Semanário | 1 de março de 2018 | Nº 662 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,70 € pub
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Furtos e vandalismo em automóveis Acidente nas Curvas do Bicho
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O dom raro de “fintar” a doença
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O NOTÍCIAS DA TROFA 1 MARÇO 2018
Polícia “Entalado” quando furtava em armazém
Noite de crimes no centro da Trofa
Numa noite, seis viaturas foram vandalizadas e alvo de furto na Rua Poeta Nicolau Tolentino, no centro da cidade da Trofa. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS
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Cerca das 6 horas de terça-feira, a Guarda Nacional Republicana foi alertada para um furto que estava a ser perpetrado no interior de um armazém de gás, na Rua Dr. António Fernandes de Azevedo, na cidade da Trofa. No local, os militares depararam-se com dois indivíduos, um deles, de 25 anos, “entalado” entre um muro e uma caleira, quando tentava fugir. Os Bombeiros Voluntários da Trofa foram chamados ao local e, do exterior, conseguiram desprender o indivíduo, mas este aproveitou o facto de estar dentro da propriedade para fugir pelas traseiras. O outro já se tinha colocado em fuga ainda o colega estava preso. Os indivíduos são já conhecidos das autoridades por vários furtos. C.V./H.M.
atarina Peniche preparava-se para entrar no carro que a levaria até ao posto de trabalho, cerca das 8.30 horas de sábado, 24 de fevereiro, quando se apercebeu que tinha um dos vidros triangulares da viatura partido e uma das portas encostada. Temendo o pior, olhou para o interior do carro e percebeu que tinha sido alvo dos amigos do alheio. Do carro, que foi todo remexido, os larápios furtaram “um par de óculos de sol” e, não satisfeitos, ainda o vandalizaram, com riscos proeminentes na pintura
das portas. Mais tarde, a jovem percebeu que não tinha sido a única lesada. Ao lado da viatura, estacionada na Rua Poeta Nicolau Tolentino, estavam outras viaturas vandalizadas. Catarina, moradora no bloco de apartamentos localizado naquela rua, acabou por alertar alguns proprietários e chamar a Guarda Nacional Republicana (GNR). Chegados ao local, os militares registaram seis viaturas todas remexidas e danificadas, cinco delas com vidros partidos, e o furto de um par de óculos e um telemóvel. Os crimes terão acontecido entre a meia-noite e as 8.30 horas de sábado, altura em que Catarina Peniche saiu de casa para trabalhar. Em declarações ao NT, a jovem contou que ainda questionou vizinhos sobre se não se tinham apercebido de movimentações, mas à exce-
GNR registou danos em seis viaturas
ção de alguns que dizem ter ouvido “os cães a uivar por volta das três da manhã”, mais ninguém viu ou ouviu alguma coisa. “Nesta rua há muitos moradores e como nas garagens não há lugar para as viaturas todas, somos obrigados a estacionar na via pública. Acho que a rua devia ter mais ilu-
Roubou mala e atirou-a ao poço
Uma mulher foi vítima de roubo quando estava a colocar sacos de compras na mala do carro, cerca das 10 horas de sábado, 24 de fevereiro, no Largo do Seixinho, em S. Romão do Coronado. Um jovem de 16 anos aproveitou o momento
e roubou-lhe a mala que, no interior, tinha 200 euros em dinheiro, um telemóvel, um par de óculos de sol e documentos. A mulher conseguiu identificar o suspeito e apresentou queixa na Guarda Nacional Republicana,
que confirmou ser um jovem já referenciado por crimes do género. O indivíduo acabou por confessar à mãe que tinha atirado a mala para dentro de um poço com 12 metros de profundidade, na Rua Padre Adélio Maia, na mesma localida-
minação, porque é muito escura de noite e até para os habitantes é perigoso”, afirmou Catarina Peniche. O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Santo Tirso da GNR esteve no local a recolher indícios do crime, que possam levar à identificação dos criminosos.
de. Dois dias depois do roubo, os Bombeiros Voluntários da Trofa foram acionados para retirar a água do poço e a mala foi retirada, com os documentos e os óculos ainda no interior. O suspeito foi identificado pelas autoridades. C.V./H.M. pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA 1 MARÇO 2018
Atualidade
Colisão nas curvas do Bicho
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Dois homens ficaram feridos na sequência do acidente
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om o agravamento das condições atmosféricas, aumenta também a probabilidade de acidentes na estrada. Foi o que aconteceu cerca das 13.50 horas de terça-feira, 27 de fevereiro, nas conhecidas curvas do Bicho, em Guidões, na Estrada Nacional 104. Duas viaturas ligeiras de passageiros seguiam, em sentidos contrários, na Estrada Nacional 104, quando uma delas ter-se-á despistado e colidido frontalmente. Os veículos ficaram com as frentes destruídas. Carlos Cadilhe, oficial dos Bombeiros Voluntários da Trofa, adiantou que ao chegar ao local tinham “duas vítimas”, um homem de “37 anos” e outro de “20”, sendo que
uma delas “estava encarcerada”, mas “não tinha lesões graves”. As vítimas do acidente foram “considerados dois feridos leves” e transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), com “o acompanhamento da VMER” (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) da unidade de Vila Nova de Famalicão do CHMA. Os Bombeiros Voluntários da Trofa mobilizaram para o acidente duas ambulâncias de socorro e um veículo de desencarceramento. No local esteve ainda a Guarda Nacional Republicana da Trofa, a orientar o trânsito. A Estrada Nacional esteve cortada cerca de uma hora. P.P./H.M. PUB
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Testemunho de um ex-combatente
“Se tivéssemos atuado, ia ser um desastre”
Américo Azevedo esteve dois anos na Guiné-Bissau, destacado na Base Aérea n.º 12. Da experiência do Ultramar, o trofense recorda momentos bons e alguns acontecimentos insólitos. Para sempre ficou a amizade com os colegas de posto, com quem ainda mantém contacto. CÁTIA VELOSO
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cautela foi a melhor amiga de Américo Azevedo durante o Ultramar. Do turno de 1972/74, o trofense tinha 22 anos quando foi para a Guiné, cumprir serviço na Base Aérea n.º 12, em Bissau. Durante a apresentação, perguntaram-lhe se sabia assentar tijolos. Disse que não. A questão foi feita a todos os soldados que, mediante as respostas, foram separados em dois grupos. Américo foi destacado para a base aérea... os outros, conta, “foram para o mato construir tabancas, sempre debaixo de fogo”. É por isso que Américo acaba por desvalorizar a sua passagem pelo Ultramar, quando a compara com colegas que estiveram no epicentro do conflito. Como estava na área de proteção à aviação, ou seja, só tinha de atuar se fosse
necessário abater aviões inimigos, o trofense acabou por ter uma estadia tranquila, sem grandes sobressaltos. Américo Azevedo assentou praça em Espinho, Paramos, e de lá viajou para Queluz, para o Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa (RAAF), onde tirou a especialidade de manobrar armas vocacionadas para abater aviões. Em 1972 embarcou para a Guiné e na base aérea onde ficou destacado acabou por reencontrar colegas de tropa. “O meu capitão e os meus instrutores no RAAF estavam lá”, contou. Depois de lhe ser apresentada a “tabanca” onde iria viver, Américo Azevedo iniciou uma rotina que, poucas vezes, teve percalços. Mas há um acontecimento, que podia ter terminado em tragédia, que Américo não esquece. “Quando chegava a noite, perguntávamos sempre à torre de controlo qual era o tráfego aéreo e de lá diziam-nos a hora em que deixava de haver, para que se houvesse alguma movimentação suspeita, prepararmos as máquinas para um possível abate. Numa ocasião, já tínhamos sido informados de que não havia mais tráfego quando nos chegou uma ordem que havia um avião inimigo nas pro-
