Edição 470

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24 de abril de 2014 N.º 470 ano 12 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade págs. 6 e 7

Imagem SIC

Luís Paulo acusa José Sá de ilegalidades Atualidade pág. 3

Carro dos bombeiros arde na A3 Atualidade pág. 5

Junta do Coronado pede auditoria às contas

Atualidade pág. 8

Famíliasrecebem visita pascal

Atualidade pág. 18

Mais de 200 crianças no Trofense Cup


2 Atualidade

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Meninos Cantores gravaram CD A cantata de Natal “Adoro Dezembro” é o novo trabalho discográfico dos Meninos Cantores do Município da Trofa. Os pequenos cantores “aproveitaram as férias escolares da Páscoa” para gravar o CD nos dias 14 e 15 de abril, sob a batuta da maestrina Antónia Maria Serra e da direção musical de Mário João Alves. Durante estes dois dias, o coro voltou a interpretar melodias como “O meu presépio meu, Quem viu?, Desnatal, Mesa, Canção de embalar o actionman, Como no primeiro dia, O rigor da longa alcatifa, Junto aos pés da minha avó, Nasci”, com música e texto de Mário Alves, autor que venceu o Concurso Lusófono da Trofa - Prémio Matilde Rosa Araújo, com o conto Amílcar, Consertador de Búzios Calados em 2010.

O CD será lançado no aniversário dos Meninos Cantores, que no dia 1 de outubro festejam 15 anos. Na gravação do CD participaram Alexandre Zhan, Ana Carolina Araújo, Ana Cruz, Barbara Costa, Beatriz Costa, Carolina Rocha (narrador), Catarina Carreira, Claudia Zhan, Diogo Costa, Eduardo Martins, Francisca Silva, Inês Vilela, Inês Pereira, Inês Sousa Pereira, Joana Pereira, João Carneiro, José Miguel Ferreira, Juliana Pereira, Juliana Goulart, Mafalda Silva, Marcelo Silva, Maria de Jesus Faria, Maria Luís Torres, Sara Armada, Tatiana Santos e Verónica Silva. Alexandre Zhan, Claudia Zhan, Eduardo Martins, Juliana Pereira, Inês Cruz Pereira, Maria de Jesus Faria e Verónica Silva tocaram ainda Flautas de Bisel. P.P.

24 de abril de 2014

PS Trofa destaca resultadopositivo nas contas da Câmara em 2013 O relatório e contas do ano de 2013 de Câmara Municipal da Trofa mereceram um comentário por parte do Partido Socialista da Trofa que, em comunicado enviado aos meios de comunicação social, destacaram “o superavit de 800 mil euros”, seguindo a tendência de 2012, que “registou o primeiro superavit da década no município”. A concelhia do PS, partido que esteve na governação do município de outubro de 2009 a setembro de 2013, refere que o resultado positivo só não foi maior “devido à integração de uma dívida antiga à AMAVE por parte do município”, numa ação que foi “prática corrente durante quatro anos”: “Integração e consolidação de dívida antiga, arrumando as finanças do município”. “Os quatro anos de executivo socialista deixaram uma marca de rigor nas contas da Câmara Municipal da Trofa, e exige-se que esse legado continue em nome da imagem e do futuro do concelho”, referem os socialistas. No comunicado pode ler-se ainda que a redução da despesa foi conseguida “através de uma maior eficiência da própria câmara, nos custos operacionais, de pessoal, serviços externos e avenças, sem esquecer “as funções sociais da câmara municipal, nomeadamente no sector da educação”. “Foram possíveis as reabilitações das nossas escolas primárias, a oferta dos livros escolares, a política de transportes e refeições escolares e todos os investimentos de âmbito social, numa época de elevadas debilidades financeiras das famílias trofenses”, acrescentaram. O partido sublinha também que “o atual plano de pagamentos a fornecedores, através do PAEL, é fruto deste trabalho do Partido Socialista”. Exigindo que o atual executivo social-democrata “se guie por uma política de rigor para a contínua diminuição das despesas correntes e concretização das importantes despesas de capital, com o foco permanente nas áreas da educação e da ação social”, os socialistas garantem “não compactuar com tentativas de branqueamento do passado recente do concelho”.P.P.

PSD promove palestra no Auditório de Santiago “Destroikar para Reanimar” é o nome da palestra que o Partido Social Democrata da Trofa está a promover para este sábado, 26 de abril, pelas 10 horas. A sessão, que decorre no auditório do polo de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado, será ministrada por José Moreira da Silva. Professor e consultor sénior de Psicologia Social e das Organizações em empresas naci-

onais e estrangeiras e em diversas associações empresariais de âmbito local e nacional, José Moreira da Silva é doutorado em Ciência Política e foi adjunto na Presidência do Conselho de Ministros. Durante a sua carreira profissional, foi diretor e administrador de empresas e especializou-se na área Comportamental e Comunicacional, tendo sido palestrante em diversos colóquios, seminários e workshops.P.P.

252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a

opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa

Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros Email: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:

Agenda Dia 24 Festa de Nossa Senhora do Desterro, em Bairros 21 horas: Inauguração da exposição itinerante “25 Abril 40 anos 40 olhares”, no auditório da Junta de Freguesia de Covelas 21.30 horas: Sessão descentralizada da Assembleia Municipal da Trofa, no auditório da Junta de Freguesia de Covelas - Festa Popular do 25 de Abril, junto à Igreja Matriz de Guidões Dia 25 10-18 horas: Workshop sobre agricultura biológica, no lugar do Paiço, em S. Mamede do Coronado 10-16 horas: Feira da Saúde, no Souto de Bairros 11 horas: Dia Vicarial da Catequese, no Souto de Bairros Dia 26 Festa de Nossa Senhora do Desterro, em Bairros 12-24 horas: 12 Horas Solidárias, no Aquaplace 21 horas: Terço e procissão de velas, em Bairros Dia 27 9 horas: Rota Arte Sacra, partida da Quinta de S. Romão 15 horas: Celebração Dia Paroquial dos Frágeis, na Igreja Nova 16 horas: Trofense-Oliveirense - Bougadense-Senhora da Hora - Monte Córdova-FC S. Romão 17 horas: Terço e procissão, no Souto de Bairros Dia 28 21 horas: Assembleia de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, no auditório do polo de Alvarelhos Dia 30 21 horas: Assembleia de Freguesia do Muro, na Junta

Farmácias de Serviço Dia 24 Farmácia Trofense Dia 25 Farmácia Nova Dia 26 Farmácia Nova Dia 27 Farmácia Moreira Padrão Dia 28 Farmácia de Ribeirão Dia 29 Farmácia Trofense Dia 30 Farmácia Barreto Dia 01 de maio Farmácia Moreira Padrão

Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714


Atualidade 3

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Incêndio em veículo dos Bombeiros da Trofa

Inscrições para aExpoTrofa2014 abertasaté5demaio

As associações, artesãos e artistas plásticos que queiram participar na edição 2014 da ExpoTrofa têm até ao dia 5 de maio para entregar a sua inscrição. A ExpoTrofa, que é organizada pela Câmara Municipal da Trofa com a parceria da Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores e com o apoio das Juntas de Freguesia do Concelho da Trofa, vai decorrer entre os dias 5 e 13 de julho, na zona envolvente à Estação Ferroviária da Trofa. Os interessados em ter um stand devem enviar a sua inscrição para a Câmara Municipal da Trofa, Edifício Sede Polo 1, Rua das Indústrias, nº 393, 4785-624 Trofa, em carta dirigida ao Vereador do Turismo. Quanto às inscrições das empresas, os interessados devem efetuar a sua inscrição junto da Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores através do email info@nsd orestrofa.pt ou alfredocostagome s@gmail.com. Toda a documentação necessária para inscrição está disponível na Casa da Cultura da Trofa, na secção de Turismo, e todas as informações podem ser obtidas através do número 252 400 090 ou do email turismo@mun-trofa.pt. P.P. pub inst

Enquanto a ajuda não chegava, os elementos da assistência de viagem usavam terra para tentar controlar o fogo quedeflagrou na motobomba do veículo de apoio de transporte de água dos Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT). O incêndio começou a deflagrar, quando o veículo estava em plena autoestrada número três, na zona de Covelas, depois de os elementos da corporação terem terminado uma lavagem do piso, por volta das 16 horas de terça-feira, dia 22 de abril. Entretanto chegou outra viatura da corporação trofense com recurso a espuma conseguiu extinguir as chamas, que poderão ter tido origem no sobreaquecimento da motobomba. Em declarações à comunicação social, o comandante dos bombeiros, Filipe Coutinho, explicou que “o carro ainda tinha água, mas como foi a autobomba que incen-

Incêndio deflagrou na motobomba do veículo

diou”, os soldados da paz “não conseguiram chegar perto para usarem a água”. “Este carro é um veículo de apoio de transporte de água que serve sobretudo para acompanhar as viaturas no combate aos incêndios, poderá vir

agora fazer falta na época dos incêndios florestais. Os bombeiros quando perdem uma viatura ficam sempre debilitados”, frisou. Os bombeiros da Trofa têm ainda mais outros dois autotanques. P.P.

Polícia

Veículos furtados Um veículo, no valor de 25 mil dela, em S. Martinho de Bouga- Ibiza, que estava estacionado euros, foi furtado na madrugada do. A viatura era um BMW 520. numa das ruas da freguesia de de 16 de abril, quando estava Já na madrugada de terça-fei- Guidões. estacionado na Avenida de Para- ra, 22 de abril, foi furtado um Seat P.P.

Carteiristas na feira semanal O modus operandi foi similar em todos os casos. Aproveitando a distração das senhoras, desconhecidos subtraíram das bolsas as suas carteiras, que continham dinheiro e documentos.

Os furtos foram registados pela GNR entre as 10 e as 11 horas de sábado, 19 de abril, no recinto da Feira e Mercado da Trofa. As quatro vítimas de furto ficaram sem as carteiras que con-

tinham os documentos e sem o dinheiro que levaram. A uma senhora furtaram 12 euros, a outra cem euros, à terceira 150 euros e à quarta vítima 40 euros. P.P.

Detido por condução ilegal Um homem foi detido pela a condução. cer em Tribunal na manhã de GNR da Trofa, em S. Mamede O mamedense, de 55 anos, quarta-feira. do Coronado, por conduzir um foi detido e notificado na terçaciclomotor, sem habilitação para feira, 22 de abril, para compareP.P.


