Quinzenário | 4 de outubro de 2018 | Nº 677 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
09 religião
Obras na Igreja nova custam 100 mil euros 03 atualidade
Gasolineiras na mira dos ladrões 16 desporto
Artur karlov foi bronze no Mundial de Kickboxing
03 atualidade
hOMEM FERIDO COM GRAVIDADE APÓS ACIDENTE NA a3
05 Negócios
SIS NA TROFA PARA AJUDAR A PROTEGER EMPRESAS pub
2
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa
EDITAL Amadeu de Castro Pinheiro, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, com sede na Rua D. Pedro V, cidade da Trofa, em cumprimento e ao abrigo do disposto no Capítulo IV das Eleições, nomeadamente no artigo 74º e seguintes dos Estatutos, anuncia a abertura do processo eleitoral e manda preparar os cadernos eleitorais, para que se proceda à Eleição dos Órgãos Sociais da Associação, que se realizará no mês de Dezembro de 2018, em data a anunciar por Edital. Para o efeito informa que: 1. ””As candidaturas às eleições são feitas segundo o sistema de lista completa para a Mesa da Assembleia Geral, Direção, Conselho Fiscal e Conselho Superior, compostas por associados efetivos, no pleno gozo dos seus direitos sociais, nas quais se especificarão a identificação completa dos candidatos, respetivo número de associado bem como a indicação do Órgão e cargo para que são propostos, incluindo os suplentes.” 2. “”As listas concorrentes aos Órgãos Sociais, a submeter a sufrágio, deverão ser apresentadas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, e entregues na Secretaria da sede da Associação, até ao dia 15 do mês anterior ao da realização da Assembleia Geral Eleitoral”. Ou seja até às 17:00 horas do dia 15 (quinze) do mês de Novembro de 2018. 3. ””A Direção pode propor uma lista às eleições“. 4. ””As listas de candidatura aos Órgãos Sociais deverão incluir um número de candidatos efetivos igual ao número de membros do respetivo Órgão acrescido dos suplentes, não podendo qualquer associado subscrever nem integrar mais que uma lista, nem integrar mais que um Órgão da Associação.” 5. “”As listas são nominais, devendo completar candidatos para todos os Órgãos, sendo estes votados conjuntamente.” 6. “”As listas a submeter à eleição, deverão ser acompanhadas da declaração dos candidatos, onde expressamente manifestam a sua aceitação, e subscritas por um número mínimo de vinte e cinco associados efetivos no pleno gozo dos seus direitos, com exceção da que for proposta pela Direção.” Trofa, 01 de Outubro de 2018 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Amadeu de Castro Pinheiro,
M. Moutinho Duarte NO PÓ DOS ARQUIVOS O regresso à Escola Por meados do século passado, aos sete de Outubro de cada ano, rapazes e raparigas das aldeias (nas cidades seriam meninos e meninas), rumavam à escola da freguesia para “aprender a ler, escrever e contar.” Íamos aos magotes, quais bandos de passarinhos, alguns já “pardalões de bico amarelo”. Hoje, tanto nos regozijamos com as condições de que usufruem os nossos netos, quanto lamentamos as condições com que se defrontaram os nossos avós: aqueles, pelo conforto dos edifícios escolares e a comodidade da deslocação; estes, pela distância a que ficava a escola a que se dirigiam e pelas quelhas que tinham de palmilhar. Sacrifícios sem conta suportaram aqueles poucos rapazes que, em busca das primeiras letras, calcorrearam léguas de caminhos e carreiros de montes, rumo à escola de freguesia vizinha! Alvarelhos, São Mamede de Coronado e Santiago de Bougado já possuíam, em 1887, escola masculina. Nos alvores do século passado, das trinta e duas freguesias do concelho de Santo Tirso, em treze não existia nenhuma escola oficial e apenas sete freguesias tinham escolas para ambos os sexos. Então, a taxa de analfabetismo em Portugal era superior a setenta e cinco por cento – com maior incidência nos meios rurais – e em 702 freguesias portuguesas não havia escola. Neste contexto, impõe-se-nos o dever de referir e reconhecer o mecenato dos beneméritos locais que, a expensas próprias, promoveram a construção de edifícios escolares, com salas de aulas e residências para os professores, nas suas “pequenas pátrias.” Dentre eles, destaque para os “brasileiros”, que havia em todo o Entre Douro e Minho. E assim à nossa porta: José de Moura Coutinho, pela construção da escola da freguesia de São Cristóvão do Muro, e Joaquim Franco Ferreira Lopes, pela construção da de Guidões. Joaquim Franco Ferreira Lopes nasceu em Guidões no dia 25 de Abril de 1881. Filho de António Joaquim Ferreira, natural de São Cristóvão do Muro (nasceu no lugar de Quintão, em 28/08/1843) e de Ana Ramos da Silva Lopes, natural de Mindelo (nasceu no lugar de Outeiro, em 23/02/1850) e moradora em Guidões com sua tia Rosa Maria Antunes, casada com José Lopes da Silva, casal de cujos bens foi herdeira. O casamento de António Joaquim Ferreira e Ana Ramos da Silva Lopes realizou-se na Igreja Paroquial de Guidões, no dia 4 de Junho de 1878. Joaquim foi o segundo dos oito filhos deste casal. Frequentou a escola primária de Santiago de Bougado. Quem conhece bem as bouças entre Guidões e Bougado, graças às jornadas venatórias, não será insensível às dificuldades que o
Joaquim e outros mais rapazes enfrentaram no caminho da escola. Também não me custa a crer que, durante esse trajecto doloroso, o Joaquim tivesse um sonho: “se viesse a ser homem rico, pagaria para fazer uma escola em Guidões.” Joaquim emigrou para o Brasil e enriqueceu com o negócio do açúcar. Grande exportador – dos maiores! – proporcionou-lhe fortuna avultada. Tornou possível a realização dos seus ideais filantrópicos. Destaco, no Brasil, a construção do Hospital Português, o melhor do Recife. Não podia esquecer Guidões, a sua terra e os seus conterrâneos. Deu-lhes uma estrada para Bougado e uma Escola. A Câmara Municipal de Santo Tirso aprovou, por duas vezes, um louvor e solicitou ao Ministro da Instrução a concessão da Ordem da Benemerência. E pagou trinta e quatro escudos à firma Minchim, Limitada, do Porto, para o fornecimento de “uma placa verde e letras brancas” para ser colocada na escola Joaquim Franco Ferreira Lopes, com os seguintes dizeres: “Este edifício foi custeado pelo benemérito desta freguesia Joaquim Franco Ferreira Lopes e Esposa, que o doaram generosamente ao Estado, bem como todo o mobiliário, em mil novecentos e vinte e sete.” Os sobrinhos netos de Joaquim Franco Ferreira Lopes, considerando uma ingratidão que a Escola tivesse passado a ser designada pelo lugar em que se encontra (Cerro) e não pelo nome do doador e desconhecendo o paradeiro da placa evocativa, acolheram, com entusiasmo, as informações documentadas que, com gosto, lhes forneci. Por isso, empenharam-se pela reposição da justiça. O benemérito merece a honra, a família sente o dever e o povo de Guidões sente-se grato!
4 OUTUBRO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
3
Atualidade
Trator perde roda em andamento Um trator agrícola perdeu a roda traseira esquerda enquanto circulava na Rua do Horizonte, na Vila do Coronado, na manhã de terça-feira, 2 de outubro. O incidente ocorreu cerca das 10.10 horas e provocou o corte do trânsito naquela via durante cerca de duas horas. A roda do veículo ter-se-á soltado quando dois parafusos quebraram, fazendo com que as outras porcas se soltassem. O condutor do trator é residente na Maia e não sofreu quaisquer ferimentos. A Guarda Nacional Republicana da Trofa esteve no local a registar a ocorrência e a orientar o tráfego rodoviário. H.M.
