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Semanário | 4 de março de 2016 | Nº 562 Ano 14 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €
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Estrada de ninguém intransitável
D.A.M.A. levam Feira Anual ao rubro
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30 fotógrafos captam sete maravilhas da Trofa //PÁG. 03
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Santo Tirso reclama impostos recebidos pela Trofa //PÁG.24
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Câmara, DGAL e oposição com análises diferentes à situação financeira
Metro da Trofa em “igualdade de circunstâncias” com outros projetos
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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 MARÇO 2016
Atualidade
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Jovem atropelado em Bairros Um jovem de 17 anos foi atropelado quando atravessava a Estrada Nacional 104, no cruzamento dos semáforos de Bairros, na Rua 16 de Maio, em Santiago de Bougado, na manhã de 26 de fevereiro. A vítima foi assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa e pela equipa da ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), apresentando ferimentos na cabeça, escoriações nos
braços e fratura do nariz. O jovem foi transportado para a unidade de Vila Nova de Famalicão do CHMA. A Guarda Nacional Republicana esteve no local a registar a ocorrência. Também na manhã de 26 de fevereiro, registou-se um acidente na Estrada Nacional 104 na zona de Ervosa, em S. Martinho de Bougado. Uma carrinha ter-se-á despistado e embatido numa árvore do terreno. Do acidente não resultaram feridos, mas o trânsito esteve condicionado.
Quatro feridos na A3 Cinco viaturas ligeiras estiveram envolvidas num acidente na Autoestrada 3, no sentido Sul/Norte (Porto/Valença). Eram cerca das 13.45 horas de 27 de fevereiro, quando se registou uma colisão, a seguir à área de serviço de Coronado-Trofa, que provocou quatro feridos, dois dos quais crianças. Segundo declarações dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde à Lusa, os feridos, en-
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tre os quais um bebé de três meses e uma criança de seis anos, foram transportados para o Hospital de São João, no Porto, apresentando “ferimentos ligeiros”. Os Bombeiros de Ermesinde estiveram no local com quatro ambulâncias e um veículo de desencarceramento. A circulação na autoestrada esteve reduzida a uma via durante algum tempo. P.P.
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Atualidade
Santo Tirso reclama impostos recebidos pela Trofa
António Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal da Trofa, anunciou três processos que podem constituir uma fatura cara para o concelho. Em dois deles, está em causa o possível pagamento de 8,6 milhões de euros a Santo Tirso. Cátia Veloso
“U
m murro na barriga”. Foi desta forma que António Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal da Trofa, anunciou a receção de “um ofício das Finanças do Porto”, que referia que “a autarquia de Santo Tirso, à luz do acordo para os limites provisórios entre os concelhos, solicitou a alteração do registo dos prédios urbanos e rústicos, que estão na zona industrial de Fontiscos, da União de Freguesias de Bougado para a União de Freguesias de Santo Tirso, Couto Santa Cristina, Couto S. Miguel e Burgães”. Em sessão ordinária da Assembleia Municipal, o autarca disse ainda que, no mesmo ofício, “foi ainda solicitado à Direção de Serviços de Impostos Municipais sobre Imóveis (IMI), que fossem efetuados procedimentos informáticos necessários para que a alteração de freguesia fosse refletida no acerto de anos anteriores da taxa”. António Azevedo explicou que, em causa, estão as taxas de IMI des-
de 2010 até agora cobradas aos prédios urbanos e rústicos daquela zona industrial e que a Trofa terá de transferir para Santo Tirso. “São bastantes milhões”, acrescentou. A Câmara Municipal da Trofa vai “interpor uma providência cautelar” para impedir a devolução do valor das taxas arrecadadas, anunciou o vice-presidente. Contactada pelo NT, fonte do executivo camarário de Santo Tirso confirmou que “foi solicitado que fossem efetuados os procedimentos informáticos necessários, com vista a que a alteração de freguesia/ concelho fosse refletida no acerto de anos anteriores, na sequência do acordo entre os municípios de Santo Tirso e da Trofa, cuja sentença homologatória de 15 de junho de 2010 transitou em julgado em 5 de julho de 2010”. Quanto aos valores envolvidos, a autarquia tirsense faz contas diferentes do executivo camarário trofense: “Os prédios identificados representam, em 2015, um valor de cerca de 50 mil euros, no que diz respeito ao IMI” e na totalidade dos anos reclamados, estima-se
Comissão Instaladora do Concelho da Trofa na execução do protocolo assinado na altura do nascimento do novo município.
Municípios assinaram acordo, em 2010, sobre limites provisórios
que a Trofa poderá ter de devolver a Santo Tirso cerca de “850 mil euros” de impostos (IMI, IMT e Derrama”). Esta decisão decorre no âmbito do acordo para os limites provisórios, assinado em 2010, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, em que na cláusula primeira ambos os presidentes de câmara à época, Joana Lima, da Trofa, e Castro Fernandes, de Santo Tirso, declararam “aceitar que continuem a vigorar, e até à fixação dos definitivos, os limites provisórios fixados pelo Instituto Português de Cartografia e Cadastro, em cumprimento pelo Despacho conjunto n.º542/99 de 31 de Maio, proferidos pelos Mi-
nistérios dos Negócios Estrangeiros e do equipamento e da Administração do Território e do Ambiente publicado em Diário da República de 07/07/1999”. A situação, segundo António Azevedo, agrava-se porque, no acordo, os autarcas reconhecem que esses limites valem até à fixação dos definitivos “para efeitos de todos os procedimentos administrativos, bem como para a arrecadação de todas as receitas”. Outra “má notícia” que António Azevedo deu na Assembleia Municipal foi o processo interposto também pela Câmara de Santo Tirso, que reclama à Trofa “7,7 milhões de euros”, por “incumprimento” da
Câmara condenada António Azevedo deu ainda conta, na Assembleia Municipal, e conforme já tinha sido noticiado pelo NT na edição passada, que a autarquia perdeu o recurso no Supremo Tribunal Administrativo, sobre a anulação da liquidação da taxa de emissão de alvará para obras e taxa de compensação urbanística, do loteamento onde está instalada a Marnorte e outras empresas, na Rua Nova Ervosa, na Estrada Nacional 104, junto à rotunda que dá acesso à autoestrada número 3. Em causa está o pagamento de “311 mil euros”, mais juros de “278 mil euros”, às queixosas A. Areal Imobiliária SA e Construções e Areal, Lda. Segundo o vice-presidente da autarquia trofense, o pagamento teria de ter sido feito “até 2 de março”, sob pena de o município ser alvo de um processo de execução. pub
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Atualidade
Partidos da coligação reprovam criação de comissão para avaliar Parque das Azenhas
Na Assembleia Municipal de 26 de fevereiro, o PS propôs a constituição de uma comissão específica para avaliar o estado da empreitada do Parque das Azenhas. PSD e CDS reprovaram. Cátia Veloso
O
s elementos do PSD e CDS da Assembleia Municipal reprovaram a moção do Partido Socialista que visava a criação de uma comissão específica para avaliar o estado da obra do Parque das Azenhas. A proposta foi lançada pelo socialista Pedro Ortiga, que defendeu que a empreitada “tem pontos de fragilidade e falha”, pelo que carece de “uma devida avaliação”. Através da “auscultação de todos os intervenientes técnicos e políticos”, “avaliação dos procedimentos realizados desde a conceção do projeto até à execução atual” e “acompanhamento da obra”, os socialistas consideram que será possível despistar “erros do passado” e estabelecer “alternativas à posteriori da candidatura, para que o Parque das Azenhas perdure”. No entanto, a proposta, que teve os votos favoráveis de PS e CDU, caiu, uma vez que as bancadas municipais do PSD e CDS, em maioria, votaram
contra. Para os socialistas, que reagiram em comunicado, com este sentido de voto, sociais-democratas e centristas “mutilaram a missão de fiscalização e acompanhamento decorrente da lei, demonstrando a sua clara intenção de ocultar informação”. Os socialistas consideram que, com a reprovação, “fica por explicar quem detém responsabilidades pela obra ter estado parada cerca de dez meses sem justificação” e que “fica a dúvida” sobre se a percentagem de execução física e financeira da obra, anunciada pela autarquia, de “91,69 por cento” é “real ou serve outros fins”.
lho”. Neste trabalho, refere ainda a moção, a autarquia deve “compilar e disponibilizar à Assembleia Municipal o conjunto de estudos efetuados há vários anos”, assim como “executar um novo estudo, devidamente planeado no tempo e orçamentado para a resolução do problema”. Foi também apresentada uma moção em que o PS saudou “a suspensão da entrega do hospital Santo Tirso/Trofa à Misericórdia de Santo Tirso” e apelou “ao reforço do investimento neste hospital”, através “do aumento de valências do hospital, do reforço da capacidade do serviço de urgência, da contratação de mais profissionais e da melhoria das condições Aprovada moção para estudar da infraestrutura”. A moção foi aprosolução para as cheias vada, com os votos favoráveis do PS, O Partido Socialista apresentou CDU e presidente da Junta de Freainda uma moção, esta aprovada guesia do Muro, Carlos Martins, e por todas as bancadas municipais, abstenção do PSD e do CDS. O doem que recomenda ao executivo ca- cumento seguirá para o ministro da marário que apresente, até julho de Saúde, secretário de Estado da Saú2016, um plano global de contenção de e deputados da comissão da Saúde, dos fenómenos das cheias no conce- na Assembleia da República.
Comissão específica propõe projetos a candidatar a fundos comunitários Nesta sessão ficou a saber-se os resultados do trabalho realizado pela primeira comissão específica criada pela Assembleia Municipal e que tinha como tema debater o novo ciclo de fundos comunitários Portugal 2020. No relatório, a comissão, constituída por representantes de todos os partidos, atesta “a importância da efetivação da vinda do metro até à Trofa com possível acesso a fundos comunitários”. “Efetuar candidaturas para a conclusão da construção do Centro Social de Alvarelhos”, “a requalificação e potenciação
do Castro de Alvarelhos” e “a identificação e solução das inundações que ocorrem nas estradas nacionais” foram outras propostas deixadas, às quais acresce “a aposta na eficiência energética ao nível da iluminação pública” e “promoção da arte santeira”. Do relatório resultou ainda uma recomendação para que a Trofa participe numa candidatura intermunicipal para “a criação de uma rede de ciclovias” e “seja recurso de apoio ativo no acesso de fundos comunitários a empresas e associações”.
Novas funções da polícia municipal Nuno Moreira, elemento do PS, questionou o executivo municipal sobre a mudança de atuação da polícia municipal, argumentando que “não se tem visto no patrulhamento das ruas” nem “nos eventos organizados pela Câmara Municipal”, como o desfile de Carnaval, tendo o município recorrido “à GNR, que não faz esse serviço gratuitamente”. António Azevedo respondeu que “a Polí-
cia Municipal tem de ser um serviço municipal e não uma polícia” e que agora, “está a fazer outros belíssimos trabalhos”, como “fiscalização urbanística” e “chefia do parque de estacionamento do Parque Nossa Senhora das Dores”. “Não fazia sentido estar a contratar uma empresa para vigiar o Parque se temos a polícia municipal”, argumentou.