Américo com Carlinhos e Toninho
ximidades. Já tínhamos a artilha- gavam nos helicópteros e da poria preparada quando, de repente, breza visível da população local, as luzes da base acenderam-se na cujas crianças passavam largos pista. Passado pouco tempo um períodos “nas lixeiras” para resfurriel ordenou-nos para não aba- gatar restos de bebida e comida. termos o avião, porque este vinha “Descalços num chão cheio de videscarregar munições e bombas dros partidos, pegavam numa lata para o nosso exército. Se tivésse- cheia de lixo, sacudiam e bebiam mos atuado, ia ser um desastre. A os restinhos”, relatou. Muitas veGuiné ia pelos ares”, relatou. zes, Américo almoçava e deixava Este “erro humano” ficou-lhe alguma da refeição para depois gravado na memória, assim como distribuir pela comunidade, por outro cometido por um soldado quem se afeiçoou. Carlinhos e que, com uns copos a mais, de- Toninho eram duas crianças com cidiu dar um tiro para o ar e aler- quem o trofense brincava e ainda tar um colega que, pensando tra- hoje os recorda com carinho. tar-se da ofensiva de um inimigo, respondeu com mais tiros. ResulAs tainas e os porquinhos tado: uma das armas da artilharia debaixo da cama antiaérea disparou “balas traçantes” em direção ao alegado inimiDo outro lado, Américo recorgo e provocou incêndios nalgumas da também muitos bons momen“tabancas” civis. “Aquele episódio tos, principalmente na companhia podia ter matado muita gente. Fe- dos colegas de turno do “posto 5”. lizmente, não houve vítimas, só Nos dias de folga, o grupo pedia danos materiais”, recordou. dispensa e ia passear por Bissau, Excetuando casos como estes, para beber uma cerveja e comer que se contam pelos dedos de camarão junto à marinha. Nouuma mão, Américo Azevedo afir- tras ocasiões, preparavam “taima que passou “17 meses e dez nas”, ora com peixe que pescavam dias calmos”, apenas atormenta- ora com comida que vinha de Pordos pelas imagens de militares e tugal. Numa delas, Américo excecivis “feridos e mortos” que che- deu-se na quantidade de cerve-
ja e whisky. “Apanhei uma rosca daquelas, comecei a chorar a dizer que queria ir para a beira da minha mulher, e era solteiro. No dia seguinte, não me lembrava de nada do que tinha acontecido e os meus colegas lá me contaram que eu cheguei a um ponto que parecia uma criança a chorar”, contou, entre risos. Mas também houve um momento em que só Américo estava sóbrio e, de folga, teve de tomar lugar no posto para encobrir todos os outros colegas que estavam bêbados. “Por qualquer razão eu tinha estado no turno contrário do deles. Quando cheguei ao posto estavam todos como um cacho. Se por acaso um sargento passasse lá, ia ser um problema enorme, porque para todos os efeitos o posto estava ao abandono. Acabei por ficar lá até ao fim do turno porque havia rondas regulares e eu tinha de estar à porta para dizer ao furriel que estava tudo em ordem”, recordou. Dessa situação, acabou por ser recompensado com a folga do dia seguinte, dada pelos colegas. Outra das histórias que Américo lembra com um sorriso na cara aconteceu na tabanca da mulher que lhe lavava a roupa, de seu nome Quinta. “Era noite e estávamos a conversar, mas de repente ouvi um barulho que me desassossegou. Logo alertei os meus colegas que estavam do lado de fora e fiz uma ronda pela tabanca. Quando cheguei à cama da lavadeira, por baixo estavam três porquinhos a dormir”, contou. Da experiência do Ultramar, além de se orgulhar de ter sido “sempre bem aceite” pela comunidade local, Américo mantém a relação de amizade com os colegas que ainda estão vivos: “De vez em quando ligamos uns para os outros. E depois ainda nos juntamos nos encontros. É tudo gente maravilhosa”.
Previsão meteorológica de 1 a 8 de março
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O NOTÍCIAS DA TROFA 1 MARÇO 2018
Atualidade
72 edições de Feira Anual
Inauguração da Feira Anual em 1946
Após “décadas de diligências”, o executivo da Câmara Municipal de Santo Tirso, presidida por Adriano Fernandes de Azevedo, aprovou por unanimidade a criação da feira semanal na Trofa, na reunião de 5 de janeiro de 1946. PATRÍCIA PEREIRA
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o bom êxito da feira; e atendendo esse mesmo ano, a 2 de a que os estabelecimentos da feimarço, a Feira da Trofa teve a sua ra muito devem contribuir para a primeira edição, em ambiente de realização de vários melhoramenverdadeira euforia, com a presen- tos de que aquela freguesia caça das autoridades e de gente vin- rece, pela arrecadação da receida de todo o país, usando para ta proveniente do aluguer de terisso os comboios que a CP punha renos, aliviando assim, em parte, neste dia em circulação para tra- os constantes pedidos à Câmara zer os milhares de visitantes. de subsídios e à Junta de FregueSegundo a ata referente a esta sia para realização de pequenas reunião do executivo municipal, a obras urgentes. Proponho que a “Junta de Freguesia de S. Martinho Câmara delibere (…) e autorize de Bougado e os seus moradores, a Junta de Freguesia de S. Martipor várias vezes”, apresentaram à nho de Bougado, conforme soliCâmara de Santo Tirso “a sua ve- citou, a estabelecer naquela frelha aspiração do estabelecimen- guesia uma feira semanal a realito de uma feira semanal naquela zar aos sábados, sob a denominafreguesia, a realizar aos sábados, ção de Feira da Trofa”, pode ler-se nos terrenos do chamado Parque no documento. Nossa Senhora das Dores”. “AtenDesde o dia 2 de março de 1946, dendo a que aquela freguesia está a feira semanal passou a realizarbem servida de meios de trans- -se todos os sábados no Parque porte e de vias de comunicação Nossa Senhora das Dores, conque muito devem contribuir para tando com duas feiras anuais:
uma no primeiro sábado de março (data do aniversário da sua criação) e outra no primeiro sábado de setembro, mais conhecida por Feira de S. Miguel, que terminou em 1950. Em 2002, o certame iniciou o seu percurso ascendente, mudando a sua localização para a Feira e Mercado, sendo que, dois anos depois, já se verificava a necessidade de um espaço de maiores dimensões, para receber mais concorrentes. A Feira Anual da Trofa é considerada a maior feira agropecuária do Norte de Portugal, reunindo, durante três dias, vários concursos pecuários e equestres, exposição de animais, representação das atividades ligadas à agropecuária, as últimas novidades em equipamentos e acessórios de máquinas agrícolas, e uma grande variedade gastronómica e de animação.
Fernando Rocha e Luís Filipe Borges em Alvarelhos a 8 de março O Dia da Mulher, 8 de março, lhadas da plateia. marca também a data em que o Além de Rocha, estão confirmaespetáculo “Pi100Pé” passa pelo das a presença do “Boinas” Luís Ficoncelho da Trofa. Da autoria do lipe Borges e Afonso Paiva. O eshumorista Fernando Rocha, o es- petáculo tem ainda a particularipetáculo de stand-up comedy vai dade de incluir um momento de “parar” no salão paroquial de Alva- “Open Mic” para os mais corajosos relhos, a partir das 21.30 horas, e que estão na plateia terem a oporpromete “arrancar” muitas garga- tunidade de também testarem as
capacidades de humoristas. O “Pi100Pé” é registado em vídeo, para transmissão no canal do YouTube de Fernando Rocha. Os bilhetes custam entre dez e 15 euros e podem ser adquiridos no Cantinho de Guidões, em Guidões, Café N14, no Muro, na Papelix, em Alvarelhos e no Etc Lounge Bar, na cidade da Trofa. Para mais informações, os interessados podem contactar o número 914 626 587. Parte da receita adquirida na bilheteira vai reverter a favor das obras de beneficiação do campo de jogos do Futebol Clube Guidões. C.V.
