Edição 595 do jornal O Notícias da Trofa

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Semanário | 4 de novembro de 2016 | Nº 595 Ano 14 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € pub

//PÁGs. 10 e 11

Alunos reconhecidos pelo desempenho escolar

//PÁG. 3

Judiciária detém suspeito de assassínio em Guidões

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//PÁGs. 8 e 9

Jovem trofense em missão voluntária em Cabo Verde

GNR faz buscas em S. Romão Moreira da Silva, David Ferreira e Firmino Santos Ministro do Ambiente afirma que antiga apresentam livros linha de comboio “não está ao abandono”

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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 NOVEMBRO 2016

Atualidade

Ministro do Ambiente afirma que antiga linha de comboio “não está ao abandono”

Questionado pelo grupo parlamentar do PCP, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou que o antigo canal ferroviário “não está ao abandono” e atribui responsabilidade de manutenção das pontes na EN 14 e EN 318 à empresa Infraestruturas de Portugal. CÁTIA VELOSO

A

petição lançada para exigir a intervenção urgente das pontes que cruzam o antigo canal ferroviário, que foi desativado em 2002, fez o grupo parlamentar do Partido Comunista Português questionar o ministro do Ambiente sobre que medidas o Governo vai diligenciar para “garantir a segurança e a saúde pública das populações residentes junto do canal da antiga linha do campo, na zona do Muro”. Assim como a petição, os deputados comunistas Ana Virgínia Pereira, Diana Ferreira e Jorge Machado dão voz à “imensa preocupação” dos habitantes da freguesia do Muro, “pelo estado em que se encontram as pontes que atravessam o canal da antiga linha”, nomeadamente as que se situam nas estradas nacionais 14 e 318, junto aos semáforos da Carriça e à que está localizada atrás do cemitério do Muro, na Rua Luís Pinto. Na pergunta enviada ao ministro, os comunistas afirmam que as estruturas “apresentam fissuras nas junções e infiltrações de água nos pilares, que podem levar a um desmoronamento”.

Os deputados vão mais longe e ainda questionam a tutela sobre se tem conhecimento “do problema de saúde pública existente na zona”, com “a escorrência de águas residuais com dejetos humanos e animais, junto às habitações”. “Como tenciona o Governo resolver estas questões, de forma a garantir a segurança e a saúde pública das populações residentes junto do canal da antiga linha do comboio na zona do Muro?”, questionaram os deputados. Na resposta, documento a que o NT teve acesso, o ministro refere que “o antigo canal não está ao abandono, uma vez que é periodicamente inspecionado pela Metro do Porto e pela sua subconcessionária, que inclusivamente faz trabalhos de desmatação e limpeza sempre que se justifique”. Matos Fernandes fez ainda saber que a responsabilidade das pontes sobre as estradas nacionais 14 e 318 é da empresa “Infraestruturas de Portugal”, não explicitando se está previsto algum estudo para avaliar a segurança das estruturas ou alguma intervenção junto das mesmas. Já sobre a ponte que está atrás do cemitério, a tutela refere que “é da responsabilidade da Câmara Municipal do Porto”.

José Maria Moreira da Silva

moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt

CRÓNICA PARA ALGUNS INTELECTUAIS, PSEUDOINTELECTUAIS E OUTROS QUE TAIS

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minha consciência não pertence a ninguém a não ser a mim próprio, e podem os “amantes” das esquerdas, que antipatizam com o centro e a direita do espetro político, não concordarem com as minhas palavras, mas convido-os a refletir um pouco mais aprofundadamente a temática tão importante para a humanidade, que é a liberdade, ou mais concretamente a falta da liberdade. Poderia falar de muitos tipos de ditadura (regime governamental onde todos os poderes do Estado estão concentrados num individuo, num grupo ou num partido), que não autorizam qualquer tipo de liberdade, mas hoje apetece-me apenas falar da ditadura comunista, em virtude dos comunistas portugueses controlarem grande parte do aparelho do Estado, da comunicação social, das manifestações de rua e também já mandarem no atual governo. Durante mais de sete décadas, desde 1917 (a primeira fase da revolução russa) até 1991 (colapso da União Soviética), mais que uma geração de alguns intelectuais, pseudointelectuais e outros que tais, que se afirmavam de esquerda, foram defensores, e muitos ainda são (vá-se lá saber porquê), de uma das maiores mistificações da história; o comunismo soviético, em que milhões de pessoas foram presas sem razão; foram deportadas, foram exiladas e também executadas, quer nos campos da Sibéria, quer no sinistro edifício amarelo, sede do KGB, perto do Kremlin, no centro de Moscovo. Os referidos intelectuais, pseudointelectuais e outros que tais, na sua consciência, devem-se considerar cúmplices da maior tragédia da história, ainda maior que a vergonhosa tragédia do nazismo. Esses intelectuais, pseudointelectuais e outros que tais, não podem vir agora dizer que era ingenuidade ou falta de informação, pois militaram ao serviço de uma causa em que acreditavam, mesmo quando essa crença exigia que protegessem a mentira ou que encobrissem o que convinha. Finalmente, ao fim de muitos anos chegaria a «perestroika», mas antes de ela chegar existiram muitos casos que envergonham a humanidade, como foi o caso do escritor Alexander Soljenítsin. Este escritor tinha publicado, em 1973, o primeiro volume do Arquipélago de Gulag, sobre o sistema, concentracionário do período de Josej Stalin (1918 a 1956), escrito com o recurso às memórias de duzentos e vinte e sete antigos prisioneiros dos campos soviéticos, entre os quais ele próprio. Depois desta publicação, que ficou famosa em todo o mundo, e todo o mundo teve acesso a ela, poder-se-ia dizer que toda a história da URSS deveria ser vista de outra maneira. Puro engano. Ainda continuaram, e continuam, pelo mundo fora, até aos dias de hoje, seguidores deste tipo de regime, verdadeiros cúmplices da coletivização forçada dos campos, dos milhões de mortos na Sibéria; do trabalho forçado; do golpe de Praga; do golpe de Budapeste; da anexação

da Roménia; dos muitos processos de Moscovo; dos tanques de Budapeste em 1956, dos tanques de Praga em 1968, do massacre dos oficiais polacos antinazis refugiados na URSS e que Estaline mandou fuzilar, a pedido de Hitler, e outros. Podem e devem, esses intelectuais, pseudointelectuais e outros que tais ser considerados verdeiros cúmplices do sistema concentracionário soviético, que foi uma das «relíquias» sinistras que o século XX assistiu, a par do nazismo, que deixaram marcas profundas na humanidade e ficarão na História como é que é possível o homem fazer tanto mal ao seu semelhante. E as elites de direita parecem sentir acanhamento em dar a cara. No exercício de uma liberdade e dever cívico inalienável e irrenunciável, afirmo sem qualquer tipo de dúvidas ou amarras, que o comunismo falhou. Poderemos mudar-lhe o nome ou dar-lhe os nomes que quisermos, socialismo científico, socialismo real e outros, mas os factos estão aí, a confirmá-lo claramente: o modelo real falhou. É mais do que óbvio e todo o mundo já se apercebeu disso há muito tempo. A ideia de que esses intelectuais, pseudointelectuais e outros que tais são melhores do que os demais porque são «progressistas», e que eles é que têm a «verdade» toda, pois estão do lado certo da História originou uma discussão que foi elevada a novos patamares quando no passado, o marxismo pretendeu interpretar «cientificamente» o sentido da História e determinar, por via do chamado «materialismo histórico», não apenas quem representava o futuro, mas como seria esse futuro. Foi o que se viu. Infelizmente para uma parte significativa da humanidade! Tudo isto já foi posto em causa, mas ainda hoje existem desses intelectuais, pseudointelectuais e outros que tais, com algum significado político e social, que estão ligados à cultura dominante e ao jornalismo, ao poder impar do jornalismo, que tentam atribuir às esquerdas uma «superioridade moral» que não a têm, mas também se outorgam em serem polícias das opiniões públicas e de considerarem que o povo não deve ter a possibilidade de escolher, pois o Estado sabe o que é o melhor para ele. É essa esquerda que tenta marcar e balizar o que é considerado «politicamente correto» e já chegou ao poder em Portugal, pois já manda no atual governo. Mais, o atual governo está preso por um fio manobrado pelos comunistas. Os que amam a liberdade, como é o meu caso, acreditam, como eu acredito, que a resultante de milhões de escolhas individuais, tomadas livremente pelos cidadãos no seu dia-a-dia, é melhor do que as mais «bem-intencionadas» e mais «iluminadas» escolhas de quem se sente interprete do sentido da História. Para os intelectuais, pseudointelectuais e outros que tais, só tenho para lhes dizer que os que amam a liberdade, não tratam de impor as suas opiniões aos demais, nem se consideram os donos da «verdade». Mas defendem, com verdade, a liberdade!


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Atualidade

Assaltaram café e levaram moedas da máquina do tabaco Um estabelecimento comercial, situado na Rua da Liberdade, em S. Romão do Coronado, foi assaltado, na madrugada de 28 de outubro. Os amigos do alheio estroncaram a porta, invadiram o espaço e dirigiram-se

à máquina do tabaco, estragando-a. Consigo levaram as moedas depositada no interior da máquina, não sendo possível apurar a quantia.

Surpreendidos pela GNR enquanto reparavam ciclomotor Os factos remontam a 29 de outubro, quando pai e filho se encontravam a reparar um ciclomotor na Praça Infante Sagres, em S. Romão do Coronado. Nesse momento, foram abordados pela Guarda Nacional Re-

publicana (GNR), que constatou que as peças utilizadas na reparação do veículo tinham o número de chassi raspado. Os homens foram constituídos arguidos e o caso baixou a inquérito para averiguação.

Detido enquanto grafitava muros da estação A madrugada de 29 para 30 de novembro tornou-se negra para um jovem de 20 anos, residente em S. Romão do Coronado, que foi surpreendido pela Guarda Nacional Republicana enquanto coloria os muros da estação de comboios de S. Romão do Coronado. A GNR abordou o jovem, enquanto este grafitava o espa-

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m veículo que havia sido furtado em Lavra, Matosinhos, outro em Santo Tirso, uma viatuço público, que se pôs em fuga, sen- ra desmantelada, três telemóveis e do pouco depois intercetado pelos várias peças de veículos automóagentes da autoridade. As 20 latas veis prontas a ser comercializadas. de tinta de graffiti foram apreendi- Foi esta a listagem de bens apreendas, foi elaborado um auto de contraordenação e o processo foi submetido para a Autoridade Tributária, que é agora a entidade responsável por este tipo de ocorrências.

GNR promove ação de sensibilização em S. Mamede do Coronado

A Secção de Programas Especiais do Destacamento da GNR de Santo Tirso realizou uma ação de sensibilização, na manhã de 28 de outubro, a convite da direção do Centro Social e Paroquial de S. Mamede do Coronado. A iniciati-

GNR faz buscas em S. Romão didos pelos Militares do Comando Territorial do Porto da GNR, a 2 de novembro, resultado de três buscas efetuadas em São Romão do Coronado, concelho da Trofa, e Folgosa, concelho da Maia. Além do material confiscado, no âmbito de uma

investigação relacionada com furtos e desmantelamento de veículos, o Comando Territorial do Porto da GNR, identificou ainda o suspeito, com 40 anos, que foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.

