António Carneiro mudou de ideias e decidiu “apoiar” o filho. No fim de semana anterior às festas, 15 e 16 de junho, pai e filho estiveram de volta da Igreja a tratar da iluminação. O guidoense acompanhou o serviço do filho, vendo e explicando como é que as coisas se faziam. Durante a entrevista, que decorreu no dia 21 de junho, António Carneiro confidenciou que havia “algumas coisas a reparar lá em cima”. Ele próprio podia lá ir arranjá-las, mas deci-

diu “esperar que o filho saísse do trabalho”, para que, juntos, reparassem as falhas. Apesar de gostar “muito” do que faz, de “não ter medo nenhum de andar nas alturas”, nem de “andar amarrado com uma corda”, António Carneiro entende que “deve deixar” de subir até ao topo da Igreja para colocar a iluminação. “Por mim não continuo, porque já não tenho idade para isto. Pode ser que ele (Constantino Carneiro) continue. Este ano fez com a minha ajuda e para o ano se eu cá estiver, não quer dizer que não o venha explicar, mas ir a certos lugares que tenha ido não”, concluiu.


10 Atualidade

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27 de junho de 2013

Milhares de pessoas nas marchas populares Durante três dias, a Festa de S. João Baptista, em Guidões, atraiu milhares de pessoas. Marchas populares foram o ponto alto. Vestidos de vermelho e ao som da voz da guidoense Elsa Carneiro, a Marcha do Bicho e Aldeia Nova surgiu na zona envolvente da Igreja Matriz de Guidões, onde desfilou sobre o tema do arco-íris, a que se seguiu a Marcha da Póvoa, que homenageou o Fado. O rosa, amarelo e verde foram as cores eleitas para as indumentárias, sem esquecer o preto que compunha um pequeno xaile. E tratandose de uma homenagem ao Fado, não faltou a fadista e dois guitarristas.

Do lugar de Vilar, a marcha trazia príncipes e princesas que, de preto, rosa e prateado, deram honras de sua presença. Os mais novos traziam um pequeno andor com o santo padroeiro. Por último, foi a Marcha do Cerro que, este ano, explorou o fundo dos oceanos. Subordinados ao tema do Tristão e da sereia, os guidoeneses chegaram à avenida descalços, exibindo um traje alaranjado e os homens um dente de Tristão. Foi assim que uma vez mais a tradição se cumpriu em Guidões. Milhares de pessoas encheram as ruas da freguesia para verem passar as quatro marchas populares oriundas dos lugares do Bicho e Aldeia Nova, Póvoa, Vilar e Cerro.

O ensaiador da Marcha da Póvoa, Pedro Sousa, contou que começaram a ensaiar “há muito pouco tempo” e que o tema do fado surgiu por ser algo que “chama toda a gente”. Com 84 pessoas, a Marcha de Vilar já tinha um tema escolhido, mas precisavam de alguém que os ensaiasse. Foi aí que surgiu o convite à Susana Ferreira, que aceitou de imediato e em “nove ensaios” preparou o grupo. Já Patrícia Maia, uma das responsáveis pela Marcha do Cerro, confidenciou que apesar de os ensaios terem começado “há dois meses”, o tema “já vem sendo preparado desde o ano passado”. Quando questionados sobre o desti-

no das marchas populares na freguesia, os responsáveis foram perentórios: esta tradição deve continuar, caso contrário a freguesia “vai um bocadinho a baixo”. Nesse sentido, Pedro Sousa faz por “trazer as crianças à frente” das marchas, de forma a motivá-las a “continuar aquilo que eles começaram”.Susana Ferreira gostava que “todos os lugares aderissem para que a tradição não acabasse”. Nuno Moreira, elemento da Comissão de Festas de S. João Baptista, fez um balanço “positivo” das festas, para o qual muito contribuiu a “moldura humana” presente. “Foi para isso que trabalhamos e estamos todos orgulhosos com este resultado. Julgo que não há muitas noitadas de festas populares no concelho da Trofa como conseguimos fazer, o que causa admiração por parte da população das freguesias vizinhas. Reflexo disso é que eles vêm ver a nossa noitada”, referiu. Para a comissão de festas seria uma “pena” se esta tradição terminasse. Apesar de dar “muito trabalho”.


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12 Entrevista

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27 de junho de 2013

Em entrevista ao NT, Bernardino Maia faz balanço de mandato

“A Casa Mortuária é a obra deste mandato” gação alternativa à EN 14 era um outro projeto que gostamos de ter visto concretizado, mas como ainda existe futuro, fica a sugestão.

Há 20 anos à frente dos destinos da freguesia, Bernardino Maia foi um dos fundadores da antiga Casa do Povo e um dos responsáveis pelo primeiro recenseamento após o 25 de Abril. Afirmando-se “sempre próximo e conhecedor da população”, o presidente da Junta de Freguesia de Guidões, despede-se da autarquia já que não se vai recandidatar.