Grupo assalta postos de combustível
E strada esteve cortada durante duas horas
Homem apanhado depois de furtar dinheiro de loja Um homem de 59 anos, residente em Santa Cristina do Couto, concelho de Santo Tirso, foi detido, no dia 28 de setembro, depois de ter furtado dinheiro da caixa registadora de uma loja de eletrodomésticos no Pingo Doce de Santiago de Bougado. O indivíduo acedeu ao interior do estabelecimento, tirou 80 euros da caixa registadora e colocou-se em fuga. Acabou por ser intercetado momentos depois por militares da Guarda Nacional Republicana da Trofa. Foi ouvido em tribunal e o caso baixou a inquérito, tendo-lhe sido aplicado o termo de identidade e residência. C.V./H.M.
Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado CONVOCATÓRIA Delfina Manuela Santos Reis Moreira, na qualidade de Presidente da Assembleia Geral em exercício do Grupo Danças e Cantares Santiago de Bougado, convoca todos os sócios do Grupo para a Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará no dia 13 de outubro de 2018, pelas 21 horas1, na sua sede, sita na Rua do Parque Desportivo, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º - Leitura e votação da ata da última Assembleia; 2º- Apresentação e eleição de lista dos Corpos Gerentes para o biénio 2019/2020 ou discussão sobre o futuro do Grupo; 3º - Outros assuntos de interesse. Bougado, 27 de setembro de 2018 A Presidente da Assembleia Geral em exercício
Os postos de abastecimento de combustível foram o alvo de um grupo de cinco indivíduos, durante a madrugada de terça-feira, 2 de outubro. Na Galp situada na Rua D. Pedro V, junto à Rotunda do Bombeiro, em Bougado, os larápios conseguiram arrombar a porta e do interior furtaram diversos volumes de tabaco. O assalto ocorreu cerca das 3.50 horas,
mas não satisfeitos, os ladrões seguiram para a BP da Esprela, onde não conseguiram arrombar a porta. Minutos depois, já na freguesia do Muro, na Rua José Moura Coutinho, os assaltantes tentaram invadir o posto de abastecimento Alves Bandeira, mas novamente sem sucesso, pois apesar de terem entortado a grade de segurança, não conseguiram arrombar a porta.
As tentativas de invasão foram registadas por câmaras de videovigilância, cujas imagens revelaram que os ladrões se deslocaram em dois veículos BMW de cor preta. Depois da tentativa de assalto mal sucedida, o grupo colocou-se em fuga, em direção à Maia, pela EN 14. A GNR da Trofa registou as ocorrências. C.V./H.M.
Homem ferido com gravidade após acidente na A3 Um pesado de mercadorias despistou-se ao quilómetro 14,4 da A3 no sentido Porto/Braga, na zona de Covelas, concelho da Trofa, na tarde de 27 de setembro. CÁTIA VELOSO O camião, que transportava tijolos, despistou-se, encostou à berma e depois atravessou as faixas, embatendo contra o separador central com violência. A carga espalhou-se pela via, provocando o corte total do eixo rodoviário. O alerta chegou aos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso cerca das 16.45 horas e, segundo Filipe Carneiro, adjunto do comando da corporação, chegada ao local, a primeira equipa de socorro “deparou-se com a viatura a arder e um ferido grave que já se encontrava no exterior do camião”. A vítima, condutor do camião com cerca de 60 anos, foi assistido pelos bombeiros e depois pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João, para onde acabou por ser transportado com
Camião que transportava tijolos despistou- se na zona de Covelas ferimentos graves. Nas operações de socorro estiveram as corporações de Bombeiros de Santo Tirso, Tirsenses, Trofa e Ermesinde, “num total de 22 elementos, apoiados por oito viaturas”, acrescentou Filipe Carneiro. O trânsito esteve parado em virtude de o pesado se ter incendiado e durante várias horas manteve-se bastante condicionado, com filas nos dois sentidos e a atingi-
rem os seis quilómetros de extensão. As operações de retirada da carga espalhada e do veículo foram complexas, já que foi necessário a utilização de uma grua. A Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana esteve no local a registar a ocorrência e a orientar o tráfego rodoviário. A concessionária da autoestrada também mobilizou elementos para proceder apoiar nas operações de limpeza da via.
4
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade
Intervenção Precoce na Infância domina Jornadas da ELI Refletir sobre o trabalho desenvolvido e perspetivar os desafios futuros nortearam as Jornadas da Equipa Local de Intervenção (ELI) Santo Tirso/Trofa, que decorreram no Fórum Trofa XXI, a 19 de setembro. Composta por profissionais de saúde, segurança social e educação e coordenada pela médica pediatra Sara Figueiredo, a ELI Santo Tirso/Trofa reuniu-se num dia de abordagem às “várias etapas no Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), que são a referenciação, avaliação, intervenção e transição, envolvendo vários especialistas. Clínicos de medicina geral e familiar, pediatras, pedopsiquiatras, neuropediatras, fisiatras, enfermeiros, docentes, psicólogos, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e técnicos de diagnóstico e terapêutica e do serviço social” foram chamados a um evento que permitiu, igualmente, “reforçar a mensagem que no modelo do SNIPI os pais, as famílias, os cuidadores e os educadores fazem parte do processo da criança”. “Os pais têm de estar sempre presentes e a nossa ideia é passar
João Mendes
Quer um jornal, senhor presidente? Pague- o do seu bolso!
ELI Santo T irso/T rofa atua nos dois concelhos estratégias aos pais, ou seja, empoderar e envolver a família. É a família que tem um papel fundamental e privilegiado, já que está todo o dia com a criança”, evidenciou Sara Figueiredo. A coordenadora da ELI Santo Tirso/Trofa salientou “a importância de intervir o mais cedo possível, uma vez que a plasticidade cerebral vai diminuindo com a idade, estando esta associada à capacidade de moldar em termos positivos ou negativos, pelo que a intervenção é tanto mais capaz quanto mais precoce for a idade
da criança”. O SNIPI tem a missão de garantir a intervenção precoce junto de crianças até aos seis anos de idade, com alterações ou em risco de apresentar alterações nas estruturas ou funções do corpo, tendo em linha de conta o seu normal desenvolvimento. Através das ELI, são desenvolvidas medidas de apoio integrado centrado na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, no âmbito da educação, da saúde e da ação social. C.V.
Vacinas contra a gripe disponíveis a partir do dia 15 Começa a 15 de outubro a administração da vacina contra a gripe, no Serviço Nacional de Saúde. As 1,4 milhões de doses começam a ser administradas duas semanas depois do que tem sido prática, para “garantir uma melhor e maior proteção durante o período da epidemia de gripe, que em Portugal tem início habitualmente na segunda quinzena de dezembro”, informou a Direção-Geral da Saúde (DGS). Os utentes com mais de 65 anos têm acesso gratuito à vacina, assim como residentes ou internados em instituições, bombeiros e pessoas com algumas doenças específicas, e não é necessária receita médica.
Nos outros casos, as receitas prescritas desde 1 de julho têm validade até ao fim de dezembro. As farmácias terão também acesso a vacinas, que podem ser administradas através de prescrição médica, com comparticipação de 37 por cento. Segundo a DGS, “a gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos”. “A vacinação”, acrescentou, “é a melhor forma de prevenir as complicações graves” e é recomendável que seja feita, “de preferência, até final do ano”. C.V.
