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Semanário | 20 de abril de 2017 | Nº 619 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € //PÁG. 10
Faleceu escultor Alberto Carneiro
//PÁG. 06
GNR apreende um milhão de peças Fátima Santos
//PÁG. 16 e 17
Mais que desporto pedalar é um estilo de vida
//PÁG. 08
de funcionária a empresária Fátima Santos é natural de Guidões e aos 38 anos vive uma das maiores experiências da sua vida profissional. Viu a empresa onde trabalhava, Maritex, fechar portas em 2014. A trofense, “habituada a lutar por aquilo que quer”, não ficou parada e, daquilo que restava da Maritex criou a Modern Lining Company (MLC), que com apenas um ano de vida já faturou “um milhão de euros”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Atualidade
Calor faz aumentar incêndios florestais O
calor deu o ar de sua graça e, embora o verão ainda esteja longe, os incêndios já começaram a dar trabalho aos soldados da paz. Cerca das 18.45 horas de quinta-feira, 13 de abril, um incêndio no lugar da Sardoeira, em Covelas, obrigou os Bombeiros Voluntários da Trofa a mobilizar para o local quatro viaturas e nove homens. O incêndio foi dado como terminado cerca das 21.30 horas, registando-se um hectare de área ardida. No dia seguinte, 14 de abril, ao final da manhã, cerca das 11 horas, deflagrou um incêndio no lugar da Carriça, no Muro. Três viaturas e dez homens combateram as chamas até às 13.30 horas, mo-
mento em que foi dado como extinto o incêndio. Registou-se meio hectare de área ardida. Esta segunda-feira, 17 de abril, registaram-se mais dois fogos. Um na Abelheira, que danificou mil metros quadrados de área, com início por volta das 11 horas e dado como finalizado às 14 horas. Os Bombeiros Voluntários da Trofa mobilizaram para o local dez homens auxiliados por quatro viaturas. Nesse dia mas ao final da tarde, cerca das 18.30 horas, registou-se um incêndio em Covelas, próximo da autoestrada, que foi dado como extinto cerca das 20.50 horas. No combate às chamas estiveram 19 homens e cinco viaturas e a área ardida foi de 800 metros quadrados.
Ainda na tarde de segunda-feira, cerca das 15.50 horas, deflagrou um incêndio num contentor de roupa, vulgarmente conhecido por ‘roupão’, junto ao TrofaShopping. Cinco homens, apoiados por uma viatura, dominaram o incêndio, que foi dado como finalizado cerca das 16.30 horas. Esta terça-feira, 18 de abril, uma máquina despoletou um incêndio numa empresa de sucatas, em Covelas. O incêndio industrial teve início cerca das 9 horas da manhã e foi dado como extinto cerca das 10.15 horas. Os Bombeiros Voluntários da Trofa mobilizaram para o local uma viatura e quatro homens. L.O./C.V.
Detido por desobediência à autoridade Um homem, de 52 anos, de nacionalidade ucraniana, foi detido, a 8 de abril, cerca das 18.40 horas, por desobediência à autoridade. Segundo apurou o NT, o homem conduzia com falta de prudência no parque de estaciona-
mento subterrâneo do TrofaShopping, em S. Martinho de Bougado, quando foi intercetado pela GNR da Trofa, recusando-se a fazer o teste de alcoolemia e a apresentar os documentos. O indivíduo foi algemado, detido e levado para o
posto da GNR para ser identificado. Já nas imediações da autoridade, terá injuriado os militares. Foi constituído arguido e notificado para comparecer em Tribunal na manhã de dia 10 de abril.
Apanhados a conduzir sem carta Cerca das 16.30 horas de 11 de abril, um jovem de 24 anos foi detido, na Avenida da Trofa Velha, em Santiago de Bougado, conduzir um ligeiro de passageiros sem habilitação. O homem foi notificado para comparecer em Tribunal no dia seguinte. Por motivo idêntico, foi constituído arguido um rapaz de 21 anos,
no sábado, 15 de abril, cerca das homem, de 49 anos, morador na 9 horas, por conduzir um ciclomo- Trofa, por estar envolvido num acitor sem habilitação legal, na Rua dente de viação, junto ao posto da Vale do Coronado, na freguesia do GNR da Trofa. O homem apresenCoronado. O jovem foi notificado tava uma taxa de álcool de 2.93 para comparecer em Tribunal na gramas por litro de sangue. O inmanhã do dia 17. divíduo foi notificado para comJá a 12 de abril, pelas 13.30 ho- parecer em Tribunal às 10 horas ras, na Rua C. Azevedo, em S. Mar- de 13 de abril. tinho de Bougado, foi detido um
Estado do tempo de 20 a 26 de abril
José Maria Moreira da Silva Respostas sociais de excelência
O
moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
CRÓNICA
tar social dos mais frágeis da socieEstado português deveria dade, como é o caso da Misericórassumir por inteiro, a responsabi- dia da Trofa (nasceu há mais de 17 lidade da proteção dos cidadãos anos), a Associação “Muro de Abrimais frágeis da sociedade, princi- go” (está a festejar o seu 12º anipalmente os mais idosos, pois as versário e a iniciar as obras da sua pessoas pagam os seus impostos, sede social e do Centro de Dia), o na expetativa de virem a ser pro- Centro Social e Paroquial S. Martegidos, quando chegarem a uma tinho (com mais de uma década idade mais avançada. Lamentavel- de existência), o Centro Comunimente, as diferentes governações tário da Trofa – ASAS (fundado há do país têm privilegiado mais a ju- uma dúzia de anos), a ASCOR – Asventude em detrimento da velhice. sociação de Solidariedade Social Portugal continua a ser um país do Coronado (instituída em julho de profundas desigualdades so- de 2002), a Associação de Solidaciais, embora este paradigma tem riedade Social Gota D`Água – Trovindo a mudar, graças à socieda- fa (fundada em 2011) e o Centro de civil que tem respondido com Social e Paroquial de S. Mamede afinco a esta problemática, com do Coronado (abriu as suas pora criação de estruturas que têm tas em 2013). Para além destas instituições, a dado respostas sociais de excelência, em diversas valências. Nos úl- Trofa ainda tem o privilégio de ter timos anos, estas respostas mais a Cruz Vermelha Portuguesa – Deque triplicaram, quer através das legação da Trofa, o Lions Clube da Instituições Particulares de Solida- Trofa, O Rotary Clube da Trofa, a riedade Social (IPSS), quer através Loja Social da Trofa, Hortas Sodas Misericórdias e outras institui- ciais, Cantinas Sociais, Trofa Solições humanitárias e de cariz social. dária (um projeto que tenta elimiPor falta de respostas dignas, nar as carências sinalizadas na popor parte do Estado português, a pulação) e o CLAS – Conselho Local sociedade civil foi preenchendo de Ação Social (um fórum de âmbicom eficácia as lacunas existen- to concelhio que assenta na partites. Atente-se ao que aconteceu no cipação, representação e articuConcelho da Trofa, que é um bom lação entre organismos públicos exemplo do «milagre» da multipli- e iniciativa social privada, com o cação deste tipo de instituições, objetivo de contribuir para a erraque dão excelentes respostas, em- dicação ou atenuação da pobreza bora umas mais que outras, mas e da exclusão social e de combate todas com uma enorme vontade às desigualdades sociais. Tivesse o Estado uma dinâmide servir as pessoas, sem terem por objeto o lucro, mas com o de- ca idêntica a estas instituições e a sígnio de dar expressão organiza- qualidade de vida dos portugueses da ao dever moral de solidarieda- estaria bem melhor, assim como se de e de justiça entre os indivíduos, tivesse sensibilidade para apoiar minimizar as situações de carên- mais e acarinhar melhor estas inicia social da população e colmatar ciativas da sociedade civil, o ato de as situações de exclusão social, e envelhecimento seria naturalmenajudar na erradicação da pobreza. te acompanhado com mais sorriNa data da criação do Conce- sos, e seria bem mais feliz. Alguns grupos económicos têm lho da Trofa há pouco mais de 18 anos, apenas existiam os Bombei- olhado para a problemática social ros Voluntários da Trofa (também como uma oportunidade de negócom atividades de caráter social cio, criando estruturas com o inde apoio à infância), a Associação tuito óbvio de obter lucros, embode Pais e Amigos do Cidadão com ra falte a algumas, a sensibilidade Deficiência Mental – APPACDM para lidar com esta realidade, mui(com atividades de apoio social tas vezes incómoda. Pelo contrário, para pessoas com deficiência) e as as IPSS, as Misericórdias e as ouConferências de São Vicente Pau- tras instituições humanitárias e de lo (com a missão da promoção do cariz social, o lucro que procuram homem na sociedade através de é o sorriso dos seus utentes. Estas um sentimento de afeto e respei- organizações merecem uma meto pela dignidade de cada pessoa). lhor atenção das entidades oficiais, Com o advento da autonomia mas também precisam do apoio inconcelhia surgiram várias associa- condicional de todos, da sociedações direcionadas para o bem-es- de civil e do Estado.
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20 ABRIL 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Comunidade recebeu visita Pascal “C
mana e da perfeita glorificação de Deus realizada por Cristo, que, ao morrer, destruiu a nossa morte, e, ressuscitando, restaurou a vida. Na Paróquia de S. Martinho de Bougado, um dos momentos mais emotivos é a chegada das cruzes ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa, de onde seguiu, em procissão, para a Igreja Nova, onde se celebrou a eucaristia de encerramento. Já na Paróquia de Santiago de Bougado, a chegada das cruzes aconteceu em Cidai, junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, de onde saiu, em procissão, até à Igreja Matriz para celebrar a eucaristia. P.P.
Atualidade
Chegada das Cruzes ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa
António Diniz
risto ressuscitou. Aleluia, Aleluia”. A boa nova foi anunciada no Domingo de Páscoa, a 16 de abril, com a visita do compasso pascal. À entrada das casas, os verdes e/ou flores aí colocados assinalavam a vontade de receber a visita do compasso e a mensagem da ressureição de Jesus Cristo. Já as campainhas denunciavam a chegada do compasso e aí as famílias se juntavam para ouvir a boa nova e beijar a cruz. Foi assim que aconteceu em todas as paróquias do concelho da Trofa. A Páscoa é considerada o ponto culminante de todo o ano litúrgico, por ser a obra da redenção hu-
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Catquese S. Romão do Coronado
Compasso em Alvarelhos
Paróquia S. Cristóvão do Muro
Reunião das Cruzes em Cidai - Santiago de Bougado
Compasso no Muro
Compasso em S. Romão do Coronado
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Atualidade
Vigília Pascal em Santiago de Bougado Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis
Capela de Nossa Senhora da Livração
Q
Muitos fiéis das duas paróquias presentes na celebração
A
s paróquias de Santiago e S. Martinho de Bougado celebraram, conjuntamente, a Vigília Pascal, a última celebração do tríduo pascal. A celebração realizou-se na noite de sábado, 15 de abril, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado. A Vigília Pascal assinala o dia em
que Jesus Cristo passou da morte à vida e a sua celebração está dividida em quatro partes: a liturgia da luz, da Palavra, batismal e eucarística. A celebração começou com a bênção do lume novo, no exterior da Igreja, com a bênção do Círio que vai ficar acesso até ao Pentecostes. Seguiu-se em procissão
até ao interior da Igreja, para ouvir a liturgia da Palavra. De seguida, houve o batismo de um adulto, depois de ter frequentado sessões de catequese para adultos. Da cerimónia fez ainda parte a bênção da água batismal, assim como a aspersão de toda a assembleia com a água benta. P.P./A.C.
Quinta da Alegria recebe “Chá de Afetos” “Chá de Afetos” é a iniciativa que o Lions Clube da Trofa e o Rotary Club da Trofa estão a organizar para a tarde de 25 de abril. O evento começa às 16 horas, na Quinta da Alegria, em Ribeirão, Vila Nova de Famalicão, e os fundos rever-
tem para apoiar uma família carenciada com três filhos com deficiência e para obras de beneficiação nas instalações da APPACDM da Trofa. A organização convida todas as mulheres a levarem a sua chávena e a desfrutarem de uma
tarde solidária. “O 'Chá de Afetos' é preparado com folhas de bondade, flores de amor e raízes de caridade”, afirmou fonte da organização. O convite tem o custo de cinco euros e pode ser adquirido através do contacto 926 685 373. A.M./C.V.
