5 de dezembro de 2013 N.º 450 ano 11 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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8 desalojados em incendio Cinco feridos em acidentes de viação Atualidade pág. 5
Incêndiodesalojou Mais de 500 candidaturas oitopessoas para nova fábrica Atualidade pág. 10
Rubrica Trofenses Fantásticos esta semana com Miguel7Estacas
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Formação ajuda a criar e gerir negócio Ao longo de 50 horas, distribuídas por pouco mais de duas semanas, 18 formandos vão aprender a organizar e a gerir um pequeno negócio. Esta é a base da formação que iniciou no dia 25 de novembro, no Centro Comunitário Municipal da Trofa, numa parceria entre a Câmara e a ADRAVE (Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave). Com a ajuda do formador André Costa, consultor nacional de Benchmarking do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação) e especialista na área de consultoria em Gestão de Recursos Humanos, os participantes “vão trabalhar uma ideia de negócio, fazer uma análise de mercado e traçar uma estratégia de marketing”, com o objetivo de “construir um plano de negócios”. A segunda fase da formação está vocacionada para o “estudo da viabilidade financeira”, com “a estrutura de custos, a previsão
Agenda Dia 06 19-24 horas: Feira de Natal Coronado, na antiga fábrica Pesafil, no Coronado Dia 07 14-24 horas: Feira de Natal Coronado, na antiga fábrica Pesafil, no Coronado 15 horas: Muro Doce, no refeitório da EB1 da Estação do Muro
Formação distribuída em 50 horas
das vendas e análise da rentabilidade do projeto”. “Entendemos que esta parte não deve estar, exclusivamente, na alçada do contabilista e que o empreendedor deve ter presentes os conceitos financeiros para acompanhar o negócio em pleno”, explicou André Costa. Presente no início da forma-
ção, Sérgio Humberto, presidente da autarquia, reiterou que o objetivo do executivo é “combater o desemprego” através da criação de uma “via verde até aos decisores políticos para agilizar processos e acabar com a burocracia”. “Temos uma situação privilegiada do ponto de vista geográfico, agora temos que cap-
tar as empresas”, sustentou. Por seu lado, Joaquim Lima, administrador delegado da ADRAVE, sugeriu que, para além das formações, haja parcerias com o município no sentido de possibilitar “instrumentos de financiamento” para apoiar os novos empreendedores. “Sem dinheiro, é difícil haver negócios”, frisou. C.V.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
- Oliveirense-Trofense - Marechal Gomes da Costa-FC S. Romão, no Parque de Jogos da Ribeira 21 horas: Noite Mágica, no auditório do edifício sede da Junta de Freguesia de Bougado, na Avenida de Paradela Dia 08
Direcção Regional da Economia do Norte Contribuinte nº 600 065 367
EDITAL
Casa cheia no seminário da AEBA “Compromisso com o crescimento - Porque juntos valemos mais” foi o tema do seminário que a AEBA – Associação Empresarial do Baixo Ave – dinamizou no dia 27 de novembro, no auditório do Edifício Nova Trofa. A sessão, que decorreu no âmbito do projeto de Requalificação Urbana dos Parques, teve como orador o consultor motivacional Adelino Cunha. Durante o seminário, Adelino Cunha referiu que Portugal tem “imensas potencialidades”, como “o melhor clima, o melhor jogador do mundo e o melhor treinador do mundo - alguém que um dia disse de si próprio ‘I´m the Special One (Eu sou a pessoa especial)’”. Ficha Técnica
Perante um auditório composto, o orador afirmou que “cada um de nós deveria dizer a si próprio ‘Eu sou o melhor’”, mas, para isso, é preciso “trabalhar e estudar”, sendo que “o conhecimento é a melhor ferramenta para nos afirmarmos”. “A evolução pessoal acontece gradualmente, tal como uma criança que, para aprender a andar, começa por gatinhar e, na fase em que dá os primeiros passos, cai muitas vezes, mas não desiste. Levanta-se e volta a tentar”, exemplificou. A sessão começou com uma apresentação das diversas iniciativas desenvolvidas pela AEBA ao longo dos 13 anos de existência. P.P.
14-22 horas: Feira de Natal Coronado, na antiga fábrica Pesafil, no Coronado CAC/458
Faço saber que CEPSA PORTUGUESA PETRÓLEOS, S. A., pretende obter licença para uma instalação de combustíveis constituída por Posto de Abastecimento destinada a Venda Pública, sita em E.N. 204 Km 33,600 – Lugar de Linhares, freguesia de Louro, concelho de Vila Nova de Famalicão e distrito de Braga. A referida instalação encontra-se abrangida pelas disposições do Decreto-leri nº 267/2002, de 26 de Novembro e Portaria nº 1188/2003, de 10 de Novembro, que estabelecem os procedimementos de licenciamento das instalações de armazenamento de produtos derivados do petróleo e postos de abastecimento de combustíveis e pelos respetivos regulamentos de segurança. Em conformidade com as disposições da referida Portaria, convidam-se as entidades singulares ou coletivas a apresentar por escrito, dentro do prazo de 20 dias contados da data de publicação deste edital, as suas reclamações contra a concessão da licença requerida. Porto, 10-09-2013 Chefe de Divisão de Combustiveis Ass.) Sérgio Ernesto Oliveira Ferreira
Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Cost a Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
15 horas: Bougadense-Balasar
Farmácias de Serviço Dia 05 Farmácia Trofense Dia 06 Farmácia Barreto Dia 07 Farmácia Nova Dia 08 Farmácia de Ribeirão Dia 09 Farmácia de Ribeirão Dia 10 Farmácia Trofense Dia 11 Farmácia Barreto Dia 12 Farmácia Nova
Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714
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Incêndio em habitação desaloja oito pessoas Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
tituída por placas tipo sanduíche, também foi um entrave para os soldados da paz. “Grande parte” Durante cerca de três hoda habitação “ficou destruída”. “A ras, dez bombeiros da Trofa sala de jantar, três quartos, parcombateram as chamas que te do hall foram as divisões deflagraram numa habitação, afetadas. Devido à água necesem Guidões. Oito pessoas fisária para combater o fogo, parcaram desalojadas. te do teto em estuque caiu”, referiu Eduardo Cruz. Também o Oito pessoas ficaram desa“revestimento da casa” e a “inslojadas depois de um incêndio talação elétrica” ficaram danificater destruído uma habitação, na dos. Rua 25 de Abril, em Guidões, na Dez bombeiros combateram noite de sábado, 30 de novemas chamas durante cerca de três bro. horas, com o apoio de dois veíO alvoroço dos soldados da culos urbanos de combate a inpaz, o barulho e as luzes dos veícêndio e uma autoescada. culos chamaram a atenção de Durante o incêndio, um pivários vizinhos que ficaram preoquete da EDP foi chamado ao cupados pelo volume de fumo local para desviar cabos de rede que saía da habitação, que tinha Habitação ficou destruída elétrica. sido alvo de obras recentes de onde havia um grande roupeiro, chefe das operações, Eduardo “Tivemos que arranjar meios de Os desalojados passaram a requalificação, concretamente no e as elevadas temperaturas difi- Cruz, dois bombeiros “tentaram ventilação para termos condi- noite na casa de familiares, concultaram a ação dos Bombeiros entrar no sótão, mas não conse- ções para entrar”, explicou. telhado. tígua à habitação destruída. Voluntários da Trofa. Segundo o guiram devido ao calor intenso”. A estrutura do telhado, consO fogo deflagrou no sótão,
Cinco feridos em dois acidentes A presença de dezenas de pessoas, de ambulâncias e do desencarcerador chamava a atenção de quem passava pela estrada nacional 104, na Rua 16 de Maio. Cerca das 14.20 horas desta quarta-feira, 4 de dezembro, ocorreu uma colisão entre duas viatura ligeiras de passageiros na Rua Aldeias de Cima, na freguesia de Bougado, da qual resultaram três feridos (um rapaz e duas
jovens, todos de 18 anos), que foram transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar Médio Ave (CHMA). Segundo populares, “a colisão ocorreu quando a viatura Fiat, onde seguiam os jovens, que circulava na Rua Cónego Araújo, estava a entrar na Rua Aldeias de Cima. Devido ao estacionamento de uma carrinha , o condutor não se terá apercebido do
Mulher ficou ferida no acidente, em Lantemil
veículo Mercedes, que seguia na Rua Aldeias de Cima e deu-se o embate”. No local estiveram três ambulâncias e um desencarcerador, com dez bombeiros da Trofa. Já no dia 28 de novembro,
cerca das 17.50 horas, ocorreu um choque em cadeia com três viaturas ligeiras, na Estrada Nacional 14, na Rua das Indústrias. Dois feridos tiveram que ser transportados à unidade de Vila Nova de Famalicão do CHMA.
No local, estiveram duas ambulâncias e o desencarcerador com sete elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa e uma ambulância da delegação de Ribeirão da Cruz Vermelha. P.P./C.V.
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Instrumentos das Lavradeiras da Trofa furtados “Mais de 10 mil euros” é o valor do prejuízo do furto, que ocorreu entre as 21 horas do dia 28 e as 21 do dia 29 de novembro, na sede do Rancho das Lavradeiras da Trofa, segundo afirmou o presidente Luís Elias. Da sede, situada em Mosteirô, os assaltantes levaram um harmónio, um acordeão, três concertinas e uma guitarra clássica. Segundo Luís Elias, para os indivíduos acederem ao seu interior “serraram as grades de proteção de uma janela que dá acesso à cave”. O caso foi participado à GNR da Trofa e no local esteve o NIC (Núcleo de Investigação Criminal) de Santo Tirso. O material furtado encontra-se coberto pelo seguro. P.P./H.M.
Concerto para ajudar Amanda “rendeu” 427 euros O concerto solidário para ajudar a Amanda, que sofre de uma síndrome rara, rendeu 427 euros. Mãe da menina garante que campanha vai continuar para conseguir levá-la aos Estados Unidos, para ser vista por um especialista. Assaltantes serraram uma das grades para aceder à sede
Furto a viaturas Um casaco e uma carteira, com diversos documentos e 600 euros em dinheiro, terão sido furtados do interior de uma viatura, que estava estacionada numa oficina, na Rua Dona Goncinha, na cidade da Trofa. O furto, que ocorreu cerca das 16 horas do dia 26 de novembro, terá sido perpetuado por um casal, alegadamente de origem romena. O proprietário da oficina apercebeu-se do furto alguns minutos depois do casal de pedintes ter estado no local. Já na madrugada do dia 27 de novembro, foi furtada uma carrinha ligeira de mercadorias, de marca Mercedes, que estava estacionada na Rua Manuel Silva Pinheiro, na cidade da Trofa.
Desconhecidos furtaram sinos e cálice de prata A Quinta da Terrosa, no lugar do Casal, no Coronado, foi alvo de uma visita dos amigos do alheio, entre os dias 23 e 25 de novembro. Desconhecidos terão entrado no local, através do escalamento das vedações, e furtado diversas peças de metal. Na habitação devoluta levaram todas as torneiras, bem como diversas peças metálicas. Já da Capela furtaram seis sinos e um cálice de prata, que estaria no sacrário, e do lavadouro furtaram três torneiras em latão. O valor do furto é desconhecido, mas presume-se que seja pub
elevado, uma vez que grande parte do material que desapareceu foi fabricado no início do século XX. Detidos por conduzir com álcool A Guarda Nacional Republicana da Trofa deteve, pelas 3.40 horas do dia 30 de novembro, um condutor de um veículo ligeiro de passageiros, por conduzir com uma taxa de 1,54 gramas de álcool por litro de sangue. O jovem, de 26 anos e morador em Santo Tirso, seguia na Rua D. Pedro V, na freguesia de Bougado. No dia seguinte, cerca das 2.40 horas, um homem, de 35 anos e morador em Santo Tirso, foi detido com uma taxa de 2,46 gramas de álcool por litro de sangue. Na mesma noite, mas na Rua Costa Ferreira, foi detido um condutor, com cerca de 70 anos, por conduzir com uma taxa de 2,39 gramas de álcool por litro de sangue. Os condutores foram notificados para comparecerem em tribunal pelas 10 horas, do dia 2 de dezembro. P.P./H.M.
O pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária de S. Romão do Coroando transformou-se num palco para o espetáculo solidário que teve o objetivo de angariar fundos para Amanda, uma menina que sofre do Síndrome de Jacobsen, uma doença rara que afeta 200 pessoas no mundo. A menina de 9 anos foi a protagonista da iniciativa preparada pelos pais, com a ajuda de amigos e familiares, para recolher verbas para uma viagem aos Estados Unidos, para que seja vista por um especialista no estudo da doença, em junho de 2014. A Banda Marcial da Guarda Nacional Republicana do Porto, o Grupo de Cavaquinhos de Milheirós, Tiago Ferraz e o grupo de dança “Iamdance Fonteleite” animaram o público que acedeu à iniciativa solidária, contribuindo, no total, com “427,85 euros”, anunciou Teresa Martins, mãe de Amanda. “Deu muito trabalho, mas correu tudo bem. Tive a ajuda da Associação de Pais da escola de Fonteleite, que contactou a Banda Marcial da GNR e a partir daí os contactos sucederam-se”, explicou. Teresa Martins “não esperava” o número de pessoas que marcaram presença no concerto. A estes fundos juntam-se os “cerca de 500 euros” que já foram angariados desde o início da campanha “Juntos pela Amanda”, com apelos via redes sociais, venda de artigos oferecidos ou latas que estão espalhadas por vários estabelecimentos comerciais de S. Romão do Coronado. “Tivemos uma má notícia, porque nos roubaram duas latas. Fomos um bocadinho abaixo, mas continuamos”, frisou. Aquando do lançamento da campanha, houve entidades que se prestaram a ajudar Amanda, desde que os fundos fossem numa conta conjunta com mais titulares. Teresa Martins explicou ao NT porque não aceitou: “O nosso receio, não tirando o crédito a essas entidades, é que quando chegasse ao momento e precisássemos da assinatura de outros para levantar o dinheiro. Os conselhos de amigos e familiares de pessoas da escola da Amanda que nos ajudaram eram de que os pais podem organizar o dinheiro e os eventos e não é necessário haver pessoas de fora para ajudar. Quem quiser ajudar, ajuda, quem não quiser, não ajuda”. Teresa Martins acrescentou que está “calejada” de “passos mal dados” com “outras entidades”. A campanha para angariar o que resta dos “seis mil euros” necessários para a viagem vai continuar. Os pais da menina já pensam em organizar “uma noite de fados, um concerto com Zé Amaro, se for possível, e outro com Augusto Canário, que já se mostrou disponível, sendo apenas necessário arranjar uma data”. C.V.
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Mais de 500 candidaturas para a fábrica que se vai instalar na Trofa Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Mais de 500 pessoas já apresentaram candidatura para agarrar um posto de trabalho na nova unidade fabril que se deve instalar na Trofa “em janeiro”. Janeiro é o mês “previsto” para a “instalação” da Opportunity Fabrico e Comércio Têxtil, Lda., na Trofa, que inicialmente pretende empregar “250 pessoas”. A unidade fabril pertence a uma empresa francesa, que vai deslocalizar parte da produção da Tunísia para um pavilhão localizado na Rua do Poente, na Trofa Velha. Luís Cameirão, representante jurídico da empresa, explicou em declarações ao NT que a intenção dos proprietários é recrutar um total de “400 trabalhadores” ao fim de três anos de laboração. Neste momento, já chegaram à Câmara Municipal e ao email criado para o efeito “mais de 500 candidaturas”. O advogado, do gabinete António Vilar, Luís Cameirão & Associados, que “está muito vocacionado para a internacionalização de empresas”, afirmou que tentou atrair a Opportunity
Empresa da “fileira automóvel” na mira Luís Cameirão avançou ainda com a possibilidade de mais uma empresa francesa se instalar na Trofa. Trata-se de uma unidade “da fileira automóvel” que pode chegar à Trofa “nos próximos meses”. Por outro lado, houve empresas que não foram instaladas na Trofa, porque o concelho “não reúne as condições necessárias para determinado tipo de fábricas”. “Recentemente, instalei no Porto uma grande multinacional francesa que, neste momento, já tem mais de 400 trabalhadores, que exigia pessoas multilingues, e seria muito difícil fazer chegar à Trofa pessoas nessas circunstâncias. É bom que pensemos que ainda não temos metro e que as acessibilidades continuam a ser um problema muito sério”, afiançou.
Fábrica vai instalar-se na Trofa Velha
para a Trofa “em função da sua tipologia” (indústria têxtil) e “pelo alto teor de empregabilidade que comportava”. No entanto, salvaguardou, “não foi fácil” convencer os investidores. “Inicialmente, já tinham algumas localizações predefinidas, em outros concelhos da zona Norte. Fiz um esforço no sentido de encontrar instalações compatíveis com os requisitos indicados, com mais de 2500 metros quadrados. Por mero acaso, consegui encontrar e o empresário aprovou fazer o arrendamento”, explicou. Luís Cameirão garantiu ainda aos proprietários da empresa que “não teriam dificuldade em recrutar pessoas com experiência necessária no setor da confeção têxtil”. Por força da “instabilidade política e social” que assola a Tunísia, e que causa constrangimentos na “saída de mercadorias e entrada de nova maquinaria”, os investidores optaram por Portugal, que apresenta “um ambiente estável” e lhes dá “garantias de que podem ter produção sem interrupções”, justificou. A diferença do custo de mão de obra entre os dois países não foi entrave para a decisão, uma vez que, em Portugal, “há valor acrescentado e capacidade de produção muito maior”, explicou Luís Cameirão. “(Os proprietários) não são alheios ao facto de os produtos feitos em Portugal
terem a etiqueta made in União Europeia e de a qualidade da mão de obra ser reconhecida. Também não é despiciente o facto menos positivo de que o custo do fator trabalho tem vindo a depreciar-se ao longo dos anos. Hoje, a mão de obra em Portugal é, em média, mais barata do que era há cinco anos”, acrescentou. Os impostos “não foram entrave” para a instalação da empresa, porque “neste momento, Portugal é razoavelmente competitivo do ponto de vista da taxa de IRC e mais atrativo se torna com a projeção da redução gradual ao longo dos próximos anos”, afiançou. Uma vez que se tratam de “transmissões intercomunitárias”, o IVA “não teve relevância” na avaliação.
“A questão de existirem incentivos à contratação também é determinante, nomeadamente no que se refere a recrutamento de desempregados de longa duração e pessoas em situação de primeiro emprego, porque as contribuições para a Segurança Social estão bastante elevadas”, observou. O processo de instalação da Opportunity sofreu “algum atraso” relativamente ao agendamento previsto devido à dificuldade de “deslocar um conjunto de maquinaria que vem de uma das fábricas da Tunísia”. “Essas máquinas só foram libertadas há cerca de oito dias e, neste momento, estão em trânsito. A instalação só deve ocorrer no mês de janeiro”, explicou.
Clube Slotcar da Trofa Convocatória António Carlos Coelho Menezes Matos, na qualidade de presidente da Assembleia-Geral do Clube Slotcar da Trofa e em consonância com os Estatutos, vem por este meio convocar Vª Exª a marcar presença ativa na vida da coletividade pelo que, a todos convoco para a realização do ato eleitoral no dia 9 de dezembro de 2013 (segunda-Feira), na sede social do Clube, estando as urnas abertas entre as 20h e as 22h30m. Para participar no ato eleitoral é necessária a quota atualizada até ao mês de Novembro de 2013. Trofa, 19 de novembro de 2013
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Feira de Natal do Coronado com “mais de 70 expositores” A antiga Fábrica José Ferreira Thedim, no Coronado, vai acolher entre os dias 6 e 8 de dezembro uma Feira de Natal. Criada há três anos com o principal objetivo de angariar fundos, roupa e brinquedos para as famílias mais carenciadas de S. Mamede do Coronado, a Feira de Natal ganha uma nova dimensão. “Atento às dificuldades das famílias”, o executivo da Junta de Freguesia do Coronado, liderada por José Ferreira, decidiu “continuar com este modelo” de forma a “angariar dinheiro”, uma vez que “não há rubrica nem verba específica para a ação social”. Com a agregação de freguesias do Coronado, a Junta de Freguesia decidiu “envolver as duas comunidades nesta iniciativa”, como a “as escolas de S. Romão”, de forma a “sensibilizálas para a área social e para as necessidades e carências que existem”. O certame, que vai decorrer “nos mesmos moldes” das edi-
ções anteriores, vai contar com “mais de 70 expositores dos diversos pontos do país”, nas vertentes de “artesanato e antiguidades”. Uma vez mais, a solidariedade vai estar bem patente, com uma banca onde os visitantes podem depositar “roupa, alimentos, brinquedos e tudo que entendam que não lhes fazem falta” e que, posteriormente, serão “distribuídos pelas famílias que estão referenciadas”. A animação também não vai faltar, existindo um programa “muito equilibrado”. A Feira de Natal do Coronado tem início esta sexta-feira, pelas 19 horas, com a atuação do Grupo Musical Juventude em Força. Seguem-se as festas de Natal da EB1/JI de Vila (20 horas) e do Jardim de Infância de Feira Nova (21 horas), estando o certame aberto até às 24 horas. No sábado, a exposição está aberta entre as 14 e as 24 horas. A animação tem início pelas 15 horas com a festa de Natal da Creche e Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, seguindo-se a festa do Natal do Jardim Infantil Coração de Jesus (15 horas), a atuação do Grupo de Ballet da
um novo conceito e na nova freguesia seja um sucesso”, permitindo à organização “atingir os objetivos” propostos. “As pessoas, as entidades e o tecido empresarial estão muito sensibilizados para esta realidade social, para as necessidades sociais e para as carências que as famílias enfrentam nas mais diversas ordens. Sendo alguém como a Junta de Freguesia a tomar esta iniciativa, a comunidade envolvese e participa de forma muita ativa. Penso que o conceito já está enraizado e é uma iniciativa apelativa. As pessoas gostam de estar, de ver e de participar”, declarou o autarca, apelando “à comunidade que apareça, participe e que contribua com alimenCertame realiza-se na antiga Pesafil tos, brinquedos e roupa”, com a ASCOR - Associação de Solida- ciação para a Defesa do Ambi- “certeza que estes vão ter um riedade Social do Coronado ente e do Património do Litoral destino de grande utilidade”. (18.30 horas) e um show de imi- Norte - tem programadas atividaO presidente da Junta mentações (21.30 horas). des com início marcado para as cionou que estas iniciativas “irão Já no domingo, a funcionar 18 horas. A animação do certa- ser repartidas”, tendo “o cuidaentre as 14 e as 22 horas, o even- me encerra, pelas 21.30 horas, do” de no próximo fazê-las “por to é dedicado ao folclore com a com um espetáculo por “jovens exemplo já noutro local, em S. atuação do Grupo Danças e Can- músicos da freguesia”, o grupo Romão do Coronado”, de forma tares do Vale do Coronado (16 Black n’White. a “envolver e distribuir a iniciativa José Ferreira acredita que a pelos vários lugares e não se horas) e Danças e Cantares do Centro Social de Soutelo (17 comunidade vai “aderir”, fazendo concentre apenas num dos lugahoras). A ADAPALNOR – Asso- com que a “primeira edição com res da nova freguesia”. arquivo
Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Centro Comunitário festejou aniversário com fantoches e música Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Foi com a atuação do grupo coral sénior “Vozes do Centro”, que o Centro Comunitário Municipal da Trofa festejou no dia 27 de novembro, o seu 12º aniversário. O espetáculo musical do grupo coral sénior “Vozes do Centro” e “breves histórias e encenações de fantoches, que retrataram locais emblemáticos do concelho, tais como o Mercado/ Feira, o Parque das Azenhas, a Festa em Honra de Nossa Senhora das Dores, a Casa da Cultura, a Estação Ferroviária e um cenário de vindimas”, marcaram o 12º aniversário do Centro Comunitário Municipal da Trofa.
Esta foi a forma de o grupo “Vozes do Centro” dar a conhecer o seu reportório musical, que resultou de uma Oficina de Canto, assim como dos seniores trofenses de mostrarem “o que têm aprendido nos vários ateliers existentes no Centro Comunitário e que lhes têm permitido ocupar os seus tempos livres, diminuindo os momentos de isolamento em que muitos se encontram no seu dia a dia”. No final da atuação decorreu um lanche convívio entre todos os presentes, composto por “pequenas iguarias confecionadas pelos próprios seniores”. Além dos utentes do Centro Comunitário, participaram utentes de outras instituições de solidarie- Centro Comunitário existe há 12 anos dade social do concelho. da na candidatura Parcerias pa- Parques Nossa Senhora das Do- ção 4 – Apoio e Ação Social, ProA iniciativa esteve enquadra- ra a Requalificação Urbana dos res e Dr. Lima Carneiro, Opera- moção de Saúde e Desporto.
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Escuteiros angariam mais de cinco mil quilos de alimentos para o Banco Alimentar Cátia Veloso
Os agrupamentos de escuteiros do concelho da Trofa angariaram 5515 quilogramas de alimentos, que vão ser entregues a famílias desfavorecidas. Na Trofa, a campanha de angariação de alimentos para o Banco Alimentar conseguiu recolher 5515 quilogramas (kg) de alimentos, no fim de semana de 30 de novembro e 1 de dezembro. Um número mais baixo do obtido na recolha do ano passado, na mesma altura (6809 kg). A nível distrital, foram angariados 453.816 kgs de alimentos. No domingo de manhã, alguns exploradores dos escuteiros de Santiago de Bougado estavam em frente ao Intermarché da Trofa a entregar sacos do Banco Alimentar e a recolher os alimentos doados. João Dias, 13 anos, era um dos “angariadores” de serviço e sentia-se “bem” no
papel. “Estou a ajudar alguém e no fim do dia é uma sensação de dever cumprido”, frisou. A manhã de domingo estava a cargo dos exploradores (lenço verde), enquanto os caminheiros (lenço vermelho) esperavam pela tarde para pôr “mãos à obra”. No dia anterior, já os lobitos (lenço amarelo) e os pioneiros (lenço azul) tinham cumprido o seu dever solidário. Segundo Luís Neves, chefe dos escuteiros de Santiago de Bougado, cerca de “80 a 90 jovens” do agrupamento estão envolvidos, “duas vezes por ano” nesta campanha. “Todos eles gostam e sabem para o que é que serve esta recolha”, evidenciou. A atividade decorreu “dentro do expectável”, acrescentou Luís Neves, que considera que “a crise está forte, mas as pessoas sentem que há quem precisa e são sensíveis às necessidades de quem está em pior situação”. Depois de recolhidos, os ali-
Com apenas dois quilos de arroz pode fazer magia Angariar “uma tonelada de arroz” é a ambição do voluntário António Moreira que, em parceria com a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), está a organizar a Noite Mágica, que decorre pelas 21 horas de sábado, 7 de dezembro, no auditório da sede da Junta de Freguesia de Bougado, na Avenida de Paradela. O valor de entrada mínimo de “dois quilos de arroz” vai permitir à organização “suprir necessidades que tem em dar resposta aos crescentes pedidos que diariamente são encaminhados”. Ao mesmo tempo que ajudam o refeitório social “Porta de Sabores”, a comunidade tem a oportunidade de assistir a um espetáculo constituído por pessoas da terra. No grupo de música “Os Acesos”, Fernando Jorge, Paulino Lima e Joaquim Torres vão cantar temas de Zeca Afonso. Há “momentos de poesia e música” com António Sousa e Ivo Machado, música tradicional portuguesa pelo grupo “A Rapaziada” e o “grande momento de fado” protagonizado por Ercília Araújo e Joaquina Rodrigues, com Mário Lima na guitarra e Ricardo Reis na viola. Há ainda as atuações da Escola Passos de Dança e da Escola Pé de Dança, que vão “surpreender com bonitas coreografias”. P.P.