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24 de abril de 2014

Freguesia do Coronado tem novo logótipo Patrícia Pereira

Freguesia do Coronado ganhou uma nova imagem, depois de apurado o vencedor do concurso “Logótipo do Coronado”. Sérgio Silveira, residente em S. Romão do Coronado, é o vencedor do concurso da criação do logótipo da freguesia do Coronado, que decorreu durante o mês de março. A informação foi publicada em edital, datado de 17 de abril, espalhado pela freguesia do Coronado, onde informava a comunidade que “o vencedor reuniu todas as condições de participação, bem como todos os critérios de avaliação, nomeadamente originalidade, identificação com a freguesia do Coronado, viabilidade de utilização para o fim a que se destina, legibilidade e boa visibilidade em ambientes digitais, boa capacidade de reprodução gráfica, facilidade na redução/ampliação de formatos, facilidade e flexibilidade na adaptação às necessidades dos projetos da freguesia”. Os habitantes da freguesia foram desafiados pelo executivo da

Junta a deixar “a sua marca na história do Coronado”, criando “um logótipo que identifique, através de um símbolo, as duas freguesias e aquilo que as caracteriza”, que passará a identificar a autarquia. Na altura do arranque do concurso, que terminou a 31 de março, o presidente José Ferreira declarou que este surgiu atendendo à “nova realidade” da “agregação das duas freguesias do Coronado”. Das “21 propostas” concorrentes, a de Sérgio Silveira, residente em S. Romão do Coronado, foi a que reuniu “mais consenso entre o júri”. “A decisão do júri foi unânime, contudo há a salientar que todas as propostas tinham bastante qualidade, o que mostra que a Vila do Coronado tem bastante talento”, denotou José Ferreira, acrescentando que “não foi uma escolha fácil”, tendo contado com “a ajuda preciosa” das “pessoas entendidas” que faziam parte dos jurados, como “o professor Alberto Carneiro e um empresário da área do design”. O presidente afirmou que “já se começa a implementar” o novo logótipo, que “a partir de ago-

Conceção e desenho do logótipo teve como base o aspeto importante da Natureza do Vale do Coronado

ra será “uma imagem mais moderna da freguesia e que vai fazer parte da maioria das apresentações e atividades que a freguesia desenvolva”. Segundo a imagem descritiva do novo logótipo, a sua “conceção e desenho teve como base o aspeto importante da natureza do Vale do Coronado e da integração da pessoa em ambientes naturais e contíguos”. “Os efeitos dos montes, em background, representam um conjunto de elementos lado a lado e em uníssono que são as duas freguesias de S. Romão e

de S. Mamede promovendo o significado de união e de solidariedade social em toda a sua magnitude e abrangência local”, pode ainda ler-se. Para o vencedor, Sérgio Silveira, foi “gratificante” ter desenhado o logótipo vencedor, tendo ficado “contente” por “terem reconhecido o seu trabalho”. Para a construção da nova imagem, Sérgio Silveira baseou-se “nas duas freguesias que estavam separadas” e que “agora estão juntas” e “unidas por um vale”. Quanto ao concurso, Sérgio achou a ideia “interessante”, sendo da

opinião de que “deviam de fazer isto mais vezes”, porque “normalmente entregam a uma empresa que trata disso e, neste caso, foi a nível público”. Quando viu o desafio da Junta, Sérgio decidiu arriscar, uma vez que se “enquadrava na área de trabalho”. O logótipo vencedor, além do “ mérito” de o ter criado, ganha “um prémio monetário” no valor de “500 euros”, tendo que “ceder os direitos e a imagem” do logótipo, que irá “vigorar na documentação oficial da Junta e em todas as iniciativas”.

Jovens à conversa com António Lopes sobre o 25 de Abril Os episódios em que esteve preso e em que teve que viver na clandestinidade. Este foi um dos testemunhos de António Lopes, membro do Partido Comunista Português (PCP), que durante a manhã desta quarta-feira, 23 de abril, esteve à conversa com alunos da Escola Secundária da Trofa. “Portugal de Salazar, a oposição ao regime e os progressos sociais no pós-25 de Abril” foi o tema que esteve em debate durante a manhã, inserido nas iniciativas da Câmara Municipal da Trofa para assinalar os 40 anos do 25 de Abril. Os alunos do 9º ano e do 12º ano, que estudaram o 25 de Abril na disciplina de História, puderam colocar questões sobre “as suas vivências do antes e pós 25 de Abril de 1974”. Além do seu testemunho, António Lopes partilhou com os jovens “a

importância que teve o 25 de Abril e a conquista da Democracia, como um marco histórico no desenvolvimento do País”. Já esta quinta-feira, 24 de abril, o programa das Comemorações tem “um dos seus pontos altos”, com a inauguração, pelas 21 horas, da exposição itinerante “25 de abril, 40 anos, 40 olhares”, na Junta de Freguesia de Covelas. A mostra reúne “trabalhos elaborados pelos alunos das atividades de enriquecimento curricular das escolas do concelho”. Segue-se o Plenário da Assembleia Municipal da Trofa, desta vez descentralizado, já que vai decorrer no Auditório da Junta de Covelas. Mais tarde, às 24 horas de 25 de abril, será evocado o Dia da Liberdade, com a atuação da Orquestra Ritmos Ligeiros, que vai interpretar o Hino Nacional. P.P.


Política 5

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24 de abril de 2014

Junta do Coronado contratou auditoria às contas de S. Romão Cátia Veloso

Na reunião da Assembleia de Freguesia, o presidente da Junta do Coronado anunciou que mandou fazer uma auditoria às contas de S. Romão e que, depois, fará em S. Mamede “por uma questão de imparcialidade”. O executivo do Coronado contratou uma auditoria às contas da antiga Junta de Freguesia de S. Romão. A confirmação foi dada pelo presidente, José Ferreira, em resposta à questão de Augusto Jesus, elemento eleito pela coligação PSD/CDS, na Assembleia de Freguesia, que se realizou na noite de 16 de abril. Jesus quis ainda saber se a auditoria ia custar aos cofres da Junta “cinco ou seis mil euros”, considerando-a como um “gasto supérfluo”. Sem adiantar muitos pormenores, mas prometendo divulgar os resultados brevemente, José Ferreira defendeu que a auditoria foi contratada “por várias razões”, que “na altura própria” serão reveladas e que depois desta seguir-se-á outra em S. Mamede, por uma “questão de imparcialidade e ética”. “No futuro, veremos os custos. Posso dizer-

Executivo “surpreendido” com resultados da auditoria às contas de S. Romão

lhe que já fiquei surpreendido com muitas coisas”, frisou. O autarca defendeu ainda que este procedimento “devia ser quase uma obrigação de quem inicia o trabalho”. Na reunião foi aprovada, com a abstenção dos quatro elementos do PSD/CDS, o documento de prestação de contas relativo a 2013, no período de 30 de setembro a 31 de dezembro. Sobre este ponto, o socialdemocrata Ricardo Santos quis saber a razão de a requalificação

da Rua Vale do Coronado estar contabilizada em 130 mil euros e não em 90 mil, coincidindo com o subsídio atribuído pela autarquia. José Ferreira explicou que o primeiro valor “foi o orçamento lançado pela Câmara” e que teve de o colocar no documento, uma vez que ainda falta um auto de medição para concluir, contabilisticamente, a empreitada. No entanto, assegurou que a obra “custou 90 mil euros”. Os números estiveram em

destaque durante vários momentos da Assembleia. Vítor Martins, do PS, quis saber qual o valor total do crédito da autarquia referente ao subsídio para a obra da Casa da Quinta, sede da Junta de Freguesia. Em resposta, o presidente da Junta afirmou que, o valor “não vem contemplado” na informação financeira, porque “há uma contradição de números”. “Foram solicitadas à Câmara, pelos auditores, as verbas em causa, eu também já falei com o presidente e

vice-presidente da autarquia, mas não tivemos resposta”, afirmou, acrescentando que “a pessoa mais indicada para esclarecer” era Guilherme Ramos, ex-presidente da Junta de S. Romão e atual membro da Assembleia que, porém, não acedeu ao desafio. José Ferreira anunciou ainda que o ringue de S. Romão, obra inaugurada em 2009 com o custo de “38.385 euros”, foi “paga”, graças ao montante que estava inscrito no PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) da Câmara Municipal. A retificação do orçamento, para a inclusão do saldo resultante de 2013, no valor de 87.330 euros, foi aprovada por unanimidade. Já o acordo de execução do contrato de delegação de competências, entre a autarquia e a Junta de Freguesia, foi aprovado por unanimidade. Para José Ferreira, o valor mensal de 7827 euros “é manifestamente pouco”, considerando que houve “disparidade” relativamente a outras freguesias, como Bougado, que “recebe mais e ainda tem o benefício de ter os jardineiros da Câmara a tratar dos espaços verdes”, que é uma das competências atribuídas às juntas.

Mau estado das vias foi tema da Assembleia O mau estado das vias públicas também esteve em discussão. O assunto foi introduzido pelos elementos da coligação PSD/CDS Ricardo Santos, Guilherme Ramos e Augusto Jesus. O último chegou mesmo a criticar as opções do executivo de promover iniciativas como um rally, acusando-o de “estar a começar a casa pelo telhado” e a

“gastar dinheiro de modo supérfluo”. Foram várias as ruas enumeradas, mas a mais repetida foi a da Restauração. Em resposta, José Ferreira referiu que o caso dessa via “é seríssimo”, no entanto imputou responsabilidades à autarquia, justificando que a Junta “não tem capacidade” para fazer a intervenção necessária.

“Já lá esteve a Câmara e a Trofáguas e logo na primeira reunião que tivemos foi-nos dito que o empreiteiro ia ser notificado para, em 30 dias, começar a corrigir o piso. O prazo terminou a 4 de março e o certo é que vamos a 16 de abril e ainda nada foi feito. Fizemos o que nos competia, alertamos para o perigo e até solicitamos que cortassem a rua, porque está muito perigosa”, referiu. Quanto às outras ruas, o autarca afirmou que a Junta “ainda não teve capacidade de resposta para resolver grande parte dos problemas”. Augusto Jesus questionou ainda o presidente da Junta sobre “quem arrombou a porta” da sala utilizada pela Associação de Proteção do Vale do Coronado, na antiga Escola de Casal, em S. Mamede do Coronado. O elemento da coligação PSD/CDS

alegou que “apenas a porta interior” estava arrombada e que nada do que estava naquele espaço – “dinheiro e máquina do café” - foi roubado, acrescentando que, segundo um elemento da associação “o presidente tinha comentado que ou deixavam as portas abertas ou qualquer dia apareceriam arrombadas”. José Ferreira negou ter sido o autor do arrombamento e explicou que na conversa que teve com as coletividades afirmou que “as salas não são para uso exclusivo e que podem ser precisas a qualquer momento”. “O que disse foi que se um dia a sala fosse necessária e se ninguém respondesse ao contacto, teríamos que arrombá-la, mas não foi isso que aconteceu”. Ricardo Santos, por sua vez, lamentou que “não tenha sido permitido às associações” da freguesia “o diálogo com o executi-

vo camarário”, no dia da Presidência Aberta no Coronado. José Ferreira, em resposta, afiançou que “não é a Junta que devia convidar”, uma vez que se trata de “uma iniciativa da autarquia”. Na intervenção do público Paulo Vaz, representante do Grupo Danças e Cantares do Vale do Coronado, questionou “o ponto de situação” do processo de “cedência de um espaço” para o conjunto, que tinha sido iniciado com o anterior executivo de S. Romão. José Ferreira afirmou “não ter conhecimento” do assunto e sugeriu “uma reunião”. O autarca anunciou ainda que, “brevemente”, será aberta a nova secretaria da sede da Junta de Freguesia, no piso inferior da Casa da Quinta, melhorando as condições, “principalmente para as pessoas de mobilidade reduzida”, justificou. C.V.


6 Política

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Assembleia de Bougado marcada por acusações ao anterior executivo de S. Martinho Cátia Veloso

Foi um verdadeiro ataque cerrado o que Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado, fez à gestão do anterior executivo de S. Martinho, na reunião da Assembleia que se realizou na quinta-feira, 17 de abril. Grande parte das críticas feitas pelo autarca está relacionada com a Feira Anual da Trofa que, segundo afirmou, foi possível organizar este ano graças a “uma redução brutal de custos”. Segundo Luís Paulo, em 2014, a iniciativa custou “170 mil euros”, que representa “menos 60 mil euros” quando comparada com o ano anterior. A poupança, acrescentou, podia ter chegado aos “70 mil” se as atividades relativas à vertente equestre não tivessem que ser adiadas uma semana, devido ao tempo chuvoso. Numa intervenção de quase 40 minutos e com vários momentos de ironia, o presidente da Junta referiu os gastos feitos pelo anterior executivo, liderado por

José Sá, atual membro da Assembleia eleito pelo PS, como “os almoços grátis para todos, desde GNR, segurança privada, eletricistas, pessoal do som” e “reuniões em restaurantes caros com as associações”. “Eu optei por fazê-las no polo I ou II, até porque considero que assim são mais agilizadas”, afirmou. Luís Paulo afirmou ainda que “a madeira utilizada para proteger o pico”, piso para o picadeiro e manga, “desaparecia” e que a que foi adquirida este ano “servirá” para as próximas “quatro” edições da Feira. O autarca referiuse ainda a “casos estranhos”, relacionado com os valores pagos pelos utilizadores das “casetas” de madeira, que “eram recolhidos pela Confraria do Cavalo” e que “ainda não apareceram”. Já sobre faturas “da empresa Spormex” de “extras da Feira Anual”, no valor de 10 mil euros, Luís Paulo afirmou que “havia faturas com o mesmo código de aluguer de stands mas com valores diferentes, umas a cem euros e outras a 180”. “Perguntei ao senhor da Spormex para me explicar e ele disse que teve que montar

