Quinzenário | 26 de abril de 2018 | Nº 668 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
07 Polícia
4 detidos por posse de droga e armas 05 Atualidade
MICKAEL Carreira na festa de nossa senhora das dores
08 Inovação
Primeiro-ministro elogia bial 12 Senhora do Desterro
David Carreira deixou bairros “in Love”
17 CD Trofense
Quim Berto continua na próxima época pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade
Crónica
Anita Campos selecionada por escola do Reino Unido Anita Campos, da escola Passos de Dança, embarca numa das mais importantes aventuras da sua ainda curta carreira como bailarina. A trofense foi selecionada para o curso de verão da Elmhurts Ballet School, uma escola de ballet clássico que funciona em regime de internato e que está associada ao Birmingham Royal Ballet. LILIANA OLIVEIRA Para Márcia Ferreira, responsável pela Passos de Dança, “a Elmhurts é uma das melhores escolas de ballet clássico a nível europeu” e tem “um número limitado de vagas, por isso só aceitam os alunos que, não só fisicamente mas a nível de currículo, tenham as melhores condições e capacidades”. Entre as candidaturas aceites este ano está a de Anita Campos, uma bailarina a quem a professora Márcia reconhece “capacidades físicas fora do normal”. “Ela tem um corpo com condições físicas que lhe permitem, se ela trabalhar, atingir um nível técnico muito elevado”, explicou. Apesar de ser “muito magra”, o que lhe provoca “um défice de força”, Anita tem trabalhado para conseguir alcançar uma carreira profissional na dança. Para a professora, “quem olha para a Anita percebe que ela tem todas as capacidades para atingir o topo e poder ter uma carreira profissional nesta área”. Anita Campos integrará a escola do Reino Unido de 12 a 18 de agosto. “Espero que venha ainda mais motivada, para poder evoluir, e acho que lhe vai fazer muito bem ao nível da maturidade”, acrescentou Márcia Ferreira. No entanto, terão que ser os pais de Anita a patrocinar o seu sonho. A falta de apoio às artes entristece Márcia Fer-
César Alves
A Palavra - Revoluções, Livros e Poder
reira, que considera que a sociedade ainda olha para o ballet clássico como um “luxo”. “As pessoas esquecem-se que estamos a falar de arte e de dotar crianças com competências que são para a vida”, frisou. “No caso da Anita é mesmo o lutar por um sonho de uma carreira” que vai custar aos pais “entre 800 a mil euros”. “Apoiar a dança é tão importante como apoiar o futebol, o ciclismo ou outra modalidade qualquer. As minhas alunas conseguem elevar e representar a cidade, ganhar prémios e acho que isso é de louvar e incentivar, por isso se alguém quiser dar um apoio à Anita, estamos sempre disponíveis para agradecer”, apelou a responsável pela Passos de Dança.
Trabalhadores da Preh não desistem de reivindicar Os trabalhadores da Preh Portugal, sediada em Bougado, cumpriram um novo período de greve no dia 19 de abril. Durante duas horas, dezenas de colaboradores concentraram-se à porta da empresa para reclamar o fim do trabalho aos sábados e ajustamento salarial. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (Site) do Norte, a administração da empresa “inflamou” a luta dos trabalhadores, ao propor a transformação dos dois sábados mensais de cinco horas de trabalho cada
Literária mente
para apenas um de dez horas. “A empresa contratou trabalhadores para substituir os grevistas, sendo, por isso, alvo de denúncia do SITE-Norte, que pediu a intervenção da ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho), já que esta prática é proibida e punida por lei”, informou ainda fonte da SITE-Norte.Durante a greve, ficaram prometidas para breve “novas formas de luta” para que os trabalhadores consigam que a administração atenda as reivindicações. C.V.
Cada pessoa encara o seu aniversário da sua própria forma particular. Quanto a mim, não é tanto o dia, mas a semana. A semana do meu aniversário, esta, é sempre um momento de reflexão profunda sobre a vida e sobre o que andamos (e ando) a fazer nela e com ela. Tendo nascido entre o Dia Mundial do Livro e o dia que celebra a nossa revolução, sinto-me imbuído, como se fosse a minha missão (e acredito que todos teremos uma) de incitar ao pensamento pelo livro, pela escrita, pela palavra. Continuo, ainda hoje, a acreditar firmemente na ideia de que a palavra é a arma mais poderosa que temos à nossa disposição. Para o mal, mas também para o bem. Foi pela palavra que grandes autoritarismos se levantaram. Pelo domínio do discurso, pela escolha detalhada daquilo que esse discurso incluiu, pelo meio e pela forma como essa palavra era espalhada pelas massas. E esta é, talvez, a palavra-chave. As massas. Não se engane, caro leitor. O poder está nas massas, está nas pessoas, está no povo. Podemos viver numa pirâmide de poder, mas a base (as massas), é o maior estrato e, logo, aquele com maior força. É pelo controlo das massas que o mundo se rege, seja em termos políticos ou, na era da informação, em termos de comunicação. E acredito fielmente que seria a partir deste ponto que essas mesmas massas poderiam mudar o mundo, torná-lo mais justo, mais adequado àquilo que são as necessidades de todos e de cada um. Comunicação de massas. Comunicação não para as massas, mas entre as massas. Que o diálogo entre cada um de nós fosse ensinado, construído e limado desde cedo, desde que somos crianças, preparando-nos para enfrentar o mundo a partir de um ponto de vista crítico e consciente. E que essa preparação formasse cidadãos conscientes de si e do mundo, conscientes do que os rodeia e do contributo que têm ao seu alcance para fortalecer esse contexto. Penso que seja aqui que está guardada a chave para uma melhoria global. A comunicação entre nós. Vivemos numa sociedade de culto à personalidade, onde figuras públicas (não colocando em causa o seu mérito) são elevadas quase à posição de deuses, onde as grandes empresas olham para as pessoas do ponto de vista do capital, onde um soundbite tem mais força do que uma ideia concreta e que ouse desviar-se do rumo traçado por quem nem sequer nos conhece. Conversava, recentemente, com dois amigos, sobre o poder. O que é o poder? Quem tem o poder? E penso que, embora o dinheiro continue a mover multidões e a gerir, quase por si só, as grandes instituições que nos governam, o verdadeiro poder está na palavra. No seu conteúdo, na sua forma e na sua difusão. Temos de rever as nossas prioridades individuais e dar à palavra a atenção e a importância que ela merece. Esqueçamos a comunicação para as massas que, de uma regra geral, serve para criar comportamentos de manada, pensamentos gerais e acríticos, que não ponham em causa o(s) sistema(s) instalado(s). Trabalhemos na comunicação entre as massas, que permita percebermo-nos mutuamente, que permita ter a verdadeira noção das nossas capacidades e limitações, e do que é que somos capazes para tornar um mundo um lugar melhor. Assumo-me fortemente contra todas as formas de instrumentalização da mente humana. E penso que esse é um bom primeiro passo. Literariamente, estamos conversados.
Previsão meteorológica de 26 de abril a 3 de maio
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Atualidade
O bougadense que foi Ministro do Trabalho após a Revolução Nasceu em Santiago de Bougado em 1939 e, apesar de lá ter saído aos dez anos para ir viver no Porto, ainda hoje alimenta nostalgia pela terra natal. Como contou ao NT, a ligação foi mantida “com visitas” só para recordar ou para “para comemorar os anos de alguém”. É conhecido por muitos trofenses e desconhecido de outra grande parte, mas este bougadense tem no currículo uma função que mais ninguém teve em Portugal. Avelino Gonçalves foi o ministro do Trabalho do primeiro Governo Provisório após o 25 de Abril. CÁTIA VELOSO
O reconhecimento feito pela terra natal aconteceu 44 anos depois, na sessão solene evocativa da efeméride, que se realizou na manhã do feriado, no Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. O NT entrevistou-o antes do regresso à Trofa e constatou o “nervosismo” que antecede à aparição pública que fará. “Fico sempre nervoso”, confessou, antes de recordar as duas visitas anteriores, uma a representar o Partido Comunista Português (PCP) em comícios decorridos em pleno “Verão Quente” de 1975 e outro como membro da Assembleia Municipal de Santo Tirso – onde exerceu funções durante nove anos como eleito da CDU -, “a convite de uma associação”, mas da qual “não” guarda “as melhores recordações”. Avelino Gonçalves tem uma ligação profunda aos movimentos sindicais antes da Revolução e foi exatamente quando cumpria mais uma atividade no Sindicato dos Bancários do Porto que soube que o golpe militar estava prestes a acontecer. Para Avelino, “o 25 de Abril não foi uma surpresa completa”, dado que fazia parte da estrutura nuclear do PCP e soube “com antecedência” das intenções do MFA (Movimento das Forças Armadas). Com a queda do Governo de Marcelo Caetano, não tardou a criação de um novo executivo, aprovado pelo Presidente Spínola. Cinco dias após a Revolução, Avelino foi “consultado” sobre a escolha de Álvaro Cunhal para a pasta do Trabalho. “Eu disse que achava muito mau, porque haveria gente que tentaria de tudo para voltar os trabalhadores contra o PCP e que o lugar dele como secretário-geral do partido o contraindicava para o lugar”, contou.
A delino Gonçalves criou o salário mínimo nacional Cunhal, assim como Francisco Sá Carneiro e Francisco Pereira de Moura integraram o executivo, mas sem pasta, enquanto Avelino Gonçalves foi indicado pelo PCP para ministro do Trabalho e validado por Spínola. “Houve trabalhadores que viram o salário multiplicado por três” Tomar conta de uma pasta com tamanho significado no rescaldo de uma Revolução não o atemorizou. “Seria uma desgraça se, porventura, me passasse pela cabeça queixar-me das dificuldades. Fossem quais fossem, era uma situação que encarávamos e com grande contentamento e confiança”, revelou. Desses tempos, Avelino recorda reuniões acesas com delegações de trabalhadores, “às vezes justamente indignados com este e aquele problema ou com a melhoria das condições de vida”. Nas auscultações, assegura, “tudo foi sendo discutido numa relação de grande confiança e, no geral, de respeito mútuo”. “Houve concentrações com milhares de trabalhadores junto ao Ministério e quando chegava a altura de ir almoçar, nunca deixei de sair pelo
meio das pessoas que lá estavam”, lembrou. A medida mais importante que tomou, diz, foi a criação do salário mínimo nacional, fixado em 3300 escudos. Avelino Gonçalves está convicto de que esta deliberação, em maio de 1974, “representou uma melhoria de ordenado para 56 por cento dos trabalhadores: “No concelho de Santo Tirso, por exemplo, com a predominância do setor têxtil, os salários eram bastante mais baixos. Uma mulher ganhava à volta de mil escudos, às vezes menos. Houve trabalhadores que viram o seu salário multiplicado por três, famílias que pela primeira vez puderam encarar a compra de eletrodomésticos, mobilar a sua casa, etc.”. Ora, no reverso da medalha, Avelino Gonçalves teve de lidar com a réplica dos patrões. Recorda que também trabalhou muito na “convergência de posições”, para a negociação de “novas contratações coletivas e fixação de novas condições de vida, como o alargamento do tempo de férias e fixação do subsídio de férias”. Pressão dos empresários? “Houve de tudo”, respondeu. Se por um lado, houve quem não criasse problemas, por outro lado, “houve tentativas de sabotagem”, protagonizadas “pelas empresas gigantescas”. “Nesse caso sim, houve claramente a tentativa de perturbar a vida económica e social do país”, acrescentou. Das ilhas também vinham sinais de alerta: “Da Madeira, chegou-me a preocupação dos patrões, que consideravam que não iam aguentar com a prática do salário mínimo. Hoje, vemos que a Madeira, não só se aguentou como até aplica um salário mínimo mais elevado que no continente. Afinal não houve o desastre económico que as pessoas receavam”. Avelino Gonçalves esteve à frente do Ministério cerca de dois meses, os mesmos que durou o 1.º Governo Provisório, até à demissão do primeiro-ministro Adelino da Palma Carlos. Depois de uns tempos de atividade sindical – à qual se incluiu a direção do jornal “Alavanca” -, voltou à profissão de bancário e, mais tarde, dedicou-se à atividade política no PCP, exercendo “funções de organização no distrito do Porto e concelhos do interior”. Foi membro do Comité Central do partido durante 20 anos, até 1996, até abraçar o novo projeto como professor no Ensino Profissional, por duas décadas, até à reforma. Politicamente, foi candidato pelo PCP nas eleições autárquicas de 2005, 2013 e 2017 à Câmara Municipal de Cinfães, onde vive atualmente.
Bandeira para homenagear ex-combatentes Uma das intenções do grupo de Ex-combatentes do Ultramar da Trofa ao desenhar uma bandeira era a identificação nos eventos em que estão representados. Mais tarde, o simbolismo foi reforçado com a ideia de a utilizar em cerimónias fúnebres em jeito de “homenagem”. E foi para dar a conhecer esta nova função da bandeira do grupo que Abel Ferreira e Américo Azevedo puseram pés a caminho para anunciar a disponibilidade de a levar, a título gracioso, aos eventos solicitados por “qualquer um dos ex-combatentes residentes no concelho”. “Faça ou não parte do grupo, queremos dizer que esta bandeira está disponível para todos, desde que tenhamos conhecimento”, referiu ao NT Abel Ferreira, que deu ainda conta de que “o armador da Trofa também já sabe desta intenção”. Além de uma bandeira que serve de estandarte, o grupo tem ainda uma outra, maior, que pode cobrir uma urna, caso seja esse o desejo do ex-combatente ou família. “Queremos homenagear os nossos camaradas”, sublinharam. Os interessados em utilizar a bandeira nalguma cerimónia podem contactar a Agência Funerária Trofense, a Funerária Ribeirense ou então Abel Ferreira (919 469 602) e Américo Azevedo (913 535 488).
Utilização da Bandeira nas cerimónias fúnebres não tem qualquer custo
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade
A Revolução na Trofa José Manuel Lopes abriu a porta de casa, em Guidões, para contar, em conjunto com o amigo Cunha da Silva, como foram vividos os momentos pré e pós Revolução de Abril na Trofa. CÁTIA VELOSO
eleições foram alvo de golpe fraudulento por parte do regime salazarista e o clima de medo - muito alimentado pela PIDE, polícia secreta do Governo - contribuiu para que, após as votações, tudo fosse ocultado. Paredes onde antes se lia “Viva Humberto Delgado” ganharam pintura nova. “Foi tudo limpo”, recordou Cunha da Silva. Segundo conta José Manuel Lopes, um dos acérrimos apoiantes do “general sem medo”, Manuel Rodrigues da Silva , mais conhecido por Neca Caleiro, foi um dos que quis apagar definitivamente a sua “pegada humbertista”. “Tinha medo de voltar a ser preso”, recordam os dois trofenses, que viajaram no tempo para recordar a altura em que Manuel Rodrigues da Silva caiu nas “garras” da PIDE.
