Edicao 430

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4 de julho de 2013 N.º 430 ano 11 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade pág. 12

S. Martinho tem novo padre Atualidade págs. 14 e 15

PS apresentou candidatosàsjuntas Política pág. 8

PSD abandona assembleia municipal

Atualidade pág. 5

Escolas da Trofa já têm diretor S. Mamede do Coronado pág 13

José Ferreira faz balanço de mandato pub


2 Atualidade

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4 de julho de 2013

Evento solidário para angariar fundos

Agenda

Duarte precisa da sua ajuda Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Centro Paroquial de Alvarelhos é palco neste sábado, pelas 21 horas, de um evento solidário, com o intuito de angariar uma cadeira de rodas adaptada ao Duarte. Duarte é um “menino de 17 meses” que vive em S. Romão do Coronado e que precisa da ajuda de toda a comunidade, para adquirir “uma cadeira de rodas adaptada” (X-Panda), num valor de “cerca de 7500 euros”. Num apelo divulgado pelas redes sociais, Tânia Silva, presidente do Grupo de Jovens de Alvarelhos, explicou que o menino nasceu com “paralisia cerebral”, devido a “problemas no parto”. Apesar de o caso já se encontrar “em Tribunal”, as “indemnizações demoram a chegar” e o Duarte precisa de ajuda para comprar a cadeira. Nesse sentido, está a ser organizado um evento solidário, com o objetivo de “angariar fun-

dos” para a aquisição da cadeira de rodas adaptada. A iniciativa, que decorre este sábado, 6 de julho, pelas 21 horas, tem o custo de 2.50 euros por pessoa, sendo que as crianças até aos 12 anos não pagam. Assim, o Centro Paroquial de Alvarelhos vai ser palco de várias animações, contando com um desfile de moda e atuações de Gilberto Ferreira&João Ferreira, Amigos do Cavaquinho, Tuna Feminina Lusíada e a Tuna Feminina ISMAI. O Grupo de Jovens de Alvarelhos vai ainda protagonizar uma peça de teatro e a professora Mariana Almeida uma aula de zumba. Juntamente com este evento, o Grupo de Jovens de Alvarelhos está a efetuar “uma recolha de tampinhas de plástico”, que podem ser entregues a qualquer elemento do grupo, quer durante o evento, como posteriormente, contactando o grupo através dos números 968 162 468 e 966 077 504. O Grupo de Jovens assume “a responsabilidade de encaminhar o caso para a família do Duarte”.

Inscrições para o Passeio Anual Sénior terminam a 19 de julho Amarante. Este foi o destino escolhido pela Câmara Municipal da Trofa para mais uma edição do tradicional Passeio Anual Sénior, que decorre no dia 7 de setembro. Para este dia, a autarquia está a preparar um “programa com muita animação, música e divertimento para todos”, sendo “muitas e variadas” as atividades pensadas para os seniores, para que todos possam usufruir desta iniciativa da melhor forma. Visitas pela cidade, música e um piquenique entre todos marcam este dia.

Quem estiver interessado em participar no passeio deve fazer a inscrição entre os dias 8 e 19 de julho, na Junta de Freguesia da área de residência ou no Centro Comunitário Municipal da Trofa, na Divisão de Ação Social e Saúde, no Centro Comercial da Vinha, Rua Conde S. Bento. No ato da inscrição deve fazer-se acompanhar da fotocópia do bilhete de identidade ou cartão de cidadão e fotocópia do cartão de eleitor. O transporte será gratuito e assegurado pela Câmara Municipal da Trofa. P.P.

DR

Faleceu Costa Ferreira José António Costa Ferreira, jornalista trofense, faleceu no dia 28 de junho, com 87 anos. Costa Ferreira, como era conhecido, nasceu a 25 de novembro de 1925, na Lagoa, Santiago de Bougado, e depois de concluir os estudos secundários, ingressou no jornalismo através do “Diário do Norte” e colaborou em vários títulos do concelho da Trofa, tendo assinado algumas crónicas

Castro de Alvarelhos repleto de atividades de junho a setembro “Verão no Castro de Alvarelhos” é o nome de uma das atividades que a Câmara Municipal da Trofa está a desenvolver para ocupar os tempos livres dos jovens trofenses durante as férias de verão. Assim, a estação arqueológica de Alvarelhos vai receber, até setembro, várias visitas guiadas e oficinas, abertas a toda a comunidade interessada em conhecer melhor a história deste monumento nacional. Depois da realização de uma

Oficina de Produção de Lucernas Romanas, a 26 de junho, as atividades regressam pelas 10.30 horas do dia 7 de julho, com uma visita guiada e uma Oficina de Jogos Romanos de Tabuleiro. No dia 31 de julho, pelas 10 horas, decorre uma nova edição da Oficina de Produção de Lucernas Romanas. O “Verão no Castro de Alvarelhos” termina com novas visitas guiadas no dia 18 de agosto e 1 de setembro, pelas 10.30 horas. L.A.

Nota de redação

Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt

Dia 06 17 horas: Abertura da ExpoTrofa, na Estação da CP da Trofa, dia dedicado a S. Martinho de Bougado Dia 07 ExpoTrofa: Dia dedicado a Covelas Dia 08 ExpoTrofa: Dia dedicado a Alvarelhos Dia 09 ExpoTrofa: Dia dedicado a S. Romão do Coronado Dia 10 ExpoTrofa: Dia dedicado a Santiago de Bougado Dia 11 ExpoTrofa: Dia dedicado a Guidões

Farmácias de Serviço Dia 04 Farmácia Barreto Dia 05 Farmácia Nova Dia 06 Farmácia Moreira Padrão Dia 07 Farmácia de Ribeirão Dia 08 Farmácia Trofense Dia 09 Farmácia Barreto Dia 10 Farmácia Nova Dia 11 Farmácia Moreira Padrão

Telefones úteis

Ficha Técnica Fundadora: Magda Araújo Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo:Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago

no jornal O Notícias da Trofa, entre 2002 e 2005. Também participou em vários jornais da região, em Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Espinho, Vila Verde, Matosinhos, entre outros. É o autor de várias obras literárias, na sua maioria relacionadas com a História da Trofa, entre as quais um livro sobre a criação do município. C.V.

Dia 05 Lan Party, nos Bombeiros Voluntários da Trofa 9 horas: Reunião Ordinária Pública do executivo da Câmara Municipal da Trofa, na Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado 21.30 horas: Assembleia Geral do Atlético Clube Bougaden-se, no Parque de Jogos da Ribeira - Apresentação do livro de Luís Moura Silva “Em defesa de Barca da Trofa”, na Casa da Cultura - Apresentação da candidata do BE, Sónia Moreira, à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões

Sede e Redação:Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS:124105 |Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo

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Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


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“As pessoas gostaram muito da ExpoTrofa do ano passado” Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

A ExpoTrofa começa no sábado, 6 de julho, e promete divulgar o comércio, a indústria, o artesanato e o associativismo do concelho. Organização garante que população gostou dos moldes do certame do ano passado. Já começou a contagem decrescente para mais uma edição da ExpoTrofa. O entra e sai de carros e carrinhas do parque de

autocarros da nova estação de comboios, local que vai receber o certame, denunciam os últimos preparativos para um dos eventos de maior expressão do concelho, por juntar artesãos, associações e empresas para uma feira que visa revitalizar os diferentes setores da comunidade trofense. A localização repete-se pelo segundo ano consecutivo, confirmando os indícios deixados pela presidente da Câmara Municipal da Trofa, Joana Lima, no final do certame em 2012, acerca “do su-

cesso” da escolha. A atividade é promovida pela Câmara Municipal da Trofa em parceria com a Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores, e contará com a presença de “centenas de empresas, 15 artesãos, 28 associações e 12 tasquinhas”. Magalhães Moreira, vereador do pelouro do Turismo da autarquia, afirmou que esta é “a maior mostra das potencialidades do concelho” manteve os moldes do ano passado, pois “o modo de funcionamento foi quase perfeito”. “Quer a organização dos eventos, quer a organização da festa correu bem. Há algumas melhorias que são introduzidas, principalmente na zona da restauração, porque o ano passado notou-se que tinha algum vento que causava alguma incomodidade e tentamos corrigir”, informou. Quanto às inovações para 2013, destacam-se “o quartel aberto dos Bombeiros Voluntários da Trofa”, que terão um piquete a responder às solicitações da população a partir do recinto do certame, e “o posto de primeiros socorros da Cruz Vermelha Portuguesa”. Este ano, a ExpoTrofa conta com a participação das juntas de freguesia de S. Mamede do Coronado, S. Martinho de Bougado, Guidões e Muro, ao contrário do que acontece com as de Alvarelhos, Santiago de Bougado, S. Romão do Coronado e Covelas. Magalhães Moreira não se alargou nos comentários sobre a não participação dessas juntas, afirmando apenas que “a prioridade” é dada aos “grupos e associações dessas freguesias para que participem no dia que lhes é dedicado”. “Já não é a primeira vez que isto sucede, este ano foi sintomático relativamente às juntas de freguesia que pertencem ao PSD. As entidades são livres de procederem como entenderem. Se calhar é assim que eles en-

Tomé Carvalho considera zona da estação um local de “excelência”

tendem que defendem melhor as populações”, referiu. Na organização também participa a Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores que, através da venda dos stands, tenta angariar fundos para a maior romaria do concelho. Segundo o presidente da Comissão de Festas, Tomé Carvalho, outra das novidades desta edição passa pela “presença de empresários da metalomecânica”, que vão “expor máquinas de CNC”. “As pessoas gostaram muito dos moldes do ano passado e, por isso, preocuparam-se em inscrever-se com antecedência para ter o seu lugar”, afiançou, garantindo que o feedback da população é igualmente positivo: “Isto é um espaço de excelência e o certame estará bem montado. Toda a gente diz bem deste local e abençoada a hora que viemos para cá”. A inauguração do certame está marcada para as 17 horas de sábado, 6 de julho, dia dedicado a S. Martinho de Bougado. O recinto pode ser visitado de segunda a quinta-feira, das 19 às 23.30 horas, na sexta-feira, das 19 às

24 horas, aos sábados, das 17 às 24 horas, e aos domingos, das 15 às 24 horas. As tasquinhas estão abertas das 19 às 24 horas, de segunda à sexta-feira, no primeiro sábado abre mais cedo duas horas e no segundo sábado e domingos funcionam das 12 às 24 horas. Bar da Comissão de Festas com grande afluência O calor ajudou a Comissão de Festas que levou “muitas pessoas” a frequentar o Bar da Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores. À semelhança do que disse o poeta, “estranha-se e depois entranhase”. “No início, veio muito frio a população que vinha ainda tinha algum receio, mas este fim de semana foi excelente, com bar cheio. Já no outro fim de semana, com a sardinhada de S. João, correu muito bem. O povo está a aderir e estamos mesmo no caminho certo. Só falta acabar um terraço lá ao fundo, para estar pronto para os expositores e os carrosséis”, informou Tomé Carvalho. pub


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Trofa oferece uma tonelada de livros à Missão Dulombi Em contexto escolar ou de lazer, a leitura assume um papel importantíssimo na promoção do desenvolvimento cultural, científico, político e, consequentemente, económico de uma comunidade. Ciente deste fator, a Câmara Municipal da Trofa associou-se uma vez mais à Missão Dulombi e, de forma a assinalar o Dia Mundial das Bibliotecas, dooulhes “aproximadamente uma tonelada de livros”, que, posteriormente, serão levados para Guiné-Bissau, onde decorre a ação humanitária protagonizada por esta associação. Durante a sessão, que decorreu na segunda-feira, na Casa da Cultura da Trofa, os representantes da Missão Dulombi, Gil Ramos, Vera Costa e Ricardo Ramos, aproveitaram a ocasião para a “enaltecer e agradecer a colaboração da autarquia e para partilhar algumas das histórias que já viveram em território africano”. Já José Magalhães Moreira, vice-presidente da autarquia, re-

Acervo de livros ajudará a Missão Dulombi na Guiné-Bissau

feriu que esta ação, “apesar de muito simples”, reveste-se de “grande simbolismo”, pois é a “expressão do reconhecimento da notável ação humanitária, assistencial e social desenvolvida pela Missão Dulombi”. Quanto à celebração do Dia Mundial das Bibliotecas, o vice-presidente referiu que isso demonstra “o quanto a Câmara Municipal da Trofa valoriza o papel destas estruturas de apoio à comunidade”. O acervo de livros doados resulta da recolha de manuais es-

colares e livros que decorreu no concelho, no âmbito do projeto “Muito +”, através do qual a autarquia desafiou a comunidade a “entregar os materiais escolares em bom estado, para serem depois reutilizados por outros alunos”. Desta recolha, que foi “um sucesso”, resultou “um acervo substancial, que não pode ser utilizado pelos alunos do concelho, por não se encontrar em concordância com as normas em vigor no sistema educativo português”.P.P. pub


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Paulino Macedo é o diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

A direção liderada por Paulino Macedo sucede à Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas da Trofa. Tomada de posse realizou-se na sextafeira, 28 de junho, na Secundária da Trofa. Perante uma plateia composta pela comunidade educativa e elementos das diversas entidades oficiais, Paulino Macedo assumiu a direção do Agrupamento de Escolas da Trofa, depois de também ter liderado a Comissão Administrativa Provisória (CAP). Para José Silva, presidente do Conselho Geral Provisório (CGP) do Agrupamento de Escolas da Trofa, com esta tomada de posse fechou-se “mais um ciclo difícil na vida do agrupamento”, em que os “últimos 14 meses” foram pautados por “incertezas, indecisões e constantes alterações que produziram uma transformação profunda na vida das escolas e em todos aqueles que nela trabalham”. O presidente do CGP elogiou o trabalho da CAP, dando os “parabéns à competência do presidente, porque soube ao logo do tempo e perante as dificuldades que se apresentaram caminhar com segurança”. Antes de empossar a nova direção, eleita “por unanimidade”, José Silva espera que Paulino Macedo “continue a ser um homem competente e honesto que sempre foi”. Nos anos de trabalho em que o acompanhou, José Silva mencionou que “nunca, em momento algum, esquecemos o supremo interesse dos alunos”.