Voto de pesar por falecimento de Augusta Reis A Assembleia Municipal aprovou, por una- cho Folclórico da Trofa e Rancho das Lavranimidade, um voto de pesar pelo falecimen- deiras da Trofa. C.V. to de Maria Augusta Reis, fundadora do Ran-
Pedro Ortiga considera importante despistar “erros do passado”
Perguntas sem resposta Durante a Assembleia Municipal da Trofa, que ficou marcada pela ausência do presidente do executivo camarário Sérgio Humberto, algumas questões do PS ficaram por responder por parte do vice-presidente, António Azevedo. Uma delas era relativa à linha de muito alta tensão na Trofa, instalada pela REN. O socialista Marco Ferreira quis saber se se confirma que a empresa, como contrapartida para o atravessamento da linha em território trofense, “pagou
600 mil euros para pavimentar uma rua na freguesia do Muro”. António Azevedo não respondeu. Outra das questões sem resposta foi que razões sustentaram a celebração de um contrato de prestação de serviços, por ajuste direto que a Câmara Municipal assinou, no valor de “49.999 euros, mais IVA”, para “aquisição de serviços jurídicos” a Paulo Ranito, cujo “único ponto” que o PS considera “relevante” no currículo é “ser presidente da Junta de Freguesia da Gandra (Paredes) pelo PSD”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 MARÇO 2016
Atualidade
Câmara, DGAL e oposição com análises diferentes à situação financeira da Trofa O executivo camarário declara que a situação financeira do município “está muito melhor”, mas para a Direção Geral das Autarquias Locais “o município não está próximo das metas previstas no Plano de Ajustamento Financeiro”, no que respeita “à redução da sua dívida”. Cátia Veloso
A
s análises variam e são para todos os gostos. Na Assembleia Municipal, depois de o socialista Marco Ferreira ter criticado o facto de a autarquia “subir de 27.º para 21.º na tabela dos municípios com maior endividamento do país”, António Azevedo, vice-presidente da Câmara da Trofa, respondeu com um documento powerpoint, que dava conta dos orçamentos apresentados pela autarquia nos últimos anos. António Azevedo sublinhou que o valor do orçamento foi descendo desde 2012 até 2016, assim como o desvio relativamente ao que foi previsto pelo Plano de Ajustamento Financeiro (PAF), aquando do empréstimo feito pela Câmara para amortizar a dívida. O vice-presidente declarou que, “em dois anos”, o executivo municipal “reduziu um terço à dívida”, cortando “3,9 milhões de euros” em 2014 e “5,8 milhões” em 2015, fazendo ainda com que o prazo médio de paga-
mento aos fornecedores descesse de 236 para “71 dias”. Já na análise aos documentos previsionais do município, a DGAL mostra algumas reservas quantos ao orçamento apresentado pela Câmara, em 2016. “O município apresenta uma situação de desvio acentuado face à trajetória de ajustamento prevista no PAF, consubstanciado na transição de elevados valores de dívida e compromissos, bem como o incremento dos juros de mora e sobrestimação na previsão da receita, estimando a arrecadação de cerca de 13,3 milhões de euros, proveniente de comparticipação comunitária em projetos cofinanciados. Enaltece-se que as receitas provenientes da transferência de fundos comunitários, apesar de terem um maior grau de confiança na arrecadação, sofrem frequentemente atrasos nos pagamentos. Esta possibilidade de desfasamento temporal introduz um risco no exercício orçamental”, pode ler-se no documento. A DGAL considera ainda que “a
Situação financeira da Câmara foi um dos temas em destaque na Assembleia Municipal
evolução do endividamento do município da Trofa não tem estado em linha com o previsto no PAF, quer no que concerne a dívida de médio e longo prazo, quer na dívida a fornecedores de curto prazo, que é exatamente a que mais reflexo tem na economia e na tesouraria dos fornecedores, bem como nos riscos de tesouraria para o próprio município”. “A dívida a fornecedores e outros credores (não contando com empréstimos) é,
no final do 3.º trimestre de 2015, de 3,9 milhões de euros, o que é um valor ainda bastante elevado, representando um risco de gestão de tesouraria, pelo que o município deverá enveredar os esforços necessários para cumprir a redução da sua dívida de curto prazo, que no PAF apresentado se previa ser de 1,8 milhões de euros no final de 2015”, acrescenta. Também “a evolução dos dados do endividamento”, não está, segundo
a DGAL, “próxima das metas previstas no PAF no que concerne a redução da sua dívida”, pois “no final do 3.º trimestre de 2015 a dívida do município é de 39,1 milhões de euros, um valor consideravelmente superior aos 32,4 milhões de euros previstos no PAF para o final de 2015”. O Partido Socialista sustenta-se nesta análise da DGAL para acusar o executivo camarário de tentar “contar um conto de fadas” quando “fala de reduções da dívida de sete, oito ou 15 milhões”. “Dívida não é endividamento e quem mistura conceitos só pretende confundir a população”, atestou Marco Ferreira, que acrescentou que “a análise da evolução financeira deve ser comparada com o que se comprometeu no PAF”. “Na verdade, segundo o que consta nos relatórios, estamos longe dos resultados esperados. A despesa é superior, o endividamento total é superior, o prazo médio de pagamentos é superior, a dívida total é superior, mas recebe-se muito mais impostos”, frisou.
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4 MARÇO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
D.A.M.A levam Feira Anual ao rubro
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Atualidade
Este ano comemoram-se 70 anos de Feira Anual da Trofa (FAT) . O programa, diz a organização, é o melhor de sempre. Até ao dia 6 de março, a maior feira de agropecuária do norte do país apresenta os tradicionais concursos de raças bovinas, equestres, exposição de animais, alfaias e máquinas agrícolas, gastronomia e animação. L iliana Oliveira Cátia Veloso
O
objetivo, este ano, passa por o evento ser “falado fora da Trofa” e por “trazer a juventude” para que se envolvam “nas tradições e na cultura da terra”, disse ao NT Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado. Neste sentido, a Junta de Freguesia começou “a trabalhar cedo” no certame para “criar um bom programa de animação. Depois dos discursos de inauguração da Feira Anual, seguiu-se a visita habitual pelo recinto que, este ano, contou com a presença de Assunção Cristas, ex-ministra da Agricultura. À noite,
Evento conta com cerca de 150 expositores
o primeiro dia de Feira contou com um recinto completamente cheio para ver a atuação dos D.A.M.A na tenda de espetáculos. A juventude respondeu em massa àquele que era um dos objetivos da organização. No primeiro dia, a FAT apresentou, às 21 horas, a “Chega de Bois” e, às 22 horas, as “Cavalhadas”. Depois do concerto dos D.A.M.A, foi a vez de o DJ Alexandre Casal dar música aos visitantes da feira. Está inaugurada a edição 2016 da Feira Anual da Trofa e “as expectativas são as melhores”, diz o presidente Luís Paulo. Este ano, a organização apresenta algumas novidades. O programa de
D.A.M.A atraíram público jovem à Feira Anual
animação foi uma das grandes apostas. Depois dos D.A.M.A darem música à Trofa, sexta-feira é a vez de Quim Barreiros e do DJ Miguel Maia. No dia dia 5, ouve-se a Banda Sabor, às 22 horas, e, a partir da meia noite e meia, Domingos Moça e Banda sobem ao palco da tenda espetáculos. No dia de encerramento a animação contará com a concentração de Concertinas e Cantares ao Desafio, às 11 horas, e, de tarde, às 15 horas, a animação estará a cargo do Festival Folclórico. Outra das mudanças foi a “reorganização de todo o espaço”, com a passagem dos “stands da rua paralela à Escola de Finzes para dentro do mercado”. Os animais também mu-
dam de local, do interior passam para “uma tenda no exterior” e o número de expositores aumentou, estarão na FAT cerca de 150. Além da habitual exposição de máquinas agrícolas ou dos concursos pecuários, a Feira Anual da Trofa recebe pela primeira vez a “Prova da Vaca”, inserida no Campeonato Nacional/ Regional do Norte de Equitação, no domingo, antes do encerramento da feira. Na inauguração da 70.ª Feira Anual da Trofa Luís Paulo afirmou que “dentro de oito dias” a organização conta “ter a Feira paga”. Este ano, o orçamento aumentou devido, essencialmente, à aposta na animação, mas, também, há “um aumento de
expositores” e uma aposta maior em “marketing e na imagem”, que representa cerca de “cinco por cento do orçamento” da Feira, adianta Luís Paulo. “Todo o aumento de investimento é compensado pelo aumento de receita”, refere o presidente da Junta de Freguesia. Depois do primeiro dia ter sido um sucesso, restam três dias de certame para que se saiba se o aumento do investimento na Feira Anual da Trofa para “cerca de 200 mil euros” e as melhorias implementadas nesta edição valeram a pena. Para já o presidente da Junta de Freguesia de Bougado adianta que tem “a certeza que se vão conseguir os objetivos”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 MARÇO 2016
Atualidade
Feira Anual da Trofa é “a maior organização agrícola” A Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa é uma das parceiras na organização da Feira Anual da Trofa. Patrícia P ereira
É
“indiscutível” a presença da Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa na Feira Anual da Trofa, uma vez que a sua atuação pauta-se pela “proximidade à agricultura e aos seus agricultores”. Pelo menos, este é o entendimento de Vítor Maia, presidente da Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, que referiu ainda que a Feira Anual da Trofa é “a maior organização agrícola do concelho”, apresentando “uma faturação de 19 milhões de euros”. É na Feira Anual da Trofa que a Cooperativa aproveita para divulgar as suas áreas de negócio, como “a prestação de apoio técnico e serviços às explorações, a ven-
da de fatores de produção e a compra de leite”. “O stand da Cooperativa será, sem dúvida, um local de encontro para os nossos associados com a direção e com os técnicos da Cooperativa, bem como de todos os visitantes que gostem da agricultura e que nos queiram visitar”, mencionou. Além disso, a Cooperativa é uma das parceiras da organização deste certame, que, segundo o presidente, está a ser preparado com “a exigência e respeito que uma feira desta dimensão e relevância merece”. E como este ano assinala “70 anos de história”, a Feira Anual da Trofa apresenta “diversas alterações e melhorias do espaço”, que, para Vítor Maia, vai permitir reforçar “a ambição quanto ao retorno da sua participação”. “Estou certo
que esta edição vai ser um sucesso, dando continuidade ao êxito das edições anteriores”, completou. Uma das alterações, prende-se com a mudança da Raça Holstein Frísia para uma tenda, onde em anos anteriores se realizaram os concursos pecuários. O presidente da Cooperativa considera a mudança de local “muito positiva”, tendo que apoiar a decisão da organização, que entendeu que seria “uma alteração benéfica e de dinamização do certame”. Vítor Maia adiantou que a Cooperativa vai efetuar “o controlo sanitário dos bovinos em concurso” da Raça Frísia, através de “uma brigada sanitária, garantindo assim a saúde e o bem-estar dos animais”. Vítor Maia elogiou organização da Feira
Cruz Vermelha com recolha alimentar Em fevereiro deste ano, a Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) atribuiu apoios alimentares de emergência a “43 pessoas”, distribuindo “596 alimentos” e dando “50 apoios em vestuário e calçado”. Além disso, a Delegação da Trofa serviu no seu refeitório social Porta de Sabores “955 refeições”. Para “continuar a ajudar quem necessita” e dar resposta aos pedidos de ajuda diários, a instituição conta com “o contributo de todos” na recolha de alimentos que decorre no Continente da Trofa, entre os dias 4 e 6 de março. “Junte-se à Missão Continente e à CVP no apoio à luta contra a fome. Para grandes causas, grandes missões”, apela a organização. P.P.
“Prova da Vaca” pela primeira vez na FAT
A Equestrian Events é respon- importantes certames a nível na- sociação Equestre dos Templários sável pela organização da verten- cional”: a Feira Anual da Trofa explica, ainda, que este ano a verte equestre de “um dos cinco mais (FAT). A Equestrian Events – As- tente equestre “está a ser organizada de modo a dar uma maior ênfapub se aos cavalos, aos seus criadores e participantes nas provas”. Este ano a FAT conta com mais um dia de feira e, no que diz respeito ao meio equestre, recebe, pela primeira vez, a “Prova da Vaca”, agendada para domingo às 18 horas e inserida no Campeonato Nacional/ Regional do Norte de Equitação de Trabalho. Logo no primeiro dia da Feira Anual da Trofa pode ser visto o jogo tradicional a cavalo, mais conhecido por “Cavalhadas”, e a “Hora dos Campeões” acontece, este ano, “em horário nobre”, às 21.45 horas de sábado, “de modo a dar ênfase aos grandes campeões da raça Puro Sangue Lusitano e aos seus criadores presentes na prova de modelo pub
e andamentos ”, explicou fonte da Associação responsável pela vertente equestre da FAT. Pelo recinto da feira espera-se que passem “entre 250-300 cavalos”, uma vez que têm “mais de 40 conjuntos para a prova de equitação de trabalho, cerca de 60 animais inscritos e confirmados para o 'modelo e andamentos', cerca de 15 conjuntos para o Derby de Atrelagem, quatro equipas de horseball, que trazem 25 cavalos para os jogos”, descreveu a mesma fonte, acrescentando que as expectativas “foram superadas”. A Feira Anual da Trofa é palco do Campeonato Nacional/ Regional do Norte de Equitação de Trabalho, “uma prova nacional que traz cavaleiros de renome de todo o país, incluindo o campeão nacional, Europeu e do mundo por equipas - cavaleiro Miguel Fonseca, e o Cam-
peão nacional e Europeu dos Juniores - o cavaleiro André Lúcio”, explica a Equestrian Events. A “prova da vaca” é uma modalidade que não se realiza “em todas as provas do campeonato da equitação de trabalho”, mas, este ano, realizar-se-á pela primeira vez na FAT, facto que mostra a “capacidade de organização de um campeonato nacional ao mais alto nível”.“Proporcionar bons espetáculos equestres, com provas regionais e nacionais, de modo a garantir a qualidade da FAT” é o objetivo. Se a chuva não atrapalhar “a Feira Anual da Trofa 2016 será um sucesso, com um programa rico e completo todos os dias”, onde se espera “ uma grande afluência de espectadores e 'amantes' de cavalos para preencher e animar ainda mais o recinto”, adiantou.