Luís Paulo atacou gestão de José Sá

umas tendas para o PS em Monção. Eu nem quis ouvir mais nada”, contou. Como medidas de poupança, acrescentou, o atual executivo “recorreu aos funcionários” da Junta para montar as “casetas”, gastando “cerca de mil euros, em vez de quatro mil”, e “aumentou ao número de stands, de 55 para 90, aumentando as receitas em 20 mil euros”. “A comunicação com os expositores melhorou, uma vez que havia queixas que um dos problemas do passado era não atenderem o telemóvel”, acrescentou. José Sá refutou as acusações feitas pelo presidente da Junta, inclusive as relativas às faturas, e lançou o desafio: “Se o senhor não processar o executivo anterior, processo eu o atual executivo”. O membro socialista considerou que Luís Paulo fez “insinuações graves” e exigiu que “as prove”, justificando, por outro lado, que agiu “sempre dentro da legalidade”. “Nunca pensei que conseguisse falar tanto e dizer tantas mentiras”, afirmou, “não” aceitando “levar lições de honestidade”. Quanto aos almoços, disse José Sá, “eram pagos em função dos trabalhos e do horário de serviço e sempre de acordo com os contratos”. “As reuniões com as associações aconteciam através dos protocolos feitos com elas. Tínhamos

de as receber com dignidade”, sustentou. José Sá felicitou ainda os “funcionários” da Junta pelo trabalho que fizeram na Feira Anual, mas considerou que a iniciativa “ficou aquém das expectativas”, resultado que julgou “uma falta de respeito para os trofenses e para quem andou ao longo de oito anos a investir a projetar a Feira ao mais alto nível”. Luís Paulo contrapôs, justificando que, “com a poupança conseguida” na organização da Feira, foram criadas condições na Junta de Freguesia para receber as associações “com dignidade”. Quanto ao desafio lançado por José Sá sobre o processo judicial, o autarca respondeu: “Esteja quietinho que é melhor”. Manuel Vilarinho, elemento da coligação PSD/CDS, sugeriu que se faça “uma auditoria” às contas da Junta, mas Luís Paulo respondeu que “já está feita” e que “as contas foram enviadas para o Tribunal de Contas e nem sequer foram assinadas pelo presidente cessante”. No período de intervenção do público, enquanto Alberto Fontes elogiou a organização da Feira, Joaquim Azevedo quis saber se a iniciativa “deu lucro ou prejuízo”. O presidente da Junta respondeu que a Feira “não é para dar lucro, dá muito prejuízo, que é ultrapassado pelo valor que tem para a nossa terra”.

Cemitério também inflamou Assembleia O cemitério também foi outra das armas utilizadas por Luís Paulo para criticar a gestão do anterior executivo. O autarca considera que se tratou de uma situação “vergonhosa” o facto de a Junta “ter vendido capelas a familiares diretos” e “sepulturas”, já “depois das eleições”. “Um jovem de 40 anos comprou duas sepulturas mesmo antes de eu tomar posse, mas teve o bom senso de as devolver à Junta. Retomamos quase todas as concessões, só não conseguimos a do último presidente”, afirmou. Luís Paulo referiu que “de entre 170 campas vazias, existem apenas três disponíveis” no cemitério, anunciando que, para o futuro, será projetada “uma requalificação do espaço exterior” e, “se possível, o alargamento e aumento da capela mortuária”. Já à questão levantada pelo socialista Daniel Lourenço sobre se a atuação do anterior executivo na venda das sepulturas foi ilegal, Luís Paulo referiu: “Não é legal, (a Junta de Freguesia) estava em gestão”. Por seu lado, José Sá reiterou que “não houve negócios ilícitos” e que “se vendeu sepulturas de acordo com o regulamento do cemitério”. Em resposta, Luís Paulo insistiu: “A questão é só esta: após ter perdido as eleições, andou-se a oferecer campas em casa das pessoas”.


Política 7

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24 de abril de 2014

Feira Semanal: “Só pagava quem queria” As acusações não ficaram por aqui. Sobre a feira semanal, Luís Paulo referiu que, no mandato anterior, “só pagava (o espaço) quem queria”, que “a etnia cigana não pagava” e que “a cobrança era feita por pessoas sem nenhuma ligação à Junta”. “Connosco, a etnia cigana, assim como todos os outros feirantes, pagam e a cobrança é feita pelos nossos funcionários”. O presidente da Junta afiançou ainda que “se pagavam os contadores dos fontanários, que não existem para aí há cinco anos, assim como o que está no Parque Nossa Senhora das Dores”. “Em dezembro ou janeiro, pagamos 800 euros por um parque que já não é nosso há um ano”, acrescentou. Sobre obras realizadas, Luís Paulo destacou os arranjos na sede da Junta de Freguesia, em S. Martinho. Para “começar” está a empreitada de colocação de passeios na Rua 16 de Maio, entre a Farmácia Barreto e a Segurança Social e no passeio em frente às galerias Araújos. Esta foi elogiada por Jorge Araújo, no

período de intervenção do público, que destacou o facto de, depois de tantos anos, “um executivo ter sido capaz de encontrar uma solução”. Na assembleia, o socialista Daniel Lourenço questionou o executivo sobre o ponto de situação da Comissão Social de Freguesia, ao qual Luís Paulo respondeu estar “a estudar a melhor solução”. O autarca informou ainda, após nova questão do elemento do PS, que o Torneio de Futebol Inter-Escolas, que com o anterior executivo se realizava nas férias da Páscoa, foi alterado para “o dia 22 de junho, de acordo com proposta das Associações de Pais”. Enquanto a alteração do regulamento dos auditórios e feira semanal foi aprovada pela coligação PSD/CDS, com a abstenção do PS, a alteração às taxas e licenças foi aprovada, mas com votos contra do PS, por constar, à semelhança da anterior assembleia, a subida do preço, de 2500 para dez mil euros, da venda de sepulturas no cemitério de S. Martinho. PUB

Comunicado de José Sá Eu, José da Costa Sá, enquanto eleito na lista do Partido Socialista para a Assembleia de Freguesia de Bougado, (S.Martinho e Santiago) venho através deste comunicado repudiar veementemente as afirmações proferidas pelo presidente da Junta de Freguesia de Bougado, na última Assembleia de Freguesia, que decorreu na passada quinta-feira. É lamentável que o autarca Luís Paulo Sousa, que deveria ser o primeiro a dar o exemplo de democracia e de defesa da verdade, tenha prestado um péssimo serviço a todos os Bougadenses, de S.Martinho e de Santiago, ao acusar-me de ter prejudicado a Junta de Freguesia, na qual fui autarca 16 anos, durante quatro mandatos, dois deles na década de 90 e outros dois entre 2005 e 2013. É intolerável que esse senhor ponha em causa a minha seriedade,a minha honestidade e o meu rigor seja como autarca, seja como empresário, seja como trofense que apoia e sempre apoiou as instituições de âmbito desportivo, cultural, recreativo e social. Repudio as acusações que me são feitas, que considero muito graves, e reitero que a Junta de Freguesia por mim dirigida não pagou tendas para atividades partidárias nem na Trofa nem em nenhum outro concelho do país, tal como o senhor Luís Paulo, me acusou de ter feito enquanto autarca. Já contactei os meus advogados e vou agir judicialmente em conformidade com a gravidade das acusações que me foram reiteradamente feitas durante o decorrer de toda a Assembleia de Freguesia pelo senhor presidente da Junta de Bougado (S. Martinho e Santiago) Luís Paulo Sousa.

PS abstém-se sobre conta de gerência Na Assembleia foram apresentados e aprovados, com votos favoráveis da coligação PSD/ CDS e abstenção do PS, a Conta de Gerência de 2013, de 29 de setembro a 31 de dezembro e o saldo resultante que foi introduzido no orçamento deste ano. António Barbosa, tesoureiro da Junta, explicou que o documento contabilístico está “dividido por três períodos”. Sobre o primeiro, de 1 de janeiro a 29 de setembro, escusou-se a comentar porque “as contas foram enviadas para o TC e a sua regularidade será avaliada ali” e “no dia 29 de setembro (dia das eleições), alguns dos protagonistas” das contas que “levantaram dúvidas” foram “julgados” pelo povo. Quanto ao segundo período, que medeia as eleições e a tomada de posse, a 18 de outubro, António Barbosa afirmou que o executivo anterior de S. Martinho “gastou” o valor atribuído pelo FFF (Fundos de Financiamento das Freguesias), que “serviria para pagar salários de novembro, dezembro e janeiro e outras despesas de gestão”, no pagamento de “faturas em atraso a alguns amigos, datadas de oito dias atrás, deixando outras de meses”. “Foi uma atitude imoral e a roçar também a ilegalidade”, frisou. Acrescentou ainda que as contas de gerência de S. Martinho foram entregues além do prazo e “sem qualquer assinatura”. Já no que respeita ao período que terminou a 31 de dezembro, António Barbosa indicou a

obtenção de um saldo positivo de “16.308 euros”, que foi incluído no orçamento deste ano. Para Mário Moreira, elemento eleito pelo PS, o presidente da Junta “foi extremamente minucioso com a história da Feira, mas também devia ser minucioso na apresentação das contas, que é das principais situações desta Assembleia”. Mário Moreira criticou a apresentação das contas, alegando que “não se percebe nada” do documento e chamou a atenção para os elementos da maioria “aprovarem as contas quando foi dito que o Tribunal de Contas se irá pronunciar sobre ilegalidades”. “Eu não consigo aprovar contas que eu sei que não estão certas. Se vão aprovar sabem que estão a aprovar contas que não estão certas, de acordo com o que foi dito pela Junta de Freguesia. No entanto as contas do seu executivo começam com saldos iniciais das outras juntas de freguesias. Pois bem, ou começam ou não começam, ou estão direitas ou não estão”, asseverou. O elemento da Assembleia afirmou ainda que devia constar “um comprovativo” de não dívida “à Segurança Social, Finanças, ADSE e Caixa Geral de Aposentações” e criticou o facto de “o relatório de gestão não aparecer assinado por ninguém”. “Nestas contas também ficava bem uma comparação com qualquer outro ano, pois nem sabemos se houve excesso de gastos, compensação de receitas ou ganhos”, complementou.

Em resposta, Luís Paulo afirmou que não existem comparações, uma vez que “esta é uma nova realidade”, mas fez questão de assinalar que “a 29 de setembro havia 310 mil euros de dívida, que desceu para cem mil a 18 de outubro e hoje (17 de abril) apenas se deve a luz que se está a consumir”. De seguida, a bancada do PS votou desfavoravelmente a contratação de empréstimo a curto prazo até ao montante de 10 por cento do FFF (“cerca de 4500 euros”) para acorrer a dificuldades de tesouraria em caso de necessidade. Para Mário Moreira “não há necessidade de tomar esta medida”, tendo em conta as declarações do presidente da Junta de que “cobra-se muito melhor, os fornecedores baixaram os preços e está tudo pago”. “Se for preciso, estarei presente numa assembleia extraordinária e votarei favoravelmente”, frisou. Luís Paulo respondeu que “não” faz “assembleias extraordinárias”, porque “elas custam dinheiro”. O autarca explicou que o pedido servirá para acorrer a uma “urgência” e que “é muito melhor estar previsto do que não estar”. O ponto acabou por ser aprovado com os votos favoráveis da maioria eleita pela coligação PSD/CDS-PP. O protocolo de delegação de competências entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia foi aprovado por unanimidade.