Recolha esteve abaixo da realizada em dezembro de 2012
mentos são transportados para um “grande armazém, em Perafita”, onde lhes espera “um mar de gente”. Junto de tapetes onde os alimentos são colocados, os voluntários “separam os artigos
por datas”. “Ao longo do ano, são feitos cabazes para serem entregues às instituições de apoio”, explicou Luís Neves. Os outros estabelecimentos comerciais do género também
foram abrangidos pela campanha na Trofa, com a participação de outros agrupamentos de escuteiros do concelho, o de S. Martinho, o de S. Romão do Coronado e o de Alvarelhos.
Balcão Multisserviços da Trofa no Top 10 nacional O Balcão Multiserviços (BMS) da Trofa surge no Top 10 do ranking nacional dos BMS Portugueses. Uma classificação que resulta de “um estudo recente pela AMA – Agência para a Modernização Administrativa, entidade coordenadora de todas as lojas do cidadão e Balcões Multisserviços do País”. Recorde-se que esta valên-
cia, que existe desde 2012, no Centro Comunitário Municipal e sucedeu ao antigo PAC (Posto de Atendimento ao Cidadão), assume-se como “um posto de atendimento que agrega a prestação de vários serviços de entidades diferentes, permitindo ao cidadão ser atendido com uma única senha, de forma cómoda e expedita”.
Boas Festas
Neste último ano, dado o número de atendimentos efetuados, “cerca de 2800 por mês”, o Balcão Multisserviços da Trofa, que “organiza os serviços públicos prestados em função do cidadão, de forma a otimizar e rentabilizar o aproveitamento dos recursos disponíveis”, surge na 7ª posição do top. Neste ranking aparecem ainda os BMS de Vila Nova de Gaia (1º), S. João da Madeira (2º), Aveiro (3º), Porto (4º), Coimbra (5º), Braga (6º), Laranjeiras (8º), Viseu (9º) e Odivelas (10º). O Balcão Multisserviços da Trofa presta serviços na área da ADSE (Direção Geral de Proteção Social aos trabalhadores em Funções Públicas), CNP (Centro Nacional de Pensões), ISS (Instituto da Segurança Social), IMTT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres), CGA (Caixa Geral de Aposentações), DGC (Direção Geral do Consumidor), ACP (Automóvel Clube de Portugal), DGAJ (Direção Geral da Administração da Justiça) e EDP. P.P.
8 Reportagem
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5 de dezembro de 2013
Na Trofa, pessoas com mobilidade reduzida têm que enfrentar vários obstáculos
Falta de sensibilidade para quebrar barreiras Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência assinala-se, anualmente, a 3 de dezembro. O NT não quis deixar passar a data despercebida e falou com António Marranita, que se move em cadeira de rodas, sobre as dificuldades que enfrenta com as barreiras arquitetónicas. António Marranita já perdeu a conta às chamadas de atenção que endereçou a responsáveis autárquicos para as barreiras arquitetónicas que encontra, diariamente, na Trofa e que o privam de segurança e qualidade de vida. Vítima de uma doença degenerativa, tem que se deslocar numa cadeira de rodas e circular pela cidade – à imagem do que acontece um pouco por todo o país – é um verdadeiro desafio. Acessos sem passeios, passeios mal construídos, passeios com buracos ou tampas mal colocadas pululam pelas várias ruas trofenses. E o que dizer de rampas cuja inclinação “mais parece uma pista para brincar”? Um dos exemplos é uma junto à Academia Municipal (Aquaplace), perto do local de trabalho de António Marranita. “É uma descida íngreme que fizeram no passeio para permitir a entrada de carros, mas constitui um perigo enorme para quem se desloca
em cadeira de rodas”, conta. Outra barreira encontra-se num passeio construído a par da nacional 14, em frente ao posto de combustível BP, no centro da cidade, cuja esquina encurta o espaço, tornando impossível a passagem de pessoas com mobilidade reduzida e carrinhos de bebés. “Os meus pais acabaram por colocar pedras e terra naquele local para alargar o passeio, já que, caso contrário, se utilizasse a passadeira, teria de ir pela estrada”, contou. Mais à frente, próxima da rotunda do Catulo, na Rua Guerra Junqueiro, existe uma passadeira mesmo junto à estrada nacional mas, a não ser que se utilize a estrada, só pode ser usada por pessoas sem mobilidade reduzida. É que a rampa está localizada a cerca de dez metros de distância. “O estacionamento de carros em cima dos passeios é quase constante e a utilização indevida de lugares restritos a veículos com dístico também. Ainda hoje (terça-feira) aconteceu, tive que esperar que uma pessoa retirasse o carro para poder usufruir do meu lugar”, relatou. Este é um problema que vem da “raiz” e tarda a ser visto seriamente pelos responsáveis políticos, que “dizem que vão atuar, mas depois não fazem nada”, desabafa. E o problema não está só na rua. Os edifícios públicos são os primeiros a reprovar no
Passeio sem espaço para cadeiras de rodas
António Marranita tem que passar por várias barreiras arquitetónicas
teste da igualdade de acesso. No sábado, António Marranita não vai poder assistir ao espetáculo que vai decorrer no auditório da sede da Junta de Freguesia de Bougado, na Avenida de Paradela, porque não há acesso para pessoas com mobilidade reduzida. “O antigo presidente por duas vezes me disse que tem um elevador de escadas para subir para o anfiteatro. Disse que não conseguia arranjar quem montasse aquilo e até pediu ao meu pai para o fazer, mas até hoje nunca mais ninguém me contactou”, contou. O mesmo se pode dizer “do salão nobre dos
Bombeiros Voluntários da Trofa” e outros locais podiam ser referidos, mas António Marranita já não arrisca passar por lugares que não conhece, porque, afirma, “já sei que não vou ter acessos”. Da lei 123/97, de 1997, que estipulava sete anos para que os edifícios públicos fossem dotados de acessos para pessoas com mobilidade reduzida – e que sofreu um prolongamento de mais sete anos – António Marranita já não ouve falar. “Entretanto já se devem ter esquecido”, frisou. Para este trofense, o problema persiste porque “as pessoas
não conhecem os casos de perto e não são tão sensíveis”. “Há quem aprove obras sem que os critérios de mobilidade sejam cumpridos”, sublinhou. A “falta de informação” e os elevados obstáculos para conseguir apoios estatais fazem com que muitas pessoas não os peçam ou desistam de lutar. António Marranita está “há quase dois anos” à espera de baterias para a cadeira de rodas, às quais tem direito por ser trabalhador deficiente. “O Instituto de Emprego analisa, pede papéis e mais papéis e demora a responder. Voltei a forçar e o responsável mandou-me um email a dizer que a meio de dezembro deverei ter as baterias. Vamos ver”, referiu. As ajudas técnicas “existem”, acrescentou, mas “demoram a ser desbloqueadas” e “são inacessíveis” a muitas pessoas. O içador com carril, que António Marranita tem no teto de casa, e que ajuda os pais a levantá-lo da cama ou a levá-lo para a banheira da casa de banho, custou “cerca de dez mil euros”. Normalmente, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se assinala a 3 de dezembro, António Marranita costuma enviar um email à Câmara Municipal para sensibilizar e apelar a uma maior atenção. Até hoje, ainda espera por uma resposta que lhe possa dar melhor qualidade de vida.
Rampa junto ao Aquaplace é “um perigo enorme”, afirmou António Marranita
Atualidade 9
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5 de dezembro de 2013
Ondjaki apresenta “Uma escuridão bonita” na Escola Secundária Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Ondjaki, escritor que venceu recentemente o Prémio José Saramago, esteve na Escola Secundária da Trofa, a 29 de novembro, a apresentar a obra infantil “Uma Escuridão Bonita”. “É bom dividir uma escuridão com outra pessoa, em concha e aconchego, como se dois mundos, nessas gotas de negrume, fossem um só”. Este é um dos excertos do mais recente livro publicado por Ondjaki, escritor angolano que venceu, recentemente, a 8ª edição do Prémio José Saramago. “Uma Escuridão Bonita” é o nome do conto infantil que relata a história de dois jovens que, numa das muitas noites em que falta a luz em Luanda, ensaiam o primeiro beijo. Antes de acontecer, o beijo precisa de muitos ensaios e de momentos em que ora está perto, ora está longe.
Para dar a conhecer a obra, o escritor esteve na Escola Secundária da Trofa onde, num ambiente descontraído e com apurado sentido de humor, conseguiu manter uma plateia jovem silenciosa e interessada. Ondjaki esteve prestes a cancelar a apresentação na Trofa, por questões de saúde, mas acabou por marcar presença na escola. Afinal, este já foi um concelho que o acolheu – no Encontro Lusófono - e pelo qual “nutre um carinho especial”. “Tenho muitos amigos aqui e é um lugar que do ponto de vista da temperatura é frio, mas que do ponto de vista humano é muito caloroso”, contou em entrevista ao NT. Ondjaki, um tanto ou quanto avesso a falar da sua obra, preferiu dirigir-se aos jovens com várias histórias – reais ou ficcionadas – de Luanda e da sua experiência cultural em Portugal e no Brasil, país onde vive atualmente. Questionado pelos alunos, o escritor explicou que a carreira começou um pouco de-
Ondjaki falou do mais recente livro publicado
pois de “sentir um ímpeto para escrever, em conto, uma ou outra história da família” e viu o primeiro livro publicado “dois anos e meio depois de telefonemas insistentes” para a editora, a
Caminho. Já sobre a experiência como escritor, explicou que “tem altos e baixos”, “uma vivência pelo convívio da personagem e pela intensidade de cada uma”. “Passa-
mos por momentos que são sofridos como qualquer outro artista”, explicou, dando o exemplo do romance “Os Transparentes”, que lhe valeu o Prémio José Saramago. Foi um parto difícil, porque “escrevia pior do que aquilo que tinha imaginado”. “Aprendi muito com a escrita do livro, custou-me, mas saio dessa experiência com outro tipo de maturidade”, explicou. Ondjaki sente-se “mais à vontade no conto” e encara-o “como um desafio”, pois “é um género muito difícil”. Assume-se como um escritor com um lado autocrítico “muito forte”, mas mesmo que não goste das obras, mantêm-nas no mercado, porque encara-as como “uma assinatura no tempo” e prefere “deixar passar essa imperfeição estética”.“Também é um ato de amizade com os leitores”, acrescentou. Para além da simpatia, Ondjaki distribuiu desenhos nos livros autografados, vincando um cunho pessoal que encantou os leitores.
