Quinzenário | 21 de fevereiro de 2019 | Nº 687 Ano 16 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
Nesta E dição
Especial Feira Anual da Trofa
5 R eligião
Centro Pastoral vai nascer em Bougado Projeto vai ser complementado com construção da Casa Mortuária 7 atualidade
8 E nsino P úblico
17 atualidade
Santiago
Secundária
Samba regressa
luta pela
é a 6.ª melhor
ao carnaval
independência
do país
da trofa pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 de fevereiro de 2019
Atualidade
Proprietário de cáfe detido por tráfico de droga A GNR da Trofa efetuou, na noite de sexta-feira, 15 de fevereiro, uma ação de fiscalização a estabelecimentos de restauração e bebidas na Vila do Coronado. Na Rua Gago Coutinho, em S. Romão do Coronado, foi detido o proprietário de um café por tráfico de estupefacientes. O homem, de 44 anos, tinha dentro do balcão do seu estabelecimento 6,35 gramas de haxixe, tendo sido detido e notificado para comparecer em tribunal, às 10 horas de 18 de fevereiro. Na mesma ação de fiscalização, mas num outro estabelecimento da mesma rua, foi detido um homem de 26 anos sobre quem recaía um mandado de detenção para cumprimento de pena. Foi detido e levado para o estabelecimento prisional de Custóias para cumprir ano e meio de prisão efetiva sobre crimes cometidos anteriormente.
Nota falsa de 50 euros em circulação Uma cópia de elevada qualidade de uma nota falsa de 50 euros serviu de pagamento para um abastecimento num posto de combustível, entre os dias 18 e 21 de janeiro. O banco apresentou queixa na GNR por moeda falsa.
Homem detido com haxixe Um homem foi detido pela Guarda Nacional Republicana da Trofa, cerca da meia-noite de 7 de fevereiro, num posto de abastecimento de combustível junto à ponte sobre o Rio Ave, em S. Martinho de Bougado, por posse de estupefacientes. Numa ação de fiscalização, os militares interpelaram três homens que ali se encontravam e descobriram que um deles tinha em sua posse cerca de cem gramas de haxixe. A droga foi apreendida, assim como cerca de 200 euros em numerário. O homem foi detido e presente a tribunal, onde lhe foi aplicada como medida de coação as apresentações periódicas no posto da Trofa da GNR. Os outros dois indivíduos foram identificados.
Juramento de novos bombeiros Está marcada para sexta-feira o juramento dos novos bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa. A cerimónia, marcada para as 21.30 horas, decorre no largo da Igreja Matriz de Guidões e é aberta a toda a população que pretenda assistir ao evento.
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Detido por conduzir ciclomotor sem habilitação No dia 11 de fevereiro, pelas 20 horas, a GNR da Trofa de- indivíduo foi notificado para comparecer em tribunal às teve um jovem de 16 anos por condução ilegal de motociclo, 10 horas do dia seguinte. por ausência de habilitação, em S. Romão do Coronado. O
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Atualidade
GNR apreende calçado contrafeito na feira
A preensão foi feita na sequência de uma operação de fiscalização à feira semanal da T rofa Os militares da Guarda Nacional Republicana da Trofa, apreenderam 165 pares de calçado contrafeito, no âmbito de uma operação de fiscalização à feira semanal da Trofa, a 9 de fevereiro. O objetivo principal destas apreensões é garantir o cumprimento dos Direitos de Autor e Direitos Conexos e da Propriedade
Industrial, visando essencialmente o combate à contrafação, ao uso ilegal de marcas e a venda de artigos contrafeitos. Da ação resultou ainda a identificação de um homem com 42 anos, morador em Vila Nova de Famalicão, o mesmo foi constituído arguido e sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência.
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Atualidade Investimento pode chegar aos dois milhões de euros
Apresentado projeto do Centro Pastoral de Santiago Orçado em cerca de dois milhões de euros, o novo centro pastoral de Santiago de Bougado vai requalificar a residência e o salão paroquiais, habilitando-os para todas as atividades da paróquia. O projeto, da autoria do arquiteto Luís Cruz, pode também tornar-se num espaço de apoio aos idosos da freguesia. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS
Depois de quatro anos a ser maturado, o projeto para a criação do novo centro pastoral de Santiago de Bougado foi apresentado à comunidade. Na noite de 9 de fevereiro, o salão paroquial acolheu todos aqueles que quiseram conhecer de perto a obra, projetada pelo arquiteto da terra Luís Cruz, que mais do que um sonho alimentado desde há muitos anos - ainda o padre Armindo Gomes era vivo -, é “uma grande necessidade”, confessou o pároco Bruno Ferreira. “As exigências pastorais assim nos exigem e falo de todos os serviços da paróquia, dos grupos paroquiais, da catequese, da liturgia, da evangelização, dos grupos de caridade”, assinalou o sacerdote que também não enjeita a hipótese de ver o projeto tornar-se “num espaço que possa ir ao encontro dos mais idosos”, cumprindo assim o desejo do padre Armindo de ver criado um centro de dia. “Vamos pôr mãos à obra. Não temos medo, não temos medo”, atirou o pároco, que caracterizou o novo centro pastoral como um “espaço de todos para todos” e anunciou que o projeto implicará um investimento que pode chegar aos dois milhões de euros. Segundo Bruno Ferreira, desde
“há seis anos” que “a comunidade, a partir de poupanças geridas pelo conselho económico da paróquia, tem juntado algum dinheiro para dar início à obra”, mas o que foi até agora angariado “não chegará” para o volume total da empreitada. Por isso, apelou, é preciso que os fiéis continuem comprometidos com este desígnio: “Precisamos da envolvência de toda a comunidade, dos movimentos, das empresas, das associações, das instituições públicas. Temos tempo, mas temos de trabalhar. Estou inteiramente convencido de que Bougado consegue, e se chamam a Santiago o Bougado grande é também por isto, porque, quando agarramos, vamos até ao fim”. A paróquia vai também traçar um calendário de atividades de angariação de fundos e, no fim, Bruno Ferreira espera que o dinheiro “há de chegar e sobrar”. A paróquia espera que o novo centro pastoral inicie no final deste ano e que esteja concluída até 2022. “Não podíamos fazer as coisas à toa” Manuel Ramalho, do conselho económico da paróquia de Santiago de Bougado, não escondeu a satisfação por ver, finalmente, o projeto do novo centro pastoral ser apresentado, depois de um período em que “houve um grande empenho” da comunidade para colmatar as “necessidades atuais” de Santiago de Bougado, como a de criar um “centro de dia”. “Não é um processo rápido na legalidade e o dinheiro é de todos, por isso não podíamos fazer as coisas à toa”, salvaguardou. A distância temporal para o arranque do projeto explica-se pela complexidade de um processo que, paralelamente, contempla a
Pároco Bruno F erreira apresentou projeto construção da capela mortuária de Santiago de Bougado, da responsabilidade da Junta de Freguesia. Bruno Ferreira lembrou “a grande negociação” com “os donos dos terrenos que fazem fronteira com os terrenos da paróquia” e a consequente permuta com a Junta de Freguesia, para que os dois projetos encaixassem. Uma obra moderna, preservando os elementos estruturais A intervenção, que abrange uma área de dois mil metros quadrados, dará um toque de modernidade à residência e salão paroquial, sem descurar a traça original dos edifícios, explicou ao NT o arquiteto Luís Cruz. “Tínhamos de assumir que aquilo que existia, a construção existente, era bastante relevante. O princípio era manter ao máximo aquilo que tinha qualidade para permanecer e depois, pegando nessa base, permitir valorizar esses elementos dando-lhe ao projeto a contemporaneidade que ela teria de ter”, explicou o arquiteto, que não escondeu a satisfação por estar ligado a um projeto de tamanha relevância na terra natal, o qual encarou como “um desafio pessoal”. Diocese do Porto “sem dinheiro” para “iniciativas paroquiais”, mas crente no contributo dos fieis O bispo auxiliar do Porto, D. Pio Alves, também marcou presença na apresentação do projeto e considerou que “faz todo o sentido que uma paróquia como Santiago de Bougado que deite mãos
a esta obra que é importante para a comunidade”. “A diocese, infelizmente, não tem dinheiro para iniciativas paroquiais, até porque tem problemas de outra ordem para resolver,
mas com certeza uma comunidade como esta terá capacidade para responder a estas necessidades”, asseverou D. Pio Alves sobre o investimento que é necessário para concretizar a empreitada.
Obra para um “Bougado Grande” O padre Armindo Gomes, antecessor de Bruno Ferreira, alimentou o sonho de criar uma obra desta envergadura em Santiago de Bougado. Pouco tempo antes de falecer, o sacerdote reiterou o desejo de ver Santiago transformado num “Bougado grande”, expressão da sua autoria que ficará eternizada, assim como esta mensagem transmitida quando cumpriu 50 anos de paroquialidade: “Bougado fé. Bougado humildade. Bougado valentia. Bougado perseverança. Se assim fordes, continuais a ter o direito a ser chamados de Bougado grande, que há-de ser, e oxalá que seja, ainda maior”.
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Atualidade José Maria Moreira da Silva CRÓNICA
Foi há quase duas décadas que a Trofa ficou mais pobre
Construção da Casa Mortuária de Santiago começa em breve Deverá começar dentro de dois meses a construção da nova Casa Mortuária de Santiago de Bougado. A empreitada, da responsabilidade da Junta de Freguesia, está orçada em cerca de 370 mil euros. CÁTIA VELOSO Está para breve o início das obras da nova Casa Mortuária de Santiago de Bougado. O anúncio foi feito pelo presidente da Junta de Freguesia de Bougado, à margem da apresentação do novo centro pastoral de Santiago, a 9 de fevereiro. O edifício, que vai nascer entre o cemitério e a residência paroquial, foi um “compromisso eleitoral” assumido pelo presidente da Junta, Luís Paulo, e será composto por três salas, “duas com dimensões consideráveis e uma terceira, mais pequena, para acautelar casos de velórios simultâneos”, explicou o autarca em entrevista ao NT. “Vai ficar uma obra muito bonita”, referiu Luís Paulo, que explicou que o procedimento concursal foi concluído “recentemente”. “Houve 17 empresas que consultaram o processo, concorreram três, mas duas foram excluídas por-
Rancho das Lavradeiras da Trofa CONVOCATÓRIA Convocam-se todos os associados do Rancho das Lavradeiras da Trofa para a Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 30 de Março de 2019 pelas 21 horas na sua sede social, sita na Rua Celeiro Costa Campos na cidade da Trofa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto 1 - Apreciação e votação das contas referentes ao ano de 2018 Ponto 2 - Eleição dos Orgãos Sociais para o biénio 2019/2020 Se à hora marcada não se encontrar presente a maioria dos associados a assembleia reunirá 30 minutos depois com o número de associados presentes. O Presidente da Mesa Aníbal Guimarães da Costa
L uís Paulo espera que obra arranque dentro de dois meses que não cumpriram o caderno de encargos”, acrescentou. A previsão é para que a empreitada “arranque nos próximos 60 dias”, pelas mãos da empresa Amândio Silva e Sousa. A nova capela mortuária terá uma área aproximada de 300 metros quadrados, inscritos num terreno que pertencia à paróquia que, por sua vez, recebeu de permuta uma área de 1100 metros cedidos à Junta, pela família Cruz, a quem Luís Paulo fez questão de “agradecer”, porque “sem ela esta obra não seria possível”. “Este é um anseio do povo de Santiago de Bougado, que agora se vai tornar realidade, porque a família Cruz doou o terreno à Junta de Freguesia, que por sua vez fez uma permuta com a paróquia para ser possível acomodar o projeto da casa mortuária com o centro pastoral que também vai nascer junto ao cemitério”, explanou. O investimento do projeto “ronda os 370 mil euros” que, segundo Luís Paulo, já “estavam garantidos ainda antes de ser reeleito”. O prazo de execução da obra, que deverá começar dentro de dois meses, é de 180 dias.
