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Semanário | 9 de setembro de 2016 | Nº 587 Ano 14 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €
Ano letivo com menos alunos e mais funcionários
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//PÁGs. 10 a 13
E a ponte foi abaixo //PÁG. 18
Trofenses com ouro e bronze no Mundial pub
Tribunal confirma que impostos de Fontiscos são de Santo Tirso
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Coronado ConVida “é uma referência fora de portas”
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Atualidade
Festa de Santa Eufémia anima mês de setembro C
om o início do mês de setembro, o monte de Santa Eufémia, em Alvarelhos, ganha um maior destaque devido à festa que se organiza em homenagem à Santa. Pelas 14 horas deste domingo, 11 de setembro, há o espetáculo do conjunto Leões da Batalha, com interrupção, pelas 15.45 horas, para a Missa no Santuário. Mas a “Santa Eufémia Grande”, como é conhecido o ponto alto das festas, só decorre a partir do dia 16 de setembro, pelas 21 horas, com uma Missa de Ação de Graças pela Santa. No dia seguinte, a partir das 8.30 horas, entra em ação a Fanfar-
ra de Santa Maria de Alvarelhos. Estão ainda previstas missas no Santuário pelas 9 e 11 horas. À noite, pelas 21.30 horas, a animação será garantida por Leo & Leandro, terminando com uma “grande sessão de fogo de artifício”. No dia 18 de setembro, há a já tradicional encenação das rusgas de antigamente, às 8 horas, assim como missas no adro do Santuário pelas 7, 9 e 11 horas. No dia seguinte, além das missas das 9 e 11 horas no Santuário, há a atuação da Banda de Música da Trofa e da Associação Recreativa e Musical Amigos da Branca, pelas 14 horas, que atuarão
até ao anoitecer. A animação continua no fim de semana seguinte. No dia 24 de setembro, pelas 14 horas, há o Encontro de Tocadores de Concertina e Cantares ao Desafio e no dia seguinte decorre a missa das 11 horas no Santuário e, pelas 14 horas, o 41.º Festival de Folclore, com a atuação do Rancho Folclórico de Alvarelhos, Rancho Etnográfico Santa Maria de Touguinha (Vila do Conde), Rancho Folclórico de Silvares (Guimarães), Grupo Folclórico Os Moliceiros de Ovar e o Grupo de Danças e Cantares de Ponte de Lima. P.P.
Desfile de clássicos e caminhada para angariar verbas para S. Martinho da Biqueira
Cerca de cem participantes desfilaram motas e carros antigos
O objetivo era unânime: angariar verbas para a festa de S. Martinho da Biqueira, a realizar-se em novembro, no Coronado. Assim, cerca de cem participantes desfilaram as suas motas e carros antigos pelas ruas da Vila do Coronado, no decorrer da tarde de 3 de setembro. O desfile dos clássicos iniciou junto à Capela do Divino Espírito Santo
e terminou no Casal, S. Martinho da Biqueira, seguindo-se um “animado convívio”. A iniciativa da comissão de festas de S. Martinho da Biqueira contou com a parceria da Associação para a Proteção do Vale do Coronado (APVC). A organização agradeceu “aos participantes e aos patrocinadores”. “Uma palavra de apreço para a Junta de Fre-
guesia do Coronado pelo apoio na realização do evento”, informou a organização.Com o mesmo objetivo, vai realizar-se a 25 de setembro uma caminhada com partida e chegada junto ao S. Martinho da Biqueira. A atividade tem um custo de três euros e as inscrições podem ser feitas no local e no próprio dia ou através dos seguintes contactos: saomartinhobiqueira@ gmail.com e 966 871 184 . Já a 3 de setembro, a APVC promoveu mais uma atividade de cariz ambiental. O objetivo foi limpar e assegurar a manutenção da Poça Nova, para “ajudar a cuidar do Património da Água do Coronado”. L.O./C.V.
// Correio do Leitor
Ponte da Peça-Má A
destruição da Ponte da Peça-Má foi uma péssima opção, um crime contra o Património construído, um crime contra a Trofa. Porventura não contra os trofenses, porque o envolvimento destes na sua salvaguarda foi nulo ou inexistente, não houve participação cívica, houve sim um alheamento e desinteresse geral, parecendo que não se passou nada. As classificações do património de interesse local ou nacional demoram tempo, nós sabemos isso; por que não tivemos paciência e a inteligência necessária para a mantermos? Teremos dúvidas de que se a Ponte Pênsil existisse hoje, seria considerada património de interesse local ou nacional? Assim como a Ponte da Peça-Má daqui a umas décadas?! Por motivos profissionais passei pela ponte todos os dias durante os últimos 40 anos, conhecendo, obviamente, muito bem o local e a ponte, e sei que o constrangimento rodoviário se deveu a erros cometidos durante décadas, e não a qualquer erro de construção da mesma. O que aconteceu ao longo de todos estes anos foi que alcatroaram a estrada várias vezes, e se em algumas ocasiões retiravam algum alcatrão para colocarem o novo, outras colocavam em cima do que estava fazendo com que, inevitavelmente, a estrada subisse. A solução era afundar a estrada tal como já foi, a mais de um metro de profundidade acabando-se o transtorno e a perigosidade rodoviária. A Ponte da Peça-Má era uma ponte ferroviária segura, bela, construída com técnicas da época, ligada ao desenvolvimento da Trofa, projetando no futuro a paisagem e uma identidade local. Foi construída pela Companhia de Ferro do Norte, inaugurada em 1932 por S. Ex.ª o Pre-
sidente da República Sr. General António Carmona. Tinha um arco em pedra de granito com mais de 60 metros, que fazia dela uma das maiores pontes de Portugal; isto não era património a preservar?! Existia, na parte exterior do varandim virado para o Muro, uma placa em mármore branco com mais de um metro de comprido por oitenta ou noventa cm de alto, com letras a cavado pintadas de preto alusiva à sua inauguração. Numa das milhares de vezes que ali passei, apercebi-me que a placa ameaçava cair no asfalto; um dia no local observei que estava segura na ponta de um parafuso sem porca ameaçando estatelar-se no asfalto, destruindo-se e podendo provocar um acidente. Cuidadosamente retirei-a e coloquei-a nas travessas da linha. Dei conhecimento da situação ao Sr. Presidente da C. M. da Trofa, Dr. Bernardino Vasconcelos, que a mandou carregar na minha presença, para as oficinas da Câmara para restauro. Já lá vão 10 anos, já deve estar restaurada! Agora que não há ponte talvez expô-la ao público não fosse má ideia... Estamos condenados a chorar no leite derramado! Triste fado o dos trofenses! Baba e ranho pela Ponte Pênsil, daqui a algumas décadas pela Ponte da Peça-Má! Nós temos assim um tão vasto património para nos darmos ao luxo desta destruição? Será que ao contrário da Ponte Pênsil, agora temos um rosto; um nome associado ao crime? Fico triste nos funerais, e muito mais naqueles com pouca gente! A ponte sucumbiu quase sozinha, afastei-me; Não consegui! Não vou até à última morada, fico sempre ao portão! Se chorei? Só digo... não contem mais comigo!!! Cândido Novais
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9 Setembro 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Tribunal confirma que impostos de Fontiscos são de Santo Tirso
Câmara Municipal da Trofa interpôs uma providência cautelar contra o Ministério das Finanças para a suspensão das receitas dos prédios da Zona Industrial de Fontiscos para o Município de Santo Tirso. Tribunal indeferiu a providência cautelar. Patrícia P ereira
F
oi na sessão ordinária da Assembleia Municipal da Trofa, a 26 de fevereiro, que o vice-presidente António Azevedo anunciou que o Município iria “interpor uma providência cautelar”, para “suspender” a transferência das “receitas municipais associadas” aos prédios da zona industrial de Fontiscos para o Município de Santo Tirso. Tal decisão prendia-se com o facto de ter rececionado “um ofício das Finanças do Porto”, que referia que “a autarquia de Santo Tirso, à luz do acordo para os limites provisórios entre os concelhos, solicitou a alteração do registo dos prédios urbanos e rústicos, que estão na zona industrial de Fontiscos, da União de Freguesias de Bougado para a União de Freguesias de Santo Tirso, Couto Santa Cristina, Couto S. Miguel e Burgães”. No mesmo ofício, “foi ainda solicitado à Direção de Serviços de Impostos Municipais sobre Imóveis (IMI), que fossem efetuados procedimentos informáticos necessários para que a alteração de freguesia fosse refletida no acerto de anos anteriores da taxa”. Na altura, António Azevedo explicou que estavam em causa as taxas dos impostos desde 2010 desta área, que a Câmara da Trofa teria de transferir para Santo Tirso. Entretanto, o Tribunal Admi-
nistrativo e Fiscal de Penafiel já se pronunciou sobre a providência cautelar, considerando, segundo o documento a que o NT teve acesso, que “não se vislumbra a existência de danos irreparáveis ou de difícil reparação na pendência da ação principal”. E, por isso, “indefere o decretamento pretendido”. Segundo o documento, o Município da Trofa alega que “o valor estimado de IMI dos prédios em causa, arrecadado anualmente, ascende a 55.111,66 euros”. Para o Tribunal “não há dúvida que esta alteração importa uma perda de receitas” para o Município da Trofa, mas que “não resulta dos autos que a perda de receitas em causa (...) seja de tal ordem que provoque graves prejuízos ao Município requerente”. “Só poderia concluir-se que uma diminuição de rendimento provoca prejuízos de difícil reparação (...) se ficasse demonstrado, por exemplo, que o Município requerente ficaria em risco de não satisfazer necessidades básicas à sua população ou se tal diminuição levasse a uma diminuição dos serviços por este assegurados às populações ou o fizessem incorrer em incumprimento de obrigações legais ou contratuais”, pode ainda ler-se no mesmo documento. Segundo o Tribunal, para que assim se concluísse “impunha-se ao Município requerente a alegação de
Município da Trofa interpôs providência cautelar para suspender a transferência das receitas do IMI de Fonticos para Santo Tirso
factos concretos que dessem corpo a uma tal situação”. “Não vem alegada qualquer situação de facto consumado: e estando em causa apenas a entrega de receitas, nada impede que, sendo julgada procedente a ação principal, o Ministério das Finanças tenha que transferir para o Município requerente os valores respetivos acrescidos de juros de mora”, lê-se. “É sempre possível um entendimento político” entre as câmaras Contactado, o presidente em exercício da Câmara Municipal da Trofa, António Azevedo, adiantou ao NT “não ter conhecimento ofi-
cial” da decisão do Tribunal, reme- território de Santo Tirso”. tendo esclarecimentos para “a pró“Alertados os organismos públixima semana”. cos para essa situação, eles cumpriJá para Joaquim Couto, presiden- ram a sentença e já em 2016 a Câte da Câmara Municipal de Santo mara Municipal de Santo Tirso reTirso, “não lhes parece razoável cebeu o IMI e o IMT dessa zona inque a Câmara da Trofa tenha recor- dustrial”, contou, referindo que a aurido e metido uma providência cau- tarquia tirsense ainda tem a receber telar sobre uma coisa que resultava os impostos referentes aos anos de do acordo”. Para o autarca “é para- 2011, 2012, 2013 e 2014. doxal” que, desde 2010, “as FinanJoaquim Couto adiantou que o ças e todas as instituições do Esta- Município de Santo Tirso tem “oudo não respeitavam a sentença ju- tros processos com o da Trofa” e, dicial” e, por isso, procurou “per- “paulatinamente”, vão esperar as ceber o porquê de não ser cumpri- decisões judiciais, sendo que “a da”, uma vez que lhes “assistia o qualquer momento é sempre posdireito legítimo de receber o IMI sível um entendimento político ene IMT da zona industrial de Fon- tre a Câmara Municipal da Trofa e tiscos, uma vez que está dentro do a de Santo Tirso”.
Grupo Urbanos em PER deve mais de 44 milhões O grupo Urbanos, cuja uma das filiais se localiza no concelho da Trofa, está em revitalização depois dos “maus resultados”, como afirmou o presidente do grupo, Alfredo Casimiro, ao Jornal de Negócios. Já é conhecida a lista de credores para a Urbanos SGPS (sociedade gestora de participações sociais), cujo o Estado, através das sociedades herdeiras do BPN e da Caixa Geral de Depósitos, é credor de 18 por cento da dívida. Segundo o documento publicado no Citius no dia 31 de agosto, o crédito total do Processo Especial de Revitalização (PER), meio pelo qual as empresas tentam negociar com os credores a melhor forma de salvaguardar a dívida, da Urbanos SGPS ascende a 44 milhões de euros, dos quais 7,6 milhões de euros dizem respeito ao Novo Banco, principal credor finan-
ceiro. Alfredo Casimiro disse ao jornal de Negócios que o PER “é uma forma de permitir a reorganização do grupo depois dos prejuízos verificados nos últimos anos” e, acrescenta, “o pedido foi feito na sequência de maus resultados, do desemprego económico do país, com grande parte da economia a desaparecer”. Segundo o mesmo jornal “a dívida financeira, isto é, aos bancos, é a principal responsável pelo montante apurado depois do pedido de entrada em PER do grupo, feito a 29 de julho deste ano”. A Imofundos tem a receber 5,8 milhões de euros relacionados com dois contratos de arrendamento e a Caixa Geral de Depósitos 2,2 milhões de euros, devido a um contrato de arrendamento de um fundo de investimento imobiliário e de duas operações de financiamento.
Em causa estão também 400 mil eu- “se encontra tudo ainda numa fase neros devidos à Fazenda Nacional, so- gocial”. Segundo o periódico, “não é bretudo devido a impostos, fazendo possível saber, nesta altura, se havecom que o grupo tenha que devol- rá lugar a qualquer perdão da díviver a entidades estatais cerca de 8,5 da ou extensão de maturidades nem milhões de euros. Na lista de credo- tão pouco sobre qual será o impacres estão ainda o Montepio, com 4,2 to nos 400 postos de emprego diremilhões, o BCP, com 2,7 milhões, e o Crédito Agrícola, com 2,6 milhões a receber. Segundo avançou o jornal de Negócios “também há dívidas da SGPS em torno de 10 milhões a pagar às empresas do grupo, como à Urbanos Serviços Partilhados ou à Urbanos Suplly Chain. Nestes casos, a dívida é subordinada, ou seja, é a última dívida a ser ressarcida. Há outras empresas com a mesma estrutura accionista em PER, além da SGPS: são elas a Suplly Chain, a Urbanos Soluções e a Rntrans”. Ao mesmo jornal, o presidente do grupo afirmou que
tos do grupo”, uma vez que segundo o presidente do Grupo “é prematuro falar”, afirmou . Segue-se um período em que é negociado um plano de pagamentos adequado às necessidades da empresa que é levado a votação. L.O./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Atualidade
Coronado ConVida “é uma referência fora de portas” F oram dias de muita música, moda, gastronomia, artesanato e animação. A Vila do Coronado ganhou vida e a sexta edição do Coronado ConVida foi “um sucesso”. “O Coronado ConVida é o local onde grande parte dos artesãos, das associações, das coletividades, dos restaurantes e dos artistas têm oportunidade de mostrar aquilo que de
muito bom se faz na freguesia”, afirmou o presidente da junta de Freguesia do Coronado, José Ferreira. A iniciativa, que tem crescido a cada edição, “é já uma referência fora de portas, concelhia e inclusive fora do concelho”, assegurou o autarca. “É sinal que estamos no caminho certo e que temos sabido consolidar esta iniciativa”, acrescentou.
Para a Junta de Freguesia, o Coronado ConVida “foi um sucesso”
Espaço da restauração foi um dos mais concorridos
A cada ano “melhora-se e corrige- ou fora do alcance”, concluiu José novo ano não chega, resta esperar -se aquilo que de menos bom acon- Ferreira. para que o Coronado volte a ‘conteceu na edição anterior”, não em- Ainda se fala desta edição, mas Vidar’. barcando em “coisas megalómanas já se pensa na de 2017. Enquanto o L.O./C.V.
