Edição 592 do Jornal O Noticias da Trofa

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Semanário | 14 de outubro de 2016 | Nº 592 Ano 14 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €

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Cinco feridos em choque frontal //PÁGs. 4 e 5

PCP não desiste de lutar pelo metro até à Trofa

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Foge de acidente sem prestar auxílio

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Orfeão em peregrinação a Fátima Ex-combatente testemunha sofrimento e bondade na Guiné

Incêndio na Cerealis Raid BTT da Trofa com inscrições abertas até 19 de outubro

Autarca “informado” pelo ministro que “o metro não vem” para o concelho //PÁG. 15

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O NOTÍCIAS DA TROFA 14 OUTUBRO 2016

Atualidade

APVC celebra Dia do Animal com visita guiada a crianças

DJ organiza festa de Halloween para ajudar AUAUA Aliar a festa de Halloween com a causa solidária pelos animais é o objetivo da iniciativa que o DJ Paulo Reis está a preparar para o dia 29 de outubro, a partir das 21.30 horas. O salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa vai ficar “assombrado” por uma noite, para festejar o Halloween e apoiar a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA).

Além de Paulo Reis, estão confirmados outros DJ, como “TS, Carlos Pais, Mr Strategy e Ricardo Ferrão”. A iniciativa é aberta a toda a população e a entrada tem o custo de dois euros para as mulheres e 2,5 euros para os homens. Todos os fundos angariados revertem a favor da AUAUA, que precisa de pagar tratamentos veterinários e alimentar os animais abandonados. A.M./C.V.

Poucos celebraram Dia do Animal no canil Crianças tiveram contacto com mundo rural

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Associação para a Proteção do Vale do Coronado (APVC) celebrou, a 4 de outubro, o Dia Internacional do Animal, com a visita de 95 alunos do Jardim de

Infância e 1.º ciclo da Escola Básica de Vila-Ameal, no Coronado. Para fazer os mais pequenos despertar para a Natureza, a arte e o respeito pelos animais, a APVC or-

ganizou uma visita guiada, conduzida pelo artista plástico deVelasco, às obras/instalações de Arte Ecológica/LandArt da Zurra 2016. O serviço educativo da APVC “possibilita o contacto com o mundo rural, promove a adoção de comportamentos responsáveis, o respeito pelos animais e, em geral, pela Natureza”, numa aliança entre educação ambiental e diversão. A APVC recorda ainda todos os interessados que as visitas guiadas à secção CortinhArte da Zurra 2016, no Coronado, decorrem até ao dia 16 de outubro. As visitas são grátis, mas têm inscrição obrigatória.

Jantar “Zurra” no sábado Para juntar “sócios, voluntários, artistas, parceiros, burriqueiros e... tudo-à-volta”, a Associação para a Proteção do Vale do Coronado (APVC) vai organizar o jantar “Zurra 2016”, no sábado, 15 de outubro, às 21 horas, no restaurante Refúgios, na Trofa. Esta será uma oportunidade de também fazer um balanço da edição do Zurra deste ano que, segundo responsáveis da coletividade, “foi um sucesso”. O convite é estendido a toda a população e o jantar tem o custo de 15 euros, sendo composto por entradas, prato vegetariano, de peixe ou carne, sobremesa, bebida e café. A inscrição é obrigatória e deve ser feita através do email valedocoronado@gmail.com. A.M./C.V.

Iniciativa muito pouco concorrida

Foram poucos os que passaram pelo canil da Trofa para a iniciativa que visou comemorar o Dia do Animal, organizada pela autarquia. Ao início da tarde, nem uma dezena de pessoas estavam no canil para participar na iniciativa, que contempla-

va um insuflável e passeios a cavalo para os mais pequenos. Esta atividade surgiu também como alerta para a sobrelotação do canil que, atualmente, não consegue albergar mais animais abandonados. C.V.

70 milhões para eficiência energética de edifícios públicos Com o intuito de promover medidas de promoção da eficiência energética e racionalização de consumos nas infraestruturas e equipamentos da administração local, o Programa Operacional Regional do Norte 2014/2020 (Norte 2020) lançou a concurso 70 milhões de euros. Para o concurso estão aptas as autarquias, associações e empresas do setor empresarial local, cujos investimentos estão previstos nos Pactos para o Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDTC), onde estão inseridos projetos candidatos a apoios dos fundos da União Europeia, as-

sinados pela CCDR-N (Autoridade de Gestão do NORTE 2020), Comunidades Intermunicipais da região e Área Metropolitana do Porto. A primeira fase das candidaturas termina a 28 de dezembro e a segunda a 13 de abril, sendo que os primeiros projetos cofinanciados devem ser conhecidos no final do primeiro trimestre de 2017. Para mais informações pode consultar em www.norte2020.pt/concursos/ concursos-abertos (separador Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos). L.O./C.V.


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Atualidade

CRÓNICA AQUAPLACE: A porta dos fundos da Câmara Municipal da Trofa!

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Academia Municipal da Trofa, mais conhecida por Aquaplace, foi construída através de uma empresa Municipal – a Trofa-Park – há menos de uma década. No essencial, assim aconteceu, porque à data era a forma mais fácil de poder contrair empréstimos para o município. Esta entidade era presidida no seu conselho de administração pelo presidente da Câmara Municipal da Trofa, fazendo por isso parte integrante da estratégia de governação dos destinos da Trofa. Decorria o verão de 2008, a câmara era presidida por Bernardino Vasconcelos e o empreendimento foi apresentado aos trofenses. Para que a sua utilização pública tivesse lugar, deve ter ocorrido aquilo que se designa de receção provisória da obra. (digo “deve” e assim tratarei no desenvolvimento do meu raciocínio, porque não estou nos sítios, não tenho acesso a documentos, assumindo-me meramente como uma pessoa interessada). À data, era assessor do presidente Bernardino Vasconcelos, para a área do desporto, o jovem Sérgio Humberto, agora presidente, que no desempenho das suas funções deve ter acompanhado o evoluir do projeto de construção do edifício do Aquaplace, inauguração e primeiros passos daquela nova área desportiva que prometia ser de excelência para a Trofa e de usufruto para os trofenses. Desde aquela data que, para quem ia ao Aquaplace, não era de estranhar as infiltrações e problemas naquela construção que se propagavam ao nível do chão onde o aspeto acabado deu lugar a um “esfolado” com a tinta a descascar. Não era preciso entrar nas profundezas do edifício, o próprio hall servia de péssimo cartaz de visita e denunciava o estado de degradação! As soluções ensaiadas para resolver o problema, nos anos subsequentes ao término da obra, foram meramente para mascarar o problema! Deve, portanto, ter havido diligências por parte do executivo de Bernardino Vasconcelos, no período de um ano, que o levou até ao ato eleitoral em que saiu derrotado, em 2009, assim como de Joana Lima, no seu mandato de 2009 a 2013, para que as garantias prestadas para a obra fossem acionadas e os defeitos corrigidos. Deve, por isso, no prazo normal de 5 anos em que o empreiteiro está obrigado a prestar garantia à obra,

ter havido contactos, acionados mecanismos legais, e sido defendidos os interesses dos donos desta obra – os trofenses – por parte daqueles a quem foi confiado o bom zelo da coisa pública. Ou, talvez não?! Para surpresa, ou lá está, talvez não, a Câmara Municipal da Trofa (CMT) adjudicou uma obra de € 124.882,09 (acrescido de IVA), através de um ajuste direto, no passado dia 19 de setembro de 2016, já publicado no base.gov, e cujo fim é “Beneficiação de Pavimentos e Paredes da Academia Municipal da Trofa”. Deve então, ter sido efetuada a receção definitiva da infraestrutura Aquaplace, no período do mandato de Sérgio Humberto, entre os anos de 2013 e 2016. Acho que já me baralhei! Vamos lá, retomar o raciocínio... Então, a obra apresenta defeitos desde o início, que são do conhecimento de todos os trofenses, e agora aparece uma “mega” adjudicação da CMT para resolver problemas supostamente de índole estrutural?! Interessado na matéria, peguei em livros de História, que me fizeram viajar ao tempo de civilizações, que se afirmaram pelos seus usos e costumes: na Babilónia (1750 a.C.), determinava o código de “Hammurabi” que o construtor deveria reparar a suas expensas, se um edifício não fosse executado de acordo com as suas especificações; depois disso, e no período do Império Romano (393 d.C.), impunha a constituição, para as construções uma garantia de quinze anos, responsabilizando o construtor e o seu património; ou, posteriormente em França, com o código de Napoleão (1804) a consagrar uma garantia de dez anos (garantia decenal), responsabilizando os construtores e projetistas. Estaremos neste caso perante um recuo civilizacional em que a coisa pública que deveria ser de todos não é de ninguém?! E se isto acontecesse com a sua casa, que lutas travaria o caro leitor para que o desfecho fosse diferente? Nota final: A obra que visa reparar o complexo do Aquaplace é necessária, sendo de louvar a sua execução, estranhando-se o porquê de ter sido deixado passar tempo…! Passa, por isso, o custo a ser pago com o dinheiro dos trofenses: a ser imputado a cada munícipe, segundo os censos de 2011 (49.897 habitantes), 2,50€ para cada um...

Obras no Parque das Azenhas até “meados de novembro” S

egundo os últimos prazos fornecidos pelos empreiteiros, a obra do Parque das Azenhas “estará concluída em meados de novembro”. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, quando questionado no período de intervenção do público por Luís Pinheiro, durante a sessão da Assembleia Municipal, a 30 de setembro. O autarca afirmou ainda que “o problema” das obras deste Parque e do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro foi “dinheiro”. No caso desta última, que completa a 19 de novembro um ano da sua inauguração, ainda “falta a parte de carpintaria” da zona inferior da concha acústica, “falta colocar uma obra de arte na rotunda (do Catulo)”, que será um “T estilizado com um apontamento de água de neblina”, e colocar “mais quatro pontos de luz”

arquivo

João Pedro Costa

Obra deverá estar concluída no próximo mês

na concha acústica. Na sessão, foi ainda aprovada por unanimidade a afetação ao domínio público municipal de parte do prédio propriedade do Município da Trofa. Sérgio Humberto explicou que se refere ao Parque Nos-

sa Senhora das Dores, em que a autarquia tem que “aceitar o domínio público e depois, no futuro, aquilo que é considerado o bar da comissão de festas passa para domínio da paróquia”. P.P.

Obras no Corredor Central em 2017 “Primeiro mês de 2017”. Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, espera que nesta data já “estejam no terreno” as obras do Corredor Central da Trofa. O anúncio foi feito durante a sessão da Assembleia Municipal da Trofa, a 30 de setembro, onde adiantou que “o processo está praticamente finalizado”, faltando a “negociação” que está a ser feita com “um terreno que é necessário” e “o visto do Tribunal

de Contas”. Esta empreitada surge no programa de investimento municipal na Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Trofa, apresentada a 24 de maio, que tem como visão de futuro “um ambiente urbano mais central, qualificado e atrativo para a fixação de pessoas e atividades e a geração de novas dinâmicas económicas, sociais e culturais”. O autarca afirmou que pode “ca-

lendarizar, a seguir, a requalificação da antiga estação e do armazém de madeira”, a antiga Tex - Transporte de Encomendas Expresso, e a “refuncionalização dos sanitários e também da casa onde vivia a dona Mariazinha, a refuncionalização do edifício das antigas Rações Trofenses” e a valorização urbanística da Diagonal da Trofa (Rua Conde de S. Bento e Rua Costa Ferreira)”. P.P.


