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Semanário | 16 de março de 2017 | Nº 614 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €
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Capotamento na EN104
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Três feridos em colisão violenta
Recorde de Galgos em S. Mamede
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Cinco automóveis Escola de Atletismo furtados, com campeões nacionais quatro Lançada primeira na mesma pedra para a sede noite da Muro de Abrigo //PÁG. 13
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
Atualidade Presidente da empresa Metro do Porto, Jorge Delgado, afirma:
Linha do Metro “não pode ser uma solução por decreto, só porque estava prometida”
Jorge Delgado colocou de parte, não só o metro, como a circulação de um transporte pesado na linha de comboio desativada no concelho da Trofa. CÁTIA VELOSO
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para o metro, que tinha uma freuma entrevista ao Público, quência muito mais baixa do que a o presidente da Metro do Porto linha do metro e que tinha uma ca, Jorge Delgado, reconheceu que pacidade de transporte mais redu“a empresa e o Estado têm uma zida. As coisas não são comparáobrigação” para com a população veis”, afirmou Jorge Delgado que, da Trofa após a desativação da li- a isto, acrescentou que “ao longo nha do comboio, em 2002. No en- dos tempos, independentementanto, descarta a possibilidade de -te da retirada ou não do comboio utilizar o canal para a rede do me- da linha da Trofa, a Estrada Naciotro ou de outro transporte pesado, nal 14 funcionou como eixo estrujustificando que “a procura iden- turante, chamou as pessoas para tificada leva a crer que não é uma essa via rodoviária e afastou-as da boa ideia”. “Não pode ser uma so- linha de comboio”. lução por decreto, só porque esA linha do metro não é uma solutava prometida. É preciso lem- ção ajustada na visão da empresa, brar que o comboio que existia ti- pelos “números associados a uma nha muito menos estações do que eventual procura”. Quanto ao núaquelas que estavam projetadas mero médio diário de utilizadores
Presidente Metro do Porto
do serviço alternativo de transporte, feito por autocarro até ao ISMAI, Jorge Delgado afirmou que é de “230” e, por isso, “não tem
Andante válido na Trofa
Vinte de março assinala o dia por exemplo, viajar no comboio em que o Andante será válido da Trofa até ao centro do Porto e nos comboios urbanos do Porto depois entrar no metro para ouaté à Trofa. Ficará assim concluí- tra zona daquela cidade fará parte do o processo de integração das do passado. Ou seja, com um mesnovas paragens e apeadeiros da mo cartão, os utilizadores do comCP no zonamento Andante: Trofa, boio, metro e autocarro terão um Portela, S. Romão do Coronado, só tarifário e as mesmas opções S. Frutuoso, Leandro e Travagem. de bilhética para viajar quer num, Para este alargamento foi cria- quer noutro transporte público. Recorde-se que o Andante só da a zona N18, que permite a ligação do Andante aos concelhos da poderia ser utilizado pelos utentes que viajavam no autocarro Trofa, Maia e Valongo. Para viajar entre o centro do que substitui o metro desde a esPorto e o centro da Trofa, o clien- tação de comboios até à estação te deve adquirir um título de via- do ISMAI. Este alargamento coingem Z6 (2,75 euros) ou uma assi- cidiu com a apresentação da nova natura mensal Z6 (assinatura nor- imagem do Andante, que desde 16 de janeiro tem novos cartões. mal – 66,90 euros). A partir de 20 de março, tirar Quem possuir cartões antigos, dois títulos de transporte para, pode substituí-los gratuitamen-
ro na linha é vista com bons olhos pelo presidente da Metro do Porto, que voltou a invocar a EN14: “As pessoas vão andar 500 metros para ir ter a um canal, quando estão junto à estrada onde estão bem, em termos de acessibilidades? E vamos ter os pontos de entrega naquelas estações? O autocarro não pode ter estações de 700 em 700 metros, ou de quilómetro a quilometro. Implica paragens mais regulares”. Ainda assim, Jorge Delgado atesta que “o canal continuará a ser algo que é preciso trabalhar”, anunciando que foi contratada “uma consultadoria” para “procurar soluções”, que estão a ser dauma escala que peça um trans- das a conhecer “à Câmara da Trofa”. “Queremos encontrar uma porte pesado”. Por isso, nem mesmo um cir- solução que seja consensual e do cuito de vaivém ção de autocar- agrado das pessoas”, asseverou.
te numa loja Andante ou agente novos cartões. A partir destas daPagaqui até 16 de julho, se for o tas, os cartões antigos deixarão cartão azul, e até 16 de janeiro de de ser válidos. 2018, no caso do Andante Gold. Os novos cartões Andante azuis Neste processo, as viagens também serão transferidas para os novos cartões. A partir destas datas, os cartões antigos deixarão de ser válidos. Os novos cartões Andante azuis têm prazo de validade de um ano, a partir da data de aquisição, enquanto o Andante Gold podem durar cinco anos. Quem possuir cartões antigos, pode substituí-los gratuitamente numa loja Andante ou agente Pagaqui até 16 de julho, se for o cartão azul, e até 16 de janeiro de 2018, no caso do Andante Gold. Neste processo, as viagens também serão transferidas para os
Previsão meteorológica de 16 a 22 de março
têm prazo de validade de um ano, a partir da data de aquisição, enquanto o Andante Gold podem durar cinco anos.
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16 MARÇO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Comunistas festejam 96 anos de partido e apontam baterias para as autárquicas D
esta vez, as comemorações de mais um aniversário do Partido Comunista Português feitas na Trofa realizaram-se em Guidões. O Restaurante Félix recebeu, na noite de sábado (11 de março), dezenas de militantes e simpatizantes do partido que comemora, em 2017, 96 anos de existência. O facto de se ter realizado em Guidões serviu para mostrar que o PCP “não está agarrado aos centralismos”, afirmou Paulo Queirós, elemento da estrutura concelhia. Este ano, nas conversas à mesa, além das lutas nacionais, discutiu-se o trabalho que terá de ser feito no concelho da Trofa para as eleições autárquicas. Segundo Paulo Queirós, “é objetivo do partido apresentar candidatos a todas as assembleias de freguesia” e para “breve” está o anúncio daqueles que encabeçarão as listas à Câmara Municipal e à Assembleia Muni-
cipal. “Já temos debatido os encabeçamentos e as propostas que pretendemos fazer nesse âmbito”, reiterou o comunista, que reconhece que as autárquicas assumem-se como “uma luta” na qual o PCP precisará “de todas as energias”. Como é apanágio, no convívio marcou presença uma figura do Comité Central do partido. João Pires renovou o compromisso do PCP nas lutas concelhias, principalmente na chegada do metro à Trofa. “Sempre que há reivindicações justas, estamos ao lado das populações e este projeto, mais do que prometido, é justo. É inaceitável que se continue a empurrar algo de que a população necessita”, afiançou, não deixando de referir que o PCP “é o único partido cujo trajeto tem a coerência que mais ninguém tem, pois o que defende na Trofa ou em qualquer lugar, defende igualmente na Assembleia da República”. C.V.
Comunistas vão apresentar candidatos às eleições “em breve”
JS da Trofa à conversa com Francisco Louçã “JS Trofa à conversa com Francis- Senhora das Dores e Dr. Lima Carco Louçã – uma visão sobre o Or- neiro, recebe, às 21 horas, a iniciaçamento de Estado” é a iniciativa tiva que vai juntar Francisco Louque a Juventude Socialista da Tro- çã e a JS numa conversa. Esta inifa está a preparar para a noite de ciativa está aberta à população. quinta-feira, 16 de março. O Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa A.M./C.V.
Senhora das Dores ainda não tem Comissão de Festas Todos os anos, no mês de agosto, são muitos os que se juntam para participar na maior romaria do concelho. A festa em honra de Nossa Senhora das Dores é um fator de atração de muitos visitantes à Trofa. Mas, para que esta se
concretize depende da existência de uma Comissão de Festas, algo que, até ao momento, ainda não está definido. “Era importante que não se deixasse de realizar as festas de Nossa Senhora das Dores ir abaixo nem se deixasse a or-
ganização para muito tarde, porque o tempo já vai começar a tornar-se escasso”, frisou o pároco Luciano Lagoa, que apela aos paroquianos dos vários lugares que se mobilizem na criação da Comissão de Festas. L.O./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
Atualidade
João Mendes
CRÓNICA
Sobre a Feira Anual da Trofa 2017
58 anos de Rancho Folclórico
Tal como há 58 anos, o Rancho Folclórico da Trofa atuou no palco da Feira Anual e, consigo, apresentou-se o Grupo de Danças e Cantares de Vale Domingos (Águeda) e o Rancho Folclórico Lavradeiras Parada de Gatim (Vila Verde).
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ratou-se do Festival de Aniversário do Rancho Folclórico da Trofa, que decorreu ao final da tarde do dia 5 de março, e que pretendia assinalar o 58.º aniversário desta coletividade, fundada a 2 de março de 1959. Seguiu-se um convívio mais intimista, onde direção, componentes e amigos se juntaram na sede para soprar as velas do bolo de aniversário. O presidente do Rancho Folclórico da Trofa, Fernando Jesus, fez um “balanço positivo” do momento que a associação atravessa, uma vez que conta “já com muitas saídas” agendadas, o que permitiu dinamizar o festival de aniversário, que “já se tinha organizado
há uns anos”. “Temos sido solicitados por vários grupos, mas não é possível ir a todos, o que nos leva a fazer escolhas e a optar por trazer bons grupos. Só assim é que a gente se organiza”, assegurou. Além de assinalar mais um aniversário, este festival foi dedicado a Marta Sá e ao marido Paulo Jeremias, que “são incansáveis” na organização dos festivais. “Todo o trabalho passa pelas mãos deles, desde a logística, os contactos e as análises dos grupos. Estou feliz por isso, porque eles têm feito um bom trabalho”, garantiu, deixando “uma palavra de apreço” à Marta Sá, “um dos seus braços direitos”, que não pôde estar presente no festival, em virtude de a sua “mãe ter adoecido e sido internada”. Atualmente, o Rancho Folclórico da Trofa conta com “cerca de 57 elementos, incluindo as crianças”. E em dia de aniversário, Fernando Jesus não podia deixar de “agradecer a todos os que os têm
apoiado nestes eventos e àqueles que os poderão vir a ajudar”. Rifas para angariar verbas
Neste momento, o Rancho Folclórico da Trofa está a proceder à venda de rifas, no valor de um euro, com o intuito de “angariar fundos”. “Ter dois festivais implica mais despesas e, por isso, pensamos em fazer um sorteio para ajudar”, explicou. O sorteio das rifas decorre a 29 de julho, durante o festival de folclore. Caso esteja interessado em adquirir rifas e assim ajudar a associação, pode contactar qualquer elemento da direção ou componente, que tem a tarefa de os vender. Vão ser sorteados cinco prémios: uma máquina de café, uma escova de cabelo elétrica, um edredão, uma carteira de senhora e uma caixa de vinho da marca “Cadão”.