ATUALIZE A SUA ASSINATURA ANUAL
Na última Assembleia Municipal, durante a qual se zangaram comadres, se pediram cabeças e se viram dirigentes e vassalos da cúpula do regime a fazer hilariantes figuras tristes, houve algo que me chamou verdadeiramente a atenção. Algo que já tinha sido noticiado há meses, neste mesmo jornal, e que naquela noite foi oficializado por Sérgio Humberto: o autarca quer um jornal directamente controlado por si. Não há nada de verdadeiramente surpreendente nesta história. Falamos do mesmo Sérgio Humberto cuja estratégia para vencer as eleições de 2013 passou pela criação de um pasquim chamado Correio da Trofa, que mais não era do que a voz do dono, operado e controlado por subalternos do dono, que contratou um ou outro lambedor de sola de sapato para insultar e difamar quem incomodava o dono e que, como qualquer animal de estimação, sentava, dava a pata, rebolava e se fazia de morto, sempre que algum tema não agradasse ao dono. Não admira, portanto, que após a sua eleição tenham fluído dezenas de milhares de euros dos cofres da câmara para os então proprietários do Correio da Trofa, um dos quais voltaria anos depois para prestar serviços durante o Be Live, ou para a designer do Correio da Trofa, que também prestou serviços durante um flop de 60 mil euros chamado Cinetrofa, Cinetrofa esse que também para lá tinha uns amigos de uns amigos. Não admira, também, que só a coligação e os seus principais protagonistas existissem para o pasquim moribundo. A quantidade de encomendas e fretes era tal, que dava a sensação que a publicidade camarária naquele hino à irregularidade e à violação da lei não chegava para a encomenda. Podia continuar por linhas e linhas, mas vou poupar os caríssimos leitores a escritas que já tive oportunidade de trazer para este espaço no passado. Hoje, importa perceber o que se irá passar no futuro, após o anúncio do presidente da CM da Trofa. Importa perceber como é que um jornal dirigido por políticos em funções pode ser minimamente independente, livre e imparcial. Importa perceber que fatia dos nossos impostos o irá financiar e quem serão os seus colaboradores. Terá o novo jornal do regime os mesmos cronistas que o Correio da Trofa, quase todos (todos?) militantes do PSD e do CDS? Terá o novo jornal do regime a “jornalista” recrutada à JSD, que em tempos trabalhou para o Correio da Trofa? E o director do jornal, será que também vai exercer funções de assessoria junto do PSD de Santo Tirso, como em tempos acontecia com o pasquim defunto? Iremos assistir ao mesmo número de entrevistas a tudo quanto mexe em torno da cúpula do regime, com os restantes partidos a serem pura e simplesmente ignorados, como se não existissem? As associações e/ou entidades perseguidas por este executivo, serão também perseguidas por este novo jornal? Haverá neste jornal espaço para editoriais anónimos, notícias anónimas e crónicas escritas por manipuladoras profissionais, sem ética, moral ou vergonha na cara, escondidas por trás da fotografia e nome de um peão descartável e analfabeto? Não sei o que aí vem, mas suspeito que não será particularmente surpreendente. Construir um jornal de raiz, totalmente controlado pelo poder político, ainda que sustentado pelo nosso dinheiro, é uma manobra que, estou certo, encherá os espíritos mais totalitários de uma imensa ternura. Mas compreende-se, o desespero dos seus criadores. O pasquim de campanha, outrora peça-chave da máquina de propaganda, foi exposto, ridicularizado e lá teve que cair. As cheerleaders começaram a perder o pio, porque até uma cheerleader percebe quando o cheiro não dá para disfarçar. Resta o quê? Estalines de pacotilha e de rabo preso, aos guinchinhos em bicos de pés? Pequenos boys irrelevantes, incapazes de suportar o peso do tacho que trazem ao pescoço? Bem precisam de um balão de oxigénio. Convinha era pagarem por ele, ao invés de imputar a factura aos trofenses. Só para variar.
4 OUTUBRO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
SIS na Trofa para ajudar empresas a proteger conhecimento A Associação Empresarial do Baixo Ave promoveu uma sessão sobre proteção do conhecimento, com o apoio do Sistema de Informações de Segurança. A iniciativa foi realizada com o objetivo de agitar consciências e evitar que, no seio empresarial, “haja facilitismo pelo descuido”. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS
A receita da Coca-Cola é um dos segredos empresariais mais bem guardados do Mundo. A bebida, que tem 132 anos, nunca foi reproduzida fielmente por mais nenhuma organização, graças a uma estratégia blindada da proteção do conhecimento. Mas poucos poderão gabar-se do mesmo, hoje em dia, tais são os mecanismos de transferência de conhecimento usados por todo o planeta. Há espiões ao virar da esquina, os telemóveis e os computadores estão à mercê dos “piratas informáticos” e o valor que constitui o património de uma organização pode chegar às mãos de um concorrente e afetar, gravemente, a evolução de um negócio. Portugal não é exceção. A
Trofa não é exceção. Por isso, a Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA) promoveu uma sessão de esclarecimento com o apoio do Serviço de Informações de Segurança (SIS), que visou dar a conhecer o Programa de Proteção do Conhecimento, no dia 27 de setembro. “Esta é uma componente importantíssima da gestão das empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, mas quanto maiores forem, mais esta área tem de ser considerada, sobretudo hoje, em que nos debatemos com uma forte determinação de nos virarmos para os mercados externos”, explicou José Manuel Fernandes, presidente da AEBA. Nestes casos em que a exportação é um dos valores maiores de uma organização, a concorrência aumenta exponencialmente e os riscos também, com utilização de “meios de topo”. “Como ouvimos, há nas próprias embaixadas conselheiros para a área económica que são, nem mais nem menos, do que espiões ao serviço da transferência ilegal de conhecimento”, sublinhou. Em Portugal, “muitas empresas estão a investir fortemente no
conhecimento”, mas acabam por se descuidar na proteção do mesmo, ficando a descoberto e abrindo caminhos fáceis para as “modernas técnicas” utilizadas para a captação desse conhecimento. “Infelizmente, há muito empresário que julga que só no interior da empresa é que se trabalha, mas hoje, a estratégia de uma empresa faz-se mais de 50 por cento fora dos muros da empresa. A prova é que o trabalho aqui apresentado nas diversas áreas em que pode ocorrer este risco de transferência de conhecimento foi extraordinariamente evidenciado. A informática, os sistemas digitais, os meios de transporte, a forma como temos de proteger o conhecimento, quer num hotel, quer na visita a certos organismos lá fora, em que os nossos telemóveis e computadores podem ser pirateados, de tal maneira que nem nos apercebemos”, acrescentou. O outro lado da proteção do conhecimento faz-se na gestão dos recursos humanos e do acesso que se dá a cada colaborador. José Manuel Fernandes deu um exemplo, verificado numa empresa da Trofa, em que um trabalha-
Plataforma turística digital vence Concurso de Ideias Uma aplicação mobile que congrega todos os pontos turísticos do concelho da Trofa foi o projeto que venceu o Concurso de Ideias Empreendedoras, organizado pela Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA), no âmbito do Projeto 3G, desenvolvido em parceria com a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa e a ASAS, e com financiamento do POISE - Programa Operacional de Inclusão e Emprego. “Trofa Tour” foi o epíteto escolhido para o projeto vencedor, um dos 11 apresentados a concurso, que culminou com a entrega de prémios, a 25 de setembro, no espaço lince.trofa. O Top 3 ficou, respetivamente, completo com “Restaurante Universal”, um projeto que idealizou um restaurante que “pretende dar aos clientes uma experiência única, saudável e diferenciadora, em que estarão presentes as
5
Atualidade
P roteção de conhecimento é um dos maiores desafios das empresas dor “entrou na empresa com formação básica muito baixa, a empresa deu-lhe formação, qualificou-o e subiu-o de categoria elevando-o a posições de liderança e isso não impediu que essa pessoa por ambição desonesta se transferisse para outras organizações, levando com ela conhecimento que faziam parte do património da empresa”.
