3 de janeiro de 2014 N.º 454 ano 12 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Atualidade pág.4
Homem morre atropelado por comboio
Atualidade pág. 2
Trânsito condicionado no Centro a partir de 8 de janeiro
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Falso padre volta a atacar
Atualidade pág. 15
Mau tempo causa estragos
2 Atualidade
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3 de janeiro de 2014
EN14 e EN104 com trânsito condicionado a partir de 8 de janeiro Devido às obras de requalificação urbana dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, as estradas nacionais 14 e 104 vão sofrer “um condicionamento de trânsito, pelo período de três meses”, a partir do dia 8 de janeiro. Este condicionamento devese às obras que vão decorrer na EN14, (troço - Rua D. Pedro V) e na EN104, (troço - Rua Abade Inácio Pimentel), complementares à empreitada de requalificação e regeneração dos Parques e zona envolvente. De acordo com o comunicado enviado pela autarquia, o trânsito na Rua D. Pedro V ficará reduzido a duas faixas, uma em cada sentido (Norte e Sul). Os transportes públicos no sentido poente/nascente serão desviados pela Rua Camilo Castelo Branco e Rua Costa Ferreira (estes dois arruamentos alteram o
Dia 05 9 horas: Pedalada livre, com partida na nova estação da Trofa 15 horas: Senhora da HoraBougadense -FC S. Romão-Monte Córdova 16 horas: Atuação do Coral Infantil Municipal dos Pequenos Cantores da Maia, no auditório do edifício sede da Junta de Freguesia de Bougado, em S. Martinho
Rua Abade Inácio Pimentel ficará totalmente cortada ao trânsito
seu sentido de trânsito), retomando a EN 104 no Largo de S. Martinho. Já no sentido nascente/poente, passarão a fazer o percurso pela Rua Dr. Lima Carneiro,
Rua do Abade Joaquim José Pedrosa e Rua D. João VI e retomam a EN 14. Na EN 104, o troço da Rua Abade Inácio Pimentel ficará to-
talmente cortado ao trânsito. Todas estas alterações, bem como os percursos alternativos aconselhados, estarão devidamente assinalados no local. P.P.
horas. Para os sócios a participação é gratuita e para o público é de “dez euros”. O próximo, a decorrer entre as 9.30 e as 12.30 horas e as 14.30 e as 17 horas do dia 18 de janeiro, é dedicado às “Ervas Milagrosas”, onde serão apresentadas “50 ervas utilizadas para fins medicinais” e explicado como “devem ser preparadas e armaze-
nadas as ervas curativas e qual o poder de cada uma”. O custo é de “cinco euros para os associados e de 20 euros para o público”. “Venha conhecer as ervas que acalmam os nervos, ajudam a digestão, fortalecem o coração, induzem o parto, aliviam as enxaquecas, retardam o envelhecimento, protegem da gripe, potencial tratamento da SIDA, contra
de Jovens de Santa Maria de Alvarelhos está a organizar para o dia 11 de janeiro, pelas 21 horas, no salão paroquial da localidade. A iniciativa tem o objetivo de
“angariar bens alimentares para os mais carenciados”, onde a comunidade é convidada a entregar estas dádivas para participar. No final, segundo Rui Sérgio Teixeira, presidente do Grupo, os
17 horas: Lançamento do livro de Emanuel Dias, na Junta de Freguesia do Coronado, em S. Romão
Farmácias de Serviço
a insónia, forte laxante e muito mais”, convida a associação. No final será fornecido um certificado a todos os presentes. Para participar deve inscrever-se “até 48 horas antes do início dos cursos”, através do e-mail (dapa lnor@gmail.com) ou do telemóvel (929 042 420). No curso dedicado às ervas milagrosas há “apenas nove vagas” disponíveis. P.P.
Dia 03 Farmácia de Ribeirão Dia 04 Farmácia Trofense Dia 05 Farmácia Barreto Dia 06 Farmácia Nova Dia 07 Farmácia Moreira Padrão
“Ginásio Solidário” no salão de Alvarelhos Aula de zumba, demonstrações de dança, ginástica, capoeira e trampolim. Estas são algumas das modalidades que poderá experimentar no “Ginásio Solidário”, iniciativa que o Grupo
Dia 04 15 horas: Inauguração da mostra “Projetos Sem Título”, na Casa da Cultura
ADAPALNOR administra curso sobre Ervas Milagrosas Com o início do novo ano, a ADAPALNOR – Associação para a Defesa do Ambiente e do Património Litoral Norte – está a preparar novos cursos na sua sede, na Rua da Escola, em Mendões, S. Mamede do Coronado. O primeiro curso é “Como planear e construir um jardim”, no dia 11 de janeiro, entre as 10 e as 12 horas e as 14.30 e as 17
Agenda
Dia 08 Farmácia de Ribeirão
bens serão entregues aos “Vicentinos de Alvarelhos”, que ficam encarregues de distribuilos pelas “famílias mais carenciadas”. P.P.
Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
Dia 09 Farmácia Trofense
Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714
Atualidade 3
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Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Morador em Covelas, um homem que se faz passar por padre voltou a burlar, mas desta vez em Mondim de Basto há cerca de um mês. Na Trofa, criou uma associação de cariz social. Manuel Leite Martins continua, alegadamente, a usar o disfarce de padre para continuar as suas burlas. Há cerca de um mês, ter-se-á apresentado em Ermelo, Mondim de Basto, como Manuel Martins, padre e presidente da Fundação Mão Unida, de apoio a pessoas carenciadas. Segundo notícia avançada pelo JN, depois de procurar, acabou por encontrar uma moradia, que seria perfeita pelas vistas e sossego para os seus velhinhos carenciados, tendo combinado com o empresário a sua compra por 15 mil euros. Com as chaves na sua posse, o alegado padre tomou conta da casa e tornou-a aconchegante. Já o empresário nunca mais o viu, pois, apesar dos insistentes contactos telefónicos, Manuel Martins alegou sempre afazeres impeditivos para formalizar a aquisição, marcando datas posteriores que nunca cumpriu. Seguiu-se a compra de um camião de lenha, que dizia ser para aquecimento dos velhinhos, que nunca ninguém viu. O vendedor nunca viu o pagamento de 300 euros. Outra dívida, no valor de 450 euros, fez no Restaurante Sabores do Alvão, em Ermelo, após ter pago com um cheque careca, a refeição e o presunto que levou. Manuel Leite Martins tem 55 anos e há mais de 15 anos que se auto-intitula padre, enganando, pelo menos desde 1998, as populações por onde passa. Na Trofa, em maio de 2013, criou a
Associação Mão Unida, com sede na Rua da Liberdade, em S. Romão, da qual é presidente. A associação foi registada num cartório da Maia, no dia 9 de maio de 2013. Segundo o documento a que o NT teve acesso, Manuel Fernando Leite Martins é “casado,natural de Aboadela, em Amarante, e residente em Querelêdo, em Covelas”. A associação, “sem fins lucrativos”, foi constituída juntamente por dois moradores em Covelas. Segundo os Estatutos, anexados ao documento do cartório, a associação tinha como objetivos “promover e socorrer, material e moralmente, pessoas carentes, sem discriminação de etnia, género, opção sexual e religiosa, proporcionar educação e ensinar, quando possível, às pessoas necessitadas, uma profissão através de cursos profissionalizantes, desenvolver atividades junto a crianças, adolescentes e jovens, proporcionando o seu pleno desenvolvimento, amparar a velhice carente e promover junto às autoridades e a organizações privadas tudo o que possa servir de amparo aos carentes, inclusive firmar convénios”. Além disso, a associação pretendia reconstruir uma casa “na Rua da Pena, no lugar de Querelêdo” para “acolhimento de crianças deficientes” e “mais tarde” seriam “construídos uma nova casa para acolhimento de crianças em risco, um Lar para a terceira idade, um Centro de Dia com atendimento na área da saúde para os mais desfavorecidos e uma cozinha e refeitório para dar alimentos confecionados aos mais desfavorecidos”. Antes de ser apagada, na página do facebook da associação podia ler-se uma mensagem de Manuel Martins, publicada no dia 16 de novembro de 2013, que escreveu que “terminou tudo, acabou associação, estágios e IPSS e terminou assembleia”.
fonte: facebook
Depois da Trofa, falso padre ataca em Mondim de Basto
Manuel Martins ter-se-á apresentado, em Ermelo, como padre
“Na segunda-feira vou saber como posso legalmente destituir a associação e não quero falar mais com vocês todos. Agradeço que me deixem em paz. Podeis resolver a vossa vida comigo não conteis mais e tudo termina aqui. Aquilo que nunca devia ter começado. Felicidades a todos”, podia ler-se. Em resposta, um associado, através da Associação, referiu que “a página é controlada por quatro membros que o diretor ameaçou que os ia expulsar devido a não poderem comparecer a supostas reuniões por motivos adversos, que como todos sabemos têm de ser informadas via carta registada”, sublinhando que “tudo se saberá a seu tempo”. Além disso, deixou “um pedido de desculpas a todos os fornecedores que andam atrás da associação ou do presidente por falta de pagamento”, prometendo que “brevemente” entraria “em contacto com vocês todos”. Pouco depois de ter sido conhecida a burla em Mondim de Basto, a página foi eliminada. Recorde-se que em março de 2013, o NT deu conta que o falso padre tentou abrir na mesma rua uma instituição de cariz so-
cial denominada Dom Manuel Martins Leite. No entanto não conseguiu registá-la porque o autarca local, Guilherme Ramos, o pároco da freguesia, Rui Alves, o vigário da Vigararia Trofa/Vila do Conde, Luciano Lagoa, e o vice-presidente da Câmara Municipal, Magalhães Moreira, descobriram que o indivíduo não era um padre mas sim um burlão. A loja nunca abriu. O diretor da alegada instituição intitulava-se “Dom”, título que é exclusivo a bispos. De acordo com relatos de várias pessoas o indivíduo apresentava-se “com uma cruz ao peito” e assumiase “como padre”. Na altura, Rui Alves e Luciano Lagoa foram à GNR apresentar “uma denúncia para tentar perceber se, realmente, ele é padre ou se não é padre e se a instituição está correta ou não”. Também a Câmara Municipal “agiu de imediato”, participando o caso “à GNR”, para que encetasse “uma investigação”, e “informando” os padres e a Polícia Municipal sobre a situação. O NT apurou ainda, junto de fonte policial, que Manuel Martins esteve preso várias vezes desde 1989, por crimes de burla qualificada, a última das quais com
início em março de 2010, tendo alegadamente saído em liberdade condicional em meados de julho de 2012, tendo como morada conhecida desde então uma rua em Covelas. Em dezembro de 2004, segundo a Agência Lusa, Manuel Martins foi a tribunal depois de ter sido acusado de burla por um homem que lhe terá vendido uma autocaravana. O caso remonta a agosto de 1998, quando Manuel Fernando Leite Martins, envergando um “cabeção” identificativo dos padres, terá contactado um residente de Vilarelho, Caminha, para lhe comprar uma autocaravana, que terá pago com um cheque de 19 mil euros, sobre o Banco Central-Hispano. Como o homem usava cabeção e apresentava “aquele ar bonacheirão de padre de aldeia”, o proprietário da autocaravana nem sequer pensou que poderia estar a ser burlado, até que o seu banco o informou de que o cheque não tinha cobertura. O NT tentou por diversas vezes o contacto com a associação, mas os telefones estiveram sempre indisponíveis. Na sede da associação também não encontramos ninguém. pub
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3 de janeiro de 2014
Homem colhido por comboio Um homem de 62 anos de idade foi, esta quinta-feira, colhido por um comboio no lugar do Carqueijoso, em Bougado, e teve morte imediata. O acidente ocorreu às 17.57 horas quando o comboio que fazia a ligação Porto/ Braga colheu o homem, num local onde é proibida a circulação pedonal e de difícil acesso. A vítima era natural de Águas Santas, concelho da Maia, e residia na freguesia do Coronado (S. Mamede).
Para o local, os Bombeiros Voluntários da Trofa fizeram deslocar três viaturas com oito elementos, tendo sido ainda acionada a VMER-Viatura Medica de Reanimação do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), unidade de Famalicão, e uma ambulância de Suporte Imediato de Vida, da unidade de Santo Tirso do CHMA que já nada puderam fazer. A Guarda Nacional Republicana e a Polícia Municipal da Trofa estiveram no local.
O corpo da vítima foi transportado pelos Bombeiros para o Gabinete Médico-legal de Guimarães. Este é o segundo acidente do género em apenas uma semana. A circulação de comboios esteve condicionada até cerca das 19.30 horas. Recorde-se que a 24 de dezembro uma mulher perdeu a vida a pouco mais de 200 metros daquele local, também colhida pelo comboio que fazia a ligação Porto/Guimarães. H.M.
Quinta da Terrosa novamente assaltada Em menos de um mês, a Quinta da Terrosa, situada no lugar do Casal, em S. Mamede do Coronado, foi assaltada duas vezes. Na madrugada do dia 22 de dezembro, desconhecidos, através de arrombamento de porta, entraram na Quinta e furtaram diversos objetos metálicos, um motor de água, no va-
lor de 300 euros, e a instalação elétrica, desconhecendo-se o valor total do furto. Recordese que entre os dias 23 e 25 de novembro, desconhecidos terão entrado no local, através do escalamento das vedações, e furtado diversas peças de metal. Da habitação devoluta levaram todas as torneiras, bem como diversas peças metálicas, da
Capela furtaram seis sinos e um cálice de prata, que estaria no sacrário, e do lavadouro furtaram três torneiras em latão. Apesar do valor do furto ser desconhecido, presume-se que seja elevado, uma vez que grande parte do material que desapareceu foi fabricado no início do século XX. P.P./H.M.