Fábrica de Santo Thyrso recebe Gala da Passos de Dança A 3.ª Grande Gala da Primavera da Escola Passos de Dança realiza-se no domingo, 23 de abril, às 16.30 horas, na Fábrica de Santo Thyrso. No evento vão ser entregues os
Diplomas dos Exames de Ballet Clássico e Modern Jazz da IDTA do ano letivo 2015/2016 e vão ser apresentadas as coreografias propostas a concurso. Os bilhetes, com custo de cinco euro, es-
tão à venda na secretaria da Escola Passos de Dança ou podem ser adquiridos através de mensagem privada no Facebook da escola ou através do telemóvel 919 611 529 e custam cinco euros. A.M./C.V.
sino para a capela. uando circulamos na naUma enorme festa decorreu cional 14, no lugar de Lantemil, que se estendeu até ao dia 10 de na freguesia de S. Tiago de Bou- fevereiro com um grande númegado, pouco depois de passar a ro de fieis à assistir às cerimócapela de Santa Luzia surge ao nias religiosas apesar de chover lado direito a Capela de Nossa de forma permanente, contudo, Senhora da Livração. a fé da multidão era superior ao Venerada em muitos localida- mau tempo. des do nosso país, a Capela de O Padre de S. Martinho de BouNossa Senhora da Livração, foi gado, José António Costa cantou construída às expensas do Con- missa, enquanto um outro párode de S. Bento, um beneméri- co de Ribeirão foi mestre de serto que se destaca as suas obras mões e por fim o Padre de Guipara apoio da comunidade como dões, Manuel Domingues de Souo Hospital de S. Bento, Capela de sa Maia celebrou o evangelho. Nossa Senhora das Dores etc. S. Tiago de Bougado viveu dois Decorria o ano de 1895 e escre- dias de festa, contudo, a nova caveu-se na imprensa com alguma pela apresentava erros de consantecedência a noticiar a realiza- trução que fazia com chovesse ção da bênção e da consequente no seu interior, como também as festa1. Seria algo muito aguarda- madeiras escolhidas para a consdo pela comunidade católica do trução das portas tinham sido trocadas e a madeira usada não Vale de Bougado. O dia de 9 de fevereiro de 1895 era a escolhida. Sobre a questão é o dia da bênção da Capela com de chover na capela, o jornalista o Reverendo Abade António Jo- relatou que chovia tanto dentro aquim da Costa Cruz a presidir à como fora2. cerimónia que se realizou segunDepois no século XX, na sua úldo o ritual Romano e após o tér- tima década a Capela ia sofrer mino desta cerimónia, estrela- as obras de ampliação que lhe ram no céu uma grande quanti- deram a sua configuração atual. dade de foguetes e no decorrer do dia atuou uma banda de mú1 sica e ao final da noite ocorreram “Benção da Capela e festividades”, Jornal de Santo Tirso Fevereimais lançamentos de foguetes. O único benemérito não foi o ro 7, 1895. 2 Conde S. Bento, com Domingues “S. Tiago de Bougado”, Jornal de da Costa Ferreira, a ofertar um Santo Tirso Fevereiro 14, 1895.
Reunião para decidir futuro da festa de Nossa Senhora das Dores Continua num impasse a realização das festas de Nossa Senhora das Dores, devido à inexistência de uma comissão de festas. Para se “resolver” esta situação, o padre Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, marcou uma reunião para as 21 horas deste sábado, 22 de abril, na cripta da Igreja Nova. O pároco apela à participação do “maior número possível de pessoas”. P.P.
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20 ABRIL 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Trofi continua visitas pelas escolas para oferecer livro Depois de ter visitado todas as escolas básicas do 1.º ciclo do Agrupamento da Trofa, e passadas as férias da Páscoa, o Trofi vai voltar à “estrada” para oferecer o livro com as suas histórias aos meninos do Coronado e Castro, do Colégio da Trofa e da creche da Santa Casa da Misericórdia. CÁTIA VELOSO
“A
s Histórias do Trofi”, uma obra do Clube Slotcar da Trofa, escrita por Alexandra Santos e ilustrada por Paulo Fernandes, visa exaltar valores e ideais junto dos mais pequenos. Através da sua experiência, o Trofi, mascote do Clube Slotcar, quer transmitir mensagens que vão desde a sensibilização para as ações dos Bombeiros e da Cruz Vermelha junto da comunidade, passando pela importância da leitura, pela liberdade de expressão e pela igualdade entre todos, na escola e na sociedade. Todas as crianças do 1.º ciclo que frequentam as escolas do concelho da Trofa vão receber o livro gratuitamente. Cumpridas que estão as passagens pelas escolas do Agrupamento da Trofa, o Trofi, na companhia do amigo Sorrisos (mascote da Cruz Vermelha
da Trofa) inicia, esta semana, a visita pelos estabelecimentos do Agrupamento do Coronado e Covelas. Esta quinta-feira, começa o dia na Escola de Feira Nova, em S. Mamede do Coronado, passando depois pela Escola de Vila, também em S. Mamede, e pela Escola de Estação, no Muro. No dia seguinte, são os alunos de Giesta, em Alvarelhos, que recebem a visita da mascote do Clube Slotcar. Os alunos das escolas do Cerro recebem o livro no dia 24 de abril e os de Portela e Fonteleite, em S. Romão do Coronado, e Querelêdo, em Covelas, vão conhecer as “Histórias do Trofi” no dia 26. As últimas visitas do Trofi são no Colégio da Trofa e na creche da Santa Casa da Misericórdia da Trofa. O presidente do Clube Slotcar, João Pedro Costa, sublinhou ao NT que a oferta do
2.º Raid Fotográfico vai promover património ferroviário da Trofa
Seis estações e apeadeiros ferroviários da Trofa dão o mote para o 2.º Raid Fotográfico do Clube Slotcar da Trofa. O evento realiza-se no dia 29 de abril, a partir das 8 horas, a participação é gratuita e as inscrições já estão abertas. Mais informações podem ser solicitadas através do email fo-
tografia@clubeslotcartrofa.com. Quem participar no Raid terá direito a pequeno-almoço, almoço e jantar. A iniciativa terminará com uma visita ao Museu Ferroviário, em Lousado, no concelho de Vila Nova de Famalicão. Para a segunda edição do evento, o Clube Slotcar da Trofa escolheu como tema as estações de comboio, pelo valor patrimonial e pelo facto de a passagem do comboio ter contribuído fortemente para o desenvolvimento e construção da identidade do concelho da Trofa. Os participantes poderão aceder, sem restrições, ao interior das estações que estão em funcionamento, uma vez que o Clube Slotcar assegurou a autorização junto da Infraestruturas de Portugal. C.V.
Slotcar reforça estante de troca de livros
Deixe um livro e leve outro
Pelo terceiro ano consecutivo, o Clube Slotcar da Trofa vai reforçar a estante de troca de livros, com a aquisição de novas obras. A partir daí, qualquer cidadão vai poder trocar um livro seu por um dos mais de 90 títulos que a estante vai ter à disposição. A inauguração da estante, que preten-
de ser um incentivo à leitura, vai decorrer no sábado, 22 de abril, pelas 16 horas, na sede do Clube. O Clube Slotcar da Trofa apela ainda à generosidade dos trofenses, editoras e amantes de livros que queiram enriquecer a estante com a doação de obras. L.O./C.V.
Trofi e Sorrisos têm feito muito sucesso nas escolas
livro a cerca de duas mil crianças “é a cereja no topo do bolo” deste projeto e anunciou que “haverá continuidade”, pois “a Alexandra Santos já está a escrever histórias para um segundo livro do Trofi”.
O jornal O Notícias da Trofa também é um dos parceiros do projeto e, além de também estar associado a uma das histórias do Trofi, também faz parte da equipa que tem apresentado o livro nas escolas.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Atualidade
Mais de 1 milhão de peças de automóveis apreendidas Mais de um milhão de peças de cerca de 300 automóveis de gama média e alta, avaliados em cerca de cinco milhões de euros, foram recuperadas pela GNR e encontravam-se em três pavilhões em S. Romão do Coronado, no concelho da Trofa. Os proprietários das viaturas e as seguradoras começam na próxima semana a ser contactados pela GNR, que lhes vai devolver as peças encontradas.
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Nesta operação estiveram ens números impressionam. volvidos militares do NIC de SanDurante cerca de dois meses os to Tirso e de vários destacamenmilitares do Núcleo de Investi- tos da GNR, que durante mais de gação Criminal (NIC) do Desta- dois meses conseguiram identificamento Territorial de Santo Tir- car as peças furtadas dos automóso, da Guarda Nacional Republi- veis, todos de gama média e alta, cana, identificaram e cataloga- avaliados em cerca de cinco miram mais de um milhão de peças lhões de euros. O NT contactou a de pelo menos 300 veículos auto- GNR que remeteu para esta quinmóveis, furtados na região Norte ta-feira esclarecimentos sobre e Centro do país. esta operação, desconhecendoOs militares realizaram as -se para já mais informações sobre apreensões em três armazéns em os autores da atividade criminosa. S. Romão do Coronado, concelho Esta mega operação começou da Trofa, onde conseguiram iden- em 18 de fevereiro, num pavilhão tificar as peças de mais de 300 via- situado junto ao Rio Ave, na Rua turas furtadas mas não consegui- da Indústria, em Fornelo, conceram saber a proveniência de mui- lho de Vila do Conde, que outrora tas outras, uma vez que o número serviu de aviário e que foi alugado dos chassis estava rasurado. por um empresário da Trofa, para
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servir de armazém. Nessa altura, as autoridades descobriram peças de mais de uma centena de viaturas diferentes, de todas as marcas que foram furtadas na zona do Grande Porto e Vale do Ave. Na operação, os militares atestaram a origem criminosa das peças, através do número de chassis, que identificava as
matrículas dos automóveis que tinham sido furtados. Desde então, o pavilhão não tem saído da mira dos militares da GNR, que durante o dia analisavam as peças encontradas e com recurso a mergulhadores da GNR, vindos de Lisboa, realizaram buscas no Rio Ave, junto ao pavilhão para atestar a existência de material suspeito dentro
de água. O NT sabe que os proprietários das viaturas e as seguradoras começam na próxima semana a ser contactados pela GNR, que lhes vai devolver as peças encontradas que se encontram à guarda das autoridades, no pavilhão em Fornelo, onde foram desencadeadas as primeiras buscas há cerca de dois meses.
Embaixador da Argentina reuniu com empresários
Sessão serviu para dar a conhecer as potencialidades do mercado argentino
O Embaixador da Argentina – Oscar Moscariello esteve, a 5 de abril, no Auditório do Fórum Trofa XXI, com alguns empresários, para apresentar as oportunidades do mercado argentino. Com o objetivo de fomentar as relações económicas entre os in-
tervenientes, os empresários puderam assistir à apresentação do mercado argentino que, segundo o Embaixador, apresenta muitas vantagens para os empresários. “A economia diversificada, o capital humano, a diversidade de matérias primas e materiais e a ampla
qualidade de terreno fértil para a agricultura” são algumas das características e vantagens apresentadas. No final da sessão, houve um jantar de negócios, onde participaram todos os intervenientes na sessão. A.M./C.V.
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20 ABRIL 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
PS acusa executivo municipal de “eleitoralismo” Abertura do Parque das Azenhas e baixa da tarifa da água são sinais de “eleitoralismo”, acusou o Partido Socialista da Trofa, em comunicado. CÁTIA VELOSO
CDU quer ampliação do Canil O Canil Municipal da Trofa recebeu, a 18 de abril, a visita de Fernando Sá e Paulo Queirós, primeiros candidatos da CDU à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal da Trofa. As condições do Canil Municipal são uma preocupação da CDU, sendo que o deputado municipal eleito tem levado à Assembleia Municipal as necessidades do espaço. No final da visita, Paulo Queirós mostrou-se contente, por verificar “que as questões levantadas pela CDU para a melhoria do canil foram implementadas”. Essas medidas contemplaram “várias intervenções no canil, no sentido de melhorar as condições de segurança e salubridade”, o assegurar “de uma alimentação de qualidade” e a “melhoria ao nível do acompanhamento veterinário”.
O candidato referiu ainda que está a ser elaborado um diploma na Assembleia da República para a proibição das práticas de abate de animais e “que no próximo mês de maio será enviado aos municípios, para que a lei comece a ser devidamente aplicada no 2.º semestre de 2017”. No Canil Municipal da Trofa, ao contrário do que acontece em outros locais, não é efetuado o abate de animais e, por isso, o espaço é procurado por pessoas até de outros municípios. Paulo Queirós afirmou a “urgência na ampliação do espaço do Canil por forma a melhorar as instalações”, para melhorar o bem-estar dos animais, permitindo que haja espaço onde se possam movimentar para que possam ser treinados e reabilitados e, depois, adotados. A.M./C.V.
