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Semanário | 12 de janeiro de 2017 | Nº 605 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €
Ainda não há Comissão de Festas da Senhora das Dores
//PÁG. 05
4 feridos em despiste
//PÁG. 8
Assalto rendeu meio milhão
//PÁG. 10
//PÁGs. 12 e 13
Seis desalojados em incêndio
//PÁG. 20
Miguel 7 Estacas em entrevista
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
Atualidade
Canil Municipal sobrelotado sem condições de salubridade O Canil Municipal da Trofa está sobrelotado e faltam as condições mínimas para acolher os animais. Quem o diz são os visitantes que se deslocam ao Canil na esperança de adotar um animal. É que, nestes dias, têm chegado à redação depoimentos que demonstram a situação problemática que o espaço enfrenta e que nos levaram, precisamente, a procurar respostas junto da autarquia.
DR
Colheita de sangue em unidade móvel
LILIANA OLIVEIRA/CÁTIA VELOSO
O
Notícias da Trofa tentou, mais uma vez, chegar à fala com o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, e com o vereador Renato Pinto Ribeiro, que é responsável pelo Canil, mas, mais uma vez, até ao fecho desta edição, não nos chegou qualquer resposta às questões levantadas. As pessoas que têm visitado o Canil não ficam indiferentes à situação e, segundo alguns relatos, o espaço “cheira bastante mal e estava abandalhado”. “Partiram os canos de esgoto e nunca mais foram arranjados e, para piorar, existem muitos ratos, o que coloca em risco a saúde dos animais”, descreveu uma das visitantes. A sobrelotação do espaço e a fal-
Esgotos a céu aberto no canil
ta de condições da rede de abastecimento de água também são questões que preocupam as pessoas mais atentas e sensíveis à situação. O NT sabe que estava prevista uma intervenção no espaço, da responsabilidade da Câmara Municipal, mas, até ao momento, nada se sabe sobre esta empreitada, nem para quando está previsto o seu arranque. O NT também questionou a Câmara Municipal sobre esta questão, mas, à semelhança do que já vem acontecendo, a úni-
ca resposta foi o silêncio. Pode ler-se no sítio do município que uma das “principais atividades do Gabinete Médico-Veterinário Municipal” é “assegurar, no concelho da Trofa, a salvaguarda da saúde e do bem-estar dos animais – animais de companhia e de espécies pecuárias”. Mas, de acordo com os relatos que nos têm chegado, a saúde e bem-estar dos animais que se encontram, neste momento, alojados no Canil Municipal, parece estar bastante comprometida.
O Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro será o local da próxima colheita de sangue, promovida numa unidade móvel do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). A colheita decorre entre as 14 e as 19 horas de terça-feira, dia 17 de janeiro, numa iniciativa do Lions Clube da Trofa.
2.ª Exposição de Orquídeas no Coronado a 14 e 15 de janeiro
A Junta de Freguesia do Coronado vai promover mais uma edição da Exposição e Venda de Orquídeas, a 14 e 15 de janeiro, no salão nobre da Quinta de S. Romão, com o apoio da Associação Portuguesa de Orquidofilia. A segunda edição do evento vai contar com um workshop de Phalaenopsis, a 14 de janeiro, às a remoção dos detritos existente 15 horas, moderada por Graziela Meister, e um workshop de Catno leito do rio”. O anúncio de Concurso Público tleya, dia 15 de janeiro, às 15 horas, para a execução desta empreita- orientado por José Costa. A orquídea é uma das flores com da já foi publicado em Diário da República, estando agora em fase de receção de propostas, e estima-se que possa ser “adjudicada ainda no primeiro semestre”. P.P.
Obras na ponte “não” condicionam trânsito “Uma vez que a intervenção ape- Trofa” sobre o rio Ave, que faz a linas decorrerá ao nível das funda- gação entre os concelhos da Trofa ções e do leito do rio não haverá e Vila Nova de Famalicão. necessidade de condicionar a cirA empreitada, com “um valor culação”. A garantia foi dada pela base de 30 mil euros” e prazo de empresa pública, Infraestruturas execução de “30 dias”, engloba “a de Portugal, que anunciou “uma limpeza, tratamento e preenchiintervenção de reabilitação” às mento com betão das zonas sub“fundações dos pilares da Ponte da mersas identificadas, bem como
Meteorologia na Trofa de 12 a 18 de janeiro
Os potenciais dadores devem dirigir-se ao local da inscrição devidamente identificados, ter idade compreendida entre os 18 e 65 anos, ter hábitos de vida saudáveis, ter peso igual ou superior a 50 quilogramas, não estar em jejum nem no período da digestão, nem ter recebido transfusões de sangue desde 1980. P.P.
mais fama na região e encanta pelas formas, cores e tamanhos que pode ter. Representa uma das maiores famílias de plantas que existe e é considerada por muitos como um artigo de coleção, que exige muito conhecimento e dedicação para preservar. A luminosidade, a temperatura, a rega e a humidade são algumas dessas condições e vai poder conhecer, certamente, outras características desta flor na 2.ª Exposição e Venda de Orquídeas do Coronado. A.M./C.V.
Crianças da EB1 e do JI de Giesta cantam as Janeiras As crianças da Escola Básica n.º1 de Giesta e do Jardim de Infância de Giesta, do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro, não quiseram deixar passar em branco esta época festiva e para tal vão cantar as Janeiras no dia 18 de janeiro, às 10 horas, no edifício de Alvarelhos da Junta de Freguesia. O cantar as Janeiras é uma tra-
dição em Portugal, que consiste em reunir um grupo de pessoas e cantar músicas que anunciam o nascimento de Jesus e que desejam um bom ano novo. Inicialmente realizadas até ao dia dos Reis, hoje as Janeiras já se mantêm, em muitas zonas, durante todo o mês de janeiro. A.M./C.V.
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12 JANEIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Obras de requalificação lançadas a nove meses das eleições
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Atualidade
Mais uma vez, a Câmara Municipal da Trofa “esqueceu-se” do jornal O Notícias da Trofa e da TrofaTv para assinalar mais um dia importante na vida do concelho da Trofa. CÁTIA VELOSO
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tas a pedidos de esclarecimentos 85 por cento pelo Programa Portuom pompa e circunstância, a esta redação, numa postura que gal 2020 e no âmbito do Plano Esno dia 9 de janeiro, foi anunciado mais parece ser uma tentativa de tratégico de Desenvolvimento Uro início das obras da Alameda da boicote ao trabalho realizado por bano. Numa área de intervenção que a Câmara Municipal da Trofa Estação, com a presença do Porto estes órgãos de comunicação. Canal e do Jornal de Notícias, órE desta vez, ao contrário do que refere ser de “42 mil metros quagãos de comunicação que foram já aconteceu com o NT e a TrofaTv, drados”, a nova Alameda propõeconvidados a captar as imagens Sérgio Humberto não virou a cara -se criar “13 mil metros quadrados” do presidente da Câmara, Sérgio à câmara de filmar do Porto Ca- de espaços verdes, com “250 árvoHumberto, de picareta na mão, a nal e falou do projeto, anunciando res”, “18 mil metros quadrados de dar os primeiros golpes numa pa- uma obra que fará a ligação entre percursos pedonais” e “720 merede do bar da antiga estação de a Igreja Matriz de S. Martinho de tros de ciclovia”. A praça fará a licomboios. Foi desta forma que a Bougado e o Parque Nossa Senho- gação entre os parques da cidade e a Igreja Matriz, que ganhará uma autarquia quis marcar o início da ra das Dores e Dr. Lima Carneiro. escadaria e um adro requalificado. intervenção que vai dar nova vida Haverá ainda uma “área desàquela zona da cidade. Conclusão da obra prevista portiva de 700 metros quadrados”, Já o jornal O Notícias da Trofa, para o verão com skatepark e equipamentos único jornal do concelho, e a TrofaTv, não estiveram na ocasião, Esta é a obra mais relevante lan- de fitness, e um parque de estaporque não receberam qualquer çada por este executivo munici- cionamento para 250 lugares. A convite nem informação sobre o pal, que tem início na reta final do obra, possível graças à cedência que lá se ia passar. Esta é, de resto, mandato. A autarquia prevê con- temporária do terreno por parte prática corrente do executivo mu- clui-la no verão, a pouco tempo da Refer, contempla ainda a recuperação, “de acordo com a traça nicipal que, desde agosto de 2014, das eleições autárquicas. e sem justificação, deixou de enO projeto está orçado em 2,5 mi- original”, da antiga estação e de viar notas informativas e respos- lhões de euros, cofinanciados em um armazém em madeira.
Projeto da Alameda é cofinanciado pelo Programa Portugal 2020
Ao Porto Canal, Sérgio Humber- turas que “nunca inviabilizarão a to afirmou que o projeto “dá pri- vinda do metro até à cidade da mazia à vertente pedonal” e cria Trofa”, no entanto há quem acreum espaço “onde as pessoas po- dite que a Alameda é a machadaderão levar as famílias e onde as da final às aspirações de ter este crianças poderão brincar”. meio de transporte a servir a poO autarca garantiu ainda que a pulação do concelho. obra estará dotada de infraestru-
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
Atualidade José Maria Moreira da Silva Ele continua a andar por aí…
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á lá vão quase cinco anos que deixou de ser primeiro-ministro, provavelmente o pior primeiro-ministro que Portugal teve em quarenta anos de democracia, depois de Vasco Gonçalves, mas tem estado sempre na ribalta, mesmo com os imensos acontecimentos graves em que esteve envolvido e que, em muitos deles passou por entre os pingos da chuva, sem se molhar. Já há muito tempo que deveria ter sido incriminado e punido exemplarmente, em termos políticos e judiciais. O rol de acontecimentos graves em que esteve envolvido é imenso. Como ele próprio se definia é um perigoso «animal feroz». É um homem perigoso, que não olha a meios para atingir os seus fins. Assim o demonstrou no exercício do poder, quer como secretário-geral do seu partido, quer como secretário de estado, quer como primeiro-ministro. Eu não esqueci! Eu não esqueço! E ninCumpriu-se a tradição pela 11.ª vez. Tendo como palco o auditório do polo de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado, o Grupo de Danças e Cantares guém se deveria esquecer, só que ele conde Santiago de Bougado recebeu, a 7 de janeiro, dois grupos amigos, o Grupo tinua na ribalta e o seu próprio partido de Danças e Cantares Regionais do Orfeão da Feira e o Rancho Típico de S. Ma- continua a dar-lhe o palco, para ele poder continuar a brilhar e a branquear o mede de Infesta, para cantar os Reis. Liliana Oliveira/ Cátia Veloso seu passado. Ele continua a andar por aí… Não me esqueci, não nos devemos esmentares para poder depois distribuir para erante um auditório repleto, entrou- aqueles que precisavam”, explicou Antó- quecer que ele, nos tempos que ainda não exercia cargos oficiais, quando pas-se na máquina do tempo para recriar as nio Moreira. E, para que a tradição não se perca, os sou pela Covilhã assinou vários projetos, histórias dos antepassados. Uma cozinha antiga, jovens que improvisavam brinca- mais jovens são, desde logo, imbuídos no sem ser o autor deles e sem estar capacideiras e um grupo de pessoas que batiam espírito. Ao Grupo de Danças e Cantares tado para tal, pois a Ordem dos Engenheiàs portas para cantar as reisadas. Em tro- juntou-se o Grupo Tradições Infantis de Ci- ros não o reconhecia como tal. Já no exercício de um cargo oficial, seca levavam aquilo que as famílias tinham dai para que “as tradições perdurem e eles para oferecer, ainda se comiam as rabana- continuem a fazer disto um marco na sua cretário de estado do ambiente, obteve a das e bebia-se vinho. E é daqui que parte a vida e neste período de Natal”, desejou o sua licenciatura a um «domingo», através da Universidade Independente, que acatradição ainda hoje recriada em muitas ter- presidente. Para António Moreira, esta tradição “não baria por fechar de modo compulsivo e ras e por vários grupos. Foi assim no sábado, num momento protagonizado pelo Grupo se pode perder de maneira alguma, porque o seu reitor ter sido detido por suspeitas Danças e Cantares de Santiago de Bougado. é desta forma que se manifesta o mais ge- de corrupção. Também nesse cargo esteA tradição apresenta os “cânticos reco- nuíno do nosso povo, que tinha a capaci- ve envolvido no «Caso Freeport», em que lhidos na região, usados pelos antepassa- dade de partilhar, num contexto, porven- a construção deste «outlet» em Alcochete, dos” e que fazem “a junção entre o sagra- tura, mais difícil do que o de hoje”. Por isso, em área protegida, foi aprovada por ele. Já no cargo de primeiro-ministro, foram do, o divino e o profano”, relembrou o pre- “devemos continuar a honrá-los”, finalizou. António Moreira aproveitou ainda para tantos os casos em que ele esteve envolsidente do Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado, António Moreira. Por “desejar um ano 2017 repleto de sucessos e vido, que não cabem todos nesta Crónica, um lado, estes cânticos davam “a conhecer felicidades”, esperando que “os grupos fol- mas vou tentar enumerar o máximo que o nascimento do Deus Menino e, em simul- clóricos, particularmente os do concelho, puder: foi a compra dos andares de luxo, tâneo, serviam para procurar recolher jun- continuem e dêem um bocadinho as mãos”. seu e da sua mãe, a uma empresa offshore; foi o caso «face oculta» que abalou o to das famílias mais abastadas géneros aliseu partido e levou à prisão do seu amigo e camarada, Armando Vara, condenado por tráfico de influências, e o empresário de sucatas, Manuel Godinho, condenado por corrupção; foi o seu envolviO 2.º Encontro de Cantares ao Menino Feira (Santa Maria da Feira), do Rancho mento, conjuntamente com o banqueiro, está de volta à Igreja Matriz de S. Mame- Etnográfico de Santa Maria de Touguinha do BES, Ricardo Salgado, no caso «Monde do Coronado, a 14 de janeiro. Marca- (Vila do Conde), do Grupo Associativo de te Branco», que é um processo de fraude do para as 21 horas, o evento, organizado Divulgação Tradicional de Forjães (Espo- fiscal e branqueamento de capitais; foi o pelo Rancho Folclórico do Divino Espírito sende) e do Rancho Etnográfico de San- seu envolvimento e dos seus camaradas de partido, Rui Pedro Soares e Paulo PeSanto, vai contar ainda com a atuação do tiago de Bougado. A.M./C.V. nedo no caso polémico da tentativa da Grupo de Danças e Cantares Regionais da
Danças e Cantares cumpriu a tradição do Cantar de Reis P
2.º Encontro Cantares ao Menino
CRÓNICA compra da TVI pela PT, que fazia parte de um plano que ia para além do controlo da comunicação social, pois também queria controlar a banca (privada e pública), o sistema de informações e a justiça. Esta era, e ainda é, a sua estratégia para controlar os quatro pilares principais da sociedade moderna, que lhe daria um poder quase absoluto. Foi também o seu envolvimento na «Operação Marquês», que o levou à prisão fez há pouco tempo dois anos, por suspeitas dos crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção. São tantos os casos em que esteve envolvido! Obviamente estou a falar de um dos maiores «artistas», da maior «fraude política», do homem mais perigoso da cena política portuguesa, de seu nome José Sócrates, que deixou de ser primeiro-ministro em 2011, não sem antes ter pedido ajuda externa ao FMI, BCE e Comissão Europeia, que abriu as portas para a entrada da «troika» no nosso país. Mesmo depois de deixar de ser governante continuou a estar envolvido em casos altamente polémicos, como foi o caso do apartamento de quase 3 milhões de euros, comprado em Paris; da publicação do «seu» livro “A Confiança no Mundo”, que segundo relatos públicos, que nunca foram desmentidos, foi escrito por um seu amigo jornalista, a quem pagou principescamente, para além de ter distribuído dinheiro por colaboradores seus, para comprarem centenas de exemplares de uma só vez, para colocar o livro no top de vendas; assim como do anúncio do «seu» novo livro, com o título “Carisma”, que já se fala ter sido escrito por um seu amigo juiz, a quem pagou 100 mil euros, para o escrever. Agora quer passar a imagem de intelectual, igualmente falsa. Tudo nele «cheira» a falso! Embora algumas pessoas estejam convencidas que José Sócrates jamais regressará à vida política, a minha opinião é contrária a essa, suportada pela realidade que ele nunca fez outra coisa na vida, não sabe fazer mais nada e tem muito dinheiro (como diz o ditado popular: “Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem”). É minha convicção que ele vai continuar a andar por aí, vai continuar em alta neste ano que agora começou, como aconteceu no ano que agora findou. Mesmo quando preso, ele tem conseguido estar sempre em alta! Uma pessoa com estes atributos no poder constitui um perigo para a liberdade, para a democracia e para Portugal. moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
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Atualidade
Esperados muitos devotos no S. Gonçalo
Senhora das Dores ainda não tem Comissão de Festas
A pé, a cavalo, de bicicleta ou de mota. O meio de transporte pouco interessa quando o caminho é o de S. Gonçalo. Por esta caminhada até às festas altura, é caso para dizer que todos os caminhos vão dar a Code Nossa Senhora das Dores, a velas. Já começaram as festividades em honra do Santo.