Juramento de Bandeira marcou participação dos Bombeiros no Coronado ConVida Bombeiros Voluntários da Trofa marcaram presença no Coronado ConVida, numa parceria que José Ferreira considera ter sido “muito feliz”. L iliana Oliveira Cátia Veloso
Por esta altura, os trabalhos multiplicam-se com os incêndios que assombram o território. Mas ao longo de todo o ano cumprem a missão de servir a população. É neles que pensamos quando precisamos de ajuda, mas também eles precisam de ser ajudados. Para isso, os Bombeiros Voluntários da Trofa marcaram presença no Coronado ConVida e divulgaram a sua atividade diária, esclareceram dúvidas, fizeram demonstrações e realçaram a importância Coronado ConVida foi palco da cerimónia de Juramento de Bandeira de sete novos elementos da corporação dos recursos humanos na prestação de socorro. “As pessoas muitas ve- que é a atividade e o trabalho dos tes dias nós procuramos diversifi- tais uma vez que há “carência de zes não estão muito atentas àquilo bombeiros, por isso ao longo des- car, demonstrando as várias valên- efetivos humanos, nomeadamente cias e competências que os bom- de bombeiros voluntários, capazes beiros possuem para a prestação de de responder na plenitude a todas socorro”, esclareceu o comandante as solicitações”, adiantou João Pedos Bombeiros Voluntários da Trofa, dro Goulart e, continuou que “hoje João Pedro Goulart. Para José Fer- em dia os incêndios, nomeadamenreira, presidente da Junta de Fregue- te os florestais, são de grandes disia do Coronado, esta foi uma parce- mensões e obrigam a que no terreria “muito feliz”. “Correu muitíssi- no haja cinco, seis e, às vezes, sete mo bem, o feedback é extremamen- equipas, sendo que cada uma tem te positivo e os bombeiros consegui- cinco elementos e só por aqui se vê ram os objetivos a que se propuse- que são necessários muitos bombeiram, nomeadamente a angariação de ros”. E pelo facto de os elementos sesócios e de novos bombeiros”, afir- rem voluntários, a disponibilidade é mou o presidente da Junta de Fre- outro dos fatores a ter a conta “para guesia do Coronado, José Ferreira. que a pouca disponibilidade de cada O Coronado ConVida foi ainda pal- um possa traduzir-se numa disponico da cerimónia de Juramento de bilidade efetiva 24 horas por dia”. A Bandeira dos sete novos elementos cerimónia do Juramento de Bandeida corporação, que são fundamen- ra é, para João Pedro Goulart, “uma
cerimónia emotiva, muito simples, singela mas de importante significado”. “Uma vez que estávamos integrados neste certame do Coronado ConVida, quisemos demonstrar à população uma das nossas valências que é a forma como nos comprometemos e nos implicamos no socorro à população”, acrescentou o comandante. Já José Ferreira não escondeu o desejo de ver no Coronado um posto dos Bombeiros Voluntários da Trofa e adiantou que está “convencido de que está dado o primeiro passo para que isso seja possível”. “A população saiu daqui sensibilizada e para que isso possa ser possível é necessário o apoio da população quer em sócios, quer sobretudo no reforço do corpo de bombeiros. Estou convencido que daqui para a frente tudo aquilo que for tratado entre autarquia e Bombeiros Voluntários será já para a concretização desse posto avançado dos Bombeiros”, afirmou o autarca. Ser bombeiro é ser homem ou mulher, com um lar e uma família, e ainda assim sair de casa sem saber quando se volta. Tudo pelo bem de todos. E é a pensar no bem de todos que os Bombeiros Voluntários da Trofa procuram novos sócios e novos bombeiros voluntários. Sete novos bombeiros de terceira já assumiram o compromisso, agora espera-se que mais sigam o exemplo.
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9 Setembro 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
ACRABE promove festa anual Karaoke e a atuação do Rancho das Lavradeiras da Trofa marcam a animação da noite desta sexta-feira, 9 de setembro, na festa da Associação Cultural e Recreativa da Abelheira (ACRABE), com início marcado para as 21.30 horas. Já no sábado, as tunas masculina e feminina de Enfermagem da Universidade do Porto sobem ao palco pelas 21.30 horas. Seguem-se cantares ao desafio com Francisco Costa e a Banda Charanga. O presidente da ACRABE, Fernando Moreira, contou que esta é “uma festa anual” realizada “há já alguns anos”, para promover “o convívio entre sócios e amigos da associação” e “angariar mais alguns sócios”. A festa realiza-se no mesmo fim de semana da Romaria Nova, em Lousado, Vila Nova de Famali-
cão, para “aproveitar o fogo de artifício”. “Estamos numa zona bastante alta e conseguimos ver todo o fogo”, explicou. Também no sábado realiza-se um sorteio, cerca das 20 horas, que tem como prémios “um touro, um porco, um anho, dois galos, dois coelhos e dois patos”. As rifas serão vendidas durante a festa. Fernando Monteiro apela “a todos os trofenses para comparecer na sede da ACRABE”, onde vão encontrar “bom vinho, bons petiscos e bom convívio”. “Estão reunidas as condições para correr tudo bem. Espero que o tempo nos ajude”, declarou. A sede da ACRABE, que foi fundada a 30 de maio de 2000, está situada na Rua Martins Sarmento, em S. Martinho de Bougado. P.P.
Escola de Música promove Open Day A Escola de Música e Artes da Trofa (EMAT) convida “todos os amantes da música e possíveis interessados” a participarem no Open Day, a decorrer na sua sede na Rua Dr. António Cruz, em S. Martinho de Bougado, junto à antiga estação de comboios. Entre as 14.30 horas e as 18 horas deste fim de semana, 10 e 11 de setembro, a EMAT vai disponibilizar “aulas experimentais”. A Escola já abriu as inscrições para o ano letivo 2016/2017 e leciona “aulas para crianças e adultos”,
individuais e em grupo. Na inscrição pode escolher entre as modalidades de Música para Bebés, Iniciação Musical, Música e Artes. Os alunos podem escolher entre Canto e os instrumentos Violoncelo, Piano, Guitarra, Bateria, Violino, Oboé, Clarinete, Fagote, Flauta transversal, Saxofone, Trompete e Trombone. Para mais informações, os interessados podem contactar os responsáveis através do 918 130 941, 914 699 500 ou do email ematrofa.geral@ gmail.com. P.P.
Faça a diferença, dê sangue “Vem ser o herói do dia para quem precisa”. Este é o apelo do Lions Clube da Trofa, que está a promover uma colheita de sangue e de medula óssea, a decorrer entre as 9 e as 12.30 horas deste sábado, 10 de setembro, no salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa. Também no dia 17 de setembro, entre as 9 e as 12.30 horas, há uma colheita de sangue no polo de Alvarelhos da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões. Ambas as colheitas são efetuadas pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação. O Lions Clube da Trofa apela à adesão da comunidade, uma vez que a dar sangue estamos a ajudar os doentes a terem mais e melhor vida. “Dar sangue é partilhar o melhor de nós. Faça a diferença, dê sangue”, apelou. Já no dia 2 de setembro realizou-se uma colheita de sangue no Centro Social e Paroquial de Fradelos, Vila Nova de Famalicão, sendo que dos 34 participantes houve 32 dádivas. A presidente do Lions Clube da Trofa, Fernanda Costa, explicou que “cada colheita dá para ajudar três pessoas”. P.P.
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Atualidade
Nadadora-salvadora ferida ao tentar salvar banhista
A manhã do primeiro dia de setembro foi fatídica para uma cidadã espanhola, de 32 anos, que se encontrava na praia dos Banhos, em Vila do Conde. Na prestação de socorro esteve Susana Cruz, nadadora-salvadora trofense, que sofreu ferimentos ligeiros. L iliana Oliveira Cátia Veloso
A
trofense Susana Cruz, nadadora-salvadora na praia Olinda e bombeira da corporação da Trofa, tudo fez para ajudar a mulher, que acabou por falecer no local. A jovem, que o ano passado foi campeã nacional na prova de estafeta em prancha, contou ao jornal O Notícias da Trofa que se encontrava na zona de vigilância, na praia Olinda, e quando olhou para o lado esquerdo apercebeu-se de que o nadador-salvador da praia dos Banhos lhe fazia um sinal. “Quando olhei para o mar vi uma senhora a pedir socorro”, explicou Susana Cruz. “Entramos os dois no mar, ele chegou primeiro à vítima, que agarrou a boia. Eu cheguei e falei com a vítima, que esteve sempre consciente e colaborante”, descreveu a nadadora-salvadora. Mas o mar, que tem tanto de serenidade como de agitação, não colaborou. “Estávamos sempre a levar com ondas, tentamos nadar para fora, mas era impossível porque o mar levava-nos para dentro. Andávamos sempre contra as rochas”, continuou a trofense. Ainda tentaram um segundo meio de salvamento, a vara. “O nadador-
Susana Cruz faz parte da corporação dos Bombeiros Voluntários da Trofa
-salvador agarrou primeiro. Eu fiquei sempre com a vítima e ele saiu para terra. Depois tínhamos outra vez a vara de salvamento mas ela partiu-se. Foram buscar outro meio de salvamento, a boia circular, nós agarramo-la, mas a senhora disse-me que já não conseguia mais”, relatou Susana Cruz, que ainda fez insuflações para ver se a vítima reagia, mas esta “esteve cerca de dois minutos com a cabeça debaixo de água” e uma onda arrastou-os “para cima das rochas”. Susana Cruz adiantou ao NT que sofreu apenas “ferimen-
tos ligeiros”, mas acabou por ser transportada para o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim-Vila do Conde, permanecendo internada até ao fim da tarde. “Não parti nada. Só estive em repouso, porque tinha as hemoglobinas baixas”, contou a nadadora-salvadora trofense, que já se encontra recuperada. As condições do mar e o facto de se tratar de uma mulher com mais de cem quilos de peso não facilitou a operação de socorro e a senhora de nacionalidade espanhola acabou por falecer no local.
Autocarro desgovernado caiu na antiga linha do comboio
Um autocarro, desgovernado, percorreu parte da Rua Poeta António Boto, perto do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, em S. Martinho de Bougado, onde estava estacionado, galgou um muro e caiu na antiga linha de comboios. Segundo o que o NT conse-
guiu apurar, o condutor teria ligado o autocarro e colocado em aquecimento, quando terá descido a rua desgovernado. O incidente aconteceu perto das 12 horas do dia 2 de setembro e não houve feridos a registar. No local esteve uma equipa dos
Bombeiros Voluntários da Trofa e a Guarda Nacional Republicana da Trofa para tomar conta da ocorrência. O NT sabe que era este o autocarro que transportava os trabalhadores para a fábrica de Tensai, em Estarreja. P.P. /H.M.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Atualidade
“Desarrumação do território” e expansão do eucalipto preocupam Os Verdes Elementos do Partido Ecologista Os Verdes estiveram na Trofa para avaliar a floresta e o ordenamento do território do concelho. Após a visita, a conclusão é a de que “há uma mancha de eucalipto contínua e desordenada” e que reina “uma desarrumação do território”.
Os Verdes alertaram para “desarrumação do território” da Trofa Cátia Veloso
P
reocupados com aquilo a que chamam a “eucaliptização do País”, elementos da comissão nacional do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) fizeram um périplo pelos distritos de Braga e Porto para verificar o estado das florestas. A jornada terminou na Trofa, que também foi afetada pelo flagelo dos incêndios. “O nosso concelho tem 51 por cento de área florestal, sendo que, dessa área, 90 por cento está cedida à espécie do eucalipto. O nosso concelho foi um dos que no País teve mais ignições, facto que nos preocupa e daí chamamos a atenção para esta situação”, explicou Fernando Sá, militante trofense do PEV, no final da visita por alguns locais que foram fus-
tigados pelos incêndios deste verão. Para Manuela Cunha, membro da comissão executiva nacional do PEV, a Trofa é o espelho do que se vê por todo o país e, com mais incidência, no Norte. Prova de que “o ordenamento da floresta está a ser mal feito”. “Podemos constatar que estamos perante uma mancha de eucalipto contínua e desornada, que invade espaços urbanos e industriais. Por muitos bombeiros que atuem, por muito competentes e corajosos que sejam e por muitos meios que tenhamos, não se consegue vencer esta situação se não tivermos políticas a montante e a jusante que ponham termo a este flagelo”, sublinhou. E que políticas são essas? Manuela Cunha enumera: “O eucalipto tem
de ser contido, regrado e tem que ter a sua área bem definida, sem ser a única espécie plantada no País. Há que plantar folhosas nesta zona, que impeçam os incêndios de progredir. Por outro lado, temos de conter o ordenamento urbano e florestal. A floresta não pode entrar para a zona urbana e vice-versa”. E neste caso, Manuela Cunha considera que na Trofa reina uma “desarrumação do território” e questiona-se sobre “qual é o plano municipal para combater os incêndios”. “Por exemplo, se uma autarquia, no Plano Diretor Municipal, decreta uma zona como área industrial tem que criar um perímetro de contenção e separá-la da área florestal”, frisou. Para Fernando Sá, devido à expansão de eucaliptos no concelho, já é possível aferir de consequências ambientais, como o facto de “o Rio Trofa ter muito menos água que o que tinha em anos anteriores e de se ter registado uma redução de espécies, tanto animais como vegetais”. Nas conversações que teve com o PS antes da formação do Governo, o PEV “exigiu” ao PS “legislar rumo à travagem da expansão desregulada do eucalipto em Portugal”. Segundo Manuela Cunha, o executivo de António Costa “está a elaborar legislação que vai romper com a que vigorava desde último Governo liderado pelo PSD e CDS-PP, que liberalizava a plantação do eucalipto”.
Centro Hospitalar do Médio Ave reforçado com 11 médicos O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) tem mais 11 especialistas na equipa médica desde o início de setembro. Dois anestesistas, dois cirurgiões, duas médicas de medicina interna, dois pneumologistas, um fisiatra, uma neurologista e uma oftalmologista “vêm ajudar a resolver insuficiências de algumas especialidades e permitir uma melhor e mais rápida resposta às necessidades de cuidados de saúde da população dos concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa”, informou ao NT o conselho de administração do CHMA. Após um período de dificuldade de gestão do Centro Hospitalar, que ficou sem muitos recursos, a contratação dos 11 especialistas minimiza
FesTrofa 2016 arranca a 16 de setembro
A 2.ª edição do FesTrofa - Mostra de Cinema Lusófono está prestes a arrancar. De 16 a 18 de setembro, serão muitos e diversos os momentos culturais apresentados em diferentes recintos, numa iniciativa do Cineclube da Trofa. A sessão de abertura do evento vai decorrer no Auditório Fórum Trofa XXI, pelas 18 horas de 16 de setembro. Uma hora depois, no Etc Lounge tem início a Tertúlia Movimento Internacional Lusófono e, ainda neste primeiro dia, serão exibidos documentários sobre Macau (às 19.30 horas, no Malte Taberna) e Cabo Verde (22 horas, no Rotações Bar), o filme “Timor Lorosae” (às 21 horas, no auditório Fórum Trofa XXI) e a curta-metragem “Ana Crónica” (23.15 horas, no D’Vine – Tapas & Wine Bar). No dia seguinte, 17 “Ame a sua saúde” é o lema da sico de Vida, que será ministrada Motor de Oportunidades. “Porque de setembro, o auditório Fórum Tropróxima iniciativa que a Delegação pelo formador António Carvalho, a consideramos que esta temática fa XXI é palco de uma Exposição de da Trofa da Cruz Vermelha Portu- realizar-se entre as 10 e as 12 ho- deve estar perto da população, re- Pinturas, entre as 14 e as 18 horas. Peguesa está a organizar. ras do dia 13 de setembro, na esta- solvemos implementar esta inicia- las 19 horas, é exibido no Etc LounPara assinalar o Dia Mundial dos ção de comboios da Trofa. tiva, contando com a participação ge o filme “Tropa de Elite II” e meia Primeiros Socorros, vai decorrer A ação de sensibilização surge da comunidade”, adiantou fonte da hora depois, no Malte Taberna há a uma demonstração de Suporte Bá- no âmbito do projeto Trofa 3G – delegação. P.P. exibição do documentário sobre S.
