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Semanário | 21 de outubro de 2016 | Nº 593 Ano 14 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € pub
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//PÁG. 20
Rally Spirit de Nariz Vermelho por causa social //PÁG. 13
Raquel Abreu destaca-se na neurociência
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Jogador da Trofa estreia-se pela Seleção Nacional
Família de antigo autarca Família Torcato quer placa de inauguração da Casa Mortuária reposta no Portugal Fashion
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Atualidade
Crónica Joana Lima quer aceder História do Caminho de Ferro a estudos sobre viabilidade na Trofa tem mais de 140 anos! económica do Metro na Trofa P
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deputada trofense Joana Lima, através da bancada parlamentar do Partido Socialista, enviou um conjunto de questões ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, sobre o processo da construção da linha do Metro até à Trofa e a suposta alternativa que estará a ser estudada pelo Governo. Num documento enviado a Matos Fernandes, a deputada do PS pediu esclarecimentos a Matos Fernandes sobre “que tipo de ‘alternativa’ está a ser estudada em detrimento da construção da linha de Metro até ao centro da cidade da Trofa”, tendo em conta as declarações do ministro em recente audição no Parlamento, que afirmou que “tem estado a trabalhar numa alternativa, juntamente com o senhor presidente da Câmara Municipal da Trofa, que passaria pela substituição da construção da linha de Metro até à cidade da Trofa”. Joana Lima solicitou ainda acesso aos “estudos” através dos quais Matos Fernandes se sustentou para justificar que a linha do metro até à Trofa traria elevados prejuízos ao Estado, alegando que esses “não são do conhecimen-
to público, tendo a própria Câmara Municipal, na palavra do seu presidente, dito que também desconhece em concreto estes estudos”. A deputada quis saber se nesses estudos “foi considerada a construção até ao centro da cidade, conforme formulação original”, e “o efeito “ interface” ligando a nova linha de metro à rede de caminhos de ferro e, por essa via, ligando a linha de metro à região do Minho, nomeadamente aos concelhos de Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Braga e Guimarães”. No documento enviado ao ministro, Joana Lima recorda que a construção da linha do metro é “uma obra prometida”, que “integrava a 1.ª fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto” e que a 7 de julho a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, uma resolução comprometendo o Estado Português com a construção da ligação do ISMAI à Trofa, a concretizar até ao final de 2017. “Esta resolução da Assembleia da República veio ao encontro das justas e legítimas aspirações, não só dos trofenses, mas também de toda a Região”, assinalou. C.V.
Qualidade da energia elétrica e produtividade industrial
A AEBA (Associação Empresarial do Baixo Ave), a ATEC (Academia de Formação) e a EDP Distribuição juntaram-se, no dia 11 de outubro, para discutir a influência da qualidade da energia elétrica na produtividade industrial. O workshop, que se realizou no auditório da AEBA, contou com “mais de cem” profissionais e empresas ligadas à área industrial. A sessão “Da qualidade da energia elétrica à produtividade industrial” começou com um enquadramento teórico e académico sobre a qualidade da energia, por parte de António Machado e Moura da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Fabrice Gonçalves, da EDP, continuou com uma explicação de como se define a qualidade do serviço da rede de distribuição e de
como, em conjunto, as empresas clientes e a EDP podem melhorar o serviço e a sua produtividade. Ainda houve espaço para a apresentação de casos práticos por parte de Luís Marçal, da SIEMENS, e de Carlos João, da DOW Portugal, que fizeram com que os participantes percebessem o que podiam melhorar na sua própria casa. Para encerrar o evento, Santos Ferreira, representante da EDP Distribuição, destacou a importância de todos na qualidade da energia elétrica, dizendo ainda que a qualidade do serviço de fornecimento de energia pode ser melhorado se todos contribuírem na melhoria da rede. No âmbito da parceria entre a AEBA e a ATEC, Santos Ferreira, desafiou ainda a continuidade do debate do tema em futuras atividades. A.M./C.V.
or estes dias será apresentado publicamente o “Projeto de Requalificação do Corredor Central” e que, em termos práticos, poder-se-á apelidar de Projeto da Zona Envolvente à Estação Antiga (Velha) da Trofa com ligação ao Parque Nª Sª das Dores. Este espaço e o próprio edifício da Estação Velha têm uma história já antiga. Com efeito, há escritos que registam a passagem da “Via Romana” junto à agora Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado e continuava pela agora Rua Alberto Inácio Pimentel, também pelos terrenos junto da Capela de Nª Sª das Dores, Valdeirigo, Trofa Velha, Cedões... até ao Porto (Portocale), escritos esses que remontam ao tempo anterior à data da fundação da nossa nacionalidade. Mas foi precisamente no século XIX que o nome TROFA catapultou para as primeiras páginas dos jornais da época ; e o nome da freguesia de S. Martinho de Bougado foi “rebatizada” de Trofa, nome que passou a vigorar em tudo o que significou comunicação e transporte. Foram os Correios (CTT) e os Comboios que puseram no Mapa de Porttugal o nome TROFA. O “Canal da Refer”, termo muito usado nestes últimos anos, e as respetivas plataformas chegaram a ficar totalmente ocupados por carruagens, comboios completos ou apenas máquinas (a vapor ou a diesel). No que ao Caminho de Ferro diz respeito há datas e eventos que a
HISTÓRIA JAMAIS APAGARÁ!: Em 21 de maio de 1875 foi inaugurado o troço entre Porto e Braga. O primeiro troço da Linha de Guimarães e que ligou Trofa a Vizela, abriu em 31 de dezembro de 1883. Este troço continuou de Vizela até Guimarães (14 de abril de 1884) e terminou em Fafe em 1907. A ligação à Linha da Póvoa de Varzim verificou-se em 1932. “Em fevereiro de 1932 já tinham sido concluídas as obras no troço Senhora da Hora e Trofa, que entrou em serviço em 14 de março desse ano. Para a inauguração deste troço, foi organizado um Comboio Especial Porto-Poavista-Guimarães; quando parou na Trofa, foi recebido na gare por uma multidão. Para a ocasião, a estação da Trofa foi decorada com colchas de damasco”. Este registo diz bem o que significou para a época a entrada em funcionamento do movimento ferroviário com passagem e paragem na Trofa. E os trofenses desse tempo ficaram maravilhosamente orgulhosos desse acontecimento, pois tinham esperança que o desenvolvimento da sua terra dependeria muito da passagem do comboio e do movimento que o mesmo acarretaria... e não foram defraudados nas suas expectativas ...como veio a confirmar-se posteriormente.
Caminhos de Ferro do Minho Serviço a começar em 10.04.1876 Ascendentes Estações Horas de Partida Mixto Correio Mixto Manhã Manhã Tarde Porto 06,42 09,30 05,44 Rio Tinto 06,54 09,41 05,55 Ermesinde 07,07 09,50 06,08 São Romão 07,19 10,03 06,20 TROFA 07,40 10,21 06,39 Famalicão 08,10 10,42 07,10 Nine 08,17 10,59 07,21 Arentim 08,26 --07,30 Tadim 08,33 11,16 07,37 Arentim 08,45 11,27 07,49 Descendentes Estações Horas de Partida Mixto Correio Mixto Manhã Tarde Tarde Braga 06,24 01,37 06,07 Tadim 06,36 01,51 06,19 Arentim 06,45 --06,28 Nine 06,56 02,08 06,39 Famalicão 07,15 02,26 06,58 TROFA 07,35 02,45 07,20 São Romão 07,51 03,10 07,36 Ermesinde 08,08 03,13 07,52 Rio Tinto 08,19 03,23 08,02 Porto 08,27 03,30 08,10 No ano de 2002 foi desativada a chamada Via Estreita (entre Porto e Guimarães). Em Agosto de 2010 foi desativado todo o tráfego ferroviário da chamada Via Larga e transferido para a Estação Nova em Paradela, ficando a partir desse ano o edifício da An-
tiga Estação e toda a área envolvente praticamente “abandonados à sua sorte”... Virá aí a tão aguardada requalificação deste espaço? “A ver, vamos,” diz o povo na sua sabedoria popular... António Costa
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Atualidade
Homicida capturado na Trofa condenado a mais de 23 anos O Tribunal de Penafiel condenou Bernardino Magalhães a mais de 23 anos de prisão. O suspeito de assassinar a mulher foi encontrado pela GNR da Trofa, em Alvarelhos.
Desde há alguns dias que um ninho de vespas asiáticas tem preocupado moradores no edifício Marques Pinto, na Rua Alexandre Herculano, junto ao Trofashopping, em S. Martinho de Bougado. O ninho, cuja dimensão aumenta a cada dia que passa, encontra-se num poste de média tensão. A Proteção Civil Municipal da Trofa já foi alertada e fonte confirmou ao NT que a destruição do ninho será consumada “este fim de sema-
na”. O processo tornou-se mais moroso, porque, segundo a mesma fonte, como está num poste de média tensão, vai obrigar à intervenP ção da EDP, que terá de instalar dois gerado- P res para assegurar o fornecimento de energia elétrica naquela zona. inte e três anos e dez meses de prisão. A Já o ninho que tinha sido encontrado no dia condenação de Bernardino Magalhães, 10 de outubro numa habitação na Rua Alber- que matou a mulher em Paços de Ferreira, foi to Pimentel, também em S. Martinho de Bou- conhecida durante o julgamento que decorgado, foi destruído no dia 12 de outubro. C.V. reu no Tribunal de Penafiel, a 14 de outubro. Recorde-se que Maria Carvalho, de 58 anos, morreu a 27 de setembro de 2015, em Penamaior, Paços de Ferreira, depois de Bernardino Magalhães, de quem estava separada, lhe ter batido com a cabeça no chão, amordaçando-a e colocando-lhe um ácido na boca. Depois, ateou fogo à habitação e fugiu, deixando para trás o seu pai, que tem problemas de locomoção que foi acudido por vizinhos, tendo apenas ficado com ferimentos ligeiros. O suspeito foi capturado no dia seguinte pela Guarda Nacional Republicana da Trofa, em Alvarelhos, depois de a sua viatura ter sido encontrada abandonada junto a uma empresa de transportes em S. Mamede do Coronaatrícia
V
Queda de contentor provocou caos na EN14
ereira
Arquivo
Ninho de vespas asiáticas junto ao Trofashopping do e de ter sido avistado a cambalear e a deambular pela Estrada Nacional 318. Segundo o Correio da Manhã, durante o julgamento o arguido, de 60 anos, terá confessado os factos, mas negou a intenção de matar. Apenas a queria “fazer sofrer”, uma vez que, segundo a mesma fonte, tinha ciúmes por esta ser a responsável pelo dinheiro do seu próprio pai, de quem também cuidava. Mas para o Tribunal ficou provado que Bernardino Magalhães, ausente na leitura do acórdão, queria tirar a vida à mulher e estava consciente dos seus atos. O Tribunal acusou o arguido de cinco crimes, tendo Bernardino Magalhães sido absolvido de profanação de cadáver, violência doméstica e incêndio, este último por estar englobado nos crimes de homicídio pelos quais foi condenado - um consumado e outro na forma tentada, sobre o próprio pai. A defesa vai recorrer, pois, segundo a advogada Vanda Bragança, a pena aplicada foi “uma surpresa”. pub
Em plena hora de ponta, atravessar a Estrada Nacional 14 ficou ainda mais difícil quando um contentor de um veículo pesado desprendeu-se e caiu em plena Rotunda do Bombeiro, em S. Martinho de Bougado, cerca das 17.30 horas de sexta-feira, 14 de outubro. A estrutura que transportava paletes de madeira obstruiu parte da via, o suficiente para cau-
sar o caos no trânsito. Deste incidente não resultaram feridos. Os Bombeiros Voluntários da Trofa estiveram no local e orientaram o tráfego rodoviário até à chegada da Guarda Nacional Republicana e Polícia Municipal. O contentor foi, mais tarde, retirado da via. C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Atualidade
Declaração de compromisso para despoluir o rio Ave Município de Guimarães agendou para 14 de outubro a realização de uma nova reunião de acompanhamento e avaliação intercalar do Plano de Ação para o combate à poluição do rio Ave.
24 dádivas de sangue em Ribeirão O Lions Clube da Trofa promoveu mais uma colheita de sangue na Escola Básica 2/3 de Ribeirão, na manhã de sábado, 15 de outubro. Na ação inscreveram-se 31 pessoas, das quais o Instituto Português do Sangue e da Transplantação recolheu 24 dádivas de sangue. A próxima colheita de sangue realiza-se a 29 de outubro, entre as 9 e as 12.30 horas, no lar de idosos da Mundos de Vida, em Lousado. P.P.
