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Semanário | 16 de fevereiro de 2017 | Nº 610 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €
//PÁG. 12
Bailarinas no International Dance Awards //PÁG. 09
Igreja de Guidões restaurada //PÁG. 08
Saner na vanguarda da distribuição alimentar
//PÁG.s 10 e 11
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
Atualidade
Igreja de Santiago de Bougado: Uma história com mais de um quarto de milénio, a celebrar o 200.º aniversário da sua reforma (1817 – 2017) “Todo este templo mandou fazer tanto D. Tomás de Almeida ascende a por sua grande piedade o Exmo. Sr. primeiro Patriarca de Lisboa, tomanD.Diogo Marques Mourato Ab.e q.foi do posse em 13 de fevereiro de 1717. desta ig.ja e bispo de Miranda tempo Nesta altura, já o abade de Santiago em q.era Ab.e della Thomas Barbosa de Bougado era nomeado Chanceler de Sousa Vieira. ANNO de 1754. E foi da Cúria Patriarcal. Em 1724 esperamandado reformar pela freg.ª e pe- -o outra grande e nobre missão que é, llo Ab.e da m.ma Gaspar Pimª e Sol” sob nomeação régia, governar a PreANNO de 1817. lazia de Tomar. Antes de ser nomeado bispo da diocese de Miranda, foi ainEste texto, que encerrava os aponta- da escolhido para governador do Bismentos assinados pelo tomador (em- pado do Porto. Faleceu em Miranda em preiteiro) da obra da nova igreja de 29 de dezembro de 1749. Santiago de Bougado e que rematava a dita escritura, é o resumo da hisConstrução da Nova Igreja tória da construção que está plasmade Santiago de Bougado do na fachada deste templo cuja data A construção do novo templo de de escritura é o dia 18 de julho de 1754 Santiago de Bougado deve-se à inidesconhecendo-se a data exata do fi- ciativa do ainda Abade de Santiago nal da construção :(1761 ou 1762 ) (?) de Bougado, D. Diogo Marques MouRefere o Dr. António Cruz, ilus- rato, que já em período de Sé Vacante tre historiador bougadense, no seu do Porto, e mantendo boas relações livro:“Uma obra de Nasoni Desconhe- com o nomeado Deão da Sé D. Jerónicida”... Era muito antiga a velha igreja mo Távora e Noronha, solicita a este de Santiago de Bougado e nos mea- que contacte o arquitecto italiano Nidos do século XVIII não comportava colau Nasoni para fazer o projeto da todos os fregueses. O Velho Reguengo nova igreja. Acontece que por essa alde Bougado, desenvolveu-se nos pri- tura, Nasoni encontrava-se a trabalhar meiros séculos da monarquia e sem- na finalização da Igreja dos Clérigos e é pre os seus moradores viveram na lei especificamente na aprovação do prode Deus. No primeiro quartel do sécu- jeto da Torre que remata esse complelo XIII, D. Afonso II fez doação da igre- xo arquitetónico, que tinha acontecija co Cabido da Sé do Porto e o Papa do há escassos meses. A proximidade Honório III confirmou a doação aos dez destes factos poderá explicar as sedas Kalendas de Janeiro do ano undé- melhanças que se vão encontrar encimo do seu pontificado, ou seja 1227. tre as fachadas da célebre Torre da InEra importante o rendimento da fre- victa e a nova Igreja Matriz de Santiaguesia, pois só de Censória pagava ela go de Bougado. ao Cabido do Porto, na primeira metaDepois da ordenação e sagração de do século XVIII, uns 280 alqueires de do Bispo de Miranda, D. Diogo Moutrigo e ao Abade cerca de 800 mil reis. rato continuou a receber da sua anteGraças a este rendimento, foi possível rior freguesia os rendimentos estipua construção da nova igreja” lados. Já pouco antes de falecer ,em 1 de agosto de 1748, D. Diogo Mourato deu procuração, com livre e geral adVida e obra de D.Diogo Mourato Diogo Marque Mourato nasceu na ministração ao Reverendo Deão da Sé freguesia de Tavira, em 19 de junho de do Porto, D. Jerónimo Távora e Noro1670. Foi ordenado diácono e presbíte- nha, “para que por si e em seu nome ro nos dias 18 e 21 de setembro de 1694, pudesse fazer as arrematações necesrespectivamente, por D.Simão da sárias a oficiais peritos da construção Gama, bispo do Algarve. Frequentou, da nova igreja que pretendia fazer jundepois, a Universidade de Évora, onde to à antiga de Santiago de Bougado. O se doutorou em Filosofia, e a Universi- mesmo procurador tinha já em seu podade de Coimbra, na qual se bachare- der e para a obra projetada , o produlou em Direito Canónico, tendo presta- to da pensão que D. Diogo Mourato redo juramento da Imaculada Conceição servara na mesma igreja .“No dia 28 do no dia 15 de junho de 1704. Foi Desem- mesmo mês, D. Jerónimo substabelebargador da Mesa do Despacho Ecle- ce ao novo abade, o Reverendo Tomás siástico. Com a transferência do bispo de Sousa Vieira, que entretanto havia de Lamego, D. Tomás de Almeida, para tomado posse, os poderes que lhe hao Porto é nomeado por este no cargo viam sido conferidos por D. Diogo Moude Vigário-Geral da diocese. Em 1709 rato. No dia seguinte, na casa do conseé nomeado Abade da Igreja e Fregue- lho do Couto de Fralães o tabelião Pesia de Santiago de Bougado, cargo que dro de Oliveira Machado lavrava a esdesempenhará até 1739, ano em que critura necessária para se dar cumprié nomeado Bispo de Miranda. Entre- mento à obra de pedreiro, que foi ar-
rematada pelo mestre pedreiro António Rodrigues da freguesia de Salvador de Minhotães- Barcelos. O mestre pedreiro apresentou como seus fiadores o capitão Frutuoso de Sá Felgueiras e Francisco da Costa, ambos residentes naquela freguesia. “Segundo as condições de arrematação, a igreja seria construida junto da antiga e custaria 16 mil cruzados e 150 mil reis no caso de ser virada com a fronteria para sul, ou 17 mil cruzados e 350 mil reis no caso de ser virada para nascente correndo pela eira abaixo.” A obra seria vistoriada e examinada quantas vezes fossem precisas por Nicolau Nasoni, e não indo na forma da planta na segurança, mandaria ele demolir o que fosse mal feito.” Seguiu-se nova escritura, esta definitiva, que foi lavrada em 18 de Julho de 1754 na casa do Deão da Sé, sita na Rua “Ao pé da Sé do Porto” sendo que o pedreiro apresentou os mesmos fiadores e o mesmo mestre pedreiro na presença do “Mestre Arquitecto” termo que é utilizado nas novas procurações, comprometendo-se a fazer a obra da nova igreja “na forma da planta última que fez, pela quantia de cinco contos e vinte e cinco mil reis.” Descrição de alguns dos apontamentos que serviram para a execução do projecto: “Os alicerces da igreja terão de sapata palmo fora, e palmo dentro; a capela-mor lageada e o altar de pedra e seus degraus como está na planta; as portas da sacristia e janelas onde estão , os altares da igreja quatro, também de pedra, e pia de baptizar com seu armário onde está e pias de água benta; as portas travessas e grades serão cançoeiras enrelhadas com dobradiças capazes, com suas chaves também capazes e fechadura, tingidas de vermelho com duas demãos de óleo fervido; o púlpito será de grades de balaustres, e também a grade do arco do coro, e todas tingidas a cor de pedra; os ferros das grades serão de grossura bastante, nem mais delgados dos velhos; as grades não serão mais largas de palmo em quadro...o madeiramento do telhado será do castanho, sem ter em si outra casta de madeira; os barrotes serão de bitola como os velhos da igreja, que esses poderão servir; as ripes serão capazes e de receber e todos os madeiramentos feitos segundo a arte com boa pregaria, e tudo será revisto de mestres das obras; se a madeira for má e alguma coisa mal feita, serão obrigados os mestres a tornar a fazer tudo à sua custa, dando primeiro juramento aos
louvados do que julgam a sua consciência a tudo o que aqui expressamente se não declara por falta de palavras...... e o mestre que tomar esta obra será obrigado a dar a igreja acabada , a porta fechada, sem lhe faltar nada e que será para esta serão os fregueses obrigados acarretar o tijolo, telha e cal que for precisa, digo, que for necessário para a sobredita obra, dando-lhe o mestre a cal fora dos muros da cidade, para daí a levarem para a dita obra.......e se declara mais, a pedraria para a esquadria da dita obra, se cortará no monte de São Cristóvão do Muro, e a alvenaria se tira do meio da freguesia à parte poente, que sempre será capaz para que fique segura a dita obra, e que o mestre que tomar a obra será obrigado a deixar primeiro que desfaça a velha, como que um coberto em que o povo possa ouvir missa, de sorte que a obra corra sempre e fique o povo também acomodado... E irá o dito Nicolau Nasoni, que fez o risco da dita planta, riscar e determinar, não parando nunca a dita obra pela sua falta, o qual irá à custa do depósito, e não por conta do mestre. E que outro sim se fará outra planta irmã para segurança, se se perder ou tiver desvio a outra, a qual assinará o mestre que tomar a obra;e que será mais obrigado o mestre que tomar a dita obra a pôr um letreiro gravado sobre a porta principal da igreja no sítio que já para isso está determinado, o qual dirá as seguintes palavras: “Todo este templo mandou fazer por a sua grande piedade o Excelentíssimo Senhor Dom Diogo Marques Mourato, abade que foi desta igreja e bispo de Miranda. Ano de tal: E também se porá no lugar destinado, as suas armas.” Como notas complementares referir-se-á que o projeto Nasoni não foi executado; o remate das torres foi feito provisoriamente com tijolos revestidos posteriormente a azulejo, certamente retirados da igreja velha, faltam os remates dos cantos, as pirâmides. Segundo o mesmo historiador bougadense, “as faltas verificadas na conclusão da obra, devem-se aos cálculos mal efetuados, já que as fundações da igreja ficaram muito caras devido a não ter encontrado rocha mas sim camadas de terra e areia e daí que o mestre-pedreiro tenha abandonado a obra, depois de nela haver gas-
to os seus próprios haveres”. A história nada refere o que depois aconteceu... As obras só acabariam por volta dos anos 1761 ou 1762 (?). Pensa-se que elas só terão sido possíveis devido à grande generosidade e trabalho do abade de então o Reverendo Tomás Barbosa Sousa Vieira e dos seus paroquianos bougadenses que terão unido esforços para poderem concluir as obras da nova igreja. O principal mentor, mecenas e benemérito deste novo templo, D. Diogo Mourato, já não teve a honra de assistir nem à conclusão das obras nem à inauguração do nova igreja , pois havia falecido em dezembro de 1749... No ano de 1817, conforme está registado na fachada da igreja, o Abade Gaspar Barbosa Pimenta e Sol procedeu à reforma da Igreja Matriz. Nos anos oitenta do século XX, a Igreja de Santiago de Bougado sofreu alguns restauros ao nível do teto, em cimento, e pintura dos dourados, no seu interior. Estas obras foram realizadas através de donativos dos paroquianos sendo abade da paróquia o Reverendo Armindo da Silva Gomes. Pela Páscoa de 1999, por iniciativa do mesmo abade da paróquia, o Reverendo Armindo Gomes, a paróquia homenageou D. Diogo Marques Mourato, na passagem do 250.º aniversário da sua morte. Igreja antiga de Santiago de Bougado Segundo as inquirições de 1758, dadas à época pelo Abade Tomás Barbosa Sousa Vieira, constam os seguintes dados, sobre a igreja: “A paróquia desta freguesia está dentro dum dos lugares della e tem sete lugares que são Cedões, Trofa, Lantemil, Cidai, Maganha, Bairros e Lagoa e dentro deste é que está igreja.. ] E o seu orago Santiago Maior e a igreja tem 3 altares: o altar-mor, onde está o SSmo.Sacramento, e dois laterais, um do Santo Cristo e o outro de Nossa Senhora do Rosário e tem duas irmandades, uma delas de Nossa Senhora do Rosário e a outra das Almas, e São Sebastião padroeiro dellas. O Pároco desta paróquia é abade e a apreesentação dela é do Cabido da Sé do Porto, com reserva, e rende oitocentos mil reis, pouco mais ou menos, e paga-se dela, ao dito Cabido, cada ano, duzentos e oitenta alqueires de trigo.
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16 FEVEREIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Acidente em S. Romão Uma viatura ligeira de passageiros despistou-se e colidiu com um muro de uma moradia, quando seguia na Rua da Profitela, em S. Romão do Coronado. O acidente ocorreu cerca das 14 horas de terça-feira, 14 de fevereiro. A conduzir a viatura vinha uma mulher, de 45 anos, que se queida Nacional Republicana da Trofa xou de dores lombares e na cervifoi chamada ao local e identificou cal. A prestar socorro estiveram o intruso, um homem de 44 anos. os Bombeiros Voluntários da TroComo o indivíduo não foi apa- fa, apoiados por uma ambulânnhado em flagrante delito, a GNR cia e uma viatura de desencarceapenas pôde identificá-lo, sendo ramento, e uma equipa do Suporque agora aguarda que seja feita te Imediato de Vida da unidade de a participação. Os Bombeiros Vo- Santo Tirso do Centro Hospitalar luntários da Trofa também estiveram no local.
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Atualidade
Apanhado dentro de propriedade privada Um morador da Rua de Covas, em Lantemil, Santiago de Bougado, preparava-se para sair da sua moradia, cerca das 13.15 horas desta quarta-feira, 15 de fevereiro, quando se apercebeu de um indivíduo no interior da sua propriedade. Auxiliado pelo filho e por vizinhos, o proprietário conseguiu apanhar o homem. A Guar-
Viatura furtada apareceu incendiada Uma viatura, dada como furtada no final de 2016, em Arcozelo, concelho de Vila Nova de Gaia, apareceu incendiada na Estrada Nacional 105, nas imediações do aeródromo de Vilar de Luz, na noite de sábado, 11 de fevereiro. O alerta foi dado às 21.30 horas, aos Bombeiros Voluntários da Trofa. A GNR da Trofa também esteve no local.
