Edição 457

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23 de janeiro de 2014 N.º 457 ano 12 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade pág.4

Vítima de carjacking abandonada na Trofa

Atualidade pág.3

Noite de assaltos em S. Romão

Atualidade pág. 15

Atualidade pág. 20

Romeiros assustam segurança de Passos Coelho

Atualidade pág. 11

Milhares no S. Gonçalo


2 Atualidade

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23 de janeiro de 2014

Órgãos sociais da Associação Humanitária tomaram posse Eleitos a 9 de dezembro, os órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT), liderados por Pedro Ortiga, tomaram posse na quinta-feira, 16 de janeiro, no salão nobre da associação. Sobre o próximo mandato, com a duração de dois anos, Pedro Ortiga, presidente da direção da AHBVT, afirmou que será de “continuidade dos projetos” já iniciados e de “outros que agora se impõem”. “É um mandato de continuidade com os desafios de renovação de equipamentos e frotas, com os desafios de melhorias de condições deste quartel para o bem-estar da corporação e do serviço à população que a nossa creche/jardim de infância já faz ao longo dos anos”,

mencionou, acrescentando que o polo cultural ganhou “uma dimensão ainda maior de disponibilidade à população”. Há “pouco mais de uma semana”, o horário da biblioteca foi alargado, estando agora aberta “todos os dias úteis”. Assim, de segunda a sexta-feira, pode ser visitada das 9 às 12 horas e das 14 às 18.30 horas e aos sábados das 14 às 17 horas. “É para nós um motivo de orgulho, porque finalmente conseguimos esta disponibilidade para a população ao termos mais um espaço de cultura na Trofa. É desta forma que nos queremos afirmar, complementando também aquilo que é o nosso museu”, salientou. Acreditando que “não vão ser anos fáceis, pela conjuntura eco-

Desde o dia 17 de janeiro que 12 funcionários da Junta de Freguesia de Bougado, que asseguram a limpeza e reparação das ruas e estradas, têm novos equipamentos de trabalho. “Preocupado” com a “segurança” dos colaboradores, o executivo bougadense decidiu investir “cerca de 2500 euros” em “equipamento de qualidade”, afirmou ao NT o presidente Luís Paulo. Atualmente, os funcionários contam com calças, casaco e botas que, segundo o autarca, “dão mais condições de trabalho”. “Esta Junta tem como principais preocupações as pes-

soas, inclusive os funcionários. Queremos cumprir os nossos compromissos e ter a cidade limpa, mas a segurança deles está em primeiro lugar e precisávamos de lhes dar uma imagem diferente, para que os automobilistas e a restante população os possam ver”, referiu. No mesmo dia que entregou os equipamentos, a Junta de Freguesia “promoveu uma ação de formação sobre segurança e higiene no trabalho” aos funcionários, ministrada por “um técnico da autarquia”, que “acedeu ao pedido de colaboração”. C.V.

Dia 26 8 horas: Concentração para a Caça à perdiz de salto, junto à Rotunda do Professor e do Conhecimento, em Santiago 15 horas: Crestuma-Bougadense - FC S. Romão-Mocidade Sangemil

Direção assegura mandato de “continuidade”

nómica”, Pedro Ortiga promete que os órgãos sociais vão “continuar a lutar e a não baixar os braços”, frisando que o mandato será de “continuidade, de esforço e de muito trabalho”.

Todos os elementos que compõem a direção, assembleia-geral, conselho fiscal e conselho superior foram reconduzidos num mandato de dois anos. P.P.

Secção de Santiago do PS com eleições internas

Funcionários da Junta de Bougado com novos equipamentos

Agenda

A Secção de Santiago de Bougado do Partido Socialista vai a votos este sábado, 25 de janeiro, para eleger a mesa da Assembleia-Geral (António Quelhas) e do Secretariado da Secção (Carlos Portela). As urnas vão estar abertas entre as 14 e as 19 horas, na loja 34 do Edifício Nova Trofa. No mesmo horário, os militantes da Secção de Santiago de Bougado vão poder eleger a Comissão Política Concelhia, que tem como candidato Marco Ferreira. Recorde-se que aquando das

eleições internas do partido a 7 de dezembro, que ficou marcada por desacatos, na secção de Santiago de Bougado, as votações tiveram um atraso de cerca de duas horas, já que a chave das instalações desapareceu e quando finalmente apareceu, foi a vez de desaparecerem os boletins de voto. Cerca das 17 horas, os mili-tantes puderam exercer o seu di-reito de voto para a concelhia, mas para a secção não foi aberta qualquer votação nem foi dada qualquer explicação para o sucedido. P.P.

Executivoaprovaredução de renda do Centro Equestre Seis minutos e quarenta segundos foi o tempo que durou a reunião de Câmara da Trofa, que se realizou a 16 de janeiro. Na sessão foi aprovada por unanimidade a renovação do contrato de arrendamento das instalações do antigo Centro Equestre da Trofa, que sofreu uma redução de 2674 euros mensais para 1500 euros. C.V.

Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

20.30 horas: Encontro de Reisadas, no Souto da Lagoa, junto à Igreja Matriz de Santiago de Bougado Dia 29 15 horas: Penafiel-Trofense

Farmácias de Serviço Dia 23 Farmácia de Ribeirão Dia 24 Farmácia Trofense Dia 25 Farmácia Barreto Dia 26 Farmácia Nova Dia 27 Farmácia Moreira Padrão Dia 28 Farmácia de Ribeirão Dia 29 Farmácia Trofense Dia 30 Farmácia Barreto

Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


Polícia 3

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Cafés assaltados com carros roubados

Assaltantes deixaram para trás para-choques de viatura Patrícia Pereira Hermano Martins

Com recurso a viaturas roubadas, desconhecidos assaltaram um café e tentaram outro em S. Romão do Coronado, na madrugada de segunda-feira, 20 de janeiro. Dois automóveis furtados de marca Opel Astra foram utilizados por três indíviduos, na madrugada de segunda-feira, para assaltar dois cafés. A vaga de assaltos começou

em Rio Tinto, Gondomar, onde furtaram um Opel Astra, de cor escura, e que, segundo o proprietário, estava estacionado perto do centro comercial Parque Nascente. Seguiram para S. Romão do Coronado onde se apoderaram de outro Opel Astra, de cor branca. O alvo seguinte foi o Café Bloco A, na Rua Gago Coutinho. Os indivíduos partiram as montras com paralelos e tentaram furtar a máquina de tabaco. Contudo não conseguiram, pois esta estava presa ao chão. Seguiram para a pizzaria/pas-

telaria Sabor Tropical, na Rua Descobrimentos, pouco antes das “três horas da manhã”. Partiram a porta com um paralelo e arrombaram-na com a traseira de um dos veículos, que ficou sem o para-choques, de onde furtaram a “máquina de tabaco”. Antes de fugir, o grupo insultou os moradores dos prédios vizinhos, que, segundo o proprietário Carlos Rocha, ao ouvirem “um estrondo, deram o alerta”. Em declarações ao NT, Carlos Rocha adiantou que “o valor da máquina não foi apurado”, visto que não é ele o proprietário da mesma, contabilizando o prejuízo na “porta e vidros, o que já não é tão pouco quanto isso”. A vitrina estava “toda fora do sítio e danificada” e, que “tivesse dado conta”, foi “só a máquina” furtada. Este é o segundo assalto de que a Sabor Tropical é alvo, sempre com o intuito de furtar a máquina de tabaco, sendo que na primeira vez, os assaltantes acederam “pela montra”. O grupo voltou à carga, perto das 3.45 horas, num café situa-

Assaltaram habitação e levaram LCD, portátil e bricolage Uma residência, em Alvarelhos, foi alvo da visita dos amigos do alheio, entre as 8.30 e as 15.30 horas do dia 15 de janeiro.

Do seu interior, desconhecidos furtaram um LCD, um computador portátil, uma máquina fotográfica, máquina de furar e uma máquina de cortar azulejos.

No local não havia indícios de arrombamento, desconhecendose o método de acesso à habitação. P.P./H.M.

Carteirista assaltou no S. Gonçalo A chuva que caiu ao final da tarde de domingo, 19 de janeiro, “obrigou” um homem a entrar na Capela de S. Gonçalo, em Covelas. Quando entrou, por volta das 19 horas, sentiu-se abraçado por um indivíduo, que apro-

veitou esse momento para lhe furtar a carteira, que continha documentos, 20 euros em dinheiro e os cartões de multibanco. O homem contactou o banco para proceder à desativação dos cartões, quando foi informado que

nos minutos seguintes ao assalto, o larápio terá efetuado dois levantamentos de 200 euros cada. A carteira apareceu cerca de 15 minutos depois na berma da estrada, em Covelas. P.P./H.M.

Indivíduos partiram a montra do Café Bloco A

do na Rua da Gandra, em Alfena, onde partiram os vidros da porta e furtaram uma máquina de tabaco. No final dos assaltos, os indivíduos dirigiram-se até uma mata, junto à Escola Básica 2/3 de Nogueira da Maia, onde des-

mantelaram as máquinas para retirar os maços de tabaco e o dinheiro, abandonando-as, assim como aos dois veículos. Viaturas e máquinas foram descobertas na manhã do dia seguinte por estudantes, que cortam o caminho para a escola por aí.

Veículofurtado Uma viatura ligeira de mercadorias, Mitsubishi L200, foi furtada entre as 19 horas do dia 15 de janeiro e as 12.30 horas do dia seguinte. Aquando do furto, o veículo estava estacionado na Rua Alexandre Herculano, em S. Martinho de Bougado. P.P./H.M.


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23 de janeiro de 2014

Carjacking começou em Conduzia Famalicão e acabou na Trofa em contramão O que poderia ser uma boa prática, transformou-se num dia de pesadelo para um homem, de 28 anos, morador em Vila Nova de Famalicão. Tudo terá começado por volta das 7.50 horas de terça-feira, 21 de janeiro, quando o homem, que circulava pelas imediações da urbanização das Lameiras, em Vila Nova de Famalicão, terá parado na passadeira para deixar passar dois peões, do sexo masculino. Em vez de passarem, os homens entraram dentro da viatura, um Opel Corsa branco, e apontaram-lhe uma arma obrigando-o a

arrancar. Segundo fonte policial, o homem afirmou que foi obrigado a conduzir durante muito tempo, andando pelas zonas do Porto e Braga. Já durante a tarde, terá, alegadamente, conseguido enviar uma mensagem à namorada a pedir ajuda. Contudo, os alegados sequestradores tiraram-lhe o telemóvel e obrigaram-no a levantar de uma caixa multibanco cem euros. Além disso, os homens terão obrigado o individuo a tomar “duas pastilhas azuis”. O pesadelo terminou por volta das 22 horas, quando os homens

o deixaram, apeado, na Rotunda do Professor e do Conhecimento, em Santiago de Bougado. Vendo-se livre, o homem dirigiu-se a um café das imediações onde pediu ajuda, tendo regressado à rotunda, onde aguardou pela GNR da Trofa. Devido a alegada intoxicação pelas pastilhas que tomou, o jovem foi assistido pelos Bombeiros Voluntários da Trofa. O caso está entregue à Polícia Judiciária de Braga, que durante o dia de quarta-feira esteve a interrogá-lo. P.P./H.M.

Reaberta ponte no Coronado

Brisa encontrou solução provisória para reabrir a ponte Patrícia Pereira Cátia Veloso

De forma a não criar “imensos transtornos” por ter “menos uma acessibilidade” disponível, a Brisa procedeu à “estabilização” das terras da passagem hidráulica que está sob a ponte que liga S. Romão e S. Mamede do Coronado. Já reabriu a ponte, denominada Travessa Costa, que liga as localidades de S. Mamede e S. Romão do Coronado, junto à Escola Básica e Secundária da freguesia, no dia 13 de janeiro. A via, que passa sobre a A3, estava cortada desde o dia 7 de janeiro devido a um deslizamento de terras, provocado pelo mau tempo e as fortes chuvas, que danificou “uma passagem hidráulica”. Na altura, de forma a “salva-

guardar as normas de segurança”, uma vez que “o piso” da ponte “ameaçava ruir”, a Câmara Municipal da Trofa decidiu, segundo José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, “interromper o trânsito”. Quando contactada a Brisa, esta fez saber na altura que a ponte “não oferecia qualquer risco em termos de segurança”, tendo decorrido, durante final do dia 8, “uma reunião técnica para definir a solução a implementar”. Segundo José Ferreira foi feita “uma estabilização do terreno e das terras que ali estavam”, tendo sido “consolidado”. Esta foi uma solução provisória encontrada pelos técnicos da Brisa até “passar este grosso do inverno e o caudal do rio Mamoa, que ainda é significativo”, uma vez que “não dá para fazer intervenção que vai ser necessária”, que passa

pela “sustentabilidade do túnel” da passagem hidráulica. O presidente da Junta assegurou que “logo que o tempo permita e melhore”, irá ser feita “essa intervenção necessária”. Até lá, José Ferreira pensa que “estão reunidas as condições de segurança para se ter reaberto a ponte para que possam circular quer peões, quer trânsito automóvel, sem qualquer tipo de problema”. “Foi a solução técnica encontrada pelos técnicos para que não criasse o condicionalismo de termos a Rua do Gondão fechada e canalizar todo o trânsito para a nacional 318, o que iria causar imensos transtornos e era menos uma acessibilidade que iriamos ter diretamente à Escola Báscia e Secundária, que como sabemos trás sempre muito trânsito, e descongestiona sobretudo o trânsito na nacional”, explicou.

embriagado Patrícia Pereira Hermano Martins

Seis indivíduos foram detidos por infringirem o Código da Estrada, cinco por conduzir sob o efeito de álcool e outro por não ter habilitação para a condução. Quem viu garante que parecia um autêntico filme policial. Na tarde do dia 17 de janeiro, quem passava na Rua Abade Inácio Pimentel, em S. Martinho de Bougado, cerca das 15.45 horas, assistiu a uma perseguição efetuada pela Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa a uma viatura. Quando o veículo que seguia à sua frente parou, o fugitivo não teve como escapar, tendo a GNR aproveitado para barrar a viatura e obrigado o homem a sair do carro e a deitar-se no chão, tendo sido algemado e levado para o posto da Trofa. A perseguição começou na Rua Nuno Alvares Pereira, junto à Escola Básica e Jardim de Infância de Paranho, quando, numa ação de patrulhamento, a GNR detetou o homem, com cerca de 45 anos, a conduzir em contramão, numa rua de sentido único. Ao aperceber-se dos militares, o homem colocou-se em fuga, com a patrulha a seguir no seu encalço. Durante a fuga, o condutor, morador em S. Martinho de Bougado, subiu passeios, desrespeitou sinais de trânsito e limites de velocidade. Além disso, o homem tinha uma taxa de 2,13 gramas de álcool por litro de sangue. Já no dia 18 de janeiro, pelas

00.30 horas, um homem foi intercetado pela GNR, quando conduzia um ligeiro de mercadorias, com uma taxa de 1,28 gramas por litro de sangue. O condutor, com cerca de 30 anos e residente em Lousado, foi detido na Rua da Liberdade, em Covelas. No mesmo dia, mas pelas 2.50 horas, foi registado um despiste na Rua da Liberdade, em Covelas. Quando os militares chegaram ao local fizeram o teste de álcool ao homem, de 28 anos e morador em S. Martinho de Bougado, que apresentou uma taxa de 1,72 gramas por litro de sangue. Pelas 2 horas da madrugada de janeiro, um homem, de 44 anos e morador em Covelas, foi detido quando seguia na Rua Central, em Covelas, por conduzir uma viatura ligeira com uma taxa 1,49 gramas por litro de sangue. Na mesma madrugada, já cerca das 4 horas, na Rua 9 de Abril, em S. Martinho de Bougado, a GNR deteve um homem, com cerca de 30 anos e morador em Fradelos, por conduzir um ligeiro de passageiros com uma taxa de 1,51 gramas por litro de sangue. Os cinco detidos foram notificados para comparecer em Tribunal na manhã do dia 20 de janeiro. No dia 16 de janeiro, um homem, com cerca de 40 anos e residente em S. Martinho de Bougado,foi intercetado pela GNR a conduzir um ligeiro de passageiros, sem habilitação legal para a condução. O indivíduo foi presente a Tribunal na manhã do mesmo dia.


