Edição 440

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26 de setembro de 2013 N.º 440 ano 11 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Autárquicas págs 16-25

Candidatos à Câmara em entrevista Festival de Concertinas animou Santa Eufémia

Atualidade pág. 12 Autárquicas págs. 8 e 9

Entrevista aos candidatos a Alvarelhos/Guidões Autárquicas pág. 7

Autárquicas pág. 10

Carlos Martins apresentou candidaturaindependente ao Muro Desporto pág. 28

Seguro na Trofa Bougadense apresentou-se em para apoiar Joana Lima Acidente provocou grave jogo histórico comferido o Trofense


2 Atualidade

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26 de setembro de 2013

Rotaract Trofa tem novo presidente O Rotaract Club da Trofa tem um novo presidente. No âmbito do mês das “Novas Gerações”, assinalado em setembro, houve uma reunião conjunta entre o Rotary, Rotaract e Interact Club da Trofa, que se realizou na segunda-feira, 23 de setembro. O “ponto alto” foi a transmissão de tarefas pela presidente cessante, Ângela Fonseca, para Alberto Fonseca. Neste novo ano rotário que se

Agenda Dia 26

inicia, o agora presidente dará “prioridade à nossa comunidade, em especial aos mais carenciados, quer a nível financeiro, quer a nível de afetos”. De forma a encerrar o ano rotário, o Rotaract Club da Trofa entregou à APPACDM 18 garrafões de cinco litros e 12 sacos plásticos cheios de tampinhas, que foram “recolhidas durante o ano que agora termiAlberto Fonseca (à direita) é o novo presidente do Rotaract na”. P.P.

Oficinas musicais assinalam Dia da Música “Como se chama este instrumento? Que som faz? Como se toca?” Estas são algumas das questões que “mais de 450 crianças do ensino pré-escolar” do concelho da Trofa vão ver respondidas, durante as oficinas musicais “A Fábrica de fazer música”,

que a Câmara Municipal da Trofa vai organizar de forma a assinalar o Dia Mundial da Música. Na próxima terça-feira, 1 de outubro, a autarquia vai levar as crianças ao “encontro da música e de alguns instrumentos musicais”, onde vão aprender

“como se faz a música e como se usam os instrumentos musicais”. Com as oficinas musicais, que decorrem pelas 10, 11 e 14 horas, no auditório da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, a Câmara Municipal “procura sensibilizar os mais

pequenos para a música”. Na promoção desta iniciativa a Câmara Municipal da Trofa conta com a parceria da Banda de Música da Trofa, que será parte importante para promover estas oficinas”, avançou fonte da autarquia. P.P.

“Lugares do Património” discutidos na Casa da Cultura Os “Lugares do Património” na Trofa foram discutidos durante a sessão que pretendia assinalar a edição 2013 das Jornadas Europeias do Património, que tinha como tema “Património/ Lugares: sua proteção e valorização face ao PDM da Trofa”. Desta forma, a Casa da Cultura abriu as suas portas e recebeu na sexta-feira, 20 de setembro, António Charro, da Divisão de Planeamento e Urbanismo da Câmara Municipal da Trofa, e Miguel Rodrigues, da Direção Regional de Cultura do Norte, que abordaram as temáticas “O PDM da Trofa e a Salvaguarda do Património” e a “Salvaguarda do Património Classificado”, respetivamente. Este ano, a autarquia optou

por assinalar as Jornadas Europeias do Património, abordando o “património bem como a sua devida proteção e valoriza-

ção, nomeadamente equacionando a possibilidade de experimentação de uma relação dinâmica do património com os lu-

Casa da Cultura da Trofa recebeu jornadas do Património

Dia 27 18 horas: Comício/Festa Juventude Unidos pela Trofa no Largo de S. Martinho 21 horas: Comício do PS com António José Seguro no Parque Dr. Lima Carneiro com animação de Zé Amaro Dia 28 16 horas: Trofense-Portimonense 21 horas: III Desfolhada à Portuguesa no Ringue de Vilar de Lila em S. Mamede do Coronado Dia 29 8 às 19 horas Eleições autárquicas Dia 01

gares, sujeita à vivência do próprio lugar, sempre potenciadora de distintas possibilidades percetivas”. Assis Serra Neves, vereador do pelouro da Cultura, referiu que “o PDM foi abordado como um instrumento definidor do regime de ocupação, uso e transformação do território municipal, mas que ao mesmo tempo permite conhecer e valorizar o património histórico, assegurando a sua conservação, renovação e utilização adequada, projetando de forma geral, o concelho e a região”. As Jornadas Europeias do Património são uma “iniciativa anual” do Conselho da Europa e da União Europeia, e que envolve “cerca de 50 países”.P.P.

Atualize a sua assinatura Ficha Técnica

20 horas: Jantar/Comício de apresentação da lista Unidos pela Trofa à União das Freguesias de Alvarelhos/Guidões, na Quinta da Azenha, Guidões

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Diana Azevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoria-mente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

19 horas: Comemoração do 14º aniversário dos Meninos Cantores do Município da Trofa, na Casa da Cultura da Trofa

Farmácias de Serviço Dia 26 Farmácia Trofense Dia 27 Farmácia Barreto Dia 28 Farmácia Nova Dia 29 Farmácia Moreira Padrão Dia 30 Farmácia Ribeirão Dia 1 outubro Farmácia Trofense Dia 2 Farmácia Barreto Dia 3 Farmácia Nova

Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


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26 de setembro de 2013

Adelino Maia é o candidato a Alvarelhos e Guidões Cátia Veloso Hermano Martins

Nas listas afixadas nas juntas de freguesia, Adelino Maia substitui Joaquim Oliveira como cabeça de lista da coligação Unidos Pela Trofa à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões. O cabeça de lista da coligação Unidos Pela Trofa, do PSD/ CDS-PP, à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões foi substituído. Joaquim Oliveira deu lugar a Adelino Maia, conforme comprovam as listas que chegaram às juntas de freguesia na segunda-feira. Também a coligação já trocou os outdoors que estão espalhados pelas duas freguesias, surgindo agora Lino Maia e, a seu lado, Joaquim Oliveira. Recorde-se que o Tribunal de Santo Tirso determinou, em agosto, que a coligação indicasse um outro elemento para substituir Joaquim Oliveira como cabeça de lista por considerar que o mesmo era inelegivel por ser presidente de junta há três mandatos.

Por seu lado, o Tribunal Constitucional (TC) não aceitou o recurso interposto pelo mandatário da coligação, a contestar a impugnação do PS à candidatura de Joaquim Oliveira. Recordese que os juízes do TC invocaram um erro processual, justificando que o recurso devia ter sido dirigido, primeiramente, “ao juiz que proferiu a decisão”, ou seja, no Tribunal de Santo Tirso, e “só do despacho que decidir esta reclamação, é que é admissível a interposição do recurso para o Tribunal que se pretende impugnar”. “Tendo o recorrente deduzido logo para o Tribunal Constitucional da decisão de não admissão duma candidatura às eleições autárquicas, sem previamente reclamar da mesma para o juiz que a proferiu, não é este recurso admissível, pelo que o Tribunal Constitucional não pode conhecer do seu mérito”, refere o acórdão número 491. No dia 9 de setembro, deu entrada na comarca de Santo Tirso um auto de recurso em que o mandatário da coligação requeria “a reforma ou aclaração” da

Listas foram afixadas na segunda-feira

Adelino Maia é o cabeça de lista dos Unidos pela Trofa

decisão proferida relativamente à inelegibilidade de Joaquim Oliveira mas as listas acabaram por ser afixadas com a alteração de cabeça de lista. Joaquim Oliveira passa a ser o número nove e Lino Maia toma o lugar de número um. Durante o dia de quarta-feira tentamos, por diversas vezes, contactar Joaquim Oliveira para obter declarações, mas até à hora do fecho desta edição não obtivemos resposta. Numa carta enviada à população de Alvarelhos e Guidões, Joaquim Oliveira refere: “Por razões muito estranhas, o Tribunal de Santo Tirso cometeu erros processuais na minha candidatura e do senhor Guilherme Ramos, a que o nosso mandatário jurídico concelhio é totalmente alheio, tendo o Tribunal Constitucional constatado o erro e validado a candidatura do senhor Guilherme Ramos, estando a minha candidatura ainda não validada”. Joaquim Oliveira escreveu ainda que este processo “representa uma violência” para tudo

aquilo em que acredita, “justiça e equidade entre todos os cidadãos”, e que “neste momento o processo encontra-se na entidade judicial adequada”. E, na “impossibilidade judicial”, de se poder candidatar, Joaquim Oliveira já anunciou o próximo passo: “Tenciono apresentar uma ação contra o Estado Português por

danos e perdas sofridos e de um valor não inferior a um milhão de euros, cujo valor da indemnização reverterá na íntegra a favor da obra em construção do Lar, Centro de Dia e Creche, parada há quase quatro anos por vontade da Câmara Municipal da Trofa, liderada pelo PS de Joana Lima”.

Coligação PSD/CDS não responde a entrevista Na edição desta semana não é publicada a entrevista ao cabeça de lista da Coligação Unidos pela Trofa (PSD/CDS) à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões, Adelino Maia. O questionário foi enviado a todos os candidatos desta União de Freguesias no dia 13 de setembro com indicações de que a entrevista deveria ser remetida a este jornal até à hora de almoço desta terça-feira, dia 24 de setembro. Face à ausência de resposta, enviamos via email, um pedido a relembrar a necessidade de envio da referida entrevista. Às 18.54 horas desta quarta-feira foi contactado o diretor de campanha da coligação, António Barbosa, que informou que a entrevista solicitada não iria ser enviada pela existência de “problemas com a lista”. Assim é da exclusiva responsabilidade da Coligação Unidos pela Trofa (PSD/CDS) a inexistência de entrevista ao cabeça de lista a Alvarelhos e Guidões, Adelino Maia.


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26 de setembro de 2013

Comício do PS em S. Romão do Coronado Patrícia Pereira Hermano Martins

No comício realizado em S. Romão do Coronado na noite de sábado, 21 de setembro, Joana Lima pediu à comunidade que acredite nos projetos dos candidatos do PS. O Largo da Estação, em S. Romão do Coronado, foi palco de um comício do Partido Socialista (PS) da Trofa, cuja animação esteve a cargo de Pedro Carvalho e de Mónica Sintra. A candidata à Câmara Municipal da Trofa, Joana Lima, afirmou que os candidatos pelo PS têm sido “caluniados, desrespeitados, alvo de mentiras e de perseguição”, e pediu que “todos tenham respeito e não entrem na mesma política”, pois “com serenidade, com acreditar e com educação, levando as propostas a cada um dos cidadãos”, vão alcançar “a grande vitória no dia 29 de setembro”. “É por isso que temos esta moldura humana a apoiar-nos, porque sabem que somos diferentes, que estamos próximos de vós e que podem acreditar em nós. É isso que vos quero pedir, que acreditem no José Ferreira, no José Sá, no Antero Castro, no Vítor Rocha e no Assis Serra Neves, que acreditem em todos os candidatos do PS”, declarou. Joana Lima aproveitou para referir que, contrariamente ao que tem sido prometido pelos opositores, “não é possível baixar” a derrama e o IMI (Imposto Municipal sobre o Imóvel), porque “infelizmente, os impostos

Joana Lima pediu à comunidade que acredite nos projetos dos candidatos do PS

são a consequência do endividamento” que o PS “herdou há quatro anos”. “Quando falo em candidatos, refiro-me obviamente ao da oposição que protagoniza a coligação Unidos pela Trofa. Quando diz que vai baixar o IMI ou é irresponsável ou age de má-fé. E se é irresponsável não serve para gerir os nossos destinos e se age de má-fé está a enganar-nos a todos”, asseverou Segundo a candidata, o aumento do IMI também está relacionado com a “alteração da taxa” por parte “do Governo”, que “o passou de 0,4 para 0,5 por cento”, e que “só vai descer se o Orçamento de Estado o ditar”. “Infelizmente, já todos percebemos que, com este Governo, não vai descer coisa nenhuma e com este Governo temos que ser muito claros no dia 29 de setembro. É a altura de dizermos de uma vez por todas basta e darmos-

lhe um cartão vermelho pelos cortes nas pensões sociais, nas questões sociais e também pelo aumento dos impostos que todos temos vindo a sofrer”, apelou. Apesar das “dificuldades financeiras” que diz ter enfrentado ao longo dos quatros anos à frente dos destinos da Câmara Municipal da Trofa, Joana Lima contou que a autarquia entrou num “Programa de Apoio à Economia Local”, fazendo um “empréstimo de 30 milhões de euros para pagar metade da dívida”, que vai começar a ser paga “a partir de novembro” e “durante 15 anos” com uma prestação mensal de “400 mil euros”. “As dificuldades são muitas, mas tem que haver rigor, seriedade, tem que se saber gerir a Câmara da Trofa e nós temos já a experiência suficiente, por isso é que o ano passado tivemos um resul-

tado positivo na administração da Câmara Municipal da Trofa de dois milhões e 580 mil euros. Não é fácil. Todos os dias deparamo-nos com problemas que surgem ainda do passado, mas estamos cá, estamos fortes e vamos continuar à frente do município, a lutar por vós e por uma Trofa melhor”, concluiu. José Ferreira refuta acusações com o “trabalho” Aproveitando o comício, o candidato à União de Freguesias de S. Romão e S. Mamede do Coronado, José Ferreira, lamentou que a equipa que geriu nos últimos quatros anos a Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado tenha sido alvo de “algumas maledicências e infames”, convertendo essas acusações no “trabalho” que desenvolveu, estando satisfeito pela sua equipa ter “praticamente cumpri-

do tudo aquilo que prometeu em 2009”. “O ano de 2009 era ainda um ano de ‘vacas gordas’, como se costuma dizer, e agora não. Nós estamos a atravessar uma crise financeira que nos tem limitado, mas naquela altura o programa foi feito a contar com todos os apoios financeiros e com todas as condições financeiras que hoje não temos”, denotou. Relativamente às acusações que têm sido feitas pela “candidatura dos Unidos pela Trofa”, José Ferreira contrapôs, questionando “onde” Guilherme Ramos “investiu o dinheiro” da venda das sepulturas do cemitério de S. Bartolomeu, afirmando que a construída Casa Mortuária “não foi a Junta que a pagou, mas foi oferecida à freguesia”, contrapondo com o que aconteceu em S. Mamede do Coronado, em que “foi a Junta de Freguesia que a construiu”. O candidato afirma querer “trazer para S. Romão uma dinâmica diferente”, uma vez que em “24 anos de executivo PSD”, Guilherme Ramos apenas tem para apresentar “três obras”, a “Casa Mortuária que foi oferecida à freguesia, a sede de Junta de Freguesia que nem está completa e que foi financiada pela Câmara Municipal e a ASCOR que é uma instituição particular de solidariedade social e que não tem nada a ver com a Junta, pois resultou de um investimento privado. “Vinte e quatro anos para tudo isto? É muito pouco e S. Romão merece mais”, frisou, enumerando que, em quatro anos, a sua equipa “construiu uma casa mortuária”, “inaugurou o cemitério”, “requalificou mais de uma dezena de ruas” e “lavadouros públicos”, “construiu um parque infantil” e é a “única Junta do concelho que tem um Gabinete de Inserção Profissional, para apoiar os desempregados que não recebem subsídio de desemprego”. José Ferreira apela à comunidade para “acreditar” no seu projeto e “não embarque em difamações”, uma vez que o “trabalho está feito e é por aí que vale”.


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26 de setembro de 2013

Guilherme Ramos “ataca” opositores Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Na apresentação da lista que o acompanha nas eleições à União de Freguesias do Coronado, Guilherme Ramos deixou várias críticas aos opositores. No largo do Divino Espírito Santo, Ana Malhoa surgiu vestida de cor de laranja, acompanhada por duas bailarinas, que ajudaram a colorir o concerto que deu para a plateia que segurava bandeiras azuis, salpicadas de palavras brancas, onde se lia: Unidos Pela Trofa, Sérgio Humberto 2013. A coligação do PSD/CDS preparou uma festa em grande para a apresentação da lista que acompanha Guilherme Ramos na corrida à União de Freguesias de S. Romão e S. Mamede do Coronado. O candidato, que fez parte de um grupo de vários autarcas que tiveram que esperar pela decisão do tribunal para saberem que podiam avançar com a candidatura, não foi brando com os opositores do PS e carregou armas, quer contra Joana Lima, candidata à autarquia, quer contra José Ferreira, presidente de S. Mamede e que corre à mesma União de Freguesias. “Os candidatos do PS ao não terem um passado que os possa enobrecer, ao não terem ideias, ao não demonstrarem capaci-

Coligação preparou uma grande festa para a apresentação da lista de Guilherme Ramos

dade para levar por diante o progresso das nossas freguesias, passaram todo o tempo da précampanha a ideia errada que Guilherme Ramos não poderia ser candidato. Quando estamos perante candidatos que nada mais apresentam do que este tipo de disparates, mal das nossas freguesias de S. Romão e S. Mamede, mal do concelho da Trofa”, frisou. Guilherme Ramos, que é o autarca de S. Romão, aproveitou para “fazer comparações” do trabalho desenvolvido, referindo que José Ferreira arrecadou “mais de 200 mil euros” na venda de “cem sepulturas” de um cemitério “que herdou completamente pronto”.

Este valor, somado ao que a freguesia mamedense recebe do Orçamento de Estado e autarquia, foi segundo Guilherme Ramos “na ordem dos 270 mil euros”, que correspondem “ao que resultou da poupança eficaz e permanente em S. Romão, para a recuperação do edifício sede da Quinta de S. Romão (onde funciona a Junta de Freguesia)”. “Em S. Mamede, o que terá sido feito com um valor tao significativo?”, questionou. Em resposta a José Ferreira, que afirmou que a Casa Mortuária de S. Romão foi “oferecida” à freguesia, Guilherme Ramos refutou: “Nada mais falso. A Casa Mortuária foi construída com muito trabalho, determinação e empenho”. As acusações ao opositor subiram de tom, quando Guilherme Ramos afirmou que é necessário acabar com tipo de atitudes como “emprestar” a carrinha da Junta “a amigos que vão para

a pesca à noite” ou “ao empreiteiro” que faz trabalhos na freguesia. O candidato da coligação afirmou ainda que, em S. Mamede do Coronado, “em quatro anos, há mais de 50 mil euros gastos em reparação de viaturas”, que “davam para comprar quatro Dumpers novos”. O candidato também garantiu que, caso seja eleito, não vai acabar com a feira semanal que se realiza em S. Mamede e que “todos os serviços” das duas juntas “continuarão a funcionar” e “os funcionários continuarão a trabalhar”. “Os arruamentos em muito mau estado ou com pouca iluminação têm que deixar de existir, assim como as famílias que não têm abastecimento de água terão que contar com o nosso empenhamento para com estreita colaboração ser encontrada uma solução que lhes resolva o problema”, referiu, acrescentando que o trabalho de carácter

social deverá ser feito em “articulação com as instituições” e que na educação “há condições ímpares para assegurar intercâmbios”. Já para o apoio associativo, Guilherme Ramos considera que, “a melhor resposta passa por encontrar espaços e condições logísticas, que normalmente são mais importante do que um qualquer subsídio”. Já sobre Joana Lima, o candidato da coligação acusou-a de “apenas transferir uns míseros 40 mil euros” para S. Romão, quando, na tomada de posse, “estavam aprovados subsídios na ordem dos 230 mil euros”. “Para as freguesias dos seus camaradas e amigos foi transferido tudo aquilo que estava aprovado e mais algumas deliberações”, frisou. O candidato acusou ainda a autarquia de não ter “anulado os processos” para avançar com o saneamento em S. Romão, S. Mamede e Covelas, para “dar prioridade aos Paços do Concelho” e “à construção de um mamarracho no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, que não vai servir para nada senão para ser um local de marginais e de esconderijo”. “Eu não acredito que alguém vá usar aquele parque subterrâneo para estacionamento”, afirmou. Sérgio Humberto, candidato da coligação à Câmara, também interveio nessa noite para apelar ao voto, garantir que “o saneamento é para construir” e atacar os oponentes. “Enquanto umas pessoas estão preocupadas com faturas e deviam preocupar-se em gerir bem os dinheiros públicos, enquanto algumas pessoas estão preocupadas em dizer mal das nossas ideias, nós continuamos a trabalhar”, asseverou.