Um homem de 67 anos conduzia um veículo ligeiro com uma taxa de alcoolemia de 2,94 gramas por litro de sangue. O indivíduo foi detido na Avenida de Santa Eufémia,
A Guarda Nacional Republicana da Trofa também esteve no local. P.P./H.M.
Viatura “presa” no separador central da A3
Uma viatura ligeira de passaJá entre as 20 horas do dia 7 de fevereiro e as 8.30 horas do dia 8, geiros ficou presa no separador três viaturas foram alvo de furtos central na Autoestrada númee danos, na Rua 16 de Maio, no ro 3, depois de se ter despistaedifício Santiago, em Santiago de do ao quilómetro 15, no sentido Bougado. Os amigos do alheio fur- Trofa-Porto. O acidente ocorreu taram os pneus suplentes e os ma- por volta das 19.25 horas de tercacos, sendo que de dois dos car- ça-feira, 14 de fevereiro, tendo a ros levaram também os comandos faixa da esquerda da A3 sido corde acesso às garagens. tada ao trânsito. A prestar socorro estiveram seis elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa, apoiados por um veículo de desencarceramento e uma ambulância, e uma equipa do Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso em Alvarelhos, cerca das 18 horas do Centro Hospitalar do Médio de domingo, 12 de fevereiro, e no- Ave. O NT sabe que deste acidentificado para comparecer em Tri- te resultaram duas vítimas com bunal, na manhã seguinte, 13 de ferimentos ligeiros, que se recufevereiro. saram ser transportadas a uma
Detido por conduzir sob efeito do álcool
do Médio Ave (CHMA). A vítima foi transportada para a unidade de Vila Nova de Famalicão do CHMA.
unidade hospitalar. No local esteve ainda a Briga-
da de Trânsito da Guarda Nacional Republicana. P.P.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
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Atualidade
Deputados do PCP viram aprovado, em julho de 2016, o Projeto de Resolução que trazia o metro até à Trofa até 2017
Deputados questionam ministro sobre a linha do metro A deputada Joana Lima, eleita pelo PS, e os deputados comunistas questionaram o Governo sobre a construção da linha do metro até à Trofa. PATRÍCIA PEREIRA
“I
njustiça”. Esta foi a expressão utilizada pela deputada trofense Joana Lima, eleita pelo Partido Socialista, para caracterizar o facto de a “linha do ISMAI-Trofa, que fazia parte da 1.ª fase da Metro do Porto”, “não ter sido anunciada” a 7 de fevereiro, aquando do anúncio das novas linhas a construir na rede da Metro do Porto, no âmbito da expansão da rede. E perante “as decisões do Conselho de Administração da Metro do Porto”, bem como “as declarações do ministro”, que “reconhece a injustiça de que a Trofa tem sido vítima”, Joana Lima enviou à Assembleia da República questões dirigidas ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. A deputada trofense quer saber “que critérios levaram à ex-
clusão da linha da Trofa dos pro- nistro da tutela, os deputados do jetos agora enunciados” e se o PCP “deixam críticas aos sucessiGoverno “reconhece a injustiça vos governos do PS e do PSD/CDS a que a população da Trofa é su- que não cumprem com este comjeita ao ser-lhe retirada uma linha promisso com a população dade comboio sem a introdução de quele concelho e da região”. alternativas válidas”. “Está dispoReafirmando “o compromisso nível, o Governo, para avaliar ou- de sempre com a defesa da constras alternativas de financiamen- trução da linha de Metro até à Troto que permitam a construção fa”, o PCP questiona o Governo da linha do metro até à Trofa? Se “para quando prevê a construção sim, que instrumentos e/ou pro- da linha do Metro até à Trofa”. E gramas financeiros pode utilizar”, “não sendo intenção do Governo questionou ainda. construir esta linha”, os deputados querem saber “o que pretenPCP com sessão pública de este Ministério fazer” e “qual é no Muro o envolvimento da Câmara Municipal da Trofa em todo este proTambém os deputados do Par- cesso”. “Quais são as ditas ‘altertido Comunista Português (PCP) nativas’ que, em articulação com questionaram, “por escrito”, o a Câmara Municipal da Trofa, esGoverno sobre esta situação, tão a ser encontradas”, questiolembrando que “o Grupo Parla- nam ainda. mentar do PCP entregou, discuApelando à “mobilização e à tiu e conseguiu que fosse aprova- luta da população”, o PCP prodo, por unanimidade, um Projeto move uma sessão pública na Junde Resolução que, precisamen- ta de Freguesia do Muro, pelas 15 te, recomendava ao Governo PS horas do dia 25 de fevereiro, que a construção do prolongamen- contará com a presença das deto da linha do Metro até à Trofa”. putadas Diana Ferreira e Ana VirNo documento dirigido ao mi- gínia Pereira.
Meteorologia na Trofa de 16 a 22 de fevereiro
Correio do leitor
Trofa continua sem Metro, mas se muito quisermos, ele virá A linha de Guimarães entre a Trofa e o Porto foi desativada em fevereiro de 2002 para dar lugar ao Metro de Superfície. Embora não o tenham reivindicado, os trofenses acreditaram que a mudança valia a pena. O Estudo de Impacto Ambiental relativo à duplicação da linha do Metro, posto à discussão pública e aprovado nesse mesmo ano, falava de um transporte mais rápido e mais confortável com a viagem entre a Trofa e a Trindade a ser encurtada em 20 minutos. Entretanto Vieira de Carvalho, presidente da Câmara da Maia, falou mais alto e a linha foi desviada do canal existente, através de uma variante, até ao centro da sua cidade, ficando-se pelo ISMAI. Sem hipóteses de reaver o comboio, a Trofa havia sido enganada. O interesse de alguns autarcas, apenas preocupados com os seus municípios, fez acrescentar novos trajetos aos iniciais, esgotando as verbas que eram para a Trofa, cuja linha integrava a 1.ª fase. Ao longo de quase duas décadas, políticos e ministros de diferentes cores partidárias, tendo ou não feito promessas, jamais quiseram honrar a dívida, que sendo do Estado para com a Trofa, tinham a obrigação de pagar. Recentemente, a Assembleia da República recomendou ao Governo, por unanimidade, o prolongamento da Linha Verde até à Trofa, calendarizando o início das obras para o ano de 2018. Nenhuma força política, nenhum deputado votou contra essa Resolução. Parecia que finalmente à Trofa iria ser feita justiça. Pela primeira vez, por unanimidade, a casa da democracia, perante a qual os executivos respondem, dava um sinal claro de que finalmente o Estado iria assumir o compromisso assumido aquando da supressão do comboio. Puro engano. Usando o seu peso político, sobretudo preocupados com os seus territórios, alguns autarcas da Área Metropolitana do Porto logo levantaram a voz, exigindo para si as verbas que eram da Trofa. E mexendo os cordelinhos, em absoluta falta de solidariedade para com os trofenses, conseguiram o que queriam. Mais uma vez, a Trofa ficou para trás. Desta vez, a responsabilidade foi de um Ministro do atual Governo, Governo este apoiado na Assembleia da República pelos partidos de esquerda. A decisão do Senhor Ministro do Ambiente de avançar com linhas no Porto e em Gaia, deixando cair a da Trofa, por mais explicações técnicas que nos sejam dadas, é politicamente injusta e eticamente inaceitável. Viola os compromissos reiteradamente assumidos, destrata a Assembleia da República, destrói a confiança entre os eleitos e os eleitores, corrói os fundamentos da própria democracia na medida. Na política como na vida, raramente as coisas acontecem por acaso. É certo que, às vezes, quantas vezes, apesar dos nossos esforços, as decisões não vão ao encontro do esperado. Mas se fizermos a nossa parte, com convicção e energia, nenhuma responsabilidade nos pode ser assacada. E pode acontecer, e às vezes acontece, uma janela de oportunidade. Se tivermos trabalhado arduamente, enfrentando ventos e marés, lutando contra velhos do Restelo, é provável que consigamos levar a água ao nosso moinho. Foi assim que a Trofa passou a concelho. Se hoje não tivemos uma decisão a favor da Trofa por parte de quem de direito, no sentido de ligar o Metro do ISMAI ao Centro da Trofa, se a Trofa foi mais uma vez injustiçada e até humilhada, também foi porque não fizemos o que devíamos ter feito. Sem liderança e sem mobilização, sem os competentes estudos e as necessárias diligências no sentido de obtermos as indispensáveis solidariedades, de que é que estávamos à espera? Triunfou a lei do mais forte. Ao contrário do que aconteceu na História em que Golias perdeu para David, mais uma vez Gaia e Porto derrotaram a Trofa. Faltou-nos o querer, o acreditar e sobretudo a preparação e mobilização para a causa que nos daria a funda com que faríamos das fraquezas forças. E se mais uma vez a nossa causa foi preterida, nada impede, antes pelo contrário, que continuemos a luta, que procuremos justiça. Razões não faltam. Nada está definitivamente perdido. Mobilizemo-nos. Lancemos pontes, na Trofa e fora dela. Os ministros mudam-se, os ministros passam. Atrás de tempos, tempos vêm. E um dia, se muito quisermos, o metro chegará à Trofa. Manuel Rodrigues da Silva
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Assembleia (quase) unânime em voto de protesto contra abandono da linha do Metro
Só David Monteiro não votou favoravelmente o voto de protesto apresentado pelo Partido Socialista na Assembleia Municipal, contra a decisão do Governo de deixar na gaveta a extensão da linha do Metro, em detrimento da construção de mais duas linhas no Porto e em Vila Nova de Gaia. CÁTIA VELOSO
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teve quase unânime, só faltou o a sessão de 10 de feverei- voto de David Monteiro. ro da Assembleia Municipal, toO “triângulo das Bermudas” dos os partidos votaram favorae a falta de peso político velmente, mas David Monteiro, Alberto Fonseca, elemento do eleito pelo CDS-PP, considerou o documento apresentado pelo PSD, confirmou o voto favoráPS “fraco” e “com poucos argu- vel ao documento, consideranmentos”, por isso absteve-se. “Se do que o partido “se revê, na íneste documento vai representar a tegra” com o conteúdo. “EstaAssembleia, então acho que ne- mos todos de acordo em relação cessita de algo mais”, postulou. a esta matéria e, no fundo, aquiNo voto de protesto, os socia- lo que foi dito poderia ser quase listas afirmam que “muito para que uma réplica do comunicado além de constituir uma questão que a Câmara Municipal lançou de justiça, a extensão da linha do há uns dias”, frisou. Alberto Fonseca acrescentou metro até a Trofa trará enormes Apenas um elemento da Assembleia Municipal absteve-se na votação vantagens e benefícios para toda ainda que a decisão do GoverPedro Ortiga, em jeito de res- sem tirado desta situação quana região”, pois no concelho está no “é incompreensível”, tendo to, em outubro de 2013, através localizado aquele que dizem ser em conta que “entregou a Carris do qual foi dado como certo pe- posta, afirmou que “assim como do vossas excelências (PSD e CDS“o segundo interface rodoferro- à Câmara Municipal de Lisboa de los partidos PSD e CDS-PP que a hoje há um Governo socialista -PP) também eram Governo, pois viário mais importante do Norte”. graça e assumiu a dívida de cer- linha ia avançar, Sérgio Humber- que ainda não deu razão à Trofa, também com eles o processo não A Trofa constitui-se assim como ca de 700 milhões de euros, anun- to tem agora uma versão diferen- tal aconteceu nos governos PSD e saiu das afirmações políticas sem “uma porta de entrada para a Área ciou investir cerca de 500 milhões te. Sobre esse mesmo protocolo PSD/CDS”. “Dirão alguns que não consequências”, afirmou. Os soMetropolitana do Porto”, com po- de euros no metro de Lisboa e do afirmou ter sido “uma pequena temos a força necessária, pois cialistas defendem que, por isso, tencial de “mobilidade” para ou- Porto, não tendo vontade políti- luz” para “colocar o assunto em meus caros, também não vi re- só a unidade partidária será casultados eficazes que nos tives- paz de pressionar o Governo. tros concelhos como “Famalicão, ca de repor a justiça para com debate novamente”. a Trofa”. “Nem mesmo contanBraga e Guimarães”. A sobrelotação da Estrada Na- do com o apoio da CDU, que concional 14, com as consequências nosco muito tem batalhado nesnegativas que daí advêm – in- te tema. Afinal, de nada serve”, cluindo a poluição - é também acrescentou. O executivo municipal anunum argumento usado pelo PS, que considera ainda “mais inex- ciou que vai agir judicialmenplicável o abandono a que está te contra o Estado Português votado o canal que foi, outrora, e apresentar uma denúncia na do comboio e que agora tem de União Europeia, para saber “onde Por sua vez, Carlos Martins, pre- cal, estes partidos vão jogando cia com o Governo” para a assunser do metro, como forma de to- foram gastos” os fundos comumar práticas de mobilidade am- nitários alocados para a cons- sidente da Junta de Freguesia do com as circunstâncias de estarem ção de um transporte alternativo, bientalmente mais sustentáveis”. trução da linha da Trofa, que foi Muro, apesar de votar favoravel- no poder, ou não, para na práti- que o ministro do Ambiente conOs socialistas também não es- projetada ainda na primeira fase mente o voto de protesto apre- ca impedirem a concretização do firmou estar a ser estudado para quecem o projeto de resolução da rede de expansão do Metro do sentado pelo PS, considera que metro para a Trofa. A não garan- o lugar do metro, mas que para do PCP aprovado, por unanimi- Porto. Sérgio Humberto, presi- “é mais um papel que vai para Lis- tia imediata da ligação à Trofa do a CDU “não servirá a população”. dade, na Assembleia da Repúbli- dente da Câmara Municipal, reite- boa”. “Eu já não acredito no Pai quadro de expansão agora