Estas situações, reconheceu, são difíceis de controlar, exceto se houver “uma estratégia de compartimentar a informação”. Também contribui para a proteção do conhecimento ter no quadro de colaboradores “pessoas contentes, que sentem que fazem parte de uma equipa e de um património de empresa geradora de riqueza”.
Muro de Abrigo dá a provar “francesinha solidária” A Muro de Abrigo vai promover uma iniciativa de angariação de fundos, no sábado, 6 de outubro, na Escola Básica de Estação, na freguesia do Muro. A “Francesinha Solidária” vai poder ser apreciada entre as 17 e as 22 horas e para a provar basta assegurar a compra do “bilhete” através da inscrição que pode ser feita telefonicamente, para os contactos 229 863 333 ou 966 858 394. O custo da iguaria é de dez euros. C.V.
Foram apresentados 11 projetos a concurso culturas do mundo, com especial ênfase à gastronomia mediterrânica”, e “BIT- Biblioteca Inclusiva da Trofa”, um projeto “itinerante com um programa diversificado de atividades, cujo objetivo principal é de incentivar o acesso à cultura ao público mais vulnerável, dos zero aos cem anos”. A organização deu os parabéns
a todos os grupos de jovens participantes, pela iniciativa e empenho no âmbito desta atividade, que tinha como missão “sensibilizar e motivar os jovens do Ensino Secundário para as atitudes e práticas empreendedoras, promovendo o espírito de iniciativa e dinamismo no concelho”. C.V.
6
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade Apresentada nova mascote do Clube Slotcar da Trofa
Bianca é a nova amiga do Trofi Bianca foi o nome escolhido para a mais recente mascote do Clube Slotcar da Trofa. No sábado, dia 29 de setembro, o novo tigre-de-bengala branco da associação foi apresentado ao público mais jovem. A nova amiga do Trofi vem complementar a história da mascote do Clube. “A ideia surgiu da necessidade de o Trofi, que já está crescido, ter uma namorada e assim alargamos o âmbito das nossas mascotes para um lado mais feminino, porque o Clube não é feito só de homens. Queremos que essa representatividade de géneros também esteja presente”, disse o vice-presidente do Clube Slotcar da Trofa, João Mendes. Marisa Coutinho, responsável da empresa Boomer, afirmou que “a ideia é que a Bianca seja uma embaixadora da própria espécie, que consciencialize as pessoas para o risco de extinção da mesma e para a importância de preservarmos as espécies”. A Quintinha da Susana, em Cidai, foi o local escolhido pela associação para apresentar a nova mascote, sendo que a festa conseguiu reunir várias crianças do con-
Bianca é a nova mascote do Clube Slotcar celho da Trofa, animando-os com um insuflável, pinturas faciais e um espetáculo de ballet de bailarinas da escola Passos de Dança. E até a Bianca mostrou os seus dotes na dança. R.M./C.V.
Metalogalva produz colunas do estádio do SD Huesca As colunas de iluminação do SD Huesca são made in Trofa. As estruturas produzidas pela empresa Metalogalva apetrecharam o estádio da equipa que, pela primeira vez, compete na 1.ª Divisão espanhola de futebol. C.V.
“Casa cheia” no encontro de concertinas É já um dos momentos-ícone das festas de Santa Eufémia. As concertinas “invadem” o monte situado em Alvarelhos para brindar quem lá passa com música popular e uns cantares bem arrojados e atrevidos. Este ano, não foi exceção. O recinto junto à capela encheu para apreciar os dotes dos tocadores, ouvir as letras dos cantadores e até dar um passo de dança. É uma verdadeira festa da concertina aquela que acontece e que serve para encerrar as festas em honra de Santa Eufémia. C.V.
Desfolhada no Muro Mais um outono a chegar, mais uma desfolhada no alto da Serra. A população do Muro foi convidada a participar na já tradicional iniciativa da Junta de Freguesia, que se realizou a 21 de setembro. Miúdos e graúdos acederam ao desafio e arregaçaram as mangas para retirar a maçaroca do milho. C.V.
Houve quem não resistisse a um pé de dança
JS inicia ciclo de debates
Amadeu Dias, vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal da Trofa, e Miguel Alves, presidente do Conselho Regional do Norte e da Câmara Municipal de Caminha, foram os primeiros oradores do Ciclo de Debates que a Juventude Socialista iniciou, a 21 de setembro, no auditório do polo de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado. Assinalar os 20 anos da elevação da Trofa a concelho dá o mote para a iniciativa, que tem como temas dominantes “o desenvolvimento económico local, a descentralização, a desagregação de freguesias, a cultura, a educação e a estratégia para o concelho”, explicou a juventude partidária. C.V.
JS assinala 20 de concelho com ciclo de debates
4 OUTUBRO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
7
Atualidade Crónica Verde APVC
Nem só de burros vive o Zurra
Ernestino Maravalhas
http://emsmaravalhas.wix.com/ernestino-maravalhas https://facebook.com/valedocoronado
Desta feita, esta coluna abraça um especialista em assuntos relativos ao conhecimento e à conservação da biodiversidade em Portugal, o grande Ernestino Maravalhas. A APVC assinala e agradece a sua cativante participação na secção literatura da ZURRA 2018, com exposição literária e palestra. Ele que, dias antes (18 e 19 de Setembro), foi um dos oradores no Encontro “Bring Bugs Back to LIFE”, em Edimburgo, Escócia. Acreditamos que a crónica do Ernestino vai ajudar a mudar mentalidades. «A “Zurra - festa do burro” é um evento deveras interessante, uma vez que se realiza num espaço rural ativo e combina diversas ações em áreas tão distintas como música, atividades performativas, literatura, fotografia, divulgação do património natural e, claro, mostrar o que são os burros, como se relacionam com o ser humano e como será o seu futuro. A quinta edição pareceu-me madura e mostrou um universo diversificado, que é o mundo em que vivemos, sempre com a Natureza como mote (a espécie humana é um elemento integrante dessa Natureza). Após 20 anos de participação em eventos ligados ao património natural, vejo aqui uma oportunidade das gentes do Coronado chamarem a atenção para uma região onde a biodiversidade ainda povoa campos e trilhos rurais, bem como aos agentes culturais, como a banda D' Alba, que deu um espetáculo emocionante, do qual destaco a música “Nuvem”, que, sendo ligeira, tem complexidade harmónica e rítmica e a melodia nos faz sentir um calafrio, dada a beleza e emoção que encerra. Uma mostra de fotografia de Fernando Ferreira transportou-nos para o microcosmos da bicharada miúda, onde os insetos, os anfíbios e os répteis se destacam. Embora a maioria das fotos provenha de outros lugares, os animais ali mostrados encontram-se no Vale do Coronado e a exposição acabou por se transformar num cartão de visita, uma montra da biodiversidade da região. Os burros e os famosos caretos, “máscaras rituais” de Vila Boa de Ousilhão, Vinhais, diversificaram os participantes e mostraram que as tradições, em Portugal, ricas em cor e texturas, estão para durar! A presença de organizações ligadas ao ambiente e à sua proteção, com relevo para as alterações climáticas, provaram que a festa não é só alegria, é preciso informar as pessoas para os perigos que o plante corre. A minha participação visou mostrar os três guias que produzi: “As Borboletas de Portugal, As Libélulas de Portugal” e os “Anfíbios e Répteis de Portugal”. Estes guias de campo são uma referência no nosso país, pelo conteúdo gráfico, o rigor científico, a facilidade de leitura e assimilação de conteúdos. Uma conversa sobre anfíbios e répteis deu a conhecer o livro mais recente – editado em 2018 – que trata animais tão belos e frágeis como ameaçados: cerca de 70% dos anfíbios do Mundo encontram-se em risco de extinção e as espécies portuguesas seguem o mesmo padrão. Também foi possível mostrar os três romances que a escritora Adnilo Lotus de Carmim produziu; um deles, “Os Lírios da Vida”,foi prémio Papiro, em 2008. Numa parte do espaço rural, foi possível degustar algumas iguarias da nossa gastronomia, tais como as saborosas bifanas e também foi possível mitigar o calor abrasador, com bebidas frescas. A APVC, com esta festa, consegue, ano após ano, trazer cor, alegria, cultura e gente ao lindo Vale do Coronado, uma região que tem muito para descobrir. A proteção e divulgação do burro acabaram por servir de mote a um evento diversificado que permitiu a adultos e a numerosas crianças, desfrutar de um espaço magnífico e de um domingo inesquecível. A diversidade e a qualidade dos participantes nesta festa auguram um futuro promissor, que os locais – e não só – deverão explorar para divulgarem o património na sua multidisciplinaridade. Pela minha parte, espero poder vir a contribuir para a consolidação da festa e da divulgação da região. Palavra de burro!»