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Cartório Notarial de Rui Sérgio Teixeira dos Santos Notário em Vila Nova de Famalicão
Município de Guimarães agendou nova reunião para avaliar Plano de Ação para o combate à poluição do rio Ave Patrícia P ereira
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Laboratório da Paisagem, em Creixomil, recebeu a quarta reunião de acompanhamento e avaliação intercalar do Plano de Ação, que tem como objetivo “recuperar a principal linha de água da bacia hidrográfica, devolvendo a qualidade ecológica da água, promovendo a natureza e a biodiversidade”. A sessão contou com a presença extraordinária de responsáveis de câmaras municipais de Fafe, Felgueiras, Póvoa de Lanhoso, Vizela e Famalicão, tendo sido assinalado a entrada de mais instituições no Plano de Ação, como é o caso dos agrupamentos escolares que se situam nas freguesias do concelho por onde passa o rio Ave. Segundo nota de imprensa do Município de Guimarães, uma das
conclusões da reunião foi que é preciso “preparar uma declaração de compromisso conjunta e transversal a todos os municípios e entidades envolvidas no combate à poluição do rio Ave”. Além disso, os representantes das instituições envolvidas na gestão da bacia hidrográfica do Ave “definiram medidas e projetaram reuniões técnicas para ser efetuada uma monitorização ao longo de todo o curso do rio, com o objetivo de identificar potenciais unidades contaminadoras que estão nas fronteiras dos municípios”. Segundo o administrador da Agência Portuguesa do Ambiente do Norte, José Pimenta Machado, nesta altura decorrem “mais 30 autos de notícia”, sendo necessário “acabar com o sentimento de impunidade”, uma vez que “não se pode pôr em causa a qualidade da nos-
sa água”. Por outro lado, a empresa intermunicipal Vimágua, através do seu presidente do Conselho de Administração, Armindo Costa e Silva, anunciou que será efetuada “uma fiscalização à totalidade dos 75.838 fogos existentes em Guimarães e Vizela, tendo já sido fiscalizados sete mil e iniciado um processo para mais de 16 mil alojamentos”. O objetivo é “fiscalizar a sua totalidade para identificar ligações indevidas de águas pluviais às águas residuais para evitar a poluição das linhas de água e reduzir a fatura de tratamento nas ETARs”. Já o presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, declarou que foram “feitos investimentos avultados na bacia hidrográfica do Ave e o objetivo é devolver o património natural à fruição das pessoas”. “Os municípios por onde atravessa o rio ave, desde a nascente à sua foz, comprometem-se a realizar um conjunto de atividades, nomeadamente candidaturas europeias, que tenham em comum a proteção de um património que é de todos”, adiantou o autarca. O rio Ave, com uma extensão de cerca de 90 quilómetros, atravessa sete concelhos, nomeadamente, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde.
Rui Sérgio Teixeira dos Santos, notário, com cartório na Rua Daniel Santos, n.º 25, 1º andar, sala 5, da cidade e concelho de Vila Nova de Famalicão, certifica, para efeitos de publicação, que por escritura de catorze de outubro de dois mil e dezasseis, exarada de folhas, trinta a folhas trinta e um verso do livro de notas para escrituras diversas número “cento e oitenta e quatro – A, deste cartório, Ermelinda Araújo dos Santos, NIF 156 529 815, e marido, Martinho da Silva Azevedo, NIF 152 001 182, casados no regime de comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Bougado (S. Martinho), concelho de Santo Tirso, residentes na Rua das Bocas, n.º 537, da cidade da Trofa, declararam que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico denominado “Vale da Dança”, composto por pastagem e pinhal, com área de nove mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, do sul com Manuel Sá Couto Araújo, do nascente com Laurentino Augusto Fernandes e do poente com Manuel Alves Moreira, sito no lugar da Abelheira, da extinta freguesia de Bougado (S. Martinho), atualmente agregada União de freguesias de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa, não descrito na conservatória do registo predial da Trofa e inscrito na matriz predial rústica da referida união de freguesias de Bougado (S. Martinho e Santiago) sob o artigo 1981, que corresponde ao artigo 1277 da matriz predial rústica da extinta freguesia de Bougado (S. Martinho) desconhecendo o artigo sob que estava inscrito na antiga matriz rústica da mesma freguesia de Bougado (S. Martinho); Que não são detentores de qualquer título formalmente válido que legitime o seu domínio sobre o referido prédio e permita assim o registo a seu favor do mesmo; Que, no entanto, o referido prédio entrou na sua posse por doação verbal a si feita pelos pais da outorgante mulher, Abílio Ferreira dos Santos e mulher, Maria Emília Araújo dos Santos, residentes na indicada Rua das Bocas, por volta do ano mil novecentos e setenta e seis, não tendo nunca sido possível formalizar a projetada escritura de doação; Que, não obstante disso, têm, desde então exercido no referido prédio todos os poderes de facto correspondentes ao direito de propriedade do mesmo, nomeadamente, limpando o mato, nele apascentando o seu gado, nele plantando e cortando árvores e colhendo os seus frutos, tudo sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse que adquiriram e sempre exerceram pacificamente, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conhecimento de todos os interessados e sem oposição de ninguém, e, tudo isto, por lapso de tempo superior a VINTE ANOS; Que dadas a enunciadas características de tal posse adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO, título esse que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme e confere com o original na parte transcrita. Vila Nova de Famalicão e Cartório Notarial de Rui Sérgio Teixeira dos Santos, em 14 de outubro de 2016 O Notário Rui Sérgio Teixeira dos Santos
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Atualidade
Família Torcato abrilhantou Portugal Fashion
Pai e filha apresentaram as suas colecções no mesmo dia. Inês no espaço Bloom e Júlio Torcato na passerelle do maior evento de moda do Porto, o Portugal Fashion. L iliana Oliveira Cátia Veloso
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nês Maia. Foi assim que se lançou no mundo da moda. E por aqui poucos seriam capazes de lhe antever as ligações familiares a este mundo. Mas Inês assina agora com o apelido Torcato e assim já muitos lá chegariam. Inês seguiu as pisadas do pai, Júlio Torcato, e fez parte do Bloom, plataforma de novos talentos do Portugal Fashion. O dia 14 de outubro foi o ‘dia D’ para a jovem estilista da Trofa. “Por uma questão de haver no Bloom muitos nomes parecidos e porque ficava uma confusão muito grande, aconselharam-me a trocar o nome. O Torcato foi o que me pareceu mais natural. Não é apelido. É o segundo nome do meu pai”, confidenciou à Move Notícias, no dia da apresentação da sua coleção no Bloom, a jovem designer de moda. Sketch (Self-Portrait) é o nome da sua primeira coleção como Inês Torcato. Antes disso, a estilista apresentou duas outras coleções: uma com quatro coordenados para o desfile de fim de curso da Escola Superior de Artes e Design e uma para o concurso Bloom,
Rancho Folclórico da Trofa Convocatória Afonso Paixão, na qualidade de Presidente da Assembleia Geral do Rancho Folclórico da Trofa, convoca todos os sócios do Rancho para a Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 29 de Outubro de 2016, pelas 21.30 horas, na sua sede, sita na Rua Urbanização da Barca, com a seguinte ordem de trabalhos: 1.º- Análise e votação do relatório de atividades e contas do ano 2016; 2.º- Apresentação de listas para os órgãos sociais para o ano 2017; 3.º- Outros assuntos de interesse para o Rancho. Bougado, 14 outubro de 2016 O Presidente da Assembleia Geral Afonso Paixão (Dr.) Nota: Se à hora marcada não estiverem presentes pelo menos metade dos sócios, a Assembleia reunir-se-á meia hora mais tarde com qualquer número de associados.
em março, no qual foi 2.ª classificada. “A coleção é ousada. Tem fatos com colete incorporado, peças do avesso. O que é muito a minha imagem. O nome da coleção é ‘Skecth’, de esboço, e entre parênteses auto-retrato”, disse Inês, que desfilou peças, maioritariamente, em tons de preto, branco e azul escuro, para homem e mulher. Inês Torcato cresceu neste mundo, herdou o apelido e o gosto pela moda através do pai, Júlio Torcato, com quem partilha atelier e que esteve na primeira fila para assistir e aplaudir a coleção da filha. Júlio Torcato não desiludiu O estilista trofense apresentou, no mesmo dia que a filha, 14 de outubro, a sua coleção primavera/ verão 2017, na passerelle do Portugal Fashion. (Not Only) Ordinary People ditou as tendências criadas por Júlio Torcato para a primavera/verão de 2017. Dez anos depois de ter apresentado Ordinary People, a reedição da coleção trouxe à passerelle do Portugal Fashion peças “para pessoas comuns, de todas as idades e especiais, que gostam de
Júlio e Inês Torcato apresentaram coleções no Portugal Fashion
afirmar alguma diferença e identidade”, adiantou ao NT Júlio Torcato. Uma coleção mista que o estilista define como “moderna, com um cariz cosmopolita e urbano”. Tons de verde e rafa, verde militar, azul marinho, muito denim lavado, cla-
ro e escuro, branco, bege e brick, dark denim e bleach denim, riscas clássicas e rendas, sportswear, industrial wear e formal wear predominaram na coleção do estilista da Trofa, que apostou em materiais nobres e no detalhe. O modelo Rúben
Rua, o cabeleireiro Miguel Viana e o artista trofense André NO, autor da música do desfile, foram alguns dos nomes que desfilaram as peças de Júlio Torcato.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Atualidade
Rota do Empreendedorismo
JS quer apresentar “propostas inovadoras e pioneiras no concelho” A Juventude Socialista da Trofa iniciou na empresa Falual a sua Rota do Empreendedorismo. Já a 6 e 7 de outubro, visitou os alunos das escolas.
Roteiro começou na Falual Patrícia P ereira
“A
profundar o conhecimento sobre o tecido empresarial, contactar com os empresários, verificar o processo de produção e, finalmente, aproximar esta área, fundamental para o futuro da Trofa, dos jovens”. Estes são os objetivos da Rota do Empreendedorismo, uma atividade integrada na estratégia da Juventude Socialista da Trofa. O pontapé de saída deste “conjunto de visitas” aconteceu no sábado, 15 de outubro, com a visita de uma delegação da JS da Trofa à empresa Falual, uma “referência nacional
e Castro, nos dias 6 e 7 de outubro. celho”, completou. Com esta iniciativa, inserida no JS O presidente da JS afirmou que Action Week, a JS da Trofa preten- tanto “as imagens” como “os testedia “dar a conhecer um manifesto munhos dos jovens trofenses comonde elenca as principais conquis- provam que adotaram a estratégia tas dos socialistas na área da Educa- certa”, quando decidiram abrir a esção e algumas medidas que pretende trutura à sociedade, nomeadamenver resolvidas num futuro próximo”. te através da iniciativa “JS Café”. O decorrer da atividade “surpre- “Através destas iniciativas, a Juvenendeu pela positiva” Amadeu Dias, tude Socialista conseguiu alargar o uma vez que, nos últimos anos, se seu raio de ação e, deste modo, ser “assiste diariamente a um crescen- mais procurada e acompanhada pete distanciamento dos jovens para los jovens trofenses”, declarou, mencom os agentes políticos”. “Tendo cionando que a estrutura socialiscomo base esta mesma leitura dos ta “conquistou mais um objetivo” factos recentes, não esperávamos ta- e, por isso, vai voltar a “dinamizar na metalomecânica, fundada em empresarial trofense para visitar o manha procura como a que tivemos campanhas semelhantes ao longo 1980”, e que é considerada pela es- maior número possível de empre- por parte dos jovens do nosso con- do ano letivo”. trutura como “um exemplo de suces- sas nas próximas semanas”. O líso e de inovação”. “Com mais de 35 der socialista acredita que “as proanos de atividade, emprega cerca de postas vão ao encontro às necessi130 trabalhadores, sendo a maioria dades dos jovens trofenses, pelos proveniente do concelho da Trofa”, quais desenvolvem toda a sua esadiantou fonte da estrutura em nota tratégia política”. de imprensa. Para Amadeu Dias, presidente da Socialistas em contacto concelhia da JS da Trofa, este rocom os estudantes teiro é “prioritário”, uma vez que “Sou Socialista, Sou Estudante!”. acredita “ser possível apresentar al- Este foi o mote que acompanhou a gumas propostas inovadoras e pio- Juventude Socialista da Trofa duneiras no concelho no término des- rante as visitas aos alunos da Escota iniciativa”. Para tal, a JS da Tro- la Secundária da Trofa e da Escola fa está “em contacto com o tecido Básica e Secundária de Coronado Socialistas promoveram ação junto dos jovens
Inscrições para o Orçamento Participativo Jovem até 31 de outubro Estudantes, residentes ou membros de uma associação do concelho da Trofa, entre os dez e os 30 anos, podem inscrever-se no Orçamento Participativo Jovem da Trofa até ao dia 31 de outubro. A iniciativa consiste na elaboração de um
projeto onde o vencedor será realizado pela autarquia. O desafio lançado a todos os jovens consiste em realizar um projeto que será financiado em 17.500 euros se for de âmbito geral/associativo ou em 7.500 euros se for
para o âmbito escolar. Os participantes têm de definir o que querem fazer, o porquê do projeto e a quem se destina, assim como onde e quando será realizado, o orçamento a gastar e ainda encontrar parceiros para o de-
senvolver. Os jovens devem promover os seus trabalhos nas redes sociais, inscrever os apoiantes na Assembleia Municipal Jovem e escolher como o querem apresentar. Os projetos são apresentados a 17 de de-
zembro, na Assembleia Municipal Jovem, onde se votarão os projetos vencedores. Todos os projetos devem ser entregues até ao dia 31 de outubro. A.M./C.V.