pelo PS no que atualmente é o nosso concelho. Esse, talvez tenha sido um dos momentos mais difíceis, mas nunca houve períodos fáceis. Somos uma freguesia relativamente pequena e, como tal, é mais difícil conseguir obter os apoios e os investimentos que a freguesia necessita. Mas o mais difícil é o que nos dá mais prazer de conseguir. E assim foi ao longo dos mandatos. Com muito trabalho, muita dedicação, por NT: Como avalia o manda- vezes até muita “teimosia” fomos to que está prestes a terminar, conseguindo que esta pequena assim como toda a sua gofreguesia se transformasse nuvernação na Junta de Fregue- ma referência do nosso concesia de Guidões? lho. É apontada por muitos como Bernardino Maia (BM): Es- exemplo a seguir, o que me deitou a completar 20 anos à frente xa bastante orgulhoso. dos destinos da freguesia de Guidões. Assisti, participei, vivi o NT: Acredita que a Identicrescente desenvolvimento, pro- dade de Guidões se possa porcionado pelo empenho e gos- perder com a união da Freto pessoal que tenho por esta ter- guesia? ra. Servi orgulhosamente a miBM: Não. Não acredito. Um nha freguesia ao longo destes 20 povo é o resultado da sua cultuanos. Nunca estive irremediavel- ra, das suas tradições, da sua mente amarrado à engrenagem história. E Guidões, nesse de um trabalho monótono, preso aspeto, é uma freguesia riquísao que se passava em meu re- sima. dor. O meu trabalho era alcanOs Guidoenses são pessoas çar os planos que pretendíamos. muito bairristas. Exemplo disso Sempre trabalhei conforme as é o evento que, de há uns anos condições, financeiras e logísa esta parte, se tem vindo a reaticas, que foram sendo proporci- lizar – as Marchas Populares de onadas, adaptando as mesmas S. João. Cada lugar da freguesia às necessidades da freguesia. tenta, a cada ano, superar-se, Com esforço, empenho e muita fazer sempre melhor e mais bodedicação conseguimos manter nito. E tem conseguido. Este a freguesia limpa, asseada e con- evento já passou as “fronteiras” vidativa, onde todas as pessoas do nosso concelho e mesmo do se sentem bem. O lema sempre nosso País, pois são seguidas foi servir a freguesia, os seus in- e muito apreciadas pelos nossos teresses e a sua gente e creio emigrantes espalhados pelo tê-lo conseguido ao longo des- mundo. Os guidoenses são pestes mandatos. Dei o meu melhor soas bairristas, com as suas tradurante todo este meu percurso dições muito vincadas e que fae, agora, no fim deste mandato zem questão de as transmitir de e o de mais uma equipa de traba- geração em geração. Essa idenlhadores incansáveis, encerra-se tidade cultural está-lhes no sanuma etapa. Orgulho-me de, ao gue. Não acredito que algum dia longo destes 20 anos, ter sido isso consiga ser apagado. Mas, sempre acompanhado por equi- cada lugar da freguesia tem capas excelentes de guidoenses racterísticas próprias, tem a sua dedicados. identidade e é nessas diferenças, e no respeito das mesmas NT: Em todo o tempo que por todos, que está a riqueza esteve à frente da Junta, qual dum povo. foi o período mais difícil? BM: Um dos períodos mais NT: Quais as obras que redifíceis, talvez tenha sido aquan- alizou o seu executivo, que do da formação do nosso con- considera que ficarão marcelho. Contra “ventos e marés”, cadas na história da freguecoloquei-me ao lado dos defen- sia? A obra da casa mortuária sores da criação do concelho da vai ficar terminada durante Trofa indo contra a vontade do este mandato? meu partido. Na altura era o úniBM: A Casa Mortuária fica co presidente de freguesia eleito concluída ainda durante este

NT: Quais os principais obstáculos com que se tem deparado ao longo do seu mandato? BM: A difícil conjuntura económica e financeira em que o país está mergulhado, também nos afeta a nós, Juntas de Freguesia. Temos sido obrigados a ajustar alguns gastos e despesas às decrescentes receitas que temos. Todos nós sofremos com a crise e temos que nos adaptar à nova realidade. disso, creio que no essencial, conseguimos dar resposta às solicitações e necessidades da freguesia. Bernardino Maia está a 3 meses de deixar a presidência da Junta

mandato. Está praticamente pronta. Esta é sem dúvida a obra mais emblemática deste mandato, que muito orgulhosamente conseguimos fazer. O adeus aos nossos entes queridos é dos momentos mais dolorosos que temos na vida. E ter um espaço acolhedor, digno, que transmita serenidade, ameniza a dor que se sente. Foi com esse intuíto que a obra da Casa Mortuária foi desenvolvida e penso que foi conseguido. Pelo menos tem sido esse o feedback que temos recebido. Guidões continua a ser uma freguesia com forte cariz rural, mas com todas as infraestruturas duma freguesia moderna. As acessibilidades, o saneamento, o abastecimento de água, e iluminação pública são hoje uma realidade. Os fontanários de enorme beleza, marca significativa do património de Guidões foram renovados e encontram-se sempre limpos para beleza de quem os procura, ou visita. Muita gente e de muito longe procura a nossa água para satisfazer uma necessidade vital do nosso corpo. Os Caminhos da Cruz, o número das estações, passos ou etapas dessa caminhada foram sendo definidos no largo da Igreja, chegando à forma atual, das catorze estações, privilegiada este ano com a Via Sacra realizada pelo Grupo de Jovens de Guidões. Mas, não menos importante, é a manutenção de todas estas infraestruturas, inclusive dos espaços ajardinados. Fazer obras

é importante, sem dúvida alguma. Mas manter e preservar o bom que temos feito, é igualmente relevante pois acaba por “tocar” no dia a dia de cada um de nós. A educação faz parte da vida de um povo e como tal, as escolas são parte integrante da freguesia. A nossa intervenção e apoio aos estabelecimentos de ensino que temos em Guidões foram fundamentais. Foi com muito esforço que há uns anos conseguimos a abertura de duas salas de infantário. Temos mantido, ao longo dos anos, uma postura de disponibilidade para servir e ajudar em todos os campos que nos tem sido solicitado. Quando falamos em obras, é nisto tudo que temos de falar. Desde a mais emblemática àquela que passa despercebida. Todas elas são importantes. Guidões é uma freguesia onde “sabe bem” viver, pela sua beleza, pelas suas infraestruturas, pela sua localização e muito importante pelo seu acolhimento. NT: Quais as obras que gostaria de ter feito e não vai conseguir executar até ao fim do mandato? BM: O edifício para a Sede de Junta de Freguesia. Temos o projeto. Mas dada a conjuntura do país que vivemos de uns anos a esta parte não é possível a sua concretização. Algumas acessibilidades contamos ainda ser possível realizá-las, nas quais destacamos a Rua das Devezas e a Rua dos Sobreiros. Uma li-

NT: Como está a saúde financeira da Junta de Guidões? BM: A Junta de Freguesia de Guidões tem tido um grande cuidado em toda a gestão financeira. Trata-se dum organismo público e, como tal, toda a despesa deve ser criteriosamente analisada e discutida. Este executivo, sempre pautado pelo rigor e transparência, deixa uma Junta de Freguesia saudável, financeiramente. Todos os pagamentos estão em dia e não deixa dívidas para os vindouros. Aproveito ainda esta oportunidade para agradecer a todos os Guidoenses o voto de confiança que ao longo destes 20 anos sempre depositaram no meu trabalho e no das equipas que me têm acompanhado. Agradeço também a todas as pessoas que, comigo, integraram os executivos da Junta de Freguesia pela sua disponibilidade, colaboração, capacidade de trabalho e de entrega. Agradeço a todos os membros das Assembleias de Freguesia que se foram constituindo e, a todos os funcionários – colaboradores desta casa. Só com a colaboração de todos é possível caminharmos no rumo certo e fazermos de Guidões uma freguesia atraente, bonita e convidativa. Foi um enorme orgulho servir e representar este povo – a GENTE de GUIDÕES. Um verdadeiro privilégio!