Oscar foi um dos animais adotados durante o ZURRA O “Cão” de Humberto Santos entrou pelo Zurra adentro e rodeado de água terá suscitado a curiosidade artística dos que passaram pela Vila do Coronado. Já o Óscar, também cão, mas de carne e osso, ganhou novo ânimo ao mudar-se do canil da Trofa para a casa da família que o acolheu. É que nem só de burros vive o Zurra, a iniciativa eco-friendly da APVC (Associação de Proteção do Vale do Coronado), que cumpriu a 5.ª edição a 23 de setembro. CÁTIA VELOSO Não se trata de um evento cultural de massas, mas a cada ano que passa deixa uma pegada maior na agenda do concelho. Feito “ao ritmo da Natureza” e com poucos recursos, o Zurra “contou com arte ecológica, fotografia de natureza, literatura, yoga, música, animação de rua” e “boas discussões sobre a sustentabilidade” do planeta, contou a organização. O “Cão”, instalação do artista bougadense Humberto Santos, fez companhia a outras obras artísticas de nomes grandes da cultura, como Alberto Carneiro, Manuel Dias, Pascal Ferreira e Zulmiro de Carvalho. O espaço, denominado CortinhArte, contou ainda com a exposição “A Arte Popular Portuguesa, Rural e Urbana, do Passado e
Outra das exposições patentes no evento teve assinatura do fotógrafo de Natureza, Fernando Ferreira, que fez um balanço positivo da participação. “Foi excelente acolher a recetividade às fotografias e os pedidos de esclarecimento pelas espécies expostas. Foi muito gratificante ouvir as várias opiniões dadas pelos visitantes ao longo do evento”, contou, sem deixar de elogiar o conceito do Zurra, “que tem muito carinho pelos burros e um grande cuidado com a Natureza e o meio ambiente”. “É um evento a manter, pois será uma mais-valia para o Vale do Coronado, a Natureza, os visitantes, mas, em especial, para as crianças, pois o futuro é delas”, atestou. Um dos momentos marcantes desta edição foi protagonizada pelo grupo de Caretos de Vila Boa de Ousilhão (Vinhais, Bragança), com exposição de máscaras dos Rituais de Inverno de Trás-Os-Montes, arruada de chocalheiros e genuínos sons, com gaitas e bombos. Também sensível à realidade dos animais abandonados, a APVC promoveu uma campanha de adoção que, segundo a organização, “foi muito bem sucedida”. Na música, o palco do Zurra esteve à disposição dos D' Alba e Talita Cayolla Quarteto, enquanto na literatura os nomes em destaque foram os de Isabel Mateus e Ernestino Maravalhas. A sexta edição é já uma hipótese em ponderação pela APVC, que está recetiva a “sugestões, parcerias e muita inquietude”. Zurra ainda não acabou A secção CortinhArte do Zurra vai continuar de portas abertas nas próximas semanas, para dar a conhecer as obras/instalações a grupos escolares e ao público em geral.As visitas devem ser marcadas com antecedência, através do email valedocoronado@gmail.com. “Esta é uma oportunidade para democratizar o acesso à criação artística, sem elitismos, e promover diferentes perspetivas sobre a Arte, a Natureza e a Ruralidade, sempre com os burros à espreita e sob harmoniosa interação”, declarou a organização.
Obra de artista bougadense faz parte da secção Cortinh A rte do Presente, em Diálogo Aceso”, com curadoria da Galeria Cruzes Canhoto. Humberto Santos considera que o Zurra “é um alerta, uma pedrada na monotonia instalada e, principalmente, um despertar para os importantes valores culturais e ambientais”. “Iniciativas e eventos assim são fundamentais, pois aproximam e criam públicos que, de outras formas, estou certo, seriam mais difíceis de motivar e de conquistar. Ninguém gosta do que não conhece e a Zurra, de uma forma simples, despretensiosa e com qualidade, dá muito a conhecer”, sublinhou.
CITAÇÃO
“Dizem que santos da casa não fazem milagres, neste caso, penso que esta verdade está ao contrário. Não sendo um milagre, é verdadeiramente interessante o diálogo que se estabelece entre todas as áreas presentes no evento. É uma coexistência pacífica e admirável, num só espaço, no Vale de Coronado, podermos encontrar o mundo das artes, o mundo da Natureza e o mundo inteligente e teimoso do burro
”
Humberto Santos, artista
8
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade
Bombeiros assinalam 42 aniversário e recebem prenda da Direção Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa completou 42 anos de vida. Momento foi assinalado no domingo de manhã numa sessão solene marcada pela atribuição por parte da Direção ao Corpo de Bombeiros, de 72 equipamentos de proteção individual de combate a incêndios urbanos. Foi em 30 de setembro de 1976 que nasceu a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, que este ano soprou as velas como é tradição mas sem direito a vários presentes como acontecia há bem pouco tempo. Este ano apenas a Direção da associação Humanitária ofereceu presentes aos bombeiros: 72 equipamentos de proteção individual para combate a incêndios urbanos. O comandante do Corpo de Bombeiros, João Pedro Goulart realçou a importância da oferta dos equipamentos que, “por força do desgaste que tem a ver com o número de ocorrências, e a necessidade faz-se sentir por força das exigências regulamentares e de condições de trabalho”. O comandante realçou a necessidade de investimento não só em equipamentos mas também na formação de cada efetivo dos bombeiros para fazer face à própria evolução da sociedade, cada vez mais tecnológica, mais em risco, com mais perigos, mais necessidades de conhecimento técnico e tecnológico, e tem de que haver mais investimento, por parte do Estado e do gerador do índice de perigosidade” O comandante realçou ainda a nomeação de um novo elemento para a equipa de comando dos Bombeiros da Trofa, tendo a escolha recaído em Rui Ferreira, que faz
Bombeiros receberam material de proteção individual parte do corpo de Bombeiros da Trofa há mais de 15 anos. Em dia de festa o presidente da Direção Manuel Dias, fez um balanço de quatro anos de um mandato que está a terminar e aproveitou para anunciar que não se vai recandidatar à presidência da Direção. Manuel Dias enumerou as obras de melhoria do quartel, a aquisição de viaturas novas, e do novo equipamento de ataque de incên-
dios urbanos, nos quais foram investidos cerca de 60 mil euros “ como marcas do mandato. Em jeito de remate Manuel Dias deu enfase à “boa situação financeira da associação fruto do trabalho não só da direção mas de todos os funcionários, dos bombeiros, dos funcionários da creche e de todos os que nos apoiam” rematou.