“O Raio da Agenda 2017” da BOOMER é solidária “Uma ferramenta de trabalho e um projeto solidário”. É assim que a BOOMER – Brand & Digital Strategists apresenta “O Raio da Agenda 2017”. Para pessoas que gostam de “agendas diferentes e criativas”, a venda da agenda vai servir também para ajudar a Associação “Acredi-
tar” – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. A agenda de formato A5 inclui páginas mensais coloridas, páginas para registo de contactos, uma fita de marcação e “uma pitada de humor”, informou fonte da BOOMER. Desenhada para “profissionais e pessoas criativas”, in-
clui também o espaço “Dica do Dia”, com algumas dicas para dias especiais. “O Raio da Agenda 2017” pode ser comprada na página www.oraiodagenda.boomer.pt e tem o custo de 19,50 euros. Por cada agenda vendida um euro reverte a favor da Associação “Acreditar”. A.M./C.V.
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21 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Chuva cancela desfolhada do Divino Espírito Santo
Rancho cancelou desfolhada
A eira da Casa de Vilar, em S. Mamede do Coronado, estava preparada para uma noite de desfolhada. As espigas de milho estavam amontoadas no centro do local de trabalho, as vasilhas prontas para receberem as espigas e as vassouras preparadas para limpar o recinto, que serviria de palco para a merenda – broa, pataniscas, chouriça e sardinhas – seguida dos malhões e dos viras. Mas S. Pedro pregou “uma partida” ao Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo. Com a chuva a não dar tréguas na noite de sábado, 15 de outubro, a organização teve que arranjar um plano B, que passou por receber o público na sua sede, situada na antiga escola básica de Mendões, onde apresentou os costumes da região, através da dança e dos cantares. Presente esteve ainda o convidado Rancho Folclórico S. Cosme de Gemunde, da Maia. O presidente do Rancho Folclórico do Divino Espirito Santo, Carlos Ferreira, contou que este era “o segundo ano” que iam fazer a desfolhada “num espaço apropriado”, mas “não foi possível porque a chuva não deixou”. “Tínhamos um cenário bem
montado e estruturado para que vivêssemos os tempos dos antepassados. Tivemos que recorrer à nossa sede, onde as condições não eram as mais apropriadas, mas tentamos fazer o nosso melhor e tudo se resolveu, não de uma forma positiva, mas remediada”, completou. O Rancho Folclórico já está a preparar a próxima iniciativa, a decorrer a 14 de janeiro de 2017. Trata-se dos Cantares ao Menino, que, além do grupo organizador, conta com a participação do Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, Rancho da Touguinha (Vila de Conde), Tradições de Forjães (Esposende) e o Danças e Cantares de Santa Maria da Feira. Recorde-se que o grupo foi fundado a 10 de maio de 1959, com o nome Rancho Regional do Divino Espírito Santo. Durante 21 anos, o rancho esteve inativo, tendo “renascido” em janeiro de 2012, quando é registado nas Finanças. No entanto, o nome teve que ser alterado para Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo, uma vez que o inicial já estava registado por “um grupo dos Açores”.
Luís Elias partilhou experiência da volta ao mundo em sessão do Rotary T
odas as crianças têm sonhos. Uns cumprem-se outros ficam-se apenas pela imaginação. Luís Elias sonhou em criança aquilo que cumpriu em adulto. O pequeno Luís sonhava “dar a volta ao pequeno planeta Terra que teimamos em tornar grande”, cresceu e percorreu “104 mil 990 quilómetros, visitou 20 países e 64 lugares, em 12 fusos horários diferentes”. Uma volta ao mundo tem sempre muito para partilhar e foi isso que Luís Elias fez, a 17 de outubro, no auditório Fórum Trofa XXI, numa iniciativa do Rotary Club da Trofa, em conjunto com o Rotaract e o Interact Club da Tro-
fa. Economista de profissão, Luís Elias deixou os números de lado e falou para um auditório com cerca de 120 pessoas sobre “O Mundo de Várias Perspetivas”. Luís Elias interrompeu a sua carreira profissional durante seis meses para ir à conquista do mundo. Nos 20 países que visitou, conheceu novas culturas e muitas pessoas que deixaram a sua marca. “Mais do que uma aventura, ficou a consciência de que a nossa integração no planeta e a valorização que damos às coisas e às pessoas passa a ter um enquadramento radicalmente diferente quando nos dispomos a passar
por experiências como esta”, referiu. Da sessão ficou uma mensagem direcionada a todos os jovens: “Nunca devemos abdicar dos nossos sonhos e tudo é possível de concretizar se existir vontade comprometida e planeamento”. No final, os participantes mostraram-se satisfeitos com a história ali partilhada. “Queremos ouvir coisas boas, que nos estimulem, agradáveis, porque já estamos fartos das notícias de desgraças”, comentaram os três presidentes Helena Maia, do Rotary, Nelson Dias, do Rotaract, e Beatriz Silva, do Interact Club da Trofa. L.O./C.V.
Bial lança medicamento que reduz off-time em doentes de Parkinson A farmacêutica Bial, sediada em S. Mamede do Coronado, apresentou o medicamento ONGENTYS (opicapona), aprovado em junho pela Comissão Europeia, que reduz o período off-time, que se caracteriza por um estado de profunda imobilidade, em doentes de Parkinson. O grupo da farmacêutica iniciou a comercialização na Alemanha e no Reino Unido e no decorrer de 2017 deve estar disponível em Portugal e em outros mercados europeus. Segundo os estudos realizados, ONGENTYS é “uma nova opção de tratamento, segura e eficaz”, avançou o CEO da Bial, António Portela. “O ONGENTYS® é o resultado de um forte e longo esforço do nosso
laboratório na investigação científica na área das neurociências. Este novo medicamento reflete a nossa aposta em I&D, o nosso projeto de internacionalização e, naturalmente, o concretizar da nossa missão de procurar soluções para os problemas de saúde das pessoas em todo o mundo”, acrescentou. Desde 1817 que esta doença é conhecida por ser altamente incapacitante e afetar as capacidades motoras dos doentes. De acordo com dados da Associação Europeia da Doença de Parkinson, 22 mil portugueses sofrem de Parkinson, números que se multiplicam quando falamos da União Europeia, onde um milhão e 200 mil pessoas são portadoras da doença. A Bial começou a
estudar a doença há 11 anos e este é o segundo medicamento de patente portuguesa que chega ao mercado. Depois de ZEBINIX (acetato de eslicarbazepina) para a epilepsia, disponível na Europa e nos Estados Unidos da América, surge ONGENTYS, de toma única diária, para o tratamento de Parkinson. Para reforçar a estratégia de internacionalização e assegurar a comercialização dos medicamentos, sendo que já tem produtos disponíveis em mais de 50 países, a Bial abriu, em 2015, uma filial na Alemanha e outra no Reino Unido. A farmacêutica pauta o seu trabalho, há mais de duas décadas, na procura de soluções terapêuticas. L.O./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Atualidade
Família de antigo autarca quer placa de inauguração da Casa Mortuária reposta
A família de Armindo da Costa Azevedo, antigo presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, não se conforma com o facto de, aquando a requalificação da Casa Mortuária operada pelo atual executivo de Junta, a placa da inauguração daquele edifício tenha desaparecido e nunca mais tenha sido reposta. Cátia Veloso
A
Casa Mortuária de S. Martinho de Bougado foi inaugurada em 1 de novembro de 1985 pelo executivo liderado por Armindo Azevedo e contou com a presença do então presidente da Câmara, Joaquim Couto, faziam as freguesias do concelho da Trofa ainda parte do município de Santo Tirso. A ausência da placa notou-se aquando das obras de requalificação e ampliação do edifício, promovidas pelo atual executivo da Junta de Freguesia de Bougado. A 3 de julho de 2015 foi colocada uma nova placa a assinalar a requalificação, mas a antiga não mais apareceu. Desagradada com a situação, a família de Armindo Azevedo, já falecido, enviou um ofício ao presidente da Junta de Freguesia um mês depois, onde solicitou a reposição da placa de inauguração “para que se mantenha viva a memória e o respeito” pelo antigo autarca.
A resposta do presidente da Junta de Freguesia, Luís Paulo, data de 10 de agosto. Segundo o documento a que o NT teve acesso, o autarca dá conta de que “a ampliação e requalificação da Casa Mortuária foi uma intervenção de fundo com o aproveitamento residual de apenas dois pequenos muros existentes”, mas comprometia-se a fazer a “devida análise” da solicitação da família. Sem resposta sobre o que resultou da “análise”, os familiares de Armindo Azevedo “voltaram à carga”, com nova missiva dirigida ao executivo de Luís Paulo passados três meses a reiterar o pedido da reposição da placa de inauguração da Casa Mortuária, argumentando que “esta obra sofreu um processo de requalificação, ou seja, partiu de uma construção antiga” e dispondo-se “a comparticipar a repo- Família de Armindo Costa Azevedo, já falecido, querem que placa da inauguração da Casa Mortuária de S. Martinho seja reposta sição de uma nova placa, caso, por mero acaso, não localizem a pla- A este novo contacto, a Junta de e nós não sabemos se havia ou não”, “houve uma alteração” e “foi tudo ca original”. Freguesia não respondeu, afirma- argumentou o autarca, que referiu abaixo e só se aproveitou uma param ao NT familiares de Armin- ainda “não saber” da disponibilida- rede” do antigo edifício. do Azevedo. de da família, demonstrada no se- “Não interessa o nome do presiContactado, Luís Paulo afirmou gundo ofício, de comparticipar uma dente de Junta e estou muito à vonque respondeu “às duas cartas da cópia da placa original. Mesmo as- tade para falar, porque eu não tefamília”, que entende estar “a ser sim, Luís Paulo recusa a reposição nho o meu nome em lado nenhum usada” pelo “Partido Socialista” de qualquer placa da inauguração nem vou ter. Eu acho que quem fez para fins políticos. “A família diz de 1985, porque na obra que o atu- a obra não foi o presidente, mas sim que havia lá uma placa, mas nós al executivo da Junta dizia ser de o conjunto de pessoas que fazem nunca a vimos, ninguém sabe dela “requalificação e ampliação”, afinal parte da Junta”, concluiu.
Deolinda em concerto para celebrar 18 anos de concelho Placa foi colocada aquando da inauguração, a 1 de novembro de 1985
A 19 de novembro assinalam-se os 18 anos da criação do concelho da Trofa. Este dia ficará marcado na história do concelho por assinalar a data em que milhares de trofenses rumaram a Lisboa e, na Assembleia da República, em 1998, foi aprovada a autonomia do município trofense com oito freguesias, que deixaram de ser responsabilidade administrativa do concelho de Santo Tirso. A autarquia vai assinalar a efeméride e o NT sabe que um dos momentos mais importantes será o concerto dos Deolinda, no feriado municipal, pelas 21.30 horas, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. O grupo musical português, com Ana Bacalhau como vocalista, promete trazer muitas canções conhecidas do público, como “Corzinha de Verão”, “Seja Agora” e “Fado Toninho”. A autarquia ainda não anunciou o programa das comemorações do 18.º aniversário do concelho. C.V.