Homem detido em Guidões por suspeita de assassinato em Espanha

Um jovem de 23 anos foi detido, em Guidões, concelho da Trofa, pela Polícia Judiciária, a 24 de outubro, depois de, em conjunto com um cidadão de nacionalidade brasileira, de 26 anos, alegadamente ter matado um cidadão espanhol, de 53 anos, no início do mês de agosto, em Valência, com o intuito de o assaltar. O cenário do crime foi uma Quinta em Sot Chera. Segundo adiantou o Correio da Manhã, os jovens, contando “com o isolava teve como objetivo alertar para mento”, supostamente terão amarcasos de burlas, furtos e roubos e rado o corpo da vítima, “mãos e os cuidados a ter para evitar estas pés atrás das costas”, “espancasituações. O evento serviu ainda do e asfixiado” o homem, atiranpara assinalar o Dia Mundial da do-o para a “piscina num saco de Terceira Idade. pedras”. A.M./C.V. Mas, sem que ninguém contasse,

“quatro adolescentes” invadiram a quinta, a 10 de agosto, e encontraram o corpo, já em decomposição. O jovem de nacionalidade portuguesa fugiu para a Trofa, onde acabou por ser detido, estando sob prisão preventiva. O colega brasileiro também foi detido, a 28 de outubro, no aeroporto de Lisboa. Ambos aguardam extradição para

Espanha. Segundo se sabe, a vítima alugava quartos no turismo rural pela internet e os homicidas ter-se-ão deslocado para Valência para, supostamente, participarem numa festa. No entanto, acabaram por matar o homem para o roubar. L.O./C.V. pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 NOVEMBRO 2016

Atualidade

Trofense com exposição na Casa das Artes

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trofense Martinho Dias inspirou-se na obra literária de Camilo Castelo Branco para um conjunto de pinturas, que vai apresentar a partir das 17 horas de 5 de novembro, na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão. “A Corja”, como lhe chamou o autor, “não pretende ser uma ilustração da vasta obra de Camilo Castelo Branco mas, antes, o resultado do cruzamento da temática camiliana com a contemporaneidade”, explicou Martinho Dias. “Esta exposição será uma mestiçagem de olhares entre os de um escritor e os de um pintor”, descreveu o artista e, continua, “cada tela poderá ser vista como um dos lugares do Martinho Dias vai expor em Famalicão grande carrossel ou como uma das tenta, inglória, alcançar uma visão peças da engrenagem circular que globalizante da sociedade – quer

da do século XIX, quer da nossa”, concluiu. L.O./C.V.

Jardim de Infância de Giesta prepara magusto para angariar fundos Sendo a castanha um dos frutos da época, não podiam faltar os magustos. O Jardim de Infância de Giesta, em Alvarelhos, não é exceção e já tem tudo preparado para a Festa de S. Martinho, que decorrerá nas instalações da instituição, este sábado, 5 de novembro, a partir das 18.30 horas. Organizada pela Associação de Pais do Jardim de Infância de Giesta, a iniciativa tem como objetivo, “além do convívio da comunidade”, “angariar fundos para as atividades dos meninos do infantário”. Para isso, no recinto, haverá porco no espeto,

bifanas, salgados, caldo verde, vinho, cerveja, sumos e sobremesas. Mas festa de S. Martinho não seria a mesma sem as castanhas, que serão oferta da organização. E para que nada falte, a animação estará a cargo da prata da casa, com os meninos do infantário a brindarem os presentes com as suas atuações, mas também as do Rancho Folclórico de Alvarelhos, os Rufos do Castro e haverá ainda tempo para um serão de fados. Para os mais novos haverá pinturas faciais e balões. A entrada é livre. L.O./C.V.

Convívio de S. Martinho Concerto promete “Sorrisos do Rancho do Divino de Natal” e apoio à Cruz Vermelha Espírito Santo este sábado O concerto solidário “Sorrisos de Natal” conta com as atuações dos Cão Voador e do Coro dos Meninos Cantores do Município da Trofa a 30 de novembro, às 21 horas. O

salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa recebe o evento para ajudar a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Os bilhetes têm o custo de cinco

euros e podem ser adquiridos na delegação, sediada perto dos Correios. O público pode ganhar três prémios que vão ser sorteados durante o espetáculo. A.M./C.V.

Castanhas assadas e muita animação. São as garantias do Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo para o magusto que vai promover este sábado, 5 de novembro, pelas 21 horas, na sede do grupo, em

Mendões, S. Mamede do Coronado. As castanhas são oferta ‘da casa’ e a entrada é livre. Para que motivos não faltem para lá passar, o Rancho Folclórico dá-lhe mais um: a sua atuação.

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Atualidade

Festa de Outono e Dia Mundial do Idoso também foram assinalados

Misericórdia da Trofa sensibilizou para cancro da mama Cancro da mama, feira tradicional e Dia do Idoso foram lembrados pela Santa Casa da Misericórdia da Trofa com atividades abertas à comunidade. L iliana Oliveira Cátia Veloso

U

m pouco por todo o mundo o mês de outubro é associado à cor rosa, o tom que está ligado ao cancro da mama. E repercutem-se aqui e ali as ações de sensibilização e angariação de fundos para terminar com um flagelo que, de uma forma ou de outra, toca a todos. A Trofa não é exceção. A Misericórdia da Trofa foi uma das instituições que se vestiu de rosa para lembrar e divulgar junto dos utentes, funcionários, familiares e visitantes esta causa. Depois de várias ações e homenagens, como a distribuição do laço rosa, decorreu a 29 de outubro, na Capela da instituição trofense, uma Eucaristia “de invocação de proteção para todas as mulheres que padecem da doença”. Os lugares no templo não foram suficientes para os que quiseram marcar presença. E entre orações, foram muitos os gestos que marcaram a missa. Vários objetos em tons de rosa foram entregues como símbolo de alerta para o cancro da mama, o tumor maligno mais frequente na mulher. Para o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Tro-

Eucaristia muito concorrida

fa, Amadeu Pinheiro, os momentos “mais especiais” foram “a entrega das flores à Nossa Senhora e a ação das funcionárias, que explicaram o significado da prevenção da doença”. Além disso, foram ainda entregues um coração e uma laço cor de rosa e uma imagem de uma mulher a amamentar uma criança. “Foram tudo momentos que marcam a Eucaristia”, considerou o provedor, que

adiantou que a Misericórdia da Trofa contribui “em todos os sentidos”. “A sensibilização penso eu que também é um contributo muito grande e também contribuímos, dentro daquilo que nos é possível, no ofertório que eles estão neste momento a levar a efeito”, acrescentou. Todos os anos há 90 novos casos, em cada cem mil habitantes, na Europa Ocidental. A partir dos 50 anos de ida-

de a doença mais que duplica, passando a 200 casos por cem mil habitantes. Para a Misericórdia da Trofa “foi um mês de trabalho e de sensibilização para que tentemos, dentro daquilo que é possível e o mais rápido possível, terminar com o flagelo que é o cancro da mama”, explicou Amadeu Pinheiro. Ainda no sábado, a Misericórdia da Trofa animou utentes, familiares,

funcionários e visitantes com uma verdadeira Feira de Outono. Entre fruta da época, legumes, compotas, licores e doces tradicionais, as bancas tinham cor e muitos sabores da região. Com produtos “não só produzidos na horta social” da instituição, onde “cada talhão tem um dono, que planta as suas coisas para depois vender”, mas também produtos “que as pessoas ofereceram”. As opções eram muitas e foram muitos os que se juntaram à festa. E, para que nada faltasse, o Rancho das Lavradeiras da Trofa foi tornar a festa ainda mais tradicional. Utentes, funcionários e visitantes dançaram e provaram o que de melhor a região tem para oferecer. No dia anterior, sexta-feira, 28 de outubro, a Santa Casa da Misericórdia da Trofa assinalou o Dia Mundial do idoso, “com a presença de várias instituições, não só do concelho”, no Auditório Fórum Trofa XXI. No final, o provedor da Santa Casa da Misericórdia considerou o balanço das atividades “muito positivo”, esperando que, “ que no próximo ano, se não for melhor, que seja assim”, concluiu Amadeu Pinheiro.

Samuel precisa de ajuda Cento e cinquenta mil euros. É este o valor que a família do pequeno Samuel precisa de juntar para ir à procura de melhor qualidade de vida para o menino, cujo avô é da Trofa, além-Atlântico.

Samuel tem três anos L iliana Oliveira Cátia Veloso

Tudo corria com normalidade. Natália Costa, a mãe do pequeno Samuel, teve uma gravidez normal. Mas, 36 horas depois do parto, o bebé não conseguiu comer devido “ao líquido amniótico que tinha no estômago não ter sido aspirado aquando do nascimento”. Samuel

“sofreu uma queda de açúcar grave que fez com que ficasse com paralisia cerebral e epilepsia incontrolável”. Quando foi fazer o ‘teste do pezinho’, detetaram anomalias no sangue do bebé. Três anos depois, Samuel não vê, não fala e não se mexe. A esperança de conseguir reverter parte da situação está do outro lado do Atlântico, na Carolina do

Norte, nos Estados Unidos da América, e passa por uma técnica inovadora, aplicada em crianças até aos três anos de idade, que consiste na “infusão de células estaminais do cordão umbilical, para que procurem no cérebro as células danificadas, regenerando-as e obrigando-as a combater as outras”, pode ler-se na página de apoio ao menino (http:// ff4480.wixsite.com/juntospelosamuel/copia-historia). Em julho, aquando uma caminha solidária no Muro a favor do Samuel, Crisanto Marques, o avô da criança, havia dito ao NT que “para começar o tratamento são precisos, à partida, 150 mil euros”. “Vamos em 30 mil”, adiantou na altura. Embora haja clínicos, da área da neurologia, que não acreditam que a situação de Samuel seja reversível, a família mantém a es-

perança e não vai deixar de lutar. Por agora, procura juntar o dinheiro necessário para partir para os EUA, onde pode estar a possibilidade de Samuel ter uma vida me-

lhor. Para ajudar o Samuel a não perder a esperança pode usar o IBAN PT50003508640006249310039, BIC/SWIFT: CGDIPTPL, do beneficiário Samuel Marques da Costa.

2.ª Caminhada Solidária do Ave no domingo A 2.ª Caminhada Solidária do Ave sai à rua a 6 de novembro, às 10 horas. Organizada pela PROEF e ODLO, a iniciativa contará com uma caminhada de cinco quilómetros. As inscrições têm um custo de cinco euros e podem ser feitas na sede da empresa Eurico Ferreira ou da ODLO ou online, em www.app.weventual.com. Os fundos do evento revertem a favor dos Bombeiros Voluntários da Trofa e da Creche da Santa Casa da Misericórdia da Trofa. A.M./C.V.