Detidos por infringirem Código Um homem, morador no Muro, era o fiel depositário de um veículo que se encontrava apreendido, pela GNR da Trofa por circular na via pública sem seguro. Mas no dia 29 de dezembro, o indivíduo foi detido pelos militares por desobediência, uma vez que o apanharam a conduzir o veículo. Foi notificado para comparecer em Tribunal no dia 30 de dezembro.
No mesmo dia, um homem de 38 anos foi interpelado pela patrulha da GNR da Trofa. Enquanto verificava no sistema informático a propriedade do ciclomotor, o indivíduo, morador na Trofa, colocou-se em fuga. Quando descobriram a identidade do proprietário, os militares dirigiram-se à sua residência, onde vieram a descobrir que este era familiar do que se tinha colo-
cado em fuga. Foi aí que este ligou ao fugitivo questionando onde estava e, depois de obter uma resposta, informou a GNR da Trofa que se colocou no seu encalço. O homem teria fugido por não possuir habilitação para a condução. Constituído arguido, o indivíduo foi notificado para comparecer em Tribunal no dia 30 de dezembro. P.P./H.M.
Furtam máquina de tabaco do Clube Slotcar Desconhecidos terão entrado no interior da sede do Clube Slotcar da Trofa, situado face à estrada nacional 14, na Rua das Indústrias, em Santiago de Bougado, de onde furtaram uma máquina de tabaco, que não era propriedade da coletividade. Para acederem ao seu interior, os indivíduos terão partido o vidro da porta e, com recurso a um macaco de carro, elevaram a grade de segurança de enrolar. O furto ocorreu na madrugada do dia 31 de dezembro. Desconhece-se o valor do furto e dos estragos. P.P./H.M.
Interior de habitação furtada em duas noites Em duas noites, desconhecidos terão entrado numa habitação e furtado diversos materiais de metal não precioso e ferramentas. Os assaltos ocorreram nas madrugadas de 25 e 26 de dezembro, na Rua do Atlético Clube do Bougadense, em Santiago de Bougado. Os indivíduos terão ainda furtado duas moto-serras, um pulverizador, diversas torneiras e toalheiros. Para acederem ao interior da casa, que não se encontrava habitada, os indivíduos terão partido o vidro da porta. P.P./H.M.
Centro Equestre furtado em mais de 3000 euros As instalações do Centro Equestre da Trofa, situadas na Rua de Sena, em Santiago de Bougado, foram alvo de uma visita dos amigos do alheio, entre os dias 21 e 23 de dezembro. Os assaltantes, que terão entrado pelas traseiras do edifício, forçando a entrada por um dos portões, furtaram do local duas moto-serras no valor de 2200 euros, uma moto-serra no valor de 550 euros, cerca de 50 litros de gasolina,uma bomba de extração de água, no valor de 300 euros, diversas baterias de empilhador e diversos objetos metálicos e de sucata. P.P./H.M.
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3 de janeiro de 2014
Coronado com orçamento de mais de meio milhão para 2014 Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A Junta de Freguesia do Coronado fez um orçamento de cerca de 657 mil euros para 2014. O documento, que foi aprovado na Assembleia de Freguesia pela maioria PS e abstenção dos elementos eleitos pela coligação PSD/CDS, prevê 274 mil euros em despesas correntes e 383.500 euros em despesas de capital. Os elementos da oposição levantaram várias interrogações quanto às verbas e atividades que o executivo traçou para o novo ano. Ricardo Santos questionou sobre se “há necessidade” de gastar 47.500 euros na remodelação da Casa da Quinta (sede da Junta), em S. Romão e “20 mil euros nos lavadouros públicos”, enquanto “nas cinco escolas da freguesia se prevê gastar apenas mil”. O elemento da coligação quis ainda saber “quantas sepulturas faltam vender no cemitério de S. Mamede” e “se a Junta de Freguesia já fez algum estudo sobre os custos para a dependência dos Bombeiros” no Coronado. Sobre este assunto, José Ferreira afirmou que “não cabe” à Junta “fazer as contas, mas sim aos Bombeiros”. “É um anseio que temos, e legítimo, atendendo à dimensão e representação populacional da nossa freguesia. Vamos desenvolver todo o trabalho necessário junto dos Bombeiros para saber se há hipóteses de criar a dependência, mesmo sabendo que, nesta altura, não é fácil dispersar recursos”. Sobre a Casa da Quinta, o autarca afirmou que os 47.500 euros proveem de um pedido de subsídio à Câmara, que continuará a ser solicitado, porque “a sede da freguesia merece todas as condições para funcionar”. Quanto aos mil euros para as escolas, José Ferreira quis “ressalvar” que o orçamento e o plano de atividade “são documentos previsionais” e que “o mais importante era abrir a rubrica”. “Não temos uma perspetiva do que vamos gastar, porque cada escola tem as suas características. Só no final do ano é que faremos as contas. Esta é uma nova realidade e voltamos à estaca zero, com a dificuldade de termos de
que foi estipulado” e que “a obra está a ser acompanhada por técnicos da Câmara”. O autarca referiu ainda que “esta é a obra possível” e que “há que estabelecer prioridades”. “Este executivo pagou uns passeios de 70 mil euros (de outra empreitada) e esta obra custou 90 mil. Temos que ser criteriosos e o que era mesmo necessário era intervir na rua. No entanto, talvez os passeios cheguem na devida altura”, sustentou, recusando colocar lombas por não estarem “no âmbito” da Junta de Freguesia, mas “da Câmara Municipal”.
MaioriaaprovaTaxas e Licenças, que mereceu votos contra do PSD/CDS
Guilherme Ramos considerou exagerados valores das taxas do cemitério
fazer uma previsão”, frisou. No que respeita ao cemitério de S. Mamede, o presidente da Junta afirmou que “faltam vender 22 sepulturas”, acrescentando, por solicitação do membro do PS Vítor Martins, que é intenção do executivo “intervir no cemitério junto à Igreja Paroquial de S. Romão, para dotá-lo da dignidade que merece” e fazer o mesmo, “posteriormente”, no cemitério de S. Bartolomeu. Já Adriano Vasconcelos, da oposição, acha “estranha” a requalificação da Rua do Ribeirinho, em S. Romão, que, afirma, “pertence a um loteamento e é uma rua que tem uma pessoa a morar”. José Ferreira respondeu que “as ruas são de todos e esta está no território da freguesia”. “Nem que seja para servir uma só pessoa, pois merece a mesma consideração que uma rua com 20 ou 30 pessoas”, sublinhou. Já sobre a proposta do Plano de Atividades e orçamento de 2013, que resultou da junção da gestão das duas freguesias, os elementos da coligação PSD/ CDS não votaram, por não concordarem que fosse a votação “no final da sua execução”. “Isto só fazia sentido se fosse feito no início de novembro, no mínimo. Agora, o processo está cumprido, vamos aprovar uma coisa que já está executada? Eu nem sei se isto é possível do ponto de vista legal”, asseverou. Joaquim Dias Pereira, tesou-
reiro da Junta, explicou que “o processo da agregação deu muitos problemas” e que se tratou “de uma simples operação matemática em relação à execução deste orçamento para 2013, em que foram aprovados os orçamentos das duas freguesias, feitos os apuramentos até 29 de setembro e descortinado o que não foi executado”. A proposta foi aprovada, com os votos favoráveis do PS, enquanto a oposição não participou na votação. Distribuição de cabazes de Natal levanta celeuma Um dos assuntos que levantou celeuma na Assembleia foi a entrega dos cabazes de Natal na freguesia. O tema foi introduzido pelo socialista Vítor Martins, que quis saber se o presidente da Junta tinha sido “convidado para acompanhar a distribuição dos cabazes” e se era verdade que “alguns cabazes foram entregues a vizinhos para que entregassem aos destinatários” e outros “foram deixados em locais que não têm a ver com o processo em vez de serem entregues na Junta”. Guilherme Ramos interveio para acusar Vítor Martins de fazer “gincanas de meias conversas” e de “dar uma achega a uma instituição de solidariedade social (ASCOR)”. “Devia estar mais preocupado com a forma como foram feitas as inscrições, em que há uma série de nomes repetidos, pessoas de S. Romão inscritas na lista de S. Mamede
e alguns nomes em que na morada dizia para entregar na Junta de Freguesia”, atirou. Em resposta, o presidente da Junta mostrou-se “admirado” por Guilherme Ramos “ter conhecimento” desses dados “quando não acompanhou o processo”, salvaguardando que a Junta de Freguesia “fez o que foi solicitado pela Câmara Municipal”. “Foinos pedido que puséssemos na lista famílias que estão a passar necessidades, mas que não vêm à Junta por vergonha. Em S. Mamede, alguns cabazes foram deixados no polo 2 da Junta, porque as pessoas não estavam em casa e alguns vizinhos não quiseram ficar com os cabazes, mas em S. Romão isso não aconteceu e os cabazes que deviam ficar na Junta ficaram na ASCOR, mas não vi ninguém desta instituição na reunião entre as juntas de freguesia e a Câmara”, afirmou, acrescentando que o executivo não foi convidado para a distribuição e só teve conhecimento “quando viu os cabazes no polo 2 da Junta, em S. Mamede”. Sobre a obra que está a ser executada na Rua Vale do Coronado, Adriano Vasconcelos sugeriu que “fosse mais bem sinalizada”, pois “há coisas que estão a correr menos bem”. Já Augusto Jesus afirmou que nesta empreitada “falta o principal, os passeios” e “lombas dissuasoras de velocidade”. José Ferreira afirmou que a sinalização “está em conformidade com o
Os valores estipulados pela Junta de Freguesia nalgumas taxas e licenças não mereceram o acordo da oposição, que votou contra a respetiva tabela, que foi viabilizada pela maioria socialista. Adriano Vasconcelos explicou o sentido de voto dos elementos da coligação PSD/CDS com preços referentes ao cemitério. “Aumento de 25 por cento no trabalho de abertura de sepulturas, de 50 por cento na concessão de sepulturas, que corresponde a um aumento de mil euros em cada urna, e de 300 por cento na concessão de um terreno para a construção de uma capela. Também nos parece desajustada a cobrança de dez por cento do valor de uma eventual construção por taxa de licenciamento, assim como a cobrança de 500 euros para a colocação de uma placa indicativa do construtor”, explicou. Por sua vez, José Ferreira argumentou que o executivo tratou de “uniformizar os preços” nos vários serviços das duas freguesias agora agregadas e que “os cemitérios são dos poucos recursos que uma Junta de Freguesia tem para realizar capital, portanto é património da freguesia que tem que ser gerido da melhor forma possível e rentabilizado o mais possível”. “A Junta tem que garantir um lugar no cemitério para sepultar os defuntos e para isso há o geral, mas quem quer comprar, tem que pagar a concessão e, para nós, são valores justos, atendendo ao espaço que existe. Já a placa dos construtores é publicidade, estamos a falar de uma questão supérflua”, acrescentou.