Polícia
Quatro automóveis furtados numa noite Uma noite, quatro automóveis sa Senhora do Rosário, e um BMW do a conduzir sob o efeito do álcool. Cerca das 23 horas de 5 de furtados. Este é o balanço feito 392c, na Rua Monge Pedro. pela Guarda Nacional Republica- Um outro veículo, Fiat Scudo, foi março, na Rua Cónegos de Lanna, após as denúncias feitas para furtado na Rua de S. Mamede, en- dim, os militares aperceberamo desaparecimento de quatro ve- tre as 13 e as 14.30 horas do dia 6 -se que o condutor tinha desresículos entre as 18 horas de 8 mar- de março. peitado a sinalização de trânsito. ço e as 7 horas do dia seguinte, em Intercetado, o condutor foi sujeiSantiago e S. Martinho de BougaApanhado a conduzir to a teste de álcool, que registou uma taxa de 1,46 gramas por litro do. Foram furtados um Seat Ibiza, alcoolizado na Rua Infante D. Henrique, um Um homem de 35 anos foi detido de sangue. O homem foi notificaOpel Corsa, na Rua Américo Cam- pela Guarda Nacional Republica- do para comparecer em tribunal pos, um MiniCooper na Rua Nos- na da Trofa, depois de ser apanha- no dia seguinte.
Um governante local disse-me preita nesta altura do ano. um dia que a Feira Anual da Trofa Importa, portanto, que o cernão era o local apropriado para tame evolua. E essa evolução vêconcertos orientados para um pú- -se quer nas melhorias a nível de blico mais jovem. Discordei. Disse- estrutura, quer na diversificação -lhe que, no meu entendimento, da programação cultural oferemais do que apropriado, era uma cida aos visitantes, quer noutros forma de atrair os mais jovens que aspectos como as melhorias na não se identificam com desportos organização do estacionamento equestres, com a criação animal ou as condições proporcionadas ou com a agricultura, dando mais aos animais, que apesar de contivida ao evento, proporcionando nuarem confinados a espaços exímais negócio para os comercian- guos, como é apanágio neste tipo tes e, sobretudo, criando o hábito de eventos, viram também as conde por lá passarem todos os anos, dições em que são recebidos verialgo que poderá contribuir para o ficarem algumas melhorias. envolvimento dos mais novos, que Mas no meio de tantas evoluum dia terão a seu cargo a organi- ções, a meu ver, este certame perzação do evento. de apenas pela crueldade desnePoucos anos depois, eis-nos cessária e ultrapassada da garnuma edição em que, a inaugurar raiada, que tanto quanto sei nem o palco, actua um dos mais bem- tradição tem nesta terra. Vi alguns -sucedidos talentos da cena hip vídeos e imagens em que pessoas hop nacional, Jimmy P. Pena o re- cercam e imobilizam aquilo que cinto não ter enchido. Um concer- parece ser uma vitela adolescento destes, considerando o público- te, com pontapés e cuspidelas -alvo que tem, podia e/ou devia ter à mistura. Será que precisamos acontecido numa Sexta-feira, que deste triste espectáculo? A mim ao Sábado não há aulas. Em todo parece-me que não. A FAT é igualo caso, considerando o histórico, é mente grande sem maltratar anipreciso dar tempo à aposta para mais e a tendência, pelo menos a maturar. Uma aposta que de res- julgar pelos números mais recento já vem sendo habitual noutros tes do IGAC sobre as audiências certames de igual natureza nou- das touradas em Portugal, que tros pontos do país. Só perdeu caíram para metade entre 2008 pela demora. e 2016, parece seguir na direcção A Feira Anual da Trofa é O acon- da extinção deste tipo de práticas. tecimento de natureza profissio- Como me disse um sábio amigo, nal que acontece no nosso conce- “cheira sempre a medieval”. lho. Uma das maiores feiras agroNum evento virado para o futu-pecuárias do norte e mesmo do ro, este “cheiro a medieval” torpaís, a FAT tem vindo a conhe- na-se, para muitos, insuportável. cer evoluções muito positivas ao E como já afirmei, e repito, a FAT longo dos últimos anos, nomea- é igualmente grande sem maltradamente ao nível das estruturas, tar animais. E se este grande aconsendo exemplo disso a criação de tecimento está a evoluir tão pouma área de restauração/zona de sitivamente em quase todas as fumeiros no edifício onde habitu- vertentes, talvez esteja na hora almente encontramos o mercado de darmos o salto civilizacional e dos frescos, concentrando a zona abolirmos práticas retrógradas e de alimentação numa área abriga- cruéis. Estou certo e confiante de da da chuva, que está sempre à es- que lá chegaremos.
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16 MARÇO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Assembleia ratifica doação de terreno à Muro de Abrigo A Assembleia de Freguesia do Muro reuniu-se numa sessão extraordinária devido à necessidade de votar a retificação da doação de terreno na Urbanização do Campinho à Muro de Abrigo – Associação de Solidariedade Social do Muro. PATRÍCIA PEREIRA
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a sessão, que decorreu na noite de terça-feira, 14 de março, Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia, explicou que o terreno está registado na Muro de Abrigo, mas foi necessário “retirar” uma cláusula presente no contrato de “2009”, que mencionava que o terreno reverteria à Assembleia de Freguesia “se a construção do edifício e a realização das obras projetadas no terreno não fossem começadas dentro do prazo de cinco anos”. Com este novo documento retificativo, esta cláusula foi substituída por outra, que declara que “o imóvel apenas reverterá a favor da Junta de Freguesia do Muro, no caso da Muro de Abrigo se extinguir”. Além disso, a associação “não pode vender ou de qualquer modo transmitir gratuita ou onerosa o imóvel” e “só poderá hipotecar o imóvel ou onerá-
-lo por qualquer outra via com o expresso consentimento da Junta de Freguesia do Muro, deliberado através da ata da respetiva Assembleia de Freguesia”. A retificação da doação de terreno foi aprovada por unanimidade. Também por unanimidade foi aprovado o contrato interadministrativo de delegação de competências entre a Câmara Municipal da Trofa e a Junta de Freguesia do Muro para a empreitada de requalificação do espaço envolvente à Capela de S. Pantaleão. A intervenção contempla a ligação do recinto à Estrada Nacional 318 e a criação de um anfiteatro. Obras no S. Pantaleão prontas em maio A empreitada foi entregue à Engipúblicas – Obras Públicas, LDA, pelo valor de “cerca de 69 mil eu-
Assembleia retificou doação de terreno à Muro de Abrigo
ros”, com um prazo de execução de “150 dias”. Carlos Martins mencionou que a obra foi entregue “a 2 de janeiro para terminar em maio, mas o empreiteiro disse que terminava um bocado antes”. O investimento da obra, o projeto e a fiscalização são da responsabilidade da Câmara Munici-
pal da Trofa. Recorde-se que, aquando da inauguração da 2.ª fase desta empreitada, a 27 de julho de 2014, o presidente Carlos Martins, em nome da Junta de Freguesia do Muro, desafiou o executivo camarário a apontar uma data para a inauguração da 3.ª e última fase
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Atualidade
da obra de S. Pantaleão. Em resposta o presidente da Câmara Sérgio Humberto, comprometeu-se com a data de 2016. Chegou a apontar que as obras iriam iniciar antes da festa, que se realiza no local em agosto, mas depois anunciou que a intervenção deveria “arrancar depois”. Já na sessão ordinária da Assembleia de Freguesia, a 20 de setembro de 2016, Carlos Martins afirmou que a obra ainda não arrancou porque “o concurso foi mais complicado que o costume” e que o executivo da Junta de Freguesia esperava que ficasse pronta “na primavera, sensivelmente em março”. Mas nesta terça-feira, o autarca ressalvou que “a obra podia estar feita em 2016”, tal como a Câmara se tinha comprometido, “se a Junta quisesse”. “De facto, podia ter ficado pronta em dezembro do ano passado, mas achamos que seria melhor, mesmo até para fazer inauguração, como os dias estão maiores e para as pessoas irem”, salientou.
Muro de Abrigo lança 1.ª pedra do novo edifício O homem sonha, a obra nasce. A frase de Fernando Pessoa assenta que nem uma luva no momento que a associação Muro de Abrigo está a atravessar. PATRÍCIA PEREIRA/HERMANO MARTINS O 12.º aniversário da associação ficou marcado pela concretização de um importante passo no no sábado, 11 de março: o lançamento da primeira pedra do novo edifício, que deverá ser inaugurado “em finais de agosto, princípio de setembro”. Com este novo espaço, a Muro de Abrigo vai dispor de “um centro de dia para 30 idosos, com apoio domiciliário e assistência à comunidade”. “É uma boa prenda. Estou muito feliz, porque me senti envolvida na comunidade. Estou contente por este ato simbólico, que significa o arranque da nossa casa”, atestou Fátima Silva, presidente da associação Muro de Abrigo, que mencionou ainda que a nova infraestrutura vai dispor de “todas as condições que os idosos merecem e que já deveria ter sido
concretizado há muito tempo”. O novo edifício da Muro de Abrigo surgirá no lugar do Campinho e a empreitada “rondará os 200 mil euros”, já com os arruamentos. “A nossa maior ajuda é da Câmara Municipal, depois tínhamos um bocadinho de dinheiro em bolso, deste tempo que temos andado a angariar, e ainda vamos precisar de angariar cerca de 60 mil euros”, enumerou a presidente, destacando o “apoio financeiro” de “uma pessoa que tem dinheiro e lhes empresta, para não recorrerem à banca”, para que “não fiquem mal perante o empreiteiro”, e a quem Fátima Silva “agradece imensamente”. A presidente da associação afirmou que “o dinheiro” em falta tem que ser “angariado na comunidade”, através da “dinamização de iniciativas”, uma vez que de “grão a grão enche a galinha o papo”. “Nós vamos fazer um porta a porta. Apelo às pessoas do Muro para contribuírem e para nos ajudarem neste projeto que também é deles”, frisou.