Corria o ano de 1958, em pleno período eleitoral. A 8 de junho as urnas eram abertas para que a população elegesse o próximo Presidente da República. Américo Tomás, anterior ministro dos Assuntos Navais do Governo de António Oliveira Salazar, e Humberto Delgado, candidato independente apoiado pela oposição democrática, iam a sufrágio. Para muitos portugueses, esta era a oportunidade para derrubar o regime. Assim como em vários pontos Preso político “por engano” do país, na Trofa viveram-se moO acontecimento deverá rementos de euforia eleitoral. Camiões com a imagem de Delgado montar à década de 50, estimam passearam pelas ruas. Cartazes Cunha da Silva e José Manuel Loforam erguidos e pichagens de- pes. Manuel Rodrigues da Silnunciavam que, nesta terra, havia va fazia malas, algumas com um quem quisesse que Salazar caísse. “fundo falso” com “cinco centíCunha da Silva era um deles. metros”, que as famílias aproNessas eleições, recorda, deslo- veitavam para guardar os objecou-se à escola que existia per- tos de valor, em casa. “Um dia”, relatou José, “apareceram-lhe to da Capela Nossa Senhora das Dores para votar. “Estava na fila três homens que encomendaram ansioso por poder exercer o di- uma série de malas com esse funreito de votar, mas quando che- do falso”. Como era negócio, Maguei à frente, na consulta aos ca- nuel Rodrigues da Silva vendeudernos eleitorais disseram que o -as. Só não sabia que estava a meu nome não constava. Eles sa- ajudar “funcionários clandestibiam que eu era incómodo ao re- nos do Partido Comunista (PC)” gime”, contou no decorrer de uma que, com aquelas malas, conselonga conversa com o NT, em Gui- guiam “transportar propaganda” dões, na casa de José Manuel Lo- escondida. “A PIDE assaltava as casas clanpes, filho de uma das famílias que também se opuseram fortemente destinas do partido e, numa dessas ocasiões, vasculharam essas à ditadura. Correram rumores de que as malas e descobriram o fundo fal-
José M anuel L opes e Cunha da Silva relembraram a ditadura so com a propaganda. Acabou por cartilha, mas a determinada altu- ros. Quando estávamos a cantar o descobrir quem era o fabricante ra, as pessoas estavam a procurá- hino, um deles tocou uma corneta das malas e levaram-no preso”, -la para ler e então mobilizaram e os outros começaram à porrada a DGS para a apreender”, contou connosco, com correntes e basrecordou José Manuel Lopes. tões. Nós, claro está, reagimos. Manuel Rodrigues da Silva foi José Manuel Lopes. No “auto de apreensão”, con- Foi uma confusão”, relataram. levado para a prisão da PIDE, no Essas sessões serviam, segunPorto, onde “se viu atrapalhado”. tam, “não estavam lá as cartilhas Segundo José Manuel Lopes, o todas”, pelo que ainda foi possí- do referem, como “sessões de estrofense “diz que quem o salvou vel “colocar muitas debaixo das clarecimento” sobre a “verdadeifoi um militante destacado do PC, portas e nos marcos de correio”. ra missão do PCP” e que “não se o Jorge Araújo”, pois “chegou a Cunha da Silva recorda ainda que, comiam criancinhas ao pequenoequacionar o suicídio”. “Passou nesse momento, Eduardo Pin- -almoço”. Em reação a esse golpe um mau bocado. Esteve isolado to Ribeiro, então chefe de reda- no comício, foi organizada “uma numa cela às escuras, perdeu a ção do Jornal da Trofa, “chegou manifestação enorme na Trofa, noção das horas e dos dias, não a ser levado, mas acabou liber- com milhares de pessoas na zona envolvente à Rua Conde S.Bento”. comunicava com a família e só tado pouco tempo depois”. Quanto a identidade de “bufos”, A esse ato popular seguiu-se um saía para ser interrogado para revelar a identidade dos homens anónimos que a troco de dinhei- novo comício, que “correu muito que compraram as malas. Ao fim ro informavam a polícia política bem” e “sem percalços”. Mas a “perseguição política” de um mês, acho, algumas figuras de opositores do regime, Cunha da Trofa movimentaram-se e fo- da Silva e José Manuel Lopes re- teve muitas formas. Cunha da Silram em auxílio do homem. Como velam que “havia desconfian- va sabia que estava marcado: “Eu ele tinha sempre a mesma ver- ças”, mas nunca “confirmações”. não podia passar por determinasão, que era a verdadeira, porque No reverso da medalha, recorda das zonas, senão havia pessoas não sabia quem realmente eram alguns dos muitos trofenses que que me diziam ‘tu, um dia, vais aqueles homens, acabaram por lutaram pela mudança do estado ter uma corda, no Parque’. Houve das coisas: “José Bento Machado, um dia que a guarda cercou-me soltá-lo”, recordou. José Maria Machado, Aníbal Cos- a casa para saber se tinha metrata Ferreira, Arnaldo Pinto Ribeiro, lhadoras”. A sede do MDP na Trofa Noutra ocasião, foi agredido A Trofa não esteve de fora do Eduardo Pinto Ribeiro, Alferdiclima oposicionista que crescia no Mendonça, Narciso Oliveira”. pelas costas na cabeça quando fazia uma pichagem. Teve de reas penumbras. Esta terra que ainceber tratamento hospitalar. O Verão Quente da não era vila desenvolveu alguCunha da Silva foi um dos coConsumada a Revolução a 25 mas movimentações através dos seus militantes, que operavam de Abril de 1974, os tempos de munistas que estava no interior num dos “ninhos” do Movimen- acalmia política estavam longe da sede do PCP, em Vila Nova de to Democrático Português (MDP), de alcançar. Nos primeiros tem- Famalicão, quando esta foi tomasituado “em frente ao Quiosque pos, dizem, a euforia democráti- da de assalto em agosto de 1975. Ao recordar os ataques à bomdo Pedro, na Sapataria Lopes”. ca calou as vozes “fascistas”, no Um dia, em 1969, a DGS, polícia entanto, o verão quente de 1975 ba, que chegaram a matar pespolítica “irmã” da PIDE, entra de mostrou que essas estavam bem soas em S. Martinho do Camrompante na sede para “apreen- vivas. Cunha da Silva e José Ma- po, no concelho de Santo Tirso, der a cartilha do povo”. “Aque- nuel Lopes garantem que é nes- Cunha da Silva referiu que “um la cartilha era feita para explicar sa altura que começa uma verda- dos mentores” disse-lhe que a a questão da guerra colonial, de deira campanha para “sujar” o sua casa “não foi pelo ar, porque como se vivia mal em relação a nome dos comunistas e instalar em frente morava o Flávio PláFrança e de como não vivíamos a desordem. “Houve um comício cido”, com simpatia ideológica em liberdade. Ao início, eles (Go- do PC no Teatro Alves da Cunha, mais à direita. verno) ainda deixaram circular a que foi tomado por alguns fulinei-
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Atualidade Carrosséis no Parque e Mickael Carreira é cabeça de cartaz
Novidades na Festa da Senhora das Dores Muitas novidades prometem inovar a festa Nossa Senhora das Dores este ano. Em entrevista ao NT, o presidente da comissão de festas, Jorge Silva, anunciou algumas. CÁTIA VELOSO
À medida que foi avaliando o rescaldo das últimas edições da festa em honra Nossa Senhora das Dores, Jorge Silva foi alimentando M ickael Carreira é o cabeça de cartaz da festa o desejo de que, se um dia tivesse a oportunidade de as organi- do ano passado, para que o anfi- sado e ao de 2016. Quando queszar, iria mudar muito do que era a teatro do Parque Dr. Lima Carnei- tionado se chegará aos 300 mil euorganização da romaria. A opor- ro possa ser usufruído na plenitu- ros, respondeu: “Não quero chetunidade surgiu este ano, com o de. “Será mais uma surpresa. Pre- gar a esse patamar. Tenho negoconvite endereçado pelo pároco cisamos de mudar. Quero tentar fa- ciado muito bem”. Para fazer face ao maior esforço de S. Martinho de Bougado, Lu- zer uma festa que agrade a todos e ciano Lagoa. que no fim o que se ouça é que va- financeiro, Jorge Silva e equipa estão a delinear estratégias e a preRevolução será uma palavra leu a pena a aposta”, atestou. com demasiada carga para o que Jorge Silva orgulha-se de ter parar uma agenda de atividades Jorge Silva e restante equipa, a “arranjado uma boa equipa” para para angariação de fundos. Uma representar a aldeia da Gandra, o acompanhar na organização da das medidas traçadas é conseguir estão a preparar, mas novidades festa, com António Sá a vice-pre- um terreno para facilitar o estacionão faltam. Em pouco mais de um sidente, Alice Dias a secretária e namento durante a ExpoTrofa, colocando-o à disposição a troco de mês como presidente da comis- Fernando Azevedo a tesoureiro. um “valor simbólico”. “Todos os são de festas, Jorge Silva, ao conanos, há queixas por causas das trário do que reza a regra lusa, Orçamento superior multas. Com o terreno, podemos ir tem, “praticamente, tudo contrataaos anos anteriores do”. “Eu gosto de resolver as coiJorge Silva não avança números, buscar alguma receita”, explicou. Outro dos objetivos é organizar sas rapidamente. E se tivesse an- mas garante que o orçamento das dado mais cedo, ainda conseguia festas é “superior” ao do ano pas- jantares temáticos. ir buscar artistas que queria. A altura do agosto é complicado porque há muitas festas”, contou em entrevista ao NT. À semelhança da festa de Nos- “um palco onde se possam promoE por falar em artistas, o programa tem como cabeça de cartaz Mi- sa Senhora das Dores, a ExpoTro- ver palestras e apresentações”. ckael Carreira, que atua na sexta- fa, cuja organização também está “Convidei alguns ginásios do con-feira, 17 de agosto. Para sábado nas mãos de Jorge Silva, também celho para fazer aulas no recinto e está reservada uma das novida- vai sofrer algumas alterações. E há uma surpresa que estou a predes. Após o fogo de artifício, Jor- só não lhe é aplicada uma “volta parar, para o final da Expo, que ge Silva vai “combater” a “deban- de 180 graus”, disse ao NT, “por- se trata de um evento para angadada” que acontece tradicional- que não me deram liberdade”. riação de fundos para a festa de mente com animação musical de “Consegui aumentar a quantida- Nossa Senhora das Dores”, refedois DJ. “Há que segurar a juven- de de stands na zona da restaura- riu. Jorge Silva espera também tude, para não deixar a festa esmo- ção e vai ser criada uma zona de que o cartaz de animação culturecer”, sublinhou. A complemen- bares”, descreveu. ral do certame seja elaborado de Além disso, Jorge Silva preten- forma a que não haja dias de fratar esta aposta estará uma zona de bares, que estarão concentra- de ainda ver, debaixo do viaduto, ca afluência. dos numa zona, assim como a restauração, que terá uma rua fechada em exclusivo. “Assim, quando Festa do Espírito BAR À EXPLORAÇÃO quiserem comer alguma coisa, as Santo a 19 de maio pessoas sabem onde podem en- Apesar de preferir que fosse a A primeira tarefa da comiscontrar todas as opções”, expli- comissão de festas a tomar consão de festas passa por organicou Jorge Silva. ta do bar do Parque, Jorge Silva zar o dia do Espírito Santo, a 19 Outra das alterações será a lo- não conseguiu reunir uma equipa de maio. Além da eucaristia do calização dos carrosséis, que re- com a disponibilidade necessária, meio-dia, que decorre na Capegressam ao Parque Nossa Senho- acabando por dá-lo à exploração la de Nossa Senhora das Dores, ra das Dores. ao gerente do bar 8Tenta. O objea festa contará com a animação O fogo de artifício também vai tivo é que o bar entre em funciocultural de uma orquestra. ser lançado num local diferente namento ainda este mês.
ExpoTrofa com algumas alterações
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade
Mais ACeS e Ordem com versões Saúde diferentes sobre serviço de enfermagem no Centro de Saúde A diretora do Agrupamento dos Centro de Saúde Santo Tirso/Trofa refutou a notícia que veio a público, pelo Porto Canal, sobre o serviço de enfermagem na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, que funciona no piso inferior do Centro de Saúde da Trofa. Ordem dos Enfermeiros convicta de que Ana Tato “não é informada de tudo o que acontece na unidade”. CÁTIA VELOSO
Dr. Pedro Couto Médico de Família
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Contactada pelo NT, Ana Tato, diretora do Agrupamento dos Centro de Saúde (ACeS) Santo Tirso/Trofa, afirmou que era “mentira” existir apenas uma enfermeira ao serviço na Unidade de Cuidados de Saúde PersonalizaUCSP funciona no piso inferior do Centro de Saúde dos (UCSP) da Trofa. “Dos cinco enfermeiros e não seis como noticiaram, está uma ao serviço e ainda está presen- ouvida pelo NT, esta entidade “está a acompanhar de perte uma enfermeira a fazer integração e uma enfermeira- to a situação” na UCSP da Trofa e reuniu com Ana Tato, “a -chefe, que está a fazer horário permanente. Além disso, 29 de março”. “Ficou acordado que no dia 2 de abril iniestão enfermeiros das unidades de saúde da área da Tro- ciaria funções uma colega que estava de baixa e os enferfa escalados em diferentes horários para estarem lá a fa- meiros de outras unidades prestariam auxílio em regime zer o máximo de horas possível”, afirmou. de horas extra a esta unidade. Pela informação que nos Recorde-se que a notícia publicada pelo Porto Canal foi chegando, não se verificou”, afirmou. dava conta de que a UCSP da Trofa, que serve cerca de A mesma fonte revela que “a senhora diretora executinove mil utentes, estava a funcionar apenas com uma en- va (Ana Tato) não é informada de tudo o que acontece na fermeira, causando atrasos no atendimento e marcação unidade, havendo uma enfermeira chefe que faz prestade consultas. ção de cuidados em detrimento de reportar as carências”. Ana Tato deu conta de que, “neste momento, quatro ele- “Além de violar as competências funcionais da enfermeira mentos da equipa (da UCSP) estão de atestado, por razões chefe, se passamos a ter mais um enfermeiro, deixámos previsíveis”, e que “o dia a dia do ACeS é colmatar as fa- de ter um gestor, acabando por ficar dois lugares meio valhas que estão presentes em todas as unidades”. Neste gos em vez de um lugar preenchido”, defendeu. caso, as falhas existentes obrigaram a uma reorganização Uma das preocupações presentes assenta no facto de a do serviço, no sentido de “fazer a marcação das consultas” enfermeira de serviço, “cujas férias se aproximam”, espara as horas em que estão presentes os outros enfermei- tar a ser alvo de “sobrecarga”, de acordo com os “últimos ros, em serviço extraordinário. “Eu não tenho um enfer- relatos”, que dão ainda conta de que “tem atendido uma meiro, nem um médico, nem um secretário clínico, que média de 35 utentes por dia”, sendo que “a profissional está sentado ou em casa à espera que um adoeça para vir. tem um contrato de trabalho de sete horas por dia e uma São os nossos enfermeiros que são em número suficiente consulta demora 20 minutos”. para as dotações seguras de enfermagem que têm de fa“Aguardamos nova data para reunião com a senhora dizer (horas) a mais”, sublinhou. retora executiva e com a senhora enfermeira chefe para Para a diretora do ACeS não é compreensível a pro- entender os desenvolvimentos da situação”, concluiu. jeção pública que esta situação teve e acredita que “há um elemento que está a desestabilizar a UCSP da Trofa”. NÚMEROS “Isto veio ao lume porque é uma UCSP. Eu tenho três unidades em Santo Tirso com duas médicas cada uma em licença de maternidade e os outros médicos estão a fazer O grupo parlamentar do horas extraordinárias para cobrir as necessidades da lis- Bloco de Esquerda quesÉ, segundo a Secção Reta de utentes dos outros e isto não foi noticiado nem para o tionou o ministro da Saúde, bem nem para o mal”, Adalberto Campos Fernan- gional Norte da Ordem dos assinalou. des, sobre o que se passa Enfermeiros, o número méAna Tato adiantou na UCSP da Trofa. Os blo- dio de utentes que a enferainda que a direção quistas querem saber se meira da UCSP da Trofa tem da Ordem dos Enfer- “o Governo tem conheci- atendido, por dia meiros, com quem mento da situação”, assim reuniu “há 15 dias”, como “que medidas estão sabe de “toda a si- a ser implementadas pelo tuação” e “não criou ACeS para assegurar o reo mínimo problema”. forço no atendimento de enÉ o número de utentes fermagem” e “quando se abrangidos pela Unidade Enfermeira quase a prevê que a UCSP disponha de Cuidados de Saúde Perentrar de férias de reforço”.O NT pediu es- sonalizados da Trofa, que Segundo uma fon- clarecimentos ao Ministé- funciona no piso inferior do te ligada à Secção Re- rio da Saúde, mas até ao fe- Centro de Saúde. Naquele gional Norte da Or- cho de edição não recebeu edifício, ao todo, estão reA na Tato dem dos Enfermeiros, resposta. gistados cerca de 21 mil.