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Atualidade

PS recomenda autarquia a “tudo fazer” pela vinda do metro

Na sessão da Assembleia Municipal da Trofa, a 30 de setembro, o grupo municipal do PS apresentou um voto de recomendação, para que a Câmara assuma “tudo fazer para que o metro venha até ao centro da Trofa”. Patrícia P ereira

O

grupo municipal do PS, através de Manuel João Afonso, apresentou um voto de recomendação à Câmara Municipal, que foi aprovado por maioria com o voto contra de Isabel Cruz, presidente da Assembleia Municipal. O documento recomenda ao executivo para que, “no respeito pelas responsabilidades que são suas, desenvolva todas as iniciativas que possam contribuir para trazer o Metro do ISMAI/ Maia até ao centro da Trofa, visando de uma vez por todas garantir a assunção pelo Estado Português dos compromissos assumidos nesta matéria, designadamente realizando as necessárias diligências junto dos órgãos de soberania, recorrendo mesmo, se necessário, a todos os meios legais ao seu alcance, para que os interesses e aspirações da Trofa e da região sejam respeitados”. O grupo municipal do PS declarou ainda que a autarquia trofense “deve envolver as diferentes forças partidárias e desafiar todas as instituições locais e regionais a empenharem-se neste objetivo, sem deixar de aproveitar todas as energias que as populações e a sociedade civil em geral possam colocar ao serviço desta causa que mais do que uma questão de justiça é condição para o desenvolvimento da nossa região”. O PS Trofa recomenda ainda que, tendo em conta “a curta janela de oportunidade aberta recentemente com a cativação de uma verba por parte do Governo para o alargamento da rede do Metro”, o executivo da Câmara Municipal da Trofa “faça chegar aos seus destinatários, o mais brevemente possível, o Estudo Técnico que estará a elaborar destinado a justificar o interesse para a Trofa e para a Região de fa-

zer chegar o Metro até ao centro da Trofa”, no respeito pela “recomendação constante da moção apresentada pelos vereadores socialistas, aprovada por unanimidade em reunião de Câmara de 21 de julho”. Na discussão da recomendação, Paulo Queirós (CDU) questionou “ao PS da Trofa se não é o mesmo de Lisboa” e “se não é o mesmo partido do Governo”, perguntando ainda se este é “um pedido de recomendação à Câmara ou ao Governo”. “Quando fala novamente em estudos é voltar a adiar. Se temos que fazer uma recomendação, ela devia ser mais direta e concisa, não precisávamos de tanto palavreado para não dizer nada e para não se resolver nada”, declarou. Já Alberto Fonseca (PSD) refere que este documento “vem recomendar à Câmara o que ela já está a fazer e muito mais do que isso”, sugerindo ao PS que “quando fizesse um voto de recomendação que fosse de algo que não estivesse a ser feito para que de facto acrescente algo ao que está a ser feito”. Em resposta, Pedro Ortiga afirmou que “o PS é um só e a prova disso é que a Assembleia da República aprovou aquilo que pretendem no PS Trofa e aquilo que continuam a defender”. E por causa das afirmações do ministro do Ambiente, que “repudiam publicamente”, é que o PS Trofa vai “mais longe e toma esta posição”, porque estão “ao lado da Trofa, acima do PS”. “Este estudo foi solicitado pelos vereadores da Câmara do PS e nós desconhecemos na totalidade o que está a ser feito. Defendemos desde o primeiro momento o metro até à Trofa e não até ao Muro e foi exatamente o facto deste executivo defender o metro até ao Muro, que se calhar o pôs em causa e fez as afirmações que fez”, frisou.

Voto de recomendação apresentado pelo PS foi aprovado por maioria, com voto contra da presidente da Assembleia Municipal

Já a presidente da Assembleia Municipal, Isabel Cruz, justifica o seu voto contra, por ter tido “a oportunidade de ver in loco o empenho, as idas a Lisboa e as reuniões com o senhor ministro dos Transportes” por parte deste executivo e, por isso, “não pode recomendar a quem já está tudo a fazer por isto”.

nitário, neste espaço temporal, não há mais metro até à Trofa”. Segundo Sérgio Humberto, o “argumento” apresentado pelo Governo para esta decisão tem a ver com o facto de a vinda do metro até à Trofa “dar prejuízo”, sendo que se fosse “até ao Muro dá 750 mil euros de prejuízo por ano e até ao Interface da Trofa supera um milhão e 200 mil euros/ ano”. O edil entende que esta decisão tem “outros interesses por trás, como levar (a ligação do metro) para outros concelhos”, tendo questionado “o ministro do Ambiente se a Carris, a STCP e a Metro de Lisboa davam lucro”. “É que esta é a parte de serviço público”, referiu. Sérgio Humberto disse ainda que, “ao longo destes tempos, foi-se des-

mantelando a linha”, com “cada vez menos autocarros, cada vez com menos pessoas e cada vez com horário mais reduzido, para justificar estes valores que apresentam agora”. “Ou há uma mobilização popular de todos os partidos ou então esqueçamos todos e não há metro até à Trofa, nem um centímetro”, terminou. Já no período da ordem do dia, Pedro Ortiga (PS) “reiterou o pedido para que mostre esses estudos para poderem avalia-los também”. Sérgio Humberto respondeu que estes “são números da Metro do Porto” e que lhe foram “colocados verbalmente”, sendo que é “a Metro do Porto e o Ministério do Ambiente que os (estudos) tem”.

“Se não chegar agora neste quadro comunitário, não há mais metro até à Trofa” O tema do metro voltou a ser introduzido na sessão por Paulo Queirós (CDU), que quis ser esclarecido se o executivo camarário “está a negociar com o Governo PS formas de não trazer o metro até à Trofa”. Apesar de “o PSD, o CDS e o PS não quererem o metro até à Trofa, pois já o demonstraram no tempo em que Há 14 anos que foi retirado o comboio da linha foram Governo”, o membro garante que a CDU “não desistirá de lutar”, de Guimarães na extensão da Trofa até ao Porto, assim como a população, pelo “de- com a promessa da vinda do metro até ao centro senvolvimento, mobilidade e qua- da cidade. Uma promessa que foi sendo adiada, até lidade de vida a que merece e tem direito”. “A Câmara tem o dever de que, no dia 7 de julho, parecia existir entendimendefender, esclarecer e mobilizar os to, quando a Assembleia da República aprovou por trofenses para esta luta. No passado, unanimidade o projeto de resolução do Partido Colutamos unidos pelo concelho contra tudo e contra todos e ganhamos. munista Português (PCP), que recomendava o GoPorque tem medo a Câmara de es- verno com a “construção da ligação do ISMAI à clarecer e envolver os seus muníci- Trofa, enquadrada no prolongamento da Linha C pes”, questionou ainda. (Verde) do metro do Porto, a concretizar até ao fiTambém Sérgio Araújo (PSD) quis saber se “existe mais alguma nal de 2017”. Dias depois, o ministro do Ambiennovidade sobre este tema”. te, Matos Fernandes, afirmou que esta obra “não Em resposta, o autarca trofense, pode ser” uma realidade. Mais tarde, numa audiSérgio Humberto, contou que foi informado pelo “ministro” que “o ção a 28 de setembro, Matos Fernandes confirmou metro não vem até à Trofa”. E por que está “a trabalhar numa solução alternativa” à isso garante que “se o metro não ligação do ISMAI-Trofa. chegar agora neste quadro comu-


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Atualidade

Metro até à Trofa debatido nas Jornadas do PCP A ligação do metro até à Trofa voltou à baila, desta feita nas Jornadas Parlamentares do Partido Comunista Português (PCP), que se realizaram no Porto, a 10 e 11 de outubro. L iliana Oliveira Cátia Veloso

“H

á 14 anos que a população do Muro, na Trofa, luta pela construção do metro e há 14 anos, precisamente, que lhes retiraram o comboio com a perspetiva de lhes devolverem o metro, algo que não aconteceu e que para nós é da maior justiça que aconteça”. Quem o disse foi Jorge Machado, deputado do PCP na Assembleia da República eleito pelo Porto, que mencioniou que o partido “não” vai “desistir deste projeto” e, inclusivamente, vai “manter a proposta e continuar a lutar e a insistir para que a mesma construção se concretize”. No documento das conclusões do encontro comunista, enviado à comunicação social, pode ler-se que “em matéria de acessibilidades e mobilidade das populações, um dos maiores problemas do distrito, sem prescindir da exigência de outras ligações como Porto-Gaia e Porto-Matosinhos”, é “a necessidade de concretizar o Projeto de Reso-

lução do PCP, aprovado por unanimidade na Assembleia da República, que visa o alargamento da rede do Metro do Porto no sentido de iniciar a ligação à Trofa em 2017”. Sobre este assunto, o PCP deixou clara a sua posição: “O Grupo Parlamentar do PCP não pode deixar de manifestar a sua crítica às recentes declarações do ministro do Ambiente que rejeitou a concretização da ligação do Metro à Trofa e reafirmamos os nossos compromissos junto da população”. Relembre-se que sobre a ligação do metro até à Trofa, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou, na audição dos grupos parlamentares a 28 de setembro, que a procura da linha ISMAI-Trofa “não toma mais do que quatro por cento da oferta, o que representa um prejuízo de 750 mil euros anuais”. Além disso, Matos Fernandes disse que “não” consegue “juntar-se” ao projeto de resolução aprovado por unanimidade pela Assembleia da República, a 7 de julho, que re-

Metro da Trofa foi um dos temas abordados nas Jornadas do PCP

comenda ao Governo que “a construção da ligação do ISMAI à Trofa, enquadrada no prolongamento da Linha C (Verde) do metro do Porto, inicie até ao final de 2017”. Segundo Jorge Machado, Matos Fernandes reforçou esta posição esta quarta-feira, dia 12 de outubro. “O ministro do Ambiente, do Governo

PS, insiste na não construção da linha” do metro até à Trofa, reforçou o comunista. “O que nós sabemos é que há cerca de 400 ou 500 milhões de euros que estão previstos para o alargamento do metro do Porto e de Lisboa. Desse montante de investimento ainda não está definido re-

lativamente àquilo que é a localização dos projetos. Nós, até à chamada decisão política desta matéria, vamos continuar a insistir junto do ministério e do Governo para que efetivamente se contemple a construção da linha do metro até à Trofa”, concluiu o deputado.


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Atualidade João Mendes

CRÓNICA

Contradições para lá da ponte da Peça Má

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Orfeão Santhyago em peregrinação a Fátima O Orfeão Santhyago viajou até Fátima, este fim de semana, para a 37.ª peregrinação, que já é habitual decorrer no início do mês de outubro. No sábado, dia 8, no caminho até Fátima houve tem-

po para a recitação do rosário e, à noite, os peregrinos participaram no terço e na procissão de velas que decorreu no recinto do Santuário. No domingo, pelas 8 horas, decorreu a Via Sacra nos Valinhos e,

às 11 horas, a missa. Pelas 13 horas, os elementos do Orfeão conviveram ao almoço antes da viagem de regresso à Trofa, que incluiu a recitação do terço.

Centro Comunitário viajou até Aveiro

Utentes do Centro Comunitário conheceram pontos emblemáticos da cidade

O Centro Comunitário da Trofa viajou até Aveiro, no dia 28 de setembro, para visitar alguns dos pontos emblemáticos da cidade. O percurso foi feito de comboio

até à cidade e por lá visitaram a fábrica dos ovos moles, andaram no comboio turístico e ainda percorreram a ria nos típicos moliceiros. Um dia diferente para o

Centro Comunitário que regressou à Trofa com o paladar adocicado pelos doces típicos da região, os ovos moles.