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14 Desporto

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27 de junho de 2013

Com a insolvência do clube, Trofense avança com plano de recuperação garantir receitas que cubram o próximo orçamento, mas este processo está a revelar-se difícil. Temos de manter e reforçar todos os apoios que tivemos esta época e temos de angariar e juntar ao nosso projeto mais patrocinadores e parceiros”, frisou.

Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Com a não aprovação do Plano Especial de Revitalização, foi decretada a insolvência do Clube Desportivo Trofense. Direção do clube avança com plano de recuperação. “No seguimento processual da não aprovação do PER (Plano Especial de Revitalização) foi decretada a insolvência do Clube, avançando para um plano de recuperação a apresentar em trinta dias”. Numa entrevista publicada no sítio oficial do Clube Desportivo Trofense, Paulo Melro, presidente da direção, explicou qual era o ponto de situação do processo de estabilidade financeira, depois de o PER não ter sido aprovado pelo Tribunal de Santo Tirso. Recorde-se que, tal como foi tornado público, o Tribunal de Santo Tirso “não aprovou o plano especial de revitalização apresentado pelo Clube”. “A impugnação” apresentada pela empresa Eurico Ferreira, S.A. “alterou a votação final, fazendo com que o plano deixasse de contar com os votos suficientes para garantir a sua aprovação”. “Mesmo com a impugnação, o plano teria sido aprovado com maioria se o voto favorável das

Trofense cumpriu pressupostos para competir na 2ª Liga

Paulo Melro prepara plano de recuperação

Finanças tivesse entrado dentro dos prazos, chegou dois dias depois e já não foi contemplado”, referiu Paulo Melro. A direção tentou de “todas as formas chegar a acordo com o credor Eurico Ferreira, SA.”, mas este “mostrou-se sempre intransigente e decidido em criar obstáculos ao clube”. Contudo, depois de ter apresentado recurso ao Tribunal da Relação e de ter sido “decretada a insolvência” do clube, a direção vai percorrer “outros caminhos”, “avançando para um plano de recuperação a apre-

sentar em trinta dias”. Com a “supervisão do mesmo administrador judicial, que já acompanhava a gestão do clube no âmbito do PER”, a direção do Trofense quer “rapidamente definir um plano que reestruture o passivo do Clube”, para que seja possível começarem “a pagar aos credores”. “Cerca de 20 por cento do orçamento da próxima época será referente aos compromissos que iremos assumir, depois de os credores aprovarem o plano de recuperação. Estamos a fazer um enorme esforço para

“Mais uma batalha vencida e uma vitória conseguida”. É assim que Paulo Melro confirma a participação do Trofense na 2ª Liga na época 2013/2014. “O Clube cumpriu com todos os pressupostos exigidos pela Liga a tempo e horas”, contou. Um dos “pressupostos obrigatórios” era a inscrição do clube em “formato de sociedade desportiva”, que, com a autorização dos sócios em Assembleia Geral, foi constituída uma SDUQ (sociedade desportiva unipessoal por quotas), “registada no cartório notarial” e entregues “os registos definitivos nas entidades competentes”. “Apesar das dificuldades e dos muitos obstáculos, conseguimos inscrever o Clube na próxima edição da 2ª Liga”, mencionou. Relativamente à reestruturação dos quadros competitivos promovida pela Liga, o presidente do clube declarou que este

“não é um processo de fácil resolução e de consenso”. Contudo, felicita a forma como Mário Figueiredo, presidente da Liga, tem liderado o processo, “chamando e ouvindo os clubes”. Para Paulo Melro, que indicou que o clube “já apresentou a sua visão para a reformulação da 2ª Liga”, é preciso “encontrar soluções com o equilíbrio entre os fatores receitas/custos e competitividade”, uma vez que o “atual formato está desfasado”. “Em termos de competitividade, existe um elevado número de equipas que no último terço do campeonato já não tem objetivos e esse facto não protege a verdade desportiva. Defendemos uma competição por fases, na qual os 22 clubes sejam divididos em duas séries, de forma a haver uma redução do número de jogos e uma redução de custos relacionados com deslocações e organização de jogos. Cerca de dez por cento do nosso orçamento está afeto a estas rubricas”, apontou, acrescentando que o clube também defende o “alargamento da 1ª Liga, desde que sejam asseguradas a promoção direta de três equipas da 2ª Liga”. Caso as “alterações apresentadas aos quadros competitivos não promovam sustentadamente o equilíbrio”, para Paulo Melro seria “mais prudente manter o atual formato da competição”.

Trofense conta com novos reforços Depois de ter renovado com os guarda-redes Conrado (duas épocas) e Ricardo (uma época mais uma de opção), o defesa central Luiz Alberto (uma época), o defesa esquerdo Matheus (uma época), os médios Tiago (uma época), Hélder Sousa (duas épocas), André Viana (uma época mais uma de opção), Jorge Inocêncio (uma época mais uma de opção) e Rateira (duas épocas), o Clube Desportivo Trofense anunciou na quinta-feira, 20 de junho, a contratação de dois reforços por duas épocas. Natural de Guimarães, Neves, de 24 anos, vem do Clube Caçadores das Taipas (3ª divisão). Na época passada, o médio centro, formado nas escolas do Vitória de Guimarães, partici-

pou em 33 jogos e marcou cinco golos. O jogador já passou por Maria da Fonte (2008/09), Porto D’Ave (2008/09 e 2009/10), Vieira (2010/11) e Caçadores das Taipas (2011/12 e 2012/13). O Trofense anunciou a contratação de “uma das maiores revelações do futebol amador da época passada”. O avançado João Jesus, de 23 anos, chega do Grandolense (Campeonato Distrital AF Setúbal - 1.ª Divisão), onde na época passada realizou 22 jogos e marcou 28 golos. Natural de Grândola, o jogador passou pelo Grandolense (20042010), Alcacerense e GD Vale Figueira (2010/11) e Alcacerense (2011/12). Proveniente de Famalicão (2ª divisão) chega o defesa esquer-