Cruz Vermelha angaria fundos na Feira Anual A delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa está na Feira Anual da Trofa a angariar fundos, através da venda de petiscos, na Porta de Sabores, sita no edifício do Mercado da Trofa As verbas angariadas permitirão continuar a suportar os custos da cantina social, que serve diariamente 50 refeições.
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AEBA promove sessão sobre “Gestão de Operação”
“S
e as pessoas não estiverem bem preparadas, motivadas, as pessoas certas no local certo, vamos falhar”. Estas foram as palavras de Emídio Marques, Gestor de Operações da Frezite – Ferramentas de Corte S.A., à luz da iniciativa “Gestão de Operação em Layouts Competitivos”, promovida pela Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA), no dia 25 de fevereiro. A atividade pretende ajudar as empresas na melhoria contínua, aliando a teoria à prática. Para isso contou com a presença de Emídio Marques, para quem esta abordagem à gestão de operações “é o desprender da clássica gestão de produção” e que serve para perceber “que a realidade e o mundo mudaram”. “Já não basta a fábrica e a produção” porque, hoje em dia, “há uma rede de contactos, de influência e de informações” e se não se estiver atento não se consegue “corresponder às exigências do mercado”, afirmou. No fi-
nal, os cerca de 70 participantes presentes sabiam mais sobre as áreas de atuação da gestão de operações, sobre a forma como o mundo moderno acrescenta valor ao produto e de como chegar mais facilmente ao cliente. Para Emídio Marques, se as pessoas “não tiverem paixão e gosto pelo trabalho” tudo o que se falou neste evento “é apenas literatura”. Para Mafalda Cunha, da AEBA, esta “é uma metodologia que é muito útil a tudo quanto sejam indústrias”. O objetivo da Associação passa por “trazer novas tendências” e permitir que os participantes aprendam “com os melhores” através de “algumas técnicas que, hoje em dia, são utilizadas pelos melhores grupos”. Também é missão da AEBA “trazer as empresas que têm menos recursos e que têm mais dificuldade de chegar a estas matérias”, para lhes dar conhecimento que “a tecnologia e as metodologias de gestão estão acessíveis”. L.O./C.V.
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Atualidade
José Moreira da Silva lança livro
“Vale a pena viver feliz e viver a vida. In- salão nobre da Junta de Freguesia do Muro. tensamente” é a nova obra literária de José A venda do livro reverte inteiramente a Maria Moreira da Silva, cronista do NT, favor da associação Muro de Abrigo. que vai ser apresentada no dia 5 de março. O livro vai ser lançado pelas 21 horas, no C.A./C.V.
Danças e Cantares promovem almoço O Grupo de Danças e Cantares de Bougado promove um almoço “Bem vindo à Primavera”, na Sede da coletividade, no dia 20 de março, pelas 12 horas. O preço é de dez euros e por criança é de cinco euros. Todo o
valor arrecadado visa suportar os custos das obras realizadas na sede. O número para as reservas é o 935 715 733. As inscrições estão abertas até 15 de março.
Concerto de oração “Cristo Jovem” Organizado pela Catequese Paroquial de São Romão do Coronado, o concerto de oração “Cristo Jovem”, está integrado no conjunto de atividades para o Ano da Misericórdia, com o intuito de “inovar” trazendo “um novo tipo de oração à comunidade”.
Marcado para dia 5 de março, entre as 21.45 horas e as 22.45 horas, na Capela de São Bartolomeu em São Bartolomeu do Coronado – Trofa. O evento será dinamizado pela cantora Claudine Pinheiro. C.A./C.V. pub
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Atualidade
Tribunal rejeita providência cautelar da Confraria do Cavalo Cátia Veloso
O
anúncio foi feito na Assembleia Municipal da Trofa, na noite de 26 de fevereiro, por Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado: o Tribunal Administrativo de Penafiel rejeitou a providência cautelar que a Confraria do Cavalo interpôs contra a Junta de Freguesia e Câmara Municipal da Trofa para impedir que a nova associação Equestrian Events organizasse a vertente equestre da Feira Anual. A providência cautelar é um mecanismo legal que evita a demora de uma decisão final num processo normal, não acarretando a criação de uma situação de caso consumado e a produção de prejuízos de difícil reparação. Ora, segundo Afonso Serra Neves, elemento da Confraria, o tribunal não deu como provado o argumento levado pela Câmara de que “o protocolo não respeitava o estipulado na legislação sobre a contratação pública e que tem que ver com adjudicações diretas”, mas “entendeu que não havia produção de prejuízo de difícil reparação”. A Junta de Freguesia “nem sequer se pronunciou ao tribunal”, acrescentou. Apesar de respeitar a decisão, Afonso Serra Neves e os demais elementos consideram que “estava em causa o bom nome e a imagem da Confraria, que saíram be-
liscados”. “E há prejuízos, porque nós começamos a preparar a Feira em outubro, à luz do protocolo que tínhamos assinado com a Câmara Municipal”, salientou. Aquando do anúncio da rejeição da providência cautelar, Luís Paulo respondia ao elemento do PS, Pedro Ortiga, que questionou as razões que levaram a Junta de Freguesia a preterir a Confraria do Cavalo, que organizava a vertente equestre, a favor de uma associação criada recentemente, por elementos dissidentes da primeira coletividade. “Não consegui que eles se entendessem e não me sinto muito bem. Gostava de ter toda a gente empenhada, porque seríamos mais fortes. A Junta foi metida neste processo para o qual não colaborou”, disse ainda Luís Paulo, numa entrevista ao NT. Os elementos da Confraria refutam as afirmações do autarca. “O senhor presidente mentiu quando disse que não colaborou para esta situação. Na Feira do ano passado, o senhor presidente da Câmara chamou a chanceler da altura (Joana Matos, atual presidente da Equestrian Events), e face a algumas dificuldades negociais que havia naquele momento, perguntou-lhe se caso a Confraria não organizasse a vertente equestre, se ela organizava. E depois, no desenvolvimento da Feira, a Junta decidiu realizar a chega de bois no picadeiro e con-
tactaram três elementos da Confraria e não o responsável que estava incumbido desse evento e pelo picadeiro. Dizer que a Junta foi metida num problema não é verdade. Foi a Câmara e a Junta que criaram as condições no passado, estimulando a criação da nova associação”, afirmou Luís Elias. O mesmo elemento da Confraria diz, igualmente, que é “mentira” a afirmação de Luís Paulo de que “fez tudo para juntar as pessoas” das duas associações. “Ele não fez nenhuma diligência nesse sentido, assim como não abriu o jogo, não nos dizendo que sabia que existia uma outra associação”, sublinhou. O tom das críticas subiu ao ponto de Luís Elias afirmar: “O que eles quiseram foi, efetivamente, ter alguém que seja uma associação de mão para poderem fazer aquilo que nós sabemos que, naturalmente, às vezes precisam que seja feito”. Os elementos da Confraria afirmaram ainda que “o presidente da Junta garantiu que o orçamento da vertente equestre era de 32 mil euros, como no ano passado” e, visto que “há menos eventos equestres, ou as atividades estarão mais caras ou então vai sobrar dinheiro”. Face a este imbróglio, Afonso Serra Neves salvaguarda que a continuidade da Confraria do Cavalo continua a justificar-se: “Para o ano cá estaremos para nos candidatarmos a realizar a vertente equestre da Feira”.
João Mendes
CRÓNICA Feira Anual da Trofa: as polémicas de uma grande festa na antecâmara das Autárquicas de 2017
A
Feira Anual da Trofa (FAT) deste ano celebra um aniversário redondo: 70 anos de vida. Nascida em 1946 como um certame agro-pecuário, a FAT evoluiu ao longo das suas várias décadas de existência e é hoje um evento de dimensão nacional, cujo alcance, no contexto do concelho da Trofa, não tem paralelo. Todos os anos, centenas de profissionais e empresas das diferentes áreas abrangidas pelo âmbito da Feira Anual da Trofa concentram-se no nosso concelho para um fim-de-semana alargado de contactos comerciais, negócios, concursos, competições equestres e, de há uns anos para cá, animação nocturna. Quanto a esta última, de notar que os últimos anos foram de inversão do paradigma instalado desde sempre na Trofa, que tende a ser de um conservadorismo radical para os tempos que hoje vivemos. Motivo que em parte explica porque tantos jovens do concelho preferem divertir-se nos concelhos vizinhos. Depois da polémica que resultou numa espécie de tentativa de boicote à presença da Cruz Vermelha na edição anterior, esperava-se mais contenção da parte dos responsáveis políticos locais. Contudo, parece que já não há Feira Anual que não conte com uma boa trapalhada da parte dos seus responsáveis. A deste ano foi o afastamento nada transparente da Confraria do Cavalo da organização das actividades equestres, para no seu lugar emergir uma nova associação, criada quase em cima do acontecimento, que de alguma forma conseguiu convencer os responsáveis da Câmara Municipal da Trofa e da Junta da União de Freguesias de Bougado a receber tamanha responsabilidade, apesar da sua embrionária existência. Insondáveis, os caminhos da intriga política. Do lado da Confraria, as reacções foram tudo menos passivas. Entre uma providência cautelar e declarações polémicas a roçar acusações de clientelismo e tráfico de influências, os seus responsáveis são o espelho da indignação de quem ontem contava com a máxima colaboração dos confrades Sérgio Humberto e Luís Paulo mas que agora se vê relegado para segundo plano pela Equestrian Events, uma associação que dá a sensação de ter sido feita em cima do joelho para a ocasião. Algo de muito estranho se terá passado aqui. E não foi o futuro. Polémicas à parte, e porque muita água correrá ainda debaixo desta ponte, é tempo de aproveitar esta grande festa e mostrar a todos os que nos visitam que sabemos receber. E se sabemos! E a um ano das próximas Autárquicas, o contexto não poderia ser melhor para um reforço sem precedentes da animação da FAT, com actuações do grande Quim Barreiros e do fenómeno juvenil D.A.M.A., que regressa à Trofa poucos meses após a sua última visita. Pena não haver tantos milhares de euros para, sei lá, arranjar a tortuosa N104. Ou as estradas na Vila do Coronado. Ou o acesso medonho ao Castro de Alvarelhos. É que quem lá passa fica com a sensação que o futuro ainda não passa lá. Claro que, em termos estratégicos, poucos investimentos resultam tão rentáveis como aquilo a que comumente designamos de política de pão e circo. Um investimento efémero, alguns dirão. Não obstante, tremendamente eficaz. As eleições estão à porta e já se contam espingardas nas sedes partidárias. E o erário público, tal como os ajustes directos, quando nasce, continua a não ser para todos. Estar no poder continua a ter as suas vantagens.