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26 de setembro de 2013

Unidos Pela Trofa em comício em S. Martinho Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Nas últimas ações de campanha antes das eleições, a coligação Unidos Pela Trofa gasta os “últimos cartuchos” para convencer o eleitorado. Luís Paulo, candidato à União de Bougado, garantiu ser “um presidente próximo e disponível”. Numa festa/comício realizada junto à rotunda da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, na tarde de domingo, 22 de setembro, a coligação Unidos Pela Trofa, do PSD/CDS-PP, brindou os apoiantes com as músicas populares e modinhas brejeiras de Augusto Canário e Amigos. O cantor animou o palco montado numa das últimas ações de campanha antes das eleições. Luís Paulo, candidato à União de Freguesias de S. Martinho e Santiago de Bougado, apresentou os elementos que compõem a lista e apelou ao voto, garantindo que se for eleito, será “a mesma pessoa” e que “apenas mudará a capacidade de decisão”. “O que disse que faria é o

Luís Paulo apelou ao voto

que realmente farei, a palavra que vos dei será honrada, porque sabem bem, e a minha vida é prova disso, que sou um homem de uma só cara”, frisou. Para o candidato, “nem vale a pena recordar o passado” e que “o futuro é que é importante”. “O nosso futuro vai mostrar a diferença entre o nosso sucesso e o fracasso que foi a política local

nos últimos anos. Estou aqui diante de vós para me comprometer com uma nova e diferente forma do poder local”, sublinhou. Luís Paulo garantiu ser “um presidente de Junta realista, próximo, disponível e dialogante”, com a mesma postura da campanha, baseada “no contacto pessoal e porta a porta”. Sérgio Humberto, candidato

da coligação à Câmara Municipal, afirmou que no dia das eleições, a população vai escolher entre “o caminho de pessoas que não têm competência, não têm projetos, que só querem atacar os projetos da coligação e que estão envolvidas em políticas duvidosas, para chamar trapaceiras”, e “o caminho defendido pela coligação Unidos Pela Trofa, com

ideias, com projetos, que não deixa ficar ninguém para trás, que defende as crianças, os jovens e os idosos e que quer proporcionar a todos os trofenses a melhor qualidade de vida”. O preço da água - ao qual apelida de “negócio da China” para a Indaqua - e o valor dos impostos no concelho têm sido uma das armas utilizadas pelo candidato da coligação PSDCDS. “Nós não queremos um concelho de onde as empresas saem diariamente e que hoje 25 por cento da população ativa está no desemprego. Não foi para isso que lutamos pela nossa independência administrativa”, referiu. Para Sérgio Humberto, a ação social deverá ser um dos pilares da atuação da autarquia. “Nós queremos uma Trofa onde exista emprego, com boas acessibilidades, mais solidária, para que não tenhamos crianças que passam fome e acamados que não tenham uma simples cama articulada”, sublinhou. Esta sexta-feira a coligação termina a campanha eleitoral num Comício/Festa da Juventude no Largo S. Martinho.

Meninos Cantores festejam aniversário Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Arquivo

Meninos Cantores do Município da Trofa comemoram 14 anos a cantar. Durante os meses de setembro e outubro estão abertas as inscrições para entrar no coro infantil. Será a cantar que os Meninos Cantores do Município da Trofa (MCMT) vão festejar o seu 14º aniversário, na data em que se assinala o Dia Mundial da Música. Assim, a Casa da Cultura da Trofa vai abrir as suas portas para receber estes pequenos cantores a partir das 19 horas da próxima terça-feira, dia 1 de outubro. Além de se cantarem os parabéns ao grupo que tem espalhado o seu repertório pelo país e pelo mundo, vão ser apresentados “alguns excertos da obra que vai estrear na altura do 15º

Meninos cantores festejam aniversário dia 1 de outubro

aniversário do Município da Trofa”, a 17 de novembro. A obra escolhida para este ano será uma cantata de natal “Adoro Dezembro” com texto e música de Mário Alves. Uma obra que será gravada “no próximo ano”, lançando assim o “seu terceiro trabalho em CD”. Mário Alves, que se licenciou

em Canto no Conservatório Superior de Música de Gaia na classe de Fernanda Correia e prosseguiu os seus estudos com Gabriella Ravvazzi, já colaborou com os MCMT ao escrever a obra à capela “Amílcar, Consertador de Búzios Calados”, que foi apresentada nas comemorações do Ano de Por-

tugal no Brasil, em 2013. Inscrições abertas a novos membros Com o início de um novo ano letivo, estão abertas as inscrições para futuros membros que queiram fazer parte dos Meninos Cantores. Para entrar para o grupo de pequenos cantores, “basta gostar de

cantar e ter disponibilidade para participar nos ensaios, bem como nas apresentações que possam ter ao longo do ano”. Caso estejam interessados em ingressar neste coro infantil, devem comparecer aos ensaios durante os meses de setembro e outubro, aos sábados entre as 10 e as 12 horas na casa da maestrina Antónia Serra (Rua Dr. Avelino Moreira Padrão, 716, Santiago de Bougado) ou das 17 às 18.30 horas, nas instalações da Associação ASCOR, em S. Romão do Coronado. As inscrições estão abertas durante os meses de setembro e outubro e, quer a inscrição quer a frequência no coro dos Meninos Cantores, “é gratuita”. Para obter mais informações podem fazê-lo através dos números 252 400 090 (Casa da Cultura da Trofa) ou 965 581 952 (maestrina Antónia Serra).


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26 de setembro de 2013

António José Seguro no Parque das Azenhas com Joana Lima Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

O secretário-geral do PS, António José Seguro, esteve no Parque das Azenhas, na manhã de domingo, 22 de setembro, para apoiar Joana Lima. De t-shirt verde – onde na frente se lia “PS Trofa” e atrás “Joana Lima” -, de calças de fato de treino e sapatilhas. António José Seguro não fez por menos e vestiu-se a rigor para percorrer parte do Parque das Azenhas para ajudar a candidata à Câmara na caminhada rumo à vitória nas eleições autárquicas. Na segunda aparição na Trofa, depois do jantar da apresentação da candidatura, o secretário-geral do Partido Socialista mostrou estar em forma ao seguir a passada forte e rápida de Joana Lima. Afinal, as eleições estão aí à porta. Nos últimos metros da caminhada, sem travar o passo, o socialista disse ao NT que apoia a candidata à autarquia, por quem tem “muita admiração”, porque “é uma excelente presidente de Câmara, com um amor enorme à Trofa e sobretudo com uma grande ambição de que a Trofa seja um concelho desenvolvido e que contrarie as políticas de empobrecimento do nosso país”. Questionado sobre se a presença na campanha socialista é a retribuição do apoio que Joana Lima lhe deu nas eleições internas do partido, António José Seguro respondeu: “Não tem nada a ver com isso. Eu sou muito amigo da Joana Lima, que é uma das melhores presidentes de Câmara que o país tem”. Já à chegada, e perante a plateia, reforçou os elogios:

António José Seguro caminhou com Joana Lima

“Mesmo quando fomos colegas no Parlamento, o seu pensamento era sempre na Trofa. Ela podia ter continuado em Lisboa, mas trocou o Parlamento pela Trofa, porque é aqui que faz bem às pessoas. A Joana também deve ter cometido os seus erros, porque só não os comete quem não faz e ela fez muito”. Depois de contemplar a paisagem que o parque oferece a quem por lá passa, seguido por vários apoiantes, António José Seguro não se coibiu de dar um passo de dança à chegada. Assim como na coreografia, o socialista acompanhou o discurso de Joana Lima e mesmo sem querer “falar de política”, não resistiu a referir-se ao Imposto Municipal sobre Imóveis, que na Trofa está na taxa máxima, para acusar “quem criou uma enorme dívida” no concelho. “Agora,

quem está a pagar é a Joana Lima”, sublinhou. E sobre esta questão, António José Seguro referiu as propostas que o PS apresentou no Parlamento, nomeadamente um projeto de lei, que vai ser vo-

tado no dia 3 de outubro, em que propõe a atualização para o valor real das habitações nas finanças, para que “o imposto baixe”. Em contrapartida, para o Governo recuperar as verbas perdidas nesta medida, o PS sugere que

“os donos dos fundos imobiliários, a começar pelos bancos, paguem IMI pelas casas que têm e que nunca pagaram”. Esta caminhada, que também contou com a presença do mandatário para a juventude, o ciclista Daniel Silva, foi mais uma das iniciativas que a candidatura desenvolveu sob o lema do bem-estar. “Esta é uma candidatura que se preocupa com as pessoas, para que tenham espaços aprazíveis para poderem praticar desporto e conviver. Esta obra (Parque das Azenhas) foi realizada por este executivo e é um dos locais mais agradáveis do concelho, por isso quisemos trazer todos os apoiantes desta candidatura”, explicou. À caminhada seguiu-se um piquenique no Aquaplace, onde não faltaram as bifanas e o porco no espeto. Já com o estômago reconfortado, os participantes assistiram à apresentação da lista do PS candidata à Assembleia Municipal, que é liderada por Assis Serra Neves. António José Seguro regressa à Trofa sexta-feira para o comício de encerramento, às 21 horas, no Parque Dr. Lima Carneiro.

Assis Serra Neves é candidato à Assembleia Municipal

Poesia no café regressou com tributo a Camilo Pessanha, Natália Correia e Bocage A poesia de Bocage, Camilo Pessanha, Natália Correia, Nicolau Tolentino, Fernando Pessoa, Camões e outros poetas portugueses invadiram o estabelecimento “O Nosso Café”, situado no lugar de Cidai, em Santiago de Bougado, na noite de quin-

ta-feira, 19 de setembro. Esta foi a primeira sessão da quarta edição da iniciativa cultural “Hoje Vou ao café...ouvir poesia”, que pretende “aliar uma ida ao café com a declamação de poesia”. “Uma sessão de poesia, que concilia um momento de la-

zer com as poesias de autores portugueses que marcaram a sua época e deixaram o seu cunho na poesia nacional”, avançou fonte da autarquia, que aproveitou esta edição para prestar “uma homenagem” a Natália Correia, que “faria anos neste mês

de setembro”. A Câmara Municipal, através do pelouro da Cultura, vai “continuar a promover uma vez por mês, pelas várias freguesias do concelho, momentos de lazer onde se convida a tomar um café e declamar poesia”. “A cada ses-

são, os presentes são convidados a declamarem poesias e o balanço de cada sessão tem sido sempre positivo”, concluiu fonte da autarquia. P.P.


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26 de setembro de 2013

Entrevista a Sónia Moreira, candidata pelo Bloco de Esquerda à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões

“Para mim as pessoas vão estar sempre em primeiro lugar” Caso seja eleita, Sónia Moreira, candidata pelo Bloco de Esquerda à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões, vai ter como prioridade a ação social. O Notícias da Trofa (NT): O que a leva a candidatar-se à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões? Sónia Moreira (SM): Candidatei-me porque acredito na política que o Bloco de Esquerda faz, e a política autárquica é a forma mais nobre de se estar na vida política ativa, onde consigo lutar por tudo aquilo que sempre acreditei na vida política, compreender as pessoas, ajudar na resolução dos seus problemas e lutar por uma matriz de igualdade e solidária. Só assim é possível fazer evoluir Alvarelhos e Guidões. NT: Quais sãos os projetos que vai apresentar para o mandato? SM: Os projetos que apresento são, na área da ação social,

identificar os focos de pobreza e delinear planos locais de emergência social, oferta mensal de cabazes com produtos básicos de alimentação e higiene. Ajudas nos pagamentos de contas da água e luz a famílias comprovadamente carenciadas, criar uma rede de acompanhamento dos mais idosos, retomar as obras do centro comunitário em Alvarelhos, que se encontra parado. No emprego, defendo a manutenção de todos os serviços públicos já existentes e reivindicação de novos serviços públicos como correios ou bancos, criar condições para instalar uma caixa de multibanco em Guidões, criar gabinetes de apoio às PME locais, incubadoras de empresas. Promoção dos produtos oriundos das freguesias. No capítulo das acessibilidades, melhorar os acessos pavimentando as redes viárias já existentes e seu alargamento. Pavimentação do estradão do Sanguinhal (e a sua ligação à

N104 e ao centro das duas freguesias). Manutenção dos passeios e criação de novos onde não existem. Continuar a luta pelo metro à Trofa e pela manutenção de uma estação para esta união de freguesias. Melhorar e ampliar a rede de transportes públicos, melhorando a mobilidade de todos em especial dos mais idosos. Expansão da rede de água e de saneamento. Arranjo urbanístico do largo central em Alvarelhos transformando o estacionamento num espaço verde. Limpeza urbanística mais assídua. Criação de um centro de interpretação do Castro de Alvarelhos. Um novo espaço cultural em Guidões. Criação de uma rede homologada de percursos pedestres e ciclísticos que explore as potencialidades dos espaços verdes. Promoção e valorização das várias festividades locais. NT: Qual o projeto/área prioritário(a) caso seja eleita?

SM: Se for eleita, o projeto mais importante e prioritário vai ser a ação social, porque para mim as pessoas vão estar sempre em primeiro lugar. Devido aos cortes que este governo tem feito, esta deverá e terá de ser a minha primeira prioridade durante todo o meu mandato, responder às necessidades das pessoas.

que seja governado pelo mesmo partido porque quem governa a Câmara deve ter humildade suficiente para saber gerir o seu mandato e valorizar as diferenças. Tanto a Câmara como todas as freguesias pertencem ao mesmo concelho, e serem governados por partidos diferentes não deveria ser entrave para fazer evoluir o concelho. Um autarca que não sabe ser humilNT: Considera importante de, que não sabe lidar com a democracia, que não põe as pesque a Câmara e a Junta de Freguesia sejam governadas soas em primeiro lugar não depelo mesmo partido político? via candidatar-se. Sem democraPorquê? cia e sem pessoas, nenhuma SM: Eu não acho importante obra é possível de realizar-se.

Entrevista a Atanagildo Lobo, candidato pela CDU à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões

“Extinção de freguesias prejudica as populações” Caso seja eleito, Atanagildo Lobo pretende construir as “casas do povo de Guidões e Alvarelhos”.

tores dos eleitos, prejudica as populações, sobretudo os mais idosos, e é um insulto ao passado histórico e aos nossos conterrâneos que já morreram. O Notícias da Trofa (NT): O Com a alteração de forças na que o leva a candidatar-se à Assembleia da República é posUnião das freguesias de Alsível recuperar as freguesias. É varelhos e Guidões? isso que a CDU quer. Na assemAtanagildo Lobo (AL): É bleia de freguesia é necessário este o principal objetivo que pre- não deixar cair esta bandeira. tendemos: conseguirmos a fre- Continuar a levantá-la é fundamenguesia de Guidões de volta e a tal. E nisso a CDU, como em freguesia de Alvarelhos de volta tudo, é única e é de confiança. em oposição à «união/imposição» forçada pelo PSD/CDS contra a NT: Quais são os projetos vontade do povo. É necessário que vai apresentar para o dizer claramente que foram o PSD mandato? e o CDS, com uma lei que aproAL: A construção da «casa varam na Assembleia da Repúbli- do povo de Guidões» que servica, os partidos que extinguiram rá de centro de apoio político, as freguesias de Guidões e administrativo, social, histórico Alvarelhos. A unidade na ação e e cultural à população de Guina luta será possível e até seria dões e a transformação do edidesejável. Por exemplo, unir a for- fício da junta de freguesia de Alça das freguesias para conseguir- varelhos na «casa do povo de mos o Metro, para conseguirmos Alvarelhos» com idênticas a despoluição do Ave. Mas a valências. Ambas serão as fuextinção das freguesias concreti- turas sedes de junta quando rezada pelo PSD/CDS, dá menos conquistarmos as freguesias. 2) força a essa luta, afasta os elei- A repavimentação em asfalto da

estrada principal que liga o Muro a Guidões e artérias afluentes, com melhores condições de segurança, com passeios onde for possível e sinais de proteção 3) Pressão política pela construção do Metro e pela despoluição do rio Ave. NT: Qual o projeto/área prioritário(a) caso seja eleito? AL: A prioridade está na devolução de Guidões aos guidoenses e de Alvarelhos aos alvarelhenses. Dos outros será o projeto dos acima apresentados que reunir as condições políticas, materiais e financeiras para o efeito. NT: Considera importante que a Câmara e a Junta de Freguesia sejam governadas pelo mesmo partido político? Porquê? AL: A Câmara era do PSD e o Governo do PSD e o Metro não chegou à Trofa. A Câmara era do PS e o Governo do PS e o Metro teimou em não chegar à Trofa. Provavelmente se a Câmara fos-

se da CDU as coisas seriam diferentes. Se o governo fosse da CDU, certamente, fosse qual fosse a cor da câmara da Trofa, o Metro já estaria na Trofa. Porque a CDU não cede a pressões. Porque a CDU é honesta na sua coerência e consequência políticas. Com isto penso que respondi à sua pergunta. O que é importante na política é a seriedade, a consequência e coerência. Estamos habituados a que PSD, CDS e PS prometam uma coisa e depois façam outra. Dizem defender aqui uma coisa e em Lis-

boa aplicam outra. Por isso é que muitas pessoas dizem que são todos iguais e desacreditam os políticos. Mas os partidos não são todos iguais. Ao contrário, os eleitos da CDU não buscam no poder privilégios ou benefícios pessoais. Os compromissos são para valer, a palavra dada para respeitar. A CDU e os partidos que a compõem, são sérios, porque são coerentes e consequentes. O melhor pois, é confiar na CDU, pois honrará sempre os seus compromissos, coisa que os outros não fazem.


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26 de setembro de 2013

Entrevista a Vítor Rocha, candidato pelo PS à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões

“A responsabilidade é o que de melhor posso oferecer” Manter os serviços de atendimento abertos nas duas freguesias, concluir o Lar e Centro de Dia de Alvarelhos e implementar um Programa de Apoio às Famílias são alguns dos projetos de Vítor Rocha, caso seja eleito para a União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões.

Assumirei como sempre o fiz, ao longo da minha vida, uma postura responsável, séria e empenhada. Considero ter capacidade e determinação para assumir uma gestão rigorosa e eficaz das nossas freguesias, essencial nos dias difíceis que vivemos, prosseguindo no caminho do desenvolvimento fazendo com que Alvarelhos e Guidões estejam na liO Notícias da Trofa (NT): O nha da frente, comparando semque o leva a candidatar-se à pre com as melhores. União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões? NT: Quais são os projetos Vítor Rocha (VR): Sinto or- que vai apresentar para o gulho pelo bom relacionamento mandato? que tenho com todas as pessoVR: Quando temos objetivos as das freguesias de Alvarelhos há sempre muito a fazer, há seme Guidões e por isso entendo que pre imensos projetos para realitenho condições para estar à zar e a minha ambição é enorfrente dos destinos destas popu- me. Se muito foi feito, muito há lações, para desenvolver um tra- ainda a fazer. Os projetos estão balho sério, quer a nível de es- definidos no nosso manifesto truturas, quer a nível social. Foi eleitoral, dele posso destacar de facto a afetividade, a preocu- alguns exemplos: a implementapação e as ligações que tenho ção de um eficaz Programa de com toda esta gente que me le- Apoio às Famílias, nas áreas da varam a esta candidatura. Can- ação social, ambiente, mobilidadidato-me encabeçando uma de, cultura e segurança. Tudo equipa com experiência, dina- com competência e sustentabimismo, reivindicativa e motivada. lidade. Vamo-nos empenhar na

conclusão do Lar e Centro de Dia; no arranjo urbanístico do terreno da Urbanização de Vilar e dos Casais; tornar o largo da Igreja de Alvarelhos apenas pedonal, salvaguardando apenas situações que o justifiquem; divulgar mais o nosso património; apoiar sem impor o associativismo, reforçando a atividade das coletividades desportivas e culturais; tratar e aumentar os espaços verdes; o trânsito, a saúde pública, a educação o desporto e o lazer, são aspetos do quotidiano em que haverá sempre que intervir. Concluir o abastecimento de água e saneamento em todos os guesias sempre asseadas e preservar o que hoje lhes confere um lugares. valor cheio de futuro: a sua hisNT: Qual o projeto/área tória, a pequena dimensão, a prioritário(a) caso seja eleito? escala humana, a liberdade e o ar puro que se respira. VR: Uma área prioritária é manter os serviços de atendiNT: Considera importante mento abertos nas duas fregueque a câmara e Junta de Fresias, podendo desta forma estar guesias sejam governadas mais perto das pessoas, para pelo mesmo partido político? apoiar sobretudo aquelas que Porquê? mais precisam dos nossos serVR: Considero muito imporviços. O nosso empenho vai tamtante, todos trabalharem com a bém no sentido de concluir o Lar mesma alma e estou certo que e Centro de Dia. Manter as fre-

Projeto 100 mil árvores regressa para a conclusão do Charco na Sardoeira O Projeto 100 mil árvores está de volta no dia 28 de setembro, para dar “continuidade” à conclusão da construção do Charco na Quinta da Sardoeira, em Covelas, “já iniciada no mês de junho”. Com esta construção, a Câmara Municipal da Trofa procura “incentivar a descoberta, a valorização e a investigação dos charcos e a sua biodiversidade”.