do Paulo Monteiro, de 22 anos, que assinou por duas temporadas. Natural de Lousada, o jogador fez a sua formação e dois anos de sénior no Freamunde (2006-2012), tendo na época passada jogado no Famalicão. O Trofense contratou por duas temporadas, o médio ofensivo Mateus Fonseca, de 20 anos, que chega proveniente do FC Chiasso (Suíça). O jogador fez toda a formação no Sporting, onde chegou a ser campeão nacional de Juniores A na época 2011/2012, e soma 29 internacionalizações nas Seleções jovens de Portugal. De saída está Paulinho, que assinou por quatro temporadas com Gil Vicente e João Viana, que assinou por duas épocas

com o Leixões. A equipa técnica também já está definida. Manuel Ribeiro, Nuno Carvalho e Daniel Barreira são os três treinadores adjuntos que se juntam a Luís Diogo (treinador principal) e a Vítor Oliveira (treinador adjunto que transita da época passada). Manuel Ribeiro, de 59 anos, regressa ao Trofense depois de uma passagem como treinador adjunto de Nicolau Vaqueiro, na época 1993/1994. Recentemente, desempenhou funções de diretor desportivo no Moreirense e conta ainda com passagens pelo Vitória de Guimarães e Gil Vicente. Nuno Carvalho, de 34 anos, conta com passagens pelo Vila Verde e Fão. Já Daniel Barreira, de 32 anos, já passou pelo

Vitória de Guimarães, Boavista, Espinho, Leixões e Índia (Goa). Jogos treino da pré-época definidos O arranque dos trabalhos da equipa profissional do Clube Desportivo Trofense está agendado para o primeiro dia de julho. Com o primeiro jogo oficial da época agendado para 27 de julho (Taça da Liga), a turma da Trofa já tem jogos de pré-época marcados (podem ser consultados no sítio oficial). O primeiro é pelas 17 horas do dia 10 de julho, frente ao Leixões. O jogo de apresentação aos sócios está marcado para as 17 horas de 17 de julho.


Desporto 15

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27 de junho de 2013

Trofense vai representar Portugal no campeonato do mundo Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

A trofense Andreia Rodrigues é uma das oito atletas que vai representar a Seleção Nacional de atletismo nos Campeonatos do Mundo. “Espero que corra bem. Claro que vai haver muitas atletas com melhores tempos do que eu, mas seja como for vou dar o melhor que consigo e tentar aperfeiçoar”. O sentimento é de Andreia Rodrigues, atleta do Ginásio da Trofa que este fim de semana, 22 e 23 de junho, se sagrou campeã nacional em juvenis, confirmando a sua participação nos campeonatos do mundo, onde vai representar a Seleção Nacional. No Campeonato Nacional de Juvenis, que decorreu na Pista de Atletismo Gémeos Castro, em Guimarães, Andreia Rodrigues conseguiu as medalhas de ouro nas provas de dois mil metros obstáculos e nos três mil metros planos, com os tempos de sete minutos e um segundo

Andreia Rodrigues vai representar a seleção nacional no campeonato do mundo

e dez minutos, oito segundos e 75 centésimas, respetivamente. Para Botelho da Costa, vicepresidente do Ginásio da Trofa, a atleta trofense conseguiu “marcas de nível internacional”, que “não vão com certeza envergonhar as cores nacionais”. Quanto ao título de campeã nacional, Andreia Rodrigues con-

tou que “estava mais à espera de ser vice-campeã”, no entanto foi “muito bom” ter sido campeã nas provas que tem “capacidades para competir”. “Fiz uns tempos razoáveis e estou contente com isso”, referiu. A atleta ainda se sente “um bocadinho estranha” por representar a Seleção Nacional nos

campeonatos do mundo, que decorrem entre os dias 10 e 14 de julho na cidade de Donetsk, Ucrânia, pois é um “passo um bocadinho grande” passar de “um nível nacional para campeonatos do mundo”. Contudo, promete que vai dar o seu “melhor”, tendo agora os dias reservados para treinar e se aperfeiçoar.

Relativamente ao Campeonato Nacional de Juvenis, Elsa Maia foi vice-campeã nas provas de 300 e 800 metros, com os tempos de 41 segundos e 69 centésimos e dois minutos, 17 segundos e 66 centésimos, respetivamente. Botelho da Costa contou que a atleta tem “vindo a recuperar de lesão e a melhorar de forma, mas ainda não está a cem por cento”. Contudo, nos campeonatos nacionais de juniores, a decorrer em Fátima nos dias 6 e 7 de julho, o vice-presidente da coletividade espera que “esteja na sua melhor forma”. Nos dois mil metros obstáculos, Tiago Silva classificou-se em 7º lugar, com o tempo de seis minutos, 27 segundos e seis centésimos, e Ana Ribeiro na 13ª posição, com o tempo de oito minutos, 18 segundos e 75 centésimos. “Ambos estão no primeiro ano de juvenis e estão em franco progresso”, afirmou Botelho da Costa. Por equipas, entre “71 participantes”, o Ginásio da Trofa classificou-se em 6º lugar.

“Os campeonatos concelhios da Trofa têm que ser repensados” Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Campeonatos concelhios foram realizados “com muitas dificuldades”, afirmou presidente da Associação de Futebol Popular da Trofa. Vasco Torres considera que a autarquia deve “rever o desporto” no concelho. “É um milagre termos conseguido terminar com os campeonatos concelhios”. O desabafo foi de Vasco Torres, durantes os jogos da supertaça de três escalões do futebol amador na Trofa, que se realizaram na sexta-feira, 21 de junho, no pavilhão do Centro Recreativo de Bougado. O presidente da Associação de Futebol Popular da Trofa diz-se “triste” com a forma como os campeonatos decorreram, devido à falta de recursos financei-

nhuma equipa ficasse triste E para não cancelarmos nenhum campeonato”, frisou. Vasco Torres adiantou ainda que a direção, que “acabou com cinco pessoas”, não tem vontade de continuar. “Saímos de cabeça levantada, mas muito tristes. Estes miúdos e as associações merecem mais. A Câmara tem que rever o desporto na Trofa, se é que quer seguir em frente. Ela ajuda-nos nos seguros, mas não temos mais nenhum apoio, nem de mais entidades”, acrescentou. O presidente da AFPT considera ainda que as mentalidades têm que mudar, afirmando que “as associações têm de trabaJuvenis de Guidões FC vencem campeonato concelhio lhar de outra maneira, porque ainros e avisa: “Os campeonatos celhios de futsal, foi “terrível” con- da estão habituadas a outros tempos, esperando muito mais concelhios da Trofa têm que ser seguir fazer uma época “com repensados”. De acordo com o dois mil euros”. “Tivemos muitas dinheiro”. “Hoje em dia não é assim. Temos que trabalhar mais responsável da coletividade que dificuldades, demos o máximo promove os campeonatos con- para chegar ao fim sem que ne- e as entidades virarem-se mais