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Atualidade
Estrada de ninguém intransitável
A indefinição dos limites geográficos entre as freguesias de Lousado e Bougado é a principal causa do estado em que se encontra a Rua da Ponte. Presidente da Junta de Freguesia de Lousado garante que o problema não está resolvido devido à falta de vontade da Câmara Municipal da Trofa e Junta de Freguesia de Bougado. Patrícia P ereira
A
travessar a Rua da Ponte, que liga Lousado a S. Martinho
de Bougado, é uma autêntica prova a quantidade e dimensão dos burade fogo, chegando mesmo a ser qua- cos. Há registo de uma queda de um se impossível a sua utilização, dada motociclista, que, ao desviar-se de um buraco, terá caído noutro. pub António Dias é utilizador desta estrada, que, na sua opinião, se encontra “num estado lastimável e totalmente inacessível para os carros que diariamente lá circulam”. O condutor referiu ainda que “há mais de dois anos” que a estrada está “completamente esburacada”. “É inadmissível que uma pessoa que precise destes acessos para se dirigir ao seu local de trabalho tenha o carro constantemente na oficina e a despender de dinheiro na sua reparação, dinheiro esse que tanta falta nos faz para alimentar e educar os nossos filhos”, afirmou, frisando que os moradores e utilizadores “só pedem que sejam criadas condições mínimas de circulação”. Para António Dias, este acesso é de “extrema importância”, por ser “bastante mais curto do que a alternativa” e ajudar a “fugir ao trânsito”, o que “é bastante útil” para quem “tem horários de trabalho a cumprir”. Outro condutor, que pediu o anonimato, referiu que a Rua da Ponte “é muito movimentada”, por ser “a única alternativa para evitar
Rua da Ponte está em muito mau estado
a confusão da Estrada Nacional 14”. “O ano passado ainda remendaram os buracos, mas atualmente somente quem tiver um todo terreno é que consegue ultrapassar esta via devido ao seu mau estado”, salientou. O “abandono” da Rua da Ponte tem a ver com o facto de os limites geográficos entre as freguesias de Lousado, em Vila Nova de Famalicão, e Bougado, na Trofa, ainda não estarem resolvidos. Contactado, Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado, informou apenas que “as câmaras municipais estão a chegar a um acordo para solucionar o problema”. pub
A Câmara Municipal da Trofa foi questionada sobre este acordo, mas, uma vez mais, não respondeu aos jornalistas. “Câmara da Trofa e Junta de Bougado não têm vontade nenhuma de resolver o problema” Já Manuel Martins, presidente da Junta de Freguesia de Lousado, esclareceu que a via se encontra “naquele estado” porque nenhuma das juntas “podem mexer” na Rua, enquanto não forem definidos os limites geográficos. Um problema que “não está resolvido, porque a Câmara da Trofa e a Junta de Bougado não têm vontade nenhuma de o resolverem”. O autarca esteve reunido, por “diversas vezes”, com “o vice-presidente da Câmara da Trofa e o presidente da Junta de Freguesia de Bougado”, em que se dispôs “a fazer o alargamento e a pagar a meias”. “Tracei uma linha de limite dos terrenos, pelos rios e estradas, e mesmo assim metade dos terrenos registados em Lousado ficava do lado da Trofa. Enviei as plantas para a Câmara da Trofa e para a Junta e eles nunca mais deram resposta. Entretanto, entrei em contacto com o presidente da Junta, que disse que estávamos a querer muito terreno”, recordou, salientando que, “a partir daí”, eles “não tiveram vontade para resolver o problema”. pub
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Aficor e A.W.T. Uma referência na metalmecânica
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Negócios
A Aficor e A.W.T. metal são duas empresas do setor metalomecânico, instaladas no concelho da Trofa. Enquanto a Aficor produz ferramentas de corte para indústria da madeira e seus derivados, a A.W.T. produz ferramentas de corte para a indústria do metal.
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omos uma empresa de fabrico de ferramentas de alta performance e possuímos um vasto portefólio o que nos permite enquadrar sempre a solução mais indicada para cada cliente. Os nossos fatores fundamentais de sucesso são: cada solução desenvolvida tem como principal finalidade a redução dos gastos operacionais de cada parceiro. Primamos pela proximidade com todos os nossos clientes, por forma a estarmos sempre presentes aquando das suas necessidades. A grande evolução dos materiais a serem maquinados que vão surgindo no mercado e o facto de trabalharmos para as indústrias mais exigentes de todo o mundo (aeronáutica, automóvel, moldes, torneiras e mecânica de precisão) obriga-nos a termos um especial foco em I&D. Procuramos de forma intensiva desenvolver novas ferramentas, utilizando diferentes materiais e diferentes geometrias. As mesmas são construídas utilizando as mais modernas tecnologias (CNC) e ligas, tais como HSS O diretor geral Pedro Otero e o gerente José Manuel Aguiar – Aço rápido; HM – Metal duro; PCD/CBN – Diamante Policristali- presa de assistência técnica a nível de ferramentas, ou seja atualmente no; Aperto Mecânico/ Insertos In- de afiamentos e reparações de fer- as nossas empresas têm a solução tercambiáveis.” ramentas de corte em Aço rápido e total para o consumidor.” Apesar de muita concorrência no sector, no que diz respeito ao mer-
Pedro Otero, diretor geral, explica assim a dinâmica das duas empresas que contam já com 41 trabalhadores. “A história da Aficor começou há 33 anos. Em 1982, o Gerente Sr. José Manuel Aguiar criou esta em-
metal duro. Em 2008 incorporamos e iniciamos o afiamento e a reparação das ferramentas em PCD (Diamante Policristalino). Em 2010 decidimos fazer uma transformação do modelo do negócio direcionando a mesma também para o fabrico
cado Nacional, ambas as empresas conseguem uma posição de maior destaque devido à construção das ferramentas em Diamante. Segundo Pedro Otero, “esse tem sido o fa-
tor predominante de sucesso da Aficor e da A.W.T.” “Estamos estruturados para sermos flexíveis e pelo facto de possuirmos equipamentos automáticos, conseguimos produzir ferramentas com prazos muito curtos que oscilam os cinco a dez dias úteis”, admitiu o empresário Pedro Otero Outra aposta muito importante foi a internacionalização “com as primeiras exportações com a marca Aficor iniciado em 2012.Neste momento exportamos para 15 países (Europa e fora da Europa). “Neste sector é imperativo que estejamos sempre atentos ao consumo e à evolução, para isso marcamos presença nas feiras internacionais mais importantes do sector metalúrgico e divulgamos as nossas ferramentas na melhor exposição Feira Internacional da LIGNA, que se realiza de dois em dois anos em Hannover na Alemanha”, realçou o responsável. O futuro das duas empresas passam por “sustentar a evolução dos últimos anos e por fortalecermos as empresas como uma solução para os nossos clientes nacionais e internacionais, baseada num caminho de seriedade, qualidade, rapidez e flexibilidade”, garantiu.
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Negócios
Gamobar-Peugeot, a excelência na qualidade de serviço após-venda em Santo Tirso H
á mais de década e meia em Santo Tirso, com um stand de vendas e uma oficina (inclui colisão multimarca), na Rua da Bela Vista (junto à Escola Thomaz Pelayo), a Gamobar-Peugeot tem vindo, paulatinamente, a reforçar a sua oferta de serviços na região e desde a Primavera de 2015 que passou a dispor de um novo espaço, no centro da cidade e com características distintas, já que é ao ar livre, para exposição de viaturas novas e usadas. “Atendendo ao potencial do mercado desta região do Vale do Ave, só podemos, na linha dos parâmetros de referência da Gamobar-Peugeot, manter, em todas as áreas de serviços, a aposta em profissionais qualificados e com níveis de formação elevados, investindo, por outro lado, em tecnologia e ferramentas que permitam garantir uma constante melhoria do índice de satisfação dos clientes, promovendo a fidelização dos mesmos”, acentua Paulo Cunha, diretor-geral da Gamobar Peugeot, que destaca, por outro lado:
“Graças à qualidade e à diversidade dos produtos Peugeot, apoiados por um serviço que aposta na eficiência junto de um vasto universo de clientes, entre particulares e empresas, tem sido possível à Gamobar Peugeot registar um crescimento sustentado, aumentando a sua área de influência em Santo Tirso”.
A excelência e qualidade do serviço prestado no Após Venda, tem vindo nos últimos anos a posicionar a Gamobar de Santo Tirso no podium dos melhores Reparadores Autorizados Peugeot em Portugal tornando-se uma referência entre os Concessionários Peugeot. No último ano, e no seguimen-
to de uma estratégia direccionada para ações de âmbito social e que correspondem à defesa de valores como respeito, inovação, solução, disponibilidade e intervencionismo, a Gamobar-Peugeot destacou-se em Santo Tirso também através do apoio a diferentes iniciativas. As 3 Horas de BTT noturno, entre as 21
e as 24 horas, competição que levou mais de duas centenas e meia de participantes a percorrer um traçado de 8 quilómetros nas ruas da cidade, ou a segunda edição da Thyrso Urban Race, em que os atletas tiveram de superar diversos obstáculos e transpor um curso de água, contaram com a “ajuda” da Peugeot. Os alunos da Escola Thomas Pelayo viveram uma jornada diferente quando o tema foi a defesa do ambiente e ficaram a saber que o Peugeot ION está equipado com um motor 100 por cento eléctrico, o que significa zero emissões poluentes. Nos tempos mais próximos (10 a 13 de Março), o grande desafio da Gamobar-Peugeot, em Santo Tirso e não só, será as já tradicionais 48 Horas Peugeot, durante as quais disponibiliza ofertas exclusivas e limitadas para a aquisição de veículos novos e usados. Tudo isso numa altura em que modelos como o crossover 3008, e os novos 308 GT Line e 508, entre outros, continuam em alta, em termos de preferência do mercado. pub
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Junta do Coronado aceita protocolo da Câmara para conservação da rede viária
Depois de, em junho de 2014, ter recusado assinar o protoloco de delegação de competências para a conservação das ruas, a Junta de Freguesia do Coronado chegou a acordo com o município. Termos do protocolo não mudam, mas presidente da Junta explica que acordo foi assinado, porque “trabalho não foi bem executado” pela autarquia. Cátia Veloso
“D
ecididamente, as juntas desempenham melhor o trabalho que a Câmara e apesar de haver razões com as quais não concordávamos, aceitamos assinar o protocolo, porque consideramos que em causa estão os interesses da freguesia”. Foi desta forma que José Ferreira, autarca do Coronado, explicou o facto de ter assinado com a autarquia o protocolo de delegação de competências para a conservação da rede viária. Em meados de 2014, quando o protocolo foi proposto pela autarquia às juntas de freguesia, o executivo do Coronado contrapôs-se à cláusula que atribuía a responsabilida-
de civil por acidentes decorrentes do mau estado das vias à Junta de Freguesia. No entanto, acabou por voltar atrás e reatar negociações, tendo o protocolo sido aprovado no dia 26 de fevereiro, na Assembleia Municipal da Trofa. José Ferreira explicou que a Junta decidiu recuar e aceitar o protocolo, porque a Câmara “não executou bem” o trabalho de conservação das vias no período em que o protocolo não vigorava. “O protocolo tinha o valor de 70 mil euros por ano. Temos apenas conhecimento que a Câmara gastou 55 mil euros desde 2014 até agora”, afirmou José Ferreira. Estas declarações surgiram depois de Alvarim Oliveira, elemen-
to do PSD da Assembleia Municipal, ter intervindo para considerar que a decisão da Junta de não ter aceitado o protocolo, em 2014, “foi tomada sem ponderação” e que “se perdeu uma boa oportunidade para fazer obra”. “Durante este tempo, as obras na freguesia ficaram a cargo da Câmara Municipal que, apesar de não ter intervindo há mais tempo como se desejava, fez melhoramentos em algumas vias, indo mais além do que o protocolo prevê”. José Ferreira discordou, considerando que o trabalho da autarquia “não foi bem executado”. De abril a dezembro deste ano, a Junta de Freguesia contará com 53 mil euros para conservar as vias da freguesia, incluindo as estra-
das nacionais. Em 2017, até outu- te da Peça Má, resultou em “cerbro, a verba atribuída pela Câma- ca de dez participações na GNR”. ra será de 59 mil euros. “Temos seguro, mas com franquia e só o dinheiro do protocolo não nos Presidente da Junta chega para as indemnizações”, jusdo Muro queixa-se: tificou. Para Carlos Martins, as es“Este protocolo não é bom tradas nacionais deviam ser da respara as juntas de freguesia” ponsabilidade da Câmara e não das juntas de freguesia, que “não têm Carlos Martins, presidente da capacidade técnica nem financeiJunta de Freguesia do Muro, apro- ra” para resolver os problemas de veitou este tema na Assembleia uma via que “por dia é atravessada Municipal para defender que “este por 20 a 40 mil viaturas”. “ não é um bom protocolo para as O vice-presidente da Câmara juntas de freguesia”. O autarca ar- Municipal, António Azevedo, deu gumentou que o executivo murense razão a Carlos Martins e revelou tem tido muitos problemas devido que a autarquia “está a fazer uma às estradas nacionais. E nomeada- avaliação” para as freguesias que mente na Estrada Nacional 14, um são atravessadas por estradas naburaco apenas no piso, junto à Pon- cionais não sejam prejudicadas.