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3 de janeiro de 2014
Maior parte do investimento previsto para conclusão das obras no S. Pantaleão
Assembleia do Muro aprova orçamento Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A maior parte do investimento da Junta de Freguesia do Muro para o ano 2014 será canalizada nas obras da zona envolvente à capela de S. Pantaleão. Assembleia aprovou orçamento, com a abstenção dos elementos da coligação PSD/CDS. O Orçamento e o Plano Plurianual de investimentos (PPI) para 2014 da Junta de Freguesia do Muro foram aprovados em Assembleia pela maioria independente, com a abstenção dos quatro elementos da coligação PSD/CDS, na noite de quinta-feira, 26 de dezembro. Carlos Martins, presidente do executivo murense, anunciou que o documento financeiro prevê receitas no valor de “80 mil euros, para além dos 50 mil inscri-
tos no subsídio da autarquia para as obras de requalificação da zona envolvente à Capela de S. Pantaleão”. Dos 80 mil, acrescentou, “quase 60 por cento é para pagar a funcionários e 20 por cento para investir”. O autarca reiterou que a Junta de Freguesia estará focada na conclusão da empreitada de S. Pantaleão, onde “já gastou 17 mil euros” e terá de gastar mais dez mil, além dos 50 mil euros subsidiados pela autarquia, que, por sua vez, chegarão por fases, tendo em conta os autos de medição. Carlos Martins confirmou, depois de questionado pelo elemento do PSD/CDS, António Correia, que o valor do subsídio transitou do orçamento anterior e divulgou a intenção de ver a requalificação concluída “em maio”. O presidente da Junta referiuse ainda a uma rubrica nas receitas, “no valor de 11 mil euros”,
Câmara Municipal da Trofa AVISO CONTRATAÇÃO DE TÉCNICOS PARA ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NAS ÁREAS DO ENSINO DE INGLÊS, ACTIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA E ATIVIDADES LÚDICO-EXPRESSIVAS Para os devidos efeitos e no cumprimento do n.º 5 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro, torna-se público que o Município da Trofa irá proceder à abertura de procedimento concursal para contratação, a termo resolutivo certo, a tempo parcial, de técnicos especialmente habilitados para a realização de Actividades de Enriquecimento Curricular nas áreas do ensino de inglês, actividade física e desportiva e atividades lúdico-expressivas. O referido procedimento concursal estará disponível no sítio da internet da Câmara Municipal da Trofa em www.mun-trofa.pt, no dia 3 de janeiro de 2014, onde constarão todos os requisitos e condições de admissão ao procedimento concursal. As candidaturas deverão ser formalizadas mediante preenchimento obrigatório de formulário electrónico na aplicação para apresentação de candidaturas às Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC’s), no sítio da Internet do Sistema Interativo de Gestão de Recursos Humanos da Educação (SIGRHE), https:// sigrhe.dgae.min-edu.pt. Município da Trofa, 30 de dezembro de 2013 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, Sérgio Humberto
Carlos Martins quer ver a obra do S. Pantaleão concluída
dez mil dos quais “referentes a um subsídio que está inscrito no Programa de Apoio à Economia Local” da autarquia da Trofa – para “uma obra que a Junta fez na Rua dos Padins” – e mil de “possíveis vendas no cemitério”. A intenção do executivo é alargá-lo “para o lado do infantário”, para aumentar a lotação, uma vez que os espaços, apesar de vagos, “estão quase todos vendidos”, e depois avançar para a requalificação, com “drenagem de águas pluviais” e “iluminação mais nobre”. As receitas fixas da Junta provêm do Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF) e do protocolo de delegação de competências assinado com a autarquia que, segundo Carlos Martins, “terá o mesmo valor que em 2013”. Os elementos da coligação PSD/CDS explicaram, pela voz de António Correia, que a abstenção na proposta de orçamento e PPI é “o benefício da dúvida”, para que “se realizem o máximo de obras possível, já que há muitas que estão no plano há muito tempo e são necessárias para a qualidade de vida dos murenses”. Antes da ordem do dia, Ana Sofia Martins, da coligação PSD/CDS, questionou o executivo sobre o desaparecimento da lona que anunciava a obra da requalificação da zona envolvente à capela de S. Pantaleão. Carlos Martins esclareceu que “foi furtada”, em pleno dia, “às dez da manhã”. “Tive dúvida que pudesse ser alguém da Câmara, mas de lá disseram-me que não tinham feito nada. Entretanto, hou-
ve uma pessoa que retirou as matrículas das duas carrinhas de caixa aberta que estavam lá e vamos fazer queixa à GNR”, frisou. A independente Margarida Pinto elogiou a ideia do executivo de promover a iniciativa Muro Doce, um workshop de sobremesas de Natal. Carlos Martins afirmou que, perante a parca fonte de receitas da Junta, “é este tipo de atividades que se podem fazer para promover o convívio da população”, anunciando a próxima, a leitura de Contos de Natal, no dia 19 de janeiro, pelas 16 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia. António Correia sugeriu ao executivo a colocação de um contentor do lixo, perto de uma urbanização na Rua José Moura Coutinho, a pedido de alguns populares, que temem atravessar a estrada nacional 14. Carlos Martins referiu que o pedido vai ser endereçado à empresa municipal Trofáguas, que
gere a recolha do lixo, informando também que “vão ser colocadas sete passadeiras” na estrada. Na sessão, o presidente da Junta informou que está a “aguardar” desenvolvimentos para as obras de reabilitação na Estrada Nacional 318, face “a um contrato que a Câmara tem com a Indaqua, que previa a requalificação do piso quando fossem colocadas as condutas de água”. Já o regimento da Assembleia foi aprovado por unanimidade. No período de intervenção do público, António Araújo solicitou ao executivo que fossem podadas as árvores no largo da Serra. Carlos Martins explicou que esse processo “poderá acontecer só daqui a alguns anos, porque a engenheira da Câmara não quer que se corte, porque explica que elas seguem o rumo natural de crescimento e se podar ficam desproporcionadas”.
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3 de janeiro de 2014
Orçamento para 2014 aprovado na Assembleia Municipal Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Os membros eleitos pelo PSD e CDS/PP votaram favoravelmente o Orçamento para 2014, no valor de 47,8 milhões de euros, assim como o Plano Plurianual de Investimentos e o Plano de Atividades Municipais. Na sessão ordinária da Assembleia Municipal, que se realizou na noite de segunda-feira, 30 de dezembro, a presidente Isabel Cruz anunciou que Assis Serra Neves, eleito pelo PS, tinha renunciado ao mandato por “motivo pessoal”, sendo substituído por Rui Pinto. Seguiu-se a aprovação com 14 votos favoráveis do PSD e CDS/PP, as abstenções dos eleitos pelo PS e de Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, e do voto contra de Paulo Queirós, eleito pela Coligação Democrática Unitária (CDU), do Plano Plurianual de Investimentos, Plano de Atividades Municipais e o Orçamento para o ano de 2014, no valor de 47,8 milhões de euros. Na declaração de voto, Paulo Queirós afirmou que “só a ausência de auscultação das forças políticas presentes nesta Assembleia Municipal, prevista na Lei, e assim violando o estatuto da oposição, seria o suficiente” para este ponto ter o “voto contra”, mas “infelizmente muitas outras razões sustentam” este sentido de voto. Segundo o membro da CDU, este documento, que é “claramente marcado pela assistência financeira, que advém do excessivo endividamento da autarquia,” além de ser de “continuidade de alguns projetos do executivo anterior”, continua “sem uma visão estratégi-
ca para o futuro do concelho”. Já o orçamento é “pobre nas verbas previstas e no conteúdo, pobre na perspetiva”, com “muito texto” e “muitos candidatos a projetos, mas muito pouco investimento”. O documento “continua sem definir a localização dos Paços do Concelho, onde se poderia reduzir muito as rendas a liquidar”, “não promove devidamente o património local, como o Castro de Alvarelhos, não é claro na maneira como pretende intervir na requalificação das EN que atravessam o concelho e nas principais estradas de ligação entre freguesias, é pouco ambicioso na questão do Metro e dá pouco apoio para medidas tendentes a valorizar os cidadãos de mobilidade reduzida”. “Há uma gritante falta de investimento, em algumas rubricas referentes a despesa de capital são absolutamente irrisórias, pelo que não se perspetivam melhorias na qualidade de vida dos trofenses”, concluiu. Já Pedro Ortiga, membro eleito pelo PS, declarou que o grupo parlamentar decidiu abster-se por “uma questão de coerência e de responsabilidade no momento atual”, afirmando que “expressar a situação financeira do Município neste contexto num documento como o orçamento é uma tarefa sempre complexa, mas é igualmente importante reconhecer que foi já feito um enorme esforço e foram atingidos objetivos muito positivos nos últimos anos”, que permitiram “que nos tempos atuais fosse possível pagar dívidas a fornecedores, sermos enquadrados em planos de reequilíbrio financeiro, respeitar a Lei dos Compromissos e ter acesso aos fundos comunitários para a execução de obras”. O membro mencionou que este orçamento é “um instrumen-
Orçamento aprovado pela coligação PSD/CDS
to com grande dose de risco, como é referido pelo próprio relatório da DGAL”, tendo também um “forte fator de imprevisibilidade decorrente da dívida, pela estabilidade legislativa e pelas modificações da Lei das finanças locais”. Além disso, há “uma grande distância entre este orçamento municipal e as promessas eleitorais” e “não se deslumbra nestes documentos uma estratégia correspondente ao que foi o voto dos trofenses e o respeito pelas promessas dadas”, frisou. Carlos Martins quis esclarecer o sentido de voto, frisando que “como independente não tem compromisso nem acordo partidário nem com o PSD, CDS, nem com o PS”, sendo “a Junta de Freguesia do Muro cem por cento autónoma”. “O sentido de voto foi a abstenção não no sentido de estar contra ou a favor do orçamento, mas já nos outros anos anteriores o fiz porque acho que cabe a responsabilidade de quem executa o orçamento, ou seja, de quem o povo elegeu, de propor um orçamento, uma proposta para a população e só vai que ter que executá-la”, explicou, sublinhando que “o executivo vai ter uma grande responsabilidade na execução do orçamento”, uma vez que “a situação financeira do Município é muito débil”. O presidente da autarquia, Sérgio Humberto, afirmou que há que “ter consciência” que “durante 15 anos não temos instalações e temos uma dívida avultadíssima”. “Durante oito anos fezse dívida, mas fez-se obra, mais quatro fez-se dívida, mas não se
fez obra. Vamos fazer aquilo que nunca foi feito, que é diminuir a dívida e fazer obra, é isso que este orçamento diz”, enunciou. CDU votou contra as empresas municipais Com 25 votos favoráveis e uma abstenção de Paulo Queirós foi aprovada a designação de Fiscal Único da empresa municipal Trofáguas Serviços Ambientais E.M. e da empresa Trofa Park a Cruz, Cunha, Campos & Associado, SROC. Já o Contrato-Programa entre a Câmara Municipal da Trofa e a Trofáguas e entre a Câmara Municipal e a Trofa Park foi aprovado com 24 votos favoráveis, uma abstenção de Carlos Martins e um contra de Paulo Queirós. Também os instrumentos previsionais de Gestão Económica e Financeira para o exercício de 2014 da Trofa Park e da Trofáguas foi aprovado com 14 votos favoráveis do PSD e CDS/ PP, 11 abstenções dos eleitos pelo PS e Carlos Martins e um contra de Paulo Queirós. Na declaração de voto, Paulo Queirós explicou que como a CDU defende “a extinção das empresas municipais e a sua integração nos serviços da Câmara, não pode aceitar nenhuma das propostas a elas referidas, votando consequentemente contra todas”. Já nas propostas de nomeação de Fiscal Único, como se trata de “uma proposta nominal e nada tendo contra a sociedade proposta” absteve-se nesses dois pontos. Durante a sessão, foi ainda aprovado pela unanimidade dos
presentes a proposta de Regimento da Assembleia Municipal da Trofa. Paulo Queirós referiu que este documento resultou das “negociações e propostas apresentadas por todos os grupos municipais”, em que a CDU cedeu “em alguns pontos, que tentaremos implementar no futuro”. Para a CDU seria “importante que o público tivesse oportunidade de falar no início da AM e não no fim”, assim como existir “uma melhoria nos tempos de intervenção”. Foi ainda aprovado por unanimidade o Mapa de Pessoal para o ano de 2014 e a autorização genérica para dispensa de autorização prévia da AM para compromissos plurianuais. Na sessão foi ainda designado, com 26 votos favoráveis, Adelino Maia, presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, para exercer o mandato de 2013/2017 na Assembleia Distrital o Porto. Já com 24 votos favoráveis, um branco e um não, a designação de Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado, para o Conselho Municipal de Educação, e com 25 votos favoráveis e um não, a designação de Carlos Martins para a Comissão Municipal de Defesa da Floresta. Foi ainda aprovada por unanimidade a proposta de Minuta de Contratos de Delegação de Competências nas Juntas de Freguesia, as alterações ao Regulamento Municipal de Taxas e à Tabela de Taxas do Município da Trofa e a alteração ao Regulamento Municipal de Publicidade do Município da Trofa.