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21 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
DJ promove festa para ajudar Associação Um Animal Um Amigo
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Atualidade
Salão Assombrado é uma festa que está a ser preparada por Paulo Reis e que acontece a 29 de outubro, no salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa. Fundos angariados revertem a favor da AUAUA. Cátia Veloso
reocupado com as dificuldades com que a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) se debate diariamente, Paulo Reis decidiu agir. Sustentando-se na experiência adquirida como Disc Jockey (DJ), ocupação de tempos livres, o jovem de 16 anos agendou uma festa solidária alusiva ao Halloween, para a noite de 29 de outubro, a partir das 21.30 horas, no salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa. “Como jovem e cidadão da Trofa, gosto de andar a par dos problemas e iniciativas da minha cidade. Já há algum tempo que tenho segui-
do o trabalho da AUAUA e reparo que cada vez tem mais dificuldade em tratar e manter os cães e gatos que as pessoas deixam na associação ou que encontram na rua”, explicou Paulo Reis, em declarações ao NT, acrescentando que “no mês de setembro, a fatura de tratamentos clínicos dos animais ultrapassou os mil euros”. E como este cenário se tem repetido ao longo dos meses, o jovem entendeu que estava na hora de contribuir, dando o exemplo. A festa que está a organizar vai ter muita música e a participação de vários DJ, estando dirigida essencialmente para jovens, que “estão a aderir DJ Paulo Reis está a preparar festa solidária muito bem à causa”. Todos os fun- lhetes e exploração do bar durante a Os bilhetes, que custam dois euros dem ser adquiridos junto de Paulo dos angariados com a venda dos bi- festa reverterão a favor da AUAUA. para elas e 2,5 euros para eles, po- Reis ou na associação.
A música sempre foi um gosto especial de Paulo Reis. Com 14 anos, decidiu instalar um programa de DJ para o computador e aventurar-se a fazer misturas. “Gravei algumas e mostrei a familiares e amigos. A maioria gostou e incentivou-me a começar uma carreira
de DJ. No início, levei na desportiva, mas com o tempo fui arranjando material de produção e mistura de música e comecei a ir a pequenas festas de familiares e amigos”, contou o jovem. Como as críticas positivas continuaram, Paulo decidiu “elevar a fasquia”, aventuran-
P
DJ aos 16 anos
do-se por iniciativas de maior envergadura. “Cheguei a ir algumas vezes à iniciativa ‘Sextas ComVida’, na Rua Conde S. Bento, juntamente com um amigo, o André Filipe, com quem cheguei a fazer a dupla chamada DJ’s Anonymous”, relatou.
Mais tarde, o amigo abandonou o projeto e entrou outro, Nani Macedo, com quem atualmente dá vida ao The Vinil Route DJ’s, que caracteriza o gosto especial dos jovens em festas de rua e festivais. Com 16 anos, Paulo Reis frequenta o curso de Comunica-
ção, Marketing, Relaçõs Públicas e Publicidade, na OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres - e sonha, um dia, ser organizador de eventos a tempo inteiro e ter como hobby a atividade de DJ.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Atualidade
Flores e velas para homenagear quem já partiu O
primeiro dia de novembro leva muitos fiéis ao cemitério. À porta, as velas e as flores para oferecer aos que já partiram. E aqui abre-se um leque quase infindável de possibilidades. Flores artificiais ou naturais, para todas as cores e feitios, em ramo ou em arranjo, grandes ou pequenos, na floreira da campa ou de plástico, em forma de cruz, um símbolo da religião, ou coração, um símbolo do amor eterno. A maioria das pessoas já perdeu alguém próximo, alguém de quem sente falta e saudade. Uma das formas de expressar o amor e cultivar as lembranças é oferecer flores, elas que são um dos maiores símbolos da comemoração do Dia de Todos os Santos. Funcionam como uma ligação entre quem já partiu e quem cá está. Mas o que talvez não saiba é que algumas flores têm significados atribuídos, o que pode facilitar-lhe a escolha. A Gardénia é uma flor que significa pureza, doçura, paz e tranquilidade. Os lírios brancos são sinónimo de majestade e pureza. A Margarida é a flor que representa o amor leal. Margaridas brancas e amarelas simbolizam amor doce, inocente e puro. O Cra-
vo dizem que significa amor feminino e, quando cor de rosa, é sinónimo da expressão “nunca te esquecerei”. Já o Cravo branco é sinónimo de pureza e encanto. A Orquídea mostra requinte e beleza e a Rosa é vulgarmente conhecida por se associar pub
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ao amor quando vermelha, à pureza quando branco e à elegância quando cor de rosa. No geral, normalmente associam-se as flores brancas à paz e as vermelhas ao amor, por isso há muita gente que opta por um bouquet com várias flores.
As floristas da Trofa têm para si as melhores e mais bonitas opções. A vela, ou círio, é outro símbolo muito associado a quem já partiu e a este dia em particular. Também aqui as opções são muitas. Em forma de coração, grandes, médias ou
pequenas, em base de vidro ou de plástico. Dizem aqueles que acreditam, que a luz que da vela provém ilumina o caminho até à paz eterna daqueles que já partiram.
Como começou a assinalar-se o Dia de Todos os Santos? Se vamos à procura de uma explicação, então recuemos ao tempo dos celtas. Este povo recordava os antepassados “concentrando o sagrado num tempo e lugar determinados”, numa festa a que chamavam Samhain, e depois acendiam o “primeiro fogo”, que significava a vida, explica o padre Anselmo Borges, teólogo e professor da Universidade Católica de Coimbra. Mas o Dia de Todos os Santos foi implementado, em 835, pelo Papa Gregório IV. O primeiro dia de novembro foi a data escolhida por Gregório IV para relembrar aqueles que morreram com “uma vida plenamente realizada, que são exemplos de vida e estão na glória de Deus”. Segundo explica o padre Anselmo Borges, os cristãos já celebravam os mártires, os que celebravam até à morte a obra e a palavra de Jesus, no século II. A Igreja Católica associava cada dia do ano a um santo diferen-
te, venerando os que “intercediam a Jesus pelos humanos”. Mas todos os dias do ano deixaram de ser suficientes e criou-se um dia em que se celebram todos os Santos. Neste dia, dizem que a fronteira entre a vida na Terra e o Além estava enfraquecida e podia haver contacto das almas de cá com as de lá. Na Bíblia
Sagrada não existe nenhuma passagem clara que fale sobre a necessidade de se assinalar este dia. O certo é que a tradição se mantém e, no primeiro dia do mês de novembro, o encontro é no cemitério com os entes queridos, a quem se presta sempre mais uma homenagem com flores e orações.
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21 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Porque levamos flores ao cemitério no Dia de Todos os Santos? A
lém de uma entrega em forma de lembrança, as flores que levamos ao cemitério no Dia de Todos os Santos são uma forma de expressar gratidão e carinho por quem já partiu, mas que marcou e ainda marca as nossas vidas. Quando são oferecidas em forma de coroa representam ainda um círculo de vida eterna, sendo que as flores, de uma maneira geral, simbolizam isso mesmo, ciclo de vida. As flores estão relacionadas com um recomeço e uma nova vida, porque a partir delas nascem outras plantas. Por isso, são elas o símbolo associado a este dia, uma vez que levamos flores às pessoas que passa-
ram para uma nova vida. E quando falamos das flores que levamos ao cemitério, podemos perceber que se algumas pessoas, escolhem os seus ramos ou arranjos pelo simbolismo das plantas outras preferem as flores mais resistentes ao mau tempo que, por esta altura, já se faz sentir. Assim, o Crisântemo é das flores mais utilizadas. Além de ser uma planta resistente, tem um valor simbólico associado à vida e à sinceridade. O Crisântemo representa tanto a vida como a morte. A Gerbera também é muito recorrente, com um simbolismo ligado à pureza, simplicidade, nobreza, sensibilidade e energia ga e a sua história mistura-se com positiva. O Lírio é uma flor anti- lendas, misticismo e religião. Esta
planta está associada à pureza e ao amor eterno. Por isso, é também
uma escolha frequente para o Dia de Todos os Santos.
Sabia que... O dia 1 de novembro marca uma parte importante da história do país? Além de ser o dia dedicado a todos os Santos, foi também neste dia que, no longínquo ano de 1755, um terramoto destruiu grande parte da cidade de Lisboa, atirando muitas pessoas para a pobreza. Naquele tempo, as crianças corriam na rua a pedir “pão por Deus”. Desde então, a tradição manteve-se. No Dia de Todos os Santos, em algumas regiões do país, as crianças saem à rua e vão de porta em porta para pedir o “pão por Deus”. Antigamente recebiam pão, broas, bolos, romãs, frutos secos ou castanhas que colocavam dentro dos sacos de pano. Agora, em algumas zonas do centro do país, chamam a este dia o “Dia dos bolinhos”. Os bolos típicos são especialmente confecionados para este dia e são feitos à base de farinha e erva doce com mel e frutos secos, sendo que em outros locais leva batata doce e abóbora.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Atualidade José Maria Moreira da Silva
CRÓNICA Pela enésima vez: O NOSSO PROBLEMA É ECONÓMICO
J
APVC faz balanço do ZURRA à mesa “S
ob o espírito ZURRA”, a Associação para a Protecção do Vale do Coronado (APVC) “reuniu, à mesa, voluntários e parceiros”. O jantar, que se realizou a 15 de outubro, no Restaurante Refúgios, na Trofa, foi o encerramento da ZURRA – Festa do Burro 2016. “Baseado na camaradagem, na partilha e na resiliência”, a APVC “fez um balanço muito positivo da ZURRA 2016”. Brevemente, será lançado um vídeo sobre esta terceira edição, que poderá ser visto em www.facebook.com/ valodocoronado.
A APVC já está a preparar a edição do próximo ano, que se vai realizar no verão de 2017, e pede participantes e colaboradores. “Aceitamos ideias, sugestões, voluntariado, parcerias (projetos de sustentabilidade, de artes de palco, de artes plásticas e tudo-à-volta), mecenato cultural/ambiental”, explicou a mesma fonte. Quem estiver interessado pode entrar em contacto com a associação através do e-mail valedocoronado@gmail.com. A.M./C.V.