“O valor do protocolo é manifestamente insuficiente” José Ferreira considera que “grande parte do valor do protocolo irá para o pagamento de indeminizações”. O Notícias da Trofa (NT): Disse na Assembleia Municipal que decidiu assinar o protocolo por considerar que a Junta de Freguesia tem mais capacidade para fazer esse trabalho. Essa capacidade sobrepõe-se às questões com que sempre se debateu na assinatura do protocolo, como a responsabilidade civil? José Ferreira (JF): Naturalmente que sim, a Junta de Freguesia existe para servir as pessoas e sobretudo para ser uma voz representativa dos anseios e preocupações dos moradores da Vila do Coronado. A questão da responsabilidade civil nunca foi delegada, nas juntas de freguesia, desde que estes protocolos de delegação de competências existem entre as entidades. Só atualmente é que fomos confrontados com essa realidade da responsabilidade civil dos acidentes causados decorrentes do mau estado das vias. Em 2014, a Junta de Freguesia não assinou o protocolo de manutenção das ruas por discordar dessa cláusula no mesmo. Sem dúvida que as juntas de freguesia desempenham, com maior eficácia, a manutenção e reparação das ruas. A questão da proximida-
de e da mão de obra própria fazem com que se resolva muitos dos problemas com muita rapidez. Tudo isto pesou na decisão da Junta de Freguesia na assinatura do protocolo. A salvaguarda dos interesses da nossa freguesia sobrepuseram-se a qualquer outra questão. NT: Depois de ouvir o presidente da Junta de Freguesia do Muro queixar-se do elevado valor de indemnizações a pagar e avultados custos de manutenção das estradas nacionais (EN), sendo que o Coronado tem largos quilómetros de EN, como espera resolver todos os problemas existentes nas vias principais da freguesia? JF: Não espero resolvê-los, pois tal é impossível, apenas esperamos minimizá-los. A reação do presidente da Junta de Freguesia do Muro vem ao encontro daquilo que eu defendi e argumentei para a não assinatura do protocolo. Este protocolo é mau para as juntas de freguesia. Temos uma rede viária em péssimas condições e somos atravessados por largos quilómetros de ex-estradas nacionais o que não é difícil adivinhar que grande parte do valor do protocolo irá para o pagamento de indemnizações. A Câmara Mu-
Cátia Veloso
to de tempo entre a assinatura de protocolo, em termos de conservação viária no Coronado? JF: Muito pouco em relação ao necessário e às verbas que deveriam ter sido transferidas decorrentes do protocolo uma vez que foi a Câmara que assumiu a manutenção das ruas. São 71 mil euros anuais e decorridos mais de dois anos seriam mais de 140 mil euros que deveriam ter sido investidos nas nossas ruas. Foi feito algum trabalho de recuperação e pavimentação de alguns troços de algumas ruas por parte da Câmara Municipal, que no entender da Junta de Freguesia fica muiJosé Ferreira vai “preparar uma forma de intervenção assertiva e eficaz” to aquém das necessidades e dos vanicipal fez com as juntas de fregue- Não é muito difícil alcançar este va- lores atribuídos à nossa freguesia. sia aquilo que as Estradas de Por- lor em indemnizações no decorrer tugal fez com a Câmara Municipal. de um mês no estado em que temos NT: Agora assinado o protocolo, as nossas ruas. que plano traçou para a requalifiNT: Qual o valor do protocolo? Como se percebeu pelas declara- cação das ruas? Quais são as que É suficiente para evitar que a Jun- ções do presidente da Junta de Fre- terão primeira intervenção? ta de Freguesia seja confrontada guesia do Muro que assinou o proJF: O protocolo tem início a parcom pedidos de indemnização por tocolo em 2014, a verba que recebe tir do dia 1 de abril e até lá teremos acidentes provocados pelo mau es- é manifestamente insuficiente para de preparar uma forma de interventado das ruas? pagar as indeminizações. Com a ção assertiva e eficaz. As verbas teJF: O valor do protocolo para rede viária existente na nossa fre- rão de ser muito bem geridas e ren2016 é de 53 mil euros e para 2017 guesia não é difícil imaginar as con- tabilizadas pois o estado de algué de 59 mil euros. Este ano o proto- sequências para a Junta de Freguesia. mas ruas é de tal ordem que o valor colo tem início a partir do dia 1 de do protocolo será manifestamente abril e em 2017 é válido até outubro, NT: O que é que foi feito ante- insuficiente. isto dá cerca de 5500 euros por mês. riormente pela autarquia, no hia-
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Linha da Trofa em “igualdade de circunstâncias” com outros projetos do Metro do Porto
“A decisão sobre completar a linha da Trofa há de ser feita em paridade de circunstâncias com os outros projetos de ampliação do metro do Porto”. Foi desta forma que o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, explicou como o Governo socialista vai gerir o processo da construção da extensão da linha do Metro desde o ISMAI à Trofa.
O
assunto foi levado por Emília Santos, na audição do Orçamento de Estado. A deputada do Partido Social Democrata usou o protocolo assinado, a 30 de setembro de 2015, pela Metro do Porto, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e os municípios da Maia e da Trofa, com a apresentação de um projeto “low cost”, ligando o ISMAI à estação do Muro, num investimento de cerca de 37 milhões de euros para questionar o ministro: “Pode, hoje e agora, garantir aos maiatos e aos trofenses se é desta que o prolongamento da linha do metro entre o ISMAI e a Trofa, ou em concreto o Muro, vai sair do papel? Qual o horizonte temporal que perspeti-
va para que este problema seja solucionado?”. João Matos Fernandes respondeu que “o Governo não vai decidir porque dois ou três dias antes das eleições foi assinado um protocolo que fala da linha para a Trofa”. O governante referiu ainda que percebe “bem as queixas dos habitantes da Trofa”, acrescentando que “a decisão sobre completar a linha há de ser feita em paridade de circunstâncias com os outros projetos de ampliação do metro do Porto”, mostrando expectativa de os “candidatar ao plano Juncker no próximo ano”. A posição do ministro não agradou aos sociais-democratas que, através de um comunicado da comissão distrital do Porto, consi-
deraram “lamentável que o atuPassos Coelho não tinha manifestada a intenção de candial Governo molde as suas decio projeto “em cima da mesa” datar a obra a fundos comunitásões com base numa perturbadorios e a Comissão Europeia já fez ra mesquinhez partidária, numa No entanto, o que acontece é saber que a obra não é prioritária. evidente governação de caráter que a linha da Trofa mantém-se E sem a participação da Comissão ideológico, capaz de comprome- sem carácter prioritário para a ad- Europeia, diz Carlos Neves, não ter injustamente os interesses das ministração central, à semelhança “há garantias” que a obra avance populações”. do que acontecia ainda antes das até porque “não há um modelo de Para Virgílio Macedo, esta “é eleições e que foi declarado pelo financiamento estabelecido”. uma decisão inexplicável e injus- então primeiro-ministro Pedro A extensão da Linha Verde do tificável só entendida pelo fac- Passos Coelho. Em visita à Trofa, ISMAI até à Trofa é a única da to das autarquias em questão se- o ex-governante social-democrata primeira fase da rede do metro rem presididas por autarcas do disse ao NT e à TrofaTv que o pro- da Área Metropolitana do Porto PSD”. Emília Santos também re- jeto “não estava em cima da mesa”. que ainda não está concluída. Na agiu: “Onde reside o respeito pela E quanto ao protocolo assinado Trofa, os carris foram retirados população e pelos autarcas legi- pelas autarquias, Metro do Porto e há 14 anos com a promessa gotimamente eleitos, que celebra- CCDR-N, a última também já fez vernamental de que o metro se seram um acordo, onde se predis- saber, através do vice-presidente guiria, em breve, trazendo inovapõem a alocar verbas para a rea- Carlos Neves, que não passava de ção e qualidade de vida. Até hoje, lização de uma obra que se arras- “um memorando de interesse”, ten- só tinta correu sobre o assunto. A ta há 14 anos?”. do em conta que no documento é obra, essa, nem vê-la. pub
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Campanha das Precauções Básicas de Controlo da Infeção
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Unidade de Saúde Familiar (USF) “Ao Encontro da Saúde”, pertencente ao Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) Santo Tirso/Trofa, foi a primeira unidade no concelho da Trofa a aderir à Campanha das Precauções Básicas de Controlo de Infeção. Foi nas instalações desta USF que
decorreu a iniciativa de Compromisso à Adesão à Campanha das Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI), a 24 de fevereiro, onde os profissionais da saúde comprometeram-se a desenvolver os componentes da higienização das mãos, higiene do ambiente da USF, o uso adequado das luvas, e outros compub
ponentes propostos pelo Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos do ACeS. “Melhorar a qualidade dos cuidados prestados nas unidades de saúde” é a missão do Plano Nacional do Controlo de Infeção.
Associação para a Protecção do Vale do Coronado Assembleia-Geral Convocatória Nos termos estatutários e regulamentares, convocam-se os associados da APVC –Associação para a Protecção do Vale do Coronado– para a Assembleia-Geral ordinária que terá lugar no dia 19 de Março, pelas 11h00, na sede [Rua da Escola de Mendões, s/nº, Coronado], com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Discussão e aprovação do Relatório de Actividades e Contas de 2015; 2. Discussão e aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para 2016; 3. Outros assuntos de interesse para a associação. No caso de não estarem presentes, em primeira convocatória, o número suficiente de associados com direito a voto, nos termos regulamentares, a Assembleia reunirá em segunda convocatória, 30 minutos depois da hora marcada, no mesmo local, com os associados presentes. Com saudações ambientalistas, O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Joaquim António Campos Maia pub
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Negócios
Opticália Trofa 12 anos de “serviço cinco estrelas” A Opticália está na Trofa desde 2004. A seleção de produtos, a preocupação de antecipar a necessidade de cada cliente e a formação contínua dos colaboradores garantem um serviço de excelência.
M
aria do Rosário Rodrigues é cliente da Opticália desde que esta se instalou na Trofa. Doze anos depois, continua fiel e recusa-se a mudar. “Estou muito satisfeita”, confessou quando estava a escolher os novos óculos, no mesmo dia em que a ótica celebrou 12 anos. O “excelente atendimento” e os “serviços prestados” foram evidenciados por Maria do Rosário para explicar a razão pela qual não prescinde deste estabelecimento. E assim como ela, muitos outros clientes não hesitam na hora de escolher a ótica para tratar a visão. Em dia de aniversário, Sabina Silva e Miguel Antunes, responsáveis da Opticália Trofa, na Rua Costa Ferreira, explicaram que “qualidade dos produtos, a excelência de serviço e a formação contínua” são os trunfos que distinguem a marca. E a estas potencialidades, acrescem uma não menos importante: “Uma das nossas preocupações é a antecipação das necessidades do cliente. Há que criar confiança através do nosso trabalho, como se tem vindo a verificar nestes
Opticália celebrou mais um aniversário
últimos 12 anos. A venda não acaba quando se entrega um determinado produto”.