Correio do Leitor A grande Feira Anual da Trofa
A Feira Anual da Trofa iniciou no sábado dia 2 de março de 1946, no Parque de Nossa Senhora das Dores, um grande espaço arborizado e com centralidade excelente, que era pertença da Junta de Freguesia, sendo o Presidente o senhor António da Costa Campos e o pároco o Padre Alberto Pinheiro Machado. Há setenta e dois anos as terras Bougadenses e as freguesias circunvizinhas das duas margens do rio Ave festejaram este grande acontecimento, que assinalava a prosperidade de todo um povo em desenvolvimento. Assim nasceu a Feira semanal ao sábado durante a manhã, como ainda hoje é habitual. Todos os anos no primeiro sábado de março, decorre com pompa e circunstancia a Edição da Feira Anual da Trofa, promovida pela Câmara Municipal e pela Junta (Bougado) S. Martinho e São Tiago, que se empenham num trabalho árduo e de esmerado cartaz. Há vários anos a Feira mudou para um local de mais espaço, no termo das duas Freguesias, aliviando assim o muito incómodo na Estrada Nacional n.º 14, entre Porto – Braga, no centro da Rotunda do Catulo. Através dos anos a Feira Anual foi-se desenvolvendo a todos os níveis, começando a ser conhecida em todo o país. Atualmente muito mais enriquecida pela modernidade com um esmerado evento de diversidade de concursos das raças de gado, corrida de cavalos muito atrativa desde sempre, exposições de modernas máquinas agrícolas e tratores. Tem rica gastronomia com paladares genuínos apetecíveis pela qualidade dos variados pratos de degustação nas tasquinhas, os doces conventuais e outras iguarias da região. Fazem também parte o festival de folclore, concertos com famosos cantores nacionais, assim como a Banda Filarmónica da Trofa e outros grupos musicais. Este é um encontro de tradições ancestrais bem vivo que a Feira Anual proporciona aos visitantes. A Feira Anual arrasta alguns milhares de pessoas, muitas das quais vindas de outras terras do país e atrai a participação de expositores de todas as regiões, agricultores, criadores, produtores, empresários, artesanato e divulgação de produtos locais e nacionais variados. Os valiosos prémios entregues pela Edilidade e pelo Ministério da Agricultura são ponto alto do certame. Esta é uma das maiores Feiras Anuais do nosso país, com importantes negócios comerciais que envolvem milhares de euros. O senão dos três dias de Feira Anual, é quase tradição o tempo estar chuvoso, pelo que desarranja a beleza que ela transmite quando está um sol maravilhoso. Mas, o calor humano, esse permanece sempre no certame, oferecendo magia e alegre criatividade. Os meios de comunicação social presenteiam realce positivo a todo o cartaz envolvente. No final do evento já se está a pensar na Feira Anual do ano seguinte, porque o desenvolvimento de um Concelho é constante, num crescimento sustentável em benefício de todos. A Feira é Património Cultural e de identidade regional e nacional. Firmino Santos
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Certame anima Mercado este fim de semana
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Atualidade
“Perspetivas são sempre boas” para a Feira Anual Já é conhecida como a maior feira agropecuária do Norte de Portugal, que atrai, todos os anos, milhares de pessoas à Feira/ Mercado da Trofa. Organizada pela Junta de Freguesia de Bougado, a 72.ª edição da Feira Anual da Trofa arranca a 2 de março e termina no dia 4. LILIANA OLIVEIRA
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S. Pedro parece que não se quer juntar à festa, mas para o presidente da Junta de Freguesia de Bougado, Luís Paulo, “as perspetivas são sempre boas”. “Fazemos o que podemos, mas há fatores que não controlamos. Quanto ao S. Pedro ainda vamos fazer as últimas preces e esperar que ele seja generoso”, afirmou. Mas, faça chuva ou faça sol, é esperada “muita gente” no certame. Para o autarca esta “é das festas que nem precisa de grande divulgação” pela tradição que tem, que “obriga a organização a fazer tudo para que continue a ser a maior festa da Trofa”. A 72.ª edição “é a continuação do que fizemos nos últimos anos”, asseverou. Este ano a organização quis “baixar um bocadinho” o orçamento, que rondará os “180 mil euros”, para um certame que terá “muitos pontos altos”. A Feira Anual arranca a 2 de março, pelas 10 horas, com a visita das crianças do concelho. Está ainda programado para este dia o 10.º Concurso de Preparadores e Manejadores da Raça Holstein Frísia (10.30 horas), o 1.º Concurso de Galinhas de Raças Autóctones (14 horas) e a prova de ensino do Campeonato Nacional/Regional do Norte de Equitação de Trabalho (15 horas), terminando com a garraiada (22.30 horas). O concurso de galinhas é uma das novidades desta edição do certame. Da responsabilidade da Amiba, este momento veio “complementar e melhorar o programa” da
curso Pecuário de Raça Barrosã (10 horas), o 16.º Concurso da Raça Holstein Frísia em Animais Adultos (12 horas) e a prova de velocidade do Campeonato Nacional/Regional do Norte de Equitação de Trabalho (14 horas), terminando com as Cavalhadas, pelas 17 horas. Quanto à vertente lúdica, a partir das 11 horas vai decorrer a concentração de concertinas e cantares ao desafio e, mais tarde, pelas 15 horas, o festival folclórico promovido pelo Rancho Folclórico da Trofa vai animar o certame. Além do grupo organizador, vão atuar o Grupo Folclórico e Etnográfico da Ribeira da Mata (Soure), o Grupo Folclórico e Etnográfico de Santa Marinha de Crestuma (GAIA) e o Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado. A par de todos estes eventos, quem visitar a Feira Anual vai ainda poder apreciar a exposição de animais, atividades ligadas à agropecuária e as últimas novidaLuís Paulo espera “muita gente” este fim de semana na Feira Anual des em equipamentos e acessórios de máCão Voador (22.15 horas) e a atuação dos quinas agrícolas. O evento dispõe ainda de Feira Anual da Trofa, disse Luís Paulo. Quanto à animação, cabe a Quim Barrei- DJ Iven R e Alex Casal. A presença dos Cão uma grande variedade gastronómica e de ros fazer as honras da casa, com um con- Voador, explicou o presidente da Junta, tem animação. E ainda que a chuva queira marcar precerto agendado para as 22.30 horas. Para o duplo objetivo: “Dar visibilidade aos grupos presidente da Junta de Bougado, na anima- da Trofa e fazer alguma contenção nos gas- sença no certame, Luís Paulo deixa um convite: “Convido todos a estarem presentes ção, este será “a grande atração”. Seguem- tos, porque há outras prioridades”. No último dia, domingo, está agendada a nesta Feira Anual, mesmo com alguma chu-se DJ Los Bravos (00 horas) e DJ Alex Casal (2 horas), na tenda de espetáculos. 1.ª jornada do Campeonato Regional Nor- va apareçam que não se vão arrepender”. No sábado, dia 3, o dia arranca com o te em Derby de Atrelagem (9 horas), o ConCampeonato Nacional/Regional do Norte de Equitação de Trabalho (9 horas), os concursos pecuários da Raça Minhota (9.30 horas) e da Raça Arouquesa (11 horas) e, à tarde, está previsto o Concurso de Modelo e Andamentos (14 horas), o 16.º Concurso Raça Holstein Frísia de Animais Jovens (14.30 horas) e a Hora dos Campeões (21.30 horas). As concertinas e os cantares ao desafio far-se-ão ouvir a partir das 15 horas, e depois, pelas 22 horas, vai decorrer o espetáculo equestre Emoções Ibéricas, seguindo-se o concerto da banda trofense
Cooperativa dos Agricultores organiza colóquio “Apoios ao Rendimento” é o tema do colóquio que a Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa está a promover em parceria com a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFRAGI). A sessão, que está marcada pelas 14.30 horas do dia 7 de março, no auditório da Cooperativa Agrícola, tem como oradores os técnicos da CONGAFRI.
Durante o colóquio vão ser abordadas as temáticas do Desenvolvimento Rural, com a apresentação de medidas agro ambientais, e dos Pagamentos Diretos, desde o regime de pagamento base, o pagamento ecológico (Greening), pagamento redistributivo, apoio aos jovens agricultores, regime da pequena agricultura aos apoios ligados à produção de vacas aleitantes/leiteiras. P.P.