BE questiona ministro
35
9 mil
A tensão arterial (ou pressão arterial) corresponde à pressão com que o sangue circula nas principais artérias do corpo. Esta pressão com que o sangue circula é maior no momento em que o coração bate (onde se atinge a tensão arterial sistólica, que normalmente se chama “máxima”) e é menor quando o coração relaxa, entre os batimentos cardíacos (atingindo-se a tensão arterial diastólica ou “mínima”). A tensão arterial é dinâmica, o que quer dizer que tem variações em cada momento, como forma do corpo se adaptar a diversas situações. Por exemplo, se praticar exercício físico ou estiver numa situação de ansiedade ou de dor, é esperado que a tensão arterial suba e isso pode ser normal. Se fumar ou tomar café, estas substâncias vão levar a um aumento da tensão arterial. Perante um valor elevado, nem sempre estamos perante uma situação fora do normal e é preciso saber interpretar o contexto e o que isso significa. Considera-se habitualmente que a tensão arterial deve estar abaixo de 140/90 mmHg (isto é, abaixo de 140 mmHg de “máxima” e 90 mmHg de “mínima”). Embora não seja o mais correcto, as pessoas habitualmente simplificam estes valores referindo-se ao valor “140” como “14” e ao valor “90” como “9”. Desta forma poderia dizer-se que o valor normal deve estar abaixo de “14” de máxima e “9” de mínima. Para se dizer que uma pessoa é hipertensa (ou seja, que tem o diagnóstico
de “Hipertensão Arterial”) não basta ter a tensão arterial elevada apenas num determinado momento. Geralmente tem que se verificar a tensão elevada em vários momentos ao longo do tempo (várias semanas) e tem que se medir a tensão arterial de forma correta. A medição da tensão arterial é um ato muito frequente, tanto no contexto de consultas médicas como nas farmácias ou mesmo em casa. No entanto, por vezes não são seguidas todas as regras para que a medição seja rigorosa. Se não aplicar as regras, não pode confiar no valor de tensão arterial que o aparelho apresenta, logo não pode tirar conclusões sobre esse valor. A medição deve ser efetuada num ambiente acolhedor (calmo e com temperatura confortável) e sem pressa. Deve ser feita a medição na posição sentada, com a pessoa relaxada e esperar 3 a 5 minutos antes de começar. Deve ter a bexiga vazia e não ter fumado nem ingerido estimulantes (café, por exemplo) na hora anterior. A medição deve ser feita no braço (ou seja, a braçadeira fica ao nível do coração) e o membro superior tem que estar desnudado. Deve medir a tensão arterial pelo menos duas vezes, com um intervalo de um a dois minutos entre medições. Se os valores na primeira e segunda medição forem muito diferentes, deve medir mais vezes. Se for hipertenso ou estiver a fazer essas medições a pedido do médico, aponte a data, hora e o valor da tensão arterial para ficar com um registo ao longo do tempo. Estes valores são difíceis de memorizar e essa informação pode ser muito importante para o médico. Além destas regras, o aparelho que utiliza é importante. Se tiver um aparelho de medir a tensão arterial no pulso, provavelmente não é adequado. Os aparelhos que estão validados para medir corretamente a tensão arterial são maioritariamente no braço, mas mesmo assim isso não se aplica a todas as marcas. Se tiver dúvidas sobre o seu aparelho, deve conversar com o seu Médico de Família e esclarecer se deve ou não utilizá-lo.
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Sete jovens apanhados com droga
26 ABRIL 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Empresas evacuadas devido a fuga de gás
Manuel Costa e alguns colegas estavam a cumprir mais um dia normal de trabalho quando se aperceberam de “muito barulho” no exterior da empresa, localizada perto da rua da Ribeira, em Santiago de Bougado, na manhã de segunda-feira, 23 de abril. Nessa artéria, decorriam trabalhos de pavimentação, quando uma retroescavadora terá furado um tubo da rede de duas empresas tiveram de ser evacuadas abastecimento de gás natural. “Não sabíamos o que da Trofa, João Pedro Gou- cal, além dos Bombeiros Os trabalhos de reparase estava a passar, viemos lart, “duas empresas, com que mobilizaram dois veí- ção por parte de um téccá fora ver e apercebemo- cerca de 12 trabalhadores culos e seis elementos, des- nico da EDP Gás consisti-nos do gás a sair da condu- foram evacuadas”. “Esta- locaram-se várias entida- ram, segundo João Pedro ta”, contou ao NT e à Trofa- belecemos um perímetro des da Proteção Civil, como Goulart, no “fecho de duas Tv Manuel Costa que, junta- de segurança que se man- a Guarda Nacional Repu- válvulas” da conduta, que mente com todos os traba- teve até à intervenção téc- blicana e Polícia Municipal, suspendeu o abastecimenlhadores da empresa, aca- nica, que consistiu na col- que asseguraram as condi- to naquele local, permitinJovens estavam na posse de droga e armas proibidas bou por ter de sair. matação da fuga”, explicou. ções de segurança. Não se do a intervenção técnica na Segundo o comandante Militares do posto da Trofa, apoiados pelo destacamento O alerta foi dado cerca registaram feridos nem in- área envolvente. de intervenção da Guarda Nacional Republicana, desen- dos Bombeiros Voluntários das 10.20 horas e para o lo- toxicados. C.V./H.M. cadearam uma operação de combate ao consumo e tráfico de estupefacientes, que resultou na detenção de quatro jovens, com idades entre os 18 e os 21 anos, e identificação de mais três. A operação foi realizada num estabelecimento de venda automática de artigos alimentares, na Rua D. Pedro V, na cidade da Trofa, cerca das 22.15 horas de 21 de abril. Dos indivíduos detidos, dois estavam na posse de 45 gramas de haxixe e os outros dois possuíam armas proibidas, uma faca e uma soqueira. Os quatro jovens foram Numa ação de patrulhamento rotineira, militares do posDentro da cela, o homem terá, alegadamente, infligido notificados para comparecerem em tribunal na manhã de to da Trofa da Guarda Nacional Republicana depararam- agressões a si próprio, tendo sido assistido pelos Bombeisegunda-feira, 23 de abril, e ficaram sujeitos à medida de -se com um automóvel com várias alterações às caracte- ros Voluntários da Trofa, que o transportaram, sob custócoação de termo de identidade e residência. rísticas, na Rua Dr. Serafim Lima, em S. Martinho de Bou- dia policial, para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Já os outros três jovens, com idades entre os 18 e 21 anos, gado, cerca das 18.20 horas de 20 de abril. Quando abor- Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). A mãe também foram identificados por consumo de estupefacientes, já dado, o proprietário da viatura terá injuriado os militares se terá sentido mal e recebeu tratamento médico na unique se encontravam na posse de 3,23 gramas de haxixe, e oferecido resistência quando lhe foi dada ordem de de- dade de Santo Tirso do CHMA. e foram encaminhados para a consulta da Comissão de tenção. Nessa altura, o indivíduo, de 36 anos, terá agreNo dia seguinte, ambos foram presentes ao DepartaDissuasão de Toxicodependência. dido os guardas, com a ajuda da mãe, de 58 anos. Os mi- mento de Investigação e Ação Penal do Porto, tendo-lhe Da operação resultou ainda a apreensão de 65 euros em litares foram obrigados a pedir reforços no local e mãe e sido aplicada como medida de coação o termo de identinumerário e dois telemóveis. C.V./H.M. filho acabaram detidos no posto da GNR. dade e residência. C.V./H.M.
Detidos por injuriar e agredir militares da GNR
Detidos por excesso de álcool e condução ilegal Um homem de 60 anos foi detido pela Guarda Nacional Republicana, por condução sob o efeito de álcool. Numa ação de fiscalização desencadeada pelos militares, em Santiago de Bougado, no dia 18 de abril, o indivíduo apresentou uma taxa-crime de 2,07 gramas de álcool por litro de sangue. Foi notificado para se apresentar em tribunal no dia seguinte. Dois dias antes, um homem de 42 anos foi intercetado, com uma taxa de alcoolemia de 1,44 gr/l. O condutor acabou detido e notificado para comparecer em tribunal no dia seguinte. Já no dia 19 de abril, um indivíduo de 49 anos foi apanhado a conduzir um veículo ligeiro de passageiros sem habilitação legal, em S. Mamede do Coronado. Detido pelos militares da GNR da Trofa, o homem foi notificado para comparecer a tribunal, no dia seguinte. C.V./H.M.
Trofa desce 66 lugares no ranking da transparência A Trofa caiu 66 posições no ranking da Transparência Municipal, estando agora no 128.º lugar de 308. Os resultados foram publicados pela Transparência e Integridade, Associação Cívica, que analisa os sites das autarquias portuguesas, mediante a informação que disponibilizam à população e tendo em conta indicadores agrupados em sete dimensões (informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município; planos e relatórios; impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; relação com a sociedade; contratação pública; transparência económico-financeira; transparência na área do urbanismo).
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade
Bial é “a ponta de lança da internacionalização da indústria” A ampliação da área laboratorial vai permitir à Bial duplicar o número de projetos de investigação. Inauguração da obra contou com a presença do primeiro-ministro António Costa. CÁTIA VELOSO/LILIANA OLIVEIRA A poucos dias de completar 94 anos de existência, a Bial assinalou mais um marco importante com a inauguração da ampliação do centro de investigação e desenvolvimento (I&D), num investimento de cerca de cinco milhões de euros. Aconteceu na tarde de 17 de abril e a ocasião mereceu a visita do primeiro-ministro, António Costa, que há pouco mais de um ano já lá tinha estado. Segundo o CEO da Bial, António Portela, a expansão, para o dobro, da área laboratorial “é fruto de uma aposta absolutamente fundamental para o desenvolvimento” da empresa farmacêutica, pois “foi este caminho que a levou a desenvolver os primeiros medicamentos de raiz portuguesa”. E se importância é dada às condições estruturais e equipamentos sofisticados, para António Portela também é necessário lembrar “a competência, empenho e dedicação” da “massa humana” que contribui para os resultados da Bial. Com mil colaboradores espalhados por três continentes, com predominância para a Europa, onde se encontram 80 por cento, a Bial regista “75 por cento” diplomados e “70 por cento” doutorados. A empresa sediada em S. Mamede do Coronado é a que mais investe na área de I&D em Portugal, canalizando, em média, “50 milhões de euros” por ano para que “104 investigadores de oito nacionalidades possam trabalhar na procura de soluções para doentes com patologias neurológicas e cardiovasculares”, referiu o CEO da Bial. Com o novo investimento, o objetivo é duplicar os
A ntónio costa elogiou capacidade de inovação da Bial
projetos de investigação e assim “reduzir o risco” nos resultados laboratoriais e “aumentar a probabilidade de chegar a novos medicamentos”. Este passo levará também ao reforço do número de investigadores, que evoluirá “conforme os projetos forem surgindo”, esclareceu António Portela. O caminho traçado pela empresa não passou despercebido a António Costa, que considera que esta aposta crescente em I&D é uma “marca essencial” que a “diferencia” não só no panorama da economia nacional, mas também a nível europeu. “É um facto de orgulho para Portugal e coloca a Bial como ponta de lança da internacionalização da nossa indústria”, sublinhou o primeiro-ministro, que vê na empresa “um modelo daquilo que tem de ser a estratégia de desenvolvimento do país”.
Os Estados Unidos e o Japão são os próximos mercados pretendidos. O terceiro medicamento destina-se à hipertensão pulmonar arterial e está em fase de ensaios clínicos. Só deverá chegar ao mercado depois de 2020. Segundo António Portela, em 25 anos de I&D na Bial, foram sintetizadas “cerca de 12 mil novas moléculas”, mas só seis deram resultados práticos, sendo que duas permitiram o desenvolvimento do Zebinix e Ongentys. Com um volume de faturação que chegou aos 260 milhões de euros em 2017, dos quais “70 por cento” representam o mercado externo, a Bial produz 50 medicamentos e vende em 58 países. Três metas para um Portugal inovador até 2030 E no rol de elogios tecidos à Bial, António Costa deu conta que, no capítulo da inovação, o Governo tem três metas que prevê atingir em 12 anos: “Reforçar o investimento” na área na ordem dos “três por cento” do Produto Interno Bruto, “subir de 40 para 60% os jovens com 20 anos que participam no Ensino Superior e aumentar de 35 para 50% aqueles que entre os 30 e os 34 anos têm o Ensino Superior” e “desenvolver as competências digitais” para que “90% dos portugueses possam ser utilizadores frequentes da internet”.
INVESTIGAÇÃO
NÚMERO
50 milhões
Atualmente, a Bial Terceiro medicamento em estudo tem 104 investigaA Bial produziu o primeiro medicamento de patente dores a trabalhar na É o valor que a Bial canaportuguesa a chegar ao mercado em 2019, o antiepi- procura de soluções lizada, em média, por ano, lético Zebinix, já aprovado em mais de 40 mercados. para doentes com em investigação e desenvolO Ongentys, direcionado para a doença de Parkinson patologias neuroló- vimento e que faz dela a emaguarda aprovação nacional, mas já está à venda na gicas e cardiovas- presa em Portugal que mais Alemanha e Reino Unido e, em breve, entra na China. culares investe nesta área.