“És um homem sério, culto e dedicado. Estou convicto que és o homem certo para liderar este projeto”, concluiu. Depois de empossado, o agora diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, Paulino Macedo, referiu que “um novo ciclo de vida” se inicia, estando “consciente das dificuldades” que lhe esperam. Ao longo do seu discurso, Paulino Macedo elencou “as debilidades” do Agrupamento, apontando “caminhos para as solucionar”, sendo “imprescindível constituir parcerias interventivas e colaborativas com os alunos e suas famílias, com os docentes e não docentes, com as associações de pais e encarregados de educação, com o poder autárquico, representações ou representantes económicos, instituições culturais e recreativas, entre outros, com os principais interessados nos bons resultados” “À cabeça de todos os problemas” estão os “resultados escolares”. O diretor pretende “promover o sucesso dos alunos, aumentar a taxa de sucesso escolar, aumentar a qualidade do sucesso escolar, diminuir as taxas de absentismo e aumentar a assiduidade, reforçar as ações que visem a igualdade quer no acesso, quer no sucesso educativo, promover o acesso a novas tecnologias da informação e da educação e promover hábitos de leitura”. Travar a “indisciplina” é outra das suas metas. Para isso, vai “promover a apropriação consciente das regras de convivência e respeito social nos diferentes contextos, fazer cumprir as normas de funcionamento estabelecidos no regulamento interno, de-

Paulino Macedo quer “travar indisciplina”

senvolver um clima de escola positivo valorizando a disciplina, a tolerância, cooperação e a amizade”. A “autorregulação e a melhoria do Agrupamento” está em terceiro lugar de objetivos a cumprir, consolidando “sistemas de avaliação da unidade orgânica” (auto-avaliação), com a “finalidade de produzir um plano global de melhoria”, “melhorar a articulação curricular entre a educação do pré-escolar e secundário”, conferindo a “cada etapa a função de completar, aprofundar e alargar a etapa anterior”. “Aumentar os índices de participação da comunidade educativa nas diversas estruturas e iniciativas de turma ou de dimensão alargada de agrupamento” é o outro objetivo de Paulino Macedo, que considera “fundamental centrar as energias ao serviço

dos beneficiários da nossa missão: os alunos”. O diretor quer ainda “proporcionar aos alunos condições para desenvolver comportamentos e atitudes saudáveis, promover comportamentos de segurança e prevenção de acidentes”, formando “jovens promotores de vida saudável”. No seu discurso, informou os presentes de estar “indisponível” para “um projeto de plágio” e de “apropriação que é desenvolvido noutra organização”, para o “projeto do chefe”, que “não se sujeita à discussão e negociação participada dos vários intervenientes da comunidade escolar”, para um “projeto sectário”, que se “concentra apenas numa parte diminuta no todo”, para “um projeto de manutenção”, que “não pretende a mudança mas procura a

Vinte e oito alunos e sete professoras da Escola Secundária da Trofa participaram numa visita à cidade de Madrid, no âmbito de uma atividade promovida pelo Clube Europeu, que se realizou nos dias 8, 9 e 10 de junho. Após a participação ativa e exemplar em algumas atividades promovidas pelo Clube, os 28 alunos foram premiados com a viagem a Madrid, a capital de Espanha. Em Madrid, tiveram a oportunidade de visitar alguns dos locais mais importantes e mais emblemáticos, como o Parque del Reti-

ro, a Porta de Alcalá, o Museu Rainha Sofia, a Estação da Atocha, a Praça de Cibeles, a Praça Cólon, o Hard Rock Café, o Edifício da Ópera Nacional, a Porta do Sol, a Plaza Mayor, o Estádio Santiago de Bernabéu e o Palácio Real, tendo também passado pelo Museu do Prado e pelo Monumento da Independência. Num ambiente positivo, repleto de energia e boa disposição, os alunos e professoras fazem um balanço muito positivo da viagem e garantem ter um desejo: voltar a Madrid!

manutenção das estruturas e dos processos existentes”, nem está disponível para um “projeto vago que se traduz num documento de intenções e objetivos gerais pouco precisos”. “Não estamos disponíveis para um projeto de ficção, em que a ambição e o voluntarismo não são temperados com uma análise realista dos recursos e dos constrangimentos”, avançou. A direção é constituída pela professora Cristina Santos (vicediretora), pela professora Maria Luísa Dias (1ª vogal), o professor Mário Pinto (2º vogal) e pela professora Márcia Mendes (3º vogal). Paulino Macedo contou que a escolha dos elementos para a sua equipa “não foi fácil”, mas baseou-se em “dois princípios”: a “competência” e a relação entre a equipa. “Uma equipa diretiva tem que ser coesa, tem que estar à vontade, nós temos que nos relacionar, não precisamos de ser amigos, mas temos que nos respeitar mutuamente. A equipa foi constituída tendo em conta a competência, tendo em consideração a capacidade de relação com os outros professores, com os não docentes, com os pais”, declarou. O diretor avançou que é “natural que haja alterações” na coordenação das escolas, pois “alguns colegas” já manifestaram “vontade de deixarem de ser coordenadores”. “Vamos repensar isto em equipa para conseguirmos fazer com que as pessoas estejam lá com gosto, mas ao mesmo tempo que estejam lá por terem manifestado e por terem revelado competências para isso”, concluiu.

Alunos da Secundária da Trofa visitaram Madrid

O Clube Europeu é uma oferta da escola e está aberto a todos os alunos interessados em conhecer, estudar e dinamizar a Europa. Os seus membros têm a oportunidade de participar, anualmente, em várias atividades, como o Parlamento dos Jovens, o Programa Comenius e em palestras sobre Portugal, a Europa e a União Europeia, que são, claramente, bastante enriquecedoras e transmissoras de importantes conhecimentos e informações. Inês Campos, aluna do 1207


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Rotary da Trofa prestou tributo aos professores Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Rotary Club da Trofa prestou homenagem aos professores, com um memorial e atribuição da toponímia “Rotunda do Professor e do Conhecimento”. A inauguração do tributo realizou-se na tarde de sexta-feira, dia 28 de junho. “Ser professor é ser artista,// malabarista,//pintor, escultor, doutor,//musicólogo, psicólogo...//É ser mãe, pai, irmã e avó,//é ser palhaço, estilhaço,// É ser ciência, paciência...//É ser informação,//é ser ação.//É ser bússola, é ser farol.//É ser luz, é ser sol.” Esta é a primeira estrofe do poema “Ser Professor”, de autor desconhecido, que retrata a importância que estes profissionais do ensino têm na educação dos mais jovens. Todos os anos, o Rotary faz uma “homenagem profissional, prestigiando as profissões e os profissionais, escolhendo uma pessoa da Trofa que tenha dado um contributo extremamente positivo na comunidade”. Este ano, aquando da escolha da pessoa homenageada, surgiu a ideia de não apenas homenagear uma pessoa, mas sim “um grupo profissional”, sendo que a escolha recaiu nos professores. “Uma comunidade como a da Trofa tem uma ligação quase umbilical à figura do professor. Todos nos lembramos dos nossos professores e houve sempre alguns que nos

marcaram profundamente. Foi esta relação, forte e que passa o limite do relacionamento profissional professor-aluno, que quisemos homenagear, ainda por cima numa altura em que estão a passar uma fase complicada, em que alguns se sentem um bocadinho injustiçados”, explicou António Pontes, presidente do Rotary Club da Trofa. Até chegar à ideia do memorial “ainda demorou algum tempo”, mas, segundo o presidente, depois de ter surgido o que se queria fazer, foram encetados pedidos a diversas entidades, que “trabalharam” e “ajudaram a levar a cabo esta homenagem”. Das várias parcerias surgiu um projeto que foi desenvolvido na Rotunda junto aos hipermercados em Santiago de Bougado, que, a partir de sextafeira, adota o nome da Rotunda do Professor e do Conhecimento, onde podemos ver um livro de onde nasce uma árvore, que retrata o conhecimento transmitido por estes profissionais. Depois de o projeto estar em andamento, os diretores das escolas foram abordados para estarem presentes na inauguração, de forma a representar todos os professores do concelho. Para António Pontes esta homenagem “aos que foram, são e ainda serão” professores “é mais do que justa”, pois estes usam “a sua profissão e a sua vida para trabalhar em função dos outros, da educação que é preciso dar, do conhecimento que é preciso transmitir e da preparação que é

preciso fazer para a vida, sobretudo das novas gerações”. Um tributo que serve para “os motivar a continuar por muito tempo a trabalhar de uma forma empenhada com as nossas gentes mais novas, para que possam ser bem preparados para a vida em sociedade”. O presidente estava “muito feliz” por terminar o mandato rotário com esta iniciativa, pois foi uma “sensação muito boa” a que sentiu ao “poder deixar algo que fica para perpetuar o futuro”. “Estamos a falar de um grupo profissional determinante para que o mundo possa ser transformado em algo muito melhor, gente melhor preparada e mais capaz, uma comunidade naturalmente melhor preparada”, conclui. Uma das parceiras foi a Câmara Municipal da Trofa. A edil trofense, Joana Lima, referiu que, sendo “o professor e o conhecimento dois conceitos ligados e importantes para o desenvolvimento de qualquer população”, abraçou de uma “forma muito satisfatória e com muita alegria” a esta homenagem “aos professores que já fizeram o seu percurso, aos que estão a fazer e aos que virão um dia a fazer”.

Professores presentes na inauguração da Rotunda

cessante fez um “balanço bastante positivo”, num ano em que procurou “abrir um bocadinho mais o Rotary à nossa comunidade tornando-o mais visível”, tendo elencado “os momentos altos” do mandato. Além disso, levou a cabo “uma série de projetos” e “melhorou alguns”, como o caso da Universidade Sénior, onde procurou fazer Homenagem fecha mandato “uma melhoria nas condições de “com chave de ouro” funcionamento”. Numa “colaboNa segunda-feira, dia 1 de ração com os Vicentinos do conjulho, o Rotary da Trofa desen- celho”, o Rotary da Trofa aprevolveu o tradicional jantar de sentou “candidaturas à fundação transmissão de tarefas. António rotária”, onde conseguiu “angariPontes passou o testemunho a ar fundos”, que lhes foram atriVilela Araújo. O presidente buídos para “intervirem direta-

mente em quem mais necessita”. Uma iniciativa que culminou com um jantar de solidariedade. Outro momento alto foi em março, quando a Trofa recebeu os clubes do SerVita, num “jantar festivo muito bonito e concorrido”. Já no peditório da Liga Portuguesa Contra o Cancro, uma “causa ao qual está associada desde o primeiro momento, foi possível fazer “uma boa angariação de fundos”. A homenagem aos professores fechou com “chave de ouro” este mandato. “Foi um ano que acho que correu muitíssimo bem para Rotary e eu enquanto presidente sinto-me feliz”, frisou.

Arraial de S. Pedro mantém tradição em Paradela Patrícia Pereira Cátia Veloso

A tradição cumpriu-se em Paradela, lugar de S. Martinho de Bougado, com o arraial de S. Pedro nos dias 28 e 29 de junho, no largo junto à Escola Básica. Balões de papel e fitas coloridas decoravam o espaço envolvente ao largo junto à Escola Básica de Paradela, em S. Martinho de Bougado. A música e o cheiro a churrasco completavam o ambiente de festa. A Associação Recreativa de Paradela manteve a tradição e organizou durante dois dias, sexta-feira e sábado, o arraial de S. Pedro A animação do primeiro dia esteve a cargo do conjunto Lírio

tasquinhas, as pessoas puderam deliciar-se, nas noites de sextafeira e sábado, com um “frango no churrasco, barriguinhas, entrecosto, fêveras, a tradicional sardinha e a feijoada”. Para o almoço de sábado, a associação serviu “o tradicional porco no espeto servido com arroz de tomate”. O presidente da Associação, Luís Ferreira, fez um balanço “muito positivo” de mais um arraial, que “surpreendeu pela positiva” devido à “muita adesão que teve. Luís Ferreira agradeceu à “população por ter aderido em massa, o que foi muito bom em todos os aspetos”, bem como às População aderiu em massa ao arraial pessoas que trabalharam e que Roxo. Já no sábado, um “grupo atuação do Conjunto Típico do Val patrocinaram as festas. Relativamente às tasquinhas, de amigos fez uma demonstra- e de Hélio Rodrigues, conhecido o presidente denotou que estas ção de capoeira”, seguido da como o Rei do Karaoke. Nas

funcionaram “muito bem” e tiveram “muita adesão”. Um feito que pôde ser possível graças ao trabalho de “cerca de 30 pessoas”, entre sócios e novos elementos, que “ajudaram nas tasquinhas”. Luís Ferreira explicou que a realização deste arraial é “mais para manter uma tradição”, apesar de que nestes últimos “dois anos” têm conseguido “arranjar alguns fundos para colmatar a falta de verbas”. Valor que serve para os “gastos” que a associação “sempre tem”, bem como para ajudar a “liquidar aos poucos uma conta antiga”. A associação ainda não tem o “balanço final” das festas, pois ainda estão “a fazer contas e pagamentos”. Mas, à partida, pelas contas que foram feitas “por alto”, o saldo “quase de certeza que é positivo”.


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Atualidade 7

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Marchas abrilhantam festa de S. Pedro na Maganha Patrícia Pereira Magda Araújo

apresentaram as suas coreografias. O largo junto à imagem de S. Centenas de pessoas pas- Pedro acolheu várias centenas saram pelas festas de S. de pessoas que, vindas das diPedro, organizadas pela Asversas freguesias do concelho, sociação Recreativa S. Pedro não quiseram perder o desfile das da Maganha. Marchas popumarchas, organizadas pela Aslares marcaram o ponto alto sociação Recreativa S. Pedro da da romaria. Maganha. “Gostei muito” e “estava muiAs Marchas de S. Pedro da to bonito” foram as expressões Maganha marcaram mais uma que o NT mais ouviu junto do púfesta popular daquela aldeia de blico. João Afonso denotou que Santiago de Bougado. Este ano, “para as possibilidades” que a orduas marchas desfilaram desde ganização teve, as marchas estia Capela de Nossa Senhora do veram “muito bem”, apesar de Desterro até à Maganha, onde “em outros anos” terem sido “mecrianças vestidas de vermelho, e lhores”. Opinião partilhada por Joos adultos, com cores garridas, sé Santos que mencionou que

Confraria de S. Pedro da Maganha e Santo Isidro entronizada

“as marchas têm vindo a baixar de qualidade”. Já Cândido Novais declarou que “faz questão” de ver e “apoiar” as marchas, tendo “gostado muito” da “música, das roupas e do esforço que fizeram”. Apenas lamenta o espaço, avançando que este devia de “ser melhorado”, pois o “paralelo não é apro-

priado”. “Acho que o empenho que se nota nos figurantes e nas pessoas que estão por detrás da organização mereciam outro espaço. Depois vêm lá de baixo, fazem toda esta rampa enorme e muito inclinada e chegam e ainda têm que dançar num espaço em paralelo e muito estreito”, salientou.