Cruz Vermelha promove demonstração de Suporte Básico de Vida
os problemas, mas há ainda necessidades para colmatar, como o reforço das equipas médicas nas especialidades de “radiologia, ortopedia e cardiologia”. Segundo a administração do CHMA, as vagas não foram preenchidas por “inexistência de candidatos”. “Naturalmente, identificadas e reconhecidas estas necessidades, continuamos a procurar satisfazê-las apesar da carência destes especialistas a nível nacional”, reforçou o conselho de administração, sem deixar de sublinhar que o Ministério da Saúde “abriu vagas para todas as carências identificadas, proporcionando um reforço invulgar de recursos médicos, e tem autorizado todos os pedidos de contratação”. C.V.
Tomé e Príncipe e um Sarau de Poesia. Pelas 22 horas, passa no Rotações Bar um documentário sobre Moçambique e, às 23.15 horas, no D’Vine – Tapas & Wine Bar decorrerá um Sarau de Poesia. No dia de encerramento, “Kora”, passa às 18 horas no Etc Lounge e, às 19.30 horas, o Malte Taberna apresenta o filme “Sete Pecados Rurais”. Um dos pontos altos será a homenagem a Nicolau Breyner , que decorrerá no Fórum Trofa XXI, pelas 21.30 horas. Segue-se, às 22.30 horas, a exibição de um documentário sobre Angola, no Rotações Bar, e, para encerrar, às 23.15 horas, é exibido um filme dos realizadores Nuno Malheiro e Sérgio Fernandes, no D’Vine – Tapas & Wine Bar. Durante todo o evento, atores e realizadores vão marcar presença em todos os espaços. Recorde-se que Melânia Gomes e Ruy de Carvalho são os padrinhos da iniciativa. Joaquim Azevedo, presidente do Cineclube da Trofa, já havia avançado que considerava que o FesTrofa 2016 seria “melhor do que o do ano passado”. L.O./C.V.
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9 Setembro 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Zurra reúne burros e arte no Coronado
Trocar a cidade pelo campo durante 12 horas é a proposta da Associação para a Protecção do Vale do Coronado (APVC) para o dia 11 de setembro. Teimosos mas inteligentes são algumas das características dos protagonistas da festa: os burros. L iliana Oliveira Cátia Veloso
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as 9 da manhã às 21 horas de domingo, abrem-se as portas da quinta localizada na Rua de Paiço, em S. Romão do Coronado, para um dia em que o burro é o protagonista. A Zurra – Festa do Burro está de volta ao Coronado e, além de permitir aos visitantes usufruir do espaço agrícola e de um contacto privilegiado com a Natureza, tem como objetivo “criar uma espécie de concentração de burros onde se possa promover e divulgar a raça e permitir às pessoas o contacto com estes animais, que não é muito vulgar nem frequente”, explicou o presidente da APVC André Tomé Ribeiro. Para isso, a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino traz para a atividade “outro tipo de raça de burro”, havendo mais animais e proporcionando “uma outra dimensão” à iniciativa. “No fundo, procura-se um momento de partilha e de comunhão de todos com a Natureza através de um elemento fundamental que, neste caso, é o burro”, acrescentou. E são muitas as atividades que vão preencher a Zurra. Para as 9.30 horas está programada uma aula de Hatha Yoga, seguida de uma caminhada com burros, pelas 11.15 horas, cuja inscrição é grátis mas através da qual se apela a um “donativo consciente, nem que seja de um euro” a entregar no dia do evento ou através do IBAN: PT50 0010 0000 5163 5820 0013 4. Às 13 horas, começa o piquenique e a APVC convida os participantes a “trazerem as suas mantas e os farnéis”. “Vamos ter cerveja artesanal de um associa-
do que é um dos grandes produtores nacionais. As pessoas podem trazer as suas merendas, estender as mantas na relva e, ao longo do dia, interagir com pequenos momentos de animação e poesia”, que começam a partir das 14.30 horas, referiu. Música, literatura, fotografia e exposição de obras de arte de alguns conceituados nomes de artistas da terra são algumas das atividades que a APVC proporciona na terceira edição da Zurra. A arte em todo o seu esplendor vai juntar-se à Natureza e aos burros, num dia onde as práticas eco-friendly também não serão esquecidas. Mas a Zurra também consegue ser solidária, neste caso com a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) a quem os participantes podem entregar um saco de ração, seca ou húmida, e ficar a conhecer a campanha de adoção de cães e gatos abandonados. Escultores da terra abrilhantam 3.ª edição da Zurra A atividade organizada pela APVC é também o palco para os artistas locais. Alberto Carneiro, Manuel Dias, De Velasco e Martinha Maia juntam-se à iniciativa com a exposição de obras que não deixam ninguém indiferente. Com elementos naturais, em ferro ou madeira cada obra de arte reflete o escultor que a assina e poderão ser observadas no próximo domingo. “Apesar de terem todos linguagens diferentes, há um ponto comum: são residentes no Coronado”, afirmou André Tomé Ribeiro. “Este tipo de arte faz a ligação entre nós e o ambiente, porque não são interven-
Manuel Dias considera que Zurra “é um projeto com muitas potencialidades”
Arte e Natureza em destaque na Zurra
ções intrusivas, mas são intervenções que nos permitem a ligação à terra e à forma como se pode olhar para os elementos naturais e ver que em tudo neles há arte”, acrescentou. Recuando a idades que o tempo leva mas a memória não apaga, De Velasco apresenta a sua “Lagoeira da Laberca”, que lhe lembra “os tempos de menino”. “Uma das coisas que é importante para nós é fazer com que as pessoas do Coronado vejam também mais alguma coisa para além daquilo que é normal ver, derrubar barreiras que existiam e que, infelizmente, ainda existem, de que só se considera arte aquilo que já foi visto em muitos lados”, afirmou o escultor acerca da sua participação na Zurra. Para De Velasco “a arte baseia-se na Natureza”. “Kant dizia que quem imitasse a Natureza iria mais além. Nós também imitamo-la. Viemos com muito prazer e queremos também que a chamada cortinharte, que é a arte na cortinha, possa ser uma semente que
amanhã pode dar frutos”, assegurou o artista mamedense, que considera que “é um mar de rosas andar na arte”. “Pode ser importante trazer a arte para os espaços rurais para proporcionar às pessoas a visão destas manifestações de arte”, finalizou. Manuel Dias é de Espinho, mas a Trofa é o seu refúgio há 24 anos. O escultor considera que a Zurra “é um projeto com muitas potencialidades e muito saudável para aproximar as pessoas e integrá-las na Natureza e na arte”. A quinta onde estarão expostos os trabalhos permite que “se confunda a Natureza com os próprios grafismos”, no seu caso “feitos de ferro”, um trabalho que contou com a colaboração de Vítor Sá da APVC que, segundo Manuel Dias, ensinou “os próprios artistas a integrarem-se na natureza que ele (Vítor Sá) conhece melhor que ninguém”. No seu caso, uma estrutura de ferro, simples e na qual se revê. “A ideia é espectacular, um animal que aparentemente ninguém dá valor mas que é encantador. Eu acho muito interessante o convite que me fizeram”, adiantou o artista que considera que o evento “ganha uma dimensão muito interessante, fora do vulgar e pioneira”. Assim, Manuel Dias espera “que isto prolifere e que dê oportunidade a muitas outras pessoas”, afirmou. Amigo e aprendiz de Alberto Carneiro, De Velasco não lhe poupa elogios nem, conjuntamente com Manuel Dias, uma homenagem. Motivos de saúde no caso do guru da arte, Alberto Carneiro, e motivos profissionais no caso de Martinha Maia, não desvalorizam as suas obras, mas impedem-nos de marcar presença. E, ao lado da árvore que Alberto Carneiro transformou numa obra de arte, De Velasco e Manuel Dias
recordam o mestre da arte. Manuel Dias relembra o amigo de longa data, Alberto Carneiro, que considera ser “a pessoa que mais está ligada a este projeto como escultor”. “Por razões de saúde ele não pode estar presente. Ele lamenta muito, mas está presente em espírito e a obra está à disposição de todos”, acrescentou o aprendiz de Alberto Carneiro, De Velasco. E também Martinha Maia não é esquecida pelos dois escultores, que veem nela uma jovem promissora. Vindos de vários pontos da Trofa, e também de outras cidades, esperam-se mais de uma dezena de burros e muita animação e aprendizagem para a terceira edição da Zurra. “A festa tem-se vindo a sedimentar e tem criado raízes importantes. Penso que se este ano correr tão bem como o ano passado já não é mau, isso é o que nós queremos”, afirmou o presidente da APVC, André Tomé Ribeiro. Mas desenganem-se os que acham que é simples organizar um evento como a Zurra e, nesse sentido, a APVC deixa um apelo: “Alertamos que a ZURRA tem custos elevados para a modesta realidade económica da nossa associação – diga-se, sem fins lucrativos e com recursos financeiros muito limitados. Assim, a APVC tenta cultivar a outra sustentabilidade – a financeira – e cobre as despesas do evento através de donativos e da quotização dos associados (€5,00/ano, cinco euros)”, afirmou fonte da Associação. Tidos como inteligentes e de personalidade vincada, os burros são animais dóceis e com muito para ensinar. Já lá diz o ditado ‘são burros mas sabem-na toda’. O programa ideal para juntar a família e trocar a agitação da cidade pelo sossego do campo, num programa educativo e em boa companhia: os burros.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Atualidade
Muitos romeiros e peregrinos nas festas de S. Gens
Orquestra Ritmos As festas de S. Gens e Nossa Senhora da Alegria contaram com a participação de muitos romeiros e pere- Ligeiros grinos. na digressão “My Way” D Cátia Veloso
epois de muitos anos, a peregrinação do facho no Dia de S. Gens contou com quatro andores: S. Gens, Nossa Senhora da Alegria, S. Miguel e Santo António. Este momento religioso ganhou uma beleza especial com o extenso tapete que, segundo o responsável pelas festas Manuel Ramalho, foi alvo de “muitos elogios” dos visitantes que subiram até ao Monte de S. Gens. “Foi um trabalho muito bonito das pessoas de Cidai, a quem agradeço o esforço para contribuir para o sucesso das celebrações”, referiu em declarações ao NT. Manuel Ramalho não continha a satisfação nas palavras quanto à adesão às festas este ano. “Este ano foi excecional. Apesar de se terem realizado festas no mesmo fim de semana e de o tempo estar bom para se ir à praia, contamos com muitos visitantes oriundos da toda a região. Tivemos, inclusive, muitos peregrinos que vieram a pé desde as Caxinas”, contou. E se o cenário na manhã de domingo “foi muito positivo”, à tarde o sucesso confirmou-
Peregrinação do Facho com quatro andores
-se. Segundo Manuel Ramalho, o festival de folclore organizado há vários anos por altura das festas de S. Gens pelo Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado “teve mais do dobro do público que no ano passado”. “As pessoas já sabem que este festival se tornou uma tradição e aparecem”, sublinhou. O sucesso das celebrações marcou os 65 anos da inauguração e bênção da Capela de
S. Gens. No sábado, 3 de setembro, foi o Dia de Nossa Senhora da Alegria, que ficou marcado por uma missa solenizada, com Oração das Mães e consagração das crianças. O programa encerra no dia 19 de setembro, com o Dia da Gente do Mar, celebrizado pelas peregrinações a pé de centenas de pessoas que vêm cumprir promessas.
A Orquestra Ritmos Ligeiros (Pop Rhythm Orchestra) continua a acompanhar a digressão do espetáculo “My Way – Big Casino”, que durante cerca de duas horas leva os espectadores a uma viagem pela música nacional e internacional. Rui Nova, Cristiana, Daniela Lage, Elsa Ferreira e Ana Oliveira, acompanhados ao piano por Joaquim Bento e por cerca de 30 elementos da Orquestra trofense, apresentam “uma viagem fantástica pelo mundo da música, da rádio, do cinema e televisão”, onde se incluem canções de alguns musicais como o ‘Fantasma da Ópera’ ou da Disney. “My Way – Big Casino” segue em digressão pelo país e a 17 de setembro vai estar no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo, pelas 21.30 horas. L.O./C.V.
Abertas inscrições para a Universidade Sénior Universidade Sénior do Rotary Club da Trofa abre inscrições a 15 de setembro. Patrícia P ereira
Alemão, Arraiolos e Bordados, Artes Decorativas, Cavaquinho, Coro, Dança, Desenho e Pintura, Economia e Sociedade, Escrita Criativa, História, Informática, Inglês, Psicologia e Relações Interpessoais, Direito e Sociedade e Matemática para a vida são as disciplinas que fazem parte da oferta formativa da Universidade Sénior do Rotary Club da Trofa, para o ano letivo 2016/2017. As inscrições abrem a 15 de setembro, nas instalações da Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA). Direcionada a pessoas com idade a partir dos 60 anos, a Universidade Sénior funciona de segunda a sexta-feira entre as 10 e as 12 horas e as 14 e as 17 horas. A abertura do ano letivo está prevista para o
dia 7 de outubro. A diretora pedagógica da Universidade Sénior, Rosa Manuela Araújo, afirmou que, a par da oferta formativa, estão “previstas várias visitas de estudo ao longo do ano letivo, assim como a participação no 12.º Encontro das Universidades Seniores”, este ano a decorrer em Oliveira do Hospital. No ano letivo anterior, a Universidade Sénior teve “97 alunos inscritos nas diferentes disciplinas” e, por isso, este ano, Rosa Araújo espera que haja “mais inscrições”, de forma a “aumentar a participação da sociedade”. Segundo a diretora pedagógica, a Universidade Sénior segue o “espírito” do lema do Rotary Internacional: “Rotary ao serviço da Humanidade”.
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9 Setembro 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Há festival de folclore concelhio no Parque As tradições e os usos e costumes dos nossos antepassados vão ser representados pelos grupos e ranchos folclóricos do concelho, no 18.º Festival de Folclore Concelhio “De’Gostar Ruralidades”, que se realiza este fim de semana, dias 10 e 11 de setembro, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. No sábado, o festival começa pelas 21 horas com o Rancho Folclórico da Trofa. Seguem-se o Rancho Folclórico de Alvarelhos, o Rancho das Lavradeiras da Trofa e, a encerrar o primeiro dia de festival, o Rancho Folclórico Divino Espírito Santo. No domingo, pelas 16 horas, cabe ao Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado fazer as honras de abertura, seguindo-se as apresentações do Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, a Escola Infantil do Rancho Típico de S. Mamede de Infesta com a integração do Grupo de Tradições Infantis de Cidai e, a fechar o festival, o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado. Paralelamente ao Festival Concelhio, realiza-se mais uma edição da Feira de Ruralidades, aberta ao público entre as 19 e as 23.30 horas de sábado e entre as 15 e as 19 horas de domingo. À venda terá produtos hortícolas, frutícolas, sementes, flores, doces, compotas, mel, ovos, licores, vinhos, enchidos e artesanato. P.P.