para os campeonatos concelhios”, reiterou. Vasco Torres agradeceu a todos os elementos da direção que trabalharam em prol do desporto, assim como da arbitragem e conselho de disciplina. Os campeonatos envolveram “cerca de 500 pessoas”, entre atletas, dirigentes e árbitros. Na sexta-feira, realizaramse três jogos da supertaça concelhia. Em juvenis, a campeã e detentora da Taça, Associação de Moradores da Urbanização da Barca, caiu diante do Guidões Futebol Clube, que venceu por 32. Já em seniores femininos, o Núcleo do Sporting da Trofa, que foi campeão, venceu a vencedora da Taça, a Associação Desportiva do Coronado por 1-0, enquanto em veteranos, o Alvarelhos/Auto Rui Monteiro perdeu com a Associação Recreativa do Paranho, campeã concelhia, por 3-4.


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Luz que salva o mundo PUB

ESTA É A OBRA DE DEUS ESPÍRITO E VIDA ACREDITAI E CONFIAI JO.8.12,23-24,51.C.6.29,63

Para a vida eterna não ser só para alguns, a Jeová pertenceu as saídas da morte. SaL.102.18-20 e 68.20. Para isso Jeová rompeu e desfez o velho pacto concluído com todos os povos, para entrar novo pacto. Is.5.7, 24-26. Za.11.10-11. Mat.21.42-44. Lu.16.16. Is.42.6.C.55.3-4.C.61.8. Assim os fiéis de Jeová são livres de seguir o eterno reino do Pai Celestial no novo pacto. Dan.2.44.C.7.1314,18. Lu.1.33.C.12.32.C.16.16.C.17.20-21. CoL.1.13.2P.2.2. Pe.1.11. Para Jeová remir o povo da morte Os.13.14.is.25.8 e ser conhecido por todos na terra como as águas cobrem o mar disse ao Pai. Eis-me aqui, envia-me, vai. Jo.12.41-47.Is.6.5,89.C.9.6.C.11.9.C.17.7.C.25.8-9.C.40.3-5,9.C.53.1-12.Os.6.23.C.13.14.Jer.31.33-34.Za.2.10-11MaL.1.5.C.3.Jo.1.19-23,2930.Mat.3-3.C.11.2-6.C.27.46.SaL.22. No novo pacto Jeová recebeu um nome que está acima de todos os nomes, nele está a salvação do mundo, sem ele nada se pode fazer. Is.9.6.C.52.6.C.62.2.Za.14.9.Mat.1.21.1Cor.1.2-3.Fi.2.811.At.26.18.C.4.12.Jo.20.31.C.15.5.C.12.45-47.C.3.3536.Ap.22.16.Is.55.3-4. Vivos sempre pela fé no único nome dado lente oportunidade para se conhecer o por Deus para toda a humanidade, felizes todos disse o Pai os que outro lado dos alunos, ao mesmo tempo se refugiam nele, chamado o Deus de toda a Terra. SaL.2.6-9,12. que se acalmavam os ânimos e se gaIs.25.8-9. C.35.4. C.40.9. C.54.5,13. Jo.6.45. C.8.51. C.20.27-29. nhava nova energia. C.1.14. Ap.19.11-13. Tito.2.13. Is.9.6. At.4.12. Só Jesus dá vida O fute Murakami iniciou o programa eterna aos mortos, e os santifica pela fé no seu nome. Dan.7.18. da tarde onde, durante 30 minutos, pais, filhos e instrutores jogaram descalços, Jo.20.31. At.4.12. C.16.30-31. C.26.18. 1Cor.1-2. CoL.1.12-14. como é tradição, uma espécie de futebol 1Pe.2.9. Ap.20.6. Jo.5.21-24. C.8.51. C.11.26. C.17.17-19. C.14.6,23. jogado com bolas e balizas pequenas. Santos filhos de Deus e da luz pela fé em Jesus. Para além da transpiração, o convívio foi SaL.101.6. Todos herdeiros AT.26.18. da agradável e saudável ao mesmo tempo. Ga.3.26. Jo.1.9-13. C.12.36. Mais tarde, os alunos partiram para uma nova terra da felicidade eterna, nela não há mar, morte, dor, tristeaula de desenvolvimento técnico da za, fome, sede, nem sol. Há rios e árvores da vida, a luz é Deus e katas, um conjunto de técnicas harmoniosas que exigem muita calma, perícia o cordeiro e todos os seus fiéis são luz no reino eterno do Pai. e muitas horas de treino. No fim do pro- Is.33.15,17. 2Cor.12.2-4. Ap.7.9-10,16. C.21-27. C.22-2. Mat.17.2. grama decorreu um jogo de futsal com C.13.43. Todos os mestres religiosos que não ensinam os crianças e adultos, de 30 minutos, no rin- seus fiéis a fé só em Jesus, bloqueiam com joio o caminho da gue da ARJM, e, mais tarde, um jogo mais prolongado, desta vez só para adul- verdade e da vida. Mat.13.37-42. Jo.14.6. 2Pe.2-2.AP.17.14. Para a fé e a luz da salvação de Deus não chegue a todas as extremitos. A próxima iniciativa do Dojo Murakami dades da Terra. Is.49.6. Lu.2.26-32. Jo.8.12,51 Mat.24.10-14. C.28.18está já marcada para a ExpoTrofa, onde, 20. Disse Jesus examinais as escrituras que dão testemunho de pelas 20.30 horas do dia 13 de julho, os mim, estais todos cegos. Jo.5.21-24,39-44.Is.42.6-7.Jo.8.12,23membros vão fazer uma demonstração das técnicas da modalidade e daquilo que 24,51.C.9.39.C.10.26-30.Ge.1.26.C.3.22.Deu 18.15,19.Pro.8.22lecionam aos seus alunos. 36.Ap.6.15-17. Quem não é por mim, é meu inimigo. Espalha a fé noutros nomes, agradando a Satanás, tirando a fé dos povos em mim. SaL.110.1,5.Mat.12.30.C.13.34-42.Lu.19.27.At.4.12.C.16.3031.C26.18.1Cor.1-3.1Pe.2.9-10.Ef.4.4-5.1Tim.4-2.Heb.10.2631.2Pe.2-2.Ap.17.14.C.20.12-15. É neste século que todos os inimigos do filho de Deus, rei do novo pacto, ficam debaixo dos seus pés, ele é o juíz de todos os povos cara a cara. SaL.50.46.110.1,5. Ez.20.35. C.39.21. MaL.3.5. Mat.7.22-23. Jo.5.21-23. Ap.6.15-17. Todos os da larga estrada, Mat.7.13. Serão Dino’s com a colaboração da Câmara lançados no fogo a ranger os dentes até ficarem em pó. Municipal da Trofa e da Academia MuniAp.20.11-15. Mat.13.41-42. C.21.42-44. Is.33.12. O mescipal Aquaplace, serve de preparação para o evento de 24 horas, que este ano mo sucede à velha e podre Terra. SaL.102.25-26. Is.51.6. se realiza na baía de S. Martinho do Por- Ap.20.11. 2Pe.3.7,10-12. Sofonias 1.18. C.3.8. Mar.13.31. to. C.12.31. Tiago.5.19-20.1Cor.1.27-28. P.P.