Atualidade 5

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23 de janeiro de 2014

Espetáculo para ajudar Inês rendeu “mais de 11 mil euros” Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

O Complexo Municipal de Ténis da Maia foi palco do megaconcerto de solidariedade para ajudar Inês Reis, de 15 anos, que sofre de um tumor raro. Fundos angariados vão contribuir para que a jovem continue os tratamentos na Alemanha. A onda de solidariedade em torno de Inês Vilarinho Reis cresceu e refletiu-se no espetáculo que duas professoras organizaram para ajudar a jovem de 15 anos de S. Romão do Coronado, que sofre de um tumor raro. As docentes deram o primeiro passo para este megaconcerto, mas acabaram por contagiar toda a comunidade educativa da Escola do Castêlo da Maia, que se envolveu na organização da iniciativa, que se realizou no Complexo Municipal de Ténis da Maia, na tarde de domingo. Vários nomes conhecidos do mundo artístico português, como Quim Roscas e Zeca Estacionâncio e o grupo X4U (que participou no programa da Sic “Factor X”) aderiram à iniciativa e mos-

traram o apoio por esta causa, que visa levar a Inês a uma clínica em Duderstadt, Alemanha, para completar os tratamentos de imunoterapia, uma vez que os seis ciclos de quimioterapia a que foi submetida não fizeram efeito. Além do valor dos bilhetes vendidos, a organização ainda conseguiu angariar fundos através de um leilão de um tablet e da venda de rifas na Escola do Castêlo da Maia. De acordo com as declarações de Rosa Vilarinho, mãe de Inês, foram conseguidos “mais de 11 mil euros”, que vai contribuir para que a jovem, que sofre de um carcinoma mioepitelial de partes moles da região lombar e é uma das três dezenas de casos no mundo, cumpra a segunda fase dos tratamentos na clínica de Duderstadt, que aposta nas vacinas de células dendríticas. Este tratamento foi criado no princípio biológico em que a ideia passa por reprogramar o sistema imunitário dos doentes oncológicos para que as células saudáveis matem as doentes. O objetivo é retirar os monócitos do doente e fabricar, em laboratório, células dendríticas que, quando colocadas

em contacto com a informação tumoral e, posteriormente, reinjetadas no corpo, alertam o sistema imunitário que, por sua vez, destrói o tumor. Sem conseguir avançar com um número exato de espectadores, Rosa Vilarinho, que ainda foi trabalhar de manhã, chegou ao complexo municipal e apercebeuse “que muita gente comprou bilhetes, mas não entrou, ou seja, deu o donativo sem assistir ao espetáculo, assim como muita gente que estava presente e trazia dinheiro de outros amigos e familiares que não estariam presentes, mas quiseram contribuir”. “A ideia do megaconcerto partiu da professora Raquel e da professora Júlia, que deram aulas à Inês o ano passado. Elas acabaram por conseguir arrastar toda a escola e o evento estava muitíssimo bem organizado”, frisou. Para a mãe da jovem, o momento “mais emocionante” do espetáculo foi quando a Tuna Masculina da Universidade Católica “chamou a Inês ao palco e lhe dedicou a serenata”. Inicialmente, Inês – que durante muito tempo quis esconder a doença para “que não ti-

foto: Alípio Gomes

X4U foram um dos grupos que atuaram no espetáculo solidário

vessem pena dela” – não queria ir ao espetáculo e, seguidamente, aceitou ir, mas de forma anónima. No entanto, a magia da solidariedade acabou por a contagiar. “Ela envolveu-se com a organização, foi para o backstage conhecer as pessoas que iam atuar e subiu ao palco. Estava muito alegre e divertida”, contou. Rosa Vilarinho afirmou ainda que se têm multiplicado as mensagens de apoio à jovem. Se

também quiser contribuir pode fazer um donativo para o NIB 0038 0360 30014094771 15. A mãe da jovem não sabe quanto precisa para pagar a imunoterapia da filha, uma vez que depende dos resultados dos três tratamentos programados. Se quiser continuar a acompanhar a história da Inês pode fazê-lo através da página de Facebook, em www.facebook. com/ines.raiodeluz.

Paróquia de Santiago renova Confraria das “Almas” Patrícia Pereira A. Costa

Paróquia de Santiago de Bougado renovou solenemente a Confraria das “Almas”, com a bênção da nova bandeira e das Opas que os membros vão usar. O mártir S. Sebastião e a Nossa Senhora do Carmo são os protetores da Confraria das “Almas”, que foi renovada solenemente na paróquia de Santiago de Bougado, no dia dedicado a S. Sebastião, 20 de janeiro. Durante a celebração solene da eucaristia em honra do santo, o pároco, Bruno Ferreira, benzeu a nova bandeira da confraria, assim como as Opas que os membros que a constituem vão usar. No final, a Confraria liderou a procissão de oração ao cemitério pelas almas. A Confraria, que foi “fundada em 1722”, tem os “seus próprios estatutos e função”, da qual fa-

Confraria das “Almas” benzida em celebração

zem parte o pároco da freguesia (presidente), Carlos Sousa (sacristão), António da Silva (tesoureiro), Adélio Neves, António Sousa, Artur Silva, Boaventura Ramos, Fernando Dias, José Araújo, José Campos, José Ferreira, Manuel Maia, Manuel Cruz e António Coelho. Segundo os estatutos, a mis-

são desta Confraria e dos seus membros passa por “mandar celebrar todas as semanas uma intenção pelas almas, uma eucaristia mensal com procissão de oração ao cemitério pelas almas, um ofício de defuntos cantado todos os meses, a participação dos membros nas missas pelas almas, marcar o dia de S.

Sebastião (dia do protetor da Confraria) com missa solene, integrar as procissões das festas da paróquia e o compromisso dos membros de rezarem todos os dias pelas almas”. A assinalar o “primeiro ano” em que foi nomeado pároco “do Bougado grande” (21 de janeiro), Bruno Ferreira declarou que faz parte da sua missão “dar conta dos movimentos e das confrarias que a paróquia tem”. Como a Confraria das “Almas” é das “mais antigas”, o pároco sentiu “a necessidade de a renovar e escolher os membros que assumissem a missão e ajudassem a cumprir e a pôr em prática os estatutos da própria confraria em benefício das almas, não procurando honrarias, vaidades, mas servir a comunidade da paróquia”. A Confraria, que tem “em saldo algum dinheiro fruto das esmolas das pessoas para as almas”, tem “a missão de saber gerir esse dinheiro em favor das almas”. A “atividade e gastos”

desta confraria depende “somente do dinheiro/esmolas/ofertas dadas pelo povo”. A Confraria passa a ter uma bandeira, com as imagens dos santos protetores, uma vez que apenas tinha “o estandarte antigo de madeira”, que já estava “velho”. Por ser uma Confraria “paroquial”, Bruno Ferreira tentou escolher “elementos de todas as zonas da paróquia que representassem a portabilidade”. O mandato, para já, terá “um tempo de estabilidade que se vai manter”, havendo “renovação” aquando do pedido de “dispensa” pelos membros “em consonância com o pároco”. “Depois se sentirmos que deve entrar mais alguém, vê-se, mas para já começa com este número simbólico de 13, juntamente com o pároco”, referiu. Bruno Ferreira acredita que a renovação da Confraria vai fazer “muito bem à paróquia”, porque “os paroquianos não podem esquecer os seus irmãos que já partiram”.


6 Atualidade

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“Vestidos Vip” de Micaela Oliveira no Aeroporto Francisco Sá Carneiro As criações usadas por Cristina Ferreira, Diana Chaves, Judite de Sousa e Rita Pereira estão entre as peças expostas na mostra “Vestidos Vip” da autoria da criadora de moda trofense, Micaela Oliveira, que está presente na Loja Interativa do Aeroporto Francisco Sá Carneiro até ao dia 26 de janeiro. A exposição surge de um convite da Entidade de Turismo Porto e Norte, ao qual a Câmara Municipal da Trofa acedeu, tendo convidado artistas trofenses para que, durante uma semana, tenham “a possibilidade de expor as suas obras/criações neste espaço, divulgando desta forma, o seu trabalho, junto dos milhares de passageiros que passam diariamente por aquele espaço”. Na inauguração da exposição, que se realizou nesta terça-feira, dia 21 de janeiro, esti-

veram presentes a criadora Micaela Oliveira, o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, o vereador da Cultura, Renato Pinto Ribeiro, e o presidente da Porto e Norte, Melchior Moreira. Paralelamente a esta exposição, a autarquia divulgou ainda “uma nova marca trofense de licores”, a Licoreira Portuguesa, que se associou a esta iniciativa, dando “a conhecer a todos os presentes os seus licores”. O edil trofense lembrou a importância de ações como esta para “a consolidação do Turismo de negócios”, reiterando que “a aposta que a autarquia está a desenvolver, promovendo e apoiando o trabalho de todos os trofenses, como meio de afirmação e projeção do concelho e do capital criativo da Trofa”. A Loja Interativa de Turismo do Aeroporto Francisco Sá Car-

Criações de Micaela Oliveira expostas até 26 de janeiro

neiro já foi palco das exposições de artesanato de Vítor Martins e

Produtos trofenses na apresentação dos Fins de Semana Gastronómicos Rojões acompanhados do vinho verde Castro Trofa e, para sobremesa, o delicioso leite-creme. Esta é a proposta apresentada para os Fins de Semana Gastronómicos 2014, que se realizam na Trofa entre os dias 9 e 11 de maio. Na apresentação pública deste evento anual, que decorreu no dia 17 de janeiro no auditório Municipal de Barcelos, a Trofa, que esteve representada por uma comitiva liderada por Renato Pinto Ribeiro, vereador do pelouro da Cultura, apresentou o vinho Castro e o tradicional Leite-creme na mostra gastronómica. O vereador da Cultura deu conta das “potencialidades” desta iniciativa, que, assentes no segmento da “promoção da rica gastronomia local”, representam “uma importante mais-valia para a promoção turística do concelho”, área que este executivo municipal encara “como prioritária e quer desenvolver de forma estruturada e transversal”. Os Fins de Semana Gastronómicos são promovidos em conjunto pela Entidade Turismo do Porto e Norte de Portugal e

Leite-creme e vinho verde Castro Trofa representaram concelho

vários municípios da região. Nesta edição de 2014 vão participar na Trofa os restaurantes Félix, Flor do Ave, B. Correia, Cantinho da Feira, S. Pantaleão, Os Braguinhas, Pym’s, Roche-

do dos Leitões, S. Cristóvão, São Romão e Tourigalo, que terão à disposição de todos os interessados os pratos em realce neste evento, entre muitas outras iguarias típicas da região. P.P.

de Abílio Cardoso, dos santeiros de Augusto Ferreira e das cria-

ções de Júlio Torcato. P.P.

FiguradodeBarcelos em exposição na Casa daCultura Os olhos encubados, os pés descalços, as cores garridas e fortes e a tendência de trajes minhotos e das culturas do Minho. Estas são “características próprias” da exposição denominada o “Figurado de Barcelos”, que vai estar em destaque na Casa da Cultura da Trofa, a partir do dia 8 de fevereiro, com a inauguração marcada para as 15 horas, seguida de uma visita guiada pelo autor. A exposição é da autoria do ceramista figurativo Nelson Oliveira, que, face à “utilização sucessiva destes elementos nas suas criações”, é considerado “um dos mais jovens artesãos certificados do Figurado de Barcelos pela ADEREMINHO”. A mostra ficará patente até ao dia 1 de março, podendo ser visitada de segunda-feira a sábado, das 9.30 às 18.30 horas. Desde sempre que Nelson Oliveira, que é “um artesão autodidata por vocação”, revelou “talento para as artes”, tendo decidido “experimentar a arte de modelar” depois de “uma passagem pela pintura artística em tela”. Assim, iniciou um percurso de moldagem manual que culminou na aprendizagem e aperfeiçoamento de várias técnicas. Ao longo do seu percurso já participou em feiras como a Feira Internacional de Artesanato, Feira de Artesanato de Matosinhos, Feira de Artesanato da Maia, Feira de Artesanato de Vila do Conde e Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos. P.P.


Atualidade 7

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Canil municipal sobrelotado e a precisar de obras “urgentes” Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Rua da Ribeira, em Cidai, Santiago de Bougado. “Nós trabalhamos muitos anos com o senhor Fernando, sabemos bem as necessidades deste canil e dos animais e para fazer um ótimo trabalho precisamos da ajuda de todos, precisamos de novos sócios, voluntários e de pessoas e empresas que nos deem apoio financeiro. O facto de querermos cumprir toda a parte burocrática é para conseguirmos passar a fatura por todas as dádivas que nos derem e assim as pessoas não precisam desconfiar e têm a certeza que o dinheiro é para ajudar os animais”, sublinhou.

A Associação Um Animal Um Amigo voltou ao ativo para ajudar a tratar dos animais do canil municipal. Sílvia Coutinho alerta que é “urgente” intervir numa estrutura, que abriga mais de 20 cadelas e está em risco de ruir, e pede a ajuda da população. Os números falam por si e revelam a realidade do canil municipal da Trofa. Segundo dados fornecidos pelo responsável, Fernando Silva, se em 2008 foram adotados “mais de 400 animais”, em 2013 o valor desceu para “107”. O decréscimo de adoções provocou um efeito inverso na lotação do canil - denominado Centro de Recolha Oficial da Trofa - que atualmente alberga “cerca de 84” animais - três deles são gatos adultos -, muito para além da capacidade. “A lotação disto devia ser 55. Agora não há mais onde meter animais, está completamente cheio”, alertou. Para piorar o cenário, uma das estruturas do canil, que abriga mais de 20 cadelas, está degradada e pode ruir a qualquer momento. As telhas frágeis, e muitas delas partidas, ameaçam provocar uma “catástrofe”. Fernando Silva afirma que o canil sofreu um “retrocesso desde há três anos” e, por isso, ficou “feliz” quando soube que a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) voltou a ser ativada. A atividade da coletividade, da responsabilidade de Sílvia Coutinho, foi suspensa em outubro de 2011 devido a “divergências com o executivo camarário”. “Cortaram-nos o apoio financeiro e não nos deixavam trabalhar como queríamos e preferimos afastarmo-nos, sem nunca deixar de fazer o bem por

“Clínica” e “espaço para banhos e tosquias” são sonhos por cumprir Silvia Coutinho e Fernando Silva alertam que estrutura está em risco de ruir

estes animais”, contou Sílvia Coutinho, em declarações ao NT. A decisão para retomar a atividade surgiu depois de “o novo executivo” pretender recuperar a parceria com a associação. “Mal tomou posse chamou-nos e propôs que voltássemos a trabalhar e nós aceitamos, desde que nos desse apoio financeiro, que ainda não chegou, mas estamos a dar um voto de confiança, porque nos pareceu bastante recetivo e atencioso quanto aos nossos pedidos”, referiu. Logo que cumprir as burocracias relativas à reativação da AUAUA, Sílvia Coutinho quer começar a trabalhar o mais rápido possível. “Obrigatória” é a intervenção na estrutura mais degradada. “A Câmara já nos deu o ‘ok’, que podemos fazer as obras e que nos vai ajudar, mas precisamos de tijolos, areia, cimento e mão de obra para podermos começar”, salientou, apelando à população que “faça donativos”, através de transferência bancária para o NIB 0018

0003 1758 0572 020 92. A celebração de protocolos com empresas que ajudem à associação em troca de publicidade nas “diversas atividades da AUAUA” é outro dos objetivos, que permitirá sustentar o projeto. Animais vadios aumentaram no concelho Além disso, continua a prevalecer a necessidade de alimentação e o apoio financeiro para as castrações. “Enquanto a associação existiu, castramos todas as cadelas, gatas e gatos e ajudávamos na castração de animais de pessoas com poucas posses. Conseguimos que 500 animais fossem castrados até à suspensão da associação. Estávamos a ir tão bem que quase já não existiam gatos vadios. Mas agora, há por todo o lado, assim como cães”, frisou. Fernando Silva complementa e anuncia que “S. Romão e S. Mamede do Coronado” são as freguesias com maior foco de animais vadios. “Como não tem sido divulgado desde há três anos, as pessoas não estão a ligar ao canil e estão a esquecer-se dos animais. Espero que com a associação volte tudo à normalidade e que as pessoas tenham mais consciência e não os abandonem”, afiançou Fernando Silva. Se estiver interessado a adotar algum animal, pode contactar o 916 236 740 ou 911 010 477

AUAUA precisa de voluntários Como “começou do zero”, a associação “precisa de voluntários”, referiu Sílvia Coutinho. “Precisamos de ajuda para passear os cães, dar banhos, fazer tosquias e tratar dos animais quando eles chegam, porque se eles estiverem maltratados ninguém os quer”, frisou. Os interessados podem contactar o número 911 010 477 ou dirigir-se ao canil, na

Fernando Silva é o responsável pelo canil e para este local considera que era importante providenciar “uma clínica para fazer pequenas cirurgias” e “um local para dar banhos e fazer tosquias aos animais”. No entanto, as dificuldades financeiras do município podem adiar os sonhos e, para já, as prioridades estão na requalificação de um dos abrigos e trabalhar para dar uma família a todos os animais.