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Atualidade

Halloween solidário com amigos de quatro patas

O salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa transformou-se num cenário digno de filme de terror para a festa de Halloween solidária que um jovem da Trofa organizou para ajudar a AUAUA. Cátia Veloso

A

tradição foi importada dos Estados Unidos da América e está a enraizar-se em Portugal a cada ano que passa. O Halloween é uma festa que, atualmente, atrai miúdos e graúdos, que na “noite das Bruxas”, a 31 de outubro, dão asas à imaginação para se mascararem e fazerem parte de um cenário digno de um filme de terror. Aproveitando a moda, o DJ Paulo Reis, que queria ajudar a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA), organizou uma festa de Halloween com cariz solidário, na noite de 29 de outubro. Quem se quisesse divertir numa noite recheada de música no salão polivalente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa apenas tinha de deixar um pequeno donativo à entrada. Paulo Reis convidou DJ e ra-

ppers, que asseguraram uma noite que foi “um sucesso”. Em declarações ao NT, o jovem DJ da Trofa, afirmou que “passaram pela festa cerca de 400 pessoas”, o que “correspondeu às expectativas”. “O grande momento da noite foi a atuação de M'Cirilo e Buli 2b (Barrako 27) e T-Jay Destruidor (BB do Fumo), que atuaram no lugar de Mantorras que cancelou a sua atuação. A adesão do público foi ótima e o cartaz agradou imenso ao público-alvo”, afiançou. Ajudar os animais abandonados está cada vez mais difícil Também satisfeita com o envolvimento dos jovens estava Sílvia Coutinho, responsável pela AUAUA. “Sinto-me feliz por ver miúdos a ajudar os animais”, sublinhou. No entanto, as dificuldades con-

Jovens aderiram à iniciativa solidária

tinuam e garantir a saúde e o conforto de todos os animais abandonados é quase missão hercúlea para a associação. “Estamos a passar por uma fase muito complicada, devido à falta de donativos. Todos os dias nos aparecem animais para tratar, as contas nas clínicas dispa-

ram todos os meses, além dos casos em que não conseguimos acudir, devido à falta de espaço físico”, referiu. A associação acolhe, neste momento, 28 gatos, dez dos quais bebés, e dez cães. No canil, o cenário é desolador, com o acolhimen-

to de 75 cães. E não se avista solução, porque “o abandono é cada vez mais um recurso das pessoas” e a “adoção acontece raramente e só para animais bebés”, atestou.

Se quiser ajudar a AUAUA, pode fazer donativos na Associação, que está sediada na Rua Camilo Castelo Branco n.º 336, onde há uma lojinha cujas vendas revertem Não abandonar é o apelo que a gina o que eles sofrem quando são tudos” adultos que sejam adotados das castrações e tratamentos clíni- para a atividade. Pode ainda associação repete, incessantemente, abandonados. Há cães que deixam são esterilizados antes de ser entre- cos, graças ao protocolo com uma fazer transferência bancária e um dos argumentos mais fortes é de comer”, contou a responsável gues à nova família. clínica veterinária. No caso das fê- através do IBAN: PT50 0018 a fidelidade dos amigos de quatro pela AUAUA. Uma das formas de ajudar é tor- meas adultas adotadas no canil, a 00034034 0150 02070. Para patas. “Um animal é um membro Outra das lutas da associação é nar-se sócio da AUAUA. A anui- castração é gratuita. mais informações, pode conda família e tem sentimentos pro- pela castração dos animais que che- dade tem o custo de 20 euros e há tactar 911 010 447. fundos pelo dono. Ninguém ima- gam ao canil. Assim, todos os “pa- vantagens como a redução do preço

Menos animais abandonados depende de todos

Leo Clube promoveu HaLEOween Solidário

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O terceiro “HaLEOween Solidário” do Leo Clube da Trofa realizou-se a 31 de outubro, na Quinta de S. Romão, às 21 horas, e contou com a presença de “cerca de meia centena de jovens” dos Leo Clubes do país e também de público trofense. A atividade “Caça ao Desconhecido” tinha como objetivo “salvar uma criança de um pesadelo”, sendo que todas as equipas envolvidas conseguiram cumprir esse objetivo. Esta atividade visava representar todas as crianças que, anualmente, vão à atividade dos Leo Clubes, na Figueira da Foz. “A atividade das crianças Atividade foi promovida pelo Leo Clube da Trofa é concretizada todos os anos pelos mais necessitadas. Tornamos um vezes se manifesta nas suas casas”, Leo Clubes do país, com crianças, fim de semana inesquecível, longe informou Filipa Ferreira, do Leo institucionalizadas e em famílias dos problemas e da tristeza, que por Clube da Trofa. A.M./C.V.


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4 NOVEMBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

Fim de semana cultural da ASAS com balanço “extremamente positivo”

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Atualidade

Foram dois dias com muitas atividades e animação. O fim de semana cultural e desportivo da ASAS – Centro Comunitário da Trofa- terminou com balanço “extremamente positivo”. L iliana Oliveira Cátia Veloso

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ASAS (Associação de Solidariedade Social e Ação Social), numa parceria com o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), a Administração Regional de Saúde Do Norte (ARS Norte) e carimbo do Governo de Portugal, promoveu, a 29 e 30 de outubro, um fim de semana cultural e desportivo, no âmbito do projeto (Re)Inserir, “como forma de divulgar o projeto e de mostrar que tem um serviço de reinserção de pessoas que tiveram comportamentos aditivos, quer a nível do álcool, quer a nível de outras dependências”, explicou a diretora técnica da ASAS, Maria do Céu Brandão. Além disso, era também objetivo “a integração destas pessoas em momentos desportivos e de lazer comuns à comunidade”. O fim de semana começou no sábado, 29 de outubro, com uma aula de zumba, no Aquaplace, onde marcaram presença “mais de cem pessoas e grande parte dos utilizadores do projeto”, afirmou a diretora. À noite, foi tempo de dar uns chutos na bola, num jogo de futebol “com amigos da ASAS”, no pavilhão desportivo

de Alvarelhos. Mas a festa continuou no domingo, com um piquenique, no monte de Santa Eufémia, em Alvarelhos, que contou “com a colaboração da Junta de Freguesia, do Grupo de Cavaquinhos da Trofa, da Comissão de Festas de Santa Eufémia e do Talho da Agra”. Um convívio onde não faltou o porco no espeto, a música e a folia. Assim sendo, no final das atividades, o balanço foi “extremamente positivo”. “Os nossos utentes são pessoas que são muito isoladas, às vezes até da própria família, e isto permite-lhes um convívio normal”, explicou Maria do Céu Brandão. (Re)Inserir já tem casos de sucesso Trinta e cinco pessoas. Foi este o número avançado por Maria do Céu Brandão, no que diz respeito ao número de utentes que já passaram pelo (Re)Inserir na Trofa, um projeto da ASAS, Associação de Solidariedade Social e Ação Social – Centro Comunitário da Trofa - , que procura reintegrar, pessoal e profissionalmente, pessoas que querem largar dependências. “Este projeto começou há um ano e é a continuidade de um que começou há dois

ASAS promoveu piquenique na Santa Eufémia

anos”, relembrou a diretora técnica da ASAS. “Todas as mudanças de mentalidades demoram o seu tempo” e, além disso, “as pessoas têm que reconhecer que têm um problema, têm que iniciar um tratamento” e só depois começam a ser acompanhadas. “Temos muito orgulho em dizer que, como resultado do projeto que acabou, sendo este um projeto

continuado de três anos, há utentes que hoje estão aqui, mas já não frequentam o projeto com assiduidade há muito tempo, porque estão integrados em formação ou emprego”, avançou Maria do Céu Brandão. Um dos casos de sucesso, a título de exemplo, participou no fim de semana cultural “e esteve no projeto”. “Com o apoio psicológico arranjou força para se reorganizar em

termos profissionais e aventurar-se num emprego por conta própria”, comentou Natércia Rodrigues, coordenadora do Centro Comunitário da Trofa. Para que a vida volte a fazer sentido, às vezes, basta dar o primeiro passo. “Muitas famílias não sabem a quem pedir apoio”, afirmou Natércia Rodrigues, por isso, os interessados devem contactar o Centro Comunitário da Trofa.

Depois do Halloween AR S. Pedro da Maganha promove festa de S. Martinho

Associação promoveu jantar de Halloween

O jantar de Halloween da Associação Recreativa de S. Pedro da Maganha foi um “êxito”. “Tivemos uma grande adesão das pessoas. O salão convívio estava cheio com a presença de mais de 150 pessoas”,

revelou fonte da direção da associação, que já está a preparar a próxima atividade. O magusto realiza-se nos dias 12 e 13 de novembro e a sede Associação vai receber o evento onde

as castanhas, as nozes e os figos vão ser reis da festa. O objetivo é angariar fundos para saldar a dívida da construção da sede. A.M./C.V.

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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 NOVEMBRO 2016

Trofenses Fantásticos

“Ter uma experiência deste género muda a forma como vemos a vida” Elsa Carvalho é da Trofa e em setembro decidiu abraçar a maior aventura da sua vida, ao inscrever-se como voluntária para um projeto em Cabo Verde. Até março, a jovem jornalista vai trabalhar em conjunto com outras quatro pessoas. Além de desenvolver campanhas de sensibilização de combate à poluição e proteção das espécies em vias de extinção e apoiar um projeto de turismo sustentável, Elsa tem ainda outros projetos em vista como sensibilizar para a igualdade, a gravidez na adolescência e, ainda, criar uma biblioteca ambulante. Um testemunho inspirador que faz desta jovem uma trofense fantástica. Cátia Veloso

O Notícias da Trofa (NT): Como surgiu esta oportunidade de fazer voluntariado em Cabo Verde? Elsa Carvalho (EC): Em outubro do ano passado inscrevi-me num training course, na Associação Aventura Marão Clube, em Amarante. Era uma formação de cerca de sete dias, com pessoas de Portugal, Roménia e Cabo Verde e não achei, sequer, que me chamassem para ser participante. Era de longe e nunca tinha tido uma experiência do género. Chamaram-me e, em fevereiro deste ano, passei lá dias incríveis. Fizemos imensas atividades, conhecemos voluntários internacionais que a Associação recebe anualmente e apresentaram-nos o projeto de voluntariado de Cabo Verde. Seriam seis meses de Serviço Voluntário Europeu e havia quatro vagas, mas nós éramos cinco. Decidimos, uns dias mais tarde, e depois de falar com o responsável da associação, que não iríamos competir uns com os outros pelas vagas, mas juntar todo o dinheiro que conseguíssemos para podermos implementar o projeto todos juntos. Juntamos as nossas poupanças e vendemos rifas para conseguir o dinheiro que nos fal-

Jovem jornalista está a fazer voluntariado em Cabo Verde

tava. Conseguimos e hoje estamos cá todos. NT: Por que quis embarcar nesta aventura? EC: Eu sempre quis envolver-me numa experiência deste género, mas nunca tive coragem. Ou porque achava que não era o momento certo, ou porque era algo completamente fora da minha zona de conforto e isso assustava-me, ou até mesmo porque não

conhecia nenhuma associação de confiança. Conhecia o Aventura Marão Clube, através de uma antiga colega de faculdade que teve uma experiência semelhante e achei que se não fosse agora nunca iria ser capaz. Passei uns dias às voltas com os papéis da inscrição sem saber muito bem se os devia enviar ou não. Enviei e não contei a quase ninguém. Senti várias vezes, ao longo da vida, que era um mero espectador no mundo e queria fazer mais, só não sabia como. Quando percebi que vir para Cabo Verde era uma realidade, tive um daqueles momentos em que sentimos uma tremenda adrenalina a percorrer-nos o corpo e uma mistura de pensamentos que não conseguimos controlar. Vamos deixar as nossas pessoas, a nossa vida, a nossa rotina, o nosso trabalho e tudo o que nos faz feliz, mas a verdade é que nunca me passou pela cabeça não vir. NT: Qual foi o primeiro impacto quando chegou lá? Consegue descrever o cenário que encontrou? EC: O primeiro dia foi complicado. A viagem foi longa e can-

sativa e estava a pôr, pela primeira vez, os pés num país comple-

tamente diferente. Mas essa sensação passou rápido. Aqui parece sempre verão e o calor faz-nos perder, um bocadinho, a noção da época do ano em que estamos, o que é bom porque ajuda a que o tempo passe mais rápido. E aqui tudo é muito diferente de Portugal, as ruas, os edifícios, as rotinas. E se há zonas em que percebemos a influência portuguesa na arquitetura, há outras em que sentimos estar dentro de um cenário de uma novela de época. A paisagem é linda para onde quer que olhemos, o mar em nada se assemelha ao de Portugal e fico rendida com a diversidade de cultura que há aqui. Estou em S. Vicente, na terra de Cesária Évora e de ritmos quentes. Vi, aqui, o céu mais bonito de toda a minha vida, com estrelas brilhantes e uma lua tão grande que é suficiente para iluminar as ruas mais escuras. Já