O terreno foi cedido pela Junta de Freguesia do Muro
O terreno, onde vai surgir o novo edifício, foi cedido pela Junta de Freguesia do Muro. O presidente Carlos Martins explicou que este terreno “no PDM (Plano Diretor Municipal) estava para um gimnodesportivo, que nunca se ergueu, e, por isso, “quando a Muro de Abrigo pensou em construir”, a Junta de Freguesia “cedeu-o”. “Acho que está bem situado e é num sítio com densidade populacional, onde temos a Estrada Nacional e futura-
mente, teremos a estação do metro a 20 metros”, referiu. Jantar solidário e caminhada para angariar fundos E apesar de ter lançado a primeira pedra do novo edifício, a Muro de Abrigo continua a precisar da ajuda de todos. Por isso, na noite sábado, o Centro Paroquial do Muro foi palco de um jantar de aniversário solidário, enquanto na manhã de domingo decorreu uma
caminhada solidária com saída e chegada do lugar do Campinho. Esteja atento às próximas atividades de angariação de fundos da Muro de Abrigo e ajude a associação a angariar as verbas necessárias para a construção deste novo espaço. “A maior obra-prima do espírito humano é a solidariedade. Sê solidário connosco. Ajuda-nos a construir a nova casa, que um dia poderá ser também ser tua”, referiu.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
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Murense promete surpreender no Let’s Dance
Pela segunda vez, Bruna Marques conseguiu escapar à nomeação e continuar no programa Let’s Dance – Vamos Dançar, transmitido nas noites de sábado, na TVI. PATRÍCIA PEREIRA
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a última gala, a 11 de março, a bailarina trofense, residente no Muro, estava nomeada juntamente com Daniela. E para continuar a fazer parte do programa tinha que reunir o maior número de votos. E foi o que aconteceu, conseguiu 52 por cento dos votos, mantendo-se por mais duas semanas nesta competição. Na gala, Bruna apresentou um solo em Dança do Ventre e atuou, com o Ivanoel, um Lyrical. O presidente do júri, Cifrão, parabenizou-a pelo “brilhante solo”, considerando que a bailarina é “uma caixinha de surpresas”. “Eu quando acho que já te conheço e à tua forma de dançar, tu surpreendes-me com uma outra coisa”, Bruna Marques dançou um Lyrical com Ivanoel referiu. Mas esta gala ficou ainda mar- “acima de tudo, de evolução a ní- po é “muito unido”, tendo sido cada por uma surpresa. Os bai- vel profissional e pessoal”. “Pos- criados “laços muito bonitos logo larinos em competição do Let`s so dizer que foi um mês de adap- na primeira semana”. Bruna conDance - Vamos Dançar foram con- tação, com alguma pressão e ner- sidera que “esta amizade” é “funvidados por C4 Pedro, para atuar vosismo à mistura, mas foi um damental”, porque apesar desno seu concerto, no dia 7 de abril, bom mês. As minhas principais di- te programa ser “uma competino MEO Arena. Em declarações ao ficuldades são sem dúvida quan- ção”, os concorrentes estão para jornal O Notícias da Trofa, Bru- do tenho que dançar algo que “aprender e evoluir todos juntos”. na revelou que ficou “muito fe- não me é muito familiar”, revelou. “Todos eles têm apoiado a minha liz” com esta notícia, pois, para Para Bruna, enfrentar duas no- trajetória e são todos muito imsi, “significa muito poder pisar meações foi “desafiante” e “algo portantes para mim”, ressalvou. um dos melhores palcos com um que a tornou muito mais forte”, Relativamente ao facto de tecantor incrível”. “É algo maravi- porque estavam “constantemen- rem passado duas semanas “felhoso”, salientou. te a pô-la à prova e, a cada gala chados” numa Academia, a muQuanto à sua participação no que passava, tinha que mostrar rense afirma que esta foi “uma talent show, a murense assegu- que merecia estar no programa”, boa experiência” e “bastante inra que tem sido “uma experiência adiantou. teressante”, onde “aprendeu muiúnica e cheia de emoções”, mas, A bailarina destacou que o gru- to”. Os bailarinos acabaram por sair da Academia ao fim de duas semanas, devido às fracas audiências, segundo avançaram alguns meios nacionais. Para Bruna, estar na Academia ou fora tem “as suas coisas boas e más”. “Uma das coisas que, se calhar, resultavam mais dentro da casa era o foco que tínhamos, enquanto cá fora acabamos por não ter tanto, porque há mais coisas que podem distrair”, justificou. Na gala deste sábado, 18 de março, Bruna terá como par Daniel e vão dançar Jive. A bailarina garante que “as pessoas podem esperar coisas novas e diferentes” na sua participação, pois leva isto como “um desafio com a intenção de evoluir cada vez mais”.
Tem dúvidas sobre as novas regras de atendimento prioritário? A DECO esclarece. Entrou em vigor um diploma com novas regras relativas ao atendimento prioritário. Estas regras são aplicáveis a todas as entidades públicas e privadas, com exceção dos prestadores de cuidados de saúde, como hospitais, cuja ordem de atendimento seja fixada em função da avaliação clínica; das conservatórias ou outras entidades de registo quando a prioridade possa conceder algum benefício em detrimento de direitos já atribuídos e, ainda, nas situações em que o atendimento presencial se encontre dependente de marcação prévia. De acordo com este novo regime têm, assim, prioridade as pessoas com deficiência ou incapacidade igual ou superior a 60%, comprovada por atestado multiusos; com idade igual ou superior a 65 anos e que apresentem evidentes limitações físicas ou psicológicas; pessoas acompanhadas de crianças até aos 2 anos de idade e ainda as grávidas. Alertamos, contudo, que caso na mesma fila se encontrem várias pessoas com prioridade, o atendimento será realizado por ordem de chegada. Se estas regras não forem cumpridas, os consumidores poderão apresentar queixa junto do Instituto Nacional para a Reabilitação ou da entidade reguladora e/ou fiscalizadora do sector de que faz parte a entidade infratora, tendo também a possibilidade de solicitar a presença de uma autoridade policial. Quem não prestar atendimento prioritário de acordo com este diploma, incorre na prática de uma contraordenação, punível com coima. Mariana Almeida, jurista da DECO Para mais informações dirija-se à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, Delegação Regional do Norte - Rua da Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050-610 Porto ou através do e-mail deco.norte@deco.pt
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16 MARÇO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Crónica
Literária mente
Plano Municipal de Emergência da Trofa aprovado
César Alves
A geração da gratificação instantânea Visitando várias escolas do país, a construir, a solidificar. O sucesso no contexto da minha palestra exige tempo para que seja alcan“Onde está a caixa?”, conheço jo- çado. A própria felicidade também. vens diferentes, de muitos contex- As coisas não nos caem na cabetos. No entanto, há coisas, situa- ça do nada, não basta sentarmoções, que unem a maioria deles e -nos, apenas, e esperar. Temos de que, no fundo, me unem também ir à procura, de recuperar a curioa eles. E uma dessas situações é sidade daqueles que tornaram o algo que exploro, quando lhes falo. mundo que temos possível. Somos todos parte daquilo que Assim, deixo esse repto. Aos é a geração da gratificação ins- meus colegas de geração e àquele tantânea. A expressão pode pa- que, de uma forma ou de outra, se recer estranha e complicada mas, sentem afetados por esta espécie na verdade, é bastante simples de de “víruas da inércia”. Sejam curioperceber. sos, sedentos de conhecimento, A geração dos finais dos anos com capacidade para criar, para noventa e inícios do século vin- sonhar e para mudar de rumo se o te nasce numa fase de mudança nosso falhar. Afinal, a sorte aconprofunda na sociedade, sobretu- tece quando a preparação encondo pelos avanços tecnológicos. tra a oportunidade. Os aparelhos eletrónicos cresceLivro da Quinzena: A Doença, ram connosco, até que nos habi- a morte e o sofrimento entram tuaram a viver com eles. Hoje, al- num bar, Ricardo Araújo Pereira. guém que não esteja ligado à inter- Da autoria daquele que é consinet, ou às redes sociais, é como se derado, por muitos, como o menão existisse. lhor humorista português da atuaUm dos maiores propósitos da lidade, este livro, uma “espécie de tecnologia é facilitar a nossa vida. manual de escrita humorística”, é E ninguém pode negar que o fez. um exercício reflexivo sobre o huNo entanto… até que ponto é que mor, as suas origens, os seus liminos tornou melhores ou piores tes. Para os fãs do autor, como eu, pessoas? é, além disso, um exercício de naHoje, fazemos amizades atra- vegação por uma das mentes mais vés de dois cliques. Emitimos opi- pensadoras do nosso tempo. Riniões através de likes ou construí- cardo é, além de humorista, um mos pensamentos baseados em tí- pensador, um filósofo. E muito tetulos sensacionalistas e comentá- mos a aprender com o seu exemrios em notícias nas redes sociais. É plo de busca pelo conhecimento. tudo instantâneo, imediato e fácil. Não só vamos refletir sobre o huE quando enfrentamos proble- mor, como sobre a vida em geral, mas, a frustração é a dobrar, com- sobre a nossa distância perante parativamente àquela que os nos- o sofrimento ou as adversidades sos pais, a título de exemplo, sen- e de que forma podemos usar a tiam. piada, ou a sátira, para fugirmos Aquilo que esta geração, a mi- da espiral negativa. Absolutamennha geração, tem que compreen- te recomendado! der, é que algumas coisas levam Literariamente, estamos contempo. As relações levam tempo versados.
Comissão Municipal da Proteção Civil aprovou o Plano Municipal de Emergência a 1 de Março
O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC) da Trofa foi aprovado, no Dia Internacional da Proteção Civil, 1 de março, pela Comissão Municipal de Proteção Civil da Trofa e já foi entregue à Autoridade Nacional de Proteção Civil, para, posteriormente, ser remetido para aprovação pela Comissão Nacional de Proteção Civil. LILIANA OLIVEIRA/ CÁTIAVELOSO
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ste foi o primeiro Plano Municipal de Emergência do distrito do Porto a ser elaborado ao abrigo dos planos de 3.ª geração e a ser entregue à autoridade competente. O PMEPC obedece a uma estru-
A Comissão Municipal de Protura tipo estabelecida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil teção Civil da Trofa reuniu a 24 (ANPC), de acordo com a Resolu- de novembro de 2016 para apreção n.º 30/2015, e define as prin- sentar o PMEPC, de acordo com cipais orientações no que diz res- a 3.ª geração, que foi aprovado peito ao modo de comando e atu- por unanimidade. Já tinha haviação dos vários meios, entidades do uma tentativa de atualização, e serviços relativamente ao seu em 2015, tendo surgido uma verenvolvimento e participação em são preliminar, nos planos de 2.ª operações de Proteção Civil, de geração, que rapidamente desaforma a minimizar as perdas de tualizou devido à alteração legisvidas e dos prejuízos materiais e lativa, em meados desse ano, que de assegurar, no mais curto espa- incluiu os planos de 3.ª geração. Antes de ser entregue à Autoriço de tempo, o restabelecimento dade Nacional de Proteção Civil, da normalidade. Aprovado pela primeira vez em o documento passou por um pe2002, de acordo com os planos ríodo de consulta pública, para de 1.ª geração, o Plano Municipal permitir a participação de todos. de Emergência de Proteção Civil Sem nenhuma sugestão a registar, da Trofa nunca havia sido revis- a Comissão Municipal entendeu to, apesar de a lei exigir a revisão manter na íntegra a versão subnum prazo máximo de cinco anos. metida a consulta pública.