Canil tem cachorrinhos à espera de serem adotados

Gatil tem três gatos adultos


8 Atualidade

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23 de janeiro de 2014

Junta de Freguesia do Muro reúne histórias de Natal de oito trofenses Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Junta de Freguesia do Muro editou um livro de Contos de Natal, que reúne oito textos de autores trofenses. A próxima iniciativa será em maio, com uma “festa de rua”. “O livro Contos de Natal é a compilação de oito histórias de diferentes autores com uma profunda ligação ao Muro que, prontamente, acederam ao convite lançado. É um livro de verdade, de sentimentos e de busca de felicidade, expressando o que vai na alma de cada um na principal noite do ano em que ninguém deseja estar só”. Este é um excerto do prefácio do livro “Contos de Natal”, que a Junta de Freguesia do Muro compilou e lançou na tarde de domingo, 19 de janeiro. O salão nobre da Junta foi pequeno para acolher as várias dezenas de pessoas que aí se deslocaram, apesar da chuva, para assistir à sessão de lançamento do livro, que reúne oito contos de pessoas das freguesias do Muro, Alvarelhos e Guidões. Um a um, os autores subiram ao palco e recitaram as suas histórias, intercaladas pela interpretação de guitarra clássica por Tiago Marques. A sessão terminou com animadas músicas de Janeiras interpretadas pelo Grupo de Jovens Juventude Sem Fronteiras do Muro, seguido de um porto de honra.

Salão repleto para ouvir contos de Natal

Para Conceição Campos, elemento da Junta de Freguesia do Muro, este foi um dia “magnífico”, em que “todas as pessoas” ficaram “surpreendidas e gostaram”, e que, apesar de “os autores estarem um bocadinho nervosos”, correu “muito bem”. A responsável pela iniciativa explicou que a ideia dos contos de Natal foi posta em prática de forma “muito rápida”, tendo sido convidadas “12 pessoas” a escrever e a apresentar um conto em “duas semanas”. “Nem todos tiveram tempo”, tendo sido apresentados oito contos da autoria de Adelaide Ferreira (Muro), Ale-

xandra Freitas (Alvarelhos), Hermínia Abelenda (Muro), Juliana Sá (Muro), Manuel Araújo (Guidões), Manuel Pereira (Muro), Pedro Almeida (Muro) e de Rita Gomes (Muro). Apercebendo-se que “os contos valiam a pena serem publicados” surgiu a ideia de compilálos num livro, tendo Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, “feito questão que fosse a Electrum (da qual também é gerente) a patrocinar o livro”, que foi feito pela “prata da casa”: a ilustração da capa esteve a cargo de Daniel Maia e o design gráfico foi de Margarida

Pinto. Conceição Campos considerou que se trata de “um livro magnífico”, que trouxe “muita felicidade à tarde de hoje (domingo)” e que “fica para a lembrança” das gerações futuras. Nesta primeira edição foram impressos “cem exemplares”, que estão disponíveis na Junta de Freguesia e na Casa da Cultura. A Junta de Freguesia equaciona ainda lançar “um livro de contos para crianças ilustrado por pessoas da freguesia”. Segundo Conceição Campos, o “betão é importante” assim como “algumas obras que a

freguesia precisa, que tem algumas carências”, mas que “mais importante do que tudo é a felicidade das pessoas”. “O dia a dia é sempre a correr com muito stress e, assim, onde se vai buscar a felicidade? A algumas aptidões que as pessoas têm, aos hobbies e à descoberta delas próprias, através de iniciativas como estas. A revelação de talentos escondidos traz felicidade e é nisso que as pessoas acabam por ir buscar força para o seu dia a dia”, finalizou. A Junta de Freguesia está agora a preparar a que será a “grande festa do Muro”, que se realizará “em maio”. Será uma “festa de rua”, a decorrer na noite de sábado e no domingo, na Rua da Igreja, que será “fechada” ao trânsito e onde “todas as pessoas do Muro estão convidadas a estar presentes” e a divulgar as suas “coleções, recuperações de velharias e bicicletas, trabalhos em inox ou em alumínio”, havendo ainda “desfiles de moda e de penteados, dança de rua, muita animação, exposição de pintura e artesanato, pinturas faciais e tatuagens”. Os agricultores também estão convidados a estarem presentes para venderem “os seus produtos agrícolas”. Segundo Conceição Campos, esta é uma forma de a Junta “dar a oportunidade para as pessoas angariarem receitas e divulgar os seus produtos, como bolos, licores ou compotas”, sendo uma festa que será “muito importante para a freguesia”.

Encontro de Reisadas recria tradições Com a ajuda de lumieiras para iluminar os caminhos, oito grupos folclóricos vão passar pelas diferentes artérias de Santiago de Bougado, cantando os reis e as janeiras, culminando o percurso no Souto da Lagoa, onde, um a um, vão subir o palco e interpretar os cânticos alusivos a esta época. Com este Encontro de Reisadas e Janeiras, que se realiza este domingo, 26 de janeiro, pelas 21 horas, a Câmara Municipal da Trofa pretende “recriar a tradição dos Reis” e “promover

as tradições típicas da época”. O desfile, que tem início pelas 20.30 horas, começa “em simultâneo em diferentes artérias do concelho”, contando com a participação do Grupo de Tradições Infantis de Cidai (do Souto da Lagoa), do Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado (da Rua Dr. Avelino Padrão), Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado (da Rua Cónego Araújo), Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado (da Rua do Cruzeiro/Rua Fonseca Cruz), Rancho Folclórico da Trofa (da

Rua das Fontainhas), Rancho Folclórico do Divino Espirito Santo (da Rua Abade Pimenta e Sol), Grupo de Danças e Cantares do Vale do Coronado (da Rua Blandina Sampaio/Rua José Gil) e do Rancho das Lavradeiras da Trofa (da Rua Mestre Portela/Rua do Outeirinho). Em caso de “agravamento das condições climatéricas”, a realização deste Encontro de Reisadas será transferida para o salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa no mesmo horário. P.P.


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23 de janeiro de 2014

Cruz Vermelha da Trofa lança publicação sobre a Igualdade de Género Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Inserido no projeto “A Outra Face”, a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa lançou uma publicação sobre a Igualdade de Género. O projeto corre o risco de terminar por falta de financiamento.

A biblioteca escolar “é a maior sala de aula da escola” Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Auditório da Escola Secundária da Trofa esteve repleto para o debate “O papel das bibliotecas escolares na aplicação das metas curriculares”, que se realizou no dia 16 de janeiro. “A biblioteca escolar é a maior sala de aula da escola”. A citação fez parte da apresentação de Elsa Conde, da Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação, que durante o seminário “O papel das bibliotecas escolares na aplicação das metas curriculares”, abordou as temáticas da “Biblioteca Escolar, Currículo e Literacias”. Esta sessão, que tinha como público-alvo professores e professores-bibliotecários, contou ainda com a presença de Rosa Mesquita, professora e formadora na área das metas curriculares, Fernando Pinto do Amaral, Comissário do Plano Nacional de Leitura, e António Pires, Coorde-

nador Interconcelhio da Rede de Bibliotecas Escolares, como moderador. O comissário do Plano Nacional de Leitura referiu, em entrevista ao NT, que esta foi “uma reflexão sobre estes temas da leitura e da sua promoção”, na busca de formas de como colocar “os jovens a ler”. “São questões quase eternas, pois não há receitas, fórmulas mágicas, nem uma varinha de condão que transforme um jovem que não leia ou leia pouco num grande leitor. Mas há estratégias que podem ser utilizadas e há, sobretudo, que criar condições para isso, ou seja, se o jovem tiver à sua volta um ambiente que favoreça a leitura e se tiver os livros e outros materiais digitais ou de suporte é meio caminho andado para que se torne um leitor”, sublinhou. Para Fernando Pinto do Amaral, o papel das bibliotecas escolares é “muito importante” e “fundamental” para “qualquer atividade de promoção de leitura nas escolas e no sistema educativo”. Apesar de existir “muitos

materiais na internet”, é necessário, “muitas vezes, um espaço físico na escola” que seja “dedicado à leitura, privilegiado e especial, onde os alunos podem ter uma dimensão interior e de reflexão”, sendo esse espaço a biblioteca escolar, asseverou. Fernando Pinto do Amaral afirmou ainda que o Plano Nacional de Leitura está “em estreitíssima conjugação com as bibliotecas escolares”, sendo que, “uma boa escola em Portugal para desempenhar as suas funções essenciais no que toca à leitura precisa sempre de uma boa biblioteca”, pois sem ela “não pode funcionar”. O vereador do pelouro da Cultura do município da Trofa, Renato Pinto Ribeiro, mencionou que esta iniciativa é “bastante importante”, uma vez que as bibliotecas escolares assumem “um papel mais importante, atendendo também às dificuldades que os próprios jovens e famílias hoje em dia vão atravessando”. Além disso, para o vereador é necessário “promover a utilização e debater sobre esse princípio e essas dificuldades que afetam todas as famílias”, para que se possa “proporcionar aos estudantes uma fonte de complemento para a sua formação”. “É a primeira iniciativa e a sala está repleta com gente de vários concelhos e esperemos que tenha o sucesso que perspetivamos. Isto dá ânimo e força para pensar na próxima”, acrescentou, explicando que esta atividade tinha como objetivo “promover e incentivar as bibliotecas no sentido de proporcionar o melhor ensino, a melhor formação, o melhor acesso à informação e complemento dos estudantes”.

A delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) não vai deixar passar em branco o Dia Mundial da Liberdade, que se assinala esta quinta-feira, 23 de janeiro. Neste dia, a delegação vai lançar “um destacável com seis artigos de opinião e trabalhos de jovens”, que será distribuída no trânsito, na delegação, nas escolas e espaços públicos do concelho e será parte integrante desta edição d’ O Notícias da Trofa. O suplemento conta com textos da presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Fátima Duarte, bem como de Daniela Esteves, presidente da delegação da CVP, de Sérgio Humberto, presidente da autarquia da Trofa, de Renato Carneiro, diretor do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro (Trofa), de Alexandre Mendes, consultor, e de Bruno Marques, escritor. Esta ação está inserida no projeto “A Outra Face”, que visa “refletir sobre a igualdade de género” e tem envolvido milhares de pessoas. Contudo, o projeto corre o risco de terminar em abril por falta de financiamento. “Se falarmos em igualdade entre sexos, toda a gente entende o que queremos dizer. Mas ao falarmos de igualdade de género as pessoas ainda não sabem o que significa. O trabalho na Trofa é muito importante. Acabando o financiamento, ele fica a meio. Já conseguimos que percebessem e discutissem a temática, agora temos de pôr as pessoas a refletir e a agir”, explicou a coordenadora da delegação da Trofa da CVP, Carla Lima. Recorde-se que este projeto surgiu através de uma candidatura ao eixo 7.3 do Programa Operacional Potencial Humano, que atribuiu “um financiamento de 60 mil euros para 14 meses”. A delegação da Trofa realizou um seminário em novembro e tem outro agendado para março, a par de sessões de esclarecimento e reflexão feitas em escolas e junto da comunidade, com o objetivo de “incutir os valores da igualdade de género na comunidade”, através da discussão de temas como “violência no namoro” ou “violência doméstica”. De acordo com dados avançados, milhares de pessoas já participaram no projeto com destaque para jovens, professores e auxiliares, tendo numa das ações participado “1628 pessoas e em outra 556”. Na realização e distribuição de material informativo intervieram “957 pessoas”, estimando ainda que “cerca de 2600 pessoas” foram abrangidas na difusão do tema através de uma parceria com uma rádio local que, todos os meses, emite um programa sobre este tema. Carla Lima fez um balanço “muito positivo” do projeto, uma vez que a Trofa “já pensa e discute”, faltando agora “mais ação e enraizar os princípios da igualdade”. “Agora que está no terreno e se conseguiu esta boa dinâmica, é preciso continuar porque falar e promover a igualdade é trabalhar para um presente e futuro mais justo. O financiamento permite manter os postos de trabalho que são fundamentais pois, sem eles, não há forma de continuar”, descreveu Carla Lima, informando que este projeto conta com o trabalho de “três técnicos: a coordenadora geral, uma psicóloga e um técnico administrativo”. A delegação da Trofa quer candidatar o projeto “A Outra Face” a novos financiamentos, dado que o atual termina entre março e abril, mas tem vindo a sentir dificuldades pois, segundo a coordenadora, “tudo está parado à espera do novo quadro comunitário de apoio”. “A CVP da Trofa não tem qualquer comparticipação estatal, nem nenhum apoio da Segurança Social. Tivemos este projeto financiado e nada mais. Queremos mantê-lo pelos frutos conseguidos e estamos dispostos a fazer novas candidaturas, mas está tudo parado a nível nacional”, finalizou.


10 Atualidade

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23 de janeiro de 2014

Panidoçura está mais próxima dos clientes

Panidoçura tem fabrico próprio de pão

A Rua Dr. António Augusto Pires de Lima, em S. Martinho de Bougado, está mais doce. Abriu ao público, no dia 16 de janeiro, a Panidoçura, junto à Escola Secundária da Trofa. Já abriu um espaço doce na Trofa: a Panidoçura. A Panidoçura surge da união da Confeitaria Castêlo e com a Panificadora de Bougado, oferecendo a qualidade de sempre.

A Panidoçura está agora aberta ao público nas novas instalações, situada na Rua Dr. António Pires de Lima, em S. Martinho de Bougado, junto à Escola Secundária da Trofa. Com um ambiente requintado, este novo espaço tem fabrico próprio de padaria e pastelaria, com o mais alto nível de qualidade, podendo encontrar pastelaria fresca, bolos para todo o tipo de festividades, miniaturas

e as melhores sobremesas. A Panidoçura oferece ainda serviço de cafetaria, pizzaria e snack-bar. Pode fazer as suas encomendas através dos números 252 414 972 ou 933 402 921 ou então pelo email panidocura@hotmail.com. O horário de funcionamento da Panidoçura é de segundafeira a sábado das 7 às 20 horas e ao domingo das 7 às 13 horas.