“Existiu uma gestão eleitoralista da obra do Parque das Azenhas, para que o término da obra coincidisse em ano eleitoral”. É desta forma que o Partido Socialista da Trofa dá como “confirmada” a denúncia que fez a 11 de fevereiro quando, numa conferência de imprensa – e face ao atraso da conclusão da obra – colocava como possível cenário o “interesse do presidente da Câmara de fazer uma reinauguração em 2017”. Num comunicado enviado a se- Em fevereiro, PS tinha levantado suspeitas sobre atraso na obra das Azenhas mana passada, os socialistas consideram “inadmissível que este co utilizado pelo PS Trofa para dePor outro lado, acrescentaram, executivo municipal tenha ne- nunciar aquilo que considera ser “a Trofa foi invadida por uma rede cessitado de três anos para exe- o “ímpeto eleitoralista” do exe- de cartazes e panfletos a anuncutar 26 por cento da obra, quan- cutivo municipal. O preço do con- ciar os resultados de um ranking do o executivo do PS já tinha exe- sumo da água foi outro argumen- que não é público, que é pago e cutado 74 por cento da obra ape- to, pelo facto de, recentemente, a cujos critérios são desconhecinas em alguns meses”. “Os trofen- autarquia ter anunciado um abai- dos” quando, em contraponto, ses foram privados daquele espa- xamento das tarifas durante este “em rankings públicos, como o da ço durante anos em função da táti- ano. Numa atitude que argumen- Bloom Consulting, onde no manca eleitoralista do presidente Sér- ta ter sido tomada “a reboque da dato de Sérgio Humberto o concegio Humberto”. Câmara Municipal de Santo Tirso”, lho da Trofa cai da 74.ª para 104.ª Recorde-se que a Câmara Mu- a estrutura socialista questiona a posição”. “O executivo municipal nicipal fez a abertura oficial do “postura passiva face a uma situ- é campeão nos gastos com puParque das Azenhas a 25 de mar- ação claramente lesiva e injusta blicidade e propaganda. Face a ço, no mesmo dia em que foi lan- para os cidadãos da Trofa” após essa propaganda, o PS pergunçado o livro “Parque das Azenhas “três anos de aumentos”. ta que investimento externo de – Um Ecossistema”, da autoria de “Sérgio Humberto recebeu uma grande dimensão foi capaz a CâVasco Flores, Alberto Maia, Celes- casa arrumada e cobrou valores mara Municipal de atrair nos últitino Costa e Joel Dias. Nessa data, históricos de impostos aos tro- mos anos? Que nova empresa vino presidente da Câmara Municipal fenses, mais dez milhões de euros da do exterior ao concelho se insda Trofa anunciou que “a receção face ao mandato anterior. Com es- talou no nosso concelho criando provisória da obra” tinha sido as- tas condições era possível ter feito centenas de postos de trabalho?”, sinada no dia anterior. muito mais e há muito mais tem- questionaram. Mas este episódio não foi o úni- po”, criticaram.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Atualidade
Fátima Santos: a funcionária que se tornou empresária
Fátima Santos é natural de Guidões e aos 38 anos vive uma das maiores experiências da sua vida profissional. Viu a empresa onde trabalhava, Maritex, fechar portas em 2014. A trofense, “habituada a lutar por aquilo que quer”, não ficou parada e, daquilo que restava da Maritex criou a Modern Lining Company (MLC), que com apenas um ano de vida já faturou “um milhão de euros”. LILIANA OLIVEIRA/ CÁTIA VELOSO
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número 6 da Rua do Vau, em Santiago de Bougado, foi em tempos a morada da empresa Maritex. Foi ali que, diariamente, Fátima Santos engrandeceu o seu curriculo profissional e pessoal. A trofense tratava da “parte contabilística e faturação” e foi-se envolvendo também “na parte produtiva”. Em 2013, a Maritex começou a dar os primeiros sinais de fragilidade, acabando por fechar as portas em março de 2014, mandando para o desemprego “50 trabalhadores”. O cenário não agradava a Fátima Santos, também ela desempregada, que estava pronta para ‘arregaçar mangas’ e recuperar os postos de trabalho dos colegas. Fátima ganhou conhecimento de causa na Maritex e uma agenda de contactos, que aliou à sua formação em gestão empresarial, e que a motivou a ir “falar com o administrador da insolvência com o intuito de apresentar um plano de recuperação da empresa”. O caminho não foi fácil, a trofense deparou-se com muitos entraves, mas não houve nenhum que não conseguisse ultrapassar. “Foi feito o contrato de cessão de exploração e em junho de 2014 já estávamos a trabalhar, mas ainda não como MLC”. O desentendimento entre credores e a ausência da Segurança Social na As-
sembleia de Credores levaria à liquidação da Maritex, decretada pelo Tribunal. Começava aqui o plano B de Fátima Santos. “O intuito era comprar a massa insolvente. Já na altura da Maritex eu tinha estabelecido uma série de contactos. Voltei novamente a falar com as pesTrofense revitalizou antiga Maritex e deu trabalho a 30 pessoas soas e disseram-me: apresenta um plano e vamos para a frente”, “Um milhão de euros” faturados a empresária espera que em 2017 empresária trofense. descreveu Fátima ao NT. O plano no primeiro ano de MLC se consiga “triplicar ou andar próSem nunca sentir dificuldades viria a ser aprovado, em abril de “O ter que lutar passo a passo ximo”. A empresa da Trofa exporta por ser uma mulher no mundo dos 2015, e faltava “um banco que es- para conseguir alguma coisa e as “cerca de 90 por cento da produção, negócios, a trofense tem como retivesse disponível para fazer um dificuldades com que as pessoas essencialmente para a Alemanha”, gra de ouro “conseguir sempre leasing imobiliário. O BCP entrou. ficaram” depois da Maritex fechar mas está a entrar em mercados mais”. E, no dia 29 de abril de 2016, fi- as portas foram a força que Fáti- como “Espanha, Holanda e França”. zemos a escritura e ficamos com ma precisou para nunca abandoQuanto ao futuro, a “ideia será Acessibilidades do concelho tudo o que era da Maritex”, asse- nar a luta e abrir as portas da MLC. avançar com muito mais projetos não favorecem o setor verou a empresária. “Chocou-me um bocadinho saber em muitos mais países”. A MLC já As acessibilidades são um ponAlguns golpes de sorte e mui- que havia pessoas que estavam começa a explorar novas oportuni- to sensível para os empresários tos amigos a ajudar permitiram o mesmo a passar dificuldades. Se dades de negócio e, por isso, aven- da Trofa. Fátima Santos acredita nascimento de MLC, com Fátima podemos fazer alguma coisa, por- turaram-se e participaram recen- que “se pode fazer mais”, se, “esSantos, Wolfram Meindl e Jorge que é que não vamos fazer? Sem- temente na Feira de Madrid, expe- sencialmente, a Câmara olhasse Araújo no comando do novo pro- pre fui habituada a lutar por aqui- riência que pretendem repetir ain- para o sítio onde as empresas se jeto e detentores de 49 por cento lo que queria”, frisou a empresá- da este ano. encontram e percebesse as prinda empresa, sendo que os 51 por ria trofense. O objetivo “é apostar na qualida- cipais dificuldades que têm”. cento pertencem ao fundo ReviEste mês a MLC comemora o seu de, capacidade de resposta e satis“Temos sempre cargas a sair à talizar Norte, da Explora Invest. A primeiro aniversário e, apesar “dos fazer os clientes”. E desenganem- sexta-feira e com a feira é um castipersistência de Fátima Santos deu altos e baixos”, o balanço deste pri- -se os que acham que Fátima pas- go. Chega ao ponto dos motoristas trabalho a 30 dos colegas que ha- meiro ano de atividade “é positivo”. sou de funcionária a patroa no ver- se recusarem a vir para aqui, porviam ficado desempregados. “Não é fácil conquistar todo o mer- dadeiro sentido da palavra. “Gos- que chegam ao sítio e não passam. A MLC é uma empresa que tra- cado de clientes e fornecedores. É to de andar no meio da produção É muito complicado”, descreveu balha no setor da tecelagem, tin- uma empresa nova, sem histórico e dos funcionários. O meu relacio- a empresária, que considera que turaria e acabamento de forros e que ninguém conhece, mas, fe- namento com as pessoas não é de “se as pessoas andassem e acompara a indústria têxtil e está a in- lizmente, as coisas não têm corri- patroa/ funcionário, mas de amiza- panhassem um bocadinho mais troduzir o artigo camiseiro, arti- do mal”, garantiu Fátima Santos. de. O projeto MLC é das pessoas to- este tipo de situações seria imporgos de confeção de senhora e alNo primeiro ano de vida, a MLC das, porque sem elas eu não punha tante para terem mais sensibilidaguns artigos de desporto. já faturou “um milhão de euros” e a empresa a trabalhar”, realçou a de”, finalizou.
Automobilistas impedidos de ultrapassar durante 4 Km A Estrada Nacional 318 que une do Coronado, até à Rua de S. Maa freguesia do Coronado ao Muro mede, junto à Mecanik’arte, em foi sujeita a uma obra de requali- S. Mamede do Coronado, a linha ficação por parte da Câmara Mu- é contínua, sendo apenas acomnicipal da Trofa. Até aqui tudo pa- panhada pelo tracejado desconrece dentro da normalidade. A tínuo nas zonas de entrada e saíquestão é que com a nova sina- da da via. A sinalização não agralização, nomeadamente as mar- dou a alguns dos automobilistas, cas rodoviárias, os automobilis- que consideram haver locais onde tas veem-se impedidos de ultra- é viável a linha descontínua. O Nopassar durante cerca de quatro tícias da Trofa tentou obter esclaquilómetros. Desde o cruzamen- recimentos junto da Câmara Munito da Rua das Carvoeiras com a cipal da Trofa mas não obteve resRua das Camposas, em S. Romão posta em tempo útil.
Linha contínua com cerca de quatro quilómetros impede ultrapassagens
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Trofense perde com adversário direto e cai em zona de play-off Complicou-se a tarefa do Clube Desportivo Trofense na Fase de Manutenção do Campeonato de Portugal. A equipa perdeu com o Pedras Salgadas por 3-1, na 10.ª jornada da série B, e desceu ao 6.º lugar, que obriga a play-off de manutenção. A formação da Trofa até esteve a vencer, com um tento de Zé Domingos, aos 25 minutos, mas o adversário deu a volta ao marcador na etapa complementar. Primeiro foi Bela Tavares, aos 58 minutos, a estabelecer o empate. Depois, foi Gustavo Sousa, aos 87 minutos, a confirmar a “cambalhota” no resultado. O mesmo jogador ainda bisou, com um golo na sequência de uma grande penalidade, já em tempo de compensação. Apesar de ter complicado as contas da manutenção, a equipa da Trofa, com 17 pontos, está próxima dos adversários diretos, Mirandela e Pedras Salgadas, que têm 18 pontos. O penúltimo lugar, que já vale a despromoção direta, é ocupado pelo Limianos, que soma 12 pontos. O Ponte da Barca, próximo adversário do Trofense, no domingo, angariou até agora sete pontos e já está condenado à descida. C.V.
20 ABRIL 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA Treinador do Bougadense “não” está “preocupado”
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Desporto
Esperada casa cheia e reforço policial para receber o Canelas
O Atlético Clube Bougadense deslocou-se a Amarante para defrontar o Vila Caiz, na 2.ª eliminatória da Fase Final da Taça Brali. Na bagagem, no regresso à Trofa, trouxe uma vitória e uma dose extra de motivação para enfrentar o próximo e mediático adversário, o CF Canelas 2010. LILIANA OLIVEIRA/ CÁTIA VELOSO
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á sabíamos que ia ser um jogo complicado, com uma equipa de um escalão superior, mas estivemos ao nosso melhor nível”, afirmou Agostinho Lima, técnico do AC Bougadense. Depois de estar a perder, a formação de Santiago de Bougado conseguiu dar a volta ao resultado e levar de vencida o Vila Caiz, por 2-3. Para Agostinho Lima, a equipa fez “um grande jogo”. “Tivemos uma postura muito boa em termos de atitude e organização, tivemos mais oportunidades de golo e fomos a melhor equipa”, garantiu o treinador. Na próxima eliminatória, o AC Bougadense defronta o CF Canelas 2010, que milita na Divisão de Elite. A partida tem início às 16 horas de 25 de abril, no Campo de Jogos da Ribeira. Agostinho Lima “não” está “preocupado” com receção ao Canelas na próxima eliminatória da Taça Brali Agostinho Lima, em declarações ao jornal O Notícias da Trofa (NT), Bougado vai “jogar o melhor posO presidente do Clube, Hilário ou cinco, talvez venham aí uns 12 desvalorizou as polémicas que en- sível e o melhor que sabe”. “Em to- Duque, disse ao NT que “não pe- ou 15. Eu já fui à GNR e vem mais volveram o Canelas 2010 esta épo- dos os jogos há lances maldosos diu mais reforço policial”. Hilário reforço, por uma questão de preca e afirmou que, para o AC Bou- e estou convencido que eles vão Duque esclareceu que “de acordo venção”, explicou o presidente do gadense, “é mais um jogo”. “É uma fazer o jogo deles e nós vamos fa- com a assistência, as entidades de Bougadense. equipa de vários escalões acima, zer o nosso”, sublinhou o técnico, segurança é que definem quanAntes disso, o AC Bougadense mas vamos dar tudo e tentar dig- que, garantiu, “os jogadores que- tos agentes devem mobilizar”. E, recebe o Arcozelo, em jogo a connificar o Bougadense”, garantiu rem jogar”. Agostinho Lima confi- por falar em assistência, o presi- tar para a jornada 26 da Série 1 da o técnico. Agostinho Lima afirma denciou ainda ao NT que não vai dente conta com “uma enchen- 1.ª Divisão da Associação de Fute“não estar preocupado”, garantin- preparar de forma especial o jogo te”. Assim sendo, “em um jogo bol do Porto. O jogo realiza-se no do que a formação de Santiago de frente ao Canelas 2010. normal eles vêm sempre quatro sábado, 22 de abril, às 16 horas.