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3 de janeiro de 2014
Presidente da Junta do Coronado indignado com a distribuição dos cabazes Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
O presidente da Junta de Freguesia do Coronado, José Ferreira, mostrou-se desagradado pelo facto de a Junta não ter sido informada da distribuição de cabazes e questionou o porquê de a Ascor ter guardado os cabazes sobrantes e não ter sido pedida esta tarefa à junta. No período antes da ordem do dia, José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, mostrou-se “surpreendido” por a Câmara Municipal ter iniciado a distribuição dos cabazes “sem ter dado conhecimento à Junta de Freguesia”, contrariamente ao que aconteceu com as restantes juntas que tiverem “conhecimento por e-mail”, quando esta tinha “colaborado” em todos os procedimentos, como as “inscrições e enumeração das famílias” e “uma ordem de entrega, para que quando esta fosse feita não se andasse de um extremo da freguesia para outro”. “Não faço questão de estar presente na distribuição dos cabazes, o que faço questão é de ser informado uma vez que a Junta colaborou com a Câmara Municipal na orgânica, na atribuição, na contemplação e na receção de toda a documentação necessá-
José Ferreira afirmou que autarquia “não deu conhecimento à Junta” da distribuição dos cabazes
ria para a atribuição dos cabazes. No mínimo, por uma questão de respeito, acho que merecíamos ser informados quando é que essa distribuição iria ser iniciada, até para podermos atempadamente informar as pessoas que nos colocam essa questão”, explicou. Além disso, quando os cabazes foram distribuídos, José Ferreira foi “confrontado com algumas situações” que o deixaram “muito triste e até preocupado”. Quando as “pessoas não estavam em casa, os cabazes eram deixados em vizinhos que acabaram por ficar com os cabazes, não os dando às pessoas, a quem de direito”, tendo a Câmara “de voltar a entregar outro cabaz”. “Outras pessoas” contaram ainda que houve vizinhos “que não aceitaram” ficar com os cabazes, sugerindo que os entregasse na Junta, como tinha sido “previamente combinado”, tendo-lhes sido dito que “o presidente de Junta não quis colaborar nessa distribuição”. “Eu nunca disse isso. Gostava de saber e é uma questão que lanço, se realmente eu disse que não queria colaborar nessa distribuição. Não o disse e fiquei muito desagradado também com este tipo de atitude”, salientou. Em S. Mamede, no final da distribuição foram “deixados alguns cabazes na Junta de Freguesia”, para que “as pessoas
depois se dirigissem lá para os levantar”. No entanto, em S. Romão “curiosamente nenhum cabaz foi deixado na Junta de Freguesia, quando as pessoas fizeram lá a sua inscrição”, tendo sido entregues “na ASCOR (Associação de Solidariedade Social do Coronado)”. “Não” se recordando de ver nas reuniões a presença da ASCOR, José Ferreira questionou o “porquê” de esses cabazes terem sido entregues na associação e de “as pessoas lá se dirigirem para os levantar, como se fosse a ASCOR a atribuí-los”. “Acho uma falta de respeito muito grande para com a Junta de Freguesia do Coronado e para com o presidente”, finalizou. Não obtendo resposta relativamente à situação dos cabazes, José Ferreira interveio no período do público, questionando uma vez mais Sérgio Humberto “se era conhecedor que os cabazes foram entregues na ASCOR”. Aí, o autarca declarou que “a principal preocupação” foi “essencialmente dar os cabazes às famílias”. O presidente da Junta apresentou ainda dois aspetos ao edil trofense que “não queria que se voltassem a repetir no futuro”. O autarca foi “nomeado” pela autarquia para o Conselho Geral da Educação e foi “surpreendido” pelo convite para “uma reunião”, tendo já assistido “a duas”,
“sem ter conhecimento dessa nomeação”, tendo sido apenas informado pelo Agrupamento de Escolas do Coronado. Outra situação está relacionada com as iluminações de Natal colocadas pelo concelho, em que José Ferreira foi uma vez mais “surpreendido” pelos funcionários da empresa que “não sabendo muito bem onde colocar essas iluminações” questionaram na Junta “onde iriam colocar”. “No futuro tudo aquilo que se passe ou pelo menos que a Câmara tenha intenções em realizar na freguesia do Coronado, gostaria que manifestasse previamente conhecimento disso à Junta”. Protocolo com Sorgal Relativamente à informação escrita do presidente da autarquia, o membro da CDU, Paulo Queirós, quis ser esclarecido como é que “a Sorgal, do grupo Savinor, tem um gesto tão altruísta na mesma altura que decorrem as negociações com a Savinor”, frisando ser “um ótimo gesto que o canil bem precisa destes apoios”, deixando no ar se “não haverá gato escondido”. Já Liliana Teixeira, membro do CDS/PP, sublinhou que foi com “grande agrado” que o grupo parlamentar do CDS/PP acolheu “a iniciativa camarária em prol do canil da Trofa, que visa uma parceria com a Sorgal”, des-
tacando que “esta empresa vai oferecer mensalmente parte da alimentação para os 70 cães que estão albergados no Canil Municipal, que se encontra com a sua lotação máxima”. Para o membro, esta “parceria, em termos práticos, vai reduzir em cerca 22 por cento as despesas mensais que a Câmara tem com os cães abandonados”. Em resposta, Sérgio Humberto explicou que “durante 30 anos” a população de Covelas e da Vila do Coronado foi “empestada por cheiros” e, por isso, o que se conseguiu no dia 13 de dezembro entre “a Savinor, Câmara Municipal, Águas do Noroeste, Trofáguas e ARH Norte” foi “memorável”, sendo que a Savinor vai ter que investir “mais de um milhão e meio de euros em instalações próprias”. Nas próximas reuniões a autarquia vai tentar que no “máximo dos máximos” a empresa tenha apenas “800 metros quadrados de lagonagem”, que terá um “tratamento biológico ou então do tratamento anaeróbio, mas já de última geração”, o que implica que “a deposição de lamas nessa lagoa seja mais rápida e ativa”, sendo esta “a primeira empresa em Portugal a ter este tipo de tratamento”. “A Câmara, que não estava contabilizada na dívida, tinha que pagar inicialmente nesse contrato cem mil euros para fazer a ligação desse intercetor, depois passou para meio milhão que era o investimento que a Savinor tinha de 400 mil euros, e posso dizer que, com isto tudo, a Câmara vai gastar absolutamente zero. Quem vai ficar com este encargo de meio milhão de euros é a Águas do Noroeste”, concluiu. Quanto à iluminação pública, o membro da CDU acha que “deveria ser encontrada uma melhor solução”, tendo em conta “o custo económico, ambiental e ecológico”, sendo da opinião que “o retomar da ligação plena não acaba com o problema da segurança”, sugerindo que “em algumas zonas” fosse “repensada a iluminação”, uma vez que é possível “reduzir com segurança”.
Política 9
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3 de janeiro de 2014
Obras dos Parques em destaque Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
As obras de requalificação dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr Lima Carneiro voltam a ser tema na Assembleia Municipal, com alguns membros a mostrarem-se preocupados com os atrasos. Durante a sua intervenção, Sérgio Araújo, eleito pelo PSD, destacou “a prorrogação do prazo para a conclusão das obras dos Parques para abril de 2014”, enunciando que “estas obras deveriam ter terminado em novembro de 2013 e nessa data apenas tínhamos 13 por cento de execução”, um “incumprimento” que pôs “em risco a devolução dos fundos comunitários e a pesada herança de termos a obra dos Parques hipotecada”. “O prazo apesar de prorrogado é curto confirmando-se hoje que as dúvidas na altura sobre a adjudicação da obra são agora certezas do erro que foi cometido pelo anterior executivo, porque é claro, até para os mais despercebidos, da falta de capacidade da empresa em executar a obra nos prazos estipulados e contratualizados. Podemos ainda todos ter que pagar por este grave erro”, sublinhou. Sérgio Humberto declarou que quando assumiu funções encontrou “dois projetos fundamentais” que estavam com “as candi-
daturas a cair”: o Parque das Azenhas e os Parques Nossa Senhora das Dores e Dr Lima Carneiro. O primeiro chegou aos “70 por cento de execução” e o segundo “não chegou aos 20 se quer”. Quanto às obras de requalificação dos Parques, o edil explicou que caso “a CCDRN” afirmasse que “não vamos ter possibilidades de terminar a obra”, a envergadura ficava “como está agora porque não houve capacidade para terminar o projeto a tempo” tendo ainda que “devolver o dinheiro que já receberam”. Se em “junho” a obra “não estiver” executada “financeira e tecnicamente”, há ainda “uma fase que já não é comparticipada pelo QREN em 85 por cento, mas em 50 e depois deixa de ser”. Sérgio Humberto referiu que “os empreiteiros estão com enormes dificuldades em termos de liquidez”, estando o executivo “muito preocupado, porque a empresa que ganhou se calhar não devia ter ganho e foi das mais caras”, mesmo “toda a gente sabendo que estava em pré-insolvência”. Exemplo disso é que no “plano de obra” está escrito que “hoje (segunda-feira) deviam estar cerca de cem trabalhadores na obra e estavam 23”, tendo sido “aumentada a fiscalização sobre esses empreiteiros”. “Apesar desta prorrogação do prazo ter sido conseguida pela CCDRN continuo muito preocupado com o futuro daquela obra, o que se-
Sérgio Humberto afirmou que obras estiveram em causa
ria tremendamente drástico para o nosso concelho ficar com aquilo como está e ter que devolver todo o dinheiro”, salientou. Quanto à requalificação do Parque das Azenhas, o presidente afirmou ser “uma situação parecida num valor mais reduzido”, onde há “mais problemas em termos de condições climatéricas”. Para si, o “projeto devia ter sido tratado doutra forma, com as margens mais consolidadas, que não estão em boa parte”, tendo consciência que este “vai dar qualidade à população, mas que também vai dar muitos custos” à autarquia. Também no período do público, o tema dos parques voltou a ser introduzido, mas desta vez por Luís Pinheiro, que voltou a
frisar que das “oito empresas” concorrentes os “avaliadores da Câmara” escolheram “uma empresa de Braga ao que se diz falida e com processos de insolvência, que ainda por cima apresentou o quinto valor mais alto”. “Se não existiu interesse e jogo de influências, o que levou a câmara a escolher uma proposta mais cara e a atribuir a obra a uma empresa pequena e com grandes dificuldades financeiras. O resultado está à vista, os trabalhos não andam, nem desandam mesmo com a ajuda de outra empresa”, atacou, declarando que esta situação está “a causar graves prejuízos e constrangimentos aos trofenses e corremos o risco de perder o direito à comparticipação comunitária”,
sendo que, na sua opinião, “os responsáveis por esta grave situação” deviam “ser chamados a responder pelos prejuízos causados aos trofenses e aos cofres do município” Luís Pinheiro questionou ainda o executivo “para quando o início e conclusão dos trabalhos nos parques que competiam à Metro do Porto” e “quando estará concluído o Parque das Azenhas”. Em resposta, Sérgio Humberto contou que recebeu “uma notificação e que vai ser feita uma inspeção a esse tipo de contratos e obviamente esse será um inspecionado pela Inspeção Geral das Finanças”. Quanto à parte dos trabalhos que competiam à Metro, o edil explicou que foi “a Câmara que teve que avançar” com “o concurso” que foi “ultimado e entretanto vai a reunião de Câmara essa adjudicação”. “Há uma coisa que vos posso garantir, aquilo que a Câmara tinha que pagar dessa obra já foi garantido junto da Metro do Porto e da Secretaria de Estado e nós não vamos precisar de desembolsar esse valor avultado”, concluiu. Também no Parque das Azenhas foi feita “uma prorrogação do prazo (até junho de 2014) por causa das questões dos bens imateriais”. Além disso, “neste momento não pode ser colocado aquele piso de resina” por causa da “chuva”.
Vão ser tapados os nomes na Rotunda dos Combatentes No período de intervenção do público da Assembleia Municipal, Luís Pinheiro questionou o executivo da autarquia se “o monumento para homenagear os combatentes da Guerra Colonial precisava de ter inscritos os nomes”, quando do concelho partiram “cerca de dois mil trofenses” e apenas estão inscritos “cerca de 170 nomes”. Para “evitar injustiças, discriminação e problemas”, para si, os nomes deviam de “ser tapados por uma chapa”. Além disso, questionou “para quando a demolição do pontilhão junto à EB 2/3 Professor Napoelão Sousa Marques” e se “foi difícil obter a autorização da RE FER”, para “quando a modificação do entroncamento junto à
ponte sobre o rio Ave para ajudar a descongestionar o trânsito”, “o que tem sido feito para obrigar o Ministério das Obras Públicas a executar as variantes à EN14 e 104” e “o que tem sido feito para estabelecer os limites entre os concelhos da Trofa e Santo Tirso”. Quanto à rotunda dos Combatentes, Sérgio Humberto, edil trofense, respondeu que tinha “toda a razão”, tendo a inscrição sido “um erro, não por aquelas pessoas que lá estão, mas por aquelas que não tem e que devem ser tratadas da mesma forma”. Na rotunda, que custou “cerca de 23 mil euros”, vão ser gastos “mais dois mil euros” para serem “tapados aqueles nomes” e ser fei-
ta “uma homenagem à figura, ao ex-combatente do concelho da Trofa”. Relativamente ao pontilhão junto ao ciclo da Trofa, o presidente afirmou que apesar de ter sido “difícil”, conseguiu, estando “a ultimar esse contrato” para a demolição de “dois pontilhões”, o que está junto à EB 2/3 e “o de Real”, mas também “do talude que os une”. Já sobre o entroncamento junto à ponte sob o rio Ave, o edil referiu que “é algo que podemos fazer”, não para “solucionar o problema” mas para “minimizar”, estando já a providenciar “tarefas nesse sentido para fazer uma obra de alargamento de via”, tendo já “três estudos para avançar com essa
obra”, faltando “negociar com os proprietários dos terrenos”. Sobre as variantes, Sérgio Humberto declarou que vai “deixar para mais tarde”, tendo já sido dados “passos” e reunido com “o Secretário de Estado e com entidades que podem ajudar neste processo” e em “articulação com a Câmara Municipal da Maia e de Famalicão”. Quanto aos limites entre os concelhos da Trofa e Santo Tirso, o presidente declarou que “não pegou neste processo” com Santo Tirso, por ter “a consciência que é complicado”. Mas com a autarquia da Maia já se encontra “a dar os primeiros passos nessa negociação” por “uma imposição de uma empresa (BIAL) que está
com dificuldades em aumentar as suas instalações”, uma vez que, segundo a CAOP (Carta Administrativa Oficial de Portugal), esta foi “dividida a meio”, mas “não é isso que dizem as antigas cartas”. Já com Santo Tirso, assegura que será uma negociação “terrível, porque no passado devíamos ter feito uma coisa que não fizemos”. “Toda a gente diz que 60 por cento da Zona industrial de Fontiscos é e sempre foi Trofa, mas com o princípio da continuidade territorial, que nos devíamos ter reclamado no passado e recorrido para Tribunal, é difícil voltar a recuperar aquilo, mas vamos entrar em negociação”, finalizou. P.P.
10 Reportagem histórica
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3 de janeiro de 2014
A Numismática e as moedas do nosso território – 2500 anos de história Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt Atanagildo Lobo tem mais de 500 moedas na coleção pessoal e, com mais alguns amigos do concelho, integra a Sociedade Portuguesa da Numismática. Da instituição bancária onde se encontram guardadas, as moedas desses colecionadores da Trofa, saltaram para a mesa onde, expostas, desfilaram contando a sua história. É possível contar a História da Humanidade de várias formas e a moeda é uma das ferramentas disponíveis. A numismática ciência que estuda as moedas e medalhas - motivou o aparecimento de colecionadores por todo o mundo, que procuram ter as moedas mais raras. Portugal, e mais particularmente a Trofa, não é exceção. O NT e a TrofaTv estiveram à conversa com Atanagildo Lobo, que tem mais de 500 moedas na coleção pessoal, para saber mais da história lusa através da numismática. Atanagildo era uma criança quando contactou com moedas antigas pela primeira vez. Foi no café “Himalaia”, um dos estabelecimentos mais antigos da época, na Rua Conde S. Bento, cujo dono se sentava muitas vezes a apreciar as moedas que tinha colecionado. Um dia, ao ver a curiosidade de Atanagildo, generosamente, deu-lhe “uma série de moedas repetidas que, embora não muito bem conservadas, eram de 1932 a 1948”. Quando veio para Guidões, Atanagildo Lobo foi “procurar” junto de proprietários rurais e arranjou “mais algumas”. O “bichinho” cresceu também graças à forte ligação da numismática com a História, área de eleição.