Estágio de verão dos Meninos Cantores levou-os a Guimarães e Porto O
s Meninos Cantores do Município da Trofa (MCMT) não deixam as cantorias de parte nem nas férias de verão. Desde o dia 5 de setembro e até esta sexta-feira, dia 9, cerca de 40 elementos estiveram num estágio de verão a “recuperar as vozes depois das férias”. Os elementos do grupo podiam trazer convidados para se juntarem às atividades da tarde e quatro meninos não resistiram e juntaram-se ao Coro. Durante a manhã, o momento era dedicado ao “trabalho, essencialmente vocal e dedicado aos meninos que já estão no Coro para recuperação das vozes”, avançou a maestrina Antónia Serra. No final do dia, e já com os seus acompanhantes, realizou-se uma aula de ginástica, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima
Carneiro. O Fórum Trofa XXI foi o local escolhido para trabalharem e preparem os próximos concertos. Mas antes disso, viajaram, no dia 8 de setembro, até Guimarães para uma visita cantada ao Castelo da cidade e ao Paço dos Duques. “Fizemos uma visita ao Castelo e aproveitamos para ir cantando para as pessoas e tivemos uma receção fantástica”, explicou a maestrina Antónia Serra. “Eram muitos turistas e foram surpreendidos com música onde eles menos esperavam. Paravam todos e as crianças adoraram”, acrescentou. Esta sexta-feira, o estágio de verão dos MCMT encerrou com uma visita à cidade do Porto, nomeadamente à Casa Allen, Casa das Artes e Jardins. Mas a agenda já tem datas marcadas para outras atividades. No dia 25, os MCMT
vão “cantar no Mosteiro de Alcobaça, numa atuação integrada nas Jornadas Europeias do Património” e dois dias depois vão “inaugurar a loja de turismo do Porto”, adiantou a maestrina. “Fomos convidados pelos Serviços Educativos da Casa da Música e vamos fazer uma obra que vai ser encenada por gente da Casa da Música, nos dias 20 e 21 de janeiro. Dois concertos por dia. É um convite que muito nos honra, porque vamos abrir o ano da Inglaterra, que é o ano que comemora a Casa da Música no próximo ano”, avançou Antónia Serra, que justifica assim que “o estágio tivesse sido focado no trabalho”. Foram dias de aprendizagem e preparação para as próximas atuações que a maestrino considera “ter corrido muito bem”. L.O./C.V.
É pena, pois na luta para a criação do Concelho e para o desenvolvimento e crescimento do Concelho da Trofa, a Freguesia do Muro esteve sempre na primeira linha. Para mim, em primeiro lugar sempre esteve e está o ser humano, mas também sou defensor do nosso património, sem qualquer tipo de fundamentalismo. Não tenho qualquer aspiração a qualquer cargo político, nem sou militante das «teorias de conspiração». Sei que quando passar pela Peça Má vai surgir uma lágrima ao canto do olho. Também sei, e penso que todos sabem, que a tutela da empresa “Metro do Porto” é do Governo. É o Governo que nomeia os seus administradores e decide se deve ou não ser construído o Metro de Superfície do ISMAI à Trofa. Assim sendo, e sem eufemismos é preciso afirmar que os protestos deveriam ter sido feitos ao Governo e não a outra entidade qualquer. É ao Governo que se deve pedir responsabilidades, pois bastaria ter havido uma palavra da tutela para que a empresa “Metro do Porto” parasse de imediato a demolição. Foi o Governo, através da empresa “Metro do Porto”, que afirmou há poucos dias: «a infraestrutura não tem – nunca tal foi formal, oficial ou sequer academicamente documentado -, qualquer
tipo de valor patrimonial ou arquitetónico, pelo contrário, representa uma limitação à circulação automóvel, um fator de congestionamento e uma ameaça à segurança das populações». Uma afirmação polémica, mas oficial e contundente, com a «chancela» indireta do Governo. Provavelmente, ao longo dos tempos, os autarcas murenses e trofenses não fizeram tudo que estava ao seu alcance, para a não demolição da ponte. Nenhum executivo camarário classificou, no PDM, a Ponte da Peça Má, como salvaguarda patrimonial classificada ou em vias de classificação. E tiveram mais que tempo para isso, pois a Trofa já é Concelho há quase 18 anos e já são cinco, de diferentes cores políticas (laranja e rosa) os executivos que passaram pela Câmara Municipal. Também há ano e meio que estava prevista a demolição da Ponte da Peça Má e pouco ou nada fizeram, a não ser declarações de intenção, a cheirar a propaganda política. Este é o meu ponto de vista sobre a Ponte da Peça Má, mas também sobre os «carapaus de corrida» e as suas calinadas. Para não falar da falta de escrúpulos, de boçalidades, da baixa qualificação cívica e do oportunismo político que tem existido, e continua a existir, em relação à destruição da Ponte da Peça Má.
José Maria Moreira da Silva A Ponte da Peça Má, os “carapaus de corrida” e as calinadas Já não existe, a famosa Ponte da Peça Má, que estava localizada na Freguesia do Muro, Concelho da Trofa e servia de ligação ferroviária, até a linha do comboio Porto (Trindade) / Guimarães ter sido desativada em fevereiro de 2002. Foi ordenada a sua demolição pela empresa “Metro do Porto” e foi o culminar de um desfecho mais que previsto, que tem originado uma série de aproveitamentos políticos, como é natural em tempo de pré-campanha eleitoral, para as eleições autárquicas que se vão realizar no próximo ano. A campanha eleitoral já está no terreno, já está na rua, e a Rua José de Moura Coutinho (que é a toponímia da Estrada Nacional n.º14, em toda a sua extensão na Freguesia do Muro, Concelho da Trofa), ficou amputada, no seu início do seu ex-libris, a Ponte da Peça Má, que tinha 78 anos. Esta ponte tinha sido construída para servir a linha do comboio até à Trindade inaugurada em 30 de outubro de 1938. É bom recordar aos «carapaus de corrida», que se têm aproveitado deste assunto para fazerem campanha eleitoral, que para além da Ponte da
Peça Má, existem várias pontes, no Concelho da Trofa, que foram feitas para o mesmo efeito, na mesma época e são também infraestruturas que têm idêntico valor artístico, histórico e patrimonial. Só na Freguesia do Muro existem mais sete pontes (S. Gens, Quintão, Padrão, duas no Cambito e duas na Carriça), que também foram construídas com o mesmo tipo de arte, no mesmo formato arquitetónico e estão completamente ao abandono e em completa degradação. Algumas com graves ameaças de ruírem brevemente. Então só se defende uma, quando existem mais, no mesmo estado de degradação? Porquê este deslumbramento só por uma ponte? Pela visibilidade que ela tinha e as outras estarem mais escondidas e não terem a mesma visibilidade? Só que o perigo encontra-se em todas elas! Isto será ignorância ou desonestidade intelectual? Durante estes últimos tempos, muitos vieram para a praça pública opinar sobre o assunto, em formato de afirmações públicas, de comunicados, de posts facebookianos, quase tudo pífio e muitos a derramar «lágrimas
CRÓNICA
de crocodilo». Foram tantas as «calinadas» que se disseram publicamente, que até chegaram a escrever que a Ponte da Peça Má está situada em Lantemil, quando Lantemil pertence a Santiago de Bougado e a ponte está, e sempre esteve na Freguesia do Muro, pois nunca se deslocou do sítio onde foi construída. Chegou-se a comparar esta demolição, com a demolição, que foi feita, estupidamente em 1935, da Ponte Pensil da Trofa. Que diferença abismal. A obra da Ponte Pensil, no seu formato e no seu valor arquitetónico só havia mesmo uma, enquanto obras como a Ponte da Peça Má há muitas! Também chegaram ao cúmulo de pedirem a Deus a sua intervenção. E esta hein! Para os murenses tem sido boa esta solidariedade, que alguns trofenses decidiram prestar. Finalmente! Só foi pena não ter existido a mesma solidariedade quando a Freguesia do Muro lutou, e continua a lutar, pela vinda do Metro de Superfície à Trofa. Nesta luta do Metro, a Freguesia do Muro sentiu-se praticamente sozinha, e continua a estar sozinha. Merecia mais solidariedade dos trofenses.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Ponte da Peça Má
E a ponte foi abaixo
A Ponte da Peça Má foi demolida na sexta-feira (2 de setembro) por decisão da Metro do Porto que, face à recusa da Câmara Municipal de assumir a Cátia Veloso
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ebaixo da mesma ponte “não corre a mesma água duas vezes”, mas na Trofa escreve-se duas vezes na história a demolição de uma ponte. Depois da Pênsil - condenada pelo “progresso” - ter ido abaixo em 1935, foi a vez de a Ponte da Peça Má, erguida em 1932 entre as freguesias de Bougado e do Muro sob a Estrada Nacional 14 para possibilitar a passagem do comboio, ser destruída em nome “da segurança” e da falta de estatuto. O veredito foi da empresa Metro do Porto (MP) que há muito – desde 2007 - tinha ameaçado com o derrube do pontão, que deixou de ter serventia desde que o comboio foi suprimido naquele canal (2002). Na sexta-feira à noite, e duas horas e meia depois de iniciar os trabalhos para os quais foi contratada, a empresa ABB fez cair a estrutura para tristeza de muitos, gáudio de outros e indiferença de alguns. A notícia caiu que nem uma bomba um dia antes. Em exclusivo, o NT informou, através das redes sociais, que a Metro do Porto se preparava para demolir a ponte, após anúncio de corte de estrada publicado no Jornal de Notícias. As reações não tardaram e enquanto uns aplaudiam,
outros gastaram energias para tentar evitar a morte da ponte. Num ato de “desespero”, elementos da Junta de Freguesia do Muro, depois de reunião urgente com os elementos da Assembleia de Freguesia, decidiram apresentar um documento jurídico – espécie de tentativa de embargo - “ao dono da obra e empreiteiro”, mas estes “não aceitaram”, explicou Conceição Campos, que pelo facto de o presidente da Junta estar ausente do país, foi a porta-voz do executivo murense. Antes, contou, o “presidente da Junta, Carlos Martins, esteve numa reunião na Câmara, na quinta-feira, e não se apercebeu, ou foi mal explicado, que a ponte viria abaixo hoje (sexta-feira)”, acrescentou. Já esta quinta-feira, 8 de setembro, Carlos Martins explicou ao NT que só depois de “ver gradeamento junto à ponte” é que estranhou, por isso telefonou para a Câmara Municipal, altura em que lhe disseram “a ponte era para vir abaixo”. Por sua vez, Magalhães Moreira, vereador do Partido Socialista da Câmara Municipal da Trofa, fez saber que, na quinta-feira, ligou “ao presidente da Metro do Porto (Jorge Delgado)”, com o objetivo de “con-
seguir um adiamento dessa decisão” e assim ganhar tempo para “em conjunto com o presidente da Câmara Municipal, e afastando as questões político-partidárias, resolver esta situação”. “O senhor presidente da Metro disse-me que não podia adiar a obra, porque tinha lançado o concurso público há dois meses e que tinha avisado a Câmara do que iria fazer, dando um prazo para esta responder e tanto quanto eu sei não teve resposta nenhuma”, contou. O vereador acrescentou que questionou o presidente da Metro do Porto “sobre se se podia fazer alguma coisa para evitar a demolição” e Jorge Delgado “respondeu que se o presidente da Câmara telefonasse a dizer que assumia a ponte, a empresa impedia a realização da obra e daria à Câmara da Trofa o valor que custaria a demolição”. “Depois disto, tentei ligar com o senhor presidente da Câmara e não consegui e então liguei à chefe de gabinete, Zita Formoso, e dei-lhe conta da chamada que tive com o senhor presidente da Metro do Porto”, frisou.
Trabalhos de demolição duraram duas horas e meia
A reação da Câmara e as contradições Magalhães Moreira não sabe se Sérgio Humberto ligou para o presidente da Metro do Porto depois de ter deixado o alerta, certo é que ao início da tarde de quinta-feira a autarquia já tinha reagido à notícia da demolição, remetendo responsabilidades para a Metro do Porto e justificando que “rejeitou” a proposta feita pela empresa, “no passado”, de ficar com a propriedade da ponte, porque além de “acarretar um enorme esforço financeiro para a Câmara
Municipal”, esta “não encerra qualquer valor patrimonial arquitetónico ou cultural”, “não está abrangida pelo projeto de extensão do Metro do ISMAI até à Trofa”, “não é fundamental para a rede de ciclovias que está projetada para o Concelho” e “representa um estrangulamento da via e um ‘perigo eminente’ para os milhares de automobilistas que circulam todos os dias na EN14”. O executivo camarário escreveu ainda no comunicado, na proposta feita à Câmara, que a Metro do Porto tentou “a passagem do ónus
da salvaguarda da responsabilidade civil sobre o Pontão, bem como a responsabilidade da manutenção, conservação e limpeza da estrutura para a Câmara Municipal da Trofa, sem qualquer contrapartida”. Ora, esta explicação é contrária à informação dada por Conceição Campos, elemento da Junta de Freguesia do Muro, que afirmou ao NT que, quando o presidente da Junta, Carlos Martins, esteve na reunião de Câmara, “foi referido que a Metro do Porto ofereceu o valor da demolição para ficar com a Ponte da
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Ponte da Peça Má
a responsabilidade pela estrutura, consumou a ameaça que fazia desde 2007.
Projeto alternativo à demolição custava “entre 30 a 40 mil euros”
Eurico Ferreira tinha projeto alternativo à demolição
Não foi possível apurar qual o valor exato do custo da demolição. Uma fonte afirmou ao NT que terá custado aos cofres da Metro do Porto cerca de 35 mil euros, mas Carlos Martins, presidente da Junta do Muro afirmou que “seriam 60 ou 70 mil euros”. Porém, há quem assegure que, por valores similares, era possível solucionar o problema da circulação dos camiões naquele local. Fontes confirmaram ao NT que, há um ano
Peça Má e que o presidente Sérgio Humberto essa decisão vai ser da população”, acrescennão aceitaria”. Esta versão foi, esta quinta-fei- tou na mesma intervenção, abrindo a porta à criação de uma comissão ou à realização de ra, confirmada por Carlos Martins. um referendo. Mas essa comissão não chegou a ser criada Sérgio Humberto garantiu e o referendo também não foi mais que uma que “população” é que decidiria palavra dita. futuro da ponte Conceição Campos atribui culpas da demoO próprio presidente da Câmara garantiu, em dezembro de 2015, numa Assembleia Mu- lição “a todos os executivos que passaram pela nicipal, que a demolição da ponte era “uma Câmara Municipal até agora” e até “à Junta decisão que a Metro do Porto não vai tomar de Freguesia”. “Quando isto acontece, a culsem antes ouvir a Câmara Municipal”. “A pa é de todos”, sublinhou, sem deixar de redecisão não vai ser do executivo municipal, ferir que o Muro “está de luto”.
Reações políticas “Esta decisão foi tomada nas costas da população da Trofa, dos trofenses e ao arrepio do que havia sido prometido em Assembleia Municipal”, frisou Marco Ferreira, presidente da comissão política concelhia do Partido Socialista da Trofa. O socialista afirmou que “o presidente da Câmara da Trofa prometeu que eventuais decisões seriam tomadas após a constituição de uma comissão para o efeito ou através de um referendo local” e que “nenhuma das hipóteses se concretizou”. Considerando a ponte “uma peça arquitetónica de valor único no país”, que reflete “uma parte importante da história de desenvolvimento e crescimento da cidade da Trofa”, o socialista defendeu que “os constrangimentos viários na EN 14 podem ser corrigidos garantindo a segurança e a fluidez do trânsito automóvel”.