Neste espaço pode encontrar pastelaria fresca e em miniatura

Saiba como usar as ervas milagrosas Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

ADAPALNOR deu a conhecer as 50 ervas utilizadas para fins medicinais, assim como os principais processos de preparação. “Há cerca de 60 mil anos”, segundo “vestígios pré-históricos no Iraque”, o homem já utilizava “determinadas ervas como a milfolhada e o malvaísco”, que são apenas duas das muitas plantas existentes que nos dias de hoje são utilizadas “em curas medicinais”. Esta foi uma das muitas confidências que o orador Jaime Vieira apresentou durante o curso “Ervas Milagrosas”, que a ADAPALNOR – Associação para a Defesa do Ambiente e do Património do Litoral Norte – dinamizou durante a tarde de sábado, 18 de janeiro, na sua sede, situada na antiga escola

básica de Mendões, em S. Mamede do Coronado. Durante a sessão, o orador explicou como se devia “secar as ervas”, “reduzi-las a pó”, ou até mesmo como “armazenar” e quais “os processos de preparação”. Segundo Jaime Vieira, para que sejam “preservados os óleos voláteis aromáticos da maioria das ervas, estas devem ser secas com a maior rapidez possível”, sendo colocadas “num tabuleiro para irem ao forno a uma temperatura de 35 graus”. Já no “verão, pode-se utilizar o método tradicional de atar as ervas em molhos pequenos e pendurá-los num local seco, escuro e morno”. “Quando secas, as ervas são facilmente reduzidas a pó. No entanto, para se obter bons resultados, aconselhamos o recurso a um simples moinho de café”, explicou ainda. Para que sejam “conservadas todas as propriedades medici-

nais, as ervas devem ser armazenadas em frascos opacos de vidro ou de cerâmica, enchendoos até cima, para reduzir ao máximo o oxigénio existente”. “Sempre que utilize parte da erva armazenada, substitua por algodão, a fim de preencher o espaço vago. Mantenha os frascos bem fechados, para evitar humidades”, acrescentou. Jaime Vieira contou ainda que “os principais processos de preparação são a infusão, decocção (ferve-se as raízes ou casca reduzidas a pó), compressa, tintura (ervas secas trituradas com álcool, vodka ou brandy, em vez de água), pomada (unguento) e cápsulas”, podendo “ainda ser utilizadas em banhos de imersão”. No curso, os participantes conheceram ainda as “50 ervas utilizadas para fins medicinais, algumas das quais bastantes conhecidas de todos nós, como

a alcachofra, o alecrim, o alho, o aloé vera, o boldo, o cacau, a camomila, a canela, o cebolinho, o dente de leão, a erva cidreira, o eucalipto, o funcho, o hipericão, o loureiro, a maçã, as nozes, a rosa brava, o sabugueiro ou o tomilho”. No final foi oferecido um certificado de frequência a todos os inscritos. A associação está já a preparar as próximas atividades na sede. No dia 1 de fevereiro vai organizar um curso sobre “Acupuntura Vegetal”, onde será explicado que quando “uma planta não cresce ou não dá fruto”, o problema pode ser “resolvido através da acupuntura vegetal”. O curso é “gratuito” para os sócios e tem um custo de “20 euros” para o público em geral. Já no dia 15 de fevereiro vai decorrer “atividades ao ar livre sobre jardinismo”, que terá um custo de “dez euros” para o pú-

blico em geral, sendo “gratuito para os sócios”. Em ambos os casos, as “inscrições são obrigatórias” e devem ser feitas através do e-mail (dapalnor@gmail.com) ou do número de telefone (929 240 420). ADAPALNOR vai a votos A associação convoca “todos os associados” a participaram na Assembleia-Geral, que se realiza pelas 10 horas do dia 9 de fevereiro, para a eleição dos corpos gerentes e aprovação do Regulamento Interno. O mandato será de “quatro anos”. Os corpos sociais são constituídos pelas secções de direção (sete elementos), Conselho Fiscal (três) e Mesa da Assembleia-Geral (três). Segundo fonte, a associação foi “constituída por escritura celebrada na Conservatória do Registo Comercial do Porto”.


A Outra Face

Um desafio constante A Cruz Vermelha Portuguesa Delegação da Trofa desde Dezembro de 2012 que tem implementado no concelho da Trofa o projecto “A Outra Face”, financiado pelo eixo 7.3 do POPH, visando promover a igualdade de género, bem como prevenir a violência de género em toda a comunidade. Este é um desafio que ainda hoje estamos a viver intensamente. Para a Delegação da Trofa da Cruz Vermelha implementar o projecto “A Outra Face” tem sido uma constante aprendizagem a diversos níveis, uma vez que promover a igualdade de género não é um fim em si mesmo, mas um processo de transformação constante das relações sociais. Este projecto foi implementado uma vez que consideramos que havia necessidade de uma maior sensibilização dos profissionais e do reforço das suas com-

petências no acompanhamento de casos de violência, tanto ao nível da intervenção primária dos professores, profissionais de saúde e profissionais das áreas sociais, bem como uma necessidade de promover acções de sensibilização, quer no domínio específico da violência doméstica, quer no domínio da igualdade de género, no sentido de sensibilizar os mais jovens para a importância de um relacionamento igual entre homens e mulheres. A sociedade é um imenso mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar, sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal... E julga-se, os fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores... Chamamos de diferente aquele que não está na mesma linha de normalidade

que a maioria do ser humano. Mas, o que é ser diferente senão o facto de não ser igual? Não somos assim, todos diferentes? É para que possamos entender a diferença e respeitar a mesma que este projecto se desenvolve, dando enfoque à igualdade de género, porque desde sempre que a construção de género se mostrou desigual e com diferenças acentuadas. Houve progressos, é certo, mas muito há a fazer. Nas últimas análises Portugal desceu no ranking sobre igualdade de género estando em 51 lugar entre 136 países, sendo o pior resultado desde 2006. Colocar etiquetas em homens e mulheres, atribuir esta ou aquela característica, limitação, papel, é redutor. Deve existir diálogo, compreensão e não um julgar sem compreender as diferenças dentro

Daniela Esteves Presidente Cruz Vermelha Portuguesa Delegação da Trofa

das especificidades de cada género. Todos devem ter oportunidade de mostrar de forma igual as capacidades que possuem. A diferença pede aceitação, pede respeito, pede tolerância. Contamos com a sua ajuda.

Igualdade de género Uma vez, numa entrevista a um jornal e perante uma pergunta sobre o facto de a minha candidatura ter, nos primeiros lugares o mesmo número de homens e mulheres e a sua relação com a Lei da Paridade expliquei que ao longo da minha vida e em especial na minha vida profissional, sempre me habituei a ver nas mulheres, e em especial nas minhas colegas, uma enorme capacidade de trabalho, dedicação e elevado profissionalismo e não seria por via de imposição legal que as escolheria mas, isso sim, fruto das suas qualidades e do seu mérito. Obviamente, não sou ingénuo e sempre me apercebi, em especial na política e nos mais altos quadros das empresas, que eram poucas as mulheres a quem era dada a oportunidade. Como eram pou-

cos os jovens a quem essa oportunidade era, igualmente, oferecida. As nossas escolhas devem, sempre, ter como base uma simples pergunta: “quem são os melhores para levar a cabo aquela tarefa?” e a resposta não pode ser encontrada na mera lógica se é homem ou mulher. A questão não está no género, está no mérito, na qualidade, no profissionalismo. Quem segue caminho diferente vai, certamente, errar. E perder o comboio do futuro. Por sua vez, o combate à violência de género passa, a meu ver, por um conjunto de medidas conexas. É fundamental ter um quadro normativo penal exemplar e uma respectiva aplicação justa. Não posso aceitar que, nesta matéria, ainda persistam tradições penais execráveis e

nada condicentes com os direitos fundamentais do ser humano. Por outro lado, é preciso aplicar verdadeiras políticas de apoio à vítima numa situação e contexto social problemático. Por fim, é fundamental apostar na educação das gerações mais novas para esta vergonhosa realidade. Uma educação que passe por uma abordagem clara e franca dando a conhecer a realidade e apostando na prevenção. É impressionante verificar que as situações de violência de género acontecem em todas as classes sociais, não sendo exclusivo de nenhuma qualquer situação económica especial. Se a igualdade de género é uma evidência que deve estar sempre presente nas nossas vidas, o combate à violência de género deve ser uma missão de todos

Sérgio Humberto Presidente da Câmara Municipal da Trofa

nós. Só assim se constrói uma sociedade plena de liberdade, igualdade e fraternidade.”


II

A Outra Face

Fátima Duarte Presidente CIG

A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) é um serviço da administração direta do Estado responsável pela execução das políticas públicas no domínio da cidadania e da promoção e defesa da igualdade de género, do combate à violência doméstica e de

género e ao tráfico de seres humanos, sob tutela da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade. A CIG coordena o V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e não Discriminação (V PNI), o V Plano Nacional para a Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género (V PNPCVDVG) e o III Plano Nacional contra o Tráfico de Seres Humanos (III PNPCTSH), os quais, no seu conjunto, delimitam o âmbito da sua atuação. Todos os Planos têm vigência de 2014-2017 e preveem um reforço de articulação com ONG, que apoiam a entidade coordenadora na execução dos mesmos. O V PNI é o instrumento de execução das políticas públicas, que visam a promoção da igualdade de género e o combate às discriminações em função do sexo, da orientação sexual e da Identidade de Género. Inclui uma forte componente de transversalização da perspetiva da igualdade de género em todos os ministérios que devem, assim, continuar a integrar esta perspetiva no planeamento

das suas atividades com implicações relevantes para a igualdade. O V PNPCVDVG destaca-se pela sua relevância e atualidade, acompanhando os instrumentos internacionais, nesta sede, nomeadamente a Convenção do Conselho da Europa para a prevenção e o combate à violência contra as mulheres e a violência doméstica (convenção de Istambul), que Portugal foi o primeiro país da União Europeia a ratificar. Assenta nos pressupostos da Convenção, alargando o seu âmbito de aplicação, até aqui circunscrito à violência doméstica, a outros tipos de violência de género. O III Programa de Ação para a Prevenção e Eliminação da Mutilação Genital Feminina passa a fazer parte integrante do V PNPCVDVG. Portugal é um país de risco na medida em que integra comunidades migrantes provenientes de países onde a MGF é uma prática e a sua eliminação é particularmente difícil, pois interfere com um conjunto de adquiridos fortemente enraizados na identidade sociocultural de

algumas comunidades. A MGF causa danos irreparáveis na saúde das mulheres ao longo da vida, nomeadamente na sua saúde sexual e reprodutiva, conduzindo não raras vezes à morte. Denunciar a MGF é um ato de cidadania em prol das mulheres que, sujeitas a esta forma de violência, se vêm privadas dos seus direitos, garantias e liberdades mais elementares. Outras das áreas de intervenção da CIG é o Tráfico de Seres Humanos, através da coordenação do III PNPCTSH. O tráfico de seres humanos constitui claramente uma das formas mais graves de violação dos direitos humanos, que não conhece fronteiras e que se alimenta de diversas vulnerabilidades e fragilidades. Segundo dados da ONU, o tráfico de seres humanos, por ano, gera cerca de 24 mil milhões de euros para as redes de criminalidade organizada e mais de 2,4 milhões de vítimas.

Educar para a igualdade A promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é uma preocupação patente nos projectos educativos das escolas. Apesar das restrições curriculares, consequência da diminuição da carga lectiva para os alunos e do subjacente estreitamento da acção educativa, que nos últimos anos tem afectado a educação, as escolas, atentas à promoção da igualdade de oportunidades, têm desenvolvido um esforço significativo com o objectivo de contribuir para a eliminação da discriminação em função do género, inserida numa perspectiva mais ampla de educação para a cidadania. Apesar da evolução dos meios de comunicação social e da sua importância na mudança de mentalidades, a escola e o professor continuam a ter um papel singular na socialização dos alunos. Ao professor é-lhe pedido uma multiplicidade de temas que deve abordar nas aulas (na

escola) sem que para isso lhe seja proporcionada, não raras vezes, a formação ou simplesmente a orientação adequada. E, tudo isto deve ser incluído em menos tempo de aula, ou seja, em menos tempo de interacção com os alunos. Por este motivo, o esforço para combater, nas escolas, a discriminação em função do género, passa pela inclusão de programas devidamente estruturados como “A outra face” e implementados em colaboração com agentes com formação especializada. Atento a esta realidade, o Agrupamento de Coronado e Covelas, abrangendo, numa primeira fase, a Escola Básica do Castro e a Escola Básica e Secundária de Coronado e Covelas, dirigiu este projecto aos alunos que frequentam os Cursos Vocacionais, os Percursos Curriculares Alternativos, e, ainda, aos alunos do 8º e 9º anos. Conceitos como

sexo e género, papéis sociais de género e os estereótipos associados, bem como a igualdade na legislação nacional e comunitária são tratados nas aulas com exemplos sobre a evolução das mentalidades e sobre aspectos da situação actual entre homens e mulheres em Portugal. A nossa preocupação prende-se com a integração da dimensão de género na educação dos alunos do Agrupamento com vista à eliminação dos estereótipos sociais de género que predefinem o que é suposto ser e fazer um rapaz e uma rapariga. Estes aspectos têm ainda mais relevância na actualidade e, concretamente, na área de abrangência do nosso Agrupamento, se tivermos em consideração que existem nalgumas famílias - e entre os nossos alunos - relações de intimidade marcadas pela violência que tendem a reproduzir-se nas gerações seguintes se não forem trabalhados nas escolas.

Sopa de Letras Encontra as palavras Cidadania Género Estereótipo Sexo Discriminação Igualdade Feminino Masculino

Renato Carneiro Diretor do Agrupamento de Escolas Coronado e Covelas


A Outra Face

III

Género: Humano! mulher. Trata-se de um pilar civilizacional que divide pela diferença, reduzindo a Humanidade a papeis, lugares, funções, estatutos e ambições circunscritos. E é um facto: geração após geração, eternizamos essa superstição atávica procurando encaixar nos marcadores sociais esperando fazer tudo certo. Chimamanda Adichie é uma escritora nigeriana inteligente, interessante e luminosa numa sociedade que não o valoriza. Chimamanda diz que é feminista porque diz que as mulheres têm uma existência, um lugar e muitos papeis numa sociedade em que o homem é o standard e o referencial. Mexe com todos os homens ouvi-la falar sobre género e papeis. A inteligência do seu humor são cócegas para os preconceitos instalados. É raro que um homem tenha discernimento proactivo sobre a permanente actualidade de continuar a promover a

igualdade de género. Não há desculpas para isso. Nem grandes explicações que o justifiquem. Na prática, as mulheres têm assumido corajosamente esse desafio superando barreiras e obstáculos e medos e inseguranças. Chimamanda foi essencial para Beyoncé. Ler um dos seus ensaios ajudou a cantora a reagir com um álbum novo onde purga as suas inseguranças e se mostra mulher. Mulher que também é mãe. Não há nada que a Sociedade possa dizer que a faça maior do que a mais elementar Humanidade. Discutir Género é pensar sobre o ser pessoa e dar um empurrão à Cultura que nos molda. O mundo, a vida e a Humanidade pulam e avançam sempre que Beyoncé, Chimamanda, Rosa Parks, Marie Curie ou as donas Conceição, Maria das Dores e Matilde enfrentam o que deve ser para fazer o que é certo.

Alexandre Mendes Consultor

Ilustrações Isabel Marques

Toda a vida vivera de ser mulher, dessas mais bonitas, das curvas perigosas para inebriantes passeios da mais fértil volúpia imaginada. Mais ainda, desde os 15 anos é artista, dessas da mais invasiva exposição mediática. Um dia, cruzou-se com um espelho e encontrou-se mulher, recém-mamã. Trinta kg a mais, olheiras marcadas, sonos trocados e todas as inseguranças de quem se redescobre crescida e herdeira de uma cartilha de expectativas sobre como ser mãe dedicada, mulher sensual e profissional de sucesso. Ao ver-se no espelho, Beyoncé, tomou consciência do peso das expectativas que internalizou, sem que desse por isso, sobre o seu papel como mulher. Chorou. Achava que isso a afastaria da carreira que estava há anos a construir. Há um folclore ancestral para nos educar sobre o cabimento de ser homem ou

O que ainda falta caminhar As mulheres ocupam hoje em dia lugares de destaque na sociedade civil, algo provavelmente impensável há não muitos anos atrás. A título de exemplo, pode citar-se a Chanceler alemã Angela Merkel, governante do país dominador de toda a Europa, ou Dilma Rousseff, presidente do Brasil, país que emerge em termos mundiais. Mas certamente muitos outros exemplos poderiam ser dados e nas mais diversas áreas. Este facto deve-se às capacidades reconhecidas às mulheres, embora para muitos ainda custe a engolir a partilha de decisões com alguém do sexo feminino. A verdade é que a competência, a inteligência e a capacidade nada têm a ver com o género. E só os melhores, os mais capazes conseguem singrar na sua área de

intervenção. Ou pelo menos assim é na maior parte dos casos. Se é verdade que homens e mulheres estão em pé de igualdade na maior parte das áreas, outras existem em que a igualdade de género é ainda uma espécie de miragem. O mais flagrante de todos está na Igreja, onde o acesso a posições de relevância ou visibilidade permanece vedado. O mesmo sucede em actividades desportivas assumidamente masculinas em que a ter sucesso no feminino ainda significa algo contra natura. Será pelo que ainda falta caminhar nesta igualdade que se deverá focar atenções, sobretudo através da sua denúncia e abordagem nas mais diversas formas. Mais grave é quando a diferença de género é resolvida com ou pela violência.