A “Linha de Guimarães” era uma linha férrea de serviço maioritariamente urbano, que começava na Estação Ferroviária de Porto/Trindade e terminava em Fafe. Em 31 de dezembro de 1883 entrou em funcionamento o primeiro troço – Trofa a Vizela -, em bitola métrica, com a saída de um comboio inaugural formado na Estação da Trofa, embora a linha na sua totalidade só foi inaugurada em 30 de outubro de 1938. Bitola métrica é a denominação que se dá às ferrovias cuja bitola seja igual a 1.000 mm, mais estreita do que a bitola internacional e só utilizada em algumas linhas secundárias da ferrovia portuguesa. A bitola é a largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das cabeças de dois trilhos Embora o primeiro troço, entre a Trofa e Vizela, tenha entrado ao serviço em 31 de dezembro de 1883, a linha só chegou a Guimarães a 14 de abril de 1884 e a Fafe em 21 de julho de 1907. O troço até à Trindade foi inaugurado em 30 de outubro de 1938. No ano de 1986, o troço entre Guimarães e Fafe foi totalmente encerrado ao tráfego ferroviário, enquanto que o troço do Porto-Trindade à Trofa foi encerrado entre 2001 e 2002 para ser parcialmente substituído pelo metro de superfície. Atualmente a “Linha de Guimarães” apenas tem em funcionamento o troço entre Lousado (V. N. Famalicão) e Guimarães. No dia 14 de fevereiro de 1998, os comboios antigos da via estreita foram substituídos por modernas automotoras elétricas. Passados poucos anos, em 24 de fevereiro de 2002 foi surripiado ao Concelho da Trofa, o meio de transporte habitual de uma parte significativa de trofenses, o comboio da via estreita, com a promessa de ser instalado no seu canal o metro de superfície. Quase duas décadas depois, nem comboio nem metro de superfície. Não foram as populações que pediram para retirar o comboio e substitui-lo pelo Metro! Foi o poder político que assim o desejou! As obras de conversão do metro de superfície acabaram por só avançar entre a Senhora da Hora e o ISMAI (Maia). Este troço, que ficou concluído em março de 2006 foi integrado na Linha C do metro. Em 2010 a empresa Metro do Porto decidiu retirar do seu plano de atividade o prolongamento, de poucos quilómetros, do ISMAI até à Trofa, que esteve projetado para a 1ª fase. Embora tenha sido anunciada oficialmente a abertura do concurso público para a conclusão da obra, numa visita ao Concelho da Trofa, por Ana Paula Vitorino, que era, na época, a secretária de Estado dos Transportes, do governo de José Sócrates e atual ministra do Mar, do governo de António Costa. Foi há quase duas décadas que a Trofa ficou mais pobre. As populações das freguesias a poente e a sul do Concelho da Trofa (Muro, Alvarelhos, Guidões e Santiago de Bougado) ficaram sem o seu meio de transporte habitual, que utilizavam há muitas dezenas de anos. Estas freguesias fazem parte integrante do Concelho da Trofa, por isso é que a Trofa ficou mais pobre, quando lhes foi surripiado o comboio da via estreita. Uma vergonha nacional. moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
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Atualidade
Santiago de Bougado luta pela independência A freguesia de Santiago de Bougado é anterior à nacionalidade Portuguesa mas foi extinta contra a vontade da população, quando o governo decidiu, em 2013, agregar Santiago a S. Martinho de Bougado. Agora, 6 anos depois, foi criado um Movimento para lutar pela restauração da autonomia da Freguesia. Ex-presidentes de Junta apoiam este movimento de restauração da autonomia. Chama-se Movimento Por Santiago de Bougado, foi criado em outubro de 2018 e é constituído por 11 elementos todos residentes na extinta freguesia de Santiago de Bougado. À pergunta - O que vos move? A resposta é rápida – O amor à história, à vida e ao futuro de Santiago de Bougado. Foi através de uma conferência de imprensa, que decorreu nas instalações da junta de freguesia, em Santiago de Bougado, que o grupo de 11 bougadenses, de Santiago de Bougado (constituído por elementos de todas as forças políticas e independentes), deram a conhecer oficialmente o retomar da luta, iniciada em 2012 para a não agregação da sua freguesia. Agora, em 2019, continuam firmes e têm uma certeza – vão lutar até ao limite pela desagregação de Santiago de Bougado da União de Freguesia onde, à força, em 2013, foram colocados. António Pontes, porta-voz do Movimento por Santiago de Bougado começou por explicar que o único objetivo deste grupo “é restaurar a autonomia político-administrativa da freguesia de Santiago de Bougado” recordando que “já em 2012 a população de Santiago de Bougado se opôs
à agregação. Isto mesmo foi refletido nos pareceres dados pela Assembleia de Freguesia de Santiago de Bougado assim como pela Assembleia Municipal da Trofa”. Foram muitas as necessidades e problemas identificados pelo Movimento Por Santiago de Bougado. Em primeiro lugar a desertificação que se tem acentuado nos últimos anos, com a população jovem a abandonar Santiago de Bougado e a partir para outros municípios em busca de casas e espaços para construir a sua habitação própria. “A não fixação da população jovem na freguesia é fundamental que se procure inverter, quer através de políticas urbanísticas e sociais muito dirigidas, que devem estar defendiE lementos do Movimento Por Santiago de Bougado apresentaram manifesto das, entre outros documentos esMovimento exige que tratégicos, no Plano Diretor Muni- sários do setor agrícola que, por sidades específicas de Santiago Governo corrija erro cipal. A freguesia de Santiago de estarem numa freguesia Urbana de Bougado que são diferentes do passado Bougado tem de ser capaz de dar (Freguesia de Bougado) não po- dos de S. Martinho, o movimento “O Governo tem no seu prograresposta a uma população sénior dem candidatar-se aos Fundos da exige que “para desafios diferensignificativa através dos equipa- União Europeia disponibilizados tes, as respostas de proximida- ma, que foi aprovado na Assemmentos necessários e adequados” pela DLBC Rural – Litoral Rural”, de sejam distintas e específicas”. bleia da República, a revisão do reiterando-se a necessidade de ao contrário de todas as outras fre- Os elementos do Movimento Por mapa da agregação de fregueter autarcas com respostas con- guesias do concelho da Trofa (Co- Santiago de Bougado lutam para sias. Pois muito bem, vai daqui cretas para problemas concretos ronado, Muro, Alvarelhos e Gui- voltar a ter, no território de Bou- um apelo para que até ao final da de Santiago que não são os mes- does e Covelas) que podem con- gado duas juntas de freguesia: A presente legislatura, o Governo mos de S.Martinho de Bougado” correr a estes apoios seja para as de Santiago de Bougado e a de S. cumpra o que está no seu programa e em conjunto com a Assemáreas agrícola seja para instala- Martinho de Bougado” defende o movimento. A ntón io Pontes, pelo mov i- bleia da República produza a leApesar de reconhecida por ção de pequenos negócios. mento, explicou que “na situa- gislação necessária para tal desitodos a “forte componente inção atual, com as duas freguesias derato”, reiteram. Santiago de Bougado dustrial no seu tecido económiQuanto à possibilidade de se faagregadas, estabelece uma Juné anterior à nacionalidade co”, Santiago de Bougado mosta de Freguesia macrocéfala, que zer um referendo, os membros do tra uma grande diferença em re“Com identidade e culturas mui- engloba cerca de 60% da popu- Movimento consideram que “não lação a S.Martinho: “Há um setor de grande relevância, a ativida- to próprias, é possível encontrar lação do Concelho e 40% do seu deve ser condição imposta para a de agrícola, que se explica de- em documentos oficiais as refe- território, traz desequilíbrios no desagregação”, pois “se não foi vido à fertilidade dos seus terre- rências a Santiago de Bougado contexto do território e gestão necessário referendo para agrenos das bacias do Rio Ave e do Rio no século X, ou seja, ainda an- até do próprio município em em gar, tambem não o deve ser para Trofa. Esta atividade requer uma tes da criação de Portugal. Esta conclusão, garantem que a si- desagregar”. No entanto, se essa atenção muito especial e próxima identidade e história secular não tuação atual não é boa para nin- for a imposição do Governo pois para que tenha os apoios necessá- se podem perder porque são úni- guém. É nossa convicção que a que seja, mas, avisam, “há que rios á sua prossecução, sob pena cas, com o seu património cultural desagregação é boa para Santia- ter em atenção os critérios usado abandono massivo das terras – material e imaterial – que tem de go de Bougado mas também para dos para este referendo”, pois e o prejuízo económico e social perdurar para os vindouros”, de- S. Martinho de Bougado e conse- é Santiago, com menos populaque daí advém”, relembrando as fendem os 11 elementos do grupo. quentemente para o próprio con- ção, que se quer desagregar de S. Martinho”. Escudado nos desafios e neces- celho da Trofa. limitações colocadas aos empre-
Partidos políticos, ex-presidentes de Junta e autarcas apoiam movimento Os ex-presidentes da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado também apoiam a causa e assinaram o Manifesto que o Movimento enviou aos órgãos autárquicos, aos partidos políticos e que vai agora enviar ao Governo, aos Partidos com acento Parlamentar e ao presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Gonçalves Moreira, José Gregório, Manuel Ramalho e António Azevedo assinaram o manifesto apoiando assim a luta pela restauração da autonomia político administrativa de Santiago de Bougado. Os 11 elementos reuniram, nos últimos meses com o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, e com a presidente da Assembleia Municipal da Trofa, Isabel Cruz, que demonstraram estar ao lado da população de Santiago de Bougado pela restauração das
freguesia que em 1998 constituíram o Município da Trofa. Além destas reuniões o movimento conta também com o apoio dos 4 partidos com representatividade na Assembleia Municipal: CDS, PCP, PS e PSD, com quem já reuniram, deram a conhecer as motivações da luta. O Movimento transmitiu nas reuniões tidas com o Presidente da Junta da União de Freguesias de Bougado, com o Presidente da Assembleia de Freguesia, as razões para esta luta e “o acolhimento que tivemos às nossas pretensões foi muito positivo por parte de todos os interlocutores, o que significa a justeza dos objetivos do Movimento” realçou António Pontes.