Para António Castro, presidente da Associação Recreativa S. Pedro da Maganha, apesar do “calor imenso”, a noite de sábado estava “linda” e foi “magnífica”. “Os marchantes portaramse lindamente, o público aderiu por demais. O recinto estava superlotado. Acho que tivemos um S. Pedro forte este ano”, afirmou, confirmando que a adesão do público foi muito boa durante os três dias de festa. De forma a atender o pedido da comunidade, segundo António Castro as festas “têm que continuar”, sendo necessário “fazer um esforço” para que no próximo ano as marchas “estejam cá novamente”. A festa profana contou com um desfile de moda, atuações do grupo Myllenium, da Banda de Música da Trofa, do grupo musical Cantares D’Outrora, do Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado e do Rancho Folclórico de São Salvador de Monte Córdova. Já a parte religiosa esteve reservada para a tarde de sábado, com a realização da missa solene, onde decorreu a entronização da confraria de S. Pedro da Maganha e Santo Isidro e a bênção do novo estandarte.

Crianças tiveram honras de abertura das marchas

Para a comunidade, as marchas não devem terminar


8 Atualidade

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4 de julho de 2013

Por não concordar com atribuição de subsídios a juntas de freguesia

PSD abandona Assembleia Municipal Cátia Veloso Patrícia Pereira

Os elementos da bancada do Partido Social Democrata (PSD) abandonaram a sessão da Assembleia Municipal e não votaram a celebração de protocolos com Muro, S. Mamede do Coronado, Covelas e S. Martinho de Bougado. A Assembleia Municipal da Trofa ficou marcada pelo abandono da sessão por parte dos elementos do Partido Social Democrata durante a discussão e votação dos protocolos de delegação de competências a celebrar entre a autarquia e as juntas de freguesia de S. Mamede do Coronado, Muro, Covelas e S. Martinho de Bougado. Em causa estavam, respetivamente, a pavimentação da Rua Vale do Coronado (90 mil euros), a ampliação do cemitério e requalificação dos arruamentos adjacentes (apoio técnico) em Covelas, ajuda na requalificação do espaço envolvente à Capela de S. Pantaleão no Muro (50 mil euros) e repavimentação de arruamentos de S. Martinho de Bougado (70 mil euros). Os sociais-democratas, inclusive os presidentes das juntas de Covelas, Santiago de Bougado e S. Romão do Coronado e o representante do de Alvarelhos, abandonaram a sessão, acusando o executivo de “desigualdade de tratamento para com as outras juntas de freguesia, discriminadas na elaboração destes invulgares protocolos, quer no tempo, quer nos destinatários, claramente com intenção política

objetiva de ajudar os amigos candidatos a ter melhores resultados eleitorais”. O porta-voz, António Azevedo, presidente da Junta de Santiago de Bougado, afirmou que a sua freguesia “nem um cêntimo recebeu neste mandato socialista”, considerando que “se há dinheiro para uns, deverá haver para os outros, certamente, nas devidas proporções”. “Entendemos a vossa intenção política eleitoral, mas repudiamo-la e não a aceitamos. É uma prática suicida e o futuro a seu tempo o confirmará”, frisou. Presidentes do Muro, S. Mamede e S. Martinho indignados A ação da bancada do PSD indignou os presidentes das juntas contempladas. Carlos Martins, autarca do Muro, mostrouse “espantado”, afirmando que “em 12 anos, é a primeira vez que o Muro está a receber alguma coisa digna” e acusando o PSD de fazer “campanha eleitoral” ao “levantar-se desta assembleia contra os colegas de outras freguesias, assim como fizeram quando foi a anexação das freguesias”. “Em julho de 2009, aquando da procissão do S. Pantaleão, eu lembrei o senhor presidente da Câmara da altura que aquela era a única capela do concelho que não tinha nenhuma requalificação e que não havia nenhuma com um espaço tão degradado como aquele”, afirmou. Carlos Martins lamentou ainda que “a pessoa do PSD eleita pelo povo do Muro não vote a favor da sua terra”, referindo-se a

Elementos do PSD abandonaram sessão

Armando Sanches. Por seu lado, José Ferreira, autarca de S. Mamede, afirmou que a Rua Vale do Coronado “é a pior artéria do concelho e já está assim há muitos anos” e considera que “este é o único subsídio digno desse nome que a freguesia recebeu até hoje”, desde que comanda a Junta. “S. Mamede tem sido prejudicada comparativamente com Santiago de Bougado, por exemplo. Somos uma freguesia de periferia, com imensas carências, as solicitações da Junta para a Câmara são muitas e não têm sido atendidas”, acrescentou, revelando que “este é o momento oportuno para fazer esta intervenção”. O presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado considera “pouco” o subsídio de 70 mil euros, pois “não chega para metade das obras que a freguesia precisa”. “Quem é que andou a receber subsídios no mandato de 2005 a 2009? Não foi a Junta de S. Martinho, pois valoQuando foram construídas, as habitações sociais da Trofa – res mais altos me foram promeem S. Martinho de Bougado e S. Romão do Coronado - serviam tidos e não chegaram a ser atribuídos”, frisou. “para quem vivia em condições de habitabilidade precárias, indePara Jorge Curval, elemento pendentemente dos rendimentos” e cujos casos foram detetados do CDS, foi “arriscado” mas “coatravés de “um inquérito”. “Apesar de não ter acontecido, a ideia rajoso” da parte de António Azeera também demolir as habitações desocupadas por essas pes- vedo “levantar uma questão polísoas, para que não voltassem a ser ocupadas”, informou Maga- tica de muito interesse para o lhães Moreira. O vice-presidente da autarquia informou também município”, no entanto lamentou que a bancada do PSD tenha que, neste momento, há “seis” habitações sociais “vazias” e “cerca abandonado a sessão sem ande uma centena de candidatos”, justificando que “é preciso defi- tes “dar atenção às eventuais exnir critérios para atribuir as casas”. O regulamento que a autarquia plicações que os presidentes tiapresentou à Assembleia Municipal e que foi aprovado por unani- vessem para dar”. O centrista somidade “foi feito com base no de Sintra” e “acolheu sugestões de licitou ao executivo “a explicação mais pormenorizada possível” soregulamentos de outros concelhos”. bre a atribuição dos subsídios,

Arrendamento de Habitação Municipal com novo regulamento

enquanto Pedro Ortiga, do PS, acusou os sociais-democratas de “falta de respeito para com a população da Trofa e a Assembleia”. “Lamentamos que não se diga aqui que, no anterior executivo, ao nível dos protocolos de competências, havia fortíssimas desigualdades, com freguesias com verbas claramente atrasadas, quando tínhamos outras atempadamente pagas. Desafio o PSD a comparar e, permitamme dizer a pseudoigualdade dos subsídios prometidos e pagos no anterior mandato e podemos concluir que, com o ato de hoje e aprovação dos pontos, apenas se repõem algumas desigualdades de anos a fio vividas no nosso concelho”, sublinhou. Joana Lima responde com números A explicação de Joana Lima foi recheada de números. A presidente da Câmara lamentou a atitude do PSD e apresentou os valores atribuídos em subsídios (sem contar com protocolo de delegação de competências) às freguesias, no mandato entre 2005 e 2009, antes de assumir a autarquia. “Ao Muro foi atribuído o valor de 26.250 euros, em Covelas foram deliberados 151.396 euros, dos quais 70 mil euros foram pagos já neste executivo, S. Mamede recebeu 25.656 euros, em S. Romão foram deliberados 366.600 euros e pagos 260 mil euros, cem mil dos quais já com este executivo. Alvarelhos recebeu 196.348 euros e em Guidões foram deliberados 106 mil euros, tendo re-

cebido, já neste mandato, 92 mil”, referiu. Sobre Santiago de Bougado, a edil trofense revelou que, até ao momento, “é a mais lesada relativamente aos subsídios”, até porque, sublinhou, “houve um protocolo de delegação de competências de 90 mil euros que o senhor presidente da Junta devolveu à Câmara”. Já no que diz respeito a S. Martinho, Joana Lima afirmou que, à exceção das verbas que ajudam a custear a Feira Anual da Trofa, “o único subsídio deliberado foi em 2006 para a recuperação paisagística do Parque Dr. Lima Carneiro, com demolições e construções no valor de 128 mil euros”. “Essa obra já estava concluída e rondou os 300 mil euros. Quando o senhor José Sá assumiu funções, em 2005, esta obra estava por pagar e foi-lhe pago o subsídio que havia sido prometido no anterior executivo”, acrescentou. A autarca apresentou a lista das juntas de freguesia com os valores per capita, 2005 a 2013, atribuídos em subsídios: “Covelas (101 euros), S. Romão (78), Guidões (64), Alvarelhos (62), Muro (50), S. Martinho (43), S. Mamede (27) e Santiago (2,52) Com a ausência do PSD, os pontos foram aprovados por unanimidade, mas o executivo não se livrou de um reparo. Jorge Curval considerou que as explicações de Joana Lima “foram insuficientes”, esperando que “explicasse o que é que todas as juntas reivindicaram” e os critérios que levaram à atribuição dos subsídios.


4 de julho de 2013

PSD abstém-se na revisão orçamental para inclusão de três obras

Atualidade 9

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Presidente de Covelas questiona Joana Lima

A Assembleia Municipal aprovou, com a abstenção da bancada do PSD, a revisão orçamental para a inclusão de três obras no Plano Plurianual de Investimentos. São elas a execução da rotunda dos ex-combatentes do Ultramar da Trofa, junto ao Cenfim, a requalificação viária da Rua Abílio da Costa Couto, em S. Martinho de Bougado, e reparações no pavilhão desportivo de S. Romão do Coronado. “As verbas foram retiradas de outras rubricas, pelo que não vai implicar aumento da despesa nem de receita global”, assegurou o vice-presidente da Câmara, José Magalhães Moreira.

PAEL: Trofa com “uma das situações mais complicadas” A afirmação é de Magalhães Moreira. O vice-presidente da autarquia referiu que o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) solicitado pelo concelho ainda não mereceu o visto do Tribunal de Contas, porque a Trofa “tem das situações mais complicadas que apareceram”. O município está, inclusive, a ser “inspecionado, e bem, pela Inspeção-Geral das Finanças”. “As contas desde 2010 até 2012 estão a ser vistas, com minúcia, e é ótimo que isso aconteça, porque quando se chegar ao fim deste mandato, há um relatório que possa mostrar a realidade”, frisou. Magalhães Moreira fez o anúncio durante a apresentação da proposta de adenda ao contrato-programa celebrado com a TrofaPark, que “inicialmente previa um orçamento de dois meses”, mas “face ao atraso do visto do PAEL”, o Tribunal de Contas “impôs que se fizessem um aditamento ao orçamento para que desse para o ano todo” para esta empresa municipal. “A Trofa-Park tem de ser extinta até ao fim do ano, prevendo-se que no dia 1 de outubro, a contabilidade passe a ser uma só com a fusão com a Trofáguas”, informou. A adenda foi aprovada, com os votos favoráveis de PS e CDS e abstenção do PSD. Foi ainda aprovado por unanimidade o projeto de fusão das empresas municipais, Trofa-Park e Trofáguas. A nova pessoa coletiva passar-se-á a chamar AmbiPark e o processo vai ser feito por transferência do ativo e do passivo da primeira para a segunda.

Valor das rendas em discussão Antes da ordem do dia, o membro do PSD, Alberto Fonseca, abordou o tema das rendas gastas pela autarquia. “O Blogue da JS anuncia a redução do valor entre 2009 e 2011 de 37.500 para 22.500 euros, mas os documentos da Câmara Municipal evidenciam o aumento das rendas, nesse mesmo período, de 33.100 para 34.400 euros, mais 1300 euros. Qual dos documentos apresenta a informação verdadeira?”, questionou. A presidente da autarquia, Joana Lima, recusou responder pelos resultados apresentados pela JS, mas garantiu que “as rendas desceram de 37.500 para cerca de 25 mil euros”. As reduções verificaram-se, segundo a edil, na “renegociação” de contratos de “pequenas lojas” e no Centro Equestre, em que “a Câmara pagava 3070 euros, por uma parte do 1º piso, passando a pagar 2500 euros pelas duas partes do 1º andar, picadeiro e logradouro”. Para além disso, acrescentou, a autarquia “entregou um dos pavilhões no Alto da Sapateira ao senhorio”. “O único contrato novo que este executivo assinou foi para um espaço enorme e mobilado para a Unidade de Saúde de Cuidados Continuados”, frisou. Em contraponto, outro social-democrata, António Barbosa, afirmou que “nos documentos de prestação de contas, aprovados nesta assembleia municipal, em 2009, as rendas no total eram de 398.992 euros e em 2012 atingiram o total de 413.179 euros”. Joana Lima foi curta na resposta, afirmando que “o esclarecimento” de António Barbosa “não é verdadeiro”.

Fernando Moreira levantou várias questões

O presidente da Junta de Freguesia de Covelas, Fernando Moreira, quis saber “quando vai haver água da Aldeia Nova a Rindo”, a data para “a conclusão do emissário desde Bougado a Covelas” e “para quando a entrega do subsídio de 12 mil euros que a presidente se comprometeu a dar”. Joana Lima afirmou que, relativamente ao abastecimento de água, “há uma candidatura feita pela Indaqua, que está prestes a ser aprovada”. Sobre o emissário, a edil trofense referiu que “existe um diferendo entre a Savinor e a Águas do Noroeste”. “Não há nada assinado, mas a Savinor

refere que ao pagar cerca de 200 mil euros pelo coletor, achava que ia ter as tarifas mais baixas, mas a Águas do Noroeste defende que a empresa tem um fluxo muito elevado do ponto de vista dos resíduos, daí o diferendo. Quando encontrarmos uma solução, obviamente, dar-se-á continuidade aos trabalhos. Para além disso, encontrou-se uma laje e para a circundar era necessário intervir num terreno que não tinha sido expropriado, mas há bom entendimento para se resolver esta situação”, explicou. Já sobre o subsídio de 12 mil euros, Joana Lima garantiu que “é uma promessa e, logo que

possa, vai ser cumprida”. Ainda alertada por Fernando Moreira das estradas que ficaram deterioradas devido às obras da Brisa para o alargamento da autoestrada número 3, Joana Lima afirmou que “antes e depois da intervenção, todas as ruas de Covelas e noutras freguesias foram fotografadas” e as imagens “enviadas à Brisa para vir corrigir o que está deteriorado devido à obra”. O autarca covelense voltou a intervir na ordem do dia para questionar a presidente da Câmara se considera que “o acabamento das obras da Escola de Querelêdo está bom ou mau”, referindo-se ao facto de “chover lá dentro”. A edil referiu que “a obra ainda não foi rececionada” e que “o empreiteiro já foi fazer algumas correções depois da chuva passar”, mesmo que “o problema” tenha surgido no âmbito “da intervenção feita pelo primeiro empreiteiro, que acabou por entrar em insolvência”. Joana Lima afirmou ainda que “não estava contemplado no projeto inicial, o abastecimento de água por parte de um poço na escola, estando previsto quando passar a rede de abastecimento de água”. C.V.