Mais de 700 caminharam pelo Dia Europeu do Desporto Escolar As salas de aula foram trocadas pelo recinto desportivo e houve até quem quisesse sair da escola para passear pela cidade. Na manhã de 28 de setembro, isso foi possível para os alunos que frequentam a Escola Secundária da Troda, que se associaram ao Dia do Desporto Escolar. O Agrupamento programou uma manhã cheia de atividades para marcar a data que foi assinalada por todo o país e Europa e a mais significativa foi uma caminhada com “750 participantes”, assinalou o diretor Paulino Macedo. “Queremos manifestar-nos publicamente para toda a gente reconhecer este dia, mas ao mesmo tempo colaborando e participando. Ao mesmo tempo, mostramos que a Escola não é só livros, programas e currículo, mas também é atividade física, que nos faz ter uma vida mais
saudável”, afirmou. E enquanto uns foram caminhar, outros ocuparam-se a praticar outras modalidades, como voleibol, badminton, basquetebol, ténis e ténis de mesa. Cinco modalidades no Desporto Escolar
Caminhada pela cidade foi uma das actividades
O Agrupamento de Escolas da Trofa tem cinco modalidades em desenvolvimento e com “boas representações”, assinalou Paulino Macedo. “Não temos tido taças, mas o que interessa é colocar os alunos em participar. Temos uma variedade de modalidades a que os jovens aderem com muita naturalidade”, concluiu. C.V.
www.ONOTICIASDATROFA.pt
4 OUTUBRO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
9
Atualidade
Centro Hospitalar assinala Dia da Saúde Mental no Fórum O Dia Mundial da Saúde Mental vai ser assinalado pelo Centro Hospitalar do Médio Ave, no auditório do Fórum Trofa XXI, a 10 de outubro. “Saúde Mental e a Dependência” e “Namorar não é Controlar” são os dois temas que vão marcar a iniciativa, que começa pelas 9.30 horas, com a primeira mesa redonda. A sessão solene realiza-se às 11.30 horas, com intervenções previstas do presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar, assim como dos presidentes das autarquias da Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão. C.V.
Obras são “presente” de “bodas de prata” da Igreja Nova Cem mil euros é o valor estimado pela paróquia de S. Martinho de Bougado para as obras projetadas para o coro alto e zona exterior da Igreja Nova, que completa este ano 25 anos de existência. CÁTIA VELOSO/A. COSTA
A 14 de novembro, assinalam-se as “bodas de prata” da Igreja Nova de S. Martinho de Bougado. Ao programa comemorativo que a paróquia está, naturalmente, a desenvolver para mar-
por fases. “Paralelamente, car a efeméride, junta-se tro das celebrações. também o projeto de me“Como o espaço é plano e iremos cuidar do exterior. lhoramento da infraestrutu- bastante amplo, as pessoas Já se concluíram as capelas ra, com obras que decorrem que ficavam atrás não con- mortuárias e as escadarias no interior e exterior e que seguiam ver o altar”, expli- de acesso e agora passaredeverão estar concluídas cou o sacerdote, que anteci- mos para as outras de acesaquando das celebrações. pou o resultado da interven- so ao adro da igreja”, anunEm entrevista ao NT, o ção. Será criada uma “ban- ciou Luciano Lagoa, que pároco local, Luciano La- cada” com capacidade para prevê que o investimento goa, explicou que era anti- “300 pessoas” e “sem bar- rondará os “cem mil euros”. ga a intenção de terminar as reiras visuais”. O projeto foi “É uma espécie de presente obras da Igreja no coro alto, desenvolvido pelo arquite- que se dá à Igreja Nova peaté agora em cimento e sem to trofense José Carlos Oli- los 25 anos de vida”, acresuma disposição que permi- veira e insere-se num “con- centou. Quanto às comemotisse que todos os que lá ca- junto vasto de intervenções” rações das “bodas de prabem pudessem ter a mesma previstas para a Igreja e que ta” terão expoente no dia 18 visibilidade para o epicen- estão a ser desenvolvidas de novembro, um domingo.
Ano das missões Começou mais um ano pastoral e com ele um novo desafio atribuído pelo bispo do Porto às paróquias. Segundo Luciano Lagoa, D. Manuel Linda pediu para dar “mais atenção” às missões e a vigararia já diligenciou no sentido de corresponder à solicitação. “Já em outubro, contaremos com a presença de alguns missionários”, contou o pároco. Este ano pastoral terá como lema “Tudo e todos missionários”.
10
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Cultura Entrevista ao historiador José Pedro Reis
“Muito se escreveu da história da Trofa, mas nem tudo foi bem escrito” José Pedro Reis fala com entusiasmo da Trofa, terra que nem o viu nascer, mas o acolheu assim como a muitas famílias que se foram instalando graças ao vigor industrial e económico – projetado a “todo o vapor” pelos caminhos de ferro - que fizeram desta aldeia vila, cidade e, desde há quase 20 anos, concelho. Filho de pai vinhaense e mãe vilacondense, o jovem de 30 anos residente, “por enquanto”, em S. Romão do Coronado, está a construir uma carreira de historiador. O gosto pelos acontecimentos do passado nasceu ainda em criança, motivado pelos programas de José Hermano Saraiva, e cresceu com o “professor Avelino”, referência que ficará “marcada para a vida toda”. Tem mestrado em História, frequenta atualmente o doutoramento e, recentemente, o mestrado em Empreendedorismo e Internacionalização, anda por todo o país a partilhar a história da Trofa e tem dois livros escritos. Em entrevista, o também cronista d'O Notícias da Trofa falou dos mitos históricos que persistem no concelho e da necessidade de não se misturar política com a reserva do património. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): Como surgiu o gosto pela História? José Pedro Reis (JPR): Desde miúdo, habituado a ver os programas de história que toda a gente via, os célebres “foi precisamente aqui”, de José Hermano Saraiva, que eu comecei a ganhar o gosto pela história, mas nunca nada muito intenso. Na escola, as boas notas a essa disciplina eram constantes, nunca peguei num livro antes dos testes ou exames para estudar e não me lembro de tirar negativas. Aliás, o professor Avelino ficava maluco nas aulas, ainda me lembro antes do exame nacional dizer: “Vais tirar negativa Zé Pedro, vais tirar negativa…” No fim, até que não me correu mal. Não sei se era por ter um pai que vê todos os noticiários e lê os jornais, mas acho que foi-me incutido o gosto por áreas relacionadas com história e política. Mas o papel decisivo vai para o referido professor Avelino, com as suas histórias de Alvarelhos, o fascínio que colocava nas suas aulas e, sobretudo, pela sua humildade e bairrismo. Um caso raro nos dias de hoje, uma referência que me vai