A iniciativa, que decorre entre as 10 e as 13 horas, conta com a colaboração da Optimus, o CRE. Porto e a Campanha Charcos com Vida, participando ainda os técnicos da ASVA – Associação de Silvicultores do Vale do Ave. Recorde-se que a autarquia trofense aderiu, em 2011, a este projeto, que é promovido pelo Centro Regional de Excelência

em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto – CRE.Porto. Com a adesão a este projeto, a autarquia tem “reflorestado a zona da Sardoeira, Monte de Paradela e Almoínhas, tendo sido já plantadas mais de cinco mil árvores”. P.P.

Associação Gota d’Água dinamiza campanha alimentar

Pela “primeira vez”, a Associação Gota d’Água lançou uma campanha alimentar, que está a decorrer desde o dia 17 de setembro nos estabelecimentos comerciais de S. Romão do Coronado. Quem estiver interessado em

ajudar deve, até ao final deste mês, deslocar-se aos supermercados “Lidle, Holanda, Rodrigues e Mónica ou às lojas Sandra e Amália” e ao fazer as suas compras, doar bens alimentares que vão ser distribuídos pelos que “mais necessitam” de S. Romão

do Coronado ou de “freguesias vizinhas”. Se preferir pode entregar diretamente os donativos na associação, que está situada na Quinta de S. Romão. “Façam a diferença e ajudem-nos a ajudar”, apela a instituição.

trabalhar com a mesma alma é trabalhar para o desenvolvimento. Quando os partidos na Câmara e na Junta de Freguesia trabalham com sentidos de orientação diferentes, o desenvolvimento pode ser mais moroso. Mas tudo se tem de transformar numa grande equipa passadas as eleições. Estarei pronto para encontrar sempre com responsabilidade as melhores soluções para Alvarelhos e Guidões e de uma forma equilibrada.

Assembleia de freguesia de S. Martinho de Bougado EDITAL Sessão Ordinária 26 de Setembro 2013 Delbarque da Costa Dias, Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia de São Martinho de Bougado: Torna público, que convoca o Plenário da Assembleia de Freguesia, para uma sessão ordinária que se realizará no Salão Nobre da Junta de Freguesia, no próximo dia26 de Setembro com início às 21 horas e 30 minutos, com a seguinte ordem de trabalhos: Período antes da ordem do dia: Votação das atas nºs 19 e 20, de 30/04/2013 e 26/06/2013 Leitura de expediente Período da ordem do dia: Informação escrita do Presidente e situação financeira; Votação da legalização de doação do terreno omisso a favor da APPACDM e delegação de poderes para outorga da escritura, por parte do Sr. José da Costa e Sá; Assuntos de interesse para a Freguesia Período de Intervenção do Público: Mesa da Assembleia de Freguesia de São Martinho de Bougado, aos 18/09/2013 O Presidente Delbarque da Costa Dias


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26 de setembro de 2013

Carlos Martins concorre pelo IPM Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Carlos Martins apresentou recandidatura à freguesia do Muro, liderando um movimento independente. Continuação da requalificação da zona do S. Pantaleão e alargamento do cemitério são duas das propostas para o mandato. A apresentação da candidatura de Carlos Martins pelo movimento Independentes Pelo Muro (IPM) também se fez de sarcasmo e humor. Piadas, coincidentes ou não com a realidade política local, animaram a plateia que marcou presença no Largo da Serra, na freguesia murense, na noite de sexta-feira, 20 de setembro, para a iniciativa que, fiel às festas de campanha, teve música e comida à descrição. Acompanhado pelos elementos da lista, mandatário da candidatura e primeiro subscritor do movimento, Carlos Martins mostrou-se surpreendido com a adesão da população, afirmando que tem “uma gratidão muito grande” para com a freguesia. “Tudo o que lhe possa dar, nunca chega-

rá para aquilo que este povo me deu”, frisou. O candidato decidiu avançar com um projeto independente ao contrário do que fez nos dois mandatos anteriores, em que concorreu pelo CDS-PP. “Quando começam a utilizar a freguesia do Muro para negociar posições ou outras coisas, eu não concordo e não aceito. As pessoas que compõem a lista e outras disseram que podíamos avançar como independentes e aqui estamos”, referiu. A “continuação da 3ª fase da zona envolvente à Capela de S. Pantaleão”, a instalação de equipamentos que contribuam para o bem-estar da população – como um “parque geriátrico” – em “dois terrenos da Junta de Freguesia” e o “alargamento do cemitério” são as principais propostas do candidato para o mandato, sem esquecer “o tradicional calcetamento das ruas que faltam, conforme as verbas disponíveis”. Apesar de avançar como independente, Carlos Martins conta com o apoio do Partido Socialista. “Desde a primeira hora, quando o PS anunciou que não apresentava candidato e que me

Carlos Martins apresentou a sua lista

dava apoio, assim como outros partidos podiam fazer, eu agradeci e aceitei”, afirmou. Por seu lado, o candidato retribuiu e está ao lado de Joana Lima, presidente da Câmara socialista, que se recandidatou. “Ela foi fantástica com esta freguesia durante estes quatro anos. Nunca me mentiu nem hostilizou e se isso tivesse acontecido, garanto que hoje (sexta-feira) ela não estava aqui. Convidei-a pelo carinho e Pub

pela amizade que ela teve com a freguesia e com os murenses”, explicou. Joana Lima esteve presente na apresentação da candidatura do IPM e explicou que o PS entendeu não avançar com uma lista para a freguesia do Muro, porque “quer apoiar Carlos Martins”. “Sabemos que, com ele, o Muro está bem servido. Durante estes quatro anos, trabalhamos de forma articulada, em vez de andar-

mos a puxar um para cada lado”, frisou. Os elementos da candidatura Independentes Pelo Muro também foram apresentados nesta iniciativa. “Não olhei para a cor política de ninguém. Olhei para as pessoas que serviriam os interesses do Muro e convidei-as sem saber de que fação política são, mas todas se mostraram disponíveis”, concluiu Carlos Martins.


Atualidade 11

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26 de setembro de 2013

S. Mamede inaugura lavadouros requalificados e parque infantil Patrícia Pereira Hermano Martins

A Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado inaugurou na tarde de sábado, 21 de setembro, o restauro dos lavadouros de Covêlo e de Casal, bem como o Parque Infantil de Vila. Investimento total ronda os 26 mil euros. Construído em 1963, o lavadouro situado no lugar de Covêlo, em S. Mamede do Coronado, era um espaço de tanques com água corrente, onde as mulheres iam lavar a roupa e aproveitavam para trocar dois dedos de conversa. A Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado decidiu “recuperar” este lavadouro, assim como o que está situado no lugar de Casal. Os restauros foram inaugurados durante a tarde de sábado ao som do Agrupamento Musical Juventude em Força. Da população que esteve presente, houve crianças e

seniores que não resistiram a passar a mão pela água. José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia, declarou que este ato demonstra que o executivo está “atento ao património que tem” e que tem “vontade de o conservar e, sobretudo, de colocá-lo ao dispor da população”. “Isto diz muito daquilo que éramos enquanto freguesia e enquanto comunidade. Os lavadouros públicos foram sempre um local onde as pessoas socializavam e conversavam, sabendo sempre das novidades”, denotou, declarando que fica a faltar o restauro dos lavadouros de Mendões e do Soeiro. E como cada vez mais a “sociedade está muito fechada”, com “as pessoas a prenderemse muito às televisões e aos computadores”, José Ferreira espera que a população comece a “socializar mais”, a “sair de casa, a conviver e a conhecer os vizinhos e as gentes mais próximas”. “Acho que enche de orgu-

O investimento da Junta em cada lavadouro rondou os 12 mil euros

lho a própria freguesia e quem nos visita fica com a imagem de que nós preservamos aquilo que temos”, referiu. O investimento da Junta de Freguesia em cada lavadouro “ronda os 12 mil euros. Durante este dia, foi ainda inaugurado o “primeiro parque infantil da freguesia” no espaço

envolvente à “antiga sede de Junta de Freguesia”, no lugar de Vila. Para José Ferreira, esta inauguração foi “muito significativa e de grande importância” para S. Mamede do Coronado, que passa a ter “um equipamento essencial” ao “dispor das crianças”. Com um investimento “muito

residual”, a rondar os “dois mil euros”, a Junta de Freguesia “requalificou e adaptou” o espaço exterior da antiga sede de Junta, cumprindo “todas as normas” estabelecidas, colocando, “em sintonia” com a Câmara Municipal da Trofa, “os equipamentos” que estavam na antiga escola de Mendões.

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Ter a oportunidade, na nossa vida, de encontrar pessoas verdadeiramente marcantes pela sua generosidade e pelos seus valores é uma grande felicidade. A felicidade de as ter como exemplo a seguir, tentando através das nossas ações atingir a mesma dimensão humana que essas pessoas apresentam. Sou de Guidões e posso dizer que considero esta freguesia uma terra de muito boas gentes. Há um sentimento de vizinhança e entreajuda muito particular, há hospitalidade e familiaridade entre todos. Mas há também locais belos, há uma freguesia asseada, “sorridente” e acolhedora. Não tenho dificuldade em admitir que Guidões é a freguesia mais bonita do concelho da Trofa. Com estes dois parágrafos introduzo uma pequena homenagem a um homem extraordinário que é um grande exemplo para mim e, creio, para os guidoenses: “Bernardino Maia” nosso presidente de junta. A sua obra fala por si. Mas também as suas palavras, os seus atos e a sua dignidade no exercício dos cargos públicos. Mostrou ser durante 20 anos um gestor, um líder e um amigo. Foi presidente de junta desde os meus 7 anos. Cresci com ele e o seu exemplo fez-me crescer a mim e a toda uma geração que viu nele uma figura terna e acessível. A forma como termina o seu trabalho teve a mesma dignidade dos últimos 20 anos. Podia ter tentado manter-se no poder, contornando a lei, arranjando todos os subterfúgios jurídicos. Mas entendeu dar lugar à renovação, com total humildade. Entendo que a melhor forma de o homenagear é dar continuidade ao seu trabalho. Também por isso, aceitei integrar as listas do Partido Socialista a Guidões e Alvarelhos, encabeçadas pelo Vítor Rocha. Todos fomos contrários à agregação de freguesias que o PSD nos impingiu, mas o segredo está em não desistir. Vejo no novo projeto do PS e na sua liderança a continuidade do trabalho e perfil do Sr. Bernardino Maia, com a manutenção de muitos da sua equipa e com o seu apoio pessoal. Assim, não podia estar de fora, porque as referências servem para isto mesmo: perdurarem através das nossas próprias ações. Não tenho a veleidade de falar em nome de Guidões, mas digo obrigado ao nosso presidente, Bernardino Maia, agora que faltam poucos dias para o início da sua despedida. Honrar o seu trabalho é dar continuidade à sua forma de estar, porque ele estará sempre connosco. Nuno Moreira “Félix”

Incêndio rondou gasolineira A Corporação dos Bombeiros da Trofa foi alertada para um incêndio florestal que deflagrou na Rua António Sérgio, junto às bombas Total, em S. Romão do Coronado, a partir das 13.20 horas de domingo, 22 de setembro, e que foi dado por finalizado pelas 6.30 horas.

No local estiveram 17 bombeiros da Trofa. O incêndio resultou de uma projeção causada por um incêndio que ocorria na Folgosa, na Maia, tendo continuado na área de atuação da Maia, com o apoio de algumas viaturas da Trofa. P.P.


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26 de setembro de 2013

Festival de Concertinas atraiu multidão a Santa Eufémia Patrícia Pereira | A.Costa

A Trofa foi na tarde de sábado, 21 de setembro, a capital das Concertinas e dos Cantares ao Desafio. Atraídas pela música de improviso acompanhada pelas concertinas, muitas pessoas deslocaram-se ao Monte de Santa Eufémia, em Alvarelhos, para assistirem ao 14º Encontro de Tocadores de Concertina e Cantares ao Desafio. “Cento e vinte tocadores e cantadores”, segundo dados da organização, animaram a tradicional festa de Santa Eufémia, onde acorreram muitos apaixonados por esta cultura popular. O público presente não resistiu às músicas e aos cantares e deu um pezinho de dança. Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal da Trofa, que continua a procurar “preservar as tradições e os costumes”, atra- O público não resistiu e deu pezinho de dança

ASAS assume Gestão de Rede Nacional de CAFAP’s Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Associação de Solidariedade e Ação Social vai gerir, durante os próximos dois anos, a Rede Nacional de Centros de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental. A Associação de Solidariedade e Ação Social (ASAS) foi a eleita para ser a gestora da ReNCAFAP – Rede Nacional de Centros de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental, constituída em maio de 2009 e da qual já fazem parte 37 centros de todo o país. A partir do dia 10 de setembro, a ASAS, através dos seus Centros de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP) “Saber para Crescer” e “Crescer em Família”, vai levar a cabo, nos “próximos dois anos”, um “plano de ação”, que pretende “não só dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelos anteriores gestores, através do acompanhamento da implementação da Portaria n.º 139/2013 de 2 de Abril, que veio regula-

mentar esta resposta social, mas também alargar o debate sobre a inovação nas práticas e metodologias, através da troca de experiências e boas práticas, interna e externamente”, afirmou fonte da instituição. Além disso, pretende promover “a reflexão sobre os contextos sociais em que os CAFAP intervêm e a necessidade de adequar as intervenções aos diagnósticos efetuados”. “A vida diária dos CAFAP é de luta, de trabalho, de reflexão, de procura de respostas às novas questões que se vão colocando com a certeza de que não se está sozinho neste caminho de luta pela proteção da criança desprotegida e da capacitação parental”, avançou a mesma fonte, dando como “exemplo a rede de parceiros que os CAFAP da ASAS já criaram ao longo dos anos de funcionamento”. Os parceiros, que “sinalizam e encaminham as situações”, envolvem-se na “delineação dos planos de intervenção, que reconhecem o trabalho e confiam na qualidade do serviço”.

vés destas “festas tradicionais e populares”. O vereador do pelouro da Cultura, Assis Serra Neves, afirmou que os cantares de desafio e o festival são, “tal como o fado, uma cultura muito própria, neste caso, no Norte do país e, mais concretamente, do concelho da Trofa”. “À semelhança de outros anos, correu muito bem. Uma concentração muito especial, porque é muito vocacionada para este tipo de atividades e espero que o futuro executivo mantenha esta atividade, porque é uma bandeira do nosso concelho”, referiu. Recorde-se que a tradição dos cantares ao desafio é comum a várias regiões e países do mundo. No século XX, no Norte Litoral português, este modo musical e poético de improvisação, começou a ser acompanhado com concertinas, tornando-se um ícone da musicalidade tradicional da região.

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Atualidade 13

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26 de setembro de 2013

Assembleia dos balanços Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Na derradeira Assembleia Municipal antes das eleições, realizada a 18 de setembro, a maioria das intervenções pautou-se pelas despedidas e pelo balanço dos últimos quatro anos. Perante a ausência da presidente da autarquia, Joana Lima, que foi substituída pelo vice, Magalhães Moreira, o grupo do Partido Social Democrata fez uma análise negativa à gestão do executivo camarário socialista e pela voz de Alberto Fonseca referiu que “a Trofa parou no tempo”, comparando-a com a época em que estava sob a alçada de Santo Tirso. Alberto Fonseca afirmou que “não foi apresentado um novo projeto” e que este executivo “não se queixa dos que herdou, e alguns deles até desperdiçou”. “O projeto da ALET (Área de Localização Empresarial da Trofa), na ordem dos 40 milhões de euros, que poderia tornar-se no maior polo de desenvolvimento do nosso concelho, com atração de muitas empresas e criação de muitos postos de trabalho, caiu por trapalhadas deste executivo”, culpou. O social-democrata referiu-se ainda que a autarquia “herdou” o projeto de requalificação das escolas, acusando-a de “querer fazer os trofenses acreditar que os projetos são seus”. A não chegada do metro também foi motivo de críticas. Alberto Fonseca disse que “a pri-

Última Assembleia Municipal do mandato

meira machadada” no projeto foi dada quando “o concurso foi anulado com este executivo e com o Governo PS”. A “segunda machadada”, acrescentou, “foi dada recentemente, por este executivo ao aterrar o canal do metro, no âmbito da requalificação dos parques”. Já sobre o Parque das Azenhas, que também reclama ser um projeto do executivo anterior, Alberto Fonseca questionou como foi possível “inaugurar parte da obra se a mesma não tinha fases previstas” e se “os técnicos da Câmara deram o seu acordo para que a obra fosse inaugurada nestas condições”. O social-democrata acusou ainda o executivo municipal de “aumentar a dívida sem ter ne-

nhum projeto novo para a Trofa” e sublinhou como “momento mais marcante deste mandato, a batalha que o PSD travou na aprovação do PAEL e do plano de reequilíbrio financeiro, que permitiu poupar cerca de nove milhões de euros em juros”. Em defesa da autarquia, o socialista Pedro Ortiga enalteceu a inauguração do Parque das Azenhas e a presença de “milhares de pessoas” e justificou o não avanço da ALET pelo facto de o Governo ter “terminado com as parcerias público-privadas”. “Alguns projetos começaram com o executivo PSD, mas felizmente podemos dizer com alegria que foi com o executivo do PS que foram concretizados e pagos”, respondeu.

Magalhães Moreira refutou as considerações do social-democrata, justificando que “a Trofa teve obra como nunca teve num espaço tão curto de tempo”. “Os projetos hão de aparecer, mas não podemos pôr o carro à frente dos bois e ignorar as condições financeiras em que estamos. Os projetos que surgirem têm que ser sustentáveis, pois não podem mais originar dívida, mas sim contribuir para o seu abaixamento”, afirmou. E sobre a acusação de que o executivo aumentou o passivo, Magalhães Moreira, que é responsável pelo pelouro das finanças, respondeu: “No fim do ano, quando forem apresentadas as contas, vamos ver. Não sei como neste momento diz que a dívida

Plataforma digital divulga Roteiro dos Espaços Educativos “Roteiro dos Espaços Educativos da Área Metropolitana do Porto”. Este é o nome da plataforma que a Área Metropolitana do Porto (AMP) disponibiliza, a partir de setembro. Trata-se de uma “ferramenta online de divulgação e pesquisa dos 313 espaços educativos existentes neste território”. A ferramenta constitui um recurso para a comunidade educativa em particular e para o público em geral, “facilitando o

contacto e a exploração dos espaços educativos da AMP” e permitindo “consultar e organizar, por temas e/ou municípios, as diferentes ofertas de cada concelho, com a possibilidade de estabelecer, diretamente na página web, um percurso de visita”. A identificação dos espaços é da responsabilidade dos 16 municípios da AMP, mediante “um conjunto de critérios definidos e aprovados em sede do Conselho Metropolitano de Vere-

adores da Educação”. Pode aceder ao Roteiro dos Espaços Educativos, através do http:// edu.amp.pt. O projeto, enquadrado no plano de ação do Conselho Metropolitano de Vereadores da Educação da AMP, foi aprovado pela Junta Metropolitana do Porto, tendo sido desenvolvido no âmbito do programa de Capacitação Institucional da Área Metropolitana do Porto, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Norte ON2.

é maior. Consegue saber muito mais do que eu”. Sobre as obras nas escolas, o autarca garantiu que o executivo “nunca negou” que eram do anterior, mas ressalvou que “encontrou o projeto com comparticipação geral média de 29 por cento” e que depois de renegociados, os projetos avançaram com “comparticipação de 70 por cento”. Sobre o metro, Magalhães Moreira considera que “a machadada foi dada pelo Governo ao não autorizar a Metro do Porto a fazer a obra, obrigando a Câmara a fazer o aterro, porque senão perdia muito mais do que o custo da obra”. Sobre a inauguração do Parque das Azenhas, o autarca asseverou que “foi garantida pela empresa de fiscalização externa”. Na Assembleia, foi ainda aprovada, com abstenção do PSD, a modificação orçamental, para que a Câmara assuma os projetos da TrofaPark/DNA Trofa, entretanto extintas, tinham para a obra da requalificação urbana dos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. O PSD também se absteve na alteração ao mapa de pessoal, que foi viabilizada por PS e CDS-PP. Por unanimidade foram aprovados o reconhecimento de interesse económico da Confeitaria Torres, para que possa avançar com uma candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional), e da Quinta da Terrosa, em S. Mamede do Coronado.