Coronado recebe visita do Embaixador de Taiwan A Junta de Freguesia do Coronado recebeu a visita do Embaixador de Taiwan, Raymond L. S. Wang, a 16 de abril. PATRÍCIA PEREIRA
fundar algumas relações económicas com o nosso país em diversas áreas”, sendo que a dos medicamentos é “uma área que lhes interessa em particular”. Assim, no seguimento da visita do Embaixador O presidente da Junta, José Ferreira, afirmou que à empresa Bial, sediada em S. Mamede do Coronatem havido “um esforço por parte de Taiwan de apro- do, a Junta foi contactada para uma “apresentação de cumprimentos”. Acompanhado pela deputada socialista Joana Lima, o Embaixador Raymond L. S. Wang foi recebido na sede da Junta de Freguesia, tendo, posteriormente, visitado o “Jardim-Escultura Alberto Carneiro”. Para José Ferreira, esta foi uma visita “muito profícua e vantajosa”, porque “estreitaram laços de conhecimento, algumas intenções de perceber os interesses, sobretudo económicos, de Taiwan e os objetivos que o embaixador pretende estabelecer para futuras relações económicas entre Portugal e Taiwan, bem como culturais também”. O próximo passo será “uma visita de uma delegação da Junta de Freguesia à embaixada de Taiwan”, em Lisboa, para perceberem de que forma “podem concretizar e materializar alguns destes objetivos”. De-
E mbaixador R aymond L. S. Wang de visita ao Coronado
pois poderá ser feita “uma geminação” entre a freguesia do Coronado e “uma das localidades de Taiwan” e, a partir daí, poderão “estabelecer-se outras parcerias mais em concreto, apresentar algumas empresas da freguesia, que possam e tenham interesse na exportação e na manutenção de algumas relações económicas com Taiwan, quer na importação quer na exportação”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade
Bial é “a ponta de lança da internacionalização da indústria” A ampliação da área laboratorial vai permitir à Bial duplicar o número de projetos de investigação. Inauguração da obra contou com a presença do primeiro-ministro António Costa. CÁTIA VELOSO/LILIANA OLIVEIRA A poucos dias de completar 94 anos de existência, a Bial assinalou mais um marco importante com a inauguração da ampliação do centro de investigação e desenvolvimento (I&D), num investimento de cerca de cinco milhões de euros. Aconteceu na tarde de 17 de abril e a ocasião mereceu a visita do primeiro-ministro, António Costa, que há pouco mais de um ano já lá tinha estado. Segundo o CEO da Bial, António Portela, a expansão, para o dobro, da área laboratorial “é fruto de uma aposta absolutamente fundamental para o desenvolvimento” da empresa farmacêutica, pois “foi este caminho que a levou a desenvolver os primeiros medicamentos de raiz portuguesa”. E se importância é dada às condições estruturais e equipamentos sofisticados, para António Portela também é necessário lembrar “a competência, empenho e dedicação” da “massa humana” que contribui para os resultados da Bial. Com mil colaboradores espalhados por três continentes, com predominância para a Europa, onde se encontram 80 por cento, a Bial regista “75 por cento” diplomados e “70 por cento” doutorados. A empresa sediada em S. Mamede do Coronado é a que mais investe na área de I&D em Portugal, canalizando, em média, “50 milhões de euros” por ano para que “104 investigadores de oito nacionalidades possam trabalhar na procura de soluções para doentes com patologias neurológicas e cardiovasculares”, referiu o CEO da Bial. Com o novo investimento, o objetivo é duplicar os projetos de investigação e assim “reduzir o risco” nos resultados laboratoriais e “aumentar a probabilidade de chegar a novos medicamentos”. Este passo levará também ao reforço do
os próximos mercados pretendidos. O terceiro medicamento destina-se à hipertensão pulmonar arterial e está em fase de ensaios clínicos. Só deverá chegar ao mercado depois de 2020. Segundo António Portela, em 25 anos de I&D na Bial, foram sintetizadas “cerca de 12 mil novas moléculas”, mas só seis deram resultados práticos, sendo que duas permitiram o desenvolvimento do Zebinix e Ongentys. Com um volume de faturação que chegou aos 260 milhões de euros em 2017, dos quais “70 por cento” representam o mercado externo, a Bial produz 50 medicamentos e vende em 58 países. A ntónio costa elogiou capacidade de inovação da Bial
número de investigadores, que evoluirá “conforme os projetos forem surgindo”, esclareceu António Portela. O caminho traçado pela empresa não passou despercebido a António Costa, que considera que esta aposta crescente em I&D é uma “marca essencial” que a “diferencia” não só no panorama da economia nacional, mas também a nível europeu. “É um facto de orgulho para Portugal e coloca a Bial como ponta de lança da internacionalização da nossa indústria”, sublinhou o primeiro-ministro, que vê na empresa “um modelo daquilo que tem de ser a estratégia de desenvolvimento do país”. Terceiro medicamento em estudo A Bial produziu o primeiro medicamento de patente portuguesa a chegar ao mercado em 2019, o antiepilético Zebinix, já aprovado em mais de 40 mercados. O Ongentys, direcionado para a doença de Parkinson aguarda aprovação nacional, mas já está à venda na Alemanha e Reino Unido e, em breve, entra na China. Os Estados Unidos e o Japão são
Três metas para um Portugal inovador até 2030 E no rol de elogios tecidos à Bial, António Costa deu conta que, no capítulo da inovação, o Governo tem três metas que prevê atingir em 12 anos: “Reforçar o investimento” na área na ordem dos “três por cento” do Produto Interno Bruto, “subir de 40 para 60% os jovens com 20 anos que participam no Ensino Superior e aumentar de 35 para 50% aqueles que entre os 30 e os 34 anos têm o Ensino Superior” e “desenvolver as competências digitais” para que “90% dos portugueses possam ser utilizadores frequentes da internet”.
INVESTIGAÇÃO Atualmente, a Bial tem 104 investigadores a trabalhar na procura de soluções para doentes com patologias neurológicas e cardiovasculares
NÚMERO
50 milhões É o valor que a Bial canalizada, em média, por ano, em investigação e desenvolvimento e que faz dela a empresa em Portugal que mais investe nesta área.
Coronado recebe visita do Embaixador de Taiwan A Junta de Freguesia do Coronado recebeu a visi- gumas relações económicas com o nosso país em diversas ta do Embaixador de Taiwan, Raymond L. S. Wang, áreas”, sendo que a dos medicamentos é “uma área que lhes interessa em particular”. Assim, no seguimento da via 16 de abril. PATRÍCIA PEREIRA O presidente da Junta, José Ferreira, afirmou que tem havido “um esforço por parte de Taiwan de aprofundar al-
sita do Embaixador à empresa Bial, sediada em S. Mamede do Coronado, a Junta foi contactada para uma “apresentação de cumprimentos”. Acompanhado pela deputada socialista Joana Lima, o Embaixador Raymond L. S. Wang foi recebido na sede da Junta de Freguesia, tendo, posteriormente, visitado o “Jardim-Escultura Alberto Carneiro”. Para José Ferreira, esta foi uma visita “muito profícua e vantajosa”, porque “estreitaram laços de conhecimento, algumas intenções de perceber os interesses, sobretudo económicos, de Taiwan e os objetivos que o embaixador pretende estabelecer para futuras relações económicas entre Portugal e Taiwan, bem como culturais também”. O próximo passo será “uma visita de uma delegação da Junta de Freguesia à embaixada de Tai- Embaixador R aymond L. S. Wang de visita ao Coronado wan”, em Lisboa, para perceberem de que forma “estabelecer-se outras parcerias mais em concreto, apre“podem concretizar e materializar alguns destes sentar algumas empresas da freguesia, que possam e teobjetivos”. Depois poderá ser feita “uma gemina- nham interesse na exportação e na manutenção de algução” entre a freguesia do Coronado e “uma das mas relações económicas com Taiwan, quer na importalocalidades de Taiwan” e, a partir daí, poderão ção quer na exportação”.
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26 ABRIL 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
Escolher o futuro profissional Agora que mais um ano letivo está a terminar, está na altura de pensar no futuro académico e profissional. É importante que a escolha seja feita com fundamentação e conhecimento, para que os jovens não desperdicem tempo que lhes poderá ser útil. Os cursos profissionais são, atualmente, uma boa ferramenta para quem quer vingar num mercado de trabalho carente de mão de obra especializada em várias áreas. Quais os meus interesses? Qual o meu sonho? O curso permite-me cumpri-lo? Qual o nível de empregabilidade do curso? Estas são algumas das questões que devem fazer parte do processo de reflexão de cada jovem, antes de escolher o futuro profissional. É sobejamente conhecido que os cursos profissionais são, atualmente, uma excelente opção para quem quer aprender componente prática e entrar no mercado de trabalho com know-how que o ajude no processo de recrutamento. É importante saber bem o que é um curso profissional, quais os seus objetivos, a duração e características, pelo que aconselha-se uma boa pesquisa e visita às instituições de formação profissional.
“ Sentir a Guerra Colonial” A fim de comemorar a data histórica do 25 de abril, entre outras atividades, decorreu na Biblioteca da Escola Secundária da Trofa, uma Exposição subordinada ao tema "Sentir a Guerra Colonial", dinamizada pelo Grupo Disciplinar de História com a colaboração da disciplina de Área de Expressões do CP Animador Sociocultural. Os 9ºs anos foram convidados a procurar nas famílias ou na net, fotos de referência e a experienciar emoções paralelas à sua observação sob o ponto de vista histórico. Este trabalho foi realizado fora de aulas e em pequenos grupos. Estes alunos foram também levados a participar na montagem da exposição, desde a contextualização da Guerra em causa à seleção e afixação dos trabalhos a expor e vão manifestar preferência por um dos trabalhos realizados, justificadamente, que será distinguido. O número de trabalhos produzidos e o envolvimento dos alunos dos nonos anos e da turma 1110, excedeu as expetativas das professoras, que consideram ter sido uma excelente forma de armazenar algumas memórias, através do coração. A Coordenadora da Área Disciplinar de História Glória Milheiro
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Atualidade
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Ensino 10 BONS MOTIVOS PARA PREFERIR A FORAVE Quase com três décadas de experiência no Ensino Profissional, a FORAVE continua a ser uma referência no meio industrial tanto pelos técnicos que forma e que coloca nas empresas, como pelos cidadãos ativos, comprometidos e responsáveis que devolve à sociedade após a formação. A FORAVE é ainda considerada no meio local como uma escola familiar e geracional que cria laços de identidade e de pertença. Colabora com os encarregados de educação no acompanhamento personalizado e no desenvolvimento dos seus educandos, prestando-lhes uma educação integral, promotora de sucesso pessoal e profissional. Na FORAVE há muitos motivos para ser uma Escola de eleição e para garantir uma formação pautada por elevados padrões de qualidade. Entre os muitos fatores que diferenciam a Escola e a tornam apelativa aos jovens candidatos, evidenciamos os 10 bons motivos para preferir a FORAVE: O ACOMPANHAMENTO PÓS FORMAÇÃO que é realizado através do Observatório de Emprego tem como objetivo orientar os alunos para a carreira, articular as ofertas de emprego com a procura e orientar e apoiar os alunos que pretendem prosseguir estudos. A ARTICULAÇÃO DA FORMAÇÃO COM AS EMPRESAS dita a elevada procura dos diplomados da FORAVE, que cumprem os requisitos necessários para responder às exigências de uma indústria digitalizada que necessita de pessoas competentes, capazes e com atitude positiva para responder aos desafios e acrescentar valor às organizações.