Já a formação dos colaboradores é “uma preocupação constante”, pois só através dela
é possível garantir a inovação e um “serviço cinco estrelas”, prémio que a Opticália conquistou pelo segundo ano consecutivo. O balanço da atividade nos últimos 12 anos não podia ser melhor: “Devido à nossa proposta coerente e transparente e ao facto de termos eleito a moda como fator diferenciados, a Opticália tem excedido todas as expectativas”. E como não é só no dia de aniversário que há presentes, a Opticália Trofa tem em vigor a campanha de óculos graduados de marca, com lentes incluídas, por apenas 79 euros. Aqui, pode ainda fazer o rastreio visual gratuitamente. Já de 6 a 12 março, semana dedicada ao Glaucoma, a Opticália, que tem outra loja na Rua D. Pedro V, vai promover um rastreio gratuito a todos os interessados. Esta é uma doença conhecida como o “ladrão silencioso da visão” e afeta 4,5 milhões de pessoas em todo o mundo. A não deteção precoce do Glaucoma leva à destruição das estruturas oculares e consequentemente a cegueira. pub
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4 MARÇO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
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Alunos promovem regras de trânsito Quatro minutos de regras de trânsito dançadas e cantadas por 92 alunos da Escola Básica de Fonteleite resultaram no “Rap pela Segurança”, apresentado a 25 de fevereiro, com a colaboração da secção de Operações Especiais do Destacamento da GNR de Santo Tirso. A professora Cidália Ribeiro tem habilidade para a dança e a música, o professor Rui Moura para o vídeo. Os pais ajudaram a criar as rimas e os alunos deram corpo e voz ao projeto. E foi assim que surgiu a ideia de sensibilizar os mais pequenos e, através deles, os mais crescidos para as regras de trânsito. No dia da apresentação do videoclip, os alunos representaram, cantaram e dançaram e, no final, “as expectativas foram amplamente superadas”, considerou Rui Moura. A GNR espera “que eles cumpram as regras” mas, também, que as transmitam aos pais”, explicou o cabo da GNR Henrique Vicêncio. “Quando dentro do nosso carro está aquele a quem nós
mais queremos a dizer-nos alguns dos comportamentos menos corretos que nós, os adultos, fazemos no trânsito é como se houvesse uma espécie de polícia de proximidade”, complementou Rui Moura. O mini-agente Eduardo Rodrigues confidenciou que esta atividade o fez “aprender mais coisas que não sabia”. A pequena Maria Rocha esteve na pele de agente da autoridade e deixou um grande conselho aos automobilistas: é preciso ter cuidado, porque “os carros podem matar”. A matéria está dada e, para o professor Rui Moura, “a GNR também ganha esse acolhimento melhor por parte daqueles que vão ser os condutores e os automobilistas de amanhã”. Estes agentes especiais já vão chamando a atenção dos pais, quando estes cometem infrações e estão mais sensíveis para questões relacionadas com a velocidade e com os peões. Pelos vistos a matéria está dada e interiorizada. pub
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Raid eterniza em fotografia “sete maravilhas da Trofa” As expectativas foram ultrapassadas com a organização do 1.º raid fotográfico “Redescobrir a Trofa”. Trinta fotógrafos participaram na iniciativa e, face ao sucesso, o Clube Slotcar da Trofa já pensa na próxima edição. Fotografias vão compor exposição, que será inaugurada a 17 de março, dia de aniversário do clube. Cátia Veloso
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e máquina em punho e prontos a disparar a qualquer momento. Paisagens, edifícios ou simples pormenores não escaparam a estes curiosos que eternizaram um momento para mais tarde recordar. Num concelho ainda pouco explorado do ponto de vista turístico, o Clube Slotcar atreveu-se a organizar um raid fotográfico, intitulado “Redescobrir a Trofa”, para homenagear as maravilhas deste território. O resultado foi 30 fotógrafos amadores e profissionais à solta, ávidos de fazer arte... e história. Rio Ave, parques da cidade, ponte onde outrora o comboio passou, miradouros e tesouros arqueológicos e arquitetónicos não escaparam às objetivas, durante todo o dia de sábado, 27 de fevereiro. André Maia tem 16 anos, é de Alvarelhos e estuda na área da fotografia. Para o jovem, o raid foi um teste “às capacidades” e permitiu “abrir ho-
30 fotógrafos participaram na iniciativa do Clube Slotcar
rizontes”. “Gostei muito de fotografar to bonita e tem muitos elementos que no Monte de S. Gens, porque é per- se pode fotografar com qualidade”, to da minha localidade, e também no considerou. Parque das Azenhas, porque é um loMas não foi só no Monte de S. cal com muito potencial se for utili- Gens e no Parque das Azenhas que zado corretamente”, contou o jovem, os “cliques” se fizeram ouvir. O Casque confessou a preferência pelo re- tro de Alvarelhos, a ponte da Peça Má, gisto fotográfico a elementos ligados o Parque Nossa Senhora das Dores à Natureza. “ e Dr. Lima Carneiro, o Souto da LaTambém Pedro Galvão, de S. Ro- goa e o Jardim Escultura de Alberto mão do Coronado, encantou-se com Carneiro foram as outras cinco das o Parque das Azenhas, obra que ain- “sete maravilhas da Trofa” escolhidas da desconhecia. “A zona do rio é mui- pelo Clube Slotcar.
No raid, cada fotógrafo fez uma abordagem diferente dos cenários. André Maia privilegiou a Natureza; Pedro Galvão preferiu registar “detalhes” e destacar “elementos diferenciadores”. Como foram 30 os que deram asas à criatividade, pode-se esperar um conjunto de imagens que contam, ao pormenor, a história dos locais fotografados. “Balanço positivo” Mesmo sem experiência, o Clube
Slotcar decidiu organizar este evento para valorizar o património paisagístico e cultural do concelho. “É uma excelente forma de promover a Trofa. Ficamos mais enriquecidos, conhecendo a nossa realidade e temos possibilidade de mostrar aos outros”, explicou João Pedro Costa, presidente do clube. O dirigente afirmou que o “feedback” dos participantes foi “muito bom” e contou que “alguns ficaram admirados com certos espaços que não conheciam”. “E, agora, com a ajuda deles, vamos conseguir fazer chegar esse conhecimento, através das fotografias, a outras pessoas”, continuou. Perante o sucesso da iniciativa, está garantida a realização de uma nova edição, “no próximo verão”. Mas antes, o clube equaciona organizar um concurso para que, “além do convívio, os fotógrafos participem com alguma competição”. André Maia não tem dúvidas: “Se houver um novo raid, de certeza que serei o primeiro a inscrever-me”.
“Não me parece que as associações estejam contentes” O Clube Slotcar dinamizou mais uma atividade diferenciada e que garante ter sido “um sucesso”. A próxima é já no sábado. João Pedro Costa explicou ao NT o segredo da dinâmica associativa. O Notícias da Trofa (NT): O Clube Slotcar da Trofa (CST) é conhecido por desenvolver atividades variadas. Como é que explica esta dinâmica associativa? João Pedro Costa (JPC): O CST tem uma vantagem muito grande ao ter uma direção com 19 pessoas. A diversidade de idades, embora com predominância de jovens, permite um sem número de ideias e de opiniões, que se tornam enriquecedoras. Criamos grupos de trabalho, de quatro ou cinco pessoas, para desenvolver uma ação específica e isso facilita. Qualquer iniciativa que surja, não tenho dúvidas que conseguimos fazê-la. Temos já outras atividades no terreno, nomeadamente o Torneio de Lan-Party, que se realiza no sábado (5 de março), no Salão Paroquial do Muro. Em trinta minutos, o limite de inscrições foi atingido. Brevemente, vamos apresentar o livro “As Histórias do Trofi”, dirigido às crianças dos quatro aos dez anos e escrito pela escritora trofense Alexandra Santos, que visa pro-
mover “as boas ações”. NT: Esta dinâmica não esbarra com as dificuldades que a associação deu conta, publicamente, e que tem que ver com a limitação na utilização do espaço da Academia Municipal, onde o CST está sediado? JPC: Realmente, as dificuldades que nos foram criadas são meramente artificiais, as pessoas (Comissão Liquidatária da Trofa-Park) criaram-nas para nos complicar a vida. De facto, não conseguem complicar à associação, porque não têm poder para isso, mas conseguem tirar uma série de atividades aos trofenses, nomeadamente aos mais novos. Cerca de cem a 150 jovens utilizavam o espaço. Nós éramos os dinamizadores e a pergunta que eu deixo no ar é: para onde é que foram estes jovens? Esta pergunta deve ser respondida, porque são estes jovens os prejudicados com a atitude tomada pela Comissão Liquidatária da Trofa-Park, empresa municipal que gere a Academia Aquaplace. NT: O CST foi visado, recentemente, numa Assembleia Municipal, em que o PS denunciou uma alegada falta de apoio por parte da Câmara. Como tem visto a atuação do executivo camarário jun-
to das associações do concelho? JPC: Enquanto dirigente associativo, pugno-me que as associações não devem ter preocupações com subsídios e o CST não precisa dos subsídios da Câmara e vai viver sem eles se assim tiver de ser. Simplesmente, as ações serão menores, porque se houver menos recursos chegamos a menos pessoas. Se a Câmara entende que consegue chegar sozinha a todos os trofenses é porque deve achar que está a trilhar o caminho correto. Nós entendemos que não, fazemos a nossa parte com os recursos que temos e vamos continuar com as nossas ações. Acho é que os trofenses devem exigir da sua Câmara Municipal, para que consiga articular com as associações. É no terreno que vemos qual é o grau de satisfação e não me parece que os dirigentes associativos estejam contentes com a forma como tem sido a atuação deste município. NT: Mas não só falando de subsídios, considera que as as-
sociações têm tido apoio logístico e moral necessário da autarquia? JPC: Apoio moral precisa mais a Câmara do que as associações, porque os elementos do executivo é que são remunerados para os cargos que ocupam, eles é que têm de apresentar serviço, por obrigação, aos trofenses. Nós temos apenas que dar um bocadinho de nós ao final do dia, de forma desinteressada e sem qualquer tipo de remuneração, muitas vezes abdicando do nosso tempo e de recursos próprios para que as iniciativas sejam possíveis. De qualquer forma, o Clube Slotcar continuará sozinho na mesma senda de ati-
vidades. É lógico que se fosse com a Câmara, seria muito melhor. Enquanto trofense, o movimento associativo no concelho preocupa-me, porque vejo só o Clube Slotcar e pouco mais com atividades, mas é uma característica da nossa terra. Provavelmente, é uma falta de visão das pessoas que são responsáveis a nível político, porque deviam estimular o movimento associativo. As coletividades são extremamente importantes porque podem ser os braços estendidos de quem tem o poder e de quem pode empreender ações concertadas para o município.
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Atualidade
Obras dos Parques estão por concluir
João Pedro Costa
A 19 de novembro de 2015 foram inaugurados, com pompa e circunstância, os ParCRÓNICA ques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. O dia foi de festa e não faltaram VÁ LÁ, FAÇAM ALGUMA COISA PELA TROFA, “distrações”, como animação de rua e o concerto de Mickael Carreira. O PARQUE NOSSA SENHORA DAS DORES É NOVO PATRÍCIA P EREIRA
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pesar de inaugurados, as obras nos Parques não estavam concluídas, algo que o NT tinha previsto, a uma semana da sua inauguração. A concha acústica não ficou concluída a tempo de ser inaugurada por Mickael Carreira e nem as salas do Fórum Trofa XXI estariam prontas a ser “habitadas”, uma vez que ainda usam eletricidade da obra. Além de a Rotunda do Catulo não estar concluída, o elevador de acesso ao parque de estacionamento ainda se encontrava desligado, o que levou as pessoas de mobilidade reduzida a desafiarem o perigo de usar a rampa de acesso dos automóveis. Uma situação que só ficou concluída a semana passada, com a ativação do elevador. Cerca de uma semana depois de inaugurados, os Parques tiveram a sua primeira vítima: um candeeiro foi “atropelado” por um veículo pesado, tendo ficado estendido durante meses, sendo que, nas duas primeiras semanas, com a luz ainda ligada. Em finais de janeiro, o candeeiro acabou por ser removido e o local onde se encontrava tapado. Quanto aos acessos ao parque de estacionamento, de denotar que dois dos três existentes nos Parques estão “temporariamente indisponíveis” e vedados com fitas da Polícia Municipal. Desde que a Estrada Nacional 104, a par dos Parques, foi reaberta ao trânsito, o pavimento em am-
Alguns acessos ainda estão vedados
bos os sentidos da Rua Abade Inácio Pimentel abateu pela segunda vez. A 19 de junho de 2015, o NT deu conta do desnível do pavimento quer na estrada, quer no passeio, tendo sido necessária a colocação de sinalética e de um “pirilampo” laranja, de forma a alertar os condutores, para que não acabassem por ver as suas viaturas estragadas tal era o tamanho da depressão que o pavimento apresentava. Na altura, o pavimento foi reparado, mas a pouco e pouco a depressão tem aumentado, sendo já visível o desnível. Uma situação que se tem agravado, com o surgimento de um novo aluimento, no mesmo pavimento, mas só no sentido Trofa-Santo Tirso, mesmo no local onde se encontra uma passadeira, perto da paragem de autocarros.
Já se passaram três meses desde que os Parques foram inaugurados e as obras ainda estão por concluir. Além disso, o que fazia parte das obras não está pronto: as salas do Fórum Trofa XXI ainda não estão a ser utilizadas, a Rotunda do Catulo continua por concluir e há várias semanas que não são vistos trabalhadores na concha acústica. O NT solicitou esclarecimentos à Câmara Municipal da Trofa sobre as obras nos Parques, questionando para quando o retomar da obra e quando está prevista a sua conclusão, qual a razão para dois dos acessos estarem vedados ao público e para quando a sua resolução e o que vai ser feito para resolver os aluimentos na EN104. Uma vez mais, não obtivemos qualquer resposta.
Procissão do Senhor dos Passos em S. Mamede Em S. Mamede do Coronado, a procissão em honra do Senhor dos Passos realizou-se no dia 28 de fevereiro. Pelas 15 horas, o andor do Senhor dos Passos, acompanhado pela Banda de Música de Gueifães, saiu da Igreja Matriz. Depois, no Largo da Feira Nova, ouviu-se o Sermão. No final das celebrações, depositou-se uma coroa de flores em homenagem aos paroquianos falecidos, no cemitério. No dia anterior, sábado, dia 27, decorreu a Eucaristia na Igreja Matriz e, de seguida, a procissão de velas em direção à capela do Divino Espírito Santo, em ação de Graças a Nossa Senhora das Dores. A presidir a todos os atos esteve o bispo auxiliar do Porto, D.Pio Alves. L.O./C.V.