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Câmara Municipal da Trofa EDITAL Nº 78/2013

Trofenses homenageados com nomes de ruas Por ser da opinião que se atribua “nomes de pessoas da terra” às toponímias da freguesia, José Sá, presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, decidiu perpetuar a “memória” de dois homens que marcaram a freguesia por diversas razões, através da atribuição da toponímia. No descerramento, que se realizou na tarde de sábado, 21 de setembro, estiveram presentes as representantes da Câmara e da Junta de S.Martinho, bem como familiares e comunidade,

como forma de prestar uma “homenagem”. Em Paradela, junto à Rua Pintor Silva Porto, foi atribuído o nome de Nelson Dias da Costa Campos a uma rua. José Sá declarou que a escolha recaiu no “senhor Nelson”, por ter sido “um homem de renome para a freguesia”, conhecido “pelo bem fazer e pela amizade que tinha”, e por ter sido um dos “fundadores da Feira Anual da Trofa”. “É um homem que faz falta em Paradela. Nota-se um vazio muito grande e esta é uma maneira de o se-

nhor Nelson ficar para a história e a sua memória ficar perpetuada”, salientou. Já no lugar de S. Martinho, junto à sede da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, foi atribuída à toponímia o nome Manuel Francisco da Silva (Friães). José Sá explicou que o homenageado “tem mérito e merece uma homenagem deste género”, por ter sido “um dos fundadores das Máquinas Pinheiro” e pela sua profissão de serralheiro, que “levava o nome da Trofa a vários pontos do país”. P.P.

Maria Teresa Martins Fernandes Coelho, Vereadora da Câmara Municipal da Trofa, com competência delegada por despacho nº 21/P/2009, de 10 de Novembro, da Senhora Presidente da Câmara: Torna público, nos termos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 70º do Código de Procedimento Administrativo, que se procede à notificação a todos os proprietários dos lotes do loteamento sito em Ribeiro/Grova - Alvarelhos, em nome de “Mecanarte Metalúrgica da Lagoa, Ldª” com alvará nº 3/97, de que dispõem do prazo de 10 dias, para se pronunciarem relativamente à deliberação tomada em 13/09/2013 que aprova por unanimidade a alteração que se irá proceder ao mesmo. A alteração consiste na retificação da área da parcela a integrar no lote do Sr. José Manuel Pereira Reis, de 60m2 para 74m2. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital, e outros com igual teor, que vão ser afixados no edifício desta Câmara Municipal, na Sede da Junta de Freguesia e publicitado em Jornal local. E eu, João Miguel Guedes Rego Sampaio, (chefe de divisão das obras particulares), o subscrevo. Sede do Município, 25 de Setembro de 2013.

JS doa 750 euros aos Bombeiros da Trofa Setecentos e cinquenta euros foi o valor que resultou da iniciativa GreenSensations, que a Juventude Socialista (JS) da Trofa realizou na noite de sábado, dia 21 de setembro, no âmbito da campanha eleitoral. Marco Ferreira, presidente da JS Trofa, afirmou que decidiram entregar este valor à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT), para “ajudar os bombeiros”, que além das “dificuldades” que têm, tiveram “um verão complicado”. “Esperamos com este humilde contributo ajudar um bocadinho

as pessoas de tão grande coração”, evidenciou. O presidente da AHBVT, Pedro Ortiga, recebeu o donativo nesta quarta-feira, 25 de setembro, agradecendo “à JS e a todas as juventudes, que possam colaborar com o corpo de bombeiros e com a associação”. “Para nós é sempre importante os contributos e o reconhecimento. O nosso obrigada à JS da Trofa por esta colaboração, que vai ser aplicada integralmente no seu corpo de bombeiros”, concluiu. P.P

Marco Ferreira entregou donativo à associação

A Vereadora, Maria Teresa Fernandes Coelho, Dr.ª


Negócios 15

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JPC Contabilidades com nova identidade visual "Relações de confiança" é a nova assinatura da empresa com sede na Trofa. Doze anos após a sua fundação, a JPC - Contabilidades

dos os momentos de comunicação, sendo igualmente caracte-

apresenta uma nova imagem

rísticas nas relações que esta-

empresa com sede na Trofa,

e Diretor Geral da JPC salienta

que reforça o dinamismo e fle- belecem com os seus clientes. João Pedro Costa, fundador xibilidade que caracterizam a localizada junto à rotunda dos Bombeiros Voluntários. Inspirada na cultura organiza-

que “esta mudança era inevitável. Só com uma marca forte conseguiremos transmitir os valores que estão implícitos em tu-

cional da JPC, a nova identidade do aquilo que a Equipa da JPC visual foi desenvolvida tendo por

Contabilidades faz diariamente.

base as cores características da

A presença da empresa para

empresa - o dourado, o preto e o além dos limites da Trofa, aubranco. Com uma abordagem rigorosa no que respeita à prestação

menta a responsabilidade das nossas ações." A nova identidade corporativa municação, Design Gráfico e

Diretora Executiva da BOOMER,

de serviços aos clientes, a em-

e a página web (www. jpccontabi Web-design. Verdadeiros super-

presa apresenta-se no mercado

lidades.pt) têm assinatura da

como uma empresa jovem cujo

BOOMER, Agência de Comuni- recem aos clientes as melhores a alcançar, “a nossa Agência

cumprimento dos requisitos do

cação, com sede na Maia, con-

cliente é o objetivo último de toda ta com uma equipa multi-discia Equipa. A jovialidade e a infor- plinar de profissionais experienmalidade estão presentes em to-

revela que o segredo está na

exigências dos nossos clientes”. A empresa conta já com tra-

heróis que explodem ideias e ofe- paixão pelos desafios e objetivos balhos realizados para várias soluções. No mercado cada vez mais

empresas a nível nacional e in-

gosta de fazer diferente e melhor, ternacional. todos os dias trabalhamos com

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cação, respondendo sempre às


16 Entrevista

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Entrevista a Gualter Costa, candidato do BE à Câmara Municipal da Trofa

“No que depender do BE, o metro chegará mais cedo ou mais tarde à Trofa” Pela primeira vez, os boletins de votos vão contar com um novo partido político. Por achar que a política está “demasiado enviesada à direita”, o BE surgiu na Trofa, com um projeto novo e pessoas de “largo espectro social e profissional”. Entrevista, realizada no dia 19 às 17 horas, pode ser vista na íntegra na TrofaTv (www.trofa.tv). O Notícias da Trofa (NT): No manifesto eleitoral assume como compromisso o apoio social. Que propostas tem? Gualter Costa (GC): As propostas que o Bloco têm a ver, por exemplo, com a oferta de cabazes com bens essenciais de higiene e alimentação às famílias mais carenciadas, mensalmente. Tem a ver com as ajudas do pagamento das contas da água, da luz e do saneamento. Com o Bloco, nenhuma família pode ficar sem isto devido a dificuldades financeiras. O apoio com medicamentos aos idosos carenciados, a manutenção do transporte escolar gratuito, a oferta do pequeno-almoço nas escolas e que as cantinas estejam abertas em período de férias e não somente para comunidade escolar, mas também para a comunidade em geral, porque temos os serviços que podem servir, especialmente no Coronado e noutras áreas do concelho, como cantinas sociais. NT: Também refere a defesa dos serviços públicos. De que maneira? GC: Toda a gente já percebeu que a política da troika tem algo por trás escondido, que tem a ver com o trucidar dos serviços públicos e entrega desses serviços aos grandes grupos económicos internacionais. Num futuro próximo, se uma pessoa, com seguro de saúde, precisar de estar oito meses num hospital, ao fim de dois era expulsa da unidade de saúde particular, porque o seguro não ia cobrir esse período de tratamento. A escola pública é outra coisa que temos de defender, porque é bonito dizer-se que se dá um cheque-ensino e a pessoa vai para uma instituição privada, o problema é que essas instituições vão

fazer seleção dos alunos e vamos ficar com uma escola provada de eleição e vamos ter uma escola pública para onde vão todos os alunos que o ensino privado não quis. Nós não defendemos isto, mas igualdade para todos. Queria falar noutros aspetos do funcionalismo público na Trofa. Na saúde, tem-se comentado que há algum mal-estar no Centro de Saúde inclusive há possibilidade de reduzir os serviços, penso que quem passa por fora o próprio aspeto exterior do centro totalmente abandonado demonstra ali algum desleixo, relativamente à saúde pública. Estou atento a esse problema. Estamos atentos ao problema da saúde na Trofa e no que depender do Bloco de Esquerda, teremos serviços de saúde melhorados, quer na Trofa, quer no Coronado, onde o edifício está num estado de degradação por fora. Temos ainda a questão da criação de um serviço urbano de transportes. A Trofa deve ser o único concelho sem este serviço. Achamos que temos um concelho relativamente pequeno, mas com freguesias dispersas e era importante haver um serviço de autocarro que percorresse o concelho várias vezes por dia. Há uns dias, em Guidões, no alto, e havia uma senhora de 80 e tal anos que me dizia que há quase meio ano que não ia lá abaixo visitar a campa do marido ao cemitério, porque não tinha transporte. Defendemos esse serviço de transportes, que vá às áreas mais recônditas do concelho, baseado em miniautocarros, porque é uma forma de rentabilizarmos o equipamento, termos menos gastos com a manutenção e combustível. E esse serviço só fará sentido se tiver preços sociais, com horários gratuitos, que poderiam ser usados pelos estudantes do concelho e mais detalhes sobre isso terá que ser estudado na altura da implementação. NT: Foi feito algum estudo do ponto de vista financeiro para um serviço como este? GC: Em Portugal temos um grande problema. Muitas vezes gasta-se mais no estudo do que

a fazer a solução. Mas o knowhow que temos do Bloco, relativamente a outros concelhos que têm características semelhantes à Trofa, é que beneficiaram muito com esse serviço, que não tem custos tão extraordinários quanto isso. Até podem ser miniautocarros usados, para reduzir nos custos. Os motoristas poderiam ser contratados a título de trabalho social, se estamos a pagar subsídios de desemprego passaríamos a pagar ordenados. O custo não seria tão megalómano como à primeira vista parece. Estamos em crer que com um milhão, um milhão e meio de euros, daria para montar esse serviço. Pode parecer muito mas só o recente aterro, na parte do canal do Metro custou cerca de dois milhões de euros, quase que dava para implementar os transportes públicos e fazer uma ponte nova no Rio Ave. NT: No dia da apresentação da candidatura, mostrou oposição ao PAEL. Que solução é que sugeria para a dívida da Trofa? GC: Se estamos agrilhoados, o PAEL é as bolas de chumbo. A Trofa não tem margem de manobra, e aí reconheço ao executivo alguma dificuldade de ação com o PAEL. O que o Bloco defende é uma renegociação, para tentar minorar aqueles 400 mil euros anuais, cerca de cinco milhões de euros por ano, para reduzir em 20 por cento esse valor, para que o município possa ter uma margem para investir, para baixar o IMI, para baixar os impostos e taxas municipais, para ter iluminação total nas principais vias da cidade. Estamos a chegar ao tempo de inverno, daqui por um mês, às seis e pouco já é de noite, temos três estradas nacionais, bastante deficitárias de passeios, atravessadas por milhares de viaturas e pesados e que vão estar com iluminação reduzida a partir das seis da tarde. Fazia o apelo ao executivo que faça uma reavaliação da iluminação pública e que, se for necessário, corte em sítios menos críticos, mas mantenha nas três estradas e o centro da Trofa. NT: Com essa renegocia-

ção, considera que a administração central seria flexível a esse ponto? GC: Essa questão é-me muitas vezes colocada, mas temos que ter consciência que vivemos num país onde em algumas horas se injetou quatro mil milhões de euros para salvar um banco falido e outras mais injeções e já vamos perto dos oito mil milhões. A dívida da Trofa ronda os 60 milhões de euros. Isto faz sentido em Portugal? Que se injetem quatro mil milhões de euros num banco e condenam um município que tem que responder a 40 mil cidadãos por 60 milhões de euros a um programa de ajustamento durante 20 anos? Não faz. Os autarcas deviam unir-se todos e exigir ao Governo soluções, porque são eles que lidam com os problemas das populações e os autarcas até ao momento ainda não tiveram essa proatividade. Limitaram-se a receber as ordens de cima, por questões muitas das vezes partidárias, e a calar e a implementar nos seus cidadãos as tais políticas de austeridade que estão a matar o país e a desgraçar a economia. NT: Na área das acessibilidades propõe duas travessias sobre o Rio Ave, há algum estudo financeiro que tenha em sua posse? GC: É um bocado do que falamos há pouco. Fazer um estudo que custa tanto como a ponte não faz sentido, é melhor fazer a ponte e se correr mal já está lá, porque íamos gastar no estudo e o estudo ia chegar à conclusão que não era necessário fazer a ponte… NT: Mas há aqui questões do ponto de vista ambiental... GC:Sim, depois terá que ser equacionado. Uma coisa é uma definição estratégica e depois tem que se analisar o sítio exato, o tipo de construção que se vai fazer, se com mais ou menos impacto ambiental. Mas nível estratégico é preciso definir as áreas. O PSD fala numa ponte, ainda há dias quando questionei o senhor Sérgio Humberto num debate sobre a questão de falar na ponte, e ele ficou irritadíssimo, porque ele não

sabe. Eu sei que quero duas pontes, sei onde e com que prioridades. NT: Onde? GC: A primeira prioridade seria entre a Samugueira e Sam, aproveitando o bom estado da estrada de Sam e aproveitando o facto de haver centenas de pessoas que diariamente fazem movimentos pendulares da Trofa para a zona industrial de Ribeirão. Permitia ligar a Trofa a Ribeirão, uma obra sem grande impacto visual nem económico, resolveria algum do problema deste movimento pendular e já permitiria desviar algum do trânsito do centro, permitiria melhorar os acessos à zona do mercado. Quando houver margem financeira para tal, na nossa ótica poderá ser enquadrado no novo QREN, logo que possível fazerse algo similar junto à Mabor, entre a Mabor velha e o Hospital da Trofa, ligando à estrada de Lousado. Pensamos que com estas duas acessibilidades, 80 por cento dos problemas da Trofa ficarão resolvidos. A outra parte poderá ser minorada com o alargamento das vias no centro da cidade, quem sobe para Finzes sabe o que é a desorganização no trânsito, sabe que as estradas são estreitas e que há certos sítios que era só alargar um metro ou dois e o trânsito fluía normalmente. Uma nova reorganização dos sentidos de trânsito também seria imperativa para o escoar, assim como o trânsito pesado tentar desviar para as novas travessias. Não abdicamos da variante, mas para nós não é uma prioridade. Se ela for feita daqui a dez anos, tendo nós estas duas vias é perfeitamente possível. Temos é que ter o cuidado de trazê-la para mais próximo possível da Trofa. Eu fui sempre um opositor ao último traçado, em que passa a seguir à Ervos, não é solução para o trânsito da Trofa, mas sim para a Maia e para Famalicão. Para a Trofa fica uma paralela à A3. NT: O Bloco de Esquerda também tem o objetivo de requalificar os estradões nalgumas freguesias, mas não considera mais importante


requalificar as vias principais que essas freguesias têm? GC: Eu considero importantes as duas coisas, as vias são importantíssimas, porque as pessoas têm lá as casas, os acessos, mas é importante criar vias com uma maior dimensão e largura. Todos conhecemos os acessos a Guidões e eu costumo dizer que a freguesia não se desenvolve porque se quiser lá chegar um camião TIR para carregar um contentor não consegue e o mesmo acontece com Alvarelhos. O estradão permitiria contornar todo aquele labirinto de ruas até chegarmos ao centro de Guidões e Alvarelhos. Numa primeira fase poder-se-ia requalificar as vias existentes, mas a solução de futuro a custos controlados seria a repavimentação dos estradões, permitiria chegar do centro de Guidões à Trofa em dois minutos e do centro de Alvarelhos em dois minutos. O mesmo aconteceria com o Coronado. Isto poderá não ser tão megalómano como parece, porque o Bloco defende a criação de um serviço municipal de obras, que tenha a capacidade de realização de pequenas e médias obras. uma repavimentação num estradão, em que haja uma ou duas máquinas de asfaltar, um cilindro e dois ou três camiões e os próprios serviços da Câmara, como acontece em muitos municípios do interior e com grande sucesso e contenção de custos, faça essa obra. Este serviço faz todo o sentido na Trofa, porque temos a nossa rede viária muito degradada, temos um contrato de requalificar as nacionais ciclicamente, temos os acessos às nossas freguesias num estado lastimoso. Este serviço municipal de obras, criando capacidade interna, teria um trabalho para muitos anos e um trabalho muito mais barato do que se contratar empresas externas para fazer esse serviço. Para nós sairiam incomparavelmente mais baratas. É nesse sentido que o bloco defende a pavimentação dos estradões, quer do Sanguinhal para Guidões e Alvarelhos, quer do Monte de Cabrito para a Vila do Coronado. NT: Já admitiu ser um defensor intransigente do metro. Como é que pensa desbloquear este processo se ganhar as eleições? GC: O metro é uma questão parecida com a do PAEL. O metro foi cortado à Trofa pelo chumbo do PSD e do CDS. Há um ano, o BE apresentou um projeto de adjudicação imediata do

Entrevista 17

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metro até à Trofa. O PS abstevese, o PSD e o CDS chumbaram, a CDU votou a favor. Tudo o que o PSD possa dizer relativamente ao metro é pura hipocrisia. Se o PSD e o CDS tivessem votado favoravelmente no metro, a Trofa hoje já o poderia ter. Mas uma vez que isto não aconteceu, eu até gostava de saber qual era a posição do Dr Sérgio Humberto, que agora é deputado. Se hoje o BE apresentasse uma proposta para adjudicação imediata do metro à Trofa, gostava de saber qual era a posição dele na assembleia. Algo que também não está clarificado é se ele perder as eleições, não sabemos também se assumirá o cargo de vereador ou se preferirá o cargo de deputado. É difícil perceber o argumento financeiro da Metro do Porto, quando essa mesma empresa tem cerca de 800 milhões euros em swaps e a vinda do metro à Trofa ronda os 50 a 60 milhões de euros. Estamos a falar de 16 vezes o custo do metro à Trofa em swaps, que foi injetado na banca. Esta é uma questão de opções, não é uma questão de dinheiro. Temos nós a presidente no conselho de administração da Metro com algumas responsabilidades, pensamos que era dever dela tudo reivindicar. Eu acho que da parte deste executivo também há alguma falta de comunicação aos trofenses. Eu acredito, nem que seja preciso agora contratar a micas, a toneladora para fazer o buraco na senhora das Dores. No que do que depender do BE, o metro chegará mais cedo ou mais tarde. NT: Criticou a não execução da obra dos Paços do Concelho, mas é um projeto prioritário para o BE? GC: Para o BE, neste momento temos que ser realistas, não é um projeto prioritário. Há muitas outras carências na Trofa que devem ser suprimidas antes dos Paços do Concelho. Se me pergunta como trofense se gostava que a Trofa tivesse uns Paços do Concelho digo-vos que gostava. Que era uma excelente oportunidade para a reabilitação urbana? Sem dúvida. Mas temos que ser realistas, que a atual conjuntura não está para essas coisas. No entanto, o BE entende que ao fazer-se um investimento nos Paços do Concelho, ele deve ser para um edifício de raiz. Se não for uma obra faraónica, que seja uma obra média, mas que seja propriedade da Câmara Municipal e que nos libertemos das pesadas rendas que temos vindo a pagar ao lon-

go de mais de uma década. Soluções tipo instalações provisórias versão 2.0, não colhem o apoio do BE. A não ser que sejam devidamente fundamentadas, explicadas e comprovadas de que são realmente rentáveis face à realidade atual. O BE tem na ideia a construção dos Paços do Concelho, quando tal for possível, mas tem a ideia de dois locais e dois cenários possíveis. Num cenário que me parece completamente impossível nas próximas décadas, de verbas quase ilimitadas como houve aqui há uns anos como por exemplo para construir piscinas olímpicas na Maia e que depois são demolidas. Nesse cenário nós teríamos a construção do espaço da antiga fábrica do Pinheiro, porque permitiria potenciar todo o comércio local da Trofa, potenciar a obra do Parque Nossa Senhora das Dores, nomeadamente o parque de estacionamento, porque não faz muito sentido fazerse um parque de estacionamento lá em cima e depois a câmara dois quilómetros cá em baixo. A partir do momento que se fez um investimento daquela natureza ali, agora todo o outro investimento deve estar ali para criar sinergias entre os equipamentos e serem todos rentáveis. Para melhorar também a reabilitação urbana de todo o centro, que é uma prioridade para nós, neste cenário de recursos digamos quase ilimitados como aconteceu há uns anos. No cenário mais realista e que seria na nossa ótica uma solução exequível a médio prazo e que também satisfaria bem as necessidades dos trofenses. Pensemos que temos o centro comercial D. Pedro V, um edifício com três pisos, no centro da cidade, em frente ao Parque, praticamente já fora do seu tempo de vida útil como shopping. Todos conhecemos que a maior parte das lojas estão completamente vazias, há meia dúzia de lojas a operar, muitas delas até são escritórios e quase não tem movimento. Na ótica do BE devíamos de pensar num projeto que adquirisse todas aquelas lojas, limpasse aquele espaço por dentro, criasse um espaço em que pudéssemos por os vários serviços da câmara, aquilo tem três pisos dará até para fazer auditórios e tudo isso e instalar aí todos os serviços municipais. Eu sei que há alguns problemas técnicos com o ar-condicionado, com as questões de não ter grandes janelas, mas hoje em dia também temos já soluções para isso tudo.