Homem de S. Mamede desaparecido Um homem de 45 anos, residente em S. Mamede do Coronado, está desaparecido desde 23 de fevereiro. A família perdeu contacto com o homem quando este teve alta do Hospital de S. João, no Porto, onde esteve internado entre 21 e 23 de fevereiro. A Guarda Nacional Republicana já iniciou diligências para tentar localizar o homem. C.V./H.M.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 1 MARÇO 2018
Atualidade
Teresa Cruz expõe peças do seu imaginário
Ministro promete “novidades” nas alternativas ao metro Em resposta à deputada Joana Lima, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, adiantou que estão a ser procuradas “alternativas” ao metro para a Trofa. PATRÍCIA PEREIRA
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Exposição está disponível na Casa da Cultura até 29 de março
“Quando eu sonho...” é o nome da exposição de Teresa Cruz, que está patente na Casa da Cultura. A mostra inaugurou a 24 de fevereiro e pode ser vista até ao dia 29 de março. Integrada na Semana da Leitu-
ra Trofa 2018, a exposição apresenta peças criativas que são resultado da imaginação da artista da Trofa. Pode visitar a mostra de segunda a sábado, entre as 10 e as 18 horas. L.O.
Procissão do Senhor dos Passos em S. Mamede A Paróquia de S. Mamede do Coronado vai recordar os últimos momentos da vida de Jesus Cristo, com as solenidades em honra do Senhor dos Passos. Pelas 18.15 horas deste sábado, 3 de março, há uma eucaristia na Igreja Matriz de S. Mamede do Coronado, seguida de uma procissão de velas em ação de graças à Nossa Senhora das Dores, em direção à Capela do Divino Espírito Santo. Já no domingo, a procissão em honra do Senhor dos Passos tem início pelas 15 horas, a partir da Igreja Matriz de S. Mamede em direção ao Largo da Feira Nova, sendo acompanhada pela Banda de Música de Gueifães. No Largo decorre o Sermão do Encontro pelo Frei Lima e, no final, a procissão regressa à Igreja Matriz. Terminadas as celebrações, há uma “romagem ao cemitério para depositar uma coroa de flores em homenagem a todos os paroquianos falecidos”. P.P.
22 de fevereiro de 2002 decorreu a última viagem de comboio na via estreita, que ligava os concelhos da Trofa ao Porto. A desatiDeputada questionou ministro sobre projeto do metro até à Trofa vação da Linha de Guimarães veio com a promessa da vinda do me- Trofa e da Maia, da oposição, dos Lima referiu que “há outras altertro até à Trofa. Já se passaram 16 deputados e das forças vivas da- nativas” e “há a dignidade do canal, anos, com “muitos avanços e re- queles concelhos”. Joana Lima que está a céu aberto como um foscuos, muitas promessas e contra- acredita que “rapidamente” se po- so tremendo e miserável”. tos, mas nada nos levou a bom por- derá encontrar “uma solução” que João Matos Fernandes adiantou to nesta matéria” do metro até à “vá ao encontro de um transporte que estão a “procurar alternativas Trofa, disse Joana Lima, durante a moderno e elétrico”, repondo “a para a Trofa”, que “estão a ser penaudição regimental da Comissão justiça nestes concelhos”. sadas e que têm que ser adaptadas de Ambiente, Ordenamento do TerA deputada recordou o “último àquela que é a capacidade de torritório, Descentralização, Poder Lo- anúncio do Governo, que também nar sustentável esse mesmo transcal e Habitação, a 21 de fevereiro. faz agora um ano”, em que a linha porte coletivo para a Trofa”. “EstaA deputada trofense aproveitou do metro à Trofa “não estava con- mos a trabalhar nelas e depressa a presença do ministro do Ambien- templada na expansão do Metro haverá novidades sobre as meste nesta audiência para lhe pedir do Porto”, e os “estudos que di- mas, mas integradas naquilo que que “se encontre uma solução” e zem que não há sustentabilidade será o próximo pacote de fundos que o faça “junto dos autarcas da económica”. No entanto, Joana comunitários”, completou.
Grupos de jovens ajudam aldeias afetadas pelos incêndios Os grupos de jovens de S. Martinho de Bougado vão até às aldeias de Fajão-Vidual (Pampilhosa da Serra) e Carvalhal do Sapo (Góis), com a missão de “ajudar na reconstrução, limpeza de terrenos e reflorestação de zonas afetadas pelos incêndios de junho e outubro de 2017”. PATRÍCIA PEREIRA Os “102 jovens” dos grupos de jovens lançaram uma campa- pas) e rações para cabras, ovelhas Os Mensageiros, Jovens C’aFé e nha de angariação de materiais. e galinhas. Pode entregar os maGera’Esperança vão passar os dias Até ao dia 16 de março, a comu- teriais no Cartório Paroquial de S. 23, 24 e 25 de março a ajudar estas nidade é convidada a contribuir Martinho de Bougado ou noutro loaldeias, juntamente com “11 jo- com motocultivador, serra circu- cal indicado através dos contactos vens de Alcobaça e três de Alquei- lar, colmeias e enxames, come- 919 401 522 (Nuno) ou 913 890 306 dão”, da Figueira da Foz, adian- douros para cabras e galinhas, se- (Rita). Paralelamente, nos dias 10 e tou fonte dos grupos. Para os tra- mentes hortícolas, árvores de fruto, 11 de março será realizado “um pebalhos que estes grupos vão reali- sobreiros, loureiros, castanheiros, ditório nas eucaristias de S. Martizar, a ADRO, grupo local ligado às carrinhos de mão, gadanhas, an- nho de Bougado para este fim”. De vítimas dos incêndios, “efetuou o cinhos, picaretas, pás, machados, referir que, após o incêndio de 15 levantamento das necessidades sertões, sacholas, sachas, serro- de outubro, um grupo de amigos, mais prementes a nível material”. tes, cavadeiras/abre buracos, ma- familiares e descendentes de famíCom base nessa lista, os grupos deiras de pinho (vigas, barrotes e ri- lias da freguesia de Fajão formou a ADRO, com o objetivo de “tentar responder às necessidades imediatas daqueles que viram as suas vidas destruídas pelo mais devastador dos fenómenos, para dar apoio à reconstrução, ao reordenamento territorial, à reposição de água e alimentos para os animais e plantações e à normalização do seu dia a dia”. Desde então, o grupo tem vindo a coordenar, juntamente com a Junta de Freguesia, os trabalhos de recuperação desta aldeia, efetuados por vários grupos que se têm deslocado àquela zona.