Trabalho de Elsa também passa por promover a preservação de espécies em risco


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Trofenses Fantásticos material escolar... Num dos primeiros dias um desses muitos meninos abordou-nos na rua e pediu comida. Enquanto nos dirigíamos, com ele, para um dos mercados mostrou-nos os chinelos quase sem sola, onde os pés chegavam a tocar o chão. Foi um murro no estômago que volto a sentir de cada vez que vejo crianças a pedir nas ruas. NT: Acha que outras pessoas, com igual espírito aventureiro e solidário, devem participar nestes projetos? EC: Cada vez mais há pessoas a interessar-se pelo trabalho em comunidade e isso é um avanço incrível, mas é bom referir que esse trabalho é muito importante quer seja desenvolvido no nosso país e na nossa cidade ou fora. Para mim, o mais importante é ir de coração e mente abertos, com vontade de ajudar, de fazer coisas nas mais diversas áreas. Mas que escolhamos fazê-lo porque queremos realmente prestar apoio e não pela visibilidade que possa advir daí. NT: O que é que estes projetos dão às pessoas que participam? EC: Ter uma experiência deste género muda-nos. Muda a forma como vemos a vida, como encaramos os problemas, como estaElsa Carvalho vai estar em Cabo Verde até março

aprendi umas expressões em crioulo e dei- nas necessidades que possam ter, dar apoio xei o euro de lado para reaprender a usar o nas áreas em que não têm tantos recursos. escudo. É fácil sentirmo-nos bem aqui e é Já participamos numa formação de preimpossível não nos apaixonarmos pela ilha. venção do abuso de drogas e álcool, preparamos projetos que deverão ser implemenNT: Como descreveria as pessoas com tados em escolas, demos apoio em diversas quem trabalha? atividades do dia a dia que, nas mais diverEC: Vivemos juntos na mesma casa e sas áreas, nos vão solicitando. estamos, todos os dias, a descobrir traços Queremos dar aulas de inglês, desenvolda personalidade uns dos outros e a tentar ver trabalhos com a comunidade, abordar adaptarmo-nos a eles. Somos todos muito questões como a igualdade, a gravidez na diferentes, com idades diferentes e de áre- adolescência, criar uma biblioteca ambulanas completamente distintas. Eu sou da área te e tantos outros que esperamos poder deda comunicação, a Maria é designer, a Te- senvolver ainda antes de nos irmos embora. resa é engenheira civil, o José é psicólogo e o Emiliano é físico. Tem sido uma avenE o que dizem as pessoas sobre a vostura, é verdade. Não nos conhecíamos as- sa presença? sim tão bem, mas funcionamos muito bem EC: As pessoas têm uma genuinidade enquanto grupo. sem igual. São doces, acolhedoras e fazem-nos sentir em casa desde o primeiro dia. Já NT: Que missão tem? houve voluntários cá antes de nós e, por isso, EC: O projeto tem uma componente hu- acho que já se habituaram. Conhecem-nos, manitária e uma ambiental. Por um lado, tra- mesmo quando ainda não os conhecemos balhamos muito com animais em vias de ex- e cumprimentam-nos, dão dicas dos sítios tinção ou em risco, especialmente tartarugas que não podemos perder, das épocas do ano e aves. Ajudamos em campanhas de sensi- em que a ilha fica em festa. Tentam ensibilização, sejam de combate à poluição ou nar-nos palavras em crioulo que nós absorà proteção das espécies. Por outro, estamos vemos com o maior entusiamo e têm curioa apoiar um projeto de turismo sustentável sidade sobre nós, também. Sobre o que fapioneiro na região. Visitamos comunidades, zemos, de onde vimos. Uma das melhores percebemos os seus potenciais e o objetivo é partes desta experiência é, sem dúvida, a dar-lhes visibilidade ao ponto de consegui- quantidade de pessoas incríveis que temos rem continuar com os seus negócios. Não a oportunidade de conhecer e que nos trata viemos com a ideia de que vamos mudar o como se tivéssemos vivido cá sempre. mundo e nem acho que tenhamos o direito de pensar assim, porque o que funciona no NT: Há algum episódio que a tenha nosso país não irá, necessariamente, resul- marcado particularmente? tar neste contexto e, mais importante, porEC: Há vários e por motivos totalmente que as pessoas tinham as suas vidas antes de diferentes. O país é pobre, é verdade. E se há nós e vão continuar a ter quando partirmos. coisa que ainda me parte o coração é ver as A única coisa que queremos fazer é ajudar crianças nas ruas a pedir comida, dinheiro,

belecemos uma distinção maior entre o que é fundamental e acessório. A ilha tem muitas carências mas não nos falta nada. Os mercados, ainda que pequenos, têm tudo o que precisamos para viver. Água, leite, arroz, massa, legumes, fruta. Há peixe fresco e há carne. Não há shoppings, grandes lojas, não há cinema, não há muita coisa que nos habituamos a ter mas que, na realidade, não são assim tão necessárias. Os produtos de higiene são caros, é verdade, e se não pouparmos a água podemos correr o risco de ficar alguns dias sem ela, sem banho, mas tudo isto nos dá uma perspetiva que não tínhamos. Tivemos a oportunidade de passar dez dias numa ilha deserta. Sem água doce para tomar banho, sem rede no telemóvel, sem internet, sem luz elétrica e por mais que pareça impossível a alguns, a verdade é que foi uma experiência única em que passamos a olhar de outra forma para tudo o que sempre tivemos como garantido. E se quem se inscreve em projetos destes tem, normalmente, uma vontade enorme de ajudar, a verdade é que experiências como esta também nos dão muito, fazem-nos crescer muito e questionar muita coisa. E eu gosto de acreditar que nos muda para melhor, muito melhor.


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Atualidade

Alunos reconhecidos pelo desempenho escolar e boa conduta Diplomas de mérito e Prémio Bial foram atribuídos a alunos do Agrupamento do Coronado e Castro, no dia 27 de outubro, no pavilhão desportivo de S. Romão do Coronado. Cátia Veloso Patrícia P ereira

“N

ão tenho palavras”. Vestida de sorriso humilde, sem esconder a timidez perante a momentânea projeção pública, Ana Clara admite que “não estava à espera” que, além do diploma de mérito de excelência, a boa conduta na escola lhe valesse também o Prémio Bial. A jovem, que integrou a lista de melhores alunos do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro, foi uma dos 11 contemplados com a distinção atribuída pela empresa farmacêutica. Este prémio visa exaltar muito mais do que as boas notas nas disciplinas. “De entre os melhores alunos, distinguimos aqueles que mais se destacaram noutras valências, relacionadas com a cidadania e valores éticos. Além das classificações escolares, avalia-se o espírito de equipa, a entreajuda, a solidariedade, o respeito pelas instituições, professores e pessoal não docente e, eventualmente, alguma atividade ligada ao voluntariado”,

explicou Branco da Costa, representante da Bial. Onze alunos do 4.º ao 11.º ano receberam o Prémio Bial, depois de uma avaliação que não foi tarefa fácil para o júri. “Felizmente, temos muitos bons alunos que poderiam vencer este prémio. Este ano a dificuldade foi tão grande que no 4.º ano atribuímos dois prémios ex aequo e no 6.º ano atribuímos três, o que demonstra que, além de bons alunos escolares, temos também bons alunos sob o ponto de vista dos valores éticos”, explicou Branco da Costa. A empresa dividiu 2500 euros pelos alunos, numa ação de responsabilidade social que pretende “estimular”, não só os jovens premiados a continuar a investir em si próprios e a dedicar-se à escola”, mas também “os outros que não tiveram a possibilidade de ganhar o prémio, para que nos próximos anos possam concretizar esse objetivo”. A cerimónia do Agrupamento de Escolas distinguiu ainda mui-

Alunos foram premiados pela Bial

tos outros alunos que se destacaram pelo bom desempenho nas aulas. E a data para a entrega dos diplomas não foi escolhida por acaso. Renato Carneiro, diretor do Agrupamento, explicou que promover a cerimónia no início do ano letivo visa “servir de incentivo para que os alunos continuem a trabalhar e superarem-se”. E quem recebe a distinção reconhece a intenção. Ana Rita Mendes, que venceu o diploma pelos resultados obtidos no 11.º ano, considera que a homenagem “é uma forma de incentivar que outros se

juntem a este quadro (de excelência) e se empenhem para se tornarem bons”. “Esperamos para o futuro que continue a existir este tipo de prémios que reconheçam o esforço dos alunos ao longo do ano”, acrescentou. Já se sabe que há métodos diferentes que contribuem para o sucesso escolar, mas há requisitos em comum que, se cumpridos, são meio caminho andado para obter boas notas. E como nunca é demais recordar, a Ana Clara dá uma ajuda: “Estudar diariamente, fazer os trabalhos de casa e estar aten-

to nas aulas”. Prémios Bial Margarida Moreira Azevedo e Sara Patrícia Santos Castro, do 4º ano; Tiago Daniel Araújo Lima, do 5º ano; Ana Clara Santos Miranda, Gabriela Almeida Ramalhete e Inês de Oliveira Andrade, do 6º ano; Nuno Alexandre Moreira Ramos, do 7º ano; Maria João Serra Leal, do 8º ano; Rafael Humberto Cruz Pinheiro, do 9º ano; Ana Catarina Costa Sousa, do 10º ano; Ana Rita Figueiredo Coutinho Mendes, do 11ºano


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Veja a reportagem em www.trofa.tv


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Duarte Araújo recandidata-se à FAPTrofa

No jantar convívio entre as associações de pais do concelho da Trofa, Duarte Araújo confirmou ao NT que se vai recandidatar à FAPTrofa. Cátia Veloso Patrícia P ereira

J

á com o ano letivo em “velocidade cruzeiro”, as associações de pais das escolas do concelho da Trofa reuniram-se em S. Mamede do Coronado para um jantar-convívio, que já contou com uma nova estrutura. A Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro “ganhou” uma associação de pais, recentemente, motivo de regozijo de Duarte Araújo, presidente da Federação das Associações de Pais da Trofa (FAPTrofa). “É importante termos uma associação a defender os interesses da escola e dos jovens que lá estudam”, assinalou, em declarações ao NT. Depois de um ano letivo “que correu de forma positiva”, Duarte Araújo e restante equipa já preparam a recandidatura à Federação,

Duarte Araújo recandidata-se à FAPTrofa

cujas eleições se realizam “em novembro”. “Não tenho conhecimento que possa existir (mais alguma lista candidata), mas até lá todas as pessoas de todas as associações podem apresentar um candidato e se vier é sempre bom. Todas as pessoas que estão nas associações de pais querem o melhor para os alunos do nosso concelho. Quem ficar à frente da FAPTrofa, ou seja, a direção que continuar certamente vai fazer um trabalho positivo”, sublinhou. E sem falsa modéstia, Duarte Araújo considera que a direção que lidera tem feito um trabalho significativo, “com eventos novos de ano para ano”. A atividade que assinalou o Dia Mundial da Criança, por exemplo, foi considerada pelo presidente da FAPTrofa “excecional”, pois “contou com mui-

Jantar reuniu representantes das associações de pais

tos alunos e teve um grande impacto na sociedade civil”. E fruto desse trabalho, defendeu Duarte Araújo, resultará também o Encontro Nacional de Associações de Pais, realizado na Trofa, no dia 10 de dezembro, no auditório do Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. “A CONFAP já nos confirmou e, para nós, era muito importante, porque estamos a falar de uma atividade nacional. É um prémio para esta direção, por tudo o que tem feito”, assinalou.