NT: Que propostas tem para a cultura, património e ambiente? GC: A nível de cultura o BE defende uma maior abertura da Casa da Cultura. Todos nós conhecemos aquele equipamento, está uma magnifica obra de reabilitação, que muitas se façam assim na Trofa, mas que não tem grande vida e isso depende também um bocado pelos horários que tem tido. Ou seja, está fechado ao domingo, durante a semana encerra às 17 horas, quem trabalha não tem acesso à cultura. Aí sugerimos que ele seja aberto todos os dias até às 21 horas, inclusive aos sábado. Temos o edifício da estação do Muro degradado há mais de uma década, que até já tem os painéis de azulejos entaipados para que não sejam roubados e que com algumas obras poderia sediar um pequeno pólo da Casa da Cultura, com o edifico ao lado em pedra convertido num pequeno centro de exposições e uma pequena biblioteca. Nós defendemos também e apadrinhamos o projeto do Castro de Alvarelhos, porque achamos que é um projeto que pode ser uma identidade da Trofa a nível cultural e defendemos que a autarquia deve investir mesmo nisso. É necessário a criação de um centro interpretativo, para que aí sejam expostos os achados que certamente irão aparecer e não irem para concelhos vizinhos como acontece atualmente. No ambiente, temos algumas prioridades, como a despoluição do rio Ave. Essa é uma prioridade que não é só desta Câmara Municipal, mas que tudo deve fazer para que tal seja possível. Fiquei muito triste estes dias quando fui assistir à inauguração do Parque das Azenhas, quando vi um esgoto a sair a céu aberto por baixo da ponte do Rio Ave. Isto não pode acontecer. Devia ter de havido o cuidado de

encanar aquele esgoto, não torná-lo visível para dar outra vida e outro ar ao rio. Mas também não é só o rio, mas também as nossas ribeiras. Outra das questões que me tem também chamado à atenção a nível ambiental e eu reconheço que isso é um problema complexo de se resolver, tem a ver com os maus cheiros no Coronado. Ainda ontem andei por lá a fazer campanha e a partir das 20 horas era impossível andar na rua. Os maus cheiros são uma constante naquela terra, os coronadenses, os romanenses, os mamedenses e até as pessoas de Covelas não merecem aquilo. São trofenses de primeira e cabe a todo o município estar solidário com eles e encontrar uma solução para o problema que lá têm com os maus cheiros. NT: Qual é o objetivo do BE do ponto de vista eleitoral? Que resultados esperam? GC: Se o descontentamento dos trofenses se converterem votos no BE, estamos a contar com um excelente resultado. Pelo contacto que temos tido com as populações estamos a ter uma ótima, recetividade. Pessoas até ligadas a partidos nossos opositores reconhecem o mérito dos programas, das pessoas, do trabalho, do empenho do BE na Trofa. A nossa principal prioridade é eleger um deputado municipal para que os trofenses ganhem voz na assembleia municipal, mas também eleger pessoas para as assembleias de freguesia para que o BE esteja presente. Como última prioridade e acreditamos que ainda vai ser possível conseguir isso, seria então a eleição de um vereador do BE, porque sabemos que onde o BE entrou, nada ficou como estava, tudo mudou e tudo mudou para muito melhor.


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Entrevista a Conceição Silva, candidata da CDU à Câmara Municipal da Trofa.

“As variantes já deviam estar feitas e nenhum executivo fez nada” Candidatou-se há quatro anos e nestas eleições volta a encabeçar a lista da CDU à Câmara Municipal. Conceição Silva quer “apoiar toda a população e criar condições para lhe dar melhores condições de vida. Entrevista gravada no dia 16 às 17 horas, está disponível na íntegra na TrofaTv (www.trofa.tv). NT: Na sua apresentação de candidatura, disse que ia privilegiar investimentos que se retratassem na qualidade de vida das pessoas. Quais são? CS: Esses investimentos ficaram por fazer, e como a CDU não conseguiu formalizar esses trabalhos, é importante continuar o trabalho que não foi concluído até agora. Nomeadamente, os Paços do Concelho, foi prometida uma data para que eles fossem feitos, mas não começaram a obra. Inicialmente, tinham pensado fazer na estação antiga e agora na localização mais ou menos onde a CDU propunha, nas Pateiras, que seria a melhor localização para todas as freguesias deste concelho. Essa obra não está feita, mas é importante para minimizar despesas excessivas com as rendas que estão a ser pagas. Queremos um edifício feito de raiz, com todas as condições para acolher as pessoas que necessitassem desses serviços.

saber quais as razões porque não se fez. Não se pode prometer coisas que podem não estar ao alcance. É importante fazer um financiamento para se fazer esta obra e não pagar as elevadas rendas. Tem que se fazer um estudo. É preciso ter cautela naquilo que se diz, é preciso ter também conhecimento da dívida que o nosso concelho tem, para trabalhar.

tante que as autarquias não desistam e continuem a lutar para que os serviços públicos se mantenham, para melhor servir o povo. NT: Também defendem que a água deve ser um bem público. CS: Exatamente, deve ser público, porque é um bem essencial e não deve servir como mercadoria. No nosso concelho, a NT: É uma prioridade para rede de saneamento e a água si, caso vença as eleições? NT: Também referiu a de- pública ainda não está toda conCS: As nossas prioridades fesa dos serviços públicos e cluída e já há quatro anos que passam por melhorar todos os do movimento associativo. isto anda assim. Como eu cosserviços que o concelho neces- Quais são as propostas para tumo dizer, era necessário haver site. É uma prioridade, mas tam- essas áreas? eleições todos os anos para que bém há outras necessidades. CS: Nem todos os serviços se veja obras a serem feitas. É são da competência das câma- de lamentar que esta rede ainda NT: Sendo uma prioridade ras, mas é importante que se diga não esteja concluída. Estes serque a CDU tem já há muitos que os Governos que temos cor- viços não são mercadoria, devem anos, qual seria o timing para tam a torto e a direito e estão a ser tratados com dignidade e as a construção desse projeto? prejudicar as pessoas e criar pessoas merecem o melhor e a CS: Isso é difícil de dizer, muito desemprego. Nós somos baixo custo, se possível. porque é preciso trabalhar, ser apologistas do serviço público, NT: Também defendeu a eleito para saber em que condi- que é fundamental para as poções é que estamos. O timing pulações. O PS e o PSD foram baixa de impostos. Como é tem que ser o mais rápido pos- e são governantes e destruíram que pretende efetivar essa sível, mas também é importante o serviço público, mas é impor- medida?

CS: Depende, porque nós estamos com uma dívida imensa na Câmara da Trofa. É preciso clarificar essa dívida, para podermos renegociá-la, porque nós estamos no programa do PAEL, porque há uma dívida excessiva e as taxas têm que ter limites altos. E esses limites podiam ser no nosso ponto de vista negociados e é importante que se diga também que esta dívida devia ser clarificada e objetiva, mostrada para percebermos o que é que podemos fazer para baixar estas taxas e dar a volta, que este executivo não conseguiu. E isso é importante para que o nosso concelho seja mais dinâmico e que tenha pessoas e empresas a quererem a vir para aqui.

vessias a jusante e a montante são importantes para que desviem o trânsito e para que haja uma fluidez do trânsito no concelho e mesmo dentro da cidade. Estas variantes que estão por fazer, tanto as novas estruturas das novas travessias, tal como também as variantes à 104 e à 14 são importantes para o desenvolvimento do concelho e são coisas que já deviam estar feitas já do tempo da outra senhora, ou seja, já do executivo anterior. Estas variantes e travessias que propormos são importantes para que haja mais dinamismo a nível empresarial. O executivo anterior não conseguiu fazer nada e este continua sem fazer e era importante, porque está delineado no PDM e o atraso está a causar um retrocesso no concelho.

NT: Na sua apresentação também propôs a construção de duas pontes sobre o rio NT: Na sua opinião o que Ave. Onde as pretende cons- é preciso fazer para que as truir e se fez algum estudo do variantes sejam uma realidade? ponto de vista financeiro? CS: É preciso que haja alCS: As pontes e as novas tra-


guém que faça uma política correta, que pense na Trofa como um concelho com necessidade de crescimento e que o Governo veja que está concluído, em papel. Se no PDM está contemplada essa estrada é porque é fundamental e isso é preciso fazerse com a maior urgência. NT: E o metro é uma questão que preocupa a CDU? CS: Nós temos essa preocupação desde sempre e estas fases têm sido feitas, mas não vemos vias de ele chegar. Com a requalificação do parque tememos que este metro não chegue aqui, devido à forma como o parque está a ser feito e ao canal que não está a ser protegido. Sabemos que não há verbas, que o Governo está sempre a insistir que não há verbas, mas a CDU apresentou uma proposta, que foi feita por Honório Novo, que seria viável para trazer o metro, mexendo em dinheiros de fundos que podiam ser reorganizados de forma diferente para trazer o metro até à Trofa. NT: Que propostas tem para a educação? CS: O Governo neste momento está a desresponsabilizar-se totalmente das suas funções em relação à educação e outros serviços públicos que são importantes para todos nós. O parque escolar tem sido feito, mas há um problema que é o fecho de escolas no nosso concelho. Também fizemos uma visita com Honório Novo à Escola Secundária da Trofa e deparamonos que a obra, que não é da Câmara, mas é do governo central, não está terminada e é de lamentar. Mas os autarcas têm que lutar por nós. É importante que as escolas tenham estruturas, sei que algumas têm problemas, mesmo as novas. Há escolas primárias com falta de água canalizada, escolas novas que têm problemas de infiltração de água, vários problemas que nos têm chegado aos ouvidos e isso é de lamentar que estas coisas não tenham sido ainda reparadas. É importante que as autarquias façam para que as escolas não deixem de ter pessoal auxiliar, com formação e em número suficiente para uma melhor comunidade escolar. Que tenham também equipamentos necessários e suficientes para acompanhar crianças com ne-

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cessidades educativas especiais. Na nossa visita também constatamos que havia crianças que tinham necessidades económicas e que havia falta de alimentação em casa devido às condições financeiras que existem e acho que era importante termos um plano de emergência que pudesse ajudar as crianças e pais a colmatar estas dificuldades, principalmente na altura das férias, visto que eles agora nas escolas têm pelo menos uma refeição quente. A falta de alimentação é muito preocupante e leva a que muitas das vezes elas não sejam crianças bem estruturadas e que tenham aprendizagem igual às outras, porque há carências. NT: No campo da cultura, do património e do ambiente quais são as prioridades para a CDU? CS: Temos uma história e é bom que ela seja valorizada, através de um guia de turismo que fomente também a criação de empresas hoteleiras, de restauração e que dinamizasse empresas e mercados locais. Acho que também era importante valorizarmos mais a Casa da Cultura, que tem um espaço ao ar livre, onde podem ser feitas pequenas peças de teatro, ou jovens que cantassem ou tocassem, levando algum divertimento e dando a conhecer os seus dotes. Valorizar mais esse espaço, onde se possa também recitar poesia. Também devemos preservar o património como as florestas e as matas e as limpezas destas, a reflorestação e a plantação de espécies autóctones e a despoluição do Rio Ave. Foi feita agora a inauguração do Parque das Azenhas, mas antes de este parque ir à frente eu acho que devíamos ter em conta, primeiro, a despoluição do rio e a limpeza das margens. Acho que devia de haver um planeamento entre os concelhos para que esta despoluição fosse feita. Sei que existe um dos organismos que já estão a fazer a despoluição, mas onde não está inserido o nome da Trofa. Será que a despoluição vai ser feita naqueles pontos e vão esquecer o nosso concelho? O rio é que está em causa e também se devia ter em conta as empresas, que fazem despesas lá e controlá-las,

fiscalizando. NT: Fala de organismos que estão nesse processo. Quais são? CS: Há infraestruturas que foram construidas no âmbito da despoluição, Bacia Hidrográfica do Ave e que estão mencionados alguns concelhos, Guimarães, Santo Tirso, Famalicão, que vão beneficiar destas infraestruturas para que seja despoluído o rio. NT: Considera que deve haver uma união entre os municípios? CS: Uma união para que haja uma despoluição e que o rio chegue aqui limpo. Era importante que essa despoluição fosse feita a cem por cento. Com o rio poluído não fica bem uma estrutura como o Parque das Azenhas. NT: Que propostas tem para o associativismo? CS: É importante haver um regulamento, que assente em bases uniformes e justas e não é só porque elas existem, que devem ser financiadas ou apoiadas. Devem ter planos de atividades, que sejam ativos e promovam a interação com a população. Acho que é importante que se uma associação existe que mostre o seu dinamismo, o seu trabalho e que seja capaz de ter alguma coisa para mostrar. NT: Quais são os objetivos da

CDU em termos de resultados para as eleições? CS: A CDU é uma força política que defende o bem-estar da população, seja onde for e é importante para as pessoas terem o apoio da CDU. Nós podemos servir para travar ações que não sejam as melhores, num ato de fiscalizar, para que não sejam feitas ações contra a população. As nossas propostas são feitas com a melhor das intenções, com o melhor que a CDU tem para dar, com um trabalho e competência e para o bem-estar da população. E é nesse sentido que vamos trabalhar e que apresentamos as nossas propostas, que pensamos serem as melhores, com um fundamento e com um objetivo de perceber o que está bem e o que está mal próximo das populações. E para reavermos esse candidato (à Assembleia Municipal) é preciso também que as pessoas pensem que este executivo e o anterior são forças políticas que estão no governo central e que são elas também responsáveis muitas das vezes pelas políticas que estão a fazer nos concelhos e a CDU é uma coligação importante para travar e para fazer com que as coisas sejam feitas da melhor forma, com responsabilidade, confiança e

honestidade, para que a população esteja bem servida. É importante que as pessoas votem na CDU, para que haja eleitos tanto na Assembleia Municipal como nas freguesias para que se possa ter uma noção do que se está a passar, para saber o que se pode ou não fazer. NT: A CDU opôs-se desde o início à reforma administrativa. Caso seja, eleita como se vai fazer ouvir relativamente a esta questão? CS: Nós lutamos sempre e continuamos a lutar contra a extinção de freguesias, porque achamos importante a identidade de cada uma, são todas diferentes, com características diferentes. Não pactuamos com esta lei. Para revertermos esta situação é importante fazermonos ouvir na Trofa, fora do concelho. Era bom que houvesse mais posições, alguém que estivesse ao nosso lado, que percebesse que esta lei pode ser revertida e para preservar a identidade de cada freguesia era importante que não fosse avante, porque certamente haverá serviços que vão fechar, como juntas de freguesias, e principalmente nas freguesias no interior, esta situação se vai notar, porque muitas vezes, são o apoio de pessoas idosas e mais carenciadas.


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Entrevista a Joaquim Azevedo, candidato do MIT à Câmara Municipal da Trofa

“Se ganhar as eleições, o Metro será uma realidade” É empresário, natural de S. Martinho de Bougado, e criou o Movimento Independente pela Trofa, que nasceu “a união de vontades de um grupo de trofenses” que se “sentem mal governados”. Joaquim Azevedo explicou as propostas que sustentam a sua candidatura à Câmara da Trofa. A entrevista, realizada às 17 horas do dia 12 de setembro, pode ser vista na íntegra na TrofaTv (www. trofa.tv). O Notícias da Trofa (NT): Disse que ia dar uma atenção especial à ação social. De que maneira? Joaquim Azevedo (JA): Temos que entender que há um problema grave neste momento, olhando à pobreza que existe. Antigamente, os filhos trabalhavam para os pais e hoje os avós trabalham para os filhos e para os netos. Sabemos que há muitas famílias que vivem à custa de uma pequena reforma. Como tal, irei pôr todos os mecanismos que estejam ao meu alcance para poder assistir essas pessoas. NT: Também referiu que queria diminuir o desemprego e apoiar as empresas. Que medidas pensa implementar? JA: Neste momento, saem muitas empresas do nosso concelho e, pelo menos, que eu saiba, a Câmara nunca teve preocupação de saber por que é que essas empresas saíram. É óbvio que ao sair uma indústria, automaticamente, há uma perda nos impostos, no emprego e no setor comercial, porque se as pessoas cá não vivem, também não gastam cá o seu dinheiro. Nós iremos desenvolver a ALET (Área de Localização Empresarial da Trofa), que irá facultar a possibilidade de empresas virem para cá, porque economicamente ficará mais barato. Depois, temos que ter em consideração a baixa dos impostos. Fomos um concelho exímio em empresas, algumas tinham 600 funcionários, como a Preh, embora tenhamos outras empresas de grande dimensão. E nós temos que ter cuidado, porque se uma empresa paga os impostos mais caros, a água mais cara, com certeza que vai à procura de

melhores condições. Não podemos deixar que isso aconteça, criando condições e se possível fazer com que elas voltem para o concelho. Posso adiantar que temos contactos com empresas estrangeiras, com investidores que estarão dispostos a trazer empresas para cá. O MIT quer combater as condições precárias que este concelho tem. NT: Quais são essas empresas? JA: Só posso dizer que são empresas francesas, não queria adiantar mais. Mas nós somos pessoas com conhecimentos, com prova mais que evidente de capacidade.

sem as ter. Eu não vou deslocar-me a um concelho para resolver uma situação em que só para atravessar uma ponte demoro duas horas. Deveria ter-se dado prioridade à construção das variantes ou pelo menos uma circunvalação. Se olharmos bem, o nosso centro tem um cruzamento com duas estradas, a EN 14 e a EN 104 e temos que perceber que não há um fluxo capaz de levar tudo a bom porto.

NT: Mas pode dizer de que áreas são? JA: Não, mas pode ser de energias renováveis, por exemplo.

NT: Ainda não equacionou onde poderá construir essa ponte? JA: Não, sinceramente é um estudo que irá ser feito. Eu desconheço se há algum estudo feito, temos o PDM, não sei se contempla a localização dessas pontes ou da variante. Já ouvi falar em vários lugares. Sinceramente, neste momento não sei onde está o sítio para a colocação da variante.