Elementos que compõem o Movimento Por Santiago de Bougado António Pontes Assis Serra Neves Carlos Portela Fernando Monteiro José Gregório José Rodrigues Manuel Campos Manuel Rodrigues Costa Marinho Vera Araújo Vítor Maia
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Atualidade
Secundária da Trofa é a 6.ª melhor escola pública do país
Com uma média global de 12,18 nos 452 exames efetuados, a Escola Secundária da Trofa melhorou a sua posição no ranking nacional, ocupando o 6.º lugar no Ensino Secundário entre os estabelecimentos de ensino público do país. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS
A Escola Secundária da Trofa surge em 6.º lugar no ranking das escolas públicas do país ao nível do Ensino Secundário. Para esta posição, segundo dados do semanário Expresso, conta uma média de exames nacionais situada nos 12,18 (de zero a 20). Com 452 exames efetuados em 2018, o estabelecimento de ensino surge em 54.º lugar no ranking geral – que engloba escolas públicas e privadas –, tendo subido nove posições relativamente a 2017. Se se contabilizarem as escolas com mais de cem provas efetuadas, a Secundária da Trofa surge mais bem posicionada: 43.º lugar no ranking geral. A melhor média de exame foi registada na disciplina de Biologia e Geologia, com 12,64, enquanto a Português a média foi de 12,05, a Matemática 11,99 e a Física e Química 11,19. Paulino Macedo não esconde o agrado de ver a posição ocupada pela Escola Secundária no ranking, mas deixa claro que “não está tudo feito”. “Temos de olhar para a tabela e refletir sobre o lugar onde estamos, como pode-
mos melhorar, dado que os recursos que temos ainda nos possibilitam ter resultados nos exames”, argumentou. O docente salvaguardou que a escola é mais do que uma posição no ranking: “Temos alunos à nossa frente, que são pessoas que têm de gostar de estar na escola e de ter a consciência de que estão a construir a sua própria personalidade e, sobretudo, têm de saber fazer escolhas. Só sabe e só escolhe quem tiver conhecimento da diversidade”. Ponto prévio feito, Paulino Macedo reconhece o “bom desempenho” da Escola Secundária cifrada no ranking que, mesmo com “os constrangimentos existentes”, revela, “em primeiro lugar”, o trabalho realizado “pelos alunos, pelas famílias e depois pelos professores e assistentes operacionais”. “É em equipa que conseguimos estes resultados. E temos que continuar o nosso trabalho junto dos alunos e das famílias, porque só assim é que podemos melhorar”, atestou. O diretor do Agrupamento sublinhou ainda que, atualmente, a Escola Secundária “é credível” junto dos alunos, que “quando têm de escolher, preferem ficar na Trofa em vez de irem para uma escola do concelho vizinho”. “Eu creio que quando os alunos transitam do 9.º para o 10.º ano, um dos fatores que ponderam para escolher é o desempenho da escola e a qualidade dos profes-
E scola surge em 6.º lugar na tabela dos estabelecimentos públicos com provas no E nsino Secundário sores, mas também das próprias calculada tendo em conta as 64 provas efetuadas. instalações que disponibilizamos A melhor média foi conseguiaos alunos, assim como o serviço de apoio e o atendimento feito pe- da a Português, 12,71, enquanlos assistentes operacionais e téc- to a de Física e Química cifrou-se nos 11,45, a de Matemática foi nicos”, acrescentou. Ainda no Ensino Secundário, de 10,52 e a Biologia e Geologia o Colégio da Trofa surge no 53.º foi de 10,17. lugar do ranking, tendo caído 11 Colégio com média posições relativamente ao ano de 67,55 no Ensino Básico letivo passado, mas continuando a liderar a nível concelhio. Com No Ensino Básico, o Colégio da 518 provas realizadas, conseguiu uma média de exames de 12,26. Trofa é o estabelecimento mais Biologia e Geologia foi a discipli- bem posicionado do concelho, no na com a melhor média, 12,62, à 140.º lugar (desceu 86 posições), frente de Física e Química (12,45), com média de 67,55 (de zero a Português (12,41) e Matemática cem), entre as 104 provas realizadas. Por disciplinas, esta escola (12,16). Já a Escola Básica e Secundária apresenta a melhor média a Matedo Coronado e Castro, em S. Ro- mática (71,58), enquanto a de Pormão do Coronado, surge na posi- tuguês situa-se nos 63,52. No ranking concelhio segueção 164 do ranking geral (desceu 28 lugares), com média de 11,12, -se a Escola Básica do Castro, em
Portugália encerra Semana das Línguas na Secundária Aconteceu pela sexta vez e é já uma atividade de referência na Escola Secundária da Trofa, pelo envolvimento dos alunos. A “Portugália” encerrou mais uma Semana das Línguas naquele estabelecimento de ensino, que decorreu nos dias 11, 12, 13, 14 e 18 de fevereiro. Depois da abertura com exaltação de “todas as línguas” lecionadas, cada dia da semana foi dedicada a cada uma, alemão, francês, inglês e português. A “Portugália”, que se realizou no dia 18 de fevereiro, em virtude da greve que encerrou a escola no dia 15, juntou no palco alunos do 12.º ano, do 11.º e do 8.º ano, que fizeram teatro a partir da matéria curricular da disciplina. “Foi uma semana muito dinâmica, alegre e do agrado dos alunos”, confessou a professora de Português Elisabete Costa, que destacou as “diversas atividades culturais realizadas”. Para a docente, esta iniciativa é uma “oportunidade de os alunos trazerem a matéria do currículo que estudam para junto de uma plateia ativa, pondo em evidência algumas das competências que adquirem para lá da sala de aula, como a comunicação em público”. Estiveram envolvidos cerca de 150 alunos no Portugália.
Auditório cheio para assistir à “Portugália”
Alvarelhos, na posição 152 do ranking, que representa uma subida de 144 lugares relativamente ao ano 2017. Com uma média de 66,78, entre 102 provas realizadas, o estabelecimento registou o melhor resultado a Português (média de 72,02), mas Matemática também foi positivo (61,55). Já a Escola Secundária da Trofa desceu 31 lugares até à posição 599, com uma média de 55,3, entre 370 provas. A média de Matemática foi negativa (45,28), enquanto a de Português se situou nos 65,32. No lugar 919, tendo subido 30 posições, encontra-se a Escola Básica e Secundária do Coronado, com uma média global de 49,64, resultante das 130 provas efetuadas. A média de Matemática não chegou aos 40 (38,98), e a de Português superou os 60 (60,29).
21 de fevereiro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt Feira Anual da Trofa de 1 a 3 de março
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Atualidade
Junta de Freguesia reza por bom tempo à espera de milhares de visitantes “Temos um legado que devemos manter. Compete-nos arranjar alternativas, quais ainda não posso dizer”. Foi desta forma que Luís Paulo reconheceu o “novo problema” que a Junta de Freguesia enfrenta com a perspetiva de venda dos terrenos que eram emprestados para a logística da Feira Anual da Trofa. Se a falta de espaço era já um problema, a nova realidade obrigará a Junta a preparar condições para o futuro. Mas, para este ano, tudo continua na mesma, e a expectativa é que S. Pedro seja amigo e milhares de pessoas encham o recinto. CÁTIA VELOSO
A feira e mercado da Trofa volta a transformar-se para acolher a Feira Anual, evento da Junta de Freguesia de Bougado, que este ano se realiza de 1 a 3 de março. A organização quer manter os
padrões de qualidade que deram à iniciativa o estatuto de uma das maiores feiras agropecuárias do País. Disso mesmo falou o presidente da Junta de Freguesia, na entrevista de antevisão do certame concedida ao NT. “Em termos de disposição, a Feira Anual mantém-se como o ano passado. A mudança que fizemos há três anos foi bem-sucedida, por isso resta-nos consolidar o conceito”, referiu Luís Paulo. Mas a qualidade trouxe novos Concurso da R aça Holstein F rísia é um dos pontos altos da F eira desafios à organização e se, fruto de crescimento do evento, o espa- -nos arranjar alternativas, quais tivo compromete-se a preparar ço foi-se tornando uma das prin- ainda não posso dizer”, adian- essas condições, porque é muito cipais dificuldades, atualmente, tou, sem excluir a hipótese de mau termos toda aquela logística a perspetiva é que esse “proble- uma nova localização para a Fei- e investimento e, depois, por causa do tempo, não conseguirmos ma” se torne maior a curto prazo, ra Anual. Esta questão estende-se até à fazer nada”, sublinhou Luís Paulo já que os terrenos que eram “emprestados” à Junta para questões organização da vertente eques- que mantém “a fé” de que S. Petre do certame, este ano de novo dro poderá reservar para aquele de logística “estão à venda”. “É um problema que vamos ter à responsabilidade da associação fim de semana condições meteode resolver”, assinalou o autar- Equestrian Events. “Eles têm fei- rológicas convidativas. O programa da Feira Anual da ca que garantiu que está fora de to um bom trabalho. Sei que eles questão deixar de organizar a Fei- gostariam de ter mais condições Trofa é vasto e conta com a aberra, pelo que é premente “refletir” e nós gostaríamos de as dar. É tura oficial às 10 horas de 1 de numa solução. “Temos um legado como digo, temos de fazer algu- março, sexta-feira, seguindo-se o que devemos manter. Compete- ma coisa no futuro e este execu- concurso de preparadores e ma-
nejadores da raça Holstein Frísia, e à noite a monumental Garraiada. A noite será ainda animada pelo humorista Fernando Rocha e os DJ Los Bravos. Já no sábado, dia 2, o destaque vai para os vários concursos pecuários que vão atrair os melhores exemplares das raças Arouquesa, Minhota e Holstein Frísia. Quanto à vertente equestre, o concurso de Modelo e Andamentos é um dos momentos altos da programação. A noite de sábado será animada pela Banda Myllenium e encerrará com os DJ Iven R e Alex Casal. Já no domingo, a animação da feira arranca bem cedo com o Campeonato Regional de Derby de Atrelagem, no picadeiro, e com os concursos da Raça Barrosã e Holstein Frísia, numa das tendas do certame. A concentração de concertinas e cantares ao desafio promete animar os amantes da música popular e, já de tarde, é expectável que recinto se encha com o Festival de Folclore e as Cavalhadas.