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24 de abril de 2014

Famílias trofenses receberam visita pascal Cátia Veloso

Cumpriu-se mais um ano de visita pascal, cujas cruzes percorreram todo o concelho da Trofa para anunciar a ressurreição de Jesus Cristo. As flores dispostas no chão dão o sinal: a porta está aberta para o compasso. Na Rua Luís de Camões, em Finzes, S. Martinho de Bougado, e à semelhança de todo o concelho, as famílias aperaltaram-se para receber a visita pascal. A equipa do compasso, satisfeita com a simpatia de S. Pedro que contrariou as previsões de chuva, entrava nas habitações para anunciar a ressurreição de Jesus Cristo. À porta, o anfitrião dava as boas-vindas e indicava-lhe o caminho. Já no interior das propriedades, encontrava a família reunida para beijar a cruz e celebrar um dos momentos mais importantes da religião católica. Paulo Martins, um dos 15 portadores das cruzes em S. Martinho de Bougado, explicou

que a motivação para fazer parte do compasso passa pela “alegria de apresentar Cristo a todas as casas” e pelo “convívio com o grupo”. “Somos muito bem recebidos em todas as casas, sem exceção, e isso é muito bom. Dános força para, ano após ano, seguir este caminho para anunciar a ressurreição de Jesus”, afirmou. Zeferino Couto abriu a porta ao compasso e à equipa de reportagem do NT e TrofaTv. Depois da visita do compasso, explicou que mantém a tradição pela crença que tem em Deus e por achar a Páscoa “uma época muito bonita”. “É também uma oportunidade de juntar a família”, complementou, antes de recordar que “antigamente, todas as casas recebiam a visita pascal, mas hoje, algumas estão sem ninguém e outras não querem saber”. Apesar de algumas mudanças relativamente ao passado, a tradição ainda se mantém viva. “Até agora tem sido igual aos anos anteriores, é o mesmo número de casas a abrir e ainda

15 cruzes percorreram as ruas de S. Martinho

demoramos um dia a percorrêlas todas”, revelou Paulo Martins. Apesar de reconhecer que a Páscoa “é uma altura aproveitada por algumas pessoas, essencialmente das classes média e alta, para fazer férias”, o vigário da Vigararia Trofa/Vila do Conde, Luciano Lagoa, defende que “se nota sempre um grande entusiasmo em vez de um decréscimo”. “O número de cruzes nas

paróquias mantém-se e a visita ocupa todo o dia”, sublinhou. E se há casas que, hoje, se mantêm fechadas à passagem do compasso, há outras cujo simbolismo da Páscoa tem a mesma intensidade de há muitos anos. Foi o caso da de Dezanira Silva, trofense que continua a fazer um tapete de flores para receber o compasso. A tradição foi iniciada pelo malogrado mari-

Angélica Costa

Chegada das cruzes à Igreja de Guidões

António Moreira

Reunião dos compassos no Muro

Pedro Correia

Cruzes reuniram-se na Igreja de S. Mamede do Coronado

do e assim se manteve, conforme pediu. “Para mim, a Páscoa tem um significado muito grande por ter os meus filhos todos juntos, à exceção de uma que está na Suiça”, contou. Luciano Lagoa evidenciou o “espírito pascal” que prevalece e “vai continuar”. “O compasso é aquilo que dá mais cor a este dia. O som das campainhas a percorrer as ruas e a entrar nas nossas casas dá um outro sentido à Páscoa”, afiançou. Ao fim do dia, as cruzes em S. Martinho reuniram-se na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa para uma última ação pascal, seguindo depois para a Igreja Nova. Na paróquia de Santiago de Bougado, a concentração das cruzes aconteceu em Cidai, junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima. Numa cerimónia bem aperaltada pela população, os compassos seguiram para a conclusão da visita na Igreja Matriz, no lugar da Lagoa.

Compasso de Alvarelhos


Atualidade 9

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24 de abril de 2014

Catecúmenos batizados na vigília pascal Patrícia Pereira A.Costa

de Bougado, entre os dias 17 e 19 de abril, na Igreja Nova.

Vigília pascal uniu as paróquias de Santiago e S. Martinho de Bougado, na Igreja Nova, no dia 19 de abril. No dia em que Jesus Cristo passou da morte à vida, as paróquias reúnem-se em vigília e oração. A celebração da Vigília pascal dividi-se em quatro partes: a liturgia da luz, da Palavra, batismal e eucarística. As paróquias de Santiago e S. Martinho de Bougado uniramse, assim como os seus movimentos, e dinamizaram a vigília pascal na Igreja Nova, que acolheu centenas de pessoas que quiseram assistir à noite que é mais importante na liturgia. A celebração começou com a bênção do lume novo, no exterior da Igreja, com a bênção do Círio que vai ficar aceso até ao Pentecostes. Com o círio aceso, seguiu-se em procissão até ao interior da Igreja, para ouvir a liturgia da Palavra. De seguida, houve o batismo de três adultos, depois de

Vigília pascal contou com batismo de adultos

terem frequentado sessões de catequese para adultos. Como “não foi batizada em criança”, Margarida Pedro “há muito que ansiava ser batizada”. Encontrou-se assim com o padre Luciano Lagoa e frequentou catequese de adultos, optando por “ser batizada no tempo da Páscoa, o que é muito importante, uma vez que tinha tempo livre”.

Para si, este é “um novo recomeço”, uma vez que vai “fazer parte da igreja e da comunidade” e “continuar com a vida cristã”. Margarida Pedro aconselha as pessoas que não foram batizadas em criança a se batizarem na fase adulta, se acharem por bem”, considerando esta a “melhor” fase, uma vez que “a pessoa sabe o que realmente

quer”. “A Igreja está aberta a isso, é uma questão de as pessoas optarem em serem batizadas”, frisou. Da cerimónia fez ainda parte a bênção da água batismal, assim como a aspersão de toda a assembleia com a água benta. Esta foi a última das celebrações do tríduo pascal, que decorreu na paróquia de S. Martinho

Via Sacra em S. Martinho “Jesus é condenado à morte”. Esta foi a primeira estação da via sacra organizada pela Paróquia de S. Martinho de Bougado pelas ruas da localidade, na noite de 11 de abril. A via sacra, que contou com a participação de todos os movimentos da paróquia, saiu da Igreja Matriz até à Igreja Nova, percorrendo as “14 estações”. Após um ano de interrupção, a Paróquia decidiu dar início à “Semana Santa”, com “uma via sacra pelas ruas da nossa terra”, de forma a “evidenciar este caminho santo que Jesus fez” e que, “muitas vezes”, “é referência aos caminhos que são feitos de terror, sofrimentos e de injustiças, como foi o de Cristo”. “Isto ajuda-nos a levar com coragem a cruz da nossa vida, o nosso dia a dia e podemos ter um pouco mais de fortaleza interior para podermos enfrentar as dificuldades que vão aparecendo no nosso dia a dia”, afirmou o pároco Luciano Lagoa.

Flores coloriram Festa da Páscoa de Cidai Patrícia Pereira

Ajuntamento das cruzes junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, no Largo Manuel Canejo, em Santiago de Bougado, foi um dos pontos altos da Festa da Páscoa de Cidai. As fitas coloridas, os arranjos de jarros e as palmeiras indicavam o percurso para a Festa da Páscoa de Cidai, que se realizou no domingo e segunda-feira de Páscoa, cumprindo assim uma tradição que já conta com mais de 80 anos. O Largo Manuel Canejo, em Cidai, é o palco desta festividade que, pelo terceiro ano consecutivo, foi organizada pela ACRESCI (Associação Cultural Recreativa e Social de Cidai). O ponto alto foi a reunião solene das cruzes do compasso junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, que, este ano, foi “mais colorido e com mais flores”, segundo contou o presidente da associação, José Carlos Costa. “Foi uma ideia diferente, não hou-

ve festa à noite, mas houve um realçar do ajuntamento de cruzes e a saída delas foi mais imponente. Isso foi o que nos agradou muito e a reação das pessoas foi excelente, tivemos o largo cheio de gente, se calhar por essa curiosidade, e que se sentiram de Cidai”, acrescentou. Por isso mesmo, José Carlos Costa fez um balanço “muito positivo” desta festa, que, este ano, foi complementada com “a ornamentação de flores”, o que “engrandeceu e faz parte da tradição”. “Este ano tivemos um desafio maior, há mais arranjos de flores, o que envolveu uma população de mais idade de Cidai, que corresponderam ao desafio de uma maneira fantástica”, evidenciou. Para o presidente, é “sempre com alguma dificuldade” que se reúne a comissão de festas, sendo a ACRESCI a primeira a “dar o arranque”, juntando depois “uma série de gente”. Este ano, “os jovens corresponderam muito bem” ao desafio lançado pela associação para participarem na organização das festas, sendo

Reunião das cruzes foi um dos momentos altos da Festa da Páscoa

considerado pelo presidente resultado “das várias atividades da ACRESCI que envolveu muitos deles”. José Carlos Costa contou que era “tradição” as festas serem da responsabilidade dos jovens, estando agora na altura de “puxar um bocadinho esse lado”. “Os jovens deveriam ter um lugar de posição nestas festas, como tiveram. Os tempos são outros e logicamente que as coi-

sas mudam e temos que acompanhar, mas sem dúvida que diz respeito aos jovens e acho que é uma mecânica natural de passagem de testemunho das responsabilidades, ainda que sejam novos, muito novos alguns, mas a resposta ao desafio é fantástica”, referiu. Nesse sentido, o presidente lançou o desafio aos jovens de Cidai: corresponderam ao convi-

te da ACRESCI para organizarem as festas da Páscoa, podendo contar com a associação para o seu “arranque”. Já na tarde de segunda-feira, a animação esteve a cargo do grupo Alvadance, que fez demonstrações de hip hop e break dance, e do Grupo Tradições Infantis de Cidai, Rancho Infantil “Zé do Telhado” e do Grupo Danças e Cantares do Vale do Coronado.


10 Atualidade

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24 de abril de 2014

Sexta-feira Santa com via-sacra em Alvarelhos “Este caminho de Jesus também é um pouco o nosso”. É desta forma que Rui Teixeira interpreta a via-sacra, encenação da qual fez parte como Jesus Cristo. O presidente do Grupo de Jovens de Alvarelhos, que organizou a atividade na freguesia, na Sexta-Feira Santa, a 18 de abril, entre a Igreja Matriz e a Capela de S. Roque, estava emocionado por ter representado o papel de Jesus Cristo. O trabalho feito o ano passado, e que não foi posto em prática devido ao mau tempo, transitou para este ano e o grupo conseguiu fazer uma encenação com a participação de “60 figurantes” entre elementos de grupo e outras pessoas “que também quiseram ajudar”. “O caminho é sofredor e até violento, mas demonstra perfeitamente o que Jesus viveu. São horas intensas, mas os momentos ficam marcados para a vida”, sustentou Rui Teixeira. A via-sacra contou com a pre-

Fruta de qualidade é na Casa da Fruta Multidão seguiu Jesus com a cruz

sença de centenas de pessoas, que acompanharam a encenação ao longo de duas horas. “Há sempre uma grande participação, à exceção de anos em que está a chuviscar ou muito frio. O percurso também tem uma influência, mas este era muito bom, o que trouxe mais gente, certamente”,

afirmou José Ramos, pároco de Alvarelhos. A via-sacra é o “momento alto” da atividade do Grupo de Jovens, que atualmente tem cerca de 30 elementos. Ao longo do ano também faz o presépio, orações Taizé, peregrinação a Fátima encerramento do mês de Maria. C.V.

Comer fruta e legumes faz parte de uma alimentação saudável. Com a chegada do verão, nada melhor que ter mesmo por perto a Casa da Fruta, com estacionamento privativo, ótimos preços e fruta de elevada qualidade. Ao entrar na Casa da Fruta, situada na rua das Indústrias (EN14), em Santiago de Bougado, os seus sentidos são invadidos pelas cores e pelo cheiro das frutas e legumes sempre frescos. Comprar frutas e legumes e integrá-los na sua alimentação diária só lhe trás benefícios já que são hipocalóricas (têm poucas calorias) e ajudam a perder peso, são ricas em vitaminas e minerais e como são ricos em fibras aumentam a sensação de saciedade, fazendo com que tenha menos fome. Como vê são só vantagens em consumir as frutas e legumes que a Casa da fruta tem para lhe disponibilizar de segunda a sábado.