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Liliana Oliveira/ Cátia Veloso
maior romaria do concelho da Trofa, ainda está no início, mas já começa com alguns percalços. À semelhança do que aconteceu da última vez que coube à aldeia de Ervosa assumir a organização das festividades, ainda não há Comissão de Festas. Esta é uma situação que “preocupa muito” o pároco Luciano Lagoa, que já alertou os paroquia-
nos e apelou ao interesse das pes- deve acontecer “durante a próxisoas na missa. Ao jornal O Notí- ma semana ou, no máximo, daqui cias da Trofa, o sacerdote expli- a 15 dias”. cou que “o próximo passo será “O apelo que faço aos habitanreunir com as pessoas de Ervosa tes de Ervosa e a todas as pessopara saber se assumem a festa” e, as de S. Martinho é que não deina impossibilidade disso aconte- xem morrer esta tradição e que cer, “tem que se falar com as ou- se possa arranjar uma comissão tras pessoas da paróquia para para se organizar as festas que ver se surge alguém para encabe- são sempre o ex-líbris da terra. çar a festa, para se fazer uma co- E o empenho de todos parecemissão de todas as zonas da fre- -me fundamental”, finalizou Luguesia”. Uma reunião que ainda ciano Lagoa. L.O./C.V. não tem data marcada, mas que
Já vem sendo habitual que miÀ tarde, a animação estará a lhares de pessoas se desloquem cargo da Banda Bombeiros Voà romaria que dá vida a Covelas, luntários de Leça. No dominconsiderada por muitos uma das go, as celebrações terminam às melhores do concelho. 15.30 horas com a celebração da As festas em honra de S. Gon- Palavra e a saída da procissão çalo, em Covelas, já arrancaram. em honra de S. Gonçalo. Esta terça-feira, 10 de janeiro, No dia seguinte, pelas 9 horas, dia litúrgico de S. Gonçalo, de- decorre a eucaristia e a prociscorreu a eucaristia em sua hon- são do Voto ao redor da Capela ra. Embora não se saiba ao cer- de S. Gonçalo. to a data em que se iniciou a traAs festas em honra de S. Gondição de comemorar o S. Gonça- çalo terminam com a atuação do lo, o dia litúrgico é 10 de janei- grupo Sons e Cantares do Ave. ro, no entanto, em outros temFernando Rocha, presidente pos era festejado a 19 do mes- da comissão de festas, voltou a mo mês. Por isso, mantém-se assumir a organização das fesa tradição popular de o festejar tividades, acompanhado pelos por essa data. “dois colegas que fizeram a festa A romaria continua no próxi- há dois anos”. O “gosto pela termo dia 20, com um espetáculo ra” levou-o a assumir a responsabilidade “para ver se (a festa) de Folclore. A 21 de janeiro, o grupo de Zés não acaba”. P'reiras dá entrada no recinto Quanto às expectativas, “tudo pelas 8.30 horas, seguindo-se a vai depender do tempo, que é o eucaristia, às 12 horas, e a mis- fator mais importante desta festa”, considerou Fernando Rocha. sa vespertina, às 18 horas. O presidente da comissão de Mais tarde, pelas 21 horas, tem início o espetáculo musical da festas agradece sobretudo “à banda Terceira Dimensão, segui- população de Covelas, que tem do de uma sessão de fogo de ar- colaborado” para que se possa “chegar a domingo a oito e ter o tifício, às 23 horas. A festa segue no domingo, com sonho realizado”, finalizou o prea eucaristia de Ação de Graças sidente da comissão de festas. Se S. Pedro ajudar serão espeao Mártir S. Sebastião, na Igreja rados muitos devotos do Santo Matriz, às 8 horas. Luciano Lagoa deu a beijar o menino Jesus A Banda Filarmónica S. Mame- em Covelas, uma vez que, ao que Sob o lema “Família: Projeto de o momento escolhido para a festa de de Ribatua estará no recinto se sabe, S. Gonçalo era da zona pelas 9 horas e, uma hora depois, de Vizela, e, assim sendo, há mui- Deus”, a eucaristia das 11 horas e bênção das famílias. Juntamenrealizar-se-á a missa em honra tos crentes e festas em sua hon- de domingo, dia 8 de janeiro, em te com a celebração da Epifania do S. Martinho de Bougado, presidi- Senhor, dinamizada pela Pastoral de S. Gonçalo, que volta a repe- ra nos arredores. da pelo pároco Luciano Lagoa, foi Familiar, o momento contou com tir-se pelas 11.30 horas.
Famílias foram abençoadas em S. Martinho
Cantaram-se os Reis na Junta de Bougado
O auditório do polo de S. Martinho da Junta de Freguesia de Bougado foi o cenário para o Cantar de Reis dos grupos culturais da terra. Perante o olhar atento do executivo da Junta e de alguns popu-
lares que se juntaram à festa, pas- deiras da Trofa e o Grupo Coral de saram pelo palco o Rancho Folcló- Adultos da paróquia de S. Martinho. rico da Trofa, o Grupo de Danças e Afinaram-se as vozes e cantaramCantares de Santiago de Bougado, -se as ‘Reisadas’, não fosse janeiro o Rancho Etnográfico de Santiago o mês dedicado aos Reis. de Bougado, o Rancho das Lavra-
a presença de três Reis Magos muito especiais e muitos fiéis. No final, como é habitual, as famílias puderam beijar, pela última vez, a imagem do Menino Jesus.
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João Mendes
CRÓNICA
Do desrespeito pelo associativismo
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(Re)viver a magia dos presentes de Natal No Dia dos Reis, o Sorrisos e o Pai Natal surpreenderam as crianças e jovens sinalizados do concelho com 65 presentes, entre brinquedos e vestuário. PATRÍCIA PEREIRA
O
s presentes foram entregues pela Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), provenientes da campanha de angariação do balcão do BPI da Trofa, assim como da iniciativa “A Roda da Felicidade”, promovida pela Euromaster no âmbito do projeto “Portugal mais feliz”. Daniela Esteves, presidente da Delegação da Trofa da CVP, contou que decidiram “juntar estas duas campanhas e convidaram as crianças sinalizadas para fazer esta entrega, criando mais um momento
de felicidade na sua vida”. ças do nosso concelho, que, por Uma iniciativa que “já aconte- alguma razão, podem não ter receu o ano passado” e que Daniela cebido presentes”, declarou, afirEsteves pretende repercutir “sem- mando que uma mãe agradeceu pre que tiverem estas campanhas à Delegação da Trofa da Cruz Vere apoios”, uma vez que, salien- melha Portuguesa, porque o seu tou, “não foi a Cruz Vermelha que filho “não pode ter prenda neste comprou estes presentes para as Natal”, devido à sua “em situação crianças”. “Só com estas campa- de desemprego”. nhas e com estas entidades a ajuE quando se ouve isto, a presidar é que estes dias se podem tor- dente acredita que “vale a pena” nar possíveis na vida destas crian- e, por isso, “só pode estar agraças. Se, dentro do possível, es- decida” à Euromaster e ao BPI, por tas e outras entidades se associa- “este ano, mais uma vez, conseguirem à Cruz Vermelha, todos fare- rem ajudar nesta campanha”. mos noites mais felizes às crian-
Cruz Vermelha serviu 12 mil refeições na cantina social Não foram duas mil como, por lapso, foi publicado na última edição do NT. Foram 12 mil as refeições que a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa serviu, durante o ano de 2016, na cantina social Porta de Sabores. Mais precisamente, 12.595. CÁTIA VELOSO O número de refeições servidas na Porta de Sabores representa um aumento de 53 por cento relativamente às refeições servidas no primeiro ano de existência da cantina: foram 6787 refeições em 2012. E se se considerarem todos os outros anos, é notória a necessidade desta resposta social: 8287
refeições em 2013, 10.852 em 2014 e 11.717 em 2015. Daniela Esteves, presidente da delegação, explicou que o aumento das refeições se justifica pelo “melhoramento da capacidade de resposta”, dada a experiência adquirida ao longo do projeto, à “melhor gestão dos recursos” e ao “aumento dos géneros” doados. Por outro lado, acrescentou, também cresceu “a necessidade” das famílias, uma vez que algumas “saíram da exclusão” e da “pobreza envergonhada”. Em 2016, a delegação também registou um aumento no apoio ao nível do vestuário e calçado: em 2015, foram entregues 526 artigos
e, no ano passado, 592. Em sentido contrário registou-se o desaparecimento do apoio de excedente alimentar e do FEAC (Fundo Europeu de Auxílio às Pessoas Mais Carenciadas). O primeiro, porque “o Banco Alimentar entendeu deixar de apoiar as delegações da Cruz Vermelha, porque fazem peditório anual, e priorizou as instituições que não têm peditórios calendarizados”, explicou Daniela Esteves. Já o corte do FEAC foi sentido em todo o país e não só na Trofa, já que foi o Governo que falhou a execução do programa, tendo desperdiçado 18 milhões de euros em géneros alimentares.
omo vem sendo habitual, e dentro dos prazos estabelecidos pela autarquia, o Clube Slotcar da Trofa (CST) entregou o seu plano de actividades e respectiva candidatura ao apoio financeiro ao associativismo para o ano de 2016, no âmbito do Programa de Apoio ao Associativismo da Câmara Municipal da Trofa. Desde então, Setembro de 2015, não só não obtivemos qualquer financiamento por parte da autarquia, como, mais grave, não nos foi dada qualquer resposta. Com o passar dos meses, em sede de Conselho Municipal de Juventude, no qual represento a associação, questionei, por duas vezes, o vereador do Desporto e da Juventude, Renato Pinto Ribeiro, sobre o ponto de situação, fosse ele qual fosse, sem que, em momento algum, tenha recebido uma resposta conclusiva. O ano chegou ao fim, o financiamento não apareceu e nem uma simples resposta, em linha com as mais elementares regras do respeito institucional e da boa educação nos foi dada. Vergonhoso. O actual executivo, que fez do associativismo uma bandeira na campanha eleitoral de 2013, é encabeçado pela pessoa que, por ocasião da inauguração da sede do Clube, teceu rasgados elogios ao trabalho desenvolvido por esta colectividade. Afirmou mesmo o “enorme prazer e enorme orgulho” que era para ele ser presidente de uma autarquia que tinha “uma associação de cariz juvenil com esta dinâmica e com esta propensão a ser arrojada nos dias de hoje”, e, entre inúmeros elogios, rematou da seguinte forma: “A Trofa é isto mesmo. A Trofa é um concelho novo, recente, o mais recente a par de Odivelas, tem uma enorme potencialidade e o exemplo é esta associação, que consegue se impor naquilo que entra e consegue vencer. E a Trofa é isso que vai fazer. Vai fazer, tem que fazer, através das suas freguesias, através das suas associações, das suas co-
lectividades, dos seus empresários, dos seus comerciantes, mas também nós temos que ajudar enquanto entidades públicas, gerindo muito bem o dinheiro. E é isso que temos que fazer. É apostar em colectividades que realmente (…), e apostar e apoiar porque é uma obrigação. E eu dou aqui um pequeno exemplo: das poucas reuniões que tivemos com algumas colectividades, muitas delas, e este é um grande exemplo, onde estava presente acompanhando o presidente do Slotcar, foi “Nós não queremos saber de dinheiro. Nós queremos falar de projectos e perceber o que é que a câmara municipal está disponível a apoiar estes projectos do Slotcar”. E portanto, quando isto acontece, é muito fácil e obviamente o Slotcar terá sempre um parceiro na câmara municipal e obrigado pelo trabalho que desenvolvem, dia-a-dia, em prol da nossa comunidade. Muito obrigado a todos.” Passados mais de dois anos, da par te que nos toca, nada mudou. Apesar da ausência de apoio e dos duros condicionalismos que nos foram impostos pelo poder político, o Clube continuou a promover uma série de actividades, do desporto à acção social, passando pela música ou pela fotografia, provando, de forma clara e inequívoca, aquilo que Sérgio Humberto referiu no discurso citado: que não queremos saber de dinheiro mas de projectos. Claro que, com o dinheiro que poderíamos ter recebido da autarquia, mais projectos teriam avançado. Mais opor tunidades poderiam ter sido dadas, nas mais variadas áreas, aos jovens da Trofa. Mas, aparentemente, as palavras do autarca, naquela inauguração de 2014, não valiam nada. Onde está o “orgulho” e a “obrigação” de apostar e apoiar uma associação como o CST? Em lado nenhum. Tal como a resposta à nossa candidatura, que voltamos a apresentar para 2017. Fica o registo e a experiência para a campanha eleitoral que se avizinha: o melhor mesmo é não confiar.