Dojo Murakami com dia repleto de atividades Luís Afonso

Foi no sábado, 22 de junho, que o Dojo Murakami organizou várias atividades, que visavam estreitar os elos de ligação entre instrutores, alunos e população. Foram várias e com forte presença, que as atividades organizadas pelo Dojo Murakami da Associação Recreativa Juventude do Muro (ARJM) decorreram durante o dia de sábado. O programa começou cedo, pelas 10.30 horas, com os participantes a vestirem os seus fatos de karaté, para participarem numa aula de karaté-do shotokai, onde os mestres puseram à prova alguns dos conhecimentos dos seus discípulos no que toca à prática da modalidade. Terminada a aula, o suor e o esforço acumulado só poderia ser amenizado com o almoço-convívio, que contou com a presença dos pais dos alunos, que não quiseram perder pitada dos movimentos e capacidades de defesa dos seus filhos. O almoço tornou-se também uma exce-

Pré-tour de spinning

Prova de três horas na nova estação da CP Durante três horas, os amantes da modalidade de spinning vão ser postos à prova. É que a nova estação da CP da Trofa vai acolher o 3º pré-tour despinning, que se realiza pelas 15.30 horas de domingo, 30 de junho. A iniciativa, dinamizada pelo ginásio


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Cantinho da Nutrição Tudo começa na barriga da nossa mãe

Fisco impõe controlo apertado aos Bens em Circulação É já no próximo dia 1 de julho que entra em vigor, o novo Regime dos Bens em Circulação, mais uma das alterações fiscais com objetivo de combater a evasão fiscal.

A alteração ao regime de bens em circulação introduzida pelo decreto-lei nº 198/2012, que vem obrigar os sujeitos passivos de IVA a comunicar os elementos dos documentos de transporte (DT) à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), mas a obrigação estende-se apenas aqueles, cujo volume de negócios no ano anterior tenha ultrapassado os 100.000 euros. A comunicação da emissão do DT, por parte dos contribuintes abrangidos por esta obrigação, deverá ser realizada antes do início do transporte e é da responsabilidade do emissor do documento. Em regra, esta comunicação deverá ser efetuada por transmissão eletrónica de dados, utilizando uma das seguintes vias: Transmissão eletrónica, em tempo real; Envio do ficheiro SAF-T; Emissão direta, no Portal das Finanças. A comunicação é cumprida com a disponibilização do código de identificação atribuído ao Documento de Transporte. Serviço telefónico também será opção É igualmente disponibilizada a comunicação através de serviço telefónico, mas apenas para documentos de transporte processados em papel e para os casos de inoperacionalidade do sistema informático, devidamente comprovado (exemplo: falha do serviço de internet, falha de energia, etc.. ) No caso de utilização do serviço telefónico, também será disponibilizado um código de identificação atribuído ao documento de transporte para ser exibido conjuntamente com o documento em pa-

pel, às entidades policiais e fiscalizadoras. Para ter acesso a este meio de comunicação, é imprescindível que os contribuintes solicitem uma senha de acesso a este serviço (diferente da utilizada para aceder ao portal das finanças). De notar que, nos 5 dias úteis seguintes, será obrigatório fazer a “recolha” dos dados constantes nestes documentos emitidos em papel, comunicando-os na integra à Autoridade Tributária. No fundo trata-se de um sistema necessário, mas para ser utilizado em extrema necessidade, pois o mesmo além das limitações legais dará um acréscimo significativo no trabalho administrativo da empresa, acabando por duplicar tarefas. Fatura poderá servir de Documento de Transporte Nos casos em que a fatura seja emitida pelos sistemas informáticos, esta serve também de DT, devendo acompanhar os bens em circulação. É ainda dispensada a comunicação à AT dos documentos de transporte cujo destinatário seja um particular, exceto quando o faça num veículo de mercadorias. O presente e o passado recente coloca os contribuintes Portugueses perante novas realidades que têm sido férteis em alterações fiscais mas, neste caso, com a exceção dos custos de atualizações dos programas informáticos das empresas e os transtornos de efetuar a dita “comunicação prévia”, a verdade é que de resto, nada muda! Todo o processo de emissão de Documentos de Transporte já estava regulamentado e era algo que as empresas já estavam obrigadas a fazer, fazendo por isso parte do seu quotidiano. A leitura deste artigo não dispensa a consulta da legislação fiscal em vigor e/ ou aconselhamento profissional. FONTE JPC-CONTABILIDADES