Santeiros e Arte Sacra protagonizam encontro Manter a tradição, reconhecer o trabalho dos Santeiros e aprofundar conhecimentos sobre a Arte Sacra do Vale do Coronado são os objetivos do primeiro encontro “O Centro de Produção de Arte Sacra do Vale do Coronado”, que tem lugar na Quinta do Comendador, em São Mamede do Coronado, este sábado, 18 de março, entre as 9 e as 18 horas. O evento vai contar com a presença da Direção Regional de Cultura do Norte, investigadores e professores universitários, do Ser-
viço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima e dos Santeiros Manuel Santos e Boaventura Matos, que vão aprofundar os temas envoltos da Arte Sacra e toda a imaginária religiosa no século XX. “A imaginária em Portugal na Idade Média e no Barroco”, “A imagem da Nossa Senhora do Rosário de Fátima”, “A tradição da imaginária religiosa em São Mamede do Coronado” e “A inscrição do saber fazer dos santeiros de São Mamede do Coronado no Inventário Nacional de Património Cul-
tural Imaterial” serão alguns dos temas que, ao longo do dia, vão ser aprofundados. No final, está programada uma visita às oficinas de Manuel Santos e Boaventura Matos, Santeiros da terra. Com o intuito de aprofundar conhecimentos sobre os artistas e Santeiros, este encontro vai também permitir salvaguardar uma herança cultural que, ao longo do tempo, se desenvolveu no Vale do Coronado. L.O./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
Atualidade
Jornalista foi ler à escola Jornal O Notícias da Trofa e TrofaTv participaram na Semana da Leitura da Trofa, nas escolas do Paranho e de Bairros.
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ra uma vez um menino de cara tão redonda como a Lua que se apercebeu que as estrelas brilhantes estavam a desaparecer. Inconformado, decidiu engendrar um plano e agir para devolver o brilho ao céu. Este é um pequeno resumo da história “O princípio de todas as coisas”, que a jornalista Cátia Veloso escolheu para ler nas escolas do Paranho e de Bairros na Semana da Leitura. A obra, escrita por Marlene Ferraz e vencedora do Concurso Literário da Trofa em 2007, abriu uma janela para o imaginário dos alunos do 3.º ano e marcou a participação do jornal O Notícias da Trofa e da TrofaTv num momento do ano letivo sempre muito aguardado pelas crianças, não só porque interrompe o normal decurso das aulas como também permite que as portas das escolas se abram a
toda a comunidade. Bárbara Pinto, aluna do 3.º ano da Escola Básica (EB) do Paranho e apreciadora de livros de “aventura, poemas e banda desenhada”, admitiu gostar da Semana da Leitura pelo facto de “poder ter na escola pessoas a ler histórias”. Por seu lado, João Charraz, do 3.º ano da EB de Bairros, apontou para a oportunidade de “ver livros que não conhecia”, como a do menino que consertou as estrelas. A professora da turma de Bairros, Arlete Campos, reconhece que “o facto de vir alguém da família é outro fator de motivação” para as crianças. “Alguns pais gostariam de vir, mas não podem, porque a iniciativa decorre durante a semana, mas aqueles que podem têm participado todos os anos”, asseverou. A Semana da Leitura é, para a docente, “uma forma de desper-
Meninos de Bairros também participaram na leitura
tar o gosto por ler”, numa altura em que já têm “alguns hábitos”, como o de “requisitar livros na biblioteca”. Já Fátima Campos, professora do 3.º ano da EB do Paranho, admite que a leitura “desenvolve muito a criatividade das crianças”, ao
Alunos do 3º ano do mParanho receberam jornalista na biblioteca
nível da compreensão das “personagens, dos locais de ação e do desenrolar das histórias”, assim como “melhora a escrita, pois contribui para a diminuição dos erros ortográficos”. Elza Coelho é professora bibliotecária da EB do Paranho e reconhece que “há uma grande colaboração por parte dos encarregados de educação”. Esta “dinâmica”, acrescentou, faz desta iniciativa “uma referência junto da comunidade escolar”. Este ano, o tema da Semana da Leitura é “Prazer de ler”, que nas escolas do concelho da Trofa está a ser aflorado com várias iniciativas, desde encontros com escritores, feiras do livro, dramatizações e partilha de leituras. A Semana da Leitura, promovida pela autarquia e pelos Agrupamentos de escolas do concelho, decorre até 18 de março. E se o menino eletricista
das estrelas fosse a Bairros, consertaria as lâmpadas dos quadros interativos? E nos mundos imaginários que se descobrem cada vez que se abre um livro, por vezes, dava jeito que o objeto da ficção se transpusesse para a realidade. Ao ouvir a história do menino que consertou a luz das estrelas, Arlete Campos considerou-a “muito propositada”, uma vez que na Escola de Bairros se espera “há mais de um ano para que as lâmpadas de dois quadros interativos sejam reparadas”. “É um recurso, fruto de um grande investimento feito pela Associação de Pais, que está a ser muito pouco aproveitado. É uma pena porque é muito útil, mesmo na questão da leitura, quando há dúvidas que os meninos têm, este quadro permite-nos fazer uma busca rápida na internet, para além ter de muitas outras funcionalidades. Pode ser que o menino que conserta lâmpadas um dia passe por cá”, vaticinou.
Filipe Pinto regressa para apresentar o seu Planeta Limpo “O Planeta Limpo do Filipe Pinto” fez uma nova passagem pelo concelho da Trofa, a 10 de março. PATRÍCIA PEREIRA Desta vez, o cantautor Filipe Pinto, vencedor do concurso Ídolos em 2010, esteve com os alunos das escolas básicas e jardins de infância de Feira Nova, Vila, Querelêdo, Portela, Fonteleite, Cerro 1 e 2, Bairros, Lagoa, Giesta, Esprela e Cedões e utentes da ASCOR (Associação de Solidariedade Social do Coronado). Segundo o cantautor, o projeto “O Planeta Limpo do Filipe Pinto” tem como objetivos “transmitir aos mais pequenos a responsa-
bilidade e atenção aos problemas ambientais atuais”. “Distinguirem as diferenças entre as boas e más ações e advertir as últimas. Através da música pretendemos chegar de forma lúdica ao coração e ao seu pensamento. O teatro musical é o espetáculo que complementa estas mensagens e que tem tido bastante adesão quer dos meninos quer dos pais ou encarregados de educação”, completou. O projeto resulta de “uma parceria” entre o cantautor e a empresa Betweien - especialista na criação e desenvolvimento de conteúdos educativos - , e surgiu em virtude da sua formação académica em Engenharia Florestal. “Além
das canções que estava a compor ao ukelele, queria algo que completasse a mensagem da pedagogia ambiental. E assim surgiu um livro, um jogo, um CD e um DVD, que neste momento já contactou mais de 50 mil crianças”, avançou. O Planeta Limpo do Filipe Pinto pretende, desta forma, chegar até aos mais novos e sensibilizar a população em geral para as questões ambientais, percorrendo todo o país. “Este é um dos projetos que começam a existir, mas posso ficar mais satisfeito pelo feedback que vamos tendo do contacto que vamos fazendo nas escolas”, referiu.