Atanagildo Lobo contou-nos a história das moedas em Portugal
“Sempre li muito sobre História, fui bom aluno nesta disciplina. A numismática ensina-nos a situarmo-nos no tempo e conta-nos histórias da nossa História”, contou. Entretanto, juntou-se a outros colecionadores da Trofa - não são muitos, “nem a meia dúzia chegarão” - e associou-se à Sociedade Portuguesa da Numismática, para a qual colabora periodicamente, escrevendo artigos para a revista “A Permuta”. “Gosto, sobretudo, de ler e tentar compreender e decifrar, já que na numismática ainda existem interrogações e, às vezes, é preciso dar alguma ideia para a resolução desses mistérios”, frisou. Se ficou interessado em saber mais sobre a história da moeda em Portugal, continue a ler. Sente-se confortavelmente, leve mantimentos e agasalhos, porque a viagem é longa: tem cerca de 2500 anos.
Dos gregos, passando pelos romanos e árabes
“Dracma” grego
Ainda estas terras não eram Portugal e a moeda já circulava pelo nosso território. Os primeiros que o fizeram foram os gregos, corria o Século IV a.C., que mostraram ser artistas na confeção das moedas. A moeda passa a ser emitida por uma autoridade política e assim os governantes passam a exigir dos povos o pagamento dos tributos em moeda. Por cá circularam o “dracma” (achados encontrados na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia), em prata, cuja coruja desenhada no reverso faz, hoje, parte das moedas de Euro da Grécia. Seguiram-se os romanos, que fazem parte da História do Castro de Alvarelhos, no concelho da Trofa. Aí foram encontrados mais de 4000 “denários” (pequena moeda de prata), que não correspondiam a nenhum imperador, mas a famílias de moedeiros que os cunhavam para retratar um acontecimento passado relevante. Por exemplo, um deles pertence a Q. Fábio Ma-
se em quatro “sestércios”, que por sua vez valia dois “dupôndios”. Dois “asses” valiam um “dupôndio”. Vinte e cinco “denários” faziam a moeda de ouro - o “áureo”. Caracala (imperador Marco Aurélio Antonino), que teve o poder entre os anos 211 e 217, impôs uma reforma e substituiu o “denário” por uma moeda que valia o dobro, designada por “antoniniano”, de diâmetro maior e em que a coroa de louros que cobria a cabeça do imperador é substituída por uma coroa raiada. Mais tarde, Aureliano, imperador de 270 a 275, fez uma nova reforma e deu o seu nome ao “antoniniano”, que de prata passa a ser cunhado em cobre, com um pequeno banho em prata, dando-lhe o valor de cinco “denários”. Diocleciano, entre 284 a 305, criou o “follis”, que valia cinco denários, e o “argento”, com o valor de cinco “follis”. Por sua vez, Constantino fez um “follis” mais pequeno e o “solido”, com o valor de 24 “argentos”, substituiu o “áureo”.
ximus, procônsul na Lusitânia, e assinala a vitória que os romanos tiveram sobre os exércitos comandados por Viriato. Em Alvarelhos, figuram muitos “denários” de figuras histórias célebres, conhecidas de todos, como Júlio César, Marco António e Octávio Augusto. Simultaneamente, no território português foram cunhadas moedas com caracteres latinos ou com caracteres latinos e ibéricos pelas populações autóctones. Um “asse”, que terá sido cunhado entre Alcácer do Sal e Setúbal, tinha a cara do pai dos “Denário” foi encontrado no Castro deuses, Júpiter, e no outro lado dois atuns ou dois golfinhos. De Mértola (antiga Murtillis), veio o “triente”, com caracteres latinos, onde está retratado um peixe e uma folha de trigo. Desta época há também uma moeda feita em chumbo, cunhada em Balsa, cidade romana que existiu na freguesia da Luz, no concelho de Tavira. Retrata, no anverso, uma embarcação e, no reverso, um atum ou golfinho. No período da romanização, Moeda em chumbo entre os anos 30 e 12 a.C., Évora e Beja cunharam moeda, como o “asse”, com a permissão do imperador Octávio. O imperador Tibério - que dizem ser contemporâneo de Jesus Cristo - mandou cunhar o “denário” e há quem defenda que foi com 30 destas moedas que pagaram a Judas para entregar Cristo aos romanos. O “denário” era a base do sistema e dividia- “Asse” cunhado em Évora
Reportagem histórica 11
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3 de janeiro de 2014
“Dinheiro”, “real” e “tostão” A moeda efetiva da primeira dinastia portuguesa era o “dinheiro”. Muito pequena, a moeda servia como meio de pagamento, embora fosse usual a troca de produtos. Quando se manuseava muitas destas moedas, contavam-se por “soldos”, em que “Denário” do imperador Tibério cada um valia 12 “dinheiros”. O “dinheiro” podia ser dividiCaiu o império romano do do, não numa nova moeda, mas ocidente, mas o “solido”, agora cortado a meio, valendo duas do império do oriente, liderado por Bizâncio, continuou a ser cu- “mealhas”. D. Afonso III (1248-1279) pronhado durante mais de mil anos, tendo durado até ao reinado de mulgou a lei da Almotaçaria, que estabeleceu os preços de produAfonso V, em Portugal. Esta moeda circulou no território luso, tos e ordenados (ver caixa), e assim como a fração de um “so- coloca, pela primeira vez, as quinas nacionais (besantes) de forlido”, o “tremisses” (do imperama harmónica, em aspas. O fidor Justiniano). Dos povos Bárbaros vindos do lho, D. Dinis, estabelece o cuscentro da Europa depois da queda do império romano do oriente, os Suevos, instalados no norte da Península, entre a Galiza e o Mondego, cunharam “solidos”, “tremisses” e “síliquas” em prata, tentando imitar a moeda romana, enquanto os Visigodos (cunharam sobretudo “tremisses”), tomaram conta do restante território. Com a entrada dos árabes em 711, o “solido” foi batizado de “di- “Dinheiro” cunhado em Toledo nar”, em memória ao “denário” ro- to da amoedação, pagando aos mano, mas na Península Ibérica moedeiros à razão de três “difoi designado “maravedi”. Junta- nheiros” por hora. mente com o “dinar”, foram cuNo reinado de D. Pedro I, ternhados em prata os “diremes” e se-ão cunhado pela primeira vez em cobre o “felo” (ou “felce”), du- as “dobras”, “meias-dobras”, “torneses” e “meios-torneses”, conforme ditam as crónicas de Fernão Lopes, mas até hoje ainda não apareceu qualquer exemplar. Do ponto de vista tipológico e artístico, os numismas do reinado de D. Fernando são “autênticas obras de arte”, dizem os especialistas da área, com o estilo gótico e as suas ogivas, rosá“Solido” do imperador Honório ceas e rendilhados. O “tornês de rante o Califado de Córdova, pe- busto” (valia 72 “dinheiros”) chalos Reinos dos Taifas, pelos Al- mava-se assim porque tinha remorávidas e pelos Almóadas. presentado o busto coroado do Estes cunhavam o “direme” na rei, de perfil, e no reverso cinco forma quadrangular. Encontran- quinas postas em cruz e soltas do-se a Península dividida, no no campo com as quinas latenorte, entre os cristãos ainda rais viradas para o centro. O “torantes da nacionalidade portugue- nês de cruz” ou “escudo” (72 “disa bateram-se por cá os “dinhei- nheiros”) tinha no anverso o esros” do Império Cristão de Casti- cudo das quinas, ocasionalmenlha, Leon e Galiza, liderado du- te envolvido por uma epicicloide rante alguns anos por Afonso VI, de seis ou oito lobos. avô de D. Afonso Henriques. Uma das moedas mais características da numária fernandina é a “barbuda”, que valia 28 “dinheiros”, e situa o período das suas emissões no tempo que Zamora, Tui e Corunha tomaram o partido de D. Fernando, entre 1369 e 1371. O “real” surge nos últimos anos deste reinado e transita para D. João I, que lhe dá o valor “Direme” quadrangular de dez “soldos”. Estas moedas,
“Tornês de busto” de D. Fernando
são do “espadim”, dez anos da vitória das tropas de D. Afonso sobre as tropas de D. Pedro. Neste reinado surge também pela primeira vez o “ceitil” (valia um sexto do “real branco”), que tomou o lugar do “real preto” em que surge um castelo banhado pelo mar, o “cotrim” (substituiu o “real branco”), o “real grosso” e o “chinfrão”, estas últimas em prata. O “espadim” e o “cotrim” foram as últimas moedas cunhadas na liga bolhão, feita em cobre e prata, sempre muito utilizada até aquele momento. As inovações de D. João II são o “vintém” (valia 20 “reais”), o “meio-vintém” (10 “reais”) e o “cinquinho” (5 “reais”), que foi a moeda mais pequena da história numismática portuguesa. O sucessor, D. Manuel I, manda cunhar o “português” (valia 10 “cruzados”), que é, provavelmente, a moeda mais célebre não só de Portugal, mas do mundo inteiro. Feita em ouro, tinha 35 milímetros de diâmetro e era a mais poderosa da altura, sendo imitada por diversos países da zona Central da Europa, à qual chamaram “portugalóides”. Este rei também fez circular o “tostão” (100 “reais” ou 5 “vinténs”), cuja legenda do reverso tem inscrita a expressão “In hoc signo vinces” (Com este signo vencerás) que se manterá até à reforma de D. Maria II. No reinado de D. João III, o “tostão” sofreu várias modificações até ser substituído pelo “real português dobrado”, em 1538, que tinha o valor de 80 “reais”, ou seja, quatro “vinténs”, mas voltou a circular em 1555,
assim como as antecessoras e até ao reinado de D. Pedro II, eram batidas de forma artesanal através do sistema manual do martelo: num cunho fixo (pilha ou dormente), sobre o qual se colocava o disco monetário ( flan), o moedeiro encostava, seguro por uma das mãos, o cunho móvel (troquel ou mordente), que recebe a pancada do martelo, empunhado pela outra mão. D. João I mandou cunhar moedas de “real”, “real de 3 libras e meia”, “meio real cruzado”, “real preto” (primeira moeda totalmente em cobre da história portuguesa) e “real branco”, que se tornou base do sistema monetário a partir de D. Duarte até à República. Houve alguns “reais” cunhados em prata, que são moedas raras que se acredita terem sido usados para financiar a ida e a conquista de Ceuta. É no reinado de D. Afonso V que surge o “escudo”, uma grande moeda em ouro, que servia para grandes transações comerciais e que serviu de referência para o nome da moeda republicana. D. Afonso V também fez circular uma nova moeda, o “cruzado” em ouro, que se mantém até à reforma monetária de D. Maria II. O reinado de D. Afonso V fica marcado pelo “espadim”, a primeira moeda comemorativa, que assinala o surgimento da Ordem da Torre de Espada. Nessa moeda permanece o mistério sobre o significado da letra A desenhada, à qual muitos defendem que vem do nome do rei, enquanto outros creem que é ou de Arzila ou Alcácer-Ceguer ou ainda da batalha de Alfarrobeira, pois comemorava-se na data da emis- A “barbuda”
“Real” de prata
“Real branco”
agora com a cruz de Avis no reverso. Deixam de se cunhar o “meio vintém” e o “cinquinho”. No tempo de D. Sebastião, o “tostão”, com a Cruz de Cristo no reverso está de regresso, e o “ceitil” tem neste reinado as suas últimas cunhagens. A novidade em D. António é o uso de moedas antigas, entretanto fora de circulação, para que voltem a funcionar. O rei carimbou-as em Angra, onde organizava a resistência a Filipe II de Espanha, com um açor, ave que deu o nome aos Açores, e as moedas passaram a circular com o valor que tinham antigamente. Na dinastia filipina não há grandes alterações em relação às moedas, circulando os “tostões”, “vinténs” e “meios tostões”. Até ao fim da monarquia Também D. João IV e D. Afonso VI dão uso ao carimbo, fazendo circular várias moedas antigas, dando-lhe mais valor. O primeiro cunha o “cruzado” em prata, o “meio cruzado”, o “tostão”,
Lei da Almotaçaria de D. Afonso III Cabrito vivo: 24 “dinheiros” Anho: 16 “dinheiros” Galinha: 12 “dinheiros” Ovo: 1 “mealha” Pato: 8 “dinheiros” Pombo: 3 “dinheiros” Abegão (vigilante de gado): ordenado de 5 “morabitinos velhos” (1620 “dinheiros”), dois quarteiros (28 alqueires) de pão meado na seara pela medida de Santarém. Conhecedor de ovelhas: ordenado de 5 “morabitinos velhos”, cinco cordeiros, nove varas de burel (lã), seis varas de bragal (tecido grosseiro, cuja trama é de cordão) e dois pares de sapatos.