anun- “Este é um assunto que deveria ter ca, a 7 de julho, que visava o iní- rou o anúncio na Assembleia Mu- Natal. Acredito que este é um pro- ciada é profundamente negati- sido tratado conjuntamente com cio da construção da linha ISMAI- nicipal, não se coibindo de usar blema político e que se resolve em va, porque não honra os compro- a oposição, através da partilha da -Trofa até ao fim de 2017 e, por argumentos políticos para culpar sede política”, sublinhou, acres- missos de longa data com a po- informação, como vimos defenisso, “repudiam” a “decisão” do algumas personagens do Parti- centando que “tem que se ir por pulação, forjando expectativas e dendo desde o início do mandato do atual executivo e que nunca tiministro do Ambiente, Matos Fer- do Socialista, afirmando que “foi outro caminho” que não o trilha- anseios legítimos”, argumentou. Paulo Queirós não deixou ain- vemos acolhimento, demonstrannandes, de abandonar o projeto e criado um Triângulo das Bermu- do até agora. Já a CDU, representada por Pau- da de apontar o dedo ao execu- do unidade na defesa da construcolocam em cima da mesa a pos- das, com José Sócrates, Ana Pausibilidade de recorrer “a todas e la Vitorino e Joana Lima”. “Está- lo Queirós, assumiu que, “apesar tivo camarário pela “convergên- ção do metro até à Trofa”. quaisquer ações contra o Esta- vamos num cenário perfeito, com de não a defender como primeira do até que seja reposta a justiça”. Governo PS e Câmara PS, mas o escolha, não fará falta de compa“A Assembleia Municipal da Tro- triângulo não funcionou, porque rência” se for assumida “uma sofa, pelo voto unânime deste voto tudo o que lá entra desaparece”, lução mais enérgica e com o envolvimento da população” para obride protesto, demonstra de forma acrescentou. Já sobre o protocolo assinado gar o Estado a construir a linha. E inequívoca, que todas as forças políticas com responsabilidade entre as autarquias da Maia e da aproveitou para culpar “PSD, PS e autárquicas, estão unidas na de- Trofa, CCDR-N (Comissão de Coor- CDS” de “incoerência, hesitação e fesa da linha do metro até à Tro- denação e Desenvolvimento Re- omissão” na condução do procesfa”, refere ainda o protesto. Es- gional do Norte) e Metro do Por- so. “Quer a nível nacional, quer lo-
CDU disponível para “solução mais enérgica com envolvimento da população”
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
Atualidade
Câmara sem “perspetivas” de recolocar escultura em homenagem ao professor “N
os próximos tempos não há perspetiva de colocar aquela peça em lugar nenhum”. A afirmação foi de Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, quando questionado sobre a Árvore do Conhecimento, escultura – composta por um livro e uma árvore - que em 2013 foi colocada na rotunda junto ao Continente, pela Câmara da Trofa e Rotary Club da Trofa, num tributo aos professores. A peça foi, em 2015, retirada pela autarquia e nunca mais reposta, sendo que se mantém no exterior da empresa que a concebeu, em Argemil, no concelho de Santo Tirso. No período de intervenção do público da Assembleia Municipal, Manuel Silva mostrou-se descontente por “ver um equipamento daquela natureza, com tudo o que significa, arrumado num canto em Santo Tirso”. “Não quero acreditar que, no fim deste ciclo político, ela vá continuar ali”, sublinhou. Por isso, em jeito de desafio, questionou o presidente da Câmara se
Manuel Silva
“está disponível” para levar a escultura para Bairros, para o Largo 25 de Abril, junto ao Souto, exatamente no dia 25 de abril deste ano. “E se há instrumentos que nos permitem adquirir competências de liberdade são os livros”, completou Sérgio Humberto acabou por confirmar que “não há perspetiva de colocar aquela peça em lugar nenhum” nos “próximos tempos”, garantindo apenas que “não será colocada em nenhuma rotunda”. “Já tive a oportunidade de dizer que numa futura requalificação da rua em frente à Escola Secundária podia colocar-se lá e houve
um contacto com os rotários, porque isso tem de ser feito em articulação com eles”, atestou. No entanto, a ideia não deve ter acolhido a concordância dos membros do Rotary. Já sobre a demolição da Ponte da Peça Má, Manuel Silva, que defende que a estrutura constituía valor patrimonial, aproveitou para desafiar Sérgio Humberto a “agir em conformidade contra a empresa Metro do Porto e de a levar à responsabilidade”, justificando que a demolição “foi uma operação ilegal”, feita “ao arrepio de variadíssimos normativos legais”. Sérgio Humberto descartou-se e desafiou Manuel Silva “a avançar” com a queixa contra a Metro do Porto. O autarca reiterou que “o IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) diz que a ponte não é património” e sobre a demolição assumiu ter ficado “contente”, porque “se calhar a grande maioria da população ficou satisfeita”. C.V.
Funcionário questiona presidente sobre saída de colaboradores da Câmara Pedro Oliveira, funcionário em essas saídas ou se as pessoas saímobilidade da Câmara Municipal ram porque tiveram de sair” e “se da Trofa, sentiu vontade de inter- há perspetivas de mais saídas”. “Fico contente por ouvir o previr na Assembleia Municipal depois de uma intervenção de Sér- sidente que com 47 funcionários gio Humberto, presidente do exe- consegue fazer o mesmo trabalho cutivo municipal, que destacou a e com a mesma qualidade. Fico diminuição da despesa da autar- com orgulho nos colegas que cá fiquia em pessoal. O autarca afir- caram. E fico contente por ter conmou que, enquanto “em 2013”, se tribuído para que a despesa da Câgastou “seis milhões e 250 mil eu- mara tenha diminuído”, afiançou. Em resposta, Sérgio Humberto ros”, dois anos depois o gasto foi de “cinco milhões e 887 mil eu- afirmou que “em muitas” das saíros”. Os números foram apresen- das “sabe as razões” e até ajudou tados para justificar que a descida “enquanto presidente da Câmara”. do desemprego não se fez à custa “Algumas foram rescisões amigá“da Câmara”. “Hoje, feliz ou infeliz- veis, outros terminaram as comismente, trabalham menos 47 pes- sões de serviço e voltaram para a soas. Sai do corpo de muitos téc- entidade onde tinham efetivado nicos que aqui trabalham sem ho- carreira. Se me pergunta se alguras extraordinárias. Eu tenho or- mas pessoas eram quadros comgulho de trabalhar em conjunto petentes e faziam falta à Câmara, com eles para aquilo que se está claro que sim. E se nós ficávamos a conseguir para a Trofa. E não se satisfeitos que algumas que esestá a produzir menos, bem pelo tão na Câmara saíssem, claro que sim”, referiu. contrário”, acrescentou. O autarca afirmou ainda que “a Estas declarações motivaram a intervenção de Pedro Oliveira, um maioria dos técnicos são pessoas dos 47 funcionários que saíram da competentes e profissionais” e autarquia e que, “como cidadão”, que “não” consegue “adivinhar quis saber por Sérgio Humberto “se vão ou não sair” mais funcio“se houve razões plausíveis para nários da autarquia. C.V.
PS acusa presidente da Câmara de mentir sobre Parque das Azenhas
O atraso na conclusão da obra do Parque das Azenhas motivou conferência de imprensa do PS Trofa. Socialistas acusam presidente da Câmara de mentir sobre o processo. NT tentou obter versão da autarquia, mas não obteve resposta. CÁTIA VELOSO A caminhar, a correr ou a andar de bicicleta, o movimento de pessoas no percurso do Parque das Azenhas verificado na manhã fria, mas soalheira, de sábado, 11 de fevereiro, comprova que, mesmo não concluída, a obra tem sido utilizada por muitos trofenses que a aproveitam sempre que a meteorologia permite. Na mesma altura, elementos da Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista da Trofa também visitavam o local para, em conferência de imprensa, condenar o atraso na conclusão do projeto, que foi iniciado em 2013. Os socialistas dizem que espera-
ram “mais de um ano e meio” para aceder à documentação pública relativa à obra do Parque das Azenhas e “depois de uma queixa feita à Comissão de Acesso a Documentos Administrativos”. Após a “análise” ao processo, consideram que “o presidente da Câmara tem mentido aos autarcas e população”. “Estivemos aqui em setembro do ano passado e foi-nos dito que em novembro a obra estaria terminada. E mês após mês, reunião após reunião, era dito o mesmo, mas a obra não parece ter um fim”, afirmou Marco Ferreira, presidente da CPC do PS Trofa, que se apoiou nos documentos para sustentar que “a 31 de dezembro de 2013, 74 por cento da obra estava concluída e em autos medidos e validados pela Câmara, o que significa que nos últimos três anos, não foi possível concluir os 26 por cento restantes”. “É impossível atribuir responsabilidades ao passado quando durante quatro anos deste mandato autárquico nada foi feito
nesta obra”, acrescentou. Esta gestão que os socialistas consideram “leviana e vergonhosa” por parte do executivo municipal liderado pelo social-democrata Sérgio Humberto acarreta um “risco sério” de se “perder fundos comunitários”. “Se a obra não se concluir o mais breve possível, corremos o perigo de perder os fundos comunitários já arrecadados. É um perigo real e que nos preocupa imenso. Estamos a falar de milhões de euros”, sublinhou Marco Ferreira. Atrasar a obra para a reinaugurar em tempo de campanha? Os socialistas chegam mesmo a traçar cenários políticos para justificar o atraso na obra, na qual, em 2014, dizem, “não foi assinado nenhum auto de medição”. “Será que o presidente de Câmara tinha interesse em fazer uma reinauguração em 2017 e prorrogou a obra para poder ter uma inauguração
Socialistas acusam Sérgio Humberto de mentir sobre a obra
a fazer este ano?”, anteviu o líder do PS Trofa. Outra dos cenários é, segundo Marco Ferreira, “a intenção de o executivo municipal lançar alguma mancha sobre esta obra e sobre o executivo anterior, denegrindo a imagem desta obra, atrasando-a e colocando responsabilidades sobre outros e não sobre si mesmo para este atraso”. Além disso, acrescentam, o atra-
so poderá estar relacionado com o que dizem ser “uma engenhosa gestão financeira, não despendendo valores para executar esta obra nos últimos anos, para ser possível mascarar outros números da execução financeira da Câmara e gastar o dinheiro em outras obras, que agora começam em 2017”. O NT tentou obter esclarecimentos da Câmara Municipal da Trofa, mas não obteve resposta.
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ADAPALNOR celebra 3.º aniversário com perspetivas otimistas
16 FEVEREIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Trofense soma e segue no programa da TVI
Jaime Vieira apelou à participação dos associados
Dois mil e dezasseis não foi um ano positivo para a Associação para a Defesa do Ambiente e do Património do Litoral Norte (ADAPALNOR). Quem o diz é o presidente Jaime Vieira que, no dia em que comemorou o terceiro ano de vida da coletividade, na tarde de sábado (11 de fevereiro), lamentou o número diminuto de iniciativas desenvolvidas no ano passado, devido ao facto de “elementos da direção e do conselho técnico não terem conseguido envolver-se nas atividades” programadas. A associação promoveu uma pequena cerimónia de comemoração do 3.º aniversário com a presença de sócios e parceiros, no salão nobre da Junta de Freguesia do Coronado, em S. Romão, e projetou 2017 com mais otimismo. “Vamos tentar compensar, prosseguindo o nosso trabalho de celebração de parcerias com associações ambientais e câmaras municipais, para entrar em ações conjuntas em tudo o que diz respeito com o ambiente”, perspetivou Jaime Vieira. Para breve, poderá também estar a inauguração de uma biblioteca pública, numa das salas do polo de S. Mamede da Junta de Freguesia, que também está envolvida no projeto. É também intenção da direção da ADAPALNOR “promover cursos, a maior parte deles gratuitos e outros, mais complexos, com preços acessíveis, sobre ambiente e jardinismo”. “Muitas pessoas questionam a razão de usar este termo em vez de jardinagem, mas enquanto esta é uma arte, jardinismo é uma ciência. Ou seja, toda a gente corta a relva, mas nem toda a gente sabe como se deve cortar a relva, conforme a altura do ano. Toda a gente poda, mas nem toda a gente sabe podar. É isso que queremos ensinar às pessoas”, explicou. O presidente da ADAPALNOR anunciou ainda o propósito de “organizar algumas visitas de estudo, uma delas à Serra de Aires ou de Candeeiros, para mostrar as micro-orquídeas, lá para os finais de maio ou início de junho”. Mas para cumprir estas metas, salvaguardou Jaime Vieira, “precisamos que não sejam sempre duas ou três pessoas a organizar isto”. “Precisamos que os nossos associados colaborem cada vez mais, estando disponíveis para se envolver na promoção de atividades”, frisou, em jeito de apelo. C.V.
APVC organiza Jantar Anual no sábado A Associação para a Proteção do Vale do Coronado convida todos os sócios, voluntários e os “interessados em natureza, mundo rural, património e sustentabilidade” a participarem no Jantar Anual, no sábado, 18 de fevereiro, às 20.45 horas. O local do evento vai ser o restaurante Casa dos Arcos, em S. Romão do Coronado, e “para lá da celebração do prazer da gula e do convívio entre os voluntários/associados” vai haver oportunidade para “debater a dinâmica da associação, recordar as atividades ‘plantadas’ em 2016 e promover as atividades que estão alinhadas para 2017”. O bilhete custa 18,50 euros e inclui entradas, prato de peixe ou vegetariano ou de carne, sobremesa, bebidas, café e animação musical. As inscrições são obrigatórias e as reservas devem ser feitas através do número de telemóvel 917 040 207 ou do email valedocoronado@ gmail.com. A.M./C.V.