A alimentação é um mundo. Nós somos, irrevogavelmente, aquilo que comemos! E o mais incrível é que tudo começa na barriga da nossa mãe. Já aí estamos a adquirir hábitos alimentares dependentes da alimentação da mãe. Cada vez mais há evidência que aponta que o crescimento fetal (e infantil) influencia a saúde do adulto. A alimentação é tão importante que as escolhas de hoje afetam os anos futuros! Escolhas antes da gravidez, no período pré-natal, quando a mulher pretende engravidar, escolhas durante a gravidez, escolhas durante a infância, onde os pais têm um papel extremamente importante, adolescência e vida adulta. As nossas escolhas serão, inevitavelmente, a nossa futura imagem. Um dos momentos críticos do desenvolvimento fetal dá-se entre as primeiras duas e oito semanas de gestação, período no qual muitas mulheres ainda não sabem da existência de outro ser dependente de si. Isto justifica a importância da mulher adaptar a sua alimentação mesmo antes de pensar em engravidar! Uma baixa ingestão de vitamina E, ácido fólico e magnésio no período pré-concecional estão associadas, entre outros efeitos nocivos, a restrição do crescimento intrauterino. Por outro lado, sabe-se que o ácido fólico silencia genes promotores do apetite ao nível do hipotálamo. Por outras palavras, os filhos de mães com deficiência nesta vitamina terão um maior apetite e maior probabilidade de excesso de peso e obesidade no futuro. A exposição ao fumo de tabaco, mesmo antes da gravidez, parece ser um fator de risco para o desenvolvimento de obesidade da criança, depois do nascimento. O mesmo acontece em mães que aumentam excessivamente de peso durante a gravidez. É atualmente incontestável que o ambiente intrauterino influencia o desenvolvimento do bebé, podendo desencadear mudanças estruturais e funcionais que provavelmente persistirão por toda a vida. A teoria da programação de doenças crónicas in utero tem reunido fortes provas ao nível da suscetibilidade a doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, esquizofrenia, síndrome metabólica e obesidade na idade adulta. Por outro lado, será que podemos, durante a gravidez, mudar e modelar as preferências alimentares da criança que vai nascer? Afinal, sabe-se que o bebé reconhece e prefere a voz da mãe mesmo antes de nascer! Como será relativamente à alimentação? Cada vez mais surgem estudos que estudam osflavours (análise sensorial que engloba o aroma e o sabor) da alimentação da mãe. Estes parecem ser transmitidos para o fluido amniótico. Assim, o feto, que desde cedo engole fluido amniótico, estará exposto a estes flavours. Por exemplo, observou-se numa criança cuja mãe, durante a gravidez, ingeria frequentemente açorda alentejana – cheia de flavour (alho, coentros, fio de azeite…) que a reação à primeira papa de açorda (ao invés das papas comerciais) era de perfeita tranquilidade. Como se já estivesse perfeitamente habituado à açorda! Esta exposição de flavours inicia-se na gravidez e continua no período de amamentação. Os bebés amamentados experimentam precocemente uma variedade de flavours que não estão presentes nas fórmulas comerciais, o que vai influenciar a sua reação à diversificação alimentar. Ao contrário do que se pensava há anos, durante a amamentação, a mãe deverá expor-se aos mais variados alimentos e flavours para estes passarem para o leite e, assim, o bebé reconhecêlos e adaptar-se a eles! Haverá bem mais precioso que a saúde? Ela inicia-se na barriga da nossa mãe, tendo a alimentação um papel preponderante! Assim, a referenciação, em tempo útil, de mulheres grávidas ao nutricionista poderá ser um ponto de partida para a adequação da dieta e da suplementação às necessidades da mãe e do filho. Afinal, “Somos o que comemos” ou “Somos o que a nossa mãe comeu”…? Ana Isabel Ferreira, estagiaria de nutrição ana_isabel_sts@hotmail.com

Necrologia

Faleceu no dia 5 de junho, com 88 anos. Faleceu no dia 21 de junho, com70 anos. Casada com Félix Manuel Gonçalves de Casado com Natalina Casal Ribeiro. Casada com Brás Gonçalves Pereira Dias. Pinho.

S. Martinho de Bougado António Pereira de Azevedo

Santiago de Bougado Maria Lídia Azevedo Oliveira

Edite Dias das neves Pinho Faleceu no dia 24 de junho, com 66 anos.

Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva


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Opinião 19

Que a minha liberdade conviva com a sua

No centro, o emprego

A raiva que muitos sentem em relação à classe política tem vindo a crescer, principalmente após os atos eleitorais em que cada um deposita na urna um voto de esperança, que diminui muitas vezes logo no dia seguinte e que se vai desvanecendo cada dia que passa. O aumento dessa raiva, muitas vezes contida sabe-se lá porquê, vem das promessas por cumprir pelos políticos eleitos, que quando chegam ao poder, invariavelmente fazem o contrário do que prometeram. O caso dos aumentos de impostos é paradigmático! É verdade que não se pode esquecer que “eles”, os políticos somos “nós”, pois vivemos numa República, portanto “eles” fazem parte da sociedade onde estamos inseridos, convivem connosco, não nos são estranhos. Quando se elegem os políticos para governar é porque se acredita que eles farão o melhor que sabem e podem, em prol da nossa felicidade. É para isso que os elegemos. Quanto maior tem sido a expectativa nos políticos, maior tem sido a frustração. Tem sido assim desde a “Revolução dos Cravos” em que as expectativas foram elevadas e depois foi aquilo que se viu: desilusão, tristeza, descrença e raiva. Foram eleições e mais eleições; depois das promessas veio a desilusão; com os diferentes governos veio a tristeza; com os atos eleitorais veio a descrença; com o decorrer do tempo veio a raiva aos políticos e também à política. Infelizmente para a democracia. Foi o desbaratar de fundos comunitários em obras, muitas delas faraónicas e inúteis em troca do “abate da fruta e da frota”; foi a entrega dos principais negócios de estado ao grande capital; foi a nacionalização de bancos, com o estado a assumir todos os prejuízos; foi a celebração dos ruinosos contratos de parceria público-privada, com todos os lucros garantidos aos concessionários, correndo o estado todos os riscos; foi o aumentar constante dos impostos, mesmo depois das promessas feitas em sentido contrário; etc… etc… etc… O que poderiam esperar os políticos, depois de tudo isto? Obviamente a raiva a crescer nos dentes dos portugueses! Pode ter uma opinião contrária, mas que a minha liberdade conviva com a sua. É urgente sensibilizarmo-nos e em solidarizarmo-nos com os nossos concidadãos, que vivem uma situação calamitosa e dramática. É uma vergonha que deveria envergonhar todos nós, pois é uma vergonha nacional: um milhão de portugueses que estão no desemprego; dois milhões de portugueses que estão na pobreza; quatro milhões de pessoas como nós que estão no limiar da pobreza. É uma calamidade social, que exige a mobilização de todos, a começar pelos políticos - desde o Autarca ao Presidente da República, passando pelos Deputados e pelos Governantes -, que têm o dever de se entenderem para encontrarem uma solução eficaz, o mais urgente possível. Precisa-se de um pacto generalizado a toda a sociedade a favor dos portugueses, principalmente dos mais desfavorecidos. Será assim tão difícil? Parece que não. O que é preciso é vontade. Vamos a isso!