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Teresa Fernandes recandidata-se ao Departamento das Mulheres Socialistas Teresa Fernandes propõe-se para o seu quarto mandato à frente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas (DFMS) do Porto. A trofense lidera a única lista a eleições, que decorrem a 10 de março. PATRÍCIA PEREIRA
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socialista explicou que a sua recandidatura ao DFMS do Porto surge num “projeto de estabilidade, de continuidade e de preparação dos próximos dois anos que são cruciais para o PS”, com as eleições europeias, no primeiro semestre de 2019, e as eleições legislativas, no final de 2019. Com “quase 12 mil militantes inscritas”, o Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Porto é “a maior estrutura distrital de mulheres do país”, o que deixa Teresa Fernandes “muito orgulhosa por a presidir”. Sob o lema “Unidas para Renovar a Confiança”, a sua candidatura tem como “objetivo principal” que “cada vez mais mulheres participem ativamente na vida política” e que “os homens também percebam que as mulheres ocupam determinados lugares por-
que são realmente qualificadas, têm qualidades pessoais e profissionais e trabalham muito para merecerem esses lugares”. “O papel que nós fazemos no Departamento é o de incentivo para que as mulheres participem mais ativamente na política”, completou. Outro dos “grandes objetivos do trabalho” desenvolvido pelo Departamento é a “defesa da Igualdade em todas as suas formas”, porque, “apesar de em algumas áreas terem havido desenvolvimentos consideráveis”, Teresa Fernandes considera que “ainda persistem barreiras significativas a resolver na luta para alcançar a igualdade de género”, desde o “acesso ao trabalho”, a “cargos de chefia e de decisão”, à “igualdade salarial e de género, à “não discriminação em função do género, orientação sexual ou de qualquer outra característica pessoal”
Teresa Fernandes candidata-se ao quarto mandato
e a “eliminação de qualquer tipo de violência”. A candidatura de Teresa Fernandes propõe-se a “apostar claramente numa política de proximidade com as mulheres e de abertura à sociedade civil, envolvendo associações, instituições, parceiros sociais e empresas, num espírito de parceria e de potencializar sinergias”. Natural de S. Romão do Coronado, Teresa Fernandes é licenciada em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade de Aveiro e mestre em Planeamento Urbano e
Regional pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Entre 2009 e 2017 foi vereadora da Câmara Municipal da Trofa e, recentemente, integrou o gabinete da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Atualmente, a trofense é coordenadora do Gabinete de Apoio ao Imigrante da Câmara Municipal de Valongo e é bombeira voluntária na Trofa. Terceiro mandato com “balanço positivo” Na análise ao mandato que está
prestes a terminar, Teresa Fernandes fez “um balanço positivo”, porque “muitas mulheres se envolveram e participaram ativamente na política”. O mandato ficou marcado pelas eleições autárquicas, que, para a socialista, foram “extremamente positivas para o distrito do Porto”, uma vez que o partido ganhou “câmaras que nunca tinham sido do PS”. A socialista ressalvou “o papel ativo que as mulheres tiveram nas campanhas autárquicas no distrito do Porto, o papel de duas mulheres que ganharam a Câmara de Matosinhos (Luísa Salgueiro) e a Câmara de Marco de Canaveses (Cristina Vieira) e também de muitas juntas de freguesia lideradas por mulheres”. No entanto, a presidente do DFMS do Porto afirmou que “nem tudo correu” como pretendiam, uma vez que “não” ganharam “todas as câmaras, como é o caso da Câmara da Trofa”, sendo “um trabalho que se vai fazendo diariamente nos concelhos do distrito do Porto”. pub
Paula Canossa canta em noite solidária na Igreja O Grupo de Pais de Apoio à Catequese da paróquia de S. Martinho de Bougado promoveu uma noite de fados com fins solidários, na cripta da Igreja Nova, na noite de 24 de fevereiro. Para assistir à atuação da trofense Paula Canossa, apenas era necessário levar um bem alimentar, que tinha
como destino as famílias mais carenciadas da paróquia. A noite contou ainda com a participação de algumas bailarinas da Escola Passos de Dança, que ajudaram a abrilhantar ainda mais a noite. C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 1 MARÇO 2018
Reportagem
Um dom raro para “fintar” a doença
Eduardo Moreira é dono de uma força tão rara como a doença que o acompanha desde os 15 meses de idade. Agora, com nove anos, sonha ser Presidente da República para ajudar as pessoas doentes e “mudar o mundo”. A 28 de fevereiro assinala-se o Dia das Doenças Raras, por isso fomos a S. Romão do Coronado conhecer a doença de Eduardo e descobrimos que raro é encontrar crianças como ele. LILIANA OLIVEIRA
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duardo é o segundo de dois filhos, mas veio para ser uma lição e uma fonte de inspiração para toda a família. Aos 15 meses, a mãe, Vera Martins, estranhou “a fraqueza, as pisaduras e o cansaço” de Eduardo. Numa das análises foi-lhe detetada leucemia. “Não se sentava, caía para o lado, mas mesmo assim o Eduardo enganava um bocadinho, porque estava sempre a rir-se, a brincar e comia na mesma”, descreveu Vera. O transplante de medula óssea chegou aos dois anos de idade e aqui começavam os problemas que ainda hoje perseguem o pequeno Edu, como carinhosamente é chamado. Na sequência do transplante, Eduardo ficou com uma patologia chamada “doença do enxerto do hospedeiro”, o mesmo que dizer que tem uma bactéria no sangue que lhe afeta a imunidade dos órgãos, para a qual não há cura e, no caso do Eduardo, é uma doença crónica e difícil de controlar. Além disso, os pulmões também foram afetados com uma doença que fazem com que aos nove anos Eduardo pareça ter os pulmões de um idoso de 80 e o obriga a fazer da máquina do oxigénio a sua maior aliada. As tentativas para reduzir a medicação, que chega aos cinco compridos diários e três xaropes, não têm resultado, porque os sintomas fazem-se notar de imediato: “feridas no corpo, cansaço extremo e inchaço”. “Ele viveu sempre assim. O Eduardo não sabe o que é brincar com crianças. Quando, às vezes, vai à escola, acha aquilo uma coisa fora do normal, os miúdos falam todos muito alto e ele nunca foi habituado a viver como criança”, descreveu a mãe.
Eduardo sofre de uma patologia chamada “doença do enxerto do hospedeiro”
decidiu mudar o rumo da vida da literalmente um metro de gente, família, porque “estava comple- uma medida que atingiu recentetamente deprimida e a deprimir mente e que o encheu de orgulho, o Eduardo”. “Havia muitas fases mas tem uma força sem medida. em que o Eduardo dizia: ‘Eu queAs idas ao Instituto Português de ro morrer, porque tu estás a cho- Oncologia (IPO) e ao Hospital de S. rar por minha causa. Eu não tenho João, que considera uma segunda culpa de ser assim. Tu não vais tra- casa, são mais dolorosas para a balhar, estás doente da cabeça por mãe do que para Eduardo. Os traminha causa’”, detalhou. Agora, o tamentos obrigam a várias picadepequeno Eduardo fica com o pai las e para Vera nunca é fácil ver o fide manhã e com a mãe de tarde lho ser submetido à dor, mas o pee tenta ter uma vida o mais nor- queno Edu não larga a boa dispomal possível, apenas com mais sição. Perante o sofrimento especuidados. lhado na cara da mãe, num dos traCoisas simples como ir ao cine- tamentos que fez há dias, Eduardo ma ou à praia eram impossíveis reagiu da forma mais inesperada para esta família. “Vivíamos com e disse: “Mãe, eu pareço um queio Eduardo sempre dentro de casa jo suíço todo furado”. e dizíamos: 'Isto não é vida para Há dois anos, Vera ouviu de ele. Se de facto ele tem de viver uma médica aquilo que nenhuma um dia de cada vez, vamos vivê-lo mãe quer ouvir: “Era impossível à nossa maneira’”, afirmou a mãe, o Eduardo conseguir sobreviver”. que, apesar dos “receios” que ain- “Vim todo o caminho a chorar, ele da tem, não quer “fechar o Eduar- não e ainda me dizia 'mãe, é mais do a sete chaves”. “O ano passado uma doença. Se tiver que ir, eu fomos à praia um bocadinho. Não vou. Vamos viver, vamos brincar, “Eu quero morrer, porque tu estás a chorar por minha causa” foi fácil por causa dos olhares, mas vamos fazer tudo o que nós queVera diz ter “virado a vida de per- ele lida muito bem com essa par- remos, porque eu hoje estou aqui e amanhã posso não estar'. Isto nas para o ar” e deixou de traba- te”, frisou Vera Martins. E onde está o pequeno Eduar- deu-me força”, descreveu. lhar quando foi detetada esta paEduardo contraria todas as estatologia ao filho. Mas “há três anos” do, não há lugar para tristeza. É tísticas e acredita sempre em dias melhores. No outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos da América, há um tratamento que pode ajudar a combater a bactéria que o menino tem no sangue. Em Portugal, estão a estudar a possibilidade de Eduardo ser a primeira pessoa a experimentar o tratamento, que, posteriormente, poderá aju-
dar a melhorar o problema que tem nos pulmões. Não será o suficiente para que Eduardo fique totalmente recuperado, mas poderá ser uma grande ajuda para que tenha uma vida o mais normal possível. Até lá, o menino do Coronado vai ensinando a família a “ver a vida de outra maneira”. O maior sonho de Vera é ver “o seu “menino especial” curado e “ completamente feliz”. Pelos olhos do Eduardo... “Bonito, sexy e gostoso”. É desta forma que Eduardo se vê quando se olha ao espelho. Aos nove anos, já tem o seu projeto de vida bem delineado. Sonha curar-se, “ter um cão, uma garina gostosa e vários filhos”. Mas, mais do que isso, quer ser Presidente da República para “por menos dias de trabalho, mais dinheiro, ajudar os doentes e os velhinhos e mudar o mundo”. Enquanto o futuro não chega, Eduardo vai vivendo “um dia de cada vez e aproveita cada hora”. Não são precisos muitos minutos para percebermos que Eduardo é uma força da natureza. É frontal e não deixa nada por dizer. “Gostava de fazer parkour, para saltar e atravessar as paredes. Antes conseguia andar de bicicleta, agora não”, lamentou Eduardo, completando de imediato, “mas gosto de jogar e conversar com adultos, até demais, ver vídeos, comer e ir à casa de banho”, brincou. Os problemas respiratórios im-
pedem-no de fazer algo simples como jogar à bola, mas, mais uma vez, Eduardo contraria as regras e joga “como árbitro”, tornando-se dentro de campo um juiz exigente que prefere “o cartão vermelho”. Dono de um sorriso e de uma energia contagiantes, quando o Eduardo não fala, desvendou a mãe, “é porque está com muitas dores”. Mas não se deixa levar pela débil situação. “Quando é para picar ponho o braço e já está. Da outra vez levei seis vacinas e custou mais à enfermeira do que a mim”, contou Eduardo. As visitas ao IPO, uma ou duas vezes por mês, não são um entrave na vida deste menino, e, pelo que nos contou, são até um momento bem passado, porque lhe dão “frango, pizza e sandes de leitão”. “Sou muito bem tratado”, desvendou. Eduardo diz que sempre teve “assim muita força”, desde que nasceu, mas não esquece o apoio “da mãe, do irmão e do pai”, que são “as pessoas mais importantes” da sua vida. As saídas de casa têm que ser sempre cautelosas por causa dos vírus. “Eu não pego nada a ninguém, mas eles pegam-me a mim”, alertou. Eduardo tem sempre a companhia da sua máquina de oxigénio e precisa de ser ventilado para dormir bem e recarregar energia, “como um telemóvel”, exemplificou a mãe. “Eu acho que olham para mim de lado, porque não se vê uma criança com os problemas que eu tenho, estranham quando veem um menino com uma coisa no nariz, ficam a olhar de lado, mas eu não ligo”, garantiu. Não é possível transcrever para palavras a força de viver de um menino que, com apenas nove anos, trava há quase oito a mais dura batalha da sua vida. Sem pousar as armas, segue, diariamente, a sua luta. “Às vezes chorava por causa dos meus problemas, agora não. Tenho que ter e tenho (a doença), foi Deus que me deu, tenho que estar assim até me curar”, finalizou. Eduardo passa a vida a fintar a doença e a contrariar as estatísticas. É alvo de vários estudos, tendo vindo uma equipa médica do Brasil para o conhecer. O que talvez ainda não se tenham apercebido é que o melhor tratamento deste menino é a força de viver.