O que apesar de acharmos não ser possível acontecer nos dias que correm, é infelizmente algo ainda comum, independentemente de se tratar de classes mais ou menos favorecidas. Aliás, não escolhe idades ou extractos sociais. O trabalho passa por levar estes casos à Justiça, promovendo penas exemplares. Actuando diariamente para erradicar esta mentalidade que deve ser incutida desde tenra idade nos mais jovens. Ao pensarmos que a igualdade de género é uma realidade, estamos a negligenciar muito do trabalho ainda a ser feito nesse sentido. Convém ter a ideia sempre presente pois só dessa forma conseguiremos garantir uma sociedade cada vez mais justa.

Bruno Marques Escritor


IV

A Outra Face

Trabalhos realizados pelos alunos da Escola EB 2/3 com Secundário de S. Romão do Coronado no âmbito da acção 1 do projecto.

A Outra Face

Soluções : Correspondência das Profissões

Não existe nenhum género mais ou menos adequado para uma profissão. Se possível, devemos fazer sempre aquilo de que gostamos e para o qual temos aptidão.

Sopa de letras

Este projecto é composto 6 acções fundamentais que estão até à data a ser desenvolvidas de acordo com o planeado. A acção 1 é composta pelas sessões de sensibilização/ informação realizada para jovens, professores e auxiliares de acção educativa que tem como objectivo promover um conjunto de sessões de informação com base em estratégias de educação formal e não formal, A acção 2 consiste no marcar com diferentes acções os dias significativos alusivos à temática da igualdade, da violência, dos direitos humanos. Neste âmbito realizamos inúmeras acções de sensibilização, criando trabalhos e slogans alusivos às temáticas e à missão do projecto. No que respeita à acção 3 esta centra-se na realização de uma peça de teatro alusiva à temática da igualdade de género, Relativamente à acção 4 esta consiste na produção e elaboração de material informativo para projecto. Neste âmbito foi criado o símbolo do projecto após colaboração e proposta de ideias de diferentes turmas e jovens, foi elaborada a agenda para a igualdade 2014, elaboramos diferentes flyers, outdoors, entrevistas de rua, para que de forma simples e efectiva toda a comunidade possa ter acesso . A acção 5 assenta na difusão de informação, nomeadamente através da elaboração e manutenção do site do projecto http://www.outraface.co.nf/, da dinamização da página do facebook https://www.facebook. com/OutraFaceCVPTrofa, na realização mensal em parceria com a Rádio no Ar, de um programa de rádio abordando diferentes temáticas no âmbito da igualdade de género. Por último, a acção 6 compreende a realização de dois seminários para partilha de boas práticas, partilha de conhecimentos, balanço de resultados, bem como, promover a implementação de novas estratégias e formas de actuação. Com todas estas acções desejamos promover uma cultura de não-violência e de cidadania e promover novas relações sociais que permitam a igualdade entre homens e mulheres aos diferentes níveis.

Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação da Trofa Largo do Cruzeiro, Edifício das Camélias, Loja 7 São Martinho de Bougado // 4785-300 Trofa Tel.: 252 419 083 Email: dtrofa@cruzvermelha.org.pt trofa.cruzvermelha.pt http://www.facebook.com/cruzvermelhatrofa


Atualidade 11

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23 de janeiro de 2014

Festas S. Gonçalo atraíram milhares de romeiros Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

A chuva não impediu que, entre os dias 17 e 20 de janeiro, milhares de romeiros se deslocassem a Covelas para participar nas festas de S. Gonçalo. A chuva tomou conta dos primeiros dias de festa de S. Gonçalo e parecia que tinha vindo para ficar. Mas no domingo, S. Pedro deu tréguas, permitindo que milhares de romeiros cumprissem a tradição de se deslocar às festas, para puxar a bengala de S. Gonçalo e arranjar casamento ou provar o rojão e o vinho novo. Este ano, devido à chuva intensa, houve quem preferisse rumar a Covelas pela estrada, em vez de usar os caminhos pelo monte. O grupo Meeting Point BTT é, segundo Miguel Gomes, presença “assídua” nesta romaria e faz “sempre questão de participar” pelo “convívio” que os “leva a andar de bicicleta” e também pela “tradição dos lavradores, que abrem as suas portas para podermos comer um rojão”. Há cerca de cinco anos que o Grupo Juventude Sem Fronteiras do Muro vai todos os anos “a pé” até

Covelas, percorrendo, segundo Pedro Santos, “uns caminhos um bocadinho manhosos”, que o fizeram “perder-se” por algum tempo. “É sempre uma atividade muito interessante em termos de convívio. Encontramos sempre muita gente a partir do momento que entramos em Covelas. Gostamos muito, já é quase tradição virmos neste dia”, acrescentou. Todos os anos, Sérgio Soares vem de bicicleta até ao S. Gonçalo, com a exceção do “ano passado” que veio “de carro”, porque “chovia imenso”. É “um passeio diferente” e é o “único dia do ano” em que bebe “vinho”. Pelo “segundo ano”, Rui Nóvoa veio do Porto de bicicleta, pelo “convívio e pelo rojão”. Quem também é presença assídua nesta romaria é a associação Amigos de Santa Cristina do Couto, por tratar-se de uma “festa com largas tradições”. “Todos os anos fazemos esta caminhada, chova ou não chova”, declarou Sebastião Pereira, com Fátima Rodrigues a acrescentar que não é só pela caminhada, mas pelo convívio que há pelo caminho, que faz com que “esta festa tenha um significado muito maior”. Durante a tarde de domingo, a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia animou

Todos os caminhos foram dar a Covelas pub

Multidão na procissão

a romaria até à saída da procissão. A chuva voltou a cair, mas por pouco tempo, possibilitando a saída da procissão, constituída por seis andores, um deles, pela primeira vez, com a imagem do Papa João Paulo II. No momento do balanço das festividades, Ricardo Barros, da comissão de festas, asseverou que foi “bastante positivo”, pois apesar do tempo de chuva, registou-se “bastante afluência” no recinto. “O povo gosta desta festa de tradições e com expressão regional, do S. Gonçalo, dos petiscos e do vinho”, mencionou. Já Fernando Rocha, outro elemento da comissão, deixou “uma palavra de agradecimento à freguesia”, pois “sem ela era impossível” fazer “uma festa desta natureza”, à Câmara Municipal da Trofa, à Junta de Freguesia e a “todos os colaboradores que ajudaram a patrocinar esta festa”. O presidente da Junta de Freguesia de Covelas, Feliciano Castro, estava satisfeito com as festividades. “Sendo esta uma das primeiras festas do ano é sempre muito concorrida e es-

tando tempo bom é sempre muito melhor. As festas de S. Gonçalo têm já bastante tradição e espero que corra tudo bem que é bom para todos”, sublinhou. Apesar de existir “mais dificuldade em arranjar dinheiro e patrocínios para fazer a festa”, Feliciano Castro pensa que, de “uma forma ou de outra”, as festas “nunca irão acabar”. A romaria começou com um espetáculo de folclore com as atuações do Rancho das Lavradeiras da Trofa e do Rancho Paroquial de Guifões (Matosinhos).

No sábado, o Agrupamento Musical Juventude em Força anunciou as festas pela freguesia, encerrando o dia com o espetáculo musical da Banda Impaktus e do fogo de artifício. Na segunda-feira, realizaram-se uma eucaristia e a procissão de voto ao redor da capela de S. Gonçalo, encerrando com um espetáculo musical das Vozes do Tâmega. Pode encontrar mais fotografias desta festa na galeria que está disponível na página de Facebook do NT, em www.facebook.com/ onoticiasdatrofa

Também houve quem fosse para a festa de cavalo


12 Desporto

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23 de janeiro de 2014

Trofense aguarda mais dez dias pela aprovação da recuperação Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

A situação do Clube Desportivo Trofense foi adiada até ao dia 3 de fevereiro, uma vez que na assembleia de credores, que se realizou na sexta-feira, dia 17 de janeiro, no Tribunal de Santo Tirso, a Direção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) e a Segurança Social pediram dez dias para emitirem o pronúncio. Para que o plano de recuperação do Trofense seja viabilizado são necessários os votos favoráveis de dois terços dos créditos subordinados e uma percentagem igual ou superior a 50 por cento dos que foram considerados detentores de “créditos comuns”. Dos créditos subordinados, 76,52 por cento pertencem aos credores que votaram favoravelmente e 9,49 aos que votaram contra, enquanto cerca de 13 por centro pertencem àqueles que pediram prazo. Estes últimos correspondem à Segurança Social (cerca 1,5 por cento) e a DGCI (cerca de 11,5 por cento). Já dos considerados detentores de “créditos comuns”, cerca de 34 por cento votaram favoravelmente, cerca de 26 por cento contra e cerca de 38 pediram prazo, correspondendo, uma vez mais, ao pronúncio da Segurança Social (cerca de 4,5 por cen-

As votações estavam dentro das “expectativas” da direção do Trofense

to) e da DGCI (cerca de 33,5 por cento). A empresa Jardins Alves, os jogadores Miguel Alexandre Areias Lopes e Pedro Araújo, a Transcovizela SA, a Eurico Ferreira SA, a Realvitur - Viagens e Turismo e uma empresa de representação de jogadores foram os credores que votaram desfavoravelmente o plano de recuperação. Para Paulo Melro, presidente do emblema da Trofa, os votos que se registaram a favor e contra estavam dentro daquilo que seriam “as expectativas”, uma vez que a direção já sabia de “onde é que vinha a resistência para tentar contrariar este pla-

no”. No entanto, foi com “alguma surpresa” que ouviu do Ministério Público (MP) o pedido de “dez dias para apresentar o seu voto”, porque sabia que “terá recebido instruções para votar favoravelmente” em nome da GDCI. “Informamos o Ministério Público, através do nosso advogado, que teríamos conhecimento que a resposta já deveria ter chegado (13 de dezembro), até porque é comum a Autoridade Tributária votar atempadamente”, explicou. Contudo, a procuradora do MP alegou que junto ao processo não teria qualquer pronúncio. Agora, tanto a DGCI como a Segurança Social têm um prazo de dez dias para emitir por escrito

a sua votação. Terminado esse prazo, o Tribunal emite a votação ao administrador da insolvência do clube que, depois de contabilizar a percentagem, comunica o resultado final da aprovação do plano de recuperação. A comprovar-se o voto favorável da DGCI, o plano de recuperação é aprovado, uma vez que perfaz 88,02 por cento (superior aos dois terços exigidos) e cerca de 71,50 por cento dos créditos comuns (quando é exigido uma percentagem superior a 50 por cento). Mas mesmo sem o voto da DGCI e da Segurança Social, os créditos subordinados já têm os votos favoráveis suficientes para ser viabilizado, faltan-

do apenas ter a percentagem suficiente nos créditos comuns. Com a aprovação do plano de recuperação, o passivo do clube, que ronda os sete milhões de euros, passa a cerca de dois milhões e 300 mil euros, tendo em conta a reestruturação das dívidas e a nova calendarização dos pagamentos. O plano prevê o “pagamento integral dos valores que estão reconhecidos como créditos” aos trabalhadores e à DGCI e o perdão de “80 por cento” da dívida pelos restantes credores. O pagamento dos créditos será “faseado ao longo de 12/13 anos, dependendo dos casos”, sendo que o “primeiro ano é de carência” e nesse período “só serão pagos as obrigações ao fisco e à segurança social”. Nos quatro anos seguintes serão “reembolsados os credores relativos ao quadro de pessoal”, nos próximos quatro aos “credores comuns e só na parte final aos credores subordinados”. O presidente afirmou que este foi o plano “possível”, “não” sendo esta a situação que lhe “agrade mais”, pois gostaria de “estar em condições para liquidar todas as responsabilidades que o clube assumiu ao longo destes anos”. “Mas foi o caminho que encontramos para termos viabilidade, para que o clube possa continuar e pelo menos alguma parte daquele trabalho que as pessoas fizeram no clube possa ser reembolsado”, finalizou.

Futsal: Coronado e CRB triunfam As equipas trofenses que militam no campeonato de futsal da série 2 da 2ª Divisão distrital de iniciados foram as únicas vitoriosas do fim de semana. Na 15ª jornada, a Associação Recreativa e Desportiva do Coronado bateu o Penafiel, por 0-2, e cimentou o 2º posto (29 pontos), enquanto o Centro Recreativo de Bougado ascendeu ao 7º posto (19 pontos) depois de vencer o Retorta, por 1-2. Na próxima ronda, o Coronado viaja ao reduto do Gondomar e o CR Bougado folga. No escalão de seniores, o Grupo Desportivo de Covelas não evitou o desaire diante do Jun-

queira por 4-0, descendo ao 12º lugar da 2ª Divisão Distrital, com 17 pontos, ao fim de 16 jornadas. No sábado, 25 de janeiro, vai tentar recuperar terreno na partida com o Arcozelo, marcada para as 20 horas, no pavilhão da Escola Básica e Secundária de S. Romão do Coronado. A formação da Associação Recreativa Juventude do Muro, a militar na série 1 da 1ª Divisão distrital, foi goleada pelo Académico de Pedras Rubras, por 6-1, na 14ª jornada, e agora ocupa o 14º lugar, com 13 pontos, os mesmos que o próximo adversário, o Silva Escura. O jogo realiza-se no pavilhão da Escola de

S. Romão do Coronado, na sexta-feira, 24 de janeiro, às 22 horas. Na 12ª jornada da 2ª Divisão Distrital de seniores femininos, o Futebol Clube S. Romão tropeçou diante d’O Amanhã da Criança, perdendo por 1-2, no entanto, manteve o 3º posto, com 27 pontos. Na próxima jornada vai defrontar, fora de portas, o Santana. Os benjamins do FC S. Romão perderam com o Modicus de Sandim, por 1-9, na 15ª jornada da série 2 do campeonato distrital, segurando, porém, o 12º lugar, com seis pontos. C.V.