A recente formalização da candidatura do Bloco de Esquerda aos órgãos autárquicos trofenses já apresenta resultados tangíveis. O até agora tabu do desemprego em terras trofenses começou finalmente a ser quebrado e a entrar no léxico dos candidatos autárquicos. Um exemplo dessa mudança, verificou-se na recente visita ao centro de emprego do candidato da coligação, que tropeçou na atual matriz ideológica do seu partido de redução em massa de serviços públicos e prometeu um novo Centro de Emprego para a Trofa. Não é que o Concelho da Trofa não necessite de um centro de emprego com todas as valências, mas mais prioritário que um novo Centro de Emprego, é criar condições para que haja emprego para todos no concelho. Por definição, os Centros de Emprego não criam por si só emprego. Quem cria emprego são as empresas locais e o Estado. Todos sabemos que a ironia, os paradoxos ideológicos pré-eleitorais e as promessas de algibeira funcionam hoje bem melhor na dimensão política, que qualquer projeto, qualquer programa ou qualquer estratégia devidamente fundamentada. Mas, sabemos também que já vivemos há demasiado tempo nesta era de confusão cromática, de elasticismo ideológico, do sound bite de circunstância. Conhecemos hoje o destino desse caminho em vão, que temos andado a trilhar. O povo, talvez por força das dificuldades, está hoje muito mais informado, exigente e atento aos populismos de oportunidade e aos ilusionismos da palavra. O Povo, conhece hoje pelo nome os verdadeiros responsáveis pelas desastrosas políticas da troika que teimam em ser implementadas em Portugal. Sabe quem são os arquitetos da mais alta taxa de desemprego da nossa história. Sente os efeitos nefastos para a nossa economia da destruição de milhares e milhares de empregos, fruto das políticas neoliberais. Está atento à anunciada sangria nos serviços públicos no Estado Social (e que estrategicamente será posta em prática após as eleições autárquicas). Parafraseia os célebres “convites” à emigração dirigidos aos jovens, pelo senhor Primeiro Ministro e sucessivamente repetidos e corroborados por vários ministros do atual governo. O povo, já não se ilude facilmente. Sabe hoje discernir o trigo do joio. É pois tempo de pôr fim a este falso paradigma comunicacional e repensarmos a forma como respeitamos e comunicamos com os nossos eleitores. Este é o tempo de apresentar propostas claras, concretas e fundamentadas aos nossos munícipes. Os portugueses, e os trofenses em particular, estão hoje a sentir na pele o elevado peso das promessas vazias, dos discursos lacrimejantes, dos inúmeros esboços de projetos megalómanos (apenas para iludir, mas para nunca para serem realizados). Infelizmente, o combate à oficial taxa de 22% de desemprego por terras Trofenses, não pode limitar-se a uma redutora proposta de criação de um novo Centro de Emprego. É útil mas insuficiente. O desemprego no nosso concelho é um problema estrutural, complexo e que necessita de uma abordagem profunda e multidisciplinar. É urgente abordar e analisar todas as dimensões que estão por detrás desta elevada taxa de desemprego, uma das mais elevadas do país. É necessária a apresentação de propostas concretas e vontade para combater com determinação as causas do elevado desemprego no concelho. São necessárias decisões e projetos que sirvam de estímulos à criação de novo emprego local. Urge dissecar todas as dimensões da reduzida atratividade para o investimento do concelho. Definir os clusters em que devemos apostar e desenhar uma estratégia para o desenvolvimento a médio-longo prazo. É imprescindível contrariar a contínua deslocalização de empresas da Trofa para os concelhos vizinhos. Para o BLOCO DE ESQUERDA TROFA o combate ao desemprego é uma prioridade cimeira no seu projeto autárquico para a Trofa. Entendemos que na atual conjuntura são prioritárias e imperativas, novas políticas municipais verdadeiramente centradas na promoção do emprego. Assim, são pedras basilares do nosso projeto autárquico, a melhoria e construção de novas acessibilidades por todo o concelho; novas ligações com o concelho de V. N. Famalicão, através da construção de novas travessias do Rio Ave; incentivar a reabilitação urbana; substituir as onerosas subcontratações de serviços externos por parte dos organismos públicos locais, privilegiando-se a criação de novo emprego público (em especial na área social); melhorar e ampliar a rede de transportes públicos em todo o concelho; ajustar a política fiscal da autarquia com vista à captação de novo investimento; redução significativa dos custos da água para as PME’s locais; formação profissional contínua enquadrada com as necessidades das nossas empresas; criação de incubadoras de empresas e de gabinetes de apoio às microempresas em todas as freguesias; afirmar uma imagem qualificada e divulgar de forma adequada os produtos originários do Concelho.

moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt

Atlético Clube Bougadense Agremiação Desportiva | Fundado em 12 de Março de 1972

ASSEMBLEIA GERAL DO A.C. BOUGADENSE CONVOCATÓRIA Ao abrigo dos estatutos do A.C. Bougadense e do Artº 22º do seu Regulamento Interno, convoca-se a Assembleia Geral para reunir na sede do clube, sita no Parque de Jogos da Ribeira, no próximo dia 5 de Julho de 2013, Sexta-feira, pelas 21,30h, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS 1. Eleição dos Corpos Gerentes do Clube para biénio 2013/2015 Se à hora indicada não existir quórum de sócios, a reunião terá início meia hora mais tarde, ou seja, às 22,00h independentemsente do número de sócios presentes. Dado tratar-se de uma Assembleia Geral Eleitoral, as urnas abrirão às 22,00h e encerrarão às 23,00h. Santiago de Bougado, 21 de Junho de 2013 O Presidente da Assembleia Geral António Pontes (Engº) Nota 1: Nos termos do Artº 51º do Regulamento Interno de Clube, as listas de candidatura têm ser entregues à Mesa da Assembleia Geral até 5 dias antes do acto eleitoral, pelo que o Presidente da Mesa estará na sede do Clube no dia 2 de Julho entre as 19,00h e as 21,00h para rececionar as listas candidatas Nota 2: Chama-se a atenção dos sócios que participarem na Assembleia Geral, para elegerem ou serem eleitos, é necessário terem as quotas em dia.

gualter.costa@outlook.com


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