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M. Moutinho Duarte
NO PÓ DOS ARQUIVOS
1 MARÇO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
Rotary homenageia enfermeira Adelaide
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Atualidade
O Rotary Club da Trofa organizou um jantar de reconheciA Comissão Municipal Administrativa de santo Tirmento de mérito profissional so, em Março de 1918 à enfermeira Maria Adelaide Matos, a 26 de fevereiro, no No dia 25 de Março de 1918 tomou posse nova Comissão Adminis- Restaurante Julinha, em Santrativa para a Câmara Municipal de Santo Tirso. No espaço de ape- tiago de Bougado. nas dois anos – 1918 e 1919 – foram cinco as Comissões Administrativas nomeadas, e de curta duração. Esta manteve-se em funções até 5 de Agosto. Outra teve vida mais efémera: vinte dias! A que hoje evocamos, no centenário da sua posse, foi presidida pelo senhor Dr. Manuel Joaquim da Costa Cruz (natural de Santiago de Bougado) e um dos vereadores era o senhor Agostinho Moreira d’Assunção (natural de São Mamede de Coronado). Os cargos exercidos pelo Dr. Costa Cruz, na Câmara Municipal, já os referi – e enalteci! – há vinte anos, a propósito do centenário da sua eleição para Presidente da Câmara, a 6 de Novembro de 1898. Por isso, o destaque maior é para o senhor Agostinho Moreira d’Assunção: Vereador da Câmara Municipal de Santo Tirso, em 25 de Março de 1918. Há cem anos! Antes, porém, já tinha sido vereador por quatro vezes. Em 1901, sendo presidente Adelino Machado da Cunha Faria e Almeida. Também vereador o senhor Manuel Pereira da Fonseca Sampaio, de São Martinho de Bougado. Em 1902, durante a presidência do Dr. José António Alves Ferreira de Lemos Júnior. Em 1908, sendo novamente presidente Adelino Machado de Almeida, com o também vereador Camilo da Costa Campos Padrão, de São Martinho de Bougado. Em 1914, sob a presidência do Dr. Francisco Fonseca Pinheiro Guimarães.
PATRÍCIA PEREIRA/A.COSTA
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delaide Matos afirmou que “não há palavras para definir este momento tão importante, com tanta dignidade e nobreza como foi este louvor” que lhe fizeram. “Emocionada”, a enfermeira trofense mostrou-se “muito grata” com este gesto. “Nunca me passou pela cabeça. Ao início até disse que não o queria, porque não merecia”, completou. O presidente do Rotary Club da Trofa, José António Barbosa, explicou que o movimento rotário “procura, todos os anos, encontrar na sociedade, onde está inserido, um profissional de referência em determinada área”. Este ano, o clube entendeu que devia “homenagear alguém ligado à saú-
O mérito profissional da enfermeira Adelaide Matos foi reconhecido
de e foi muito fácil encontrar nes- espírito da enfermeira Adelaide, sa área uma pessoa que merecia, que dá muito de si antes de penmerece e merecerá mais homena- sar em si e põe os outros à frente gens de reconhecimento”. da sua própria família, em muitos Para António Barbosa, esta foi dos casos, muitas vezes ao longo “uma homenagem simples e sin- destes 42 anos. E portanto é mais gela” e “o sublinhar de uma car- do que justa a homenagem, emreira feita com princípios e valo- bora seja singela”, denotou, reres”. “Um dos lemas do Rotary é ferindo que “a sociedade trofen‘dar de si antes de pensar em si’, se devia” este reconhecimento e que encarna perfeitamente no “ainda deve mais”.
Meninos Cantores (re)apresentam “Os Saltimbancos”
Agostinho Moreira d’Assunção nasceu em São Mamede, no lugar de Paiço, no dia 13 de Outubro de 1861. Seu pais haviam casado na Igreja paroquial de São Mamede de Coronado, aos 11 dias do mês de Dezembro de 1851: Vicente Moreira d’Assunção, de Ermesinde, e Maria da Silva, do dito lugar de Paiço. Agostinho foi o 7.º filho na ordem de nascimento e, após ele, outros 6 irmãos nasceram. O Joaquim – seu irmão imediatamente anterior – veio a casar na Igreja de São Cristóvão do Muro, em 14 de Fevereiro de 1892, com Maria de Oliveira Martins, desta freguesia, do lugar de Vilares. Deste casal, vive, em Vilares, um seu descendente, sobrinho-neto do vereador Assunção, seu homónimo, o nonagenário Agostinho Moreira da Assunção. No dia 5 de Agosto de 1918 cessaram definitivamente as funções do vereador Agostinho Moreira d’Assunção. Entregou-se, a seguir, com maior dedicação e disponibilidade, às obras da sua paróquia. O Rev.o Sr. P.e Joaquim, de saudosa memória em São Mamede – e também em São Cristóvão! – referindo-se a ele, deixou escrito: «... Não me encontrei só; o senhor Agostinho Moreira d’Assunção acompanhou-me!» Decorridos sete anos, acrescentaria: «... O meu braço direito voou nas asas dos anjos. Fiquei só, em dor profunda». Às doze Meninos Cantores apresentaram musical pela terceira vez em 18 anos de existência horas do dia dezassete do mês de Julho do ano de mil novecentos vinte e cinco, numa casa do lugar de Paiço, da freguesia de São MaUm cão, uma galinha, uma gata no polo de S. Martinho da Junta de nar o espetáculo aos mais pequemede do Coronado, faleceu Agostinho Moreira d’Assunção, de ses- e uma mula...ups, um jumento, ju- Freguesia de Bougado, na noite de nos. Esta “exceção”, explicou, desenta e quatro anos de idade. Como causa da morte: “pleurisia pu- -men-to. Cansados da exploração sábado, 24 de fevereiro. ve-se também ao facto de o grurulenta”, indica a certidão de óbito passada pelo Dr. Mendes Leal. A sessão, incluída na programa- po estar a comemorar os 18 anos a que foram subjugados pelos doPara que os pósteros não o esqueçam, está na capela-mor, do lado nos, decidem libertar-se das amar- ção da Semana da Leitura do con- de existência. esquerdo de quem entra na sua Igreja Paroquial (pela porta lateral ras e juntar-se para cantarem as celho, foi aberta ao público em geEsta é a terceira vez que os MCMT de acesso à sacristia) a seguinte inscrição latina: angústias e exaltarem o desejo de ral e na quarta-feira, 28 de feverei- apresentam “Os Saltimbancos”, E que traduzo assim: mudar o rumo das suas vidas. Os ro, houve mais duas, estas exclu- numa adaptação à obra de Chico PARIETES HUJUS ALTARIS “As paredes deste altar animais são, respetivamente, Bár- sivas às escolas. “Inscreveram-se Buarque, mas pela primeira vez EXPENSIS EXORNATOE FUERENT bara Carola, Maria Faria, Verónica 600 e tal crianças, mas só foram contou com o “elenco total” do foram adornadas a exAUGUSTINI MOREIRA AB ASpensas de Agostinho Silva e Carolina Rocha e, para de- contempladas 400 porque a sala coro. “O musical foi escolhido de Moreira da Assunção vido enquadramento, os protago- não comporta mais”, explicou An- propósito, já que tinha tudo a ver SUMPTIONE e da sua esposa Emínistas do musical “Os Saltimban- tónia Serra, maestrina do coro in- com os contos e com a Semana ET EMILIOE MOREIRA MAIA lia Moreira Maia” cos”, que os Meninos Cantores do fantil, cujos elementos abdicaram da Leitura”, afirmou Antónia SerUXORIS EJUS Município da Trofa levaram à cena do dia de aulas para proporcio- ra. C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 1 MARÇO 2018