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Dominguices dinamizam manhãs de pais e filhos Oficinas, workshops, música, teatro, dança ou artes plásticas. Aqui estão algumas dicas daquilo que poderá fazer nas manhãs de domingo, nas Dominguices, acompanhado pelos seus mais que tudo, os filhos. Liliana Oliveira/ Cátia Veloso As manhãs de domingo vão tor- máscaras de Carnaval por pais nar-se mais dinâmicas na Trofa. e filhos, orientada pela própria Pais e filhos vão agora poder par- Sandra, da Mimos Factory, que tilhar momentos e aprendizagens. é professora de Educação VisuDominguices é o nome do proje- al”, adiantou a responsável. Para to que Márcia Ferreira, da escola março está reservada uma oficiPassos de Dança, e Sandra Lima, na de música, em parceria com a da Mimos Factory, implementa- escola Head Phone, que decorreram no arranque de 2017, na Trofa. rá nas instalações da academia “A intenção foi criarmos ativi- de André NO, no dia 12, pelas 10 dades para pais e filhos, que pu- e 11 horas. A fechar as iniciativas dessem ser uma interação entre do mês de março está uma ofia família e um momento em que cina de Canto, com a professora os pais pudessem criar atividades Antónia Serra. “A intenção é que e laços com os filhos”, explicou seja algo que envolva a própria Márcia Ferreira, uma das respon- cidade”, afirmou Márcia Ferreira. O engenheiro Aníbal Cossáveis pelo projeto, que, tal como As atividades “têm um custo de ta, do Gabinete de Estudos Sandra, alinhava neste tipo de ini- cinco euros por participante, seja de Engenharia Civil da Trociativas com os filhos, mas em ou- criança ou adulto”. fa, foi distinguido com o Prétras cidades, por isso decidiram E pode ainda contar com a fatia mio Nuno Teotónio Pereira, “trazer as atividades para a Trofa”. de bolo ou o café que os pais dos pelo projeto de requalificaAs oficinas arrancam já este alunos da Passos de Dança vão ção da Igreja de S. Francisco, domingo, 15 de janeiro, pelas 11 disponibilizar, com o intuito de em Évora, na categoria “reahoras, nas instalações da escola ajudar a amealhar dinheiro para bilitação de edifício”. Liliana OliPassos de Dança, com as “Histó- a participação dos filhos em ati- veira/ Cátia Veloso rias do Arco da Velha”, para crian- vidades e competições. Para participar nas oficinas ças dos 3 aos 10 anos, numa parceria com O Som do Algodão, deve inscrever-se antecipadatribuído desde 1989, o Pré“que é um grupo que faz teatrali- mente, visto que algumas ativi- mio IHRU (Instituto da Habitação zação de contos”, descreveu Már- dades têm número limitado de e Reabilitação Urbana), que “precia Ferreira. participantes, através de men- meia as ações de reabilitação urO programa para os próximos sagem privada na página das Do- bana exemplares e distingue os dois meses está definido. A 12 de minguices no Facebook (www. resultados reveladores do domífevereiro, pelas 10 horas, decor- facebook.com/dominguices/), nio técnico que conduz ao exercírerá uma oficina de movimento, onde pode encontrar informa- cio de boas práticas”, denominadenominada “Os Animais”, e no ções atualizadas sobre as ofici- -se agora “Prémio Nuno Teotónio dia 26 do mesmo mês, pelas 11 nais programadas, ou dos contac- Pereira, para homenagear a vida horas, está programada uma ofi- tos 919611529/938468883 e do e- e obra do reconhecido arquiteto”. cina das artes, “A minha máscara -mail dominguices@gmail.com. A obra da Igreja de S. Francisco de Carnaval”, “para a criação de demorou cerca de um ano a ficar concluída e custou cerca de quatro milhões de euros, sendo considerada “uma das maiores obras de restauro integrado do país”. A intervenção incluiu, além das “obras de recuperação e requalificação”, o “reforço estrutural, sísmico e arquitetónico”, mas também “conservação e restauro dos O Rancho das Lavradeiras da pação do Grupo de Folclore “Ter- altares, pinturas ou vitrais”, exTrofa está a preparar para a noite ras de Arões” (Vale de Cambra), plicou o engenheiro Aníbal Cosde 14 de janeiro, no auditório Fó- da Ronda Típica de Meadela (Via- ta. Além disso, o espaço conta rum Trofa XXI, o 20.º Encontro de na do Castelo) e do Rancho Re- agora com um núcleo museológiCantares de Janeiras. gional Recordar é Viver de Para- co e galerias sobre a Capela dos Com início para as 21 horas, o mos (Espinho). Ossos, que se localiza no interior evento vai contar com a particiA.M./C.V. da Igreja.
Aníbal Costa venceu Prémio Nuno Teotónio Pereira
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Rancho das Lavradeiras promove Encontro de Janeiras no sábado
Para Aníbal Costa, este reconhe- 1755, que provocaram “fissuras cimento público não é surpreen- com alguma expressão na nave”. dente. “Era esperado, porque é “Dentro da Igreja está a Capela dos uma das mais importantes obras Ossos e era necessário definir um em reabilitação que se fez no ano trajeto que permitisse não só visipassado, não só pela intervenção tar a Capela, mas também a Igreem si, que é multidisciplinar e feita ja” e as Galerias, onde está a vasnum prazo muito apertado, como ta coleção de presépios de todo o pela dificuldade e complexidade mundo da família Canha da Silva, da própria obra”, disse ao jornal introduzindo-se ainda um “museu por cima da Capela dos Ossos”, O Notícias da Trofa. “Este é um prémio de referência que conta a história do convento e como é o primeiro com o nome e apresenta uma coleção de arte do Arquiteto Teotónio Pereira teve sacra. Foi ainda recuperada a Sala outro impacto”, acrescentou, sa- Régia, “confiscada em meados do lientando que têm “ganho esse século XIX”. “Penso que é um sítio prémio com frequência”. “Sabe que vale a pena visitar para se ver sempre bem ganhar estes pré- a diferença que sofreu”, sugeriu mios, porque é o reconhecimento Aníbal Costa. A Igreja de S. Francisco abriu a nível nacional numa área específica e que nos temos imposto a ní- as portas ao público em dezemvel nacional”, afirmou o trofense. bro de 2015 e, segundo adiantou O espaço que já foi “um conven- o engenheiro responsável, “toda to e um palácio real” ressentia as a gente dá os parabéns, porque marcas do tempo, como as que fo- consideram que é uma obra exram deixadas pelo terramoto de celente”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
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Atualidade
Ortodoxos celebram o Natal em Dia de Reis Sete de janeiro é dia de Natal para a Igreja Ortodoxa. Na Trofa, os ortodoxos reuniram-se na Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado, na denominada por eles paróquia de Santa Catarina, numa celebração de vésperas solenes presidida por Arquimandrita Philip, vigário de Portugal e Galiza, juntamente com dois sacerdotes. Liliana Oliveira/ Cátia Veloso
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pesar de acreditarem no mesmo Deus e no seu filho Jesus, católicos e ortodoxos distinguem-se pelas cerimónias e ritos litúrgicos. Desde logo, o nascimento de Jesus é assinalado em alturas diferentes. Se para os católicos Deus Menino nasce a 25 de dezembro, para os ortodoxos o nascimenCerimónia realizou-se na Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado to acontece apenas a 7 de janeiro, sendo que as celeA cerimónia litúrgica é an- 45 antes de Cristo, que con- te de 24 ou na manhã de 25 brações de Natal começam tecedida por cumprimentos ta com mais 13 dias do que o de dezembro, para os ortoquando a primeira estrela dizendo “Jesus vai nascer”. calendário gregoriano. Des- doxos as prendas chegam aparecer no céu na noite do No dia de Natal, 7 de janei- ta forma, o dia 25 de dezem- logo no arranque do mês, a dia 6 (do nosso calendário), ro, pelas 18 horas, os cris- bro para os ortodoxos cor- 4 de dezembro, no dia de S. momento em que os cris- tãos ortodoxos da Trofa e responde ao dia 7 de janei- Nicolau, um santo popular tãos ortodoxos se reúnem arredores celebraram com ro para os católicos apostó- entre os cristãos e conheem casa, à volta da mesa grande solenidade as Véspe- licos romanos. cido pela sua generosidade jantar, antes de segui- ras Solenes do Natal. Os ortodoxos celebram “o de. “O nascimento de Crisrem para a missa vespertiOs cânticos animaram a nascimento de Jesus, o re- to não é nada mais do que na. Este é, segundo o rito bi- celebração onde todos se cebimento e adoração dos este poder de salvar todos zantino oriental, o momen- saudaram com a frase “Xres- Magos, e, no dia 6 de janei- os homens”, afirmou o Pato que marca o início da vés- tós Rodêvcia – Slavimo Iohó ro, celebram o batismo do dre Basílio Savchuk. pera de Natal. (Cristo nasceu – Glorifique- Senhor, que se chama EpifaHá 37 comunidades ortoPara a Igreja Ortodoxa, mo-lo). Durante a celebra- nia”, esclareceu o Padre Ba- doxas em Portugal e norte antecedem ao nascimen- ção recitou-se ainda o Pai sílio que, descreveu, “mui- da Galiza e, apesar da tentato de Jesus “40 dias de je- Nosso em três idiomas: es- tas vezes leva-se a água ben- tiva de aproximação entre jum, e na véspera de Natal panhol, inglês e português. zida neste dia e benzem- católicos e ortodoxos, ené tradição, sobretudo para Na despedida, o sacerdo- -se as casas e os animais”, cetada pelo Papa João XXIII, as famílias ucranianas, não te anuncia: “Jesus nasceu”, como os católicos fazem na na década de 60, continuam comer, é um jejum estrito”, termo usado pelos ortodo- Páscoa, porque “Cristo en- a existir entraves. O papa explicou o Padre Basílio Sa- xos nos três dias de festa. trou nas águas do rio Jor- João Paulo II não deu conDepois da celebração, se- dão, benzeu e santificou to- tinuidade a essa união crisvchuk. Os primeiros pratos são servidos à noite. São 12 guiu-se um jantar-convívio das as águas de Jordão e de tã, mas “nos últimos anos e “não têm carne nem lei- entre todos os participantes todo o universo”. “O Dia de deram-se grandes passos”, te, é à base de peixe”. Esta da celebração, cuja ementa Reis não temos”, assegurou afirmou o sacerdote, refeceia, que encerra o período foi à base de vegetais, carne o sacerdote. rindo-se ao Papa Francisco e da ‘Pelêpivka’ (quaresma de e ovos, com vários pratos à A troca de presentes tam- ao seu encontro com os Papreparação ao nascimento disposição, onde não faltou bém acontece entre orto- triarcas de Constantinopla do Filho de Deus), também o cozido. Quanto aos doces, doxos, mas não com o mes- e, ultimamente, o de Mosconão inclui gordura animal, e destaque para o bolo onde mo significado. Se para os vo, “considerada uma forma os 12 pratos estão relacio- se lia “Jesus nasceu”. católicos é o Menino Jesus de união entre os cristãos”, ou a figura do imaginário acreditando que no futunados com os apóstolos de da maior parte das crian- ro essa aproximação possa Jesus e as 12 tribos de Israel, Ortodoxos não celebram o Dia de Reis um número que no livro saças, o Pai Natal, que distri- mesmo acontecer. grado está associado à plebuem os presentes, na noiO calendário é diferente nitude. Nesta noite o prato principal é a ‘Kutia’, um doce para católicos e ortodoxos. à base de trigo cozido com No dia em que os católicos mel e sementes de papoila, celebram os Reis, os ortodoingredientes típicos dos do- xos assinalam o nascimento ces orientais. O alho, a cebo- de Jesus, isto porque a Igrela, o sal e o pão também en- ja Ortodoxa não aceitou a tram na ementa, como sím- reforma do calendário que bolos de riqueza e prosperi- o papa Gregório XIII levou a dade. No dia de Natal e nos cabo em 1582. Assim, os ordois dias seguintes, as refei- todoxos continuam a guiarções são à base de carne fu- -se pelo calendário juliano, Depois da celebração, seguiu-se jantar-convívio criado por Júlio César, em mada e muitos vegetais.