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o passado dia 20 de Setembro, a Assembleia de Freguesia (AF) do Muro reuniu para sessão ordinária e, entre outros temas que ali foram discutidos, foi aprovado, por unanimidade, um voto de repúdio pela actuação da Câmara Municipal da Trofa (CMT) no polémico caso da demolição da ponte da Peça Má, tema dominante na sessão. Significa isto, portanto, que todos os membros ali presentes, representando não apenas a candidatura Independentes pelo Muro (IPM) mas também a coligação PSD/CDS-PP, sem excepção, se uniram em torno de um sentimento de indignação pela forma como o processo foi conduzido. Segundo a peça publicada neste jornal, os elementos que compõem a AF do Muro manifestaram intenção de não deixar cair o caso no esquecimento e de o ver abordado na Assembleia Municipal (AM) que se realizou dez dias depois. António Ferreira, presidente da AF do Muro, afirmou mesmo que o executivo agiu de má-fé por ter omitido a decisão da Metro do Porto, da qual os trofenses acabaram por ter conhecimento através de uma publicação no Jornal de Notícias, acrescentando mesmo que “Houve até a coincidência de haver um passeio no dia da demolição” e demonstrando alguma mágoa por “a Câmara não ter tido a hombridade de avisar da demolição com antecedência”. Entre os representantes da IPM, Margarida Pinto questionou a validade das deliberações daquele órgão: “Se não temos poder de decisão com votações unânimes, não sei para que é que existem”. Já Pedro Amaro Santos, incisivo, considerou a condução do processo “uma canalhice”, acusando o executivo de cumplicidade com o desfecho do caso sem deixar de alargar o leque de responsáveis: “A culpa está no facto de não ter havido classificação do património e na incompetência com que se fez o Plano Diretor Municipal, está nos técnicos da Câmara e nos autarcas”. Conceição Campos, a quem a batata quente caiu nas mãos na ausência do presidente da junta, revelou ter tentado contactar, sem sucesso, o presidente da Metro do Porto. Acabou por ser atendida por um secretário que lhe

fez saber que a autarquia já tinha conhecimento da decisão. Do lado dos representantes da coligação Unidos pela Trofa, António Correia mostrou-se “indignado”, indo ao ponto de afirmar que “O processo foi tratado de uma maneira para nos enganar. O Muro foi esquecido por quem nos devia defender”. Em jeito de conclusão, aludindo à posição daquele órgão que, também por unanimidade, se uniu em torno da ideia de que a freguesia não queria aquele desfecho, António Correia rematou com um revelador “Isto só provou que não estamos aqui a fazer nada”. Carlos Martins, presidente da junta do Muro, afirmou ter ficado a saber da demolição no regresso de uma reunião na câmara municipal, na qual Sérgio Humberto o terá informado que a demolição iria acontecer, apesar de não haver ainda data definida. No entanto, ao passar junto à ponte, apercebeu-se da existência de um gradeamento, tendo contactado a autarquia que confirmou a demolição no fim-de-semana seguinte. Dez dias depois da realização desta AF, teve lugar a AM na Vila do Coronado. E apesar de tudo o que foi dito no Muro, apesar da indignação e da unanimidade, apesar da injustiça que uniu o poder e a oposição do Muro, apesar da coragem – e, por estes dias, é mesmo preciso tê-la – dos eleitos pela coligação naquela freguesia, o representante do Muro na AM, Carlos Martins, não pediu explicações ao executivo. Nem uma frase sobre o assunto. Nada. Só mesmo a jovem Margarida Pinto teve a coragem de subir a um palanque hostil e confrontar o executivo com as questões que se exigiam, pagando o preço de uma repreensão incompreensível e, a meu ver, desnecessária da parte da presidente da AM. Serei só eu a achar que algo aqui não bate certo?


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Grávidas sensibilizadas para importância do leite materno

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Atualidade

O auditório do Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, foi palco das Jornadas “Amamentação como chave para o desenvolvimento sustentável”. Na sessão, as enfermeiras do Agrupamento dos Centros de Saúde Grande Porto I Santo Tirso/Trofa expuseram os benefícios do leite materno. Cátia Veloso

C

ontém todas as proteínas, açúcar, gordura, vitaminas e água que o bebé necessita para ser saudável, assim como anticorpos e glóbulos brancos, que o protege de certas doenças e infeções. Além disso, promove o vínculo afetivo com a mãe, que facilitará o desenvolvimento da criança e o relacionamento com outras pessoas. Estes são apenas alguns dos muitos benefícios do leite materno que foram esmiuçados nas Jornadas “Amamentação como chave para o desenvolvimento sustentável”, promovidas pelo Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) Grande Porto I Santo Tirso/Trofa. Das duas sessões realizadas, uma delas teve lugar no auditório do Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, na manhã de sábado, 8 de outubro. “Informar o grupo de mulheres presente acerca da importância, não apenas nutricional, mas ainda psicológica e afetiva do aleitamento materno exclusivo até aos seis me-

ses” foi o principal objetivo da ação e, por sua vez, encerra uma das metas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que promove a Semana Mundial do Aleitamento Materno. Este é, de resto, um tema que ocupa o pensamento de todas as grávidas e o progresso e a emancipação da mulher levantam, hoje em dia, muitas dúvidas. Mas a amamentação é, segundo, a OMS “a melhor forma de alimentar e proteger o bebé”. Durante a sessão de esclarecimento promovido pelo Grupo do Aleitamento Materno do ACeS Santo Tirso/Trofa, foi evidenciada a importância da amamentação materna exclusiva até aos seis meses e traçados os desafios e as estratégias para prolongar o aleitamento. E se é verdade que o leite materno é imprescindível para o bebé, também não se pode pôr de parte os benefícios que este exercício possibilita à mãe, pois este deve ser considerado como um momento de descanso e desfrute exclusivo com o bebé. E ainda o protege de várias doenças, contribuindo também para e a economia da família, uma vez que

Futuros pais conheceram benefícios da amamentação materna

não tem custos, ao contrário do leite em pó. Para o Grupo de Aleitamento Materno do ACeS Santo Tirso/Trofa, é “prática comum associar-se às comemorações da Semana Mundial do Aleitamento Materno”. “Nos anos

Coletadas 88 dádivas de sangue

Cento e sete pessoas compareceram na colheita de sangue promovida pelo Lions Clube da Trofa em parceria com a empresa Eurico Ferreira, na manhã de sábado, 8 de outubro. Destes 107 candida-

tos, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação fez 88 colheitas de sangue e 19 tipagens de medula óssea. Este sábado, 15 de outubro, o Lions Clube da Trofa promove mais

uma colheita de sangue, entre as 9 e as 12.30 horas, na EB 2/3 de Ribeirão. Já a 29 de outubro, no mesmo horário, a colheita decorre no lar da Mundos de Vida. P.P.

transatos, tem sido prática corrente a realização no auditório da Biblioteca de Santo Tirso, porém, a fim de promover uma maior equidade entre a comunidade de utentes do ACeS, acordou-se a dinamização bipartida em dias e locais di-

ferentes”, explicou o Grupo em declarações ao NT. Durante as Jornadas, as grávidas presentes tiveram oportunidade de desfrutar de um chá e conhecer as propriedades do quivi bebé, fruto com elevados benefícios.


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Cultura

Etnográfico de Santiago promoveu desfolhada à moda antiga

O Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado promoveu a sua primeira “Desfolhada à Moda Antiga”, na noite de sábado, 8 de outubro. Patrícia P ereira

P

or esta altura do ano, vários grupos juntam-se, à noite, na eira, para o trabalho de desfolhar o milho. E a acompanhar o trabalho, há cantares e conversas, que são interrompidos quando alguém encontra o milho Rei (espiga vermelha) e percorre a roda para cumprimentar os presentes. No final do trabalho, a patroa oferece a “merenda”, que é constituída por pataniscas, sardinhas fritas, caldo de nabos e, claro, o vinho. Mas a noite não podia terminar sem o pézinho de dança, com os viras e os malhões. Assim foi passada a noite de sábado, 8 de outubro, numa eira de uma casa situada junto à Capela de Santa Luzia, em Santiago de Bougado. O Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado decidiu re-

criar uma desfolhada à moda antiga e, para tal, convidou o Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa. Pelo feedback que teve dos presentes, o presidente do Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, Joaquim Martins, afirmou que a desfolhada “correu bem”, tendo “superado” as suas expectativas. “As pessoas disseram que já há muitos anos que não viam uma desfolhada assim”, salientou, referindo que fizeram “todo o processo” das “bolas de carne e sardinhas” que também fez parte da merenda. Joaquim Martins contou que a ideia de recriar uma desfolhada surgiu pelo facto de fazerem “poucas coisas”, porque “quanto mais melhor”. Além da desfolhada, o Rancho promove “dois festivais”, estando a preparar “para breve” outra atividade.

Componentes do Rancho animaram a noite

Tradição da desfolhada foi recuperada em S. Romão Não houve milho-rei, mas a tra- e graúdos juntaram-se na missão dição cumpriu-se com grande par- de “descamisar” as espigas, semticipação. Depois de muitos anos pre com a esperança de encontrar de interregno, o Rancho Folclóri- o milho-rei e receber beijinhos, tal co de S. Romão do Coronado vol- como acontecia com os antepassatou a promover uma desfolhada à dos. A espiga encarnada não apamoda antiga. receu, mas a animação foi constanCom o apoio de um produtor, que te e para isso também contribuiu cedeu o milho, várias pessoas, en- um grupo munido de concertinas. tre componentes do Rancho e anó- “Já não fazíamos esta atividade há nimos da freguesia, participaram muitos anos e podemos considerar na atividade que deu vida ao terra- que correu muito bem, atendendo ço da sede da coletividade sediada à adesão. Este é um evento que toem S. Romão do Coronado, na noi- das as coletividades estão a destate de sábado, 8 de outubro. car, por também representar uma Pelas 21.30 horas, José Paredes, tradição muito antiga da nossa represidente da direção do Rancho, gião. Queremos continuar a fazêdeu início à desfolhada. Miúdos -la”, assinalou José Paredes, em de-

Rancho já não promovia desfolhada há anos

clarações ao NT. A noite contou ainda com a atu-

ação musical de Pedro Quina, enquanto do bar do Rancho saíam pe-

tiscos e bom vinho para reconfortar o estômago. C.V.

Mostra sobre Azenhas do Ave até final de outubro A 5.ª edição da exposição “Património à prova de água: apontamento para a salvaguarda das azenhas e açudes nas margens do rio Ave” vai evidenciar as Azenhas do Ave (Trofa, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Vila do Conde) até ao final do mês de outubro, com o intuito de suscitar a reflexão sobre a preservação e va-

lorização do património da região do Ave. Pode visitar a exposição, que resulta de uma investigação de doutoramento de Bruno Matos sobre o património constituído pelas Azenhas do Ave, entre as 10 e as 18 horas, de terça-feira a domingo, no Centro de Pedagogia Ambiental – Centro de Memória, da Câmara Municipal de Vila do Conde.

Fotografias antigas e atuais, desenhos de levantamento arquitetónico e desenhos técnicos, um mapa ortofotométrico, que localiza as Azenhas ao longo do rio Ave, e a produção de farinha num engenho tradicional de moagem, com um vídeo realizado na Azenha de Bairros, estarão em evidência na mostra. L.O./C.V.


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Atualidade

Ricardo Garcia Bárbaros

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SIAP lança campanha para ajudar polícia com ELA CRÓNICA

David Peixoto tem 40 anos, dois filhos e uma doença que lhe pode custar a vida. A esperança pode estar na Tailândia e para lá chegar David precisa de ajuda. L iliana Oliveira Cátia Veloso

uem acompanha a imprensa nacional, vai conhecendo os diversos colunistas, as suas tendências políticas e respectivas agendas. Já sabemos que, à segunda, escreve fulano x e à quinta, fulano y. Entretanto, com o tempo vamos seguindo uns e, muitas vezes por uma questão de higiene, deixamos de ler outros. E depois temos Moreira da Silva (MS) que escreve neste jornal. Seguindo a linha de César das Neves, Alberto Gonçalves (ambos do DN) ou João Miguel Tavares (Público), MS acorda todos os dias a pensar no que a famosa geringonça andou a fazer de noite. Acordou com um resfriado? Culpa da geringonça que deixou a janela aberta. Está a chover? Malditos meteorologistas da geringonça. O café não presta? Já sabemos de quem é culpa. Em artigo publicado na edição nº 589, com o título de "A «Geringonça» tem chafurdado de mais na sua própria mediocridade", começa logo com um problema de divã: precisa de ir para terapia duas vezes por semana para ultrapassar a criação da geringonça (além da

terapia, tem de ler todos os dias a Constituição, mas esta parece que queima). Entretanto, MS entra numa deriva mirabolante chamando à colação a moral e a ética para no fim andar tudo a chafurdar. Não percebi - o problema deve ser meu, confesso. Depois entram os malabaristas, como no circo, para explicar, de um modo muito próprio, a reposição de salários e direitos. Bem, antes malabaristas do que palhaços. Dando asas ao seu delírio, MS usa todas as parangonas de um tablóide na sua argumentação, tendo como expoente máximo a passagem onde fala da compra de carros topo de gama pagos com o dinheiro de todos nós, sem esquecer o habitual ataque aos partidos políticos. O importante é misturar tudo, de preferência com argumentos básicos e primários. Preocupante mesmo acaba por ser a mistura da retórica do enxofre com um certo populismo que ganha cada vez mais expressão na Europa e nos EUA.

A Escola Básica n.º 1 de Giesta, Escola Básica do Castro e a Escola Básica e Secundária de Coronado e Castro foram premiadas com o Galardão Eco-Escolas 2015/2016, durante o Dia das Bandeiras Verdes 2016, que se realizou a 30 de setembro, no Parque de Exposições de Aveiro. O Eco-Escolas é um programa internacional da “Foundation for Environmental Education”, que “pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade”. Renato Carneiro, diretor do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro, contou que as três escolas “envolveram-se durante o ano

e desenvolveram várias atividades com os alunos no âmbito da Eco-Escolas”, centrados nos temas do “ambiente, poupança de energia, da água e dos resíduos”. Entre as iniciativas promovidas, o diretor destacou “desde atividades ligadas à jardinagem e compostagem a comemorações do Dia da Terra, da Alimentação e da Semana da Floresta”. Renato Carneiro afirmou que, com estas atividades, as escolas pretendem “sensibilizar os miúdos para um ambiente mais ecológico”. E como forma de “valorizar as escolas e o trabalho dos alunos”, a Associação da Bandeira Azul da Europa entrega estes galardões pelos “trabalhos desenvolvidos no âmbito do Eco-Escolas”. P.P.