Líder da JSD oferece metro à presidente Com o manifesto eleitoral de Joana Lima referente à campanha de 2009 na mão, Sofia Matos, líder da JSD da Trofa, interveio no período dedicado ao público para “atacar” a presidente da Câmara e o metro foi um dos temas abordados. A jovem social-democrata leu o documento, que referia o “acompanhamento da construção da linha” e “diligências necessárias para que os prazos sejam cumpridos e o metro chegue à Trofa em 2012”, para se referir ao facto de a parte da antiga linha de comboio que serviria de túnel para o metro ter sido aterrada nas obras da requalificação dos parques urbanos da cidade. “Parece-me que, quando aterraram o canal, enterraram definitivamente todas as esperanças que nós tínhamos com a vinda do metro. E não me tente convencer que daqui a um, dois, três ou dez anos vão desenterrar a linha, depois de se terem gasto milhares de euros

do erário público para o aterrar”, atirou, oferecendo depois um metro, ferramenta de medida, em madeira, a Joana Lima. Em resposta, a edil trofense afirmou que “também” foi “induzida em erro” quando viu “um outdoor no concelho com o metro à Trofa e um carimbo a dizer ‘resolvido’” aludindo ao outdoor colocado pelo executivo liderado por Bernardino Vasconcelos. “A seguir vimos o concurso a ser lançado e pensamos que estava resolvido, mas infelizmente não está e não é por falta de trabalho e de pressão do nosso executivo”, asseverou. Sofia Matos ainda se referiu à construção dos Paços do Concelho (PC), questionando Joana Lima se o executivo pretende alugar os pavilhões da antiga Arbofil, junto à Estrada Nacional 14, e por quantos anos. A presidente da autarquia respondeu que “não há nenhum compromisso” com o proprietá-

rio dos pavilhões, mas “apenas conversações”. Já sobre a requalificação dos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, Joaquim Azevedo criticou o executivo por “de uma machadada, tirar 200 árvores”, enquanto Modesto Torres quis saber se a empresa responsável pela obra, Construções Ar Lindo, “está ou não em pré-insolvência”. Joana Lima refutou a primeira intervenção, afirmando que se “abateram 90 árvores” e garantiu “não ter conhecimento” se a empresa está em pré-insolvência, garantindo que “apresentou todos os documentos de habilitação”. O Parque das Azenhas foi um tema introduzido por Luís Pinheiro, que interrogou Joana Lima sobre o entubamento das águas do Rio Trofa e Ribeiro de Real “na zona de passagem da pista”. Joana Lima garantiu que essa situação “é provisória só para as máquinas poderem circular”.C.V.


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4 de julho de 2013

Colónias Balneares 2013

Câmara da Trofa leva crianças e idosos à praia Até sexta-feira, 5 de julho, mil crianças trofenses participam nas colónias balneares. Os seniores também começaram esta semana a frequentar a praia.

do o contacto salutar com a natureza e com o mar de forma saudável, segura e divertida”.

lher mil crianças das várias escolas básicas da Trofa. Até 5 de julho, as crianças vão até à praia de manhã, onde usufruem de várias atividades lúdicas desenvolvidas pelos professores da AEC (Atividades de EnA Praia dos Barcos, nas riquecimento Curricular), bem coCaxinas, Vila do Conde, vai aco- mo de um lanche a meio da ma-

Crianças foram à praia e participaram em atividades lúdicas

nhã, constituído por fruta, sandes e sumo, e ainda umat-shirt e um boné. Todas as manhãs, as crianças são acompanhadas pela Guarda Nacional Republicana – projeto Escola Segura, junto aos estabelecimentos de ensino e dentro do território do concelho, sendo depois acompanhadas pelas forças de segurança de Vila do Conde, que estão de prevenção na área. Recorde-se que as colónias balneares, que estão direcionadas para os alunos do 1º ciclo do ensino básico da Trofa, são promovidas pela Federação das

Associações de Pais da Trofa – FAPTrofa, com o apoio da Câmara Municipal da Trofa. No dia 26 de junho, Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, e Teresa Fernandes, vereadora do pelouro da Educação, visitaram as colónias, aproveitando a ocasião para conviver com os alunos das escolas locais que aproveitam já as férias de verão. Durante a visita, a edil trofense referiu que “esta iniciativa é muito importante, pois cria a oportunidade para centenas de crianças trofenses poderem ir à praia, estimulando igualmente as relações interpessoais e permitin-

Seniores começaram esta 2ª feira a frequentar a praia Seiscentos seniores começaram esta semana as colónias balneares, na Praia do Leixão, na Póvoa de Varzim. Divididos pelas duas quinzenas de julho, os seniores tem a oportunidade de passarem “as manhãs na praia, em convívio, praticando exercício físico e usufruindo de momentos descontraídos”. A autarquia trofense promove aulas de ginástica às terças e quintas-feiras, levando os seniores “a praticar exercício físico, melhorando o seu bem-estar geral e a sua qualidade de vida”. Joana Lima continua a sua aposta nesta faixa etária, “procurando diminuir o isolamento em que muitos se encontram no seu dia a dia”, uma vez que nesta altura, os seniores aproveitam as idas diárias à praia, para “praticar exercício físico, rever amigos, fazer novas amizades e acima de tudo apostar em hábitos salutares”.


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4 de julho de 2013

S. Martinho de Bougado tem novo padre Cátia Veloso A. Costa

Marco Cunha foi ordenado presbítero a 29 de junho e no dia seguinte celebrou missa nova em S. Martinho. Apesar do cansaço de uma noite de trabalho, o orgulho estava estampado no rosto de Inês Cunha. Na manhã de domingo, já o sol ia alto, olhava com vaidade para o esplendoroso tapete de flores, artisticamente decorado no largo fronteiriço à Igreja Nova, local onde cerca das 16 horas, o sobrinho Marco Cunha ia celebrar a sua missa nova. Foi desta forma que Inês, juntamente com “a

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família” e “amigos”, mostrou “a consideração, carinho e amor” que tem pelo sobrinho, o novo presbítero trofense. Marco Cunha recebeu a “imposição das mãos” do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, na tarde anterior, no Colégio das Caldas da Saúde, em Santo Tirso, tornando-se mais um presbítero ao serviço da Igreja Católica. Familiares e amigos estiveram presentes na cerimónia que também contou com dezenas de sacerdotes da Ordem da Companhia de Jesus e do pároco de S. Martinho de Bougado, Luciano Lagoa. No domingo à tarde, na Igreja Nova, em plena terra natal, Marco Cunha celebrou a missa

Marco Cunha celebrou missa nova em S. Martinho de Bougado

nova, assistida por centenas de pessoas, e animada com solenidade pelo coro paroquial. Para Marco Cunha, foram “dois dias de grande consolação e de grande intimidade com o Senhor Deus”. “Foram dois dias em que vi muito do que é a minha vida concentrado no amor de Deus. Senti Deus muito próximo, enquanto estava ajoelhado na ordenação. Na missa nova, depois ver este empenho das pessoas da paróquia, com o tapete de flores lindíssimo, o coro, os acólitos e outras pessoas, nem consigo encontrar palavras para descrever a emoção que senti”, referiu em declarações ao NT.

“Esta é uma ocasião muito importante na renovação da fé, pois vemos alguns dos nossos a assumir responsabilidades na vida da Igreja”, afirmou Luciano Lagoa sobre a ordenação de Marco Cunha. O pároco agradeceu “a todos os grupos que trabalharam, desde a liturgia à festa”. “Para mim é muito grato salientar este facto de em dois anos seguidos termos dois filhos desta terra a assumir o “sim” a Jesus Cristo na vida sacerdotal”, sublinhou. Recorde-se que, em 2012, S. Martinho também celebrou a missa nova de Pedro Miguel Rodrigues. Formado em Engenharia Ci-

vil, Marco Cunha ouviu o “chamamento de Deus”, aos 27 anos, entrando para o Noviciado da Companhia de Jesus, em Coimbra, em setembro de 2002. “A vida foi-se encaminhando e a certa altura, quando já estou a trabalhar, vejo que a minha vida está a caminhar, mas percebo que há alguma coisa que me falta. Aí, procurei um padre jesuíta que me ajudou a perceber para onde é que Deus me estava a chamar”, contou. Já enquanto estudava no Porto, Marco Cunha conheceu o Centro de Reflexão e Encontro Universitário dos Jesuítas, onde travou amizade com alguns jesuítas, percebendo que “aquelas pessoas tinham em Deus o fundamento da sua vida”. Este foi um dos primeiros passos para perceber que também ele tinha em Deus o fundamento da sua existência. Depois de frequentar o Noviciado, Marco Cunha estudou Filosofia, em Braga, rumando de seguida para Moçambique, onde deu aulas de matemática e ajudou a paróquia. Daí, foi para Roma, onde estudou Teologia na Universidade Gregoriana. Nessa cidade, foi ordenado diácono a 10 de abril, na Igreja de Gesú.


Atualidade 13

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4 de julho de 2013

Em entrevista ao NT, José Ferreira faz balanço do mandato

“S. Mamede ganhou um novo rumo, dinâmica e vitalidade” Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

José Ferreira assumiu pela primeira vez a presidência de S. Mamede do Coronado há quatro anos. Em entrevista ao NT, o autarca nomeou a Casa Mortuária como uma das obras mais importantes do mandato e afirmou que a primeira grande dificuldade encontrada foi “uma dívida de 70 mil euros deixada pelo executivo anterior”. O Notícias da Trofa (NT): Como avalia o mandato que está prestes a completar, assim como toda a sua governação na Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado? José Ferreira (JF): O meu mandato à frente da Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado é francamente positivo. Toda a minha governação se pautou por muito empenho, rigor e perseverança, mas sobretudo, foi o trabalho e o apoio de toda a minha equipa que muito contribuiu para o sucesso da nossa governação. A freguesia de S. Mamede ganhou connosco um novo rumo, uma nova dinâmica e sobretudo vitalidade.

NT: Quais as obras que realizou o seu executivo, que considera que ficarão marcadas na história da freguesia? JF: São várias e de extrema importância para uma freguesia como S. Mamede e podemos classificar as obras feitas como obras materiais e obras imateriais. No que respeita a obras materiais temos a construção da Casa Mortuária, obra que veio resolver um problema que se arrastava há vários anos, sobretudo para a comunidade não católica. Iniciou-se a requalificação da parte antiga do cemitério, construindo fundações em todas as sepulturas e pavimentando todas as zonas em terra. Foram requalificados os lavadouros públicos do Casal e do Covêlo, tornandoos operacionais. Foi construído o primeiro parque infantil de S. Mamede, no lugar de Vila que é, sem dúvida, um equipamento básico que diz muito das carências da nossa freguesia. O início da intervenção no parque do Museu Professor Alberto Carneiro, que será uma importante obra deixada por este grande artista à freguesia. No campo das obras imateriais, foi criada a iniciativa S. Ma-

mede Convida. Esta iniciativa promove a freguesia em tudo o que a caracteriza. Também a Festa de Natal, que tem como principal objetivo a angariação de fundos e meios para o apoio social e a iniciativa para a reativação do Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo. NT: Quais as obras que gostaria de ter feito e não vai conseguir executar até ao fim do mandato? JF: A pavimentação de todas as ruas da freguesia que ainda se encontram em terra batida e a conclusão das obras da parte antiga do cemitério. NT: Quais os principais obstáculos com que se deparou ao longo do seu mandato? JF: O primeiro grande obstáculo foi a dívida que nos foi deixada pelo anterior executivo relativo à construção dos passeios na Rua Vale do Coronado. Foi uma dívida de 70 mil euros e que teve de ser o meu executivo a pagar. Este problema fez com que o nosso primeiro ano de mandato fosse unicamente trabalhar para pagar a dívida. Existiam ainda outras dívidas de valores inferiores que foram sendo pagas, sendo que uma delas entendemos enviá-la para o Tribunal e ainda estamos a aguardar decisão. Outro grande problema foi o da crise financeira que é trans-

José Ferreira fez balanço “positivo” do mandato

versal a todos os setores da sociedade e a nossa junta não é exceção. Recebemos, atualmente, menos 35 por cento das verbas que recebíamos quando chegámos à Junta de Freguesia, com a agravante de as nossas responsabilidades e obrigações serem cada vez maiores. Atualmente, o nosso trabalho tem como principal incidência a área social. É uma nova realidade que atualmente atravessamos e que as juntas de freguesia não tinham há alguns anos. O apoio às famílias carenciadas da nossa freguesia tem sido uma

prioridade em detrimento da realização de obras, pois entendemos que neste caso as pessoas estão em primeiro lugar. NT: Como está a saúde financeira da Junta de Freguesia? JF: Está bem e recomendase, pois o meu executivo fez ao longo de todo o mandato uma gestão muito criteriosa e responsável dos recursos financeiros da nossa freguesia. Este facto deixa-me muito orgulhoso pelo trabalho desenvolvido pela minha equipa e, portanto, com o sentimento de dever cumprido.

Reunião de Câmara descentralizada em S. Martinho

Continuando a “aposta da descentralização dos serviços autárquicos”, o executivo camarário desloca-se às instalações da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado para mais uma reunião ordinária pública, marcada para as 9 horas de 5 de julho. A reunião de Câmara “está aberta à participação dos munícipes interessados, desde que cumpram o estipulado no Artigo 6º do Regimento da Câmara Municipal da Trofa, que estabelece que ‘nas reuniões públicas, encerrada a ordem do dia, é fixado um período máximo de 30 minutos para intervenção aberta ao público, durante o qual lhe são prestados os esclarecimentos solicitados’”. A Câmara Municipal da Trofa chega assim à última freguesia, depois de ter realizado, desde 2011, reuniões por todas as freguesias.P.P.

Transportes e setor doméstico contribuem mais para poluição do ar no Norte Os transportes rodoviários e o setor primário são os principais responsáveis pela emissão dos poluentes nos grandes centros urbanos da região Norte. Este é o resultado de um estudo feito pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), em parceria com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa. O “Inventário de Emissões de Poluentes Atmosféricos na Região Norte” foi apresentado no dia 20 de junho e abrangeu 86 concelhos, revelando que as zonas povoadas do Norte Litoral e as áreas industrializadas do Grande Porto, Ave e Minho-Lima foram quem mais contribuiu em maior peso para este cenário, enquanto no setor doméstico, a grande parte das emissões poluentes são causadas pela queima de biomassa lenhosa para aquecimento.L.A.


14 Atualidade

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4 de julho de 2013

PS Trofa apresentou os candidatos às assembleias de freguesia “trabalhar mais”, pois, fez-se “muito” em “cimento” e pouco em “beleza”. Já em Guidões, “está praticamente tudo feito”, tendo agora que “conservar” o que foi feito e “reparar algumas ruas”. Apesar da ausência de Bernardino Maia, atual presidente da Junta de Guidões, Vítor Rocha garante ter o seu apoio. “Eu fui convidado para estar com ele a número dois e para estar em primeiro. Se não aceitou foi porque não quis. Fizemos todos os esforços possíveis e impossíveis para que ele fosse o candidato. Tive uma conversa muito séria com ele e sei que está ao meu lado”, declarou.

Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Foi com casa cheia que o Partido Socialista da Trofa inaugurou a sede de candidatura e apresentou os quatro candidatos às freguesias do concelho. PS não vai apresentar candidatura ao Muro. A três meses das eleições autárquicas, o Partido Socialista (PS) da Trofa apresentou no sábado, 29 de junho, os quatro candidatos a freguesias do concelho, no dia em que inaugurou a sede de candidatura. Muro é a única freguesia à qual o PS não vai apresentar candidato. Joana Lima, candidata pelo PS à Câmara Municipal da Trofa, explicou que o PS “não vai apresentar candidatura”, pois considera que existe “um candidato natural, que serve os interesses dos murenses”, referindo-se a Carlos Martins, atual presidente da Junta de Freguesia, que deverá apresentar uma candidatura independente. Outra das surpresas é a escolha de Antero Castro, atual secretário da Junta pela lista do PSD, como candidato do PS à assembleia de freguesia de Covelas. A candidata denotou que Antero Castro é “uma pessoa fantástica do ponto de vista da seriedade, da serenidade e de saber o que quer para Covelas”. “Nota-se que é uma pessoa genuína, com cultura e com dedi-

José Sá e José Ferreira recandidatam-se PS da Trofa apresentou os quatro candidatos às freguesias do concelho

cação a Covelas. Sei que tem algumas divergências profundas com a atual liderança, mas para nós o importante é termos um candidato que sirva os interesses das populações”, frisou. Já Antero Castro contou que a sua candidatura surgiu da “teimosia de alguns e do apoio de muitos, a começar pela família”. “Consciente das responsabilidades”, o candidato sente “uma enorme vontade de servir os covelenses com alma e dignidade”, prometendo terminar com “os covelenses de primeira e de segunda” e criando “projetos viáveis para todos, desde as crianças aos idosos”. “Vou construir

uma equipa que me acompanhará em unidade e camaradagem a bem de todos. Será uma equipa jovem, dinâmica, inteligente e com grande espírito de solidariedade”, declarou. Antero Castro deixou um recado aos seus opositores: “Aguardo serenamente a votação do dia 29 de setembro e espero que o candidato emprestado seja o candidato vencedor”. Esta declaração surge em resposta ao comentário de Renato Pinto Ribeiro, líder do CDS-PP da Trofa, que afirmou que “a coligação irá apresentar listas conjuntas a todas as assembleias de freguesia e Câmara Municipal” e “não

pedir candidatos emprestados”. Já Vítor Rocha considera-se o candidato natural à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões, devido à “proximidade” que tem com essas populações. “Hoje em dia, é isso que os presidentes das juntas não têm e eu prevaleço muito essa situação. Eu gosto de estar no meio do povo, de ver o que sente, o que é que ele precisa e ter sempre aquele braço amigo”, denotou, salientando a “mais-valia” que será para as freguesias terem “pessoas novas” e com “sangue novo”. Para o candidato, é Alvarelhos a freguesia onde precisa de

José Sá foi o homem escolhido para encabeçar a lista socialista à União das Freguesias de S. Martinho e Santiago de Bougado. O próprio considera-se “sem dúvida o candidato natural”, pois, por ser um “presidente conhecedor, experiente e determinado”, sente a “obrigação de assumir a responsabilidade de uma tarefa tão difícil”, que passa por dar “continuidade ao desenvolvimento” das freguesias de Bougado. “Será muitíssimo mais complicado aceitar um candidato a presidente que terá que dar agora os seus primeiros passos. Sinto também uma força e uma energia constante de que devo ser eu a servir a população de


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Atualidade 15

PS não vai apresentar candidato ao Muro

Bougado, porque também sinto que poderá haver uma fragilidade se for gerido por outro que, como disse, terá que começar a sua carreira hoje”, frisou. Para José Ferreira, é com “enorme orgulho e empenho” que “abraça o desafio” de se candidatar à União de Freguesias de S. Romão e S. Mamede de Coronado. Com o “novo desafio” que se coloca, o candidato acredita que “vai aproximar as gentes das freguesias irmãs”, que a partir das eleições devem “lutar em conjunto”. “Conheço bem as gentes de S. Mamede, os seus anseios, projetos. E tenho a certeza que as pessoas de S. Romão não são menos bairristas, empenhadas e empreendedoras e, por isso, tenho a certeza que, apesar das diferenças, muito mais é o que une os mame-

denses aos romanenses, do que aquilo que os separa”, acrescentou. José Ferreira prometeu que com a sua equipa, “composta por pessoas de S. Romão e S. Mamede”, que conhece “bem os anseios de todos”, vai “trabalhar incessantemente na busca do melhor para os nossos cidadãos”. “Não tenho dúvidas de que, juntos, seremos mais fortes, S. Romão e S. Mamede vão construir um futuro sólido, assente no rigor, na transparência e na entreajuda, colocando em pé de igualdade romanenses e mamedenses”, concluiu. O PS escolheu como sede para as autárquicas o mesmo local de há oito anos, uma casa situada junto à rotunda do Catulo, em S. Martinho de Bougado. pub


16 Atualidade

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Urbanização Nova festejou os Santos Populares

Marchas populares foi o ponto alto do arraial Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

ASAS (Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso), na valência do Centro Urbanização Nova, em S. Comunitário da Trofa, e a CâmaMartinho de Bougado, assina- ra Municipal da Trofa a assinalalou os festejos dos Santos Po- rem a época festiva dos Santos pulares com um arraial, que Populares, com a realização de se realizou na sexta-feira, 28 um arraial. de junho. Aceitando o desafio, os moradores começaram os preparaOs moradores da Urbaniza- tivos, ensaiando as coreografias ção Nova, em S. Martinho de das marchas e tratando dos traBougado, foram desafiados pela jes. No dia da apresentação,

sexta-feira, os moradores desfilaram orgulhosos, desde o Centro Comunitário até à Urbanização Nova, onde as ruas estavam todas decoradas a preceito. Depois do desfile das marchas, de muitas palmas e fotografias para captar o ambiente de festa, seguiu-se uma atuação descontraída do grupo musical “Os Clave”, convidando todos a dançar ao som de canções populares. A “alegria e boa-disposição” imperou, mantendo-se esta festa com “um ambiente acolhedor e familiar, revitalizando as tradições locais”. Segundo Natércia Rodrigues, coordenadora técnica do Centro Comunitário da Trofa, os moradores “empenharam-se nesta organização”, criando “um espírito de entreajuda e união, deixando transparecer o orgulho de receber a comunidade trofense naquela que é a sua casa”. Quem não teve a oportunidade de assistir aos desfile das Marchas Populares, pode vê-los no sábado, 6 de julho, na ExpoTrofa, onde vão atuar pelas 20.45 horas.

Detido em flagrante com álcool e sem habilitação Durante o patrulhamento pela zia sob o efeito de álcool e sem freguesia de Guidões, a Polícia habilitação para a condução. Municipal da Trofa deteve em flaA detenção ocorreu pelas grante um indivíduo, que condu- 23.30 horas de quarta-feira, 26

de junho, quando os agentes verificaram que um condutor de um ciclomotor, que circulava na Rua 1º de Maio, não tinha o capacete. Ao efetuar a fiscalização, verificaram ainda que o homem, residente em Guidões, não estava habilitado para a condução, uma vez que o título tinha caducado em 1999, e que tinha uma taxa de 1,74 gramas de álcool por litro de sangue. Por essa razão, o homem foi detido e presente a tribunal no dia seguinte, onde foi condenado em julgamento sumário. As medidas de coação aplicadas são desconhecidas. P.P.

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Polícia

Casal burlou idosa em Santiago Patrícia Pereira Hermano Martins

Pensando tratar-se de familiares, uma sénior, moradora em Santiago de Bougado, entregou a um casal de burlões, dinheiro e um cordão de ouro, num valor global de 2150 euros. O relógio marcava 15 horas desta segunda-feira, quando uma senhora, com cerca de 70 anos, foi abordada por um casal, acompanhado por duas crianças, quando se encontrava próxima da habitação, situada na Rua do Outeirinho, em Santiago de Bougado. Num discurso coerente, o casal apresentou-se como sendo seus primos e o elemento feminino, que aparentava ter cerca de 40 anos, terá dito à senhora que estava emigrada em França junto da sua filha, tendose referido ainda ao nome e o local onde estaria emigrada. No decorrer da conversa, o casal contou que a filha da idosa lhes teria pedido para falar com a mãe, para que esta enviasse dinheiro. A septuagenária não desconfiou de nada e, depois de ter ido a casa, entregou-lhes 650 euros em dinheiro e um cordão em ouro, no valor de 1500 euros. No final, tudo não passou de um esquema bem montado pelo casal, que burlou a idosa esta segunda-feira, 1 de julho. O caso está entregue à Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa, que está a investigar. Homem importuna sexualmente duas mulheres Duas mulheres foram importunadas sexualmente por um homem, quando circulavam na via pública. O caso aconteceu na tarde de quinta-feira, 27 de junho. Uma mulher, de 50 anos, seguia, pelas 13.30 horas, na Rua D. Pedro V, em S. Martinho de Bougado, quando um homem,

com cerca de 40 anos, a abordou, apalpando-lhe os seios e colocando-se de imediato em fuga apeada. Situação idêntica ocorreu três horas mais tarde, mas na Rua Santa Bárbara, também em S. Martinho de Bougado, quando o homem se aproximou de uma jovem de 17 anos e repetiu a aborbagem. Um dos assédios ficou registado nas imagens de vídeo vigilância de uma das lojas das imediações. As vítimas apresentaram queixas na GNR da Trofa e o caso seguiu para Tribunal. Furtam ferramentas e tampas metálicas Duas aparafusadoras, uma lixadeira e duas rebarbadeiras. Estas foram algumas das várias ferramentas profissionais furtadas, durante a tarde do dia 26 de junho, do interior de um anexo de uma habitação, situada na Avenida de S. Gens, no Muro. Para terem acesso ao interior do anexo, os indivíduos estroncaram uma porta metálica e furtaram as várias ferramentas profissionais, no valor global de 4500 euros. Já durante o dia 21 de junho, foram furtadas seis tampas metálicas das condutas da Portugal Telecom, que se encontravam na Rua das Camélias, em Alvarelhos. O furto está avaliado em 1100 euros. GNR deteve cinco infratores Na última semana, a Guarda Nacional Republicana da Trofa deteve uma pessoa por conduzir um ciclomotor sem habilitação, outra por posse ilegal de arma branca, uma por desobediência à autoridade, por conduzir um veículo apreendido e dois por conduzirem sobre o efeito de álcool. Estes últimos conduziam um ciclomotor e apresentavam uma taxa de 1,7 e 2,13 gramas de álcool por litro de sangue, respetivamente.


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Atualidade 17

Apresentação de livro assinalou centenário de Álvaro Cunhal Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Câmara Municipal da Trofa assinalou na sexta-feira, 28 de junho, o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, com a apresentação do quarto fascículo de “Obras Escolhidas” do fundador do Partido Comunista Português (PCP). “Uma personalidade com múltiplas facetas de artista, da teórica, da literatura e das artes”. É assim que Álvaro Cunhal é visto por Francisco Melo, diretor da Editorial Avante e “organizador, prefaciador e anotador” das suas obras. No âmbito das comemorações do cen-

tenário do nascimento de Álvaro Cunhal, Francisco Melo deslocou-se até à Casa da Cultura da Trofa para apresentar o quarto volume de “Obras Escolhidas” do fundador do PCP, publicado recentemente. Este livro é composto por um conjunto de textos entre os anos de “1967 e 1974”, período que compreende o “fascismo”. “Este livro é extraordinariamente importante, porque abrange o período da transição do salazarismo para o marcelismo, quando, em setembro de 1968, Marcelo Caetano salva o poder”, declarou. Sendo o marcelismo considerado uma época de “grandes polémicas por parte dos historiadores”, o quarto volume, que reúne “textos fundamentais desse período”, é “uma contribuição para essas dis- Francisco Melo apresentou livro, que aborda os anos de 1967 a 1974 cussões históricas” sobre “o que foi e o Centenário de Álvaro Cunhal, que tem dique representou o marcelismo”. “As di- namizado “várias iniciativas”. “Isto vem versas forças políticas tomaram posições dignificar a Casa da Cultura e penso que muito diferentes em relação ao Governo foi um sucesso”, mencionou. Inserido nesde Marcelo Caetano. É uma altura de in- tas comemorações, a Casa da Cultura vai tensa luta ideológica e de grande desen- ainda receber, em meados de outubro, volvimento da luta de massas, que culmi- uma exposição itinerante dedicada à vida nou com o 25 de Abril. O livro é fundae obra de Álvaro Cunhal. mental para perceber os antecedentes que O histórico comunista, que nasceu em levaram ao 25 de Abril”, explicou. Coimbra no dia 10 de novembro de 1913, No dia 25 de abril do próximo ano, passou parte da sua infância em Seia, Francisco Melo espera apresentar o quin- mudando-se depois para Lisboa, onde to fascículo, que se refere ao período “pós estudou no Liceu Pedro Nunes e no Li25 de Abril”. ceu Camões. Desde cedo que esteve liO vereador do pelouro da Cultura da gado ao mundo da política com uma inCâmara Municipal da Trofa, Assis Serra tervenção ativa na ação política, na Neves, contou que esta iniciativa foi de- atividade cultural e artística, confiante no senvolvida em colaboração com a Comis- projeto comunista. Morreu aos 92 anos, são Nacional para as Comemorações do no dia 13 de junho de 2005.