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Esperados entre 200 a 250 cavalos na Feira O Concurso de Modelo e Andamentos é a “prova rainha” da vertente equestre da Feira Anual da Trofa. Mas há muito mais para ver no picadeiro de 1 a 3 de março, como o Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho, o Regional de Derby de Atrelagem, as Cavalhadas e o espetáculo “Emoções Ibéricas”. CÁTIA VELOSO Depois de em 2018 se ver privada da realização de várias atividades equestres, devido às condições meteorológicas adversas, a associação Equestrian Events encara a nova edição da Feira Anual com otimismo, repetindo a programação do ano anterior. “A vertente equestre da Feira foi pensada de forma a garantir a qualidade máxima do evento”, fez saber a direção da associação, que destaca como “prova rainha” do certame o concurso de Modelo e Anda-
mentos, através do qual “os criadores apresentam pela primeira vez no ano os exemplares da raça de Puro Sangue Lusitano”. “A Trofa será palco do Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho, no qual haverá a primeira prova de apuramento para o Campeonato Europeu de Equitação de Trabalho de Young Riders, que se realiza em Portugal no próximo mês de julho”, anunciou. A prova de ensino decorre a partir das 15 horas de sexta-feira, enquanto a prova de maneabilidade abre o picadeiro, no sábado, às 9 horas. A prova de velocidade acontece às 14 horas de domingo. A 1.ª jornada do Campeonato Regional Norte de Derby de Atrelagem realiza-se às 9 horas de domingo, enquanto as Cavalhadas estão marcadas para as 16.30 horas do mesmo dia. À espera de acolher entre “200 a 250 animais”, a Equestrian Events espera que
Concurso de Modelo e A ndamentos vai dar a conhecer novo campeão da T rofa S. Pedro “ajude” na realização das atividades, uma vez que, apesar de “estarem a ser tomadas todas as diligências possíveis”, as condições atmosféricas “são difíceis de contornar num evento desta envergadura”. Na noite de sábado, o picadeiro será pal-
co de um espetáculo equestre. Sob o epíteto “Emoções Ibéricas”, a apresentação junta “Portugal e Espanha”, com “o fado, o flamenco, o cavalo e o touro”. “Será um espetáculo de luz e cor de fortes emoções”, assegurou a associação. C.V.
Presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal fala do abandono das explorações de leite
“Houve um incentivo para quem quisesse abandonar produção de leite” Na Trofa, 13 produtores desistiram do negócio do leite em 2018. O número foi divulgado por Jorge Oliveira, presidente da APROLEP - Associação dos Produtores de Leite de Portugal, que em entrevista ao NT explicou que este é o resultado da baixa compensação pela produção, com preços abaixo do que os agricultores consideram suficientes para manter as explorações. Além disso, “houve um incentivo para quem quisesse abandonar”, atestou o também responsável pela Quinta de Santo Isi- Jorge Oliveira, da Quinta Santo Isidro, é presidente da APROLEP NT: Apesar deste indicador, dro, em Santiago de Bou- as razões que levaram para esta continuam a argumentar que tendência? gado. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): Dois mil e dezoito foi um ano agitado para os produtores? Jorge Oliveira (JO): Dois mil e dezoito foi mais um ano difícil para os produtores de leite, por causa do preço baixo com que começámos o ano e que se manteve até agosto, quando ainda desceu mais até novembro e por causa dos limites à produção impostos aos produtores. NT: Houve uma aparente subida do interesse dos consumidores pelo leite nacional. Quais
JO: Em 2018, começou a rotulagem da origem do leite. Não temos dados diretos dos consumidores, mas verificámos que as principais marcas de distribuição tiveram a preocupação de mostrar bem, no rótulo, a origem do leite e num caso em que a cadeia de supermercados tem fábrica própria, veio à nossa região abastecer-se diretamente nos produtores, o que é positivo. Quando consumimos leite e produtos láteos portugueses, como queijo e iogurtes, ajudamos a economia e criamos empregos no meio rural.
os produtores se confrontam com os preços abaixo dos custos de produção e da média europeia. Sugeriram o aumento do preço em 2019, que feedback receberam das entidades competentes? JO: Até agora não tivemos qualquer resposta da indústria. Falta inovação, capacidade de criar valor, falta uma visão de futuro, vontade de dar esperança aos produtores. Esperamos que o Governo português tome uma posição clara na defesa dos produtores e do aumento do preço do leite, tal como já se manifestaram o minis-
tro espanhol da agricultura e o governo regional dos Açores. NT: Como têm os produtores respondido à insuficiente compensação pela produção do leite? JO: Temos feito um enorme sacrifício, temos adiado investimentos e não tiramos o pagamento do trabalho que temos a cultivar os campos e cuidar das vacas. Todos os anos abandonam produtores e no ano que passou esse abandono ainda foi maior, porque houve um incentivo para quem quisesse abandonar, porque a indústria não tinha capacidade para recolher o mesmo leite de anos anteriores. NT: A APROLEP alertou para o abandono das produções. Que implicações terá esta realidade no futuro para o país? JO: Quando a produção agrícola e pecuária é abandonada, o país fica a depender da importação de alimentos, aumenta o défice comercial, o mundo rural fica abandonado e aumenta o risco de incêndios. NT: E na Trofa, que efeitos têm tido estes fatores nos produtores locais? JO: Em 2018, no concelho da Trofa, tivemos a desistência de 13 produtores.
NT: Com a eleição do deputado do PAN, houve um aumento da visibilidade das manifestações ativistas pró-direitos dos animais. Os produtores sentem algum efeito no mercado decorrente destas ações? JO: Nos anos anteriores houve redução do consumo do leite, por dizerem que o leite faz mal à saúde, mas agora estabilizou, porque as pessoas começam a estar informadas e as autoridades de saúde e até o Presidente da República já vieram reafirmar que podemos beber leite como sempre, tal como queijo e iogurtes, até com benefício para a saúde. A carne continua a comer-se normalmente, qualquer pessoa sabe que o ser humano é omnívoro e precisa de uma alimentação equilibrada e completa. Os ativistas do PAN não conhecem a realidade e repetem coisas que viram na internet. Ao seguir a ideologia vegan, querem proibir toda a criação de animais domésticos, vacas, cavalos, porcos, tudo! São uma minoria que quer impor uma ditadura alimentar e fazem muito “barulho” nas redes sociais. É importante a sociedade e os consumidores pronunciar-se, não podem ser apenas os agricultores a defender a pecuária que existe há 10.000 anos desde o início da civilização.
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APROLEP exige “posição” do Governo para combater baixos preços do leite Na mesma semana em que o presidente da APROLEP respondeu à entrevista do NT, a associação lançou um comunicado a condenar o preço médio do leite comprado ao produtor, em dezembro. “Os produtores de leite portugueses terminaram 2018 com um preço médio de 31,8 cêntimos por kg de leite, cerca de quatro cêntimos abaixo da média comunitária, conforme os dados disponibilizados pela Comissão Europeia através do Observatório Europeu do Leite”, começa, por enunciar a APROLEP no documento, considerando “oportunas” as palavras do ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação de Espanha, país com preço do leite também inferior ao da média comunitária. O governante, cita a APROLEP, pediu à indústria para “refletir sobre o preço
que recebem os produtores de leite para que possam também beneficiar da subida registada na Europa”, sublinhando que "a evolução do mercado europeu está a ser favorável” e lembrando que das 350 mil toneladas de leite em pó que estavam armazenadas para intervenção, apenas restam 4.000, “uma demonstração de que as coisas estão bem no mercado europeu e que
existe estabilidade e boa remuneração para os produtores de leite na UE”. Em Portugal, o preço médio do leite pago tem sido reflexo do que está a ser pago aos produtores dos Açores, pelo que a APROLEP considera que o Governo português tem “obrigação” de, através do Ministério da Agricultura, “tomar uma posição e articular com o Governo Regional do Açores e com o Governo espanhol uma solução para a crise do preço baixo do leite que persiste em toda a Península Ibérica, chamando à mesa produção, indústria e distribuição, para que os mais fortes não caiam na tentação de tentar salvar-se, deixando a produção afundar-se em preços baixos e para que seja rapidamente possível subir o preço do leite ao produtor até um nível justo”. C.V.