A ESPECIALIZAÇÃO DOS DOCENTES passa pela formação técnica realizada nas empresas, pela partilha de conhecimento com outros profissionais, incluindo colaboradores de empresas e docentes de entidades de formação estrangeiras, no âmbito da formação de staff da FORAVE, realizada ao abrigo dos projetos ERASMUS+. A ELEVADA EMPREGABILIDADE é potenciada pela PORTEFÓLIOS - plataforma privilegiada de recrutamento da FORAVE, que tem como objetivo facilitar e promover a empregabilidade dos seus alunos, através da divulgação de ofertas de emprego e de estágios profissionais das empresas da região. Anualmente a FORAVE recebe cerca de duas centenas de ofertas de emprego que canaliza para os seus diplomados e para os ex alunos. OS PRÉMIOS MÉRITO EMPRESA representam + 8.500€ em Prémios, atribuídos anualmente pelas empresas patrocinadoras, aos melhores alunos da FORAVE. O programa de Mérito e Distinção visa distinguir e premiar os melhores alunos. Este programa valoriza a dedicação e o esforço dos alunos e promove, junto dos encarregados de educação, o reconhecimento do valor da escola e a difusão da sua cultura. A EXCELENTE PREPARAÇÃO TÉCNICA é colocada à prova nas PAP - Provas de Aptidão Profissional. Os alunos finalistas colocam nos projetos técnicos todos os saberes e competências adquiridas ao longo do curso e realizam verdadeiros protótipos de processos industriais, criam produtos, empresas e em alguns casos realizam propostas para desafios colocados pelas empresas. A QUALIDADE DOS EQUIPAMENTOS e dos
componentes tecnológicos utilizados aproxima a formação das exigências técnicas da indústria e reflete-se na preparação dos jovens. Nos últimos 2 anos a FORAVE contou com a colaboração dos seus parceiros para apetrechar a Escola com uma Injetora Industrial cedida pela Celoplás, um Chiller doado pela AGI-Augusto Guimarães & Irmão e 2 Laboratórios de Informática patrocinados pela Continental. OS ESTÁGIOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS representam a dimensão Europeia da FORAVE e o investimento na preparação dos diplomados para o mercado global e do staff para uma Escola aberta a novas abordagens compatíveis com os alunos e as aprendizagens do século XXI. O DINAMISMO E EMPREENDEDORISMO da FORAVE é visível na sua presença assídua nos suportes de comunicação e divulgação. A FORAVE promove uma cultura de I&D nos alunos, incentiva-os à criatividade e à inovação. A proximidade das empresas e a participação ativa dos associados na vida escolar é promotora desta atitude pro-ativa e da iniciativa para a melhoria contínua e para a promoção de valor acrescentado. O AMBIENTE FAMILIAR na FORAVE é de grande proximidade. Entre rotinas instaladas, há festejos, alegrias, partidas dos que acabam, integração dos mais novos, convívios com as famílias, sentimento de pertença, vontade de voltar ao porto seguro, reviver, recontar e brindar. Não há portas que se fecham, nem barreiras que afastam. Há respeito e interesse pelo outro, educação que se impõe e valores que comandam e que nos unem. FAMÍLIA – É o valor número nº1 considerado pelos alunos da FORAVE
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26 ABRIL 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
CRÓNICA VERDE Podas. Phodas. Esperança! Sobreiros, carvalhos e azevinhos. Há mais árvores autóctones, no Coronado. A Associação para a Protecção do Vale do Coronado (APVC), na manhã do dia 21, sábado, promoveu um acção de plantação, em terreno florestal situado junto à EB1 de Vila, concretizada pelos jovens alunos da EB1 da Feira Nova e de Vila, numa parceria APVC e Associação de Pais. Antes da plantação, os participantes (alunos e pais) tiveram oportunidade de colher uma palestra sobre a importância da floresta autóctone, da preservação da biodiversidade e do controlo de espécies invasoras (via técnica do descasque). O impacto das alterações climáticas na qualidade de vida da comunidade do Coronado e, em particular, das jovens gerações, também serviu de alerta e discussão. Mais árvores autóctones, mais futuro. Pequenas acções, grandes resultados! Ainda para mais quando os activistas, neste caso, são crianças e fazem ver gente grande, sobretudo, alguns dos proprietários florestais que, se antes já estavam rendidos à ditadura do eucalipto e quietos perante o galopante avanço das invasoras austrálias/mimosas, agora, estão completamente alinhados com a histeria das limpezas “ah, carValho, vai tudo a eito”. Juntem-lhes a “classe” política do concelho/da freguesia que, à semelhança do país, continua a assinar podas que mais parecem “phodas” e autênticos arboricídios. Eis três exemplos: no Coronado, o jardim da Feira Nova e, subindo a Mendões, o parquezinho da Senhora da Conceição; em Bougado, o parquezinho da Senhora da Livração. E até podia fazer uma extensão ao requalificado Parque da Senhora das Dores, mas os bougadenses, na sua maioria, num passado não muito afastado, comeram e calaram, perante o consumado arboricídio. No geral destes casos, as opiniões do povão são unânimes: “ficou airoso” ou “as put** das árvores só fazem folhaço e sombra”. Até poderia ir rebuscar o crime ambiental ocorrido no jardim paroquial de São Mamede, consumado aquando da requalificação de 2016, daí resultando menos árvores, mais podas-caniche e mais carbonização, mas mais vale olhar em frente e, aqui, publicamente, de forma construtiva, apelar ao Padre Rui Alves para que da próxima vez que bulir – e pelos vistos será a já anunciada e muito bem-vinda requalificação da zona-mamarracho-de-alcatrão que envolve a igreja de São Romão –, pois bem, que adopte a encíclica do Papa Francisco, "Laudato Si", em prol da defesa do ambiente e da protecção da "casa comum", à luz do desenvolvimento sustentável. E, convenhamos, pairam nuvens negras: as árvores que se avistam nas primeiras "imagens da obra" são tudo menos autóctones! É melhor eu chamar os alunos das escolas da Feira Nova e de Vila. Vá, miúdos, todos em coro: – Senhor Padre, sobreiros, carvalhos e azevinhos, ok?! Já na manhã do dia 22, domingo, a APVC juntou-se à Comissão de Festas do Divino Espírito Santo 2018 para mais uma etapa da caminhada Rota da Água. Serviu para angariar verbas para a referida festividade e (re)conhecer o Património da Água, no Coronado, com passagens pelo Monte das Cruzes, Poça Velha, Poça Nova, Lavadouro do Casal, Poça do Barro, Tanque e Engenho da Cegonheira, Ribeiro da Mamoa, Tanque da Gondão e Fontenário de Vila. Na quelha ali para os lados da Cegonheira, também houve tempo para enterrar o calçado, literalmente, na lama. Ora, Rota da Água, assim, com os pés molhados, é outra coisa. Ao longo do percurso, houve tempo para curtas palestras sobre mundo rural, património e biodiversidade; de destacar a palestra realizada no Lavadouro do Casal, protagonizada pela nossa cara conterrânea Carmelita Alves, que nos brindou com algumas das vivências e histórias associadas a este lavadouro. Obrigado, Litas! E é isto que a APVC, desde 2007, quer: Cidadania Activa. Que as nossas gentes promovam e defendam o seu/nosso património natural e construído, a nossa ruralidade, a nossa terra! Um fim-de-semana, duas actividades APVC e, provavelmente, o planeta ficou um “nadinha” mais harmonioso e sustentável. Entretanto, a associação não pára e os activistas estão a preparar mais uma série de actividades, com destaque para as caminhadas nocturnas e também uma dita diurna pela rota trofense do Caminho de Santiago; ao nível da formação, um workshop de agricultura biológica, com incidência na produção de caldas vegetais para bio-fertilização, bio-fungicidas e bio-pesticidas. Oupa! vítor assunção e sá | APVC facebook.com/valedocoronado || valedocoronado@gmail.com
Carlos Veloso apresenta tendências na Expocosmética A convite da marca abril et nature, Carlos Veloso, cabeleireiro trofense, esteve presente na Expocosmética – Feira de Cosmética, Estética, Unhas e Convite, onde apresentou “penteados de noiva e do dia a dia”. PATRÍCIA PEREIRA
Durante os dias 8 e 9 de abril, o cabeleireiro apresentou penteados de noiva, tendo convidado a estilista tirsense Conceição Leite para vestir as modelos. Além disso, houve quem se “oferecesse para mudar o visual”, cabendo ao profissional trofense “fazer o diagnóstico” e proceder “ao corte e penteado”. Carlos Veloso teve um feedback positivo da sua participação neste certame, que decorreu na Exponor, tendo quem lhe desse “os parabéns” e dito que “gostaram muito” do seu trabalho. Já no dia 4 de março, Carlos Veloso foi “convidado” pelo Centro Artístico e Cultural dos Cabeleireiros de Portugal (CACCP), para participar no “grande evento de apresentação das tendências para a primavera/verão 2018”, que se realizou no Hotel Crowne Pla-
Carlos Veloso apresentou tendências para noivas za, no Porto. Dada a proxi- bom e com muito glamour midade com a altura dos e profissionalismo”, sendo casamentos, o trofense es- que “os penteados estavam colheu “o tema de noivas e maravilhosos”. Pa ra Ca rlos Veloso é acompanhantes” e, uma vez mais, em parceria com a es- “muito importante” a partitilista tirsense Conceição cipação em eventos como Leite, dinamizaram “uma estes, pois é uma forma de hora de espetáculo”, com a se “manterem atuais e em apresentação de penteados cima da moda”, ao mese vestidos de noiva. “Para mo tempo que “divulgam o também as pessoas irem seu nome, trabalho e alguvendo e escolhendo”, com- mas marcas, como de propletou, referindo que rece- dutos, vestidos, acessórios beu “telefonemas das pes- de moda, sapatos e maquisoas a dizerem que gosta- lhagem”. ram muito, que foi muito
Largo Nossa Senhora da Livração Com a presença dos seguintes grupos:
Rancho Etnográfico Santiago de Bougado Grupo Danças e Cantares Alto do Moinho Rancho Folclórico São Pedro da Raimonda Rancho Folclórico do C. C. e R. de Moreira de Cónegos
Apoios: Federação do Folclore Português; Junta de Freguesia de Bougado (S. Martinho e Santiago); Câmara Municipal da Trofa; Paróquia Santiago de Bougado; INATEL
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade Festa de Nossa Sra. do Desterro “superou as expectativas”
David Carreira deixou Bairros “in love”
David Carreira atraiu multidão a Bairros
Já procurou a “Primeira Dama”, diz que “Não papa grupos” mas “ficamos por aqui”, porque David Carreira deixou o Souto de Bairros, em Santiago de Bougado, completamente “in love”. David é um dos artistas mais acarinhados pelo público português e foi o protagonista de um dos momentos altos das festas em honra de Nossa Senhora do Desterro. Foram muitos os que não quiseram perder a oportunidade de ver o concerto do cantor, que considera o público da Trofa “muito quente”. “Sentes que o público conhece os temas, os mais recentes e os mais antigos também, e cantam contigo”, disse David Carreira em entrevista ao NT/ TrofaTV. Foi mais de uma hora e meia de es-
petáculo, onde não faltaram os temas que têm marcado a carreira de David. “Já não pisava o palco há algum tempo e foi bom regressar aqui”, disse. O cantor desvendou que já se prepara para lançar o “próximo álbum, no final do ano”. O primeiro single do novo CD vai ser apresentado ao público no início do mês de maio e David revelou que vai apresentar também um “dueto no feminino”. A agenda está repleta de espetáculos por todo o país, num ano “muito especial”, porque “estão a entrar novos temas”. Aos fãs da Trofa, David deixou uma mensagem: “Obrigado a todos os que estiveram presentes, espero que acompanhem esta tour e o novo álbum. Até já”.
Devotos de Nossa Senhora acompanharam procissão Se o concerto de David Carreira atraiu muita gente na noite de sábado, dia 21, a procissão em honra de Nossa Senhora do Desterro, no domingo, foi o momento alto da vertente religiosa das festas. Para o pároco de Santiago de Bougado, Bruno Ferreira, “o sucesso de todas as festas é sempre o mesmo: trabalhar em comunhão”. “A devoção a Nossa Senhora, em Santiago, está muito presente e as pessoas manifestam isso claramente, com esta presença numerosa, desde os mais pequenos aos mais velhos”, afirmou o sacerdote, depois de uma procissão muito participada. Considerando as festas um momento de as pessoas estarem “juntas e em comunhão”, Bruno Ferreira diz que este “foi um programa que chamou muita gente”. A festa em honra de Nossa Senhora
do Desterro foi recuperada muito pela iniciativa da juventude e para o pároco é a prova de que “os jovens não estão afastados da Igreja”. “Temos que ir ao encontro deles. A Igreja só há-de continuar a ser jovem quando os jovens forem igreja”, acrescentou. Rui Maia, presidente da comissão de festas em honra de Nossa Senhora do Desterro, disse que a festa “superou as expectativas”. O concerto de David Carreira mereceu o destaque na vertente profana. “Muita gente de fora, vieram inclusive autocarros de Lisboa. É um artista que atrai muita gente e superou as expectativas”, disse Rui Maia. O mesmo aconteceu com a procissão, que registou “uma afluência grande de pessoas”. “Correu tudo lindamente. Apostamos num espetáculo piro-aqua de fogo de artifício e as pessoas deram um ótimo feedback”, garantiu.
F igurantes embelezaram procissão
ACRABE promove jantar de aniversário
Empresas trofenses em Paris
A comemorar mais um aniversário, a Associação Cultural e Recreativa da Abelheira promove um jantar, pelas 20 horas do dia 16 de junho. O convite é extensível a todos os associados, amigos e simpatizantes. A ementa inclui churrasco misto com feijão preto. O jantar tem um preço de 12 euros por pessoa e de oito euros para crianças até aos dez anos. Para mais informações, pode contactar a associação através do 963759331 ou do e-mail acr.abelheira@gmail.com. L.O.
A Trofinox foi uma das empresas portuguesas que participaram no Midest, feira de subcontratação industrial, que decorreu em Paris, no final de março, em paralelo com outras feiras industriais no salão “Global Industrie”. Na Midest, a maior participação foi mesmo a portuguesa, com 80 empresas, entre elas a Trofinox, a Tornitrofa, a MasCasting e a Metalotrofa. Segundo a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, tratou-se da “principal feira europeia na área das peças técnicas de elevado valor acrescentado”. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, visitou a feira e falou com alguns empresários, um deles Jorge Silva, da Trofinox. C.V. Ministro visitou stand da T rofinox
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26 ABRIL 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Município sai do Plano de Ajustamento Financeiro Com oito abstenções do PS e da CDU, a Assembleia Municipal da Trofa aprovou o Relatório de Gestão e Contas do Município relativo ao ano de 2017. PATRÍCIA PEREIRA Na sessão, que se realizou a 13 de abril, António Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal da Trofa e responsável pela pasta das Finanças, afirmou que, na execução orçamental, o total de despesa foi de “24,7 milhões de euros” e o total de receita de “26,9 milhões de euros”, tendo existido “um saldo positivo de mais de 2,2 milhões de euros”. Na sua apresentação, o vice-presidente declarou que a “despesa corrente foi muito menor que a receita corrente em 5,4 milhões de euros”, o que permitiu que, com “esta poupança”, transferir-se “para capital” e, assim, “gastar dez milhões em despesa de capital”. António Azevedo afirmou que, de “2013 a 2017”, o Município “reduziu o seu endividamento líquido em 20,350 milhões de euros”, sendo que, este ano a redução foi de “16,519 milhões de euros”. Neste momento, referiu, o “total da dívida do Município é de 28,921 milhões de euros”, o que significa que “já não estamos em excesso de dívida”, mas em “equilíbrio financeiro”. O vice-presidente adiantou que o “Plano de Ajustamento Financeiro (PAF)/ PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) cessou no Município da Trofa, bem como todas as obrigações neles constantes”. António Azevedo explicou que isto foi possível devido à Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, que prevê que a “câmara municipal pode propor à assembleia municipal a suspensão da aplicação do PAF se, após a aprovação dos documentos de prestação de contas, verificar que o município cumpre, a 31 de dezembro do ano anterior, o limite da dívida total previsto”. Além disso, o “PAF e todas as obrigações nele constantes cessam no momento da liquidação completa, com recurso a fundos próprios ou alheiros, do empréstimo vigente concedido pelo Estado”. Para cessar o PAF/PAEL, o Município da Trofa “cumpriu, a 31 de dezembro de 2017, o limite da dívida total previsto”, tendo a “média da receita corrente líquida cobrada sido de “1,47” vezes, e “fez a liquidação completa do empréstimo vigente concedido pelo Estado”. Na discussão do ponto, Paulo Queirós (CDU) afirmou que, num ano de “aumento de rendimentos disponível real, diminuição de taxas de desemprego, de condições favoráveis de financiamento e de taxas bancárias baixas e de um nível de confiança dos consumidores em alta”, esta prestação apresenta “resultados positivos”, mas, no seu entender, “algo abaixo do expectável”. “O crescimento da economia, particularmente o setor do turismo, não foi devidamente aproveitado por este executivo. Apesar de não termos um grande património turístico,
fOTO: aSSEMBLEIA MUNICIPAL
temos alguns monumentos e sítios, que devidamente valorizados e publicitados, podiam ser rentabilizados com mais vigor”, justificou. O elemento da CDU referiu que o “grau de execução, quer das despesas quer das receitas, subiram em relação ao ano anterior, o que é positivo, mas mesmo assim ainda abaixo do que é desejável”. Já o “grau de execução do PPI (Plano Plurianual de Investimento) e do PAM (Plano de Atividades Municipal) estão abaixo dos 50 por cento, o que demonstra que ainda falta muito investimento a fazer nestes capítulos”. Por outro lado, os “custos operacionais tiveram uma subida significativa, interrompendo a média dos últimos três anos, indiciando que continua a não haver aumentos e eficiência na gestão”, existindo “um elevado número de ajustes diretos, avenças e consultadorias”. No entanto, Paulo Queirós absteve-se na votação do ponto, justificando-a como um “sinal da CDU à Câmara Municipal da Trofa para a união que necessitam para os grandes combates que precisam de travar, como a variante à EN14 e a ampliação da linha do metro até à Trofa”. Em resposta, António Azevedo disse que é “quase impossível” ter “resultados líquidos melhores”, pois, para isso, teria que “aumentar as receitas”, através dos “impostos e taxas”, ou “diminuindo os custos, colocando as freguesias, as associações, os fornecedores e as atividades com o cinto muito apertado”. Também para Luís Cameirão (PS), a “execução orçamental continua em nú-
VOTO DE PESAR A sessão começou com a aprovação por “unanimidade e aclamação” do voto de pesar pelo falecimento de Tomé Carvalho. Luís Cameirão (PS) declarou que, “reunida em sessão plenária e por unanimidade dos grupos parlamentares”, a Assembleia Municipal da Trofa apresenta “o mais sentido pesar à sua esposa e filho”. O socialista afirmou que é com “profundo pesar que a Assembleia Municipal assinala o falecimento” de Tomé Carvalho, sendo que, com “o seu desaparecimento fica o sentimento de perda só superado pela força do seu exemplo”. “Deixa na sociedade trofense uma marca com a força necessária para não ser esquecida”, completou.
meros abaixo do que deveria acontecer”, sendo necessário “avançar no sentido de, cada vez mais, aquilo a que se propõem fazer corresponda àquilo que realmente fazem”. António Azevedo “concorda” com o socialista quando este afirma que a “execução orçamental está muito baixa”, mas que, “este ano, não foi possível”, porque tem no orçamento “projetos que vêm do passado na ordem dos sete milhões de euros, que não podem reti-
rar porque são processos em tribunal”. “Este ano vamos fazer os acordos para ver se resolvemos isso, para que o orçamento seja adequado verdadeiramente àquilo que é a execução do orçamento”, afiançou. Apesar da saída do PAEL, o autarca assegurou que “a responsabilidade agora é muito maior”, porque ainda tem “29 milhões de dívida e aquela obrigatoriedade” de não ultrapassar o limite da dívida total previsto.