Duarte Araújo não deixou de agradecer às entidades que colaboram com a atividade da FAPTrofa e “às associações de pais” pelo “trabalho voluntário” que dedicam às crianças e jovens, esperando que “no próximo ano haja

um maior movimento de apoio de outros pais que, não fazendo parte das associações, acompanhem com mais proximidade o percurso dos filhos”. “Certamente que isso irá beneficiar o sucesso escolar”, atestou.

Dia 10 de dezembro, a Trofa recebe o Encontro Nacional das Associações de Pais, uma atividade da CONFAP (Confederação Nacional das Associações de Pais), com o apoio da Federação das Associações de Pais da Trofa. A atividade terá lugar no auditório do Fórum Trofa XXI.


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Cultura

Correio do Leitor Bem Estar Versus Felicidade

No âmbito da divulgação do lançamento do livro “Lembras-te, José?”, cujo será apresentado este mês, tive oportunidade de conversar com vários cidadãos ligados à “Arte” de servir as pessoas com menos capacidades físicas, intelectuais, económicas e de todo o rol de enfim carenciados que diariamente necessitam de ajuda daqueles que mais têm para dar e que portanto o fazem em termos financeiros, pela ocupação voluntária dos seus tempos livres, quer ainda por pessoas que fazem dessas atividades a sua nobre profissão. Numa dessas conversas em reunião com uma dessas voluntárias afirmava ela que Deus aquando da criação do Universo, consequentemente do Homem deixou-lhe entre outras coisas dois caminhos a seguir os quais são completamente distintos- o bem-estar e a felicidade. A primeira impressão, fiquei de certo modo baralhado porque aparentemente quem está bem na vida em princípio será feliz. Nada mais errado, retorquiu a senhora perante a minha dúvida. Aquele que tendo o bem-estar traduzido na magnífica casa que possui, no carro topo de gama, na casa de praia, na recheada conta bancária ou mesmo nos offshores, dizia ela, não é condição suficiente para ser feliz. Pode não ser feliz porque atrás dele tem a preocupação de arranjar trabalho e dinheiro para pagar atempadamente aos seus funcionários, preocupa-o o pagamento de impostos, a discordância do lugar onde a família vai passar férias, o disparate dos custos das prendas de Natal, a exorbitância dos gastos da família em roupas, calçados e perfumes; enfim os elevados custos do dia-a dia e a necessidade da manutenção do estatuto de rico, e também a preocupação porque os filhos podem não ter aproveitamento escolar desejado, que resvalam ao fim-de-semana para a movida noturna, enfim preocupações cujas, não tirando o bem-estar, não são sinónimos de felicidade. Por seu lado, também a família pode não ser feliz porque aqui ou ali não obtem tudo aquilo que deseja para as regalias atrás referidas, nomeadamente no valor da mesada para os adolescentes. Enquanto que a senhora ia conversando e ia expondo os seus pontos de vista, lembrei-me de uma cena passada entre dois adolescentes, um deles presumivelmente rico e um amigo nitidamente pobre. Vinha eu na sua peugada, portanto observei tudo. Um deles comia avantajada sande de qualquer coisa, pela uma hora da tarde. O seu amigo olhava para ele com ares de desejo. Talvez com fome, talvez pela especialidade da referida sande. O primeiro ia comendo a sande até que o segundo, não resistindo ao desejo ou à satisfação de matar a fome, pediu se podia dar uma dentada, pedido que foi prontamente concedido. Aqui está, a meu ver, a diferença entre bem-estar e felicidade. O primeiro amigo, tendo tudo, não podia ser feliz tendo a seu lado alguém que teria fome, logo, perdendo um pouco do seu bem-estar conquistou outro tanto de felicidade quando partilhou aquilo que tinha. O segundo, tendo pouco ou nada de seu, ficou extremamente feliz porque, assim sendo, com pouco se contentou e não se apercebendo fez feliz o seu amigo porque consigo partilhou um pouco daquilo que era seu. Moral da história: Por vezes para alcançarmos a verdadeira felicidade temos de olhar para aquilo que se passa à nossa volta, para as necessidades físicas e muitas vezes psicológicas de quem nos rodeia e com eles partilharmos um pouco daquilo que é nosso para que assim, dando felicidade aos outros possamos também nós sermos felizes. Um fenómeno que se situa muito para além do nosso bem-estar. Partilhemos, portanto, um pouco do nosso bem-estar para que pela pequena partilha, fiquemos mais felizes. David Ferreira

David Ferreira apresenta livro sobre S. Martinho de Bougado Cátia Veloso

“U

m dia, dei por mim a verificar que já ninguém sabia o que foram os Faias, quem foi o Adalmiro Carneiro, José e Nuno Serra, os engenheiros António Serra e Hernâni Gonçalves, tão pouco o Alfredo Ferreira de Abreu, Manuel da Silva Pinheiro, o Celso, o significado da expressão “Comissão Promotora”, o Mário dos jornais e muitos, muitos outros trofenses de gema, os quais, cada um à sua maneira, ajudaram a fazer da Trofa aquilo que é hoje”. A constatação de David Ferreira fê-lo “meter mãos à obra” e, com a ajuda do amigo José, “dar uma volta pelas ruas de S. Martinho e, ao de leve, por algumas de Santiago, com o fim de relembrar histórias e feitos dos passados e dos seus presentes”. Do material recolhido, David Ferreira fez um livro, que vai ser apresentado no dia 13 de novembro, pelas 17

David Ferreira apresenta livro a 13 de novembro

horas, no auditório do Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Encorajado por “uma pessoa amiga”, David Ferreira compilou todos os elementos recolhidos desta aventura em busca da História e assim nasceu “Lembras-te, José?”, uma obra que se propõe levar o leitor a “um passeio pelas ruas, pelas coisas e pelas pessoas de S. Martinho”.

As receitas líquidas da venda do livro revertem a favor de sete instituições: ASAS, Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Trofa, Santa Casa da Misericórdia, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, Cruz Vermelha, Vicentinos de S. Martinho de Bougado e Fábrica da Igreja da Paróquia de S. Martinho de Bougado.

Firmino Santos apresenta “Memórias que fazem história” A Ponte Pênsil, as passagens do Rei D. Pedro V, os primeiros registos históricos de Santiago de Bougado e as Invasões Francesas são alguns dos temas que fazem parte do livro que Firmino Santos vai apresentar na Trofa. A na Miranda Cátia Veloso

“Memórias que fazem história” é o novo livro de Firmino Santos, que vai ser apresentado a 12 de novembro, às 15.30 horas, na Casa da Cultura da Trofa. Trata-se de uma obra com dados históricos sobre a área que envolve o Rio Ave. O quarto livro de Firmino Santos envolveu uma longa pesquisa histórica e demorou dois anos até estar concluído. “Relato histórias antigas contadas por pessoas idóneas e que guardei na memória ao longo do tempo”, contou o autor ao NT, aquando do lançamento do livro em Vila Nova de Famalicão. Um dos temas do livro é a ponte que liga a Trofa a Ribeirão, onde Firmino Santos teve dificuldade na recolha de informação. Neste sentido, destacam-se “as receções feitas ao Presidente da República no início da ponte, do lado da Trofa”, a falsa ameaça de bomba em 2005 e a cheia em abril de 1962, onde o leito do rio esteve a 1,10 metros de distância do piso

da ponte. As barcas que faziam a travessia do Rio Ave entre Trofa e Ribeirão são também destacadas na obra, onde o escritor conta alguns episódios desse tempo. Destacam-se as “passagens do rei D. Pedro V” para “visitar a cidade de Braga” ou “para ir à caça ao Gerês”, momentos que fizeram com que o rei tivesse o seu nome na estrada que liga a ponte até ao Estádio do Clube Desportivo Trofense, em

S. Martinho de Bougado, Trofa. Também a Ponte Pênsil merece referência no novo livro de Firmino Santos, que conta a necessidade de pagar uma portagem para fazer a travessia, onde o valor variava “conforme a diversa circulação”, entre “cinco e 330 reis”. Firmino escreveu ainda sobre os primeiros tempos de Santiago de Bougado, as invasões francesas e a 1.ª Guerra Mundial.


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Região

Autarquia de Famalicão ajuda a reparar habitações de famílias carenciadas C om 80 mil euros até ao fim do ano, a autarquia de Vila Nova de Famalicão vai realizar obras de reparação em habitações degradadas de famílias carenciadas do concelho. Com este programa, intitulado “Casa Feliz”, a Câmara Municipal já apoiou “mais de duas centenas de famílias” desde 2015. “Este programa é uma das apostas mais bem-sucedidas do município, tendo em con-

ta que tem um enorme alcance social, contribuindo diretamente para uma melhoria acentuada das condições de vida das pessoas que mais precisam, oferecendo-lhes um maior conforto e bem-estar”, defendeu o presidente da autarquia, Paulo Cunha. As intervenções podem incluir “ligação às redes de abastecimento de água, eletricidade e esgotos; ampliação de espaços e melhoria das con-

dições de segurança e conforto de pessoas em situações de dificuldade de mobilidade ou segurança no domicílio”. Cada família pode ser apoiada até um máximo de cinco mil euros.O primeiro pacote financeiro já foi aprovado e chega quase aos 39 mil euros, que serão distribuídos por oito famílias famalicenses. O restante montante será investido até ao fim de 2016. C.V.

Santo Tirso promove lanches saudáveis nas escolas A preocupação com a alimentação saudável das crianças nas escolas já tinha sido manifestada com a oferta dos lanches às crianças nas escolas. Com esta medida, a autarquia de Santo Tirso entende que, além de combater a obesidade e promover a educação para a saúde, também promove a igualdade entre os alunos. A aposta nos lanches saudáveis foi reforçada com a implementação do projeto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável”, um programa nacional da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), que vai já na 6.ª edição e que vai ser implementado em 490 alunos de 25 turmas de 15 escolas

do concelho tirsense. “A iniciativa constitui um programa motivacional com objetivos pedagógicos, que visa incentivar as crianças, até aos dez anos de idade, a ingerirem fruta diariamente, na escola e em casa, encorajando-as a praticarem uma alimentação

saudável e variada”, adiantou fonte do município. Embora tenha como público-alvo os mais pequenos, o programa procura sensibilizar toda a comunidade para a importância de pequenas mudanças saudáveis e da inclusão da fruta na alimentação diária.