“A Câmara sabe desta alternativa, mas optou pela destruição”, acrescentou. Já o Bloco de Esquerda da Trofa criticou a posição da autarquia dada a conhecer através de um comunicado. Para os bloquistas, “a Trofa precisa sim de mais ação, de mais dinâmica, de mais mobilização em defesa dos seus interesses, do seu património e da sua população e não somente de comunicados vazios, redigidos em gabinetes, por assessores de imprensa, com o único objetivo de descartar responsabilidades”. “Uma posição surreal, quase inacreditável de quem tem por responsabilidade primeira defender a Trofa e os trofenses. Nem nos tempos mais negros em que pertencíamos a Santo Tirso se via um niilismo e um imobilismo assim”, acrescentaram.
e meio, o empresário trofense Eurico Ferreira custeou a elaboração de um projeto de correção da estrada, uma intervenção que custaria entre “30 a 40 mil euros”. O mesmo tinha afirmado na Assembleia Municipal de dezembro de 2015 ter uma alternativa que garantia “espaço e altura para fazer duas faixas de rodagem”, que permitissem a passagem simultânea de camiões em sentidos contrários: “Duas faixas de rodagem de três metros e meio” e “altura mínima no ponto mais crítico de 4,81 metros”. Esse mesmo projeto chegou à Junta de Freguesia que, segundo Conceição Campos, até contou com a colaboração do murense e historiador Moutinho Duarte que “ofereceu o terreno (junto da ponte) para que, se fosse necessário, se fizesse o alargamento da estrada”. “Estávamos à espera que houvesse uma comissão, conforme foi decidido numa Assembleia, e fôssemos chamados à Câmara para mostrar o estudo, para falar desse projeto e explicar que os custos não são assim tão grandes e teríamos quem nos ajudasse se a Câmara não tivesse dinheiro”, contou.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Ponte da Peça Má Ponte “sem valor”, “um encargo” e “um risco para a segurança”
Metro do Porto explica razões para a demolição
Na posse dos canais ferroviários da Trofa e Póvoa de Varzim que foram desativados em fevereiro de 2002, a empresa Metro do Porto, concessionária do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, entendeu pela demolição da Ponte da Peça Má, tecnicamente denominada “Passagem Inferior n.º 21” sobre a Estrada Nacional 14. Cátia Veloso
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uestionada pelo NT, a administração da empresa afirmou que a ponte – face à desativação da linha em 2002 – “tornou-se desnecessária e inútil” e “representava uma limitação à circulação automóvel, um fator de congestionamento e uma ameaça à segurança das populações”, acrescentando que a estrutura “não tinha qualquer tipo de valor patrimonial ou arquitetónico”. “Assim e não tendo recebido, ao longo de mais de 14 anos de discussão e de debate públicos a nível local, qualquer tipo de manifestação de interesse por parte de entidades públicas para receber a propriedade e a responsabilidade pela manutenção da Passagem Inferior nº 21, entendeu a Metro do Porto promover o estudo das condições da infraestrutura, concluindo pela necessidade imperativa de demolição da mesma”, justificou-se. À questão sobre se tinha apresentado outras soluções à Câmara Municipal, a administração da empresa respondeu que “sempre esteve disponível para entregar a infraestrutura a entidades públicas que assegurassem a sua manutenção”, acrescentando que durante o processo “manteve permanentemente informadas todas as entidades públicas”. A demolição, refere a empresa, “foi desde sempre uma solução considerada, dado tratar-se de uma infraestrutura sem uso, sem valor, que
representava um encargo e um risco para a segurança de pessoas e bens; solução que o agravamento progressivo das condições da infraestrutura, como se constatou, tornou imperiosa”. Tendo a Metro do Porto posse do antigo canal ferroviário, o NT quis saber o que a empresa pretende fazer com os edifícios das antigas estações, assim como com as pontes que estão em mau estado, nomeadamente as da EN14 e EN 318 no Muro, suportadas por escoras e claramente inseguras. A resposta foi esta: “A Metro do Porto trata com zelo todas as infraestruturas que estão sob sua responsabilidade, sendo que o seu destino futuro decorrerá das soluções que vierem a ser definidas”. Recorde-se que o NT deu a conhecer, em exclusivo, uma petição que exige uma intervenção urgente nas pontes que estão “a ruir” no Muro. “Uma vez que nunca houve qualquer intervenção de fundo, foram-se agravando as condições estruturais das duas pontes que cruzam o canal da linha na zona do lugar da Carriça e da que cruza a linha na zona do cemitério do Muro, com fissuras enormes nas junções, infiltrações de água nos pilares, aumentando exponencialmente a probabilidade de ruir por causa da degradação a que estão votadas”, pode ler-se na petição. Álvaro Neves reitera que “está em causa a segurança das pessoas que por lá passam”.
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João Pedro Costa
CRÓNICA Ponte da Peça Má: crime contra todos!
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uito se falou, com grande enfoque nas redes sociais, no súbito comunicado efetuado pela Câmara Municipal da Trofa que, de véspera, anunciou a demolição de uma estrutura quase secular – a Ponte da Peça Má, que serviu a circulação dos caminhos-de-ferro para cruzar a EN14, na freguesia do Muro. Antes de avançar, com factos concretos, de um processo que assume “contornos de conspiração”, devo deixar clara a minha posição individual: não fiquei esclarecido com os argumentos quer de um lado quer do outro; não tenho conhecimentos técnicos; não vi estudos elaborados que sustentem decisões; não senti promovido um debate que permitisse aprofundar conhecimentos e transmitir informação à população trofense, por parte dos responsáveis políticos localmente eleitos, apesar de ter sido essa a sua promessa! Comporto-me, pois como um leigo nesta matéria, “interesses” na classificação de património coletivo a preservar, lembrando-me apenas das vezes que a tradição oral se referia à “Ponte da Peça Má” como um marco do território. Situada em plena EN14, conferia diariamente a quem lá passava a certeza de que não tinha sido uma ilusão as décadas de passagem dos caminhos-de-ferro no Muro, cuja presença foi um fator crucial de desenvolvimento local, à semelhança dos grandes aglomerados de S. Martinho de Bougado e S. Romão do Coronado. O seu estado, de aparente degradação, em resultado da sua falta de manutenção desde 2002, não deixava dúvidas de que uma injustiça estava a ser cometida, há longa data contra os murenses em particular e trofenses em geral. Apesar de tudo, a ponte, considerada agora pelos decisores políticos um mero monte de pedras, “caminhava”, ano após ano, lembrando um passado glorioso dos caminhos-de-ferro na Trofa, protestando no presente pelas injustiças pelo seu “roubo”, ao mesmo tempo que esperava, mais não fosse pela sua idade, a mais que certa classificação de “interesse patrimonial”. Vamos então a factos, que deveriam ter conduzido a um desfecho diferente: Na Assembleia Municipal, de 28 de dezembro de 2015, o tema – Ponte da Peça Má – foi propositadamente abordado pelo distinto trofense Comendador Eurico Ferreira, que ma-
nifestou a sua preocupação com o seu estado e rumores, de que o executivo municipal tinha assumido um papel de desinteresse relativamente àquela estrutura – facto que se confirmou publicamente pela “frieza” no teor do comunicado. O Sr. Eurico Ferreira falou de um estudo técnico que tinha encomendado e que apontava para a possibilidade de um reposicionamento da orientação da estrada, que traria segurança e o princípio da requalificação daquela zona, passando a ponte a ficar protegida e com possibilidade de se afirmar como marco patrimonial e histórico, e com uma qualquer função que os vindouros lhe quisessem atribuir. Falou ainda de custos, irrisórios se comparados com os custos da sua demolição ou perda sentimental para muitos trofenses. Não menos importante a intervenção, na mesma Assembleia, do Professor Manuel Silva, atualmente vereador, que esclareceu todos os presentes e pessoas que acompanham “via Trofa TV” a reunião, caracterizando a ponte de “uma das últimas de alvenaria a ser construída” falando de um valor que iria muito para lá da parte patrimonial ou histórica e que tocava mesmo o imaterial, fazendo, por isso, “parte” das pessoas. As opiniões foram corroboradas, de seguida, por dois dirigentes políticos locais, Adelino Maia presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões que afirmou “o importante é que a ponte esteja em condições” e que “seria genial garantir a segurança e preservar a história”. Já Carlos Martins, presidente da Junta do Muro, foi mais longe e sugeriu “a criação de uma comissão, na qual o Sr. Eurico fizesse parte, para estudar as alternativas à demolição da ponte”. Sérgio Humberto, presidente de Câmara disse, tranquilizando os presentes, que “não há novidades” sobre o possível destino a dar à ponte “desde há ano e meio” (recordo que esta AM realizou-se a 28 de dezembro de 2015) data da última notificação da Metro do Porto à autarquia e, apesar de “haver um documento na autarquia que refere que, do ponto de vista patrimonial, a ponte não tem essa mais-valia”, o autarca assegurou que “a decisão” sobre o que fazer com a estrutura “não vai ser do executivo municipal”, afirmando mesmo que “essa decisão vai ser da população”, abrindo a porta à possibilidade de “HAVER UM REFERENDO OU
DE CRIAR A COMISSÃO”. Posto isto, passou janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, e o 1 de setembro, pelas 14:42, com a divulgação de execução de uma sentença para a ponte, marcada para as 20h do dia seguinte, dia 2 de setembro! Várias questões aqui levanto: 1.º Será legítimo um presidente de Câmara, tendo afirmado um determinado propósito, em Assembleia Municipal, agir em desconformidade com as suas próprias palavras? 2.º Terá mandato suficiente, o executivo camarário, para ignorar a vontade dos murenses que tinham deliberado em Assembleia de Freguesia a sua vontade de que a estrutura se mantivesse na sua freguesia? 3.º Que grau de conhecimento do evoluir do processo e opções foram dadas ao presidente da Junta de Freguesia do Muro, em consequência da correspondência enviada pela Metro do Porto à Câmara Municipal da Trofa? 4.º Que papel desempenhou em todo este processo o associativismo ligado à preservação do património, que nunca se pronunciou oficialmente sobre este processo? 5.º Porque sentiu a CM da Trofa necessidade de organizar o passeio de 1400 seniores (para mim idosos, e com todo o carinho!) a Lamego, acompanhados pelo presidente Sérgio Humberto, numa espécie de “alibi” quanto ao crime que foi cometido contra a memória dos trofenses? 6.º Qual o critério de comunicação utilizado pelos serviços da CM da Trofa, que na demolição dos pontilhões junto ao ciclo, deu um acompanhamento “minuto a minuto” do evoluir dos trabalhos, com o seu presidente por perto e, neste caso, refugiou-se num simples comunicado? Termino, por agora, esta minha intervenção, porém na certeza de que procurarei respostas para perceber o grau de “maturidade democrática” atualmente existente na Trofa, esforçando-me para que fique memória escrita para que os nossos filhos façam o seu julgamento...
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9 Setembro 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Ponte da Peça Má
Uma ponte com que valor? A Câmara Municipal e a Metro do Porto estão do mesmo lado na hora de responder sobre a valia patrimonial e arquitetónica da ponte. Argumento não comungado por muitos trofenses, como o historiador Moutinho Duarte e o empresário Eurico Ferreira, que foram duas das vozes que se levantaram em defesa da ponte. Cátia Veloso
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autarquia, em comunicado publicado na internet, afirmou que consultou “os serviços competentes”, que “concluíram” que “não encerra qualquer valor patrimonial arquitetónico ou cultural, sendo que o próprio Plano Diretor Municipal da Trofa não o qualifica como salvaguarda patrimonial classificada ou em vias de classificação”. Já a Metro do Porto, em resposta às questões enviadas pelo NT, afirmou que “a infraestrutura não tem – nunca tal foi formal, oficial ou sequer academicamente documentado -, qualquer tipo de valor patrimonial ou arquitetónico” e que “há mais de 14 anos -, esta infraestrutura tornou-se desnecessária e inútil, constituindo apenas um pesado encargo, dados os custos da sua manutenção, uma responsabilida-
de e um risco”. Esta posição choca com as declarações de Conceição Campos, membro do executivo da Junta de Freguesia do Muro, na noite da demolição, que afirmou que falou “com a arqueóloga da Metro do Porto, que fez um estudo que apresentou à empresa, no qual referia que a ponte deveria ser considerada património cultural e que não deveria ir abaixo, mas sim fazer-se uma intervenção, uma vez que uma alteração à estrada daria para solucionar o problema” da circulação rodoviária e que foi um dos argumentos da Metro do Porto para justificar a demolição. Por outro lado, houve outras vozes que se levantaram e que exaltaram a valia patrimonial, histórica e arquitetónica da infraestrutura. Algumas fizeram-se ouvir há já muitos anos, quando se colocou em cima da mesa, pela primeira
vez, a possibilidade da demolição. O historiador Moutinho Duarte, do Muro, foi um dos rostos da defesa da ponte, que já em 2007, em artigo publicado no antigo Jornal da Trofa, defendia que esta - nascida em propriedade do avô materno – era uma “obra de arte emblemática da freguesia de S. Cristóvão do Muro”, com “vão de 19 metros e arco de 89 aduelas”. “Inutilidade futura? E o aqueduto de Vila do Conde, ainda serve para abastecer de água o Convento das Clarissas? Ameaça ruir? E a ponte da Carriça, sob a qual passava o comboio, que foi à pressa – e ainda está! escorada?”, argumentava. Naquele artigo, publicado a 15 de junho de 2007, Moutinho Duarte temia que a ponte, tendo precedido ao seu nascimento, também lhe precedesse na morte. Foi o que aconteceu. Outro dos “gritos de alerta” foi dado pelo trofense Eurico Ferreira
que, na Assembleia Municipal de dezembro de 2015, considerava a demolição “um crime” e apelava a que não se fizesse “a mesma coisa” que se fez à Ponte Pênsil. “(A Ponte da Peça Má) é uma obra de arquitetura, não tem uma fissura nem uma pedra deslocada, tem é agressões, mas é uma obra para durar séculos e séculos”, defendeu. Mas durou apenas mais oito meses. Já Manuel Silva, vereador do Partido Socialista da Câmara da Trofa, que também defendeu, em muitas ocasiões, a preservação da ponte, explicou ao NT que a estrutura “tinha um valor material pela natureza da construção em alvenaria”, que era “símbolo de uma época e de um tempo em que o ferro já estava a substituir a pedra”. “Procurei pelo país e não encontrei nenhuma ponte com um arco daquelas dimensões, com aquele número de aduelas e dimensão de vão”.
Mas “também vale do ponto de vista imaterial”, defende, porque “fazia parte da paisagem” e “ainda podia ter uma função”. “Ela estava feita para a eternidade”, considera. A exercer funções de vereador sem pelouro, eleito pelo PS, Manuel Silva preparava, “para setembro”, a apresentação de uma moção na autarquia para levar o executivo camarário a “rapidamente sinalizar a aproximação à ponte, dando-lhe condições mínimas de segurança” e “fazer estudos necessários como é que podia ser resolvida a situação” da circulação rodoviária. Para Manuel Silva, a demolição “foi um desrespeito pelo património, pela memória e pelas pessoas que acreditaram que se encontraria melhor solução e para isso não foi tudo feito”. “Quem não preserva o passado, não consegue assegurar o futuro”, lamentou.
para pelo menos cumprir com a palavra do seu presidente, Dr. Sérgio Humberto. Sim, porque o Dr. Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa na Assembleia Municipal de 28 de dezembro de 2015, quando questionado pelo Sr. Comendador Eurico Ferreira afirmou, perante todos os presentes, e passo a citar: “(...) Não é o Sérgio Humberto, como disse o Senhor Presidente da Junta, o Carlos Martins, não é o executivo, o Prof. António Azevedo, o Vereador Renato Pinto Ribeiro, a Vereadora Lina Ramos, o Dr. Magalhães Moreira, a Dra. Teresa Fernandes, apenas, os que vão decidir isto. Obviamente, eu já tive oportunidade de falar com o presidente da freguesia do Muro, porque nós hoje estamos cá e amanhã não estamos, e portanto nós temos um legado para deixar, se, e como eu ia dizer, anteriormente o comendador Eurico Fer-
reira, que tem a honra de pertencer “COP – Conselho Consultivo Pró-Economia”, se já debatemos e foi lançado um dia, porque não, sonhar de recuperar a Ponte Pênsil da Trofa, e portanto já foi lançado esse desafio, portanto, não queremos ser incoerentes e de avaliar este valor patrimonial. (...)” Fonte: Ata n.º 18 da Assembleia Municipal de 28 de dezembro de 2015, aprovada na Assembleia Municipal de 26 de abril de 2016 com a Presença do Dr. Sérgio Humberto. Pois… Mas se estas afirmações foram convictamente afirmadas pelo Dr. Sérgio Humberto, edil do Nosso Município, a verdade é que ou não tem palavra, ou esta de pouco vale junto dos seus pares. No próximo número continuarei a apresentar-vos informações factuais acerca deste tema.