“Vintém” de D. João II
“Tostão”
12 Reportagem histórica
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dimensão, que existe em Portugal e uma das maiores do Mundo. Trata-se da “dobra” de 24 “escudos”, que está no Museu Numismático Português. Foram cunhadas “dobras” de 16 e oito “escudos”, “peças”, “dobrões”, “quartinhos”, “cruzadinhos” e “escudos”. O “cruzado novo”, moeda em prata, que va-
Moeda carimbada por D. António
Atanagildo tem mais de 500 moedas na coleção pessoal
“Pataco” de D. João VI
lia 480 reis, quando cunhado em ouro, por ser pequeno, tomou a designação popular de “pinto”. Por sua vez, D. José mandou branquear os “cruzados” destinados a Moçambique que estavam na Casa da Moeda, em Lisboa, e que foi destruída por um incêndio durante o terramoto de 1755. É na governação de D. João VI, quando ainda era apenas regente do reino, que surge o “pataco”, moeda de grande módulo e elevado peso, para ter boa aceitação popular e vultosos lucros para o erário em que o bronze era de velhas peças de artilharia obsoletas, que depois de vários ensaios, passou a circular com
Custo de uma dúzia de ovos ao longo da monarquia D. João I: 2 reais D. Duarte: 5 reais D. João II: 6 reais D. Sebastião: 7 reais D. Afonso VI: 20 reais D. Pedro II: 24 reais D. João V: 30 reais D. Maria I: 60 reais D. Maria II: 100 reais D. Pedro V: 120 reais D. Luís: 130 reais D. Carlos: 158 reais D. Manuel II: 205 reais
o valor de 40 “reis”. Face à falta de numerário, D. Pedro IV, nos Açores, à frente das tropas liberais, mandou recolher canhões obsoletos, sinos de igrejas, talheres, maçanetas e tudo quanto fosse metal para derreter e fundir numa moeda de 80 “reais” (designada “Maluco”), que mandou cunhar em nome de sua filha, D. Maria II, em 1829. O “pataco” deixou de circular em 1835, mas em 1847 foi constituída uma Junta do Governo Supremo (pela revolta da Patuleia devido à substituição do Duque de Palmela pelo Marechal Saldanha). No entanto, a rainha ordenou a retirada da moeda de circulação, mas acabou por lhe conferir curso legal, carimbando-as com as letras G.C.P. (Governo Civil do Porto). É neste reinado que é introduzido o sistema decimal (lei de 24 de abril de 1835). D. Carlos, que reinou entre 1889 e 1908, confrontou-se com falta de numerário e para resolver o problema deu curso legal a uma moeda de franco, que tinha o valor de dois “tostões”. D. Manuel II, último rei de Portugal, mandou cunhar os últimos “tostões” da monarquia, assim como moedas de cinco “reis”. As moedas da República Com a lei de 22 de maio de 1911, os mil “reis” passaram a ter o valor de um “escudo”, que se dividia em cem “centavos” sendo que, cada “centavo” equivalia a dez “reis”. A primeira moeda da
cudos” e cinquenta “centavos” (designadas popularmente por “25 tostões”, “5 coroas” ou “dois e quinhentos”), de cinco “escudos” e dez “escudos”. O “tostão”, que foi batido em bronze, de 1942 a 1969, passou a circular em alumínio, entre 1970 e 1979, tendo sido designado “marcelinho” (no tempo da go-
nio chegaram as moedas de euro, que nos acompanham atualmente.
Primeira moeda republicana
República a ser cunhada foi a de 50 “centavos”, em 1912. Tem o busto da República e correspondia a 500 “reis”. A segunda moeda era a comemorativa da Implantação da República, de 5 de outubro de 1910. Seguiramse as moedas de 20 “centavos” de 1913, 10 “centavos” e de um “escudo” de 1915. Esta foi uma série de moedas em prata, seguindo-se as de bronze: um, dois, cinco, dez e 20 “centavos”. Em 1918, por falta de cobre, teve que se inventar uma moeda de recurso, que foi batida em ferro e valia dois “centavos”. É a única moeda feita com este material na numária portuguesa. De 1917 a 1919 foram cunhadas moedas em cuproníquel de quatro “centavos” que equivalia a 40 “reis”, pelo que o povo passou a designá-las de “patacos”. As moedas de um “escudo” e 50 “centavos” foram batidas em bronze-alumínio, entre 1924 e 1926, e em alpaca, daí até 1968. Durante quase duas décadas (1932-1955) circulam novamente moedas em prata, de dois “es-
“Pataco” da República
vernação de Marcelo Caetano). Entretanto, os 50 “centavos” desapareceram a partir de 1979. De 1963 a 1986 circularam as moedas de dois “escudos” e cinquenta “centavos”, cinco “escudos” e dez “escudos” em cuproníquel, tendo sido substituídos por moedas em latão-níquel, que surgiram pela primeira vez em 1981. Em 1977 apareceram também as moedas de 25 “escudos”. Até 2001 circularam as moedas de um, cinco, dez, 20, 50, 100 e 200 escudos. Com o novo milé-
“Marcelinho”
Moedas de 100 e 200 escudos
Coleções mais raras estão em museus ou na posse de particulares As grandes moedas de aforro e que serviam para grandes transações comerciais, pelo seu valor e raridade, estão em coleções de museus, companhias de seguro ou particulares. É o caso dos morabitinos de D. Sancho I, Afonso II e Sancho II, das dobras de pé de terra, de D. Fernando, do escudo de ouro, de D. Afonso V, do Justo de D. João II ou do português de D. Manuel I.
Cultura 13
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Lotação esgotada no musical “Rei Leão” dos pela associação, enfeitaram o imaginário de cerca de 600 miúdos e graúdos que assistiram Cerca de 600 pessoas en- a um espetáculo de som e luz, cheram o auditório em duas com muitas gargalhadas à missessões do musical da tura. ACRESCI, na sede da Junta de A iniciativa foi impulsionada Freguesia de Bougado. pela Junta de Freguesia, que convidou a associação a repetir Lotação esgotada. Foi assim o musical, que foi estreado há que estiveram as duas sessões um ano. “Queremos incentivar os do musical que a Associação jovens a ocuparem-se da cultura Cultural Recreativa e Social de e a valorizarem-se, fazendo Cidai (ACRECI) levou ao palco do espetáculos com esta qualidaauditório da Junta de Freguesia de”, afirmou o presidente Luís de Bougado, no domingo, 29 de Paulo. dezembro. Simba, Timon, Segundo José Carlos Costa, Pumba e muitas outras persona- presidente da ACRESCI, com gens do filme “Rei Leão”, inter- estas atuações o musical foi para Lotação esgotada nas duas sessões pretadas por amadores recruta- o palco quatro vezes este ano Cátia Veloso
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Elenco do musical
Casa da Cultura inaugura “Projectos sem Título” As esculturas de Manuel Horta vão estar em exposição na Casa da Cultura da Trofa. “Projecto sem Título” dá o nome à nova exposição, que será inaugurada pelas 15 horas deste sábado, 4 de janeiro, na sala de exposições temporárias da Casa da Cultura, onde ficará patente até 25 de janeiro.
A mostra resulta, como o próprio autor descreve, “do estudo sobre a questão da portabilidade, objetos portáteis, que pelas suas características se transportam com facilidade”. Esta exposição é, segundo a autarquia trofense, “mais uma razão para visitar a Casa da Cultura em 2014”, começando o ano com “atividades
dedicadas à cultura e à promoção da arte”. Manuel Horta nasceu em Almada em 1970 e estudou Artes Plásticas - Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Desde 1993 que, “regularmente”, desenvolve e apresenta projetos, tais como “Avarias” (em espaços de dife-
(2013), e uma delas teve um público muito especial. “Atuamos para cerca de 500 meninos, no auditório da Escola de Enfermagem, no Hospital de S. João do Porto. Para nós foi um prémio e encheu-nos o ego ver a alegria daquelas crianças”, sublinhou. No entanto, atuar “em casa” também “é muito gratificante”, atestou José Carlos Costa, que agradeceu à Junta de Freguesia “pelo convite”, que confirmou o sucesso deste projeto. “A maior
dificuldade é responder à expectativa das pessoas, porque este grupo está sempre disponível para qualquer coisa”, frisou, abrindo a porta para um novo desafio: “Está em cima da mesa a realização de outro musical, estamos a elevar a fasquia, mas temos que considerar a hipótese”. O grupo de teatro que compõe este musical é composto por “cerca de 70 pessoas”.
rentes delegações do Instituto Português da Juventude e no Espaço Zaragata em Setúbal), “Respostas” (intervenções simultâneas em três espaços na Póvoa de Varzim) e “Exposição individual na Galeria Painel”, tendo ainda participado na exposição coletiva Dispersão no Fórum Cultural de Cerveira, em junho de
2008, no “Serralves em Festa 2008” e no projeto “Arte na Rua Pintar o Futuro” (projeto de intervenção comunitária, ao abrigo do Programa Escolhas). Desde 2012 que desenvolve o projeto Cividade, integrado no Projeto Arrisca (projeto de intervenção comunitária Programa Escolhas, 5ª geração), na Póvoa de Varzim.P.P.
Pequenos Cantores da Maia cantam as boas vindas a 2014 na Trofa O Coral Infantil Municipal dos Pequenos Cantores da Maia vai ser o protagonista do Concerto de Ano Novo, que vai decorrer este domingo, 5 de janeiro, no auditório da Junta de Freguesia
de Bougado, em S. Martinho. O espetáculo tem início pelas 16 horas e promete “uma viagem pelo reportório destes pequenos cantores, iniciando o ano de 2014 com alegria e
otimismo”, afirma fonte do município. Esta é assim mais uma iniciativa da Câmara Municipal da Trofa, que se assume “consciente do seu papel crucial na
dinamização cultural do concelho”, privilegiando “uma intervenção cultural, marcada por ações estruturantes, sobretudo junto das camadas mais jovens da população”.
O Coral Infantil Municipal dos Pequenos Cantores da Maia foi fundado por iniciativa pessoal do então presidente da Câmara Municipal da Maia, José Vieira de Carvalho, em 1991. P.P.
14 Atualidade
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Encontro de Natal dos Coros encheu igreja matriz Patrícia Pereira A.Costa
Paróquia de Santiago de Bougado acolheu, no domingo, 29 de dezembro, o Encontro de Natal dos Coros da Vigararia Trofa/Vila do Conde. Em sintonia, oito coros entoaram o cântico “Adeste Fideles”, de David Willcocks, que encerrou o Encontro de Natal, que a Vigararia Trofa/Vila do Conde organizou, na tarde de domingo, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado. O Encontro teve início com a atuação do Coro e Orquestra paroquiais de S. Martinho de Bougado, seguido do Grupo Coral de S. Pedro de Canidelo (Vila do Conde), Grupo Coral Paroquial de S. Mamede do Coronado, Coro inter-paroquial de Malta, Modivas e Vilar (Vila do Conde), Coro Exultate Deo de Vilar do Pinheiro (Vila do Conde), Coro Paroquial S. Cristóvão do Muro e Coro Inter-Paroquial de Árvore, Azurara e Tougues (Vila do Conde), terminando com o Coro Inter-
Coros da vigararia cantaram ao Menino
Paroquial de Santiago e S. Martinho de Bougado. O pároco de Santiago de Bougado, Bruno Ferreira, contou que tem sido habitual organizar “estes encontros para os coros paroquiais”, tendo este ano regressado à Trofa depois de no ano passado ter sido realizado em Vila do Conde. “É sempre um
momento importante e este ano, na festa da Sagrada Família, reunimo-nos como uma grande família”, denotou, referindo que os “grupos corais demonstraram a beleza, a mestria e a qualidade daquilo que fazem nas suas comunidades”, trazendo “um bocadinho da sua experiência e do seu cântico relacionado com
o Menino”. Para Bruno Ferreira este foi “um momento bonito, numa igreja bonita, num contexto bonito, próximo e afável que nos coloca mais unidos”. O objetivo destes encontros é que a comunidade tenha “consciência da unidade da Igreja”, pois é “comunhão apesar das diferentes unidades”, poden-
do “trabalhar sempre em rede” e “participar na interação e na partilha”. O pároco evidenciou que “cada coro tem a sua especificidade”, havendo coros que têm “surpreendido com a qualidade que trazem” através das “apresentações muito agradáveis” que fazem. Além de ser um indicativo de “diversidade” é também “um sinal de que podemos aprender uns com os outros, mas que cada coro tem a sua capacidade, a sua dinâmica, o seu número de elementos, o seu maestro e os seus músicos”, o que “ajuda a enriquecer”. Quem também marcou presença neste Encontro foi D. Pio Alves, administrador apostólico da Diocese do Porto, que salientou que numa só iniciativa se conseguiu “dois objetivos”: “O progresso cultural e o aprofundamento na fé de Jesus Cristo”. O administrador apostólico valorizou “todas as iniciativas culturais que ajudem a ocupar as pessoas, concretamente os jovens, e a cultivar as suas potencialidades”.
Jovens de Vila do Conde e Valongo conheceram cultura trofense “Rotas do Património Intermunicipal” é o nome do projeto do plano de ação da Plataforma Territorial Supraconcelhia do Grande Porto, ao qual a Câmara Municipal da Trofa aderiu, tendo participado “ativamente”. Assim, no dia 17 de dezembro, dez jovens trofenses viajaram até Vila do Conde para conhecerem a vertente mais cultural deste concelho. Já no dia seguinte, 11 jovens foram até Valongo para uma nova experiência dedicada à cultura. Os papéis inverteram-se no dia 19 de dezembro, com o concelho da Trofa a ser anfitrião de 18 jovens oriundos dos concelhos de Vila de Conde e Valongo que, juntamente com os 11 trofenses, passaram uma tarde dedicada à cultura, onde “o ponto alto foram atividades desenvolvidas na Casa da Cultura”.