EB 2/3 S. Romão do Coronado no top 5 da campanha Geração Depositrão Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
De entre “mais de 640 escolas”, a EB 2/3 de S. Romão do Coronado foi o 2º estabelecimento de ensino que mais créditos conquistou, com a recolha de equipamentos elétricos e eletrónicos. A Escola Básica 2/3 de S. Romão do Coronado conquistou o top 5, no distrito do Porto, na campanha “Geração Depositrão”, desenvolvida pela ERP (European Recycling Platform) Portugal sobre o tema da “gestão de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores), tendo o foco no correto encaminhamento destes resíduos para reciclagem”. Durante o ano letivo 2012/ 2013, a EB 2/3 de S. Romão recolheu “um frigorífico, lâmpadas, televisores/monitores e pequenos eletrodomésticos”, que foram convertidos em “630 créditos”, dando à escola o 2º lugar do
ranking das escolas portuenses. A responsável pela dinamização da atividade na escola romanense, Celeste Osório, referiu que esta distinção é importante no incentivo da continuidade da recolha de eletrodomésticos. A escola apenas participou na vertente da recolha de equipamentos elétricos e eletrónicos, uma vez que também está associada à campanha “O Pilhão vai à Escola”, dinamizada pela Ecopilhas, com o objetivo de “sensibilizar a comunidade escolar para a necessidade de recolher seletivamente pilhas e baterias usadas, incentivando as escolas a adotar as melhores práticas ambientais”. Filipa Moita, responsável de comunicação e sensibilização da ERP Portugal, explicou que a “avaliação” da atividade de recolha da campanha Geração Depositrão teve em conta “dois critérios: total de créditos e créditos por aluno, em cada uma das escolas participantes”. “O sistema de créditos faz a tradução do peso ou das unidades de resíduos recolhidos. Por exemplo, uma
máquina de lavar equivalia a 50 créditos e um Depositrão (contentor destinado à recolha de pequenos equipamentos, tais como secadores de cabelo, torradeiras, batedeiras elétricas, telefones/telemóveis, leitores de mp3, portáteis, impressoras, entre outros) a cem créditos. Esta mecânica permitiu introduzir nas escolas a possibilidade de recolher, também, resíduos de maior porte (máquinas de lavar ou frigoríficos, entre outros), destacando o Depositrão, associando-lhes maior número de créditos para estimular a sua recolha”, explicou. O projeto “Programa Eco-Escolas”, desenvolvido em parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), envolveu “mais de 640 escolas e mais de 340 mil alunos de todo o país”. A 6ª edição da Geração Depositrão começa “em breve”, no sentido de “continuar a estimular comportamentos ambientais corretos”, estando “as inscrições disponíveis até ao final de novembro”. “Várias” escolas do distrito do Porto “destacaram-se” na cam-
panha de recolha “assegurando o destino adequado para os equipamentos e pilhas em fim de vida”. O 1º lugar foi atribuído à EB1/JI de Chouselas (Vila Nova de Gaia), com 716,80 créditos, o 3º à E.B. 2/3 D. Manuel Faria e Sousa (Felgueiras), com 567 créditos, o 4º ao Agrupamento de
Escolas de Vila Nova de Paiva, com 500 créditos e o 5º ao Jardim de Infância Quinta do Casal (Marco de Canaveses), com 449 créditos. Contudo, “nesta edição as escolas do Porto infelizmente não ganharam prémios”, segundo declarações de Filipa Moita.
10 Trofenses Fantásticos
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5 de dezembro de 2013
O Miguel que pegou de estaca na comédia Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Trofenses Fantásticos é o nome da rubrica que o jornal O Notícias da Trofa vai publicar para dar a conhecer pessoas que se destacam pela sua profissão, pelo seu hobby ou simplesmente pelo seu percurso de vida. Começamos a rubrica com Miguel 7 Estacas. Quem é que não se lembra do programa de comédia “Levanta-te e Ri”, transmitida na Sic, que projetou vários comediantes como Bruno Nogueira, Aldo Lima, Ricardo Araújo Pereira, entre outros. Miguel 7 Estacas foi um deles e a partir daí nunca mais parou. Inserido na rubrica “Trofenses Fantásticos”, o NT e TrofaTv vão dar a conhecer o homem por trás deste profissional. Antes de ser Miguel 7 Estacas é Miguel Costa, uma “pessoa simples e da terra”, onde continua a viver por “opção”, pois “sempre” gostou de “cá estar”. O seu “primeiro trabalho” foi na “área da contabilidade”, o que “na altura era espetacular porque o melhor contabilista era aquele que conhecia o chefe das finanças”. “Agora é tudo muito diferente, os contabilistas têm que estudar e tudo”, contou em tom de brincadeira.
Foi devido à “projeção bastante positiva” do “Levanta-te e Ri”, que Miguel começou a “ponderar” o salto da contabilidade para a comédia, porque deixou de ter “algum tempo” para fazer “textos novos para trabalhar mais na comédia”. Considerando ser “a altura certa para arriscar tudo”, Miguel decidiu aproveitar a que poderia ser a “única oportunidade” e dedicar-se exclusivamente à comédia. “Foi a oportunidade, tanto a minha como de muitos outros colegas meus que hoje em dia são grandes senhores na rádio, televisão, teatro, cinema”, afirmou, referindo que, para si, “os mais mediáticos” que deram o salto com o programa foram “o Nilton, Bruno Nogueira e Aldo Lima”. Mas a sua estreia em palco como “profissional” e onde recebeu “o primeiro cachet, dez mil escudos”, foi uns anos antes, em 1989, no Geometria-Bar, em Santiago de Bougado. Foi também aí onde se deu o click para o nome artístico. Uma semana antes da sua estreia em palco no Geometria-Bar, Miguel foi até ao local assistir ao espetáculo de Óscar Branco. Antes de entrar em palco, Óscar Branco terá sido avisado por Jorge Coutinho, gerente do espaço, que “alguém do meio do público se ia meter com ele e que a forma de o calar
seria dizer que era das 7 Estacas”. “E assim foi, eu mando-lhe uma boca qualquer e para espanto de toda a gente ele diz “ei oh 7 Estacas aguenta os cavalos”, ficou tudo espantado como é que ele sabia a história das 7 Estacas na zona”, recordou, declarando que foi assim que surgiu o nome artístico 7 Estacas, depois de ter juntado essa piada da “primeira vez” que subiu ao palco com “a história que todos conhecem ligada a Cidai”. Quando questionado sobre a descoberta do seu talento, Miguel asseverou que este é “qualquer coisa natural” e que “nasce connosco”. Contudo é preciso ser “aperfeiçoado” para que o talento além de natural fique “o mais perfeito possível”. “Na comédia então só com os anos é que se vai mesmo tornando quase que a 100 por cento. Um bom comediante não consegue ser bom aos primeiros tempos, porque a maturidade e a estrada ensinanos muito”, exemplificou. Depois do Levanta-te e Ri, apareceram “muitos mais trabalhos sobretudo em bares, discotecas, festas de empresas e animação ao ar livre, que é muito mais variado”. Além de aumentar o número de trabalhos, este programa televisivo “abriu portas” para “trabalhos em salas de espetáculo”, “o desenvolvimento
Miguel 7 Estacas está quase a completar 25 anos de carreira
para outras áreas”, como na “área teatral”, e projetos em televisão, como o “Sempre em Pé” na RTP2 e o “Bolhão Rouge” no Porto Canal, juntamente com João Seabra e Hugo Sousa, onde esteve durante “mais tempo” a fazer stand up comedy.
Atualmente, Miguel 7 Estacas está envolvido em “vários projetos”. Além de continuar com “o registo habitual do stand up comedy”, tem o projeto “Stand da Comédia” com Hugo Sousa e João Seabra, que engloba “váqualquer que surgiu na regie”. “A rios projetos a nível teatral”, primeira coisa que me apareceu como a “história de Portugal em foi a bata da senhora das limpe- 90 minutos”, a peça teatral “Coizas do canal e a vassoura. A figu- sas de Canalha”, baseada em ra tem um ar muito estranho, por- “contos infantis”, e o Stand Up que tem uma peruca de mulher, Comédia Convencional, que é mas tem bigode e depois anda nas “uma mistura de vários estilos limpezas e na recolha de objetos de humor”. Para além disso, Mique havia espalhados no estúdio”, guel tem, neste momento, um recordou, salientando que devido projeto com os Perfume e Ana ao feedback ter sido “tão bom”, “a Viriato, apresentadora da RTP, personagem foi crescendo”. denominado “Diabo a 7 show”. O nome da personagem foi Um espetáculo que mistura “múatribuído pelos colegas, que fica- sica com comédia”. ram surpreendidos com “esta coiDepois da pré-estreia em Lissa que apareceu”, e em nada tem boa do espetáculo “Humor na a ver com “o carro das limpezas Cartola”, este será apresentado do Município”. Esta personagem este mês “mais a norte para juntamente com o Mágico Urini mostra aos empresários para são as que “mais gozo” lhe dá conhecerem o produto”. “Somos fazer. O Senhor Limpinho porque dois, o mágico profissional João tem “panos para mangas” e o Miranda e eu faço a parte mais Mágico Urini por ser “uma perso- cómica/estúpida da magia. Faço nagem de magia cómica que não tudo aquilo que corre mal e ele existe”. Além destas, Miguel já é aquele senhor da magia que deu vida a Fredo, o homem das faz tudo muito direitinho, super obras, ao Bombeiro Meireles e a profissional e eu vou a seguir e um motard. desmonto tudo”, concluiu.
Senhor Limpinho é das personagens “mais mediáticas” Para os seus trabalhos, Miguel vai buscar a inspiração ao seu “sentido crítico e, principalmente, observador”, uma vez que não é uma pessoa de “dialogar muito” mas de “ficar num cantinho a ver o que se passa e a registar todos os momentos, tanto visualmente como tirando apontamentos de escrita de tudo o que acontece à sua volta”. Outra forma de ir buscar inspiração está relacionada com “o trabalho” de personagens. Ao longo da sua carreira de quase 25 anos, Miguel já criou “bastantes” personagens, “algumas que ficaram durante mais tempo, umas ainda permanecem e outras percebe-se que não são tão mediáticas”, uma vez que são para “um público específico”. “A última e a mais mediática na atualidade” é o Senhor Limpinho. Uma personagem que foi criada no Porto Canal, quando em “muito pouco tempo”, Miguel teve que a criar para “preencher dez minutos” devido a “um problema Senhor Limpinho passa no “5 para a meia noite”, na RTP, à 2ª feira
Miguel continua com “vários projetos”
Atualidade 11
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5 de dezembro de 2013
Bolo-rei tradicional a concurso na Trofa Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
O cheiro do açúcar e das frutas caldeadas invadiu o olfato de quem passava pelo corredor do Centro Comercial da Vinha, onde está situada a Prodoce – Dicas de Festa. A proprietária da loja decidiu testar os dotes culinários de quem enfeita a mesa de natal com o bolo-rei. Textura, paladar, aroma e decoração. Estes foram os critérios de avaliação do Concurso de Bolo-rei promovido pela Prodoce – Dicas de Festa, no Centro Comercial da Vinha, na tarde de sábado, 30 de novembro. A concurso estiveram dez exemplares que foram avaliados por um júri composto por Paulo Alves, formador de cake design, Óscar Costa, representante da empresa Doce Fruta, e Hermano Martins, diretor do jornal O Notícias da Trofa e da TrofaTv. O bolorei número dez, pertencente à Sweetcake, situada na Maganha, em Bougado, foi o vencedor, pela conjugação dos critérios. Segui-
Dez bolos-reis estiveram a concurso
ram-se os doces da Pastelaria Corina e de Susana Dias, que completaram o pódio, respetivamente. O júri decidiu ainda galardoar o bolo-rei com melhor paladar e aroma, que pertencia a Fernanda Ferreira. “Para mim foi uma experiência fantástica na Trofa e fiquei surpreendido com o produto final,
tivemos muito bons bolos-reis”, afirmou Paulo Alves, que salientou o facto de “nem sempre aquele que tem a melhor textura tem a melhor qualidade em termos de sabor”. “Acabamos por avaliar um que conjugava, quase na totalidade, as quatro características”, acrescentou. Já Óscar Costa considera pub
que o concurso mostrou que “apesar da crise, o bolo-rei está presente na mesa dos portugueses e que, cada vez mais, as pessoas optam por fazê-lo em casa”. Para os jurados, esta iniciativa foi uma boa forma de valorizar o doce e a importância de o preservar com as características de origem. “Temos de louvar o
que é tradicional, porque é uma característica que se está a perder ao longo dos tempos, em que tudo é industrializado, na chamada pastelaria de saco”, sublinhou Paulo Alves. À pouca adesão das pastelarias respondeu a participação em bom número de populares. Manuela Machado, proprietária da Prodoce – Dicas de Festa, assinalou a presença de “muitas donas de casa”. “Certifiquei-me que as pastelarias tivessem conhecimento, mas por algum motivo acharam que não seria importante participar, obter o primeiro lugar e a fama de ter o melhor bolo-rei das redondezas”, asseverou. Já sobre a vencedora, para Manuela Machado “era de esperar” que obtivesse uma boa classificação, uma vez que “faz boas massas e bolos, tanto em aspeto como em recheio”. Depois da experiência com os bolos-reis, a Prodoce já pensa no próximo concurso, desta vez para avaliar pães de ló, indo ao encontro de várias solicitações durante a promoção da iniciativa. pub
12 Atualidade
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5 de dezembro de 2013
Valorizar a família num mundo tecnológico Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
A Pastoral Familiar de S. Martinho promoveu uma tertúlia subordinada ao tema “Diálogo em família na era tecnológica”. Cerca de uma centena de pessoas ouviu Abel Magalhães, especialista em psicologia, apelar ao cultivo dos laços familiares. “Pai, não nos podemos esquecer, amanhã às 20.15 horas dá o Futebol Clube do Porto”, disse o filho. O pai respondeu de forma perentória: “Filho, desculpa, mas amanhã é a festa dos 50 anos de casamento dos teus avós, por isso vamos estar em família e valorizar o acontecimento”. Esta foi uma das histórias que serviram de exemplo para a tertúlia que a Pastoral Familiar da paróquia de S. Martinho de Bougado organizou na noite de sexta-feira, 29 de novembro, na cripta da Igreja Nova. “Diálogo em família na era tecnológica” foi o tema que o orador Abel Magalhães desenvolveu, diante cerca de uma centena de pessoas, para demonstrar que é necessário “cultivar” os momen-
Abel Magalhães liderou a tertúlia sobre “Diálogo em família na era tecnológica”
tos em família e saber lidar com as novas tecnologias, “um pau de dois bicos, pois são uma luz nova para a nossa sociedade e, ao mesmo tempo, constitui uma ameaça”, frisou. A “arte de ver para lá” foi dissecada através de várias histórias da vida real e de jogos entre os participantes da tertúlia - cantar “Os Parabéns”, cochichar ou cumprimentar - tornando a reunião mais interativa. Filipe Gomes, presidente da Pastoral Familiar da paróquia de S. Martinho de Bougado, consi-
dera que este tipo de iniciativas “são importantes”, uma vez que “se pensarmos nos valores que a sociedade nos impõe, a família está um pouco esquecida e desvalorizada”. “Como famílias devemos contrariar essa tendência, até para o crescimento salutar da nossa espécie. O doutor Abel Magalhães consegue falar de coisas muito concretas, dos problemas que acontecem no dia a dia e, dessa forma, deu-nos vitaminas para nos autovalorizarmos e percebermos a importância da família na sociedade”, as-
severou. Por seu lado, Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, salientou a premência de “investir na formação da vida familiar”, pelos “vários problemas que as pessoas têm hoje, não só a nível económico como na própria vivência em comunhão”. “O tema parece-nos um tipo de discussão a incentivar, porque a vida hoje em dia torna-se muito apressada, com as famílias a desagregarem-se e há tendência para existir outra conceção de família. Precisamos de estar prepa-
rados para não nos deixarmos apanhar pelas próprias circunstâncias”, acrescentou. Pela “elevada experiência” a abordar temáticas sobre relações interpessoais, Abel Magalhães foi o orador escolhido pela Pastoral Familiar. “Ele é especializado em psicologia e psiquiatria e tem participado em várias iniciativas a nível diocesano”, explicou João Cerejeira, elemento da Pastoral. A tertúlia é uma das atividades que a Pastoral Familiar promove durante o ano, para cumprir o objetivo da “formação”. Existe também a componente “celebração”, onde cabem as cerimónias de comemoração dos 25, 50 e 60 anos de matrimónio. “Há muitos casais que, por falta de meios económicos, não comemoram com dignidade esses momentos. Nós achamos que os devemos valorizar e todos os anos há uma cerimónia religiosa, com uma componente festiva, com esses casais. Há uma adesão muito grande”, afiançou. O Dia do Pai, da Mãe e dos Avós, o Dia das Grávidas e a Bênção dos Bebés são outras iniciativas que, em 2014, serão levadas a cabo pela estrutura paroquial.