Correio do Leitor EU PAI NATAL ME CONFESSO Fui o Pai Natal das crianças e dos idosos em 16 instituições e assisti a situações que gostava de não ter assistido por parte dos responsáveis pela Trofa. A que me deixou mais preocupado foi a maneira como continuam a tratar os idosos. Nós os idosos, “eu incluído”, merecemos mais respeito . Assisti à festa de Natal que foi muito bonita graças aos idosos e ao trabalho das instituições que nos fizeram recordar o festival da canção, mas fiquei triste porque li no programa da festa que no final haveria um lanche convívio… mas qual convívio? Ao que eu assisti foi à distribuição de um saquinho com um chocolate, um bolo e um sumo. Como diz o velho ditado: com sumos e bolos se enganam os tolos. Por favor senhores responsáveis por esta festa, “nós, os idosos, não somos nenhuns coitadinhos”. Lá por sermos idosos, não somos pedintes nem precisamos de esmolas. Nós apenas queremos que nos respeitem. “Nós” somos pessoas e não mendigos. Não nos tentem comprar, nós não estamos à venda… somos “idosos”, mas não somos estúpidos. Este ano “esqueceram-se de mim” como Pai Natal, mas não foi por isso que faltei às festas das instituições como por exemplo: ASCOR, EM S. ROMÃO DO CORONADO… CENTRO SOCIAL DE S. MAMEDE… MURO DE ABRIGO E CRUZ VERMELHA DA TROFA. E foi na Cruz Vermelha que mais senti ser o Pai Natal quando distribuí as prendas que foram oferecidas pelo BPI e Euromaster e senti a alegria das crianças filhos de pessoas com dificuldades, mas que tiveram o seu Pai Natal. E já que estou com a mão na “massa”, eu vou perguntar: porque razão é que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia não gostam da Cruz Vermelha? Sobre os “meus velhinhos” já desabafei um pouco embora tenha ainda muito que dizer. Agora vou virar-me para os “meus meninos”. Mas que raio andam agora a inventar a Mãe Natal a distribuir prendas nas escolas, está-me a parecer que este ano estão uns mãos largas eu não acredito na prenda dada às meninas dos infantários. Os meninos das escolas tiveram um carrinho, até aqui tudo bem, mas as meninas tiveram um estojo de maquilhagem… Valha-me Nossa Senhora… Meninas todas elas tão bonitas, com apenas 3, 4, 5 anos não terá sido um exagero esta prenda? Se calhar foram prendas compradas com o dinheiro que sobrou da festa do magusto de S. MARTINHO. Deixa-me aproveitar para perguntar: Porque é que este ano não houve a festa de S.Martinho? Fui o Pai Natal na festa de Natal da VILA DO CORONADO onde estiveram as crianças das escolas e jardins de infância da Vila. Foram três dias em que brinquei com tantos meninos e meninas o que meu deu muito orgulho. Depois fui o Pai Natal nas escolas de BAIRROS… DE CEDÕES… DO PARANHO… DAS PISCINAS MUNICIPAIS… DO CENTRO DE ESTUDOS DA TROFA… DAS ESCOLINHAS DE FUTEBOL DO TROFENSE E FINALIZEI NO JORNAL O NOTICIAS DA TROFA, como sempre tenho feito. Quero aproveitar para agradecer a todas as associações de pais e instituições sociais pelo vosso convite, obrigado a todos e contem sempre comigo, que Deus vos proteja e tenham um feliz ano de 2017. Para finalizar, quero apenas dizer que não me interessa nada a política do executivo autárquico, isso fica para outra altura, neste momento apenas quero que respeitem os “MEUS MENINOS E OS MEUS VELHINHOS”. Feliz ano para todos. António Moreira
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12 JANEIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Reportagem
Estes são alguns dos melhores alunos da Trofa
À procura do canudo com médias brilhantes Uns atingiram uma média superior a 19 valores, outros ficaram perto dessa marca. O NT foi de que é possível ser-se bom aluJá Gonçalo Silva argumenta que à procura de alguns dos melhores alunos do concelho da Trofa e percebeu que a ideia de que no e ter atividades fora da escola. “a gestão de tempo é algo fundaEntão, qual é o segredo para o mental a que muita gente não dá os que têm boas notas são os que se refugiam exclusivamente nos livros não passa de uma fasucesso escolar? A pergunta soa a o devido valor”. E, não menos imlácia. CÁTIA VELOSO
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ariana Domingues tem 18 anos, pratica basquetebol na Associação Cultural e Recreativa Vigorosa e ainda faz parte do grupo de jovens de S. Martinho de Bougado “Os Mensageiros”. Basquetebol também é a atividade desportiva praticada por Catarina Ferreira, 18 anos, de Santiago de Bougado, que também é escuteira desde criança. Já Gonçalo Silva, 18 anos, de Covelas, praticou natação e não dispensa os momentos de lazer com os amigos, enquanto Bernardo Padrão Brás, 18 anos, de Santiago de Bougado, aventurou-se por vários desportos e tem como hobby cozinhar. Apesar de, de uma maneira ou de outra, ocuparem os tempos livres com atividades lúdicas e desportivas, estes jovens nunca descuraram os estudos e, prova disso, são as médias que g ar ant ir am para entrar Mariana Domingues na universidade. São também alguns dos rostos dos melhores alunos do concelho da Trofa. Dezanove valores e uma décima. Em números: 19,1. Esta foi a média que Mariana Domingues conseguiu para aceder à universidade, depois de cumprir o ensino secundário na Escola Secundária da Trofa. Com tal nota, poderia esco-
lher qualquer curso à disposição e incerteza até era a palavra que melhor caracterizava o momento de reflexão da jovem. “Não tinha uma ideia muito clara na altura em que as candidaturas ao Ensino Superior abriram, mas sempre quis algo que estivesse de alguma forma relacionado com a área da saúde”, contou, em entrevista ao NT. Acabou por se decidir por Bioengenharia, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, mas os primeiros tempos de curso ainda não permitiram formular uma ideia mais concreta do que deseja para o futuro. Também Bernardo Padrão Brás cumpr iu o ensino regular na Escola Secundária da Tro fa e durante muito tempo “não soube bem o que que ria seguir”. Certeza era apenas uma: “Sabia que p r e f e r ia a área das ciências”. Com o tempo, “um grande exemplo familiar”, “o interesse” e “o aconselhamento de alguns professores” contribuíram para começar a trilhar o caminho profissional: Medicina. A área requer média alta e Bernardo Padrão Brás correspondeu: garantiu uma nota de 19,03 valores e hoje é caloiro de Medicina na Universidade do Porto. “A decisão não podia ser mais
acertada”, revelou, antes de confessar que quer um futuro ligado ao “contacto direto com pessoas e doentes”. Esta também foi a área escolhida por Catarina Ferreira e Ana Afonso, 19 anos, de Santiago de Bougado. Com o 12.º ano concluído no Colégio da Trofa, Catarina obteve 18,75 valores e Ana conseguiu 18,83, médias válidas para entrar no curso, na Universidade do Porto. A última, que quer “sentir” que é “útil para a sociedade” e que consegue “melhorar a qualidade de vida da comunidade”, deseja terminar o mestrado e especializar-se em oncologia, porque “é uma área que constantemente sofre desenvolvimento e novas descobertas” e assume-se, atualmente, como “um dos grandes problemas da sociedade”. Gonçalo Silva enveredou pela Engenharia Mecânica, na Faculdade de Engenharia do Porto, com uma média de 18,85 valores. A meta, confessou, “não foi fácil de alcançar, uma vez que a principal dificuldade foi obter classificações satisfatórias em disciplinas com as Gonçalo Silva
cliché, porque já se sabe que cada portante, o “gosto por aquilo que um pode ter um método de estu- se faz”. Partilhando da mesma vido diferente. No entanto, a boa são, Catarina Ferreira recordou gestão do tempo e a valorização que sempre teve gosto em estudas aulas são respostas comuns dar, também graças “ao incentia estes jovens. “Acho que o mais vo dos pais”. importante é prestar atenção nas Bernardo Padrão Brás também aulas. Se o fizermos, não precisa- considera que “os melhores alumos de trabalhar tanto em casa”, nos são os que trabalham com advogou Mariana Domingues, gosto, os que se deixam envolque acrescenver por aquilo tou que “uma Catarina Ferreira que é a escoboa gestão la (pelo conhedo tempo é cimento) e que m e i o c a mi questionam o nho andado que lhes é ensipara o sucesnado, querenso”. Na mesdo perceber”. ma linha de “Manter um espensamentudo contínuo to, Catarina e ter bases de Ferreira conconhecimento sidera que “o também foram maior segreg r a n d e s aju do para ser das, tal como o bom aluno é apoio dos proestar atento fessores, que nas aulas e sempre tive ser dedicado” dos melhores, à concretizae dos colegas/ ção do objeamigos, pois tivo, sem nuno trabalho em ca desistir. equipa é muiO ditado to importante “não deixar e mais fácil de para amanhã levar a cabo do o que podeque um trabamos fazer hoje” foi evocado por lho exclusivamente individual”, Ana Afonso, que destaca “a disci- destacou. plina e a força de vontade” como Por outro lado, ter outras ativimotores para um percurso acadé- dades é, para Mariana Domingues, mico sem percalços. “É igualmen- um fator importante para obter te importante não desistir nem de- boas notas, pois “é uma forma de sanimar, porque o nosso esforço desligar um pouco do stress que é sempre recompensado”, acres- se sente particularmente na altucentou. ra dos testes”.
quais não me identificava tanto”. Qual o segredo para o sucesso escolar?
Bernardo Padrão Brás
Já deu para perceber que isolamento não faz parte da estratégia para obter boas notas na escola. Estes jovens personificam a máxima muitas vezes preconizada
Ana Afonso
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
Atualidade
Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis
Um crime em Covelas
Assalto rende meio milhão O
assalto não terá durado mais de dez minutos. Entre as 22 e as 22.10 horas do último dia do ano, aproveitando a ausência dos proprietários, um grupo assaltou uma moradia na Travessa de S. Cristóvão, na freguesia do Muro. Segundo fonte policial, os ladrões remexeram dois quartos e num deles conseguiram aceder ao cofre,
apossando-se de coleções de relógios, várias joias e peças de ouro, num furto avaliado em 500 mil euros, que está coberto por seguro. As câmaras de videovigilância registaram a entrada dos indivíduos, mas as imagens não permitiram aferir se foram dois ou três os larápios que acederam à moradia, através de uma porta de vidro que foi forçada. O alarme tocou, aler-
tando uma funcionária, mas quando esta chegou já os ladrões se tinham colocado em fuga, deixando para trás duas portas danificadas e dois quartos completamente remexidos. O acesso à propriedade poderá ter sido feito através de um terreno florestal contíguo. A Guarda Nacional Republicana tomou conta da ocorrência e está a investigar o caso. C.V./H.M.
Acidente provoca quatro feridos
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gada e os assassinos pareciam coorria o ano de 1927, está- nhecer os rituais diários da vítima2. vamos em julho, no dia 17, numa Na edição seguinte da imprensa das muitas manhãs do ano, quan- local, o mistério sobre o caso contido tudo parecia continuar de for- nuava a alimentar a opinião pública. ma tranquila como até aquele dia, Os dois agentes policiais chaocorreu um acontecimento trági- mados: Costa e Ribeiro abandonaco em Covelas, no lugar de Vale de ram as investigações, contudo, o Alvite, um homem aparecia morto. administrador do concelho contiO corpo aparecia quase deca- nuou com as mesmas para descopitado, um cenário de verdadeiro brir os autores dos crimes3. As auhorror, era enorme a romagem de toridades policiais para fazer as dicuriosos ao local e os jornais nacio- ligências de investigação vieram nais sediados do Porto, fizeram am- do Porto. Apontados no início das pla cobertura ao acontecimento1. investigações, pela família do infeO Jornal de Santo Tirso informou liz, dois possíveis autores, devido a que a localização do cadáver era desavenças anteriores, que foram próxima da linha férrea a cerca de interrogados e ficaram detidos na meio quilómetro adiante da Esta- cadeia de Santo Tirso. ção de S. Romão do Coronado, em O crime causou especial surpreterrenos da freguesia de Covelas. sa e motivo de conversa havia muiA vítima residia no lugar de Que- to tempo que não ocorriam crimes reledo e todos os dias saia para o daquela gravidade no concelho de seu trabalho de manhã, trabalha- Santo Tirso4. va na Mercearia Camões na Rua do António de Andrade Mota foi a víLoureiro no Porto e deixou uma fi- tima, conhecido popularmente por lha menor de 8 meses. António Pacheco, sobre a história As causas da morte, além das fa- do seu assassinato, não consegui cadas já referidas, foram também apurar em tempo útil a descoberpancadas violentas no crânio. ta ou não dos seus assassinos e as Apareceu sem valores materiais, respetivas condenações. foi-lhe roubado: um relógio de pra- 1O Trofense, S. Romão do Cornado 24-7, ta, umas correntes de ouro, 150 es- pag.3 31.07.1927 2 cudos e até duas garrafas de vinho Jornal de Santo Tirso – Em Covelas – Hoque transportava numa pequena mem assassinado, pag.4 21 07.1927 caixa. O crime mostrou premedita- 3O Trofense, S. Romão, 7-8-1927, pag.3 ção, aquele dia, era o dia que a vi- 14.08.1927 4 tima chegava mais tarde a casa do Jornal de Santo Tirso, Em Covelas – Hotrabalho por volta da 1h da madru- mem assassinado, pag.4 21.07.1927
Do acidente resultaram quatro feridos
Quatro feridos foi o resultado tal entre duas viaturas, havendo quatro meios dos Bombeiros Vode uma colisão entre três viatu- uma terceira viatura envolvida”. luntários da Trofa, o Suporte Imeras, que ocorreu cerca das 23.10 Do embate resultaram “duas ví- diato de Vida (SIV) do Hospital horas de sexta-feira, 6 de janei- timas encarceradas, tendo sido de Santo Tirso e a Viatura Médiro. O acidente rodoviário acon- necessário recorrer ao material ca de Emergência e Reanimação teceu na Estrada Nacional 14, na de desencarceramento”, assim (VMER) do Hospital de S. João. Rua José Moura Coutinho, na fre- como “uma terceira vítima”. “Pos- No local estiveram ainda a Briguesia do Muro. teriormente surgiu uma quarta gada de Trânsito da Guarda NaSegundo Filipe Coutinho, 2.º co- vítima que se queixou de dores cional Republicana (GNR) e milimandante dos Bombeiros Volun- lombares. Todos os feridos foram tares do destacamento de Santo tários da Trofa, à chegada ao local transportados para o Hospital de Tirso e do posto da Trofa da GNR. a primeira equipa verificou que S. João, no Porto”, completou. A Estrada Nacional esteve corse tratava de “um embate fronA prestar socorro estiveram tada ao trânsito. P.P.
Máquinas de jogo apreendidas A Guarda Nacional Republicana da Trofa apreendeu duas máquinas de jogo de fortuna ou azar eletrónicas num café localizado em S. Romão do Coronado, na terça-feira, 10 de janeiro. Os militares encontraram as máquinas num piso inferior do café que servia de salão de jogos. O proprietário do estabelecimento foi identificado. C.V./H.M.
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Atualidade
Colisão junto ao estádio
Uma das viaturas invadiu uma propriedade
A Estrada Nacional 14 foi, novamente, palco de um acidente. A colisão, seguida de despiste, aconteceu cerca das 23 horas de segunda-feira, 9 de janeiro, junto ao acesso ao estádio do Clube Desportivo Trofense. O embate, entre um veículo ligeiro de passageiros e uma carrinha ligeira de mercadorias, ocorreu quando a carrinha, que circulava no sentido Porto-Trofa, mudava de direção para a Rua Américo Campos. Apesar do aparato, não houve vítimas a registar. No entanto, cerca das 00.50 horas,
o condutor do ligeiro de passageiros, de 22 anos e residente na Maia, apresentava algumas dores a nível lombar, sendo transportado pelos Bombeiros Voluntários da Trofa para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. Os Bombeiros Voluntários da Trofa procederam ainda à limpeza da via e a Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana do Porto esteve no local para registar a ocorrência.