Bougadense promove Torneio de Páscoa Fim de semana de Páscoa é si- ticar a modalidade pela primeira nónimo de interrupção das com- vez e é nestas idades que os pais petições de futebol e de realização estão mais presentes”, afiançou. Nesta fase da época, já se ultide torneios recreativos. Foi o que aconteceu no Parque de Jogos da mam os campeonatos federados Ribeira, em Santiago de Bouga- e se anteveem os próximos projedo. Durante dois dias, a 14 e 15 de tos do departamento de formação abril, pelo sintético do Atlético Clu- do clube. Segundo Jorge Almeibe Bougadense passaram cerca de da, no verão, realiza-se mais uma 450 crianças da região para parti- edição do Summer Cup, outro torcipar no Torneio Vale do Ave. A ini- neio para o escalão de benjamins. ciativa realizou-se pelo segundo Uma das novidades será o desenano consecutivo e contou com 25 volvimento do programa de férias equipas do escalão de benjamins. desportivas no complexo. “Depois, Jorge Almeida, coordenador do vamos iniciar alguns projetos noDepartamento de Formação do vos, que a seu tempo serão divulBougadense, fez um balanço “po- gados”, vaticinou. O Atlético Clube Bougadense sitivo” do Torneio. “Mais uma vez estamos a mostrar a nossa estru- conta, atualmente, com cerca de tura e a contribuir para o desenvol- 120 jovens nas camadas de formavimento do futebol local e do des- ção. Cerca de metade são atletas porto. Muitas crianças estão a pra- dos quatro aos 12 anos. C.V./P.P.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Atualidade Alberto Carneiro (1937-2017)
O homem do Mundo que encontrou em S. Mamede a natureza da sua arte
“Dificilmente o que habita perto da origem abandona o lugar”. A frase de Alberto Carneiro explica a ligação umbilical que manteve com S. Mamede do Coronado, onde nasceu, viveu e se tornou um dos maiores vultos portugueses da escultura contemporânea do século XX. “Se tivesse nascido na cidade, se tivesse vivido a minha primeira infância na cidade, a minha obra não seria o que é. Nem eu, provavelmente, me teria encontrado com este mundo”, disse numa entrevista ao Público, em 2013. CÁTIA VELOSO
de curtumes, o jovem aprendeu a sas experiências aprofundou a rebrincar no que um dia chamou de flexão sobre filosofia oriental (Zen, “território imenso de liberdade” que Tantra, Tao). S. Mamede do Coronado lhe proNos últimos anos de vida foi conporcionou. Sozinho ou com o amiseguindo erguer algumas exposigo Zacarias, brincava com a terra, ções e criar novas obras, até deipaus e folhas e na memória guarxar de conseguir pegar na eletrosdou momentos em que fazia estruserra, instrumento que incluiu tarturas com bocados de árvores e em diamente na atividade de escultor, que ia ao ribeiro buscar terra húmimas que sabia manusear com “senda para modelar melhor. Era a arte sibilidade”. a desabrochar da sua humanidade, Uma das últimas obras - a maior através de uma relação ímpar com a em dimensão de toda a carreira Natureza, que conheceu novos conestá exatamente na terra que o viu tornos quando, com sete anos, viu nascer: S. Mamede do Coronado. o mar pela primeira vez. Foi o pai Um jardim-escultura composto por que o levou, de bicicleta, até à Pó435 esteios de granito e um tronco voa de Varzim. “Foi um grande imde um castanheiro. Uma peça que pacto. Ficar diante daquela imensipara o artista tinha “um significaonsiderado um “modelo para dão. O movimento e o som do mar… do especial” por estar na terra NaAlberto Carneiro foi professor de vários artistas contemporâneos todos os artistas”, alguém que “ex- Impressionou-me muito”, contou, tal e por “ser constituída com mapandiu ilimitadamente o campo da em entrevista ao Público, em 2013. vidavam da sua capacidade de fazer na, na Coreia do Sul, na cidade de téria que vem da paisagem”, refeescultura” e que “abriu novos camisantos, se nunca antes tinha feito as Taoyuan, na Ilha Formosa, em Es- riu ao NT, aquando da inauguraDo ofício da arte sacra ao novo nhos para a prática artística em Porcabeças. Mas conseguiu. “Não tive panha e no Chile. ção, em 2015. tugal”. Será desta forma, e de mui- mundo encontrado em Londres problema nenhum. Sabia manejar Realizou mais de 70 exposições Ao longo da vida, Alberto CarneiJá nessa altura se diferenciava os instrumentos. Era uma questão individuais e participou em mais de ro colecionou amizades, pelo estas outras, que Alberto Carneiro será relembrado. O escultor natu- intelectualmente das crianças da de aproximação à forma”, contou, cem mostras coletivas. Como prin- pírito generoso e de abertura com ral de S. Mamede do Coronado fale- sua idade. Foram os livros que lhe na mesma entrevista ao Público. cipais exposições relevam-se as rea- a comunidade artística. Com Maceu a 15 de abril, vítima de proble- abriram horizontes. Requisitava liAcabou por desistir da ativida- lizadas na Fundação Calouste Gul- nuel António Pina, por exemplo, famas de saúde prolongados, no Hos- vros da biblioteca itinerante da Gul- de como santeiro, que considerava benkian e no Centro Cultural de Be- zia par no jogo da sueca com Arnalpital de S. João do Porto, e deixou benkian que parava em S. Mamede “copista” por não exigir “qualquer lém, em Lisboa, na Fundação Serral- do Saraiva e Joaquim Vieira (pintor). um legado que será quase impos- e lia Aquilino Ribeiro, Miguel Torga e rasgo de criatividade”. Como “que- ves, no Porto, no Centro Galego de Pina chegou a dedicar-lhe um poesível replicar no concelho da Trofa. Camões. Terminou a instrução pri- ria outros voos”, decidiu formar-se Arte Contemporânea, em Santiago ma: “No atelier-floresta de Alberto Nascido a 20 de setembro de 1937, mária com dez anos e se seguisse na Escola Superior de Belas-Artes de Compostela, no Museu Nacio- Carneiro/ as árvores crescem para Alberto Carneiro encontrou a sua os passos normais daquele tempo, do Porto. Enquanto isso, deu aulas nal Machado de Castro, em Coim- o passado,/ para o primeiro, para arte na natureza que a terra Natal seguiria para o seminário. Disse não. de ginástica - que aprendeu na tro- bra, no Museu de Arte Contempo- o incriado”. Foi professor de vários lhe proporcionou. Fosse com a ce- Uma atitude que colheu a concor- pa – no Colégio dos Órfãos do Porto rânea do Funchal e na Casa da Cer- artistas contemporâneos e de figurejeira que, sozinha, crescia no quin- dância da mãe e a renitência do pai. e também colaborou com a secção ca, em Almada. ras como o arquiteto Eduardo Souto tal de casa, fosse na madeira que Seguiu, então, para a oficina do Te- desportiva do Jornal de Notícias. Um dos trabalhos mais significa- de Moura. Após o anúncio da morte começou a desbastar na oficina do dim, onde aprendeu o ofício de sanEm 1968, venceu o prémio nacio- tivos realizou-o em Santo Tirso, a do escultor, Souto de Moura confessanteiro Tedim, para onde foi traba- teiro. Mais tarde reconheceu que foi nal de escultura e conseguiu uma partir de 1985, com os simpósios sou nutrir por ele uma “grande adlhar com dez anos, o artista fez do através desta “experiência de vida bolsa da Fundação Gulbenkian, internacionais de escultura que re- miração”. Considera Alberto Carquotidiano, do ambiente que o en- fundamental” que estabeleceu o tendo viajado para Londres, aque- sultaram na inauguração, em 2016, neiro um “pedagogo” que “estilivolvia e da própria essência como vínculo com a madeira, o material le que seria um dos locais que mar- do Museu de Escultura Contempo- zou a natureza”. Nas aulas de desehomem a alma da sua arte. preferido. Aprendeu a polir – primei- caram a sua vida. Em 2013, contou rânea, que contempla 54 esculturas nho recorda-se da “autêntica revoFilho único – o irmão mais velho ra fase de um aprendiz -, a desbas- ao Público que, naquele ano, a 12 espalhadas pela cidade. lução” que o escultor imprimiu atrafaleceu ainda Alberto não era nas- tar e a farpar. Naquele local nunca de dezembro teve a “consciência” Também viajou muito, passando vés de exercícios de “desenho concido, a mais nova também acabou fez as cabeças dos santos, função de que “não havia separação” entre pelo Brasil, Europa, Estados Uni- ceptual” em que era solicitado que por perecer pouco tempo depois de privilegiada dos mestres. Por isso, “a vida”, o seu “quotidiano”, a “es- dos da América, Norte de África, se desenhasse “o som e o sabor dos nascer -, com mãe peixeira e pai sur- quando decidiu trabalhar por con- sência dele” e o seu “trabalho”. Em Índia, China e Japão. A partir des- materiais”. rador, que trabalhava numa fábrica ta própria, com 17 anos, muitos du- 69, a sua arte começou a ser reconhecida internacionalmente, com a participação na Bienal de Veneza. Em 1976, representou Portugal na Bienal de São Paulo. Na mesma década, iniciou a atividade de proAlém de escultor e professor, Alberto Carneiro também teve um pafessor, tendo lecionado no Círculo pel importante durante o tempo de ditadura em Portugal. Foi Jaime de Artes Plásticas de Coimbra, na Toga, elemento do Comité Central do Partido Comunista Português, ESBAP, e na Faculdade de Arquique lembrou, aquando do anúncio da morte do artista, que este “foi tetura da Universidade do Porto. membro da Comissão Regional do Porto da Comissão Nacional de Pelo país deixou inúmeras obras Socorro aos Presos Políticos”. “Durante o fascismo, Alberto Carneie tem outras espalhadas por todo ro tomou partido. Tomou partido pelo apoio aos que foram presos o mundo, como em Gateshead, In(muitos deles torturados e alguns assassinados). Integrou esta estruglaterra, no parque metropolitano tura unitária e deu força à denúncia do fascismo, apoiando também de Quito, no Equador, em Wicklow, aqueles que lutaram pela democracia e a liberdade”, referiu Toga. Irlanda, na Aldeia Folclórica Corea-
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Alberto Carneiro defendeu presos políticos
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20 ABRIL 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
João Mendes
O mestre
da cultura partiu
CRÓNICA
O artista que “namorava” os materiais “O
contactava Alberto Carneiro artista nunca aca- para que pudesse assistir a ba a sua obra”. Este era o en- todo o processo. Ele próprio tendimento de Alberto Car- fazia questão de seguir de neiro sobre o processo ar- perto todos os passos destístico. Na madeira, procu- sa tarefa, porque entendia rava “a essência da própria que “a obra já existe no deárvore”, como se esta “ti- senraizar e no cortar”. “Se a vesse um espírito”. “Procura- obra é minha, não posso dar -se. Procura-se. Procura-se. a outros o privilégio de a faEstá algures. Nunca se reve- zer”, contou. Ao Público, em 2013, asla. Mas procura-se”, explicou, em entrevista ao Público, em sumiu ter uma “relação vis- gosto pela escultura primiti2013. Três anos antes, revela- ceral” com as árvores. A ce- va, aproximando-se das forva ao NT e à TrofaTv que o tra- rejeira que existia no quintal mas mais brutas. Bernini e balho “era um processo de de casa e onde andava pe- Giacometti eram dois dos ardescoberta” e, mesmo ten- los galhos terá uma grande tistas que apreciava. Por oudo “ideias prévias”, rejeitava responsabilidade pelo cami- tro lado, assegurava que não ficar “sujeito a elas”. Alberto nho que trilhou na arte. Tra- “mitificava” a arte e consideCarneiro lidava com os mate- balhava sobre a natureza, os rava que “a essência da beriais como se de um namoro elementos, a água, a terra, o leza da Mona Lisa e do Moise tratasse, através de um fogo e o ar e não abdicava da sés” podia ser encontrada “diálogo”, em que matéria e ligação do escultor com a nas suas obras. Segundo a historiadora de escultor iam “respondendo obra: a arte não deveria estar desligada da vida, pelo con- arte Raquel Henriques da Silreciprocamente”. Sempre que precisava de trário, ela radicava nas me- va, o escultor mamedense escreveu também “um maderrubar ou cortar uma ár- mórias pessoais do artista. O escultor sempre revelou nifesto, que é dos primeiros vore da quinta, o vizinho