NT: Outra das prioridades do MIT é a construção de uma ponte sobre o Rio Ave. Onde ficará essa ponte e já existe algum estudo do ponto de vista financeiro? JA: Sabemos que temos condicionantes, não se faz omeletes sem ovos, mas pelo menos há que tentar. A variante, toda a gente sabe que já devia ser uma realidade. Não a temos, porque nunca ninguém se debruçou sobre ela e as pontes, porque é impossível um concelho como o nosso desenvolver-se

NT: Mas não tem uma localização ideal para essa ponte? JA: Eu acho que a construção da primeira ponte seria na zona da Frezite, com saída para Sam. Acho que iria ser um ponto muito bom de ligação. Não é difícil compreender que temos a abertura de uma estrada, que vai sobre um terreno que é rústico. Lá já há acessos. É uma questão de alargar um pouco e naquela zona fica um bom sítio, até por uma questão de estratégia, porque o mercado e a feira ficam

naquela zona e não têm sido um sucesso, é um investimento parado. Eu penso que se naquela zona tivermos uma ponte e uma saída à variante, irá fomentar a feira e o mercado. NT: Ainda na área das acessibilidades, afirmou que quer ver resolvida a questão do Metro. Vai conseguir convencer o governo a desbloquear esse processo? JA: O Metro não está cá, porque ninguém o quis. Há três ou quatro anos o Metro era já um dado adquirido e só porque viria numa via disseram que não queriam. Como trofense, questionome, se na via estreita só houve uma linha, por que é que não aceitaram o Metro na mesma condição? Foi uma decisão mal tomada. Famalicão já está a pensar na linha do metro, por isso é que quando digo que uma das zonas boas para a construção da ponte é na zona do Vau, em Santiago de Bougado, porque facilmente se faz uma passagem para a linha do metro. Como vai ser o traçado, será uma coisa a ver. Mas que o metro é um dado adquirido, é. Não vou prometer que amanhã está cá, mas se nós ganharmos as eleições o metro será uma realidade. NT: Considera ter essa força política para convencer o governo a avançar com o processo? JA: Exatamente. Se há di-

nheiro para umas coisas, também haverá para outras e não podemos sequer admitir que o metro não vem à Trofa, porque é um dado adquirido. Nós tínhamos um comboio que fazia o transporte daqui à estação da Trindade e vice-versa. A construção do metro vai ligar mais os nossos povos, o nosso concelho e as nossas freguesias, porque há três freguesias, e connosco quatro, que estão desligadas, não têm um meio de transporte. Depois temos que ter em atenção que o ISMAI é uma prioridade para os estudantes, o metro vem ser uma fonte de ligação para eles. Não podemos deixar os nossos povos e as nossas freguesias ir para o lado da Maia. Temos que dar meios de transportes para que as freguesias de Alvarelhos, Guidões e Muro, e se calhar algumas freguesias da Maia, venham à Trofa. Com o metro, também deixamos de ter poluição, há muita coisa que diminui. Nós temos contactado pessoas ligadas à política do poder central e penso que não há dificuldade de nestes próximos quatro anos colocar o metro na Trofa. NT: Sobre a construção dos Paços do Concelho (PC), disse que teria de analisar bem a situação financeira da Câmara. Não se pode comprometer a fazer esta obra nos próximos quatro anos, caso seja eleito? JA: No processo dos PC sabemos que há várias coisas pendentes. Primeiro, saber em que condições económicas se encontra a Câmara. Segundo, saber o valor das rendas. Terceiro, saber se há compromissos de alugueres de outros espaços. Há dias, numa reunião do MIT, concluímos que, se calhar, o dinheiro que se gasta nos arrendamentos dará para a construção dos PC. Temos que fazer contas aos débitos e aos créditos. Se chegar lá e souber que se gasta, por exemplo, 25 mil euros em alugueres e que para a construção dos PC tem benefícios, alguém tem que subsidiar para a construção, não somos só nós que vamos acarretar com esses valores. Então nessa altura teremos que fazer contas e ver se realmente compensa ou não. Se


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chegarmos à conclusão que os valores em causa dão para a construção dos PC, naturalmente os construímos. NT: Referia-se a uma parceria público-privada? JA: Será um assunto a estudar. Não queria estar a adivinhar o que se passa na nossa Câmara. NT: Já não procurou saber sobre esses assuntos? Os documentos são públicos. JA: Eu sei que são, mas não tomei essa atitude ainda. Vou esperar para ver, embora vá mexendo naquilo que acharmos conveniente e preparando todos os nossos movimentos, mas continuamos à espera de termos acesso às contas quando feitas. Porque, quando em determinado momento um executivo diz que não há dinheiro para tapar buracos e, de repente, aparece dinheiro de todos os lados, há qualquer coisa que está mal. Eu não estou a dizer que estão a gastar o meu dinheiro ou o deles, porque não faço a menor ideia, mas uma coisa é certa. Que os dinheiros estão a ser gastos, estão e de algum lado têm que vir. Quando se vem dizer que os candidatos não podem fazer promessas, porque a Câmara está endividada e vai ficar com uma dívida de 400 mil euros mensais durante 15 anos, temos que recuar e pensar o que vem a seguir e só aí nos podemos pronunciar sobre o que vamos fazer. A dívida sabe-se que aumentou, o valor exato não sei… NT: Mas já verificou nalgum documento essa evidência de que a dívida aumentou? JA: Não vi, mas sei. Sabemos através das informações da Câmara, porque há pessoas que trabalham lá e sabem mais ou menos, ou têm certeza absoluta daquilo que se passa. Agora vamos procurar. Temos um movimento que tem um limite, sou empresário assim como mais elementos e não temos o tempo disponível que queremos. Estamos a fazer a nossa campanha, não temos um staff como tem qualquer partido e iremos com certeza debruçarmo-nos e tentar ver ou aproximarmo-nos da Câmara para ver aquilo que se passa , mas não vamos cruzar os braços, se for preciso dar um murro na mesa, também se dá e

as coisas são para fazer. A nossa ideia é levar a nossa Trofa a bom porto. Se queremos levar o concelho acima, ao lugar que ele merece, temos que fazer as coisas como devem ser feitas. Eu não concordo que ao fim de 15 anos, não haja Paços do Concelho, que é importante, porque vai reunir todas as condições e um local onde as pessoas se têm que se deslocar e não andar perdidos à procura de um documento ou de outro como acontece atualmente. Estamos disponíveis a fazer os Paços do Concelho, mas um pouco condicionado às dívidas que a Câmara Municipal tem. NT: Qual a localização que considere ideal para os Paços do Concelho? JA: Não tenho, porque para mim os Paços do Concelho não têm que ser em S. Martinho, nem em Santiago, nem em Covelas, nem em Alvarelhos. Tem de ser num sítio determinado, de fácil acesso e onde seja circulado pelos meios de transporte convenientes e onde não haja problemas de estacionamento. Um sítio onde as pessoas se sintam bem, fazendo uns jardins, umas coisas bonitas, onde as pessoas possam arejar e digam que finalmente a Trofa tem algo de bonito. Temos uma ideia de onde iremos construir. Uma coisa garanto: não é no centro da cidade. Não temos ideia de os levar para o lado de S. Martinho, porque quando se pensa em levar para lá temos que ter em conta uma coisa, então acreditamos ou não que o metro venha à Trofa? Se acreditamos que sim, temos tirar a ideia de que vamos fazer os Paços do Concelho ali. Depois há outras agravantes, como os problemas de drenagem de água. Temos que ir para uma zona com drenagem de água e que tenha suporte em área para fazer um edifício desses. NT: Referiu a intenção de reduzir os impostos como o IMI, mas como será possível fazê-lo se o Governo obrigou os municípios, como a Trofa, que estão abrangidos pelo PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) a subirem as taxas para o valor máximo? JA: Quando se diz que o Governo diz que as câmaras endividadas não podem baixar o IMI não é de todo verdade, porque temos câmaras endividadas,

que vão recorrer ao PAEL e têm o IMI mais baixo. NT: Como por exemplo… JA: Eu acho que Vila do Conde está nessa situação e há mais câmaras. Agora, se me disserem que o PAEL vai-nos dificultar determinadas ações, claro que vai. Vamos ficar limitados, há um endividamento que tem que ser pago e naturalmente que não vamos fazer dinheiro. Vamonos cingir ao que temos. Relativamente aos impostos, naturalmente que eles podem baixar, como a derrama. As nossas indústrias fogem por razões de impostos. Também temos a água mais cara do país, isso também é uma tabela do Governo? Não. Se calhar, são más orientações. É preciso debruçarmonos no problema e vermos as possibilidades que temos para o baixar. Eu digo que vou baixar o preço da água. Como? Tenho que ver os protocolos que, neste caso, a Trofáguas fez, saber em que condições é que eles estão e só depois discutir os preços, porque há leis e as leis têm de ser cumpridas. Se chegarmos à conclusão que esses protocolos foram mal elaborados ou que até estão fora da lei, naturalmente que os temos que rever. Eu não sei em que posição vai ficar a Trofáguas e a TrofaPark. Sei que estão com problemas, mas não é difícil de ver, a Trofáguas a pagar os ordenados que paga a determinados funcionários, naturalmente tem que ser mais caro. Se eu tenho um funcionário a ganhar mil euros, posso vender a X, se tiver um funcionário a ganhar cinco mil, naturalmente

Entrevista 21 mos uma criança no abismo, deitamos-lhe a mão para ela não cair e é o que temos que fazer na nossa vida profissional. Depois propomos a criação de um banco de livros, doação ou troca, com a colaboração das escolas, juntas de freguesia e associações de pais. NT: Sobre devolver as cantinas às associações de pais, como é que sustenta essa proposta? Falou com algum elemento da federação das associações de pais, alguém lhe mostrou descontentamento pela forma como estão a ser geridas as cantinas? JA: Quem falou foi um elemento da nossa equipa e eu sei porque trabalho no ramo da hotelaria e estou em contacto com as cantinas. Sei das queixas que as pessoas fazem. E que tenho que vender a Y. Temos esse elemento do MIT contactou um conjunto de coisas que têm as associações e elas acharam de diminuir, para reavermos aqui- que foi má ideia. lo que nos foi tirado. E não é com aumento dos impostos e da NT: Que propostas tem água que se vai cativar ninguém, para a área da cultura, ambimas para tudo há uma solução. ente e património? Eles têm que baixar para a capJA: Temos que começar por tação de riqueza. diminuir a poluição, por exemplo, tirando o tráfego do meio das ciNT: Que propostas tem dades, depois ter um cuidado para a educação? especial com os poluidores, teJA: Pensamos num polo uni- mos o caso do Rio Ave que de versitário. É uma coisa que faria vez em quando recebe cada carfalta no nosso concelho e que iria ga de poluição e nunca há culgerar uma riqueza enorme. Nós pados. vemos o caso de Braga e da Colocação de ecopontos, Maia. como o caso dos óleos queimados, dos pequenos eletrodomésNT: E construído onde? ticos, das rolhas de plástico e JA: A ver vamos. Seria sem cortiça. E desses ecopontos cridúvida um desenvolvimento eco- ar algo que nos dê riqueza. A renómico para o nosso concelho, ciclagem é uma coisa que nos mas é um assunto que terá que dá dinheiro. Depois temos que ser estudado. Penso que é pos- ter cuidado com a limpeza das sível pôr em prática num curto matas. Ninguém se debruça soespaço de tempo. Depois temos bre isso e sabemos que a maior o apoio à escolaridade básica, a parte da floresta é privada. A nosnível de transportes, alimenta- sa câmara parece que tem poução, lanches para as crianças do co património desse, e se é priinfantário e escola primária e vado há leis para se fazer cummanuais escolares, dentro dos prir. Junto com os proprietários limites legais e orçamentais da temos que criar um mecanismo autarquia, dando prioridade aos capaz de fazer a limpeza das alunos com carências económi- matas e até ganhar dinheiro com cas. Devolução da gestão das isso. cantinas às associações de pais. Eu sei se aplicar a lei, é antiPenso que foi um fracasso quan- popular, mas as medidas têm do alguém pensou tirá-las às que ser tomadas. associações de pais. Quando Em relação ao património, pensamos que vamos fazer uma melhorar as margens do Rio Ave, coisa para benefício de algo, tem as azenhas, recriar os areeiros, que se elaborar um estudo e não para que as pessoas possam chegar aqui e dizer que se vai usufruir de uma boa sombra, refazer isto porque vai ser bom ou cuperar os lavadouros públicos que vamos fazer aquilo e depois e fontanários. vamos ver no que vai resultar. Não, naturalmente, quando ve-


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Entrevista a Joana Lima, candidata do PS à Câmara Municipal da Trofa

“PAEL é a única solução para pagar a dívida” Joana Lima recandidatouse à autarquia da Trofa pelo Partido Socialista para desenvolver “um projeto ainda mais marcante” no concelho. Entrevista foi efetuada pelas 14 horas 30 minutos do dia 19 de setembro e pode ser vista na íntegra na TrofaTv (www. trofa.tv) NT: Por que apresentou uma nova candidatura à Câmara da Trofa? JL: Apresentei uma nova candidatura, porque eu não viro as costas aos projetos em que acredito, aos projetos em que acho que fiz o meu melhor, eu e a minha equipa, obviamente, aos projetos que ainda faltam fazer na Trofa. A Trofa é um concelho que está a despertar para a prosperidade, com uma situação financeira que todos conhecemos, mas é imperativo que a Joana Lima e uma equipa forte e com competência continuem a liderar os destinos da Trofa. Foi importantíssima a mudança há quatro anos no nosso concelho, para que se parasse com determinadas políticas que estavam a fazer no nosso concelho. Hoje, temos plena consciência que não fizemos tudo, mas que era imperativa uma nova candidatura, com um projeto ainda mais marcante, mas sobretudo mantendo-nos na senda do rigor, da determinação e da liderança forte à frente do nosso concelho, para sermos respeitados e valorizados. NT: Quais são os principais projetos que sustentam ao próximo mandato caso vença as eleições? JL: Antes de mais, gostaria de falar sobre estes quatro anos, em que sentimos muitas dificuldades, o país e o mundo mudou, fomos confrontados com uma situação financeira muito difícil, mas mesmo assim tivemos a ousadia de manter os projetos em ação, de continuar com projetos novos, de ter a audácia de liderar projetos importantíssimos para a qualidade de vida dos trofenses, para a requalificação do nosso espaço comum e sobretudo para podermos continuar e manter um progresso no concelho que nos vai dar mais qualidade de vida. Falo das cinco escolas requalificadas e ampliadas que este executivo liderou, executou, concluiu e pagou.

mas o que vou valorizar é a obra.

E temos dois projetos de requalificação como o Parque das Azenhas, que tivemos oportunidade de inaugurar uma parte, e agora a grande obra, a maior do concelho, que é requalificação urbana dos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Estes são projetos que não podemos descurar no futuro. As escolas, para a política de educação que vamos implementar. Durante este mandato, tomamos uma medida muito importante para as famílias, que se debatem com problemas financeiros muito graves, ao oferecer os manuais escolares para todas as crianças do nosso concelho. Nós continuamos com as Atividades de Enriquecimento Curricular, mesmo com os cortes deste governo. Continuamos com o pagamento dos 50 por cento do complemento de apoio de família e há concelhos vizinhos em que as crianças pagam 25 euros para estar na escola das 15.30 às 17.30 horas. Mais do que fazer promessas que é difícil executar, é dizer que temos um estratégia muito forte para o nosso concelho, mediante as adversidades que vamos tendo ao longo dos quatro anos, mas temos um rumo a definir que é dar mais qualidade às pessoas do nosso concelho, dar um espaço aprazível para se viver e combater o desemprego da forma como podermos, apoiando as empresas. Temos isentado e reduzido a TMU (Taxa Municipal de Urbanização), agora quando se ouve e vê um candidato a dizer que vai baixar a derrama é mentira. Não pode baixar o IMI, porque é consequência da dívida do passado, isto é consequência do que está definido no Orçamento de Estado. O ano passado, pagava-se 0,4% de IMI,

o Orçamento de Estado liderado pelo Governo de coligação de direita implementou para este ano o IMI a 0,5%. Esta é a realidade que vivemos no concelho. Baixar o IMI não está ao alcance da Trofa, está ao alcance do Governo e da Assembleia da República. NT: Isto em virtude do PAEL? JL: A partir do momento em que a Trofa recorreu ao Programa de Apoio de Economia Local, liderado por este Governo, a Trofa e mais cento e tal munícios que recorreram para pagar dívida, e que dentro em breve começaremos a pagar 400 mil euros por mês, durante quase duas dezenas de anos... NT: É um fardo pesado para o concelho. Era a única solução para o concelho? JL: Para poder pagar metade da dívida era a única hipótese, aliás se o concelho fosse uma empresa entrava em insolvência. A dívida da Câmara é muito pesada, mas mesmo assim, temos conseguido, com muito trabalho, rigor e poupança nas despesas, em que nas correntes diminuímos drasticamente, porque implementamos o rigor na gestão do município. E os projetos vão na sequência do que está a ser feito. Há um próximo quadro a Agenda 2020, em que nos vamos candidatar a todos os projetos que pudermos e que consigamos implementar, na área da economia, no incentivo ao emprego, na área da reabilitação urbana, nas energias renováveis. NT: Aí inclui-se a 2ª Fase do Parque das Azenhas. JL: Dentro deste quadro co-

NT: Os trofenses também questionam o porquê da não requalificação das azenhas. Não estava contemplada? JL: Este projeto foi implementado e concretizado em termos de obra por este executivo. É uma obra que está até ao momento paga, mas este projeto já existia e não foi contemplada a requalificação das azenhas. Não estou a fazer crítica ao projeto do passado, porque às vezes também não se consegue fazer tudo. Mas as azenhas têm de ser requalificadas e no próximo munitário, já estamos a come- projeto, vamos fazer tudo o que çar a tratar do projeto para conti- estiver ao nosso alcance para fanuidade do Parque das Azenhas, zermos essa requalificação, até que comece na fronteira com para dar mais dinâmica, um esSanto Tirso e termine na frontei- paço para um café e um bar. ra com Vila do Conde. Na parte imaterial, temos de NT: Durante o seu mandavalorizar a Rota da Arte Sacra, e to referiu que a autarquia não criação de um museu, é muito tinha sustentabilidade finanimportante para a identidade, ceira para reparar as estradas economia e cultura do nosso do concelho, no entanto, reconcelho. E é um património que centemente vimos que alguns tem estado espalhado pelo mun- troços foram reparados. Como do, com as imagens sacras e é que foi possível? que temos que valorizar. Vamos JL: Até agosto de 2012, a sitambém, ao abrigo de uma can- tuação era caótica do ponto de didatura se for possível, alargar- vista financeira, e hoje a dívida mos uma avenida entre Guidões existe, está estagnada. Nesse e Muro, passando por Alvarelhos, mês, saiu a lei dos compromispara criar uma nova acessibilida- sos que diz que para assumirde para as pessoas que vêm de mos qualquer compromisso fiVila do Conde e pela nacional 14 nanceiro temos que provar que não terem que vir ao centro da temos capacidade financeira cidade. para pagar essa aquisição de serviços ou obra num prazo de NT: Sobre o Parque das três meses. Ora, isto atrasou Azenhas, inaugurou parte do muito qualquer projeto que tínhapercurso, foi criticada por isso mos. Houve momentos em que e também acusada de usar a não podíamos fazer despesa de obra como arma eleitoral. Por um euro na Câmara. que decidiu abriu esse troço? A obra que foi feita na EN 14, JL: Antes de ser criticada, fui no Muro, e cerca de uma dúzia elogiada por muitos trofenses, de ruas entre Muro, Alvarelhos e pelo facto de ainda conseguir em Guidões, foi ao abrigo de uma tempo útil deste verão que as caução de uma obra que foi feita pessoas usufruíssem deste es- pela Trofáguas há alguns anos e paço. Pior do que inaugurar era que agora nós conseguimos não inaugurar com a obra pronta desbloquear, para que o empreie não deixar que os trofenses teiro fizesse a obra que lhe dizia usufruíssem desse espaço. Vi respeito. É uma obra de quase milhares de pessoas a inaugu- 200 mil euros, que era o valor da rar este espaço connosco e sa- caução. A Câmara da Trofa não tisfeitas pelo facto de poderem teve de despender de nenhum caminhar, quer as pessoas mais cêntimo, mas sim acionar os novas, quer os idosos ou as mecanismos legais, articulando pessoas com mobilidade reduzi- com a própria empresa que fez da. Toda a população pode pas- a obra há cinco anos, para posear naquele espaço tão apra- der fazer esta requalificação. zível. Admito que há quem diga Para mim e para todos os trofenmal por não conhecer o projeto, ses, era premente que esta rehá outros que dizem mal porque qualificação tivesse sido feita há têm que criticar o que é feito, mais tempo, infelizmente não foi


possível. Mas como era para não pagarmos, tivemos que esperar pela caução. Eleitoralmente, as pessoas sabem avaliar um trabalho de quatro anos e não um trabalho de oito dias. NT: Recebeu o projeto dos parques da cidade quando tomou posse, mas mediante os acontecimentos que marcaram o processo, se voltasse atrás pegava-o novamente? JL: Sim. Se me perguntasse, se aplicava esta verba dos dez milhões noutro lado caso pudesse, obviamente que eu não requalificava os parques. Usavaos nas variantes, nos Paços do Concelho. A requalificação dos parques não seria a minha primeira opção para investir, mas a candidatura foi feita e o parque precisava de obras. Fizemos alterações no projeto, que inicialmente contemplava dois edifícios na frente do parque, virados para a EN14, que ofuscava o que temos de melhor no Parque Nossa Senhora das Dores, que é a capela. Então alteramos o projeto, retiramos esses edifícios, para ficar com uma visão ampla e livre, mas para a candidatura ter sucesso, teria que ter construção e decidimos colocar o edifício na rua perpendicular à EN 14, de forma a que quem esteja na capela veja a parte superior ajardinada. Quando esta obra estiver inaugurar, as pessoas vão usufruir de um espaço amplo, com um piso propicio a todas as pessoas poderem caminhar. A obra está muito avançada e dentro de três, quatro meses, estará concluída, para que todos os trofenses possam usufruir, por exemplo, de um posto de turismo que vai ficar implementado no coração da Trofa. Temos dois coretos para as bandas de música fazerem concertos, com uma concha acústica, com camarins, casas de banhos, com um espaço para uma casa de chá, que será entregue à comissão fabriqueira, um parque infantil sem o mínimo de perigo para as crianças. Todo este espaço vai ser lindo. Os trofenses vão ter saudades de algumas árvores, eu também vou ter, também me custou a mim. NT: Foi um mal necessário? JL: Foi um mal necessário, para se fazer a obra. Algumas árvores estavam doentes, outras nem tanto, mas tínhamos que fazer opções. No entanto, vão ser colocadas mais árvores do que aquelas que foram derrubadas.