18 Região

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Milhares de visitantes na Feira Medieval da CIOR Ao longo de quatro dias, milhares de pessoas fizeram uma verdadeira viagem aos tempos medievais e nas ruas respirou-se animação e entusiasmo graças a uma recriação fiel dos ambientes medievais outrora vividos. Ao longo da praça e dos jardins D. Maria II não faltaram as danças, o tradicional banquete, acrobacias, os destemidos cavaleiros, as belas mouriscas nem o assalto ao castelo, um dos momentos mais aguardas. À semelhança das edições anteriores, a organização contava uma grande adesão por parte dos famalicenses. O evento, que decorreu entre os dias 20 e 23 de junho, superou “largamente as expectati-

vas” da Escola Profissional CIOR e da Câmara Municipal de Famalicão, organizadores da feira. Amadeu Dinis, diretor da CIOR, referiu que, “pela primeira vez, todos os momentos pagos, como é o caso do assalto ao castelo, tiveram lotação esgotada, tendo sido também ultrapassado o número previsto de 120 mercadores presentes na Feira”. No balaço “muito positivo” que fez do certame, Paulo Cunha, vice-presidente da Câmara Municipal, denotou que “o sucesso do evento vem comprovar que este é já um acontecimento marcante da Cultura em Famalicão”, que espera ver repetido ao longo dos próximos anos.L.A. Recriação do assalto ao Castelo foi um dos momentos mais aguardados

Breves

Classicmobilia regressa ao Lago Discount “Uma das maiores mostras de carros antigos a nível nacional”, a Classicmobilia, está de regresso ao Lago Discount, em Vila Nova de Famalicão, nos dias 13 e 14 de julho. Na mostra vão estar presentes “50 expositores, cerca de 30 clubes representados, 20 viaturas clássicas expostas e 150 carros e motas de diversas marcas para venda”. Em destaque vão estar os modelos dos anos 20, 30, 40 e 50 da RollRoyce, Citroën e Ford. Durante a tarde de sábado, os visitantes podem assistir à prova de treino do Motorshow, que conta com “cem dos melhores automobilistas espanhóis e portugueses”. A prova tem início pelas 20 horas, prolongando-se fora do recinto até às 24. Esta é uma organização conjunta entre o Lago Discount, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Associação Amigos dos Automóveis Antigos de Landim, que espera “superar os 15 mil visitantes registados o ano passado”. P.P.

Olaria e pintura em cerâmica no Parque da Devesa A Escola/Oficina do Museu de Cerâmica da Fundação Castro Alves promove ateliês de olaria e pintura em cerâmica a todos os visitantes do Parque da Devesa, para que estes tenham a oportunidade de participar e conhecer mais sobre a arte da cerâmica. Estes ateliês realizam-se todos os sábados do mês de julho, dias 6, 13, 20 e 27, das 10 às 12 horas. A participação nesta iniciativa tem como objetivo suscitar o interesse por este tipo de arte, oferecendo momentos de lazer e criatividade.L.M./C.V.


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Atualidade 19

APVC tem novo presidente “Recentemente, a APVC - Associação para a Proteção do Vale do Coronado, registou uma alteração nos corpos diretivos. Jaime Vieira, eleito em abril presidente da direção, apresentou a sua demissão e André Tomé Ribeiro assumiu o cargo de presidente”. Foi desta forma que a direção da APVC anunciou a alteração do presidente, durante uma reunião, que se realizou no dia 16 de maio, depois da demissão de Jaime Vieira. Sobre a saída, a direção da APVC contou que foi “uma decisão pessoal do associado, tendo sido sugerida pelos associados presentes a reconsideração desta posição”. O processo de eleição do novo presidente decorreu de “forma tranquila”. Os restantes corpos diretivos mantiveram-se, sendo o cargo de presidente “ocupado pelo vice-presidente”. André Tomé Ribeiro, arqueólogo na Câmara Municipal da Maia, sucede a Jaime Vieira e assume o cargo de presidente da associação. O arqueólogo, de 46 anos, contou que descobriu a APVC “em 2007, através da comunicação social”, quando surgiram as “primeiras notícias sobre a possível construção da plataforma logística Maia-Trofa no Vale do Coronado”. Como sempre esteve “interessado nos valores do património natural e cultural”, decidiu tornar-se sócio deste “muito interessante movimento associativo”. “Na minha atividade profissional, realizei o estudo patrimonial do Vale do Coronado na zona em que este se integra no concelho da Maia. A riqueza

patrimonial deste tramo final fez-me percorrê-lo, descobrindo cantos e recantos, fazendo bons amigos pelo caminho. Estavam lançadas as bases para o conhecimento aprofundado e partilhado deste vale, escondido, de terra fértil e humanizado desde há pelo menos cinco mil anos”, referiu. Ao longo do seu mandato é sua “intenção” desenvolver “uma série de estudos”, com o objetivo de “vincar a personalidade da região”. Mas antes, já nos “próximos meses”, a APVC vai proceder ao “registo do património da água” e um “inventário e estudo dos sistemas tradicionais de regadio”, “inventário das espécies arbóreas que façam parte da floresta portuguesa” e registar “todos os caminhos” que vão percorrer, de forma a criar “uma rede de caminhos pedestres”. “Tendo em consideração a importância dos valores que defendemos, teremos as juntas de freguesia de S. Mamede e S. Romão do Coronado como nossos interlocutores primários com a Câmara Municipal da Trofa”, avançou. André Ribeiro considera que a APVC “só será uma sustentada realidade se todos colaborarem e despertarem para a riqueza natural, patrimonial e paisagística do Vale do Coronado”. Nesse sentido, deixa “o convite” à comunidade para “visitarem a sede”, situada na antiga escola primária de Mendões, em S. Mamede do Coronado, e para “consultarem as atividades”, através do blogue http://valedoco ronado.blogspot.pt ou da página https:// facebook.com/valedocoronado. P.P.


20 Atualidade

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Publireportagem

Cursos para Jovens no CICCOPN A Formação Profissional é um caminho para melhorar a qualificação dos Jovens. Numa conjuntura em que a integração no mercado de trabalho se revela cada vez mais difícil, este tipo de formação começa a deixar de ser encarado como uma alternativa para se assumir como uma solução. Os cursos de qualificação profissional do CICCOPN possuem uma forte componente prática, que aposta no desenvolvimento de competências de saber-fazer, vocacionando os jovens para áreas de trabalho específicas. A forte ligação do CICCOPN às empresas do setor da construção, maioritariamente associadas da AICCOPN, fortalece a ligação ao mercado de trabalho, nomeadamente através da realização de estágios. O CICCOPN dispõe de duas modalidades de formação para jovens que atribuem o nível 4 de certificação profissional – Educação e Formação de Jovens e Aprendizagem. Esta segunda modalidade permite ainda a obtenção do 12.º ano de escolaridade (dupla certificação).

Em ambos os casos, os jovens poderão prosseguir estudos a nível superior. Os cursos integrados nestas modalidades são gratuitos e financiados pelo Fundo Social Europeu e Governo Português, ao abrigo do POPH e do QREN. O CICCOPN garante também aos seus formandos uma formação de excelência para o setor da Construção Civil e Obras Públicas, ao nível dos métodos e meios pedagógicos utilizados e ministrada por um corpo docente com experiência no setor, e disponibiliza ainda excelentes instalações, tanto para a formação teórica como para a formação prática. Como habitualmente, o CICCOPN encontra-se disponível para receber os candidatos e os seus familiares para quaisquer esclarecimentos ou mesmo uma visita às instalações. Para conhecer o plano de formação disponível para o próximo ano letivo e para efetuar a inscrição num curso, verhttp:// www.ciccopn.pt/jovens/jovens.asp. CICCOPN – Um futuro com bases CICCOPN garante uma formação de excelência para o setor da Construção Civil sólidas! pub

Região

Município famalicense aposta na educação A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão divulgou às comunidades educativas locais os projetos que visam reabilitar os edifícios escolares nas freguesias de Lousado, Bairro, Oliveira Santa Maria e Gondifelos. O investimento final ultrapassa os 2,7 milhões de euros. As intervenções agendadas estão enquadradas no plano de requalificação do parque escolar que a câmara vem desenvolvendo há vários anos sendo que, até hoje, já foram recuperados cerca de 60 edifícios escolares. pub

Para o presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, este “é um esforço que vale a pena, porque é justo que todos os meninos e meninas famalicenses, sem exceção, tenham as mesmas condições de ensino”. As novas escolas deverão estar prontas para receber os alunos no arranque do ano letivo 2014/2015, no entanto, enquanto as obras decorrerem, as aulas são lecionadas em salas cedidas por instituições sociais situadas na proximidade das escolas requalificadas. L.A


4 de julho de 2013

Departamento de formação do Trofense termina temporada com churrasco Centenas de jovens, treinadores e dirigentes juntaram-se num churrasco para assinalar o fim de mais uma temporada. José Vaz conheceu o Clube Desportivo Trofense com sete anos. Agora na maioridade, o atleta despede-se do emblema que carregou na camisola por mais de uma década, percorrendo os vários escalões jovens. O “orgulho” de representar o Trofense justifica-se na convicção de que o clube “está entre os melhores a nível nacional”, no que respeita ao departamento de formação. Na hora de despedida, que aconteceu num churrasco que serviu de festa de final de temporada, no estádio, ao fim da tarde de sexta-feira, José Vaz deixou uma mensagem aos que ficam: “Dediquem-se e desfrutem a jogar futebol”. Este e alguns jogadores que atingem o limite da idade no escalão de juniores começam agora uma nova fase das suas vidas, que pode passar por continuar a jogar futebol. José Vaz já começou a procurar clube, mas há outros que vão encostar as botas e seguir outros trilhos. A festa foi promovida pelo departamento de formação do Trofense, que não queria deixar de assinalar o fim de mais uma temporada de trabalho e empenho junto dos jovens. Desta vez, e ao contrário do que já aconteceu, a iniciativa foi contida e “ao encontro à realidade” que Portugal vive. E mesmo mais poupada, a festa só foi possível realizar-se com “a colaboração” de várias entidades e empresas, admitiu Manuel Wilson, responsável do departamento. Assim como aconteceu para esta atividade, as camadas jovens necessitavam de ajuda para melhorar as condições do complexo desportivo, em Paradela. Manuel Wilson alertou para o facto de os campos sintéticos estarem “há três anos sem manutenção”, um “risco” que, segundo o responsável, pode obrigar a substituir os pisos “dentro de um ano”. “Já pedimos um par de orçamentos que rondam entre os 15 e os 20 mil euros. Neste momento, não temos condições para custear essa manutenção, pelo que a ajuda de todos os trofenses era muito importante”, sublinhou. Para além dessa “pedra no sapato”, o departamento sonha ainda com a colocação de uma bancada no complexo desportivo: “Se fosse coberta, sabemos que iríamos ter muito mais gente a acompanhar as nossas equipas. A ausência de bancada é o principal fator para que as pessoas não se desloquem ao complexo”. Apesar das dificuldades financeiras, as camadas jovens conseguiram concluir os respetivos campeonatos, muitas delas em competições de topo, ao nível nacional, como os juniores, juvenis e iniciados. Na festa, os responsáveis do clube aproveitaram para distinguir 62 jogadores de todos os escalões, assim como os treinadores e diretores e homenagear “todas as esposas e mães” dos elementos do departamento, que “as deixam e tiram tempo ao convívio familiar para ir para o complexo”, sublinhou Manuel Wilson. O responsável do departamento de formação quis ainda “agradecer” ao coordenador Jorge Maia pela “dedicação” e “competência”. “Sem ele, o departamento de formação não funcionaria tão bem como funciona”, rematou.C.V.

Desporto 21

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Bilhar do Clube Slotcar no pódio na final do Algarve A equipa de bilhar do Clube Slotcar conseguiu o 3º lugar na final que se realizou em Albufeira. Esta sexta-feira, 6 de julho, começa mais uma Lan Party, no pavilhão dos Bombeiros. A cidade de Albufeira, no Algarve, foi, este fim de semana, palco da fase final de “uma das maiores competições de bilhar no circuito não federado”, que envolveu “mais de 250 equipas de todo o País”. A equipa do Clube Slocar da Trofa, constituída por Filipe Cruz (Briguel), Victor Andrade, Paulo Sousa (Polux), João Costa (Cenoura) e Rui Pinho, obteve uma “excelente prestação na fase de grupos” e foi uma das “16 equipas” a conseguir o apuramento para a final, onde se disputou o título de campeão. A prova decorreu “de feição” para os trofenses, que foram “vencendo jogos atrás de jogos” até chegar às meias-finais, onde foram “travados” pela formação A.M. Pool da Maia, que se sagrou campeã. Já a equipa trofense ficouse pelo 3º lugar do pódio. João Pedro Costa, presidente da coletividade, estava “satisfeito” com “o fantástico resultado” e “um excelente prémio, com o mérito acrescido de que são todos trofenses que sentem a sua terra e o clube”. Lan Party do Clube Slotcar no pavilhão dos bombeiros “Cerca de uma centena e meia de participantes e muitos espectadores”. Estas são as perspetivas da secção de videojogos do Clube Slotcar da Trofa para mais uma edição da Lan Party, que, desta vez, tem como palco o pavilhão polivalente da Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT). A “maratona” começa no final do dia de sexta-feira e prolongase até à madrugada de sábado, onde jogos como o FIFA 13, League Of Legends (LOL) e Counter Strike 1.6 (CS) darão expressão à modalidade de videojogos, num recinto que será também ocupado por “muitos jovens aficionados do jogo de cartas Magic” e “convidados especiais”. Além disso, no local também estará montada uma pista de slotcar. A ideia deste evento surgiu integrada na 6ª edição das 24

Horas de Slotcar da Trofa. “Aproveitando toda a logística montada para este evento, surge com naturalidade a utilização do fim de semana que antecede as 24 Horas de Slotcar, para dar oportunidade de exibição das outras modalidades que integram o clube”, adiantou o presidente, João Pedro Costa. As 24 Horas de Slotcar da Trofa, “atualmente a maior competição da modalidade em Portugal e uma das maiores da Europa”, decorre no próximo fim de semana, 13 e 14 de julho, contando já com “20 equipas inscritas, seis delas provenientes de Espanha”. P.P.


22 Atualidade

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Início dos trabalhos com pensamento na tranquilidade Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Equipa do Trofense começou a trabalhar para conseguir uma época tranquila. Plantel ainda não está fechado. Tranquilidade. No mundo do futebol, esta palavra relembra episódios passados em Lisboa, quando Paulo Bento comandava o Sporting. Na época que começou, parece que foi adotada pelas hostes trofenses. Presidente, treinador e jogadores em sintonia, repetem-na para vincar o objetivo da temporada: garantir a manutenção sem sobressaltos. Os trabalhos para a nova época começaram na segunda-feira, 1 de julho, com um grupo já numeroso, que tenta aliar a experiência de jogadores como Tiago e Hélder Sousa com a ambição e irreverência dos mais novos, alguns deles prestes a

Trofense iniciou trabalhos a 1 de julho

começar uma experiência no futebol profissional. Com eles, também Luís Diogo Campos se estreia como treinador principal. Seguindo os “critérios” do “próprio projeto do Trofense”, o técnico decidiu escolher jogadores que considerou serem capazes de “conciliar a qualidade com a

vertente financeira”. “O importante é que estes jovens jogadores mostrem que, apesar de virem de divisões inferiores, têm capacidade para atingir este patamar. Tentamos dar o máximo equilíbrio ao plantel, mas temos jogadores que, apesar de serem novos, já têm alguma maturidade”,

sublinhou. Luís Diogo admitiu que o grupo está a ser construído tendo em conta a extensão da 2ª Liga (42 jornadas) e a participação na Taça da Liga e espera que “até à próxima semana”, o plantel esteja fechado. O grupo terá entre “26 a 28 jogadores”, revelou o

presidente do clube, Paulo Melro, que assegurou que estão a ser integrados “jogadores de qualidade, sejam eles mais novos ou não”. “Há um misto de experiência que transita do plantel do ano passado, ao qual acrescentamos valor com jovens irreverentes, que rapidamente se vão integrar, porque o espírito é bom e a equipa técnica também está identificada com o projeto”, frisou. De Grândola chegou João Jesus. Apesar de ter jogado futebol amador na 1ª Divisão Distrital de Setúbal, no Grandolense, o avançado deu nas vistas com os 28 golos marcados em 22 jogos. Na primeira intervenção com a camisola do Trofense, foi contido, prometendo “muito trabalho” e “dedicação”. Como principais obstáculos à integração no campeonato, Jesus antevê “um ritmo bastante mais elevado” do que estava habituado na divisão de onde vem.