Nascido em 1937, em São e movimentos da matéria. A Mamede do Coronado, a arte sua obra está presente nos tornou-se parte indissociá- quatro cantos do mundo, de vel da sua vida com apenas Portugal à Coreia do Sul, do 10 anos de idade, altura em Equador à Ilha Formosa. que inicia a sua actividade Perdemos um dos nossos numa oficina santeira, uni- maiores e melhores. Um troverso onde se moveria du- fense que deu um inestimárante os 11 anos que se se- vel contributo ao concelho guiram. Passou pela Soares e ao país, que marcou naciodos Reis, pela Escola António nal e internacionalmente a Arroio e, em 1961, ingressou arte contemporânea e que no curso de Escultura da Es- projectou o nome da Trofa cola Superior de Belas Artes como poucos, muito poucos, do Porto (ESBAP). Incansável, sem nunca lhe pedir nada obtém uma bolsa da Funda- em troca, sem nunca receber ção Calouste Gulbenkian e grande coisa por isso. Porque segue para Londres, onde a arte, como a cultura, rende frequentou a prestigiada poucos votos, logo recebe Saint Martin’s School of Art, pouca atenção. Tivesse sido entre 1968 e 1970. jogador de futebol, e as hoFindado o notável percur- menagens, em vida, ter-seso estudantil, Alberto Carnei- -iam multiplicado. ro continua ligado ao munAinda assim, o “grande do académico, desta feita mestre da escultura” nunca na qualidade de professor, se desligou do nosso concetendo leccionado na ESBAP lho, e entre viagens, exposi(1972-1976) e na Faculdade ções e outras correrias, enO Presidente da Repúbli- Reis atribui ao escultor “um de Arquitectura da Univer- controu sempre o caminho ca, Marcelo Rebelo de Sou- exemplo do que se pode sidade do Porto (1985-1994). de volta para São Mamede do sa, foi uma das muitas figu- designar como um artista Pelo caminho, é o escolhido Coronado e para o universo ras nacionais que deixaram completo e absoluto”. Já o para dirigir a orientação pe- rural que tanto amou e o in- uma mensagem sobre Al- ex-diretor da Escola de Bedagógica e artística do Círcu- fluenciou. E a prova de que o berto Carneiro após o anún- las Artes do Porto, Francislo de Artes Plásticas de Coim- concelho da Trofa, e São Ma- cio da morte do escultor. co Laranjo, recorda Alberbra (1972-1985) e realiza inú- mede do Coronado em par- “Nunca escondeu a sua fun- to Carneiro como uma pesmeras mostras individuais, ticular, são o centro nevrál- damental pertença à aldeia, soa “com uma personalidamarcando presença na Bie- gico e a fonte de inspiração às pedras, às madeiras, às de muito dedicada” e “atennal de Veneza (1976) e na Bie- de uma das mais notáveis cerejeiras da sua infância e ta” aos alunos, “bem-disposnal de São Paulo (1977). En- obras artísticas da história da adolescência”, escreveu Re- to” e “atencioso”. Joaquim Couto, presidentre outras distinções, vence o escultura portuguesa pode belo de Sousa. Já o ministro Prémio Nacional de Escultu- ser encontrada nas palavras da Cultura, Luís Castro Men- te da Câmara Municipal de ra, em 1968, e o Prémio Na- do próprio Alberto Carneiro, des, apelidou-o de “voz sin- Santo Tirso, também era cional de Artes Plásticas da que, reza a história, terá um gular” que “combinou a arte amigo pessoal do escultor. Associação Internacional de dia dito que “Se tivesse nas- com elementos da nature- Foi com ele que o autarca erCríticos de Arte, em 1985. cido na cidade, se tivesse vivi- za e marcou as artes visuais gueu o Museu Internacional A sua vasta obra foi objecto do a minha primeira infância em Portugal”. E são aqueles de Escultura Contemporâde largas dezenas de exposi- na cidade, a minha obra não que com ele privaram du- nea e neste mandato garanções em nome próprio, inte- seria o que é. Nem eu, prova- rante vários anos que desta- tiu ainda que Carneiro entregrada e inúmeras mostras co- velmente, me teria encontra- cam o humanismo e a capa- gasse ao concelho dez escullectivas, tendo inclusive sido do com este mundo”. Faleceu cidade de dar uma nova rou- turas e 50 desenhos, numa alvo de quatro grandes expo- no passado Sábado, aos 79 pagem à escultura. Rui Cha- doação avaliada em 1,5 misições antológicas: na Funda- anos, após prolongado inter- fes, escultor, considera que lhões de euros. A autarquia ção Calouste Gulbenkian e namento. O legado que deixa, Carneiro “foi daqueles ar- prepara agora o projeto do Serralves, em 1991, no Museu ao concelho e ao país, é de tistas que levou a escultura Centro de Arte Alberto CarMachado Castro, em 2000, no um valor inestimável e sem de uma forma muito radical neiro, que vai ser criado na Centro Galego de Arte Con- paralelo. Resta-nos agrade- e muito consequente a uma Fábrica de Santo Thyrso e temporânea (Santiago de cer o privilégio que foi ter en- espécie de grau zero daqui- cuja adjudicação da obra Compostela), em 2001 e no tre nós um filho da terra que lo que era possível fazer em está prevista acontecer “nos Museu de Arte Contempo- é uma referência mundial da escultura, para poder renas- próximos dias”. O projeto, orrânea do Funchal, em 2003. escultura, um ícone maior da cer outra vez mais escultura çado em 1,3 milhões de euRegressou a Serralves, em arte contemporânea, um gé- e fez isso de uma forma ab- ros, deverá ser inaugurado 2013, com a exposição Alber- nio inconformado. E honrar a solutamente inovadora em “no final de 2018”, anunciou Couto. to Carneiro: Arte Vida / Vida sua memória. Devemos tan- Portugal, no anos 60”. José Ferreira, presidente Arte - revelações de energias to e muito poucos. O escultor Pedro Cabrita
não só em Portugal como no mundo, sobre a arte ecológica, sobre a ideia de naturalidade dos materiais, esta presença da floresta e da árvore na sua exposição”. Um dia revelou que a mãe foi o “sustentáculo” da sua vida. Nunca a tendo projetado na sua obra, confessou que, se o fizesse, teria a forma de “uma árvore”, provavelmente de “uma cerejeira”, tal como aquela que existia, sozinha, no quintal de sua casa, quando era criança.
Alberto Carneiro lembrado como “voz singular” da escultura contemporânea da Junta de Freguesia do Coronado, conseguiu, em 2015, que Alberto Carneiro deixasse a única obra no concelho da Trofa, num terreno público contíguo à casa onde viveu. “Sinto-me um privilegiado por ter tido a oportuni-
dade de ter conhecido Alberto Carneiro, e de lhe ter feito o desafio para ele deixar uma obra dele à terra onde ele nasceu. É um legado de imenso valor, não só patrimonial mas também sentimental”, afiançou.
“De todo, não sei” a opinião dos trofenses, disse Carneiro Apesar de ter uma relação muito próxima com a terra Natal, Alberto Carneiro nunca percebeu o seu lugar no concelho da Trofa. Já em 2010, em entrevista ao NT e à TrofaTv, Alberto Carneiro confessava não saber a opinião que os trofenses tinham do seu trabalho. “Não sei. De todo, não sei”, afirmou. José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, afirmou ao NT que para que o jardim-escultura fosse uma realidade em S. Mamede do Coronado, em 2015, foi preciso “muita insistência”. A razão: Alberto Carneiro entendia que “desde que a Trofa passou a concelho, a Câmara Municipal nunca demonstrou interesse que ele participasse ou que construísse alguma obra”, referiu José Ferreira. O autarca considera que o concelho, através dos executivos municipais, “nunca teve a sensibilidade de o acarinhar e de o acolher como ele merecia”. Por esse motivo, José Ferreira acredita que a pretensão que tem de ver a casa do artista tornar-se numa galeria pública está num horizonte longínquo. Ou até mesmo impossível: “A manter-se as coisas como até agora, parece-me que a Câmara Municipal não tem grande interesse em investir nesta zona da freguesia”. José Ferreira esteve nas cerimónias fúnebres de Alberto Carneiro, na segunda-feira, no Tanatório de Matosinhos e não viu ninguém a representar a Câmara Municipal da Trofa.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Desporto
Dragon Force vence Trofense Cup
Ao vencer a equipa B do Clube Desportivo Trofense, o Dragon Force do Colégio de Ermesinde sagrou-se vencedor do Trofense Cup 2017. PATRÍCIA PEREIRA
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uma vitória na final com a equipa m torneio de futebol infan- da casa, todos os meninos consetil, que juntou nove equipas no guiram ter bastantes minutos de complexo desportivo de Parade- jogo e, por isso, foram para casa extremamente satisfeitos”. José la, no sábado, 15 de abril. Quando questionado sobre Pinto contou que “já tinham parquais os pontos fortes que leva- ticipado neste torneio em anos ram a equipa a vencer, o capitão anteriores”, referindo que é “muiBruno Costa destacou “o ponta to bem organizado e com um níde lança, que marcou imensos vel competitivo bastante alto”. golos”, mas, acima de tudo, “a “Portanto, é do nosso interesse equipa”. Bruno Costa gostou de colocar os nossos jogadores nesEquipa do Trofense foi a anfitriã do torneio participar neste torneio, porque tes contextos”, complementou. O Trofense Cup já vai na 10.ª a Associação de Futebol do Por- ção do Torneio de Futebol Infanse “divertiram, ganharam e foi um momento em equipa, mas edição e é promovido pelo De- to “marcou jogos na sexta-feira”, til, onde participaram “cerca de partamento de Formação do clu- o torneio foi organizado para se 250 crianças”. “Correu bem, o também em família”. pessoal está todo satisfeito e Já o treinador José Pinto afir- be. O diretor do Departamento de realizar “só no sábado”. Contudo, Filipe Costa fez um acho que a organização foi ótimou que a participação no tor- Formação do Trofense, Filipe Cosneio “correu bem, culminou com ta, explicou que, este ano, como “balanço positivo” desta 10.ª edi- ma, não temos ninguém a quei-
Classificação do Trofense Cup
1.º lugar: Dragon Force Ermesinde
2.º lugar: CD Trofense B 3.º lugar: CD Trofense A 4.º lugar: GD Águas Santas 5.º lugar: Nogueirense FC
6.º lugar: FC Marinhas 7.º lugar: EF Sportfut 8.º lugar: ARS Martinho 9.º lugar: Ruivanense FC
Melhor Guarda-Redes Edu (CD Trofense A) Melhor Jogador Diogo Almeida (Dragon
xar-se da nossa organização. Estamos satisfeitos e preparados para fazer novo evento no próximo ano”, adiantou.
Force Ermesinde) Melhor Marcador Tomás Torres (Nogueirense FC)
Troféu Fair-Play EF Sportfut
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20 ABRIL 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Desporto Resultados Camadas Jovens Atlético Clube Bougadense Juniores Taça Com. 2.ª Divisão – série 4 22/04 às 16 horas Macieira da Maia-Bougadense Iniciados Taça Com. 2.ª Divisão – série 6 23/04 às 10 horas Bougadense-Cête Infantis Taça Com. 2.ª Divisão – série 4 22/04 às 16 horas Roriz-Bougadense Sub 11 Camp. Dist. Div. Honra – série 1 22/04 às 9 horas Col. Novo da Maia-Bougadense Sub 10 1.ª Divisão Dist. Fut.7 – série 2 Constance 1-1 Bougadense (4.º lugar, 20 pontos) Próxima jornada 22/04 Bougadense-Oliv. Douro Clube Desportivo Trofense Iniciados B Camp. Distrital – Ap. 13.º/17.º (1.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 30/04 Panther Force-Trofense Infantis 7 Camp. Dist. Div. Elite – série 1 (8.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 22/04 às 13.15 horas Salgueiros-Trofense Camp. Dist. Div. Honra – série 2 (2.º lugar, 21 pontos) Próxima jornada 22/04 Amarante-Trofense Sub11 Camp. Dist. Div. Elite – série 1 Trofense 2-1 Vila Nova de Gaia (1.º lugar, 21 pontos) Próxima jornada 22/04 às 10 horas Trofense-Rio Tinto Camp. Dist. Div. Honra – série 2 Trofense 2-5 Lomba SC Amarante (7.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 22/04 Trofense-Leça Sub10 1.ª Divisão Dist. Fut. 7 – série 2 FC Pedras Rubras 1-6 Trofense (3.º lugar, 25 pontos) Próxima jornada 22/04 Trofense-FC Parada
Iniciados A Clube Desportivo Trofense
“É na dificuldade e na superação que nós queremos formar”
De todos os escalões de formação, a de iniciados é a que mais se nota a diferença do desenvolvimento maturacional entre jogadores. Essa dificuldade é ultrapassada pela cultura da superação, condição que, no Clube Desportivo Trofense, é “pedra de toque” para o sucesso. O NT foi saber como evolui a equipa de iniciados A com o treinador Bruno Aroso. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): Como está a correr a temporada? Bruno Aroso (BA): Terminamos o nosso campeonato. Durante este tempo percorrido, temos vindo a trabalhar o grupo para uma etapa competitiva mais exigente face ao ano anterior, existem adaptações no processo de jogo que estão a ser feitas de acordo com as nossas capacidades. Este grupo tem alguns elementos novos, com muito potencial, mas ainda a assimilar o nosso modelo de jogo. Inicialmente, tivemos algumas dificuldades em assimilar os princípios do nosso modelo. Com muito trabalho estamos a melhorar os nossos desempenhos e a aproximarmo-nos do ADN do Trofense. Neste sentido, a época está a decorrer dentro daquilo que esperávamos, naturalmente que iremos ficar mais fortes e mais próximos da qualidade de jogo que pretendemos.