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“Nunca imaginei um emprego que não fosse ligado à Natureza” Num mundo cada vez mais tecnológico, ainda há quem veja na terra e na natureza o caminho para a felicidade. Em contraponto com a tendência crescente de desinteresse dos jovens pela agricultura, há quem invista a formação académica nessa área, agarrando as oportunidades que surgem. O NT falou com Gil Sá, 23 anos, residente na Maganha, Santiago de Bougado, que enveredou pelo curso de Agronomia na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, para cumprir o sonho de criar o próprio negócio ligado aos vinhos. Atualmente a concluir o mestrado em Agricultura Biológica na mesma Escola Superior, o jovem redirecionou os projetos, mas sem perder o foco na Natureza. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): Como surgiu o teu gosto por esta área? Gil Sá (GS): Nunca imaginei um emprego que não fosse ligado à Natureza e tudo começou depois de ter visto uma série de documentários na área da viticultura e enologia. A minha média era suficiente para entrar noutros cursos de áreas completamente diferentes, mas o meu objetivo era conseguir um dia ter o meu próprio negócio ligado à viticultura e enologia e que este fosse reconhecido. NT: Que expectativas tinhas quando enveredaste por esta formação superior? GS: Quando entrei no curso de agronomia e à medida que o fui fazendo, descobri que haviam vários ramos neste grande setor que é Agricultura. Queria muito aprender sobre vinho, mas à medida que o tempo passou surgiram novas ideias e novos planos. Esta formação e mesmo a instituição que me formou, não só corresponderam às expectativas como as superaram. Criei muito boas relações com docentes que ainda hoje me orientam e me aconselham. NT: E a tua escolha foi bem compreendida pela tua família? GS: O que eu acho desde o início, é que a Agronomia sempre foi e sempre será uma área com saída, quer para mercados de trabalho onde se trabalha por conta de outrem, quer para mercados de trabalho em que se traba-
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lha por conta própria. Aliás, um dos maiores proble mas das empresas agrícolas neste momento, que fui constatando à medida que falava com produtores, é a falta de mão de obra. Relativamente à opinião da minha família, sempre me deixaram escolher a área que eu quis e nunca foram um entrave para concluir os meus objetivos, pelo contrário, sempre me apoiaram em tudo. NT: Que objetivos tens para a tua carreira no futuro? Esses objetivos passam por um projeto no setor, na tua terra Natal? Gil Sá tem licenciatura em Agronomia e está a terminar o mestrado em Agricultura Biológica GS: Neste momento, o meu objetivo passa por tirar um Doutoramento e seguir plexos e polémicos ligados ao setor primário, o que vai carreira de ensino e investigação. Como disse anterior- fazendo com que mais jovens se interessem ou pelo memente, as ideias e os planos foram mudando à medida que nos se informem mais. fui concluindo o curso. Contudo, não coloco de parte, de NT: E que tipo de apoio o teu país dá a quem quer maneira alguma, a ideia inicial de criar a minha empresa. Se será implementada na minha terra natal? Não sei, progredir com uma carreira neste setor? GS: No que toca ao incentivo do nosso país aos jovens só o tempo e as oportunidades disponibilizadas o dirão. a seguirem a sua formação na área da agronomia, penNT: Que opinião tens relativamente à perceção que so que seja ainda muito fraco. Fala-se muito que a agrios jovens da tua idade têm sobre a importância do se- cultura é importante e que necessitamos de jovens agricultores, mas não vejo medidas concretas para assegutor primário? GS: Penso que neste momento ainda há muita desinfor- rar isso. Relativamente à criação de empresas, felizmenmação, e, arrisco-me a dizer, uma certa ignorância, acer- te, por enquanto, temos um quadro comunitário da União ca daquilo que é a agricultura. “Que curso estás a tirar?” Europeia (PDR2020) que além de ter vindo ajudar mui– “Agronomia” – “O que é isso?”. Hoje em dia, os jovens tos agricultores a revitalizar e/ou aumentar a sua explooptam muito mais pelas áreas das engenharias tecnológi- ração, também ajudou muitos jovens a criar as suas prócas, direito, saúde, etc. Acontece que, muitas vezes, esses prias empresas agrícolas, mesmo jovens sem formação mesmos jovens não sabem de onde veio aquilo que têm no na agricultura, mas que despertaram o seu interesse pela prato todos os dias. Obviamente, existem exceções, que área. Já tive colegas que têm formação em áreas complesão aquelas pessoas que passaram grande parte da sua tamente distintas da agricultura, mas estão a tirar mesinfância com os avós que semeavam batatas e plantavam trado nesta área para adquirirem competências e conhecouves. Felizmente, cada vez mais se fala na agricultura cimento porque se querem candidatar ao PDR2020 e imna comunicação social e se debate temas bastante com- plementar um projeto agrícola.
Clube Slotcar da Trofa Convocatória: João Pedro de Sousa Rodrigues Costa, na qualidade de presidente da Assembleia-Geral do Clube Slotcar da Trofa vem, de acordo com artigo 24º, alínea c) dos Estatutos da Associação, convocar Vª Exª a estar presente na sede do Clube, na Rua António Sá Couto de Araújo (instalações do Aquaplace), Bougado (S. Martinho e Santiago), no próximo dia 28 de fevereiro pelas 18 horas e 30 minutos, para realização de uma Assembleia-geral Ordinária, com a seguinte ordem de trabalhos: 1.Apresentação e votação do Balanço e Relatório e Contas do exercício de 2018; 2.Apresentação e votação dos Relatórios finais das candidaturas ao PAJ/2018, anual e pontual, (Programa de Apoio Juvenil) e ao PAI/2018 (Programa de Apoio Infraestrutural); 3.Outros Assuntos de interesse, relacionados com os pontos anteriores. Se à hora marcada não estiverem presentes os Associados que perfaçam o quórum necessário, a Assembleia realizar-se-á em 2ª convocatória, no mesmo local, pelas 19 horas e 30 minutos, com a mesma ordem de trabalhos. O exercício de direito de voto pressupõe ter a quota regularizada. Trofa, 6 de fevereiro de 2019
Governo anuncia novos apoios financeiros à Agricultura Um novo programa de financiamento “Negociámos com o Banco Europeu de à agricultura nacional poderá estar dis- Investimento, uma forma de financiamenponível a partir de junho, anunciou o mi- to ao setor, através do qual o BEI disponistro da Agricultura, Florestas e Desen- nibilizará 190 milhões de euros, e o Mivolvimento Rural, Luís Capoulas Santos. nistério da Agricultura, através do PDR Este novo pacote surge para comple- 2020, garantirá um financiamento para mentar o Programa de Desenvolvimen- a garantia destes empréstimos na ordem to Rural PDR 2020 e resulta de um acor- dos 20 milhões”, explicou o Luís Capoudo estabelecido com o Banco Europeu de las Santos. Segundo o ministro, “trataInvestimento (BEI), através do qual se- -se de um apoio reembolsável, com jurão disponibilizados 190 milhões de eu- ros o mais baixo possível e até três anos ros para financiar projetos que ultrapas- de carência”. sem a dotação do PDR 2020.
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Projeto Casa Com Vida da Cruz Vermelha apoia homens em exclusão social A Delegação da Cruz Vermelha da Trofa foi apoiada pelo BPI e pela Fundação La Caixa no âmbito da 3.ª edição do Prémio BPI Solidário, para a criação de um alojamento para promover a melhoria da qualidade de vida de pessoas que se encontrem em situação de pobreza e exclusão social. A Cruz Vermelha Delegação da Trofa conseguiu, com a ajuda e empenho do Pároco de S. Martinho de Bougado, Luciano Lagoa, encontrar uma moradia, que está a ser alvo de obras de requalificação para, a partir do final do mês de março, poder receber três homens em situação de exclusão. Daniela Esteves, presidente da delegação adiantou que com o Projeto Casa Com Vida, “é possível de imediato apoiar três homens do concelho da Trofa, sinalizados pela Segurança Social, que, durante nove meses vão poder viver neste espaço. Vão ainda ser encaminhados para uma empresa onde vão trabalhar para poderem, no final deste programa, autonomizar-se”, adiantou. A moradia tem “três quartos, cozinha comum e outros espaços com a dignidade que é necessá-
João Mendes Políticas de incentivo à natalidade:
CRÓNICA
quando passará esse futuro por aqui?
A lojamento está a ser alvo de obras de requalificação ria para viver e para isso estamos a levar a cabo as obras de requalificação ao abrigo do projeto Casa Com Vida”, frisou. Estes três homens serão acompanhados diariamente por uma técnica que vai monitorizar e apoiar na reintegração social dos escolhidos de forma a que, no final do projeto possam começar
uma vida com autonomia. Daniela Esteves explicou que este projeto terá a duração de três anos e “é expectável que por ali tenham oportunidade de passar homens que precisem de apoio para encontrar uma habitação digna e um trabalho e que estão já previamente referenciados”.
Santo Tirso e Trofa com menos perdas de água no abastecimento Santo Tirso e Trofa foram os dios de perdas em 14,3 por cenconcelhos que registaram os va- to inferiores a metade das naciolores mais baixos de perdas de nais (30,2 por cento) o que signifiágua durante o abastecimento, se- ca que, se o país no seu todo apregundo o relatório anual da Entida- sentasse estes níveis de desempede Reguladora dos Serviços de nho, teriam sido poupados, só em Água e Resíduos (ERSAR). 2017, mais de 157 milhões de meOs dados, relativos a 2018, dão tros cúbicos de água”, fez saber a conta de que os dois concelhos, empresa em comunicado. que são abastecidos pela IndaA concessionária regozija-se qua, apresentam um valor de “-10 por estar em posição “oposta” à por cento” de Água Não Faturada tendência nacional, na qual se (ANF), os mais baixos registados “observou um aumento do desperem Portugal. No geral dos siste- dício de água em 2018”, revelanmas concessionados, que con- do que “a redução das perdas de templam Santo Tirso/Trofa, Fafe, água impõe-se como um objetivo Matosinhos, Santa Maria da Fei- de máxima preocupação”, tendo ra, Oliveira de Azeméis, Vila do em conta que “segundo os dados Conde e São João da Madeira, a do Boletim Climatológico do InsIndaqua está no intervalo de “-20 tituto Português do Mar e da Atpor cento”, que classifica o servi- mosfera, no mês de janeiro choço como “Bom”, cumprindo o ob- veu metade do habitual para a jetivo nacional. época e já 94 por cento de Portu“A empresa apresenta níveis mé- gal continental atravessa um pe-
ríodo de seca”. Enrique Castiblanques, CEO da Indaqua, fez saber que a empresa “tem procurado partilhar a sua experiência nesta área e a participação em projetos de redução de perdas com outras entidades gestoras é já uma realidade, num modelo de contratos de desempenho, em que a remuneração fica condicionada ao atingimento de objetivos efetivos de melhoria do desempenho”. Segundo os dados da ERSAR, que resultaram da avaliação das 256 entidades gestoras de abastecimento de água em Portugal continental, registou-se o pior índice de ANF dos últimos quatro anos (30,2 por cento), colocando assim o país no intervalo em que o regulador classifica o serviço como Insatisfatório. C.V.