Deputados do PSD enviaram requerimento ao Governo

Intervenção na EN 14 “não é a solução adequada”

“Esta solução não é a adequada”. A opinião é dos deputados do PSD eleitos por Braga e Porto sobre a intervenção que o Governo prevê fazer na Estrada Nacional 14, em vez da construção da variante. Virgílio Macedo, Emília Santos e Jorge Paulo Oliveira requereram ao Executivo informações detalhadas sobre a obra e para que servem os 20 milhões de euros que estão inscritos no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas Horizonte 20142020. “Destinam-se a intervir na via existente ou numa solução alternativa e quais os encargos inscritos no caderno de encargos?”, questionaram, de acordo com a Lusa. Contudo, esta intervenção não é a mais indicada e que a “única solução” para “sobrecarregado” trânsito rodoviário que circula, diariamente, na EN14 é a construção de uma via alternativa, assumindo que este é um “investimento estratégico” na melhoria das acessibilidades da Área Metropolitana do Porto e concelhos a norte. Os sociais-democratas defendem que o elevado fluxo rodoviário impede a “normal circulação de pessoas e mercadorias” e “dificulta o funcionamento das indústrias servidas por esta artéria”. Outros

dos problemas enunciados foram a degradação progressiva do pavimento e a diminuição da segurança. “A forte tradição industrial e exportadora das empresas que compõem o parque empresarial destes concelhos, empresas que lidam diariamente com o estrangulamento rodoviário desta via, reclamam uma solução urgente, sob pena de serem obrigadas, algumas delas, a pensar na deslocalização”, referiram. Os deputados não enjeitam a obrigatoriedade de o projeto existente “ter de ser retificado por forma a obter-se uma redução do seu custo, atendendo à situação de graves dificuldades que o país atravessa”, mas salientam que a intervenção constava do relatório das Infraestruturas de Valor Acrescentado como a terceira prioridade das 86 empreitadas rodoviárias indicadas. Recorde-se que, já em fevereiro, os deputados do PSD eleitos pelos círculos do Porto e Braga tinham aconselhado o Governo a priorizar a variante à EN14. Para esta quarta-feira, os sociais-democratas tinham uma reunião agendada com o secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro. C.V.


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12 Atualidade

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24 de abril de 2014

Centenas ouviram “A Criação”

GrupoFrezite distinguidocomPrémio Internacionalização

“A Criação” marcou início do tríduo pascal Patrícia Pereira A.Costa

Paróquia de S. Martinho de Bougado dinamizou o Concerto da Páscoa, na noite de 16 de abril, na Igreja Nova, subordinado à oratória “A Criação” de Haydn. “No princípio, Deus criou o céu e a terra; e a terra era informe e vazia; as trevas cobriam o abismo. E o espírito de Deus pairava sobre a superfície das águ-

as. Deus disse: Que haja luz! E houve luz! E Deus viu que a luz era boa e separou a luz da escuridão”. Esta foi a introdução da oratória “A Criação” do compositor Joseph Haydn, interpretada pelo Coro da Sé Catedral do Porto, Orquestra Filarmonia das Beiras e pelos solistas Ana Maria Pinto, Mário João Alves e Berthold Possemeyer, sob a direção do padre António Ferreira dos Santos. Para o trofense foi uma honra trazer esta obra ao concelho pub inst

da Trofa, de onde é natural. “Quando nós gostamos mesmo de uma coisa, nós queremos que os nossos próximos partilhem dela. Eu como responsável tinha uma coisa muito boa para oferecer aos meus, aqueles que estão próximos de mim e aos meus conterrâneos. Eu quis partilhar e falei ao padre Luciano, que agarrou com ambos os braços”, contou. Segundo o Cónego Ferreira dos Santos, a “liturgia e teologia diz que a Páscoa é uma nova criação”, pois como “Jesus veio ao mundo e aceitou a cruz morrendo por nós, recriou tudo o que estava criado”. Também Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, referiu que “a celebração da paixão também está ligada com a criação, obra criadora de Deus, e depois a recusa do homem ao amor de Deus leva a que também Cristo tenha que exercer a sua ação redentora através da cruz”. Para o pároco, “escutar esta obra de Haydn no início deste tríduo pascal” foi “realmente apropriado”, porque “lembra o projeto criador de Deus, que não se esgota na obra criadora mas também se completa na obra redentora”. Por considerar como “uma das obras mais importantes da música sacra”, para Luciano Lagoa foi “extraordinário” apresentála na Trofa, tendo sido “um gesto de grande nível cultural que as gentes da Trofa já adquiriram”. Nesse sentido, Luciano Lagoa agradeceu o esforço de várias entidades, empresas e grupos que “se prontificaram a ajudar financeiramente”, tornando assim este concerto possível.

“Reconhecer os empresários mais bem sucedidos e inovadores do mundo, que se distinguem pelo dinamismo, criatividade, inovação, visão e sucesso alcançado”, é o principal objetivo do Prémio EY (Ernest & Young) Entrepreneur Of The Year®. Pela “quinta vez”, a consultora EY voltou a premiar “o melhor exemplo de empreendedorismo em Portugal”. A Gala de entrega do Prémio, que decorreu no dia 27 de março na Estufa Fria, em Lisboa, juntou “alguns dos mais notáveis empresários e empresas nacionais”, reforçando “a importância do empreendedorismo como um valor fundamental e um fator crítico de sucesso para o desenvolvimento da economia”. O prémio da EY, que distingue anualmente um empreendedor português, foi entregue a Manuel Alfredo de Mello que irá representar Portugal no Prémio EY World Entrepreneur of the Year®, que se realiza em junho, no MonteCarlo, Mónaco, tendo o presidente do Conselho de Administração do Grupo Frezite, José Manuel Fernandes, que foi “um dos seis finalistas”, ficado em 2º lugar. O Grupo Frezite foi distinguido com o Prémio EY International Entrepreneur Of the Year pela “sua atuação ao nível da Internacionalização”, voltando a repetir o feito de 2011. Para José Fernandes é “uma honra” para “o Frezite Trofa” receber esta distinção, pois foi a partir daqui que o Grupo “desenvolveu toda uma estratégia de internacionalização, há cerca de 25 anos”. “A Frezite, pelo seu modelo de internacionalização e pelos resultados que obteve no âmbito da internacionalização, foi identificado pelo EY e recebeu o prémio máximo sobre a internacionalização. Para nós é um orgulho e uma satisfação saber que o nosso modelo de internacionalização serve de modelo para outros e que introduz resultados dentro da nossa economia nacional, do nosso crescimento económico, do nosso desenvolvimento e da nossa economia regional”, ressalvou. P.P.


Atualidade 13

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Câmaras vão lutar para não perder mais serviços O possível encerramento de várias valências no Centro Hospitalar do Médio Ave, unidades de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, preocupa as populações e autarcas dos concelhos da Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão. Administração do CHMA está confiante na manutenção das valências. Foi através de um curto esclarecimento que a Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) respondeu às questões colocadas, na semana passada, pelo jornal O Notícias da Trofa, sobre qual o futuro da unidade de saúde, tendo em conta a portaria nº 82/2014 de 10 de abril, que estabelece os critérios de categorização dos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde. A Administração do CHMA considera que “na interpretação da classificação atribuída ao CHMA pela portaria publicada, Grupo I, não resulta percetível, numa análise de boa fé, a retirada de serviços a este Centro Hospitalar, amplamente especulada nos últimos dias na comunicação social”. No documento enviado pode ainda ler-se que “o Conselho de Administração tem colaborado com a tutela na elaboração de um Plano Estratégico para o período 2013-15, que salvaguarda a manutenção da atual prestação de cuidados, assim como também

considera o alargamento e melhoria de cuidados de saúde em função das necessidades evidenciadas pela população das nossas áreas de influência” e garante estar “convicto que o reconhecimento do empenho e da competência dos profissionais do CHMA continuará a ser validado pela tutela, conforme aconteceu recentemente com a escolha deste Centro Hospitalar como unidade piloto em Portugal para um inovador projeto de informatização do serviço de urgência, que visa melhorar e diferenciar a prestação de cuidados de saúde aos portugueses”. Contactado o serviço de imprensa da Câmara Municipal da Trofa, até à hora do fecho desta edição, não foi possível obter uma reação do presidente Sérgio Humberto à retirada de serviços de saúde à população da Trofa, servida pelas unidades de Famalicão e Santo Tirso do CHMA. Por seu lado, a Câmara de Famalicão fez saber que “a primeira reação do município à portaria foi de apreensão, sobretudo pela não inclusão no Grupo I da valência da obstetrícia, se bem que em momento algum do documento se indique que essa valência não possa fazer parte desse grupo. Em todo o caso, essa não referência foi o suficiente para alertar as instituições locais para uma eventual saída da maternidade do Hospital de Famalicão”.

Através de comunicado, o município famalicense fez também saber que “o Ministro da Saúde veio a público afastar a possibilidade de encerramento de maternidades, ainda que possam ocorrer ajustamentos nos cuidados de saúde que são prestados pelos hospitais públicos”. “Também a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) afastou essa possibilidade dizendo categoricamente que ‘a portaria não determina fechos de maternidades’”, adianta. A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão garante que vai “continuar a salvaguardar os interesses do município e de todos os famalicenses e, caso seja confrontada com eventuais alterações, tudo fará para chamar a atenção dos responsáveis do Ministério da Saúde para a importância da manutenção de todos os serviços no CHMA, um hospital que deve ser reconhecido pela sua importância regional e pela qualidade dos serviços que presta”. Já Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, em declarações ao jornal O Notícias da Trofa, considera a retirada de mais serviços às populações “uma coisa absurda”. “Já temos assistido a fechos de serviços públicos do Estado, desde repartições das finanças, tribunais, correios e outras instituições, algumas delas novas, inauguradas há um, dois ou três anos,

CHMA serve população da Trofa, Santo Tirso e Famalicão

portanto há aqui uma inversão, menos Estado, menos serviços prestados a cidadãos”, sublinhou. O autarca adianta ainda que é “daqueles que pensam que isto não pode acontecer ou não deveria acontecer” pelo que “há que esperar por um próximo governo para, eventualmente, repor a situação, não nos termos que estava, anteriormente, mas em que o Estado assuma as suas responsabilidades, mesmo que seja mais racional, menos gastador, não pode deixar de prestar aquilo que é da sua responsabilidade”. Quanto à possibilidade de agendar reuniões com membros do governo, o autarca foi claro: “Eu tenho uma opinião muito crítica sobre esse tipo dedemarches e solicitações de reuniões, os governos governam e as câmaras municipais governam, cada um no

seu nível é claro que pode haver sempre mais ou menos reivindicação com mais ou menos protestos. Enquanto presidente da Câmara Municipal tenho os próprios canais de diálogo com a estrutura do Estado, seja ela regional ou de caráter nacional. Não vejo grande vantagem acrescida pela publicitação e manifestação pública desse diálogo e dessas demarches com os membros do governo”, afiançou. Joaquim Couto defende que o Governo, através do Ministério da Saúde, “deveria devolver as Unidades de Santo Tirso e de Vila Nova de Famalicão às Misericórdias” e “construir um hospital de raiz, numa zona central, que permitisse servir a população de Santo Tirso, da Trofa e de Vila Nova de Famalicão”.

Uma viagem de 2000 anos para reviver Paixão de Cristo Cátia Veloso

ta-Feira Santa. A recriação histórica foi uma das que possibiliMercado Nazareno, em taram uma viagem no tempo de Santo Tirso, realizou-se na mais de dois mil anos, até à Praça 25 de Abril, de 18 a 21 Judeia de Pôncio Pilatos e Herode abril. des, para os últimos dias de Jesus Cristo, cujas escrituras aponOs milagres de Jesus Cristo tam para as suas obras, rumo à junto do cego, do leproso e do paz entre os homens e a sua luta paralítico atraíram centenas de contra os poderes corruptos e olhares, durante a tarde da Sex- hipócritas instituídos.