NT: Quais os objetivos na competição? BA: Quando estamos a representar um clube como o Trofense, temos de ter a noção que os nossos objetivos são sempre os mais ambiciosos possíveis. Procuramos ser muito competitivos sem descurar a qualidade de jogo que pretendemos. Estando os Iniciados A na 1.ª Divisão Distrital, os seus objetivos passam por tentar a subida de divisão ao campeonato nacional. Quem quer obter grandes conquistas não pode ambicionar coisas pequenas. Não nos podemos esquecer que todos os escalões da formação estão ligados entre si, todos estão a percorrer o mesmo caminho embora em etapas diferentes. Se queremos ser os mais fortes temos de ombrear e vencer os outros fortes. NT: Quais as principais dificuldades neste escalão/competição? BA: Este é, porventura a par de outros escalões, aquele em que a diferença do desenvolvimento maturacional dos jovens mais se acentua. Este fator pode fazer com que em alguns jogos a equipa não seja premiada pelo bom desempenho que teve no jogo, porque, por vezes, a grande diferença fisiológica vence a organização. Por outro lado, nós sabemos que com estas condições, a equipa tem de jogar numa constante su-
peração e é esta superação aliada a uma forte organização de jogo que nós implementamos nos jogadores que os vai preparar para um nível superior. É na dificuldade e na superação que nós queremos formar estes Homens – Jogadores.
NT: Com que aptidões os atletas se capacitam neste escalão? BA: O jogador do Departamento de Formação do CDT é culto taticamente e os princípios do nosso modelo de jogo, o nosso jogar, são transversais a toda a formação. Nas diferentes etapas da formação não ensinamos coisas diferentes. O que eles aprenderam no ano transato não é diferente daquilo que estão a aprender agora, o conteúdo é o mesmo, agora a complexidade e a intensidade com que eles vivenciam os princípios do nosso modelo é que vai aumentando. Mas esta intensidade não é maior quando eles são Iniciados do que quando eram Infantis, isto em termos relativos. Agora, as dificuldades e as exigências são cada vez maiores, logo as capacidades que eles têm de desenvolver têm de acompanhar essas exigências. Eles sonham um dia poderem ser jogadores, profissão que não é fácil de atingir, por isso mesmo no perfil de jogador do CDT não descuramos a inteligência, que é fundamental. Para chegar a jogadores profissionais, têm de ter uma cultura tá-
tica superior aliada a uma intensidade de jogo alta e uma enorme capacidade de trabalho. Nesta etapa, iniciamos estas premissas, esperando que nas etapas seguintes possam ser complementadas.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Desporto Futsal federado
Juniores femininos do S. Romão vencem A equipa júnior feminina do Futebol Clube S. Romão venceu o Novasemente por 3-1, na 3.ª jornada da Taça Complementar do Campeonato Interdistrital. A for-
mação romanense somou os primeiros três pontos e na próxima jornada viaja ao reduto do Restauradores Brás Oleiro. C.V.
Caminhada de Santa Eulália realiza-se domingo
VTS Padrão com pombo mais rápido na solta de Vendas Novas Team Trofa (763 pontos) e Araúumpriu-se a terceira prova jo & Filhos (751). Na geral, Team de velocidade do campeonato Trofa é líder, com 2044 pontos, columbófilo. Na Sociedade Co- seguindo-se VTS Padrão (1975) lumbófila Trofense (SCT), o pom- e Araújo & Filhos (1930). bo mais rápido a voar desde VenA prova de Vendas Novas tamdas Novas até à Trofa pertence a bém pontuou para o campeonaVTS Padrão, com um tempo de to Trifitrofa/Megafibros – comvoo de três horas, 55 minutos e petição secundária da SCT. Nesseis segundos, a uma velocidade te, o pombo ****058/16 de Team média de 75,6 quilómetros por Trofa foi o mais rápido, mas foi hora (1260 metros por minuto). a equipa Asas de Rindo o meO pombo ****555/15 supe - lhor concorrente. Neste camperou a concorrência, nomeada- onato, a classificação geral é limente o pombo de Tânia Flor, derada por Araújo & Filhos, com que foi marcado em segundo 1200 pontos. Na Sociedade Columbófila e lugar. O pódio desta prova fechou com outro pombo de VTS Ornitológica, a prova de Vendas Padrão, equipa que venceu por Novas teve como pombo venceconcorrentes, à frente de Araújo dor ****794/16, de Inocêncio Care Filhos, que marcou o 5.º, 8.º e doso, amador que também ven9.º pombos, e de Tânia Flor, que ceu por concorrentes, à frente marcou o 2.º e o 13.º, respetiva- de Duarte & Companhia e Carmente. los Moreira. Ao fim de três provas, os meEm velocidade, o melhor conlhores pombos da categoria corrente ao fim de três provas é de velocidade, ****931/15 e Ismael António, com 481 pontos, ****701/15, pertencem à Team enquanto a classificação geral é Trofa e somam ambos 634 pon- liderada por Inocêncio Cardoso, tos. Na classificação geral, tam- com 1222 pontos. O pombo mais bém são os pombos desta equi- bem classificado na classificapa a liderar: ****701/15 mantém ção geral é ****038/15, de Inoo 1.º lugar, com 1443 pontos, à cêncio Cardoso, com 530 pontos. frente de ****088/15, com 1341. A próxima prova está prevista Na classificação por concor- para Motilla del Palancar, Esparentes, VTS Padrão está na fren- nha, e marca a segunda prova de te da tabela de velocidade, com fundo da campanha columbófila. 775 pontos, bem vigiado por C.V.
As inscrições são feitas no local e têm o preço de 2,50 euros, sendo que os primeiros cem inscritos recebem uma camisola. No final, os participantes podem almoçar na tasquinha da Comissão de Festas, onde vai haver feijoada, que vai ter o custo de seis euros, com oferta de uma bebida. A.M./C.V.
Este domingo, há Passeio de BTT
Classificação Sociedade Columbófila Trofense Melhores pombos velocidade 01. ****931/15 Team Trofa – 634 pts 02. ****701/15 Team Trofa – 634 pts 03. ****745/15 VTS Padrão – 632 pts 04. ****088/15 Team Trofa – 612 pts 05. ****940/14 Araújo & Filhos – 598 pts Melhores pombos geral 01. ****701/15 Team Trofa – 1443 pts 02. ****088/15 Team Trofa – 1341 pts 03. ****949/13 Araújo & Filhos – 1304 pts 04. ****057/15 Team Trofa – 1260 pts 05. ****376/14 Team Trofa – 1158 pts Melhores concorrentes velocidade 01. VTS Padrão – 775 pts 02. Team Trofa – 763 pts 03. Araújo & Filhos – 751 pts 04. Domingos Pereira Silva – 698 pts 05. Tânia Flor – 681 pts Melhores concorrentes geral 01. Team Trofa – 2044 pts 02. VTS Padrão – 1975 pts 03. Araújo & Filhos – 1930 pts 04. Domingos Pereira Silva – 1812 pts 05. Asas de Rindo – 1712 pts
arquivo
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A Comissão de Festas em honra de Santa Eulália está a promover uma caminhada com almoço no domingo, 23 de abril. A iniciativa tem início às 9.30 horas, junto à Capela de Santa Eulália, em S. Romão do Coronado, na Trofa, e a caminhada tem a duração de seis quilómetros, nível médio.
Um percurso de 15 quilómetros angariado será aproveitado para e outro de 30. Estas são as propos- “dar uma ‘nova vida’ à horta escotas para o terceiro Passeio de BTT, lar”, adiantou. que a Associação de Pais da EsE como o Passeio de BTT coincola Básica e Jardim de Infância cide com o fim de semana de fesde Bairros está a organizar para tas em honra de Nossa Senhoa manhã deste domingo, dia 23 ra do Desterro, Pedro Pereira referiu ser uma boa oportunidade de abril. A concentração está marcada para “queimar algumas calorias para as 8.30 horas, na Escola Bá- extra de um fim de semana que sica de Bairros, em Santiago de promete ser ‘turbinado’”. As inscrições estão “limitadas Bougado. O presidente da Associação de Pais, Pedro Pereira, afir- a 200 participantes” e podem ser mou que esta atividade será “um feitas através dos números 933 agradável convívio entre os aman- 465 217, 914 550 001, 933 312 135 tes de duas rodas e uma forma de ou 910 818 718. O custo da inscriunir toda a comunidade num am- ção é de “10 euros, com oferta de biente festivo e saudável”. O valor jersey e bifana”. P.P.
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Desporto
EAT com bons resultados no Grande Prémio de Atletismo da Páscoa A
Escola de Atletismo da Trofa (EAT) participou no sábado, 15 de abril, no Grande Prémio de Atletismo da Páscoa, em S. Salvador do Campo, no concelho de Santo Tirso. A Juvenil Alice Oliveira foi 1.ª classificada e, na mesma categoria, Sandra Sá foi 6.ª classificada. A Veterana F50 Helena Mourão subiu ao segundo lugar do pódio e Deolinda Oliveira foi 4.ª, em Veteranos F40. O Benjamim B Afonso Oliveira foi 5.º classificado. No coletivo jovem, Benjamins e Juvenis, a EAT conseguiu o 7.º lugar. A Escola de Atletismo da Trofa participou também no Tetratlo Regional, um torneio de quatro disciplinas de atletismo (veloci-
dade/ barreira, salto em comprimento/ altura, lançamento de peso e 800/ 1000 metros). A Iniciada Sofia Santos participou em Tetratlo 1, que envolveu prova de peso, altura, 80 metros barreiras e 800 metros, e foi 4.ª classificada. No mesmo fim de semana, a EAT participou, na Quinta de S. Romão, na 2.ª Jornada das Trofíadas, na modalidade de atletismo, e venceu, coletivamente, em Federados, e conseguiu, individualmente, muitos lugares no pódio. Mariana Sá e Bruno Silva foram primeiros e Carolina Martins 2.ª, no Escalão A. No Escalão B, Isabel Martins conseguiu o lugar mais alto do pódio bem como Bruno Sá. Na mesma categoria, Afonso Oliveira foi 2.º e Henrique Costa 3.º. Vânia Sousa (1.ª), Ana Duarte
(2.ª) e Sofia Alves (3.ª) participaram no Escalão C, o mesmo que deu a vitória a Luís Oliveira (1.º).
Sofia Santos, Tatiana Soares e Ana Mota e Ricardo Dias, Rúben Pinto e Nuno Costa foram os três
primeiros classificados, respetivamente, no Escalão D. L.O./C.V.
“Encontro Ténis Para Todos” juntou cerca de 200 crianças
Escolinha de Rugby participa em “Manual de Como Ser Escuteiro” “Manual de Como Ser Escuteiro” foi a atividade que os Caminheiros do Agrupamento de Escuteiros 447 de Santiago de Bougado realizaram, em parceria com a Escolinha de Rugby
da Trofa, a 13 e 14 de abril. Com o lema “Aprender Fazendo” e em regime de acampamento, o principal objetivo era dar a conhecer a essência do movimento fundado por Ba-
den-Powell, em 1907, através de atividades como jogos em patrulha, comida selvagem, fogo de conselho e ginástica.
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A.M./C.V.
“Ténis para Todos” foi o lema da iniciativa que juntou “cerca de 200 crianças” das escolas do 1.º ciclo do concelho da Trofa, na manhã de 11 de abril, nos Parques Nossas Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro.
Este foi o 3.º ano conse- be de Ténis da Trofa, Adecutivo que o Clube de Té- lino Couto, afirmou que nis da Trofa, em parceria “ficou, sem dúvida, a cercom a FAP Trofa e com o teza de que as crianças fiapoio da Câmara Munici- zeram deste encontro um pal da Trofa, organizou o estímulo para iniciarem-se “Encontro Ténis para To- na modalidade”. dos”. O presidente do CluA.M./C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Reportagem Dia Mundial da Bicicleta assinala-se a 19 de abril
Mais do que um desporto, pedalar é um estilo de vida “B-I-C-I-C-L-E-T-A. Sou sua amiga bicicleta”. É desta forma que o cantor brasileiro Toquinho começa a música dedicada àquela que nos leva “pelos parques a correr” e que nos “ajuda a crescer e em duas rodas deslizar”. A 19 de abril assinalou-se o Dia Mundial da Bicicleta e o NT quis conhecer entusiastas deste meio de transporte amigo do ambiente e da saúde. CÁTIA VELOSO
J
á dizia Toquinho que em cima da bicicleta, “o mundo fica à mercê” e entre “ruas, avenidas, na beira do mar” basta pedalar para ter o “corpo ao vento” e o “pensamento solto pelo ar”. E ao bom estilo canarinho, o cantor atesta que este meio de transporte entrou na moda “pra valer”, até porque “todo o mundo vive preocupado em emagrecer”. Mas não é preciso cruzar o oceano para confirmar uma evidência que se replica por todo o planeta. Há os mais comuns, desportistas, que através das duas rodas recuperam e mantêm a forma física, ora por trilhos florestais, ora pela estrada, aproveitando para competir e quebrar recordes pessoais. Mas também há aqueles que alimentam a paixão pelas duas rodas desde a infância, usando-as não só para fins desportivos, mas como ferramenta para concretizar um estilo de vida. É o caso de Luís Cardoso. A relação com a bicicleta é quase umbilical para este professor de educação física, que se recorda “com alguma saudade” dos passeios que fazia em cima de uma BMX acompanhado pelo avô, que se deslocava numa Pasteleira.