No passado dia 11 de Janeiro, a minha vida mudou por completo, com o nascimento do meu filho, o Eduardo. Soa a cliché, eu sei, mas o nascimento de um filho tem mesmo um impacto sem precedentes na nossa existência. As prioridades alteram-se, as nossas perspectivas sobre os mais variados assuntos mudam radicalmente e passamos a valorizar e a estar atentos a outros aspectos que anteriormente ignorávamos. Subitamente, tornei-me um entusiasta da paternidade. Quero saber mais, leio, pesquiso, investigo. E um dos temas que, já antes da chegada do meu filho, me interessou, foram as políticas de apoio à natalidade. É importa dizer que, no que toca ao estado central, para não variar, os incentivos à natalidade não incentivam ninguém. Existem alguns apoios para as camadas mais desfavorecidas da sociedade, é certo, mas basta estar no patamar salarial dos mil euros, que não é nenhuma fortuna, e que, numa grande cidade, não dá para grande coisa, para se estar excluído de qualquer abono ou apoio financeiro. Existem, contudo, algumas práticas que merecem o nosso aplauso, postas em prática pelas mais variadas autarquias, de norte a sul do país, sem distinção de cor partidária. Em Porto Santo, por exemplo, a autarquia aprovou recentemente um projecto de incentivo à natalidade que atribui 500 euros a cada criança nascida no concelho. Em Alcoutim, concelho duramente afectado pela baixa natalidade, o município atribui 5000 euros por cada nascimento, ao longo dos três primeiros anos de vida da criança, através de um subsídio pecuniário, sob a forma de reembolso de despesas elegíveis com a aquisição de bens e serviços considerados fundamentais para o desenvolvimento da criança, despesas essas que devem ser efectuadas em estabelecimentos locais, numa estratégia inteligente que permite, simultaneamente, impulsionar o comércio local. Estratégia similar foi adoptada no concelho de Vizela, onde o apoio ascende a 1000 euros, sendo que 50% do valor deve ser gasto no comércio local. Em Lamego, onde a câmara municipal também comparticipa a mensalidade das crianças que frequentam creches, são atribuídos 500 euros por nascimento para produtos de puericultura. Na Trofa, infelizmente, não existem políticas de incentivo à natalidade, o que de resto é um espelho da triste realidade dominante, num país a envelhecer a olhos vistos. Porém, os obstáculos à paternidade não se esgotam na ausência de apoios financeiros e outros incentivos. Com a excepção do parque de estacionamento do Parque Nossa Senhora das Dores/Dr. Lima Carneiro, os lugares de estacionamento para grávidas ou famílias com crianças pequenas são uma miragem, particularmente em locais tão importantes como o Posto Médico da Trofa ou Segurança Social, onde conseguir um lugar de estacionamento é uma verdadeira aventura. Num concelho onde se usa e abusa do slogan “O Futuro passa por aqui”, parece-me coerente que o uso das palavras de faça acompanhar de acções em toda a linha. E haverá melhor representação do futuro que nossas crianças? E não, o apoio não tem que ser exclusivamente financeiro. Pode até começar com a marcação de dois ou três lugares para grávidas nas traseiras do Posto Médico. Ou até no Aquaplace, onde existem – e bem – quatro lugares para pessoas com deficiência, apesar de não existir um único para grávidas, ainda de tantas frequentem a academia municipal. E, a julgar pelo que se ouve da parte do poder político local – apesar da violenta factura mensal de impostos municipais – dinheiro não deve ser problema. E, se existem tantas centenas de milhares de euros para publicidade e outros temas menores, com certeza que, muito em breve, chegará o anúncio de um robusto pacote de incentivos à natalidade, como os trofenses merecem.
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Cultura
Samba regressa à Trofa para animar o Carnaval Depois de dois anos a maturar a ideia, Mariana Silva decidiu avançar com uma escola de samba para recuperar a tradição na Trofa. A primeira aparição do grupo é no Carnaval, a 5 de março. CÁTIA VELOSO Depois de anos como referência dos desfiles que se faziam em plena Estrada Nacional 14 junto à Rotunda do Catulo, o samba foi perdendo expressão na Trofa, até ao desaparecimento. Este ano, porém, este símbolo da cultura brasileira está de volta ao corso carnavalesco trofense, graças a Mariana Silva. Mais conhecida pelo sucesso que faz enquanto ensaiadora de marchas populares há mais de 20 anos – como em Vila Nova de Famalicão, Amarante e Felgueiras -, a trofense ganhou “coragem” e decidiu aventurar-se num projeto no concelho onde reside. Porquê samba? “Porque foi uma tradição
que se perdeu na Trofa”, explicou em entrevista ao NT. Depois de, em novembro, ter recebido apoio da Câmara Municipal, Mariana decidiu arregaçar as mangas e avançar com o projeto. Abriu as inscrições um mês depois e iniciou os ensaios, que decorrem na Escola da Esprela, cedida pela autarquia, duas vezes por semana. A primeira aparição está marcada para a tarde de 5 de março, no desfile de Carnaval da Trofa, junto à estação de comboios. Cerca de 35 pessoas “de várias idades” estão envolvidas no projeto e não são só mulheres. “Também temos homens que vão dançar”, garantiu Mariana, que teve de abdicar da criação de uma bateria – grupo típico do samba que canta e toca instrumentos -, mas este é um objetivo “para o próximo ano”. Mas nem só de dança se faz o samba, também muito conhecido pela indumentária – reduzida -
P rojeto de samba vai apresentar- se no desfile de Carnaval da T rofa das passistas e adereços vistosos contou com o apoio de amigos. Mariana Silva referiu que é dos porta-bandeiras, mestres de sala e baianas. A começar do zero, “uma intenção” fazer da escola de Mariana Silva solicitou o aluguer samba uma associação, no entande roupas de uma escola de sam- to esse processo está dependenba, mas também teve de se ocupar te da aceitação do projeto junto da comunidade. na confeção de outros fatos. Ligada à cultura desde os oito Os obstáculos decorrentes de um orçamento reduzido não des- anos, quando começou a estudar mobilizam a mentora do projeto música, Mariana Silva já fez um que além da “ajuda” da autarquia pouco de tudo, desde cantar a to-
car num grupo coral, a participar em festivais da canção e a fazer teatro. As marchas deram-lhe uma grande visibilidade, mas faltava-lhe “fazer qualquer coisa” no lugar onde vive. Optou pelo samba, porque, além de ter uma tradição na Trofa, “está na moda” e a ser bem acolhido pelo público noutros concelhos.
Carnaval dos Cafés deste ano termina na Feira Anual Devido à realização da Feira Anual da Trofa, a Junta de Freguesia de Bougado viu-se obrigada a alterar o dia para a organização do Carnaval dos Cafés. Em vez da noite de sábado, o evento foi marcado para a véspera de Carnaval, 4 de março, sendo que a entrega de prémios também tem local diferente. A Junta de Freguesia vai aproveitar a tenda de espetáculos da Feira Anual, que termina no dia 3, para aí encerrar a festa de Carnaval, providenciando animação antes e depois da entrega dos prémios. O concurso realiza-se nos moldes habituais. Os foliões, a título individual ou em grupo, têm de percorrer nove cafés da freguesia e mostrar-se ao júri aí presente. Os mascarados que tiveram mais pontuação são premiados. O melhor folião individual recebe cem euros, enquanto o 2.º leva para casa 50 euros. Já os dois melhores grupos de mascarados adultos arrecadam 250 e 150 euros, respetivamente. Os mesmos prémios são entregues aos dois grupos de crianças mais pontuados. Os cafés aderentes são: Café Faz Figura, M18, Café Avenida “CosA professora Lia transformouta”, Café Lord, Café Star, Doce Amanhecer, Malte Taberna, Café Sa-se na cantora Noa, mas não esgitário e Coroa Real. C.V. queceu o passado de trabalho na APPACDM da Trofa. Onze anos depois de se despedir da instituição para abraçar uma carreira na música, a artista regressou à Trofa para um concerto intimista onde reviu amigos, na noite de Já começa ra m os prepa rativos pa ra o desf i le de Ca r nava l 16 de fevereiro, no auditório do na Vila do Coronado. O corso sai à rua a 3 de março (domin- Fórum Trofa XXI. O espetáculo contou com a pargo), com início no L argo da Igreja de S. Romão do Coronado, pelas 14.30 horas, e fim no Largo da Igreja de S. Mamede. ticipação especial dos utentes da A organização é da Junta de Freguesia em parceria com as as- APPACDM, a maior parte antigos sociações de pais das escolas da Vila do Coronado e as co - alunos de Noa. “Foi muito bom missões de festas de Santa Eulália e do Divino Espírito Santo. voltar a ver estes meninos, senti No final do desfile, decorrem leilões que revertem para as comis- que voltei a casa”, confessou ao NT a artista, que não escondeu a sões de festas.
Antiga professora da APPACDM voltou à Trofa para dar concerto
Carnaval no Coronado a 3 de março
emoção de também rever antigos colegas de trabalho da instituição. O concerto estava inserido na Tour Cicatriz, através da qual Noa quis associar uma ação social, dando-lhe cariz inclusivo com a participação dos utentes da APPACDM. “Decidi incluir a diferença na minha tour, como forma de fazer o retorno à sociedade. Estes meninos têm talento e uma grande paixão pela música e pelo palco. Eu só lhes abri a porta”, contou Noa, que numa das músicas mais conhecidas da carreira “7 da Manhã”, viu os utentes da APPACDM apresentarem uma coreografia. António Leitão, presidente da
instituição, deixou o agradecimento à cantora pela homenagem feita aos jovens. “Qualquer pessoa que chegue à APPACDM fica com os meninos no coração. Desta forma, eles dedicaram-lhe o amor que ela sempre dedicou quando esteve connosco”, referiu o responsável, que lamentou a pouca afluência ao espetáculo. Amante de fado, música brasileira e jazz clássico, e influenciada por vários espectros musicais e temporais, Noa apresenta-se em palco para dar a conhecer o segundo álbum da carreira, “Cicatriz”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 21 de fevereiro de 2019
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Cultura
Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis
A serração de Pereiró (S. Mamede)
“Pérolas Ignoradas” em cena em S. Mamede do Coronado Depois do sucesso da peça que serviu para inaugurar o renovado palco do centro paroquial de S. Mamede do Coronado, Fernando Duarte regressou à encenação, para apresentar a tragicomédia “Pérolas Ignoradas”. A peça estreia a 23 de fevereiro, às 21.30 horas, no mesmo local. Os bilhetes já estão à venda e custam quatro euros, que revertem na totalidade para a residência paroquial. Fernando Duarte volta a levar à cena um trabalho de Joa-
quim Sousa Ferreira e Silva. Para o encenador, “Pérolas Ignoradas” é um dos “grandes trabalhos” escritos do antigo pároco de S. Mamede do Coronado, assim como “Atelier Educador da Moda” e “As Florinhas do Mato”. “Quero dar continuidade a este trabalho, porque além de gostar de o fazer, os atores estão habituados a este tipo de peça e o público gosta”, acrescentou Fernando Duarte. Com centro nevrálgico na cidade do Porto, a trama conta a história de uma mulher, antiga recoveira, que casa com o patrão e endivida-se para fazer face a caprichos das amigas. Como ela vai resolver o problema é a chave da história, sustentada por um elenco de cerca de 15 atores, maioritariamente jovens. Sofia Oliveira veste a pele de uma das personagens e apesar da juventude – tem 19 anos – já há muitos anos que tem contacto com o teatro. “Já fizemos esta peça há muitos anos, em 2007, e eu era a pessoa mais nova do elenco. Esta é uma peça divertida, que tem os seus momentos de tragédia, mas conta com personagens que dão o ar menos pesado à história”, explicou a jovem, que não esconde o quão “gratificante” é “ver a sala cheia” e “ter o público a aplaudir no final”. Apesar de ter cariz amador, o grupo encara o projeto com profissionalismo e tenta ultrapassar os obstáculos de levar à cena um trabalho escrito há mais de meio século, com “palavras difíceis de pronunciar e algumas delas que já caíram em desuso”, anotou Sofia Oliveira. O grupo de teatro tenciona repetir a sessão de “Pérolas Ignoradas” mais duas vezes durante o ano.