Muro Doce para deliciar comunidade Patrícia Pereira
Comissão Social de Freguesia do Muro está a organizar para sábado uma exposição de doces, com o intuito de angariar fundos a reverter para as famílias carenciadas. As rabanadas, o pão de ló, as filhós e os sonhos vão estar perfilados numa mesa decorada à quadra natalícia, para que os visitantes os possam provar e aprender como os confecionar. Muro Doce é uma exposição de doces e decorações de Natal, organizada pela Comissão Social de Freguesia (CSF) do Muro, com os objetivos de “angariar dinheiro que vai reverter para as famílias mais carenciadas” e divulgar o que os murenses “fazem de bom”. A partir das 15 horas de sábado, 7 de dezembro, as mesas do refeitório da Escola Básica da Estação, no Muro, vão estar ape-
trechadas com os doces tradicionais da época e decoradas pela empresa Sanimaia. À mesma hora, os “cerca de nove inscritos” vão confecionar as iguarias expostas, “divulgar receitas de família e adaptar alguns doces à época natalícia com decoração”, de forma a que os visitantes possam tirar anotações e aprender a prepará-los. A associação Muro de Abrigo também vai marcar presença com “algumas prendinhas feitas pelos seniores”. A entrada nesta exposição tem um custo de “cinco euros”, sendo que as crianças “até aos cinco anos não pagam e daí até aos 12 pagam 2,50 euros”. Além disso, no local há caixas disponíveis com amostras dos doces expostos para que os possa levar para casa. Cada caixa tem um custo de cinco euros. Para Conceição Campos, tesoureira da Junta de Freguesia e elemento da CSF do Muro, este será “um dia agradável” para
aprender a confecionar os doces e provar estas deliciosas iguarias ao som de músicas de Natal. A ideia desta iniciativa surgiu durante uma reunião da CSF, quando se questionava o que se poderia fazer para ajudar as pessoas que, devido “à atual conjuntura do país, têm mais carências e muita gente desempregada”. “Os cabazes que vão buscar às instituições não chega e cada vez há mais pessoas desempregadas e com carências e, por isso, achamos por bem ter algum dinheiro para fazermos algumas obras e ajudar as famílias que estão nesta situação mais débil”, contou. A Junta de Freguesia tinha pensado “nesta atividade para abril/maio”, mas Conceição Campos propôs fazê-la agora no Natal, o que agradou aos restantes elementos. A CSF do Muro tem em mente fazer “alguns workshops”, como “de culinária, pintura, artesanato e escultura”.
Aldeia dos Estrumpfes em Loures Até ao dia 5 de janeiro de 2014, a exposição “A Aldeia dos Estrumpfes 2” vai estar patente no Centro Comercial Continente de Loures, em Lisboa. Esta é uma das obras de Vítor Macedo, que foi inaugurada no dia 1 de dezembro. Recorde-se que a maqueta tem “2,77 metros de comprido por 1,15 de largura”, que foi feita “especialmente” para estar no programa Boa Tarde da SIC, que foi emitido no dia 19 de agosto de 2011. P.P.
Atualidade 13
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5 de dezembro de 2013
“Evolução sustentada” dá “confiança” para o futuro do Crédito Agrícola do Médio Ave As comemorações do centésimo aniversário da Caixa de Crédito Agrícola do Médio Ave ficaram marcadas pela homenagem aos fundadores, associados, clientes e colaboradores. “Todo o agricultor que possa dar uma garantia de que é honesto e trabalhador tem na Caixa de Crédito Agrícola o seu melhor amigo e não precisa de bater a outra porta”. Esta foi a mensagem dos 15 fundadores da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Famalicão que, há cem anos, motivados pelo mau ano agrícola, criaram uma agência cooperativa para dar apoio aos agricultores para as sementeiras vindouras. A efeméride foi assinalada com pompa e circunstância, no sábado, 30 de novembro, pelos atuais gestores da instituição, cuja sede em Famalicão conta agora com uma placa onde estão inscritos os nomes daqueles que impulsionaram na região o espírito do Crédito Agrícola. A valorização da história continuou na sessão solene que teve lugar na Casa das Artes e que contou com a presença de representantes de diversas entidades ligadas ao mundo cooperativo. Desde 2010 denominada Caixa de Crédito Agrícola do Médio Ave, pela integração das agências dos concelhos da Trofa e Santo Tirso, a instituição conta
com “cerca de dois mil associados, várias dezenas de milhares de clientes e abrange todos os setores de atividade económica”, anunciou o presidente do conselho de administração, Germano Abreu. “Com uma gestão rigorosa e equilibrada, sustentada em competências técnicas e opções estratégicas flexíveis, foi possível ir vencendo as naturais dificuldades de um longo percurso de cem anos, por vezes muito atribulado”, acrescentou. As marcas identitárias do Crédito Agrícola, evidenciou, são “a criação e a preservação de uma relação de proximidade com os seus associados e clientes” e “o atento acompanhamento da dinâmica social e económica das comunidades locais que pretende valorizar e servir”. Citando o Conselho Nacional para Economia Social, na carta de Cascais, de junho, Germano Abreu destacou o trecho que apelida as cooperativas como “expressão do modelo social e económico sem perdedores que se inspira nos valores da solidariedade, da igualdade, da justiça, da equidade e da transparência, em prol da coesão social e da democracia”. “A persistência na prática desses valores e o acompanhamento dos modelos de gestão e adoção de métodos de operação de instrumentos adequados para a sua execução contribuíram decisivamente para uma evolução sustentada e uma
Gestores homenagearam fundadores com placa evocativa
afirmação social e financeira que, também pela prestigiosa consideração granjeada junto dos seus pares, permitem encarar o futuro com confiança e otimismo. Licínio Pina, presidente do conselho de administração executivo da Caixa Central, considera que a Caixa do Médio Ave “é o exemplo de uma instituição solúvel, com gestão cuidada, que dinamiza a sua região” e “é solidária, pois quando chamada à sua responsabilidade respondeu afirmativamente para consolidar com uma caixa vizinha e desenvolver um projeto sólido que garanta às pessoas e empresas da região maior e melhor apoio”. Apesar das antigas previsões terem sido desfavoráveis, o mo-
delo cooperativo tem conseguido enfrentar a crise, fazendo do Crédito Agrícola “o sétimo maior grupo financeiro do país”, frisou Licínio Pina. Por sua vez, Germano Abreu explicou que “a estabilidade e a aversão ao risco” tornam as cooperativas financeiras “empresas que geram e devem gerar excedentes, que se convertem em reservas que lhes asseguram a força e põem-nas ao abrigo dos problemas que são originados pelas exigências de capital próprio impostas pelos reguladores”. No entanto, a atividade do modelo cooperativo está exposta a novos desafios provenientes da regulamentação da União Europeia, que emerge fruto da
recessão que também atingiu o sistema financeiro. Quem o diz é Francisco Silva, presidente da Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola, que frisou: “As Caixas Agrícolas vão ter que absorver a regulamentação nacional decorrente dessa chamada União Bancária, que vai implicar com muitos aspetos do nosso funcionamento”. Para além de relembrar os fundadores, as comemorações também serviram para homenagear os associados, clientes e colaboradores que contribuem para o sucesso da instituição. À sessão solene seguiu-se um almoço, na Quinta do Palácio Rauliana, em Ribeirão. C.V.
Indaqua Santo Tirso/Trofa é dos operadores que menos água desperdiça A Indaqua Santo Tirso/Trofa está no top 10 das entidades gestoras mais eficientes, no que respeita ao desperdício de água na rede. Os dados foram divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e revelam que dos dez operadores que menos desperdiçam água sete são privados. “As empresas privadas estão há pouco mais de uma década no mercado e, de acordo com os dados lançados pela ERSAR, os resultados mostram que estas são mais eficientes no controlo de perdas de água”, afirma João Gomes da Costa, diretor geral da Associação de Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente (AEPSA). Águas de Valongo, Águas da Teja, Águas de Mafra e Águas de Paredes, bem como as empresas de capital misto Fagar e Tavira Verde são as outras concessões privadas que figuram no top 10. De acordo com a AEPSA, anualmente, 226 mil milhões de litros de água perdem-se devido a ruturas na rede, furtos, uso ilícito de água (por desvios ou contadores ‘violados’) ou consumos não faturados, Cerca de 50 amigosreuniram- diretora técnica da Farmácia Motraduzindo-se num desperdício de cerca de um terço de água que, se num restaurante em S. reira Padrão, que completou 90 apesar de ser captada, tratada, transportada, armazenada e distribuMartinho de Bougado, para home- anos. ída, não chega a ser faturada aos utilizadores.C.V. nagear a doutora Maria Júlia, No final do jantar, que se reali-
Doutora Maria Júlia celebrou 90 anos zou na terça-feira, dia 3 dedezembro, os escuteiros do Agrupamento 94 de S. Martinho de Bougadocantaram “Os Parabéns”. P.P.