Jovem da Trofa persegue sonho da dança em programa da TVI
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coreografia de Rumba. No pro- ciado que desta participação esruna Marques foi a primei- grama “Você na TV”, a jovem mos- perava “recolher o máximo de ra a pisar o palco do novo progra- trou-se confiante para a próxima formação a nível da dança e fazer ma da estação de Queluz de Bai- gala. Apesar de considerar Rumba boas amizades”. A jovem de 18 xo Let’s Dance – Vamos Dançar. Na “um estilo muito complexo”, as ex- anos, do Muro, vê nestes ‘talent gala de estreia, a jovem da Trofa pectativas “estão altas”. “Vou con- shows’ uma forma de “abrir portas para o mundo da dança”. parece ter conquistado os portu- seguir”, declarou. Assumidamente uma “apaixoBruna Marques espera tornar-se gueses e os jurados e seguiu em nada pelas danças urbanas”, a “bailarina profissional”. Enquanto frente no programa. Esta semana, Bruna junta-se a Rumba é mais um desafio para trabalha para isso, pode acompanhar o percurso desta trofenoutro dançarino, Ivanoel, e pre- Bruna. Ao jornal O Notícias da Trofa se aos sábados à noite na TVI ou param, com a ajuda dos professores Edgar e André Branco, uma Bruna Marques já tinha confiden- nos diários do programa. L.O./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
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Reportagem
Casamentos de ouro Doze de fevereiro assinala o Dia Mundial do Casamento. Uma fase da vida que, atualmente, muitos não conseguem conservar, porque num mar de rosas, os espinhos também existem. Só que também há quem seja um exemplo de longevidade no matrimónio. O NT foi à procura de casais que já celebraram mais de 50 anos de casamento e tentou perceber o segredo para uniões tão duradouras. CÁTIA VELOSO
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afirmação surge em tom de declaração de amor. Convicto, Cândido Pinheiro, de S. Martinho de Bougado, assume que hoje gosta mais da esposa do que quando casou com ela: “Ela tem sido uma mulher extraordinária. Tem sofrido alguma coisa, porque eu sou humano, mas eu tenho procurado ir ao encontro dela”, afirma, perante o sorriso tímido de Ilídia. Levam 53 anos de casamento que, confessam, estiveram longe de ser imaculados. Os primeiros cinco anos de união não foram fáceis de ultrapassar. Cândido admite, em “jeito de graça”, que naquele tempo apenas faziam “vento” quando passavam um pelo outro. A freAlcino Ferreira e Augusta Sá, casados desde 18 de fevereiro de 1950, 6 filhos, 13 netos e 6 bisnetos quência num “curso de cristandade” e a participação “em cursos “a namoriscar”, como relata. Uma para quebrar o gelo. As conver- eram usados para trabalhar e não de preparação para o matrimó- relação que se construiu “aos bo- sas sucederam-se até oficializa- para namorar. Eu era de Famalicão nio” ajudou-os a perceber as ares- cadinhos” e com momentos que rem o namoro. Encontravam-se e ela de Braga. Então, ao domintas que tinham de limar na relação. se seguiam “ao terço” e à passa- aos domingos durante duas a três go, ela vinha-me esperar à esta“O diálogo, a compreensão, o saber gem “pela capela”, antes de ir para horas e, às vezes, durante a sema- ção, até eu chegar, às 15.07 horas. aceitar o outro como ele é e o per- casa “ainda antes de cair a noite”. na, quando Manuel visitava a pen- Ainda me lembro perfeitamente”, dão” são para Ilídia os pilares que Já Manuel Oliveira teve a sorte são. O casamento chegou a 24 de relatou. Tiveram de esperar quasustentam o matrimónio. de encontrar a alma gémea a tra- novembro de 1962. “Fui a pé para tro anos para casar, a 21 de julho Esta ideia é comungada por Au- balhar na pensão da irmã. Em me- a Igreja, mas tinha um amigo que de 1963. gusta Sá, de S. Martinho de Bouga- ados de 1960, Rosa Sousa traba- tinha um Fiat 600. Enquanto espeSem carro, mas com bicicleta, do, casada com Alcino Ferreira vai lhava a dias e tinha uma “pronún- rávamos, uma das minhas cunha- António Cruz solta um “ui” quanfazer no sábado, 18 de fevereiro, cia engraçada” que o conquistou. das chegou a correr, esbaforida, a do pensa nos quilómetros que pe67 anos. Uma vida inteira de ma- O primeiro contacto fez-se à custa dizer que a noiva não tinha conse- dalou para ver Alice. Conheceurés altas e baixas, levando o barco de… peixe. “Eu estava na cozinha guido apanhar nenhum carro de -a em setembro de 1955, na festa a bom porto através da compre- a fritar sardinhas e ele perguntou praça e que era preciso ir buscá- de Santa Eufêmia, em Alvarelhos. ensão. “Ralhava-se e acabou”, diz se elas estavam boas. E eu respon- -la. E o meu amigo lá foi”, contou Alice lembra-se, perfeitamente, no alto dos seus 87 anos. O mari- di-lhe que não sabia porque as es- Manuel Oliveira. do dia: “Fomos à festa e depois à do, três anos mais velho, é segun- tava a cozinhar e não a comê-las”, Já Cândido não podia usar os vinda eu estava com uma colega e do primo, por isso conviveu com contou, entre risos. carros que tinha em casa para ver ele apareceu de bicicleta. Foi muiele várias vezes antes de começar Estava dado o primeiro passo Ilídia. “O meu pai dizia que eles to engraçado, porque ela virou-se para mim e disse que o moço vinha para mim e eu disse que era para ela, mas era para mim”, relatou. Namoraram cinco anos, sempre bem vigiados pelo pai dela que era “muito severo”. Os encontros faziam-se ao fim de semana e, às vezes, à quinta-feira. “Quando pegava na bicicleta em direção a casa dela era uma alegria”, atestou António, que muitas vezes pedalou de Canidelo a Guidões, onde moram atualmente. Casaram a 20 de fevereiro 1960 e preservaram uma relação de respeito que conduziu ao sucesso do casamento. Compreendem-se e quando há algum desentendimento, não demora a passar. “Dizemos o que temos para dizer um ao outro e ele vai dar uma volta e quando volta já está tudo normal”, conta Alice. Ele confirma: “Um homem vira costas e quando regressa o vento António Cruz e Alice Cruz, casados desde 20 de fevereiro de 1960, 4 filhos, 8 netos e 11 bisnetos
já levou tudo”. Manuel Oliveira e Rosa Sousa, residentes em S. Martinho de Bougado, ainda hoje são tratados como “o casal de namorados” por quem os conhece, pela excelente relação que cultivaram ao longo dos anos. “Um casal amigo dizia que se houvesse um concurso que desse um queijo para o casal que se desse melhor, nós ganhávamos os queijos todos”, lembrou Manuel. Rosa garante que “nunca” dormiram separados por estarem zangados. “Demo-nos sempre muito bem”, continuou. E quando os espinhos aparecem… Mas o casamento também se faz de momentos difíceis. Como diz António Cruz, “não são só beijos e abraços, o casamento tem muito que se lhe diga”. De um modo geral, obstáculos associados ao início de vida a dois são comuns a estes quatro casais. Dificuldades acrescidas associadas a tempos de escassez alimentar foram vividas de perto por Augusta Sá e Alcino Ferreira, que testemunharam “a falta de trabalho” e de apoios sociais, hoje em dia corriqueiros para qualquer cidadão. “Não havia fundo de desemprego nem subsídio de férias. Cada um apanhava o que havia, trabalhava-se ao jornal. Antes de casar, andei com o carrejo à cabeça para ganhar 25 tostões ao dia. Trabalhei ainda numa pastelaria até ter o segundo filho e deixei para poder olhar pelas crianças”, contou Augusta, que juntamente com o marido conseguia garantir “sempre pãozinho e sopa” em cima da mesa. Nas épocas festivas, conta, “é que havia mais fartura” e “na festa da Senhora das Dores, o pai ia buscar uma melancia e uma regueifa” para todos. O casal teve seis filhos que, à medida que cresceram, ajudaram a família a sustentar-se financeiramente. Quando casou, Cândido Pinheiro “não vinha habituado a fazer nada em casa”, conta Ilídia. Como rapaz que era, e filho mais novo, “não sabia fazer nada das lidas domésticas”, o que acarretou dificuldades acrescidas para a esposa que, além de ter de garantir o asseio da casa, também trabalhava. A experiência do casamento ajudou o casal, assim como a chega-
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Atualidade
Garrafas de vidro recicladas em exposição
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ravessas para entradas, aperitivos ou sobremesas. Verdes, azuis, castanhas ou brancas. Várias são as formas e as cores que as garrafas de vidro recicladas na Reglassbottle obtêm e que podem ser vistas, até ao final do mês de fevereiro, na Loja Interativa de Turismo da Trofa. O objetivo é transformar e reutilizar garrafas de vidro para que possam ter novos fins e servir, por exemplo, como travessas na restauração. A Reglassbottle nasceu há cerca de três anos e garante peças com grande qualidade e originalidade. Manuel Oliveira e Rosa Sousa, casados desde 24 de novembro de 1962, 2 filhos e 4 netos Depois de lavadas por dentro e por fora para ficarem sem qualda de filhos. “Foi-se habituando a O casamento nos dias de hoje argumentou. ajudar, dando a papinha aos meniÉ mais que sabido que os namoJá Augusta Sá defende que, atu- quer resíduo, as garrafas vão ao nos enquanto eu fazia outras coi- ros de antigamente eram muito di- almente, “casa-se e descasa-se forno, a temperaturas controlasas”, lembrou Ilídia. ferentes dos de hoje em dia. Assim com muita facilidade”, porque não Também Alice e António Cruz ti- como o entendimento sobre o ca- há comprometimento, ou, como veram de passar algumas tormen- samento. Cândido Pinheiro é apo- ela refere, “temor a Deus”. “Não tas. Os problemas de saúde de dois logista que se passou “do oito ao encaram o casamento como uma dos quatro filhos causaram preo- 80”: “Atualmente, verificamos mes- cruz que temos de levar até ao cupações constantes e a pouca re- mo pela Igreja que é muito difícil ir fim”, acrescentou. E há muito memuneração no trabalho obrigou a ao encontro dos casais que se di- nos alegria: “Dantes era tudo atro“apertar o cinto”. Estiveram emi- vorciam, porque as pessoas não galhado, mas andava toda a gente grados em França e com esforço suportam nada ao outro. Para che- contente. Passava-se por uma rua conseguiram garantir estabilida- gar aos 50 anos de casados, temos ali acima e as mulheres esfregaO “Grandioso Desfile de Carnade financeira, graças a Alice que de sofrer, isto não são só rosas”. Ilí- vam os soalhos das casas e canta“sempre tomou conta das contas”, dia considera que a nova mentali- vam. Ia-se lavar ao rio e cantava-se. val” organizado pela Comissão de admitiu António, que elogiou a dade tem também que ver com a Ia-se para o campo lavrar e canta- Festas em honra de Santa Eulália excelente capacidade de gestão autonomia. “Todos trabalham e va-se. Agora, anda toda a gente 2017, de S. Romão e S. Mamede do da esposa. “Pois, ele entregava- se for preciso separam-se e conti- triste”. O futuro, por consequên- Coronado, sai à rua a 28 de feve-me o dinheiro todo, mas as can- nuam a governar-se. Mas na altura cia, não é risonho, na opinião dela: reiro, às 14 horas. O programa começa com a conseiras ficavam todas sobre mim”, quando se estava em casa à espe- “Não sei como é que isto vai acabar, centração e saída do desfile no respondeu. ra do marido, suportava-se tudo”, mas temo que vá acabar mal”.
das, até adquirirem a forma plana e o aspeto cristalino. Algumas continuam o processo de transformação até ganharem outra forma. No final, de acordo com a vontade do cliente, as peças podem ser personalizadas e podem ser inscritos desenhos ou letras, através de jatos de areia. O embalamento é feito com cartão canelado, pois todas as etapas têm em comum a premissa de respeitar o ambiente. Várias destas garrafas reutilizadas estão agora em exposição na Loja Interativa de Turismo da Trofa, situada no Edifício Trofa XXI, nos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, na Trofa. A exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas. A.M./C.V.
Comissão de Festas de Santa Eulália organiza desfile de Carnaval parque da estação de comboios de S. Romão, seguindo pelo Largo de S. Bartolomeu e o Largo do Seixinho, em S. Romão, acabando na Igreja de Santa Eulália. No final, vai haver um leilão de oferendas e prémios para as melhores máscaras. A.M./C.V.
Grupo de Caridade de Covelas festeja Entrudo Como é habitual, o Grupo de Caridade de S. Martinho de Covelas vai organizar um desfile de máscaras, a 26 de fevereiro, às 15 horas, na Junta de Freguesia de Covelas. A iniciativa tem entrada gratui-
ta e vai contar com a animação do grupo Amigos da Maia. O Grupo de Caridade disponibiliza transporte para quem não se conseguir deslocar. Para tal, os interessados devem contactar o 918 296 628 ou 910 237 067. A.M./C.V.
Meninos Cantores angariam fundos com Carnaval
Cândido Pinheiro e Ilídia Pinheiro, casados desde 21 de julho de 1963, 4 filhos e 10 netos
Os Meninos Cantores do Município da Trofa estão a organizar uma festa de Carnaval para angariar fundos para o grupo. A quinta de S. Romão, em S. Romão do Coronado, na Trofa, recebe, a 25 de fevereiro, a iniciativa que começa a partir das 18 horas. O bilhe-
te custa cinco euros e inclui uma sande de bifana ou rojão, caldo verde ou papas e ainda uma bebida de copo. Os bilhetes podem ser comprados antes do dia junto de qualquer elemento do grupo e vai haver prémios para os melhores mascarados. A.M./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
Economia
Saner - 28 anos na vanguarda da distribuição alimentar A SANER - Sociedade Alimentar do Norte, SA, que assinala 28 anos de sucesso económico, é uma das maiores empresas nacionais e uma das melhores no setor da distribuição alimentar.