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Descendo a estrada nacional nº318, na Rua de S. Mamede na localidade de S. Mamede do Coroando a chegar a S. Romão, do lado direito passando praticamente despercebido surgem umas instalações fabris. Umas instalações fabris de aspeto rustico, com a sua entrada a ser localizada na Rua do Paiço com elevado movimento de entrada e saída de viaturas, comprovando o bom dinamismo económico daquela unidade industrial. Refere-se constantemente a história da indústria na Trofa como sendo exclusiva de S. Martinho de Bougado, um erro grave que deturpa a história do concelho que ignora a prática industrial em outras freguesias. Obviamente que em menor escala, mas o antepassado da atividade industrial não é exclusivo do centro do município da Trofa. As mudanças na economia, a pressão imobiliária, entre outros fatores fizeram com que as instalações industriais fossem desaparecendo do panorama urbanístico de S. Martinho e recentemente fechou a unidade industrial mais antiga em funcionamento, alusão para a moagem localizada na Avenida de Paradela. Procurando um paralelismo histórico, fundamental referir aquela unidade industrial referenciada no início da crónica, localizada em S. Mamede do Coronado possivelmente deverá ser a fábrica mais antiga em funcionamento no concelho da Trofa. Necessário recuar quase 100 anos para fundamentar o surgimento daquela empresa, concretamente a 1922, comemorando este ano o seu 97º aniversário, apenas três anos para comemorar um século de existência. Procurando fazer um paralelismo com outras indústrias em Portugal, a tarefa torna-se complicada porque a maior parte das empresas em Portugal raramente ultrapassam meio século de existência. A 2 de novembro de 1922 era noticiada no Jornal de Santo Tirso a constituição da: Sociedade Industrial de Pereiró, que tinha a particularidade de ter 7 sócios, uma base bastante ampla de financiamento. A distribuição da percentagem das quotas é um mistério, apenas referência para o número de associados com especial destaque para as atividades industriais que se proponham a realizar. Seria uma serração, carpintaria e também para minha surpresa teria também o propósito inicial de ser uma moagem, desconhecendo por completo se essa prática alguma vez se realizou naquelas instalações. Milhões de toneladas de madeira cortadas, centenas e centenas de clientes, milhares de obras realizadas e os anos foram-se passando aproximando-se dos 100 anos. Um dos muitos marcos da história do concelho da Trofa que vai resistindo ao passar dos anos e comprovando que havia empreendedores em todo este território que se iria afirmar com um dos territórios com maior dinamismo económico ao longo do século XX e também no século XXI no nosso país.
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Atualidade Tribunal Judicial da Comarca do Porto Juízo Local Cível de Santo Tirso - Juiz 2 Rua Dr. José Cardoso de Miranda, 126 - 1º 4780-451 Santo Tirso Telef: 252808120 Fax: 252089638 Mail: stotirso.judicial@tribunais.org.pt
ANÚNCIO Processo: 361/19.8T8STS
Referência: 401073186
Interdição / Inabilitação
Data: 12-02-2019
Requerente: Fernando José de Sousa Marques Interdito: Maria de Fátima de Sousa Campos Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal,a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Maria de Fátima de Sousa Campos, com residência em domicílio: Rua do Rato - Nº9 8, 4745-071 TROFA, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psiquica. O Juiz de Direito, Dr(a). Sandra de Azevedo Mendes O Oficial de Justiça, Paula Cristina Dias Costa
Jipe conduzido pelo padre Luciano chegou à Guiné Chegou ao destino o jipe conduzido pelo pároco de S. Martinho de Bougado, Luciano Lagoa,. A viagem de 5800 quilómetros, feita em conjunto com os párocos de Canidelo (Vila Nova de Gaia), Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia) e de Macieira da Lixa (Felgueiras) terminou com sucesso na Guiné-Bissau, mais concretamente em Bafatá, cuja diocese foi a contemplada L uciano L agoa foi um dos que embarcou na aventura de Jipe até à Guiné com a viatura, cedida pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda. À chegada, Almiro Mendes, pá- “funcionar”. Além do jipe, a Diocese, que coA viagem começou a 3 de feve- roco de Canidelo, referiu que chereiro, no paço episcopal do Por- gar ao “quinto país mais pobre do labora com a diocese lusófona da to, e os missionários – os quatro mundo, para levar um jipe que vai Guiné-Bissau desde 2005, transpadres e quatro leigos que viaja- “salvar vidas”, porque também fun- feriu uma “considerável quantia ram num segundo jipe – passaram ciona como ambulância, “é sem- de dinheiro para ajudar as missões mais pobres”, revelou Almipor Espanha, Estreito de Gibraltar, pre uma graça”. Marrocos, Saara Ocidental, Mauri“Os veículos foram absolutamen- ro Mendes. Também os quatro membros tânia e Senegal até chegar à Gui- te heróis e os passageiros ainda né-Bissau. mais, alguns de nós ficaram com da ONG “Na Rota dos Povos” ofeAntes de partir, o Luciano Lagoa gripe e algumas dificuldades, mas receram a viatura na qual fizeram afirmou ao NT que as principais di- conseguimos superar tudo”, rela- a viagem. Os sacerdotes regressaram a ficuldades se prendiam com “o ca- tou o sacerdote, que adiantou que lor do deserto do Saara” e o con- as viaturas cedidas noutros anos, Portugal, mas desta vez a viagem trolo de fronteiras nalguns países. através da mesma missão, estão a foi feita de avião. DR
O Notícias da Trofa | Edição n.º 687 | 21-02-2019
Desporto
Bougadense encerra ciclo difícil com empate Depois de dois jogos que resultaram em derrotas diante de candidatos à subida de divisão, o Bougadense voltou a pontuar na série 2 da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. No domingo, a jogar em casa, a formação de Santiago de Bougado conseguiu somar um ponto, ao empatar sem golos diante do Aparecida, então 3.º classificado. Frente à única equipa que conseguiu vencer o líder, AD Marco, - e logo por duas vezes – no campeonato, o Bougadense não se refugiou nas dificuldades assentes na falta de jogadores, tendo inclusive de convocar um atleta a duas horas do jogo e fazer de um guarda-redes com “a mão partida” um jogador de campo. Depois das soluções que o treinador Emanuel Costa procurou para “resolver os problemas que iria encontrar”, a equipa confrontou-se cedo com contrarieda-
des. A estratégia montada gia tática foi “corrigida” e 1.º ao 6.º lugar”. Com o empate diante do para o jogo, como relatou a equipa de Bougado equio técnico ao NT, “ficou con- librou a contenda, privile- Aparecida, “fecha-se um dicionada aos 30 minutos”, giando a solidez defensiva ciclo” e inicia-se outro com quando “o único avançado para fazer face à intensifi- “adversários diretos”. Sede origem”, Ailton, teve de cação das situações de ata- gundo Emanuel Costa, o grupo está “motivado” por que do adversário. ser substituído por lesão. Ao “conseguir” suster o estar “em zona de seguran“Na primeira parte o Aparecida foi ligeiramente su- ímpeto ofensivo do Apare- ça” na tabela classificativa perior, sobretudo nos últi- cida, a equipa da casa apro- e por ter sido “reforçado” mos quinze minutos. Con- veitou para explorar os lan- com “três jogadores”. Ocupando o 13.º lugar, cedemos muitas bolas pa- ces de transição para imradas ao adversário, quer portunar no último terço com 18 pontos, mais um que através de livres laterais, do terreno. “Podíamos ter o Livração e Valonguenquer de cantos, que propi- marcado um golo numas- se (primeira equipa abaiciaram o tal jogo muito fí- das situações de contra- xo da linha de água) e mais sico, de duelos, onde são -ataque que criamos, mas dois que o “lanterna vermemais fortes. Tivemos difi- voltamos a não ser felizes lha” Rio Tinto, o Bougadenculdades em controlar a lar- no momento de concreti- se enfrenta o último terço gura no momento defensivo zação”, descreveu o treina- do campeonato com a crene, sobretudo após a saída dor, que elogiou o “espírito ça de que os adeptos “condo Ailton, por perdermos de solidariedade e entreaju- tinuarão ao lado da equipa” profundidade e por sentir- da” dos jogadores e desta- a “empurrá-la para os ponmos mais dificuldades em cou o “grande número” de tos essenciais” para garannos estendermos no cam- adeptos que acorreram ao tir “a manutenção”. O próximo jogo da formapo e em conseguirmos ter Parque de Jogos da Ribeira. O técnico não deixou de ção de Bougado realiza-se bola, perdemos o controlo do jogo e permitimos ao ad- sublinhar que, em sete jo- no terreno do Valonguenversário ter o tal ascenden- gos realizados em 2019, se, às 15 horas de domingo, te”, referiu Emanuel Costa. “cinco foram disputados con- 24 de fevereiro. C.V. No descanso, a estraté- tra equipas classificadas do
Vitória em S. Torcato antes de receber o Fafe João Pedro e Bruno Almeida marcaram os golos que deram a vitória ao Clube Desportivo Trofense diante do Torcatense, na 22.ª jornada da série A do Campeonato de Portugal. Este foi o 15.º triunfo da equipa da Trofa na competição, o terceiro consecutivo, que a permite manter-se colada ao líder Vizela, com os mesmos 49 pontos . De ressalvar é a eficiência defensiva do conjunto trofense em 2019, uma vez que, em sete jogos, só sofreu um golo, na derrota caseira diante do Felgueiras, há quatro jornadas. Em S. Torcato, os trofenses conseguiram chegar cedo à vantagem, por intermédio de João Pedro, aos cinco minutos, conseguindo ampliar a vantagem e fixar o resultado de 0-2 ainda antes do intervalo, por Bruno Almeida (40). Embalado rumo ao objetivo da subida de divisão, o Trofense disputa um dos jogos mais importantes do campeonato no próximo domingo, 24 de fevereiro, ao receber o Fafe, 3.º classificado, que soma 46 pontos. O jogo tem início marcado para as 15 horas e os sócios da equipa da Trofa com cotas em dia têm entrada gratuita no estádio. Os restantes adeptos podem adquirir o bilhetes por dois euros. Os ingressos para os adeptos visitantes custam sete euros. C.V.