Durante quatro dias, o Mercado Nazareno, na Praça 25 de Abril, em frente aos Paços do Concelho tirsenses, permitiu “reviver a dor e a miséria, a compaixão e o perdão” de Cristo. Um grupo de atores dramatizou ainda outros momentos bíblicos, como o julgamento, a última caminhada e a crucificação de Jesus, o seu enterro e aparição. Assumindo-se como organizadora de um “evento inédito a nível nacional”, a Câmara Municipal de Santo Tirso aliou as recriações a um mercado, onde os artesãos, mercadores e gastrónomos estavam vestidos a rigor, em tendas com decoração adequada, uma zona de diversão infantil – em que houve passeios de burro e contadores de histórias – e uma exposição de animais ao vivo, que teve como protagonistas uma porquinha, duas burrinhas, galinhas, ovelhas, cabras e coelhos.

Mercado Nazareno teve recriações históricas

Joaquim Couto, presidente da autarquia, explicou que o objetivo desta iniciativa que, custou “alguns milhares de euros”, era “pôr as pessoas naquele tempo de há dois mil anos”. A “promoção turística” do concelho também era uma das metas do executivo camarário para fomentar a “gastronomia” e o “mercado” locais. Na sexta-feira,

passeavam pelo espaço pessoas de vários concelhos do Porto e Braga, assim como turistas espanhóis e franceses. No domingo, o Mercado Nazareno serviu de cenário para o programa da TVI, “Somos Portugal”, que esteve no ar durante toda a tarde, atraindo milhares de pessoas ao recinto.


14 Região

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24 de abril de 2014

Famalicão ganha Loja Interativa de Turismo

Jornalista Maria João Seixas participa n’ “Um Livro, Um Filme” Michael Berg, um adolescente nos anos 60, iniciado no amor por Hanna Schmitz, uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Ele tem 15 anos, ela 36. Este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece de repente da vida de Michael, que só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Esta é a sinopse do filme “O Leitor”, realizado em 2008 por Stephen Daldry, que será apresentado e comentado pela jornalista Maria João Seixas, próxima convidada da iniciativa “Um Livro, Um Filme” do Centro de Estudos Camilianos. A sessão decorre pelas 21.30 horas de sexta-feira, 25 de abril, no Centro de Estudos Camilia-

nos, em S. Miguel de Seide. Maria João Seixas, que nasceu em Moçambique em 1945, licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras de Lisboa. Jornalista profissional, foi autora e apresentadora dos programas da RTP2 “Quem Fala Assim…” (1994), “Sempre aos Domingos” (1995) e “Olhos nos Olhos” (1998). Publicou mensalmente, durante seis anos (1999-2006), “Conversas com vista para...”, no jornal Público, entrevistas entretanto editadas em livro. Em 2004 foi agraciada pelo Senhor Presidente da República com o grau de Comendadora da Ordem de Cristo e em 2012 com o Grau de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres. De janeiro de 2010 a dezembro de 2013 foi Diretora da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema. P.P.

“201 atletas” competem na “Liga Inclusiva” “Sessenta e sete equipas” vão competir na Liga Inclusiva, que a Câmara Municipal de Famalicão está a dinamizar. Trata-se da “primeira competição concelhia de Boccia Sénior e Adaptado”, onde estão envolvidos, no total, “201 atletas provenientes de lares, centros de dia, instituições de apoio à deficiência e agrupamentos de escola do concelho”. Segundo fonte do município, a “organização da Liga Inclusiva surge como resultado do suces-

so dos programas Boccia Sénior e Boccia Escola, promovidos pela Câmara Municipal de Famalicão e que têm vindo a promover a prática desta modalidade junto dos mais idosos e dos portadores de deficiência e mobilidade reduzida”. O primeiro jogo foi no dia 22 de abril e o próximo está agendado para o dia 15 de maio, no Pavilhão Municipal de Famalicão. Já no dia 12 de junho, o jogo vai realizar-se no Pavilhão Municipal das Lameiras. P.P.

A cidade de Vila Nova de Famalicão vai passar a ter uma Loja Interativa de Turismo que ajudará os turistas a conhecer todas as potencialidades turísticas do concelho. A infraestutura tecnológica, que integra uma rede regional de lojas interativas, “pretende impulsionar o turismo em toda a região Norte e vai ser implementada no âmbito de uma candidatura comunitária que o município famalicense viu agora aprovada”. A Loja Interativa de Turismo

de Famalicão, a ser criada no topo noroeste da Praça D. Maria II, vai possuir “um conjunto de ferramentas tecnológicas de teor interativo inovador, permitindo o controlo da informação e dos conteúdos recebidos por parte dos turistas que visitem não só o concelho como toda a região”. A Loja Interativa de Turismo de Famalicão vai também proporcionar “um atendimento diferenciador a todos os turistas e incluir uma bolsa de oferta de emprego dedicada ao setor do tu-

rismo”. À semelhança das restantes lojas da rede regional, a Loja Interativa de Turismo de Famalicão estará aberta ao público sete dias por semana, permitindo o acesso a todas as informações 24 horas por dia. “Trata-se de uma nova forma de conceber o relacionamento com o turista a quem será apresentada uma nova forma de viver e sentir Vila Nova de Famalicão”, apontou o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha. P.P.


Desporto 15

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24 de abril de 2014

Trofense empatou com Feirense Cátia Veloso

Trofense empatou a zero com o Feirense, na 39ª jornada da 2ª Liga, e pode garantir a manutenção no próximo domingo. No próximo domingo, em caso de vitória diante da Oliveirense, e se o Atlético não vencer o jogo com o Feirense, o Trofense garante a manutenção da 2ª Liga. O objetivo da equipa pode ser alcançado na antepenúltima jornada, mas para isso é necessário não facilitar em casa. Na 39ª ronda, que se disputou no passado sábado, a equipa da Trofa empatou a zero com o Feirense e afastou-se do penúltimo lugar, uma vez que o Braga B perdeu com o já promovido Moreirense. Em Santa Maria da Feira, a partida ficou marcada por duas grandes penalidades, uma para

cada lado, e que foram desperdiçadas por Hélder Sousa e Jorge Gonçalves. O Feirense foi quem começou mais afoito, criando perigo num cabeceamento de Ricardo Barros, que o guardião Diogo Freire defendeu com dificuldade, aos dez minutos. Um quarto de hora depois foi a vez de Barge alertar a defesa trofense, com um remate ao poste. Por sua vez, a formação da Trofa podia ter inaugurado o marcador, na sequência de um pontapé de canto, mas o remate de Preciado foi travado, em cima da linha de golo, por Zé Pedro, aos 37 minutos. Perto do intervalo, o árbitro Rui Costa assinalou uma grande penalidade a sancionar uma suposta falta de Icaro sobre Brayan Riascos e mostrou o segundo cartão amarelo ao defesa do Feirense. Na conversão do castigo máximo, Hélder Sousa

Riascos tenta dominar a bola, perante intromissão de adversário

permitiu a defesa de Marco, que já defendeu as cores do Trofense, de 2006 a 2012. A etapa complementar teve poucos motivos de interesse e apenas a grande penalidade a favorecer o Feirense deu emoção ao jogo. Diogo Freire cometeu falta sobre Jorge Gonçalves, mas o ár-

Camião para festejar título do SLB

bitro entendeu que foi Tiago Mesquita a cometer a falta, expulsando o jogador. Assim como no duelo da primeira parte, foi Diogo Freire que sorriu ao defender o penálti cobrado por Jorge Gonçalves. A última oportunidade do jogo pertenceu ao Trofense, com um “tiro” de Preciado, que passou por

cima da barra da baliza de Marco. No final da partida, Porfírio Amorim, treinador da equipa da Trofa, considerou o jogo “atípico”, ressalvando que o resultado “é justo”, uma vez que o Trofense “não teve o discernimento para tirar vantagem da superioridade numérica”. “Acreditávamos que com as correções, ao intervalo, podíamos dar a volta ao jogo, mas a verdade é que também jogamos contra uma equipa bem organizada, rápida e consistente”, frisou. Por seu lado, Pedro Miguel, técnico do Feirense, contava que o Trofense “viesse jogar em contra-ataque”, tirando partido “dos dois jogadores rápidos na frente”, conseguindo “controlar o jogo” até ao lance do penálti. Na segunda parte, o treinador esperava ficar na frente do marcador, quando foi assinalada a grande penalidade, mas não deixou de felicitar os jogadores, “porque lutaram e trabalharam muito”.

Futsal

Covelas vence e afasta-se da zona de despromoção

Com a rotunda do Catulo em obras, os adeptos encontraram uma solução para festejar o 33º título do Sport Lisboa Benfica na 1ª Liga Portuguesa, percorrendo o concelho num camião. No entanto, logo após o jogo com o Olha-

nense, que as águias triunfaram por 2-0, e antes de o veículo chegar, os festejos fizeram-se à porta da Casa do Benfica da Trofa. Carros pintados, bandeiras gigantes e cachecóis ao vento ajudaram a colorir a festa, que foi complemen-

tada com fogo de artifício em vários pontos do concelho. O camião, providenciado pela casa benfiquista, ajudou a que a festa se prolongasse por várias horas. Veja as fotos em www.face book.com/onoticiasdatrofa. C.V.

Com a vitória por 1-4 diante do Labruge, a equipa sénior do Grupo Desportivo de Covelas conseguiu subir ao 4º lugar da 2ª Divisão distrital de futsal e fugir da zona de despromoção. Ao fim de 30 jornadas, a formação covelense soma 29 pontos e no próximo jogo, às 20 horas do dia 26 de abril, no pavilhão desportivo de S. Romão do Coronado, defronta o Carvalheiras. Quem também venceu foram os iniciados do Centro Recreativo de Bougado (CRB). Na 26ª jornada da série 2 da 2ª Divisão distrital, os bougadenses bateram as Escolas de Arreigada por 3-2, segurando o 2º lugar, com 50 pontos, menos três que o líder Magrelos. Já a Associação Recreativa e Desportiva do Coronado goleou o Baguim Monte por 1-5 e subiu à 3ª posição, com 47 pontos. Na próxima ronda, o CRB viaja ao reduto do ARC Moinhos, enquanto o Coronado recebe, às 9.30 horas de 27 de abril, no pavilhão de S. Romão, a Escola Modelos. No escalão de juniores, a Associação Recreativa Juventude do Muro perdeu com o Santa Cruz por 4-2, na 30ª jornada da série 1 da 2ª Divisão, ocupando o 9º posto, com 40 pontos. Na próxima ronda recebe o Guifonense. C.V.


16 Desporto

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24 de abril de 2014

Alice Oliveira campeã dos mil metros no Quilómetro Jovem

Alice Oliveira subiu ao lugar mais alto do pódio

Alice Oliveira sagrou-se campeã, no escalão de iniciados femininos, dos mil metros do Quilómetro Jovem Regional, que se realizou na Pista Municipal da Póvoa de Varzim, no sábado. A atleta do Atlético Clube Bougadense cumpriu a prova em três minutos, nove segundos e 87 centésimos. Na mesma prova, os iniciados Rui Rocha e Tiago Sá ficaram em 10º e 17º lugares. Tam-

bém participaram os juvenis Catarina Ribeiro (7ª classificada), Ana Silva (9ª) e Fábio Rodrigues (11ª). Coletivamente, o Bougadense obteve a 6ª posição. Também se realizaram provas de preparação noutras disciplinas de pista. Ana Lopes (iniciada) conseguiu o 5º lugar nos 80 metros, enquanto Sara Faria (juvenil) foi 3ª classificada nos cem metros e Alexandre Sá (juvenil) foi 5º. Em juvenis, nos 400 me-

tros, Sara Faria e Ana Ramos terminaram no 4º e 5º lugares. O Bougadense também esteve presente no 19º Grande Prémio de Atletismo de Páscoa, em S. Salvador do Campo, em Santo Tirso. Joana Martins (benjamins B) concluiu a prova no 13º lugar e Deolinda Oliveira (veterana) alcançou o 3º posto. Na sexta-feira, 25 de abril, a coletividade vai estar representada na 1ª Corrida Juvenil, em S. Martinho do Vale, em Vila Nova de Famalicão. Deolinda Oliveira vai marcar presença, no dia seguinte, na 2ª etapa da Taça de Portugal de Corrida de Montanha, em Albergaria-a-Velha. Pedro Sá, responsável pela modalidade de atletismo no Bougadense, destacou os “resultados bastante bons” dos atletas, mas que “não chegam para disfarçar a falta de uma pista de tartan”. “Existisse uma pista na Trofa onde pudessem treinar assiduamente e os atletas apresentariam nestas provas resultados ainda mais positivos e mais próximos da qualidade e competência técnica que possuem”, sublinhou. C.V.