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uando o assunto é a solidariedade não há barreiras geográficas que interessem. David Peixoto tinha até junho deste ano uma vida perfeitamente normal. David representou Portugal em missões da ONU e da NATO, foi condecorado nacional e internacionalmente e enveredou, posteriormente, pela segurança interna na PSP, pertencendo ao Comando Metropolitano do Porto. Vive em Braga com a esposa, que trabalha numa empresa da Trofa, e os dois filhos e viu a sua vida mudar quando lhe foi diagnosticada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) na forma medular. Uma doença que está, de forma cavalgante, a impedir a sua mobilidade e qualidade de vida. A esperança está longe e é dispendiosa. O tratamento para esta doença neurodegenerativa, que afeta 800 pessoas em Portugal e que pode matar em cinco anos, está na Tailândia, ainda em fase experimental. David Peixoto precisa também de equipamentos de apoio de valor muito elevado. Por isso, o Sindicato Independente de Agentes

David tem 40 anos e foi-lhe diagnosticada Esclerose Lateral Amiotrófica

de Polícia (SIAP) e o Regimento de Cavalaria n.º6 puseram mãos à obra e lançaram uma campanha de solidariedade para angariar fundos que ajudem David. O objetivo por agora é travar a evolução da doença, por isso toda a ajuda é importante. A par das iniciativas que têm sido organizadas, como caminhadas e mi-

ni-maratonas, pode ajudar o David a embarcar para a Tailândia à procura da esperança. Para isso, pode usar o IBAN PT50 0018 0003 1233 7833 0257 8 (Conta SIAP com David Peixoto). Para mais informações pode acompanhar a página do Facebook do Siap Sindicato (www.facebook.com/siap.sindicato/).

Recolha de alimentos Agrupamento da Cruz Vermelha do Coronado e Castro foi das melhores desde 2012 tem três Eco-Escolas

Delegação da Trofa contou com solidariedade da população trofense

Os trofenses foram solidários e fizeram da recolha de alimentos, que se realizou de 7 a 9 de outubro no Continente, a segunda melhor desde 2012. No total, foram angariados 3181 alimentos, um núme-

ro que andou perto dos 3999 bens alimentares recolhidos em outubro de 2014.Arroz, bolachas, enlatados, leite e massa foram dos alimentos mais oferecidos. Com o objetivo de manter em funcionamento a canti-

na social e dar resposta aos apoios de emergência, os trofenses disseram ‘presente’ e contribuíram para uma causa comum. L.O./C.V.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 14 OUTUBRO 2016

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Incêndio em chaminé da Cerealis

Um incêndio no centro produtivo da Trofa da empresa Cerealis, situada na Rua Entre Linhas, em Santiago de Bougado, mobilizou uma dezena de elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa. Patrícia P ereira

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o ser detetado um foco de incêndio numa das linhas do centro produtivo da Trofa da Cerealis, foram acionados os Bombeiros Voluntários da Trofa, cerca das 15.35 horas desta quinta-feira, 13 de outubro. À chegada ao local, os soldados da paz “detetaram um foco de incêndio no piso inferior, que tinha bastante fumo”, e onde as “condutas estavam em chamas”, segundo adiantou Filipe Coutinho, 2.º comandante dos Bombeiros da Trofa. Com “o fumo que saía das condutas”, foi “necessário desmontar as condutas para ver onde o fogo deflagrava”. O 2.º comandante mencionou que os operacionais tentaram, “através da parte superior, chegar ao foco de incêndio”, mas acabou por “não ser necessário, porque o fogo foi combatido pelo interior da fábrica e rapidamente extinto”.

No combate às chamas estiveram dez elementos, apoiados por duas viaturas de combate a incêndios e uma ambulância, por “precaução”. Contactada a empresa, João Paulo Rocha, diretor de comunicação da Cerealis, adiantou que se tratou de “um foco de incêndio localizado na chaminé externa de uma das linhas da fábrica”, tendo, por “uma questão de precaução e de segurança, evacuado” o centro produtivo. “Está tudo controlado e não houve qualquer incidente com qualquer um dos nossos colaboradores. Desde as 16.15 horas demos por controlado todo este pequeno incêndio e vamos retomar a produção com toda a normalidade”, declarou. O diretor de comunicação referiu que “não” estão “em condições de definir bem os danos”, mas “a expectativa é que não são danos gravosos e a fábrica vai laborar com toda a normalidade”.

Incêndio mobilizou uma dezena de bombeiros

Ninho de vespas perto de escola

Detidos pela prática de jogo de fortuna e azar Um empresário e um motorista, residentes na Trofa e em Santo Tirso, respetivamente, foram detidos pela Polícia de Segurança Pública (PSP) por “prática de jogo de fortuna ou azar”. A detenção ocorreu pelas “15.45 horas” do dia 10 de outubro, no estabelecimento de café “explorado pelo empresário”, em Santo Tirso. Segundo nota de imprensa da PSP, agentes do efetivo da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial

Ninho foi detetado numa das janelas de uma habitação na Rua Alberto Pimentel

Numa habitação que aparenta estar abandonada, as vespas encontraram um lugar num beiral de uma das janelas para construir o seu ninho. O alerta foi dado por João Correia que, ao início da tarde de segunda-feira, 10 de outubro, alertou as au-

toridades para um ninho de vespas numa habitação situada na Rua Alberto Pimentel, em S. Martinho de Bougado. O facto de o ninho se encontrar numa rua próxima à Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Mar-

ques, levou João Correia a alertar a Proteção Civil. Mas, o certo é que no fecho de edição do jornal, na quinta-feira, o ninho ainda continuava alojado na habitação. P.P.

da Divisão de Vila do Conde verificaram que, no “interior de um estabelecimento de café”, “o motorista se encontrava a jogar numa máquina de jogo ilícito”. Duas máquinas de jogo foram apreendidas, assim como “a quantia de 77 euros, que estava no interior” das mesmas. Os dois homens, de “38 e 24 anos de idade”, foram notificados para comparecerem junto das autoridades judiciárias. P.P.


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Foge do acidente sem prestar auxílio

Cinco feridos em acidente rodoviário Quatro viaturas estiveram envolvidas num acidente que ocorreu na Estrada Nacional 14, junto à Capela de Nossa Senhora da Livração, em Santiago de Bougado. Viatura chocou contra uma árvore após alegado choque com outra viatura

Uma viatura seguia na Rua Central, no sentido Santa Cristina do Couto-Covelas, quando terá colidido com outro veículo, acabando por se despistar e bater contra uma árvore. O acidente terá ocorrido cerca das 11.45 horas de quarta-feira, 12 de outubro, próximo do Lar do Emigrante, e a outra viatura envolvida no acidente ter-se-á colocado em fuga. O condutor da viatura, com cerca de 40 anos, sofreu ferimentos ligei-

ros e foi transportado pelos Bombeiros da Trofa para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. A prestar socorro estiveram sete elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa, apoiados com uma ambulância e um veículo de desencarceramento. A Guarda Nacional Republicana da Trofa também esteve no local a registar a ocorrência. P.P.

Patrícia P ereira Hermano M artins

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som das sirenes dos meios de socorro, depois do “estrondo” das viaturas, atraiu muitas pessoas até perto da Capela da Senhora da Livração, para ver de perto o acidente que tinha ocorrido há instantes na Estrada Nacional 14, em Santiago de Bougado. Quatro viaturas ligeiras estiveram envolvidas no acidente rodoviário, que ocorreu na noite de 7 de outubro. Segundo Filipe Coutinho, 2.º co-

mandante dos Bombeiros Voluntários da Trofa, à sua chegada depararam-se com “duas viaturas que tinham colidido frontalmente”, existindo “duas vítimas encarceradas numa das viaturas”, tendo sido “necessário recorrer ao material de desencarceramento para retirar as vítimas”. O alerta chegou ao quartel pelas 23.25 horas e para o local foram mobilizados 15 elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa, apoiados por cinco ambulâncias e uma viatu-

ra de desencarceramento, e a equipa do Suporte Básico de Vida da unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). Do acidente rodoviário resultaram cinco vítimas com ferimentos ligeiros, que foram transportadas para a unidade de Vila Nova de Famalicão do CHMA. A Brigada de Trânsito da GNR do Porto tomou conta da ocorrência e controlou o trânsito, que esteve condicionado.

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Torcato dita tendências primavera/verão no Portugal Fashion

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Portugal Fashion continua a trazer à passerelle as tendências da moda. Esta sexta-feira, 14 de outubro, pelas 18 horas, na Alfândega do Porto, é a vez do trofense Júlio Torcato apresentar a sua coleção pri-

mavera/verão. Ao jornal O Notícias da Trofa, Júlio Torcato afirmou que “é sempre um prazer” voltar ao palco do maior evento de moda do Porto. “Eu estou praticamente desde o início com o Portugal Fashion, sendo este o local onde apresento as minhas coleções, e espero que desta vez, a exemplo das edições anteriores, seja um sucesso”, antecipou o estilista trofense. (Not Only) Ordinary People é o nome da coleção que vai apresentar as tendências criadas por Júlio Torcato para as estações de calor de 2017. “Para esta coleção vamos fazer uma reedição da Ordinary People, um tema que já fiz há alguns anos numa edição do Portugal Fashion, em que a roupa e a coleção são para pessoas comuns de todas as idades e especiais, que gostam de afirmar alguma diferença e identidade”, adiantou Júlio Torcato. Uma coleção que o estilista define como “moderna, com um cariz cosmopolita e urbano” que, desta vez, é mista. Tons verde e rafa, verde militar, azul marinho, muito denim lavado, claro e escuro, branco, bege e brick vão dominar as peças do trofense e estarão em voga na primavera/verão de 2017. Mas Júlio Torcato não vai ser o único trofense a brilhar na passerelle. André NO, além de ser responsável pela música original do desfile, vai ele próprio passear as peças da nova coleção de Júlio Torcato pelo palco do Portugal Fashion. O cabeleireiro Miguel Viana é outro dos convidados de Júlio Torcato, que assume a responsabilidade de abrir o desfile. L.O./C.V.

Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis

Aprender a contar, ler e escrever em S. M. Bougado

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odos se devem lembrar de uma pequena casa, construção de linhas bastante simplistas que existia junto da Capela de Nossa Senhora das Dores que nos últimos anos da sua presença, serviu de apoio ao bar da Comissão de Festas e em tempos anteriores também como edifício da Junta de Freguesia de S. M. Bougado. Contudo, não foram apenas estas as suas funções de apoio à comunidade. Naquele humilde e simples edifício funcionou durante décadas, um estabelecimento de ensino primário que teve o seu primeiro professor, António da Costa Araújo, nascido em Paradela a 4 de março de 1861, ensinando a primeira grande geração de trofenses a ler e escrever. Lecionou até à sua morte em 1919, residindo no Lugar da Lagoa em Santiago, tendo morrido naquele lugar onde teria ido morar após o seu casamento. O despacho régio nos últimos anos de reinado de D. Luís I para a construção de uma escola em S. Martinho de Bougado, foi redigido no ano letivo de 1885/86, concretamente em 1886, para servir a comunidade com uma escola do sexo masculino. A primeira professora primária do ensino oficial foi a D. Maria da Luiz Costa Macedo que lecionou na Trofa, natural da freguesia do

Bonfim no Porto, iniciando funções na Trofa em 1904, quando é criada a primeira escola oficial para meninas com a sua sala de aulas a ser próxima ao caminho de ferro no término da Rua da Banda da Música da Trofa com o Largo Ponto Chic, ficando no cargo até 1922. Casou na Trofa, o seu marido era natural da nossa cidade, contudo, devido a afazeres profissionais regressou ao Porto onde faleceu em 1978 com 95 anos de idade. Paralelamente, existiam também estabelecimentos de ensino onde algumas “entendidas”, mestras sem preparação, ensinavam as primeiras letras e também a arte da costura aos alunos. Na Trofa a responsável por este tipo de escola era uma senhora da Póvoa do Varzim que veio lecionar para a Trofa, sendo conhecida popularmente pela “Mestre das Abelhas” e tinha a sua escola próxima do cruzeiro e do entroncamento entre a Rua de S. Martinho e Rua Alberto Pimental. As obras de requalificação do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro ditaram a demolição da primeira escola primária da freguesia de S. Martinho de Bougado perdendo-se um dos pedaços da sua história para as garras do progresso.