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Trofa e seus valores culturais A cultura é a fonte fértil dos povos que além do seu grande contributo cultural cria riqueza em vastos campos da sociedade humana: espiritual, material, humanista etc. No passado dia vinte e três esta cidade foi iluminada por um surto de sucessos culturais levados a efeito no salão da casa do futebol clube do Porto, - antigo teatro Alves da Cunha - cujo espaço foi cedido graciosamente pelos responsáveis daquela associação desportiva, mais destacadamente pelo seu representante e fundador Diamantino Silva, grande bairrista, cujo exercício da sua influência e amor à sua terra tornou possível a realização de tão nobre evento cultural e artístico; não podendo ignorar os valiosos esforços desenvolvidos pelo digníssimo presidente da direção da nossa banda de música Luís Lima que tanto tem contribuído para o êxito de tão prestigioso agrupamento cultural composto com músicos de grande nível, que não põem em risco o prestígio do seu distinto maestro Luís F. Campos nem dos seus corpos diretivos que tem sabido preservar o seu grande valor artístico ao longo dum passado brilhante destacado entre as melhores bandas do país, cartaz dignificante da nossa progressiva terra. As suas gloriosas atuações têm tido um êxito deslumbrante não só no nosso país como além fronteiras. O certame musical levado a efeito na data e local atrás indicados, deixou a todos os seus espectadores um pranto de grande admiração, recordação que irá ficar perpetuada nas mentes de quem tem o fino gosto de saber apreciar os valores culturais da divina arte. O espetáculo foi enriquecido com o agrupamento de canto coral, orfeão de Eiris de Paços de Ferreira, constituído por
Vanessa Lima toca contrabaixo
mais de cinco dezenas de executantes dos dois sexos, de idades compreendidas entre os quinze e os setenta anos , cuja atuação encheu de júbilo os corações da toda a assistência que delirou com o harmonioso conjunto de vozes onde os sons agudos se fundiam com os graves numa afinação que enaltece a sensibilidade do seu ilustre maestro professor Reinaldo Campos. Mas, em primeiro lugar quem subiu ao palco, com o seu rabecão, foi a eximia contrabaixista Vanessa Lima, dando início a tão sublime espectáculo, arrancando das suas quatro cordas melodias musicais com destreza técnica dos sábios movimentos dos seus dedos, deslizando pela escala em busca das notas que transmitiam a inspiração espiritual de génios compositores. Esta menina, natural desta terra, tem uma vasta cultura musical que lhe permitiu ser a embaixadora da Trofa nos mais variados recantos do mundo; a exibição do seu talento não foi só um valioso contributo para a expansão da nobre arte dos sons como ainda produziu o enrique-
cimento dos valores da sua Terra Natal e do País. Para finalizar este convívio desta primeira arte, um grupo de executantes escolhidos pelo seu maestro, regente da nossa banda, formou um elenco com cerca de dezena e meia de executantes que pela boca dos seus instrumentos de sopro fizeram soar trechos musicais com arte e beleza acompanhados pelos instrumentos de percussão com marcação ritmada, onde não poderia faltar a colaboração da nossa famosa contrabaixista, cuja valiosa atuação contribuiu para o engrandecimento daquele conjunto musical. E assim foi encerrado este encantador certame com chave de ouro, proporcionando algumas horas de prazer a todos aqueles que amam a música num reconfortante e magnífico convívio cultural. Termino este meu arrazoado com um bem-haja para todos aqueles que contribuíram para o êxito de tão brilhante espetáculo. M.Silva - 25 de novembro de 2013
Brinquedos tradicionais de madeira expostos na Casa da Cultura Quer uma boa razão para visitar a Casa da Cultura? Que tal apreciar a exposição “Produção de Brinquedos Tradicionais em S. Mamede do Coronado”, que vai estar patente até ao dia 31 de dezembro. A sala de exposição está transformada num mundo de sonho para pequenos e graúdos, reunindo brinquedos de coleção, das décadas de 50, 60 e 70 do século
XX e ainda exemplares da recriação e interpretação contemporânea dos mesmos brinquedos, que são agora certificados e adequados ao manuseamento das crianças. A exposição, inaugurada aquando das comemorações do 15º Aniversário do Concelho da Trofa, convida os visitantes a viajarem no tempo, revivendo momentos da sua infância, ao mesmo tempo que conta “a história da evo-
lução da produção de brinquedos na região”, contando para tal com contributos da oficina Artesana, propriedade do artesão trofense, Abílio Cardoso. Presente em vários certames promovidos pela autarquia, bem como em alguns programas de televisão e feiras de artesanato nacionais e internacionais, este artesão não deixa “morrer” estes brinquedos, levando-os também até às novas gerações. P.P.
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EXTRATO Certifico para fins de publicação que, por escritura de vinte e oito de novembro e dois mil e treze, lavrada a folhas vinte e cinco e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número cinquenta e três – A, do Cartório sito na Maia, na Rua Dr. Carlos Felgueiras, número cento e três, primeiro andar, sala cinco, da notária Licenciada Cláudia Sofia Duarte da Silva Barbas, Cinthia Andrade Robert, divorciada, de nacionalidade brasileira, natural do Rio de Janeiro, Brasil, onde é residente na Praia de Botafogo, 280, apartamento 601, Botafogo, que outorgou na qualidade de procuradora de JOAQUIM CABRAL GUEDES, viúvo, natural da freguesia de Gemunde, concelho da Maia, de nacionalidade brasileira, residente na Avenida Pasteur,160, apartamento 701, Botafogo, Rio de Janeiro, Brasil, contribuinte fiscal 114.921.431, declarou: Que o seu representado é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto por morada de casas térreas com lojas e logradouro, destinado a comércio e habitação, sito na Rua do Horizonte, número 1166, União das Freguesia de Coronado (S. Romão e S. Mamede), concelho da Trofa, com a área total de três mil duzentos e oitenta e oito metros quadrados, sendo a coberta de trezentos e vinte metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 2793, anteriormente inscrito sob o artigo 27 da freguesia de São Romão do Coronado, o qual proveio do artigo 127 da antiga matriz, descrito na Conservatória do Registo Predial da Trofa sob o número mil setecentos e noventa e três. Que o prédio, no entanto, tem a aquisição registada a favor de António Cabral Guedes, casado, pela inscrição com a apresentação uma de vinte e três de agosto de mil novecentos e cinquenta. Que o referido António Cabral Guedes e mulher Emília Cabral Guedes, casados sob o regime da comunhão geral de bens, doaram o prédio ao seu representado, já no estado de viúvo, por volta do ano de mil novecentos e setenta e quatro, não conseguindo precisar melhor a data e cujo título, apesar das buscas feitas, por isso, não dispõe. Desde então o seu representado entrou na posse do referido prédio, habitando-o, fazendo melhoramentos, pagando os respetivos encargos, posse que exerceu sempre sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que seja, sendo por isso uma posse pacífica, pública, contínua e de boa fé, praticando todos os atos que definem a qualidade de proprietário. Aqueles factos integram a figura jurídica de usucapião, pelo que fez a aquisição desse prédio e que ora invoca, não tendo, assim, documentos que lhe permitam fazer a prova do seu direito de propriedade pelos meios extrajudiciais normais. Que foi efetuada a notificação edital do titular inscrito no registo ou dos seus eventuais herdeiros. É certidão narrativa e está conforme o original. Maia, vinte e oito de novembro de dois mil e treze. A Notária, Cláudia Sofia Duarte da Silva Barbas
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Trofense perde com adversário direto e complica contas da manutenção Cátia Veloso catia@onoticiasdatrofa.pt
Um autogolo de Dennis, que resultou na derrota diante do Feirense, complicou as contas da manutenção do Trofense, que continua no último lugar da 2ª Liga. O jogo com o Feirense era de extrema importância para o Trofense que, ocupando a última posição da 2ª Liga, tinha a oportunidade de ultrapassar o adversário na tabela classificativa. No entanto, o futebol pobre apresentado pela equipa liderada por Porfírio Amorim não contribuiu para a concretização do objetivo que caiu por terra ao minuto 61, altura em que Dennis, traído por um desvio do opositor Tonel, introduziu a bola na própria baliza dando a vantagem e consequente vitória ao emblema de Santa Maria da Feira. Na primeira parte, as duas equipas apresentaram um futebol
desinspirado. O Feirense criou perigo aos nove minutos, com um remate defendido por Diogo Freire, que rendeu o castigado Conrado. Já o Trofense só deu o ar da sua graça aos 43 minutos, com um remate de Rateira, que também foi intercetado pelo guardião Márcio Paiva. Na etapa complementar, com um ritmo de jogo mais interessante, o Trofense tentou a sua sorte aos 57 minutos, novamente por iniciativa de Rateira, mas sem efeito. Já depois de sofrer o golo, o clube da Trofa encostou o Feirense à sua grande área, intensificando as investidas ofensivas. Aos 88 minutos, Hélder Sousa atirou forte de longe para defesa em esforço de Paiva que assim evitou o empate. No final da partida, Porfírio Amorim afirmou que não esperava a derrota. “Não fomos tão fortes quanto pensávamos e quanto a nossa semana de trabalho ti-
Jorge Inocêncio é dos atletas que mais se tem destacado no Trofense
nha demonstrado e que nos dava a esperança de fazer um excelente jogo”, referiu, acrescentando que “mesmo assim”, o Trofense “esteve melhor que o adversário”. “Esta mescla de juventude tem este problema de não sabermos muito bem como se vai comportar. Sinto-me desiludido, porque tivemos uma semana de trabalho fantástica”, asseverou. Já Luís Pedro, técnico do Feirense, afirmou que a equipa “jogou mais para o resultado”, que ditou a primeira vitória fora de portas, do que “para a exibição”. “Em termos de entrega, luta e concentração, os jogadores estiveram bem. Neste momento, o mais importante são os pontos”, evidenciou. O Trofense mantém-se como “lanterna vermelha” da 2ª Liga, com 13 pontos, a um ponto do Santa Clara e a três do Atlético e da Oliveirense, próximo adversário, num jogo que está marcado para sábado, às 15 horas, em Oliveira de Azeméis.
Alfenense venceu Bougadense Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
Em encontro da 10ª jornada da série 1 da 1ª Divisão distrital, o Atlético Clube Bougadense sofreu mais uma derrota, desta feita diante do Alfenense, por 3-1. O Atlético Clube Bougadense deslocou-se ao Parque Desportivo de Alfena, em Valongo, em busca dos três pontos. A formação de Santiago de Bougado ainda entrou a ganhar, mas na segunda parte deixou escapar a vitória. O primeiro golo da partida sur-
giu aos 14 minutos, depois de Décio ter feito falta sobre um jogador de Bougado. O jogador foi expulso e Gavina, na conversão de grande penalidade, rematou para o fundo das redes. O Bougadense ainda conseguiu segurar a vantagem na primeira parte, mas no reatamento da partida Rúben fez um autogolo, empatando a partida. O segundo e terceiro golos surgiram aos 68 e 71 minutos, por Rafael. Estava fixado o resultado da partida em 3-1 para o Alfenense. Aos 78 minutos, Tinoco foi substituído por Coelho, depois de ter sido pontapeado na cabeça e sentir-se com tonturas. pub
O treinador bougadense, Augusto Veloso, contou que o jogo foi “encarado e preparado com grande rigor durante a semana”, uma vez que o adversário poderia apresentar “um grau de dificuldade bastante elevado”, já que conta com “quatro vitórias, quatro empates e só uma derrota”. Augusto Veloso afirmou que os obstáculos surgiram depois de estar a ganhar e com “um jogador a mais”, devido à “grande dualidade de critérios pela equipa de arbitragem”, liderada por Fábio Silva, que “empurrou muito” a formação de Santiago. “Em lances que saíamos em contraataque penalizava-nos muito. Acho que a partir da segunda parte o campo inclinou demasiado”, mencionou. Segundo o treinador, não foi só o campo inclinado que ditou a derrota, mas os “erros” que foram cometidos pela equipa e que têm de ser “corrigidos internamente” e as “limitações no aspeto atacante”, uma vez que “do meio campo para a frente não tinha ninguém”. Augusto Veloso deixou ainda uma questão no ar: “Em quatro jogos que fiz, se repararam já entraram quatro guar-
da-redes”. “Há qualquer coisa que não está a bater muito certo. O guarda-redes é um posto específico, à partida o guarda-redes que estava a jogar bem e de repente vamos ao 2º, 3º e 4º”, acrescentou. O técnico da formação espera que as lacunas fiquem “resolvidas” com “algumas inscrições que foram feitas esta semana”, para que no domingo, em jogo frente ao Balasar pelas 15 horas, a equipa possa dar o “Grito do Ipiranga” e mostrar que estão “presentes” e que têm os seus “objetivos”. O presidente do clube, Adalberto Maia, confirmou a inscrição do Maia, que jogou no Trofense entre as épocas 2004/ 05 e 2007/08, Pontes, ex-júnior do Trofense, Amândio e Bruno Santos, que já estiveram no Bougadense. Relativamente aos guarda-redes, Adalberto Maia contou que teve que inscrever o treinador-adjunto, Coelho, como jogador, pois Carvalho está “lesionado” e Bruno, como é militar, nem sempre está disponível. Já sobre o Tinoco, o presiden-
te mencionou que esteve com ele no Hospital de S. João, do Porto, onde levou “três pontos no sobrolho”, esteve em “observações” e realizou “vários exames”. Com esta derrota, a formação de Santiago de Bougado ocupa o antepenúltimo lugar da tabela classificativa, com oito pontos.
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S. Romão empatou com Medense Diana Azevedo Cátia Veloso
Um infortúnio aos 85 minutos “roubou” dois pontos aos romanenses no encontro com o Medense. O S. Romão apresentou-se mais organizado defensivamente e com maior agressividade ofensiva que nos jogos anteriores, pelo que o empate soube a pouco. Após a jornada de folga, a equipa do S. Romão, comandada por António Duarte, demonstrou alguma quebra de dinamismo, o que resultou em duas derrotas consecutivas, contra duas equipas muito bem organizadas, o Sporting S. Vítor e o Inter de Milheirós. O jogo de domingo frente ao Medense trouxe ao Campo Carlos Alves um S. Romão mais organizado e concentrado defensivamente. Por seu turno, o adversário respondeu à altura e no primeiro tempo tentou dominar a partida. A primeira equipa a causar
perigo foi a do Medense, aos dez minutos, com a bola a ser conduzida até perto da bandeira de canto e depois centrada para o primeiro poste, onde o guardião romanense fez uma excelente defesa. Os forasteiros voltaram a criar perigo pouco depois da meia hora de jogo, com Nevoeiro a fazer o remate, para mais uma atenta intervenção do guardião Vítor. Volvidos cinco minutos, o Medense conseguiu colocar a bola dentro das redes da casa, mas a posição do camisola 9 era irregular, pelo que o golo foi anulado. No futebol, a eficiência é importante, mas o que conta é a eficácia, e apesar de o Medense ter a maioria das construções ofensivas e das finalizações, isso não produziu golos, pelo que no intervalo o marcador continuava a zero. António Duarte alterou a sua equipa no segundo tempo e com isso o grupo avançou mais no terreno, ambicionando o golo. E quem arrisca, petisca. Aos 60 minutos, Renato, um dos avan-
Golo de Magalhães valeu empate ao S.Romão
çados que mais mobilidade tem trazido à frente de ataque da equipa vermelha e branca, progrediu com a bola até à entrada da pequena área, driblando alguns defesas do Medense que encontrou pelo caminho. Depois de fazer o trabalho difícil, o camisola 7 romanense ofereceu o golo ao seu colega Magalhães. Aos 80 minutos, Magalhães tentou o “bis”, num remate peri-
goso à baliza de Nandinho, mas a bola embateu nos ferros. O segundo tempo foi uma clara reviravolta na partida e por isso já se previa que o desfecho ditasse uma vitória para a casa, mas a sorte não esteve com os romanenses e a faltarem cinco minutos para os 90, Vítor não controlou a bola após a defesa e esta acabou por deslizar para dentro da sua baliza, para frus-
tração do grupo que assim viu dois pontos escaparem. “Em organização ofensiva e defensiva fomos superiores à equipa do S. Romão. Tivemos oito oportunidades de finalização, mas falhamos neste ponto, faltou-nos eficácia e agressividade no segundo tempo. Por isto e pela atitude que o S. Romão teve, tenho que admitir que este é um resultado justo”, confessou o treinador do Medense, Paulo Pegas. António Duarte garantiu ao NT que “o balneário está triste, em particular o guarda-redes”, mas tentou dar “algum ânimo ao grupo, porque são situações que acontecem muito no futebol”. “Conseguimos dar uma reviravolta na segunda parte e tivemos outra postura, mais competitiva, por isso é natural que estivéssemos a acreditar na vitória. Contudo, isto não nos irá demover e para o próximo sábado estaremos de cabeça erguida para defrontar o Marechal Gomes da Costa”, concluiu. O jogo é no Parque de Jogos da Ribeira, em Bougado.