Alunos alertados para os problemas ambientais atuais
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16 MARÇO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade Apoio ao estudo e acompanhamento psicopedagógico
Centro de Estudos Saber+ junto à Escola Secundária A
briu recentemente bem perto da Escola Secundária da Trofa, na Rua António Augusto Pires de Lima, e garante um serviço de excelência no acompanhamento ao estudo e orientação vocacional de crianças e jovens. O Centro de Estudos Saber+ funciona todos os dias da semana das 10 às 19.30 horas e aos sábados de manhã, mas não se limita ao clássico modelo de explicações individuais ou em grupo. Filipa Silva, licenciada em Química, e Mário Torres, com mestrado em Psicologia Clínica, decidiram fazer diferente e pôr no terreno um projeto que coloca em foco, não só o sucesso profissional das
crianças e jovens, como também um crescimento social sustentado, prestando-lhe um acompanhamento focalizado e alicerçado na interligação com os pais e demais agentes educativos. Por isso, além do apoio ao estudo, o Saber+ tem à disposição o serviço de psicologia, com o apoio do especialista em psicologia escolar Jorge Humberto Costa. Com vários anos de experiência no ramo, o psicólogo traça um perfil de funcionalidade de cada aluno, identificando potencialidades e lacunas para desencadear uma estratégia de ação que passa por um trabalho colaborativo com os encarregados de educação e pro-
fessores. O objetivo é despistar a existência de défices cognitivos ou de concentração ou motivação escolar, para depois promover o sucesso educativo da criança ou jovem. Também os picos de ansiedade em vésperas de testes ou decorrente da mudança de rotinas escolares são usuais e têm, igualmente, solução com a intervenção do psicólogo.E é nesse âmbito que se justifica mais um serviço do Centro de Estudos Saber+: a realização de formações e ações de sensibilização, para abordar problemáticas presentes no ensino e apresentar estratégias e métodos de estudo, contribuindo para a arte de educar. Com o Centro de Estudos Saber+, os alunos não se limitam a fazer trabalhos de casa e a estudar para os testes, pois como também aprendem a construir o seu futuro. O espaço, munido de todas as condições estruturais para o bom acompanhamento das crianças e jovens, disponibiliza um serviço de apoio ao estudo do 1.º ao 12.º ano de escolaridade e de algumas disciplinas académicas, assegurado
por Filipa Silva, que conta já com tro de Estudos, Filipa Silva, através do número de telemóvel 933 uma vasta experiência no ramo. Para mais informações, pode 711 095 ou do email filipasousacontactar a responsável pelo Cen- silva@hotmail.com.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
Atualidade
Escritor incentiva alunos a pensarem diferente “Senti desde cedo que o mundo estava formatado para formatar”. A mensagem faz parte da palestra “Onde está a caixa?”, dinamizada pelo escritor César Alves. PATRÍCIA PEREIRA
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o âmbito da Semana da Leitura, jovem escritor trofense andou pelas várias escolas do concelho a apresentar o seu livro “Nevoeiro”. Depois de no dia 13 de março ter estado na EB 2/3 de Alvarelhos e, no dia seguinte, na Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, César Alves regressou à Escola Secundária da Trofa, nesta quarta-feira, 15 de março, onde foi aluno durante seis anos. Em declarações ao jornal O Notícias da Trofa, o escritor trofense denotou que esta palestra incide, “sobretudo”, numa “reflexão sobre o impacto (negativo) da tecnologia nos jovens, sobre a sua
Mais de cem alunos presentes na palestra
geração e aquilo que ela pode ram à espera que alguém lhes ve numa escola de Freamunfazer no futuro, fazendo sempre fosse dizer que as coisas não de, onde participaram “cerca de a ponte com a leitura e a escrita, são sempre ‘como devem ser’”. 180 pessoas numa só palestra”. incentivando a que esses hábi- “A grande maioria faz-me sentir E, por isso, foi a que teve “maior” tos cresçam”. isso, que querem inovar, pensar afluência “até agora”. Na sessão César Alves tem tido uma “rea- de forma diferente, mas só pre- da Escola Secundária da Trofa esção muito boa” por parte dos jo- cisam de um incentivo”, denotou. tiveram “mais de cem”, o que, em vens, que parecem que “estiveEm janeiro, o trofense este- termos de participação, é “mui-
Trofense expõe ilustrações publicadas em livros Formou-se em arquitetura na Universidade do Porto, em 2011, e conciliou sempre o ballet clássico com os estudos. Trabalhou na área de formação durante dois anos, mas depressa descobriu que não era por aí o seu caminho. Atualmente, Ana Oliveira vive no Porto e dá aulas de ballet na Trofa e em Vila Nova de Famalicão. A participação em exposições coletivas e individuais abriram a porta para um convite que havia de surgir em julho de 2016. A Editora Alfarroba desafiou-a a ilustrar um livro e, desde então, a trofense não tem parado. “Anjo Menino” marca a estreia da trofense na ilustração para uma editora. Seguiram-se “Zarina, a menina dos Pés de Oiro”, “Salticos”, “História do Gato que queria conhecer o mar” e “Um coração XXL”. Esta última obra, da autoria de Elsa Almeida, que foi professora na Escola Básica 2/3 Napoleão Sousa Marques, foi apresentada no sábado, 11 de março, na Casa da Cultura, momento em que também foi inaugurada a exposição “Ana Oliveira: Obra Publicada”, que apresenta algumas ilustrações publica-
Trofense expõe ilustrações que foram publicadas em livros
das em livro pela Editora Alfarroba e todas as ilustrações originais do livro de Elsa Almeida. Entre ilustrações, maioritariamente “direcionadas para o público infantil/juvenil”, feitas em aguarela, focadas nas personagens e nas emoções que transmitem emoções, técnica mista, combinando a aguarela com processos digitais e o lápis de grafite com ilustração digital, são várias as obras que a trofense fez questão de partilhar com a sua cidade natal. Em “Um coração XXL” a ilustradora usou duas técnicas. Em 2013,
altura em que surgiu a obra, recorreu a caneta e aguarela, já este ano, momento em que a obra foi publicada, Ana “já não se revia na imagem das primeiras” e redesenhou com aguarela sobre papel, com detalhes a grafites. Com “uma liberdade de registo gráfico muito grande desde o início”, a artista tentou “sempre explorar uma técnica diferente em cada livro”. “Acredito que cada história tem uma forma especial de ser ilustrada”, completou a ilustradora trofense.
to maior que no ano passado”. “Eles realmente interessam-se por esta perspetiva e querem saber mais, até como conseguir pensar mais assim, etc. Além disso, o ano passado visitei cinco escolas, este ano já estão nove confirmadas. Esse número também subiu”, esclareceu. No final do mês de março, César Alves vai apresentar esta palestra em “Oliveira de Azeméis, S. Mamede Infesta e Paços de Ferreira”. Relativamente à escrita, o trofense, que também é cronista no jornal O Notícias da Trofa, adiantou que pretende “lançar o próximo livro em 2018”. Ainda não sabe se será uma continuação da obra “Nevoeiro”, uma vez que ainda tem “mais dois ou três projetos que quer lançar”. “Ainda não sei se é altura de lançar a continuação do “Nevoeiro”. É uma questão de instinto”, afirmou.
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16 MARÇO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Plantel de 71/72 do Trofense reencontra-se
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Desporto
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to, e numa época também marcauarenta e seis anos sepa- da por algumas dificuldades admiram os dias de hoje dos vividos por nistrativas do clube. aqueles que cumpriram a época Na altura, sentir o emblema foi 1971/1972 nos seniores do Clube essencial para recuperar o vigor Desportivo Trofense. Grande par- da coletividade, porque a alternate do grupo de jogadores e dirigen- tiva foi apostar na “prata da casa”. tes reuniu-se em mais um encon- “Éramos de luta, jogadores da tertro, no Estádio do Trofense, na ma- ra que viviam o clube. Gostávanhã de sábado (11 de março), para mos disto e quem vinha ver os joreavivar memórias de outrora, em gos eram, na maior parte, os nosque o campo pelado era sinónimo sos familiares. Hoje em dia, a realide arranhão a cada tombo e que o dade é muito diferente, o dinheiro amor à camisola era o combustí- tudo paga. Quando é preciso um vel que fazia a equipa render. contrato, eles correm que se farToninho Cerejo, Domingos, Car- tam, mas depois abrandam”, ardoso, Santos do “Castêlo”, Santos gumentou Vasco Rodrigues, um e Vasco Pereira são alguns dos no- dos jogadores de 71/72. Joaquim mes que fizeram parte daquele Santos complementa: “Para mim, plantel que militou na 2.ª Divisão jogar no Trofense era o máximo da Associação de Futebol do Por- que podia desejar”. E o facto de
Antigo plantel reencontrou-se
se apostar nos jogadores da terra não significava que a qualidade escasseasse, segundo contou Vasco Rodrigues: “Agora, qualquer miúdo de dez anos vai para o
FC Porto, mas naquela altura não havia essa possibilidade de transporte. Tenho a certeza que, na altura, havia jogadores que podiam aspirar a outros voos”.
Diz o antigo jogador que “quem vinha ver os jogos garante que nunca viu tão bom futebol como naquele tempo”. C.V.
Eurico Ferreira vota contra plano de recuperação A empresa Eurico Ferreira vo- evitar a insolvência. A orientatou contra o Plano de Recupera- ção de voto deste que é um dos ção que a comissão administra- credores do clube ficou por se tiva do Clube Desportivo Trofen- saber na assembleia que decorse apresentou no Tribunal para reu no Tribunal de Santo Tirso,
a 7 de março, uma vez que tinha dez dias para a apresentar por escrito. A empresa Eurico Ferreira, que é credora de cerca de 421 mil euros, junta-se assim aos jo-
gadores Charles Chad, Milton do Ó e Elvis, que também reprovaram o plano. À exceção destes, todos os outros credores presentes na assembleia votaram a fa-
vor do plano. No clube aguarda-se pelo veredito da juíza sobre o futuro do clube. C.V.
Bougadense mais forte não chegou para a vitória O AC Bougadense não foi além de um empate sem golos, em jogo a contar para a 21.ª jornada da série 1 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, frente ao Torrão, último classificado, com dez pontos. “Fomos claramente superiores, controlamos o jogo, mas não conseguimos fazer o golo”, afirmou o técnico do AC Bougadense, Agostinho Lima. A bola parece ter estado em todo o lado, menos no fundo da baliza do Torrão. “Bola no poste, no corpo e o guarda-redes defendeu”, descreveu o treinador de Santiago de Bougado. “Tivemos atitude, a equipa adversária não nos criou problemas mas faltou o golo”, complementou O AC Bougadense regressou à Trofa com 28 pontos (9.º lugar da classificação), mais sete que o próximo adversário, CA Rio Tinto. “É uma equipa complicada, muito forte tecnicamente, mas vamos tentar, com as nossas armas, dar a volta à situação”, anteviu Agostinho Lima. A partida está marcada para as 15 horas de 19 de março, no Parque de Jogos da Ribeira, em San-
tiago de Bougado.
mal, depois corre tudo mal”, afirmou José Manuel. Bougadense B goleado Com a derrota por 4-0, o Bougapelo Codessos dense B mantém os 26 pontos e O Bougadense B, a jogar na sé- desceu ao 9.º lugar da tabela clasrie 2 da 2.ª Divisão da Associação sificativa. de Futebol do Porto, apresentava Na próxima jornada, desloca-se “uma das melhores defesas”, mas ao reduto do Monte Córdova, equio seu ponto forte no Campeonato pa que na primeira mão venceu por tornou-se, frente ao Codessos, 11.º 3-0. Um jogo que José Manuel anteclassificado, no ponto fraco. vê “muito complicado” mas no qual A formação de Santiago de Bou- vai “tentar” a vitória. gado deslocou-se ao reduto do Codessos e ao intervalo já perdia por 45 anos de AC Bougadense 3-0. A equipa da casa entrou “mais Doze de março de 1972 é a data forte” e o “campo pelado” acabou que marca o início da história do por se tornar uma desvantagem Atlético Clube Bougadense. para um Bougadense pouco habiEste ano, ‘sopraram-se as velas’ tuado a este solo. “Tentamos pôr a aos 45 anos do AC Bougadense, que bola no chão, mas quando o fazía- registam “momentos bons, como a mos, na zona do meio campo, rapi- subida do clube à Divisão de Honra, damente a perdíamos ”, descreveu e “momentos maus”, como a desJosé Manuel, técnico do Bougaden- cida à 2.ª Divisão, recordou Hilário se B. O Codessos “com transições Duque, presidente do clube. “Manrápidas conseguiu surpreender” e ter o clube e as equipas e apostar “com sorte e mérito foi mais forte”, na formação” são os objetivos da admitiu o técnico. direção do AC Bougadense. Para Na etapa complementar, a for- assinalar os 45 anos, o clube de mação de Santiago de Bougado Santiago de Bougado juntou a faainda teve “uma ou outra oportu- mília Bougadense numa missa que nidade”, mas não conseguiu chegar se realizou a 14 de março, na Igreao golo. “Quando começa a correr ja Matriz de Santiago de Bougado.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
Desporto Infantis do Atlético Clube Bougadense
“Houve uma notória evolução dos atletas” A equipa de infantis do Atlético Clube Bougadense não está muito bem classificada na série 3 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, mas a pontuação é o que menos interessa ao treinador João Costa, que esta temporada se estreia nessa função. Em entrevista ao NT, o técnico revelou quais são as pedras basilares da formação nesta etapa. O Notícias da Trofa (NT): Como está a correr a temporada? João Costa (JC): Ao nível da classificação, que não é de todo uma prioridade, nem o foco principal, ou pelo menos não o deve ser na minha opinião, estamos posicionados no fundo da tabela, numa série com equipas de enorme qualidade na sua formação e reconhecidas por isso mesmo, como por exemplo Rio Ave, Boavista, Varzim e Alfenense. Naquilo que é realmente crucial, ou seja, a formação dos miúdos, o seu desenvolvimento não só como atletas mas também como seres humanos, faço um balanço totalmente positivo, realçando que existiu uma notória evolução em todos os aspetos daquilo que foi a primeira metade da temporada em analogia com a atualidade. Quero aproveitar para agradecer à direção do Atlético Clube Bougadense, pela oportunidade de me iniciar na atividade de treinador. E destinar um enorme agradecimento ao diretor do escalão de infantis, senhor António Pinto, que tem sido incansável e insubstituível a todos os níveis, ao meu treinador adjunto, João André, e aos meus atletas que são os melhores do Mundo.