Trofense no Grande Prémio da Páscoa “Cerca de 350 atletas” percorreram os “nove quilómetros” do 16º Grande Prémio de Atletismo da Páscoa, em Santo Tirso, que se realizou na tarde de sábado, 19 de abril. Organizada pelo Clube Desportivo de São Salvador

do Campo, com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso e da Associação de Atletismo do Porto, a prova contou com “16 escalões” e teve como vencedores da categoria principal Artur Rodrigues (CUA Benavente) e

Silvana Dias (UD Várzea). A representar a empresa Trifitrofa esteve o trofense António Neto, que se classificou em 14º lugar no escalão Veteranos M55, com o tempo de 27 minutos e 30 segundos. P.P.

12 Horas Solidárias angariam alimentos para instituições Entre as 12 e as 24 horas deste sábado, 26 de abril, a Academia Municipal da Trofa – Aquaplace vai promover mais uma jornada de solidariedade non stop. Com os objetivos de “dinamizar e incutir hábitos de vida saudável na população Trofense, enquanto apelam à solidariedade da comunidade, angariando géneros alimentares para depois entregar a instituições do concelho”, as 12 Horas Solidárias vão proporcionar a todos os interessados diversas atividades, como Hidroginástica, Spinning, Hidro Bike, Batismo de Mergulho, Capoeira, Ginástica +55, Danças de Salão, Judo Kids, Danças

Orientais e Africanas, Parques Aquáticos, Deep Water, Pilates, KickBoxing, Mega Aula BTS, Jogos Lúdicos na Piscina, Boxe, Jui-jitsu, Aqua Versa Training, Ritmos Calientes, Karaté, Cross Training, Aqua Boot Camp, Zumba, Step, Corrida, Defesa Pessoal, Localizada, Yoga, Judo, GAP, Intensity Vs Serenity, Mega Mix, Mega Killer Kilos e Watsu. Em troca, os participantes têm que entregar “alimentos para doação”. Em paralelo vão decorrer as atuações da Banda de Música da GNR, da Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos, dos Alvafigth, do Rancho da APPACDM da Trofa,

da ACRESCI, do grupo Danças e Cantares do Vale do Coronado, do Grupo Rapaziada, dos Alvadance, do Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado, do Rancho Folclórico de Alvarelhos e da Orquestra de Ritmos Ligeiros. “Esperam-se 12 Horas Solidárias e animadas em que as portas do Aquaplace vão estar abertas a toda a população, para angariar alimentos como salsichas, atum, azeite, arroz, massa, farinha, bolachas, leite, açúcar, grão-de-bico ou cereais, que serão depois encaminhados para as famílias que mais precisam”, avançou fonte da autarquia. P.P.

Trofense foi 3º no Campeonato Mundial de Artes Marciais “Mais de 3800 atletas de mais de 80 países” participaram na 4ª edição do Campeonato do Mundo de “All Styles” de artes marciais. “Significou muito”. Este é o sentimento do trofense Dionísio Moreira que se classificou em 3º lugar do Campeonato do Mundo de “All Styles”, na categoria de mais de 30 anos e de 90 quilos, que decorreu no Pavilhão Municipal Dr. João Rocha, em Vagos, entre os dias 11 e 13 de abril. A quarta edição do Campeonato do Mundo de Artes Marciais envolveu todos os estilos credenciados na World All Styles Championship Association (WAC), tendo estado em disputa os títulos mundiais em Formas Duras, Formas Suaves, Formas Duras com Armas, Formas Suaves com Armas, Formas de Equipa, Formas de Equipa com Armas, Formas Artísticas, Formas Artísticas com Armas, Defesa Pessoal Militar, Defesa Pessoal Cénica, Defesa Pessoal de Rua, Submissão, kickboxing, Maythai, SemiContact, Light-Contact, FullContact, Karate, Jijutsu, KnockDown, Team Fight e Combate com Armas. Dionísio Moreira, que pratica “há bastantes anos Alex Ryu Jitsu” na Academia da PSP de Vila Nova de Famalicão, combateu com atletas de todas as modalidades, dentro da categoria de mais de 30 anos e mais de 90 quilos, tendo conseguido segurar o 3º lugar mundial. Para si, a medalha de bronze “significou muito” e “é fruto do muito esforço, muito trabalho e muito treino” que tem “tido ao longo dos anos”. “Estou bastante feliz

e neste momento estou já a treinar para o próximo campeonato, que será novamente em Portugal”, contou em entrevista ao NT. Também o seu filho, Diogo Moreira, participou no escalão seis/sete anos dos 26 aos 34 quilos, tendo sido “eliminado nos quartos de final”. Dionísio asseverou que a prova “correu bem” e que Diogo teve que combater contra “bastantes” atletas. Recorde-se que em novembro de 2013, o jovem trofense sagrou-se campeão nacional, em Vagos. Dionísio Moreira desabafou ainda que “todo este esforço, tempo, dedicação e todos os custos associados a esta paixão” saem “totalmente do bolso, não tendo qualquer tipo de apoio, subsídio ou patrocínio”. “Para que pudesse participar no campeonato, desloquei-me na minha viatura, paguei o combustível, portagens, refeições, alojamento (quatro dias), inscrição no campeonato, equipamentos de combate novos (alguns dos que normalmente utilizo não eram aprovados pela ICKKF e tive que comprar novos e pedir alguns emprestados)”, enumerou, acrescentando que, como levou a mulher e os dois filhos, teve que fazer “um esforço enorme a nível financeiro para ter as pessoas que mais o apoiam perto de si”. O trofense apontou que “não é fácil ser atleta neste país e para o conseguir” é preciso fazer “enormes esforços a nível pessoal e financeiro”, lançando o desafio “aos responsáveis deste país e da Trofa para que apoiem mais o desporto e os atletas que representam a nossa cidade e o nosso concelho”. P.P.


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Desporto 17

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Caminhada “Trabalhadores d’outrora” Depois de “uma pequena animação e aquecimento”, sai-se da sede do Rancho Folclórico de Alvarelhos (RFA), passando pela Capela de S. Roque, Igreja Matriz de Alvarelhos até ao Nicho de Nossa Senhora de Fátima. Daí, segue-se pela Rua Sanguinhal até entrar em Guidões, passando pelo Nicho de S. João Batista, Igreja Matriz de Guidões até a um mato, existente junto ao cemitério, por onde se vai caminhar até entrar em Alvarelhos, na Rua do Rato, e subir até à Perante “mais de 400 convidados”, o Club Ciclista Rías Baixas Quinta do Arco e Rua de Sá. Aqui apresentou os diferentes escalões da equipa de ciclismo para a termina o primeiro percurso da época de 2014, que se realizou no dia 11 de abril e que continuou caminhada “Trabalhadores d’ouno fim de semana com treinos. Do escalão Elite e Sub-23 faz trora”, de “oito quilómetros”, com parte o trofense Pedro Martins, que começa assim a sua segunda temporada nesta equipa espanhola. Segundo o atleta, este apenas participou na cerimónia de apresentação, pois, como anda “a recuperar” de uma lesão, o treinador “Venha conhecer o Corona“não quis que estragasse todo o tratamento”. “Basicamente estou do”. O convite é da Associação a começar a fazer a época do zero, criando agora bases para de Pais da Escola Básica e Jardepois conseguir moldar-me para aquilo que estou destinado como dim de Infância de Feira Nova, ciclista”, explicou. que, com o apoio da Junta de FreJá neste fim de semana, Pedro Martins vai participar numa guesia do Coronado, está a orgaprova, mas com “baixas expectativas”, porque “apenas tem duas nizar a terceira edição da Rota semanas de treinos e os adversários já têm muito ritmo competitiArte Sacra, a decorrer neste dovo”. Além disso, se sentir “alguma dor no local da lesão” tem de mingo, dia 27 de abril. As inscri“parar imediatamente”. “Mas tenho confiança que esta fase menos ções foram “alargadas até esta má já passou. Agora tenho de erguer a cabeça e lutar por aquilo sexta-feira”, no entanto, “quem que quero e não ser mais um no pelotão”, concluiu.P.P. quiser recibo terá de efetuar a ins-

Pedro Martins apresentado no Club Ciclista Rías Baixas

início marcado para as 9 horas do dia 1 de maio. Quem não se sentir preparado para o segundo percurso, deve descer até à sede do RFA. Para os mais corajosos, a caminhada continua até ao Castro de Alvarelhos, onde vai decorrer “uma pequena apresentação e visitar as ruínas de S. Marçal e S. Barnabé”. No final, o destino é o mesmo, o regresso à sede do RFA, onde vai haver um almoço-convívio, com o prato típico Tripas à moda do Porto. A caminhada está a ser organizada pelo Rancho de Alvarelhos, com o intuito de “evidenciar e realçar o trabalho feito

pelos nossos antepassados, principalmente na freguesia de Alvarelhos e Guidões”, segundo contou Rui Costa, presidente do grupo folclórico. A participação na caminhada tem um custo de dois euros, ao qual acresce cinco euros, caso queira almoçar na sede. O menu inclui “prato, bebida e sobremesa, com oferta de brinde”. As inscrições decorrem até ao final do mês de abril nos polos da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões ou através do email (ranchofolcloricodealvar elhos @outlook.pt) e do contacto (913 883 250) do RFA. O valor angariado vai “reverter a favor das obras de reabilitação da sede”.P.P.

Rota Arte Sacra no Coronado crição e o pagamento até quintafeira”. Inscreva-se através do sítio www.jf-smcoronado.pt, onde poderá escolher participar no percurso de 20 quilómetros ou no de 40 quilómetros. O custo é de “dez euros” e inclui “reforço alimentar final, abastecimento intermédio, dorsal, banhos, seguro e lembranças”. “Parte da receita reverte a favor do IPO (Instituto Português

Oncologia) do Porto”, avançou fonte da organização. A concentração é no edifício sede da Junta de Freguesia do Coronado, na Quinta de S. Romão, onde o secretariado abre pelas 7.30 horas. Pelas 9 horas, tem início a prova. Já pelas 10 horas, no decorrer da prova, há uma aula de zumba, com “entrada livre”, na Quinta de S. Romão. P.P. pub


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Mais de 200 crianças no TrofenseCup Patrícia Pereira

“Mais de 200 crianças” fizeram parte do lote de “28 equipas” que participaram no torneio Trofense Cup 14, que decorreu entre os dias 18 e 19 de abril e foi animado pelo grupo de dança Star Kids. A Escola de Futebol Hernâni Gonçalves foi a vencedora da Liga dos Campeões da Trofense Cup, dinamizada pelo departamento de formação do Clube Desportivo Trofense. Para o capitão Miguel, o segredo para vencer foi “a equipa”, que tinha “atitude, qualidade e o guarda-redes”, que defendeu o último penalti, o que lhes permitiu sagrarem-se vencedores. Para os atletas o torneio foi “fantástico” e “deu para evoluírem e para mostrarem a sua qualidade”. A equipa tinha ainda o melhor marcador do torneio, com “11 golos”. Segundo Tiago Nogueira o segredo para marcar tantos golos foi “jogar com a equipa”. Na Trofense Cup participaram “28 equipas”, tendo juntado “mais de 200 crianças” durante dois dias. Este ano, a Trofense Cup estava dividida em duas competições: a Liga dos Campeões e a Liga Europa, que teve como vencedor o Dragon Force Ermesinde. Rúben, da equipa do