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa EDITAL Amadeu de Castro Pinheiro, Presidente da Assembleia-geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, com sede na Rua D. Pedro V, Trofa, em cumprimento e ao abrigo do disposto no Capítulo IV das eleições, nomeadamente no artigo 74º e seguintes dos Estatutos, anuncia a abertura do processo eleitoral e manda preparar os cadernos eleitorais, para que se proceda às Eleições dos Órgãos Sociais da Associação, que se realizará no mês de Dezembro de 2016, em data a anunciar por Edital. Para o efeito informa: 1. “As candidaturas às eleições são feitas segundo o sistema de lista completa para a Mesa da Assembleia-geral, Direção, Conselho Fiscal e Conselho Superior, compostas por associados efetivos, no pleno gozo dos seus direitos sociais, nas quais se especificarão a identificação completa dos candidatos, respetivo número de associado bem como a indicação do Órgão e cargo para que são propostos, incluídos os suplentes.” 2. “As listas concorrentes aos Órgãos Sociais, a submeter a sufrágio, deveram ser apresentadas ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral, na secretaria da Associação, até ao dia 15 do mês anterior ao da realização da Assembleia – geral eleitoral.” Ou seja até 18.00h do dia 15 de Novembro de 2016. 3. “A Direção pode propor uma lista ás eleições.” 4. “As listas de candidatura aos Órgãos deverão incluir um número de candidatos efetivos igual ao número de membros do respetivo Órgão acrescido dos suplentes, não podendo qualquer associado subscrever nem integrar mais que uma lista, nem integrar mais que um Órgão da Associação.” 5. “As listas são nominais devendo completar candidatos para todos os Órgãos sendo esses votados conjuntamente.” 6. “As listas a submeter á eleição deverão ser acompanhadas da declaração dos candidatos, onde expressamente manifestam a sua aceitação, e subscritas por um número mínimo de vinte e cinco associados efetivos no pleno gozo dos seus direitos, com exceção da que for proposta pela Direção.” Trofa, 14 de Outubro de 2016 O Presidente da Assembleia-geral Amadeu de Castro Pinheiro, Cm
á não é a primeira vez, e provavelmente não será a última, que abordo em diferentes Crónicas esta temática, mas como nada tem mudado volto ao assunto, em tempos de discussão do OE e depois do Presidente da República ter chamado os partidos para ouvir a opinião dos dirigentes partidários se vai continuar a haver estabilidade política ou não. O que o Presidente deveria discutir com todos os responsáveis partidários era a forma de ser resolvida a nossa grave crise, o nosso verdadeiro problema. Pela enésima vez vou repetir: o nosso problema é económico, pois os números que se leem são dor e lágrimas, são desânimo e dúvidas, são ilusões e enganos! Este é um momento histórico que será pena, por falta de visão ou de coragem deixar perder! Será que os nossos políticos têm consciência de que Portugal tem uma economia que nos últimos quinze anos não tem tido crescimento? É uma economia que está condenada, pois é impensável, nos últimos 15 anos não crescemos rigorosamente nada, depois de termos, na década de 1960-1970, crescido 7,5% e temos vindo, neste meio século, sempre a decair no crescimento, a crescer sempre cada vez menos, até chegar ao nada! Existem causas externas que nos ultrapassam, desde a globalização, a concorrência internacional, a forte crise financeira na Europa e nos Estados Unidos, a mão-de-obra barata em países asiáticos, como a China e tantos outros, que não podemos combater, pois somos impotentes, não temos uma verdadeira indústria, não temos capitalistas, não temos investidores, não temos industriais. Devemos acrescentar às causas internacionais as nossas próprias causas, pois aqui bem ao lado, a vizinha Espanha está a crescer e a Irlanda, que também teve de pedir ajuda externa, e foi intervencionada pela «troika» como nós, mas está com um crescimento de 5% a 6% ao ano. É fácil entender que o problema é nosso! Portugal faz parte do conjunto de quatro economias do euro com crescimento mais baixo. Perante este cenário macroeconómico é preciso fazer crescer a nossa economia. Urgentemente! Para isso precisamos: aumentar as exportações; ter competitividade; atrair investimento. Para tudo isto acontecer é preciso estabilidade legislativa, judicial e política, que é importantíssima para que se consiga o investimento interno e ainda mais importante, pelos valores que representam, o investimento externo (sem investimento estrangeiro é muito difícil a economia crescer). A previsibilidade é um fator importantíssimo para haver investimento, por isso as regras só devem ser mudadas em décadas e não em cada mandato, como tem acontecido sempre que muda um governo, ou mesmo dentro do prazo de uma legislatura. A nossa economia não está a crescer e, ainda mais grave, o Estado «engorda» todos os
dias, em vez de «emagrecer» até ao necessário. A continuar assim, um dia vai ter que ser, mesmo que seja à força, pois quando não se faz nada, fica-se pior a cada dia que passa! A evolução da despesa pública tem vindo a crescer desde 2001, que teve 60 MM€ de despesa pública, para em 2010 atingir o máximo com 93 MM€ e em 2015 atingir 87 MM€. Para não falar da forma como foi gerida a banca portuguesa (com falências atrás de falências), as empresas do Estado (foram destruídas quase na sua totalidade), a maneira como foram feitos os contratos das PPPs – Parcerias Público-Privadas (beneficiaram fortemente os privados em desfavor do Estado) e a gestão ruinosa das empresas municipais (a maior parte delas estão falidas tecnicamente). Estamos a viver à custa do endividamento e não é pelo clima «geringonçado» que está a ser criado por este governo a três, que não se consegue fazer crescer a economia. Não é tanto a ideologia de quem governa ou a estabilidade política. Não é por aí «que o gato vai às filhoses». Os portugueses não comem ideologia. O mais importante é reanimar a economia e fazer «emagrecer», substancialmente a despesa com o Estado. A Despesa Corrente deveria ter uma descida significativa e como não teve, os impostos é que têm vindo a crescer constantemente; em 1990 eram colocados dos valores dos impostos 19% para as pensões; em 2000 foram 22% dos impostos para as pensões; em 2010 já cresceu para 36% e em 2014, quase 40% dos impostos cobrados foram destinados ao pagamento de pensões. A Balança Corrente (bens, serviços e transações correntes) tem vindo a ser deficitária desde o início do século, originando um permanente défice externo e alimentando-se uma das maiores dívidas externas do mundo. É uma perigosa asneira o que o atual governo defende que é o crescimento económico ser feito através do consumo interno, pois a maioria do que consumimos é importado. A solução é bem o contrário disto: uma forte aposta na produção interna do que importamos e diversificarmos as nossas exportações. O resto é incompetência, interesses escondidos e demagogia política. Mais importante que os «casamentos» por interesse é a sustentabilidade da dívida e fazer com que a nossa economia cresça, para ver se as nossas contas ficam equilibradas e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos portugueses. Mas, infelizmente, não é isso que se verifica. O que se vê é António Costa muito mais preocupado em manter o poder a todo custo, que é a sua principal prioridade. Para ele o que é mais importante é o poder; é o seu partido e só depois o país. Isto são as prioridades dos políticos fracos. É o que nós temos! moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
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21 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Trofenses Fantásticos
Trofense destaca-se na neurociência
Foi com o desejo de “servir de exemplo e motivação para os jovens da Trofa” que Raquel Abreu decidiu contar a sua história ao NT. A trofense é neurocientista e já conta com um currículo invejável, estando agora de “malas aviadas” para San Diego, na Califórnia, onde vai abraçar um novo projeto de investigação. Cátia Veloso
O
gosto pelas ciências despertou já na Escola Secundária, pela preferência às disciplinas de biologia, química, físico-química e matemática. Mas foi já na licenciatura de Bioquímica, na Universidade do Porto, que surgiu “o interesse por investigação”, quando Raquel Abreu teve “oportunidade de conhecer investigadores e de participar em alguns pequenos projetos”. “Foi então que se tornou claro que eu queria ser investigadora”, relatou. Faltava só saber por que área concreta enveredar e a escolha não se adivinhava fácil, porque “qualquer projeto de investigação era aliciante” para esta trofense, que já contava com o título de melhor aluna do 9.º ano da Escola Secundária da Trofa, alcançado em 1998, destacando-se na própria família como o primeiro membro a frequentar a universidade. O “destino”, tal como Raquel descreve, quis que estivesse envolvida com projetos relacionados “com o funcionamento ou mau funcionamento do cérebro e sistema nervoso”. Os passos foram dados no caminho que escolheu, depois, ao especializar-se em neurociências no doutoramento. “Não há nada mais gratificante do que contribuir para o conhecimento do funcionamento do cérebro, um órgão tão complexo e ainda tão misterioso”, contou. Cientista é muito mais que uma pessoa no laboratório O exercício da profissão e o contacto com “centenas de cientistas de quase todos os
cantos do mundo” fê-la perceber que a visão “estereotipada” que tinha antes de a experimentar estava “completamente desatualizada”. Desengane-se, portanto, quem pensa que “os génios passam dias e noites enfiados num laboratório e com uma dificuldade enorme de integração na sociedade”. “Continua a ser verdade que um cientista dedica muitas, muitas horas a fazer experiências, a analisar dados e a escrever artigos científicos, mas faz muito mais do que isso. Cada vez mais, se encontram cientistas com uma vida social e familiar muito ativa. Eu penso que sou um bom exemplo do que é encontrar um balanço saudável entre a vida profissional, social e pessoal”, argumentou Raquel Abreu. Um dos exemplos é a prática desportiva ativa desta trofense, que não abdica de exercitar o corpo sempre que pode. Jogou futsal na Escola e ainda chegou a federar-se, representando a Casa do Benfica da Trofa, tendo de abandonar a modalidade durante a licenciatura. Recentemente, reiniciou a atividade desportiva, praticando corrida, ciclismo, crossfit, ioga e pilates. “A certa altura, por brincadeira, comecei a participar em provas de atletismo, como corridas de cinco e dez quilómetros, meia-maratona e trails. Surpreendentemente, fui ao pódio algumas vezes. Ganhei uma meia maratona, com algumas dezenas de participantes, em Los Angeles (Estados Unidos da América), com um tempo de uma hora e 30 minutos. Participei também em outras provas com milhares de participantes, nomeadamente, em Philadelphia e Washington DC. Este ano,
Raquel Abreu (ao centro) é da Trofa
em Portugal, tive a oportunidade de participar em alguns trails. No primeiro que corri, o IV Trail de Santa Luzia com 20 quilómetros, em fevereiro 2016, fiquei em 2.º lugar. Foi uma experiência única”, contou. Estudos para perceber o que leva ao mau funcionamento do cérebro Mas voltemos ao laboratório. Raquel Abreu já esteve envolvida em vários projetos. Num deles, no IBMC, em conjunto com Maria João Saraiva - também natural da Trofa - estudou os processos moleculares envolvidos numa doença neurológica conhecida como a doença dos pezinhos. Trabalhou também no departamento de Ciências dos Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde desenvolveu, “com base em redes neuronais artificiais, um modelo para imitar e prever os movimentos dos olhos, em particular durante o processo de atenção visual”. Na University of Texas Health Science Center at San Antonio, com o investigador Luiz Penalva, Raquel Abreu tentou “encontrar e definir o mapa genético e molecular associado a uma proteína chamada Musashi1, que está relacionada com vários cancros no-
meadamente no sistema nervoso e cérebro”. Já na Universidade da Califórnia, a trofense teve oportunidade de trabalhar com Jack Feldman, “um cientista de renome mundial”, para “estudar o centro respiratório que se localiza na medula espinhal”. “Usando ratinhos, estudei o envolvimento de neurónios específicos na regulação da respiração”, explicou. Em breve, vai começar um novo trabalho em San Diego, na Universidade da Califórnia, para “investigar o processamento e armazenamento (memória) de informação no córtex”. Outro dos desejos de Raquel para o futuro é “conciliar a investigação com o ensino a nível superior”. E apesar do sem número de investigações e experiências feitas por todo o mundo por milhares de investigadores, a verdade é que “ainda pouco se sabe acerca do modo como este ‘computador’ funciona e os fatores que levam ao seu mau funcionamento”. Por isso, esta área encaixa que nem uma luva em Raquel Abreu, que se assume como uma pessoa que gosta de “desafios difíceis ou quase impossíveis”. “Como neurocientista confronto-me diariamente com um enorme desafio: decifrar um puzzle (o cérebro) com cem bilhões de peças (neurónios)”. pub
Neurocientista trofense já escreveu vários artigos científicos
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Desporto
Vitória veio de Setúbal e quase caía na Trofa Ditou o sorteio que o Trofense defrontasse o Vitória Futebol Clube na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Sadinos só conseguiram garantir passagem nas grandes penalidades. Cátia Veloso
Com o nulo a persistir até ao fim do prolongamento, a eliminatória teve de ser decidida através das grandes penalidades. E aí, foi o Vitória que festejou, após Trigueira ter defendido os remates de Pedro Ma-
A
Trofa foi palco da festa da Taça de Portugal. O Clube Desportivo Trofense recebeu o primodivisionário Vitória Futebol Clube para um dos jogos da 3.ª eliminatória e quase se assumia como “tomba gigantes” da competição ao conseguir levar o jogo até às grandes penalidades. Mas já lá vamos. Numa tarde pouco convidativa a passeios, o estádio teve uma das maiores assistências da época até ao momento. As duas bancadas cobertas estavam cheias para assistir à partida que colocava frente a frente duas equipas com realidades bem distintas: o Clube Desportivo Trofense no penúltimo lugar da série B do Campeonato de Portugal e o Vitória na 13.ª posição da 1.ª Liga. Mas se teoricamente é grande a distância entre elas, dentro de campo assistiu-se a um duelo equilibrado, com muitos momentos de ascendente trofense sobre os sadinos. A primeira oportunidade de golo até pertenceu aos trofenses, com um corte desalinhado de André Geraldes que quase dava autogolo. Valeu a excelente estirada do guardião Trigueira. Os sadinos só tinham dado ar da sua graça, aos três minutos, com um remate sem perigo de Thiago Santana, e só pouco antes do intervalo, voltaram à carga, mas também o remate de Vasco Costa não teve efeitos práticos, graças à atenção de Kadu. Sem um jogo apelativo, a formação de Setúbal também
tos e Mika, vencendo por 4-2. O Trofense regressa ao campeonato no domingo, para cumprir a 7.ª jornada diante do S. Martinho. O jogo começa pelas 15 horas.
Bruno Pereira – Treinador do CD Trofense Sempre acreditamos, ainda antes do apito do árbitro, e foi essa a mensagem que passamos aos jogadores, não só por aquilo que têm demonstrado como equipa, mas também porque sabíamos que íamos apanhar também um Setúbal ferido pelos últimos resultados. Naturalmente que antevia que o Setúbal viesse com a máxima força e praticamente foi isso que fez, respeitando também aquilo que tem sido o passado do clube nesta competição e também, evidentemente, respeitando o Trofense. Atendendo àquilo que se passou nos 90 minutos e no prolongamento, tenho a certeza absoluta que fizemos o suCarter tenta dominar a bola ficiente para, a haver um vencedor, ser o Trofense. Foi pena, encontrou uma defesa adversária lidade quando, após remate de Zé porque os jogadores, os adeptos e as pessoas da estrutura do coesa e bem sustentada por Mika, Manuel no coração da área, Cléber clube que têm apoiado mereciam. Evidentemente que acabaque foi o “pilar” do setor defensivo cortou a bola com o braço. O árbi- mos o jogo com um amargo de boca e com o sentimento de da equipa da Trofa, com uma exibi- tro Rui Sousa mandou seguir o lance. que poderíamos e deveríamos passar à próxima eliminatória.