Atletas do Trofintas questionaram jogadores seniores Patrícia Pereira patricia@onoticiasdatrofa.pt
A Escola de Futebol Trofintas dinamizou, na manhã de 23 de novembro, um encontro entre atletas de palmo e meio e os jogadores profissionais Tiago, Hélder Sousa e André Viana. “Quando for grande quero ser jogador de futebol”. Este é o desejo da maioria dos rapazes, principalmente dos cerca de 35 atletas de palmo e meio que fazem parte da Escola de Futebol Trofintas que tiveram a oportunidade de questionar Tiago, Hélder Sousa e André Viana, jogadores profissionais da equipa sénior do Clube Desportivo Trofense. Com a chegada dos jogadores, a euforia dos pequenos atletas deu lugar à timidez na hora de fazerem as questões. Depois da troca de experiên-
cias, seguiu-se a sessão de autógrafos. Com apenas seis anos, Francisco Gomes afirmou que apesar de “gostar de todos”, o seu jogador preferido é Hélder Sousa, partilhando da mesma opinião de Daniel Azevedo, de oito anos, que achou “maravilhoso estar com os jogadores”. Já Nélson Lourenço, seis anos, queria questioná-los sobre como é que “conseguem mandar chutos altos”, para que também ele um dia possa usar essa técnica. Mário Costa, sete anos, ambiciona um dia ser como Tiago, o seu jogador preferido do plantel do Trofense. Passar este momento com as crianças foi para o capitão Tiago “especial”, onde relembrou os “oito anos” que passou pela formação, quando não existiam as condições atuais, como “relvado sintético e equipamentos”. “No nosso tempo não era nada disto, eram treinos na rua e na
Jogadores seniores conversaram com atletas da formação
terra”, contou. Para Tiago estes momentos são “um incentivo” e “uma motivação extra” para os jovens, pois “os mais velhos” abordam as “dificuldades” que passam e contam vivências da profissão. Também para André Viana é “bom passar a mensagem aos mais novos” de que ser jogador “não é fácil, que é preciso muito espírito de sacrifício e abdicar de mui-
tas coisas para poder ser alguém”. Hélder Sousa contou que ser jogador não é só chutar a bola, “é preciso gostar muito dos treinos e o principal é não desistir e acreditar sempre que treinando se vai melhorando e se chega um dia a ser jogador”. “É sempre bom, também já passamos pela mesma situação e é sempre agradável ter os jogadores
profissionais a apoiar quem está a começar”, referiu. O coordenador da Escola de Futebol Trofintas, Henrique Santos, declarou que “ao sábado” tentam “sempre ter atividades diferentes dos treinos”, para que os atletas possam “vivenciar outras experiências”. “Se eles querem ser jogadores de futebol, gostamos que tenham como referência os nossos seniores, daí termos trazido três referências do nosso clube para passarem a manhã com eles de forma a trocarem ideias e eles poderem fazer as perguntas que quiserem”, contou. Neste momento, o departamento de formação do clube está a distribuir a Caderneta do Jogador, que, “numa fase inicial” foi entregue aos atletas dos escalões de “pré-escolas e escolas”. Trata-se de uma caderneta, que concilia “três vertentes: a casa, a escola e o clube”. “No Departamento de Formação, o projeto dá muito valor à componente humana do atleta, à responsabilidade. E a caderneta é uma forma de o responsabilizar, de que está a ser observado nas três vertentes, e que não nos preocupamos só com o rendimento desportivo”, concluiu.
Resultados Departamento de Formação CD Trofense Juniores A 2º Divisão Nacional CD Trofense 0-1 CD Aves (5º lugar, 16 pontos) Iniciados A Camp. Nacional - Série B Paços de Ferreira 2-1 Trofense (8º lugar, 14 pontos) Iniciados B 2ª Divisão Distrital - Série 6 CD Trofense 3-0 A.C. Bougadense (4º lugar, 17 pontos) Juvenis A 1ª Divisão Distrital - Série 1 F.C Maia 0-7 CD Trofense (1º lugar, 33 pontos) Juvenis B 2ª Divisão Distrital - Série 3 Trofense 8-1 SPG.C. Cruz (2º lugar, 21 pontos) Infantis 11 - Sub 13 1ª Divisão Distrital - Série 2 Paços de Ferreira 1-0 Trofense (4º lugar, 18 pontos) Infantis 7 - Sub 13 Camp. Distrital - série 3 S.C. Salgueiros 5-5 CD Trofense (5º lugar, 13 pontos) Infantis 7 - Sub 12 Camp. Distrital - série 4 S. Martinho 2-2 CD Trofense (3º lugar, 10 pontos) Escolas Sub 11 Camp. Distrital - série 7 Trofense B 12-1 F.C. Tirsense (2º lugar, 16 pontos) Escolas Sub 10 Camp. Distrital - série 4 CD Trofense 2-5 Dragon Force (4º lugar, 10 pontos) AC Bougadense Juniores 2ª Divisão Distrital -série 3 Castêlo da Maia 6-0 Bougadense (6º lugar, 13 pontos) Iniciados B 2ª Divisão Distrital - Série 6 Trofense 3-0 A.C. Bougadense (8º lugar, 10 pontos) Juvenis A 2ª Divisão Distrital – série 5 Bougadense 3-1 Águas Santas (2º lugar, 17 pontos) Juvenis B 2ª Divisão Distrital - Série 3 Bougadense 1-5 FC Foz B (9º lugar, 4 pontos) FC S. Romão Juniores 2ª Divisão Distrital -série 3 Folgosa da Maia 8-1 FC S. Romão (10º lugar, 6 pontos)
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Atletas do projeto Cross Stars conquistam lugar no pódio Dezassete atletas do projeto Cross Stars, parceria da escola de kickboxing e da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, participaram no sábado, 30 de novembro, no torneio “Jovem Promessa do Futuro e Ladies Open”, em Almada, o primeiro da época. Todos conseguiram um lugar no pódio, tendo ficado entre “os três melhores”, nas diferentes variantes e escalões da modalidade. Eugénia Ponimasova, Mário Martins, Vera Soares, Bruno Pereira e Hugo Jesus tiveram “excelentes desempenhos” nos seus combates e arrecadaram o 1º lugar. Com o título de vice-campeões ficaram os atletas Hélder Silva, Hugo Duarte, Diogo Pontes, Rafael Ferreira, João Pereira, Tatiana Pereira e Patrícia Soares, que eliminaram “alguns adversários e perderam apenas na final”. Já os atletas Artur Pasechenik, Carina Ferreira, Miguel Fernandes, Adriana Jesus e Vanessa Soares ficaram no 3º posto, tendo realizado igualmente combates com “boas
Atletas conseguiram ficar entre “os três melhores”
prestações”. Adriana Jesus, Tatiana Pereira e Patrícia Soares participaram ainda na variante de Aerokickboxing, no escalão júnior, onde se sagraram campeãs. A professora Nádia Barbosa referiu que os alunos têm “pouco tempo de treino (nenhum com mais de um ano)”, mas “espírito de verdadeiros atletas”, demonstrando “um amor incondicional à equipa, espírito de sacrifício, res-
CEAT mantém liderança no Campeonato Nacional A equipa sénior feminina do Clube Estrelas Aquáticas da Trofa (CEAT) somou mais um triunfo na 1ª Divisão Nacional de Polo Aquático, frente ao Arsenal 72, por 223. Na partida, que se realizou no domingo em “casa” das trofenses, na piscina do Clube de Propaganda da Natação em Ermesinde, as marcadoras do CEAT foram Joana Ferreira (2), Flávia Pacheco (4), Catarina Araújo (1), Ana Rita Pereira (4), Marta Ribeiro (2), Ana Mariani (4), Joana Loureiro (1) e Naida Mariani (4). A equipa trofense, que tem um jogo a menos, partilha a liderança com o Fluvial. Também no sábado, a equipa sénior feminina venceu Paredes, por 23-3, em jogo a contar para o Campeonato Regional de Polo Aquático, onde marcaram Joana Ferreira (1), Elisabete Matos (3), Marta Ribeiro (3), Catarina Araújo (1), Rita Pereira (7), Aurelie Mariani (2), Ana Cristina (2), Flávia Pacheco (3) e Naida Mariani Ana (1).
Já no Campeonato Regional Polo Aquático Cadetes Mistos, que decorreu no sábado na Piscina Municipal de Vila Meã, em Amarante, o CEAT perdeu, por 40, contra o Clube Naval Povoense. A equipa trofense esteve representada por Tetyana Gravsyuk, Angela Daniela, Noé Soares, Pedro Ribeiro, Ricardinho, Eduardo, Rodrigo Carneiro e Rodrigo Santos. Já na modalidade de natação, o clube esteve representado por Eduarda Carvalho no Campeonato Regional de Juniores e Seniores e no Torneio Regional de Fundo de Juvenis, que se realizaram entre os dias 29 de novembro e 1 de dezembro, na Piscina Municipal de Felgueiras, e que contou com a participação de “383 atletas (218 masculinos e 165 femininos) em representação de 19 clubes”. Em juvenis B, Eduarda Carvalho foi desqualificada dos 200 metros livres por falsa partida. Já nos 800 livres e nos 200 metros estilos terminou em 18º lugar, com os tempos de 12:09.10 e 3:13.14, respetivamente. P.P.
peito pela equipa de arbitragem, fair-play e camaradagem para com os adversários, humildade para aceitar as derrotas e alegria e sentido de dever cumprido nas vitórias”. “Mesmo nas derrotas revelaram qualidade técnica, boa condição física e conhecimento das regras. Não podia estar mais orgulhosa, estão todos de parabéns”, declarou. Também a direção da delegação da Trofa da Cruz Vermelha
Portuguesa mencionou estar “orgulhosa pelos resultados alcançados e pela boa imagem que o projeto Cross Stars deixou no torneio realizado”, salientando que são estes momentos que dão “mais certezas que a inclusão pelo desporto é uma maisvalia” e “mais força para continuar a apostar neste projeto ajudando a multiplicar sorrisos com estas conquistas”. P.P.
Romanenses conquistamvice-liderança A equipa sénior feminina do Futebol Clube de S. Romão conquistou, no sábado, mais uma vitória no sábado, desta vez frente à Jornada Mágica, por 2-0, estando em 2º lugar da 2ª Divisão distrital, com 19 pontos, os mesmos que o líder Águias de Santa Marta. No sábado, pelas 20 horas, a equipa recebe, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária de S. Romão do Coronado, o Juventus Triana. Também no sábado, os iniciados do Centro Recreativo de Bougado venceram, por 4-1, o AD Penafiel ficando em 9º lugar da série 2 da 2ª Divisão distrital, com nove pontos. Pelas 10 horas de domingo, o Bougado recebe, também no pavilhão romanense, o Gondomar. No mesmo escalão e divisão, a Associação Recreativa e Desportiva do Coronado venceu, por 2-1, o Santa Cruz, mantendo o 4º lugar, com 16 pontos. No sábado, pelas 17 horas, a equipa desloca-se ao reduto do Magrelos. Já em benjamins, o S. Romão perdeu com o Bairro do Viso, por 8-2, mantendo o 12º lugar, com seis pontos. Na manhã de domingo, pelas 9 horas, a equipa romanense recebe o Escolas Arreigada. Também os juniores da Associação Recreativa Juventude do Muro (ARJM) perderam com o Académico Sangemil, por 5-0, descendo ao 10º lugar da série 1 da 2ª Divisão distrital, com 13 pontos. No sábado, pelas 18 horas, a ARJM recebe o Barranha. Resultado idêntico tiveram os seniores da mesma associação, que perderam por 2-0 com a ARDACM, descendo ao 13º lugar da série 1 da 1ª Divisão distrital, com sete pontos. Pelas 21 horas de sexta-feira, a associação murense recebe o JD Gaia.P.P.