Famalicão adota Plano Municipal da Igualdade “Trata-se de um documento estratégico que enquadra as medidas políticas a promover pelo Município nas suas diversas áreas de responsabilidade, tendo como finalidade a consolidação da igualdade a nível local”. As palavras são de Sofia Fernandes, vereadora da Família e da Juventude que, numa tertúlia enquadrada no Dia Municipal para a Igualdade, que decorreu na Casa das Artes, anunciou que o Plano Municipal da Igualdade famalicense, que resulta do protocolo que a autarquia estabeleceu com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, e através do qual foi instituído o Dia Municipal para a Igualdade e a figura da Conse-

lheira Local para a Igualdade para 2016/2020, está concluído. Igualdade e não discriminação são os temas que vão fazer parte da agenda diária do município famalicense, “enquanto mecanismo de promoção de coesão social nas diferentes áreas de atuação e intervenção municipal”. Para a autarca, o Plano constitui “uma ferramenta para o território, perspetivando uma sociedade mais livre, justa e solidária”. Brevemente, deve ser analisado numa das próximas reuniões do executivo municipal. “Promoção da igualdade de género, a promoção da igualdade das pessoas com deficiência ou incapa-

cidade, a promoção da igualdade intergeracional e a promoção da igualdade e da inclusão das minorias étnicas e migrantes” são os objetivos deste documento. Uma das ferramentas a utilizar é o Guia da Linguagem Inclusiva, que pretende “desconstruir a ideia do masculino como universal, promovendo a igualdade de género e a inclusão”. “Ser Igual” é o lema e a Câmara Municipal já está a promovê-lo junto dos funcionários municipais, alertando-os para “a necessidade de respeitarem nas comunicações institucionais as indicações que constam no Guia de Estilo de Linguagem Inclusiva”, avançou a autarquia.

Aves exóticas expostas em Vila das Aves Cerca de 1500 aves canoras e exóticas vão poder ser vistas de 10 a 13 de novembro, no pavilhão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves. A 5.ª Exposição de Aves “Margens do Rio Ave” é promovida pelos clubes ornitológicos de Lordelo e Santo Tirso e contam com o apoio da autarquia. Cerca de 70 tratadores vão expor as suas aves durante quatro dias,

sendo que no primeiro, a mostra pode ser vista das 15 às 20 horas, enquanto nos dias 11 e 12, a exposição está aberta das 9 às 20 horas. No dia 12, pelas 15 horas, decorre a inauguração oficial, seguida da atribuição dos “Prémios Montra das Aves Mais Pontuadas”. As aves poderão ainda ser vistas no dia 13, das 9 às 17 horas. C.V.

Santo Tirso vai patrocinar Atletas de Alto Rendimento É uma medida pouco vista, mas foi implementada pelo Município de Santo Tirso. Neste concelho vai nascer o Regulamento Municipal de Patrocínio Desportivo a Atletas de Alto Rendimento para “fomentar o desenvolvimento da prática desportiva, apoiar a participação de desportistas do concelho nas competições nacionais e internacionais, reconhecendo o papel dos atletas de alto rendimento enquanto veículos de promoção do desporto e dos valores associados ao mesmo”. O apoio, “financeiro, logístico ou técnico”, pode chegar aos “1500 euros por atleta e por época” e é destinado “a atletas naturais ou residentes no concelho de Santo Tirso,

não profissionais, que participem em competições ao mais alto nível desportivo nacional e internacional”. “Pelas suas conquistas, estes atletas elevam o nome do Município e do país, razões mais do que válidas para que sejam criadas as condições para continuarem a desenvolver a sua atividade desportiva e para que, a médio e longo prazo, se desenvolvam jovens talentos”, afirmou o presidente da autarquia, Joaquim Couto. O edil defende ainda que “o desporto assume, hoje em dia, um papel fundamental na sociedade civil, sendo um forte veículo de transmissão de valores e princípios e contribuindo para a educação e formação geral das crianças e jovens”. C.V.

Casa das Artes com música, teatro e cinema Dois mil e dezasseis marca o 15.º ano de existência da Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão. Para comemorar, a autarquia tem apetrechado no cartaz cultural, dinamizando o espaço com diversas expressões culturais. Este mês não é execeção. A 12 de novembro, o cantor Sandy Kilpatrick regressar à Casa das Artes. “Confessions from the South” é o novo álbum do artista. Depois de Sandy Kilpatrick , o espetáculo segue, às 23 horas, no café concerto, com a atuação de “John & Dan”, um projeto musical norte-americano. “Café Society”, de Woody Allen, é o filme em exibição, a 16 de novembro. No dia seguinte, é a vez de passar na tela da Casa das Artes “Cartas da Guerra”, de Ivo Ferreira. Outro dos filmes em destaque é “Jack Reacher: Nunca Voltes Atrás”, no dia 26 de novembro. “Bácoro”, uma co-produção do Teatro da Palmilha Dentada, Casa das Artes e Teatro Nacional S. João, estará em exibição a 19 de novembro. Um espetáculo que coloca no mesmo palco atores e marionetas numa espécie de alegoria suína sobre as dores e alegrias de sermos humanos. “Modern Dancing” é o mais recente trabalho de White Haus, que vai ser apresentado no dia 26 de novembro, pelas 23.30 horas, no café concerto. Para mais informações pode consultar www.casadasartes.org. L.O./C.V.


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Desporto

Resultados Departamento de Formação Atlético Clube Bougadense Juvenis B 2.ª divisão distrital – série 6 Rio Tinto 0-6 Bougadense Bougadense 3-3 Leça (1.º lugar, 14 pontos) Próxima jornada 06-11 / 9H Areias-Bougadense Iniciados 2.ª divisão distrital – série 5 Bougadense 2-1 Ermesinde 1936 (4.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 06-11 / 11H Vilar Pinheiro-Bougadense Infantis 2.ª divisão distrital – série 3 Ermesinde 1936 2-2 Bougadense (12.º lugar, 1 ponto) Próxima jornada 05-11 / 13H15 Bougadense-Castêlo Maia Benjamins Campeonato Distrital Fut.7 série 4 Bougadense 0-16 Alfenense (7.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada 05-11 / 9H Boavista-Bougadense Clube Desportivo Trofense Juniores 1.ª divisão distrital – série 2 Amarante 1-3Trofense (3.º lugar, 15 pontos) Próxima jornada 05-11 / 15H Trofense-Valonguense Juvenis A 1.º divisão distrital – série 2 S. Martinho 0-6 Trofense Trofense 2-0 Paços de Ferreira (5.º lugar, 19 pontos) Próxima jornada 06-11 / 11H Desp. Aves-Trofense Juvenis B 2.º divisão distrital – série 6 Alfenense 4-2 Trofense Trofense 4-0 Desp. Aves (7.º lugar, 10 pontos) Próxima jornada 05-11 / 13H Infesta-Trofense

Iniciados 1.º divisão distrital – série 2 Folgosa da Maia 0-3 Trofense (6.º lugar, 12 pontos) Próxima jornada 06-11 / 09H Trofense-Aliados Lordelo Iniciados B 2.º divisão distrital – série 2 Hernâni Gonçalves 2-0 Trofense (8.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 06-11 / 11H Trofense- AD Várzea Infantis 11 1.º divisão distrital – série 2 Trofense 7-0 Sousense (4.º lugar, 16 pontos) Próxima jornada 05-11 / 13H15 Trofense-Amarante Infantis 7 Campeonato Distrital – série 2 Trofense 0-5 Alfenense (10.º lugar, 1 ponto) Próxima jornada 05-11 / 11H Salgueiros-Trofense Campeonato Distrital – série 3 Paços de Ferreira 5-1 Trofense (11.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 05-11 / 13H15 Trofense-Maia Lidador Escolas Sub11 A Campeonato Distrital Fut. 7 série 2 Rio Tinto 3-7Trofense (1.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 05-11 Trofense-Montezêlo Escolas Sub10 Campeonato Distrital Fut.7 série 4 Rio Ave 16-0 Trofense (10.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada Trofense-Padroense Futebol Clube S. Romão Juniores 2.ª divisão distrital – série 4 S. Pedro de Fins 4-2 S. Romão (10.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 05-11 / 15H S. Romão-Mocidade Sangemil

Golear o último antes de receber o primeiro O

Clube Desportivo Trofense regressou às vitórias no Campeonato de Portugal. Depois do “tropeção” em S. Martinho do Campo, em que perdeu por 4-2, a formação da Trofa viajou ao reduto do último classificado, Torre Moncorvo, e impôs-lhe uma derrota por 5-0. O triunfo começou a ser desenhado por Ricardo Fernandes, que inaugurou o marcador aos cinco minutos. Ainda antes do intervalo, a formação treinada por Bruno Pereira che-

gou ao 2-0, com golo assinado por João Santos. O mesmo jogador haveria de “bisar” na partida, ao marcar o quinto golo do Trofense, aos 85 minutos. Antes, também Carter, aos 77 minutos, e André Viana, aos 80, contribuíram para a vitória folgada. Ao fim de oito jornadas na série B do Campeonato de Portugal, o Trofense ocupa o antepenúltimo lugar, com nove pontos, mais dois que o Pedras Rubras e mais oito que o Torre Moncorvo.

Com os mesmos pontos está o Camacha, enquanto Caniçal e S. Martinho estão acima na tabela classificativa, a um ponto de distância. O Felgueiras e o Marítimo B dividem a liderança, com 18 pontos, enquanto o Amarante soma 15 pontos e o Aliança de Gandra 13. No último jogo da primeira volta, que se disputa no domingo, na Trofa, a formação trofense recebe o Felgueiras. C.V.

Casa do Benfica da Trofa vai a votos Além disso, outro dos objetivos é to da sede, para a tornar mais atraA Casa do Benfica da Trofa vai a votos no dia 11 de novembro. A As- continuar as obras de melhoramen- ente para os sócios. C.V. sembleia-geral já anunciou a convocatória para as eleições, que decorrem das 21 às 23 horas, na sede da coletividade. Podem participar na votação todos os associados, incluindo os simpatizantes do Benfica que desejem inscrever-se como sócios da Casa no momento da votação. João Magalhães é o candidato à presidência da direção e um dos principais objetivos do mandato é fazer a atualização e remuneração dos sócios, medida que nunca foi feita desde a fundação da associação, em 3 de outubro de 1997.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 NOVEMBRO 2016

Desporto

Bougadense consegue primeira vitória do campeonato

Vitória clara do Atlético Clube Bougadense frente ao Águas Santas, em jogo a contar para a 4.ª jornada da série 1 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). Depois de uma arbitragem muito contestada por ambas as equipas, a formação de Bougado venceu a partida por 4-1. L iliana Oliveira Cátia Veloso

S

ó nos minutos finais da primeira parte do jogo, que colocava dentro das quatro linhas Bougadense e Águas Santas, se começaram a ver lances de perigo. Ao minuto 40, Pontes inaugurou o marcador para o Bougadense, aproveitando uma desatenção do guarda-redes. Seis minutos depois (46’), o Bougadense voltou a marcar, por Casimiro, numa jogada feita na grande área. Ainda na primeira parte, Tó Maia podia ter aumentado a vantagem, mas foi barrado. A formação de Santiago de Bougado foi para o intervalo a vencer por duas bolas e o início da segunda parte voltou a ser favorável para a equipa da casa. Logo ao minuto 58, Tó Maia é derrubado na grande área pelo guardião do Águas Santas. Assinalada grande penalidade, Tó Maia não deixa escapar a oportunidade, aumentando a vantagem. Cinco minutos depois, era a vez da equipa visitante criar perigo, mas Garcia impediu o empate. Pouco depois, ao minuto 69, o Águas Santas voltou a tentar a sua sorte, mas, mais uma vez, Garcia estava atento.