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Agenda Dia 22 20.30 horas: Team Lantemil-ADC S. Mateus (Taça Intermunicipal de Futsal - Veteranos masculinos), no Pavilhão do GCR Alvarelhos 21.30 horas. Juramento dos novos Bombeiros Voluntários da Trofa, no largo da Igreja de Guidões 21.45 horas: ACRABE-GRAC (Taça Intermunicipal – Veteranos futsal), no Pavilhão do GCR Alvarelhos Dias 23 20 horas: ASAS-AR Areal (Taça Intermunicipal de Futsal – Seniores femininos), no Pavilhão do GCR Alvarelhos 21.15 horas: ARD Coronado-Guidões (Taça Intermunicipal de Futsal – Seniores femininos), no Pavilhão do GCR Alvarelhos 21.30 horas: Estreia da peça de teatro “Pérolas Ignoradas”, no auditório paroquial de S. Mamede do Coronado Dia 24 15 horas: Trofense-Fafe 15 horas: Valonguense-Bougadense
Necrologia S. Martinho de Bougado Maria Margarida Loureiro Dinis Faleceu no dia 12 de fevereiro, com 71 anos Casada com Manuel Augusto da Costa e Silva Maria Albina de Oliveira Pereira Faleceu no dia 15 de fevereiro, com 78 anos Casado com José Dias Ferreira Santiago de Bougado Isaura Rodrigues de Sousa Faleceu no dia 13 de fevereiro, com 89 anos Viúva de Joaquim da Silva
Dia 1 10 horas: Abertura oficial da Feira Anual da Trofa Dia 2 Feira Anual da Trofa Dia 3 Feira Anual da Trofa 14.30 horas: Carnaval do Coronado, com início no Largo da Igreja de S. Romão Dia 4 21.30 horas: Carnaval dos Cafés, em Bougado Dia 5 14 horas: Desfile de Carnaval, junto à estação de comboios
79 anos Casado com Alcina Oliveira Cerejo A rmando Rodrigues de Oliveira Faleceu no dia 11 de fevereiro, com 75 anos Casado com Maria Adelaide Cardoso da Silva Lousado Ercília Quelhas e Silva Reis Faleceu no dia 1 de fevereiro, com 74 anos Casada com José Dámaso Reis Couto
Funerais realizados por Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
António Reis da Costa Faleceu no dia 10 de fevereiro, com 75 anos Casado com Maria Joaquina Ferreira dos Santos Costa
Santiago de Bougado Félix da Cruz Dias Faleceu no dia 31 de janeiro, com
Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.
Farmácias
Telefones úteis
Dia 21 – Farmácia Ribeirão
Bombeiros Voluntários Trofa
Dia 22 - Farmácia Trofense
252 400 700
Dia 23 - Farmácia Barreto Dia 28 21 horas: Assembleia Municipal da Trofa, no auditório do Fórum Trofa XXI
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Dia 24 - Farmácia Nova Dia 25 - Farmácia Moreira Padrão Dia 26 - Farmácia Ribeirão Dia 27 - Farmácia Trofense Dia 28 - Farmácia Barreto Dia 1 - Farmácia Nova Dia 2 - Farmácia Moreira Padrão Dia 3 - Farmácia Ribeirão Dia 4 - Farmácia Trofense Dia 5 - Farmácia Ribeirão Dia 6 - Farmácia Nova Dia 7 - Farmácia Moreira Padrão
Resultados das equipas de futsal federado Ao vencer o Académico de Pedras Rubras por 2-0, na 15.ª jornada da série 3 da 1.ª Divisão, a equipa sénior B do CR Bougado acabou por “ajudar” o Clube Slotcar da Trofa, que subiu ao 2.º lugar da tabela classificativa. A equipa ainda “sonha” com o apuramento para a fase final do campeonato, rumo à subida de divisão. Já a equipa de iniciados do S. Romão venceu por 0-2 o FC Tirsense e lidera a série 3 da Divisão de Honra. Destaque para as vitórias dos traquinas do GCR Alvarelhos no arranque da 2.ª fase da Prova Lúdica, na 1.ª Divisão, série 3. O NT publica os resultados e classificações dos diferentes escalões de futsal das equipas do concelho da Trofa: Centro Recreativo Bougado, Clube Desportivo Trofense, Clube Slotcar da Trofa, Grupo Cultural e Recreativo Alvarelhos, Grupo Desportivo Covelas, Guidões Futebol Clube e Futebol Clube S. Romão.
SENIORES MASCULINOS Divisão de Honra 19.ª jornada CR Bougado 3-1 AR Negrelos (2.º, 42 pontos)
GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109 // 252 428 110 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
1.ª Divisão Série 1 19.ª jornada S. Romão 3-1 Aparecida (6.º, 27 pontos) Série 2 15.ª jornada ADC Figueiras 2-6 GD Covelas (4.º, 22 pontos) Série 3 15.ª jornada ARCD Junqueira 3-4 Clube Slotcar (2.º, 28 pontos) CR Bougado “B” 2-0 Acad. Pedras Rubras (5.º, 25 pontos) Série 4 15.ª jornada Guidões 1-4 Miramar Império (5.º, 20 pontos) SENIORES FEMININOS Campeonato Distrital Apuramento Campeão 13.ª jornada AC Alfenense 3-3 CD Trofense
(7.º, 5 pontos) JUNIORES MASCULINOS Divisão de Honra Série 3 18.ª jornada CR Bougado 3-3 Arsenal Parada (1.º, 41 pontos) Est. Susanenses 4-1 S. Romão (7.º, 17 pontos) JUVENIS MASCULINOS Divisão de Honra Série 2 19.ª jornada Gondomar Futsal “A” 8-1 S. Romão (7.º, 28 pontos) CR Bougado 2-6 CD Aves (8.º, 17 pontos) JUVENIS FEMININOS Campeonato Distrital 14.ª jornada Escola DC Gondomar 10-0 S. Romão (7.º, 6 pontos) INICIADOS Divisão de Honra Série 3 16.ª jornada FC Tirsense 0-2 S. Romão (1.º, 36 pontos) CD Aves 1-0 GCR Alvarelhos (6.º, 13 pontos) INFANTIS Campeonato Distrital 2.ª Fase – 1.ª Div. Série 2 6.ª jornada Iniciação S. Roque 1-0 S. Romão (8.º, 6 pontos) BENJAMINS Campeonato Distrital 2.ª Fase – Div. Honra 7.ª jornada S. Romão 1-6 Rebordosafut (5.º, 13 pontos) TRAQUINAS Prova Lúdica 2.ª Fase – Div. Honra 2.ª jornada Académico Leça 7-1 CR Bougado (5.º, 0 pontos) 2.ª Fase – 1.ª Div. Série 3 1.ª/2.ª jornadas GCR Alvarelhos 6-3 Maia Futsal C. “B” JD Gondomar 2-6 GCR Alvarelhos (1.º, 6 pontos)
F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
21 de fevereiro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Desporto
Departamento de formação do Trofense distingue atletas
Beatriz Martins 2.º na Taça de Portugal de Pista
Treze jogadores jovens foram distinguidos pelo Clube Desportivo Trofense, durante o intervalo do jogo dos seniores diante do Maria da Fonte, a 10 de fevereiro. A homenagem é habitual no seio do departamento de formação do emblema, que pretende distinguir os atletas que melhor conciliam a assiduidade aos treinos com os bons resultados escolares. Pedro Oliveira (minis), Martim Sá (pré-escolas B), Rodrigo Cruz (pré-escolas A), Henrique Oliveira (sub-10), Lucas Cardoso (sub-11 B), Ga-
No dia 9 de fevereiro, decorreu a 3.ª e última prova da Taça de Portugal de Pista, na qual a atleta trofense Beatriz Martins alcançou o 3.º lugar na Corrida por Pontos, conquistando o 2.º lugar da classificação geral. A corredora,que representa o Bairrada Cycling Team, obteve ainda o 4.° lugar na prova de Eliminação, acabando em 4.° na geral. "Estou muito contente com estes resultados, pois demonstram o trabalho e empenho que tenho desenvolvido dia a dia”, assinalou a ciclista.
Jogadores foram distinguidos briel Cruz (sub-11 A), Gonçalo Silva (sub-12), Rodrigo Dias (sub-13), Fábio Rocha (sub-14), Bruno Ferreira (sub-15), Pedro Marques
(sub-17 B), Pedro Dias (sub17 A) e João Maia (sub-19) foram os jogadores distinguidos.
Beatriz M artins conquistou a “prata”
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Desporto Resultados Camadas Jovens Clube Desportivo Trofense Juniores Trofense 1-2 SC Lamego Juvenis A Trofense 0-2 Gondomar SC Juvenis B Gondomar SC 5-0 Trofense Iniciados A Trofense 0-3 USC Paredes Iniciados B AC Alfenense 0-5 Trofense Infantis A Trofense 2-0 SC Salgueiros Infantis B Citânia Sanfins FC 2-4 Trofense Sub-11 A Trofense 6-0 Águias S Gaia Sub-11 B AD Baião 4-1 Trofense Sub-10 Trofense 8-0 CD Sobrado
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Desporto
Tenista Salvador Monteiro no Campeonato da Europa de Inverno O jovem trofense Salvador Monteiro foi um dos três tenistas eleitos para representar a seleção nacional sub-12 no Campeonato da Europa de Inverno. A prova decorreu de 25 a 27 de janeiro, na República Checa. Salvador integrou a Zona B, conjuntamente com Áustria, Bélgica, Chipre, República Checa, Hungria e Holanda. “Saímos com um 4.º lugar a saber a pouco, mas com a noção de que demos tudo pelo nosso País e que saímos muito mais fortes do que entrámos. Os atletas estiveram muito bem, ficaram com a noção do que é jogar ao mais alto nível e ainda com mais vontade de trabalhar para melhorar a sua performance. Eu, mais uma vez, fiquei muito orgulho-
T enista trofense representou seleção nacional so por capitanear esta seleção e com a certeza que estamos muito mais próximos dos chamados 'tubarões' do ténis europeu. Agora é arregaçar mangas e trabalhar para chegarmos aos objetivos e sonhos que todos nós temos”, referiu o seleciona-
dor Bruno Catalão. Já fonte do Clube de Ténis da Trofa, a propósito da participação do atleta trofense, fez saber que se “orgulha do caminho que segue” e “trabalha no presente com objetivos para o futuro”.
Equipa de BTT no Raid do Facho A equipa de BTT da Team Lantemil participou na primeira etapa da Taça Regional do Minho de Maratonas, em Barcelos, no Raid do Facho. António Vieira conseguiu o 3.º lugar em master 50, enquanto Daniel Santos foi 5.º classificado em master 30. César Matias concluiu a prova em 9.º lugar em master 30 e Nuno Maia foi 25.º em master 35. Na vertente promoção, na meia maratona, Pedro Fernandes acabou a prova em em 5.º lugar, em master 40. “Estamos orgulhosos dos nossos atletas, pois a concorrência era de peso e nós
A ntónio Vieira conquistou 3.º lugar em M aster 50 estivemos na luta. Vamos trabalhar para conseguirmos mais e melhor. Agradecimentos a todos os nos-
sos patrocinadores por todo o apoio prestado à nossa equipa”, referiu fonte da equipa.
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