Verba para pavimentar Rua 1.º de Maio Foi ainda aprovada por unanimidade a celebração de contrato interadministrativo de Delegação de Competências entre o Município da Trofa e a freguesia do Muro para a pavimentação da Rua 1.º de Maio. O vice-presidente António Azevedo adiantou que será entregue à Junta de Freguesia uma verba de “11 mil euros”. Já José Fernando Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, referiu que esta é “uma obra importante, porque vai permitir a um jovem agricultor dinamizar a sua atividade”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade
Altonix e Cruz Vermelha ajudam jovens empreendedores
Assembleia de Freguesia aprova louvor a jovem que ajudou refugiados A Assembleia de Freguesia do Muro aprovou, por unanimidade, um voto de louvor a Pedro Amaro Santos, jovem que esteve 14 meses na Grécia na linha da frente no apoio a refugiados. A proposta dos elementos do SIM (Sempre Independentes pelo Muro), António Ferreira, Margarida Pinto e Joaquim Carneiro, elogiava a “ousadia” do jovem murense – que exerceu funções na Assembleia de Freguesia no mandato anterior como independente – por viver de perto “uma realidade” que os murenses só a vivenciam através da televisão. “Nos primeiros meses colaborou com uma ONG com um projeto de voluntariado europeu relacionado com direitos humanos e depois esteve a colaborar com a PAR Plataforma de Apoio aos Refugiados em missão na linha da frente em Atenas no shelter da JRS Hellas”, pode ler-se na proposta, que foi acolhida por todos os outros eleitos da Assembleia de Freguesia. No documento, os eleitos do SIM referem ainda o facto de Pedro Amaro Santos “nunca se ter esquecido da sua comunidade” e de, em contrapartida, ter recebido apoio da população que doou bens que a PAR pedia para dar alguma dignidade aos refugiados que estão bloqueados em Lesbos. “Depois disso a sua luta não parou e continuou a sua missão junto da PAR, estando lá para pessoas como nós, mas com uma pequena diferença, são pessoas que perderam tudo. Coisa que também não foi indiferente ao nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa que teve a oportunidade de visitar o shelter da JRS Hellas. E aí o Pedro teve a oportunidade de lhe contar a sua experiencia de voluntariado na Grécia”, descreve ainda a proposta.
As paredes da cantina da Escola Básica do Cerro 1 estão a ganhar uma nova cor. A ação surge na sequência da iniciativa “EmpreenJovem fala da crise dos refugiados na AEBA dedorismo júnior” da delegação da Trofa da Cruz Vermelha PortuPedro Amaro Santos vai contar a experiência que viveu na Grécia junto dos refugiaguesa, com o carimbo solidário da Altronix, que se disponibilizou a oferecer todos os materiais necessários para a concretização do dos numa palestra promovida pelo Rotaract Club da Trofa, a partir das 21 horas de sexta-feira, 27 de abril, no auditório da Associação Empresarial do Baixo Ave, em Bougado. projeto. LILIANA OLIVEIRA O tema da palestra é “A Europa que acolhe?”. Ao longo de dois meses e sete sessões, a equipa da Cruz Vermelha do CLDS Trofa 3G trabalhou o tema empreendedorismo com as turmas do 4.º ano da escola, e, segundo Carla Lima, coordenadora do CLDS Trofa 3G, “os objetivos foram alcançados”. “Os alunos apresentaram diferentes propostas para melhorar a escola, nomeadamente ao nível do equipamento desportivo e decoração da cantina, que implicavam algum investimento financeiro, e para o qual criaram um vídeo para apelar à responsabilidade social da comunidade”, explicou Carla Lima. O projeto consiste em melhorar a estrutura da escola, colocando cercas, pintando as linhas dos campos e incentivar à leitura e o desporto, com mais livros e novos materiais desportivos. A empresa trofense Altronix juntou-se à iniciativa e “entregou os materiais em mão, a 13 de abril”. A Altronix “ofereceu todo o material que a turma tinha solicitado”, uma vez que se assume como uma empresa “profundamente envolvida com a comunidade local e acredita que as empresas têm um dever de participar na educação daqueles que serão o futuro do nosso país”, fez saber fonte da empresa. “Pelo seu apoio incondicional, a Altronix é reconhecida como Padrinho de Ouro da Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação da Trofa. Para esta instituição humanitária, a Altronix contribui a nível financeiro, através de donativos, e também a nível humano, sob a forma de voluntariado da nossa equipa nas várias atividades realizadas a nível local”, acrescentou fonte da instituição. Com a ajuda de todos, os “rostos das crianças do 4.º ano da escola estão a ser pintados nas paredes da cantina, de forma a dar cor à mesma e a deixarem a sua marca na escola”. Filomena Costa, professora da escola, considera que a participação na iniciativa da Cruz Vermelha, “Empreendedorismo júnior”, foi “muito gratificante para os alunos, que participaram com muito empenho e entusiasmo, pois sentiram-se os ‘protagon i sta s’ do projeto”. A iniciativa estabeleceu ainda uma parcer ia com a Casa Ao Lado, para dinamizar a pintura da cantina da escola.
Câmara adquiriu terreno junto à EB 2/3 Já foi demolido o edifício conhecido como a “antiga Casa do Sporting”, que, nos últimos anos, servia como centro de explicações. O terreno, situado junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, no início da Rua Abílio da Costa Couto, foi adquirido pela Câmara Municipal da Trofa. No sítio oficial, fonte da autarquia trofense adiantou que o espaço será aproveitado para “alargar os passeios e áreas de estacionamento da Rua”, sendo que a obra está “já integrada na empreitada de requalificação da EB2/3 Prof. Napoleão Sousa Marques, que terá início nos meses de verão”. O jornal O Notícias da Trofa enviou um pedido de esclarecimento à Câmara Municipal da Trofa, questionando quando, a quem e qual o valor pelo qual foi adquirido o terreno e para o quê servirá este espaço. Contudo, até ao fecho de edição, não recebemos, uma vez mais, qualquer resposta por parte do executivo. Já na sessão de 13 de abril da Assembleia Municipal da Trofa, o presidente da Câmara, Sérgio Humberto, fez saber que este terreno foi adquirido “há cerca de um ano e meio”, sendo que será utilizado “quer para a via pública, quer também para o espaço de requalificação da EB 2/3”. O edil trofense disse ainda que pretendia “criar uma terceira via para os pais que vão ou recolher ou deixar os alunos, sem inviabilizar ou causar trânsito naquela via”. Na mesma sessão, Sérgio Humberto fez saber que vai “reordenar aquele espaço ajardinado” junto à EB 2/3, onde será feita “a reposição” da peça escultória de homenagem ao professor, que esteve na Rotunda do Professor e do Conhecimento. P.P.
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26 ABRIL 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
bém a sua marcha, invadin- Musical do Grupo de Jovens de Alvarelhos do as instalações da Direção dos Serviços de Espetáculos e Instituto de Cinema Português, reivindicavam o cinema que devia “atuar como motor transformador do país, libertando-se ao mesmo A Dona saída de outras aventuras tempo da hegemonia do ci- continua a sua luta para vender a casa. nema norte-americano que Num ato de desespero decide aventutinha asfixiado a sua produ- rar-se num negócio arrojado e diferenção e exibição.” Por outras te do que está habituada. Abre um capalavras, restituir a prepon- baré para angariar sem grande esforderância aos cineastas por- ço e o processo de contratação das baitugueses ou aqueles que de larinas de varão revela-se uma verdaalgum modo procuravam fa- deira dor de cabeça. Diversas persozer cinema em Portugal. Isto nagens surgem para ocupar as vagas, traria implicações e proble- inclusive uma que lhe é muito familiar. mas que iriam constituir moEste é o ponto de partida do novo tivo de várias e sucessivas musical do Grupo de Jovens de Alvaleis, remodelações e confli- relhos, que vai a cena no sábado, 28 tos entres os vários elemen- de abril, às 21.15 horas, no salão patos do setor. roquial de Alvarelhos. A obra, escrita A premissa inicial destes e encenada por Alexandre Costa - do realizadores, desde cedo, Grupo de Jovens daquela freguesia -, é uma “comédia para toda a família” e em duas seprovocou opiniões e posi- manas 90 por cento dos bilhetes foram vendidos. Adivinha-se por isso, casa cheia, para ções opostas. Por um lado, ver o espetáculo. “Saber disso é bastante gratificante, porque sabemos que as pessoas os setores de produção pro- respeitam e gostam do nosso trabalho”, afirmou ao NT Alexandre Costa. curavam reestruturar e reviO musical foi escrito numa das fases mais delicadas da vida do encenador, devido a talizar o cinema Português, problemas de saúde, e a mensagem que pretende passar ao público é “alegria, boa disprocurando combater o im- posição e positivismo” e que “as pessoas vivam as suas vidas ao máximo e aproveitem perialismo americano afas- o que ela tem de melhor”. tando-o da exibição comerConseguirá a Dona, com a ajuda das suas novas contratadas vencer esta luta e finalcial de cinema. Proponha- mente dar à sua vida sem mais se preocupar com o dinheiro? Se quiser saber, apresse-se a “abolição total da sua -se e garanta um dos últimos lugares. C.V. entrada no mercado Português”, fomentando desta forma a visibilidade e promoção do cinema nacional, cultivando o povo com “cinema Português, falado em português”, e, garantindo assim, a continuidade de uma forma de expressão em vias de desaparecimento. Por outro lado, era a produção americana a principal fonte de rendimento do setor da exibição e distribuição, temendo que esta nova forma de ver o mercado pudesse abarcar consequências e prejuízos irreparáveis. Previa-se então assim um longo período de conflitos. Moreira da Silva foi o orador do workshop dedicado à felicidade No entanto, as grandes questões levantadas, o ímA paróquia de S. Cristóvão do Muro voltou a ser palco do Gio2Day, um dia dedicado peto de um cinema de cunho à formação e ao convívio. Workshops de magia, teatro e palestras mais direcionadas à nacional, e uma política con- vertente cristã. De nada faltou na 7.ª edição da iniciativa, realizada a 15 de abril e procreta que limitasse o setor movida pelo Gio Frater, com o apoio da Juventude Sem Fronteiras (JSF) do Muro. “Tentada distribuição acabou por mos abranger o máximo de temas e englobar toda a gente num dia”, explicou Paulo Soununca tomar forma. Como sa, 2.º animador da JSF Muro. Com o objetivo de que as pessoas que participam “aprense os verdadeiros anseios dam alguma coisa”, a 7.ª edição do Gio2day englobou também “workshops de motivado 25 de Abril, afinal, ainda ção e felicidade”, explicou Alexandra Freitas, 1.ª animadora JSF Muro. A iniciativa conprocurassem resposta. tou ainda com um workshop dedicado à “Europa e à integração dos refugiados”, numa Cabe-nos hoje, a nós, ilus- tentativa, acrescentou a jovem, de “alargar a mentalidade das pessoas”. tres habitantes da OcidenJosé Maria Moreira da Silva, um dos palestrantes convidados para falar sobre a felicital Praia Lusitana, continuar dade, considera o Gio2day “uma iniciativa muito forte”. “A juventude está carente desa procurar o nosso cami- tas coisas. Os jovens que aderiram a esta iniciativa estão claramente dentro da cidanho, a nossa causa. E como dania”, afirmou o palestrante, que considera “bom fazermos uma partilha de saberes”. é o cinema, uma nobre cauAna Paula Conceição, missionária de Nossa Senhora, considera que “estas oportunisa, vale, de certo a pena, lu- dades de formação dão sempre bagagem para enfrentar aquilo que são os problemas tar por ele.Até à próxima ru- do dia a dia”. Para a missionária, este é “um dia diferente, de formação intensa, mas que brica, e, até lá, boas sessões traz coisas novas para cada um”, por isso a organização continua a achar “muito oporde cinema! tuna” a sua realização. L.O./P.P.
A Dona abriu um cabaré. Que loucura!