Dois minutos depois (71’), o Águas Santas chegava ao golo, depois de uma antecipação do guarda-redes da formação de Bougado. Já perto do apito final, ao minuto 92, foi Lalas, num lance em que tinha a baliza aberta, a marcar o quarto e último golo da formação bougadense. A equipa do Águas Santas acabou a partida com menos um jogador, depois de Tozé ter que ser assistido fora das quatro linhas, devido a “caibras mediante o esforço físico que fez”, assegurou o treinador-adjunto do Águas Santas, Raul Bernardo. Finda a partida, as versões eram bem diferentes. O treinador Agostinho Lima considerou que o Bougadense foi “a única equipa que quis ganhar o jogo, que teve mais qualidade e mais oportunidades” e que se teve “que adaptar em função da agressividade da equipa adversária”. Por outro lado, Raul Bernardo, treinador adjunto e diretor desportivo do Águas Santas, referiu o resultado “enganador”. “Se forem ver as estatísticas, a primeira parte é toda nossa e tivemos a infelicidade de nos últimos cinco minutos so-

Equipa de Bougado levou a melhor

frer dois golos. No fundo a vitória deles é demérito nosso e não mérito deles”, afirmou, elogiando Garcia, guarda-redes do Bougadense, que “deve ter sido o melhor jogador em campo”. A equipa de arbitragem foi muito contestada pelos dois emblemas. Raul Bernardo, afirmou que o Águas Santas “não foi lá muito beneficiado pela parte da arbitragem”.

Já a estrutura Bougadense mostrou-se insatisfeita com a expulsão de Cenoura, que apenas entrou em campo na segunda parte da partida e ainda assim viu o cartão amarelo em dois lances que esteve envolvido. No futebol o resultado é que importa e o apito final ditou que o Bougadense somava mais três pontos à tabela classificativa, num total de cinco pontos em quatro jogos.

Agostinho Lima considera que a sua equipa tem “tido bom comportamento e tem estado bem, embora peque em algumas situações, fruto também da juventude do plantel”. Na próxima jornada, a formação de Bougado viaja até ao reduto do Crestuma, com a partida a decorrer pelas 15 horas deste domingo, 6 de novembro.

Bougadense B segue sem vencer L iliana Oliveira Cátia Veloso

A jogar em casa, o Bougadense B chegou ao intervalo com o marcador sem golos para nenhuma das equipas. Mas o segundo tempo antevia um Frazão mais forte. “Foi mais um jogo, com um desfecho parecido, não só pela derrota mas por, mais uma vez, termos quebrado na segunda parte e, mais uma vez, depois de mexer na equipa”, afirmou José Manuel, que assume o comando técnico da estrutura bougadense. “É aquilo que nós ainda andamos a tentar resolver e temos muito tempo para resolver isso”, explicou o treinador que, assume, “é um trabalho que para dar

resultados precisa de tempo”, estando certo de que “mais tarde ou mais cedo vai melhorar”. “Não é que eu esteja muito preocupado com os resultados mas sim com a evolução individual de cada atleta e se a evolução individual se verificar de certeza que também se vai verificar em termos de grupo e depois sim os resultados poderão aparecer”, concluiu o treinador. O Bougadense B já prepara o próximo jogo e vai “tentar a primeira vitória já no próximo domingo”, dia 6 de novembro, pelas 15 horas, no reduto do Melres. Um jogo que José Manuel antevê “difícil, por ser fora, num campo Equipa B do Bougadense ainda não conseguiu vencer esta época pelado, e porque a outra equipa mos lá para lutar, para por em prá- rante a semana e tentar melhorar Bougado. também quer ganhar”. “Nós va- tica aquilo que trabalhamos du- jogo a jogo”, conclui o técnico de

arquivo

O Bougadense B perdeu por duas bolas a uma, em casa, frente ao Frazão, em jogo a contar para a 4.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP. A equipa B de Santiago de Bougado deixou novamente escapar pontos e segue nos últimos lugares da tabela classificativa, com apenas um ponto.


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Desporto

Trofa vê nascer Associação de Todo o Terreno Fernando Sá é um amante de jipes todo o terreno “há 20 ou 30 anos”. Agora, assume o cargo de presidente da direção da TTrofa, Associação Desportiva de Todo Terreno da Trofa, que nasceu oficialmente no primeiro do dia do mês de novembro. L iliana Oliveira Cátia Veloso

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mbora estas andanças não sejam novidade para Fernando Sá, nunca lhe tinha “passado pela cabeça abrir uma associação”. “Nós queríamos era andar no monte com muito pó e muita lama”, admitiu. Mas as gerações vão-se multiplicando e com elas nascem novas ideias. Depois da geração de Fernando Sá, veio a geração dos filhos que foi “mais resistente e ao fim destes anos criou-se o clube TTrofa”. Apesar de não querer desvendar muito das “surpresas” que a nova associação trofense tem preparadas, Fernando Sá adiantou ao jornal O Notícias da Trofa que têm “um evento marcado para o dia 26 deste mês, que vai ter início em frente à Câmara Municipal”, mas mais eventos estão para acontecer, alguns, garante, “de âmbito nacional”. “É um evento, mesmo para a Trofa em questões

económicas, que vai ter o seu interesse”, adiantou o presidente. Embora a Associação esteja ainda em fase embrionária, “já tem feito uns passeios e já tem gente de muito lado, não só da Trofa, mas de Guimarães, Braga, Maia, Matosinhos ou Leça da Palmeira, que já fazem questão de passar na Trofa, à sexta-feira à noite, para tomar um café e trocar umas impressões”, confidenciou Fernando Sá. Por isso, “para já, as expectativas são muito boas”. “Vamos deixar passar um ano e depois fazer o balanço”, reiterou. Para seguir ‘on road’ a TTrofa vai contar com a ajuda dos seus associados. Já está em curso “uma campanha para angariar sócios”, e, como a Associação tem apenas dias de existência, o número de sócios anda à volta dos “20 ou 30”. Os interessados podem tornar-se sócios na sede da TTrofa, no restaurante Julinha, sendo que “a jóia é de 30 eu-

Criada a Associação TTrofa para os amantes do Todo o Terreno

ros, mas têm direito a um kit de só- Fernando Sá está otimista em recio, com um casaco, um polo, um lação ao futuro. “Começou bem, socartão de sócio e uma fita”, escla- mos muito unidos e acho que vamos receu o presidente. muito longe”, concluiu o presidente

que diz que para se praticar todo o terreno é preciso “gostar muito da natureza, do pó e da lama, mas primeiro de tudo, ter um jipe 4x4”.

Escola de Atletismo em 5.º no Grande Prémio de S. João da Serra

Atletas da Trofa subiram ao pódio

A Escola de Atletismo da Trofa classificou-se coletivamente em 5.º lugar no 2.º Grande Prémio de Atletismo de S. João da Serra, em Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, no dia 30 de outubro. Individualmente destacaram-se os atletas Isabel Martins, 3.ª Benjamim A feminino, Pedro Arantes, 2.º Benjamim A masculino, Afonso Oliveira, 5.º Benjamim A masculino, Alice Oliveira, 2.ª Juvenil feminina, Catarina Ribeiro, 2.ª Júnior feminina e Deolin-

da Oliveira, 3.ª Veterana feminina. A atleta Alice Oliveira venceu a prova de Juvenis, no dia 28 de outubro, no Corta Mato Escolar do agrupamento Camilo Castelo Branco, Famalicão, conseguindo o apuramento para o Corta Mato Distrital Escolar. No dia 5 de novembro, a Escola de Atletismo da Trofa vai participar no Corta Mato de Abertura da Associação de Atletismo do Porto, em Penafiel.

União de Ciclismo com bons resultados na Póvoa A União de Ciclismo da Trofa participou em mais uma prova, desta vez, no 7.º Circuito Amigos do Rui Costa, no dia 30 de outubro, na vila de Aguçadoura, concelho de Póvoa de Varzim, e conseguiu bons resultados. No escalão de infantis, Francisca Perei-

ra conquistou o 1.º lugar. João Cunha foi 2.º classificado, seguido de João Dias, que fechou o pódio. Em juvenis, Bia e Pedro Alves venceram a prova, enquanto Joana Silva fechou o pódio de cadetes. C.V.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 4 NOVEMBRO 2016

Desporto Futsal

Equipa feminina do S. Romão segue em frente na Taça de Portugal A primeira vitória da equipa sénior feminina do Futebol Clube S. Romão esta temporada foi para a Taça de Portugal. As romanenses bateram o Gafanha por 4-3 e ganharam motivação extra para encarar o campeonato. Cátia Veloso Patrícia P ereira

U

ma lufada de ar fresco. A vitória da equipa sénior feminina de futsal do Futebol Clube S. Romão para a Taça de Portugal não podia vir em melhor altura. Com um arranque de temporada difícil, devido à saída de várias jogadoras e um plantel curto demais para enfrentar os desafios de uma 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, o triunfo na 1.ª eliminatória da Taça, diante do Gafanha, vem dar ânimo para o caminho difícil que se avizinha. As romanenses, a jogar em “casa”, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, venceram por 4-3 e garantiram passagem à próxima eliminatória da competição. O triunfo foi sendo construído com alguma folga, ao ponto de a formação de S. Romão ter chegado aos 4-1. No entanto, o Gafanha não se deu por vencido e conseguiu reduzir a desvantagem para um golo, pressionando o adversário e obrigando-o a segurar o resultado. Este foi, de resto, o primeiro triunfo da equipa romanense esta temporada. “Este era um jogo diferente, com uma equipa da Associação de Futebol de Aveiro e, por isso, desconhecida e, como tal, não sabíamos o que íamos encontrar. Entra-

mos bem no jogo e controlamos bem as investidas da equipa adversária, conseguindo marcar primeiro, o que deu mais alento à equipa, que acreditou que seria possível. Na segunda parte, tivemos uma boa entrada, em que conseguimos fazer o 4-1 e depois aconteceu aquilo que eu tentei evitar, que era o deslumbramento da equipa, que pensou que o jogo estava ganho e em dois ou três minutos, o adversário conseguiu reduzir para 4-3 e aí fui obrigado a parar o jogo, para colocarmos as ideias no lugar e conseguirmos chegar até ao fim”, referiu Vítor Ferreira, treinador do FC S. Romão que, mesmo assim, considera que o consentimento da recuperação do Gafanha não belisca a justiça da vitória. “A equipa teve uma boa postura e atitude e pela entrega que teve ao longo do jogo todo, mereceu este triunfo”, sublinhou. Também André Graça, treinador da formação forasteira, considerou “justa” a vitória do S. Romão. “Nos primeiros 20 minutos, a minha equipa estava com o pensamento dos resultados anteriores do adversário e por isso relaxou. Por muito que se queira, não há nada que faça a atitude mental mudar num clique”, frisou o técnico que considerou que, apesar da recuperação no marcador, “não havia cabeça suficiente e inteligência” para consumar a reviravolta.