Missa do Galo “regressou” a Santiago de Bougado
Dezoito jovens viveram nova experiência cultural
Este projeto tem como público-alvo “jovens que se encontram em situação de maior vulnerabilidade dos municípios do Grande Porto, fomentando o intercâmbio entre todos”. Com este projeto procura-se assim “aproximar
os jovens do património cultural das suas cidades, tornando-o mais acessível, com a intenção de ensinar a partir de objetos e de espaços museológicos e patrimoniais”. P.P.
Enquanto a solista do grande coro – formado pelos dois coros das paróquias de Santiago e S. Martinho de Bougado - entoava o cântico “Puer natus est nobis”, o presidente da celebração, Luciano Lagoa, dirigia-se ao presépio colocando a imagem do menino Jesus na manjedoura. Os dois coros animaram a missa do Galo, realizada à meianoite, no dia de Natal, desta vez na igreja matriz de Santiago de Bougado, e foi concelebrada pelos dois párocos bougadenses. Terminada a celebração, o pároco de Santiago de Bougado, Bruno Ferreira, convidou todos os presentes a visitar a exposição de postais de presépios e, à saída, alguns acólitos distribuíram postais de boas festas, rebuçados e chocolates, que o pároco ofereceu a todos os participantes. Seguiu-se ainda um Porto de Honra, no salão paroquial. A missa do Galo já não se realizava em Santiago há mais de uma década. C.V./A.C.
Atualidade 15
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Estufas destruídas pelo vento
Rio Ave inundou parte do percurso do Parque das Azenhas Patrícia Pereira Hermano Martins
Vento e chuvas fortes provocaram inundações pelas ruas do concelho da Trofa, assim como estragos em estufas e viaturas. As previsões para os dias 23, 24 e 25 de dezembro alertavam para ventos fortes com mais de cem quilómetros por hora e chuvas fortes. As previsões concretizaram-se, provocando o caos no concelho, com inundações
nas ruas e diversos estragos. Uma das duas estufas e o barracão que estavam no terreno de Ademar Areal, situado na Rua dos Campos, em Lemende, Cove-las, foram alvo da fúria do temporal que se fez sentir na madrugada do dia 24 de dezembro. A estrutura ficou completamente destruída, num prejuízo que rondará “cerca de cinco mil euros”, deixando desprotegidas várias culturas, entre elas “corações, alfaces e brócolos”. O prejuízo não será maior, se Ademar Areal, mo-
Prejuízo da estufa de Ademar Areal ronda os cinco mil euros
rador em Mosteirô, S. Martinho de Bougado, “arranjar quem cubra” os estragos “rapidamente”. Caso contrário “se vier um bocado de neve” as culturas “vão ao ar”. No caso do barracão que também tem na sua propriedade, “as telhas (de alumínio) foram pelo ar, mas sem grande prejuízo”. Também em Santiago de Bougado, duas estufas de José Gregório ficaram destruídas, tendo atingindo 40 por cento da produção. Durante os dois primeiros dias, a chuva caiu, quase sem
parar, o que levou a que o nível de água do rio Ave subisse, inundando assim parte do percurso do Parque das Azenhas. Também as ruas João Paulo II, junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, e António Sá Couto de Araújo, junto ao Aquaplace, ficaram inundadas. Também em Covelas, na Rua Outeiral, o trânsito esteve condicionado devido à subida do nível da água do ribeiro. Os ventos fortes que se fizeram sentir também provocaram estragos. Exemplo
disso aconteceu na Rua D. Pedro V, em S. Martinho de Bougado. Os painéis de vedação das obras de requalificação dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr Lima Carneiro foram “arrancados” pelo vento, batendo nas viaturas que ai se encontravam estacionadas, danificando-as. Já esta quinta-feira, o nível das águas do Rio Ave voltou a subir e a inundar parte do percurso do Parque das Azenhas. À noite, a Estrada Nacional 14, junto à Câmara Municipal, esteve cortada ao trânsito.
Irmãos compatíveis com doente que precisa de transplante de medula óssea Cátia Veloso Hermano Martins
Paulo, Manuel e Miguel Costa foram chamados pelo IPO do Porto por serem dadores compatíveis com doente que necessita de um transplante de medula óssea. A probabilidade de uma pessoa, que necessita de transplante de medula óssea, ser compatível com um dador não familiar é de um em cada dez mil. No entanto, houve um doente que conseguiu encontrar não um, nem dois, mas sim três dadores compatíveis. Por sua vez, nestas três pessoas corre o mesmo sangue, já que são irmãos. Paulo, Miguel e Manuel Costa estão inscritos no Registo Português de Dadores de Medula Óssea (CEDACE) e foram contactados, recentemente, pelo Instituto Português de Oncologia do Hospital de S. João, do Porto, para fazer testes finais de compatibilidade com um doente que necessi-
Manuel, Paulo e Miguel compatíveis com doente que precisa de transplante
ta de um transplante. “Fui o primeiro a ser contactado pelo Hospital, para fazer os testes finais, informando-me que havia um doente compatível comigo. Depois, disseram-me que
havia mais dois dadores, o Paulo e o Miguel, e pediram-me para marcar com eles um dia para virmos todos fazer os testes”, contou Manuel Costa. Os três irmãos – ao todo são
12, confirmando a probabilidade de 25 por cento de um irmão ser compatível com outro – foram fazer os testes na sexta-feira, 27 de dezembro, e testemunharam a admiração do pessoal clínico.
“Disseram que era difícil encontrar uma em dez mil pessoas e, de repente, apareceram três. Estavam muito satisfeitos”, contou Miguel. O sentimento é partilhado, numa proporção maior, pelos três irmãos, que sentem que podem “salvar uma vida”. Por ser mais novo, Miguel é o dador mais provável e confirma que está pronto “para ajudar” no que puder, “seja o doente uma criança ou um adulto”. O dador nunca saberá quem vai ajudar, uma vez que é obrigatório preservar a própria identidade como a do recetor. O próximo contacto “pode durar dias, meses ou anos”, afirmou Manuel que, juntamente com os irmãos, vai aguardar com ânsia o dia de poder ajudar a salvar uma pessoa. Para além de estarem inscritos no CEDACE – Paulo, Manuel e Miguel também são dadores de sangue. O primeiro está “à espera” de receber “uma medalha”, porque já participou em 40 colheitas.
16 Atualidade
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Jogo dos Sorrisos valeu 2600 quilos de arroz
Funcionários da Falual doam cerca de 700 quilos de arroz Consciente das “necessidades” do refeitório social “Porta dos Sabores”, da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, Tomé Carvalho, gerente da Falual Metalomecânica SA, lançou um desafio aos cerca de “110 funcionários”: cada um contribuía com uma dádiva para, no final, comprar “uma palete de arroz”. “Todos concordaram com a ideia” e contribuíram para comprar a palete com “cerca de 700 quilos de arroz”, que foi entregue na sede da empresa, no dia 2 de
janeiro. “Como a Cruz Vermelha tem algumas necessidades e como faço parte da direção entendi por bem que os funcionários oferecessem qualquer coisa tendo chegado à ideia de ofertar uma palete de arroz. Este foi um estímulo dado aos funcionários, que ficaram gratificados pela atitude que tiveram”, contou Tomé Carvalho, anunciando que esta dádiva vai ajudar a continuar a servir refeições a “muita gente”. Além de ajudar uma causa, esta foi uma forma que Tomé
Carvalho encontrou para apelar à solidariedade dos funcionários, uma vez que “muita gente não se apercebe das dificuldades que a Trofa tem a nível de alimentação”. Cada funcionário contribuiu com o valor que quis e caso a verba angariada não fosse suficiente para pagar a palete, Tomé Carvalho assumiria o restante. “Para o ano vamos ver o que se pode fazer, a rapaziada ficou toda contente”, finalizou. P.P.
Adeptos trocaram arroz por bilhete para ver o Trofense-FC Porto B Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Com o Jogo dos Sorrisos, a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa conseguiu angariar 2600 quilos de arroz, que vão colmatar necessidades do refeitório social e apoios de emergência. Num cenário pouco usual, os adeptos chegavam ao estádio de saco em punho para o trocar por um bilhete. No interior, havia, pelo menos, dois quilos de arroz. Este era o valor do ingresso para a partida entre o Trofense e o Futebol Clube do Porto B, no sábado, 28 de dezembro. Os apoiantes das duas equipas acederam ao pedido da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e encheram as duas bancadas cobertas, numa noite em que a chuva não ajudou. O “Jogo dos Sorrisos”, como foi intitulado, também contou com uma presença especial na bancada. A Leopoldina espalhou simpatia pelo estádio, anunciando que o Continente – através da Missão Sorriso – também apoiava a causa solidária. No final, apesar do empate do Trofense, os responsáveis tinham razões para sorrir, face à recolha de cerca de 2600 quilos de arroz, que resultaram da bilheteira e de doações de empresas. “Fazemos um balanço muito positivo. Foi um jogo de sorrisos e a Cruz Vermelha está sorriden-
te. O resultado não foi o melhor para o Trofense, mas a iniciativa correu muito bem. A quantidade de arroz angariada está acima das expectativas, não estávamos à espera de tanta adesão devido ao mau tempo”, afirmou Carla Lima, coordenadora da CVP. Com este resultado vai ser possível acorrer às necessidades, “cada vez maiores”, das famílias trofenses. No refeitório social, estão a ser gastos, mensalmente “uma média de 150 quilos de arroz”, acrescentou, pelo que a recolha “assegura a cantina em 2014 e ainda dá para os apoios de emergência”. Neste âmbito, a Cruz Vermelha sentiu um aumento, para o dobro, “do número de famílias apoiadas em 2013”, relativamente ao ano anterior. “É assustador, mas é a realidade”, frisou. Paulo Melro, presidente do Trofense, considerou que “foi um momento para todos sorrirem, se pensarem que o efeito daquilo que aconteceu vai reverter para pessoas que precisam de ser apoiadas”. “Nunca será demais ter este esforço e não posso deixar de agradecer a todo o público e adeptos que compareceram hoje no estádio e ajudaram a que a Cruz Vermelha tenha o trabalho mais facilitado”, asseverou, Por sua vez, Carlos Monteiro, diretor de loja do Continente, afiançou que “foi de bom grado” que o grupo Sonae “participou numa iniciativa como esta”, angariando arroz para famílias e dar-lhes um sorriso durante o ano de 2014".
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3 de janeiro de 2014
Trofense deixa escapar triunfo no cair do pano Trofense e FC Porto B empataram a um golo, no sábado, para a 23ª da 2ª Liga. A jogar a em casa, equipa da Trofa chegou ao golo cedo, mas deixou-se empatar nos últimos suspiros do jogo. O Trofense não podia desejar melhor começo do que aquele que teve diante do FC Porto B. Numa noite de chuva, mas especial, pelo facto de a bilheteira do jogo render arroz para a Cruz Vermelha da Trofa, Hélder Sousa abriu o marcador logo ao terceiro minuto. O médio, que foi o melhor jogador em campo na formação trofense, concluiu uma jogada de ataque com um remate cruzado sem hipótese de efesa para o guarda-redes azul e branco. O FC Porto B reagiu à des-
vantagem e intensificou as ações ofensivas, dando muito trabalho ao guardião Conrado, que, aos 14 minutos, travou com dificuldade um cabeceamento de Kayembe. Aos 25 minutos, o Trofense quase chegou ao 2-0, não fosse a trave da baliza intrometer-se no caminho da bola rematada por Rateira. Seguiu-se um lance de perigo para os “dragões”, com um remate ao lado de Tozé. Antes do intervalo, Viafara, avançado do Trofense, atirou contra o corpo do guardião Kadu. Na etapa complementar, houve dois golos invalidados, um para cada lado. Primeiro, o árbitro José Faustino invalidou um tento ao Trofense, por fora de jogo de Neves, no entanto, o jogador não tocou na bola, que foi enviada por Viafara. Depois, foi
Resultados Departamento de Formação CD Trofense Juvenis A 1ª Divisão Distrital - Série 1 Leixões S.C 3-3 Trofense (1º lugar, 41 pontos) Iniciados B 2ª Divisão Distrital - Série 6 A.M.C.H. Ringe 0-4 Trofense (3º lugar, 29 pontos) Infantis 7 - Sub 13 Camp. Distrital - Série 3 Trofense 14-1 A.D.F. Real (5º lugar, 22 pontos)
Escolas Sub 11 Camp. Distrital - Série 5 Trofense 4-0 Esc. Fut. Macieira Maia (3º lugar, 24 pontos) AC Bougadense Iniciados B 2ª Divisão Distrital - Série 6 Bougadense 1-3 Varzim B (6º lugar, 17 pontos)
Futsal: CRB goleou Moinhos Os iniciados do Centro Recreativo de Bougado (CRB) golearam a ARC Moinhos por 7-0, em jogo a contar para a 12ª jornada da série 2 da 2ª Divisão Distrital. O jogo realizou-se na manhã de domingo, 29 de dezembro, no campo desportivo do pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica e Secundária de S. Romão do Coronado. Com esta vitória, o CRB está em 7º lugar, com 16 pontos. P.P.