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5 de dezembro de 2013
Cerca de duas mil aves na Expo Portas do Minho Os clubes ornitológicos da Trofa e de Vila Nova de Famalicão organizaram, entre os dias 29 de novembro e 1 de dezembro, a 4ª Expo Aves Regional Portas do Minho, que contou com a 7ª Exposição do Clube Canário Arlequim Português.
uma das que estiveram em exposição na 4ª edição da Expo Aves Regional Portas do Minho, que decorreu numa das salas do Lago Discount, em Vila Nova de Famalicão, e que contou com a 7ª edição da Exposição do Clube Canário Arlequim Português. Neste certame estiveram expostas cerca de duas mil aves. FoOs psitacídeos são algumas ram atribuídos prémios de clasdas aves mais inteligentes e que sificação e prémios especiais têm o cérebro mais desenvolvi- aos expositores com maior quando. Esta família, das quais fazem tidade de aves premiadas nas parte, entre outros, as araras, classes de porte, cor, exóticos papagaios, catatuas, aratingas, e psitacídeos. Também foi atripionites, eclectus, forpus, buído o prémio especial Profesagapornis, calopsitas, periquitos sor Armando Moreno para a exe roselas, é constituída por 80 posição do Canário Arlequim Porgéneros (divisão dentro da famí- tuguês. lia), onde são distribuídas 360 O presidente do Clube espécies, que, segundo estudos Ornitológico da Trofa, Bernardino realizados recentemente, “71 Leal, afirmou que tal como nos estão criticamente muito próxi- outros anos, esta exposição tem mas da extinção e outras 36 sido “um sucesso”, apontando o ameaçadas podem extinguir-se domingo como “o dia mais imDesporto ornitológico tem-se desenvolvido “muito” na Trofa se não forem tomadas medidas portante a nível de afluência”. rigorosas”. “Cerca de 50 filiados” do clu- que “quase todos” ganharam Além disso, este ano, houve A família dos psitacídeos foi be trofense concorreram, sendo prémio “a não ser dois ou três”. “muitos vencedores” trofenses
em “classes especiais”, como dois criadores que ganharam os “prémios especiais na classe de exóticos e canários de porte”. O presidente referiu que este desporto está “muito desenvolvido” na Trofa, salientando que “de ano para ano” os trofenses têm “mais interesse” e que “cada vez conquistam mais prémios”, o que “é bom”, pois demonstra que “as pessoas estão empenhadas”. Enquanto os parceiros “se derem bem”, Bernardino Leal garante que o certame “é para continuar”. Caso seja um amante de aves, pode fazer parte desta equipa que estuda a vida dos animais e testa cruzamentos, fazendo-se sócio do Clube Ornitológico da Trofa. Para isso, basta dirigir-se à sede, situada na loja número 21 do Edifício Nova Trofa, em Santiago de Bougado, aberta todos os domingos, entre as 8.30 e as 12.30 horas. P.P.
Elsa Maia supera adversárias mais velhas no Corta-mato Bougado ficou em 7º lugar. Já no corta-mato dos quatro e dos oito, a veterana Deolinda Oliveira obteve o 6º lugar na geral, entre juvenis, juniores, seniores e veteranas, tendo se classificado na 2ª do seu escalão. Também o Ginásio da Trofa esteve representado nesta prova, assim como noutras provas para os mais jovens. No Campeonato dos quatro, onde participaram juvenis, juniores, seniores e veteranos, a juvenil Elsa Maia foi mais forte que a concorrência e venceu a prova, com “um nível de uma verdadeira campeão”, segundo o Elsa Maia foi mais forte que a concorrência vice-presidente do clube, Botelho Na primeira prova, Alice Oli- da Costa. No mesmo escalão e A equipa de atletismo do Atlético Clube Bougadense participou veira venceu no escalão de infan- na mesma prova, Andreia no sábado, 30 de novembro, no tis, enquanto que os iniciados Ana Rodrigues, que está a “recuperar Corta-mato Juvenil e Corta-mato Silva, Rui Rocha e Tiago Sá ter- de uma crise viral”, classificou-se dos quatro e dos oito da Associ- minaram a prova em 7º, 5º e 8º em 9º, enquanto que a veterana lugar. Coletivamente, a equipa de Amélia Araújo ficou em 5º lugar e ação de Atletismo do Porto.
Alice Oliveira venceu no escalão de infantis
na 19ª posição da geral. Nesta prova participaram o júnior João Ferreira (4º), os juvenis Tiago Silva (3º) e Tiago Moreira (9º) e os iniciados Paulo Neto (11º) e Kristina Payluk (27º). Já
no escalão de infantis, participaram José Silva (5º), Ricardo Costa (26º), Sandra Sá (3º) e Naiara Crivelaro (17º) e, em benjamins A, Vítor Bessa foi 17º lugar. P.P.
5 de dezembro de 2013
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CrónicaVerde «…A minha freguesia de Guidões, temporariamente em coma, … extorquida que foi ao seu povo, ilegitimamente, um dia será recuperada lícita e democraticamente.» O populismo e a demagogia leviana sempre foram fáceis e é a realidade e o tempo que os desmascararam. Assim foi e é com Passos e Portas. Quem disse não aumentar os impostos, não despedir, não cortar nos salários e pensões na última campanha para a AR? Quem se dizia amigo do contribuinte, do reformado e da lavoira? A realidade acabou por revelar tão argutos políticos. Também no passado dia 20 de Outubro palavras bonitas cheias de boas intenções não faltaram na última assembleia municipal: compromisso de respeito pelo tratamento com igualdade de todas as freguesias e de todos os cidadãos, independentemente da sua cor política; reiteração dos compromissos eleitorais, etc… Mas no decorrer da assembleia já se notaram laivos próprios do “PSD”. Digo “PSD” pois é bem diferente ser-se social-democrata. O Sr. Presidente da Câmara deu as boas vindas no discurso final e entre todos, realçou o representante da CDU, lamentando não terem estado, esta força e o seu representante, Paulo Queirós, presentes nos últimos quatro anos. Ora, a CDU e Paulo Queirós estiveram bem presentes na política local. A CDU, antes de ninguém, sem ambiguidades, logo deu a sua opinião sobre a localização dos futuros «Paços do Concelho». A CDU permaneceu sempre na luta pelo Metro para a Trofa, de forma coerente e consequente, na Trofa e na AR. Coisa que PSD e CDS não podem alegar, porque se o Metro ainda não chegou ao nosso concelho, é muito por culpa destes partidos, atenta a posição do governo e da maioria na AR. A CDU esteve na primeira linha contra a extinção das freguesias, sobretudo quando essa extinção foi contra a vontade e o sentir das populações. Mas não me lembro de ter visto o atual presidente de câmara nessas batalhas. Acrescentou o Sr. Presidente estar muito preocupado com o desemprego na Trofa. E culpou a falta de acessibilidades e os altos impostos pela não fixação de empresas no concelho e a sua deslocalização para concelhos vizinhos. Se bem me lembro… foi ainda no reinado do PSD que a Tesco passou da Trofa para Ribeirão. E depois, Sr. Presidente, quantas empresas pequenas e médias da Trofa, insolventes, foram parar à liquidação e encerramento? Quantas estão em reestruturação? Sobretudo da área da construção civil e similares. Qual o número de trabalhadores que foram para o desemprego em consequência? Quantos trabalhadores emigraram? E de quem é a culpa, Sr. Presidente? Não será da política do seu governo PSD/CDS que optou por uma política mais troikista que a troika com o dobro da austeridade, que nos conduziu à recessão, à quebra do consumo e ao empobrecimento? Um senhor da finada freguesia de Alvarelhos que PSD/CDS liquidaram foi lamentar-se de as freguesias terem perdido duzentos e tal mil euros pela ausência de pronúncia da A.M. anterior a favor da extinção de freguesias. Será que esse senhor queria que a A.M. se manifestasse no sentido contrário ao das assembleias de freguesia, onde estavam os representantes diretos da população. Com que legitimidade? Será este senhor a favor da imposição à força? Da ditadura? E o Sr. Presidente da Câmara vem agora dizer que é contra a extinção do município da Trofa. E se a reforma do Estado de Paulo Portas mais o livro, não sei que cor vai ter desta vez, assim o entender? Se o PSD/CDS da Trofa não for a favor será que o concelho que resultar da agregação não vai perder duzentos e tal mil euros? E o senhor que se lamentou, vai voltar a lamentar-se? Vejam bem as vossas contradições... Eu, por mim, pouco me importo com os duzentos e tal mil euros que perdemos. O que, aliás, está por demonstrar. Digam lá quais são as freguesias nas redondezas com pronúncia da A.M. a receberem o dito benefício dos 15%? A mim, e a todos os meus conterrâneos, roubaram-nos uma coisa muito mais importante. Extorquiramnos a nossa freguesia. E não há dinheiro no mundo que pague isso. E apesar de no decorrer da A.M. me terem chamado a mim e a todos os outros assistentes de «fregueses» digo-lhes já que, dessa política antidemocrática de imporem as coisas contra a vontade das populações, retirando-lhes aquilo que é mais sagrado e amado, eu não sou freguês, nem a minha freguesia de Guidões, temporariamente em coma, esteve à venda e tirada que foi ao seu povo, ilegitimamente, um dia será recuperada licita e democraticamente. Guidões, 25 de Novembro de 2013
Opinião 19
É Natal…
Aproxima-se a época em que o consumismo atinge o seu auge: o Natal. Quero deixar claro que eu gosto do Natal. E também gosto das prendas, de as dar a quem trago no coração, de as receber... Mas as prendas são uma parte de algo maior, uma fascinante mistura de crenças, tradições, algumas tão antigas que se perdeu nos tempos o seu porquê; interpretadas, adaptadas, transformadas, cunhadas, a cada ano, por cada família que as adopta. Para mim, o Natal é o entusiasmo em estudar e fazer as decorações de Natal; o escolher ou fazer carinhosamente cada presente, cada oferta, até os embrulhos; o partilhar com amigos, vizinhos, desconhecidos; o participar na alegre labuta dos doces tradicionais segundo receitas herdadas; é a leve excitação que paira no ar até ao dia 24; é a alegria esfuziante dos mais pequenos... É confusão, risos, conversas, abraços, frio lá fora e lenha a arder na lareira, cheiro a calda de açúcar, a pão a levedar e a especiarias. É a família que se junta – às vezes vinda de pontos opostos do país ou até do outro lado do mundo – e, durante uma noite e um dia, celebra o que a une: amor. Posto isto, acredito que é possível vivermos alegremente esta época sem seguirmos a “corrente”, sem sermos sugados pelo apelo assustador do tal consumismo. Há muitas escolhas e decisões que podem tornar o nosso natal numa festividade mais “amiga do ambiente”, desde a escolha conscienciosa da árvore de natal, até à compra dos ingredientes - preferencialmente de origem local - para a consoada, passando pelo que fazemos aos embrulhos no final da festa (que tal guardá-los para os reutilizar no próximo Natal?), mas como hoje não posso falar de tudo, vou focar-me nas prendas, onde – presumo – é gasta a fatia maior do “orçamento natalício” (e talvez descubram que não tem que ser assim). Gostaria de vos pedir para, quando escolherem os presentes para os vossos entes queridos terem em atenção o impacto que estes têm no meio que nos rodeia. Muito resumidamente, optem por presentes que sejam (sempre que possível) reciclados/recicláveis, biodegradáveis; que não impliquem exploração animal; que não tenham na sua composição elementos perigosos para a saúde e o ambiente e cuja produção, de preferência local, não advenha da exploração de mão-de-obra. E troquem os shoppings pelas ruas da cidade! Pode dar um bocadinho mais de trabalho, mas o facto de sabermos porque o estamos a fazer aquece-nos o coração, acreditem! E até vos deixo algumas sugestões: uma bicicleta; lápis e cadernos reciclados; pequenos vasos com cactos coloridos; sacos de pano para compras, sacos de compras com rodinhas; carregador de baterias solar; floreira de ervas aromáticas; um cabaz gourmet ecológico, com produtos orgânicos e de comércio justo (chás, cafés, chocolates, azeite, conservas, vinhos, compotas); um cabaz com produtos de beleza naturais; t-shirts de algodão biológico; uma iogurteira; ecoponto caseiro; um cheque-prenda para uma massagem; plantas (adequadas ao clima onde vão ser colocadas); livros com dicas sobre como ser mais ambientalmente sustentável; bilhetes para o teatro ou um concerto; fazer bolachas e biscoitos e oferecê-los, de preferência em caixas reutilizadas, decoradas em casa; para quem tiver “jeito de mãos”, oferecer outras coisas “feitas por nós”: bijuterias e acessórios, roupas... Que tal, aceitam o desafio? Bom Natal! ema magalhães | APVC http://facebook.com/valedocoronado http://valedocoronado.blogspot.com
Nota de redação Na edição número 449 d’O Notícias da Trofa, o texto intitulado “Impostos para 2014 aprovados na Assembleia”, por lapso, refere-se ao membro do CDS-PP como “Hélder Faria”, quando na verdade se tratava de “Hélder Reis Pereira”.
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5 de dezembro de 2013