Pedro Ortiga
CRÓNICA Trofa perde mais uma parte da sua história - Parte 1
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ia 2 de setembro de 2016 ficará para sempre marcado nas páginas da história da Trofa, por aquilo que alguns apelidam de “avançar rumo à modernidade”. Bem sei que alguns dirão, mas afinal o que aconteceu de importante no dia 2 de setembro? Não tive conhecimento!!! Outros: Ah..., foi o dia do passeio sénior 2016 a Lamego com a presença do Sr. Presidente da Câmara, Dr. Sérgio Humberto. Mesmo de férias não podia perder a oportunidade de acompanhar os 1400 seniores que foram a Lamego. Pois bem, com todo o respeito pelos seniores da Nossa Trofa, porque a todos considero e respeito como fonte de experiência de vida e saber, foi também nesse dia, que todos Nós e estes inclusivamente, viram desaparecer um pedaço da história da Trofa. Mas a história mais remota deixa-
rei para uma próxima crónica. Hoje gostaria de partilhar alguns factos que me parecem relevantes para conhecermos a forma de governar a Trofa e a forma ... pouco transparente, (e mais não digo) como se gerem processos que considero importantes para a memória coletiva de todos. Como sabem a Ponte da Peça Má deixou de ser utilizada pela Linha de Comboio de Guimarães desde 2002, altura que a troco de uma promessa de trazer a modernidade, uma vez mais, com a promessa do transporte público metropolitano, o Metro, desativaram e removeram essa linha para dar lugar à linha do Metro à Trofa que até hoje não saiu do papel, com responsabilidades para todos os partidos do arco do poder, incluindo PS, PSD e CDS. Mas se esta aspiração de justiça, com o alargamento da Linha do Metro à Trofa, é insistentemente dada
como uma luta nunca esquecida ou perdida, tal já não se poderá dizer em relação à defesa da “Ponte da Peça Má”. Esta ponte hoje já não existe, perdeu-se na inércia e decisão de um executivo que afirma a decisão de nada fazer como um ato de gestão, permitindo que a Metro do Porto tomasse a decisão de a demolir, sem ouvir ou conhecer pareceres ou alternativas que permitissem conciliar a necessidade de segurança (consensual) com a preservação de uma ponte com história. Despromovida inclusive de “ponte” a “pontão”, a Câmara em comunicado, laconicamente, lava suas mãos como Pilatos e afirma “A demolição do Pontão do antigo caminho de ferro, localizado no lugar de Peça Má, na EN14, é da exclusiva responsabilidade da Metro do Porto”, como se a Câmara não pudesse tomar posição em tempo útil,
(continua em próxima edição)
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Atualidade //Correio do Leitor
Sem aviso prévio, a Ponte da Peça Má foi executada C
Parque infantil alvo de vandalismo e furto O “Croco” no parque infantil do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro foi vedado pela Câmara Municipal da Trofa, devido a atos de vandalismo e furto. Patrícia P ereira
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epois das festas em honra de Nossa Senhora das Dores, o equipamento “Croco”, que faz parte do parque infantil do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, teve que ser veda-
do, devido à ausência de peças em aço inox, que faziam parte da estrutura da ponte. Contactado, António Azevedo, presidente em exercício da Câmara Municipal da Trofa, contou que as peças tinham sido “roubadas”, tendo “a indicação de quem foi” e
de que o fez “durante o dia” com “alicate e tudo”. A autarquia já está a tratar da aquisição de novas peças, mas o presidente em exercício explicou que “todo o procedimento para adquirir qualquer coisa é muito moroso”. Já a 25 de agosto, a autarquia esclareceu na sua página oficial que o equipamento tinha sido alvo de “vandalismo e furto, pois as peças em aço inox estão a desaparecer”. Nesse sentido, a autarquia apela “a todos os que frequentam o Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, que contribuam ativamente, quer para a utilização correta dos equipamentos disponíveis, e ao serviço de todos, quer para a salvaguarda do património municipal, que pertence à Trofa e aos trofenses”. Um apelo que foi reforçado por António Azevedo, que pede às pessoas que “se vir alguém a roubar para chamar os seguranças ou a Guarda Nacional Republicana”. “Se nós não estimarmos as nossas coisas não vamos a lado nenhum”, mencionou. Já durante as festas de Nossa Senhora das Dores, os pais queixavam-se da falta das peças no equipamento, que poderia levar a que alguma criança se magoasse. Outras das preocupações dos pais estavam relacionadas com a utilização do parque infantil por jovens mais velhos e da ausência do contacto dos Bombeiros Voluntários da Trofa no painel informativo, que poderia ser necessário no caso de alguma criança se magoar.
ondenada à morte em 2007, com 85 anos de idade, a Ponte da Peça Má foi executada, no passado dia 2 de setembro. À luz de potentes holofotes que lhe realçavam a rara beleza, viu a sentença cumprir-se, pela calada da noite, sem aviso prévio. Apresentada ao mundo em 14 de março de 1932, gerada um ano antes, fruto da união entre a Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal e o empreiteiro francês André Borie, era a mais bela da região. De corpo e dimensões singulares, recebeu o nome do local onde nasceu e viveu. A via que passou a servir levou até ela o comboio inaugural que aí respeitosamente parou. Assistiu, entre vivas e aplausos, ao descerramento de uma placa pelo então Ministro do Comércio, perante o olhar extasiado do Chefe de Estado, general Óscar Carmona. Concebida para a eternidade, sem nunca mostrar quaisquer sinais de fadiga, sem qualquer problema ou o mais leve queixume, anos e anos a fio, várias vezes ao dia, num e noutro sentido, cumpriu orgulhosamente a sua função de permitir ao comboio lançar-se sobre a estrada, num ritual sem fim. Habituada a estar lá, debruçada sobre a via que liga o Porto à Trofa, ao povoar as nossas memórias, passou a ocupar um lugar nas páginas da História. Em 2002, ao roubarem-lhe os carris, o comboio deixou de passar por ela e temeu o pior. Mesmo assim, na plenitude da vida, não desesperou. Acreditava que brevemente novos desafios viriam, outras funções a esperavam. Sonhava com a passagem próxima do metro, agora sobre irmã mais jovem, mais bem preparada para os desafios da modernidade. Em vão. A sentença foi-lhe anunciada pelos jornais: condenada à morte. Os acusadores sustentavam que já não servia para nada, que era um estorvo, sem utilidade, uma ameaça à circulação. Salva in extremis por amigos da ADAPTA, seus advogados de defesa, viu a execução de pena adiada. O tempo passava. Esquecida, propositadamente deixada à sua sorte, de vez em quando, era ata-
cada por máquinas potentes e velozes que nela abriam feridas cada vez mais profundas. Sinalizar a passagem, intervir no local, reparar as feridas era quanto pedia. Nada lhe deram, tudo lhe negaram. Mesmo assim continuou hirta e robusta, firme no seu posto, desafiando o tempo e as circunstâncias, a sonhar com o futuro. De longe a longe, chegavam-lhe ecos da intenção reiterada por parte dos donos disto tudo de fazerem cumprir a sentença a seu tempo adiada. Os amigos vinham a terreiro em sua defesa. E reiteravam argumentos estafados de que a culpa pelos problemas de terceiros não era dela e que facilmente poderiam ser resolvidos. Levantaram a voz nos fóruns próprios, apresentaram ideias e projetos, chegando a ouvir juras de que nada se faria sem um estudo profundo, sem que fosse dada voz ao povo da região. Mas os senhores, nada fizeram. Decididamente, a sentença era para cumprir. Sorrateiramente, sem aviso prévio, pela calada da noite, perante o silêncio cúmplice de quem faltou à palavra e a indiferença de muitos, ela tombou, vítima de golpes fatais. Resistiu quanto pode à força bruta de homens e máquinas. Durante duas longas horas de agonia, de sofrimento, lutando com a morte que inevitavelmente viria, passou em revista os bons momentos da vida, os pais que a conceberam, os homens que carinhosamente a ajudaram a nascer, as mãos que a afagaram, o silvo e o apito dos comboios ao passarem por ela, os homens e mulheres que serviu, as vidas que ajudou a sonhar, os projetos que permitiu acontecer, os dramas a que assistiu, o julgamento sumário de que foi vítima, a sentença que lhe decretaram, os amigos que por ela se bateram, o triste fim que a esperava. Os seus restos mortais foram lançados em terreno próximo e deixados ao abandono. Dizem que antes de morrer terá dito: “Tudo está consumado. Pai, perdoai-lhe, se puderes, pois sabem o que fazem”. Manuel Rodrigues da Silva
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Atualidade
AgroSemana com mais de 50 mil visitantes A AgroSemana – Feira Agrícola do Norte realizou-se de 1 a 4 de setembro, no Espaço Agros em Argivai, Póvoa de Varzim. Patrícia P ereira
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4.ª edição da Agro Semana – Feira Agrícola do Norte “superou em larga escala as expectativas, ultrapassando os 50 mil visitantes”. Quem o afirma é a Agros, que decidiu criar este certame com o objetivo de “impulsionar, afirmar e valorizar o setor Agropecuário e Cooperativo Nacional, visando também promover o consumo e os benefícios do leite, a nossa matéria-prima de excelência”. A 4.ª edição desta Feira teve como lema “Beba leite todos os dias, toda a vida”. Este ano, “cerca de 140 expositores” de cooperativas e empresas ligadas ao setor agrícola marcaram presença com “novas áreas de negócio em exposição, novos espaços temáticos e uma maior diversidade de atividades tanto de cariz agrícola como para o público geral”. O certame apresentou um programa que incluiu o desporto, os concertos de Quim Barreiros e dos Xutos e Pontapés, o folclore e múltiplos workshops, assim como atividades dedicadas aos mais novos. “A componente técnica e profissional no programa da Feira Agrícola do Norte continua a ser um fator dife-
Iniciativa é organizada pela Agros
rencial do evento. Já um dos marcos da AgroSemana continua a ser o Concurso Raça Holstein Frísia e Concurso Open, com Animais Jovens e Animais Adultos, onde estiveram presentes cerca de 115 bovinos”, adiantou a organização em nota de imprensa. Em destaque esteve ainda o AGROlympics, que consistiu numa competição entre alunos de várias escolas do ensino profissional agrí-
cola, que tiveram oportunidade de colocar em prática as suas aptidões em diversas tarefas de cariz agrícola. Venceu a equipa da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima, que vai representar Portugal nos AGROlympics a nível Europeu. Mas o certame também foi “um evento socialmente responsável”, ao associar-se a iniciativas de cariz solidário, tendo recolhido “no
Inscrições abertas para Concurso de Pesca no Rio Ave A Casa do Povo de Lousado vai promover o 10.º Concurso de Pesca de Rio da Casa do Povo de Lousado, no dia 17 de setembro, no Rio Ave, em Santo Tirso. Os interessados podem inscrever-se através dos contactos para 916 057 133 ou 917
298 599. As inscrições são limitadas e há prémio garantido para os primeiros 15 classificados. No final, há convívio na Casa do Povo de Lousado, com jantar e entrega de prémios a partir das 19.30 horas.
“A Casa do Povo agradece o apoio das entidades públicas e privadas, que, com a sua colaboração, permitem a contínua movimentação desta instituição”, referiu fonte da estrutura. C.V.
Caminhada colorida em Santo Tirso esta sexta-feira Cinco mil pessoas – dados da autarquia – estão inscritas no “Run Tirso”, que se realiza na noite desta sexta-feira, 9 de setembro. A caminhada colorida de Santo Tirso começa no Largo Coronel Batista Coelho e é inspirada na Holi indiana, que utiliza pó colorido para fazer um “arco-íris” humano. Ao longo dos cinco quilómetros de percur-
so há ainda outras surpresas e não faltarão água, confettis e espuma. As pessoas inscritas que ainda não levantaram os kits, podem fazê-lo durante esta sexta-feira, das 14 às 18 horas, no Pavilhão Municipal de Santo Tirso. Mesmo os que não se inscreveram para receber kit podem participar, uma vez que a atividade realiza-se em espaço público.
Esta é uma das iniciativas que está em destaque no “Santo Tirso a Cores”, que decorre na sexta-feira e sábado. Depois da caminhada colorida, há a “Festa Kubik”, no Largo Coronel Batista Coelho, com muita música providenciada por DJ convidados. A mesma festa regressa no sábado à noite ao mesmo local. C.V.
total 9216 euros a reverter a favor” do Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual (Vila do Conde), do Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuído Intelectual (Póvoa de Varzim), a associação “A Cerca – Abrigo dos Animais Abandonados”, a Acreditar - Associação de Pais e Amigos com Crianças com Cancro e para os animais dos Municípios de Arcos Valdevez e de Ponte da Barca. A abertura oficial da Feira Agrícola do Norte contou com a presença do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos e do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Vieira, que foram acompanhados pelo presidente da Agros, Fernando Capela,
e pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira. Fernando Capela afirmou que esta edição estava centrada na “produção de leite”, que tem sofrido “ataques de alguns lobbys” e por isso é preciso transmitir “os benefícios do leite”, promovendo o seu consumo. Já com o “conjunto de woskhops e colóquios”, a organização quer “tentar passar alguma informação para os produtores e numa vertente citadina alguns temas para as pessoas da cidade”. Já o ministro Luís Capoulas Santos, referiu que esta iniciativa revela que, “apesar da crise, este sector é pujante e não se verga”, sendo esta “uma forma de também demonstrar a sua força”.