Seis desalojados em incêndio urbano
Dois adultos e quatro crianças ficaram desalojados devido a um incêndio que ocorreu na habitação onde residiam, na Rua Central de Casais, em Alvarelhos. PATRÍCIA PEREIRA E HERMANO MARTINS
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alerta chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa cerca das 11.30 horas desta quarta-feira, 11 de janeiro. Tratava-se de um incêndio numa habitação e havia a suspeita de se encontrar pessoas no seu interior. Mas à chegada ao local, os Bombeiros Voluntários da Trofa, que se deslocaram num veículo urbano de combate a incêndios e numa ambulância, verificaram que “não havia ninguém dentro de casa” e que “a zona da cozinha, casa de banho e o corredor que dá acesso aos quartos foram tomados pelas chamas”, adiantou Joaquim Mendes, chefe dos Bombeiros Voluntários da Trofa. Os soldados da paz dominaram o incêndio “dentro de meia hora a 45 minutos”, tendo sido a fase de rescaldo “um bo-
cado complicada devido ao teto falso e às vigas de suspensão de telhado. Joaquim Mendes adiantou que foi necessário “remover metade do telhado para ter acesso às vigas de suspensão de telhado para fazer o rescaldo com eficácia”. A habitação ficou “sem condições de habitabilidade”, existindo o “risco de aluir” devido “à estrutura e fissuras que se apresentam nas paredes”. Na habitação moravam dois adultos e quatro crianças, que foram realojados em casa de familiares. No local esteve a Guarda Nacional Republicana da Trofa, mas o caso passou para a Polícia Judiciária que esteve identificar a origem do incêndio, que poderá estar num curto-circuito elétrico.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
Atualidade
Fotografou a assinatura da fundação do Partido Socialista
Mário Soares faleceu a 7 de janeiro. O antigo governante português, por muitos apelidado de “pai da democracia” fundou o Partido Socialista, numa cidade alemã. O NT descobriu uma das pessoas, residente na Trofa, que fez parte das cerca de 30 que assistiram à fundação do partido. CÁTIA VELOSO
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da. “Não a valorizei, mas terá sido beu a notícia do golpe de Estado ois dias depois de o filho a única imagem registada do mo- e regressou ao país naquele que finascer, a 19 de abril de 1973, An- mento da assinatura. Se a tivesse, cou conhecido como o “comboio tónio Diniz, emigrante na Alema- teria um valor histórico incalculá- da liberdade”. nha, aceitou o convite de um pro- vel”, afirmou em entrevista ao NT. Mário Soares foi primeiro-minisfessor português com quem tinha Na plateia, estavam “cerca de tro por dois mandatos, de 1976 a alguma confiança. Como tinha a 30 pessoas”, poucos “eram da Ale- 1978 e de 1983 a 1985 e Presidenesposa ainda na maternidade e manha” e havia gente provenien- te da República entre 1986 e 1996. estava sozinho, partiu com ele de te “da Suiça e da França”, recorcarro até Bad Münstereifel, numa dou António Diniz. Espírito revolucionário viagem de mais de 200 quilómeOs tais “documentos” que os Aquele episódio, no entantros, para assistir a uma cerimónia congressistas assinaram eram to, acabou por encaixar num esonde estariam presentes militan- prova do que tinha acontecido na- pírito revolucionário que Antótes da Acção Socialista Portugue- quela sala. Em congresso, “ponde- nio Diniz já alimentava desde josa. “Não tinha a noção” de que o rando os superiores interesses da vem, contra a opressão e as difimomento que iria testemunhar ia Pátria, a atual estrutura e dimen- culdades financeiras vividas por virar efeméride, mas como já gos- são do movimento, as exigências uma população sob a liderança António Diniz esteve na cerimónia que marcou a fundação do PS, em 1973 tava de fotografar, levou a máqui- concretas do presente e a neces- de um regime ditador. Ao NT, Dina para registar o que lá se passa- sidade de dinamizar os militan- niz, natural de Oliveira Santa Ma- migo, pôs a mão no meu pesco- foi chamado pelo “mestre”, que ria. Quando viu Mário Soares e ou- tes para as grandes tarefas do fu- ria (Vila Nova de Famalicão), re- ço e com uma das unhas a cravar- retirou o papel e o preparou para tros militantes da Acção Socialis- turo, deliberou transformar a Ac- cordou que um dia, a pouco tem- -me na pele perguntou se eu sabia o pior. “Na fábrica havia um velho ta Portuguesa a assinar “uns docu- ção Socialista Portuguesa em Par- po das eleições de 1958, a troco de quem tinha pintado a frase. Eu ne- guarda, que revistava os funcionámentos”, António Diniz fotografou. tido Socialista”. Estava concluído “umas coroas”, pintou “Viva Hum- guei, mas acho que ele sabia que rios e espalhava o medo entre as Estava oficializada a fundação o projeto político iniciado a 1964 berto” na estrada em paralelo jun- tinha sido eu”, relatou. pessoas, que pertencia à PIDE. O do Partido Socialista. António Di- por Francisco Ramos e Costa e Ma- to à Igreja onde ajudava à missa Mais tarde, com cerca de 20 mestre disse que eu estava tramaniz percebeu, então, que era uma nuel Tito de Morais. como acólito. “Havia missa todos anos, desafiou novamente o regi- do e, logo no final do dia de trabadas poucas testemunhas de um Mário Soares, que estava exila- os dias por volta das seis da ma- me quando pegou num título do lho, fui pedir ajuda ao padre, que dos momentos mais importantes do, foi eleito secretário-geral de nhã e nesse dia lembro-me bem jornal da JOC (Juventude Ope- intercedeu por mim e evitou que da história da política portuguesa. imediato e desempenhou o cargo de ter acordado mais cedo, ainda rária Católica), da qual fazia par- eu apanhasse uma porrada. AinA fotografia, pensa, foi “publi- durante 13 anos, até 1986. de noite, e saí com a lata de tin- te, e afixou na fábrica têxtil Sam- da hoje, quando vou ao cemitério cada na revista Século Ilustrado”, Em Portugal, já se preparava a ta branca escondida. Pintei a fra- paio Ferreira. Dizia “Todo o mun- da minha freguesia faço uma véda qual era assinante, mas hoje revolução que despontou a 25 de se e depois fui ajudar à missa. No do fala de paz. E a guerra quando nia junto à sepultura dele”, relatou. não sabe se ainda a tem guarda- abril de 1974. Mário Soares rece- dia seguinte, o padre veio ter co- começa?”. Passado pouco tempo,
Última aparição pública de Mário Soares na Trofa foi em 2010
Na altura festejava-se o 12.º aniversário da elevação da Trofa a concelho e Mário Soares aceitou fazer parte de uma palestra sobre a República e a Europa. CÁTIA VELOSO
A plateia era especial. Alunos de todo o concelho juntaram-se na Escola Secundária da Trofa para questionar o antigo Presidente da República sobre a crise, o sistema educativo nacional e a responsabilidade civil dos políticos. Esta foi a última aparição pública de Mário Soares na Trofa, em novembro de 2010, a convite da autarquia trofense, então liderada pela socialista Joana Lima. Depois de mais de uma hora e meia de palestra, Mário Soares, já com algumas limitações físicas, não enjeitou a entrevista ao NT e à TrofaTv para confessar a “satisfação” de estar com os jovens que lhe fizeram “perguntas inte-
ressantes”. Naquele dia, já com o “fantasma” da troika a rondar Portugal, o histórico socialista dizia-se convicto que Portugal sairia da recessão económica. “O grande problema não é saber se Portugal sai ou não, porque sai com certeza, não se sabe é quando e como”, foi a resposta que deu a uma das questões formuladas pelos jovens durante a palestra. Mário Soares assumiu também, a propósito de outra interpelação, ser “europeísta e federalista”. “Sei que muitos agentes políticos da Europa não têm a mesma ideia que eu. Eu acho que depois de termos uma moeda única, um
Banco Central Europeu, fundos únicos para acudir países que têm situações difíceis, não só para as questões financeiras do euro, mas para a economia não entrar na recessão e para a política e segurança europeia de todos nós, era bom que houvesse um Governo, que fosse eleito pelos povos europeus”, argumentou. Mário Soares saiu da Trofa com um quadro com a sua imagem feito pelos alunos da EB 2/3 de Alvarelhos e uma “Trofa”, uma réplica da boneca de porcelana, elaborada com elementos que identificam os costumes e tradições do povo trofense. C.V.
Alunos de Alvarelhos ofereceram quadro a Mário Soares
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O Cantinho dos Poetas Quanto tempo... Algo aparecia No ventre da mãe O feto se mexia E nada se ouvia Sem se ver também Barriga a crescer E o pai contente Sentindo o bater E que irá nascer Um bebé sorridente O bebé nascia Chorava e sorria Com o seu encanto Enquanto crescia Há escola já ia Para ler entanto Da escola saía E trabalharia Para se sustentar O bebé cresceu Só porque aprendeu A ter de lutar E já mais crescido Na vida pensou Seguir o sentido Doutro seu amigo E também casou Com a sua amada Ele se dá bem Recorda o passado Que nasceu do nada E hoje algo tem Agora sem querer Está a envelhecer E a todos diz Sua vida foi dura Mas sem amargura Sou muito feliz Está chegando a hora Para me ir embora Para desgosto meu O bebé nasceu Cresceu e viveu E hoje morreu. Original de Luís da Costa Martins
12 JANEIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Cultura
Isabel Calado lançou novo CD e já pensa no próximo A Casa da Cultura da Trofa encheu-se para o lançamento do segundo CD de Isabel Calado. “Toccatas, Sonatas e Minuetos – Autores Portugueses” foi apresentado no dia 7 de janeiro e contou com a participação do tenor Márcio da Rosa. Ana Miranda/Cátia Veloso
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ste é o segundo CD que a cravista trofense Isabel Calado lança e que, segundo contou ao O Notícias da Trofa, “nasce de uma investigação de fontes musicais” em que todas as peças foram extraídas de um manuscrito que está guardado na Biblioteca Nacional, em Lisboa”, e que conta com obras de autores do século XVIII, como Carlos Seixas, Francisco Xavier Batista e Frei Jacinto. Para o novo CD, a cravista utilizou o clavicórdio, “porque é um instrumento que teve muita expressão no século XVIII e era muito usado a nível doméstico”, tanto em Portugal como na Europa. “A escolha do clavicórdio para este CD é perfeitamente natural e per-
Isabel Calado contou com participação do tenor Márcio da Rosa
feitamente adequada ao reportó- vo a solo. Para abril, tenho agenrio e reflete um pouco aquilo que dado um concerto na Sociedade se passava em Portugal no sécu- Luso-Nipónica de Osaka e, no fim lo XVIII”, afirmou. de semana seguinte, irei fazer o Para o futuro próximo, Isabel acompanhamento de uma ópera Calado já tem novos projetos e de grupo, também no Japão”, revai dar alguns concertos em Por- velou. Também já se prepara para tugal e no estrangeiro. “Dia 28 de voltar ao Reino Unido para novos fevereiro tocarei em Singapura, concertos e, em conjunto com Márna Universidade Nacional de Sin- cio da Rosa, já pensa num novo CD. gapura, num concerto para cra- “Estamos a pensar seriamente em
preparar um novo CD, com estas canções que aqui apresentamos, que foram publicadas em 1893 e que foram recolhidas na segunda metade do século XVIII e que são canções em português” concluiu. O primeiro CD de Isabel Calado foi lançado em 2015 e “era com obras de um compositor francês, François Couperin, para cravo e foi interpretado em cravo”.
Meninos Cantores na Casa da Música “To Be Or Not To Britten” é o dia 21 de janeiro a sessão é aberpróximo espetáculo dos Meni- ta ao público em geral e está marnos Cantores do Município da Tro- cada para as 16 horas. As inforfa, que vai ser apresentado a 20 e mações sobre os bilhetes podem 21 de janeiro, na Casa da Música, ser obtidas na Casa da Música. no Porto. Dedicado ao composiO espetáculo, “To Be Or Not tor Benjamin Britten, a trama é To Britten”, consiste num ensaio baseada na “Arca de Noé” e ser- para um programa de televisão, ve para alertar para a omnipre- que se dedica às artes, intitulasença dos aparelhos eletrónicos. do de “É ou Noé?”. Prepara-se a No dia 20 de janeiro vão ser rea- emissão dedicada ao compositor lizadas duas sessões, às 11 e às 15 Benjamin Britten, num momento horas, apenas para escolas. Já no que pretende mostrar que a mú-
sica de Britten é transversal a toda a comunidade. O diretor, É, e o apresentador, Noé, elaboraram um programa que é preenchido com alguns momentos da ópera do compositor e que vão ser interpretados pelo grupo de cantores residentes e por alguns técnicos do palco. Mas, a utilização permanente dos telemóveis durante o ensaio leva a que É e Noé tomem medidas e, tendo como modelo a “Arca de Noé”, É propõe
que um dilúvio venha para os livrar da presença daqueles aparelhos luminosos e que todos serão salvos numa barca comprada numa loja sueca. Numa produção da Casa da Música, o texto original e a direção artística são de Maria João Alves, com Fio de Norte na criação das máscaras, Nuno Almeida no desenho de luzes e Ana Paula Sousa na direção de cena. A.M./C.V.
“Conversas de Café” vão resultar em Arte Urbana Depois de ter enfeitado com croché os postes de iluminação da EN14, o programa CDLS Trofa – 3G Motor de Oportunidades prepara agora outra ação de Arte Urbana. A ideia é colocar os diferentes participantes do Lar Padre Joaquim Ribeiro a terem “Conversas de Café”, onde vão partilhar acontecimentos e vivências da sua época. Dessas conversas vão ser selecionadas frases, que serão depois escritas em chávenas
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e pratos de café. Composta por, vidos, através da acessibilidade e pelo menos, cem chávenas e pra- experimentação artística”. O CLDS – Trofa 3G Motor de tos de café , a instalação de Arte Urbana será disposta numa fa- Oportunidades “é um projeto para chada de uma casa abandonada. toda a comunidade que decorre O projeto “Arte Urbana” tem em todo o concelho da Trofa descomo objetivo “facilitar o encon- de o dia 1 de outubro de 2015 até tro e diálogo entre diferentes gru- 30 de setembro de 2018” e “é depos sociais e etários, promoven- senvolvido por um consórcio lodo a experiência entre gerações e cal composto pela delegação da reforçando a coesão social e ter- Trofa da CVP, da Associação Emritorial, desenvolver e despertar presarial do Baixo Ave e da ASAS”. o interesse dos indivíduos envolA.M./C.V.
Das conversas dos utentes sairão frases que vão ilustrar
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
Desporto Luís Lima apela ao apoio da comunidade e entidades oficiais
Tribunal decreta insolvência do CD Trofense Têm sido difíceis os últimos dias do Clube Desportivo Trofense. Depois da grande polémica com a arbitragem em Amarante, a comissão administrativa do clube depara-se agora com a declaração de insolvência decretada pelo Tribunal de Santo Tirso. CÁTIA VELOSO
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insolvência foi decretada a 25 de novembro de 2016, numa ação desencadeada por uma ex-funcionária que reclama 20 mil euros. Para esta quinta-feira, 12 de janeiro, está agendada uma reunião de credores para a apreciação do relatório do administrador de insolvência. Em declarações ao NT e à TrofaTv, Luís Lima, presidente da comissão administrativa do Trofense desde junho de 2016, afirmou ter “conhecimento do pedido de insolvência”, mas mostrou-se surpreso com a “rapidez” do processo. “Ou o clube paga ou vai para liquidação total, como é vontade do administrador de insolvência. Nós queremos resolver esta situação, mas não conseguimos. Isto é um monstro e não temos capacidade financeira para nada neste momento”, assumiu. Uma das estratégias que os atuais responsáveis pelo clube vão adotar é pedir um Plano Especial de Revitalização para novo acordo de pagamento da dívida, no entanto sem certezas quanto ao sucesso desta diligência. No relatório do administrador de insolvência é referido que o total de crédito reclamado ultrapassa os 7,8 milhões de euros, sendo que 73 por cento são reclamados, em nome individual ou através de empresas relacio-
nadas com a sua família, pelo antigo presidente do clube, Rui Silva. Mas segundo Luís Lima, “não é” pelo antigo dirigente “que o clube acaba”. “O Rui Silva não quer nada e no dia da reunião de credores estará o advogado dele a votar a favor do Trofense”, assegurou. O Trofense já tem um Plano Especial de Revitalização, mas que, segundo Luís Lima, ainda não tem nenhuma prestação saldada. “Em 2014, o Trofense apresentou um plano que foi aprovado pelo Tribunal, com prestação de 17 mil euros por mês, salvo erro. Desse plano nunca ninguém pagou nada”, afirmou. O relatório do administrador de insolvência enumera os bens do clube, incluindo o estádio e o complexo desportivo da Paradela, num valor estimado de 1,2 milhões de euros, que segundo Luís Lima “estão dados como garantia” a uma “dívida ao Fisco” de “cerca de um milhão de euros relativa aos anos de 2003, 2004 e 2005”. Soma-se a relação de viaturas do clube e a quota de 50 mil euros referente à Sociedade Desportiva, esta última sem valor contabilístico, uma vez que também se encontra em situação de falência. Para o responsável da comissão administrativa, ainda é possível chegar a um cenário positi-
Estádio está, segundo Luís Lima, dado como garantia a uma dívida do clube ao Fisco
vo para o clube como o surgimento de um investidor, que “é possível”, devido ao “historial do clube e às condições e ativos que tem”. Mas, continuou, “daí até alguém assumir o investimento, não é fácil”, confessou. Acabar o campeonato com “dignidade” Luís Lima considera que vai ser possível terminar o campeonato desta época “com dignidade”. Durante esta semana, a comissão administrativa vai reunir com equipa e treinadores e anunciar o “corte de despesas” para “jogar com o mínimo possível”. E se se confirmar o futuro ne-
gro do clube, Luís Lima também assaca culpas ao árbitro Pedro Miguel Maia, que ficou conhecido pela performance polémica no jogo do Trofense em Amarante, com a amostragem de vários cartões vermelhos e alegados insultos a jogadores do clube. Luís Lima acredita que a equipa “ia garantir a Fase de Subida”, meta que atualmente, a três jogos do fim, é mais difícil alcançar. Ainda assim, para o dirigente “enquanto há vida, há esperança”, por isso ainda não equacionou a criação de um novo clube. “Muita gente quer isso, mas eu não sou dessa opinião. Eu não atiro a toalha ao chão. Eu e os meus colegas vamos lutar para conseguir man-
ter isto, por isso apelo aos empresários, à população em geral e ao poder local para nos ajudar a resolver este problema”, referiu. Comissão vai agendar Assembleia para informar sócios Luís Lima anunciou ainda que a comissão administrativa vai agendar uma assembleia-geral – ainda sem data definida – para “esclarecer os sócios de tudo, ao cêntimo, do que se passou no clube nos últimos 15 anos”. “Vão ser entregues documentos em mão a todos os que vierem à Assembleia”, sublinhou.