Noutras ocasiões, esperava que o pai saísse de casa para o trabalho para logo pegar na sua bicicleta de ciclismo e “tentar subir sem parar pelo empedrado até ao Monte de S. Gens”. A primeira grande experiência a pedalar aconteceu já na maioridade, quando adquiriu uma bicicleta de BTT para percorrer os Caminhos de Santiago, juntamente com um amigo. Aí, a relação com as duas rodas amadureceu: “Depois dessa fantástica experiência, investi numa pesquisa aprofundada sobre o mundo das bicicletas, aprendi a mecânica, iniciei novas amizades neste universo e comprei alguns objetos que me permitiam transportar material e comecei a usar a bicicleta como meio de transporte regular por lazer nos tempos livres, para ir trabalhar e para efetuar viagens”. Também Rolando Teixeira alimenta a paixão pela bicicleta desde criança, influenciado pelo “negócio de família”, precisamente relacionado com o “conserto” deste objeto. Com 53 anos, é em cima de duas rodas que cumpre a rotina diária de se deslocar para o trabalho, cumprindo cerca de 30 quilómetros semanais que, além de “amigos da carteira” evitam do-
res de cabeça no trânsito. “A viagem torna-se mais curta e o mais importante é que não tenho custos alguns, à exceção da manutenção da própria bicicleta que nada se compara à de um carro”, frisou. Rolando Teixeira também alimenta o gosto pela bicicleta ao fim de semana, já que pratica cicloturismo para “manter a forma física”. Pedalar faz bem ao corpo e à mente Ricardo Santos descobriu o cicloturismo há seis anos, com o tradicional passeio domingueiro. Com o tempo, os objetivos foram aumentando até ao ponto mais alto: pedalar pelo Caminho Francês de Santiago de Compostela até à Trofa, num total de 1100 quilómetros. Utiliza a bicicleta, essencialmente, para praticar desporto e alimenta um gosto especial pelo BTT. “A sensação de pedalar no meio da natureza é fantástica. Descobrimos sítios onde só de BTT ou a pé é que conseguimos chegar. Para mim, serve como uma terapia. Consigo desligar do mundo e desfrutar dos passeios”, explicou. Prova-se aqui, então, que peda-
Daniel Santos começou a pedalar para perder peso
lar faz tão bem à mente como ao corpo, no qual Ricardo também sentiu diferenças, nomeadamente na “maior capacidade respiratória” e na “leveza”. Mas há quem tenha enveredado no desporto a pensar em recuperar a forma física, tendo descoberto outras vantagens. Foi o caso de Daniel Santos que, há seis anos, pegou na bicicleta para “perder
vida”. “Fisicamente, permite-me estar sempre em forma e saudável. Psicologicamente, ajuda-me a estar mais tranquilo e a aliviar o stress do dia a dia”, contou. Atualmente, pedala entre 200 a 400 quilómetros por semana, dependendo se a semana é precedida de competição ou não. É no BTT que corre pelo pódio, mas ao NT confessou ter um “gostinho especial”
Daniel Silva é a figura maior do ciclismo do concelho da Trofa
peso” e depois percebeu que tinha enveredado por um novo “estilo de
E para quem se quer iniciar na modalidade?
Para os que fazem do ciclismo prática acompanhado por alguém com mais expecorrente, os conselhos para quem se quer riência para mostrar “os perigos de circular iniciar na modalidade passam pelo au- na estrada”, o novo cicloturista deve “famento gradual dos objetivos e acompa- zer um seguro próprio junto da Federação nhamento adequado. “É melhor começar Portuguesa de Ciclismo, de algumas comcom pequenas distâncias até o corpo se panhias de seguros ou de alguns bancos habituar. Começar com grandes distân- que, além de protegerem os próprios, tercias pode deixá-lo um pouco maltratado ceiros com responsabilidade civil, também e levar ao desânimo. Depois, aos poucos, podem dar direito a assistência em viagem, ir aumentando o desafio, criando objeti- caso a bicicleta avarie e esteja longe, o sevos”, afirmou Ricardo Santos que deixou gurado será transportado até casa”. Aos mais jovens, o ciclista profissional também como dica “a variedade nos percursos” para “quebrar rotinas e partir à desafia a “inscreverem-se nas escolas de ciclismo ou equipas de cicloturismo exisdescoberta”. A segurança também é um ponto a ter tentes na Trofa, passando a ser federados em consideração. Daniel Santos aconse- e a estar cobertos por um seguro”, e a ser lha “a nunca esquecer o capacete e a res- “acompanhados por pessoas com expepeitar os automobilistas para que tam- riência, que lhes darão formação e oportunidade de experimentar ciclismo de esbém seja respeitado”. Já Daniel Silva sugere que, além de trada, BTT, ciclocrosse, BMX, entre outros”. Rolando Teixeira desloca-se para o trabalho de bicicleta
pelo ciclismo de estrada, alimentando-o com várias incursões pelos concelhos vizinhos. O conhecimento de Luís Cardoso sobre os benefícios da prática do ciclismo, também aliado à formação académica, é mais detalhado. Diz que “o ciclismo amador praticado com regularidade e moderação só traz benefícios pois é uma atividade que tem um reduzido número de incidências de lesão e ainda possibilita uma melhoria no funcionamento de algumas funções orgânicas fundamentais, principalmente a nível cardíaco e respiratório”. “Em simultâneo, provoca substanciais reforços das estruturas músculo-esqueléticas e o desenvolvimento de um bem-estar psicológico muito à conta da estimulação da serotonina, neurotransmissor responsável em boa percentagem entre muitas outras coisas pelo nosso estado de humor, emoções, memória e desejo sexual”, acrescentou. E se falamos de desporto, não podemos passar ao lado da maior
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Reportagem figura do ciclismo do concelho da Trofa. Daniel Silva, 3.º classificado da Volta a Portugal de 2016, descobriu a bicicleta da mesma forma que a maioria das pessoas da geração. “Naquela altura, era rara a criança ou adolescente que não tinha uma bicicleta”, contou ao NT. Só que uns eram mais aventureiros que outros e Daniel, com 12 anos, “ia para Bairros, São Gens, Alvarelhos, sem conhecer estradas nem caminhos”. “Foi aí que comecei a mostrar os meus primeiros instintos de explorador”, afirmou. A ligação com a bicicleta levou-o a fazer do ciclismo profissão, ten-
do passado por várias equipas portuguesas – no Boavista esteve seis anos - até assinar contrato com a equipa continental profissional Brasil Pro Cycling Tea, esta época. Nela tem novos objetivos que passam pelo calendário internacional. Apesar de utilizar a bicicleta como ferramenta de profissão – pedala “entre os 600 e 900 quilómetros por semana” -, Daniel Silva também não a descura na vida quotidiana, utilizando-a como meio de transporte: “É prática, consome zero euros por quilómetro, não polui e dá-me a sensação de liberdade”.
Trofa tem bons trilhos, mas está atrasada em relação aos vizinhos Rolando Teixeira utiliza diariamente as vias rodoviárias para se deslocar para o trabalho. Pelo horário que cumpre, não vê a própria segurança em elevado risco, porque sai às 7.15 horas e regressa a casa às 20.30 horas, pelo que quase nunca se vê em filas de trânsito. Só no inverno é que toma precauções extra, porque naqueles horários o céu está escuro. Pela experiência que adquiriu nas viagens que realizou, Luís Cardoso considera que na cultura portuguesa “não estão enraizados hábitos de utilização da bicicleta como meio de transporte regular”, pelo contrário, “vivemos numa sociedade que transmite negatividade em vez de incentivo o que provoca negação em relação ao uso da bicicleta”. “Infelizmente ainda não existem na maioria dos concelhos do nosso país as vias adequadas em número suficiente que estimulem a utilização da bicicleta como meio de transporte seguro”, acrescentou. A Trofa é só um exemplo, mas tem potencial. “Para melhorar as nossas condições poderíamos seguir alguns exemplos dados por outros concelhos que têm feito um reaproveitamento das extintas vias férreas para o bem servir da população, criando um espaço de largos quilómetros pedonais e cicláveis onde se pode fazer passeios e encontros em segurança”, argumentou. Luís Cardoso observa tam-
bém que, do ponto de vista desportivo, o concelho trofense está “uns anos atrasado” em relação aos vizinhos, pois “não aproveita ao máximo os excelentes recursos naturais que possui para a prática do BTT”. “O que recentemente tem acontecido de bom”, enfatizou, “tem sido obra de alguns grupos de pessoas que apaixonadas pela modalidade organizam, e bem, eventos que muito contribuem para evoluir o conceito e melhorar os níveis de vida saudável”. Ainda assim, para quem gosta de pedalar por desporto, a Trofa tem alguns locais que merecem referência. Ricardo Santos elege como “melhores sítios para treinar” a zona de Covelas, por ter “muitas subidas e uma variedade muito grande de trilhos”. Nos arredores, aponta “a zona de Fradelos, onde há várias alternativas até Famalicão”. Daniel Santos também escolhe Covelas e ainda sugere os montes de S. Gens e Santa Eufêmia. Fora do concelho, muitos dos treinos são feitos no Monte da Assunção, em Santo Tirso, Vilar de Luz, na Maia, e Serra da Seroa, em Paços de Ferreira. Já o ciclista profissional Daniel Silva utiliza “frequentemente” uma subida de 1200 metros em Guidões, que vai ter ao Alto da Sapateira. “É uma subida curta, mas inclinada, onde faço algum trabalho específico e séries de força”, referiu.
O país e o mundo em cima de duas rodas
Com a bicicleta, Luís Cardoso viveu uma das maiores aventuras na Noruega
Luís Cardoso já pedalou de norte a sul, no interior e no litoral português, assim como já realizou jornadas no estrangeiro, como ligações entre Amesterdão e Paris ou Barcelona e Faro. A mais recente aconteceu na Noruega, onde pedalou “1500 quilómetros desde Oslo até Trondheim”, passando por “Molde, Kristiansund e Voss”. “Bosques, parques nacionais, fiordes, animais selvagens, cidades organizadas, povo humilde e acolhedor”, resumiu o cicloturista que contou que elegeu como “ponto alto” a oportunidade de “percorrer a ciclovia Rallarvegen, considerada por muitos como a mais bonita do mundo”. “Foram 80 quilómetros no meio dos mais altos fiordes, com imagens constantes da mais virgem e excelsa natureza do nosso planeta terra”, relatou. Os “imprevistos mecânicos e as condições meteorológicas” foram dificuldades “minimizadas” com “preparação prévia”, pois, como advogou, “na verda-
de, quando se parte preparado com os amigos. Os mais velhos psicologicamente para a distân- usam como meio de transporte cia e ausência do tradicional con- dentro das cidades para se desforto do lar, quando tens uma pai- locarem para o trabalho ou fazexão por esta forma de viajar e co- rem as suas compras. As ciclovias nhecer o mundo, não se encontra são realidades existentes dentro dificuldades que mereçam ser va- e fora das cidades e o respeito por lorizadas pois o prato da balança quem circula na estrada de bicitomba largamente para o lado cleta é enorme, sendo dada priodas coisas boas, das experiências ridade ao ciclista e só depois ao vividas, das pessoas conhecidas, veículo motorizado. No que à mida natureza partilhada”. nha experiência diz respeito, posDurante a viagem, Luís teve a so afirmar que não existe compaoportunidade de ficar hospeda- ração possível em relação a trado em casa de famílias noruegue- tamento dado aos ciclistas pelos sas, que contribuíram para que na automobilistas em Portugal. Perbagagem cultural trouxesse “um cebi com clareza que é tudo uma conhecimento profundo sobre a questão de educação e infraesvida social daquele povo”. “De truturas”, contou. facto, o respeito pelos valores da Depois desta aventura, Luís condição humana foi das caracte- Cardoso já agendou outras para rísticas da educação norueguesa este ano. As duas mais relevantes que mais admirei”, afirmou, ten- são “a travessia dos Pireneus da do também verificado o mesmo Costa Norte à Costa Sul com a suna estrada relativamente à rela- bida das 15 míticas montanhas do ção entre automobilistas e utili- Tour de França, a realizar em julho, zadores de bicicleta. “Desde cedo e a travessia da costa litoral porque os mais jovens são incentiva- tuguesa desde Valença do Minho dos a usar a bicicleta para irem até Faro, a realizar com a namopara a escola ou para brincarem rada durante 20 dias em agosto”.
Spinning
Pedalar sem sair do lugar
Ricardo Santos também pratica spinning
Voltando à música de Toquinho, até as bicicletas de manutenção não são esquecidas. Diz o cantor que “muita gente ultimamente vem pedalar”, mas “de um jeito estranho” que a bicicleta “não sai do lugar”. Há quem as tenha em casa ou utilize nos ginásios. Há poucos anos, surgiu, inclusive uma modalidade, que põe grupos a pedalar ao som e ao ritmo da música: o spinning. Ricardo Santos tornou-se aficionado e até fez formação, tornando-se instrutor de spinning. Este gosto levou-o, recentemente, a viajar até à Eslovénia a um evento com mais de cem bicicletas e no qual se pedalou “durante sete horas com master instructors de vários países”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
Atualidade
Leo da Trofa com distinção internacional
O Leo Clube da Trofa foi reconhecido, a nível internacional, como “Leo Club of the Year 2015/2016”, a 8 de abril, na Conferência Nacional dos Leos, em Barcelos. LILIANA OLIVEIRA/ CÁTIA VELOSO
A
distinção como Leo Club do ano foi atribuída pelo Lions Club Internacional, “pela atividade de voluntariado” desenvolvida, ao longo desse ano, pelo Leo Clube da Trofa Filipa Ferreira presidia o Leo Clube da Trofa no referente ano e disse, em declarações ao NT, que promoveram “cerca de 20 a 30 iniciativas”. De todas elas, a atividade central do Leo trofense é a das crianças, que consiste “num fim de semana, o último do mês de maio, na Figueira da Foz, que passam com crianças carenciadas de todo o país”. Durante todo o ano são desenvolvidas várias atividades, no Halloween, no BeLive, na ExpoTrofa ou o Sunset, “que permitir angariar o máximo de fundos para essa iniciativa”, explicou Filipa Ferreira.