Trofa foi palco de encontro de paraquedistas de 1973 Quase uma centena de ex-combatentes reuniram-se a 8 de outubro, na Trofa, para o 20.º encontro dos ex-combatentes paraquedistas da 3.ª Companhia de Alunos de 1973 da Escola de Tropas Paraquedistas de Tancos, cujo 43.º aniversário foi também motivo de festejo. L iliana Oliveira Cátia Veloso

“Recordamos aquilo que passamos. Todo aquele sofrimento e os bons momentos que vivemos em conjunto”. Foi assim que Manuel Santos Silva descreveu o dia dedicado às memórias de tempos que misturam nostalgia com terror. Em 1993, deu-se o primeiro reencontro destes paraquedistas. Dezanove encontros depois, juntaram-se na Trofa para uma homenagem aos que já partiram, uma sessão de fotos no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e um almoço-convívio. “Correu às mil maravilhas”, disse ao jornal O Notícias da Trofa Manuel Santos Silva, um dos impulsionadores para que o encontro se realizasse em solo trofense, e que, segundo o ex-paraquedis-

ta, “superou as expectativas”. “O ponto alto para mim foi na rotunda dos ex-combatentes, onde esteve o presidente da Câmara e o da Junta, quando entregamos a coroa de flores”, realçou Manuel Santos Silva. Dos 90 paraquedistas que se reuniram, alguns partilharam a experiência no Ultramar, outros apenas experiências por cá, mas têm “sempre coisas para partilhar”. “Não nos esquecemos e será difícil esquecer”, sublinhou o ex-combatente. Foi “mais um ano, mais um aniversário” e assim será no futuro. Depois de Ourém em 2015, concentraram-se na Trofa em 2016 e pode seguir-se Caminha em 2017. A este propósito, o ex-paraquedista da Trofa disse que vão “fazer com que isto continue”, sendo uma forma de “não esquecer aqueles que

Paraquedistas da 3.ª Companhia de Alunos de 1973 da Escola de Tropas de Tancos

já partiram e relembrar os que por cá continuam”. Manuel Santos Silva e Alberto Moreira uniram forças para que a Trofa fizesse parte deste roteiro de encontros dos ex-combatentes paraquedistas da 3.ª com-

panhia de alunos de 1973 da Escola de Tropas Paraquedistas de Tancos. “Nunca nos iremos esquecer deste aniversário festejado na Trofa”, concluiu Manuel Santos Silva. Há memórias que nem o tempo leva

e para estes dois ex-combatentes o encontro na Trofa ficará certamente num lugar muito especial no álbum de recordações.


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História de um ex-combatente

Um testemunho de sofrimento e bondade na Guiné Suor, sangue e lágrimas. A expressão, tão bem conhecida e que tantas vezes soa a cliché, ganha outra relevância ao servir para resumir a história de Avelino Silva na Guerra do Ultramar que, apesar de aterradora, tem um final feliz. “Posso dar graças a Deus, que estou vivo e sou saudável”, desabafa, no fim de 40 minutos a partilhar com o NT um testemunho que é como um fardo muito pesado que este ex-combatente vai ter de carregar até à morte. Cátia Veloso

E

ntrar na guerra na flor da idade sem qualquer experiência a manusear armas, assistir à morte de colegas e de cidadãos que se recusavam lutar contra a própria comunidade onde estavam inseridos e salvar-se da morte após oito dias de agonia. Estes são episódios traumáticos que, apesar de não terem provocado feridas na pele, atingiram o coração e ainda atormentam o pensamento no momento da recordação. Episódios que Avelino Silva nunca mais esquecerá depois de ter sido mobilizado para a Guerra do Ultramar. Após recruta em Vila Real, especialidade em Chaves e mobilidade para Abrantes onde esteve meio ano, foi para a Guiné em rendição individual em 1969 para render um indivíduo que tinha falecido na Companhia de Caçadores 2406. E logo a viagem correu mal para Avelino, que enjoou o barco e ainda viu-se a contas com os “maiorais” que descobriram que o porão tinha sido assaltado. “Roubavam tudo, desde garrafas de whisky a volumes de tabaco e distribuíam por todos. Uma noite, deixaram o oleado que cobria caixas de fósforos, o vigia da noite viu aquilo levantado e deu o alerta. Nas primeiras horas da madrugada, com muita chuva, fomos obrigados a ir para a proa e despejar os nossos sacos. E quem tivesse caixa de fósforos era dado como autor do assalto. Alguns ainda conseguiram atirá-las ao mar, mas eu não tive sorte. Fui apanhado e o

castigo era uma comissão. Estive mesmo à rasca, porque tive de ir responder a Bissau, com indivíduos armados ao meu lado. Mais tarde, tive a sorte que o Salazar morreu, pois veio uma amnistia e eu fui safo”, contou. Mas este episódio não é nada comparado com o que Avelino passou quando chegou à Guiné. Sem “qualquer experiência de guerra” deu por si em zona de combate. A primeira vez foi “a meio de um percurso no Rio Geba”. “Era tiros por todo o lado”, relatou. Chegado ao quartel “Os Tigres do Saltinho”, foi inserido num pelotão e, novamente, destacado para a zona de combate. Teve a proteção de um outro soldado da Trofa, que o salvou quando, ao tentar refugiar-se numa árvore, expôs-se ao inimigo. “Fiquei mesmo de frente para ele, os tiros vinham de todo o lado, os frutos caíam da árvore”, recordou. O episódio não foi esquecido e no dia seguinte foi relatado ao capitão, que ordenou que Avelino tivesse um treino de guerra. Como não sabia manusear as armas, quando foi desafiado para disparar uma kalashnikov, a arma “virou para cima” e quase o fez cair de costas. Após o treino, foi novamente destacado para a zona de combate e os “momentos tristes” sucederam-se: “Muitas mortes de colegas, muitas emboscadas, muita miséria”. O período mais negro Um dos períodos mais negros da

Avelino Silva foi para a Companhia de Caçadores 2406, na Guiné

participação de Avelino Silva na Guerra do Ultramar passou-se em Sogá, quando foi destacado para trabalhar na reconstrução de um quartel que serviria para “derrubar Amílcar Cabral e Sékou Touré, presidentes de Conacri”. “Felizmente, hoje em dia já se pode falar disto, mas na altura, quando voltamos a Portugal não podíamos dar uma palavra do que tínhamos visto. Inclusivamente, fui investigado pela PIDE e um colega meu de Famalicão, por dar com a língua nos dentes, chegou a ser preso”, afirmou Avelino. O ex-combatente refere-se ao episódio em que muitos locais de Conacri foram atraídos pelo exército português “com a promessa de trabalho, salário e alojamento”, mas na realidade “eram obrigados a lutar” contra a própria comunidade. “Assisti à morte de vários homens que se recusavam combater contra familiares e amigos”, relatou Avelino Silva que, emocionado, contou que se uns “eram executados no momento”, outros “eram lançados ao mar depois de amarrados e colocados dentro de sacos”. O sofrimento traz bondade

Locais tinham afeição pelo trofense

Mas foi neste momento de sofrimento que Avelino, também refugiado na fé em Nossa Senhora e S. João de Brito, testemunhou a bondade de muitos locais que o viam com carinho. “Eu tinha liberdade para lhes fornecer comida e as crianças gostavam de brincar comigo e não me largavam. Quando souberam que eu estava doente, vieram ao meu encontro para saber o meu estado de saúde e davam-me ovos, pintainhos, mangas, laranjas... com aquilo, um colega meu, o Ferreira, começou a fazer-me comidas leves e eu comecei a recuperar”, recordou.

Passados tempos, quando trabalhava numa pista de obstáculos, Avelino sentiu que o paludismo, doença que o atormentou quase todos os meses em que esteve na Guiné e que se caracteriza por Regressar com a “ficha limpa” febre que aumenta se não for tratada, tinha voltado. “Como estavam Os últimos tempos na Guiné fia socorrer um homem que caiu e caram marcados por um incêndio partiu a perna, esqueceram-se de num quartel e pela abnegação de mim e quase fiquei inconsciente. Avelino, que ajudou a reconstruFinalmente, quando me levaram para o destacamento, um colega meu enfermeiro percebeu que a doença já estava em estado avançado e deu-me uns comprimidos. Depois, disse-me para eu pegar num garrafão de água que estava junto a mim, mas este estava ao lado de outros que continham outras substâncias. Quase a desfalecer, peguei no que calhou e falhei. Ingeri álcool. Logo comecei aos berros e enrosquei-me no chão cheio de dores. Deram-me azeite para eu vomitar e estive oito dias entre a vida e a morte”, contou.

ção, merecendo uma espécie de louvor do comandante. Logo depois, ganhou a simpatia da esposa deste que, “emocionada” com a história de vida de Avelino, mexeu os cordelinhos e fez com que o soldado regressasse a Portugal “com a ficha limpa”. “Todo o passado foi passado. Tive um desfecho bom, porque tudo terminou bem”, afirmou. Os primeiros tempos em casa não foram fáceis para Avelino, a contas com traumas de guerra, mas o tempo ajudou a “cicatrizar” as memórias. Quanto à Guerra onde esteve envolvido, considera que “não teve sentido nenhum”. “Para mim valeu zero. Se disséssemos que houve um motivo válido, mas para mim não. Tantas mortes, tanto tempo lá passado para quê? Tudo (colónias) voltou a ser entregue”, concluiu.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 14 OUTUBRO 2016

Desporto

Alvarelhense vence mini maratona de Coimbra

foto: FAZatletismo

Cátia Costa, atleta de Alvarelhos, venceu a mini maratona de Coimbra. Um triunfo inesperado, uma vez que viajou ao Centro do país para acompanhar colegas de treino.

Cátia Costa completou a prova em 35 minutos e 16 segundos Cátia Veloso

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oi com uma prova de 35 minutos e 16 segundos que a trofense Cátia Costa se sagrou vencedora da mini maratona de Coimbra, no escalão feminino. A prova de dez quilómetros realizou-se no domingo, 9 de outubro, e para Cátia Costa foi considerada como um treino, uma vez que a atleta de Alvarelhos

quis apenas acompanhar os colegas de treino que estão a preparar a Maratona do Porto e que foram à Cidade dos Estudantes para participar na meia maratona. “Desde o início tive boas sensações, pois não fui com o objetivo de alcançar alguma classificação nem tempo”, contou em declarações ao NT. Para a atleta, a prova teve um percurso “convidativo”, uma vez

que “na fase inicial desce até ao rio Mondego e depois é plano pelas ruas da cidade e junto às margens do rio, com a população a incentivar os participantes”. “Desde o início senti que tinha possibilidade de fazer uma boa classificação e a partir do quarto quilómetro percebi que estava em 1.º na corrida. Ao sétimo vi que não iria perder essa posição e geri os quilómetros finais”, contou. A atleta, que representa o Maia Atlético Clube, traçou como objetivos para a época “melhorar as marcas pessoais” nas provas de pista e, além disso, “trabalhar para os compromissos com o clube, nomeadamente nas competições regionais e nacionais coletivas de pista, corta-mato e estrada”. Recorde-se que, a 19 de março deste ano, Cátia Costa sagrou-se campeã regional dos dez mil metros, em seniores femininos, na pista do Estádio Municipal Professor Dr. Vieira de Carvalho, na Maia, revalidando um título que já tinha alcançado em 2015.

UCT pedalou até Santiago de Compostela

António Neto foi 6.º na Meia Maratona de Coimbra António Neto, atleta da Trifitrofa, ficou em 6.º lugar em veteranos M60, na 3.ª Meia Maratona de Coimbra, no dia 9 de outubro. Já no dia 5 de outubro, o atleta tro-

fense tinha participado na 3.ª Corrida da República, de dez quilómetros, em Rio Tinto, onde obteve o 10.º lugar de veteranos. A.M./C.V.