Trofense passa na Madeira e continua a “sonhar” com play-off de promoção O primeiro jogo de 2017 para o Clube Desportivo Trofense ficou marcado pelo sexto triunfo na série B do Campeonato de Portugal. CÁTIA VELOSO
Na viagem à Madeira, para defrontar o Caniçal, a formação da Trofa até viu o adversário chegar à vantagem, na sequência de um cruzamento de Ricardinho, que Pedro Moutinho finalizou. Antes, o Trofense já tinha acertado no poste, e antes do intervalo, Alexandre, à meia volta, rema-
tou desenquadrado com a baliza. Aos 40 minutos, o guarda-redes do Caniçal adiantou demasiado a bola e fez Diogo Firmino acreditar que era possível “roubá-la”. No lance, o defesa André conseguiu salvar o colega e afastar a bola. Na etapa complementar, o Trofense chegou ao empate. Num “chuveirinho” para a área do Caniçal, por entre a confusão, Kléber cabeceou para dentro da baliza. Diogo Firmino teve a oportunidade para completar a cambalhota no marcador, mas depois de fintar dois adversários rema-
tou por cima da baliza. Aos 75 minutos, num alívio da defesa do Caniçal, um corte de um jogador do Trofense fez a bola cair perigosamente na área da equipa madeirense, que viu Pedro Matos escapar-se de um opositor e, diante do guarda-redes, ter a frieza necessária para atirar para dentro da baliza. Ainda antes do apito final, o Caniçal ficou reduzido a dez unidades por expulsão de Pedro Moutinho e o Trofense podia ter ampliado a vantagem, mas Hélder Moreira aliviou em cima da linha
de golo. Com 23 pontos, a equipa da Trofa ocupa o 4.º lugar e está a seis pontos de distância do 2.º lugar, ocupado por Marítimo B. Com nove pontos para disputar até ao fim da primeira fase da série B, os trofenses esperam por um “escorregão” da formação madeirense para conseguir chegar à posição que dá acesso ao play-off de promoção. O Trofense recebe, no domingo pelas 15 horas, o S. Martinho e depois defrontará o último classificado, Torre Moncorvo, e
o Felgueiras, que está no 3.º lugar com os mesmos pontos que o Marítimo B. Murta sai para a Oliveirense O mercado de inverno já mexe e veio trazer alterações ao plantel do CD Trofense. O guarda-redes Murta, de 37 anos, decidiu abraçar um novo projeto e assinou contrato com a Associação Desportiva Oliveirense, do concelho de Vila Nova de Famalicão, que ocupa o 2.º lugar da série “A” do Campeonato de Portugal.
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Desporto
Resultados Camadas Jovens Atlético Clube Bougadense Juniores 2.ª Divisão distrital – série 4 Bougadense 4-3 Macieira Maia (2.º lugar, 28 pontos) Próxima jornada 14/01 às 13 horas Gondim-Maia-Bougadense Juvenis B 2.ª Divisão distrital – série 6 Bougadense 2-3 Pedras Rubras (6.º lugar, 26 pontos) Próxima jornada 15/01 às 9 horas Leça Balio-Bougadense Iniciados 2.ª Divisão distrital – série 5 (8.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada - 15/01 Mocid. Sangemil-Bougadense Infantis 2.ª Divisão distrital – série 3 Infesta 2-0 Bougadense (11.º lugar, 4 ponto) Próxima jornada 14/01 às 13.15 horas Bougadense-Boavista Benjamins Campeonato Distrital Fut.7 série 3 Bougadense 2-5 Folgosa Maia (8.º lugar, 10 pontos) Próxima jornada 14/01 Nogueirense-Bougadense Escola Sub10 Campeonato Distrital Fut.7 série 4 Varzim 8-0 Bougadense (10.º lugar, 6 pontos) 14/01 às 9 horas Bougadense-Trofense Clube Desportivo Trofense Juniores 1.ª Divisão distrital – série 2 Alfenense 0-4 Trofense (2.º lugar, 32 pontos) Próxima jornada 14/01 às 15 horas Trofense-Fânzeres Juvenis A 1.º Divisão distrital – série 2 Freamunde 2-1 Trofense (6.º lugar, 30 pontos) Próxima jornada 15/01 às 9 horas Trofense-Penafiel Juvenis B 2.º Divisão distrital – série 6 Leça FC 3-1 Trofense (7.º lugar, 24 pontos) Próx.jornada - 15/01, 9 horas Trofense-Areias
Iniciados A 1.º divisão distrital – série 2 Calçada 3-1 Trofense (8.º lugar, 21 pontos) Próxima jornada 15/01 às 11 horas Trofense-S. Martinho Iniciados B 2.º divisão distrital – série 2 FC Infesta 3-1 Trofense (9.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 15/01 às 11 horas Trofense-FC Porto Infantis 11 1.º Divisão distrital – série 2 FC Penafiel 1-1 Trofense (3.º lugar, 34 pontos) Próxima jornada 14/01 às 13.15 horas Trofense-Paços de Ferreira Infantis 7 Camp. Distrital Fut. 7 série 2 Leça Balio 1-9 Trofense (5.º lugar, 17 pontos) Próxima jornada 14/01 às 13.15 horas Trofense-Leixões Camp. Distrital Fut. 7 – série 3 Trofense 6-1 Col. Novo da Maia (7.º lugar, 15 pontos) Próxima jornada 14/01 às 14.30 horas Alfenense-Trofense Escolas Sub11 A Camp. Distrital Fut. 7 – série 2 Trofense 23-0 Mocid. Sangemil (1.º lugar, 27 pontos) Próxima jornada 14/01 às 10 horas Castêlo da Maia-Trofense Camp. Distrital Fut. 7 – série 4 Trofense 2-1 GDC Ferreira (4.º lugar, 18 pontos) Próxima jornada 14/01 às 10 horas Nun’Álvares-Trofense Escolas Sub 10 Camp. Distrital Fut.7 – série 4 Trofense 0-4 Boavista (9.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 14/01 às 9 horas Bougadense-Trofense Futebol Clube S. Romão Juniores 2.ª Divisão distrital – série 4 S. Romão 1-4 Gondim-Maia (10.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 21/01 às 15 horas Bougadense-S. Romão
Cinco expulsos do Bougadense em jogo com o Balasar De uma só vez, o Atlético Clube Bougadense viu expulso, com vermelho direto, os jogadores Pedro, que estava no banco de suplentes, e Resende, o diretor Vasco Sampaio e o treinador Agostinho Lima. PATRÍCIA PEREIRA
A
s quatro expulsões aconteceram quando decorria o minuto 80 do encontro da 12.ª jornada da série 1 da 1.ª divisão distrital, frente ao líder Balasar. No final do jogo, Pontes também acabou expulso, alegadamente por palavras proferidas ao árbitro Filipe Brito. Em declarações ao jornal O Notícias da Trofa, o treinador Agostinho Lima afirmou que o que aconteceu dentro de campo “chama-se uma autêntica roubalheira”, em que “jogaram, fizeram tudo e lutaram até às últimas forças e tiveram um árbitro que os empurrou e os obrigou a perder o jogo”. “Qualquer toquezinho era falta, qualquer palavra era expulsão e não havia nada a fazer. Aguentamos ao máximo, mas mesmo assim foi uma pouca-vergonha. Isto no futebol está assim. Há que trabalhar e continuar a pensar no próximo jogo”, declarou. Quanto à partida, o Bougadense foi o primeiro a chegar ao golo, aos sete minutos, através de Esquerda. Só na segunda parte é que o líder Balasar conseguiu inverter o resultado, fechando em 1-2, com golos de Rui Moreira e Tita. Para Tiago Velho, treinador do Balasar, esta foi “uma vitória justa da melhor equipa em campo”, que “lutou sempre em busca da vitória”. “Logo aos 30 segundos, podíamos ter feito o 0-1, mas a equipa do Bougadense, e muito bem, no contra-ataque fez o seu golo. Vi-me a perder, a equipa estava bem e tive que mexer e as
substituições resultaram em pleno. Vim cá com a intuição de vencer os três pontos”, afirmou. Na próxima jornada, o Bougadense, que se encontra em 7.º lugar com 20 pontos, desloca-se ao reduto de Perosinho, pelas 15 horas de domingo, 15 de janeiro.
Apesar de neste jogo ter ficado sem três atletas, Agostinho Lima garante que tem “mais jogadores” e que se vão “preparar de igual maneira”. “É jogar de igual para igual e tentar ganhar o jogo, que é o que temos feito até aqui, se nos deixarem”, referiu.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
Desporto Futsal federado
Juvenis do CR Bougado fazem líder tombar
Bougadense B “escorrega” frente ao Raimonda O Campo do Raimonda, em Paços de Ferreira, foi o palco de um jogo “equilibradíssimo”, mas que, já nos minutos finais, valeu uma derrota à equipa B do Atlético Clube Bougadense. Liliana Oliveira/ Cátia Veloso
E
m partida a contar para a 12.ª jornada da série 2 da 2ª divisão distrital, o Bougadense B, depois de quatro jogos sem perder, deixou escapar pontos já em cima do apito final, mas com uma exibição que agradou bastante ao técnico, José Manuel. “Apesar de termos começado da pior forma em termos de resultado, foi dos jogos que eu mais gostei nesta primeira volta, que termina no próximo fim de semana”, afirmou o treinador, que felicitou “as três equipas”.
“Foi a melhor equipa de arbitragem que nós encontramos, em todos os aspetos”, realçou José Manuel. O trabalho de casa foi feito e a equipa B do Bougadense partiu para Paços de Ferreira com a lição estudada, preparados para enfrentar “uma forte organização ofensiva”. E levaram a sua “melhor arma” bem preparada, “a organização defensiva”. O empate sem golos durou até ao minuto 87, altura em que Diogo, do Raimonda, coloca a equipa da casa em vantagem, resultado que se prolongou até ao final, apesar de “duas ou três oportunidades do Bougadense B para ‘matar o jogo’, nos últimos cinco minutos”, realçou o técnico da formação de Santiago de Bougado. O único golo da partida valeu três pontos ao Raimonda, mas até o técnico da equipa da
casa confidenciou a José Manuel, no final do encontro, que “o resultado mais justo seria o empate”. O Raimonda foi mais forte nos primeiros 45 minutos, o Bougadense B dominou a segunda parte, mas “um erro numa transição ofensiva” acabou por ser crucial. Apesar da derrota, José Manuel considera que foi “um bom jogo”, destacando ainda a postura da assistência, que “estava concentradíssima, não havendo nem um insulto”. A equipa B do Atlético Clube Bougadense soma 17 pontos e está em 8.º lugar na tabela classificativa. Na próxima jornada, a formação de Santiago de Bougado recebe o Sobreirense, 7.º classificado. A partida acontece sábado, 14 de janeiro, no Parque de Jogos da Ribeira.
Sara Faria é vice-campeã regional nos 60 metros A Escola de Atletismo da Trofa (EAT) participou no Campeonato do Norte e no Regional de Seniores de Pista Coberta, que se realizou no fim de semana, 7 e 8 de janeiro, no Parque Municipal de Exposições de Braga. Apesar de ser um Campeonato Sénior, a Escola esteve representada por “atletas juvenis e juniores”. No Campeonato Regional, destaque para o título de vice-campeã regional nos 60 metros planos conseguido por Sara Faria. Nesta distância, António Morais e Daniel Silva classificaram-se, respetivamente, em 4.º e 7.º lugar. Neste campeonato, Alice Oliveira foi
4.ª classificada nos 800 metros e 9.ª nos 400 metros Planos, enquanto Deolinda Oliveira terminou em 9.º lugar nos 3000 metros e em 10.º nos 1500 metros. Já Kalina Goyan foi 7.ª nos 3000 metros Marcha, Mónica Rodrigues terminou em 8.º lugar os 60 metros Barreiras, Catarina Ribeiro foi 8.ª nos 800 metros e Sara Faria e Daniel Silva terminaram os 200 metros em 8.º e 9.º lugar, respetivamente. Devido aos resultados de todos os atletas participantes, a Escola de Atletismo classificou-se, coletivamente, em 10.º lugar feminino e em 13.º masculino. Já no Campeonato do Norte,
destaque para a classificação de Sara Faria (4.º lugar) e de António Morais (6.º) nos 600 metros, de Kalina Goyan (7.º) nos 3000 metros Marcha e de Alice Oliveira (6.º) nos 800 metros. Devido aos resultados dos vários atletas presentes, a Escola de Atletismo classificou-se, coletivamente, em 13.º lugar feminino e em 18.º masculino. Ainda no sábado, 7 de janeiro, a EAT esteve representada na S. Silvestre de Espinho, com Helena Mourão a terminar em 2.º lugar, em veterana feminina, e o sénior André Coimbra a chegar em 362.º lugar. P.P.