Atlético Clube Bougadense Juniores 2.ª Divisão distrital – série 4 Bougadense 0-0 EF 115 (3.º lugar, 41 pontos) Juvenis B 2.ª Divisão distrital – série 6 Bougadense 1-1 Infesta (8.º lugar, 36 pontos) Próxima jornada 19/03 às 9 horas EF Macieira da Maia-Bougadense
Equipa de infantis do AC Bougadense
virtam; obviamente incutir neles vontade de ganhar, mas também garantir que eles sabem que não é isso o mais importante nas suas idades e que não se trata de uma questão de vida ou morte; transmitir bons valores morais e sociais; por último mas não menos importante também, desenvolver os aspetos coordenativos, técnicos, táticos e até mesmo cognitivos dos atletas.
NT: Quais as principais dificuldades neste escalão/competição? JC: Um dos maiores predicados para o sucesso é sabermos das nossas próprias limitações. Inicio desta forma a resposta a esta questão porque, o facto de este ser o meu primeiro ano como treinador e os erros naturais de quem tem pouca experiência, estão a NT: Quais os objetivos na com- ser sem dúvida uma das dificuldades. As restantes dificuldades que petição? JC: Como mencionei anterior- atravesso neste escalão são o númente, não foi dada desde início mero reduzido de atletas no planmuita importância à componen- tel, a deserção por parte de alguns te classificativa da minha parte atletas ao longo da temporada, a nem da restante equipa técnica. escassa assiduidade dos atletas, Foram criados objetivos relativos sem dúvida que a idade em que a outros aspetos: dar a ganhar aos se encontram os atletas, o início atletas um gosto enorme pela mo- da adolescência, os seus muitos dalidade; fazer com que eles se di- fatores quer fisiológicos quer so-
ciais, fazem com que tenham dificuldade em estar com níveis altos de concentração durante o treino e a instrução e realização dos exercícios. NT: Com que aptidões os atletas se capacitam neste escalão? JC: Uma das maiores dificuldades é o número reduzido de atletas no plantel, por esse mesmo motivo, não há um sistema de seleção muito rígido. Devido a esse facto, dispomos de atletas de todos os níveis, desde os mais desenvolvidos tecnicamente, passando pelos mais desenvolvidos fisicamente, até mesmo àqueles que estão a dar os primeiros toques numa bola. Neste prisma de aptidões, a idade biológica é bastante importante e nesta idade não reflete muitas vezes a idade cronológica dos atletas, isto é, podemos ter dois atletas com 12 anos em que um tem 1,30m e outro tem 1,60m ou 1,70m. Os atletas que são mais maturados fisicamente podem sobressair-se relativamente aos demais, mesmo não tendo tantas capacidades técnicas e até mesmo táticas de outros atletas que são fisicamente pouco desenvolvidos
Trofense perde e acaba com nove O Clube Desportivo Trofense tropeçou no terreno do S. Martinho, na 5.ª jornada da série B da Fase de Manutenção do Campeonato de Portugal. A formação da Trofa saiu derrotada por 1-0, permitindo que o adversário assumis-
Resultados Departamento de Formação
se, isolado, a vice-liderança da série, com 19 pontos. Já o Trofense é 3.º classificado, com 16 pontos, estando a quatro do líder, Felgueiras. O golo do S. Martinho foi marcado aos 19 minutos, por Adílio Santos, e o Trofense acabou a partida
reduzido a nove unidades, devido à expulsão do capitão Hélder Sousa, aos 46 minutos, e de Rogério, aos 61. Na próxima jornada, no domingo, 19 de março, o Trofense recebe o Mirandela, que ocupa o 5.º posto, com 12 pontos. C.V.
Iniciados 2.ª Divisão distrital – série 5 Desp. Aves 2-3 Bougadense (8.º lugar, 20 pontos) Infantis 2.ª Divisão distrital – série 3 Varzim 2-0 Bougadense (12.º lugar, 4 pontos) Sub 11 Camp. Dist. Div. Honra – série 1 Sp. Cruz 3-4 Bougadense (6.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 18/03 às 10 horas Bougadense-Movimento de Juventude Sub 10 1.ª Divisão Dist. Fut.7 – série 2 Bougadense 5-1 Águas Santas (7.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 18/03 Baltar-Bougadense Clube Desportivo Trofense Juniores 1.ª Divisão distrital – série 2 Trofense 2-0 AD Lousada (3.º lugar, 52 pontos) Próxima jornada 18/03 às 15 horas Paredes-Trofense Juvenis A 1.º Divisão distrital – série 2 Felgueiras 1932 1-2 Trofense (5.º lugar, 48 pontos) Próxima jornada 18/03 às 15 horas Trofense-Tirsense Juvenis B 2.º Divisão distrital – série 6 FC Pedras Rubras 3-1 Trofense (5.º lugar, 41 pontos) Próxima jornada 19/03 às 9 horas Trofense-Leça do Balio
Iniciados A 1.º divisão distrital – série 2 FC Infesta 1-1 Trofense (5.º lugar, 44 pontos) Próxima jornada 19/03 às 11 horas Trofense-Paços de Ferreira Iniciados B 2.º divisão distrital – série 2 Dragon Force 1-1 Trofense (8.º lugar, 18 pontos) Infantis 11 1.º Divisão distrital – série 2 CD Aves 0-1 Trofense (1.º lugar, 61 pontos) Próxima jornada 18/03 às 13.15 horas Trofense-S. Martinho Infantis 7 Camp. Distrital Div. Elite – série 1 Trofense 3-5 Salgueiros 08 (8.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 18/03 às 17.30 horas FC Porto-Trofense Camp. Distrital Div. Honra série 2 Leixões 1-2 Trofense (4.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 18/03 Trofense-Rio Mau FC Sub11 A Camp. Distrital Div. Elite – série 1 Nun’Álvares 3-2 Trofense (4.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 18/03 às 10 horas Trofense-Rio Ave Camp. Distrital Div. Honra série 2 Trofense 2-3 Aparecida (8.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada 18/03 Tirsense-Trofense Sub10 1.ª Divisão distrital Fut. 7 – série 2 Trofense 2-3 Custóias FC (2.º lugar, 16 pontos) Próxima jornada 18/03 Águas Santas-Trofense Futebol Clube S. Romão Juniores 2.ª Divisão distrital – série 4 S. Romão 2-7 Balasar (11.º lugar, 9 pontos)
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16 MARÇO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Fim de semana de ouro para EAT
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Desporto
Depois de vencer o Corta Mato Longo, a 5 de março, Helena Mourão cumpriu o objetivo a que se tinha proposto: é campeã nacional de Corta Mato Curto. LILIANA OLIVEIRA/ CÁTIA VELOSO
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dalha de ouro no Corta Mato Lonsta é a primeira época de He- go e Curto, já há um novo objelena Mourão com a ‘camisola’ da tivo: “Ganhar o Campeonato de Escola de Atletismo da Trofa (EAT) Pista Coberta de 1500 e 3000 mee tem sido, literalmente, de ouro. tros”. A prova decorre já este fim Depois de ter subido ao lugar de semana, em Pombal, e é mais mais alto do pódio em Mira, o fei- um desafio que Helena Mourão to repetiu-se, a 11 de março, em quer vencer. Torres Vedras. “Uma prova muito Mas a campeã nacional de Corrápida e dura”, que colocou nova- ta Mato também já pensa a médio mente na pista “uma adversária à prazo. “O ano passado fui ao Camaltura” e que fez Helena Mourão peonato Europeu de Veteranos sorepensar a estratégia para ven- zinha, por minha conta e risco, e cer. “Tive que deixá-la ir para a este ano pretendo voltar a ir, mas frente e, depois, fazer a minha es- já estou a conseguir um bocaditratégia”, explicou ao jornal O No- nho mais de ajuda”, adiantou Hetícias da Trofa. lena Mourão, que vai “ter que peApesar da dificuldade, para a dir apoio, porque para ir à DinaEscola de Atletismo da Trofa com bons resultados atleta veterana +55 anos da EAT, marca não é fácil e a Escola tam“quando é assim a vitória sabe me- bém não tem verbas”. O Campe- Helena Mourão e Deolinda Olivei- -se campeão nacional e levou as + 30 metros. No 22.º Grande Prélhor”. “Mais um objetivo cumpri- onato Europeu realiza-se no final ra conquistaram o 3.º lugar cores da EAT ao lugar mais alto mio de Atletismo de S. José, que de julho e início de agosto. do”, completou Helena Mourão. No Campeonato Nacional de do pódio. teve como palco a Póvoa de LaPela primeira vez a representar Voltando ao Campeonato Na- Corta Mato Escolar, Alice OliveiNo domingo, 12 de março, a ve- nhoso, a veterana +50 anos Cona EAT, Helena Mourão está a achar cional de Corta Mato Curto, há ou- ra, da EAT, ficou em 9.º lugar e sa- terana Helena Mourão voltou a ceição Correia conquistou a me“ótimo” aquilo que tem consegui- tro nome trofense em destaque: grou-se campeã coletiva. dar nas vistas e venceu a 3.ª Cor- dalha de bronze. Além de partido. Na EAT “incentivam um bo- Joaquim Figueiredo. O atleta veteA Escola de Atletismo da Trofa rida Petrus Run, em Vila Nova de cipar no Campeonato Nacional cadinho mais os atletas e acom- rano conseguiu o 2.º lugar na pro- voltou a estar em destaque este Gaia. No mesmo dia, os atletas Veterano de Pista Coberta, em panham”. “Eu não tinha muito va e Deolinda Oliveira, da EAT, foi fim de semana, desta vez em Pom- mais jovens da Escola participa- Pombal, a EAT vai marcar presenacompanhamento da outra equi- 3.ª classificada, na categoria vete- bal, a 11 de março, onde se reali- ram no 1.º Torneio de Rua da fre- ça no Torneio Atleta Completo da pa, portanto nesta eu noto a dife- rana +45 anos. zou o Campeonato Nacional de guesia de Santa Marinha, em Vila Associação de Atletismo de Porrença”, afirmou. No mesmo Campeonato, no co- Pentatlo em Pista Coberta para Nova de Gaia, onde o benjamim to, na Maia. Depois de conquistada a me- letivo, as veteranas Júlia Sousa, veteranos. António Morais sagrou- A Bruno Silva venceu a corrida 30