Formação romanense venceu pela primeira vez esta época

A construir uma equipa a conta-gotas Depois desta injeção de motivação, Vítor Ferreira espera que a equipa se estreie a vencer no campeonato da 1.ª Divisão Distrital já este fim de semana, no terreno do Escolas de Arreigada. “Temos agora adversários acessíveis, porque já defrontamos todas as equipas que estão na frente da tabela. Uma vitó-

ria é sempre mais moralizadora e as atletas começam a acreditar mais no trabalho que temos vindo a fazer, porque é sempre melhor trabalharmos sobre vitórias do que sobre derrotas”, sublinhou. Para fazer face ao plantel curto, o treinador tem recorrido “a atletas juvenis e juniores”. “Seniores temos sete ou oito, o que nem dá para treinar. Aos poucos, tem vindo mais uma ou outra e sem-

pre que aparecer alguém disponível para fazer a equipa melhorar é sempre bem-vindo. Ainda temos oportunidade de inscrever jogadoras”, frisou. Os treinos da equipa realizam-se às terças e quintas-feiras, pelas 21 horas, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro. “Ainda temos mais duas ou três vagas para quem quiser vir jogar futsal”, desafiou.

Jornada positiva para camadas jovens de FC S. Romão e CR Bougado Ao vencer o Ardegães por 2-8, a equipa de infantis do Futebol Clube S. Romão subiu ao 3.º lugar da série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). Os romanenses, que somam nove pontos com seis jornadas realizadas, recebem o Caxinas, no domingo, 6 de novembro, pelas 10 horas, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro. Já a formação de iniciados do Centro Recreativo de Bougado soma e segue. Na 6.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP venceu as Escolas de Arreigada por 7-2, mantendo a liderança, com 18 pon-

tos. Na próxima jornada, realizada no sábado, a equipa bougadense defronta o Paços de Ferreira. Na mesma coletividade, a vitória também sorriu aos juniores que, na 7.ª ronda da série 2 da 2.ª Divisão da AFP venceram as Escolas de Arreigada por 1-4, subindo ao 10.º posto, com nove pontos. No sábado, pelas 16 horas, a formação de Bougado recebe a Ordem. Já a equipa de juvenis compensou a derrota do fim de semana diante do Restauradores Brás Oleiro, por 0-2, com um triunfo conquistado no dia 1 de novembro no terreno do Desportivo das Aves, por 0-1.

Ao fim de dez jornadas na 1.ª Divisão da AFP, os jogadores de Bougado ocupam o 9.º lugar, com dez pontos. O Miramar Império é o próximo adversário para um jogo que se realiza em Santiago de Bougado, pelas 17.30 horas de sábado. Ao perder por 6-2, na 7.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP, os juvenis do FC S. Romão mantêm-se sem pontos no campeonato. Na próxima ronda, os romanenses recebem a Casa do FC Porto de Rio Tinto. Quem também ainda não venceu esta época foi a formação de benjamins do FC S. Romão. Na 6.ª jornada da série 2 do Campeonato Distri-

tal, os atletas de palmo e meio perderam com o Iniciação S. Roque. O Santa Cruz é o próximo adversário. Já a equipa de juniores femininos do FC S. Romão perdeu com o Barranha, na 8.ª jornada do Campeonato Interdistrital, descendo ao 6.º posto, com 12 pontos. Na próxima ronda, as romanenses defrontam o Póvoa Futsal. Na 4.ª jornada série 2 da 1.ª Divisão da AFP de seniores, o CR Bougado foi ao reduto do Novelense vencer por 3-4, enquanto o Grupo Desportivo Covelas saiu derrotado do embate com o Núcleo Valongo, por 3-1. A equipa bougadense ocupa o

8.º lugar, com seis pontos, enquanto a equipa de Covelas ainda não pontuou no campeonato. No sábado, às 19 horas, o CR Bougado recebe as Escolas de Arreigada. Já os covelenses têm encontro marcado com o Novelense, pelas 19 horas, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro. NO mesmo escalão, mas na 2.ª Divisão, o FC S. Romão foi batido pel’O Amanhã da Criança por 5-3. Com três pontos em quatro jogos, os romanenses ocupam o 7.º posto. O Vila Verde é o adversário que se segue. C.V.


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Desporto

Agenda

Infantis do FC S. Romão Dia 5

18.30 horas: Magusto do Jardim de Infância de Giesta, Alvarelhos 21 horas: Magusto do Rancho do Divino Espírito Santo, Mendões Dia 6 9 horas: Caminhada Solidária do Ave, Parque Nossa Sra. Dores e Dr. Lima Carneiro 15 horas: Trofense - Felgueiras 15 horas: Crestuma – Bougadense 15 horas: Melres – Bougadense B

Farmácias Dia 4 Farmácia Trofense Dia 5 Farmácia Barreto Dia 6 Farmácia Nova Dia 7 Farmácia Moreira Padrão Dia 8 Farmácia Ribeirão Dia 9 Farmácia Trofense Dia 10 Farmácia Barreto Dia 11 Farmácia Nova

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 // 252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

Formar para triunfar na quadra e na vida

Dezoito atletas compõem a equipa de infantis do Futebol Clube S. Romão. Em entrevista ao NT, a treinadora Carla Maia falou da importância da formação desportiva e social junto das camadas jovens. Cátia Veloso

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á quatro anos ligada às camadas jovens do Futebol Clube S. Romão, Carla Maia é a treinadora da equipa de infantis, composta por 18 jogadores com 11 ou 12 anos, que militam na série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Atualmente, ocupam o 3.º lugar do campeonato e, apesar de um dos objetivos passar por “ficar o mais à frente possível” na tabela classificativa, o trabalho principal assenta na formação dos atletas. Uma tarefa que, segundo Carla Maia, não é “nada fácil”, porque não varia de um “cálculo certo” nem é garantida pelo cumprimento religioso de um plano de treinos. “Nestas idades, o desporto é dar muito em pouco tempo. Num plantel sénior trabalha-se para chegar a um objetivo na competição, não importa o que se tem pela frente e as pessoas que ali estão. Nas camadas jovens, fazemos formação desportiva e social, porque eles estão em jogo e têm de saber as regras e perceber como se devem comportar. Não descuramos o lado humano”, afiançou a treinadora, que admite “acompanhar como os atletas estão na escola”. E é na educação desportiva que os treinadores acabam por “perder mais tempo”, quando trabalham nas camadas jovens. “Às vezes projeto dois ou três exercícios técnicos e tá-

Equipa está no 3.º lugar do campeonato

ticos para o treino e acabo por fazer um, porque, mediante o primeiro exercício, há imprevistos e é preciso enquadrar todos os atletas e explicar até que todos percebam”, explicou. Por isso, apesar de compreender que o pavilhão de S. Romão do Coronado está lotado, Carla Maia considera que os “50 minutos” que lhe concedem de treino é “manifestamente inferior” à necessidade manifestada para o trabalho que tem de ser desenvolvido na equipa. Mesmo com essa dificuldade, a técnica considera que a dedicação

“acaba por ter um resultado final positivo”. Um dos sinais é o 3.º lugar no campeonato, também graças à “espinha dorsal” que foi sendo construída ao longo das temporadas. No entanto, há os mais novos na equipa, que “não podem ser colocados de parte”. “Tenho que tentar fazer com que todos, pelo menos no final da época, os menos utilizados consigam chegar perto do nível dos mais utilizados. E explicar aos miúdos que estão mais evoluídos na modalidade, que têm de ajudar os outros”, atestou.

É um trabalho difícil, mas se assim não fosse, certamente não seria para Carla Maia: “Eu queria vir para os escalões de formação, porque queria competir com improviso”. Para quem quiser ver os atletas infantis do FC S. Romão em ação, os jogos em “casa” realizam-se no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão. No domingo, às 10 horas, a equipa recebe o líder, Caxinas.

32 colheitas de sangue na Mundos de Vida A colheita de sangue no lar de idosos da Mundos de Vida, em Lousado, teve 36 inscritos, que resultaram em 32 colheitas de sangue. A próxima recolha promovida pelo Lions Clube da Trofa vai reFicha Técnica

alizar-se no sábado, 5 de novembro, entre as 9 horas e as 12.30 horas, nas instalações da Associação de Solidariedade Social do Coronado (ASCOR), em S. Romão do Coronado, Trofa. A.M./C.V.

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira (TP 2436) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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Atualidade

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Moreira da Silva compila crónicas sobre criação do concelho em livro

As crónicas escritas no blogue “…E a Trofa é minha” vão dar origem a um livro, que pretende contribuir para eternizar a luta pela criação do concelho da Trofa, conseguida a 19 de novembro de 1998. José Moreira da Silva assina a nova obra, que vai ser apresentada a 12 de novembro. A NA MIRANDA CÁTIA VELOSO

“N

ão foram os 'Defensores da Barca', nem os 'Bravos do Mindelo', muito menos os 'Capitães de Abril', mas foram os 'verdadeiros' pais do Concelho da Trofa”. Esta é uma das frases que pode ser lida no livro que José Moreira da Silva, cronista do jornal O Notícias da Trofa, vai lançar a 12 de novembro, pelas 21 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia do Muro. “A história da criação do concelho da Trofa – contributos” reúne 30 crónicas que José Moreira da Silva está a escrever no blogue “… E a Trofa é minha” e, segundo o autor, vai ajudar a eternizar o trabalho feito por trofenses que lutaram pela criação do concelho da Trofa. “É um conjunto de crónicas que achamos que era importante para as pessoas mais novas, e não só,

para conhecerem alguns casos que O prefácio do livro é escrito por levaram à criação do concelho da João Mendes, um dos fundadores Trofa”, explicou José Moreira da do blogue “…E a Trofa é minha” Silva, que às crónicas “deu um to- e o posfácio tem a assinatura da que literário” e acrescentou “al- presidente da Muro de Abrigo, Fáguns dados” que achou “relevantes tima Silva. e que não estavam incluídos”. “DeMoreira da Silva escreveu ainpois de reler, achei que deveriam da uma dedicatória aos elementos ter alguns assuntos, que nas cróni- da Comissão Promotora do Concecas não saíram e que achei que era lho da Trofa, da qual fez parte, para meu dever cívico integrá-los no li- “honrar o seu trabalho”. Mas, sem vro”, explicou. o distanciamento necessário em O livro, que o autor assume termos de história e tempo, “por como “um contributo para a histó- ser um passado recente”, José Maria da criação do concelho da Tro- ria Moreira da Silva salienta no lifa”, vai ter o custo de dez euros e vro que também não tem um granas verbas vão reverter na totalidade de distanciamento pessoal, devido para a Associação Muro de Abri- ao seu envolvimento na criação do go. “Ao oferecer o livro ao blogue, concelho. “(Foi) uma luta que saiu os responsáveis e fundadores deci- vitoriosa e que tive que o dizer, pordiram dar a uma instituição e deci- que isto era a verdade dos factos e diram que fosse a Muro de Abrigo, deve constar num livro que pretenque vai começar a construção da de dar contributos para a criação sua sede”, informou o autor. da história do concelho da Trofa”,

Cronista do NT escreveu livro sobre a criação do concelho

acrescentou o escritor. E nem o lugar da apresentação do livro foi escolhido por acaso. Para Moreira da Silva, o salão nobre da Junta de Freguesia do Muro

era “o melhor lugar possível”, porque foi “a única sede da comissão promotora do concelho da Trofa”. A apresentação vai ainda contar com um momento cultural. pub


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