C
om mais de 200 trabalhadores e com cerca de 5.000 clientes, fundamentais para o sucesso da empresa, e com concelho de administração presidido por Agostinho Gonçalves, a firma SANER desenvolve a sua atividade no muito competitivo e difícil setor do comércio por grosso de produtos alimentares, onde atuam grandes grupos económicos nacionais e internacionais. A SANER é a empresa sedeada no concelho da Trofa com o maior volume de faturação contribuindo anualmente para o erário público em mais de oito milhões de euros de impostos. Detida por capitais cem por cento nacionais, vem, ano após ano, a consolidar a sua posição no ranking das maiores empresas nacionais e, sobretudo, a sua posi-
ção no ranking nacional das melhores empresas do setor de distribuição. De acordo com a revista ‘EXAME – 500 Maiores & Melhores Empresas’, edição especial relativa ao ano de 2015, a SANER era a 151.ª maior empresa a operar em Portugal, com vendas totais de aproximadamente 180 milhões de euros (das quais exportou cerca de 18 milhões de euros), continuando, assim, a “escalar” anualmente este ranking. No ano de 2012, a SANER foi considerada, pela mesma revista, a 187.ª maior empresa a operar na economia nacional. No ano de 2013, ocupava a posição n.º 177 e no ano de 2014 a posição n.º 166, tendo, por isso, subido 36 posições no período de 3 anos, destacando-se assim no universo empresarial português. Mas ainda mais relevante, é o facto desta mesma revista considerar que no ano
de 2015 a SANER ascendeu à posição de 3.ª melhor empresa a operar no setor da Distribuição Alimentar. Atendendo a que estes dados se reportam a um período muito difícil da economia e da sociedade portuguesa, período em que Portugal se viu privado da S/autonomia financeira e económica por imposição da troika, a SANER revela um determinante contributo para a Economia Nacional e para o Concelho da Trofa em particular. De acordo com outras informações, a SANER terá terminado o ano de 2016 com um forte crescimento das vendas e endividamento bancário “zero”. Sabemos que são empresas como a SANER que protagonizam e lideram a evolução e as transformações da realidade económica nacional.
NÚMEROS 5000 clientes 100 por cento de capitais nacionais
151.ª maior empresa em Portugal
3.ª melhor
empresa a operar no setor da Distribuição Alimentar
180 milhões de euros em vendas
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Atualidade
Igreja de Guidões restaurada graças “a generosidade dos guidoenses” Cumpriu-se um dos grandes sonhos que se tornasse realidade. Muito obrigado padre José Ramos, com a conclu- do aos guidoenses, porque foi graças a são do restauro da Igreja de Guidões. eles que conseguimos isto”, reconheceu CÁTIA VELOSO
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hegado à paróquia de Guidões em 2008, o padre José Ramos ficou “perplexo” com “o estado de degradação a que a Igreja tinha chegado”. “Esta Igreja é de uma grande monumentalidade, por fora e por dentro. E, infelizmente, o estado de degradação foi também monumental”, contou minutos antes de realizar a primeira eucaristia depois do grande restauro que obrigou ao encerramento da Igreja durante alguns meses. Se em 2008 lhe dissessem que a obra concretizada seria uma realidade em menos de uma década, dificilmente José Ramos acreditaria. Como contou, “a tentação foi deixar como estava e quem viesse atrás fechasse a porta”, mas a missão cumpriu-se graças “à grande generosidade do povo de Guidões”. “Quando assumi a paróquia, o que tínhamos no banco não chegava a 45 mil euros. Até agora, gastamos ao redor de 270 mil euros. Tudo foi fruto da generosidade dos guidoenses. Está realizado um sonho que eu duvidei PUB
o pároco, que na condução da eucaristia contou com a colaboração do cónego António Ferreira dos Santos. Em nove anos, foram gastos, segundo o sacerdote, “cerca de 270 mil euros” na conversão da residência paroquial em centro, com um salão para as diversas atividades da Igreja, e a requalificação e restauro exterior e interior da Igreja. A última parte, inaugurada no sábado, 11 de fevereiro, na eucaristia das 19.15 horas, obrigou a um esforço financeiro de “mais de 50 mil euros”. Também os elementos da Comissão de Fábrica estavam satisfeitos com a obra concretizada. “Temos o sentimento de missão cumprida. Estamos cansados, mas felizes”, confessou Ramiro Sousa, que também enalteceu a participação “empenhada” da população de Guidões. “Com a ajuda das pessoas conseguimos que muita coisa fosse feita sem gastar dinheiro, como levantar e raspar tacos, restaurar os bancos e fazer limpeza. Guidões tem um povo muito unido e prova disso também foram os fundos angariados através dos cortejos que se realizaram
Paróquia gastou mais de 50 mil euros em obras
na paróquia. Mesmo com dificuldades, o povo empenha-se”, salientou. O trabalho da Comissão de Fábrica também mereceu o agradecimento de José Ramos que, durante a eucaristia, entregou a cada elemento uma lembrança pela dedicação que demonstraram desde a chegada do pároco a Guidões. Recuperar peças artísticas para embelezar Igreja Quem entra na Igreja vê um cenário completamente diferente. A peça “mais rica” do templo, um “sanefão” que decora atualmente o arco da Igreja, estava partida e arrumada num canto da arrecadação. Como - indiferente a quem entra na Igreja. Foram também recuperados altares que estavam “num armazém” e, no teto, colocados as imagens dos quatro evangelistas. “Comigo, a nível de arte sacra, nada se perde, tudo se aproveita”, frisou o pároco que também descreveu, com orgulho, alguns dos objetos que podem ser apreciados num espaço museológico à frente da sacristia. “Temos exposto o sacrário que foi utilizado no altar-mor antes de
Igreja foi totalmente restaurada
este ser restaurado, assim como uns azulejos que estavam na frontaria da Igreja até às obras de requalificação. O pálio das exposições é feito de damasco e tem o nome de quem ofereceu, assim como a data, 1897. Temos também um castiçal de bronze que será, algures, de 1600, e castiçais e cruxifixos em talha dourada, que estavam aos pedaços e também os conseguimos restaurar”, explicou. O que falta? Depois de tamanha intervenção, a Comissão de Fábrica quer dar descanso à população antes de partir para uma nova missão. Segundo Ramiro Sousa, há “dois altares” que precisam de ser recuperados, numa intervenção que custa “mais de 20 mil euros”. Por seu lado, José Ramos tem “um grande sonho que gostaria de realizar antes de morrer”, que é “colocar vitrais na Igreja”, porque as típicas janelas existentes junto ao altar-mor vão deixar que a luz do sol desgaste a pintura e a talha dourada. “Dois vitrais coariam a luz”, argumentou José Ramos, que revelou que “continua a contar com a colaboração dos guidoenses”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
Atualidade
Bailarinas no International Theatre Dance Awards
Bailarinhas nomeadas para Ballet Clássico
Nove bailarinas, da Escola Passos de Dança, foram nomeadas para o Internacional Dance Theatre Awards, que se realiza este sábado e domingo, 18 e 19 de fevereiro, em Manchester, Inglaterra. PATRÍCIA PEREIRA
petir em Ballet Clássico. Leonor Serrano, Joana Carvalhal e Mariana Correia estão nomeadas no nível Grade, enquanto Ana Luís Gomes, Mariana Gomes, Anita Campos e Ana Josefina Campos estão no nível pré-profissional. Márcia Ferreira, responsável pela Passos de Dança, adiantou rganizado pela International que também “Clara Areal e Lara Dance Teachers Association (IDTA), Marques foram nomeadas, mas o International Theatre Dance não têm hipótese de ir” ao conAwards está dividido em quatro curso. Estas nomeações, contou, categorias - ballet clássico, teatro são feitas pelas “examinadoras musical, jazz e sapateado –, sen- que andam pelo mundo a avaliar do que em cada uma estarão em a passagem de grau das alunas”, competição “cerca de 80 atletas”. nomeando as bailarinas que conAs bailarinas trofenses vão com- sideram “de topo e de elite”. “As
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José Maria Moreira da Silva vai apresentar o livro “A história da criação do concelho da Trofa – contributos”, na Casa da Cultura, no sábado, 18 de fevereiro, a partir das 15.30 horas. A obra, que resultou da compilação de 30 crónicas que o cronista d’O Notícias da Trofa publicou no blogue “… E a Trofa é minha”, visa ajudar a eternizar o trabalho feito por trofenses que lutaram pela criação do concelho. Aos textos publicados no blogue, Moreira da Silva introduziu no livro outros dados históricos que considerou importantes para o conhecimento público. “Sei coisas que muita gente não sabe, como é óbvio, e que estão no livro. Algumas até vão ser altamente polémicas, principalmente os últimos episódios, porque falo de factos que os trofenses desconhecem, mas que se passaram. Concretamente, a escolha dos candidatos às primeiras eleições autárquicas, que criou cisões fortíssimas dentro de dois partidos, concretamente do PSD e do CDS-PP”, contou ao NT no dia do lançamento da obra, a 12 de novembro de 2016. O livro tem o custo de dez euros e as verbas revertem na totalidade para a Associação Muro de Abrigo. “Ao oferecer o livro ao blogue, os expectativas são sempre ótimas. responsáveis e fundadores decidiram dar a uma instituição e decidiAcho que é sempre uma expe- ram que fosse a Muro de Abrigo, que vai começar a construção da sua riência maravilhosa para elas. Só sede”, informou o autor. o facto de lá terem chegado, no O prefácio do livro é escrito por João Mendes, um dos fundadores meio de tantos candidatos, e se- do blogue “…E a Trofa é minha” e o posfácio tem a assinatura da prerem as únicas a representar Por- sidente da Muro de Abrigo, Fátima Silva. C.V. tugal, as expectativas são sempre grandes”, denotou. Márcia Ferreira mencionou que, “até hoje”, as bailarinas têm feito “um excelente trabalho”. E desde a distinção “Special Commendation” que Mariana Ribeiro receDepois do Coliseu de Lisboa, é a vez de o Coliseu do Porto receber Mibeu em Ballet Clássico, em 2013, guel 7 Estacas, esta sexta-feira, 17 de fevereiro, a partir das 21.30 hoa professora está “sempre espe- ras. O espetáculo “Fugir à Retina” marca o regresso aos palcos do hurançada que possam ganhar al- morista da Trofa, que contou com a solidariedade e apoio de muitos guma menção ou algum prémio” amigos do mundo da comédia, que compuseram dois cartazes de luxo. neste concurso. No Porto, o Coliseu vai receber Miguel 7 Estacas, Fernando Rocha, Aldo Lima, Óscar Branco, Nilton, Francisco Menezes e João Seabra. O título do espetáculo - “Fugir à Retina” - faz alusão ao período de recuperação que Miguel 7 Estacas atravessou depois de ter sofrido um grave acidente, em agosto de 2015, numa corrida de carrinhos de rolamentos, em Laúndos, Póvoa de Varzim. Os bilhetes para o espetáculo podem ser adquiridos em www.bol. pt. C.V.
Exposição de pintura retrata os Caminhos de Santiago
Exposição abriu portas no passado sábado
“Depois de tantas privações e sacrifícios entram finalmente na Galiza. Esta não é porém a última ceia, mas sim a primeira em que lhes é servido o polvo no típico prato galego de madeira. Há aqui uma ponte entre o medievo das cabeças de transporte de água e o futuro no astronauta com passagem pelos nossos dias (coca-cola, Marlboro, Red Bull), mos-
Livro sobre criação do concelho apresentado na Casa da Cultura
trando que o Caminho é intemNatural de Ovar, onde reside, poral”. Esta é a descrição do qua- António Carvalho inspirou-se “na dro de pintura intitulado “Depois obra do espanhol Chencho Pardo” do pão e da água, a primeira ceia”, para criar estes quadros, que “são integrado na exposição de Antó- apenas uma homenagem sincera e sentida de alguém que já percornio Carvalho. “Os Caminhos de Santiago, pelas reu alguns caminhos de dentro de estrelas até onde a terra encon- si e outros, que levam a Santiago e tra o mar” é o nome da exposição, um pouco mais longe, onde a terque está patente na Casa da Cultu- ra encontra o mar”. ra da Trofa até ao dia 4 de março. P.P.
Miguel 7 Estacas no Coliseu do Porto
Câmara organiza Passeio Sénior à Régua Para proporcionar um momento diferente a todos os seniores do concelho, a Câmara Municipal da Trofa está a organizar o Passeio Turístico Sénior à Régua, a 12 de abril. As inscrições decorrem de 14 a 24 de fevereiro, nos serviços de Ação Social no Fórum Trofa XXI e nas juntas de freguesia. A Câmara Municipal assegura o comboio gratuito a todos os participantes. A partida da Trofa está prevista para as 8.30 horas e a chegada às 18.30 horas. No momento da inscrição, os interessados devem ter uma fotocópia do Bilhete de Identidade ou do Cartão de Cidadão e uma fotocópia do cartão de eleitor ou do comprovativo de morada. A.M./C.V.