Infantis do S. Romão goleiam
Trofenses sem sorte no arranque do Campeonato Regional de Rali
No escalão de iniciados, um emCom três jogos realizados na série 2 da Fase Complementar da 2.ª pate a três golos marcou o conA 1.ª prova pontuável para o Divisão da Associação de Futebol fronto entre Vilela e Centro Recre- Campeonato Regional Norte e Trodo Porto (AFP), a equipa de infan- ativo de Bougado, na 23.ª jornada féu CIN, que decorreu a 5 de março, tis do Futebol Clube S. Romão ci- da série 2 da 2.ª Divisão da AFP. A em Mondim de Basto, não foi favomentou a 2.ª posição, ao golear o equipa de Bougado ocupa a 5.ª po- rável às equipas da Trofa. Núcleo de Valongo por 8-1. Com sição, com 47 pontos, e no próximo Pouca sorte tiveram Sérgio e sete pontos conquistados, a for- jogo recebe o Lomba. Fernando Ramalho, que se depaJá os juniores da mesma coletivi- raram com uma pequena saída de mação romanense prepara-se esta semana para defrontar, fora dade, a militar na série 2 da 2.ª Di- estrada do Ford Fiesta. Apesar do visão da AFP bateram a Ordem por percalço, os pilotos da Trofa não de portas, o Águias de Eiriz. Por sua vez, os benjamins do FC 1-4, mantendo o 9.º lugar, com 30 sofreram quaisquer danos. A duS. Romão não evitaram o desai- pontos, quando estão disputadas pla ocupa o 32.º lugar da classifire diante do Parada por 2-4, na 3.ª 25 jornadas. Na próxima, defron- cação geral, sem pontos. jornada da série 5 da Fase Com- tam o Retorta. A dupla Filipe Moreira e Nuno Em seniores, na 20.ª jornada da Costa, da Miss Moly Racing Team, plementar do Campeonato Distrital da AFP. Os romanenses somam série 2 da 1.ª Divisão da AFP, o CR ao volante de um BMW M3, não um ponto e na próxima ronda de- Bougado foi ao terreno do Vila Boa chegou ao fim do troço devido a do Bispo vencer por 1-4, seguran- um problema no alternador. Ficafrontam o Alfa Académico. Em juvenis, o FC S. Romão so- do a vice-liderança, com 44 pontos, ram no último lugar da classificamou uma derrota frente à Casa menos 11 que o líder e próximo ad- ção (36.º), sem pontuação. do FCP de Rio Tinto por 10-1, em versário, Moinhos. Já o Grupo DesA 2.ª prova, o Rali Pedras Salgapartida a contar para a 25.ª jorna- portivo Covelas venceu o GACER das, decorre a 30 de abril, a 3.ª proda da série 2 da 2.ª Divisão da AFP. por 2-4, mantendo a 4.ª posição, va terá como palco Santo Tirso, a Com sete pontos, os romanenses com 37 pontos. O Vila Boa do Bis- 26 e 27 de maio, segue-se o Rali seguem no 16.º posto. O Lomba é po é o próximo adversário. Montelongo, a 18 de junho, depois C.V. Rali Município Vila Nova de Famalio próximo adversário.
cão, a 15 e 16 de julho, segue para Mesão Frio, com o rali a decorrer a 26 e 27 de agosto e a última pro-
va será a 11 e 12 de novembro, em Vale do Paiva/ Arouca.
Pilotos com pouca sorte na 1ª prova do Campeonato Regional Norte
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O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
Desporto
Piloto trofense abandona Motocross Após “22 anos de carreira”, o piloto Nelson Silva decidiu abandonar a carreira no Motocross. PATRÍCIA PEREIRA
U
ma decisão que o piloto considera que foi “muito difícil”, uma vez que “metade da sua vida” foi dedicada a “corridas e treinos diários”. Nelson afirma que esta decisão já tinha sido tomada há “sensivelmente dois anos”, mas, entretanto, uma equipa ofereceu-lhe “boas condições para poder competir”. “Voltei às competições e mesmo sem grande tempo para treinar, porque tinha de conciliar o emprego e a família, consegui ser vice-campeão de Sx2 classe 250cc 4t. Sempre sem grandes apoios monetários”, recorda. Mas “a crise começou a afetar as equipas”. “Deixou de haver pilotos a ganhar salário” e surgiram “problemas” com “as condições” que eram proporcionadas. As “despesas de deslocações, inscrições, licença federativa, entre outras”, passaram a ter que ser suportadas pelos atletas. “Inicialmente foi relativamente fácil” para Nelson “arranjar apoios”, mas “há cerca de cinco anos eram praticamente mínimos”. “Foi então que decidi arranjar um emprego, porque os prémios não eram suficientes para me sustentar”, atestou. Com a falta de apoios, “a motivação foi desaparecendo” e chegou a uma altura em que “o risco era elevado para o esforço que fazia”. “Em caso de lesão não havia nem sequer um seguro que nos garantisse o tempo de que po-
Piloto dedicou-se ao Motocross durante 22 anos
deríamos estar em recuperação”, escolinha de Motocross e ensinar os mais novos”. Mas o trofense declarou. Nestes “últimos dois anos”, Nel- tem “a noção de que não está no son contou com “alguns apoios de país correto para isso, porque inamigos, que davam do seu pró- felizmente ainda há a mentalidaprio bolso, mas infelizmente não de de que o futebol é o futuro para era suficiente para poder treinar a maior parte dos miúdos”. “Teas vezes necessárias”. “Não ha- mos grandes pilotos e até atletas, via apoio monetário suficiente pena é não serem valorizados da para os combustíveis e desloca- mesma maneira que um jogador ções para a preparação para as de futebol e, muitos deles, com provas. Comecei a misturar o sa- riscos elevados como é o caso do lário do meu emprego, para não Motocross”, assegura. Nelson pretende manter-se ligadeixar ficar mal quem me ajudava, mas entretanto nasceu o meu do à modalidade e, por isso, pensa filho e comecei a ter a noção que “dar alguns estágios a pilotos mais estava a tirar-lhe da boca para pôr novos e a amadores, para dar a conas corridas. E quando se chega nhecer um pouco do seu conhecia esse ponto já tens aquele pen- mento e experiência”. O piloto agradece, “em primeisamento, será que vale a pena o esforço? Foi então que decidi ter- ro lugar, aos seus pais, que se saminar a minha carreira de piloto”, crificaram para que pudesse seguir este sonho”. Além disso, o explicou. Neste momento, o piloto tem trofense agradece a todos os que um emprego, mas “um dos seus estiveram do seu lado e que fizegrandes sonhos seria montar uma ram um enorme esforço para que
nunca lhe faltasse nada. “Poderia identificar aqui todos, mas como ainda é uma lista bastante grande, eles vão saber quem são. Muito obrigado a todos”, agradeceu. A carreira no Motocross Nelson tinha “sete anos” quando o seu padrinho lhe “ofereceu a primeira mota”, tendo sido nessa altura que começou o seu percurso nesta modalidade nos campeonatos regionais. O piloto foi “sempre evoluindo”, tendo sido, “várias vezes, vice-campeão em todas as classes” em que participou e conquistado “três títulos de campeão regional na classe Sénior”. Em entrevista ao jornal O Notícias da Trofa, Nelson recordou que foi “praticamente obrigado a abandonar os estudos para ir à procura de um sonho: competir no campeonato do Mundo”. “Até 2004”, o trofense correu com “es-
trutura própria”, em que as “despesas eram suportadas pelos seus pais”. E foi com “as mínimas condições”, que Nelson conseguiu ser vice-campeão de Iniciados, combatendo com “pilotos que tinham material sempre de topo e tudo preparado”. “Tinham duas motas, uma de treinos e outra de corridas, quando a minha era a mesma para tudo. Ou seja, o desgaste era maior, mas fomos lutando até conseguir chegar a um bom nível”, declarou. Foi então que o trofense foi “contratado por equipas para ser cem por cento profissional e dedicar-se só à modalidade”. As equipas dispunham de “condições necessárias para poder lutar pelas vitórias”, o que possibilitou que Nelson vencesse “várias corridas contra grandes nomes da atualidade, um deles o piloto Paulo Gonçalves que foi segundo no Rali Dakar 2016”. “Cheguei a um pico muito elevado da minha carreira”, frisou. Mas foi aí que o azar bateu à porta. Durante um treino para o Nacional de Supercross, Nelson teve “uma queda” e “fraturou duas vertebras da coluna”, que o deixaram “seis meses de cama praticamente”. “A partir daí, o receio de novas lesões não estava a deixar que me libertasse e voltasse a ganhar novamente confiança. Mesmo assim, fui arriscando e lutando cada vez mais para dignificar o nome de todos os que me estavam a apoiar”, salientou o piloto, que conseguiu classificar-se “sempre nos lugares do pódio”, o que considera “ter sido muito positivo depois do acidente”.