Trofense A, foi considerado o melhor guarda-redes do torneio, enquanto Pedro Neto, da Associação Recreativa S. Martinho B, foi o melhor jogador. Segundo o presidente, Paulo Melro, a ideia de estabelecer “um formato diferente” era de “tentar manter a competição até ao final do torneio, de forma a que as equipas que vão ficando para trás tivessem sempre um incentivo”. “Esta questão de não serem promovidos à Liga dos Campeões e terem a Liga Europa para disputar deu uma grande competitividade ao torneio e manteve as pessoas ligadas ao evento”, justificou, acrescentando que, para si, “o importante foi os sorrisos destas crianças que durante dois dias puderam, com a prática do futebol, juntar todo este ambiente e as famílias”. Quanto à prestação das equipas do departamento de formação, o presidente declarou que foi “muito boa”, mas que “o importante mais do que os lugares em que ficam é a forma cordial com que todas as equipas disputaram cada jogo”. Do lote das equipas participantes estavam mais duas do concelho da Trofa: o Grupo Cultural e Recreativo de Alvarelhos e a New Team. Para o responsável Bruno Silva, a participação do

EF Hernâni Gonçalves venceu a Liga dos Campeões

Grupo Cultural e Recreativo de Alvarelhos, que recebeu o Troféu Fair-Play, foi “positivo”, pois “os meninos divertiram-se, houve um espírito de grupo muito grande, os pais acompanharam e tiveram uma massa associativa porreira”. “Não viemos em busca de resultados, porque não praticamos futebol, mas futsal. Os miúdos estavam ansiosos. São este tipo de experiências que nos levam a participar nestas iniciativas, porque os miúdos adoram e é uma experiência única, muitos deles nem sequer tinham pisado a relva”, referiu. Quanto ao novo formato do torneio, Bruno Silva evidenciou que “o próprio nome cativa os

CD Trofense A

New Team

GCR Alvarelhos

CD Trofense B

miúdos”, uma vez que “são duas competições muito fortes”, sendo “um belo truque para envolver os miúdos”. Também para José Fontes, responsável da New Team, “o balanço foi positivo dentro do enquadramento em que se propuseram”, tendo chegado “aos quartos de final da Liga Europa”, onde perderam por “1-0 com o Dragon Force”, tendo-se classificado em “7º lugar”. “Achamos que conseguimos dentro dos objetivos e das capacidades que temos um bom desempenho, não só a nível de resultado, mas a nível de construção dos próprios atletas”, asseverou, classificando o torneio como “muito positivo e cons-

trutivo”, em que “os miúdos convivem uns com os outros, fazem amizades, crescem como crianças e futuros homens”. A New Team é “uma equipa de recriação” que surgiu “há nove anos” a partir de “um grupo de amigos que saiu do infantário e queria jogar futebol”. Como “na altura não havia estas condições que existem, em particular no Trofense, algumas mães resolveram abrir uma escolinha com os miúdos, que foi crescendo e agora está muito organizada”. A escola, que conta com “cerca de 40 atletas divididos nos escalões sub 11, sub 13 e sub 15”, treina “normalmente” no Complexo da Louseira, em S. Martinho de Bougado.


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24 de abril de 2014

Atualidade 19

APVC representa concelho na “Embaixada da Água”

Annus Horribilis gualter.costa@outlook.com

Para quem há cerca de um ano via a Trofa entrar em ebulição política devido à proximidade das eleições autárquicas, estava longe de imaginar as sucessivas desilusões sofridas pelos Trofenses ao longo do último ano. Um ano horribilis a todos os níveis, que colocou a Trofa ainda mais desbotada no mapa e mais desenquadrada com o foco do desenvolvimento, pelo que tudo devemos urgentemente fazer para corrigir. As taxas de desemprego, possivelmente o maior flagelo em terras Trofenses, assumem hoje valores inéditos (próximo dos 25%). Valores inimagináveis há apenas alguns anos, para os quais ainda se desconhecem as estratégias e medidas a colocar em prática para inverter. Apesar do “milagre económico” anunciado há meses pelo Sr. Ministro da Economia, a tendência para o encerramento e deslocalização de empresas para fora do concelho da Trofa manteve-se constante ao longo do último ano. As estratégias para a manutenção e sediação de novas empresas no concelho teimam em não vingar. Inacreditavelmente florescem demasiado bem nalguns concelhos nossos vizinhos. A degradação urbana, a falta de regeneração urbana, parecem não ter fim, em especial na área mais central da Trofa. O número de pequenos comerciantes que fecham portas tem-se exponenciado e as ruas tornam-se num cenário cada vez mais desolador. A nossa principal artéria comercial continua a lutar, dia após dia, contra o contínuo abandono e despromoção urbanística e social. Ao longo deste ano horribilis, com a exceção de alguns eventos muito pontuais e de abrangência relativamente limitada, pouco ou nada foi feito para resolver estruturalmente este problema. Urge assumir também este problema como uma prioridade concelhia. A incineração de três freguesias pela lei da Reforma Administrativa e Territorial Autárquica de Relvas privou as suas populações de identidade, decisão e culturas próprias. Enfraqueceu o concelho. Aumentou a possibilidade de separatismos futuros. Resta lapidar bem o diamante para que este permaneça uniforme e coeso, e consiga brilhar apenas com os cinco lados idealizados. O inconveniente dilúvio do Parque das Azenhas afogou de vez as pretensões dos Trofenses em usufruir de um espaço único no concelho para lazer e para a prática de atividades desportivas e recreativas. Este parque, que foi outrora o lado mais brilhante do diamante, permanece hoje reduzido a uma pista abandonada, de obstáculos múltiplos, capaz de rivalizar com as antigas infraestruturas olímpicas de Sarajevo. Que a vontade e a esperança de o reabilitar um dia nunca desvaneça. O aterro em curso do canal do Metro (ironicamente com terras que outrora pertenceram aos taludes do caminho de ferro, que tanto desenvolvimento e riqueza propiciou à Trofa) parece ser o assumir de um direito perdido. Um levantar de braços sem luta. Uma derrota para a Trofa, para milhares de Trofenses, cujas consequências nefastas para o concelho se farão sentir por longas décadas. Um projeto que as inéditas, excessivas e infundadas preocupações de rentabilidade do atual governo PSD/CDS (que nunca se verificaram noutros projetos similares) condenaram. Uma machadada no desenvolvimento e na qualidade de vida da Trofa, que jamais deverá ser esquecida por todos aqueles que na Trofa nasceram, vivem, trabalham e empreendem. O recente cancelamento pelo governo PSD/CDS da incontornável variante à EN14, que nem a garantias do então “pacto dos três candidatos”, agora autarcas, parecem ter força para assegurar. Tal como o Metro também a variante à EN14 só se materializará no terreno pela força da reivindicação e pela força da decisão popular. Sempre foram assim as conquistas da Trofa e parece que sempre assim serão. Só com uma forte e empenhada mobilização popular em defesa destas causas conseguiremos quebrar o desconhecimento e a inação dos gabinetes. A também recente despromoção pelo governo do Centro Hospitalar do Médio Ave, com a inevitável perda de inúmeras especialidades e valências, é mais um “murro no estômago” dos Trofenses. É imperativa uma tomada de posição pública de todos os autarcas na área de influência do CHMA, contra a despromoção do mesmo. Os cada vez mais duvidosos racionalismos económicos de Lisboa não têm nem o fundamento suficiente, nem o direito de considerarem as várias centenas de milhar de cidadãos desta região (das mais empreendedoras e produtivas do país) como cidadãos inferiores, privados até dos mais elementares cuidados de saúde. Ainda muitas outras desilusões ao longo do último ano ficam por relatar. Todos as conhecemos. Mas, quero ter a esperança que este ciclo negativo para a Trofa está a findar em breve. Quero ter motivação acrescida quando daqui por um ano tiver de escrever um artigo sobre o Annus Mirabilis da Trofa. Será que vai acontecer ? Coordenador Concelhio Bloco de Esquerda Trofa.

Embaixada da Água conta com “50 ações” promovidas por “13 entidades”, entre elas a APVC, entre os dias 22 de março e 22 de outubro. Workshop dedicado à agricultura adiado para 26 de abril. Sabia que cerca de 80 por cento do cérebro é composto por água? A água é um elemento simples e simultaneamente misterioso, sendo essencial à vida e capaz de a destruir com a sua imensa força. Devido à sua importância, o Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto (CRE. Porto), com o apoio da Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto, Área Metropolitana do Porto, Pavilhão da Água e “mais de 30 parceiros da região”, está a promover a Embaixada da Água, entre os dias 22 de março e 31 de outubro. Segundo fonte da APVC - Associação para a Protecção do Vale do Coronado, que está “a representar o concelho da Trofa”, a Embaixada da Água é “um projeto metropolitano absolutamente inovador, que agrega 50 ações promovidas por 13 entidades”. O lançamento da Embaixada da Água aconteceu no dia 22 de março, Dia Mundial da Água, no Pavilhão da Água, no Porto. “Alguns voluntários” da APVC estiveram presentes e o presidente da associação, André Tomé Ribeiro, foi convidado a usar da palavra, onde “destacou o Vale do Coronado e apresentou o projeto de identificação do Património da Água”. “Visitas guiadas a rios e praias, fontes e águas subterrâneas em toda a Área Metropolitana do Porto, imersão no património cultural e natural associado à água, experiências e palestras, para todas as idades, são algumas das ações que decorrem até ao final do mês de outubro. “Quem participar em pelo menos dez, receberá um diploma de “embaixador” e vários prémios. Basta imprimir o passaporte e recolher os comprovativos de presença. As ações são gratuitas ou a preços simbólicos”, declarou. Das “50 ações programadas”, duas serão realizadas na Trofa pela APVC, na freguesia do Coronado. No dia 13 de setem-

bro há uma “ação de valorização do património da água”, onde a manhã será dedicada à “limpeza/manutenção de sistemas de contenção e distribuição de água tradicionais (poças/tanques/fontes) e, de tarde, uma palestra”. Já no dia 28 de setembro decorre a segunda edição da caminhada Rota da Água no Vale do Coronado, com “uma viagem pelos vários pontos de interesse do património da água, com animação cultural e curtas intervenções sobre património, biodiversidade e mundo rural”. “Princípios Básicos de Agricultura Biológica” adiado para 26 de abril Devido a “um imprevisto familiar com a formadora”, o workshop dedicado aos Princípios Básicos de Agricultura Biológica e Identificação de Plantas Selvagens Úteis foi “adiado” para o dia 26 de abril. “Pedimos desculpa pelo eventual incómodo que esta situação possa ter causado”, avançou fonte da APVC, promotora desta iniciativa. A ação de formação, administrada pela Atimati, está marcada para as 10 horas (termina às 18 horas) e será realizada “em ambiente campestre, com hortas e burros à espreita”, no lugar do Paiço, em S. Mamede do Coronado. Durante a sessão, serão abordados os “princípios básicos de agricultura biológica, produção de caldas vegetais para biofertilização, fungicidas e pesticidas e saída de campo para identificação de plantas selvagens comestíveis, medicinais ou de uso na agricultura como caldas”. A inscrição “é obrigatória”, devendo enviar o “nome completo, localidade, email, número de telemóvel e de cartão de cidadão” para valedocoronado@gmai l.com ou através do número 917 040 207. O preço é de “dez euros” para os “habitantes da freguesia do Coronado e sócios efetivos da APVC, com quota de 2014 paga, de “15 euros” para “novos sócios com adesão em 12 de abril (10 euros workshop + cinco de quota) ou de “20 euros” para o “público em geral”. O pagamento, que será feito no dia/local da formação, inclui “saída de campo, manual em pdf, certificado de participação e bioagradável formação”. O “almoço não está incluído”. P.P.

Necrologia S. Martinho de Bougado Alice Ferreira Soares Faleceu no dia 18 de abril, com 86 anos. Viúva de Américo Azevedo Paiva. Santiago de Bougado Lucilia da Conceição Santos Oliveira Faleceu no dia 21 de abril, com 68 anos. Solteira.

Requião-Vila Nova de Famalicão Maria Celeste Pereira Carneiro Faleceu no dia 21 de abril, com 84 anos Solteira Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva


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24 de abril de 2014


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