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assaram mais de dois meses (14 dezembro) desde que virou um camião no centro da Trofa, em plena rotunda do Catulo, deixando as pedras de granito do recém-inaugurado parque (19 novembro) levantadas e com o perigo eminente para que os incidentes se possam repetir. Desde então, nada foi feito para devolver um aspeto digno a este espaço central da cidade da Trofa! Vá lá, vá lá, Sr. Presidente não invoque o problema das cheias na Trofa, porque, que eu saiba, o parque não meteu água e a desculpa das cheias aqui não pega. Será assim tão difícil um qualquer membro do executivo começar a sua jornada de trabalho diário, providenciando uma reunião para que sejam elencados os defeitos do parque e diligenciar para que se iniciem obras de restauro? Sim, o restauro já é preciso! Estando a Câmara em pleno uso do parque, uma vez que já procedeu à sua inauguração, (apesar de estranhar a continuação dos placares com o nome do empreiteiro no espaço!), que argumento, além da inércia, poderá ser invocado para que o desleixo se faça sentir? Alguma coisa a ver com o recentemente relatório, publicado já em 2016 pela DGAL (Direção Geral das Autarquias Locais), que dava como errado e perigoso o caminho que estava a ser seguido pela Câmara Municipal da Trofa e que apontava para uma nova estrangulação financeira? Será que os ecos de dificuldades de tesouraria, que aliás foram admitidos em reunião de Câmara, são já um reflexo do despesismo e péssimas opções to-
madas por este executivo? É hora de prestarem contas aos trofenses, explicando como gastaram os mais de 6 milhões de euros das obras dos parques (NSD e Lima Carneiro), deixando defeitos de cariz técnico “passar”, sem apurar os seus responsáveis a que acresceu o desplante de procederem a uma inauguração, que custou cerca de 120 mil euros e que teve Mickael Carreira como cabeça de cartaz. A festa fez-se, mas deixaram por construir um palco, designado de “Concha Acústica”, que muito poderia servir variadas atividades trofenses, perdendo mesmo fundos comunitários de cerca de 200 mil euros, conforme já foi admitido pelo presidente de Câmara em recentes declarações ao Jornal de Notícias! Isso não vos envergonha? A falta de rumo do atual executivo é evidente, no capítulo das obras e ordenamento do território, e os equívocos de Sérgio Humberto manifestam-se agora como um problema acrescido para ser resolvido, já que ele se comprometeu em questões de índole técnica, validando o trabalho dos seus antecessores políticos, Bernardino Vasconcelos ou Joana Lima, aumentando, logo no início do seu mandato os poderes do principal rosto das obras na Trofa, desde a criação do concelho, o arquiteto António Charro, promovendo-o de “Chefe de Divisão Planeamento e Urbanismo” ao cargo de “Diretor de Departamento de Administração do Território do Município da Trofa”. Em que ficamos? A culpa vai morrer órfã, Sr. Presidente?
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4 MARÇO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Entrevista
Marco Ferreira faz balanço do mandato
“Estamos já a percorrer um caminho que nos levará à vitória nas autárquicas de 2017”
Eleito a 7 de dezembro de 2013, Marco Ferreira tomou posse como presidente da Comissão Política Concelhia a 15 de março de 2014. Em entrevista ao NT, o líder socialista faz duras críticas ao executivo da Câmara Municipal da Trofa. Patrícia P ereira
O Notícias da Trofa (NT): Um dos objetivos de Marco Ferreira passava por “fazer uma atividade política forte, atenta e responsável”. De que forma o partido tem feito essa oposição à Câmara? Como vai fazê-la no tempo de mandato que lhe falta cumprir como presidente da concelhia da Trofa? Marco Ferreira (MF): Temos atuado de forma ativa e reativa. Temos reagido a alguns disparates do atual executivo municipal, como foi o gasto de 60 mil euros num festival de cinema CINETROFA criado à pressa que se revelou um fracasso, ou o fim da oferta dos livros escolares. E temos sido ativos, por exemplo, nas estratégias de apoio a empresas para acesso aos fundos comunitários, na necessidade de prevenção das cheias e na defesa da aposta na estratégia da educação. NT: Na cerimónia de tomada de posse, afirmou que “os primeiros meses” do mandato da coligação “têm causado muita preocupação”. Como tem sido a relação institucional com a autarquia? MF: O conflito permanente é a marca do atual executivo. Hoje é evidente que Sérgio Humberto tem uma visão autoritária do poder comportando-se como o “dono disto tudo”. Grande parte dos discursos do presidente de câmara são ocupados com o insulto ao passado. Mas o maior problema não é a perseguição de Sérgio Humberto aos executivos anteriores, mas sim a forma como lida com quem pensa diferente, seja um líder político, uma associação ou um empresário. E a lista de tumultos tem crescido nos últimos tempos, com este último exemplo da Confraria do Cavalo. NT: Quais as principais preocupações do PS no que ao futuro do concelho da Trofa diz respeito? MF: Em primeiro lugar, impostos e taxas. É inadmissível que os trofenses paguem cada vez mais impostos e mais pela sua água e saneamento sem ter o retorno adequado. Defendemos mecanismos de devolução de liquidez às famílias. Sei que é muito confortável para a câmara municipal viver de bolsos cheios com os impostos dos trofenses, mas isso não pode justificar o
atual nível de impostos. Em segundo lugar: qualidade de vida e dinamismo económico. A Trofa, historicamente, é uma terra com esta dupla faceta: indústria e bairrismo. Defendemos um concelho que onde mais cidadãos trabalham, vivem e vivem com qualidade. Preocupa-nos que os últimos indicadores mostrem um concelho a divergir dos concelhos vizinhos ao nível do emprego, da economia e da qualidade de vida. Assim, defendemos um projeto para melhorar a qualidade de vida, melhorar o clima económico, fomentar uma melhor mobilidade, desenvolver os espaços de comércio, de lazer e de desporto, incrementar a oferta educativa e a igualdade. NT: Já está a ser definida a estratégia do PS da Trofa para as eleições autárquicas de 2017? MF: Estamos já a percorrer um caminho que nos levará à vitória nas autárquicas de 2017. E nesse caminho os militantes e simpatizantes do PS têm de estar obrigatoriamente envolvidos. E posso garantir que o Partido está em condições de apresentar um candidato vencedor e que honrará a função de presidente da Câmara Municipal da Trofa. NT: O PS tem realçado que emprego, a economia ou os fundos comunitários “são esquecidos” por parte do atual executivo. Qual a vossa visão da ação da câmara nestas matérias e o que fariam nesta área? MF: Os fundos comunitários, PORTUGAL2020, são “só” a grande oportunidade de investimento no concelho. E foi por isso que exigimos a criação de uma comissão específica na Assembleia Municipal, que infelizmente confirmou as nossas expectativas sobre o negligente desempenho do executivo municipal nesta matéria. Um exemplo: no campo do apoio às empresas (nomeadamente PME e aos microempresários) não existe nenhuma estrutura de apoio tal como existe nos concelhos vizinhos. É uma ausência total de apoio e visão estratégica para as empresas! Ora, em dois anos que investimento foi atraído? Ainda se recordam da propaganda sobre uma empresa têxtil que viria para a Trofa? Lembram-se da câmara municipal
Marco Ferreira fez duras críticas ao atual executivo camarário
que recebia currículos para essa empresa que nunca chegou? A partir desse nada, mais nada houve. E esse conjunto de nadas explicam tudo sobre a capacidade de Sérgio Humberto neste domínio. Temos um presidente de câmara que não fala a linguagem das empresas. NT: A conclusão das obras dos Parques de Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e as obras do Parque das Azenhas têm preocupado o partido, sobretudo a possibilidade da perda de recursos europeus. Têm questionado a Câmara? Que respostas obtiveram sobre estes dossiers? MF: Temos questionado muito e obtido poucas respostas. No caso do Parque das Azenhas soubemos que a câmara atual acordou com o empreiteiro uma paragem das obras durante quase um ano. Reiniciando os trabalhos em novembro, ou seja, quase no inverno. Soubemos também que a câmara assumiu que estão executados 92% (!) dos trabalhos. Sobre isto, o PS apresentou um requerimento solicitando todas as comunicações entre a câmara e o empreiteiro, requerimento não respondido. Na última assembleia municipal propusemos a constituição de uma comissão específica para analisar responsabilidades relativas a esta obra. O PSD e CDS escandalosamente votaram contra essa comissão! O que escondem? Queremos saber o que aconteceu e porque se impediu a obra de avançar durante quase um ano.
Relativamente ao Parque Nossa Senhora das Dores, temos um parque já inaugurado, numa festa que custou 120 mil euros e cujas obras estão por terminar. Repare que o atual executivo já teve mais tempo de execução de obra que o anterior. Contudo, o presidente Sérgio Humberto esteve mais preocupado no ataque ao empreiteiro e na criação de episódios “telenovelescos” do que em gerir a obra. Ainda este ano deveremos saber quanto nos custou esta gestão tumultuosa do dossier. NT: Qual a posição do PS Trofa sobre a Circular da Trofa? MF: O PS Trofa com o PS Maia e PS Famalicão assinaram uma posição conjunta face a essa promessa de obra. E a nossa posição é muito clara: queremos a construção de uma nova alternativa viária no concelho, mas não podemos aceitar que se desista das variantes e se coloquem milhares de camiões a atravessar a avenida Cesário Verde. A verdade é que foi feito um anúncio, num timing eleitoralista, com promessas de que “em setembro (de 2015) teríamos máquinas no terreno”. Nada aconteceu. Queremos uma solução que não torne a Trofa um local de passagem de camiões. NT: A apresentação de contas do Município da Trofa, durante este mandato, tem levado à discrepância entre o PS e o executivo municipal. MF: Depois do embuste de 2014
sob a forma de truque contabilístico (reconhecido até pelo Revisor Oficial de Contas da Câmara Municipal), o executivo tem insistido num “conto de fadas”. O contexto das nossas contas é este: no início do mandato deste executivo a Trofa recebeu 30 milhões de euros para pagar dívida e nestes dois anos os trofenses têm pago impostos como nunca pagaram. Por isso dizemos que esta câmara vive de “bolsos cheios”. Para recebermos os 30 milhões de euros assinamos um plano de ajuste financeiro (PAF) que pressupunha um conjunto de metas que o executivo está a falhar: temos mais dívida do que devíamos, o endividamento é maior, a diferença entre receita e despesa (saldo) é negativa. Por isso, a própria DGAL escreve num parecer que “o município da Trofa apresenta uma situação de desvio acentuado face à trajectória de ajustamento prevista no PAF” mesmo recebendo vários milhões de euros de impostos acima do mandato anterior. Repare nestes números esclarecedores. No último ano antes do PAF o endividamento total era de 40.7M€, no final de 2014 o valor é, imagine-se, superior: 41.3M€. E sabe quanto aumentou o IMI no mesmo período? Foi de 3,1M€ para 5,7€, são mais 2,6M€ por ano que saem dos bolsos dos trofenses. Em suma, a coligação anda a contar uma história de embalar. NT: O PS tem sido crítico quanto à gestão da coligação. MF: A coligação, a meio do seu mandato, já está esgotada. No aspecto financeiro está a falhar no cumprimento do plano de ajuste financeiro. É hoje uma autarquia geradora de conflitos, com o passado, com associações, com entidades regionais, com a comunicação social. E, aquilo que mais nos preocupa, é ausência de uma estratégia. Dois anos de mandato e não há nenhum projecto novo (na educação, na cultura ou na ação social) e não há uma visão que agregue os trofenses para o futuro. É um vazio completo. A missão do PS, e a minha missão, é não permitir que este vazio contagie os trofenses. Queremos voltar a encher de sonhos este concelho. E, claro, construir um futuro cheio de concretizações.