marcar para toda a vida. Embora o coração já se balança para a história, reconheço que estive quase a não entrar na faculdade. Não sei se, seguindo a figura parental, via-me mais a polícia ou militar, mas uma grave lesão no fim do 2.º período do 12º ano acabou por facilitar as coisas. Recebi o célebre “livro azul” e não sabia o que fazer com ele às portas do ISEP, mas folheando surgiu história e eis que me deu um flash e aí fui-me inscrever em cinco opções, o curso de história em diferentes faculdades. O primeiro ano, entrando no Porto, acabaria por ficar e ficar e ficar até hoje. NT: Há quanto tempo estuda História e a história da Trofa? JPR: O meu primeiro contacto com a história da Trofa surgiu no livro do professor Napoleão de Sousa Marques, “Dois corações uma só alma” ou algo parecido, dado por Joaquim Couto, que era o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, e por José Sá, na sala de aula da Escola Primária de Finzes. Recordo que a Trofa ainda não era independente. Lembro-me que folheei aquele livro e num instante risquei as coisas que achava mais importante. Claro que, naquele tempo, não havia a maturidade nem os recursos para conseguir investigar o que quer que fosse em termos de história. Quanto ao tempo de estudo de história, tenho três anos e meio de licenciatura, dois de mestrado e mais três do doutoramento, que circunstâncias da vida me fizeram passar para um terceiro plano, mas com intenções de o terminar em médio prazo, porque o espírito não irá sossegar se assim não for. NT: Quais os temas que mais o fascinam na História em geral? JPR: Os temas que mais me fascinam, história política e económica, mas a grande paixão, paixão mesmo pura é a história do futebol. O gozo que me dá escrever, investigar, falar e perceber que, estudando aquele fenómeno desportivo, estudamos várias ciências sociais, desde história, sociologia, antropologia e até geografia. Não é por acaso que fiquei a conhecer praticamente todas as freguesias do distrito do Porto, graças ao estudo sobre a história do futebol. Será também, sobretudo, porque através daquele desporto, muitas das ve-
zes eram ignoradas as diferenças sociais e todos se uniam em prol de um objetivo comum que era a vitória. Não é importante se é rico, branco, azul, importa sim ser o melhor a fazer aquele desporto. NT: E os temas que mais o fascinam na história da Trofa? JPR: Na história da Trofa, claramente a da sua indústria, perceber as enormes dinâmicas económicas que foram ocorrendo em pouco mais de um século, que permitiram que um simples lugar se tornasse numa vila, cidade e agora concelho. Uma cidade feita em comunhão de esforços por trofenses e outros cidadãos do país. Não podemos esquecer e desprezar as enormes massas humanas que vieram para a Trofa de vários pontos do país. Poucos serão aqueles que podem afirmar que os quatros avós são naturais da Trofa. Eu próprio sou filho de um vinhaense (Vinhais) e uma vilacondense (Vila do Conde). A história económica fascina-me por tudo o que disse, sem ignorar figuras como o fundador das Máquinas Pinheiro que, sem saber ler nem escrever, conseguiu criar um império e uma marca com enorme prestígio em todo o mundo. Não é fascinante a fibra desta gente? A fibra de quem, com muito pouco, conseguiu construir fábricas que foram e são referências a nível nacional. Tenho corrido o país, falando em várias cidades e em vários congressos sobre a história deste concelho, tentado fazer com que a Trofa seja cada vez mais conhecida nos meios académicos nacionais. NT: Que temas decidiu investigar para editar em livro? JPR: Eu tenho dois livros prontos, ou melhor, praticamente prontos, um sobre a história do Clube Desportivo Trofense, que foi entregue ao clube há vários meses e em que os direitos de autor iriam ser doados à instituição após a sua publicação, mas até agora… Entretanto, terminei também uma biografia sobre Heliodoro Salgado e a mesma foi entregue nos serviços da Câmara Municipal da Trofa para perceber se poderá haver algum tipo de apoio para a sua edição. Estou neste momento a aguardar a resposta sobre essa situação. NT: Quais os maiores mitos e erros históricos que “correm” pela
Trofa? JPR: O facto de se continuar afirmar que o Clube Desportivo Trofense nasce em 1930, quando na verdade nasce muitos anos antes. Aliás, o Trofense apenas tem este nome atual porque foi necessário tornar legal uma coletividade desportiva anterior, o “Sporting Clube da Trofa”. A polémica sobre a falta de legalidade desse grémio, que não tinha estatutos e onde as direções eram marteladas e apenas promovia jogos amigáveis, surgiu nos grandes periódicos desportivos nacionais à época, ocupando várias páginas. O facto de ser ignorado Heliodoro Salgado, o introdutor de várias correntes filosóficas em Portugal. Ele que foi dos maiores defensores em Portugal da separação dos poderes do Estado e da Igreja, pregou em prol da igualdade e foi um dos que introduziu a Carbonária em Portugal. Era amado pela classe operária, conseguindo ter no seu funeral mais de 100 mil pessoas. Repito, não foram 10, 100, 1000 ou 10 mil, mas sim 100 mil pessoas. O seu cortejo fúnebre demorou mais de uma hora a passar em certos locais. A própria história económica da cidade, desprezam as primeiras oficinas que surgiram na cidade e que começaram a dar nome à cidade. A indústria não começou com a fábrica das tabuinhas que existiu junto à estação, mas sim nas oficinas de máquinas agrícolas. NT: Como historiador, como avalia a forma como são tratados a história e o património da Trofa? JPR: É necessário fazer muito, é indispensável batalhar por manter a herança histórica da Trofa. Felizmente, nos últimos anos, tem-se assistido a um esforço nesse sentido, contudo, ainda falta muito para criar essa identidade como se faz em todos os concelhos ou quase todos. Acima de tudo, temos de perceber que a História tem de ter carácter autónomo e não deverá ser usada como arma de arremesso político. Ainda há pouco tempo, na demolição da Ponte da Peça Má, todos falaram, todos opinaram, mas poucos deram opiniões com cabeça, tronco e membros, preferindo abanar bandeiras de partidos em vez de se tentar ter uma conversa séria e esgrimir argumentos válidos.
NT: Como avalia o espólio existente sobre a história da Trofa? JPR: Do espólio existente sobre a história da Trofa, tem de ser enaltecido o trabalho realizado pelo professor Moutinho Duarte, fazendo uma investigação séria, sem folclore, como deve ser feita a História. Houve outros autores, Prof. José Pereira da Silva, Prof. António Cruz, não esquecendo Prof. Sebastião Cruz. O problema por vezes é o extremo folclore que se colocou nos últimos anos, em que muito se escreveu sobre a história da Trofa, mas nem tudo foi bem escrito e isso fez surgir desinformação, confusão que em nada contribui para a cultura nacional. Não se pode, por exemplo, pedir a uma pessoa - sem tirar mérito a ninguém - que faça algo que não está habilitado para tal. Não é só preciso ter vontade, é necessário também ter acompanhamento, fazer perceber que talvez nem tudo que vai encontrando é verdade e acima de tudo alguém que faça cruzar informações para validar as mesmas. NT: Que outros projetos está a desenvolver? E qual o grande projeto nesta área que gostaria de concretizar? JPR: Existem uns novos projetos sobre a história da Trofa, mas para já prefiro deixar isso no “segredo dos deuses”, porque não são coisas que dependem somente de mim e se alguma coisa falhar não ficará a sensação de deceção no público. Adorava escrever sozinho ou com apoio de mais colegas, uma história de fundo sobre o futebol na cidade e distrito do Porto são dezenas de documentos, horas de pesquisa que se vão avolumando numa gaveta da secretária e esperam sair brevemente. Aliás o conhecimento só faz sentido quando é partilhado. Relativamente a metas futuras, penso que isso é algo que se vai reinventado diariamente, o Homem por natureza é ambicioso e devemos ser nós a cumprir essas metas.