ção assinalável. Pelo meio, foi o Trofense que assumiu as despesas dos lances ofensivos, com um cabeceamento de Carter, na sequência de um livre cobrado por Hélder Sousa, que saiu por cima. Ricardo Fernandes que, a par de Mika, se destacou como um dos melhores dentro de campo, também tentou a sorte, de livre, mas o remate colocado encontrou Trigueira, que se teve de esticar para evitar o golo. Na etapa complementar, o Vitória esteve melhor, mas nunca conseguiu materializar o domínio no último terço do terreno. Aos 56 minutos, os sadinos reclamaram grande pena-
Aos 80 minutos, foi a vez do guarda-redes do Trofense também brilhar: João Amaral rematou forte à entrada da área e Kadu “voou” para afastar a bola, que esbarrou na barra da baliza. No prolongamento, com as duas equipas a acusarem muito desgaste físico, destaque para os remates de João Santos – do Trofense -, que Trigueira defendeu, e de Zé Manuel do Vitória - que saiu por cima. Quase a acabar o prolongamento, o Trofense também se queixou de uma grande penalidade, por falta sobre João Santos, mas Rui Costa nada assinalou.
José Couceiro – Treinador do Vitória FC Foi um jogo de Taça. Nós sabemos que estes jogos têm características muito próprias. O Trofense jogava aqui com muita pouca responsabilidade, o que é normal, joga com uma equipa de escalão superior, não tinha nada a perder e nós tínhamos tudo a perder. Eu penso que quer nos 90, quer nos 120, no total, nós fomos superiores, mas não conseguimos marcar e o Trofense foi sempre tendo essa esperança de nos poder eliminar. Não esperávamos chegar aos penáltis, acreditei sempre que podíamos marcar antes, mas é assim, não basta ter oportunidades. Para chegarmos o mais longe possível sabemos que vamos ter de sofrer. Sabíamos que íamos enfrentar um adversário que tem qualidade, que tem uma equipa organizada e alguns jogadores que têm qualidade para jogar na 1.ª Liga.
Bougadense derrotado pelo Castêlo da Maia Atlético Clube Bougadense somou a primeira derrota da época frente ao Castêlo da Maia. Patrícia P ereira
Depois de ter empatado com o Castêlo da Maia, para a Taça Brali, o Atlético Clube Bougadense recebeu a equipa maiata para disputar a 2.ª jornada da série 1 da 1.ª divisão distrital. A formação de Santiago de Bougado acabou por perder por 1-2, com golos de Martins (35), de grande penalidade, Pedro (38) e Pontes (40). Para Agostinho Lima, treinador do Bougadense, o resultado “não transmite” o que se passou em campo, uma vez que, na sua opinião, a formação de Santiago de Bougado foi “superior”, a que “mais quis ganhar o jogo e a que teve mais opor-
tunidades”. O técnico declarou que o Castêlo da Maia “quebrou tempo e ritmo, atirando-se para o chão”, com “o árbitro a consentir as perdas de tempo e a deixá-los demorarem tempo a bater”. “Tivemos um golo anulado limpinho e tivemos várias situações de entrada fora do tempo e o árbitro nem com amarelo contemplou. Mesmo assim, dominamos o jogo todo, estivemos em cima deles na segunda parte e eles, praticamente, não vieram à nossa baliza. Mas nós não fomos felizes e não fizemos golo. O futebol é assim”, referiu Por outro lado, o técnico do Castêlo da Maia, Luciano Simões, as-
severou que se “assistiu a um bom jogo”, onde defrontaram “uma boa equipa”, o que “valorizou muito” a sua vitória. “Hoje demonstramos aquilo que foi trabalhado na pré-época. Uma equipa bem organizada e que lutou pelo resultado, que acaba por ser justo. O Bougadense debateu-se muito bem e merecemos bem os três pontos, que é uma vitória que pode moralizar a equipa para fazermos um excelente campeonato”, completou. O Bougadense está em 12.º lugar, com um ponto. Este domingo, 23 de outubro, pelas 15 horas, a formação de Santiago de Bougado desloca-se ao reduto do Custóias FC.
Bougadense não conseguiu evitar desaire
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21 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
Simãozinho cumpre sonho ao representar Seleção Nacional
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Desporto
Avançado da Trofa foi chamado à Seleção em agosto e cumpriu o sonho de representar as Quinas no início do mês, no penúltimo jogo do apuramento dos Sub-21 para o Europeu de 2017, que se vai realizar na Polónia. Cátia Veloso
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epois de uma experiência nos Sub-20, o trofense Simão Azevedo ganhou a confiança de Rui Jorge e foi convocado à Seleção Sub-21, para fazer parte da história vitoriosa da equipa das quinas no apuramento para o Europeu de 2017. A representar, atualmente, o Sporting de Braga B, o avançado, que fez toda a formação no Clube Desportivo Trofense e chegou a representar a equipa sénior da Trofa na época 2014/2015 – na 2.ª Liga -, foi chamado pela primeira vez por Rui Jorge em agosto, mas fez o primeiro jogo do apuramento a 6 de outubro, no empate a três bolas com a Hungria, jogando 90 minutos. Ao NT, o jogador afirmou sentir “orgulho” por ser chamado, novamente, para representar o país. “É algo que me deixa extremamente feliz e é sempre bom ver o meu trabalho reconhecido”, assinalou.
Na comitiva portuguesa, Simãozinho, como é conhecido no futebol, foi “muito bem recebido por todos”, num ambiente “fantástico”, também graças à excelente prestação da equipa no apuramento, onde ficou em 1.º lugar do grupo. E por considerar que estava perante “uma equipa ganhadora e muito talentosa”, o que torna a competitividade “grande”, o jogador regozijou-se por conseguir jogar. A primeira vez que Simãozinho foi chamado à Seleção, no escalão de Sub-20, ainda representava o Trofense. Com o tempo, continuou a “acreditar” que seria possível poder ser chamado novamente. “No SC Braga dei continuidade ao meu crescimento, com a mesma ambição, sabendo que seria difícil devido à qualidade e competitividade do grupo. Felizmente, foi possí- Simãozinho estreou-se a jogar pela Seleção Nacional Sub-21 vel”, sublinhou. ouvir o hino nacional momentos anDepois de dar nas vistas ao serE se ser chamado à Seleção já pro- tes do pontapé de saída “é das me- viço do Trofense, e numa época em voca um “sentimento único”, então lhores sensações”, confessou. que o Trofense desceu da 2.ª Liga
para o Campeonato de Portugal, Simãozinho foi contratado pelo Sporting de Braga em 2015/2016, tendo cumprindo 41 jogos e marcado três golos. Teve ainda uma chamada à equipa principal, num jogo para a Taça da Liga, em que os “guerreiros do Minho” venceram 4-0 o Leixões, a 20 de janeiro deste ano. Este ano, já cumpriu nove jogos na 2.ª Liga, num total de 745 minutos jogados, mas ainda fez o gosto ao pé. O jogador considera que a prestação na equipa “está a ser positiva”. “É um grande clube, que nos oferece, todos os dias, as melhores condições e é onde me sinto feliz. O meu principal objetivo é continuar a trabalhar todos os dias para poder ser cada vez melhor e ver esse meu trabalho recompensado. Sonho estar presente no Europeu Sub-21 em 2017 e chegar à equipa principal do S.C. Braga”, vaticinou. Se assim for, a Trofa terá mais um motivo para apoiar a Seleção.
Bougadense B com derrota caseira A equipa B do Atlético Clube Bougadense estreou-se em casa a jogar frente ao Mocidade Sangemil, com quem perdeu por 1-3. Patrícia P ereira
Vários casos de jogo e algumas paragens. Assim se poderia classificar o jogo entre o Bougadense B e a Mocidade Sangemil, que se realizou na tarde de sábado, 15 de outubro, a contar para a série 2 da 2.ª divisão distrital. Os quatro golos apenas surgiram na segunda parte, cabendo ao Bougadense inaugurar o marcador na reentrada da partida, através da marcação de um canto. Aproveitando uma antecipação do guardião do Bougadense, Jorge Machado, o Mocidade Sangemil empatou, através de Tostas, o mesmo que poucos minutos depois ampliou o resultado para 2-1. Quase ao fechar do pano, Eric aproveitou que Jorge Machado deixou a baliza aberta para fechar o resultado em 1-3. José Manuel, técnico do Bougadense B, afirmou que “não conseguiram o que queriam que era a vitória”, principalmente a “jogar em casa num terreno que lhes é mais favorável”. Contudo, o treinador re-
feriu que tanto uma equipa como outra tiveram “uma primeira parte de muita fraca qualidade”. Depois do golo e dada a existência de “uma série de jogadores amarelados”, havendo defesas que “não podiam cometer uma segunda falta”, José Manuel teve que “gerir” essa situação e mexer na equipa, para que não ficasse “condicionado ainda mais com o número de atletas disponíveis”. E terá sido a “mexer” na equipa que “não terá corrido muito bem”, uma vez que “mexeu na estrutura que estava a funcionar bem” e o Sangemil “soube aproveitar a fase de transição para marcar dois golos”. E por aquilo que as duas equipas fizeram, o treinador considera que o resultado “é um bocado injusto”, sendo que o empate seria “o mais justo”. José Manuel recordou ainda que a criação desta equipa B tinha como “grande objetivo e desafio” que a “juventude estivesse presente nestes contextos contra equipas como a Sangemil, que é muito experiente nestas divisões, e ser posta à prova”.
Bougadense B estreou-se a jogar em casa
Por outro lado, Adriano Gomes, técnico da Mocidade Sangemil, declarou que “defrontou uma boa equipa”, que lhes “dificultou ao máximo” o jogo. Contudo, afirma que
“a vitória está certa”, pois foi a sua equipa quem “plantou o jogo e jogou o erro da adversária”. Com esta derrota caseira, o Bougadense B encontra-se em penúlti-
mo lugar, com um ponto. Este sábado, 22 de outubro, a formação de Santiago de Bougado desloca-se ao reduto do Penamaior, pelas 15 horas.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Desporto
Daniel Santos confirma 3.º na Taça do Minho de XCM D
DR
aniel Santos confirmou o 3.º lugar na Taça Regional do Minho, na variante de XCM, em BTT, após conseguir o 4.º lugar na Maratona BTT Berço de Alvarinho, em Monção, no domingo, 16 de outubro. Nesta que foi a última prova da Taça, o corredor de Alvarelhos, que representa a equipa Mouquim/ Afacycles/Eugénios/Bargauto, quase deitava tudo a perder num “pequeno engano”, que acabou por “minimizar”, terminando em posição que o permitiu alcançar o último objetivo da época. “Resta agradecer a quem acreditou nos meus valores e quem mais acreditou e me apoiou que, sem dúvida, foi a minha família, amigos, também a minha equipa e os meus patrocinadores pessoais, que tornaram isto possível”, afirmou o corredor após a prova. Este 3.º lugar na Taça Regional do Minho de XCM junta-se ao 2.º posto conquistado na Taça Regional do Porto, na mesma variante, a 9 de outubro.
Raid BTT volta a encher a Trofa de amantes de bicicleta
Daniel Santos conseguiu o 3.º lugar na geral da Taça do Minho de XCM
“Foi uma temporada muito longa e altamente desgastante, porque não se resume às corridas. Por detrás delas estão muitas horas de preparação, com dias e dias de frio, chuva e calor. Foi um ano de experiências novas como federado de primeiro ano. Foi duro, mas no final olhamos para
trás e vemos que valeu a pena”, referiu o corredor. Quanto ao futuro, Daniel Santos anunciou que, ao fim de três temporadas, vai abandonar a equipa Mouquim/Afacycles/Eugénios/Bargauto e o resto deixa em aberto sobre objetivos para a próxima campanha. C.V.