32 O NOTÍCIAS DA TROFA 4 MARÇO 2016
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Desporto
Trofense regressa às vitórias
85 atletas participaram no Duatlo do Coronado Smed, Junta de Freguesia e Federação Portuguesa de Triatlo uniram-se para organizar uma prova de duatlo no Coronado. Iniciativa contou com a participação de cerca de 85 atletas. Cátia Veloso
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correr e a pedalar, cerca de 85 amantes do desporto não se amedrontaram com o frio e a chuva e participaram no primeiro Duatlo do Coronado, no sábado, 27 de fevereiro. As características urbanas e rurais da freguesia foram um dos trunfos desta prova organizada pela Smed Quebra Sentidos Associação Cultural, em parceria com a Junta de Freguesia e Federação Portuguesa de Triatlo (FPT). Depois de uma corrida de cinco quilómetros, que começou junto ao campo de futebol de S. Mamede, os atletas percorreram 20 quilómetros de bicicleta por trilhos urbanos e de todo o terreno. Depois, deixaram as duas rodas para correr dois quilómetros e meio até à meta, no largo do Divino Espírito Santo. “Os percursos têm bons trajetos para o tipo de prova que é, com a envol-
vência de montanha que tem e que já possibilitou a realização de outras atividades como ralis e provas de motas. Aproveitaram-se os traçados usados e as pessoas que também estiveram envolvidas nessas atividades para realizar o duatlo”, explicou Francisco Santos, delegado da FPT Luís Magalhães, elemento da Smed, explicou que a associação envolveu-se nesta organização para “abranger o desporto” à área de atuação, até agora circunscrita à cultura. Já para o presidente da Junta de Freguesia, José Ferreira, esta é mais uma atividade distintiva, “que faz aquilo que se pretende, que é trazer pessoas de fora ao Coronado e conhecer aquilo que a freguesia tem”. “A associação Smed está de parabéns pela ousadia da iniciativa e é mais uma para vingar. Ficou lançada a semente para que se torne numa marca do desporto re-
gional”, asseverou. Para a Federação Portuguesa de Triatlo, o Coronado tem “todas as condições” para se afirmar na prova, no entanto Francisco Santos deixa o aviso: “Tem de se trabalhar um pouco mais a parte da organização e as pessoas da Vila que se envolvem, quer chova, quer faça sol, se se envolvem tem de ser até ao fim, sem arredar pé, porque a imagem que transmitem é do Coronado. E a freguesia tem muito potencial para receber uma grande prova aqui. Numa segunda edição pode fazer parte do circuito regional e contar com mais atletas federados”. Quanto às classificações, em absolutos masculinos triunfou António Carvalho, enquanto Rita Lopes foi a única a concluir a prova sem penalizações no escalão feminino. Já em estafetas, foi a dupla Nestor Monteiro/Pedro Tapadas a vencedora. O Varzim venceu a prova por equipas.
Caderneta de Cromos Com o objetivo de angariar fundos para o clube, o Departamento de Formação do Clube Desportivo Trofense decidiu alargar o prazo de entrega da Caderneta de Cromos,
devido a “inúmeras solicitações”. Assim sendo, o prazo de entrega alargou-se para o dia 19 de março, até às 17 horas. O sorteio realiza-se no dia 20 de
Com três derrotas consecutivas, o Clube Desportivo Trofense preparava-se para um jogo “extremamente difícil” frente ao Arões, que vinha de cinco jogos sem perder. A vitória da 3.ª jornada da Fase de Manutenção do Campeonato de Portugal, por 1-2, acabou por sorrir à formação da Trofa, que, na segunda parte, viu Zé Domingos e Pisco dar os três pontos, importantes para colocar a equipa em 4.º lugar, com 16 pontos, os mesmos que o S. Martinho (3.º) e a um do Felgueiras (2.º). Para o técnico do Trofense, Vítor Oliveira, era “importante voltar às vitórias”, uma vez que a equipa se encontrava “numa posição difícil na classificação, em lugar de play off”. “Tivemos uma atitude competitiva e extremamente forte e foi isso que permitiu a vitória. Foi um jogo equilibrado, o Arões com
mais iniciativa, jogava em casa, e nós com uma postura mais resguardada e sempre que possível a procurar chegar ao golo”, declarou. Quando faltava dez minutos, Zezé reduziu a vantagem, com a marcação de uma grande penalidade. Vítor Oliveira recordou que aí foi preciso “apelar ao espírito coletivo e de sacrifício para conseguir trazer de Arões a vitória”. E como as diferenças entre as equipas são “muito pequenas”, o técnico referiu que é “importante” vencer o Felgueiras, pelas 15 horas deste domingo, de forma a “dar continuidade” à série de triunfos. Por essa razão, Vítor Oliveira garante que é “importante” a comparência dos sócios e simpatizantes do clube à frente do Felgueiras, porque “a equipa é extremamente jovem e precisa de apoio”. P.P.
S. Romão derrotado pelo Tirsense B A equipa B do Tirsense sou- uma vez que fez “um grande jogo”. be aproveitar três erros do Fute- “O adversário aproveitou três dos bol Clube de S. Romão, para, na nossos erros e fez golo na primeiprimeira parte, fechar o resulta- ra parte. Na segunda parte, domido em 3-0, com golos apontados namos por completo e o adversário por Dragunov (sete minutos) e Fá- não teve tanto espaço para fazer o bio (43 minutos) e autogolo de Fer- seu jogo”, completou, parabenizanreira (nove minutos). O S. Romão do a equipa romanense pelo “jogo perdeu no reduto da formação “je- muito competente” que fez. suíta”, em encontro da 22.ª jornaPelas 15 horas deste domingo, 6 da da série 2 da 2.ª Divisão da As- de março, o S. Romão recebe o úlsociação de Futebol do Porto, ocu- timo classificado, Carvalhosa. O pando o 14.º lugar, com 13 pontos. capitão referiu que este é “mais O capitão da equipa romanense, um jogo difícil”, em que “não esDaniel Teixeira, afirmou que o re- peram facilidades” e vão “fazer sultado foi “pesado” para a equipa, tudo” para ganhar. P.P.
Torneio de Inverno Inter-Regional de Rugby março durante o intervalo do jogo Trofense-Torcatense. Os prémios serão entregues ao final do jogo, aos respetivos vencedores. C.A./C.V.
Adiada devido ao mau tempo, a 1.ª Jornada do Torneio de Inverno Inter- Regional Sub 14, organizada pela Escolinha de Rugby da Trofa em parceria com a Associação de Rugby do Norte, vai ter lugar no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado, pelas 13 horas de domingo, 6 de março. C.A./C.V.
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4 MARÇO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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34 O NOTÍCIAS DA TROFA 4 MARÇO 2016
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Desporto
Asas de Rindo dominam 2.ª prova de columbofilia Cãominhada
A
segunda prova do campeonato de columbofilia realizou-se no domingo desde Pavia, distrito de Évora, numa prova de velocidade com cerca de 275 quilómetros. Os cerca de 700 pombos da Sociedade Columbófila Trofense foram largados às 9 horas e percorreram toda a distância com vento de frente. O pombo mais rápido foi da equipa Asas de Rindo que demorou três horas e 40 minutos a chegar ao seu pombal, a uma velocidade média de 1230 metros por minuto (74Km/h). Os seguintes pombos mais rápidos foram de Domingos Silva e Asas do Ave, respetivamente. Na classificação por equipas, em
que conta o somatório dos dois primeiros pombos de cada concorrente, a equipa mais forte foi também Asas de Rindo (com 1.º e 5.º) seguida por Domingos Silva (com 2.º e 6.º) e Araújo & Filhos (com 4.º e 14.º). Esta prova foi patrocinada por Alcino Silva. Com duas provas realizadas, ambas de velocidade, a classificação geral e de velocidade é a seguinte: 1.º Domingos Silva, com 493 pontos; 2.º Asas de Rindo, com 488 e 3.º Araújo & Filhos, com 453. O melhor pombo é o 4148521/14, pertencente a Asas de Rindo, que depois de fazer 4.º lugar na primeira prova, venceu a segunda. No campeonato Trifitrofa-Megafibros, das
solidária da JSD
Melhor pombo é o da equipa Asas de Rindo
equipas B dos concorrentes, o pombo mais rápido foi de Team Trofa, equipa que vence também a prova por equipas. Neste campeonato
segue em 1.º, novamente, Asas de Rindo, seguido por Araújo & Filhos e Team Trofa, respetivamente. S.P./C.V. pub
A JSD da Trofa vai promover a 1.ª Cãominhada Solidária, com o apoio da Associação Um Animal Um Amigo. A atividade realiza-se no dia 19 de março, a partir das 10 horas, e o objetivo é que os participantes levem os “patudos” que estão acolhidos no canil até à feira. Aí, os voluntários da associação e militantes da JSD, devidamente identificados, vão aproveitar para angariar fundos para cobrir as despesas dos tratamentos clínicos, limpeza e alimentação dos animais. A participação na Cãominhada tem o custo de dois euros e pode ser feita no dia da atividade. A organização solicita aos participantes que levem uma trela e uma coleira para colocar nos “patudos”. C.V.
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Atualidade
Paróquia de Santiago promove “24 horas para o Senhor”
Agenda Dia 04 Feira Anual da Trofa 16.30 horas: Início da jornada de Adoração com a exposição do Santíssimo, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado Dia 05 Feira Anual da Trofa 16.30 horas: Encerramento da jornada de Oração e Adoração “24 horas para o senhor”, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado 18 horas: Lan Party do Clube Slotcar da Trofa, no salão paroquial do Muro 21 horas: Lançamento do livro de Moreira da Silva, na Junta de Freguesia do Muro Dia 06 Feira Anual da Trofa 9 horas: Passeio de BTT da comissão de festas do Divino Espírito Santo, da Igreja Matriz de S. Mamede do Coronado 13 horas: Início do Torneio Inter-Regioanal de Inverno de Rugby, no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado 15 horas: Trofense-Felgueiras 15 horas: Citânia de Sanfins-Bougadense 15 horas: S. Romão-Carvalhosa
Farmácias Dia 04 Farmácia Trofense Dia 05 Farmácia Barreto Dia 06 Farmácia Nova Dia 07 Farmácia Moreira Padrão Dia 08 Farmácia Ribeirão Dia 09 Farmácia Trofense Dia 10 Farmácia Barreto Dia 11 Farmácia Nova
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429
“24 horas para o Senhor” é a iniciativa da paróquia de Santiago de Bougado, que se realiza sexta-feira e sábado, 4 e 5 de março. São 24 ho-
ras de oração mais intensa e adoração perante o Santíssimo que serão iniciadas pelas 16.30 horas do dia 4 e com término à mesma hora do dia
seguinte, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado. Esta iniciativa surge em contexto do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, e em pleno tem-
po quaresmal, também acedendo ao desafio lançado pelo Papa Francisco, que convidou as dioceses a repetí-la pelo segundo ano. C.A./C.V.
“Cross Stars” brilham na Póvoa Os atletas de kickboxing do projeto solidário “Cross Stars”, da delegação da Cruz Vermelha da Trofa e da escola Lifecombat, participaram, nos dias 27 e 28 de fevereiro, num torneio de kickboxing na Póvoa de Varzim. Dos atletas em prova, apenas um não obteve a vitória e na opinião dos treinadores as prestações dos atletas foram “excelentes”. No sábado, 5 de março, a equipa marcará presença nos eventos Jovem Promessa e Ladies Open, uma prova a nível nacional des-
tinada a todos os escalões etários exceto seniores, devido às variantes de plena velocidade. Quinze atletas, todos trofenses participarão na prova: Bruno Silva, Rafael Arantes, Guilherme Trigo, Luís Serra, Tiago Serra, Vera Soares, Américo Andrade, Artur Pasecnhik, Mário Carneiro, Manuel Azevedo, Hugo Ferreira, André Serra, Tiago Costa, Vanessa Soares e Alexandre Barbosa. C.A./C.V.
Necrologia S. Martinho de Bougado Celestino de Sousa Ferreira. Faleceu no dia 24 de fevereiro, com 81 anos. Casado com Dealina Gonçalves Moreira
sado com Maria Alice da Graça Resende
Ribeirão António de Azevedo Ferreira Faleceu no dia 27 de fevereiMaria Augusta de Olivei- ro, com 55 anos ra Reis. Faleceu no dia 24 Casado com Maria Amélia de fevereiro, com 94 anos. de Matos Carvalho Ferreira Solteira Padre Joaquim Alcino de José Correia Rodrigues. Azevedo. Faleceu no dia 28 Faleceu no dia 29 de feverei- de fevereiro, com 86 anos ro, com 79 anos. Casado com Maria Emília da Silva Cruz Esmeriz José Marques Funerais realizados por Agên- Faleceu no dia 27 de fevereiro, com 85 anos. Casado cia Funerária Trofense, Lda. com Maria Augusta RodriGerência de João Silva gues Pereira Lousado Carolina Nogueira de Al- Santiago de Bougado buquerque Silva. Faleceu Alexandrina de Oliveira Torno dia 11 d fevereiro, com res. Faleceu no dia 29 de fe78 anos. Viúva de Fernando vereiro, com 93 anos. Viúva de Avelino de Sousa Lima Pedro Castro Silva (Terroso) Ramalde (Porto) Carlos Soares Ribeiro Re- Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva e sende. Faleceu no dia 22 de Irmão, Lda. fevereiro, com 66 anos. CaFicha Técnica
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