AgroSemana realizaou-se em Argivai, Vila do Conde
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Atualidade
Ano letivo com menos alunos e mais funcionários Já há sinais dele por todo o lado. O regresso às aulas está quase aí e já se prepara o ano letivo. Resta esperar pelo toque da campainha e dar uso aos livros em mais um ano de aprendizagem. O Notícias da Trofa foi procurar saber se está tudo a postos para o arranque das aulas. L iliana Oliveira Cátia Veloso
M
anuais escolares novos, novas matérias, material escolar para todos os gostos e vontade de aprender. No próximo dia 16 de setembro as portas das escolas abrem-se e as da Trofa não são exceção. No Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro o ano letivo que já espreita “está preparado”. A receção aos alunos em início de ciclo, ou seja pré-escolar, 1.º e 5.º ano, decorrerá na quinta-feira, dia 15 de setembro. Já na sexta-feira, o dia é de “aulas para toda a gente, em todas as escolas do agrupamento”, esclareceu Renato Carneiro, diretor do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro. A agenda é similar no Agrupamento de Escolas da Trofa. Nos próximos dias 14 e 15 de setembro está prevista a receção aos alunos e o início das aulas é na sexta-feira, dia 16. O número de alunos inscritos nos dois agrupamentos diminuiu. No Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro foram inscritos no ano letivo 2016/2017 “1772 alunos: pré-escolar – 264 crianças, divididas por 14 salas; 1.º ciclo – 572 alunos, divididos por 29 turmas; 2.º ciclo – 325 alunos, divididos por 15 turmas; 3.º ciclo – 559 alunos, divididos por 26 turmas; e no ensino secundário – 52 alunos, divididos por três turmas. Em relação ao ano letivo anterior o decréscimo ronda os 110 alunos”. “Esta queda é mais acentuada do que nos anos anteriores. Nos três anos anteriores houve uma quebra, em média, de 45 alunos, do ano passado para este ano houve uma quebra de 110 alunos”, detalhou Renato Carneiro. O cenário é idêntico no Agrupamento de Escolas da Trofa. Paulino Macedo, diretor do agrupamento, disse ao NT que este ano conta com “2605 alunos”, dos quais 316 são do pré-escolar, 710 do 1.º ciclo, 375 do 2.º ciclo, 566 do 3.º ciclo, 273 do ensino secundário regular, 177 do profissional e 88 alunos dizem
respeito a outras ofertas (como cursos vocacionais)”. O decréscimo do número de estudantes inscritos neste agrupamento, avançou o diretor, ronda os “200 alunos”. No que às Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e à contratação de professores diz respeito prevê-se que estejam concluídas aquando do arranque do ano letivo. Renato Carneiro explicou ao NT que tem “as listas dos candidatos ordenadas e publicadas na página do agrupamento” mas pretende “dar um período de três dias para eventuais reclamações”. “É provável que tenha quase a totalidade dos professores das AEC em funcionamento” mas, explicou, “há a possibilidade de substituição”, uma vez que, continuou, “se andar muito à frente com este processo os candidatos como estão desempregados vão aceitar (a proposta de trabalho), mesmo sendo longe. Se for um candidato da Maia ou de Paços de Ferreira ele vai aceitar uma colocação aqui, à espera que abra uma no concelho dele e se ele for selecionado vai para lá”, por isso “há sempre a possibilidade de substituição, mas em termos processuais está tudo pronto para eles começarem”. Em causa estão “14 professores contratados para o agrupamento”. Já Paulino Macedo adiantou que este processo “está em fase de concurso”. “Se as coisas correrem bem, na primeira semana de aulas teremos cá os professores”, acrescentou. Neste ano letivo, os Agrupamentos poderão contar com mais pessoal não docente. Renato Carneiro avançou que “é uma situação que ainda está a ser preenchida”, mas conta “com mais funcionários”, sendo que esta “foi uma diligência da Câmara Municipal”. “Temos intenções de contratar mais do que no ano anterior”, acrescentou o diretor do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro. Por sua vez, Paulino Macedo explicou que “os funcionários do quadro são os mesmos, mas houve um reforço de pessoal não docente, que vem no âmbito de protocolos feitos com o IEFP (Ins-
tituto de Emprego e Formação Profissional)” – como os CEI (Contrato de Emprego Inserção) - através de “protocolos com a Câmara”. “Contamos com um número suficiente (de funcionários)”, frisou. Quanto ao material escolar, “os livros estão a ser entregues nas escolas do 1.º ciclo e o material, que é dado aos alunos carenciados, já está nas escolas”, adiantou Renato Carneiro. No mesmo ponto de situação está o Agrupamento de Escolas da Trofa. “Estamos a começar a receber os manuais se até lá correr tudo bem no primeiro dia estamos em condições de dizer: tarefa feita”, concluiu o diretor Paulino Macedo. Refeições gratuitas para os alunos do Escalão B A Câmara Municipal da Trofa deliberou oferecer as refeições escolares aos alunos do 1.º ciclo com escalão B. Esta decisão surgiu depois de, no ano letivo anterior, a empresa responsável pelas refeições, recusar almoço a alunos com pagamento em falta. A informação foi dada ao NT pelo vice-presidente da autarquia da Trofa, António Azevedo, que acrescentou ainda a oferta dos manuais escolares aos alunos do 1.º ciclo subsidiados e não só. “Há alunos que, sem escalão, passam por dificuldades, pelo que alargamos o apoio às famílias que se encaminharem à Câmara e demonstrarem a sua condição socioeconómica desfavorável. Ou seja, no concelho temos cerca de 50 por cento dos alunos subsidiados, mas acabamos por apoiar cerca de 63 por cento”, explicou o autarca. A alunos do 1.º ano, a autarquia só oferecerá “as fichas de trabalho”, uma vez que o Governo anunciou a oferta dos manuais escolares a este nível de escolaridade. António Azevedo acrescentou ainda que, “pela primeira vez, nas escolas do concelho haverá uma tarefeira a trabalhar oito horas por dia”. No total, serão “20” as funcionárias que estarão a apoiar alunos com necessidades especiais.
Crónica
Literária mente César Alves
O bloqueio do escritor
P
olémico este assunto. Digo-o porque é um daqueles temas em que existe uma opinião generalizada. A vida ensinou-me que, generalizar, “geralmente”, dá mau resultado. O bloqueio do escritor é algo que, teoricamente, todos os escritores sentem, mais cedo ou mais tarde. Quando comecei a escrever com mais frequência, sentia-me imune a este facto. As ideias fluíam a toda a hora, o puzzle das histórias construía-se sozinho na minha mente e a minha maior dificuldade era em lidar com todas as ideias e conseguir dar-lhes uma ordem. Hoje percebo como eu também tinha um bloqueio de escritor. E foi desta forma – pela experiência – que aprendi que a opinião generalizada está errada. Ou incompleta. Todos nós já vimos – ou sentimos – o bloqueio de escritor. Mesmo num filme, ou numa série. A pessoa sentada ao computador, ou junto à maquina de escrever ou mesmo numa simples folha de papel. Faz sons com a boca, dá murros na mesa. Escreve e apaga. Escreve e apaga. O ponteiro do processador de texto vai piscando, contando os segundos, quase gozando com quem não consegue ter uma ideia. As folhas acumulam-se no caixote ou mesmo no chão. Digo que a opinião é incompleta porque… Não nos questionamos qual é a origem deste bloqueio. Há quem diga que não consegue ter ideias. Que lê livros, ouve histórias, e nunca poderia ter pensado naquilo. Ou seja, um bloqueio por falta de ideias. Há os outros, como eu, que têm excesso de ideias. E não conseguem escolher apenas uma, ou algumas
para dar atenção. As vezes temos duas ideias que pensamos ser tão boas, mas que são incompatíveis, que começamos a escrever mais do que um manuscrito. E perdemo-nos no meio de tanto trabalho. Estamos bloqueados porque raramente avançamos. Então… Como corrigir este comportamento? Como mudar? Vai depender sempre da nossa maneira de ser, da forma como estamos na vida e mesmo na escrita. Algumas soluções que podemos tentar e testar passam por sairmos da nossa zona de conforto. Sairmos do local onde costumamos escrever, escrevermos com outro método, mudando do papel para a tecnologia. Ou mesmo marcando um café com alguém diferente, visitar um local novo. Tudo o que possa estimular a criatividade é bom. O segundo bloqueio já exige outro tipo de trabalho. Mas, quanto a este, parece-me mais simples. Escolher uma ideia, ser persistente e terminá-la. Só assim poderemos desenvolver trabalho em quantidade e qualidade. Nunca sacrificando uma em prol da outra.
Livro da Quinzena: A Sorte Grande, Ferran Ramon-Cortés. Devorei este livro em cerca de uma hora e meia. É pequeno, muito leve, com um tipo de letra considerável, mas o ensinamento é tão bom, tão rico (vão perceber que este adjetivo tem alguma piada), que saltou logo para o top dos livros que mais me ensinou. De forma simples. Às vezes, é a melhor maneira. Literariamente, estamos conversados.
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9 Setembro 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Desporto
Trofense goleia Caniçal e segue em frente na Taça
O Trofense começou a prestação na Taça de Portugal com um resultado volumoso diante de um adversário do mesmo campeonato. Jovens da “cantera” destacaram-se na goleada por 5-0 ao Caniçal. Cátia Veloso
N
um jogo de sentido único, o Clube Desportivo Trofense tirou a barriga de misérias e carimbou a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal com uma goleada por 5-0 ao Caniçal. A partida colocou frente a frente duas equipas que militam na série B do Campeonato de Portugal, mas deu a ilusão que a equipa madeirense vinha de um escalão inferior, tal a diferença competitiva entre as formações. Destacaram-se os jovens da terra que aproveitaram o muito espaço concedido pelo Caniçal para dar asas ao atrevimento ofensivo. O primeiro a evidenciar-se foi André Viana, atleta formado no clube trofense que, depois de duas épocas difíceis a contas com lesões, parece querer agarrar a oportunidade de singrar no futebol. Aos três minutos, abriu caminho para a vitória da equipa, com um golo de cabeça, beneficiando da apatia defensiva do adversário. Depois do remate de Alexandre, que viu o guardião madeirense defender, foi Pedro Matos a fazer o gosto ao pé. O jovem de 19 anos, natural da Abelheira, S. Martinho de Bougado, destacou-se nos juniores do
Trofense teve jogo fácil
Rio Ave e regressou ao clube da terra para tentar dar o salto. Aos 30 minutos de jogo, após passe acrobático de Firmino já dentro da grande área, Pedro Matos não desperdiçou a oportunidade e, cara a cara com guardião Carlos Lima, atirou para o fundo das redes, fazendo o 2-0 para o Trofense. Ainda antes do intervalo, e com a tarefa facilitada face às notáveis carências do Caniçal, o Trofense chegou ao terceiro golo, por intermédio de Alexandre, que concluiu com sucesso a assistência de André Viana.
O único lance de perigo da formação insular em toda a partida aconteceu pouco depois do primeiro golo, quando Pedro Moutinho intercetou o passe de Hugo Silva e rematou para defesa de Murta. Apesar da displicência do adversário, a formação orientada por Bruno Pereira nunca baixou os braços, mostrando vontade em proporcionar espetáculo aos adeptos. Por isso, ainda houve tempo, na etapa complementar, para mais dois golos. O primeiro foi apontado por João Santos que se
limitou a “empurrar” para dentro da baliza a bola cruzada por Anthony, após boa jogada individual. O marcador fechou-se aos 5-0, com o tento de Firmino, outro dos elementos em destaque no ataque trofense. Após este triunfo, o Trofense regressa à competição na série B do Campeonato de Portugal, com viagem à Madeira para defrontar o Marítimo B, no domingo, 11 de setembro, pelas 15 horas. Bruno Pereira, técnico da equipa da Trofa, natural da Madeira, antevê que o adversário “vai encarar o jogo com cautelas porque vai encontrar um Trofense forte”. “A nossa mentalidade é entrar em cada jogo para vencer. É importante pontuar, até porque na jornada seguinte há um Felgueiras-Marítimo B, as duas equipas que estão no topo da classificação e é importante não deixarmos esses opositores fugirem”, sublinhou. Trofense-Beira-Mar na 2.ª eliminatória O sorteio da 2.ª eliminatória da Taça de Portugal decorreu na quinta-feira e ditou que o Trofense vai defrontar o Beira-Mar, que compete no campeonato distrital de Aveiro. Os jogos estão agendados para 25 de setembro.
Bruno Pereira Treinador do CD Trofense “Marcamos cedo e soubemos continuar empurrar o adversário e remetê-lo para o primeiro terço defensivo para conseguirmos ampliar a vantagem. Procuramos manter essa toada durante toda a primeira parte e entendi que era importante manter o ritmo de jogo alto até ao último minuto. Os adeptos pagam o bilhete e as cotas e querem ver golos e espetáculo e foi isso que tentamos proporcionar”.
Luís Cunha Treinador do Caniçal “Foi um jogo de sentido único. Dou os parabéns ao Trofense que foi superior em todos os aspetos do jogo. Nós, simplesmente, não existimos. Do nosso processo ofensivo nem sequer vale a pena falar. Falhou tudo. A responsabilidade total da derrota é minha”.
Pedro Matos regressa ao Trofense para singrar
O bom filho a casa torna Depois de terminar a formação no Rio Ave, Pedro Matos retornou ao Clube Desportivo Trofense, onde começou a jogar futebol federado, para fazer parte do plantel sénior. E já marca golos. Cátia Veloso
Começou a dar os primeiros pontapés na bola no campo da Louseira, ainda ele não tinha relva e cedo mostrou vontade de ir mais além na modalidade. Com dez anos envergou pela primeira vez a camisola do Clube Desportivo Trofense e por lá ficou cinco épocas até ao escalão de iniciados. Só que a ambição levou-o mais longe, até Vila do Conde, para cumprir o resto da formação no Rio Ave. E foi no último ano de júnior que Pedro Matos conheceu as luzes da ribalta, também a “reboque” de uma prestação vistosa da equipa na fase de campeão do Nacional, tendo ombreado com os “grandes” de Lisboa. “A nossa equipa esteve muito bem e, claro, quando o coletivo se destaca, o nível individual vem ao de cima”, contou o jovem de 19 anos,
Pedro Matos retornou ao Trofense
natural da Abelheira, S. Martinho de Bougado. Na goleada por 1-5 ao Sporting, Pedro Matos marcou dois golos e, por isso, guarda os momentos desse jogo na memória. Na fase de campeão, em que o Rio Ave terminou em 3.º lugar, o avançado marcou seis golos, aos quais juntou mais quatro que tinha da fase regular. Mas estes números não foram suficientes para que o Rio Ave lhe desse uma oportunidade na equipa sénior. Admite que ficou “frustrado”, mas não baixou os braços. Sem clube, Pedro Matos teve no Trofense um voto de confiança. Já faz parte do plantel orientado por Bruno Pereira e vai tentar agarrar a titularidade. No jogo de domingo, a contar para a 1.ª eliminatória da Taça de Portugal, foi um dos elementos em destaque, ao apontar um dos
tentos da goleada por 5-0 ao Caniçal. Como principais características, o jovem destaca “a rapidez, a agilidade, a habilidade com os dois pés e a cabeça, a qualidade de passe e a raça”. “Espero dar o salto”, frisou. Pedro Matos refere que o plantel que disputa a série B do Campeonato Nacional de Seniores “tem jogadores com muita experiência, está unido e tem condições para fazer uma boa temporada”. E o treinador, acrescentou, “vai transmitindo que é importante termos muita raça e que nos ajudemos dentro de campo”. Pedro Matos vê em Cristiano Ronaldo “a maior referência” e ser jogador de futebol profissional é um “sonho” que persegue desde criança. Mas os estudos não são descurados e, por isso, está a frequentar o Curso de Educação Física e Desporto no Instituto Superior da Maia.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 Setembro 2016
Desporto
Trofenses com ouro e bronze em Mundial As irmãs Vanessa e Vera Soares conquistaram a medalha de ouro e bronze, respetivamente, no Campeonato Mundial de Kickboxing de Cadetes e Juniores, que decorreu entre os dias 27 de agosto e 3 de setembro, em Dublin, com cerca de dois mil atletas de 45 países. Cátia Veloso
V
anessa e Vera Soares lá posam para a foto da praxe. Cada uma com a sua medalha, uma de ouro e outra de bronze, dão-lhe uma dentada tal e qual como nos Jogos Olímpicos, com um sentimento que mistura timidez com orgulho. Afinal, não é todos os dias que se sobe ao pódio de um Campeonato Mundial de Kickboxing. Afinal, é raro fazer a Trofa subir aos lugares mais altos do desporto. Com 16 e 15 anos, as jovens irmãs conseguiram este feito em Dublin, Irlanda, numa participação que marcou várias experiências inéditas. Uma delas foi andar de avião. Oriundas de uma família humilde, Vanessa e Vera nunca tinham viajado para outro país. Tal só foi possível graças aos bons resultados obtidos na modalidade que praticam há alguns anos graças ao projeto Cross Stars, nascido em 2012 da parceria entre a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Fizeram parte da comitiva portuguesa e partiram depois de uma preparação desigual da dos colegas da seleção e a “anos-luz” da dos concorrentes estrangeiros. Muitos dos treinos tiveram de ser feitos nos coretos do Parque Nossa Senhora das Dores, porque “a Academia Municipal (Aquaplace) fechou em agosto e não havia outro local disponível”, explicaram os treinadores Nádia Barbosa e Luís Ferreira.