A Trofa volta a encher-se de bicicletas, a 23 de outubro. Depois de na primeira edição as inscrições se terem esgotado, a segunda edição do Raid BTT tem várias novidades. Os participantes podem realizar o raid de 55 quilómetros ou o miniraid de 35 quilómetros e os três primeiros classificados da geral e os que chegarem ao pódio de todas as categorias de cada percurso, vão ser premiados. O “prize-money” aumentou para 750 euros. Os “mountain bikers” vão receber massagens antes e depois da prova e ainda uma bifana e uma bebida. A organização esclareceu que “fornecerá aos atletas tudo o que é necessário – abastecimento sólido e líquido e partida por boxes”. As bicicletas vão invadir todo o concelho, partindo e regressando do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Os pon-
Escola de Atletismo foi 2.ª em Pousada de Saramagos
Ténis
A Escola de Atletismo da Trofa esteve presente na 5.ª Corrida Popular de Pousada de Saramagos, em Vila Nova de Famalicão, que se realizou no sábado, 15 de outubro. Coletivamente, a Escola classificou-se em 2.º lugar. Individualmente, a formação trofense esteve representada no pódio. Foi o caso da juvenil Alice Oliveira (1.ª classificada), dos benjamins A Pedro Arantes (1.º lugar) e Isabel Martins (2.º), dos infantis Sofia Santos (2.º) e Rúben Pinto (3.º) e da iniciada Sandra Sá (3.º). Na Corrida Popular de Pousada de Saramagos participaram os benjamins A Afonso Oliveira (5.º), Bruno Sá (6.º), Mariana Sá (9.º), Bruno Silva (11.º), Carolina Martins (11.º) e Denis Tsybriuskyy (18.º). Já em benjamins B correram Mariana Costa (5.º), Vânia Sousa (7.º), Joana Moreira (10.º), Luís Oliveira (11.º) e Miguel Santos (14.º), enquanto em infantis competiram Ana Mota e Tatiana Soares, que se classificaram em 5.º e 6.º lugar, respetivamente. Pelo escalão de Iniciados correram Mónica Rodrigues (6.º), Diana Rodrigues (7.º) e Ricardo Dias (9.º). Já no domingo, a Escola de Atletismo da Trofa esteve representada
O atleta Salvador Monteiro do Clube de Ténis da Trofa (CCT) vai ao Jamor, pelo segundo ano consecutivo, no âmbito do Programa de Deteção de Talentos da Federação Portuguesa de Ténis. Nos dias 22 e 23 de outubro, o atleta sub8 vai até ao Complexo de Ténis do Jamor para competir, “integrando um lote muito restrito de jogadores que, ao longo da época, foram observados nas várias competições e fases de deteção e controlo”, explicou a direção do CT Trofa. A direção acrescentou ainda que este é “o reconhecimento do trabalho desenvolvido por todos”. A.M./C.V. Jovens subiram ao pódio
no 22.º Grande Prémio de Atletismo de Tregosa, em Barcelos. A veterana Deolinda Oliveira ficou em 1.º lugar, enquanto no escalão júnior/sénior Catarina Ribeiro terminou em 5.º posto e Hélder Dias em 14.º lugar. P.P. Bruno Ferreira vence em Penafiel Com uma prova de 30 minutos e
cinco segundos, Bruno Ferreira venceu o Grande Prémio de Atletismo do Mozinho, em Penafiel, no domingo, 16 de outubro. O atleta guidoense, que representa a ACD S. João da Serra, terminou a corrida de oito quilómetros com mais de um minuto de adianto para o 2.º classificado, Nuno Carneiro (Clube Zupper). C.V.
tos principais vão ser o Castro de Alvarelhos, a zona junto à Capela S. Pantaleão (no Muro), o monte de Santa Eufémia e ainda o Meco da Guerra. “Lado a lado, os amantes do desporto e as estrelas do BTT nacional realizam este evento pelo coração da Trofa”, como anunciou a organização. O padrinho da prova é o atleta trofense Daniel Silva, 3.º classificado da Volta a Portugal, que também vai participar, assim como César Fonte, colega de equipa da RP/Boavista. Já confirmaram presença Mário Costa, vencedor elite da Taça de Portugal XCO, e Joana Monteiro, campeã nacional de XCO em sub23. Daniel Santos, vencedor da primeira edição do Raid BTT Trofa, também vai competir e ainda Filipe Brito, campeão regional master 35. A.M./C.V.
Salvador Monteiro de novo no Jamor
Basquetebol
Resultados fim de semana Sub-18 Masculinos ACR Vigorosa 42-61 Juvemaia ACDC Sub-14 Masculinos ACR Vigorosa 42-26 A. Paroquial O.D. Sub-16 Masculinos GD Bolacesto A 51-31 ACR Vigorosa
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21 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Desporto Resultados Departamento Juvenis do CR Bougado de Formação Atlético Clube Bougadense Juniores 2.ª divisão distrital – série 4 Bougadense 5-0 Gondim-Maia (1.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada - 22/10 às 15 horas S. Romão-Bougadense Juvenis B 2.ª divisão distrital – série 6 Bougadense 7-0 Leça do Balio (4.º lugar, 7 pontos) Próxima jornada - 23/10 às 9 horas Nogueirense-Bougadense
Dificuldades não esmorecem ambição de segurar 1.ª Divisão
Equipa de juvenis do Centro Recreativo Bougado tenta segurar-se na 1.ª Divisão Distrital de futsal. Tarefa não tem sido fácil, devido a um plantel com jogadores inexperientes na modalidade, que tem de defrontar adversários com muita valia. Ainda assim, grupo não vira a cara à luta e encara todos os jogos com ambição de somar três pontos. Cátia Veloso
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Juvenis A 1.º divisão distrital – série 2 Paredes 0-3 Trofense (6.º lugar, 12 pontos) Próxima jornada - 23/10 às 9 horas Trofense-Sousense
epois de uma assinável prestação na 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, que lhe valeu a subida de divisão, a equipa de juvenis de futsal do Centro Recreativo Bougado vive uma realidade bem diferente esta temporada. A militar numa competição mais exigente e apenas com metade dos jogadores que competiram na época transata – os outros subiram de escalão -, a equipa tenta segurar um lugar confortável, e a salvo da despromoção, na 1.ª Divisão, tarefa que não tem sido fácil nas primeiras jornadas, devido a um calendário de jogos que colocou diante dos bougadenses os adversários mais valorosos. “Vamos tentar manter a equipa na 1.ª Divisão o que não é tarefa fácil, pois vamos encontrar equipas com um nível de futsal muito mais avançado que o nosso, uma vez que, regra geral, essas equipas têm formação, o que leva a que as mesmas já se encontrem a um nível bastante ele-
Juvenis B 2.º divisão distrital – série 6 ARC Areias 1-5 Trofense (7.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada - 23/10 às 10 horas Trofense-Vilar Pinheiro
Iniciados do CR Bougado e infantis do FC S. Romão triunfam
Iniciados 1.º divisão distrital – série 2 Tuías 0-2 Trofense (10.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada - 22/10 às 13 horas Trofense-Tirsense
O último fim de semana foi pouco auspicioso para as equipas de futsal federado do concelho da Trofa. Das 11, só duas conseguiram triunfar: os iniciados do Centro Recreativo Bougado e os infantis do Futebol Clube S. Romão. Os primeiros somaram a quarta vitória consecutiva em outros tantos jogos no campeonato da série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). Na receção ao Baguim do Monte, os jogadores de Bougado golearam por 7-1, mantendo a liderança, com 12 pontos, e na próxima jornada viajam ao reduto do Gondomar. Já os infantis do FC S. Romão bateram o CSRC S. Pedro Avioso por 0-10, na 4.ª jornada da série 2 da fase regular da 2.ª Divisão da AFP. Estes foram os primeiros pontos alcançados pela formação romanense, que na próxima partida defronta o Arse-
Iniciados 2.ª divisão distrital – série 5 Bougadense 4-1 Mocidade Sangemil (7.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 23/10 às 10 horas Roriz-Bougadense Infantis 2.ª divisão distrital – série 3 Boavista 10-0 Bougadense (12.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada - 22/10 às 15 horas Bougadense-Alfenense Clube Desportivo Trofense Juniores 1.ª divisão distrital – série 2 Gondomar 4-2 Trofense (5.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada - 22/10 às 15 horas Trofense-Rebordosa
Iniciados B 2.º divisão distrital – série 2 FC Porto 2-0 Trofense (6.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 23/10 às 11 horas Trofense-Alfenense Infantis 11 1.º divisão distrital – série 2 Trofense 7-2 Estrelas de Fânzeres (3.º lugar, 12 pontos) Próxima jornada - 22/10 às 17 horas Freamunde-Trofense Futebol Clube S. Romão Juniores 2.ª divisão distrital – série 4 Próxima jornada - 22/10 às 15 horas S. Romão-Bougadense
Juvenis do CR Bougado militam na 1.ª Divisão Distrital
vado. Vamos tentar fazer o melhor, honrar a camisola do CR Bougado e, no fim, faremos as contas”, assinalou Luís Neves, presidente do clube. E à dificuldade de ter de defrontar equipas com um “nível exibicional” elevado, junta-se uma outra: um plantel com a maioria dos atletas “novos nestas andanças” do futsal. Face às saídas de jogadores, a equipa teve de ser reforçada com outros
nal Parada. No escalão de seniores, na série 2 da 1.ª Divisão da AFP, o CR Bougado saiu derrotado do terreno da ARC Alpendorada por 4-2, enquanto o Grupo Desportivo Covelas perdeu, pelo mesmo resultado, com o Mosteiro, na 2.ª jornada. Na próxima ronda, a formação de Bougado recebe, no pavilhão da coletividade, o Núcleo de Valongo, pelas 19 horas de sábado, 22 de outubro. No mesmo dia, o GD Covelas defronta a ARC Alpendorada, pelas 20 horas, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro (EBSCC), em S. Romão. Já na 2.ª Divisão da AFP, no mesmo pavilhão, o FC S. Romão foi batido pelo Penafiel por 3-0, na 2.ª jornada, pelo que continua a somar três pontos conquistados na jornada inaugural. Urbanização de Areias é o adversário que se segue, num jogo mar-
elementos. Neste capítulo, o trabalho também foi dificultado, porque o futsal tem ainda pouca influência no concelho e os reforços são oriundos do futebol de 11, que não têm as mesmas rotinas táticas. Estes, afirmou Luís Neves, “terão de passar por uma fase de aprendizagem de novos métodos, o que leva tempo, mas tempo é o que não temos porque a competição não para”. “Eles
cado para as 22 horas, no EBSCC. No campeonato da 1.ª Divisão da AFP de seniores femininos, o FC S. Romão somou o sexto jogo sem somar pontos, ao perder com o Barranha por 0-10. Em situação difícil, a equipa romanense defronta, no próximo jogo, o Amarante. Já as juniores da mesma coletividade perderam com a AR Restauradores Brás Oleiro por 6-1, na 5.ª jornada do Campeonato Interdistrital, descendo ao 2.º lugar, com nove pontos. No domingo, pelas 17 horas, a equipa romanense recebe, no pavilhão da EBSCC, a Escola DC Gondomar. No escalão de juniores masculinos, na série 2 da 2.ª Divisão da AFP, o CR Bougado viajou ao reduto do FC Paços de Ferreira, na 5.ª jornada, e perdeu por 4-0, mantendo os três pontos obtidos até agora, que o colocam no 13.º posto. O próximo jogo é disputado frente à Juventus Triana, no pavi-
têm-se esforçado muito”, sublinhou. Com sete jogos realizados, a equipa está no 10.º lugar - linha de água e soma quatro pontos, fruto de uma vitória logo na segunda jornada e de um empate na terceira. Depois, e até à sétima ronda, a formação bougadense só somou derrotas, tendência que quer contrariar já no próximo jogo, no reduto do JD Gaia, no sábado, 22 de outubro.
lhão da associação em Bougado, pelas 17.30 horas de sábado. Na mesma coletividade, a equipa de juvenis perdeu com o Boavista por 2-6, na 7.ª jornada da 1.ª Divisão da AFP. Com quatro pontos, os bougadenses ocupam o 10.º lugar e na próxima ronda viajam ao reduto do JD Gaia. Na série 2 da 2.ª Divisão da AFP, no mesmo escalão, o FC S. Romão foi derrotado pelo Santa Cruz por 7-3, e ao fim de cinco jogos continua na cauda da tabela classificativa, sem pontos. No domingo, pelas 16 horas, no pavilhão da EBSCC, os romanenses recebem O Amanhã da Criança. Também em benjamins a equipa de S. Romão do Coronado ainda não conseguiu pontuar no Campeonato Distrital. Na 4.ª jornada da série 2, perdeu com o Boavista por 0-28 e na próxima ronda defronta o Póvoa Futsal. C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
Desporto
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Exercício físico ajuda na interação social
Eduardo Campos tem 12 anos, é um dos mais recentes atletas da Escola de Atletismo da Trofa e a prova de que tudo é possível. Patrícia P ereira
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ontrariamente a outras crianças da sua idade, Eduardo vive num mundo só seu, tem dificuldades em se relacionar com outras pessoas ou de executar qualquer tarefa que, para a maioria, possa parecer simples. Para “conviver com as pessoas” e aprender a “desenrascar-se”, o seu pai, Lino Campos, inscreveu-o há cerca de quatro meses na Escola de Atletismo da Trofa. Os benefícios da prática desportiva são bem conhecidos. Mas no caso do Eduardo tem-lhe ajudado na integração social. O pai contou que o Eduardo “demora mais um bocadinho de tempo” a aprender do que os seus colegas, mas que até agora tem corrido “bem” e até já participou em duas provas, sendo que numa delas cortou a meta de mão dada com Aurora Cunha. Desde que frequenta a Escola de Atletismo, Lino Campos tem reparado que o seu filho já ganhou “muito ânimo” e “um bocadinho de alegria”, tem-se “desenrascado bem” e, principalmente, “gosta de cá estar”.