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NT: Há outro aspeto que marca o processo que é a não participação da Metro do Porto (MP), um problema que o executivo teve que acatar. JL: A MP sempre se mostrou disponível para fazer esta obra e pediu ao Governo que desse autorização, já que as empresas públicas, desde 2008, não podem assumir nenhum compromisso financeiro sem autorização do Governo. A MP tinha toda a vontade em assumir este compromisso. Depois de várias reuniões que tive com o secretário de Estado, em que me disse que havia solução e que fazia a obra. Até hoje ainda não respondeu. É este o Governo que temos, que não responde às missivas que lhe foram endereçadas, que não honra os seus compromissos. Eu assumo os meus compromissos e, pelo menos, dou a cara quando não posso fazer. A Trofa assumiu essa responsabilidade, vai fazer a parte da obra que compete à Metro e vai processar a MP e o Governo por não concretizar o compromisso assumido e escrito em protocolo com a Câmara e outros parceiros.

NT: Considera que a não construção dos Paços do Concelho (PC) é uma derrota política? JL: Não. Eu gostava muito de ter feito os PC, era realmente uma das bandeiras deste executivo. Chegamos à Câmara e a situação não era aquela que conhecíamos. Havia uma dívida registada de cerca de 37 milhões de euros, que aprovamos em março de 2009. Nesse contexto, era possível avançar com os PC, infelizmente quando nos deparamos com a dívida de gaveta veio dobrar praticamente a dívida. Mesmo assim, encetamos todo o processo, e foi anunciada por mim a localização. Na altura era possível avançar com uma parceria público-privada, em que o privado acabava por investir e nós pagaríamos por muitos anos uma renda, mas depois ficávamos com os PC. Essa lei das parcerias foi revogada e sem ela tudo atrasou. Sem dinheiro, sem as parcerias nenhum executivo tinha capacidade para avançar. Mas temos capacidade para encontrar uma alternativa credível para podermos fazer os PC. Vamos encontrar um espaço digno, que todos os trofenses NT: Decidiu aterrar a parte sintam que é a casa de todos, respeitante ao túnel do metro. um espaço unido e coeso. Não vai colocar em causa a chegada do metro à Trofa? NT: Essa alternativa já foi JL: Não, não percebo essa encontrada? pergunta, o metro quando vier irá JL: Não há nada assumido remover as terras que lá estão e com ninguém, mas há boas fará todo o trabalho que tem que perspetivas, mas esse contrato fazer. Espero é que o metro ve- só se irá concretizar se do ponnha e que o país saia desta situ- to de vista financeiro a autarquia ação financeira difícil, mas quan- tirar dividendos por concentrar do se promete o metro, tem que todos os serviços da Câmara. se prometer até à nova estação da Trofa, porque tem mais rentaNT: Qual é o local? bilidade, passando por Santiago JL: Pode haver mais do que de Bougado. Não podemos que- uma solução. Numa delas, já firer que o metro venha só até ao zemos algumas reuniões com o Muro, porque não é economica- proprietário, é na antiga Arbofil, mente rentável, nem o Governo uma nave de 9 mil metros de área nem ninguém vai permitir que se coberta, que pode juntar todos faça um troço até ao Muro, só os serviços. Vamos rentabilizar se for para servir o concelho vizi- recursos humanos, consumíveis nho. Nós exigiremos o metro até e os gastos com o funcionamenà estação da Trofa, é o que está tos dos nossos edifícios. Estas previsto, é o projeto que existe e contas estão a ser feitas e se este é que faz sentido. Quem chegarmos ao fim e percebermos promete o metro até ao Muro que o município fica a lucrar, na sabe que não é economicamen- dignidade que os trofenses mete sustentável. Assim, como é recem, obviamente que vamos que as pessoas do Muro vêm à avançar com o projeto. Trofa? O metro tem que vir até ao centro da Trofa, só assim nos NT: Essa impossibilidade sentiremos realizados e que sen- de fazer parcerias público-pritiremos que se fez justiça. vadas também acabou por Eu acredito que o metro vem deitar por terra a ALET? à Trofa, mas também acredito JL: Não só por isso. A ALET que neste momento e nesta con- foi um processo complicado, juntura económica nacional e in- moroso, caro, e ficou suspenso ternacional, sinto que o momen- não foi uma opção política, mas to não é ideal, mas jamais bai- por algumas situações no próprio xarei os braços. processo e na parceria público-

privada. Nós não esquecemos esse projeto, mas o momento em que vivemos, as dificuldades que o concelho tem e as dificuldades que íamos sentir, para o concelho nesta altura, o melhor foi suspendê-lo, mas vamos continuar a lutar por um espaço que possa atrair novas empresas e até empresas do concelho. NT: De que modo é que as acessibilidades podem contribuir para o desenvolvimento económico? JL: As variantes às nacionais 14 e 104 são muito ansiadas e durante este mandato fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, aliás, assinamos uma carta conjunta com a Câmara da Maia e de Vila Nova de Famalicão, entregando ao Governo a nossa preocupação e uma solução alternativa para que pudesse construir a variante à EN 14 por troços e com perfil de estrada diferente do projeto, para encontrarmos uma solução mais barata, porque as empresas precisam rapidamente destas acessibilidades. Mesmo com este apoio entre estes municípios, o Governo não foi capaz de responder nem sequer de dizer que não poderá integrar no Orçamento de Estado esta proposta alternativa. Mas este é um assunto que está na agenda e na ordem do dia no meu executivo. Este é o assunto mais premente resolver no nosso concelho. Mas há outras opções para o desenvolvimento económico, para o apoio às empresas. Temos uma grande empresa que vem para o concelho na área da logística que vai criar cerca de cem postos de trabalho, temos outra empresa francesa, na área têxtil, que vai implantar-se no nosso concelho.

Temos outros incentivos para atrair empresas e prova disso é que as conseguimos trazê-las. Mas também há outras áreas importantes para desenvolver, como a agricultura, em que estamos a criar incentivos aos agricultores, criando facilidades para que possam licenciar e legalizar as suas explorações, isentando-os de pagar taxas municipais. NT: Na área social, que propostas tem para o mandato? JL: Obviamente que as pessoas estão em primeiro lugar e esse é o grande lema, sobretudo para uma matriz socialista como é o caso da candidatura que eu protagonizo. Vamos continuar a apoiar as pessoas mais desfavorecidas como temos feito até agora. Vamos continuar a apoiar os idosos. Na área da saúde, por exemplo, temos várias lacunas no nosso concelho e temos o Governo a aumentar as taxas moderadoras. Quando chegamos à liderança do município, compramos um espaço em Santiago de Bougado para construir um Centro de Saúde, na altura com dificuldades financeiras, mas compramos e pagámos, porque estava negociado com o anterior executivo. Até hoje, depois de várias vezes, a ARS (Administração Regional de Saúde) ter falado com o município, dizendo que ia avançar, mas infelizmente, mais um corte deste Governo, que nos cortou a construção do Centro de Saúde, que é tão importante, porque era escusado que as pessoas de Santiago deslocarem-se para o centro da Trofa. Vamos continuar a lutar, assim como apoiar os idosos, com uma política séria, temos que os integrar, motivar para esta fase da vida.


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Entrevista de Sérgio Humberto, candidato da coligação Unidos Pela Trofa - PSD/CDS à Câmara Municipal

“Temos que credibilizar a Trofa, pagar a dívida e fazer obra” Sérgio Humberto é o candidato da coligação Unidos Pela Trofa à autarquia, defendendo que “é possível devolver o orgulho aos trofenses”. A entrevista, realizada no dia 20 pelas 11 horas, pode ser vista na íntegra na TrofaTv (www. trofa.tv) NT: A máxima da coligação, e que repete várias vezes durante a campanha é o objetivo de devolver o orgulho aos trofenses. SH: Quando nós adquirimos a nossa independência administrativa em 98, foi porque o concelho de Santo Tirso, liderado pelo PS, ostracizava estas oito freguesias que compõem hoje o concelho da Trofa. Os empresários e todos os habitantes, que pagavam os seus impostos à Câmara Municipal de Santo Tirso, não a viam investir nestas oito freguesias e por isso nós lutamos pela criação do concelho da Trofa e bem. Não foram todos, infelizmente, mas nós temos que respeitar essas pessoas, mas adquirimos, porque lutamos, porque acreditamos e porque tínhamos um enorme orgulho de ser da Trofa. A Trofa não tinha absolutamente nada há uns anos. Nos primeiros anos conseguiu ser dos concelhos com maior taxa de saneamento, com maior taxa de água, ter sedes de Junta de Freguesia dignas desse nome, ter um pavilhão gimnodesportivo, ter umas piscinas e um conjunto de obras que foram feitas. Mas nós queremos muito mais. A Trofa não pode parar como parou nos últimos quatro anos. A Trofa parou, aumentou o endividamento nos últimos quatro anos sem fazer obra, apareceu agora a obra nos últimos dois meses, projetos que vêm do anterior executivo. Estou a falar das cinco escolas que foram inauguradas durante estes quatro anos, do Parque das Azenhas e da requalificação dos Parques. Este executivo só deu seguimento e cortou as fitas. Nós queremos muito mais, queremos um executivo camarário que trate bem as pessoas, todas e não só algumas. Nós queremos um executivo camarário que não dificulte a vida aos empresários, que não trate mal os comerciantes numa altura difícil. Queremos um executivo camarário que apoie o movimento associativo. É isso

que as pessoas da Trofa exigem ao executivo camarário, que seja responsável, não seja demagógico, que seja sério na informação que passa. As pessoas não são estúpidas, são pessoas informadas, que são cultas e que têm orgulho de serem trofenses. É esse o orgulho que nós queremos voltar a despertar nas pessoas. NT: Na apresentação da candidatura disse que uma das prioridades é o apoio na ação social. Que propostas é que tem para essa área? SH: Isto degradou-se muito nos últimos quatro anos, devido à situação atual do país e à taxa de desemprego, que na Trofa já ronda os 25 por cento. A Trofa tem vindo a ver a sua taxa de desemprego a aumentar, as empresas a deslocalizarem-se. Nós não vimos nenhuma empresa a instalar-se, exceto nas instalações onde realizamos o jantar no dia 13 deste mês sabemos que vai instalar daqui a três/quatro meses uma empresa cá na Trofa que vai albergar 250 trabalhadores, uma empresa que estava instalada na Tunísia, mas que se instalou na Trofa porque o proprietário dessas instalações baixou a renda, porque se não, essa empresa iria instalar-se em Guimarães. Se as empresas saírem da Trofa, não há emprego. Se não há emprego as pessoas não têm dinheiro, se não têm dinheiro não geram negócio para os cafés, restaurantes, cabeleireiras, esteticistas. Não vemos um apoio às pessoas e a entidade da Câmara Municipal tem que estar ao lado dessas pessoas. Se temos um concelho com uma taxa de desemprego muito acima da média nacional, nós temos que fazer alguma coisa. NT: O dado oficial que tenho do desemprego é de 20 por cento. SH: O último dado oficial que apareceu foi de 22,6 por cento e nós já sabíamos que a taxa de desemprego ronda os 25 por cento no concelho. Algo dramático, que tem que ser combatido. Mas quando se fala de emprego, temos que ter a noção que as pessoas têm que sentir esse apoio, têm que sentir o nosso concelho a fervilhar de vida, de trabalho, de qualidade de vida, de ambiente, de amizade. NT: Mas falemos de propos-

tas em concreto. Para ação social o que é que a coligação propõe? SH: Aquilo que detetamos nos últimos quatro anos, fruto do panorama nacional, é que as pessoas da Trofa estão a passar muitas dificuldades. Há pessoas idosas que não têm dinheiro para comprar medicamentos, pessoas acamadas que em algumas freguesias não têm acesso a camas articuladas e cadeiras de rodas. Nós temos crianças no concelho que a única refeição que fazem decente e conveniente é na escola. Enquanto isto existir não nos vamos resignar e vamos combater este flagelo ao lado de associações de cariz social, das paróquias, junto das pessoas que têm sensibilidade e coração. Estas coisas não podem passar ao lado, não pode ser insignificante e não se podem preocupar só 15 dias antes das eleições, não é só dar carne às pessoas em período de campanha eleitoral. NT Quem é que deu carne às pessoas? SH: Tem que fazer essa questão a outros candidatos que eu não vou responder a isso. NT: A todos? SH: Faça essa questão e depois quem for verdadeiro tem que assumir. NT: Sobre as acessibilidades, apresentou um conjunto de projetos, nomeadamente a travessia sobre o Rio Ave. Gostava de saber onde pretende fazer essa travessia e se fez algum estudo financeiro. SH: Há pouco tempo, estivemos reunidos com o vice-presidente da Câmara Municipal de Famalicão, candidato pela coligação PSD/CDS, Paulo Cunha, com o presidente da Câmara Municipal da Maia e recandidato à Câmara Municipal, Bragança Fernandes, mas estes contactos já têm sido desenvolvidos com mais antecedência, porque não são coisas pensadas em cima do joelho. Uma candidatura tem que ser pensada, programada desde a equipa, o programa e de colocar tudo isto no terreno, existindo estudos de viabilidade económica e onde se vai colocar essa ponte, faz-me essa questão. O mais importante neste momento não é eu não saber se é a nascente se

é a poente, o mais importante é eu reunir as condições financeiras, é sabermos que é uma prioridade para o nosso concelho da Trofa termos uma nova travessia sobre o Ave. NT: As pessoas também consideram que é importante saber onde pretende fazer essa ponte, até do ponto de vista ambiental e financeiro. SH: As pessoas, mais do que eu, querem essa ponte, querem essa travessia e é nisso que nos vamos preocupar em conjunto com o concelho de Famalicão, com o próximo presidente de Câmara de Famalicão, para junto do governo central demonstrar que é uma prioridade para esta área do território nacional uma nova travessia sobre o Rio Ave, pois nenhum concelho se desenvolve de uma forma sustentável sem boas acessibilidades. E a Trofa não as tem e por isso essa proposta da nova ponte sobre o Rio Ave está a ser estudada por técnicos e já estamos a trabalhar antes de ganharmos a Câmara no dia 29 de setembro, porque não vamos andar quatro anos a justificar-nos com erros do passado. Já estamos a trabalhar para colocar no terreno o mais rapidamente possível, sabemos que é fundamental ter dinheiros no QREN, sabemos que é fundamental e tem que existir apoios do governo da república e tem que haver comparticipação dos dois municípios. NT: Tem outros projetos no campo das acessibilidades? SH: Outro é uma rotunda no cruzamento da Carriça. É algo que é necessário, temos uma uma entrada no nosso concelho que dificulta muito a vida às pessoas e é prioritário resolvermos aquele problema. NT: Então é um projeto autónomo ao projeto do metro? Mas não estava já incluído no projeto do metro, essa rotunda? SH: Tem que ser autónomo, porque nós temos que resolver este problema e o problema do Metro. Se na discussão de trazermos o metro até à freguesia do Muro, como defendemos numa primeira fase, porque toda a população saiu prejudicada, mas principalmente a população do Muro, de Alvarelhos e das zonas envolventes. Não basta ir a Lisboa di-

zer que se luta pelo Metro ou vestir a camisola ‘Metro Até à Trofa já’. É preciso ter atos, muito mais quem está à frente da Câmara Municipal e quem faz parte de um conselho de administração da Metro do Porto. Há quatro anos atrás a Metro do Porto tinha projetado fazer o metro até à Trofa, numa obra de 140 milhões de euros. Passados uns meses esses 140 milhões voaram, por obra do Divino Espírito Santo, e passou a Metro do Porto a projetar o investimento no concelho de seis milhões de euros, que só iria investir na união dos parques. Passado mais um tempo, a Metro do Porto já não vai investir seis milhões, já não faz a união dos parques com túnel, com todas as infraestruturas necessárias para quando o metro chegasse não dificultar aquela zona dos parques, iria só aterrar e tapar o canal e não criar a rede viária envolvente. Desses 1,2 milhões de euros que estavam projetados, é agora a câmara municipal, da qual a candidata do PS faz parte enquanto presidente de câmara, que vai lá investir num terreno que é da Metro do Porto e não do município da Trofa. Isto é demasiadamente grave. Não se pode enganar as pessoas e temos que ser sérios. Nós sabemos muito bem quando definimos como prioridade o Metro chegar até ao Muro. Nós queremos chegar junto do governo e dizer o projeto são de 140 milhões de euros, nesta fase o governo está a passar dificuldades, mas se gastarem entre 15 a 20 milhões de euros, que é isto que está orçamentado a vinda do metro numa primeira fase até ao Muro, é possível num futuro próximo termos o metro na freguesia do Muro, requalificar aquela estação e zona envolvente, com a colocação de parque de estacionamento e proporcionar àquela gente justiça. E depois de o metro chegar até ao Muro aí sim passamos para uma segunda fase, levar o metro até ao centro da Trofa, que foi o prometido pelo governo. NT: A solução que encontra não considera que vá trazer problemas à Trofa, já que com essa solução a Maia fica servida de metro por todo o concelho e fica a Trofa sozinha a reivindicar.


SH: Claro que não e por variadíssimas razões. Para nós, não há trofenses de primeira, nem de segunda. Para nós as pessoas de S. Romão e de S. Mamede não são de primeira e as do Muro de segunda. Para nós as pessoas de S. Martinho e de Santiago não são de primeira e de Covelas de segunda. Nós temos que olhar as oito freguesias com igualdade. Aquelas pessoas são da Trofa e têm que ser respeitadas e vão ser respeitadas. NT: E as de Santiago também precisam do Metro. SH: O metro chegar até ao Muro é uma questão de justiça. Há que demonstrar junto da Metro do Porto e do governo que a vinda do metro até ao Muro, nesta primeira fase, é fundamental e é isso que nós temos que fazer e vamos fazer em conjunto com a Maia. Dizer que depois vamos estar sozinhos? Claro que não, estamos a falar de um percurso muito curto na vinda do Metro até ao Muro, na Maia menor ainda. A Trofa não é só cidade, não é só a Vila, são as oito freguesias. E aquelas pessoas do Muro têm que ter o metro e depois sim proporcionarmos a vinda e a chegada do metro até ao centro da cidade. Neste momento eles estão a aterrar o canal. O atual executivo da câmara municipal liderado pelo PS, da qual a candidata pelo PS faz parte da administração da Metro do Porto deixou cair a toalha e sepultou a vinda do metro até à Trofa. E é um problema que vamos ter que resolver. Aquilo que devia ter sido feito, aquilo que foi feito há uns anos atrás, é obrigar a metro do Porto a fazer as intervenções. NT: Também se corria o risco de perder os fundos QREN para a requalificação dos parques se a Câmara não assumisse essa despesa. SH: Tem que existir programação e nós quando damos um passo temos que saber para onde é que queremos dar esse passo. O problema é quando se faz algo em cima do joelho, mas este executivo do PS já nos habitou nos últimos quatro anos. NT: Uma das promessas que anunciou ao longo da campanha foi a intenção de baixar o IMI e a derrama. Como é que conseguirá fazer isso se ganhar as eleições, estando a Trofa refém do PAEL? SH: Nós temos que encarar a Trofa como um concelho grande. Estamos entre os cem concelhos maiores do país. Há pessoas que têm responsabilidades e pensam a Trofa como um concelho pequeno, mas não é. Nós vemos que a