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16 FEVEREIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Correio do leitor
Fernando Dias esteve em Moçambique, no Ultramar
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Atualidade
“Se há destino, eu não estava destinado a morrer ali”
Homenagem ao Capitão Tomaz Ferreira
Fernando Dias ainda não tinha completado 22 anos quando foi mobilizado para Moçambique, em maio de 1972. Seguiram-se “27 meses e 10 dias” de experiência no Ultramar. Por ele, aguardava um quartel, em Nova Freixo, num pequeno aldeamento onde só existia um estabelecimento comercial. O impacto, à chegada, “foi grande”, admite, principalmente ao nível do clima. “O calor era muito seco, mais parecia que não tínhamos ar”, contou, em entrevista ao NT. CÁTIA VELOSO
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Conheci o Senhor Capitão Tomaz Ferreira no ano de 1973, quando me encontrava na Guiné-Bissau a cumprir Serviço Militar. Como tenho família em Santiago de Bougado, uma tia minha, amiga do Sr. Capitão, falou com ele e disse-lhe que tinha um sobrinho a cumprir o serviço militar na Guiné, onde ele também se encontrava. Depois de me dar a sua direcção trocamos várias vezes correspondência. Conheci-o pessoalmente num encontro que marcamos numa sua visita a Bissau. Vim de férias à Metrópole a 6 de Março de 1974 e durante esse período tombou em combate em Piche, o meu primo José Cunha, que se encontrava a cumprir serviço Militar precisamente no mesmo Quartel do Sr. Capitão. Lá se encontravam outros camaradas trofenses, entre os quais o nosso amigo Padre Alberto Vieira. Foi o Sr. Capitão que me deu a triste notícia e me contou a forma como tudo se passou, numa missiva que me enviou para Paradela de onde sou natural e onde me encontrava. No mês seguinte deu-se o 25 de Abril e acabou finalmente a Guerra Colonial. Fizemos testemunho da nossa amizade ao longo de vários anos em que nos fomos encontrando, especialmente em convívios de ex-combatentes. Tive o privilégio de o cumprimentar algumas vezes em Póvoa de Cotas, no Douro, de onde era natural e gostava frequentemente de regressar. Com ele e mais dois amigos fizemos em 2015 – um passeio ao Suajo, visitando terras e gentes do tempo em que lá prestou serviço na Guarda Fiscal. Aí, atestamos o altíssimo apreço em que aquelas populações o guardavam na memória. Mas a razão porque lhe ficarei eternamente grato, foi a sua presença amiga numa singela homenagem ao meu primo José Cunha, que consistiu no descerrar de uma placa, dando o seu nome a um pequeno largo em Paradela. Fez questão de ser sempre um de nós, próximo, solidário e especialmente presente. Até sempre Capitão Tomaz Ferreira. Manuel Pinto Muro, 12 de Fevereiro de 2017
a função como condutor, Fernando Dias colecionou histórias boas e más, como só o Ultramar pôde dar. Ainda hoje, Fernando Dias convive com consequências da guerra. Um “zumbido” nos ouvidos não o larga desde que uma mina rebentou mesmo por baixo de si, quando seguia num Unimog. Esse mesmo zumbido testemunha também um dos momentos mais difíceis que viveu em Moçambique. “Íamos uns nove em cima do Unimog e a mina rebentou precisamente do lado onde eu estava. O indivíduo que ia ao meu lado direito foi apanhado por uma chapa do Unimog que vergou com a explosão e lhe trespassou as pernas. Acabou por morrer devido ao derramamento de sangue e pela demora na chegada da ajuda médica. Eu fui projetado a uma elevada altura. Lembro-me de ver a copa das árvores”, contou. É devido a este episódio que Fernando Dias considera que “se há destino”, ele “não estava destinado a morrer” no Ultramar. É que o colega que morreu era carpinteiro e nunca saía do quartel. Por ironia, “naquele dia”, aqueles militares foram chamados para “animar uma festa de Natal noutro quartel” e “ele ia montar o palco”. Noutra ocasião, voltou a estar “ao lado da morte” quando o Unimog que conduzia virou numa subida íngreme. “O veículo não tinha travões nem a 3.ª velocidade. Tentei fazer a subida em 4.ª, mas não consegui. Tentei descer de marcha-atrás, mas ele ganhou muita velocidade e virou. A minha sorte foi que não capotou completamente”, lembrou. Um dos momentos que ficará para sempre marcado na memória de Fernando Dias, apesar de
Unimog onde seguia Fernando Dias, destruído pela mina
não o ter experienciado, foi quanE quando faltava comida, remedo uma Berliet foi apanhada por diava-se com qualquer coisa. Ferum conjunto de minas. “Uma colu- nando lembra que um dia, “enna saiu para buscar abastecimen- terraram feijão que estava cheio tos e depois, em determinada zona, de bichos para não o comer, mas era obrigada a fazer picagem para como não havia maneira de chedetetar minas, através de deteto- gar comida, houve que desenterres que se colocavam nos ouvidos. rá-lo, cozê-lo muito bem, tirar os As Berliet eram conhecidas como bichos e comê-lo”. Já noutras alturebenta-minas e os meus colegas, ras, graças aos caçadores que exisaproveitando que era um furriel a tiam no aldeamento, havia carne comandar a coluna, convenceram- “para o pequeno-almoço, almoço -no a não fazer a picagem. Só que e jantar”. “Uma vez, caçaram três em determinado local, uma mina ou quatro búfalos de uma vez e tirebentou no rodado da Berliet e vemos que comer a carne até que fez com que outras três, que esta- ela acabasse, porque não havia vam a meio, explodissem ao mes- maneira de a conservar”, referiu. mo tempo. Nós, que estávamos Fernando Dias regressou a casa no quartel a mais de dez quilóme- a 11 de julho de 1974, de uma extros, ouvimos o estrondo”, contou. periência que marca a história de O veículo transformou-se num Portugal. Para ele, de uma forautêntico monte de ferro e mais ma negativa, já que defende que de dez homens perderam a vida. a guerra do Ultramar “não teve As dificuldades vividas no Ul- razão de ser”. “Não valeu a pena. tramar aproximavam os militares Muita gente morreu e muitos oue a amizade foi do melhor que se tros ficaram afetados psicologicaconseguiu alcançar naquele pe- mente com o que viveram lá. Foi ríodo. Por isso, era natural que um processo muito mal conduziquando alguns não recebiam car- do desde o início, mas já sabemos tas da família, outros ficavam tris- que os interesses financeiros fates por eles. lam sempre mais alto”, frisou.
Fernando Dias esteve no Ultramar durante 27 meses e 10 dias
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Desporto
“Chapa três” no arranque da Fase de Manutenção O Clube Desportivo Trofense começou a Fase de Manutenção com o pé direito, ao vencer o Aliança da Gandra por 3-0. CÁTIA VELOSO
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equipa da Trofa, que apresentou um “onze” com algumas alterações face à saída de jogadores no mercado de inverno, chegou cedo a uma vantagem confortável. Aos quatro minutos, Diogo Firmino respondeu de cabeça ao cruzamento de Edú Silva, sem dar hipótese de defesa ao guardião Rica. Mesmo com o relvado em estado desfavorável, a formação trofense chegava com perigo à área adversária. Numa das incursões, Carter foi derrubado e o árbitro Marco Cruz assinalou grande penalidade. Na conversão, o avançado não desperdiçou, fazendo o 2-0, aos nove minutos. A ganhar, o Trofense permitiu a ascendência do adversário, permitindo que este explorasse o contra-ataque. Jorginho tentou a sorte, num remate forte à entrada da área, mas Kadú defendeu. O Aliança da Gandra protagonizou as primeiras jogadas de perigo da segunda parte, aproveitando lances de bola parada. Numa delas, Pilhas possibilitou a Kadú a defesa da tarde. O Trofense reequilibrou a par-
Equipa começou Fase de Manutenção a vencer
tida e André Viana chegou a cabecear para dentro da baliza, aos 64 minutos, mas o árbitro considerou que o jogador empurrou a bola com a mão. Dez minutos volvidos, o terceiro golo da equipa trofense surgiu, na sequência de uma grande penalidade convertida por Ricardo Fernandes, após uma falta sobre Alexandre. Com este resultado, o Trofense isola-se no 2.º lugar da série B da Fase de Manutenção do Campeonato de Portugal, com dez pontos, menos dois que o Felgueiras, pró-
ximo adversário, no domingo, 19 de fevereiro. Para Bruno Pereira, treinador do Trofense, a vitória “é inquestionável”. “Apesar de termos entrado muito bem no jogo, a verdade é que o facto de termos marcado cedo e pelo estado do relvado, acabamos por arriscar demais nas saídas de bola, permitindo ao Aliança da Gandra dispor de, pelo menos, duas situações de golo. Na segunda parte, corrigimos e fizemos o terceiro golo, que arrumou a questão”, frisou. Já Mário Rocha, técnico do
Aliança de Gandra, considerou que “dois erros” ditaram os golos do Trofense e a “intranquilidade” da equipa. “Na segunda parte”, continuou, “retificamos, mas voltamos a cometer um erro que resultou na grande penalidade e no 3-0”. Treinador do Trofense espera que não haja mais cortes no plantel Depois de falhado o objetivo de garantir presença na Fase de Subida, o Trofense tem agora a mis-
são de garantir a manutenção no Campeonato de Portugal. O treinador, Bruno Pereira, considera que a missão não é fácil e que as quatro equipas que transitaram da Série A para a B não podem ser desvalorizadas. “Ainda hoje (domingo), vimos o próprio Felgueiras a vencer por 1-0 o Ponte da Barca. Não se espera facilidades e os jogadores estão avisados para isso. Temos de olhar para cada adversário no sentido de procurar vencê-lo. Se a mensagem foi essa durante a Primeira Fase, só assim faz sentido continuar”, argumentou. E é por considerar que não são esperadas facilidades que o treinador tem “feito pela vida”, tentando que o plantel não sofra com mais saídas de jogadores influentes. Das que se confirmaram, duas ou três referiram-se a jogadores que fizeram, quase sempre, parte do “onze inicial” do Trofense. Bruno Pereira compreende que o clube passa por dificuldades, mas por outro lado argumenta que “não faz sentido” cortar despesas, “deixando os melhores sair”. “Podemos estar nesta fase com a mesma dignidade que estivemos na primeira”, acrescentou. E face ao estado do clube, Bruno Pereira nem sequer alimenta esperanças em ver o plantel reforçado até ao dia 22 de fevereiro.
Equipa sub-10 do CD Trofense: Competir para formar Depois do primeiro contacto com a modalidade, na Escola de Futebol Trofintas, os jogadores jovens transitam para o primeiro escalão competitivo do Clube Desportivo Trofense: os sub10. É nesta etapa que iniciam os processos para que, desportivamente, se tornem mais competentes a nível individual e coletivo, explicou ao NT o responsável pela equipa Ricardo Teixeira. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): Como está a correr a temporada? Ricardo Teixeira (RT): A temporada está a correr bem, visto que vemos os meninos a melhorar de dia para dia. Inicialmente, é sempre difícil, uma vez que estes meninos competem pela primeira vez. Com o trabalho que desenvolvemos tornámo-los mais competentes no jogo e naturalmente que a equipa apresenta cada vez mais competência. NT: Quais os objetivos na competição? RT: Nos Sub-10 queremos competir, jogar muitas partidas, descobrir o jogo e proporcionar momentos de enriquecimento indi-
vidual e coletivo. Para estes meninos é, como já referi, o primeiro contacto com o jogo competitivo, pois a equipa é formada com os nossos atletas oriundos da Escola de Futebol Trofintas. É uma fase de passagem de um contexto recreativo para um contexto bastante competitivo. NT: Quais as principais dificuldades neste escalão/competição? RT: A principal dificuldade neste escalão é a criação de hábitos em relação ao jogo, visto que é o seu primeiro contacto com o futebol de sete. Os meninos estão num processo de adaptação ao jogo e à competitividade. Quere-
Jogadores estão no primeiro escalão competitivo do CD Trofense
mos competir para formar. NT: Com que aptidões os atletas se capacitam neste escalão? RT: Sendo a primeira etapa competitiva, esperamos que ao
longo desta fase, os nossos meninos enriqueçam o seu reportório motor, fiquem mais ágeis, mais técnicos e mais competentes a jogar e que consigam jogar coletivamente. Nesta etapa, criamos as bases
para que os nossos meninos conciliem o futebol com a escola. Desde muito cedo que os habituámos a conciliar para que no futuro consigam ter condições de potenciar as duas áreas.
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Desporto
Juniores 2.ª Divisão distrital – série 4 Bougadense 3-1 M. Sangemil (2.º lugar, 38 pontos) Próxima jornada 18/02 às 15 horas Nogueirense-Bougadense Juvenis B 2.ª Divisão distrital – série 6 Bougadense 8-0 ARC Areias (5.º lugar, 35 pontos) Próxima jornada 19/02 às 10 horas Vilar Pinheiro-Bougadense Iniciados 2.ª Divisão distrital – série 5 Gondim-Maia 3-0 Bougadense (8.º lugar, 14 pontos) Próxima jornada 19/02 às 10 horas Bougadense-EF Macieira da Maia Infantis 2.ª Divisão distrital – série 3 Bougadense 0-2 Rio Ave (12.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada 18/02 às 15 horas Gondim-Maia-Bougadense Sub 10 Fut. 7 1.ª Divisão distrital – série 2 Oliv. Douro 3-1 Bougadense (4.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 18/02 Bougadense-Gondim-Maia
Clube Desportivo Trofense Juniores 1.ª Divisão distrital – série 2 Rebordosa AC 0-2 Trofense (3.º lugar, 42 pontos) Próxima jornada 18/02 às 15 horas Trofense-Amarante Juvenis A 1.º Divisão distrital – série 2
Sousense 2-1 Trofense (6.º lugar, 39 pontos) Próxima jornada 19/02 às 10 horas Trofense-S. Martinho Juvenis B 2.º Divisão distrital – série 6 Trofense 2-2 Infesta (7.º lugar, 32 pontos) Próxima jornada 19/02 às 10 horas EF Macieira da Maia-Trofense Iniciados A 1.º divisão distrital – série 2 Trofense 3-1 Folgosa da Maia (7.º lugar, 34 pontos) Próxima jornada 19/02 às 11 horas Aliados Lordelo-Trofense Iniciados B 2.º divisão distrital – série 2 Trofense 0-6 Boavista (8.º lugar, 13 pontos) Próxima jornada 26/02 SC Porto-Trofense Infantis 11 1.º Divisão distrital – série 2 Trofense 1-0 Freamunde (2.º lugar, 49 pontos) Próxima jornada 18/02 às 15 horas Sousense-Trofense Sub10 1.ª Divisão distrital Fut. 7 – série 2 FC Parada 3-4 Trofense (4.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 18/02 Trofense-Baltar
Futebol Clube S. Romão Juniores 2.ª Divisão distrital – série 4 S. Romão 1-12 Nogueirense (11.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 18/02 às 15 horas Castêlo da Maia-S. Romão
O Atlético Clube Bougadense deslocou-se à Maia para defrontar, em partida a contar para a 17.ª jornada da série 1 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, o Castêlo da Maia. No regresso à Trofa trouxeram um ponto, resultado do empate a uma bola. LILIANA OLIVEIRA/ CÁTIA VELOSO
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Atlético Clube Bougadense
Bougadense empatou na Maia
gostinho Lima, treinador da equipa de Santiago de Bougado, Bougadense empata a uma bola com o Castêlo da Maia sabia “que ia ser um jogo complicado” por se tratar “de um candidato ao título, com outros argu- desatenção defensiva do Castê- rito de grupo e o querer dar tudo” mentos financeiros”. Apesar disso, lo e estabeleceu a igualdade no foram os pontos fortes do Atlétio técnico considera que “na fase marcador. Agostinho Lima real- co Clube Bougadense, que, este inicial o jogo foi dividido”, mas um ça ainda “duas ou três situações” domingo, dia 19, pelas 15 horas, “mau alívio da defesa” da forma- que podiam ter dado a vitória ao defronta o Custóias. “Lutar semção de Santiago de Bougado, foi Bougadense, mas considera que pre em cada jogo como se fosse o aproveitado por Pedro, do Castê- “o resultado acaba por ser justo último” é o lema que a formação lo da Maia, para colocar em van- pela entrega da equipa adversá- de Santiago de Bougado interioritagem a equipa da casa. Na eta- ria”. Quanto à equipa de Bouga- za a cada partida. Até ao momenpa complementar, o Bougadense do, o técnico sublinha “a entrega to, o AC Bougadense soma 24 pon“tomou conta do jogo” e, ao mi- fantástica e uma postura muito tos, ocupando o 8.º lugar na tabenuto 61, Pontes aproveitou uma boa”. “A união da equipa, o espí- la classificativa.