Deolinda Oliveira no pódio no Master Meia Maratona Deolinda Oliveira, que representa a Escola de Atletismo da Trofa, participou no Campeonato Nacional de Masters Meia Maratona. Na prova, que se realizou na Moita, no domingo, 9 de outubro, a atleta classificou-se em 3.º lugar. Já este sábado, 15 de outubro, os

“atletas mais jovens” vão participar na 5.ª Corrida Popular de Pousada de Saramagos, em Vila Nova de Famalicão, enquanto no domingo são os “atletas mais velhos” a correr no 22.º Grande Prémio de Tregosa, em Barcelos. P.P.

Trofense vence Mini Maratona de Amares Duzentos e noventa e dois quilómetros. Foi esta a distância que 17 membros da União de Ciclismo da Trofa (UCT) percorreram para chegar a Santiago de Compostela. Arrancaram a 7 de outubro da Rua Padre Joaquim Ribeiro e demoraram dois dias a chegar ao destino. A primeira etapa levou-os a pedalar até Rates, onde passaram a primeira noite, depois até Valença e daí até Santiago. Esta foi a segunda vez que a UCT promoveu o passeio de final de época. A nova época arranca no início do próximo ano, “em fevereiro ou março”. “É uma sensação única pelo facto de levarmos miúdos. É sempre boni-

to, mas com os mais pequenos não há palavras. Acho que nos dá outra garra e energia para aguentar”, afirmou o presidente da UCT, Jorge Silva. O grau de dificuldade do passeio acresce quando se tratam de jovens entre os dez e os 16 anos, ainda assim a vontade passa por “fazer mais iniciativas como esta”. Pelo caminho contaram com o apoio e reforço alimentar dos pais, o que proporcionou vários momentos de convívio. “Foi bonito e foi um fim de semana diferente”, mencionou. Chegados ao destino, visitaram a Catedral de Santiago de Compostela e agradeceram “o facto de ter corrido tudo bem”. A nova direção da União de Ci-

clismo da Trofa, presidida por Jorge Silva, tomou posse a 28 de setembro e no próximo mês de novembro vai inaugurar a sede, que se localiza na antiga sede dos escuteiros de S. Martinho de Bougado. Este foi o primeiro passo dado por Jorge Silva que considerou este o lugar ideal para conseguir um espaço para a UCT. “A antiga sede dos escuteiros era um espaço degradado, abandonado e destruído. Comecei a falar com várias empresas para arranjar patrocinadores, que deram o que a gente necessitava para a construção, desde tijoleiras a pinturas. Estamos a fazer quase uma obra de raiz”, adiantou o presidente.

Bruno Ferreira venceu Mini Maratona

Bruno Ferreira soma e segue no atletismo. Depois de ter sido o segundo melhor português na Maratona de Berlim (117.º na classificação geral), que aconteceu a 25 de setembro, seguiu-se uma nova prova e mais uma vitória. O trofense conseguiu o lugar mais alto do pódio,

em seniores, na terceira Mini Maratona de Amares, que decorreu no dia 2 de outubro. Bruno Ferreira demorou 35 minutos, 28 segundos e 36 décimas de segundo a completar a prova, tempo que lhe valeu o primeiro lugar. L.O./C.V.


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Desporto

Raid BTT da Trofa com inscrições abertas até 19 de outubro

A adrenalina em bicicleta a 23 de outubro Cátia Veloso

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aventura tomou proporções tais que era impossível voltar atrás. A edição de estreia foi “um sucesso”, com as inscrições a esgotarem e os amantes do BTT a conhecerem o que o concelho da Trofa tem para oferecer em termos de trilhos e paisagens para quem gosta de adrenalina enquanto pedala. Grupos de companheiros de desafios em duas rodas, sem muita experiência nestas andanças de organizar eventos desportivos, reconheceram os percalços de uma

estrutura amadora, mas não viraram a cara à luta, voltando “à carga” com uma segunda edição recheada de novidades. A segunda edição do Raid BTT da Trofa sai à rua no dia 23 de outubro e, para já, há “380 inscritos” para participar no raid de 55 quilómetros ou no miniraid de 35 quilómetros. Mas as inscrições estão abertas até 19 de outubro, pelo que os “mountain bikers” que ainda não confirmaram presença neste evento ainda têm tempo de o fazer, em www.raidbttdatrofa.pt. A organização promete “inovações”, desde logo a entrega de prémios aos

três primeiros classificados da geral e aos que fizerem pódio em todas as categorias de ambos os percursos. O “prize money” aumentou para 750 euros. Há ainda outros “mimos” para os “betetistas”, como a oferta de massagens antes e depois da prova e, para recuperar energias, uma bifana e uma bebida. “A estrutura, dinamismo e paisagem, comparada apenas às maiores maratonas nacionais, fornecerá aos atletas tudo o que é necessário – abastecimento sólido e líquido, partida por boxes”, anunciou ainda a organização.

Passagens pelo Castro, Santa Eufémia e Meco da Guerra O percurso do raid vai “abranger todo o concelho” e terá como principais pontos de passagem o Castro de Alvarelhos, a zona junto à Capela S. Pantaleão (no Muro), o Monte de Santa Eufémia e o mítico Meco da Guerra. A partida e chegada mantêm-se no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. “O verdadeiro desafio desta prova não está só em vencer, mas sim no desafio de superar os limites, viver o desporto e chegar mais próximo da natureza. Lado a lado, os amantes do desporto e as estrelas do BTT

nacional realizarão este evento pelo coração da Trofa”, referiu a organização, que já confirmou a presença de Mário Costa, vencedor elite da Taça de Portugal XCO, Joana Monteiro, campeã nacional de XCO em sub-23. O trofense Daniel Silva, 3.º classificado da Volta a Portugal, é padrinho do evento e também já confirmou presença, assim como o colega de equipa da RP/Boavista, César Fonte. Quem também vai participar é o vencedor da primeira edição do Raid BTT da Trofa, o trofense Daniel Santos, e Filipe Brito, campeão regional master 35.

BTT

Daniel Santos foi 2.º na Taça Regional XCM do Porto

Dores Santos e Fábio Costa vencem Porto Granfondo A marginal do Rio Douro foi o local escolhido para acolher a prova de cicloturismo “EDP Gás Porto Granfondo”, dividida pelas distâncias de Granfondo (160 quilómetros), Mediofondo (103 quilómetros) e Minifondo (50 quilómetros). Na prova, que se realizou a 25 de setembro, participou a guidoense Dores Santos, pelo clube Flybtt – Grupo Cultural Recreativo de Al-

Fábio Costa venceu em Minifondo

varelhos, que venceu, em femininos, na distância Minifondo, com o tempo de duas horas, nove minutos, 31 segundos e 726 centésimas. Também o covelense Fábio Costa, pela Ribeiros Bike Team, esteve presente nesta prova, terminando em 1.º lugar a distância Minifondo em masculinos, com o tempo de uma hora, 35 minutos, 49 segundos e 395 centésimos. P.P.

Daniel Santos pratica BTT federado há um ano

Daniel Santos conquistou o 2.º lugar na Taça Regional XCM do Porto. O praticante de BTT, natural de Alvarelhos, vai agora defender um lugar no pódio da Taça Regional do Minho. Cátia Veloso

O excesso de peso fê-lo pegar numa bicicleta há três anos. As duas rodas podiam ser a solução para o problema e tanto foi que até contribuiu para que o “bichinho” da prática de desporto se instalasse até hoje. Agora, parte dos tempos livres de Daniel Santos é passado a fazer BTT. “Na primeira competição em que participei, fiz uma boa classificação, o que aumentou a vontade de praticar esta modalidade”, contou, em declarações ao NT, após ter conquistado o 2.º lugar na Taça Re-

gional XCM do Porto, no domingo, 9 de outubro. A este junta-se a participação na Taça Regional do Minho, também na variante de XCM, cuja última prova se disputa no domingo, 16 de outubro, com a Maratona BTT Berço do Alvarinho, em Monção. “Se fizer um bom lugar mantenho o 3.º lugar na geral”, projetou o corredor natural de Alvarelhos, que no currículo desta época conta ainda a participação na Taça de Portugal. Outro dos objetivos antes de terminar a campanha é a participação na segunda edição Raid BTT da Tro-

fa, a 23 de outubro, na qual foi vencedor o ano passado. Ainda assim, sem saber todos os resultados obtidos, Daniel Santos faz um balanço positivo da época, pelos “resultados bastantes positivos obtidos”. O corredor representa a equipa Mouquim/Afacycles/Eugénios/Bargauto, mas conta com “patrocínios pessoais” que são imprescindíveis para que consiga competir a nível federado, como “a Ruprec, Di Garda, Móveis Campos, Quiosque e Minimercado Paula e Bike Espinhosa”.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 14 OUTUBRO 2016

Desporto

Finalmente, a primeira vitória no campeonato

O Trofense conseguiu a primeira vitória no campeonato ao bater o Caniçal por 2-0, na 6.ª jornada. Carter e André Viana foram os autores dos golos. Cátia Veloso

Juniores 2.ª divisão distrital – série 4 Macieira da Maia 1-4 Bougadense (1.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada - 15/10 às 13 horas Bougadense-Gondim-Maia

Iniciados 2.ª divisão distrital – série 5 Próxima jornada - 16/10 às 11 horas Bougadense-Mocidade Sangemil Infantis 2.ª divisão distrital – série 3 Bougadense 1-5 Infesta (12.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada - 15/10 às 16 horas Boavista-Bougadense Clube Desportivo Trofense Carter, momentos antes de rematar para o primeiro golo do Trofense

mais flagrantes. Primeiro, num remate que rasou a barra, depois num tiro que Nelson Sousa, num toque providencial, desviou para o poste. Na etapa complementar, o Caniçal teve a melhor oportunidade para marcar, quando a bola foi ao poste, numa recarga a uma defesa de Murta, aos 70 minutos. Depois, assistiu-se a um jogo dominado pelos homens da Trofa que dispuseram de muitas oportunidades para ampliar a vantagem, demonstrando muita precipitação no momento de finalizar, como Alexandre que, por duas vezes isolado e a poucos metros da baliza, rematou de forma completamente desenquadrada. O segundo golo surgiria aos 83 minutos, pelos pés de André Viana que, dentro da grande área adversária, aproveitou a displicência adversária para chegar perto da baliza, fintar o guarda-redes e atirar para o fundo da baliza. Até ao apito final, o Trofense podia ter chegado ao terceiro golo, mas João Santos, num remate por cima, e Carter, num livre que saiu ao lado, goraram as oportunidades criadas.

Este foi o primeiro triunfo do Tro- pontos e mantendo o penúltimo lufense no campeonato, somando seis gar da série B. Bruno Pereira - Treinador do CD Trofense

“Já há algum tempo que procurávamos a vitória. Nos jogos anteriores, não tivemos a felicidade de materializar as oportunidades que criámos e a qualidade de jogo que a equipa apresentou. Hoje (domingo) acabamos por ser mais felizes no capítulo da finalização. Criamos bastantes oportunidades, principalmente na segunda parte, em que esbanjamos quatro ou cinco golos certos. Fomos superiores em todos os capítulos de jogo. A nossa vitória sai mais valorizada, atendendo ao facto de o Caniçal, à partida para este jogo, ocupava o 2.º lugar a um ponto do primeiro classificado”.

Luís Cunha - Treinador do Caniçal

“Hoje provamos que somos muitos melhores do que aquilo que mostramos no jogo da Taça de Portugal. A vitória do Trofense ajusta-se, mas é por números exagerados. Tivemos oportunidades flagrantes para fazer golo, provocamos o erro defensivo no Trofense, mas… é fácil fazer as contas: somos uma equipa com uma estrutura amadora, treinamos quatro vezes por semana ao final do dia. Se repararmos, neste campeonato andamos a bater-nos de igual para igual com estruturas semiprofissionais. Os meus rapazes têm um mérito tremendo naquilo que estão a fazer e não lhes posso apontar nada, só elogiá-los, porque este é um grupo fantástico. Mostramos num campo difícil, contra uma excelente equipa e bem orientada, aquilo que somos capazes de fazer. Dois erros individuais derrotaram o coletivo.”