Necrologia S. Martinho de Bougado Carlos Miguel Campos Fernandes Faleceu no dia 24 de dezembro, com 50 anos. Solteiro.
com 87 anos. Viúva de Joaquim Serra de Lemos. Maria Rosa Magalhães Ribeiro Faleceu no dia 28 de dezembro, Cristina Rei Bastos com 67 anos. Faleceu no dia 24 de dezembro, Casada com Laurentino Alves com 38 anos. Divorciada. Pinheiro Júlia da Conceição Dias do Couto Faleceu no dia 26 de dezembro,
Funerais realizado por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Tiago Mesquita afasta bola de Kayembe
a vez do FC Porto B ver um golo invalidado, também por suposto fora de jogo de Caballero, mas o jogador estava em linha com a defesa adversária. Aos 76 minutos, o central trofense Márcio “salvou” a equipa ao cortar a bola, praticamente, em cima da linha de golo, e pouco tempo depois foi Conrado a figura da equipa ao negar o tento a Garcia. No entanto, as intervenções apenas adiaram o que iria acontecer em cima dos 90 minutos. Caballero sofreu falta de Tiago Mesquita (que viu segundo amarelo e foi expulso) dentro da grande área e na conversão da grande penalidade Tozé fez o 1-1. Com este resultado, o Trofense segue no 20º lugar, com 23 pontos, a cinco de distância dos dois últimos classificados: Atlético e Oliveirense.
Atletas do CEAT representam a Seleção em Torneio de Qualificação As jogadoras Ana Rita Pereira, Aurelie Mariani, Elisabete Matos, Janete Sousa e Naida Mariani, do Clube Estrelas Aquáticas da Trofa (CEAT), vão representar a Seleção Nacional feminina na modalidade de polo aquático no Torneio de Qualificação para o Europeu de Budapeste 2014, que vai decorrer de 16 a 19 de janeiro em Gouda, Holanda. Portugal está integrado no Grupo A, tendo como adversárias as seleções da Holanda, GrãBretanha, Ucrânia e Israel, do qual serão “apuradas as duas
primeiras classificadas para a fase final”. Antes de partir para a Holanda, a equipa das quinas volta a concentrar-se “em estágio nos dias 11 e 12 de janeiro na piscina do Clube Fluvial Portuense e nos três dias seguintes afina os últimos pormenores no Centro de Alto Rendimento de Rio Maior”. Já nos dias 28 e 29 de dezembro, na piscina do Clube Fluvial Portuense, as atletas tinham participado nos jogos de preparação do Torneio de Qualificação, tendo efetuado “quatro jogos
amigáveis” com equipas juniores masculinas, “tentando desta forma recriar as condições que irão ser encontradas no torneio de qualificação europeia”, segundo o selecionador Miguel Pires. Durante o fim de semana, o selecionador conseguiu “avaliar o estado físico, técnico, tático e mental das jogadoras”. “Os aspetos defensivos, trabalhados mais em pormenor há três semanas, foram bem assimilados e foi já possível ver isso no contexto de jogo”, referiu o técnico nacional. P.P.
Rui Pedro Silva segundo na Volta à Cidade do Funchal A prova masculina da 55ª edição da Volta à Cidade do Funchal tinha como “cabeça de cartaz” o trofense Rui Pedro Silva, que só em 2009 venceu a corrida mas que este ano acabou por ceder a vitória ao espanhol António Abadia (22º no Europeu de Crosse) após a sua estreia em 2012. O espanhol completou os 5850 metros desta corrida de S. Silvestre com o tempo de 16.44
minutos contra os 16.47 de Rui Pedro Silva, atleta do Benfica. O ugandês Dickson Huru completou o pódio, com 17.06 minutos, repetindo o feito de outro ugandês, Mosees Kibet, que ficou também em terceiro na edição de 2012. No setor feminino, Joana Soares, da AJS, foi “a mais rápida”, com o tempo de 21.40 minutos, ficando à frente de Daniela Sousa (22.26), da ADRAP, e
Cristina Nascimento (22.57), da CAFH. A Volta à Cidade do Funchal, organizada pela Associação de Atletismo da Região Autónoma da Madeira, é a S. Silvestre “mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa”. Este ano, a prova teve “um recorde de participações com 2026 inscritos, dos quais 1358 terminaramna”, segundo fonte da organização. P.P.
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Fevereiro
3 de janeiro de 2014
Março
- Mau tempo provocou diversos estragos por todo o concelho e afastou a enchente esperada na festa de S. Gonçalo, em Covelas - EB 2/3 de Alvarelhos esteve um dia sem aulas devido a “problema com a água” - Estudo conclui que a Trofa é um dos concelhos com menos qualidade de vida no País - Distrital do PSD aprova candidatura de Sérgio Humberto à Câmara Municipal da Trofa - Fernando Moreira assinalou 30 anos como presidente da Junta de Freguesia de Covelas - Bruno Ferreira foi nomeado pároco de Santiago de Bougado, sucedendo a Armindo Gomes - Clube Slotcar da Trofa vence torneio 24 Horas - Andreia Rodrigues sagrou-se vice-campeã nacional dos 1500 metros, em Pombal - Trofa recebe convenção federativa distrital da Juventude Socialista
- PSD e CDS da Trofa assinam acordo de coligação para eleições autárquicas - Marco Ferreira eleito presidente da Associação Nacional de Jovens Autarcas Socialistas - Sismo de 3.2 na escala de Richter sentido na Trofa - Chuva cancela corso carnavalesco nas ruas do centro da cidade; crianças desfilam no fim de semana seguinte, na Feira e Mercado. - Povo de Guidões queimou entrudo “Relvas” e diz não à agregação da freguesia - Centro de Saúde de S. Romão do Coronado abre Gabinete de Apoio ao Cuidador Informal - João Pedro Silva, criador de aves trofense, venceu o 61º Campeonato do Mundo, na classe Diamante de Gould Cabeça Laranja Peito Branco - PDM da Trofa publicado em Diário da República
- Obra de requalificação dos Parques adjudicada por 6,4 milhões de euros pela autarquia, com voto contra da oposição social-democrata - Feira Anual da Trofa com “mais de 120 mil visitantes” - Conceição Silva repete candidatura à Câmara Municipal - Assembleia aprova fusão da Trofáguas e Trofa-Park - Daniela Esteves, nova presidente da Cruz Vermelha da Trofa - Instituição instala-se em S. Romão, mas população suspeita de possibilidade de burla - Ciclista Daniel Silva vence 1ª etapa da Volta ao Alentejo - Bloco de Esquerda da Trofa anuncia que vai concorrer às autárquicas - Júlio Torcato apresenta coleção no Portugal Fashion - Sofia Matos reeleita presidente da Juventude Social Democrata da Trofa - Sérgio Humberto apresentou candidatura à Câmara da Trofa pela coligação PSD/CDS
Abril
Maio
Junho
- Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos anuncia que Trofa foi um dos municípios que cobrou mais pelo abastecimento de água em 2012 - Elementos da JS e JSD envolvidos em cenas de violência - Camião tombou num campo ao despistar-se na EN 14, em Lantemil, e provocou ferido grave - Arrancam obras do Parque das Azenhas - Trofense garante manutenção na 2ª Liga portuguesa - Inaugurada Escola do Paranho requalificada - Tribunal reprova Processo Especial de Revitalização do Trofense - Bougadense garante manutenção na 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto - GNR detém suspeitos de assalto e faz buscas no rio Ave para recuperar saco com moedas - Sete atletas da Trofa campeões nacionais de kickboxing, em Anadia
- Gualter Costa candidata-se à Câmara Municipal pelo Bloco de Esquerda - Filipe Coutinho assume cargo de comandante interino dos Bombeiros da Trofa - Joana Lima apresenta recandidatura à Câmara Municipal da Trofa pelo PS - Andreia Rodrigues é 2ª classificada no Olímpico Jovem Nacional - Renato Carneiro é o novo diretor do Agrupamento de Escolas do Coronado e Covelas - Associações de Pais das Escolas de Finzes e Bairros promovem Feira Medieval - Luís Diogo é o novo treinador do Trofense - Trofa Viva dinamiza comércio local, no centro da cidade - Milhares de pessoas nas marchas populares de S. João, em Guidões - Trofense avança com plano de recuperação - Paulino Macedo é o diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa - PSD abandona Assembleia Municipal e não vota protocolos de delegação de competências às juntas de freguesia de S. Mamede , S. Martinho, Muro e Guidões
- Padre Manuel Domingues homenageado pelos 33 anos de serviço à comunidade - Tribunal de Contas visou procedimento de adjudicação da empreitada de requalificação dos Parques da cidade - Autarquia e Universidade do Porto assinam protocolo para investigação no Castro de Alvarelhos - Sócios do Trofense aprovam criação de Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas - Câmara da Trofa anuncia “resultados positivos” pelo segundo ano consecutivo - Enchente no Dia Vicarial da Catequese
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Julho
Agosto
- Andreia Rodrigues foi 10ª classificada nos 2000 metros do Campeonato do Mundo de Juvenis, em Donetsk, Ucrânia - ExpoTrofa realiza-se, pela segunda vez, na zona envolvente à nova estação de comboios - GT Team Art Slotcar de Braga vence 24 Horas de Slotcar da Trofa - Adalberto Maia reeleito presidente do AC Bougadense - Sérgio Humberto toma posse como deputado na Assembleia da República - Concurso de Fado Amador com muito público na Trofa - Deolinda Oliveira vence 10ª Taça de Portugal de Corrida de Montanha - Joaquim Azevedo avança com candidatura independente à Câmara Municipal da Trofa
- Autarquia apresenta projeto Trofa Solidária - Inaugurados 16 elevadores na Urbanização da Barca -Tribunal Constitucional aceita recurso e viabiliza candidatura de Guilherme Ramos (PSD/CDS) à freguesia do Coronado, mas não viabiliza candidatura de Joaquim Oli- Volta a Portugal passa na Trofa e ciclista Daniel Silva veira (PSD/CDS) a Alvarelhos/Guidões termina em 6º lugar - Super Especial da Trofa com prova noturna - Contrabaixista Vanessa Lima em Nova Iorque para - Parque das Azenhas aberto ao público tocar na Orquestra Mundial da Paz - Inaugurada Escola Básica de Finzes requalificada - Inaugurada Casa Mortuária em Guidões - Sérgio Humberto (PSD/CDS) eleito novo presidente da - Multidão para ver Fernando Rocha e Augusto Caná- Câmara Municipal da Trofa, Isabel Cruz (PSD/CDS) eleita rio, no Bougado em Festa presidente da Assembleia Municipal - Trofense eliminado da Taça da Liga - Luís Paulo (PSD/CDS) eleito presidente de Bougado, - Festas Nossa Senhora das Dores realizam-se no es- Adelino Maia (PSD/CDS) eleito presidente de Alvarelhos e paço da antiga estação ferroviária da Trofa Guidões, Feliciano Castro (PSD/CDS) eleito presidente - Bombeiros feridos em acidente, em Covelas, quando de Covelas, Carlos Martins (independente) eleito presidense deslocavam para um incêndio te do Muro e José Ferreira (PS) eleito presidente do - S. Mamede ConVida com milhares de visitantes Coronado - Tribunal de Santo Tirso declara “inelegíveis” candida- - Paulo Queirós (CDU) eleito para a Assembleia Municipal turas de Guilherme Ramos e Joaquim Oliveira - Tribunal de Contas visa Programa de Apoio à Economia - Associação Defesa do Ambiente e do Património do Local da Trofa Litoral Norte apresentada em S. Mamede do Coronado - Bougadense avança com modalidade de atletismo
Outubro
NovembroDezembro
- Câmara pagou mais de 23 milhões de euros de dívidas a fornecedores, graças ao PAEL e reequilíbrio financeiro - Amadeu Dias eleito presidente da Juventude Socialista da Trofa - Augusto Veloso é o novo treinador do Bougadense, depois de abandono de João Cruz - Executivo camarário aprova manutenção da taxa máxima dos impostos na Trofa - Colégio da Trofa mantém liderança nos resultados escolares; nos exames de 4º ano, Escola da Lagoa teve melhor nota a português e Giesta 1 a matemática - Paróquia de S. Martinho assinala 20 anos de Igreja Nova - Faleceu padre Armindo Gomes - Marques Mendes presente nas comemorações do 15º aniversário do concelho - Derrocada de muro, devido ao mau tempo, destrói três - Clube Slotcar da Trofa lança modalidade de clássicos viaturas em Guidões - Agrupamento de Escolas da Trofa recebe “60 mil euros” - Centro Social de S. Mamede abriu portas para retirar amianto da EB 2/3 Prof. Nap. Sousa Marques - Luís Diogo dispensado do Trofense e substituído por - Incêndio em habitação desaloja oito pessoas, em GuiPorfírio Amorim dões - Trofense eliminado pelo FC Porto da Taça de Portugal - Rui Pedro Silva campeão nacional da maratona
Setembro
- Marco Ferreira eleito presidente da Comissão Politica do PS Trofa, num ato eleitoral marcado por desacatos - Mais de 500 candidaturas para a fábrica de confeção têxtil que se vai instalar na Trofa - Escritor Ondjaki, Prémio Saramago, apresenta livro na Escola Secundária - Pedro Ortiga reconduzido na direção da Associação Humanitária dos Bombeiros - Câmara aprova orçamento de 47,8 milhões - Autarquia e Savinor garantem que maus cheiros acabam “em 2015” - Câmara anuncia que abastecimento de água será mais barato em 2014 - Trofense inaugura loja e sala de troféus - Mulher colhida mortalmente por comboio na noite de Natal - Criada escola de râguebi na Trofa
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