Desporto
Trofense goleado pelo Felgueiras
“Há que tirar ilações e assumir as responsabilidades” “Uma equipa que está à procura de objetivos e que quer dar seguimento àquilo que está para trás nunca se pode expor desta maneira”. As palavras são de Quim Berto, treinador do Clube Desportivo Trofense, após a goleada sofrida, em casa, diante do Felgueiras, na 22.ª jornada da série B do Campeonato de Portugal, disputada no domingo, 25 de fevereiro. CÁTIA VELOSO
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O jogo ficou “marcado por colocar a equipa da casa à frente uma péssima arbitragem” e o no marcador, com um golo aos 65. resultado acabou por dar a vi- “Fomos tremendamente prejudicados pela equipa de arbitragem”, tória ao Alpendorada. LILIANA OLIVEIRA
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Felgueiras não deu margem de manobra à equipa da Trofa
epois de quatro vitórias con- continuou a mostrar elevada efi- fães. O jogo está marcado para as secutivas, a equipa da Trofa foi pe- cácia nos lances de bola parada. 15 horas de domingo, 4 de março. nalizada com a segunda derrota, Ricardo Fernandes bateu direto o Para Quim Berto, o resultado fimas esta mais pesada pelos núme- livre, Barata largou a bola e Goba nal espelha “mérito do adversário ros e pelo facto de ter acontecido Zakpa aproveitou a recarga para e muito demérito da equipa do Troentre portas, cenário que não se via fazer o 1-4. fense”. “Temos de olhar para isto desde 17 de dezembro, ainda Quim O remate fraco de Pedro Matos como um dia menos bom da nossa Berto não tinha chegado à Trofa. foi o reflexo da postura da equipa parte. Assumo toda a responsabiliAlém disso, a goleada foi cons- do Trofense, que não soube reagir dade por tudo aquilo que se passou, truída depois de o Trofense ter às adversidades do jogo. O resulta- mas os jogadores também têm de inaugurado o marcador, aos 25 do fixou-se em 1-5, na sequência de perceber que para jogar a qualquer minutos, por João Pedro. O pon- uma grande penalidade a sancio- nível, temos de ter personalidade e ta de lança aproveitou a assistên- nar falta de Luiz Alberto sobre Pa- saber reagir a este tipo de contexcia de João Coimbra para, sobre a trick. Na cobrança do castigo má- to”, afirmou o técnico em declaraesquerda, rematar cruzado para o ximo, Goba Zakpa fechou a conta- ções ao NT e à TrofaTv. primeiro golo. gem e garantiu o hat-trick. Apesar de os dois últimos jogos Depois, começou o pesadelo Até ao apito final, de registar as terem terminado com resultados para a formação da Trofa, muito investidas dos trofenses Pedro Ma- negativos, Quim Berto não esquepor culpa própria, já que, ao ser be- tos, que de ângulo difícil obrigou ce os feitos conseguidas nas jornevolente na abordagem aos lan- Márcio Paiva a defender com difi- nadas precedentes e acredita que ces de bola parada, permitiu que o culdade, André Viana, com um re- o objetivo da manutenção “vai ser adversário desse a volta ao resul- mate à figura do guardião adversá- conseguido”. tado ainda na primeira parte, com rio, e João Pedro com “tiro” às maJá Ricardo Sousa, técnico do Felgolos de Patrick e Goba Zakpa, aos lhas laterais. gueiras, considerou que o triun27 e 31 minutos, respetivamente. O Trofense está na 11.ª posição, fo foi a resposta que a equipa quis Mais confortável sobre a vanta- com 26 pontos, e distanciou-se da dar depois do empate diante do úlgem, o Felgueiras assumiu as des- primeira equipa acima da linha de timo classificado na jornada antepesas da partida e foi premiado água, a Sanjoanense, que tem 29 rior. “Entramos a medo no jogo, o com o terceiro golo, apontado por pontos. Já o Felgueiras beneficiou que permitiu ao Trofense fazer 1-0. Cláudio Ribeiro, que aproveitou a do desaire do Cinfães no terreno do Depois, o jogo acabou por ser nosdescompensação defensiva do ad- “lanterna vermelha” Sousense e su- so, tivemos as melhores oportuniversário para, à vontade, bater Ro- biu à liderança da série. dades, fizemos cinco golos e podolfo Barata. Na próxima jornada, a equipa da díamos ter feito mais um ou ouNa segunda parte, o Felgueiras Trofa desloca-se ao terreno do Cin- tro”, afirmou.
Jogadores distinguidos
No intervalo do jogo da equipa sénior do Trofense diante do Felgueiras, no domingo, 25 de feve-
Bougadense perde em Alpendorada e acaba com 9
os treinos e jogos com a prestação escolar no 1.º período letivo. Alexandre Vaz (minis), Henrique Oliveira (pré-escolas B), Rui Pedro Paiva (pré-escolas A), Lucas Gonzaga Cardoso (sub-10), Afonso Dias (sub-11 B), Rodrigo Miguel Carvalho (sub11 A), João Carlos Araújo (infantis 7), Eduardo Portela (infantis 11), Pedro Oliveira (iniciados B), Rui Pedro Teixeira (iniciados A), Pedro Dias (juvereiro, o departamento de forma- nis B), Nuno Filipe Fernandes (juveção do clube homenageou os atle- nis A) e Tiago Cavadas (juniores) fotas jovens que melhor conciliaram ram os jogadores distinguidos. C.V.
partida, a contar para a 22.ª jornada da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto, terminou, diz Fábio Pereira, técnico do Atlético Clube Bougadense, com “um resultado extremamente injusto”. O Bougadense ainda esteve em vantagem no jogo, depois de Pontes inaugurar o marcador ao minuto 64. Mas ainda antes de recolherem ao balneário, Delman, aos 45, e Pedro Cardoso, aos 47, deixaram a formação de Santiago de Bougado reduzida a nove unidades, depois de terem visto o cartão vermelho, “sem qualquer motivo”, disse Fábio Pereira. O Alpendorada acabou por chegar à igualdade, através de um golo de Emanuel. O Bougadense jogou toda a segunda parte em desvantagem numérica e acabou por ver Marcos
asseverou Fábio Pereira. “Queria dar os parabéns aos meus jogadores pela atitude que tiveram no jogo, principalmente na segunda parte mostraram uma atitude e crescimento do ponto de vista tático”, afirmou. Sem conseguir pontuar, o Bougadense mantém-se no 4.º lugar, com 36 pontos. Na próxima jornada recebe o Citânia de Sanfins, pelas 15 horas do dia 4 de março.