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Segundo Paulo Melro, o orçamento previsto para enfrentar o campeonato “ronda os 800 mil euros” e “está dentro das perspetivas de receitas para passar um ano tranquilo”. “Nele também já está contemplado algum esforço financeiro para dar cumprimento às dívidas do passado”, acrescentou. Ao contrário da temporada passada, o Trofense conseguiu cumprir os pressupostos para a inscrição da equipa com serenidade, uma etapa conseguida graças “à existência de uma direção, que deu estabilidade para, mais cedo, começar a perceber os requisitos exigidos”. O primeiro jogo de preparação do Trofense está marcado para o dia 10 de julho, às 17 horas, com o Leixões. O jogo de apresentação do Trofense acontece a 21 de julho, uma semana antes da primeira partida oficial, para a Taça da Liga. Novos moldes da 2ª Liga ajudam a reduzir custos A partir da época 2014/2015, a 2ª Liga vai ter novos moldes, ficando dividida pela zona Norte e Sul. Cada série terá 12 clubes que, até ao Natal, lutarão pelos seis primeiros lugares da série para ter acesso à segunda fase e discutir os lugares de subida e o título de campeão. Os seis últimos de cada uma das zonas vão lutar pela manutenção. Paulo Melro considera que “numa pri-

meira abordagem”, a mudança parece “favorável” para “a competitividade”, graças “à proximidade dos cubes que estarão na primeira fase”. “Relativamente à segunda fase, ainda estamos um bocadinho por descobrir, porque vai depender de quem fica apurado”, frisou. No entanto, ressalvou, “na opinião desta direção era preciso mudar alguma coisa, e julgamos que este será um caminho para ganharmos adeptos, espetáculo e, principalmente, reduzirmos custos”. Márcio chega do Brasil

Entretanto, o Trofense garantiu a chegada de mais um jogador. Márcio, de 20 anos, é defesa central e chega à Trofa através de uma parceria do clube com a empresa brasileira Kourusport. O último clube do atleta foi o Independente de Limeira.

Reforços já garantidos Da esquerda para a direita; em cima: Adrien Buetas (guarda-redes, 24 anos, U.E. Vic, Espanha), Dennis Nieblas (defesa central, 22 anos, ex-Masnou, Espanha), Aitor Nisa (médio, 19 anos, ex-Masnou, Espanha), João Jesus (avançado, 23 anos, ex-Grandolense), Neves (médio, 24 anos, ex-Clube Caçadores das Taipas), Dani (extremo, 20 anos, ex-Vianense) e Tiago Dias (central, 18 anos, ex-júnior Trofense). Em baixo: Mateus Fonseca (médio, 20 anos, ex-FC Chiasso, Suiça), Rafinha (extremo, 21 anos, ex-Paços de Ferreira), Chico (médio, 19 anos, ex-júnior Trofense), Paulo Monteiro (defesa esquerdo, 22 anos, ex-Famalicão), Bruno Chuca (defesa esquerdo, 19 anos, ex-júnior Trofense), Carlitos (médio, 19 anos, ex-júnior Trofense).

Desporto 23

Luz que salva o mundo PUB

ESTA É A OBRA DE DEUS ESPÍRITO E VIDA ACREDITAI E CONFIAI JO.8.12,23-24,51.C.6.29,63

Para a vida eterna não ser só para alguns, a Jeová pertenceu as saídas da morte. SaL.102.18-20 e 68.20. Para isso Jeová rompeu e desfez o velho pacto concluído com todos os povos, para entrar novo pacto. Is.5.7, 24-26. Za.11.10-11. Mat.21.42-44. Lu.16.16. Is.42.6.C.55.3-4.C.61.8. Assim os fiéis de Jeová são livres de seguir o eterno reino do Pai Celestial no novo pacto. Dan.2.44.C.7.1314,18. Lu.1.33.C.12.32.C.16.16.C.17.20-21. CoL.1.13.2P.2.2. Pe.1.11. Para Jeová remir o povo da morte Os.13.14.is.25.8 e ser conhecido por todos na terra como as águas cobrem o mar disse ao Pai. Eis-me aqui, envia-me, vai. Jo.12.41-47.Is.6.5,89.C.9.6.C.11.9.C.17.7.C.25.8-9.C.40.3-5,9.C.53.1-12.Os.6.23.C.13.14.Jer.31.33-34.Za.2.10-11MaL.1.5.C.3.Jo.1.19-23,2930.Mat.3-3.C.11.2-6.C.27.46.SaL.22. No novo pacto Jeová recebeu um nome que está acima de todos os nomes, nele está a salvação do mundo, sem ele nada se pode fazer. Is.9.6.C.52.6.C.62.2.Za.14.9.Mat.1.21.1Cor.1.2-3.Fi.2.811.At.26.18.C.4.12.Jo.20.31.C.15.5.C.12.45-47.C.3.3536.Ap.22.16.Is.55.3-4. Vivos sempre pela fé no único nome dado por Deus para toda a humanidade, felizes todos disse o Pai os que se refugiam nele, chamado o Deus de toda a Terra. SaL.2.6-9,12. Is.25.8-9. C.35.4. C.40.9. C.54.5,13. Jo.6.45. C.8.51. C.20.27-29. C.1.14. Ap.19.11-13. Tito.2.13. Is.9.6. At.4.12. Só Jesus dá vida eterna aos mortos, e os santifica pela fé no seu nome. Dan.7.18. Jo.20.31. At.4.12. C.16.30-31. C.26.18. 1Cor.1-2. CoL.1.12-14. 1Pe.2.9. Ap.20.6. Jo.5.21-24. C.8.51. C.11.26. C.17.17-19. C.14.6,23. SaL.101.6. Santos filhos de Deus e da luz pela fé em Jesus. Ga.3.26. Jo.1.9-13. C.12.36. Todos herdeiros AT.26.18. da nova terra da felicidade eterna, nela não há mar, morte, dor, tristeza, fome, sede, nem sol. Há rios e árvores da vida, a luz é Deus e o cordeiro e todos os seus fiéis são luz no reino eterno do Pai. Is.33.15,17. 2Cor.12.2-4. Ap.7.9-10,16. C.21-27. C.22-2. Mat.17.2. C.13.43. Todos os mestres religiosos que não ensinam os seus fiéis a fé só em Jesus, bloqueiam com joio o caminho da verdade e da vida. Mat.13.37-42. Jo.14.6. 2Pe.2-2.AP.17.14. Para a fé e a luz da salvação de Deus não chegue a todas as extremidades da Terra. Is.49.6. Lu.2.26-32. Jo.8.12,51 Mat.24.10-14. C.28.1820. Disse Jesus examinais as escrituras que dão testemunho de mim, estais todos cegos. Jo.5.21-24,39-44.Is.42.6-7.Jo.8.12,2324,51.C.9.39.C.10.26-30.Ge.1.26.C.3.22.Deu 18.15,19.Pro.8.2236.Ap.6.15-17. Quem não é por mim, é meu inimigo. Espalha a fé noutros nomes, agradando a Satanás, tirando a fé dos povos em mim. SaL.110.1,5.Mat.12.30.C.13.34-42.Lu.19.27.At.4.12.C.16.3031.C26.18.1Cor.1-3.1Pe.2.9-10.Ef.4.4-5.1Tim.4-2.Heb.10.2631.2Pe.2-2.Ap.17.14.C.20.12-15. É neste século que todos os inimigos do filho de Deus, rei do novo pacto, ficam debaixo dos seus pés, ele é o juíz de todos os povos cara a cara. SaL.50.46.110.1,5. Ez.20.35. C.39.21. MaL.3.5. Mat.7.22-23. Jo.5.21-23. Ap.6.15-17. To d o s o s d a l a r g a e s t r a d a , M a t . 7 . 1 3 . S e rão lançados no fogo a ranger os dentes até ficarem em pó. Ap.20.11-15. Mat.13.41-42. C.21.42-44. Is.33.12. O mesmo sucede à velha e podre Terra. SaL.102.2526. Is.51.6. Ap.20.11. 2Pe.3.7,10-12. Sofonias 1.18. C.3.8. Mar.13.31. C.12.31. Tiago.5.19-20.1Cor.1.27-28.


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4 de julho de 2013

Mais de 300 pessoas na Caminhada Turística Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

“Ponha-se a andar” foi a iniciativa desenvolvida pela Associação Recreativa Juventude do Muro que, no domingo, 30 de junho, levou mais de 300 pessoas a caminhar na freguesia. Pouco passava das 9.30 horas quando foi dado o sinal de partida para a segunda caminhada organizada pela Associação Recreativa Juventude do Muro (ARJM). Com “aproximadamente oito quilómetros” de percurso, “cerca de 330 ins-

critos” e “alguns participantes extra”, que não se tinham inscrito, saíram da sede da associação, junto à Junta de Freguesia do Muro, e passaram pela Capela de S. Pantaleão, fontanários de Gueidãos e de Vilares, continuando pela antiga linha de comboio, “‘ponte da Peça Má’”, Aldeia Nova, antiga estação de CP do Muro e terminando na sede, “antes da hora prevista”. No início decorreu uma “aula de aquecimento”, desenvolvida por um dos parceiros oficiais da iniciativa. José Pedro Lima, presidente da ARJM, fez um “balanço muito positivo” da segunda edição da caminhada turística pela frepub

Câmara Municipal da Trofa EDITAL Nº 52/2013 JOSÉ MAGALHÃES MOREIRA, Vereador da Câmara Municipal da Trofa, no uso de competência delegada por despacho n.º 19/P/09, de 10 de Novembro, da Senhora Presidente da Câmara, publicitado pelo edital n.º 117/09, de 13 de Novembro, com a última alteração introduzida pelo Despacho n.º 59/P/2011, de 27 de Setembro, da Senhora Presidente da Câmara, publicitado pelo edital n.º 86/2011, de 3 de Outubro: Torna público, nos termos e para os efeitos do artigo 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002 de 1 de janeiro, que de acordo com as, deliberações da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de vinte de junho de dois mil e treze e de vinte sete de junho de dois mil e treze, respetivamente, foram aprovados por unanimidade os seguintes Regulamentos Municipais: Regulamento Municipal dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos da Trofa; - Regulamento Municipal de Publicidade; - Regulamento Municipal de Ocupação do Espaço Público com Mobiliário Urbano; - Regulamento Municipal de Licenciamentos Diversos. Os regulamentos em causa encontram-se disponíveis, para consulta, na Divisão Administrativa da Câmara Municipal da Trofa, bem como na página da Internet, no sítio www.mun-trofa.pt. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital, e outros com igual teor, que vão ser afixados no átrio dos Paços do Município e demais lugares de estilo, pelo período de 15 dias, publicado nos Jornais Regionais editados na área deste Município, bem como enviado às Juntas de Freguesia deste concelho. E eu, Carlos Abel Almendra Frias Vieira, Chefe da Divisão Administrativa, o subscrevo. Sede do Município, 03 de julho de 2013. O Vereador com competência delegada por despacho n.º 19/P/09, de 10 de Novembro, da Senhora Presidente da Câmara, publicitado pelo edital n.º 117/09, de 13 de Novembro, com a última alteração introduzida pelo Despacho n.º 59/P/2011, de 27 de Setembro, da Senhora Presidente da Câmara, publicitado pelo edital n.º 86/2011, de 3 de Outubro. Ass: José Magalhães Moreira, Dr.

Calor foi um dos obstáculos que caminheiros enfrentaram

guesia do Muro, apontando como “o único inconveniente o calor muito intenso”. De resto, a atividade foi “um sucesso”, tendo sido “tudo cumprido”. Na primeira edição, que se realizou o ano passado, a associação recolheu “um feedback muito positivo” e este ano “aumentou”. “As pessoas gostaram ainda mais, toda a gente adorou, só se queixaram do calor, mas isso é um fator que não podemos controlar. Penso que a nossa logística amadora funcionou em pleno”, denotou. “Infelizmente”, a ARJM “não tem recursos humanos” para realizar o evento “muitas vezes” ao longo do ano. No entanto espera “continuar” a desenvolvê-lo no próximo ano.

A “verba angariada” com os patrocínios vai ajudar a associação a “suportar todas as atividades da associação, nomeadamente as quatro equipas” que tem a competir, “duas federadas, o que envolve muitos gastos”, e duas concelhias. Um apoio que também ajuda na “manutenção dos espaços, como a sede, o ginásio à beira do cemitério e o parque de jogos”. Já o “valor das inscrições não cobriu os gastos com a compra das t-shirts, os quadros de estampagem e a água”. José Pedro Lima agradeceu aos “proprietários dos terrenos por, gentilmente, terem cedido a passagem” e a “todos os patrocinadores que apoiaram este evento”.


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Desporto 25

Aquaplace com atividades para os jovens A Academia Municipal da Trofa, Aquaplace, dispõe de uma série de atividades para todos os jovens trofenses que estejam em período de férias escolares, para os manter ocupados nos tempos livres. Desportos radicais, jogos de rua, parques aquáticos, desportos de natureza, ateliês de artesanato e muitas outras surpresas estão a decorrer desde 1 de julho até ao dia 26.

As inscrições podem ser feitas na receção do Aquaplace e estão limitadas a 30 crianças por grupo, um dos seis aos dez anos e outro dos 11 aos 15 anos. Com estas atividades, a Academia Municipal da Trofa “promete aliar a prática do exercício físico a hábitos de vida saudável junto dos mais pequenos”, afirmou fonte da Câmara Municipal da Trofa. L.M./C.V.