Desporto 13

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23 de janeiro de 2014

Trofense com derrota pesada em Aveiro

Willyan foi o “motor” da equipa aveirense, ao apontar dois golos e ao estar no lance da grande penalidade que originou o terceiro, contribuindo, de forma decisiva, para o segundo triunfo consecutivo do “onze” aveirense. Numa partida de sentido único, o Beira-Mar foi superior, tendo tirado partido da apatia do Trofense, que praticamente não rematou à baliza e proporcionou uma tarde tranquila ao guardaredes Rui Rego. Foi aos oito minutos que o conjunto da casa adiantou-se no marcador, numa jogada de ataque rápido em que André Sousa fez o passe e Willyan só teve de empurrar para o fundo das redes da baliza de Conrado. A formação de Aveiro continuou a dominar e chegou ao segundo golo ao minuto 28, numa jogada com os mesmos intervenientes: André Sousa no passe e Willyan a rematar, “bisando” na partida. O médio esteve sempre irrequieto e, aos 30 minutos, isolou-

se frente ao guardião forasteiro, que fez falta na área e recebeu ordem de expulsão do árbitro Fábio Veríssimo. Com a expulsão, Profírio Amorim substituiu Rafinha pelo guarda-redes Diogo Freire. Na marcação da respetiva grande penalidade, o avançado Luiz Phellype não desperdiçou e apontou o terceiro golo da formação aveirense (33 minutos), fechando as contas do jogo. Após o intervalo, foi sempre o Beira-Mar que esteve mais perto de dilatar o triunfo, enquanto o Trofense nunca conseguiu esboçar uma reação ao futebol imposto pela formação de Aveiro. Na análise à partida, o técnico da formação da Trofa, Profírio Amorim, declarou que a equipa entrou, “incompreensivelmente, um pouco no ritmo do jogo do Beira-Mar” e que, apesar de “não” ter “planeado essa abordagem”, deixou-se “embalar” pela jogada “muito pausada”. “Sabíamos que o Beira-Mar era muito forte naqueles lances metidos na diagonal e em profundidade para ao extremos, sobretudo para o Willyan. Aproveitaram três situações na primeira parte e podiam ter mais uma. Nós ficamos atordoados e não conseguimos reagir”, mencionou, acrescentando que quando tentaram “levantar a cabeça surgiu a expulsão e

mos boa qualidade no passe para poder proporcionar esses momentos e acabamos por tornar fácil o que poderia ser mais um jogo de luta”, reforçou. O Trofense está em 20º lugar, com 25 pontos, a dois e a três dos que estão na linha de água.

Foto: Diário de Aveiro

O Beira-Mar venceu o Trofense, por 3-0, em encontro a contar para a 26ª jornada da Liga de Honra disputado no Estádio Municipal de Aveiro. Na jornada anterior, empatou com o Sporting B a uma bola.

Rateira tenta aliviar a bola

o terceiro golo”. Nesse sentido, substituiu o Preciado, “não porque estivesse a jogar mal”, mas por ter “quatro amarelos”. “Anda sobrecarregado com o esforço e tirei-o a pensar na nossa equipa”, justificou, salientando que a equipa merecia “pelo menos um golo pelo esforço e pela organização” que fez na segunda parte. O técnico espera que esta derrota “não” ponha em causa a recuperação da equipa, que, com a exceção do hoje desta quarta-feira, tem efetuado “boas exibições”. “O Trofense nos últimos oito jogos, tem cinco fora e três em casa, um com o FC Porto e o outro com o Sporting e o

primeiro desse ciclo com o Farense que já não perdia há 12 jornadas. Nós sabemos as limitações que temos e não nos adianta estarmos aqui armados em valentes. Nós conseguimos fazer coisas interessantes se tivermos sempre ao nosso melhor nível e hoje não estivemos”, finalizou. Já o técnico do Beira-Mar, Jorge Neves, afirmou que depois da vitória alcançada contra o Atlético era “importante dar continuidade a este novo ciclo que queremos agarrar”. “Sabíamos que se marcássemos primeiro e cedo poderíamos tornar as coisas fáceis, penso que foi isso que aconteceu, com bons movimentos de rotura na frente, tive-

Trofense empata com Sporting André Viana foi o autor do golo do Trofense, no jogo contra o Sporting B, a contar para a 25ª jornada, que se realizou na tarde de sábado, na Trofa. O atleta proveniente das camadas jovens do clube respondeu da melhor forma ao cruzamento de Preciado na grande área, dando a vantagem à formação da casa. Foi desta forma que o jovem fez esquecer o penálti falhado pelo capitão Tiago, dez minutos antes. Na etapa complementar, o Sporting conseguiu chegar ao empate, na sequência de uma grande penalidade cobrada por Rúben Semedo, e assinalada por suposta falta de Neves sobre Matheus Pereira. Apesar de ter ficado com menos um, por expulsão de Fokobo, o Sporting B, que meteu em campo três juniores, conseguiu segurar o resultado, perante a pressão do adversário, protagonizado essencialmente por Preciado.

Bougadense com importante vitória caseira Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Atlético Clube Bougadense conseguiu uma importante vitória em casa, ao vencer o seu adversário direto, Progresso, por 3-0. Foi aos 27 minutos, que surgiu o primeiro golo da partida entre o Atlético Clube Bougadense e o Progresso, a contar para a 16ª jornada da série 1 da 1ª divisão distrital. Na marcação de uma grande penalidade, o capitão Ivan não desperdiçou e deu vantagem à formação da casa. Mas o primeiro lance de perigo aconteceu aos oito minutos, protagonizado pela equipa do Progresso, que aproveitou o ressalto da bola das mãos do guarda-redes Coelho para atirar para o fundo das redes. No entanto, o árbitro Nuno Rodrigues invalidou o golo, por suposta mão na bola do avançado forasteiro.

Nos minutos seguintes, o Bougadense foi a equipa que se mostrou mais disposta a querer vencer este importante jogo, que opunha as duas equipas que estão em zona de despromoção. Primeiro a bola rasou a trave e depois, num remate de Ivan, saiu ao lado da baliza. Já aos 27 minutos, Gavina rematou de longe, mas Diogo conseguiu agarrar a bola. Nos minutos finais da primeira parte, o Progresso teve duas oportunidades de igualar. Primeiro com Galiza a atirar ao lado da baliza e depois com Filipe, na marcação de um livre, a permitir a defesa segura de Coelho. Na segunda parte, o Bougadense continuou a atacar para aumentar a vantagem e conseguiu, aos 60 minutos, com o golo de Soares, que tinha entrado aos 30 minutos, para substituir Pontes que se lesionou. O terceiro e último golo da partida surgiu 15 minutos depois, uma vez mais

com tento de Soares. O jogador bougadense chegou mesmo a festejar o hattrick, quando aproveitou uma recarga a uma defesa incompleta de Diogo, mas o árbitro anulou o lance por suposto fora de jogo. Na análise à partida, o jogador Soares, a quem o treinador Augusto Veloso passou a palavra, mencionou que na sua ótica e do treinador “não estava” em posição irregular, mas que mesmo assim esta decisão “não influenciou” em “nada” o resultado, que “já estava” fixado em 3-0. Soares afirmou ainda que durante o intervalo, o treinador pediu à equipa “que não defendesse e tentasse marcar o segundo golo”, sublinhando que “um dos pontos mais importantes do jogo” foi o Bougadense ter “jogado muito bem em equipa”. “Conseguimos então chegar ao segundo. Continuamos, não defendemos, mais oportunidades foram criadas por ambas as equi-

Ivan marcou o primeiro golo do Bougadense

pas, mas já quase no fim conseguimos também chegar ao terceiro numa jogada coletiva da equipa”, acrescentou. Para o jogador, esta foi “uma vitória muito importante contra um adversário direto”, marcando assim o início da segunda volta. “Há que dar continuidade às vitórias, domingo temos mais um

jogo importante contra um adversário, que é o Crestuma, e temos que vencer para sairmos da linha de água”, finalizou. Este jogo também é importante para a formação de Santiago de Bougado, uma vez que defronta outro adversário direto, que tem os mesmos pontos na classificação.


14 Desporto

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23 de janeiro de 2014

S. Romão venceu com equipa “improvisada” Diana Azevedo Hermano Martins

A série de jornadas com expulsões levou a que no domingo o S. Romão alinhasse contra o Sporting Cruz com uma equipa bastante modificada, em que, como exemplo, os centrais eram todos adaptados. Apesar das limitações, os romanenses conquistaram a vitória. O encontro com o Sporting Cruz começou da melhor forma para o Futebol Clube S. Romão, que iniciou a partida logo a faturar. Na 15ª jornada da série 1 da 2ª divisão distrital, o S. Romão movimentou-se bem e a desmarcação de Renato valeu o primeiro golo ao avançado da casa. Aos 25 minutos, Patrick aproximou-se da baliza de Luís e fez a assistência em direção à baliza, na tentativa de oferecer o golo a um dos colegas. O guardião do Sporting Cruz leu mal a trajetória e intercetou-a, mas num desaire desviou a mesma para dentro da própria baliza. A equipa vermelha e branca dominava claramente a partida, apresentando maior posse de bola e maior agressividade ofensiva que os forasteiros. Neste contexto, o 2-0 era um resultado justo e que espelhava o desenrolar do jogo. Após o intervalo o Sporting Cruz reagiu e tentou reverter o

Golo de Renato aos noventa minutos valeu a vitória

jogo, com o treinador Ricardo Costa a alterar a sua equipa, que passou a jogar em 4-4-2, conseguindo com isto avançar mais homens para a frente de ataque. Quem arrisca, petisca, e, aos 54 minutos, Branco aproveitou a posição favorável entre a defesa romanense para finalizar com êxito. O empate surgiu volvidos dez minutos, com o remate de Daniel

entre a aglomeração de jogadores em frente à baliza da casa. É certo que o S. Romão dominou no primeiro tempo, mas a reviravolta na segunda parte fazia crer que o empate seria o resultado final, até que, aos 90 minutos, Renato trouxe o êxtase às quatro linhas e perto da bandeira do canto direito rematou para perto do segundo poste e com uma trajetória incrível fez

o golo da vitória. O técnico do S. Romão, Toni, dividiu o jogo “em duas partes bastante distintas” e frisou que na primeira parte a equipa “entrou com tudo” e fez “uma excelente prestação”, apesar de estar “bastante condicionada” e “sem um único central”, felicitando os jogadores por terem “conseguido adaptar-se bem”. Apesar de “contar com a reação do adversário após o intervalo”, Toni “não” contava que “um dos centrais adaptados se lesionasse”, o que veio “mais uma vez destabilizar a organização da equipa”, com o adversário a “aproveitar da melhor forma”. “Mais uma vez reagimos e com um excelente remate do nosso avançado conseguimos garantir três pontos importantes não só para a tabela classificativa, mas acima de tudo para a moral da equipa”, finalizou Ricardo Costa, treinador da equipa visitante, admitiu ter ficado insatisfeito com o resultado. “A equipa é muito jovem e ainda está a ser construída, mas tem melhorado de jogo para jogo. Em relação à partida de hoje (domingo), acho que tivemos uma atitude excelente e merecíamos a vitória”, reconheceu. Com a vitória, a equipa ascendeu à 11ª posição, com 15 pontos. Na próxima jornada, a decorrer pelas 15 horas de domingo, o S. Romão recebe a Mocidade Sangemil.

Cadetes do CEAT conquistam primeira vitória A equipa de cadetes do Clube Estrelas Aquáticas da Trofa conquistou este sábado, 18 de janeiro, a sua primeira vitória frente ao Lousada SECXXI, a contar para a 5ª jornada do campeonato regional de polo aquático, por 4-0. Segundo fonte do clube, nos cadetes “o resultado é pelos parciais”, dependendo de “quantos parciais se ganha ou perde”, “não” havendo “classificação nem pontuação”. “Em três jogos, perdemos dois e ganhamos um. Mais do que o resultado, vale o

empenho, a dedicação e a motivação. Para meninos e meninas de dez e 11 anos, sendo que temos atletas ainda só com oito anos, que têm três a quatro meses de polo aquático, é claro que foi uma grande festa, pais e mães incluídos”, acrescentou. Já entre os dias 16 e 19 de janeiro, as seniores Ana Rita Pereira, Naida Mariani, Aurelie Mariani, Elisabete Matos e Janete Sousa representaram Portugal no Torneio de Qualificação para o Campeonato da Europa de Budapeste – 2014 em polo aqu-

ático, que decorreu na cidade holandesa de Gouda. Portugal entrou a perder frente à Holanda por 29-2. No segundo jogo, a seleção das quinas venceu a Ucrânia por 15-7, com golos das atletas trofenses Elisabete Matos (1) e Naida Mariani (1). A segunda vitória foi conseguida diante Israel, por 12-7, com golos trofenses apontados por Aurelie Mariani (1), e Naida Mariani (1). Contudo, a seleção nacional não garantiu o apuramento para a fase final do Campeonato, ao perder no domingo, 19 de janeiro, fren-

te à Grã-Bretanha por 14-8. Elisabete Matos (1) e Aurelie Mariani (1) também marcaram nesta partida. Portugal, que atingiu por duas vezes a fase final de um Europeu A (Viena-1995 e Sevilha1997), classificou-se na terceira posição do Grupo A do Torneio de Qualificação, com seis pontos. Holanda e Grã-Bretanha, primeira e segunda classificadas, respetivamente, garantiram o apuramento para Budapeste2014. P.P.

Resultados Departamento de Formação CD Trofense Juniores A 2ºDivisão Nacional Vianense 1-1 Trofense (5º lugar, 29 pontos) Juvenis A 1ª Divisão Distrital - Série 1 Foz 1-1 Trofense (1º lugar, 48 pontos) Juvenis B 2ª Divisão Distrital - Série 3 Trofense 1-0 Bougadense (2º lugar, 33 pontos) Iniciados B 2ª Divisão Distrital - Série 6 Trofense 0-0 Tirsense (4º lugar, 31 pontos) Infantis 11 - Sub 13 1ª Divisão Distrital - Série 2 Tirsense 1-1 Trofense (3º lugar, 31 pontos) Infantis 7 A - Sub 13 Camp. Distrital - série 3 Trofense 3-2 EFMacieira Maia (4º lugar, 31 pontos) Infantis 7 B – Sub 12 Camp. Distrital - série 4 Trofense 1-1 Paredes (6º lugar, 12 pontos) Escolas Sub 11 Camp. Distrital - série 5 Rio Ave 3-3 Trofense (3º lugar, 28 pontos) Camp. Distrital - série 7 Trofense 5-3 Valonguense (2º lugar, 27 pontos) Escolas Sub 10 Camp. Distrital - série 4 Trofense 7-0 Leixões (4º lugar, 19 pontos) AC Bougadense Juniores 2ª Divisão Distrital - Série 3 S. Pedro Fins 1-3 Bougadense (6º lugar, 23 pontos) Juvenis B 2ª Divisão Distrital - Série 3 Trofense 1-0 Bougadense (10º lugar, 7 pontos) Iniciados B 2ª Divisão Distrital - Série 6 Nogueirense 1-0 Bougadense (8º lugar, 17 pontos) FC S. Romão Juniores 2ª Divisão Distrital – Série 3 Castêlo Maia 7-1 S. Romão (10º lugar, 11 pontos)


Desporto 15

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23 de janeiro de 2014

GT Team de Braga é “bicampeão” das 24 horas de Slotcar Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Sétima edição das 24 Horas de Slotcar da Trofa reuniu 16 equipas, no salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, entre os dias 17 e 19 de janeiro. A GT Team Art Slotcar de Braga conseguiu repetir o feito do ano passado ao vencer as 24 horas de slotcar. A prova, organizada pela sétima vez pelo Clube Slotcar da Trofa, contou com a participação de 16 equipas provenientes de várias zonas do país, como Braga, Guimarães, Vila Real, Matosinhos, Porto e Lisboa, e de Espanha, mais concretamente da zona da Galiza. Para o responsável da GT Team Art Slotcar de Braga, Augusto Amorim, o sentimento pelo segundo título consecutivo obtido na prova era de “satisfação”, por ter “chegado ao fim e ver reconhecido o trabalho em termos de resultados”. No entanto, a equipa da Trofa deu “sempre muita luta”, tendo Augusto Amorim chegado a pensar que “não ia conseguir” conquistar o título “depois da qualificação” da noite de sábado. Quanto à competição, o bracarense salientou que é “muito boa” e que “deve continuar”, uma vez

Dezasseis equipas participaram na 7ª edição das 24 horas de Slotcar

que, atualmente, “é a única prova com esta dimensão em Portugal”, prometendo marcar presença na próxima edição com duas equipas. Já o Clube de Slotcar da Trofa, que participou com duas equipas, conquistou o 2º e 5º lugar. João Vilas Boas, elemento da equipa trofense mais bem classificada, afirmou que esta foi “uma boa posição”, salientando que a formação fica “sempre no pódio”. “Uma prova organizada com esta envergadura a nível nacional não há nenhuma sem ser a nossa. A corrida correu bem, tivemos alguns problemas mecânicos, mas foi sempre a rolar bem. Desde o início que ficamos em segundo, es-

tivemos perto de Braga, mas nas calhas verdadeiras falhamos”, contou, mencionando que “desde o primeiro minuto de prova” se viu que “o primeiro e segundo lugar” estavam entregues a estas duas equipas, não havendo “mais ninguém” que se conseguisse “meter”. A novidade desta prova foi o comprimento das duas pistas: 60 metros. Segundo João Vilas Novas estas foram “duas pistas completamente novas” e, por isso, “as infraestruturas e a logística que envolveu foi muito maior do que os elementos da associação estavam habituados”, tendo requerido “mais algum tempo para

montar e ficar tudo pronto a tempo”. “Toda a gente está feliz, tanto as equipas que ganharam como as que perderam. Toda a gente está contente e tudo à espera de julho para as próximas 24 horas”, finalizou. Já o presidente do Clube Slotcar da Trofa, João Pedro Costa, estava “satisfeito”, porque depois do “trabalho bastante grande para organizar esta competição” o “feedback das pessoas foi positivo”. “São dez anos de trabalho que este clube leva e a boa opinião que as pessoas têm a nosso respeito acaba por ser a cereja no topo do bolo. Ficamos em segundo lugar com uma equi-

pa e em quinto com outra, mas não nos podemos esquecer que são 16 participantes, pelo que o balanço em termos competitivos é positivo”, declarou. João Pedro Costa aproveitou para “agradecer uma vez mais” à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, por ter cedido este espaço. “Realmente, não proliferam muitos espaços na Trofa para a realização deste tipo de eventos. A abertura que demonstraram para que pudéssemos fazer aqui mais uma edição foi importantíssima e também contribuiu para que as pessoas saíssem satisfeitas pelo conforto que conseguem neste espaço”, concluiu.