Mas em cima do ringue, a falta de condições não se notou. Encararam, olhos nos olhos, as adversárias e conseguiram singrar. Vanessa Soares fez um combate numa categoria superior à dela (de -65 kg em vez de -60kg) e debateu-se com uma adversária mais pesada (-70kg), pelo que partiu em desvantagem. As contrariedades não beliscaram a prestação da atleta que, confiante, venceu a oponente oriunda da Turquia. “Pensei que ia ser mais difícil, porque era uma atleta de fora do país, mas acabou por ser fácil”, contou. Já Vera Soares, a estrear-se na variante low kick, não conseguiu suplantar a adversária polaca, nas meias-finais, apesar “de ter feito um excelente combate”, garante a treinadora Nádia Barbosa. A atleta explicou que acabou por ser “prejudica-
da pela árbitra, que considerou regras diferentes das praticadas em Portugal”. Ainda assim, ganhou a medalha de bronze e orgulha-se disso: “Sair de lá com uma medalha já é muito bom. Na escola vou ser reconhecida por toda a gente”. Também Vanessa espera ser recebida na escola como uma campeã. “Já sei que me vão dizer ‘parabéns, Vanessa’ e ‘és a maior já não me meto contigo’”, contou, entre risos. O kickboxing contribuiu para que melhorassem nos estudos e este resultado foi um dos motivos que fez a empresa Rede Ambiente apoiar o projeto e a viagem das jovens a Dublin. “Ajudamos porque vimos que este projeto é pertinente e bom para as crianças e jovens que estão numa situação de carência”, explicou Marialva Ferreira, representan-
te da empresa. Daniela Esteves, presidente da delegação da Trofa da Cruz Vermelha, admitiu que a conquista de medalhas superou as expectativas. “Elas não foram com a pressão de trazerem medalhas mas com a responsabilidade de fazer uma boa prestação”, frisou. A responsável pela instituição espera que este feito faça com que o projeto seja mais reconhecido localmente, porque “a nível nacional já ecoa e até é bandeira na Cruz Vermelha”. “Se estes prémios não vêm reforçar a importância deste projeto, então não sei que mais temos de fazer para que este consiga ter mais apoios a nível local”, sustentou. Os treinadores Nádia Barbosa e Luís Ferreira não escondem o orgulho pelo facto de o esforço que fazem
Sociedade Columbófila celebra 75 anos A Sociedade Columbófila Trofense vai comemorar 75 anos de existência. A coletividade que, segundo o presidente José Manuel Azevedo, é “a segunda mais antiga do concelho da Trofa” vai assinalar as “bodas de diamante” com um jantar no Restaurante Braguinhas no dia 16 de setembro, pelas 20 horas. “Temos a honra de convidar todos os que estão ou es-
tiveram ligados à Sociedade Columbófila Trofense ao longo destes anos a participar na festa. Contamos com a presença de todos que fazem e fizeram parte da história desta coletividade que com muito orgulho é a segunda mais antiga do concelho”, afirmou José Manuel Azevedo. Todos os interessados em marcar presença no jantar, que tem o custo de dez euros,
podem inscrever-se através do contacto para o presidente da coletividade (939 304 857). Durante o jantar decorrerá ainda a gala de entrega de prémios do último campeonato columbófilo. Recorde-se que, na campanha de 2016, ao fim de 18 provas, Domingos Pereira Silva sagrou-se campeão geral e Araújo & Filhos e Asas
de Rindo completaram o pódio, respetivamente. Domingos Pereira Silva conseguiu ainda o prémio de melhor concorrente nas provas de velocidade, enquanto Araújo & Filhos foi melhor no meio fundo. A equipa Asas de Rindo destacou-se como campeão de fundo concelhio e distrital.
O Atlético Clube Bougadense vai apresentar aos sócios e simpatizantes os escalões de formação do clube, assim como as duas equipas de seniores. A apresentação está marcada para este domingo, 11 de se-
tembro, a partir das 15.30 horas. Já às 17 horas há o jogo de apresentação de seniores, que será disputado frente ao Ribeirão Futebol Clube. A entrada no parque de jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado,
terá o custo de dois euros, a “reverter para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa”. “Nada melhor como iniciar uma nova época a ajudar aqueles que sacrificam por nós. É com este espí-
rito de solidariedade que no dia 11 de setembro se irá realizar o jogo de apresentação da equipa sénior do Bougadense contra o Ribeirão FC”, adiantou fonte do clube. P.P.
Equipas do Bougadense apresentam-se aos sócios
para apoiar, graciosamente, estes jovens darem frutos tão significativos. “Estas crianças, que nunca tiveram tantas oportunidades e facilidades na vida, quando se veem num local onde são aceites como são, agarram essa oportunidade e surpreendem. E nós dedicamo-nos a eles, somos como uma família. Deixei o meu filho e o meu marido e sacrifiquei as minhas férias para ir com elas a Dublin”, contou Nádia. Por isso, defende que “o projeto devia ter mais apoio” da comunidade porque, enquanto os colegas da seleção “têm tatamis, ringues e podem treinar a qualquer hora em ginásios”, os atletas do Cross Stars “só contam com a própria vontade e com os professores”. Atualmente, o projeto Cross Stars integra socialmente através do desporto mais de 20 crianças e jovens.
Escola de Atletismo inicia época Foi na segunda-feira, dia 5 de setembro, que a Escola de Atletismo da Trofa deu início à época 2016/2017. Os treinos decorrem às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 19 e as 20.30 horas, no recinto do Mercado e Feira da Trofa. “Vem praticar desporto”, convida fonte da Escola, que tem ao seu dispor “atletismo para todas as idades”, nas vertentes Velocidade, Barreiras, lançamentos, saltos e meio fundo. Para mais informações, contacte o 912 830 008 ou através do email escoladeatletismodatrofa@ gmail.com. P.P.
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Agenda
Dia 09 21.30 horas: Festa da Associação Cultural e Recreativa da Abelheira
Dia 10 14.30-18 horas: Open Day da Escola de Música e Artes da Trofa 15 horas: Torneio Quadrangular do Centro Recreativo de Bougado 20 horas: Apresentação do Grupo Desportivo de Covelas, no pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica e Secundária de S. Romão 21 horas: Festival de Folclore Concelhio, no Parque Nª Srª das Dores e Dr. Lima Carneiro 21.30 horas: Festa da Associação Cultural e Recreativa da Abelheira Dia 11 14.30-18 horas: Open Day da Escola de Música e Artes da Trofa 15 horas: Torneio Quadrangular do Centro Recreativo de Bougado 15 horas: Marítimo B-Trofense 16 horas: Festival de Folclore Concelhio, no Parque Nª Srªdas Dores e Dr. Lima Carneiro Dia 13 10-12 horas: Ação de sensibilização dos Primeiros Socorros, na estação de comboios da Trofa
Farmácias Dia 09 Farmácia Ribeirão Dia 10 Farmácia Trofense Dia 11 Farmácia Barreto Dia 12 Farmácia Nova Dia 13 Farmácia Moreira Padrão Dia 14 Farmácia Ribeirão Dia 15 Farmácia Trofense Dia 16 Farmácia Barreto
Telefones úteis
Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
9 Setembro 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
Team Lantemil no Celtic Challenge Trail A Associação Team Lantemil esteve representada em grande número no Celtic Challenge Trail. Já Vítor Coelho foi o 16.º português a terminar o Ultra Trail Mont-Blanc. Carla Dias (87.º). Já em masculinos, Daniel Pereira (20.º) foi o primeiro da Team Lantemil a chegar, com o tempo de uma hora, 23 minutos e 31 segundos, seguindo-se Humberto Reis (21.º), Nuno Maia (40.º), Fernando Fonseca (47.º), Carlos Costa (110.º), Ricardo Moreira (144.º) e Rogério Lopes (204.º). Viajando pelo “vasto património arqueológico e paisagístico do monte das Eiras”, o Celtic Challenge Trail promoveu “o encontro com a cultura e herança Celtibera, percorrendo trilhos com uma vista ímpar sobre o vale do Ave”.
A
Team Lantemil foi considerada pela organização do Celtic Challenge Trail como uma das equipas mais participativas, pelo “maior número” de atletas. O Celtic Challenge Trail é uma prova de corrida de montanha, organizada pela Junta de Freguesia de Joane e “meia centena de elementos do associativismo local”, que se realizou no domingo, 4 de setembro, no Parque da Ribeira na Vila de Joane, em Vila Nova de Famalicão. No Trail Warrior de 25 quilómetros, Sandra Dias (02:58:08) e Daniela Araújo (03:03:01) classificaram-
-se em 2.º e 3.º lugar. Neste percurso participaram ainda José Faria (12.º lugar), Rodrigo Joaquim (17.º), Ruben Cunha (24.º), Nélio Guimarães (36.º), Pedro Oliveira (44.º), Pedro Coelho (45.º), Ricardo Dias (53.º) e Adriano Jesus (58.º). A Team Lantemil teve representada em maior número no Trail Scout de 15 quilómetros. Em femininos, Luísa Azevedo foi a primeira da equipa a chegar, com o tempo de uma hora, 58 minutos e 16 segundos, classificando-se em 14.º lugar. Correram ainda Isabel Martins (30.º), Carla Azevedo (49.º), Sofia Naldinho (55.º), Isabel Abreu (76.º) e
Luís Manuel Campos Elias Av. Paradela, 65 4785 Trofa Exº Sr. Presidente da Direção Associação Cultural e Recreativa Paranho Rua Dr. Serafim Lima Trofa Trofa, 01 de Agosto de 2016 Venho, por este meio, apresentar o meu pedido de demissão do cargo de presidente da Assembleia Geral da Associação Cultural e Recreativa do Paranho. Esta tomada de posição tem por base motivos de força maior, que me impedem de continuar a desempenhar o cargo. Informo-o que esta decisão é irreversível e qualquer que seja a sua deliberação não obterá da minha parte outra atitude que não seja a absoluta indisponibilidade para continuar a exercer o cargo de que me demito, por mais um minuto que seja. Certo de que compreenderá as minhas razões, subscrevo-me Saudações associativas Ficha Técnica
Trofense foi o 16.º português a completar o UTMB O ultra-runner Vítor Coelho, da associação desportiva Team Lantemil, foi um dos cerca de 50 ultra runners portugueses selecionados para participar no Ultra Trail Mont-Blanc (UTMB), onde, no total, participaram 1468. A competição, uma das mais mediáticas e difíceis provas de ultra trail do mundo, começou a 26 de agosto, em Chamonix, nos Alpes Franceses. Vítor Coelho percorreu os 170 quilómetros em 40 horas e 45 segundos, terminando em 582.º lugar, tendo sido o 16.º português a concluí-la, com uma diferença de 18 horas e 43 segundos do 1.º classificado, o francês Ludovic Pommeret. Os ultra-runners percorreram “trilhos de extrema dureza, atravessando montanhas de três países (França, Itália e Suíça), num cenário alpino com condições climatéricas e geográficas extremas e com um desnível positivo de dez mil metros”. Trofa a Correr by Team Lantemil Com o objetivo de “colocar a Trofa a correr”, a Associação Team Lantemil organiza, semanalmente, “um treino livre aberto ao público”, às quintas-feiras, partir das 20 horas. O treino consiste numa corrida de dez quilómetros e para que “todos possam participar são formados dois grupos, um grupo com ritmo mais rápido e outro com ritmo mais lento”.
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Atualidade
Necrologia S. Martinho de Bougado Maria dos Prazeres Dias da Silva Faleceu no dia 18 de agosto, com 82 anos Viúva de António Sousa Teixeira Maria Antónia da Costa e Silva Faleceu no dia 24 de agosto, com 88 anos Viúva de José Azevedo Carvalho Maria da Conceição das Neves Leal Faleceu no dia 25 de agosto, com 71 anos Viúva de Mário Mamede da Costa Campos Maria de Lurdes Serra Loureiro Faleceu no dia 28 de agosto, com 68 anos Solteira Maria de Fátima de Araújo Lomba Faleceu no dia 1 de setembro, com 83 anos Casada com Joaquim Martins da Silva S. Martinho de Bougado Amares Ermelinda Rosa Pereira da Silva Faleceu no dia 29 de agosto, com 76 anos Casada com Armando de Sousa Ferreira Santiago de Bougado Júlio Guimarães de Sousa Faleceu no dia 23 de agosto, com 86 anos Solteiro Maria Celeste Azevedo de Sousa Cruz Faleceu no dia 25 de agosto, com 65 anos Solteira Arcos de Valdevez S. Martinho de Bougado Rosa Augusta Vilaverde Lopes Tarroso Gomes Faleceu no dia 22 de agosto, com 93 anos Viúva de Fernando Olavo Barreiros Tarroso Gomes Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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Desporto
Pedro Teixeira Raid Trilhos do Ave no Europeu de promete “pura adrenalina” Ciclismo de Estrada P
edro Teixeira, atleta da Associação Cultura Desportiva de Ciclismo (ACDC) da Trofa, vai disputar o Europeu de Ciclismo de Estrada, na categoria de Júnior, a realizar-se a 14 de setembro, na zona da Bretagne Francesa. A Associação “enaltece” a forma como o atleta, no primeiro ano de júnior, tem vindo “a progredir e a autossuperar os resultados e sacrifícios pessoais, culminando, na presente época, com a chamada à Seleção Nacional de Ciclismo”. “Este é um prémio de José Carlos Ribeiro e de todos que, forma direta ou indireta, ajudaram que hoje seja o que está a mostrar ser”, adiantou fonte do clube. Já nos dias 27 e 28 de agosto, a ACDC Trofa participou no Prémio internacional Alves Barbosa. Os atletas Tiago Coelho e Daniel Dias não puderam participar na última etapa, por terem “chegada fora do controlo
Um passeio de 20 quilómetros ou uma competição de 25 quilómetros. Estes são os dois percursos que compõem o Raid Trilhos do Ave, que está a ser organizado pelo Only Bike’s, que promete uma competição de “pura adrenalina”. A prova tem início pelas 9.30 horas do dia 18 de setembro, a partir das piscinas municipais de Ribeirão, Vila Nova de Famalicão, e será apadrinhada pelo ciclista famalicense, Tiago Machado, da Team Katusha.
da primeira”. Na classificação geral, Ricardo Silva ficou em 12.º lugar, a “uns escassíssimos três segundos do Top 10”, Eduardo Amorim terminou em 25.º, Diogo Narciso em 28.º e André Oliveira em 44.º lugar. Por equipas, o ACDC Trofa classificou-se em 6.º lugar. Já na disputa da camisola Juventude, Diogo Narciso ficou em 8.º lugar. P.P.
Mas há mais razões para que participe nesta iniciativa. Na zona envolvente às piscinas municipais de Ribeirão vai decorrer uma aula de zumba e ter expositores e um espaço de venda de alimentação. A participação no Raid Trilhos do Ave tem um custo de cinco euros, que inclui dorsal, seguro, reforço, banho, lavagem da bicicleta, prémios para os três primeiros masculinos e femininos e sorteio de brindes pelos números dos dorsais. “Parte do valor da
inscrição reverte a favor da Associação Mundos de Vida”, adiantou fonte da organização. As inscrições estão abertas até ao dia 16 de setembro e podem ser feitas na loja Only Bike’s, situada na Avenida da Indústria em Ribeirão, ou através do http://goo.gl/ forms/FhScqCbcqrSjY0hv1. Por “razões de segurança”, a organização “apenas aceita” inscrições de crianças com idade igual ou superior a 13 anos. Até aos 16 anos, “a inscrição é gratuita”. P.P.
CR Bougado promove torneio para apresentar plantel sénior de futsal A época do Centro Recreativo Bougado começa este sábado, 10 de setembro, com um Torneio Quadrangular que vai servir para apresentar a equipa sénior de futsal que vai militar na série 2 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Associação Recreativa Restauradores Brás Oleiro, Fute-
bol Clube S. Romão e Associação de Santo Tirso de Futsal são as equipas que participam no torneio que inicia pelas 15 horas, no pavilhão da coletividade bougadense. O anfitrião, CR Bougado, defronta o ARR Brás Oleiro, seguindo-se o confronto entre FC S. Romão e AST Futsal. A final está
marcada para as 18.30 horas. A entrada é livre. Recorde-se que o CR Bougado está a formar uma escola de futsal, contando já com equipa de iniciados, juvenis e juniores, que competem nos campeonatos federados da Associação de Futebol do Porto. C.V. pub