Caros Leitores, festivais, nomeadamente o Como seria habitual, e DocLisboa 2017. Na conticomo havia sido o meu com- nuidade do trabalho de reprometimento para com a colha e análise de arquivo periodicidade desta rubri- que a realizadora tem vinca, seria meu dever fazer do a fazer sobre a Ditadura uma apresentação geral dos do Estado Novo, iniciado em filmes e festivais em cartaz 2000 com o documentário no mês seguinte, por forma PROCESSO-CRIME 141/53 – a dar continuidade ao cami- ENFERMEIRAS NO ESTADO nho que vem sendo trilha- NOVO, e mais recentemendo na divulgação do cinema te com os trabalhos NATUPortuguês. No entanto, devi- REZA MORTA de 2005 e 48 do à importância do assunto de 2010, este seu novo filme que abordo, escolhi reser- remete-nos para um trabavar um lugar de destaque a lho de fotografia de cadasoutro tema, que não sendo tro de presos políticos, neste atual, não deixa de ser perti- caso em particular, a família nente. O 25 de Abril de 1974 do militante comunista Octáe as repercussões que este vio Pato, o irmão mais novo teve junto da comunidade ci- nascido na clandestinidade nematográfica, para que não que aparece numa fotograousemos esquecer este fatí- fia da PIDE, no colo da mãe. dico dia e as motivações daMenções feitas, passemos queles que lhe deram forma. ao intento ao qual me propus. Preâmbulo à parte, faço O 25 de Abril de 1974 fez-se agora breve menção aos fil- nas ruas, a realidade, o intemes que penso serem rele- resse, estava ali. Assim, nos vantes mencionar. primeiros momentos da rePrincipio pelo filme RUTH, volução, interessava regiscom estreia marcada para tar aquilo que as ruas proo dia 3 de maio, que surge porcionavam, o veio da Recomo a primeira longa-me- volução transfigurado na tragem de António Pinhão massa humana que por elas Botelho, após um percurso marchava e elas preenchia. discreto, incluindo peque- Neste contexto, surge o donas participações em filmes cumentário, “As Armas e o como MISTÉRIOS DE LIS- Povo” que reuniu dezenas BOA, de 2010, um trabalho de colaboradores em redor relativamente consistente de um objetivo comum, a no formato curta metragem, documentação do momencomo a curta O RIO, de 2014, to histórico e fraturante que ou em telesséries como a FI- presenciavam, “para que a LHO DA MÃE em 2015. Se- luta de hoje não faça varrer gundo a folha de cartaz do da memória as humilhações filme, trata-se de um retra- de ontem”. Um documento to dos meandros que envol- para a história não só do civeram o início da carreira nema Português mas, e acida lenda do futebol, Eusé- ma de tudo, para o país, Porbio da Silva Ferreira, que tugal. Um pouco por todo o surge num momento contur- país, jovens realizadores e bado da história do país, em entusiastas, em pequenos pleno teatro da guerra colo- grupos e em formato 16 mm, nial Portuguesa em África. captaram algumas das mais De certo, uma interessante belas imagens desta revoluforma de relembrar aque- ção, e ditaram o cinema que le que é, ainda hoje, um dos conhecemos como “Cinema símbolos máximos do fute- de Intervenção”. bol Português. No entanto, o seu próprio LUZ OBSCURA de Susana “manifesto” aconteceria a de Sousa Dias estreia a 10 de 29 de abril de 1974. Gentes maio, após um circuito por ligadas às artes fazem tam-
7.ª edição do Gio2Day com convívio e formação
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Atualidade
25 pilotos na Perícia Automóvel A 3.ª edição da Perícia Automóvel, promovida pelo Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo, trouxe à Trofa cerca de “25 pilotos” de vários pontos do país. Este ano, apenas dois pilotos da Trofa quiseram mostrar o que valiam as suas viaturas, os restantes vieram de locais como “Chamusca, Mangualde, Guarda ou Viseu”. Depois da primeira edição organizada em S. Mamede do Coronado, o Rancho mobilizou a prova para a Rua Entre Linhas, junto à Câmara Municipal da Trofa. Para Carlos Ferreira, presidente do Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo, o número de pilotos inscritos foi “uma batalha ganha”, contando com “mais nove pilotos” do que nas edições anteriores. “Certamente que no futuro mais virão”, afirmou. Com o objetivo de angariar fundos para os projetos de 2018, o Rancho organiza a prova de perícia automóvel, a corrida de galgos, que vai realizar-se a 1 de julho, a festa do emigrante, em agosto, e o festival, que será a 1 de setembro, e vai contar com a participação de “três grupos estrangeiros”, adiantou Carlos Ferreira. “São os eventos que fazemos anualmente para tentarmos levar o nosso grupo e o nome da Trofa o mais longe possível”, reforçou. Quem não quis perder a prova teve que pagar 1,5 euros. “Um valor simbólico”, que ajuda o grupo na angariação de verbas para as atividades. Segundo o presidente do Rancho, estiveram a assistir ao espetáculo “cerca de 350 pessoas”. Um número que apesar de agradar podia ter sido mais elevado, não fossem os eventos que decorriam na Trofa, em simultâneo. António Borges, piloto de Cerva que venceu as edições anteriores, voltou a conseguir o melhor resultado.
CRÓNICA O Facebook é uma janela escancarada
Viaturas fizeram as delícias da assistência
Prova causa um ferido Nem tudo correu de feição na prova de Perícia Automóvel, este ano. Um dos participantes embateu numa das grades de segurança que se encontrava no recinto e provou ferimentos na face e escoriações ao nível abdominal num homem de 30 anos, que assistia à prova. A vítima foi transportada pelos Bombeiros Voluntários da Trofa para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave.
Clube Oval Azul, fundado em Penafiel, conseguiu sede na Trofa
Ana Paula Azevedo preside clube para amantes da Ford Foi uma das maiores conquistas do Clube Oval Azul (COA) em 14 anos de existência e logo alcançada por uma trofense. Ana Paula Azevedo, eleita presidente desta coletividade que reúne aficionados da marca de automóveis Ford, conseguiu que esta ganhasse uma sede, situada no Centro Comercial da Vinha. A inauguração do novo espaço aconteceu a 8 de abril. À primeira vista, é estranho que uma trofense se tenha tornado presidente de um clube criado em Penafiel. O contexto esclarece a possível admiração. Ana Paula Azevedo apenas seguiu os passos do pai, sócio do COA “há mais de dez anos”. “O meu pai é preparador de corrida da Ford e sempre esteve envolvido com a marca. E eu comecei a acompanhá-lo nos eventos e concentrações e ganhei o gosto pelos carros”, explicou em entrevista ao NT. O COA é o único no país direcionado exclusivamente para os amantes dos automóveis Ford, sejam clássicos ou não, e tem como grande evento anual o Forday. O último aconteceu no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e juntou “aproximadamente 200 sócios”. Na loja 52 do Centro Comercial da Vinha, o COA vai dedicar, em princípio, dois horários semanais aos sócios. Segundo Ana Paula Azevedo, o espaço foi cedido pela autarquia, que “sempre mostrou disponibilidade para ajudar” o clube. A presidente do COA é a única trofense na direção do clube. Foi eleita em abril do ano passado e tem mandato até 2019. Nas eleições, apresentou a única lista a sufrágio, depois dos proponentes de uma lista concorrente “terem desistido”. “A direção anterior já estava há algum tempo à frente do clube. Nós acabamos por ter outro tipo
José Maria Moreira da Silva
de mentalidade, temos uma equipa mais jovem. Há outro dinamismo”, afirmou. Ao longo do ano, o COA tem já agendadas presenças nalguns eventos, como um que acontece no dia 29 de abril, em Aveiro, e que assinala os 50 anos do Ford Escort MK1. Em julho, também vai estar representado na ExpoTrofa. Um dos desejos de Ana Paula Azevedo é conseguir promover um encontro com os espanhóis do Clube Cosworth, em Portugal. “Uma vez que fomos lá, queríamos agora trazê-los cá para um fim de semana de convívio”, explicou. C.V.
O desejo e o prazer são a combinação perigosa, para que os utilizadores do Facebook fiquem num elevado grau de dependência desta rede social virtual mais utilizada no mundo, criada pelo norte-americano Mark Zuckerberg em 4 de fevereiro de 2004. Tal viciação é originada por uma sensação de bem-estar, uma sensação de prazer que é acionada quando o facebookiano se expõe à rede social, o que provoca um desejo forte de voltar a visitar o Facebook, o mais rapidamente possível. A sensação de bem-estar do utilizador quando regressa à rede social, associada à combinação dos dois fatores - desejo e prazer – são as razões pelas quais é tão difícil resistir ao Facebook. Quando as pessoas se dispõem a abandonar a utilização desta rede social perdem a referida sensação de prazer e sentem um sentimento de culpa, o que resulta no desejo dum regresso que lhes dará como recompensa a sensação de bem-estar que tinham perdido. As redes sociais exploram vulnerabilidades na psique humana e estão a destruir as bases da sociedade, pois fomentam a mentira e a desinformação, e formatam o cérebro dos utilizadores de uma forma que elimina a convivência social, a cooperação e a cidadania ativa. Para combater os efeitos nefastos das redes sociais, os utilizadores devem dedicar mais tempo de forma interativa ficando conectados com familiares, amigos e colegas da escola e do trabalho, que provoca alegria e fortalece o sentido de comunidade até porque foram estes os motivos que levaram muitas pessoas a utilizarem as redes sociais, a serem facebookianos. Para além dos efeitos nefastos e do elevado grau de dependência da utilização das redes sociais é a possibilidade de usurpação dos dados pessoais inseridos em sistemas de tratamento automatizado. Esses dados que deviam ser confidenciais podem ser usados para a manipulação de pessoas, para fins comerciais e até políticos, colocando em risco a liberdade e a democracia. Quando está na agenda política a proteção de dados pessoais, a importância e a urgência em assegurar a integridade, disponibilidade e confidencialidade dos dados pessoais, começou a ser revelada a verdadeira dimensão do escândalo Facebook/Cambridge Analytica (empresa privada especialista em tratamento e análise de dados para processos eleitorais). O Facebook é uma janela escancarada, pois nas últimas eleições presidenciais norte-americanas foram roubados dados pessoais de 87 milhões de utilizadores, para serem trabalhados pela empresa que esteve envolvida na propaganda de Donald Trump. Só recentemente é que Zuckerberg assumiu os erros e o referido roubo, embora tenha sido avisado em 2015, mas manteve o segredo até agora e não informou os utilizadores que os seus dados tinham sido usados para condicionar resultados eleitorais. O Regulamento Geral da Proteção de Dados, que tem regras exigentes vai entrar em vigor já no próximo dia 25 de maio e vai obrigar o Facebook a adaptar os seus procedimentos de forma a poder continuar a operar na União Europeia. O Facebook nunca teve uma política transparente de privacidade e sempre se aproveitou para espiar os seus utilizadores. O responsável máximo do Facebook já pediu desculpas públicas e anunciou que vai adaptar os procedimentos, mas só dentro do espaço europeu. Apenas!
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26 ABRIL 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
Desporto
Goleada da salvação Foi com uma goleada que o Clube Desportivo Trofense garantiu a manutenção no Campeonato de Portugal. O resultado de 4-0 mostra o domínio da equipa diante do Salgueiros, já despromovido, que pouco conseguiu fazer para suster o ímpeto ofensivo do adversário. CÁTIA VELOSO
Num jogo com muitos nervos à flor da pele – com direito a troca de “galhardetes” entre treinadores –, o Trofense não podia desejar melhor do que um golo nos primeiros minutos de jogo. A “ratice” de João Pedro deu-lhe a honra de inaugurar o marcador, ao adivinhar um atraso de cabeça de um jogador do Salgueiros ao guarda-redes que o avançado intercetou, tendo apenas que escolher o lado para onde atirar a bola. Estava feito o mais difícil, mas não garantido o mais importante. Era premente não adormecer à sombra da bananeira e continuar a atacar. O treinador Quim Berto sabia-o bem e transmitia energicamente essa mensagem para dentro de campo. O objetivo era espicaçar os jogadores, principal- intercetado pelo guardião do Salgueiros, Yeerzati Yeerjiemente os jovens, que acederam ao desafio. ti, que com um ligeiro toque levou a bola a bater na barra. Aos 25 minutos, e sem qualquer reação ofensiva do adDepois do intervalo, o Salgueiros equilibrou e o jogo versário, a equipa da Trofa deu mais uma alegria à massa “arrefeceu”, até que o marcador sofreu, de novo, alteração, adepta que encheu meio estádio na Trofa. Pedro Matos fez com o “bis” de João Pedro, na sequência de uma grande um golo de bandeira, não pela espetacularidade do rema- penalidade, aos 70 minutos. te, mas por ter iniciado a jogada, ainda em zona defensiva, No estádio já cheirava a festa caseira, enquanto num dos e concluído, após corrida desenfreada até ao coração da lados da bancada, os adeptos do Salgueiros mostravam porgrande área do adversário, após passe de Bernardo. que são uma das massas adeptas mais admiráveis do futeAnimaram-se as hostes e a tranquilidade aumentou, mas o bol português, nunca deixando de apoiar uma equipa que “turbo” manteve-se ligado. Alexandre tentou de longe e qua- voltou a cair aos distritais. se protagonizava o momento da tarde, mas o forte remate foi O 4-0 surgiu já na ponta final da partida. Depois de ter
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desperdiçado de forma clamorosa um golo “oferecido” por João Pedro, Serginho não tremeu na hora de enfrentar Yeerzati Yeerjieti. Depois de quase uma época inteira com o “credo na boca”, a equipa do Trofense consegue o objetivo mínimo de um projeto bem mais ambicioso. Para a história ficam dois treinadores dispensados, o penúltimo lugar à 9.ª jornada e a segunda melhor prestação da série B – 28 pontos, atrás do 1.º Felgueiras com 31 pontos – na segunda volta. Para a história ficam também as palavras do capitão do Canelas, Fernando Madureira, que há semanas antevia a descida de divisão do Trofense e acabou ele próprio por ver a manutenção por um canudo.
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Foi o número de pontos conquistados pelo Trofense na segunda volta, fazendo da equipa a segunda melhor desta fase do campeonato, apenas atrás do 1.º classificado, Felgueiras. O Trofense terminou o campeonato no 9.º lugar, com 42 pontos, distribuídos por 12 vitórias, seis empates e 12 derrotas. O saldo do “goal average” é quase nulo, com 34 golos marcados e 35 sofridos.
CONTAS FINAIS Depois de uma jornada em que todos os que lutavam pela manutenção ganharam, quem desce aos campeonatos distritais é o Canelas, que ficou com 41 pontos, Salgueiros, com 35, Camacha, com 34, A liança da Gandra, com 29, Freamunde, com 28, e Sousense, com 21.