Atletas do Ginásio conseguem mínimos para campeonatos nacionais Na pista ao ar livre da Póvoa de Varzim, no domingo, João Ferreira venceu os 800 metros, com o tempo de um minuto, 59 segundos e 79 centésimos, conseguindo mínimos para competir nos campeonatos nacionais, que se realizam em Pombal, a 8 e 9 de fevereiro. Elsa Maia também conseguiu o mesmo feito nos 800 metros, assim como Andreia Rodrigues nos 1500 metros e Tiago Silva nos três mil metros. Já no Campeonato Juvenil do Norte de pista coberta, realizado no Pavilhão Municipal de Braga, realizado no sábado, Tiago Silva destacou-se ao sagrar-se campeão dos três mil metros, no

escalão de juvenis, com o tempo de nove minutos, 24 segundos e três centésimos. A colega de equipa Ana Ribeira subiu ao último lugar do pódio. Khristyna Pavyluk foi 15ª classificada nos 300 metros, enquanto Daniela Pontes não foi além do 17º posto nos 800 metros, seguida de Naiara Crivelaro, que ficou em 24º lugar. Na mesma prova, o Atlético Clube Bougadense conseguiu o 4º lugar individual dos 800 metros, com Alice Oliveira, e do salto em comprimento, com João Gomes. Nos três mil metros, Fábio Rodrigues foi 5º classificado, e Sara Faria obteve o 8º posto nos 60 metros. Nesta prova tam-

bém correram Maria Maia (19ª classificada), Ana Oliveira (27ª), Cátia Ferreira (29ª) e Ana Lopes (30ª). No escalão masculino, João Gomes atingiu a 10ª posição e Alexandre Sá ficou-se pela 42ª. Em lançamento do peso, Alice Oliveira foi 16ª classificada, enquanto em salto e comprimento Alexandre Sá foi 18º e, do lado feminino, Sara Faria foi 21ª e Ana Oliveira 24ª. Ana Silva concluiu os 800 metros em 11º lugar, enquanto na prova masculina, Rui Rocha terminou em 17º e Tiago Sá não foi além do 23º. C.V.

João Ferreira conseguiu mínimos para o campeonato nacional


16 Desporto

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23 de janeiro de 2014

Rali dos Patrocinadores

Jovens contactam com mundo do automobilismo Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Dois simuladores de carros de corrida e uma máquina real em exposição chamaram a atenção dos estudantes da Escola Básica e Secundária de S. Romão do Coronado, que também ouviram os testemunhos de dois pilotos. Atividade, realizada na manhã de quarta-feira, visou promover Rali dos Patrocinadores. De mãos firmes no volante Ferrari, Bruno Correia tentava acelerar sem se despistar nas curvas. O jovem estudante da Escola Básica e Secundária de S. Romão do Coronado não estava a conduzir um carro de verdade, mas sim um simulador que foi colocado na escola como forma de promoção do Rali dos Patrocinadores, que se realiza na freguesia do Coronado, a 2 de fevereiro. Ao NT, sem tirar os olhos do ecrã, explicou que a experiência

estava a ser “difícil”, por ser “muito real”. “O volante prende um bocado e também é difícil controlar os pedais, pois temos que estar sempre a carregar no acelerador e no travão”, contou. Apesar de não acompanhar o automobilismo, Bruno deixou no ar a possibilidade de “começar a apreciar”, graças à iniciativa promovida pela Junta de Freguesia e do Gondomar Automóvel Sport, promotores do rali. O jovem assegurou que vai ver a prova, até porque passará à porta de casa. “Vou estar a torcer pelo melhor”, sublinhou. No recinto da escola, um carro de competição chamava a atenção de miúdos e graúdos, mas eram os mais novos que se atreviam a entrar para ver a perspetiva do piloto ao volante. “Deu vontade de dar uma volta nele”, confessou Jorge Silva. Na atividade também marcaram presença dois pilotos, Zé Pedro Fontes, padrinho do Rali dos Patrocinadores, e Gonçalo Gomes, que junto dos alunos

Carro de rali foi atração na atividade

deram o testemunho do que é viver no e do desporto automóvel. “Estas iniciativas são fantásticas não só para promover o automobilismo, mas também para mostrar a estes jovens que a modalidade não é andar depressa nas estradas, mas ape-

Alunos ouviram testemunhos de pilotos

nas e só dentro de circuitos fechados e com todas as normas de segurança”, afiançou Gonçalo Gomes. Os testemunhos serviram para “mostrar aos jovens o caminho que têm de percorrer, e que às vezes não é fácil, para poder alcançar um sonho”. Para ajudar na concretização desse desígnio, os simuladores, constituem “uma ferramenta importante para que possam evoluir mais rápido”. “Há 20 anos não existia nada disso, hoje em dia não se consegue fazer nada sem se passar pelos simuladores. Sou um dos instrutores de uma academia de pilotos a nível mundial e houve um português, o Miguel Faísca, que ganhou a final mundial e que ganhou um prémio de mais de um milhão de euros e está inserido numa equipa de fábrica. Há seis meses era um

Boxe solidário para ajudar a Cruz Vermelha da Trofa

Maratona Solidária “Pedalar por uma Causa”

Alva Fight, Vitória de Guimarães, Futebol Clube do Porto, Lisboa Futebol Clube, Boxe Clube Braga, Boavista Futebol Clube, Senhora da Hora e Sport Clube Rio Seco. Estas são algumas equipas que se vão defrontar na iniciativa Boxe Solidário, que decorre pelas 21.30 horas do dia 1 de fevereiro, no Pavilhão Desportivo Dário Marques, em Alvarelhos. A atividade é organizada pelo estúdio AlvaCenter, com o intuito de ajudar a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Nesse sentido, a entrada tem um custo de “um bem alimentar ou de dois euros que revertem a favor” da instituição. O Boxe Solidário vai contar com “dez combates”, onde também vão participar os trofenses Nazar Kener, Paulo Tiago, Andrey Bondim e Pedro Araújo, atletas da equipa Alva Fight. P.P.

“Reserve já a sua bicicleta”. Este é o convite do ginásio Bodytone, que está a organizar uma Maratona Solidária Infantil, com o objetivo de “recolher bens essenciais para as crianças mais carenciadas do concelho da Trofa”. O desafio é simples. Por cada hora que pedalar, tem que doar um bem essencial. A maratona começa pelas 15.30 horas do dia 1 de fevereiro e promete “três

horas de pura adrenalina”. Segundo fonte do ginásio, esta iniciativa surgiu “a partir da campanha feita pela Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA)”, que durante o dia 22 de dezembro recolheu “bens essenciais para as crianças mais carenciadas”. “O Bodytone quis assim dar o seu contributo organizando esta mega-aula. As crianças precisam e nós ajudamos”, acrescentou. P.P.

simples estudante e hoje é um piloto profissional e anda pelo mundo a fazer corridas de automóvel”, testemunhou. “Envolver a comunidade escolar” na promoção do Rali dos Patrocinadores e “sensibilizar os jovens para o desporto motorizado” foram os objetivos da Junta de Freguesia do Coronado para esta atividade. O presidente, José Ferreira, explicou que “a escola era o lugar de eleição para apresentar a prova e também para satisfazer a curiosidade da juventude”. “Quem sabe se não estará aqui um futuro piloto de âmbito nacional ou mundial e desta forma poderão esclarecer todas as dúvidas próprias da idade”, vaticinou. O autarca assegurou ainda que “está tudo a postos” para a competição, que vai colocar o Coronado no mapa automobilístico nacional.


Região 17

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23 de janeiro de 2014

CAFAP da ASAS realiza primeira reunião da rede nacional Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt

Discutir a nova legislação para a intervenção com as famílias foi um dos principais temas discutidos na primeira reunião promovida pela ASAS enquanto gestora da Rede Nacional de CAFAP. O Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CA FAP) da ASAS promoveu a primeira atividade como gestora da Rede Nacional de CAFAP. Durante o dia de terça-feira, estruturas de vários pontos do país reuniramse na Incubadora de Santo Tirso para discutir a nova legislação relativa a estes centros de apoio. Os vários representantes dos CAFAP, de Instituições Particulares de Solidariedade Social e centros distritais da Segurança Social discutiram sobre o teor da nova legislação e os primeiros mostraram preocupação com as novas condições para a revisão dos acordos de cooperação.

Reunião permitiu sanar muitas dúvidas dos responsáveis de CAFAP

“Esta legislação levantou várias questões, desafios e inovações e precisamos de tirar todas as dúvidas, por isso contamos com a presença da tutela (Insti-

tuto de Segurança Social)”, afirmou a presidente da ASAS, Helena Oliveira. Esta primeira reunião efetuada pela ASAS mostrou, na opi-

nião de Helena Oliveira, que “as pessoas envolvidas estão a lutar para o mesmo e que o caminho é unirem-se e trabalharem conjuntamente para o mesmo fim”,

ou seja, o bem-estar das crianças em risco. A eleição da associação para gestora da Rede Nacional de CAFAP para o biénio 2013/2015 foi encarada como “um voto de confiança” das outras estruturas e vai ser cumprida “com grande responsabilidade”. “Assumimos com muito empenho este cargo e esperamos dar conta do recado e estar à altura da confiança que nos depositaram”, sublinhou. O CAFAP visa a qualificação familiar mediante a aquisição e o fortalecimento de competências parentais nas diversas dimensões da vida familiar e compreende níveis diferenciados de intervenção de cariz pedagógico e psicossocial de acordo com as características e necessidades da família, podendo integrar três modalidades: preservação familiar, reunificação familiar e ponto de encontro familiar. Na Trofa, o CAFAP Crescer em Família da ASAS acompanha 118 crianças em risco e em Santo Tirso outra centena.

Jovem tirsense é o único português no Fórum Económico Mundial Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt

Francisco Goiana da Silva é o único português presente no Fórum Económico Mundial, que decorre de 20 a 27 de janeiro, em Davos, na Suíça. Cinquenta chefes de Estado, três mil CEO das principais empresas de todo o mundo e centenas de líderes espirituais estão presentes no Fórum Económico Mundial. Entre os mais prestigiados políticos e empresários, para discutir algumas das questões mais prementes da atualidade, está um jovem de Santo Tirso. Francisco Goiana é “o primeiro e único jovem português” a participar neste encontro e promete não passar despercebido: “Quero trazer bons contactos para Santo Tirso e para Portugal”. A sua presença nesta iniciativa aconteceu, uma vez que o Fórum Económico Mundial de Davos decidiu abrir o programa

aos Global Shapers com o intuito de “ouvir novas ideias”. O Global Shapers é “uma comunidade constituída por jovens com menos de 30 anos, escolhidos pelo seu potencial, pelas suas conquistas e pelas suas contribuições para a comunidade”. Em Portugal, este grupo é composto por “15 pessoas, de áreas tão variadas como a medicina, arquitetura ou as artes do espetáculo”. Como forma de candidatura, cada jovem teve de apresentar “um vídeo de dois minutos, no qual justificava por que deveria ser o escolhido”. Num total de “três mil candidatos de todo o mundo”, Francisco foi o português selecionado e integra um grupo de 50 jovens que estão em Davos, que tem um “projeto simples mas prático”. Enquanto estudante de Medicina, e na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Francisco Goiana propôs “a criação de uma cadeira de gestão em Medicina”. “Acredito que numa altura em que se falam dos cortes na área da

Saúde, faz todo o sentido que os médicos tenham formação na área da gestão. Será uma forma de garantirem qualidade nos serviços de saúde prestados, com a consciência de que tem de haver uma boa gestão dos recursos existentes”, explica o jovem médico. A ideia teve “boa recetividade” e o jovem tirsense espera que, decorrido o período de reflexão necessária, “a disciplina proposta seja incluída no plano curricular obrigatório da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, muito em breve”. Sobre a sua participação no Fórum Económico Mundial, Francisco Goiana mencionou que era “ótimo” perceber que pode ter “um papel importante na discussão de soluções para alguns dos problemas mais prementes da atualidade, com algumas das maiores referências políticas e empresariais de todo o mundo”, sendo que, nesta perspetiva, leva “várias ideias” e espera trazer “bons contactos”.

Francisco Silva quer trazer “bons contactos”para Santo Tirso

Com 24 anos, Francisco Goiana exerce a atividade de médico e tem como hobby a pintura e a escultura. Aos fins de semana está no seu ateliê em Santo Tirso, sua cidade natal, uma vez que considera que “a arte que liberta as ansiedades da vida profissional”. Foi aliás “através da sua arte que suportou os custos, na ordem dos seis mil euros, inerentes à viagem e estadia em

Davos”. Para isso, promoveu “recentemente em Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso, duas exposiçõesvenda das obras de escultura, tendo arrecadado a verba suficiente para participar no fórum mundial e ainda custear o estágio enquanto Médico Interno da Organização Mundial de Saúde (Genebra), para o qual também foi, entretanto, selecionado”.


18 Atualidade

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Exposição de fotografia revela trabalho solidário em Moçambique

Necrologia S. Martinho de Bougado

Lousado

Ermelinda de Sousa e Silva

Manuel de Sousa Gonçalves Faleceu no dia 17 de janeiro,

Faleceu no dia 15 de janeiro, com 85 anos Viúva de Leolidio da Cruz

com 81 anos Viúvo de Maria Adelina da Costa Lopes

Manuel José de Silva Santos Faleceu no dia 17 de janeiro, com 66 anos Casado com Maria Luísa da Costa Maia

José António Pinto Faleceu no dia 17 de janeiro, com 94 anos Casado com Blandina Ferreira de Azevedo

Ribeirão S. Martinho de Bougado Maria da Conceição Gonçalves de Costa Faleceu no dia 15 de janeiro, com 92 anos Viúva de Marcos José dos Santos Funerais realizados por

23 de janeiro de 2014

Maria Alice da Costa Azevedo Faleceu no dia 18 de janeiro, com 83 anos Casada com Serafim Moreira da Costa

Agência Funerária Trofense,

Funerais realizados pela

Lda.

Funerária Ribeirense,

Gerência de João Silva

Paiva & Irmão, Lda.