Rota do Património juntou ciclistas em Alvarelhos O Grupo de Jovens de Santa Maria de Alvarelhos organizou, a 12 de março, o 1.º Passeio de BTT - “A Rota do Património”. A iniciativa juntou cerca de 150 participantes e teve como objetivo a angariação de fundos para ajudar a realizar a próxima via-sacra. Paulo Ferreira, presidente do Grupo de Jovens, revelou que a ideia surgiu pela necessidade de terem de angariar verbas para a realização da via-sacra e porque ele e uns amigos já andavam de bicicleta. Assim, decidiram juntar o gosto à necessidade e proporcionaram uma manhã diferen-
te a 150 ciclistas. A prova contou com dois trilhos, um com dez e outro com 30 quilómetros, e juntou participantes de todas as idades. “O de dez quilómetros é meio estrada, meio monte. O de 30 quilómetros é praticamente todo monte. O percurso de 30 quilómetros, apesar de ser só 30 quilómetros, porque costuma ser mais, são 30 quilómetros difíceis, porque tem muitas subidas. Mas são percursos espetaculares que têm paisagens lindíssimas”, explicou. Várias pessoas quiseram juntar-se ao Grupo de Jovens para
ajudar a concretizar o seu objetivo. “Normalmente organizamos uma via sacra ao vivo e isso implica muito tempo e muito dinheiro. Há sempre materiais que se estragam e que são precisos renovar de um ano para o outro e também melhorar e, por isso, precisamos de dinheiro para comprar as coisas”, informou o presidente do Grupo. O São Pedro ajudou e permitiu que os participantes desfrutassem das paisagens de Alvarelhos, enquanto pedalavam pelos locais mais emblemáticos da região. A.M./C.V.
1.º Passeio Rota do Património juntou 150 pessoas
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Agenda Dia 16 21 horas: JS à conversa com Francisco Louçã, Fórum Trofa XXI Dia 18 9 horas: Encontro “O Centro de Produção de Arte Sacra do Vale do Coronado”, Quinta do Comendador, em São Mamede do Coronado 15 horas: Monte Córdova-Bougadense B 15 horas: Inauguração da sede União Ciclismo da Trofa e apresentação da equipa ciclismo, junto à Igreja Nova de S. Martinho de Bougado Dia 19 12.30 horas: Almoço Dia do Pai S. Pedro Maganha, na sede da Associação 15 horas: Trofense-Mirandela 15 horas: Bougadense-Rio Tinto 15 horas: Procissão Senhor dos Passos, S. Mamede do Coronado Dia 20 10.30 horas: Dia Mundial da Poesia, Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro
Farmácias Dia 16 Farmácia Nova Dia 17 Farmácia Moreira Padrão Dia 18 Farmácia de Ribeirão Dia 19 Farmácia Trofense Dia 20 Farmácia Barreto Dia 21 Farmácia Nova Dia 22 Farmácia Moreira Padrão Dia 23 Farmácia de Ribeirão
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 // 252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
16 MARÇO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Recorde de galgos a correr em S. Mamede Diz a Associação Galgueira e Lebreira do Norte que o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo organizou uma corrida de galgos que “vai ficar para a história do ano”. Pelo menos, o “recorde nacional” de animais inscritos foi batido, garante o presidente do Rancho, Carlos Ferreira, que também deu graças à ajuda de S. Pedro, com um domingo soalheiro. CÁTIA VELOSO
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ento e dois cães estiveram na pista da Urbanização de Trinaterra, em S. Mamede do Coronado, vindos de, praticamente, todo o país para participar numa prova que contava para o campeonato nacional nas categorias de cachorros, adultos e importados. “Se os galgueiros fazem 300 e 400 quilómetros para vir a S. Mamede do Coronado, é porque há qualidade na organização”, sublinhou Carlos Ferreira, que não escondia o contentamento de um evento com êxito. Uma das presenças mais notadas foi a de João Moura Caetano, mais conhecido pelas lides tauromáquicas, mas que também calimenta com gosto pelos galgos.
Mais de cem animais competiram na prova
Veio ao Norte porque é uma região que “tem muitos aficionados que tratam os animais e o desporto com muita verdade e amor”. João Moura Caetano participou com três cães, mas garantiu que “mais importante que a competição é apreciar os bons galgos”. Já José Pereira, de Ribeirão, Vila Nova de Famalicão, teve seis animais em prova. O aficionado tem galgos há 15 anos, alimentando uma paixão que se explica pelo carácter “dócil” dos animais. Por dia, caminha com eles durante meia hora e ao fim de semana treina numa pista similar à de S. Mamede do Coronado.
Apesar de ser um desporto caro, José Pereira garante que nesta circunstância se aplica a máxima de que “quem corre por gosto não cansa”. A presença de mais de cem animais na prova faz crescer a ambição da organização de “fazer melhor” nos próximos anos, mas para isso é preciso “mais apoios”, confessou Carlos Ferreira. Este é um dos eventos em que o Rancho Folclórico mais aposta para a angariação de fundos que sustentam as despesas de cada época. O presidente da Associação Galgueira e Lebreira do Norte, Fernando Lopes, elogiou o altruísmo dos
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Atualidade
elementos da coletividade mamedense. “Conseguem erguer uma prova fora do normal, com uma excelente pista, bons prémios, mantendo o grande respeito pelos animais. E ainda fazem um bom almoço”, afirmou, referindo-se à tasquinha montada, onde foram servidas refeições para angariar fundos. Cinco anos de Rancho Foi uma corrida contra o tempo a montagem da prova, uma vez que, no mesmo fim de semana, o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo festejou o quinto ano de existência com um jantar, na sede, em Mendões. O balanço de mais um ano “é positivo”, garantiu Carlos Ferreira, que reconheceu “alguns sobressaltos, que foram ultrapassados com muito trabalho e sacrifício”. O presidente da coletividade não tem dúvidas que, atualmente, o Rancho é uma referência no concelho, também graças ao processo federativo, que aprimora a sua atividade para manter vivas as tradições dos antepassados. Este ano, o festival do Rancho realiza-se mais cedo, a 29 de julho, uma vez que o grupo tem já agendadas “participações em festivais internacionais muito importantes para o futuro”.
Team Trofa com top3 na primeira prova de meio-fundo Voou a uma velocidade de 1190 ra Silva (255 pontos), que pon- -se ****518/15 de VTS Padrão, metros por minuto (71,4 quilóme- tuou os 5.º, 6.º e 12.º pombos, e com 368 pontos, e ****804/14 de tros por hora) e chegou em pri- de VTS Padrão (254 pontos), que Domingos Pereira Silva, com 364. meiro lugar de todos os pombos conseguiu ter o 4.º, 8.º e 9.º pomJá no campeonato concelhio concorrentes na primeira pro- bos mais rápidos. Trifitrofa/Megafibros, também Na classificação dos melhores com prova pontuada desde Viana va de meio-fundo da Sociedade Columbófila Trofense, feita a pombos de meio-fundo, o top3 do Alentejo, o pombo mais rápido partir de Viana do Alentejo (e não pertence a Team Trofa: ****627/15, pertence a Carvalheira Sac. Por Aguiar como previsto), a 336 qui- ****037/15 e ****701/15. equipas, Domingos Pereira Silva Na classificação geral por equi- acabou por levar a melhor nesta lómetros da Trofa, no domingo, com solta às 7.30 horas. O pom- pas, ao fim de três provas cumpri- prova, cimentando a liderança na bo vencedor, ****627/15, perten- das, Team Trofa lidera com 778 classificação geral, com 543 ponce a Team Trofa, que conseguiu o pontos, seguida de perto por VTS tos, à frente de Team Trofa, com 1.º lugar por equipas, ao pontuar Padrão, com 767, e Domingos Pe- 514, e de Araújo & Filhos, com 496. os três primeiros pombos. Desta reira Silva, com 745. A próxima solta realiza-se no Na pontuação total das provas, domingo, 19 de março, desde Fiforma, Team Trofa estreia a liderança da classificação da catego- o pombo mais bem classificado é gueira dos Cavaleiros, a 260 quiria de meio-fundo, com 263 pon- o ****701/15, pertencente a Team lómetros da Trofa. tos, à frente de Domingos Perei- Trofa, com 373 provas. SeguemC.V. Ficha Técnica
Pombo ****627/15
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16 O NOTÍCIAS DA TROFA 16 MARÇO 2017
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Atualidade
Diretores dos Bombeiros feridos em acidente junto ao quartel
Violenta colisão provocou três feridos
Dois diretores da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa ficaram feridos na sequência de um violento acidente, junto ao quartel, na noite de 14 de março. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS
L
uís Elias e Fernando Ribeiro saíam de mais uma reunião da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa quando o azar lhes bateu à
porta. Quando o veículo onde seguiam saía da rua do quartel para a Estrada Nacional 14 em direção à rotunda do Catulo deu-se a colisão com um automóvel ligeiro, que circulava no sentido Trofa-Famalicão. O estado em que ficaram as viaturas reflete a violência do embate. Fernando Ribeiro acabou por ser projetado da viatura, quando esta rodopiou, sofrendo ferimentos graves. O socorro fez-se de imediato, dada a proximidade do quartel, pelos Bombeiros
Voluntários da Trofa. O socorro diferenciado chegou, minutos mais tarde, através das equipas da Viatura de Emergência Médica e Reanimação da unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) e da ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso. Os Bombeiros Voluntários da Trofa mobilizaram nove elementos, duas ambulâncias e um veículo de desencarceramento. Luís Elias, 62 anos, e a condutora do outro veículo, 30 anos, também foram assistidos e, assim como Fernando Ribeiro, encaminhados para a unidade de Famalicão do CHMA. Os dois primeiros ainda tiveram alta durante a madrugada desta quarta-feira. Já Fernando Ribeiro, ao que o NT conseguiu apurar, sofreu um traumatismo crânio-encefálico e toracoabdominal, sem alterações neurológicas, e à hora do fecho desta edição ainda continuava internado e em observação.
Capotamento na EN104 Uma mulher ficou ferida na sequência de um acidente na Estrada Nacional 104, junto à estátua de Santo António, no lugar da Gandra, em S. Martinho de Bougado, cerca das 8.45 horas de quarta-feira, 15 de março. Ao que o NT conseguiu apurar, a condutora circulava no sentido Trofa-Santo Tirso quando colidiu com um atrelado de cavalos, que se encontrava parado na berma,
e capotou. A mulher, de 36 anos, sofreu ferimentos ligeiros e foi assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa que a transportaram, de seguida, para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. No local estiveram ainda quatro militares da Guarda Nacional Republicana da Trofa, para registar o sinistro e controlar a circulação viária. C.V./H.M.