“Lance duvidoso” dita derrota do Bougadense B “Um lance muito duvidoso” acabou por ditar a derrota da equipa B do Atlético Clube Bougadense, em Paços de Ferreira, frente ao Frazão, em jogo a contar para a 17.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. LILIANA OLIVEIRA/ CÁTIA VELOSO
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Resultados Departamento de Formação
ma grande penalidade ao Bougadense B deixa escapar pontos frente ao Frazão minuto 55, que José Manuel, técnico da equipa B do AC Bougadense, considera “duvidosa”, co- José Manuel que considera que “o por motivos profissionais”, tentou locou o Frazão à frente no marca- empate seria o mais justo”. Peran- “a pouco e pouco usar as suas ardor. “Uma grande penalidade que te “uma boa equipa”, o Bougaden- mas” e foi “conseguindo equilibrar não lembra a ninguém acabou por se, “muito limitado com lesões de o jogo, com muito sofrimento, esditar o resultado final”, afirmou atletas e com ausência de outros pírito de solidariedade e união da equipa”, descreveu o técnico da equipa B da formação de Santiago de Bougado. A derrota em Paços de Ferreira deixa a equipa B do Bougadense em 7.º lugar, com 22 pontos. Este sábado, dia 18, a equipa B do Bougadense recebe o Melres DC. A partida tem início às 15 horas. “Apesar do Melres estar abaixo de nós na classificação, vai ser um jogo difícil”, mas “esta semana penso que estaremos mais fortes e vamos lutar pelo resultado até ao fim”, finalizou José Manuel.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
Desporto
Seniores do CRB “É reconfortante ver e Covelas vencem cada vez mais atletas que querem aprender e evoluir” e disputam vice-liderança
Equipa está no 5º lugar da série 6 da segunda Divisão Distrital
Com um plantel de 27 jogadores, a equipa de juvenis do Atlético Clube Bougadense tenta ombrear com clubes com grande tradição na formação, estando atualmente no 5.º lugar da série 6 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. O NT entrevistou o treinador Paulo Pinto para perceber como tem corrido a época. CÁTIA VELOSO
nem certezas tínhamos se teríamos atletas suficientes e agora vemos uma formação a crescer com cerca de 130 atletas e que consegue lutar pelos lugares cimeiros. É um clube que ainda precisa de melhorar em muitos aspetos, mas é muito reconfortante ver cada vez mais atletas a quererem aprender e evoluir, juntando-se a nós no Atlético Clube Bougadense.
O Notícias da Trofa: Como está a correr a temporada? Paulo Pinto (PP): A temporada está a correr razoavelmente bem, tendo em conta que conseguimos estar na primeira parte da tabela classificativa, competindo com clubes que, embora sendo equipas B, têm grande tradição na formação, como por exemplo o Nogueirense, o Trofense, o Alfenense, o Aves e o Leça. Acredito que o Bougadense, continuando com este projeto do coordenador Jorge Almeida e da atual direção, tem grandes hipóteses de se alicerçar e cimentar como um bom clube formador. Eu encaro este projeto que me foi proposto pelo coordenador Jorge Almeida há cerca de 18 meses como um enorme desafio, pois quando começamos
NT: Quais os objetivos na competição? PP: Os objetivos na competição passam por conseguir aliar a evolução dos atletas com os resultados desportivos, embora isso seja uma tarefa dificílima, ainda mais num plantel como o nosso, em que temos 27 jogadores e todos os fins de semana só podemos escolher 18. Queremos ficar na primeira parte da tabela, tentando ombrear com esses clubes com outras condições e escolas de formação. NT: Quais as principais dificuldades neste escalão/competição? PP: A grande dificuldade neste escalão tem muito a ver com a idade/maturidade dos atletas, visto que abrange uma faixa
etária entre os 15 e 17 anos e outros interesses começam a “colidir” com a prática desportiva, levando ao desinteresse e, às vezes, ao abandono. Outro obstáculo são as notas escolares, que não sendo as melhores levam muitas vezes a castigos de deixarem o futebol. Na competição, tem a ver com aqueles clubes de maior nomeada que têm outras condições, nomeadamente muito mais tempo de treino. NT: Com que aptidões os atletas se capacitam neste escalão? PP: Este escalão é bastante complexo, porque está a meio do período de formação, com idades entre os 15 e os 17 anos. Existe uma grande diferença a nível de maturidade e conhecimento do jogo, ainda mais num plantel como o nosso onde temos uma grande decalagem a nível de conhecimento do jogo, porque temos muitos elementos que apesar de estarem no penúltimo escalão de formação, começaram este ano a competir a nível federado e muitos outros que começaram somente a época passada. Como costumo dizer, “uma coisa é jogar bem à bola, outra é jogar futebol”.
Uma goleada por 0-10 foi o resultado conseguido pela equipa de iniciados do Centro Recreativo de Bougado, na 19.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). A formação bougadense segue na 5.ª posição, com 40 pontos, e na próxima jornada defronta o Gondomar Futsal. Quem também triunfou foi a equipa de seniores do CR Bougado, diante do Novelense, por 7-2, em jogo a contar para a 17.ª jornada da série 2 da 1.ª Divisão da AFP, mantendo o 2.º lugar, com 34 pontos. No mesmo campeonato, o Grupo Desportivo Covelas bateu o Núcleo de Valongo por 4-2 e ascendeu ao 3.º posto, com 31 pontos. Na ronda que se segue, enquanto o CR Bougado viaja ao reduto das Escolas Arreigada, os covelenses defrontam o Novelense. No mesmo escalão, mas na 2.ª Divisão da AFP, o Futebol Clube S. Romão perdeu com o Teibas por 4-1. Com 17 jornadas realizadas, os romanenses continuam na cauda da tabela classificativa, com 14 pontos. O Vila Futsal é o próximo adversário. Em seniores femininos, o FC S. Romão foi derrotado pelo Citânia de Sanfins por 2-1, na 21.ª jor-
nada da 1.ª Divisão da AFP. Com três pontos, a equipa romanense mantém o último lugar e na próxima ronda defronta o Estrelas Rio Mau. Já as juniores da coletividade romanense, na 23.ª jornada do Campeonato Interdistrital, perderam 6-1 diante da Juventus Triana. Com 27 pontos, a equipa de S. Romão segue na 6.ª posição, com 27 pontos. O Novasemente é o próximo adversário. No escalão de juniores, na série 2 da 2.ª Divisão da AFP, o CR Bougado saiu derrotado do confronto com o Aliviada por 2-3. Os bougadenses ocupam o 9.º lugar, com 23 pontos, quando estão realizadas 20 jornadas. Na próxima, medem forças com o AD Penafiel. Na mesma coletividade, os juvenis perderam com o Miramar Império por 6-3, na 24.ª jornada da 1.ª Divisão da AFP, mantendo, porém, o 7.º posto, com 29 pontos. O Rio Ave é o adversário que se segue. Na série 2 da 2.ª Divisão da AFP de juvenis, o FC S. Romão foi derrotado pelo Vale do Ave por 1-6, na 20.ª jornada. Os romanenses continuam em último, com quatro pontos e na próxima ronda defrontam o Estrelas Susanenses. C.V.
Campeonato columbófilo começa a 26 de fevereiro Está quase a começar mais uma campanha de columbofilia na Trofa. A primeira prova, também, a contar para o campeonato concelhio realiza-se em Mora, a 26 de fevereiro, seguindo-se mais cinco. No total, o campeonato, que conta com a participação da Sociedade Columbófila Trofense e da Sociedade Columbófila e Ornitológica de S. Romão do Coronado é composto por duas provas de velocidade, duas de meio fundo e duas de fundo. A campanha columbófila da Trofa continua com mais provas, inseridas no calendário da Associação Columbófila do Distrito do Porto, prosseguindo até 25 de junho. C.V.
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16 FEVEREIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Desporto
Escolinha de Rugby destaca-se no Nacional de Sub-16 Pela primeira vez, a Escolinha de Rugby da Trofa recebeu um jogo do Campeonato Nacional Sub-16, no formato de 15 jogadores. CÁTIA VELOSO
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Escolinha de Rugby da Trofa, que joga em parceria com Guimarães Rugby Union Football Club, lidera a Série B do Campeonato Nacional de Sub-16 com um pleno de vitórias. A última foi conquistada no sábado, 11 de fevereiro, no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado, com um triunfo esclarecedor de 43-17 diante do Club Rugby Famalicão/Braga Rugby. O escalão de sub-16 foi criado esta época na Escolinha de Rugby da Trofa e pelos resultados obtidos já tem provas dadas da qualidade dos atletas do concelho. Três deles, Gonçalo Brás, José Mário Silva e Nuno Pinho, já foram, inclusive, chamados à Se-
Escolinha de Rugby participa no Campeonato Nacional Sub-16
leção Regional Norte que, segundo a treinadora e responsável pelo clube Daniela Vieira, “poderá abrir portas para, um dia, jogarem na Seleção Nacional”. Quanto ao Campeonato Nacional, a técnica considera que
“a experiência tem sido fantástica”. “Os nossos atletas jogam há três anos e têm crescido e evoluído, com toda a motivação e apoio para chegarem a este nível competitivo”, atestou. A Escolinha de Rugby da Trofa é
Respeito é a pedra basilar do jogo
um projeto integrado na associação sem fins lucrativos Polvilhar Alegrias e existe há três anos no concelho da Trofa, funcionando nas instalações do Atlético Clube Bougadense, no Parque de Jogos da Ribeira. Atualmente, alberga 54 crianças e jovens, dos seis aos 16 anos. E como projeto solidário, permite – graças ao apoio de voluntários e outras instituições - que os jovens pratiquem desporto gratuitamente, mas não só. “Intervimos em três áreas: educação, saúde e desporto. Diariamente, estamos abertos para dar os treinos, mas também para dar apoio escolar e alimentar. Possibilitamos ainda que jovens tenham acesso a consultas gratuitas. Tudo isto é conseguido graças a uma onda de apoio que permite a continuidade do projeto e de um grupo de voluntários que vêm cá e dão um bocadinho do seu tempo”, salientou Ricardo Costa, outros dos mentores da Escolinha de Rugby da Trofa. Todos os dias, das 17 às 20.30 horas, a Escolinha abre e permite que todos os jovens lanchem e possam ocupar o tempo livre depois da escola a estudar ou a
conviver. Com cinco escalões a treinar – sub-8, sub-10, sub-12, sub-14 e sub-16 –, a Escolinha de Rugby atingiu já uma envergadura considerável. O transporte dos atletas afigura-se como um dos principais obstáculos, pois, segundo Ricardo Costa, “tem sido difícil chegar às crianças das áreas limítrofes do concelho, como Guidões, S. Romão do Coronado e Covelas”. Por isso, “a lista de espera é grande” e preocupa os responsáveis do projeto, pois “esses miúdos estão privados da prática desportiva, porque não têm capacidade financeira”. Os apoios que possam surgir são por isso essenciais para que o projeto possa crescer. “Além do transporte, temos dificuldades ao nível das infraestruturas e da capacitação de treinadores. Neste momento, somos apenas três para cinco escalões. É nosso intuito alargar os escalões no próximo ano, mas isso só será possível se conseguirmos ter mais capacidade para o fazer”, salientou Ricardo Costa. “Respeito” é condição obrigatória para praticar rugby À primeira vista, o rugby pode ser visto como uma modalidade violenta, mas a verdade é que o respeito é a pedra basilar do jogo. “O rugby é um desporto de princípios e regras, onde o respeito é constante, não só pelos colegas de equipa como pelo adversário e árbitro”, explicou Daniela Vieira. Por isso, quando se começa a praticar a modalidade, a primeira fase passa por treinar “a motivação” e assimilar “os princípios e os valores”. “Um jovem, antes de entrar em campo, tem que ter disciplina e desportivismo, só depois é que vem a parte física, como a força e a velocidade”, sustentou.