Juvenis do CR Bougado venceram líder
Dificilmente, a Cohaemato, equipa juvenil líder da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP), calculava sair de Bougado com a primeira derrota no campeonato. Mas foi o que aconteceu. A equipa do Centro Recreativo Bougado triunfou por 4-3, depois de ter estado a perder por 0-2, impondo o primeiro desaire do líder, que viu o adversário Unidos Pinheirense igualar pontualmente no topo da tabela classificativa. Já a formação do CR Bougado subiu ao 7.º lugar ao fim de 19 jornadas, com 26 pontos, e tem praticamente a manutenção garantida. O próximo adversário é o Boavista FC. Também a equipa de iniciados da mesma coletividade alcançou um resultado satisfatório, ao golear o Penafiel por 5-0, na 14.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP. Com 31 pontos, os “pupilos” de Bougado ocupam o 4.º posto e no próximo encontro defrontam o União DCR Bela. Menos sorte teve a equipa de juniores do CR Bougado, que perdeu por 2-1 diante do União Paredes, na 15.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP. O jogo ficou marcado pela lesão grave do guarda-redes da equipa bougadense, com fratura da clavícula. Já a equipa de juvenis do Futebol Clube S. Romão, a militar na série 2 da 2.ª Divisão da AFP, foi goleada pelo Escolas de Arreigada por 9-0, mantendo o último lugar, com três pontos. Na próxima ronda, os romanenses defrontam o União Paredes. Em iniciados, a coletividade de S. Romão saiu derrotada do con-
fronto com o Arsenal Parada por 4-3, na 14.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão, mas segurou o 3.º lugar, com 21 pontos. O Ardegães é o adversário que se segue. Quem ainda não pontuou esta época foi a equipa de benjamins do S. Romão que, na 14.ª jornada da série 2 do Campeonato Distrital, perdeu com o Póvoa Futsal por 0-13. O Iniciação S. Roque é o próximo opositor. Já no escalão de seniores, na série 2 da 1.ª Divisão da AFP, o CR Bougado venceu o Santa Cruz por 1-4, enquanto o Grupo Desportivo Covelas bateu o Aliviada por 3-5. Com 12 jornadas realizadas, a formação de Bougado ocupa o 2.º lugar, com 24 pontos e os covelenses estão na 8.ª posição, com 18 pontos. Na próxima ronda, o CR Bougado recebe o Mosteiro e o GD Covelas o Santa Cruz. Na 2.ª Divisão da AFP, a equipa sénior do FC S. Romão perdeu com o Urbanização de Areias por 2-1. Com nove pontos, os romanenses ocupam o 8.º posto quando estão cumpridas 12 jornadas. O Amanhã da Criança é o próximo adversário. No feminino, a equipa sénior do S. Romão perdeu com o Alfenense por 1-10, mantendo a última posição da 1.ª Divisão da AFP, com dois pontos. Na próxima jornada, a 16.ª, as romanenses medem forças com o Barranha. Já as juniores do S. Romão venceram o Restauradores Brás Oleiro por 8-3, na 18.ª ronda do Campeonato Interdistrital, ocupando a 6.ª posição, com 24 pontos. O Escola DC Gondomar é o adversário que se segue.
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Atualidade Resultados campeonatos concelhios de futsal Seniores Masculinos 4.ª Jornada CA Bairros 0-2 EF Rolando Miguel ARD Coronado 0-3 Team Lantemil (falta de comparência) GCR Alvarelhos 5-3 CRB Guidões FC 4-5 GD Covelas ASAS 1-2 ACRABE Próxima jornada: Pré-eliminatória a 14 de janeiro Team Lantemil-ASAS 20.30 horas, no pavilhão CRB ACRABE-CRB 21.30 horas, no pavilhão CRB GCR Alvarelhos-ARD Coronado 22.30 horas, no pavilhão CRB Seniores Femininos 3.ª Jornada CD Trofense 26-0 EF Rolando Miguel ARD Coronado 2-6 Guidões FC Próxima jornada: 4.ª Jornada a 14 janeiro EF Rolando Miguel-Guidões FC 20 horas, no pavilhão GCR Alvarelhos Casa FCP da Trofa-CD Trofense 21.30 horas, no pavilhão GCR Alvarelhos Team Lantemil-ARD Coronado 21.30 horas, no pavilhão da EBS de S. Romão Veteranos masculinos 3.ª Jornada Guidões FC 6-4 S. Pedro Maganha ACRABE 2-5 Team Lantemil ARD Coronado 3 - 6 Club Slotcar da Trofa Próxima jornada: 1/8 final Taça a 13 de janeiro S. Pedro Maganha-Team Lantemil 21 horas, no pavilhão CRB ACRABE-Guidões FC 21.15 horas, no pavilhão GCR Alvarelhos Clube Slotcar da Trofa-ARD Coronado 22.30 horas, no pavilhão GCR Alvarelhos
António Neto em destaque na S. Silvestre de Esmeriz António Neto, atleta da Trifitrofa, voltou a correr e a alcançar um lugar de destaque. Desta vez, participou na 39.ª S. Silvestre de Esmeriz, Vila Nova de Famalicão, a 7 de janeiro, tendo conseguido o 17.º lugar na categoria Veteranos M-55. A.M./C.V.
Hipotermia e queimaduras pelo frio: saiba os cuidados a ter Numa altura em que o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) prevê que as temperaturas mínimas possam rondar entre os um e os três graus, há cuidados que é preciso ter com o frio, sobretudo nas faixas etárias mais vulneráveis: crianças e idosos. ANA MIRANDA/CÁTIA VELOSO
A
s temperaturas baixas trazem associadas a si uma série de problemas de saúde como as constipações ou gripes. Mas, há outros problemas que merecem igual atenção. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) alerta para os principais problemas causados pelo frio e explica como podem ser resolvidos ou evitados. A exposição a baixas temperaturas pode causar riscos sérios na saúde e permanecer em casa pode ser uma solução, mas há cuidados também a ter quando se está em casa. As casas que são frias podem forçar a utilização de aquecedores e lareiras, mas aumentam o risco de incêndio e de intoxicação por monóxido de carbono. Assim, é vital que verifique se os sistemas de aquecimento se encontram limpos e em bom estado. Duas das situações mais comuns aquando da exposição ao frio são a hipotermia e as queimaduras provocadas pelo frio. A hipotermia acontece quando o corpo perde calor mais rápido do que o que consegue produzir, fazendo com que o corpo atinja baixas temperaturas. Esta situação merece demasiada atenção, pois a pessoa pode não ter consciência do que está a acontecer e não fazer nada para resolver o problema. É preciso ter
Proteja-se das temperaturas baixas
especial cuidado então com idosos com fraca alimentação, roupa ou aquecimento, bebés que durmam em quartos frios, pessoas que fiquem por períodos prolongados no exterior e consumidores de álcool e drogas. Nos adultos a hipotermia pode refletir-se em tremores, exaustão, confusão, mãos inquietas, sonolência, perda de memória ou ainda através da fala que se pode tornar lenta, baralhada ou confusa. Já nas crianças sinais como pele muito vermelha e fria e apatia podem indicar hipotermia. Quando se nota alguns destes sinais deve-se procurar ajuda médica e, em caso de emergência, ligar para o 112. As vítimas podem ser aquecidas sendo colocadas em espaços quentes, mantendo-se enrolada em cobertores, incluindo pescoço e cabeça, e roupa seca, e devem ingerir bebidas quentes, que não contenham álcool. Mas quando as vítimas se encontram inconscientes, não devem ingerir nada. As queimaduras pelo frio são outro dos problemas de saúde frequentes nesta altura do ano. Causadas pela congelação, provocam perda de sensibilidade e de cor na zona afetada e são mais frequen-
tes no nariz, orelhas, bochechas, queixo, dedos das mãos e dos pés. Quando reparar em vermelhidão ou dor em qualquer zona do corpo deve sair do frio e proteger a pele. Uma área da pele branca ou acinzentada, pele invulgarmente firme ou cerosa ou ainda formigueiro podem ser sinais de queimaduras pelo frio. Assim, quando detetar algum destes sinais deve procurar ajuda médica. Enquanto não tiver o auxílio médico deve manter-se numa divisão aquecida e deve colocar água morna na zona afetada ou ainda aquecê-la com o calor corporal. Não massaje a zona, pois pode provocar mais danos e não use compressas aquecedoras ou fontes de calor, pois como a pele está sensível pode queimar. Estes procedimentos não substituem os cuidados médicos, sendo que, logo que possível, em caso de hipotermia ou queimaduras pelo frio, deve consultar um médico. Para evitar estes problemas mantenha-se, sempre que possível, em sítios quentes e mantenha-se também aquecido. O INEM recomenda ainda que fique atento às recomendações das autoridades.
Centro Hospitalar do Médio Ave obtém distinção em diversas áreas No relatório publicado pelo programa SINAS – Sistema Nacional de Avaliação de Saúde, relativo ao último semestre, o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) obteve a distinção de “Excelência Clínica” nas áreas do Acidente Vascular Cerebral, Enfarte Agudo do Miocárdio, Cirurgia de Ambulatório, Pediatria – Cuidados Neonatais e Pneumonias e Segurança do Doente.
Elaborado pela Entidade Reguladora de Saúde, o relatório apresenta a Segurança do Doente como o novo indicador, em que o CHMA viu reconhecida a sua prestação de cuidados de saúde, ao nível dos procedimentos hospitalares e também de eventos adversos. Nas restantes áreas avaliadas, Acidente Vascular Cerebral, Enfarte Agudo do Miocárdio, Cirurgia de Ambulatório e Pediatria, os indica-
dores são bastante satisfatórios e confirmam o trabalho das equipas do CHMA. O SINAS é um sistema de avaliação da qualidade dos estabelecimentos prestadores de saúde, com validação internacional, para o internamento e ambulatório e baseia-se na análise de indicadores relativos à cultura e estrutura da organização. A.M./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JANEIRO 2017
Atualidade Crónica
Literária mente
A DECO aconselha...
César Alves
O livro é uma espécie de cola
S
só conseguem ser apelidadas de ucesso. Quando qualquer ridículas. As músicas comerciais pessoa o atinge, um dos muitos atuais, quando comparadas a pensamentos que tem baseia-se outras de um tempo que parece nas razões que permitiram que muito, muito distante, são vazias esse sucesso fosse atingido. A de sentido, de significado. Já ninfamília e os amigos, horas e ho- guém pensa sobre o significado ras de trabalho árduo… Mas não da vida, do universo, das estreme lembro de, algum dia, ouvir las. Ninguém toma um café com Uma consumidora que contac- compra com indicação da possibialguém agradecer aos livros que um amigo sem tocar uma única tou os serviços da DECO comprou lidade de substituição. Trata-se, no leu. Acredito que tenha aconte- vez no telemóvel. Ninguém ten- umas botas nos saldos. Usou- entanto, de mera cortesia comercido, simplesmente nunca foi na ta crescer de momento para mo- -as apenas duas vezes, tendo cial, ou seja, o comerciante não é minha presença. mento, sem entregar o seu desti- as solas descolado, sem motivo obrigado a trocar os artigos vendiAcredito que muita gente não no ao próprio destino. aparente. Dirigiu-se ao vende- dos. A maior parte dos comercianconsiga perceber o alcance desE onde entra o livro nesta his- dor para efetuar a reclamação tes fá-lo, para fidelizar e satisfazer te pensamento, assim como sei tória? Eu acredito que ler nos dá e resolver a questão. Este, por os clientes. que muitos outros irão enten- tudo. Quando lemos, estamos a não possuir o seu número, para O mesmo não acontece se o proder e concordar. No fundo, os li- conhecer outras entidades. Esta- substituição, ofereceu-lhe um duto possui algum defeito, como vros, o ato de ler, o ato de respi- mos a absorver opiniões alheias vale. Será que a consumidora parece ser a situação relatada pela rar por uns segundos e ignorar o (do autor ou das personagens) e deve aceitar? consumidora. Neste caso, o confrenético mundo exterior, é uma começamos a gostar dessa parsumidor tem direito à reparação, espécie de cola nas nossas vidas. tilha. Vamos querer fazê-lo mais Os saldos consistem na venda substituição, redução do preço do É o fio condutor das nossas pró- vezes, se calhar com as pessoas de produtos, em fim de estação, bem ou resolução contratual com prias histórias. que nos rodeiam, que muitas ve- a um preço inferior ao anterior- reembolso do dinheiro pago. Penso nisto muitas vezes, so- zes ficamos espantados por não mente praticado, para promover Assim, se existe defeito nas bobretudo em momentos críticos. as conhecermos bem. E vamos o escoamento, por exemplo, das tas, não sendo possível a sua rePara mim, os momentos críticos habituar o nosso cérebro à es- coleções, sendo que o novo pre- paração ou substituição, a consusão quando me apercebo de que crita, à leitura. Começa a ser tão ço e o anteriormente praticado midora tem direito à devolução do é enorme o número de pessoas natural que muitas vezes dize- ou a percentagem de redução preço que pagou por elas, não esque não sabem escrever correta- mos “isto não soa bem… Não sei devem estar exibidos de forma tando, de modo algum, obrigada a aceitar o vale. mente ou mesmo ler corretamen- porquê, mas não soa bem”. São bem visível. Para mais informações dirija-se te. E não me refiro a pessoas com os livros que nos dizem, sem nós No caso de bens sem defeito, alguma idade, que tiveram outro sabermos. o comerciante pode, proceder à DECO – Associação Portuguesa tipo de ensino e de vida, que muià troca do bem ou ao reembol- para a Defesa do Consumidor, DeLivro da Quinzena tas vezes lhes exigiu abandonar so do seu valor, mediante inclu- legação Regional do Norte – Rua da os estudos (e bem sei que aconsive, a emissão de vale, desde Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050tece o mesmo hoje em dia, emboque o estado de apresentação 610 Porto ou através do e-mail deco. ra em menor escala). do produto se mantenha intac- norte@deco.pt É grave, a meu ver, que alunos to e seja apresentado o talão de universitários, alunos do ensino secundário, ou pessoas minimamente formadas não saibam pontuar uma frase, quer escrita, quer lida. Isto não é, de todo, uma crítica mascarada de uma qualquer superioridade intelectual. Não. Isto é a constatação do mundo em que atualmente vivemos. A tecnologia faz tudo por nós. Escreve por nós, calcula por nós, até lê por nós! Estamos a ficar, como sociedade, cada vez mais Platão e um ornitorrinco entram inaptos se não estivermos munidos de dispositivos tecnológicos. num bar, Daniel Klein. AbsolutaNão tentamos perceber como as mente fantástico. Filosofia concoisas funcionam à nossa volta, tada e explicada através de anedesde que exista um botão que dotas brilhantemente escritas e coloque tudo em funcionamento. contadas. Uma leitura obrigatóEste aparente desinteresse geral ria não só para quem gosta de fipelo mundo, pela vida, está pre- losofia, mas para o público em gesente em todo o lado. As conver- ral. Faz rir e faz pensar. Literariamente, estamos consas são básicas, sem significado. As discussões nas redes sociais versados.