26 Desporto

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200 pedalaram junto à estação

Cerca de 200 atletas pedalaram durante três horas

Estação da CP da Trofa acolheu o pré-tour de spinning, que se realizou no domingo, 30 de junho. O som de música ecoava pela zona envolvente à estação da CP da Trofa. Fernando Andrade e os instrutores do Team Aquaplace, composto por Pedro Tedim, Ricardo Silva, Fernando Barradas e Martinho Padrão, puseram à prova os “cerca de 200 atletas”, que, durante três horas, pedalaram nas bicicletas spinner. Esta foi a terceira pré-tour de spinning, que servia de “preparação para as 24 horas despinning”, que este ano tem lugar na baía de S. Martinho do Porto. Para Dino Pedras,master instructor de spinning, o evento foi

“um sucesso” e o balanço só poderia ser “excelente”. “Se tivesse que dar uma nota de um a dez, daria 20, porque realmente as pessoas aderiram em massa, o ambiente estava extraordinário, com muita energia positiva. Realmente está a ser uma experiência única”, afirmou, referindo que espera que no próximo ano a prova volte a realizar-se na Trofa. Além dos participantes que vieram dos “vários pontos do País” e de “vários ginásios e instituições que desenvolvem e trabalham o spinning”, nomeadamente da “Figueira da Foz, Lisboa, Alcobaça, Leiria, Coimbra e Castelo Branco”, muitos curiosos assistiram à prova e questionavam os responsáveis sobre o que era esta modalidade e que “be-

nefícios” tem “ao nível da saúde física e mental”. Para Dino Pedras, foi uma “oportunidade de participar e ter uma voz ativa no desenvolvimento dos hábitos saudáveis no concelho da Trofa”. A Câmara Municipal da Trofa e a Academia Municipal Aquaplace associaram-se a esta iniciativa, com o intuito de “promover hábitos de vida saudáveis, difundindo os benefícios da prática desportiva regular e divulgando ainda a modalidade de Spinning, quer a nível nacional, quer a nível concelhio”. As 24 horas de spinning é, para Dino Pedras, o “evento mais mediático” em Portugal, por ter “dimensão internacional”, onde “normalmente estão entre quatro a cinco masters trainers que vêm de outros países para Portugal para darem aulas, trazendo consigo uma série de alunos dos mais diversos países”. Este ano, a prova conta com masters da “Bélgica, Holanda, Alemanha, Polónia e Eslovénia” e, de Portugal, vão estar os de “instrutores de topo”. Quem também estará a representar Portugal será o professor do Aquaplace, Mário Duarte, que faz parte da National Team. P.P.

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Opinião 27

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4 de julho de 2013

Crónica : Medicina “alternativa” TERAPÊUTICAS NÃO CONVENCIONAIS Caros leitores, é assim que a Lei 45/2003 define aquelas que a maioria conhece como medicinas “alternativas”. O termo “complementares “é mais correto, embora não traduza a realidade da prática da Medicina, seja ela qual for, em Portugal. Há um reconhecimento generalizado na comunidade médica e científica liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a utilidade e eficácia das Terapêuticas Não Convencionais (TNC). Para otimizar estas relações interprofissionais está para breve a definitiva e muito bem-vinda regulamentação das ditas TNC onde se procura trazer à luz da lei uma clara compreensão do que estas terapêuticas são, quem são os seus profissionais, o que fazem, e que utilidade podem ter na procura do bem-estar de todos. A lei reconhece desde 2003 a acupuntura, a fitoterapia, a osteopatia, a quiropraxia, a homeopatia e a naturopatia como terapêuticas de legítimo interesse para os cuidados de saúde da população. A Acupuntura, que será porventura a mais conhecida e difundida, é maioritariamente praticada por profissionais como eu, formados em Medicina Tradicional Chinesa, e faz parte também das competências que podem ser atribuídas pela Ordem dos Médicos aos seus membros. Embora sejam praticadas sobre princípios e com objetivos diferentes pelas duas profissões consistem ambas em usar agulhas de metal em determinados pontos do corpo com o objetivo de tratar doenças e seus sintomas. Tendo como base esta técnica, os profissionais que não sendo médicos a utilizam, serão assim chamados de acupunctores. Deve-se lembrar que os ditos acupunctores não usam só as agulhas para tratar como também reconhece a lei. Podem usar terapia manual, prescrever preparados fitoterápicos (produtos naturais à base de plantas), fazer aconselhamento dietético e prescrever exercícios terapêuticos. A Fitoterapia é toda a terapia que envolve o uso de plantas aplicadas sobre várias formas desde pílulas e comprimidos, extratos solúveis, gotas, óleos e bálsamos naturalmente com o objetivo habitual. É usada tradicionalmente por vários profissionais das TNC, fazendo parte do seu arsenal terapêutico e naturalmente pela medicina convencional que a emprega desde sempre. A Osteopatia e a Quiropraxia são sistemas de tratamento que empregam basicamente o uso de técnicas manuais, normalmente usadas para o tratamento de problemas musculares e articulares. Não são a única área em que são úteis, tem um potencial terapêutico bem mais amplo, mas para melhor ilustrar o leitor digamos que são aqueles que põem os “ossos no sítio”. Osteo é osso e quiropraxis quer dizer feito à mão. A Homeopatia assim chamada porque usa algo igual (homeo) à doença (pathos) para tratar, é um sistema terapêutico que usa diluições muito grandes de uma determinada substância que ingerida em quantidades grandes provocariam a própria doença que se propõe tratar. Para se entender o conceito podemos tomar como exemplo as vacinas. A vacina usa a substância que provoca a doença, um vírus “adormecido” por exemplo, que não faz adoecer a pessoa mas “ensina” o corpo a combatê-la, criando os chamados anti-corpos. Assim se o corpo for invadido por quantidades suficientes para causar doença pelo mesmo vírus, já sabe como atuar. Esta terapia é bastante difundida no resto da Europa e no Ocidente e o seu campo de ação é vasto sendo utilizado em virtualmente em todas as doenças. Por último temos a Naturopatia. A Naturopatia é a medicina integrada das medicinas alternativas. Ou seja, o naturopata usa a acupuntura, a fitoterapia, a osteopatia, a homeopatia e a dietética para tratar. Embora as suas origens e a base da sua prática se reportem essencialmente, à ideia do pai da Medicina, Hipócrates faz do teu alimento teu remédio e de teu remédio teu alimento, sendo uma terapia que envolve a dietética como terapêutica central, o naturopata usa para o efeito todos os meios ao seu dispor. Espero com esta exposição ter esclarecido algumas ideias que possam surgir sobre a temática das Terapias Não Convencionais. Use o email abaixo indicado para fazer as vossas perguntas sobre o tema Terapêuticas Não Convencionais e procurarei responder a todas que chegarem. Fernando Barros - fernandoxbarros@gmail.com Mestrado em Medicina Tradicional Chinesa pelo ICBAS-UP Presidente da Sociedade Cientifica de Medicina Tradicional Chinesa

«…E até mortos vão a nosso lado.»

Do poema «Jornada» de José Gomes Ferreira O ministro caiu. Demitiu-se. Já há oito meses atrás tinha chegado à conclusão de que não tinha credibilidade, que falhara nos objetivos, nas previsões, na sua política. Já pedira a demissão por duas vezes. Alguém o andou a aguentar e à sua política no governo durante este tempo. Quem? Porquê? No passado dia 27 de junho realizou-se uma grande greve geral, sobretudo no sector público. De alguma forma, entre outros resultados da greve, como por exemplo saber-se que há gente, que apesar de perder um dia de salário, se indigna, protesta, luta por este país, acredita em Portugal e nos portugueses, aconteceu outro: Gaspar demitiu-se, o ministro caiu. Também no passado dia 27 de junho ter-se-á realizado, provavelmente, a última assembleia de freguesia, antes da inevitável retoma da independência e da autonomia que um dia acontecerá, quiçá brevemente, na minha freguesia: Guidões. O presidente da junta, Bernardino Maia, de forma emotiva e genuína, elogiou as atuações políticas de três pessoas já falecidas que, cada uma á sua maneira e em diferentes tempos, contribuíram positivamente para o debate democrático, para a resolução dos problemas concretos, para uma maior vivacidade na democracia em Guidões. Segundo afirmou, as suas influências marcaram a freguesia desde o tempo que integrava o concelho de Santo Tirso até hoje, fazendo de Guidões a «freguesia mais politizada». Obviamente que fiquei surpreendentemente encantado pela declaração, embora comovido, sendo duas dessas figuras os meus camaradas Arnaldo Ferreira e Augusto Lobo. Mas digo também ter-se tratado de um manifesto absolutamente justo. Provavelmente a história democrática de Guidões e mesmo a história de duas dezenas de anos antes de instalada a democracia, teria sido diferente se esses dois homens não tivessem existido. Eu acrescentaria, e estamos a falar apenas de pessoas que já desapareceram, o nome de Agostinho Ferreira Lopes, outra figura incontornável da história democrática de Guidões dos últimos sessenta anos. A história faz-se sempre mais tarde. E um dia essa história far-se-á. Resta-me uma palavra para o Sr. Presidente. Contou a maioria PS com a oposição da CDU de 1993 a 1997 e de 2005 até agora, na assembleia de freguesia. Uma oposição lisa, sem borbulhas, contundente quando necessária, combatente sempre, proponente às vezes, coerente e consequente, permanentemente. É verdade que ao longo desses anos, foi mais o que nos separou do que o que nos uniu. Mas também é verdade que no grande valor, no mais alto de todos os valores estivemos unidos: o amor à nossa freguesia. Este combate, esta luta pela preservação da freguesia, contra a malfazeja política do PSD e do CDS que agora nos obrigou a agregar com Alvarelhos, extinguindo assim duas freguesias históricas, ao arrepio da vontade do povo, não terminou. A luta prosseguirá comigo, consigo e com todos os outros que se oponham à extinção das freguesias e assim germinará novas vozes, fomentará novos combates, até que a legalidade seja reposta e a freguesia seja devolvida ao seu legitimo proprietário: o povo. Subsiste ainda uma saudação pela sua postura democrática, pela sua aceitação de críticas políticas, pelo seu poder de análise e também, já agora, uma coisa que até é rara em políticos no poder, pela sua capacidade de autocrítica política. Estou a lembrar-me da questão do grande terreno da urbanização de Vilar ou das taxas do cemitério, em que a história veio a confirmar a análise atempada da CDU. Por isso, este abraço na despedida do cargo que desempenha, realçando o muito que nos separa, mas enfatizando sobretudo o essencial do que nos une politicamente e que, consequentemente, não será de adeus, mas de reencontro e de reafirmação na luta pela nossa freguesia e «Aqueles que se percam no caminho Que importa? Chegarão no nosso brado Porque nenhum de nós anda sozinho E até mortos vão a nosso lado.» Guidões, 2 de julho de 2013.

Necrologia S. Martinho de Bougado Santiago de Bougado Marcilio Loureiro Elisa da Silva Pereira Faleceu no dia 28 de junho, com 87 Faleceu no dia 25 de junho, com 81 anos. anos. Casada com Horácio Ramos da Cunha. Viúvo de Maria do Carmo.

José António da Costa Ferreira Faleceu no dia 28 de junho, com 87 anos. Casado com Maria Celeste da Costa Azevedo Martins Ferreira. Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva


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4 de julho de 2013

Trofa de novo no mapa da Volta a Portugal Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

A 10 de agosto, a Volta a Portugal parte da Trofa em direção a Fafe, na etapa que antecede a da subida ao monte da Senhora da Graça. No dia 9, o pelotão também passa por várias freguesias do concelho. Depois de ser palco de uma partida e de uma chegada, em 2011 e 2012, respetivamente, a Trofa volta a participar na Volta a Portugal em bicicleta. A cidade vai protagonizar a partida da 3ª etapa, a mais curta da competição, que antecede a da difícil e, muitas vezes, decisiva subida ao monte da Senhora da Graça. No dia 10 agosto, pelas 13.05 horas, e durante cerca de dez minutos, a caravana percorre as ruas da Trofa, saindo da estação nova da CP. O destino é Fafe e, pela frente, o pelotão tem cerca de 164 quilómetros. Joaquim Gomes, diretor da Volta há dez anos, resumiu a etapa que envolve a Trofa desta forma: “O Gerês vai, mais uma vez, fazer a ponte entre as, teoricamente, etapas fáceis e as de

grande dificuldade. Depois de Santa Luzia, a caravana vai, numa ligação muito movimentada, regressar à animada cidade de Fafe, com os principais protagonistas já com a cabeça na difícil etapa do dia seguinte para a Senhora da Graça”. A Volta a Portugal, que este ano assinala as “bodas de diamante”, começa a 7 de agosto, com o prólogo a acontecer no coração de Lisboa, e uma novidade: discussão em sistema de contrarrelógio por equipas, que não acontecia há vários anos. Meta Volante na Trofa na 2ª etapa Antes de partir da Trofa, a caravana tem duas etapas: a primeira, do Bombarral a Aveiro, com o maior percurso da prova – 203 quilómetros – e a segunda, entre Oliveira de Azeméis e Viana do Castelo (187,9 quilómetros). O percurso da última tem passagem pelo território da Trofa. Ao quilómetro 101 da etapa, o pelotão sai da Estrada Nacional 105 e entra em S. Romão do Coronado e percorre S. Mamede antes de seguir pela Estrada Nacional 14, onde passa pelo

Este ano, a Trofa acolhe a 3ª etapa e é ponto de passagem na 2ª

Muro e Santiago de Bougado. A meta volante estará no centro da cidade, onde na rotunda do Catulo, os corredores terão de virar à esquerda, em direção a Vila do Conde. Depois da 3ª etapa, entre a Trofa e Fafe, a Volta parte de Arouca em direção a Mondim de Basto, até à Senhora da Graça, na considerada etapa “rainha”, com 181,4 quilómetros. Seguemse as etapas Lousada-Oliveira do Bairro (177 quilómetros), Ser-

tã-Castelo Branco (180 quilómetros), Termas de MonfortinhoGouveia (176 quilómetros), Oliveira do Hospital-Seia (166 quilómetros), Sabugal-Guarda (35 quilómetros - contrarrelógio) e Viseu (130 quilómetros). Nesta edição da competição participam 18 equipas: seis de Portugal, duas de França, uma de Espanha, uma da Polónia, uma da África do Sul, uma da Suiça, uma da Rússia, uma dos Estados Unidos da América,

uma do Cazaquistão, uma do Luxemburgo, uma de Itália e uma da Holanda. “É uma Volta a Portugal que, apesar de ter um percurso equilibrado, faz cada vez mais apelo a etapas de montanha e de muita dificuldade. A competitividade é essencial e tem de estar intacta para manter os índices de popularidade. A organização faz tudo o que consegue para tornar este desporto, e em particular a Volta, num grande acontecimento mas, é óbvio que, a partir do dia 7 de agosto, o sucesso estará completamente entregue aos corredores e às opções técnicas de cada diretor desportivo”, referiu Joaquim Gomes. O diretor da prova considera que “independentemente docontexto socioeconómico muito adverso”, há que “lembrar o percurso da história e a Volta, com os seus 86 anos, já viveu muitas dificuldades, mas sempre proporcionou momentos felizes e de grande generosidade”. “Temos o dever de manter esta tradição, impulsionando a modernidade deste desporto que está intimamente ligado ao sofrimento do povo português”, sublinhou.


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