Escola de Atletismo em Torneio de Triatlo Técnico Regional A Escola de Atletismo da Trofa esteve presente no Torneio de Triatlo Técnico Regional da Associação de Atletismo do Porto, a 11 e 12 de fevereiro, destinado aos escalões infantis, iniciados e juvenis. O torneio consistia nos 60 metros de barreiras/planos, salto em comprimento/altura e lançamento do peso. Os atletas infantis e iniciados
participaram, no dia 11, na Pista de Atletismo do Estádio Municipal da Póvoa de Varzim, onde se destacaram, em infantis femininas, Vânia Sousa (17.º lugar), Tatiana Soares (18.º lugar) e Mariana Costa (20.º lugar). Rúben Pinto obteve o 21.º lugar em infantis masculinos, Sofia Santos o 5.º lugar em iniciadas femininas e Ana Mota o 24.º lugar no mesmo escalão. Re-
alizaram-se também as provas de preparação, onde Sandra Sá (1.º lugar) e Ana Silva (2.º lugar) participaram na prova de 800 metros. Os atletas juvenis deslocaram-se, no dia 12 de fevereiro, à Pista de Atletismo do Complexo Desportivo de Lousada. Em juvenis femininas, Mónica Rodrigues conseguiu o 4.º lugar, Sandra Sá o 5.º lugar e Diana Rodrigues o 6.º lugar.
Miguel Miranda ficou em 10.º lugar em juvenis masculinos, Bernardo Carvalho em 14.º lugar, Tiago Miranda em 17.º lugar e André Oliveira em 18.º lugar do mesmo escalão.
vilhão da Vila do Coronado vai realizar-se a 25 de fevereiro, às 14.30 horas, no pavilhão da Escola EB 2/3 de São Romão do Coronado, na Trofa. São esperados 300 atletas para participarem no circuito Escola de Atletismo de atletismo em pavilhão, numa organiza torneio de atletismo iniciativa organizada pela Escola de pavilhão de Atletismo da Trofa, em parceria com a Associação de Atletismo O 3.º Torneio de Atletismo de Pa- do Porto. A.M./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 FEVEREIRO 2017
Desporto
António Neto participou na Meia Maratona de Caravela António Neto, atleta da Trifitro- as. O atleta trofense terminou em fa, participou na 2.ª Meia Marato- 39.º lugar na categoria de Veterana de Caravela, em Braga, onde nos M-60. A.M./C.V. estiveram presentes 1438 pesso-
Villa Zadones em destaque no Fafe Dog Show Ciro da Villa Zadones foi considerado o Melhor Rottweiler da Exposição, a 10.ª Fafe National Dog Show. O concurso realizou-se no sábado, 11 de fevereiro, e foi avaliado pelo juíz Bas Bosch (BE). Além de ser considerado o Melhor Rottweiler da Exposição, Ciro da Villa Zadones venceu a sua categoria. Também participou Icra da Villa Zadones, que venceu a categoria de classe cachorros, com a qualificação de Muito Bom. A Villa Zadones é um canil de Santiago de Bougado, que se dedica à criação seletiva de Rottweiler’s. P.P.
Rui Pedro Silva foi 2.º na Meia Maratona de Braga
Foram precisos 68 minutos e 32 segundos para o trofense Rui Pedro Silva, que corre pelo Sporting Clube de Portugal, terminar a 2.ª Meia Maratona de Braga Caravela Seguros. O atleta trofense terminou em 2.º lugar, seguido de José Moreira, do Sporting CP, com 67:49
minutos. O pódio masculino ficou toda a manhã. completo pelo queniano NicodeJá o pódio feminino foi constitumus Biwott, com 68:44 minutos. ído por Carla Salomé Rocha, em A competição, que se realizou 75:01 minutos, Doroteia Peixoto, no domingo, 12 de fevereiro, con- da equipa Amigos da Montanha, tou com a presença de muitos par- com 77:58 minutos, e Elisabete ticipantes que decidiram desafiar Lopes, do N A Taipas, com 80:11 a chuva que se fez sentir durante minutos. P.P.
Atualidade
Alunos da Secundária da Trofa no CERN em Bruxelas A turma 1203 da Escola Secundária da Trofa, no âmbito da disciplina de Física, esteve na Suíça, nos dias 5, 6 e 7 deste mês, numa viagem organizada pela professora Alice Campos, com a colaboração das professoras Maria Teresa Neiva e Elsa Carneiro, a fim de visitar, entre outros locais, algumas instalações do CERN. O primeiro dia foi preenchido com a visita a alguns espaços e monumentos da cidade de Bruxelas: lago Lemano, não muito longe do gigante jato de água que se en-
contra no lago; a catedral de Saint lha há vários anos, e orientou os Pierre; Museu da Cruz Vermelha alunos na visita ao primeiro acee o Parque dos Bastiões, com o lerador feito pelo CERN, seguindoMuro dos Reformadores, onde os -se o visionamento de um docualunos tiveram a oportunidade de mentário fantástico sobre a histójogar damas e xadrez com as pe- ria desta organização. A seguir, já ças gigantes aí existentes. em França, visitou-se o CMS, uma No segundo dia teve lugar a vi- das instalações do CERN, onde se sita ao “Microcosmos” e ao “Glo- encontra o Grande Acelerador de bo”, oportunidade para assistir a Hadrões. interessantes exposições interatiO último dia ficou marcado pela vas. Aqui José Carlos Silva, enge- visita ao Palácio das Nações Uninheiro eletrónico português que das, seguindo-se o regresso a Portrabalha no CERN, fez uma apre- tugal. Turma 1203 sentação do projeto onde traba-
Necrologia Ribeirão Joana Patrícia Ribeiro Campos Faleceu no dia 3 de fevereiro, com 26 anos Solteira S. Martinho de Bougado Luís Carlos Fernandes Faleceu no dia 6 de fevereiro, com 84 anos Casado com Lucinda Pimenta de Campos Fernandes Cármen Pereira das Neves Faleceu no dia 7 de fevereiro, com 84 anos Viúva de Marinho Monteiro da Mota Paulo Manuel Batista João Faleceu no dia 8 de fevereiro, com 43 anos Casado com Marlene Sofia da Costa Areal
Joaquim Gomes da Costa Faleceu no dia 9 de fevereiro, com 90 anos Casado com Maria Alice Rodrigues Coelho Manuel Ferreira de Azevedo Faleceu no dia 14 de fevereiro, com 81 anos Casado com Maria da Trindade da Silva Ferreira Manuel Artur da Silva Maia Faleceu no dia 14 de fevereiro, com 58 anos Divorciado Santo Tirso Carlos António Guimarães Cunha Faleceu no dia 14 de fevereiro, com 72 anos Casado com Maria Odete da Silva Nogueira Guimarães Cunha Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
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16 FEVEREIRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Agenda Dia 18 15 horas: Bougadense B – Melres DC Dia 19 15 horas: Bougadense – Custóias FC 15 horas: FC Felgueiras 1932 - Trofense
Farmácias Dia 16 Farmácia de Ribeirão Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Barreto Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia de Ribeirão Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 // 252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
Cartório Notarial na Trofa Dr.ª Alexandra Patrícia Lima Arriscado
Margarida Correia Pinto Notária
EXTRATO PARA JUSTIFICAÇÃO
AUTO DE POSSE
( NOTÁRIA em substituição )
Certifico, narrativamente , para efeitos de publicação, que, por escritura pública outorgada, no dia de hoje, nove de fevereiro de dois mil e dezassete, neste Cartório Notarial na Trofa , a cargo da Notária em substituição, Licenciada Alexandra Patrícia Lima Arriscado, sito na rua D.Pedro V, Ed.Munique, Bloco A, loja número 527, na cidade da Trofa, exarada a folhas sesenta e um e seguintes do Livro de Notas para Escrituras Diversas número CENTO E TREZE , compareceram como outorgantes: MANUEL DE CASTRO ARAÚJO , e mulher MARIA ALICE DE MAGALHÃES, casados sob o regime da comunhão de adquiridos , ele natural da freguesia de Cabeceiras de Basto, ela natural da extinta freguesia de Refojos de Basto, ambas do concelho de Cabeceiras de Basto, residentes na rua Senhora da Alegria , número 664 , na União das Freguesias de Alvarelhos e Guidões , concelho da Trofa , que declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: PRÉDIO URBANO, composto de terreno, com pequeno anexo, sito na rua da Alegria , número 664 (antigo lugar de Arrabalde), na União das freguesias de Alvarelhos e Guidões, concelho da Trofa, com a área total do terreno de trezentos e noventa metros quadrados, sendo desta um metro quadrado a sua área de implantação do edifício e a sua área bruta privativa, e trezentos e oitenta e nove metros quadrados a sua área descoberta, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Trofa, inscrito na matriz predial urbana, da dita união das freguesias, em nome do justificante marido, sob o artigo 2969.º, com o valor patrimonial atual e atribuído de dez mil,setecentos e sessenta e quatro euros e seis cêntimos. Que eles justificantes não dispõem de documentos, que lhes permitam proceder ao registo daquele prédio na Conservatória do Registo Predial, embora tenham entrado na sua posse e fruição , já no estado de casados , logo após a compra verbal que fizeram a Cândido Dias Moreira e mulher Maria Zilda de Jesus Oliveira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes que foram na Rua D. Maria Ferreira da Cruz , número 618 , da freguesia de Gueifães , concelho da Maia, no ano de mil, novecentos e noventa e cinco, ato que nunca foi reduzido a escritura pública. Que essa posse e fruição foram adquiridas e mantidas sem violência e exercidas sem interrupção, oposição ou ocultação de quem quer que fosse, de modo a serem conhecidas por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-las . Tal posse assim mantida e exercida, foi sempre no próprio nome e interesse deles justificantes e traduziu-se nos atos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio, procedendo à sua manutenção e limpeza, nomeadamente cultivando-o e plantando árvores de fruto , vinha, reparando o seu muro de vedação, tendo colocado um portão, cuja manutenção entretanto também vêm fazendo, à vista e com o conhecimento de toda a gente , sem oposição ou contestação de quem quer que seja. Essa posse, em nome próprio, pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, conduziu à sua aquisição por usucapião , que invocam, justificando, deste modo, o direito de propriedade plena, sobre o referido prédio urbano.Tais declarações foram confirmadas por três declarantes, devidamente identificados.Está conforme o original na parte transcrita.
Certifico narrativamente para efeitos de publicação que por escritura de hoje exarada de fls. , do livro de escrituras diversas n.º 187-G, deste cartório em Santo Tirso, a cargo da Notária, Lic. Margarida Maria Nunes Correia Pinto, foi lavrada uma escritura de justificação notarial em que foram justificantes: Maria Alice dos Santos Gonçalves da Costa, NIF 148 519 130 e marido Manuel Alberto Pereira da Costa, NIF 165 402 660, casados em comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia e concelho de Santo Tirso, ele da freguesia de S.Martinho do Bougado, concelho de Santo Tirso, residentes na Rua Bom Pastor, nº339,Trofa. Pelos justificantes foi dito que são atualmente e com exclusão de outrem, titulares do direito ao uso, na aplicação a que é destinado, de um terreno no cemitério Paroquial de São Martinho do Bougado, na freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa, composto por uma sepultura perpétua com o número sessenta e quatro, no quarto quarteirão. Que apesar de o direito se encontrar registado a favor do tio-avô da primeira outorgante , José Tinoco de Sá, este dou-lhes a respetiva sepultura em data que não se pode precisar, por volta de mil novecentos e oitenta e quatro, que apesar das buscas não se conseguiu localizar a escritura pública, passando a sepultura a ser da sua titularidade. Que os justificantes desde a data em que a mesma lhes foi doada, sempre tem estado na posse deles, providenciando na sua limpeza e manutenção, e sendo sempre mediante a sua autorização que as pessoas que a ocupam nela foram sendo sepultadas. Que outros melhores títulos não possuem para provar o seu direito de propriedade, mas na verdade desde a data da referida doação que estão posse da referida sepultura, pelo que pretendem justificar a sua aquisição por escritura de reatamento do trato sucessivo. ESTÁ CONFORME O ORIGINAL , O QUE CERTIFICO. Cartório Notarial de Margarida Correia Pinto Regueiro, 8 de fevereiro de dois mil e dezassete A Notária Margarida Correia Pinto
Cartório Notarial da Trofa da Notária em substituição, Alexandra Patrícia Lima Arriscado, aos nove de fevereiro de dois mil e dezassete. A Notária Alexandra Patricia Lima Arriscado Ficha Técnica
Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira (TP 2436) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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Atualidade
Vicentinos do Muro assinalam Dia Mundial do Doente A
eucaristia de sábado, 11 de fevereiro, na paróquia do Muro, foi diferente do habitual. Para assinalar o Dia Mundial do Doente, a Conferência S. Vicente de Paulo pediu a colaboração de vários grupos paroquiais e do pároco Rui Alves e organizou uma celebração no salão paroquial da freguesia. Depois da missa, seguiram-se um momento cultural, com o Grupo de Cavaquinhos do Muro, e um lanche-convívio. “Como em anos anteriores, promovemos esta atividade para que muitos dos doen-
tes saiam de casa, pelo menos uma vez no ano, para conviver, facilitando-lhes o transporte graças ao apoio da Muro de Abrigo através da cedência da carrinha adaptada. Muitos temeram pelo frio e não vieram e hoje até tem estado um bom dia”, afirmou a presidente da Conferência, Fátima Neves. O trabalho dos vicentinos do Muro “tem sido muito, mas invisível, tal como deve ser”, no apoio às famílias desfavorecidas, ao nível da medicação e cabazes alimentares de emergência, atendendo a outras “situações afliti-
Eucaristia realizou-se no salão paroquial do Muro
vas”, como o pagamento de rendas. “Qualquer dificuldade que seja detetada, atuamos ou encaminhamos para as instituições que têm resposta para cada caso”, frisou Fátima Neves. Na Páscoa e no Natal, a Conferência promove uma recolha de bens, na paróquia, para distribuir pelas famílias. “No último Natal, PUB
conseguimos que 21 famílias fossem contempladas com cabazes”, acrescentou. Quanto ao isolamento, Fátima Neves confirmou que “existem alguns casos” na freguesia, muitas vezes “provocado pela própria família”. “É um caminho que estamos a trilhar devagar, porque muitas pessoas retraem-se. No entan-
to, já verificamos alguma mudança de mentalidade”, atestou a presidente da Conferência Vicentina, que sabe da importância do contacto humano e social: “Nas épocas festivas fazemos uma visita aos doentes e levamos uma lembrança, mas só a nossa presença já faz muito bem à pessoa visitada”. C.V.