“Não é motivo de festa. Este clube merece mais e melhor”
Quim Berto é a primeira contratação para a próxima época
Foi com um abraço caloroso a Franco Couto que Quim Berto selou o compromisso de tentar levar a equipa do Trofense à 2.ª Liga na próxima temporada. CÁTIA VELOSO Conseguido o objetivo mínimo da manutenção, as baterias, ainda que a carecer de carregamento, já apontam para o futuro. No final do jogo com o Salgueiros, o presidente da comissão administrativa surgiu ao lado do treinador e garantiu que o técnico fica por mais uma época. “Não fazia sentido ser de outra forma”, sublinhou Franco Couto, que se mostrou “feliz” pela salvação da equipa
após uma caminhada de “muito sofrimento”. “Estou cem tugal, Quim Berto relativiza a responsabilidade e prefepor cento satisfeito com todo o sacrifício que jogadores e re virar os holofotes para outros intervenientes, como os equipa técnica fizeram. E ainda mais feliz estou por saber adeptos – a quem agradeceu o apoio em casa e noutros que muita gente não queria que conseguíssemos a manu- estádios - e o presidente: “É um grande homem. Foi muitenção”, afirmou, em jeito de mensagem aos que fizeram to importante nesta caminhada, cumpriu com tudo e não falhouww com nada”. maus augúrios ao clube da Trofa. Quanto à manutenção, o técnico refere que “não é moFranco Couto não esquece a “promessa” que fez “aos trofenses” de, em “quatro anos”, levar a equipa à 1.ª Liga. tivo de festa”, porque “este clube merece mais e melhor”. Por isso, na próxima temporada, “é para atacar a subi- “Devemos fazer uma limpeza à nossa consciência e perceda”. “Vamos começar a reunir para começarmos melhor ber que o Trofense não pode andar por aqui. Todos os troe evitarmos os atropelamentos que tivemos esta época”, fenses que puderem ajudar serão bem-vindos para que o Trofense possa crescer”, frisou. asseverou. Agora, é tempo de “descansar” para depois regressar Para este desígnio, Franco Couto espera “muito mais apoio ao Trofense”, até pelo que “se viu” no jogo com o para iniciar “um caminho de sucesso e felicidade”. Salgueiros: “União e garra”. E quanto a esforço financeiro, o dirigente revelou que “o que mais custou” foi “pagar dívidas anteriores, à Segurança Social e Finanças”. “Não acredito que alguém fizesse o que eu fiz”, atestou. Em nome do plantel, João Coimbra quis “agradecer” Ainda a refazer-se das emoções do jogo, Quim Berto a Franco Couto o apoio dado à equipa e “dar um abraquis dedicar a vitória aos jogadores”. “Os jogadores meço” à família de Fernando Sousa (Mota), roupeiro do clureciam isto e o respeito de todos, porque ao longo da épobe, que faleceu durante um treino, em novembro. “Pasca houve muitos comentários, eles foram muitas vezes ensamos por muito”, referiu o jogador, que lembrou tamxovalhados e, no fim, deram uma resposta cabal. Quando bém o período em que os adeptos colocaram em causa entrei, invertemos a situação e eles não deixaram de ser a capacidade do grupo para fazer uma boa prestação os mesmos homens”, sublinhou o treinador. no campeonato, sem nunca deixarem de apoiar. “QueSem esquecer que foi obreiro de uma das melhores presria, em nome do plantel, agradecer-lhes”, sublinhou. tações da segunda volta da série B do Campeonato de Por-
“Passamos por muito”
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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 ABRIL 2018
Desporto
Bougadense sofre derrota pesada A faltar uma jornada para o fim da época, o Atlético Clube Bougadense voltou a somar uma derrota. A jogar em casa a 29.ª jornada da série 2 da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto, o Bougadense perdeu com o Alfenense, por 1-4. O Alfenense inaugurou o marcador ao minuto 16, por intermédio de Diogo, Sefa aumentou a vantagem, aos 19, e Diogo bisou aos 24. Renato reduziu aos 73, mas Vitinha fechou as contas ao fazer o 1-4, aos 78 minutos. André Mota, treinador do AC Bougadense, assumiu que a equipa cometeu “muitos erros, sobretudo nos dois primeiros golos”. “A exibição não foi bem conseguida, sobretudo na primeira parte. Depois, tivemos alguns acertos”, mas “não adianta sermos capazes de construir inúmeras oportunidades se não concretizarmos”, afirmou o treinador, que admite que “há justiça no resultado”. “Não merecemos a vitória, o adversário foi superior e mais eficaz do que nós”, acrescentou. Até ao momento, o Bougadense ocupa a 7.ª posição, com 40 pontos. Na próxima e última jornada, a 29 de abril, o Bougadense desloca-se ao reduto do Lousada. Equipa B empata A equipa B do AC Bougadense empatou a duas bolas frente ao Melres, em jogo a contar para 28.ª jornada da 2.ª Divisão da série 1 da AF Porto. Até ao momento, a formação de Santiago de Bougado soma 35 pontos e está em 12.º lugar. À hora do fecho de edição, o Bougadense B defrontava o SC Nun´Álvares B, sendo que a 29 de abril se desloca ao reduto do Escola Futebol 115 e a 1 de maio recebe o Vandoma, na jornada que encerra o campeonato. L.O.
ACDC/ Trofense vence Volta ao Nordeste Pedro Braga e Sancho Cruz representaram a ACDC/ Trofense na Volta ao Nordeste, a 21 e 22 de abril. No contrarrelógio, em Macedo de Cavaleiros, Pedro Braga conseguiu o 2.º lugar e Sancho Cruz o 3.º. Sancho Cruz venceu a primeira etapa em linha, que ligou Macedo a Torre de Moncorvo, com cerca de um minuto e 40 segundos de vantagem para o segundo classificado, alcançando a camisola amarela. Pedro Braga assumiu a liderança no escalão Sub23, com a camisola rosa. No dia seguinte, na etapa que ligou Torre de Moncorvo a Mogadouro, Sancho Cruz venceu a meta volante intermédia da etapa, que teve uma chegada a sprint. O atleta perdeu apenas quatro segundos e manteve a camisola amarela. Pedro Braga foi o melhor atleta da equipa, terminando em 1.º em sub23 e 7.° na classificação geral. Entre Vimioso e Bragança, Pedro Braga arriscou a fuga e conseguiu seguir sozinho a maior parte do percurso, sendo alcançado apenas à chegada a Bragança. O atleta da ACDC/Trofense venceu o prémio de montanha e a meta volante intermédia. Sancho Cruz vinha no grupo perseguidor e, depois de resistir aos ataques finais, consegue largar o grupo no último topo, tendo só ficado um atleta na sua roda que pediu a vitória na etapa e, estando já naquela altura o corredor da formação da Trofa de camisola amarela garantida, Sancho decidiu deixar a vitória da etapa mostrando fair play. No final da etapa, a equipa conseguiu a vitória na geral (camisola amarela), a vitória em elites (camisola branca) e a vitória em sub23 (camisola rosa). Além dos bons resultados nesta prova, Javier Montaner foi segundo classificado no Memorial Ramon Sáez, em Valência, e Rúben Veloso venceu, por equipas, o Duatlo de Vila Nova de Cerveira. L.O.
Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, C.R.L Convocatória Nos termos do dispositivo no artigo 23º dos Estatutos da Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, C.R.L., convoco a Assembleia Geral a reunir em Sessão Ordinária, na Sede, sita na Rua Prof. Dr. António Faria Carneiro Pacheco, em Santo Tirso, no dia 11 de Maio de 2018, pelas 13:30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: ASSEMBLEIA SECTORIAL – às 13.30 Horas 1- Secção Leiteira: a) – Relatório e Contas desta Secção referente ao exercício de 2017. b) – Outros assuntos de interesse 2 – Secção de Higiene e Sanidade Animal (O. P. P.): a) – Relatório e Contas desta Secção referente ao exercício de 2017 b) – Outros assuntos 3 – Secção Compra e Venda: a) – Relatório e Contas desta Secção referente ao exercício de 2017 b) – Outros Assuntos de interesse ASSEMBLEIA GERAL – às 14.30 horas 1. - Leitura da Acta da Reunião anterior 2. - Apreciar e votar o Relatório e Gestão de Contas relativo ao exercicio de 2017,parecer do Conselho Fiscal, Certificado Legal de Contas e Proposta de Aplicação de Excedentes. 3. - Prestação de informação sobre o novo regulamento de proteção de dados pessoais. 4. - Outros assuntos de interesse. As Assembleias reunirão à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Cooperadores com direito a voto. Se à hora marcada, não se verificar o número de presenças previsto no número anterior, as Assembleias reunirão com qualquer número de Cooperadores, uma hora depois.
Santo Tirso, 20 Abril de 2018 O Presidente da Assembleia-geral (Manuel Gil Prieto Carvalho Ferreira)
Juniores da UCT na Taça de Portugal Os juniores Tiago Sousa, António Silva, Paulo Araújo e Ricardo Neves da União de Ciclismo da Trofa participaram na 3.ª Taça de Portugal, na Zambujeira do Mar. No sábado, 14 de abril, fizeram o contrarrelógio e no domingo percorreram os 129 quilómetros, terminando a prova em Odemira. Tiago Sousa terminou na 59.ª posição, António Silva foi 110.º, seguido por Ricardo Neves (111.º). Paulo Araújo foi desclassificado.
Atletas pedalaram 129 quilómetros
Ginásio participou no Tetratlo Regional Ana Duarte e Ana Rita Rios representaram o Ginásio da Trofa, no Tetratlo Regional de Infantis, promovido pela Associação de Atletismo do Porto, a 15 de abril, no Estádio Municipal da Póvoa de Varzim. No Tetratlo, que envolve uma prova de 60 metros, lançamento de peso de dois quilos, salto em comprimento e a prova dos mil metros, Ana Duarte ficou em 18.º, com 1279 pontos, batendo o seu recorde pessoal nos 1000 metros. Já a iniciada Ana Rita Rios conquistou a 2.ª posiR ita R ios e A na Duarte representam Ginásio da T rofa ção nos 800 metros. L.O.
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Desporto
Agenda Dia 27 21 horas: Palestra “A Europa que acolhe?”, no auditório da Associação Empresarial do Baixo Ave
Bruno Ferreira vence Ultra Trail Geira Romana
Dia 28 21.15 horas: Peça de teatro “O cabaré da Loucura”, no salão paroquial de Alvarelhos Dia 29
Dia 01 16 horas: Bougadense B-Vandoma Dia 05 Festa de Rua, junto à Igreja Paroquial do Muro Dia 06 Festa de Rua, junto à Igreja Paroquial do Muro
Farmácias Dia 26 – Farmácia Moreira Padrão Dia 27 – Farmácia Ribeirão Dia 28 – Farmácia Trofense Dia 29 – Farmácia Barreto Dia 30 – Farmácia Nova Dia 01 – Farmácia Nova Dia 02 – Farmácia Ribeirão Dia 03 – Farmácia Trofense Dia 04 – Farmácia Barreto Dia 05 – Farmácia Nova Dia 06 – Farmácia Moreira Padrão Dia 07 – Farmácia Ribeirão Dia 08 – Farmácia Trofense Dia 09 – Farmácia Barreto Dia 10 – Farmácia Nova
Telefones úteis
DR
15 horas: Festival Primavera, no Largo Nossa Sra da Livração 16 horas: Lousada-Bougadense 16 horas: EF115-Bougadense B
O guidoense Bruno Ferreira venceu o Ultra Trail Geira Romana, que decorreu no Gerês, Amares e Terras do Bouro, no domingo. O atleta que representa o Águias de Alvelos, cumpriu a prova de 50 quilómetros em quatro horas, nove minutos e 55 segundos, batendo Diogo Fernandes, que chegou à meta com mais dois minutos.
No fim da corrida, que estava inserida no calendário da Associação Trail Running Portugual, Bruno Ferreira mostrou-se “satisfeito” com as “sensações”, apesar do “ainda pouco treino”. “Parti para esta prova com dois objetivos, angariar o máximo de pontos possíveis para praticamente garantir presença na final do nacional de ultra, e esse foi conseguido, e baixar das quatro horas. Tudo corria dentro do planeado até ao quilómetro 46 (com passagem em duas horas e 59 minutos aos 40 quilómetros), quando eu e um grupo do trail curto seguimos em frente numa viragem”, relatou. O corredor volta a competir a 19 de maio, na Bretanha, e depois “segue-se um mês de junho muito apertado de modo a garantir presença na final de trail em Sintra”, anunciou. C.V.
António Vieira de novo no pódio varinho, em Monção, numa prova que pontuava para o Campeonato do Minho e Taça de Portugal de XCM. Em elites, o alvarelhense Daniel Santos não foi além de um 7.º lugar, num dia que, de acordo com o que contou ao NT, “foi de muito calor”, com um percurso “muito duro e com subidas muitos longas”, que “fizeram a diferença entre o pelotão”. Já na Meia-Maratona do Luso Galaico, em Esposende, Pedro Fernandes, também a representar a Team Ruprec, foi 2.º classificado em master 40. “Agradecemos a todos os patrocinadores, pois sem eles não era possível esta humilde equipa por cá andar”, afirmou Daniel Santos. No domingo, 29 de abril, a Team Ruprec vai marcar presença António Vieira voltou a subir ao na Rota Rosa do Adro, em Sanguepódio. O corredor da Team Ru- do (Santa Maria da Feira), a contar prec alcançou o 2.º lugar do esca- para o Campeonato Regional do lão master 50 na Maratona do Al- Porto e Taça de Portugal de XCM.
Equestrian Events Convocatória Assembleia Geral Em conformidade com os estatutos da Equestrian Events, convoco reunião da Assembleia Geral desta Associação para reunir na sede da mesma, sita n a Rua da Barreira, n.º 212 - 4785-190 Trofa, no próximo dia 07 de maio de 2018, pelas 21:00 horas, com seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1 - Eleição dos Órgãos sociais. 2 - Outros Assuntos. O Presidente da Assembleia Geral da Equestrian Events, Pedro Silva
Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109//252 428 110 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060 Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira, Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo , Liliana Oliveira Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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26 ABRIL 2018
Dia da Mãe celebrado a 6 de maio O Dia da Mãe é, na verdade, todos os dias, porque as mães nunca deixam de o ser, mas esta data especial serve para reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães. A data, que este ano se celebra a 6 de maio, é aproveitada pelos filhos para oferecerem presentes às suas progenitoras, como forma de agradecimento por todo o seu empenho e dedicação. São muitas as opções que os filhos têm para surpreenderem as suas mães, sendo as flores as mais escolhidas, pelo seu simbolismo e como forma de se expressarem e mostrarem a sua gratidão. As rosas brancas significam pureza e beleza, enquanto as de cor mais ténue traduz respeito e admiração. Já as tulipas, por serem muito robustas e duradouras, significam o amor eterno e a prosperidade, enquanto as camélias brancas demonstram admiração. Por outro lado, os jarros simbolizam a paz e a tranquilidade, enquanto as gerberas significam a simplicidade, a alegria de viver e a beleza de vida. Em Portugal, o Dia da Mãe comemorou-se durante muito tempo a 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, mas passou a ser celebrado no primeiro domingo de maio, em homenagem à Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo. P.P.
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Atualidade
Atletas Jovens distinguidos O Clube Desportivo Trofense distinguiu os jogadores que integram o departamento de formação, que melhor conciliaram a frequência aos treinos e os resultados escolares. Os prémios foram entregues no intervalo do jogo da equipa sénior diante do Salgueiros, no domingo, 22 de abril. Os jovens homegeados foram: Diego Carneiro (minis), Santiago Cruz (pré-escolas B), Afonso Silva (pré-escolas A), Gonçalo Ferreira (sub-10), Dinis Araújo (sub11 B), Martim Araújo (sub-11 A),
Gonçalo Silva (infantis 7), Nuno Costa (infantis 11), Gonçalo Araújo (iniciados sub-14), João Costa
(iniciados A), Paulo Oliveira (juvenis B), Miguel Azevedo (juvenis A) e Gonçalo Carrasco (juniores).
Juniores na fase de subida ao Nacional A equipa de juniores do Clube Desportivo Trofense garantiu o acesso à fase de subida do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão, ao vencer o Rio Tinto, por 1-3. Os juniores garantiram o acesso à fase de subida em jogo da última jornada da competição, que decorreu no sábado, 21 de abril. Já na penúltima jornada, a equipa tinha dado um importante passo para garantir este acesso, ao vencer o Gondomar SC, por 2-0. P.P.