Taça de Portugal: “O nosso objetivo é passar” O jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal é já no domingo, às 16 horas. O Trofense tem o benefício de jogar em casa, mas a tarefa complicada de suplantar o Vitória de Setúbal, da 1.ª Liga. O jogo começa pelas 16 horas e os bilhetes já estão à venda. O pre-

Atlético Clube Bougadense

Juvenis B 2.ª divisão distrital – série 6 FC Pedras Rubras 0-1 Bougadense (5.º lugar, 4 ponto) Próxima jornada - 16/10 às 9 horas Bougadense-Leça do Balio

P

ela segunda vez esta temporada, o Trofense defrontou o Caniçal, mas num contexto diferente. Na primeira ocasião, em que goleou a formação madeirense, a equipa da Trofa venceu por 5-0, mas desta vez defrontava aquele adversário para a 6.ª jornada do Campeonato de Portugal. E se há quem pensa que o Caniçal é “presa” fácil de domar, saiba que esta equipa, à entrada para esta ronda, estava no 2.º lugar a um ponto do líder. Por isso, foi com cautela que o Trofense encarou a partida, até porque foi ao Caniçal que pertenceu o primeiro lance de perigo, na sequência de um pontapé livre, com o cabeceamento a sair ao lado. Já depois de uma outra iniciativa da formação insular, com Carlos Manuel a aproveitar um alívio incompleto de Mica para rematar sem perigo, o Trofense foi ganhando protagonismo na partida. Uma das jogadas começa nos pés do capitão Hélder Sousa, que solicita João Santos, mas este cabeceia à figura do guardião Nelson Sousa. À medida que o tempo passava, o Trofense instalava-se confortavelmente no meio-campo adversário, graças à grande intervenção dos médios e laterais que conseguiam neutralizar as tentativas de contra-golpe do Caniçal. Aos 32 minutos, surgiu o primeiro golo do Trofense, depois de uma iniciativa individual de Carter que, tirando dois adversários do caminho, rematou e ainda contou com uma “ajudinha” de Nelson Sousa para ver a bola entrar dentro da baliza. O remate, à partida, era fácil de defender, mas o guarda-redes madeirense deixou escapar a bola que, caprichosamente, só parou junto das redes. A vencer, o Trofense continuou acutilante no ataque, com Diogo Firmino a protagonizar os lances

Resultados Departamento de Formação

ço para sócios tem o custo de cinco euros. Bruno Pereira, técnico do Trofense, assume a dificuldade, mas não deita a toalha ao chão. “Vamos defrontar uma equipa da 1.ª Liga, pelo que é normal que a qualidade individual dos jogadores seja maior,

mas vou pedir aos meus jogadores para manterem a identidade, porque temos tudo a ganhar e nada a perder. Esta é a mensagem que vou transmitir, pois só assim faz sentido acalentar esperança de passar a eliminatória. É esse o nosso objetivo. Sabemos que é difícil, mas fa-

remos tudo o que estiver ao nosso alcance”, frisou. O treinador aproveitou ainda para fazer “um apelo” a “todos os trofenses” para que “encham o estádio” e contribuam para que “se possa desfrutar de uma grande festa”.

Juniores 1.ª divisão distrital – série 2 Trofense 2-3 Felgueiras 1932 (4.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada - 15/10 às 15 horas Gondomar-Trofense Juvenis A 1.º divisão distrital – série 2 Trofense 3-0 Rebordosa (6.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada - 15/10 às 15 horas Paredes-Trofense Juvenis B 2.º divisão distrital – série 6 Trofense 1-3 Leça FC (11.º lugar, 1 ponto) Próxima jornada - 16/10 às 9 horas ARC Areias-Trofense Iniciados 1.º divisão distrital – série 2 Trofense 1-3 Desp. Aves (14.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 16/10 às 10 horas Tuías-Trofense Iniciados B 2.º divisão distrital – série 2 Trofense 2-1 Infesta (6.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 16/10 às 9 horas FC Porto-Trofense Infantis 11 1.º divisão distrital – série 2 Calçada 0-2 Trofense (4.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada - 15/10 às 15 horas Trofense-Estrelas de Fânzeres Futebol Clube S. Romão Juniores 2.ª divisão distrital – série 4 Gondim-Maia 4-3 S. Romão (9.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada - 22/10 às 15 horas S. Romão-Bougadense


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Desporto

Bougadense empata com Gulpilhares na estreia do campeonato

O Atlético Clube Bougadense começou o campeonato com um empate frente ao Gulpilhares. Este domingo, recebe o “eterno candidato” Castêlo da Maia. Patrícia P ereira

F

oi com “algum receio de errar e de perder bolas” que o Atlético Clube Bougadense disputou a jornada inaugural da série 2 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, frente ao Gulpilhares com quem empatou a uma bola. A formação de Santiago de Bougado encontra-se em 8.º lugar, com um ponto. O técnico Agostinho Lima afir-

mou que já contava com esta situação por ser “a primeira jornada do campeonato e ser um jogo a doer”, uma vez que os três jogos já disputados “contavam pouco”, porque o objetivo “não é a Taça Brali, mas o campeonato”. Com o desenrolar do jogo, a equipa começou “a acreditar em si e a fazer o que tem vindo a fazer”, tendo o Bougadense estado “por cima do jogo” e a “ter oportunidades”, acabando por “falhar um penalti”. “De bola parada,

o Gulpilhares fez um golo, mas nós voltamos à carga e tivemos diversas de situações para empatar. Mas, por falta de eficácia ou defesa do guarda-redes, não conseguimos concretizar. Nos últimos dez minutos joguei com cinco avançados e conseguimos fazer o golo mesmo a terminar e mesmo depois do prolongamento podíamos ter feito outro”, contou. Agostinho Lima considerou que o empate acabou por ser “um resul-

tado justo”, mas a existir um vencedor seria o Bougadense, porque foi “a equipa com mais oportunidades de golo e que quis ganhar o jogo”. “A partir do golo, eles começaram a atirar-se para o chão, a acumular lesões e a fazer perdas de tempo, o que nos quebrava algum ritmo que imponhamos no jogo”, enumerou. O treinador mencionou que, este ano, o Gulpilhares “apostou forte na subida”, tendo ido “buscar jogadores a Vila de Conde e à Povoa de

Varzim e um treinador credenciado que aposta nas subidas”. Este domingo, 16 de outubro, o Bougadense recebe, pelas 15 horas, “o eterno candidato à subida”: Castêlo da Maia. “Vamos fazer o nosso jogo, lutar até à exaustão pela vitória e sairmos de cabeça erguida como temos feito até aqui. O nosso lema é dar tudo em prol da camisola que envergamos”, prometeu.

é muito baixa”, a rondar os 20 anos de idade, mas com “dois ou três atletas mais experientes, que também é importante tê-los nesta fase”, em que estão a disputar “um campeonato que não é fácil”. “O nosso trabalho é ajudá-los um bocadinho a ultrapassar estas dificuldades do campeonato sénior,

para, mais tarde, estarem preparados para entrarem na nossa equipa”, referiu o treinador. Já pelas 15 horas deste sábado, 15 de outubro, o Bougadense B vai jogar em casa frente ao Mocidade Sangemil.

Bougadense B estreia-se no campeonato distrital Foi com um empate a zero, frente ao Zebreirense, que a equipa B do Atlético Clube Bougadense estreou-se na série 2 da 2.ª divisão distrital, estando em 8.º lugar com um ponto. O treinador Zé Manel declarou que estava “à espera que fosse um jogo difícil, quer pelo campo e equipa que são”, tendo, inicialmente,

sido “pressionados” pelo Zebreirense. Mas, no desenrolar da partida, o Bougadense B conseguiu, “pouco a pouco, encaixar-se um bocadinho no jogo do adversário”, tendo existido “oportunidades de parte a parte, com uma ligeira ascendência” do Zebreirense. Por essa razão, o técnico do Bougadense B

considera que o empate é “um resultado mais justo”. Zé Manel afirmou que o Bougadense B é “uma equipa muito jovem”, que tem o objetivo de “dar uma oportunidade a esta juventude que entra agora pela primeira vez nos campeonatos seniores”. Por essa razão, a “média de idades

“Quinzas” participou no 1.º torneio de clubes europeus em Londres Francisco Cruz, também conhecido no mundo dos videojogos como “Quinzas”, está a fazer história pelo Sporting Clube de Portugal. O trofense é um ‘ás’ dos videojogos e foi o representante do clube de Alvalade no primeiro torneio entre clubes europeus que se realizou em Londres, nos dias 7 e 8 de outubro. A convite de um youtuber inglês, com cerca de três milhões de subscritores e “muito conhecido na comunidade de desportos eletrónicos”, “Quinzas” viajou até Londres para participar no torneio com jogadores do Schalk 04, Manchester City, West Ham, Wolfsbug e Hashtag United. A prova decorreu “no estádio do West Ham” e começou pela fase de grupos. Em cada grupo de três jogadores passavam à fase seguinte dois. “Na fase de grupos joguei com o Machester City e com o West Ham, sendo

que o jogador do West Ham é o vice-campeão do mundo e o do Manchester City também é muito conhecido”, explicou Francisco que venceu ao atleta do Manchester City, mas foi derrotado pelo do West Ham. “Mesmo assim passei em segundo lugar”, acrescentou. Na meia-final, “Quinzas” encontrou como adversário o jogador do Hashtag United, com quem perdeu. “Foi uma competição difícil, com os melhores do mundo e ainda por cima o jogo saiu apenas há duas semanas”. A final do torneio foi disputada entre Hashtag United e West Ham, acabando por sair vencedor o atleta do Hashtag United. A representar a única equipa portuguesa em competição, Francisco realça que “o Sporting já tinha participado no primeiro jogo entre clubes, mas este foi o primeiro torneio, portanto foi histórico”. L.O./C.V.

Francisco “Quinzas” viajou até Londres

P.P.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 14 OUTUBRO 2016

Desporto Futsal federado

CR Bougado vence GD Covelas no dérbi concelhio da 1.ª Divisão Na jornada inaugural da 1.ª Divisão Distrital, o Centro Recreativo Bougado venceu o GD Covelas por 3-0. Cátia Veloso

Q

uis o sorteio que, no campeonato da série 2 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP) de seniores masculinos, Centro Recreativo Bougado e Grupo Desportivo de Covelas se defrontassem na jornada inaugural. O jogo, realizado na noite de sábado, 8 de outubro, sorriu aos homens de Bougado, que venceram por 3-0, beneficiando de uma prestação mais esclarecedora que o adversário, que acusou os golos sofridos e foi penalizado pela precipitação em muitos lances. Na próxima jornada, o CR Bougado viaja ao reduto do Alpendorada, enquanto o GD Covelas recebe, pelas 20 horas de sábado (15 de outubro) no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, o Mosteiro. Na 2.ª Divisão da AFP do mesmo escalão, o Futebol Clube S. Romão começou o campeonato com um triunfo de 6-3 diante do Luso Académico. O Penafiel é o adversário que se segue. Quem também ainda só conhece

vitórias esta temporada são as equipas de juniores femininos do FC S. Romão e de iniciados masculinos do CR Bougado. A primeira bateu a Casa do FC Porto de Rio Tinto por 3-1, na 4.ª jornada do Campeonato Interdistrital, somando nove pontos. Na próxima ronda, a formação romanense viaja ao terreno da AR Restauradores Brás Oleiro. Já os iniciados do CR Bougado venceram a ADC O Amador por 2-6, na 3.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP, estando na liderança do campeonato. No sábado, pelas 17.30 horas, a equipa bougadense recebe o Baguim do Monte. A militar na série 2 da 2.ª Divisão da AFP, os juniores do CR Bougado conquistaram a primeira vitória, na 4.ª jornada, diante do Penafiel por 3-2. O Paços de Ferreira é o próximo adversário. No escalão de juvenis, na 1.ª Divisão, o CR Bougado perdeu com a Cohaemato por 6-0, na 6.ª jornada, descendo ao 9.º posto, com quatro pontos. No sábado, pelas 19 horas, a formação bougadense recebe o Boavista FC.

Formação de Bougado venceu Covelas por 3-0

Na 4.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP, os juvenis do FC S. Romão foram derrotados pelo Estrelas Susanenses por 2-5. Ainda sem somar pontos esta época, a formação romanense vai, na próxima ronda, defrontar o CRD Santa Cruz. Quem também não conseguiu pontuar esta temporada foram as equipas de seniores femininos, in-

fantis e benjamins do FC S. Romão. As primeiras, na 5.ª jornada da 1.ª Divisão Distrital, perderam com o Alfenense por 8-1, ocupando o último lugar, sem pontos. Na sexta-feira, 14 de outubro, pelas 21.15 horas, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, as romanenses defrontam o Barranha. Na 3.ª jornada da série 2 da 1.ª

Fase da 2.ª Divisão da AFP, a equipa de infantis do S. Romão perdeu com a AR Restauradores Brás Oleiro e no próximo jogo defronta o CSRC S. Pedro de Avioso. Já a formação de benjamins romanense, a militar na série 2 da 1.ª Fase do Campeonato Distrital, foi goleada pela Cohaemato por 0-13. O Boavista é o próximo adversário.