Bougadense B vence A 20.ª jornada da série 1 da 2.ª Divisão da AF Porto, mediu forças entre AC Bougadense B e Gervide. A jogar em casa, a formação de Santiago de Bougado venceu, por 2-1. A ocupar o 10.º lugar, com 26 pontos, na próxima jornada o Bougadense B viaja ao reduto do Sporting da Cruz. A partida está marcada para as 15 horas do dia 4 de março.
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Desporto
Beatriz Martins 2.ª na última prova da Taça de Pista
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Beatriz Martins conseguiu o 2.º lugar em três das quatro vertentes da prova
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lha de prata” na terceira prova da Taça, com eatriz Martins, da União de Ciclismo 124 pontos, menos 12 que a 1.ª classificada, da Trofa, terminou a terceira e última prova Beatriz Pereira, do Bairrada. pontuável da Taça de Portugal de Pista em No ranking final, no qual são somadas as 2.º lugar, no sábado, 24 de fevereiro. No Ve- três provas da competição, Beatriz Martins lódromo Nacional, em Sangalhos (Anadia), – que não pontuou na primeira - arrecadou a corredora conseguiu a segunda melhor o 6.º lugar, com 46 pontos. classificação em três das quatro vertentes, “Estou feliz por estes resultados. Agradescratch, tempo race e eliminação, e a ter- ço à minha equipa, treinador e envolventes, ceira melhor performance na corrida por pais e família por todo o apoio dado”, afirpontos. Esta prestação valeu-lhe a “meda- mou a corredora em declarações ao NT. C.V.
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Atualidade Agenda Dia 02 10 horas: Abertura da Feira Anual da Trofa, no Mercado/ Feira
Equipas expuseram viaturas que vão competir no Troféu CIN
Pilotos “aquecem” motores
Dia 03 Feira Anual da Trofa, no Mercado/Feira 18.15 horas: Eucaristia em honra do Senhor dos Passos, na Igreja Matriz de S. Mamede do Coronado Dia 04 Feira Anual da Trofa, no Mercado/Feira 15 horas: Procissão em honra do Senhor dos Passos, da Igreja Matriz de S. Mamede do Coronado 15 horas: Cinfães-Trofense 15 horas: Bougadense-Citânia de Sanfins 15 horas: Sporting da Cruz-Bougadense B
Farmácias Dia 1 Farmácia Nova Dia 2 Farmácia Moreira Padrão Dia 3 Farmácia de Ribeirão Dia 4 Farmácia Trofense Dia 5 Farmácia Barreto Dia 6 Farmácia Nova Dia 7 Farmácia Moreira Padrão Dia 8 Farmácia de Ribeirão
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109//252 428 110 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
Pilotos preparam-se para a nova temporada
A Alameda da Estação foi o local escolhido pelas equipas de automobilismo da Trofa para mostrarem as viaturas que vão acelerar no Troféu CIN, da Team Baia. CÁTIA VELOSO
do João Gomes, há provas cujas inscrições “podem chegar aos 500 euros” e depois é necessário fazer contas à manutenção das viaturas e à logística, como alimentação e alojamento. Sem grandes apoios, os pilotos da Trofa tentam gerir o orçamento de acordo com urante o dia de domingo, 25 quadro de provas que estão agende fevereiro, os carros de rali cha- dadas. Por exemplo, Cláudio Sanmaram à atenção daqueles que, tos ainda está a fazer contas à veraproveitaram o sol e a tempera- ba que poderá angariar para detura amena, foram passear para a pois definir as provas que vai junAlameda da Estação. Além de dar tar às de Santo Tirso e Famalicão, a conhecer a realidade trofense no que “estão certas”. “Os ralis estão que à modalidade diz respeito, as cada vez mais caros”, confidenciou. equipas procuraram também fazer Por sua vez, Joaquim Maia conta operação de charme a possíveis fazer “três provas” do CIN, se gapatrocinadores. “Divulgar que na rantir o apoio dos patrocinadores Trofa há muitos pilotos” e “chamar com quem está a negociar. a atenção da Câmara” para que dê “O automobilismo mais apoio foram outros dos objeestá esquecido” tivos que levaram à realização desta exposição, explicou ao NT e à Na Trofa, o automobilismo semTrofaTv o promotor, João Gomes. “Não existe só velocidade. Nós tam- pre foi uma modalidade com tradibém fazemos uns ralis e até vamos ção, graças ao esforço impulsionamais longe do que eles”, afiançou. do pelas várias gerações de pilotos. Uma época pode custar milha- No entanto, a opinião parece unâres de euros a uma equipa. Segun- nime quanto à importância que en-
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tidades institucionais locais dão ao automobilismo. “Há tradição só nos pilotos, porque no concelho não se vê muita coisa. Podiam fazer mais algumas iniciativas”, defendeu Sérgio Ramalho. Filipe Moreira complementou: “Nós temos muitos e bons pilotos, só que falta um bocadinho de apoio a nível camarário, porque investe-se no futebol e o automobilismo fica à parte. Valem-nos algumas empresas da Trofa que nos têm ajudado”. Já Nuno Freitas espera que, este ano, haja Super Especial na Trofa. “Acho que já o ano passado devia ter havido”, referiu. João Gomes considera que a modalidade está “esquecida” no concelho. “Eu tive reuniões na Câmara e na vereação do Desporto revelaram estar suscetíveis de receber mais propostas e realizar mais eventos. Nós compreendemos que as dificuldades tocam a todos, mas nós também não pedimos grandes apoios monetários. Neste caso, só tenho de agradecer por nos terem ajudado nesta exposição, agora vamos esperar que a Câmara se lembre de nós também”, sublinhou. O sentimento de injustiça que os pilotos sentem justifica-se pela convicção de serem capazes de levar o nome da Trofa mais longe que algumas modalidades apoiadas institucionalmente. “Normalmente, falam de nós pelo concelho que representamos e não pelo nosso nome. Neste tipo de campeonatos, toda a gente sabe que há pilotos da Trofa”, acrescentou João Gomes, que revelou ainda que esta época está prevista uma prova ibérica. “Elevaremos o nome do concelho não só a nível nacional, mas também a nível internacional”, concluiu.
“Esta época ainda está por delinear, porque não temos muita liberdade a nível profissional e vamos ter de gerir as provas mediante o tempo disponível. Provavelmente, iremos participar nos ralis que se realizam perto, como Famalicão, Santo Tirso e Viana do Castelo”. Filipe Moreira “À partida, iremos fazer três provas e vamos ver se os patrocinadores nos ajudam para esse objetivo”. Joaquim Maia “Esta temporada vamos fazer algumas provas do CIN, a de Ourém, Mondim de Basto, Santo Tirso e Famalicão e algumas super especiais”. Sérgio Ramalho “Vamos ver como vai correr a época. Temos o carro a ficar pronto.Vamos fazer as super especiais, com o objetivo de vencer. Quando estamos nesta modalidade é para ganhar e não para passear os carros”. Nuno Freitas “O automobilismo na Trofa está bem representado. Somos mais de dez equipas, com mais outras tantas de velocidade, só que não temos muitos apoios, que é o que nos falta”. Cláudio Santos “O automobilismo é próprio da nossa cidade. Já vem de há muitos anos, em miúdo ouvia falar no senhor Baptista e no senhor Alcino Cinoco. Já é uma tradição que está incutida na minha geração e mais novas, que estão a começar. A modalidade está bem entregue”. Carlos Campos “Estivemos parados durante algum tempo. O ano passado só conseguimos fazer duas provas. Este ano vamos tentar fazer o máximo que conseguirmos” Jorge Martins
As equipas da Trofa vão marcar presença nalgumas provas do Troféu CIN 2018, que começa no dia 9 de março em Gondomar, passando depois pelos municípios de Ourém, Mondim de Basto, Santo Tirso, Fafe, Viana do Castelo, Famalicão, Mesão Frio e Valença.
Necrologia S. Martinho de Bougado António Ferreira Lopes Faleceu no dia 26 de fevereiro, com 79 anos. Viúvo de Maria Alice Moreira da Silva
Maria Madalena Maia Rodrigues Faleceu no dia 24 de fevereiro, com 78 anos Divorciada Funerais realizados pela Agência Funerária Trofense, Lda, Gerência de João Silva
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1 MARÇO 2018
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