No dia 23 de outubro de 2013, o trofense Silvano Lopes partiu para Moçambique, com o intuito de a realizar, durante um mês, um documentário junto da Organização Não Governamental (ONG) Um Pequeno Gesto, com vista ao apadrinhamento de crianças e divulgação da instituição. Quase três meses depois, o trofense vai divulgar o resultado

do seu trabalho, através de uma reportagem fotográfica que vai estar exposta na sala de exposições do FIJE – Fórum de Inovação para Jovens Empreendedores. “Um pequeno gesto, uma grande ajuda” é o nome do projeto de solidariedade que Silvano Lopes realizou em Moçambique e que tem como objetivos “divulgar o resultado de todo o seu trabalho e, simultaneamente, pro-

mover esta ONG e os seus objetivos de solidariedade, que passam pelo Programa de Apadrinhamento, que liga uma criança moçambicana a um padrinho de língua portuguesa”. Assim, do dia 3 de fevereiro a 28 de março, a sala de exposições do FIJE recebe “uma seleção de 20 fotografias” de Silvano Lopes, que retratam o tempo passado em Moçambique. P.P.

Quinzena Gastronómica em Famalicão Cabrito Assado no Forno, Rojões com Papas de Sarrabulho e Bacalhau com Broa. Estes são os três pratos que vão estar em destaque na Quinzena Gastronómica, promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão de 1 a 15 de fevereiro. A ementa da iniciativa, que promete fazer “as delícias” dos famalicenses e de todos os que visitam o concelho, conta com “as mais tradicionais iguarias da gastronomia minhota”. Para Paulo Cunha, edil fama-

license, a gastronomia regional é um “importante elemento de atração turística”, reconhecendo “o trabalho e a importância dos restaurantes do concelho na promoção e valorização do município”. Estes três pratos vão estar a concurso em nove restaurantes do concelho, sendo eles “A Malcriada” e a “Churrasqueira do António”, em Calendário, “Churrascão Sousa” e o “Prato das Oliveiras”, em Avidos, “Moutados de Baixo” e “O Pateo das Figuei-

ras”, em Gavião, “O Tosco”, em Riba D’Ave, o “Serenata”, em Joane, e “Sara Cozinha Regional”, em Vila Nova de Famalicão. Além da avaliação do público, todos os pratos confecionados pelos restaurantes a concurso são igualmente sujeitos à apreciação de um júri, composto por representantes da Câmara Municipal, da Confraria dos Gastrónomos do Minho e da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte. P.P.


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23 de janeiro de 2014

Crónica Verde

É erva-da-fortuna, Jasus!

Com novo ano na nossa (ga)linha do horizonte, importa rever 2013 e projetar 2014. Portanto, balancemos: aqui, já cantam 15 “crónicas verdes” da Associação para a Protecção do Vale do Coronado (APVC), quinzenalmente, n’ O Notícias da Trofa. Desde 2013, esta coluna tem sido um desafio de escrita para alguns sócios da APVC, feitos cronistas, sem pretensões a honras literárias; importa, acima de tudo, fazer sensibilização ambiental, de forma informal. Ora, crónicas há muitas, mas estas… são verdes! Destacamos as casas construídas com uma mistura de palha, areia e barro, as “Cob Houses”. Lançamos uma “posta” do que vem a caminho e que não é de Miranda nem tão pouco de bacalhau, mas do laboratório: um hambúrguer de 142 gramas, utilizando células estaminais retiradas de um animal vivo, algo para custar a módica quantia de 289.000 euros. O lixo doméstico mudou nas últimas décadas e outra crónica deu conta disso, revelando o problema das embalagens e da urgência em aplicar aquela bela história dos 3 R’s e, mais recentemente, com a montanha de resíduos que geramos com o pico do consumo natalício. A compostagem também passou por esta coluna e, a propósito, já começou – sim, você! – já começou a utilizar este processo biológico, através do qual microrganismos e insetos decompõem a matéria orgânica? Vá lá, a sua horta, os seus vasos, os seus canteiros já mereciam aquele rico composto! Os alertas foram mais do que muitos, à cabeça com o criminoso abate de árvores no tal parque dito urbano – por estes dias, cheio de Dores, mesmo! –, o tradicional decepar de árvores dos jardins das nossas freguesias (há quem lhe chame “poda”), a expansão da monocultura do eucalipto (90% do concelho, hein!) e a indiferença perante o “alastrar” de plantas invasoras que dominam o solo e ameaçam a biodiversidade e os ecossistemas do nosso concelho. Bem, mas assinale-se, também, o simpático feedback dos leitores desta coluna – e convenhamos que as leitoras têm sido mais participativas, o que só vem comprovar que as meninas-e-senhoras aderem mais depressa a estas coisas ditas verdes, não?! A reboque de algumas solicitações, nas próximas edições, abordaremos temas relacionados com a tal Agricultura mais amiga do ambiente, sem esquecer as Plantas Aromáticas e Medicinais, o Património, a Floresta Autóctone, a Sustentabilidade e tudo–à-volta. Ler para crer. Escrevo esta crónica com uma satisfação especial por verificar que a centenária Poça Nova – em Paiço, São Mamede do Coronado – voltou a armazenar alguma água (da chuva, apenas), mas, ao mesmo tempo, olho à volta e reparo que o cenário é dantesco: também estou na mira de muitas ervas-da-fortuna, austrálias e acácias, as tais invasoras, Jasus! Mais do que palavras, é preciso bulir. Neste Ano Internacional da Agricultura Familiar, com tanta deflação de felicidade ‘tuga, urge repensar a gestão dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável, logo ali, sim, a partir da horta lá de casa. E depois do arranque das atividades 2014, no passado dia 18, ainda que à mesa, com o jantar anual da APVC, no mui recomendável restaurante Julinha, os voluntários da associação esperam que o anunciado fim do “perfume” (!) que assola o Vale do Coronado, Covelas e a A3 seja uma realidade, finalmente! Assim, bem oxigenados, no Coronado e/ou tudo-à-volta, vamos dar descanso ao sofá: prosseguem as saídas de campo relativas ao projeto de identificação do Património da Água; as ações de reflorestação autóctone (a próxima será no Monte de Paradela, no dia 22 de Fevereiro); as atividades com burros e na horta, direcionadas aos mais pequenos. Brevemente, formações sobre produção artesanal de cerveja e agricultura bio-qualquer-coisa. Fique atento ao que anunciamos nas redes sociais e visite a nossa sede, na antiga escola de Casal-Mendões (servimos discussão ambiental-e-cultural e cafédaquele-mesmo-bom). Até de repente! Vítor Assunção e Sá | APVC http://facebook.com/valedocoronado http://valedocoronado.blogspot.com

O desemprego jovem é uma chaga social que hipoteca o futuro

Atualidade 19

moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt

Na história dos tempos, os jovens sempre foram considerados uma força importante para o desenvolvimento das sociedades e para a humanidade seguir adiante, mas na atualidade, e numa visão funcionalista e mercantilista da sociedade, os jovens são considerados descartáveis, em virtude de não responderem às lógicas produtivas, nem a qualquer critério útil de investimento. As consequências desta visão retrógrada são o flagelo do desemprego, e em particular o desemprego jovem. Desempregado é o individuo com idade mínima de 15 anos que não tenha trabalho remunerado e esteja disponível para trabalhar. Se tem entre 15 e 34 anos, e está nestas condições é considerado, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), desempregado jovem. Esta triste realidade, que chega a atingir os 40%, não é só portuguesa; é também europeia. São muitos os países europeus, que atingem esta elevadíssima percentagem de desempregados jovens. Os números do desemprego jovem, ainda são mais assustadores, pois é considerado empregado o individuo com idade mínima de 15 anos que tenha efetuado um trabalho de pelo menos 1 hora mediante o pagamento de uma remuneração. São muitos os jovens que, em situação de desespero, aceitam um trabalho temporário. Estes jovens, que aceitaram este trabalho precário e receberam uns parcos dinheiros, não contam para o desemprego. Também não se contabiliza os que emigram. Por estes motivos, os dados avançados pelo INE, referentes ao desemprego jovem, estão muito longe da realidade. A legislação, que supostamente foi feita para originar a criação de novos postos de trabalho, define que os contratos de utilização de trabalho temporário podem renovar-se até ao limite máximo de dois anos, mas tem sido facilmente contornável. Os contratos nunca duram até ao limite temporal estabelecido, pois são rescindidos antes, para nunca atingir o limite, e volta-se a contratar o mesmo trabalhador, originando um círculo vicioso maléfico para a juventude. O trabalho temporário, que seria importante para a flexibilização do mercado de trabalho, desde que adequadamente utilizado, transformou-se numa aberração e num abuso sem precedentes. Esta triste realidade, que tem tido beneplácito do poder político e também do poder judicial, demonstra o forrobodó que tem sido, principalmente para as grandes empresas multinacionais, que chegam a contratar o mesmo trabalhador para outras funções, ou com outra categoria, por novos períodos de tempo, chegando a atingir 10 e mais anos. Assim, formalmente, não corresponde a uma renovação contratual, mas a um novo contrato, mesmo que, na realidade, seja para ocupar o mesmo posto de trabalho. O aproveitamento escandaloso dos estágios curriculares e o trabalho temporário têm sido um engulho ao desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens, pondo em causa o seu futuro. Com esta nova realidade, e porque ser jovem é (devia ser) acreditar e correr atrás dos sonhos, surgiu um novo ciclo de emigração não voluntária, agora mais jovem e qualificada, com consequências graves para o futuro do país, que pagará caro por esta falta de visão. Portugal está a empurrar para o estrangeiro uma geração, talvez a mais bem qualificada de sempre! Num país onde não se pode ter esperança, nem sonhos, emigrar é o mais natural. O futuro comum é negro, pois está hipotecado. O flagelo do desemprego jovem é uma chaga social que hipoteca o futuro. Infelizmente, em Portugal, a história do futuro está a escrever-se na porta de saída. É triste que assim seja!

“Um Livro, Um Filme” com o escritor Jorge Marmelo “Um Livro, Um Filme” está de regresso ao Centro de Estudos Camilianos, em Seide São Miguel, no dia 31 de janeiro, tendo como convidado o escritor Jorge Marmelo, que escolheu o filme “Apocalypse Now” do realizador Francis Ford Coppola. Na sessão, com início pelas 21.30 horas, será abordado o filme, de 1979, que relata “a aventura do capitão Willard (Sheen), um oficial da inteligência do exército americano, enviado numa perigosa missão até o Camboja para destruir um coronel americano desertor chamado Kurtz (Brando)”. Manuel Jorge Marmelo, que nasceu em 1971, no Porto, estreou-se na literatura em 1996 e desde então já publicou “mais de vinte títulos”, entre os quais se contam os romances “Uma Mentira Mil Vezes Repetida”, “Somos Todos Um Bocado Ciganos”, “Aonde o Vento Me Levar” e “As Sereias do Mindelo”. Em 2005 conquistou o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com o livro “O Silêncio de Um Homem Só”, numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Famalicão e da Associação Portuguesa de Escritores. P.P.


20 Política

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23 de janeiro de 2014

Segundo Sérgio Humberto, variante à EN 14 “é prioridade” para o primeiro-ministro

Pedro Passos Coelho na Trofa para convencer militantes Cátia Veloso Hermano Martins

Pedro Passos Coelho esteve na Trofa, na noite de sábado, para se apresentar como candidato do PSD aos militantes dos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo. Foi envolta nalgum secretismo que decorreu a apresentação de Pedro Passos Coelho como candidato à Comissão Política Nacional do Partido Social Democrata. O auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em S. Martinho, foi o palco da sessão, que serviu para que o social-democrata se apresentasse aos militantes dos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo. Perante um auditório cheio, e apesar de um público-alvo extenso, o primeiro-ministro não se coibiu de falar de temas estruturantes para o concelho da Trofa, nomeadamente a variante à Estrada Nacional 14, revelou Sérgio Humberto, presidente demissionário da Comissão Política Concelhia do PSD da Trofa. “Ele conhece muito bem o processo da variante à EN 14 que, neste momento, está classificada como uma das prioridades a poder avançar, apesar de o próximo Quadro Comunitário de Apoio ser muito restrito relativamente às acessibilidades, por se terem cometido erros terríveis no passado”, afirmou, em declarações ao NT. A questão das acessibilidades foi levantada por “militantes”,

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Pedro Passos Coelho esteve na Trofa para se apresentar como candidato à estrutura nacional do PSD

mas também Sérgio Humberto quis “perceber a sensibilidade” de Pedro Passos Coelho e do Governo “para ajudar a resolver alguns problemas de liquidez do concelho”, uma vez que, à exceção dos 30 milhões inscritos no Programa de Apoio à Economia Local, existe “outro conjunto de dívida insuportável”. “A conversa que tive com ele foi para lhe demonstrar as dificuldades e as ajudas que o concelho da Trofa necessita. É certo que há alguns concelhos nesta situação, mas nós queremos é resolver os nossos problemas. Por isso, faleilhe das limitações financeiras que o município tem, da dívida enorme que temos e das dificul-

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Auditório estava repleto de militantes

dades em termos de infraestruturas, porque a nível de património não temos nada”, especificou. Bomba de Carnaval assustou segurança de Pedro Passos Coelho Apesar de não ter sido divulgada, a visita de Pedro Passos Coelho deu nas vistas pelo forte dispositivo de segurança montado no exterior da Junta de Freguesia de Bougado. Para além do corpo da segurança pessoal do primeiro-ministro, também a GNR foi mobilizada para o local, com cerca de uma dúzia de militares do destacamento de Santo Tirso, assim como três carrinhas do corpo de intervenção da GNR. Durante a sessão, um acontecimento caricato causou alvoroço. Na Casa do FC Porto da Trofa, sediada a uns metros da Junta de Freguesia, um grupo de romeiros de S. Gonçalo, terminava o convívio que realiza desde há 44 anos. Depois de comer o tradicional caldo, um dos elementos lançou “uma bomba de Carnaval” no exterior da Casa do FCP da Trofa, alertando a segurança de Pedro Passos Coelho. “Qual não é o nosso espanto quando cinco seguranças irrompem pela Casa a gritar ‘polícia’ e a tentarem levar o moço, mas como estavam à civil eu fui

o primeiro a pô-los lá fora”, contou ao NT Diamantino Silva, responsável pela organização. Garantindo que “ninguém sabia que era o Pedro Passos Coelho que estava na Junta de Freguesia”, Diamantino Silva lamentou o acontecimento, sublinhando que a festa “terminou de forma estúpida”. “Depois, quando já estavam no exterior, pediram desculpa e compreensão, mas

uma bombita daquelas, lançadas por miúdos, ia assustar alguém? Cinco seguranças por causa de uma bomba de Carnaval, pelo amor de Deus, é uma estupidez”, contestou, acrescentando que os seguranças, em vez de “invadirem a casa sem dar cavaco a ninguém”, podiam “ter entrado e perguntado quem era o responsável da casa”. A situação podia ser ainda mais expressiva se os romeiros, ao invés de lançarem a bomba de Carnaval, tivessem utilizado foguetes, como costumam fazer todos os anos. “Só não mandamos porque o meu pai faleceu uns dias antes”, explicou Diamantino Silva. Invariavelmente, o tema para o resto da noite foi aquele, que deixou “toda a gente de boca aberta”. O responsável pela organização do convívio sublinhou que o problema “foi apenas com os seguranças” de Pedro Passos Coelho e que os militares da GNR “não se meteram no assunto” e “foram muito simpáticos”. Por sua vez, o destacamento garantiu que “imperou sempre a boa educação e o bom senso por parte dos romeiros” e que desconhecia a atividade que decorreu no interior da Casa do FCP da Trofa.

Alberto Fonseca é candidato ao PSD Trofa

Por considerar que tem que “estar a cem por cento como

presidente da Câmara”, Sérgio Humberto demitiu-se da liderança da Comissão Política Concelhia do PSD da Trofa. “Não quero criar qualquer tipo de fragilidade dentro do partido, que tem que ter vida própria e poderá ser muito mais forte, ficando aberto à sociedade civil. É um ciclo novo”, afirmou. A eleição para a estrutura concelhia do partido acontece este sábado e o candidato é Alberto Fonseca, atual líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal. Este sufrágio acontece em simultâneo com as internas às quais é candidato único Pedro Passos Coelho.


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