Trofenses competem no Motorshow Porto Filipe Moreira e Paula Sousa, da TALHO 2005/CSJ team racing, participaram na 14.ª edição do Motorshow AutoClássico Porto, que se realizou entre os dias 7 e 9 de outubro, na Exponor, em Matosinhos. Os pilotos da Trofa, que conduziram ao volante de um BMW M3, correram nas “três sessões de qualificação”, mas “não conseguiram apurar-se para a final”, segundo contou Filipe Moreira. Esta foi a primeira participação de Paula Sousa no Motorshow e, apesar de não ter passado à final, a piloto afirmou que foi “das provas que mais se divertiu e sentiu o carinho do público”. “É muito gratificante e espero para o ano estar presente novamente”, denotou. Já para Filipe Moreira, “a maior taça” que pode receber é “chegar ao fim da qualificação e ouvir aquele excelente público a aplaudir de pé”. Este ano, a Motorshow Porto

Escolinha de Rugby organiza Convívio O Convívio Nacional de Abertura do Rugby Juvenil Português realiza-se a 16 de outubro. A iniciativa é organizada pela Escolinha de Rugby da Trofa, em parceria com a Federação Portuguesa de Rugby e a Associação de Rugby do Norte. O evento Filipe Moreira e Paula Sousa participaram na 14.ª edição do Motorshow AutoClássico Porto começa às 11.30 horas e dura até às teve “mais de 38 mil visitas” du- tudo decorreu”. Pelo segundo torshow 2016, seguido dos pilo- 16 horas, no espaço Agros, em Vila rante os três dias do evento, estan- ano consecutivo, foi Mário Bar- tos Joaquim Alves (Skoda Fabia do Conde. O convívio contará com do a organização, a Xikane, “mui- bosa, com o Citroën DS3 WRX, S2000) e Américo Moreira (Mit- centenas de jovens de todo o País e da Galiza. A.M./C.V. to satisfeitos como a forma como que venceu o Troféu Piloto Mo- subishi Lancer). P.P.


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Agenda

Dia 15 15 horas: Bougadense B-Mocidade Sangemil 21 horas: Desfolhada do Rancho Divino Espírito Santo, na Casa de Vilar, em S. Mamede do Coronado Dia 16 15 horas: Trofense-Vitória FC 15 horas: Bougadense-Castêlo da Maia

Farmácias Dia 14 Farmácia Ribeirão Dia 15 Farmácia Trofense Dia 16 Farmácia Barreto Dia 17 Farmácia Nova Dia 18 Farmácia Moreira Padrão Dia 19 Farmácia Ribeirão Dia 20 Farmácia Trofense Dia 21 Farmácia Barreto

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 // 252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

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Atualidade

Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado

Crónica

Literária mente

CONVOCATÓRIA António Fernando da Silva Moreira, na qualidade de Presidente da Assembleia Geral do Grupo Danças e Cantares Santiago de Bougado, convoca todos os sócios do Grupo para a Assembleia Extraordinária, que se realizará no dia 22 de Outubro de 2016, pelas 21,30 horas1, na sua sede, sita na Rua do Parque Desportivo, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º - Apresentação de listas para Nova Direção do Grupo; Bougado, 08 de Outubro de 2016 O Presidente da Assembleia Geral António Fernando da Silva Moreira Se na hora marcada não estiverem presentes pelo menos metade dos sócios, a Assembleia reunir-se-á meia hora mais tarde com qualquer número de associados. 1

Necrologia S. Martinho de Bougado Marinho Monteiro da Mota Faleceu no dia 7 de outubro, com 86 anos Casado com Cármen Pereira das Neves Virgílio Rocha da Silva Dias Faleceu no dia 12 de outubro, com 68 anos Casado com Maria Alice de Sousa Leitão Funerais realizados pela Agência Funerária Trofense, Lda, Gerência de João Silva

S. Martinho de Bougado José Oliveira Fonseca Faleceu no dia 17 de setembro, com 80 anos Casado com Celeste Dias Ferreira

Manuel Torcato Pereira Devesas Faleceu no dia 10 de outubro, com 63 anos Casado com Maria Augusta da Silva Rodrigues Ribeirão – VN Famalicão Maria Azevedo Oliveira Faleceu no dia 28 de setembro, com 91 anos Viúva de Adelino Azevedo Oliveira Guilhermina Araújo Oliveira Faleceu no dia 29 de setembro, com 72 anos Casada com Aurélio da Costa Oliveira Laurentina da Silva Oliveira Faleceu no dia 6 de outubro, com 83 anos Casada com Carlos Rua de Azevedo

Santiago de Bougado Manuel António Lopes Cruz Faleceu no dia 21 de setembro, com 59 anos Casado com Maria das Dores da Silva Pinheiro Cruz

Calendário – VN Famalicão Emília Veloso Alves Moreira Faleceu no dia 7 de outubro, com 93 anos Viúva de Manuel Duarte Navio

Deolinda Pereira da Silva Faleceu no dia 5 de outubro, com 86 anos. Solteira

Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.

Ficha Técnica

César Alves

Somos todos contadores de histórias Esta semana cruzei-me com uma frase do nosso grande José Saramago que dizia: «O que se passa é que nós temos a mania de romantizar tudo, e começamos logo a imaginar... umas teorias filosóficas» Sempre achei que o nosso Prémio Nobel da Literatura inunda de significado a grande maioria das suas expressões. Esta, não é exceção. As pessoas perguntam-me várias vezes onde vamos buscar a inspiração para escrever, como se escreve, como é que há pessoas com uma capacidade incrível para escrever e outras não. Na verdade, e isto é um facto que passa ao lado de muita gente, somos todos contadores de histórias. Estamos constantemente a criar nas nossas cabeças todas as possibilidades e mais algumas para as nossas vidas... Ou as dos outros. E contra mim falo. Foi assim que percebi que temos um poder de previsão horrível. Principalmente aquele tipo de pessoas demasiado (haverá demasiado?) sonhadores, que imaginam e tentam criar um mundo idílico na sua cabeça o que, normalmente, as deixa frustradas e desapontadas porque as coisas raramente acontecem como imaginam. Se estamos constantemente a fazer e a criar esse tipo de histórias, porque não escrever? Porque não criar algo nosso? Se é verdade que na vida real não temos a varinha mágica que possa fazer acontecer as coisas com um piscar de olhos, (embora eu acredite que temos a capacidade de moldar o nosso presente e futuro com a mentalidade certa), nos nossos livros, nas nossas histórias, nas nossas criações, podemos fazer o papel de Deus. Podemos corrigir algo que até nos tenha acontecido, podemos reescrever a nossa história, podemos fazer tudo. Porque a escrita, os livros, o mundo da fantasia e da ficção, não têm limites. Preocupa-me que o acesso à educação não seja para todos. Porque me parece que podemos estar a des-

perdiçar mentes brilhantes, ideias geniais, que ficam por explorar devido à falta de apoio ou estímulo. A preocupação estende-se aos escritores que não arriscam, que não têm coragem ou confiança nos seus trabalhos. Arrisquem. Sejam genuínos, honestos e escrevam para vocês. Podem o mundo, se quiserem o mundo.

Livro da Quinzena:

Sétimo Selo, José Rodrigues dos Santos. Neste espaço, vou inaugurar uma nova forma de estar. Se, por vezes, recomendarei livros lidos por mim, nas vezes restantes irei pedir uma opinião a uma pessoa do meu círculo social. Vou abrir horizontes, falar sobre literatura e conhecer novas formas de estar nesse mundo. O meu amigo Ricardo Sá falou-me, esta semana, da sensação fantástica de ler este romance de José Rodrigues dos Santos. Atual, apesar de o ter lido muito depois de ter sido, e envolvente, pela personagem, o galã Tomás Noronha, mas pela história em si, envolvendo intriga, mistério e romance. Eu já li e posso recomendar também! Literariamente, estamos conversados.

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira| Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


20 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 OUTUBRO 2016

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Desporto

Dojo Shotokai da ARJ Muro com treinos às segundas, quartas e sextas-feiras

Karatecas em convívio no Muro

Os Dojos Shotokai da ARJ Muro e do CE Mesmo Fácil, de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, promoveram uma aula-convívio. No Muro, os treinos de karaté realizam-se às segundas, quartas e sextas-feiras e quem quiser experimentar pode fazer treinos gratuitos. Cátia Veloso

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epois das férias, o regresso à escola, ao trabalho...e ao desporto. No Dojo Shotokai da Associação Recreativa Juventude do Muro, junto à Escola Básica de Estação, na freguesia do Muro, os treinos de karaté começaram com uma aula-convívio que juntou alunos do Dojo Shotokai da ARJ Muro e do CE Mesmo Fácil, de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Karatecas de todas as idades juntaram-se para uma aula ministrada pelo sensei Arlindo Ferreira, que também serviu para dar a conhecer a atividade do Dojo. Os interessados em aprender karaté só precisam de “aparecer com vontade em participar” e “paciência, pois a pratica assim o exige”. “No karaté obtém-se uma excelente saúde física e mental. Também aprendemos a defender-nos e, mais importante, a respeitar pais, familiares, amigos e todos os que estão à nossa volta. O nosso lema é praticar kara-

té, educando, sem nunca agredir ninguém”, explicou Arlindo Ferreira. Mais respeito, mais disciplina e mais concentração são as máximas de quem quer chegar ao cinturão negro. No Dojo, há pais e filhos a dividir o “tatame” improvisado “há alguns anos e sem nunca perderem o entusiasmo”. “Há alguns casos em que há crianças que deixam de treinar, porque os pais castigam-nos pelos resultados negativos escolares. Considero que esta não é a melhor atitude a tomar, mas temos de respeitar a decisão, porque se o fazem é com intenção de fazer o melhor pelos filhos”, acrescentou. Por outro lado, há outros que treinam religiosamente e, às vezes, até mesmo doentes. “Estes são verdadeiros karatecas com espírito e atitude”, sublinhou o sensei. Os treinos no Dojo Shotokai da Associação Recreativa Juventude do Muro realizam-se às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19.20 às 21 horas. Quem quiser experimentar, “pode treinar uma ou mais ve-

Karatecas juntaram-se em convívio no Muro

zes gratuitamente” e, os que gostarem e quiserem continuar, vão ter de “fazer uma inscrição para pertencerem, legalmente, à Associação Sho-

tokai de Portugal e ao Dojo Shotokai da ARJ Muro”, acrescentou Arlindo Ferreira, que assegurou que “os preços são acessíveis”. Para mais in-

formações, os interessados podem questionar o sensei através do email senseiferreiraapo.pt ou do contacto telefónico 911 102 689.

Associação de Futebol Popular tem nova presidente A Associação de Futebol Popular da Trofa reuniu-se em Assembleia-Geral, a 6 de outubro, onde elegeu os novos órgãos sociais para o biénio 2016/2018. Madalena Azevedo sucede a Luísa Araújo no cargo de presidente da direção da Associação. Madalena Azevedo contou que, inicialmente, tinha sido convidada por “Artur Costa (chefe da Divisão de Desporto da Câmara Municipal da Trofa) para fazer parte da direção”, tendo depois a presidente cessante, Luísa Araújo a convidado para “ocupar o lugar que ia deixar”. Madalena esteve “ligada, alguns anos, ao futebol concelhio”, através de uma associação, e “mantinha contacto com Artur Costa e Luísa Araújo”. Na noite de quinta-feira, 13 de outubro, decorreu a reunião com os delegados no Centro Comercial da Vinha, onde foi inaugurada a sede da Associação. Segundo o que foi dito à agora presidente, como “a Câmara vai entregar os espaços onde estavam”, no edifício do FIJE – Fó-

Madalena Azevedo é a nova presidente da Associação de Futebol Popular

rum de Inovação e Jovens Empreendedores, a associação optou por ir ocupar uma sala que já pertence à autarquia trofense. As inscrições para os campeonatos concelhios de futebol amador

estão abertas até ao dia 20 de outubro e podem ser feitas através de e-mail (afpt.2015@gmail.com). “Para já”, os campeonatos vão decorrer nos escalões “seniores femininos e masculinos e veteranos”. P.P./L.O.


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