Pedro Sá, da Escola de Atletismo da Trofa, afirmou que o atleta tem sido acompanhado por Rui Martins e Eduardo Costa, uma vez que o jovem se “afeiçoou bastante” a eles. “São as pessoas que melhor lidam com ele”, completou. No início, as principais dificuldades que Eduardo teve foi “interagir com os restantes miúdos” e a realização dos exercícios. Agora, tem sido “bastante mais fácil” treinar com o Eduardo, que também “já começa a interagir e a brincar, às vezes, com outros miúdos”. O jovem está inscrito no escalão Infantil e tem participado em provas de atletismo de rua, como corrida, penta salto e lançamentos de vortex. Pedro Sá referiu que Eduardo tem tido “uma evolução razoável” e que “já faz algumas coisas que não fazia”. Mas ainda há “algumas dificuldades” a ultrapassar, como na realização de “alguns exercícios” e na “coordenação”. O dirigente enumerou os benefícios que a prática de exercício fí- Eduardo vê no desporto uma forma para interagir com outros jovens sico pode ter no caso de crianças Eduardo já começa a ficar “mais alguns colegas e a interagir com çar “a refletir no seu comportaque vivam com estas dificuldades. integrado no grupo, a conhecer eles”, o que também se vai come- mento na vida”.
Pedro Teixeira estreou-se nos mundiais de juniores Pedro Teixeira, atleta da Associação Cultural Desportiva de Ciclismo da Trofa (ACDC), representou a Seleção Nacional/Liberty Seguros na prova de fundo para juniores do Campeonato Mundial de Estrada, que decorreu a 14 de outubro, em Doha, Qatar. O atleta, de 17 anos, foi o benjamim da comitiva portuguesa neste Campeonato do Mundo, uma vez que ainda é júnior de primeiro ano, e estreou-se em Mundiais. Pedro Teixeira terminou os 135,5 quilómetros em 89.º lugar, a dois minutos e seis segundos do vencedor, o dinamarquês Jakob Egholm. Para o jovem atleta, esta foi “uma estreia muito dura”. “Não esperava que as duas primeiras voltas fossem tão exigentes. Nessa altura bati os meus recordes de pulso. Senti muito o calor, tal como muitos ciclistas. Ainda pensei em ir mais para a frente, mas não tenho o mesmo ritmo competitivo destes corredores”, lamentou. P.P.
Pedro Teixeira (ao centro) esteve no Campeonato Mundial de Estrada
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Agenda
Dia 22 8 horas: VIII Jornadas Materno Fetais, no Hospital Privado da Trofa
15 horas: Penamaior-Bougadense B Dia 23 9 horas: 2.º Raid BTT da Trofa 15 horas: S. Martinho-Trofense 15 horas: Custóias-Bougadense
Farmácias Dia 21 Farmácia Barreto Dia 22 Farmácia Nova Dia 23 Farmácia Moreira Padrão Dia 24 Farmácia Ribeirão Dia 25 Farmácia Trofense Dia 26 Farmácia Barreto Dia 27 Farmácia Nova Dia 28 Farmácia Moreira Padrão
21 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA
Celebra a Saúde Mental destacando a importância da intervenção precoce Com o intuito de destacar a “importância da prevenção e intervenção precoce” sobre doenças psiquiátricas, o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) comemorou, no dia 10 de outubro, o Dia Mundial da Saúde Mental. A iniciativa, que se realizou pela primeira vez, terá continuidade nos próximos anos e será alternado entre as unidades hospitalares de Vila Nova de Famalicão e de Santo Tirso. O programa teve duas vertentes a decorrer em simultâneo na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e na área de Consulta Externa da Unidade de Vila Nova de Famalicão do CHMA. A iniciativa realizada na Casa das Artes teve bastante adesão, segundo fonte do CHMA, e consistiu na exibição do filme “Para-me de Repente o Pensamento”,
comentado por Manuel Matos (antigo diretor do Serviço de Psiquiatria do CHMA), e no debate com o tema “Saúde Mental: um Olhar Interdisciplinar”. A outra iniciativa “permitiu esclarecer os utentes sobre questões relacionadas com a doença mental e informar sobre as diferentes doenças psiquiátricas”, esclareceu a mesma fonte. “A interação foi reforçada entre utentes e profissionais, através do desafio lançado de pensarem e deixarem testemunhos escritos sobre o que contribui para a saúde mental”, concluiu. Recorde-se que, recentemente, o Serviço de Saúde Mental do CHMA foi considerado como “Good practice” no documento internacional “Joint Action on Mental Health and Well-being” de 2016. A.M./C.V.
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Atualidade
DECO aconselha O meu pai tem 71 anos, é aposentado e tem alguns constrangimentos financeiros. A minha informação sobre o funcionamento dos bancos é muito pequena e preciso do apoio da DECO para saber mais sobre os serviços mínimos bancários para os cidadãos seniores. Os seniores enfrentam inúmeros problemas no seu quotidiano, sendo que a falta de informação sobre as novidades do mercado e o isolamento provocado, na maior parte dos casos, pelo terminar da atividade profissional são algumas das suas grandes dificuldades. Os consumidores 65+ encontram-se mais desprotegidos no mercado nomeadamente pela perda da capacidade económica ou pela dificuldade de atuação numa sociedade de consumo cada vez mais complexa. As contas de serviços mínimos bancários destinam-se, sobretudo, a depositantes desfavorecidos, como é muitas vezes o caso dos idosos, e disponibilizam um conjunto de serviços bancários considerados essenciais a um custo reduzido (no máximo, 1% do salário mínimo nacional, ou seja, € 5,30, de acordo com o salário mínimo em 2016), acesso ao homebanking, cartão de débito, depósitos, levantamentos, pagamentos, débitos diretos e transferências intrabancárias, sem restrição ao número de operações permitidas. Pela gritante importância deste tema e pelos dados do nosso Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado - mais de 10% dos pedidos de ajuda de consumidores em situação de sobre-endividamento referem-se a idosos, a DECO está a desenvolver um conjunto de workshops abertos à comunidade em todo o país através da Campanha SÉNIOR+ATIVO. Para mais informações dirija-se à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050-610 Porto ou através do e-mail deco.norte@deco.pt
Necrologia S. Martinho de Bougado Carlos Manuel da Silva Azevedo Faleceu no dia 13 de outubro, com 52 anos Casado com Helena Maria Araújo Carvalho
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 // 252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
Funeral realizado por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Calendário Fernando Jorge dos Santos Silva Faleceu no dia 13 de outubro, com 77 anos Casado com Rosa Liniete Nogueira da Costa Esmeriz Maria Augusta Rodrigues Pereira Faleceu no dia 14 de outubro, com 78 anos Viúva de José Marques Maria Adelina da Silva Oliveira Faleceu no dia 15 de outubro, com 85 anos Viúva de Bernardino Pereira Ribeirão Maria Amélia dos Santos Faleceu no dia 16 de outubro, com 88 anos Viúva de Manuel Dias da Costa Santos Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva e Irmão, Lda. Ficha Técnica
Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira| Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
20 O NOTÍCIAS DA TROFA 21 OUTUBRO 2016
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Atualidade
Altronix é um dos parceiros a ajudar a missão dos Doutores Palhaços
Organização do Rally Spirit associou-se à Operação Nariz Vermelho
“Meta o nariz onde é chamado” é este o slogan que associa o Rally Spirit à Operação Nariz Vermelho, numa parceria pelo sorriso das crianças. A Altronix, um dos principais parceiros da prova desportiva, já se juntou à causa, que foi apresentada a 18 de outubro nas instalações da empresa trofense. L iliana Oliveira Cátia Veloso
O
s Doutores Palhaços levam, diariamente, a alegria e devolvem o sorriso a crianças hospitalizadas, que estão numa fase difícil das suas vidas. Desde o início, a organização do Rally Spirit decidiu associar-se a uma causa social. Por se identificarem com a missão destes doutores especialistas em provocar gargalhadas, decidiram, desde logo, que queriam multiplicar sorrisos através da Operação Nariz Vermelho. “O que nós fazemos é levar sorrisos às crianças hospitalizadas” através “de 23 artistas profissionais que têm formação especializada para trabalhar em contexto hospitalar”, explicou Sílvia Carvalho, coordenadora da Operação Nariz Vermelho na região norte do país. Pedro Ortigão, da organização da prova desportiva, explicou que o que está planeado é “trabalhar junto de todos os patrocinadores do Rally Spirit”, mas também foi compromisso da organização “tudo fazer junto dos participantes, adeptos e todos os agentes envolvidos para conseguir a maior verba possível” para a Operação Nariz Vermelho. “O nosso compromisso imediato foi
que pelo menos um nariz por cada participante a organização compraria. Mas estou certo de que conseguiremos contribuir muito mais”, afirmou Pedro Ortigão, que defende que “os eventos desportivos podem contribuir nestas causas”. Um dos principais patrocinadores da prova seguiu o lema à risca e já ‘meteu o nariz’ pela causa. Cada funcionário da empresa trofense, Altronix, tem agora uma missão: vender dez narizes para ajudar a associação. “A Altronix tem-se pautado muito por uma política de responsabilidade social. Entendemos que, de certa forma, devemos juntar àquilo que fazemos as causas sociais e fazê-lo em prol da sociedade, daí a associação a este tipo de iniciativas”, explicou a responsável pelo departamento de comunicação da empresa, Sandra Rente. A Altronix “tem vindo a apoiar causas, para que, juntos, seja possível marcar a diferença e fazer alguma coisa em prol da sociedade e destes projetos que são importantes”, concluiu Sandra Rente. José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, parte integrante da organização da próxima edição do Rally Spirit, considera que a entidade que repre-
Altronix associou-se à causa da Operação Nariz Vermelho
senta, “enquanto organismo público”, tem a “obrigação de se associar a causas solidárias”. “Pensamos na Operação Nariz Vermelho pelo trabalho que tem desenvolvido e por aquilo que representam em meio hospitalar. Isso, no fundo, foi a nossa escolha para este ano e, portanto, estamos muito satisfeitos”, avançou o autarca. Arrancar um sorriso a uma criança não é tarefa difícil, mas pode complicar-se quando a ‘casa’ é o hospital e o dia a dia os tratamentos. Mas os ‘Doutores Palhaços’ fazem-no como ninguém. E, não sendo este um trabalho voluntário, tem custos para a associação, que precisa de ajuda para continuar a aju-
dar a sorrir “a criança, os pais, os profissionais de saúde e todos os intervenientes nessa parte menos boa que é a doença, que retira a liberdade de estar cá fora a brincar”, explicou Sílvia Carvalho. Toda a ajuda é bem-vinda e “um evento como o Rally Spirit, que vai mexer com muitos parceiros empresariais, com famílias, com a Junta de Freguesia ou com as escolas”, é uma boa forma de “sensibilizar para a causa”. Para a Operação Nariz Vermelho é importante “tanto o reconhecimento do trabalho como a visibilidade social” que é precisa “para continuar a trabalhar” e que conseguem através desta parceria com a organização do Rally
Spirit. Se quer ajudar os ‘Doutores Palhaços’ na missão de fazer sorrir crianças hospitalizadas visite o site www.narizvermelho.pt e saiba como o pode fazer. Mas deixamos já alguns exemplos. A associação tem uma linha de valor acrescentado para a qual pode ligar, através do número 760 305 505, podendo ainda ajudar através do NIB 0036 0310 9910 0011 4395 6, da loja online que se encontra no site, do IRS Solidário, sem custos acrescidos, preenchendo o anexo H, ou ainda através daquela que é considera a ajuda ex-líbris, a aquisição do nariz vermelho. Se quer ajudar a Operação Nariz Vermelho a espalhar sorrisos ‘meta o nariz’ por esta causa.
Bombeiros com curso para novos voluntários Depois da campanha de recrutamento de novos elementos que os Bombeiros Voluntários da Trofa têm levado a cabo, inicia a 23 de outubro o novo curso para bombeiros, que terá a duração de seis me-
ses, estando prevista a prestação de provas para o mês de maio do próximo ano. Para o comandante da corporação trofense, João Pedro Goulart, “os objetivos da campanha de recrutamento estão em vias de se-
rem atingidos”, esperando que, até à data de início do curso, surjam “mais alguns jovens”. As inscrições ainda estão abertas e os interessados devem dirigir-se ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa
até ao dia 22 de outubro. Além des- mandante garantiu ainda a “adequata, outras formações estão para co- ção das metodologias e métodos de meçar. “Em breve terão também iní- formação” nos cursos, através de cio os cursos de progressão na car- “um grupo de bombeiros que recenreira” direccionados aos voluntários, temente obtiveram técnica pedagóadiantou João Pedro Goulart. O co- gica para o efeito”.