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Trofa está a perder empresas e comércio e está a perder habitantes. Nos últimos quatro anos, a Trofa perdeu mais de 2500 habitantes. E todos os concelhos estão a crescer, em termos de população. Muitos dos que saíram estão em Vila Nova de Famalicão, que têm políticas, no ramo imobiliário mais atrativas, porque tem emprego, é o concelho da zona Norte mais exportador, porque proporciona às pessoas a tal qualidade de vida que nós queremos. Temos que acabar com a burocracia da Câmara. Uma pessoa que queira investir no nosso concelho, gerar riqueza, proporcionar emprego, nós temos que tratar bem. Uma empresa que queria investir não pode estar seis meses, um ano ou ano e meio, como tem acontecido, à espera de uma licença. Se temos o concelho com o IMI mais caro, com a derrama mais alta. Se temos um concelho que há dois anos tem tudo o que é impostos, com a água mais cara do país e que tenho falado isto muitas vezes. A Câmara Municipal, liderada pela candidata do PS, fez um contrato ruinoso para todos os trofenses e é demasiadamente grave, porque os trofenses ficaram a perder, todos nós pagamos as tarifas elevadíssimas, mas foi o negócio da China para a Indaqua. NT: Relativamente à água, o primeiro contrato foi assinado em 2003, contemplava uma durabilidade de 35 anos. Esses pressupostos já colocavam a Trofa como refém desse mesmo contrato? SH: É uma excelente questão, eu vou responder-lhe a uma parte, mas quem poderá responder melhor é a candidata do PS. Não éramos o concelho com a água mais cara do país em 2009, não estava refém. É muito fácil dizer, é que esta presidente parece que está refém de tudo. Está refém da dívida, das pessoas do PS, de algumas, porque o PS é muito mais do que estas pessoas que são candidatas agora às juntas de freguesia, à assembleia municipal e da câmara municipal. Há pessoas do PS que merecem todo o nosso respeito, porque tem capacidade e que não estão a apoiar este rumo que dizem que é certo, mas infelizmente é completamente incerto, uma desgraça para todos os trofenses. Nós temos um concelho da Trofa com as taxas municipais mais caras do país, onde é cobrado a água mais cara do país de há uns tempos para cá, que tem uma taxa de desemprego elevadíssima, que tem as estradas cheias de buracos, porque não bastou aquelas duas ou três intervenções pequenas nas rotun-

das e no Muro para solucionar o problema das nossas estradas. É muito mais grave do que isso. Nós temos um concelho da Trofa em que o movimento associativo é desconsiderado e que não é apoiado. E nós temos que inverter isto, não é este o caminho que queremos percorrer. E a culpa tem um nome, a culpa de a água ser a mais cara do país é deste executivo liderado pelo PS. NT: Ainda na área financeira. Há muitas pessoas que se questionam se a coligação vencer as eleições quem é que fica responsável pela área financeira. SH: Isto vai para a equipa. Tem pessoas que são candidatas que já demonstraram na sua vida profissional e pessoal uma enorme capacidade. Posso garantir que a pessoa que vai ficar com a área financeira é responsável, competente e vai desenvolver um excelente trabalho.

do PS, enquanto presidente de câmara, que andou quatro anos a dizer que deixaram uma dívida enorme, colocou a Trofa pelas piores razões nos jornais e os nossos credores ficaram com todas as dúvidas quando a presidenNT: Mas não quer anunciar te de câmara foi dizer para os jornais que a Trofa não tem condio nome? ções, que não vale a pena, que é SH: Não. um concelho sem saída, quase NT: Requalificação dos Par- dizendo que quase podíamos voltar para Santo Tirso. Nós temos ques. Várias vezes criticou a forma como este processo foi que credibilizar a Trofa, temos que pagar a nossa dívida e fazer obra desenvolvido, mas ainda não e é isso que vamos fazer e tem ouvimos a opinião de Sérgio que ser feito. Humberto quanto à obra e ao Relativamente aos Parques, projeto. SH: Quando a gente aponta adjudica uma obra com uma emalguma crítica tem que ser cons- presa em pré-insolvência. Neste momento a obra devia estar em trutiva. O PSD e o CDS não fazem criticas destrutivas, porque fase de conclusão. Iniciou no dia é essa a nossa responsabilidade 17 de abril e tinha que terminar enquanto lideramos uma estrutu- no dia 17 de novembro. Alguém ra política do nosso concelho de acredita que a obra vai ser condefender as pessoas. As críticas cluída até ao dia 17 de novembro? Claro que não. que se apontam àquele projeto são fáceis e não é só o Sérgio NT: Repete várias vezes que Humberto e o Renato Pinto Ribeiro, enquanto líderes de dois par- a empresa é de Braga. Havia tidos, a apontar essas críticas, é alguma cidade que devia ser a população. Basta andar na rua privilegiada? SH: Trofa. e perceber. A obra foi adjudicada a uma empresa que está em préNT: Havia alguma empresa insolvência, a Europa Ar-Lindo, de Braga. Essa empresa apresentou da Trofa neste concurso? SH: Nós, depois do dia 29 de o quinto melhor orçamento, ou podemos inverter o quinto pior. Esta- setembro, vamos sempre privilemos a falar que em termos de valo- giar aquelas empresas da Trofa para trabalhar com a Trofa. Não é res existiu uma empresa nesse adjudicar seguros a Braga ou uma concurso que o seu orçamento era menos um milhão de euros. empresa que vem de Braga fazer Numa obra que foi adjudicada por formação de hotelaria e turismo 6,4 milhões de euros, existir uma aos funcionários da câmara muempresa que apresentou um mi- nicipal. Nota-se neste executivo uma proximidade, não sei o que lhão de euros mais baixo, o segundo classificado era meio mi- é isto com Braga. O meu único fascínio é com a Trofa. lhão de euros mais baixos. NT: Não há outros pressupostos que ditaram a escolha? SH: Os pressupostos são de quem organiza o processo, a candidatura é que os estipulam. Imagine a incoerência. A candidata

NT: Mas havia alguma empresa da Trofa no concurso? SH: Não existia, mas tem-se que promover esse tipo de iniciativas para as empresas da Trofa estarem envolvidas. A Trofa é feita e

é constituída por pessoas empreendedoras, nós temos empresas fantásticas e que são pioneiras em muitas áreas e tem que ser uma câmara municipal a trabalhar e a promover esse tipo de ações. Voltando aos parques. Toda a gente sabe que a obra não vai terminar, deviam estar já na parte final da obra e ainda andam a colocar os primeiros pilares de um dos edifícios, porque o outro também o estão a fazer. Sabemos que a obra não vai terminar no prazo estabelecido, porquê? Andam uma dezena, duas dezenas de trabalhadores e meia dúzia de máquinas, quando a estrutura devia ser maior. NT: E é a favor da obra ou contra a obra? SH: A obra tem que terminar e eu agora já estou naquela fase que digo que aquela obra tem que ser concluída, não pode correr os riscos de parar e os fundos serem devolvidos, aquela obra tem que ser concluída. As asneiras já foram feitas, aquilo que podemos questionar é a prioridade, como eu disse aquela obra tinha sido projetada pelo anterior executivo há já muitos anos. NT: Mas é a favor da obra? SH: Já disse que neste momento tínhamos que avaliar a prioridade daquela obra. A nossa prioridade neste momento são as pessoas. NT: Permita-me uma pergunta concreta para uma resposta concreta de sim ou não. É a favor da obra? SH: Eu já respondi. Eu pergunto-lhe se aquela obra era prioritária, eu digo-lhe não. Se tinha que ser feito qualquer coisa nos parques, tinha. Tinha que ser gasto 6,4 milhões de euros, não. Tinha que ser requalificado, sim. Acho que já respondi à questão.


26 Atualidade

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S. Romão deixou pontos em Gondomar Diana Azevedo

A fase de grupos da Taça Brali não está a correr da melhor forma para a equipa de Pedro Ribeiro, uma vez que nos dois jogos o S. Romão ainda não pontuou. Não obstante, o treinador acredita no grupo e confirma a evolução desde o início dos treinos. O Medense recebeu o coletivo do Futebol Clube S. Romão no domingo, 22 de setembro, para mais um jogo da Taça Brali, que pretende apurar mais um concorrente à Taça de Portugal. A disputa entre as duas equipas teve uma primeira parte bastante equilibrada, com investidas de ambos os grupos, no entanto sem eficácia na finalização até à meia hora de jogo. Aos 37 minutos, um lance de bola parada veio estrear o marcador a favor da casa. Uma grande penalidade sancionou mão na bola de um jogador do S. Romão

e Rodriguez fez o 1-0. Sobre o penálti, Pedro Ribeiro lamentou que “dois minutos antes a mesma situação tenha acontecido, mas ao contrário, e o árbitro não teve a mesma decisão”. “Enfim, a constante dualidade de critérios”, lamentou. O Medense estava a vencer e demonstrava uma maior eficácia tática, sem que isso levasse a equipa de Gondomar a tomar o controlo do jogo ou causar mais perigo. O segundo tempo teve uma reentrada pouco feliz para os forasteiros, uma vez que Pedro Rocha aproveitou a desconcentração da defesa romanense para se isolar e fazer o 2-0. Perante a derrota, a equipa visitante reagiu e, aos 58 minutos, Renato tentou marcar de livre. O guarda-redes da casa desviou a bola para os ferros, mas Jorge estava atento e na recarga reduziu para 2-1. Volvidos cerca de 25 minutos o S. Romão chegou ao empate, através de uma condução de bola de Renato pelo

flanco esquerdo que culminou num explosivo remate. A equipa de Pedro Ribeiro já acreditava que ia conseguir pontuar, mas o apito final parecia demorar uma eternidade e, no minuto 90, o Medense ganhou o jogo, num “bis” de Pedro Rocha, através de um livre direto. Pedro Ribeiro referiu ao NT que o facto de não conseguir pontuar não está relacionado com “nada em específico que tenha falhado neste jogo”. “Acusticamente, o Medense é bastante forte e mais experiente. De qualquer forma penso que estivemos bem e conseguimos ser um adversário à altura e nunca nos intimidamos”, declarou, evidenciando que a equipa “cresceu e evoluiu”, acreditando que esta pode “fazer ainda melhor”. As eleições autárquicas que decorrem no próximo domingo fazem antecipar a jornada para sábado, com o calendário a apontar a receção ao Frazão, no Campo Carlos Alves.

26 de setembro de 2013

Necrologia S. Miguel do Couto – Santo Tirso Maria de Assunção Correia de Sousa Faleceu no dia 19 de setembro, com 94 anos. Solteira. S. Martinho de Bougado Maria Alzira Geraldes Ferreira Faleceu no dia 22 de setembro, com 83 anos. Solteira. Maria José da Silva Ribeiro de Castro Faleceu no dia 24 de setembro, com 63 anos. Casada com Arnaldo de Almeida. Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva


Desporto 27

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26 de setembro de 2013

Trofense vence e segue em frente na Taça Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Trofense venceu Juventude de Pedras Salgadas por 30, em jogo a contar para a Taça de Portugal. Viafara (dois) e Preciado foram os marcadores. Numa tarde de calor, onde a sombra era a única aliada, Trofense e Pedras Salgadas defrontaram-se para a 2ª eliminatória da Taça de Portugal. Frente a frente estiveram duas equipas com realidades competitivas diferentes. Enquanto o Trofense milita na 2ª Liga, o Pedras Salgadas é uma das equipas da série A do Campeonato Nacional de Seniores, que nasceu da fusão da 2ª Divisão B e 3ª nacional. No entanto, no histórico de resultados assemelhamse, já que ambos estão no penúltimo lugar e ainda não arrecadaram nenhum triunfo. Mas no que toca ao jogo, a desigualdade competitiva notouse logo aos dois minutos, com o golo trofense, numa jogada em que Preciado serviu Viafara que à saída do guarda-redes dos transmontanos, atirou para o fundo da baliza. Embalado pela vantagem, o Trofense voltou a criar perigo junto da baliza do Pedras Salgadas. De calcanhar, Mateus Fonseca assistiu Preciado que, no lado

esquerdo, fintou um oponente, mas rematou ao lado. A equipa adversária não baixou os braços e até podia ter empatado não fosse Pedro Costa ter deixado escapar a bola por entre as pernas, quando tinha a baliza à mercê. A oportunidade galvanizou os transmontanos que chegaram mais vezes à baliza defendida por Conrado, mas as debilidades defensivas do Pedras Salgadas eram notórias sempre que o Trofense conseguia espaço na zona ofensiva. Aos 20 minutos, Mateus Fonseca permitiu a defesa de Rafael Albuquerque, quando correu isolado para a baliza. Depois de um livre que foi ter às mãos de Conrado, o Pedras Salgadas foi surpreendido com um ataque rápido do Trofense que acabou em golo. Viafara descobriu Mateus Fonseca na ala direita que, à entrada da grandeárea cruzou para Preciado, que teve tempo e espaço para escolher o ângulo do remate. Seis minutos volvidos, Viafara aproveitou uma infelicidade de Ramalho para fazer o 3-0 e bisar na partida. Até ao intervalo, o Pedras Salgadas tentou responder à desvantagem, mas pecava por falta de discernimento no momento de decidir. Na segunda parte, Maicon Assis, que se estreou com a camisola do Trofense, quis mostrar serviço, mas falhou por centíme-

tros. Este lance animou o público, mas foi das poucas oportunidades numa etapa complementar com pouco interesse. Até ao apito final, destaque apenas para os remates de Padilla e de Rua, que entraram para render Maicon Assis e Preciado. No final do jogo, o técnico do Trofense, Luís Diogo, afirmou que este triunfo “peca por tardio”. “Principalmente na primeira parte, senti que a equipa fez tudo para levar por vencido este adversário. Estes jogos da Taça são sempre complicados, mas os jogadores interpretaram bem aquilo que lhes foi pedido e traduziram em campo o que trabalhamos durante a semana. O ponto forte foi a determinação e a atitude que a equipa teve”, frisou. Já Carlos Guerra, treinador do Pedras Salgadas, referiu que “a estratégia delineada para o jogo caiu por terra com o golo nos primeiros minutos”. “Acabamos por equilibrar, tivemos a oportunidade de fazer o 1-1, não fizemos e em mais um erro sofremos outro golo e aí ficamos com poucas hipóteses”, asseverou. Dois anos depois, o Trofense consegue marcar presença na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. No próximo sorteio serão integradas as equipas da 1ª Liga.

Câmara Municipal da Trofa EDITAL Nº 79/2013 Maria Teresa Martins Fernandes Coelho, Vereadora da Câmara Municipal da Trofa, com competência delegada por despacho nº 21/P/2009, de 10 de Novembro, da Senhora Presidente da Câmara:Torna público, nos termos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 70º do Código de Procedimento Administrativo, que se procede à notificação a todos os proprietários dos lotes do loteamento sito em Lagoa – Santiago de Bougado, em nome de “Zemirino – Sociedade Imobiliária Ldª” com alvará nº 7/03, de que dispõem do prazo de 10 dias , para se pronunciarem relativamente à deliberação tomada em 13/09/2013 que aprova por unanimidade a alteração que se irá proceder ao mesmo. A alteração consiste em modificar o regime jurídico da parcela cedida (espaço verde e ecoponto), através da sua desafetação do domínio público e integração no domínio privado, ficando essa área (43,50m2) afeta ao logradouro do lote 20. E, ainda, a nova localização do ecoponto, com área de 6,60m2, sendo a mesma integrada na zona verde existente na outra ponta do loteamento, dentro dos limites do mesmo, ficando os espaços verdes com área de 87,40m2. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital, e outros com igual teor, que vão ser afixados no edifício desta Câmara Municipal, na Sede da Junta de Freguesia e publicitado em Jornal local. E eu, João Miguel Guedes Rego Sampaio, (chefe de divisão das obras particulares), o subscrevo. Sede do Município, 25 de Setembro de 2013. A Vereadora, Maria Teresa Fernandes Coelho, Dr.ª

Dojo Murakami do Muro recebeu encontro de karaté “O encontro correu como se esperava, foi perfeito.” Este foi o balanço do mestre Arlindo Ferreira relativamente ao encontro de karaté que o Dojo Murakami da Associação Recreativa Juventude do Muro (ARJM) dinamizou durante a tarde de sábado, 21 de setembro. Além de ter estado “praticamente” todos os alunos do Dojo da ARJM e da Póvoa de Varzim, também participaram os seus familiares, que “elogiaram” o trabalho desenvolvido pela coletividade e solicitaram a abertura de novos dojos (equivale a salas de treino) noutros locais. Arlindo Ferreira declarou que esse terá que ser um assunto “bem pensado”, mas que se aceitarem, as pessoas

podem continuar a “depositarlhes total confiança” para poderem “deixar os filhos”. “Já habituamos as pessoas a confiar, porque não desistimos. Exemplo disso é o Dojo da ARJM, que é o mais antigo do norte da Associação Shotokai de Portugal, que chegou a ter um grupo pequeno, mas não os abandonamos e valeu, porque felizmente estamos a crescer”, frisou. O Dojo da ARJM recebe aulas de karaté-do Shotokai às, segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 19 e as 21 horas, e aos sábados no Dojo da Póvoa de Varzim. Para se inscrever, pode fazê-lo nos dojos ou através do email senseiferreira @sapo.pt ou Mestre Arlindo fez balanço positivo do encontro do telemóvel 911 102 689.


28 Desporto

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26 de setembro de 2013

Bougadense apresentou-se aos sócios com jogo histórico com Trofense Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

O Atlético Clube Bougadense apresentou aos sócios uma equipa sénior remodelada e um novo treinador. Jogo de apresentação foi com Clube Desportivo Trofense. Para os dirigentes do Bougadense e do Trofense, fez-se história no Campo da Ribeira, em Santiago de Bougado, no dia 18 de setembro. Nem Adalberto Maia, presidente do Bougadense, nem Paulo Melro, presidente do Trofense, têm conhecimento de algum jogo realizado entre as duas equipas seniores. Aconteceu no dia 18 de setembro, num encontro que serviu para a formação de Bougado apresentar o plantel e equipa técnica aos sócios e simpatizantes. Segundo Adalberto Maia, como em “todos os anos de sobrevivência” da equipa, “nunca foi possível” defrontar o Trofense num “jogo de amizade ou jogo de treino” e como tem que haver “uma primeira vez” para tudo, decidiu convidá-lo para participar neste jogo de apresentação. Uma iniciativa que espera que “continue” pois seria uma forma de fomentar “mais união entre as pessoas, chamar mais gente aos estádios e contar com mais apoio dos sócios e de empresas”.

Plantel para 2013/2014 apresentado

Quanto às rivalidades que se acreditava existir entre os dois clubes, Adalberto Maia refutou essa teoria, afirmando que isso já vem dos “antepassados que sempre sentiram essa rivalidade”, mas que “não era de futebol, mas sim entre as freguesias”. O presidente do Trofense aceitou o convite com “agrado”, acreditando que esta iniciativa seja “importante para as pessoas perceberem que duas associações tão próximas não têm que ser adversárias, mas sim devem colaborar uma com a ou-

tra naquilo que for possível”. Paulo Melro avançou que seria “muito positivo” se o Bougadense subisse de divisão, uma vez que traria vantagens para as duas coletividades, nomeadamente através de “rodagem” de “juniores ou jogadores em final de formação”, que no Bougadense podiam ganhar “traquejo e confiança, acabando a sua aprendizagem de forma a estarem mais preparados para um campeonato profissional”. Voltando ao jogo, o Trofense, seguindo a ordem natural do nível competitivo, ganhou por 1-5,

direção do Atlético Clube Bougadense homenageou o médico José Moreira Padrão, que está responsável pela equipa “há três anos”, pelo “seu empenho e dedicação colocado ao serviço do clube”. O presidente, Adalberto Maia, contou que o decidiu homenagear por “dois motivos”, primeiro por ter sido “um dos primeiros médicos do clube” e por querer “lembrar o homem que ajudou muito e deu muito por este clube”. José Moreira Padrão contou que “desde que o clube nasceu” que “sempre o ajudou”, tendo sido um dos elementos que conseguiu arranjar um campo para o Bougadense, o que na altura foi “difícil”. “Agora não que estou velhote, mas há uns anos eu ia com golos de Rua, Matheus, para o banco nos jogos, sendo Rafinha, Simãozinho e Aitor. O que na altura, penso que era o tento de honra do Bougadense único clube que tinha apoio méteve assinatura de Vitinha, aos dico no banco”, recordou, estan80 minutos de jogo. do “agradecido pelo ato” que a Nesta época 2013/2014, o direção do clube teve, pois só Bougadense conta com um novo demonstra que “não se esquetreinador. João Cruz, que treinou ceram” do apoio que deu ao lona equipa de futebol da Associa- go da carreira. ção Recreativa de Paradela quando subiu à 1ª divisão distrital Plantel 2013/2014 em 2010, foi o técnico escolhido pela direção do Bougadense, Guarda-redes que apenas lhe pediu para “fazer Carvalho a melhor época possível”. Tal Bruno como aconteceu no passado, João Cruz espera que a equipa Defesas que agora está a ser construída Resende dê “frutos”, estando “convencido” Filipe ser capaz de “fazer um campeoRúben nato engraçado”. Dany Com apenas “seis permanênJoel cias” da época passada, o técPedro Ferreira nico ainda está a fazer “a montagem de uma equipa praticaMédios mente nova”, que já se encontra Adriano a trabalhar “há três semanas”, Diogo com jogadores que “aceitaram as Hélder condições” oferecidas e que esVitinha tavam “disponíveis para represenRenato tar o clube”. Apesar de “alguns Ivan contratempos com os jogadores Gavina de férias” o que provocou “um boFábio Araújo cadinho” de atraso nos trabalhos, João Cruz está “satisfeitíssimo Avançados com o trabalho deles”. Tó Maia Bougadense homenageou médico

Médico do clube foi homenageado

Já no dia 20 de setembro, durante os exames médicos, a

Vítor Miguel Soares Hélder Faria


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