“O ano passado tentamos também proporcionar a outras crianças do concelho dias diferentes”, complementou a ex-presidente. Quanto à distinção, “embora não seja o que move” o Leo Clube da Trofa, “foi um reconhecimento daquilo” que fazem mas, também, “um acréscimo de responsabilidade”, já que se trata de um prémio que “todos os Leos Clubes querem receber, porque é um reconhecimento internacional”, afirmou a ex-dirigente. “Ficamos muito contentes”, revelou Filipa. O atual presidente, Miguel Cardoso, considera este prémio “a cereja no topo do bolo, porque é a demonstração de que vale a pena fazer as coisas”. A distinção tem por base “o tempo dedicado à comunidade, em reuniões, atividades, angariação de fundos para pessoas com necessidades, na ordem do vestuá-
Lions Club Internacional distingue Leo Clube da Trofa
rio, alimentação e higiene”, esclareceu o presidente do Leo trofense. “Fomos exímios e acharam
que fomos merecedores pelo desenvolvimento que tivemos e pelo crescimento que demos aos Leos”,
finalizou Miguel Cardoso.
Associação Musical e Cultural da Trofa Banda de Música da Trofa ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Nos termos do Art. 24º dos Estatutos da Associação, convoco os Associados para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária no dia 28 de Abril de 2017 pelas 20.30 horas na Sede da Banda, sita na Rua Dr. António Cruz, nº 17 na cidade da Trofa, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º- Leitura da acta da última Assembleia Geral; 2º- Discussão e votação do Relatório e Contas da Direção relativo ao ano de 2016; 3º- Parecer do Concelho Fiscal sobre o Relatório e Contas apresentado; 4º- Eleição dos Corpos Gerentes para o biénio 2017/2019 5º- Trinta minutos para tratar de assuntos com interesse para a Associação; Se à hora marcada não estiver presente na sala, o número mínimo de Associados previsto pelos Estatutos, a Assembleia funcionará uma hora depois com os presentes, nos termos do dispositivo no respetivo artigo. Trofa, 06 de Abril 2017 O Presidente da Assembleia Geral Manuel da Silva Pontes
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Agenda Dia 20 21.30 horas: Assembleia de Freguesia do Coronado, na Quinta de S. Romão Dia 21 21.30 horas: Assembleia de Freguesia de Bougado, no auditório do polo de S. Martinho da Junta Dia 22 16 horas: Bougadense-Arcozelo 16 horas: Clube Slotcar da Trofa reforça estante de troca de livros, na sede 22 horas: Espetáculo de Ana Malhoa nas festas de Nossa Senhora do Desterro, em Bairros Dia 23 9 horas: Passeio de BTT, a partir da Escola Básica de Bairros 16 horas: Trofense-Ponte da Barca 17 horas: Procissão em honra de Nossa Senhora do Desterro, em Bairros Dia 24 21.30 horas: Assembleia Municipal da Trofa, no auditório Forum Trofa XXI Dia 25 10 horas: Aula de Zumba Solidária, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro 16 horas: Bougadense-Canelas 2010 16 horas: Chá de Afetos, na Quinta da Alegria
Farmácias Dia 20 Farmácia Nova Dia 21 Farmácia Moreira Padrão Dia 22 Farmácia de Ribeirão Dia 23 Farmácia Trofense Dia 24 Farmácia Barreto Dia 25 Farmácia de Ribeirão Dia 26 Farmácia Moreira Padrão Dia 27 Farmácia de Ribeirão
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 // 252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
DISSE JESUS VIM SALVAR O MUNDO Com boas noticías novas de Luz, abrir os olhos aos cegos para que vejam com nitidez o único caminho da Felicidade eterna, no Livro Divino palavra eterna de Deus, arma do espírito que desfaz todo joio dos Filhos do maligno e do pai das mentiras. Is.9.5-6 C.17.7 C.25.8-9 C.40.3-5 C.61-8 C.42.67 C.49.6 C.52.6 MaL.3 Lu.1.30-33 C.2.25-32 Jo.1.29 C.12.4447 Is.34.16. 2Tim.3.15-17 Mat.22.29 C.13.38-42 Jo.8.41-47.2Pe.1.17-21..1Pe 1.25 Ap.14.6-7EF.4.4-6C.6.13-17. Eu sou o caminho a verdade a ressurreição e a vida eterna, ninguém vai ao Pai senão por mim, sou o único mediador entre Deus e os homens, não há outro caminho ou porta, não há outra verdade ou nome debaixo do céu que vos possa salvar sem mim nada podeis fazer, o pai não julga ninguém e deu ao filho todo o julgamento, quem tem o filho tem a vida eterna quem não crê, tem morte e fogo. JO.14.6.C.11.25-26.1Tim.2.5 AT.4.12.Mat.7.13-14.JO.15.5 C.5.21-23.C.3.34-36. AP.1.18.C.20.11-15.SaL.2.7-12. Eu Jesus sou bom pastor único dos fiéis a Deus vinde a mim todos e vivereis sempre, eu sou vosso amigo ao dar a minha vida por todos vós, não há amor maior que este, digo-vos com toda a verdade, quem ouve e obedece às minhas palavrase crê no pai que me enviou tem a vida eterna e não é julgado por ser filho da luz, e passou da morte para a vida, os filhos da luz são deuses todos filhos do altíssimo nunca morrerão e conhecerão o pai celeste e todos os céus na eternidade infinita. Felizes os filhos da luz pela fé em Jesus por fé em mim Jo.10.9-18.Miq.5.3-4. Is.55.3-7.AP.22.16.Mat.11.28.Jo.5.24.Ap.20.6.C.7.9-10.Jo.15.10-15.C.11.25-26.C.8.51.C.10.34.Salmo 82.6.Fil.3.20-21.Mat.17.1-2.C.13. 43.Jer.31.34.2Cor.12.1-4.Jo.12.36 C.20.24-29.AT.26.18 Vim libertar os presos da escuridão dos hipócritas que fazem orações e o bem à vistas das pessoas em busca de honra e glória uns dos outros rejeitando a glória de Deus. Is.42.6-7.C.61-8. Jo.8.31-32.1Cor.7.23.Jo.5.44.Mat.6.1-6.C.12.30 C .24.51. Eles crêm em Deus, em vão crêem como os demónios Ex.20.46 Ro.1-25 C.5.12 Mat.8.21-22 C,7 .19,22-23 C.12.30 C.13.12 Jo.8.41-47.C.9.39 Tiago 2.19.2.PE.2-6 Ap.17.14 Jesus palavra de Deus Espírito e Vida, está acima do nome de Deus Ap.19.13 C.3 Jo.1-14 C.6.63.C.4.24. Tito 2.13 Fil.2.8-11 SaL.138.2. Vós filhos da luz sois comigo igreja e casa de Deus, Livres do Joio satânico, orai como eu orei e mandei Is.66-2 AT.17.24 EF.2.17-22 HE.3.6 JO.14.23 C.15.5 C.8.31-36 Salmos 101.67.135.15-18 RO.1.25 C.12.2..1JO.2.15-17,27 Mat.13.37-43 C.8.19-22 C.14.23 C.6.6 Mar.1.35 C.6.46-47. Felizes os que põem a palavra de Deus em prática todos são meus irmãos, irmãs, e mãe, fiéis aos meus sacrifícios e as palavras que os santifica-os por Fé em mim Lu.11.27-28 C.8.19-21 Mar3.3135 Mat.12.46-50 C.4.4 Sal.50.4-6 Jo.17.3-8,15-21 At.26.18. Todos são os santos da Família de Deus Fiéis ao Rei juíz no Julgamento do mundo Face a Face Dan.7.18 Za.14.5.1Cor.1-2C.6.2,11 Fil.4.21-22 CoL.1-2,12 1 Tes.3.13.1Pe.2.9.-10Ap.20.6 C.17.14 EF.2.19 SaL.50.3-6 Ez.20.35 Mat.25.31-46 C.7.19,22-23C13.41-43. Herdeiros da morada eterna dos céus Jo.14-3 At.26.18.2 Cor12-4 EF.2.19 Ap.7.9-10,16-17 C.21-8,27C.22-5,12-16 SaL.103.18-19 Fil.3.20-21 Mat.17-2C.13.43.
Inaugurada “Giesta renovada”
“Uma Giesta renovada” foi o O projeto já foi implementado e nome do projeto escolar que ven- a inauguração está marcada para ceu a edição 2016 do Orçamento as 10.30 horas do dia 26 de abril. Participativo Jovem (OPJ) da Tro- A Associação de Pais convida a fa. Tratou-se de um projeto da As- comunidade a estar presente e a sociação de Pais do Jardim de In- participar nas “várias atividades fância de Giesta, em Alvarelhos, que vão decorrer ao longo do dia”. que pretendia, com o valor de Paralelamente, decorre a “Se7500 euros, comprar “computado- mana dedicada aos pais”, entre res novos, substituir o chão em ti- os dias 26 e 28 de abril, em que os joleira por um em madeira e me- encarregados de educação vão ter lhorar as casinhas das bonecas e a oportunidade de “visitar as insa mobília da cozinha de brincar, talações renovadas, ver e particique já apresentavam algum des- par do dia a dia dos meninos jungaste, contou, na altura, fonte da to das educadoras”. Associação de Pais. P.P.
Necrologia S. Martinho de Bougado Manuel Vaz dos Santos Faleceu no dia 12 de abril, com 74 anos Casado com Laurentina Reis Côroa Eng. Renato de Sousa Silva e Sá Faleceu no dia 15 de abril, com 94 anos Casado com Olinda Neves de Sousa Marques e Sá Maria da Silva Reis Faleceu no dia 17 de abril, com 87 anos Viúva de António da Cruz Azevedo Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira (TP 2436) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
20 O NOTÍCIAS DA TROFA 20 ABRIL 2017
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Grupo de Jovens de Alvarelhos recriou a Paixão de Cristo O caminho começou a ser percorrido do Jardim das Oliveiras até ao momento que Jesus Cristo apareceu aos apóstolos na Galileia. PATRÍCIA PEREIRA
A
companhados de muitos fiéis, “cerca de 90 figurantes” percorreram as ruas de Alvarelhos, recriando os últimos momentos de Jesus Cristo. A via-sacra ao vivo foi organizada pelo Grupo de Jovens de Alvarelhos, na noite de sexta-feira Santa, a 14 de abril. Coube a Sérgio Moura interpretar o papel de Jesus Cristo, uma experiência que o fez “pensar e sentir muito em plena via-sacra”. Os seus “maiores medos” foram a recriação no “Jardim das Oliveiras e o mostrar às pessoas a imagem e o sofrimento que Cristo sentiu”. “Eu senti muito medo em pecar em al-
guns pontos, pensei que ia errar e, mesmo nas próprias falas, pensei que não ia interpretar bem ou mostrar o que as falas tivessem a dizer”, enumerou. No final, Sérgio Moura afirmou que a via-sacra “correu bem e o pessoal foi cinco estrelas consigo”, pois “apoiaram-no sempre, mesmo na cruz e nos cenários que tinha mais dificuldade”. Elemento no Grupo de Jovens “há dez anos”, Sérgio Moura salientou que “já fez outras personagens”, mas que interpretar Jesus Cristo “sempre foi um dos papéis que um dia queria fazer”. “Nunca o fazer, para que “sentisse” o que pensei que fosse tão sentida. Mes- ele e os outros jovens que ‘vestimo em plena via-sacra veio-me as ram’ esta personagem “sentiram”. O ano passado, devido às condilágrimas aos olhos. Nunca pensei que este papel me ia tocar tanto”, ções climatéricas, o Grupo de Jovens acabou por não realizar a viacompletou. E por ser “um papel único”, Sér- -sacra. Por essa razão, Paulo Fergio “gostaria imenso que outra reira, presidente do Grupo de Jopessoa” tivesse a oportunidade de vens de Alvarelhos, contou que ti-
nham “muito trabalho já preparado”, como “as gravações”. No entanto, esta via-sacra “requer sempre muito tempo de preparação”, que começou “um mês e meio antes”. Já nesta “última semana” tiveram que “montar todos os cenários”. Paulo Ferreira denotou que a via-sacra é “a atividade anual prin-
cipal” e, por isso, “aquela a que dedicam mais tempo e esforço para conseguir bons objetivos”. “Em termos de perspetiva para este ano foi espetacular, correu tudo dentro do esperado, por isso acho que estamos todos de parabéns e o Cristo está de parabéns”, asseverou.