. Necrologia S. Martinho de Bougado Maria Fernanda Pereira Garcia. Faleceu no dia 31 de dezembro, com 87 anos. Viúva de Manuel Padrão da Silva Davide Moreira de Silva Granjo. Faleceu no dia 31 de dezembro, com 75 anos. Casado com Maria Luísa Gonçalves da Costa José da Costa Carneiro. Faleceu no dia 2 de janeiro, com 90 anos. Casado com Maria Fernanda de Azevedo Castro José Joaquim Ferreira Macedo. Faleceu no dia 2 de janeiro, com 83 anos. Viúvo de Maria da Conceição xx Ferreira António Gomes. Faleceu no dia 2 de janeiro, com 87 anos. Casado com Maria da Silva Estevão Manuel Augusto dos Santos Amorim. Faleceu no dia 3 de janeiro, com 50 anos. Casado com Maria de La Salete Lopes Faria Amorim Maria das Dores do Couto Cruz Silva. Faleceu no dia 5 de janeiro, com 57 anos. Casada com Carlos Alberto Fernando Silva Joaquim António da Fonseca Costa. Faleceu no dia 4 de janeiro, com 72 anos. Casado com Maria Adelaide Maia Oliveira Camilo Lopes Faria. Faleceu no dia 8 de janeiro, com 62 anos. Divorciado Joaquina de Conceição de Silva Monteiro. Faleceu no dia 8 de janeiro, com 80 anos. Viúva de Joaquim José da Silva Gonçalves S. Martinho/Vila do Conde Maria Helena Miranda Durães. Faleceu no dia 4 de janeiro, com 69 anos. Divorciada Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Fradelos Joaquim António Maia Martins. Faleceu no dia 1 de janeiro, com 62 anos. Casado com Maria Noémia da Silva Moreira Martins Rosa de Azevedo e Silva. Faleceu no dia 1 de janeiro, com 73 anos. Viúva de Joaquim Carvalho Fernandes Ribeirão António Alves de Araújo. Faleceu no dia 2 de janeiro, com 79 anos. Viúvo de Maria Fernanda Dias Ferreira Lousado Ortelina Fernandes Pereira. Faleceu no dia 4 de janeiro, com 90 anos Viúva de José de Oliveira Maia Dolores Azevedo da Silva. Faleceu no dia 6 de janeiro, com 82 anos. Viúva de Manuel Almeida Soares Deolinda Rodrigues de Matos. Faleceu no dia 7 de janeiro, com 80 anos Casada com Manuel Vaz e Silva Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.
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Agenda Dia 14 15 horas: Bougadense B-Sobreirense 15.30 horas: Inauguração da Exposição “E pur si muove”, na Casa da Cultura 16 horas: Aula de karaté gratuita, Ginásio da ARJ Muro (junto à EB 1/JI de Estação) 21 horas: Encontro de Cantares ao Menino, Igreja Matriz de S. Mamede do Coronado 21 horas: Encontro de Cantares de Janeiras, no auditório do Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro Dia 15 15 horas: Trofense-S. Martinho 15 horas: Perosinho-Bougadense 15.30 horas: Missa de Santo Amaro seguida de inauguração das obras de requalificação da Casa Paroquial S. José, S. Mamede do Coronado
Farmácias Dia 12 Farmácia Ribeirão Dia 13 Farmácia Trofense Dia 14 Farmácia Barreto Dia 15 Farmácia Nova Dia 16 Farmácia Moreira Padrão Dia 17 Farmácia Ribeirão Dia 18 Farmácia Trofense Dia 19 Farmácia Barreto
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 // 252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
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Correio do Leitor
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Opinião
Em defesa da autonomia administrativa de Santiago de Bougado Parte 2
E
m 2013, quando Miguel Relvas, corporizando a vontade do PSD e do CDS se preparava para alterar, a régua e esquadro, a configuração dos mapas das freguesias portuguesas ouvimos proclamar, por todos, sem exceção, a vontade de que Santiago de Bougado permanecesse como autarquia independente. Então, todos se manifestaram a favor da sua Terra. Foi também essa a posição pública dos cidadãos que hoje exercem funções na Junta e Assembleia de Freguesia de Bougado, na Câmara e Assembleia Municipal. Passaram quatro anos. O governo socialista, embora de forma tímida e lenta, parece querer corrigir algumas das injustiças então cometidas contra os povos e as comunidades. E dizemos parece, porque ainda não sentimos, neste domínio, a mesma determinação que observamos noutras áreas da governação de se avançar para o cumprimento das promessas eleitorais. Na melhor das hipóteses, apenas serão cumpridas lá para depois das eleições autárquicas, a fazer fé nas declarações proferidas pelo Senhor Primeiro Ministro. É pena, é triste, pois estando-se perante situações de injustiça, sendo essa a vontade das comunidades, nada justifica que não se avance rapidamente e em força para a sua correção. As eleições autárquicas, previstas lá para setembro, já deveriam ocorrer tendo por base um novo mapa das freguesias, mais respeitador da legítima vontade dos habitantes das diferentes comunidades do país. Assim, não. Estamos a perder tempo. Bougado não pode esperar. Cá estaremos para pedir contas, para exigir responsabilidades. No que nos diz respeito, não deixaremos de continuar a dizer presente, de assumir as nossas responsabilidades, de lutar pela autonomia da nossa freguesia. Foi o que fizeram, por três vezes, os eleitos nas listas do partido Socialista à Assembleia de Freguesia ao proporem que o assunto fosse discutido. Três vezes lhe negaram esse direito. Três vezes, tal como Pedro, negaram “conhecer” SanFicha Técnica
tiago de Bougado. tiago de Bougado, já então, em Numa altura em que se abriu claro processo de declínio. Por uma janela de oportunidade, es- isso, em 1991, estando nós na Juntreita é certo, mas mesmo assim ta de Freguesia, propusemos um uma oportunidade de se separar compromisso, que uma vez mao que à força foi agregado, os cida- terializado num protocolo, foi radãos que hoje estão à frente dos tificado pelas Assembleias de Fredestinos da Câmara Municipal da guesia de Santiago e S. Martinho. Trofa e da Assembleia da União de Foi esta a única condição que imFreguesias de Bougado eleitos na pusemos para Santiago passar a lista do PSD e ao CDS impediram estar representado na Comissão o debate, dando o assunto por en- Promotora do Concelho da Trofa. cerrado. É também com essa legitimidade No caso da Câmara Municipal, que aqui nos apresentamos. ao responder-se à Direção GeSão muitas as razões que nos ral das Autarquias Locais (DGAL) fazem acreditar nas vantagens que “No momento presente, exis- de uma desagregação. A curta exte acordo do município para se periência destes últimos anos demanterem os limites atuais das monstrou, no que diz respeito ao Uniões de Freguesia”, prestou-se investimento público financiado um mau serviço à democracia ao por receitas autárquicas (Câmaassumir-se uma posição em nome ra Municipal e Junta de Freguesia), das populações sem que para tal que Santiago de Bougado saiu clahouvesse mandato, pese embora ramente a perder. A perder ficase tenha justificado o facto com o ram também os agricultores bouargumento de que os presidentes gadenses pelo facto de Santiago das Uniões de Freguesia, o de Bou- de Bougado ser classificada como gado incluído, consideravam que freguesia urbana, por estar liganão havia razão para alterar o es- da a S. Martinho. Tal, impede-os tado atual das coisas. de terem acesso a uma parte sigAo afirmarem, perentoriamente, nificativa de fundos comunitários que está tudo bem, que não há na destinados à formação, moderniTrofa qualquer vontade de desa- zação e reconversão das suas exgregar freguesias, negando hoje plorações agrícolas. o que ontem sustentaram, os reOutras razões, não menos impresentantes das forças políticas portantes, justificam, do nosso que hoje nos governam revelaram ponto de vista, o regresso de Sannão só uma enorme falta de coe- tiago de Bougado à condição de rência, mas também um profundo comunidade autónoma. Entrondesrespeito por quantos genuina- cam na reflexão que fizemos anmente acreditam que a sua Terra teriormente sobre as razões do terá a ganhar se recuperar a auto- declínio da nossa Terra e implinomia perdida. citamente sobre o caminho a sePela nossa parte, pensamos guir para voltarmos a ser “O Bouhoje o que ontem defendemos. gado Grande”. Sendo Santiago Não mudamos de opinião porque uma comunidade com forte senmudaram as circunstâncias ou tido de pertença, tal gera oportupor outro motivo qualquer. Não nidades de mobilização social que vamos ao ponto de exigir aos ou- poderão ser a chave para enfrentros que se comportem quais Egas tarmos muitos dos nossos probleMoniz ou à imagem de D. João de mas. Oportunidades que estão a Castro. Mas temos para nós que a ser desperdiçadas e cujas responpalavra dada é palavra honrada. sabilidades não podem ser assaAquando da criação do conce- cadas aos Bougadenses de Sanlho da Trofa, batemo-nos por um tiago. Tivessem eles sido mobilicompromisso para o futuro que zados e hoje continuaríamos sem obrigasse à distribuição equitati- Centro de Dia e sem Metro a parar va das verbas e dos equipamentos na Estação de “Bougado”? pelas freguesias que compunham, Não, Santiago de Bougado não na altura, a Vila da Trofa, hoje ci- está condenado ao declínio. Mas, dade. Ao tempo, havia a convicção para que todo o seu potencial posde que precisávamos de garantir sa ser aproveitado, precisa de lidediscriminação positiva para San- ranças fortes à frente de órgãos
autárquicos autónomos. Só assim, haverá condições para se inverter a conjuntura de definhamento a que temos assistido, aproveitando o elevado sentido identitário das suas gentes. Porque valorizamos a memória e temos um profundo respeito por quantos se bateram ao longo de séculos por um “Bougado Grande”; porque acreditamos que a autonomia administrativa contribuirá para que Santiago de Bougado possa vir a ter melhores condições para enfrentar a ameaça de se tornar num território deprimido e periférico; porque acreditamos que freguesia de Santiago de Bougado terá mais e melhor futuro se for dona do seu próprio destino. Hoje, como ontem, defendemos que Santiago de Bougado deverá voltar à condição anterior de freguesia administrativamente independente, liderada pelos seus próprios órgãos autárquicos, desagregando-se da freguesia irmã de S. Martinho de Bougado. Manuel Rodrigues
Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira (TP 2436) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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Atualidade
Miguel 7 Estacas está de volta com espetáculos nos coliseus
“Estou ansioso para voltar a fazer rir” Miguel 7 Estacas está de volta. Depois de um ano e meio de recuperação e preparação para o regresso, o comediante de Cidai, Santiago de Bougado, vai apresentar-se, de novo, no palco nos coliseus de Lisboa e do Porto, a 3 e 17 de fevereiro, rodeado de amigos. Numa entrevista exclusiva ao NT e à TrofaTv, o humorista confessou estar “ansioso” para voltar a “fazer rir”. CÁTIA VELOSO
Q
ue está no lote dos melhores humoristas do país já ninguém duvidava, mas se havia qualidade que as pessoas podiam desconhecer de Miguel 7 Estacas é que este homem é uma verdadeira força da Natureza. A recuperação, após o grave acidente sofrido na corrida de carrinhos de rolamentos Laúndos em Movimento, em agosto de 2015, foi de tal maneira surpreendente que é já por muitos considerada caso de estudo. Miguel 7 Estacas participava na iniciativa, na Póvoa de Varzim, com o amigo e também humorista João Seabra, quando na última curva da pista sofreu um despiste que lhe provocou ferimentos graves. Enquanto esteve hospitalizado, uma verdadeira onda de solidariedade se ergueu entre anónimos e figuras públicas ligadas ao humor, que, preservando a privacidade de Miguel, foram aguardando
pelo tão almejado regresso. E esse também foi preparado sem pressas, desde o verão passado até ao anúncio de dois espetáculos: 3 de fevereiro, no Coliseu de Lisboa, e a 17 de fevereiro, no Coliseu do Porto. Os cartazes são de “luxo”, com a participação de vários nomes sonantes do humor em Portugal como Eduardo Madeira, António Raminho, Luís Filipe Borges, Quim Roscas e Zeca Estacionâncio – em Lisboa - e Nilton, Fernando Rocha, Aldo Lima e João Seabra – no Porto. Numa entrevista exclusiva a pouco tempo de voltar a pisar o palco, e com a boa disposição que o caracteriza - Miguel 7 Estacas adiantou ao NT e à TrofaTv que está “ansioso” para “voltar a ouvir reações do público” e fazer rir. “Que não se tenha alterado nenhum chip cá dentro e que continue a funcionar”, disse, entre risos. “Fugir à retina” é o título dos espetáculos nos coliseus e desengane-se aquele
Miguel 7 Estacas prepara regresso em grande com espetáculos nacionais e internacionais
que pensa que houve algum erro gráfico. Retina foi mesmo a palavra escolhida e, propositadamente, está relacionada com o problema que viveu. “Fiquei na dúvida de colocar um título que brincasse com a gravidade da minha situação ou que fosse outra forma mais intuitiva para a comédia, mas toda a gente que sondei achou mais piada à sátira que fiz de mim mesmo. Então, foi esse o eleito, porque o maior problema que tive durante a minha recuperação foi precisamente a colagem da retina. Ficou esse trocadilho, fugir à retina, ou seja, vamo-nos divertir um bocadinho com isto”, explicou. E o tempo que medeia o acidente, a fase de recuperação e o dia do espetáculo norteia o tema da performance de Miguel 7 Estacas nos coliseus. Os cartazes são apetecíveis para quem gosta de comédia e nasceram da atitude solidária demonstrada pela classe de humoristas em torno de Miguel 7 Estacas. Nem ele “estava à espera que houvesse tantos abraços amigos e calor humano” após o acidente. Alguns, confessa, pela distância que os fazia estar distantes fisicamente, foram “agradáveis surpresas”. “Considero que é um bom sinal e, de certa forma, uma recompensa da minha forma de estar na sociedade”, argumentou. E perante os nomes que se reuniram, só os coliseus se revelaram opção válida para a realização dos espetáculos. “Penso que os próprios trofenses também sentem agrado por ver o Miguel 7 Estacas naquelas salas e que vão querer marcar presença para assistir a um grande espetáculo”, anteviu. “Nunca duvidei que um dia estaria de novo nos palcos” “Houve um impacto inicial que foi questionar-me onde estava e o que é que me aconteceu. Logo depois disso, tive uma força enorme de voltar ao ativo. Nunca du-
videi que um dia estaria de novo nos palcos”, confessou Miguel 7 Estacas, quando questionado se alguma vez temeu não poder voltar a fazer comédia. E se os espetáculos nos coliseus ditam um regresso em grande, os dias que seguem também traçam uma agenda preenchida, com eventos nacionais e internacionais. “No final de janeiro, estarei num Festival em Albergaria e entre o Coliseu de Lisboa e o do Porto, vou ao Luxemburgo. Depois, em março, Canadá e Estados Unidos da América”, anunciou, considerando que “o recomeço deve realmente surgir com alguma grandiosidade para que se mantenha o respeito que houve até aqui por parte do público”. O Senhor Limpinho vai voltar? Há personagens criadas pelo humorista trofense que se tornaram míticas. Uma delas é o Senhor Limpinho, que muitas noites animou os telespectadores do “5 Para a Meia Noite”, da RTP. Tem havido, por isso, alguma curiosidade sobre se ela voltará a fazer parte do repertório humorístico de Miguel 7 Estacas. “Esta é uma das personagens que eu acho que toda a gente mais tem dúvida sobre se eu conseguirei pôr em prática. Em primeiro lugar, quero descansá-los e dizer que sim, com maior ou menor facilidade, o Senhor Limpinho vai voltar aos palcos. Se estará ou não no Coliseu, vou deixar no ar a questão para não levantar o véu”, afiançou. Assim como o Senhor Limpinho, o Mágico Urini será outra das personagens mais difíceis para recuperar, mas também não está posto de lado. Com mais facilidade surgem o Trolha Fredo ou o Bombeiro Meireles, apenas dependentes de “um bom texto”. E enquanto outras vão sendo “arrumadas na prateleira”, há novas que “surgirão com certeza”, anunciou o comediante.