4 OUTUBRO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
11
Cultura Música
José Maria Moreira da Silva CRÓNICA A desresponsabilidade e a falência do estado O assalto ao paiol de armas e explosivos de Tancos, onde roubaram muito material de guerra, revelou um aumento significativo na quebra de confiança no Estado português, como já se vinha a sentir há muito tempo, em diversas situações. Mais uma vez se confirmou que o Estado não garante o bem-estar, a segurança e a dignidade ao povo português. O Estado tem-se vindo a desresponsabilizar e a deixar de cumprir as funções que lhe estão constitucionalmente atribuídas. O mesmo já tinha acontecido na tragédia dos fogos florestais, e mais concretamente no incêndio que deflagrou em Pedrogão Grande e alastrou a concelhos vizinhos provocando muitos mortos e feridos e a destruição de muitas habitações. Para agravar o episódio rocambolesco do roubo das armas está o facto de o ladrão ter sido um ex-militar, que terá recorrido a informações privilegiadas, com a conivência de elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia Judiciária Militar (PJM). Esta polícia militar, para além de ter tentado atrapalhar a investigação feita pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Judiciária (PJ), também tentou bloquear as investigações, alegando que o crime é essencialmente militar. Este exemplo da falência do Estado português foi agravado com a recusa de um juiz de Lisboa, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TIC), em autorizar escutas telefónicas aos suspeitos identificados, e de dois juízes do Porto e Leiria terem recusado receber o processo com a informação que alertava para a possibilidade de ocorrer um furto de armas, alegando incompetência territorial ou processual. Infelizmente são bem conhecidas estas habilidades saloias e burocráticas! Tudo isto foi um pesadelo institucional para as Forças Armadas, para a Justiça e também para o Governo, pois o ministro da Justiça não se viu, o ministro da Defesa não existiu e o primeiro-ministro fugiu às suas responsabilidades, ao desvalorizar a complexidade do caso e a desresponsabilizar o ministro da tutela, na senda do que já tinha acontecido na tragédia de Pedrogão Grande. É a falta de sentido de Estado, que é típico deste tipo de governantes! O Estado português está permanentemente a sofrer rudes golpes, como é o exemplo caricato do eleitoralismo bacoco e “geringonçado”, do aumento dos salários dos funcionários públicos, quando uma auditoria da Inspeção-geral de Finanças (IGF) ao Sistema de Informação da Organização do Estado (SIOE) concluiu que o Estado Português não sabe ao certo quantos funcionários públicos existem nem quanto ganham. Só se pode concluir que a governação faz um exercício de tiro ao alvo, nos seus orçamentos anuais. Às vezes acerta, outras vezes nem por isso! moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
Evil Mary é atrevimento do acorde à ambição Evil Mary é o nome da banda, com origens trofenses, que quer vingar na música. Com influências que vão do soul ao rock, o grupo está a preparar um álbum de originais que quer lançar até ao final do ano. CÁTIA VELOSO
Maria dizia, meio a brincar, que queria que o nome dela constasse no epíteto da banda. Num momento de inspiração para uns acordes, nasceu uma música que ganhou o título de “Sweet Evil Mary”. E foi daí que surgiu o nome da banda, Evil Mary, com origens trofenses, que promete abalar o mercado nacional e, quem sabe, estrangeiro. Pelo menos, ambição não falta entre o grupo de quatro irreverentes jovens com 21 e 23 anos. Diogo Tulha, de S. João da Pesqueira, é o elemento mais novo, e conta com a companhia da conterrânea Maria Veiga, a voz do projeto, e dos bougadenses de Santiago e S. Martinho, Gabriel Faria e Alexandre Freitas.
Com ligações musicais que co- missa que assentam os pilares da meçaram, genericamente, por in- confiança no projeto. Depois de um ensaio que “corfluência familiar, os quatro jovens iniciaram um projeto – profissio- reu muito bem”, há cerca de um nal – de música, que poderá dar ano e meio, os jovens juntaramfrutos até ao fim do ano, com o lan- -se para tocar covers. Decidiram, çamento previsto do primeiro ál- já este ano, que o passo para a bum. E o termo profissional está afirmação seria o lançamento de destacado, porque, como fizeram originais. O primeiro, “No God”, lançado questão de salientar em entrevista ao NT, esta não se trata de uma em junho, dá-nos luzes das raísimples banda de garagem. “É o zes construídas através do soul, nosso trabalho”, destacou Maria. dos blues e do rock. “Gipsy LoDiário, diga-se. “Estamos mui- ver” é a confirmação do terreno to expectantes. Confiamos nas que esta banda quer pisar, bem nossas capacidades e no público calçada pela voz quente de Maria que nos tem acolhido”, atirou Ga- Veiga, uma mistura entre a rebelbriel Faria, que, sem rodeios nem dia de Janis Joplin e o charme poreceios, considera que o projeto deroso de Joss Stone. Dois temas “tem muito para dar” e é capaz originais – disponíveis no Youtude conquistar um lugar em Por- be - bons de ouvir, que atestam tugal e “lá fora”. “Se não houves- que as expectativas dos protagose pessoas que pensassem assim, nistas não são simples manifestaos grandes artistas não existiam”, ções precipitadas da tenra idade, argumentou, em forma de justifi- mas um bom augúrio para o futuro. cação pelo atrevimento do sonho. Cá estaremos para confirmar se A originalidade do projeto, diz Evil Mary se acha no meio do gipor sua vez Maria Veiga, poderá gante mercado musical ou se perser uma “lufada de ar fresco” no de o fôlego pelo caminho tortuomeio musical luso e é nessa pre- so que pode ser o mundo artístico.
Meninos Cantores lançam novo CD Finalmente, viu a luz do dia o novo CD dos Meninos Cantores do Município da Trofa. “Oito Canções, Oito Países” foi lançado a 1 de outubro, no Dia Mundial da Música e no 19.º aniversário do coro infanto-juvenil. O projeto nasceu com o objetivo de “divulgar os autores de língua oficial portuguesa”, contando com textos assinados por Xanana Gusmão (Timor), Olinda Beja (S. Tomé e Príncipe), Mia Couto (Moçambique), Ondjaki (Angola), Regina Borato (Brasil), Abraão Vicente (Cabo Verde), Francisco Condu-
to Pina (Guiné-Bissau) e Sophia de Mello Breyner (Portugal). O compositor Mário Alves renovou a colaboração com o coro e fez as músicas, que foram apresentadas ao público que marcou presença na sessão de lançamento, no auditório do Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. “O CD não tem fins lucrativos e destina-se a enviar para todos os países, mais para as escolas para a divulgação das canções”, revelou em entrevista ao NT Antónia Maria Serra, que gostava de, um dia, ter “as
crianças de todos os países” representados, na Trofa, “a cantar” as músicas. Para Antónia Serra “as expectativas são as melhores”, esperando que “os professores gostem das músicas e se entusiasmem”, por esta ser “uma forma de divulgação dos grandes autores”. “Tivemos o cuidado de escolher autores da atualidade e ainda vivos, excetuando Portugal, e que as crianças possam ouvir falar deles e também ler a sua obra através das canções”, referiu. C.V.
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Desporto
Gala distinguiu mérito desportivo
“Foi excelente voltar à competição”
Câmara Municiapl da Trofa
Cumpriu-se mais uma Gala do Desporto da Trofa, com a distinção de cerca de 60 atletas e dirigentes que, na época passada, se destacaram nas mais diversas modalidades. O convidado especial da gala, que se realizou a 22 de setembro, foi Jorge Brás, selecionador nacional de futsal, que conquistou o título europeu este ano. O Troféu Orgulho Trofense – Prémio Carreira foi atribuído ao sensei Arlindo Ferreira, por mais de 20 anos de trabalho como responsável pelo dojo de Karaté Shotokai na Associação Recreativa Juventude do Muro, o mais antigo de toda a região Norte. A novidade deste ano foi a atribuição de um galardão à entidade patrocinadora do ano, entregue à Trifitrofa. Outro dos momentos da noite foi a recusa do prémio do Clube Slotcar da Trofa, que foi campeão
Jorge Carvalho regressa aos ralis após acidente
A rlindo F erreira foi homenageado com prémio carreira da 2.ª Divisão Distrital de seniores masculinos em futsal. André Coroa, presidente da coletividade, justificou a devolução do prémio com a falta de apoio da Câmara, a quem acusou de “perseguir a coletividade”. “Temos apoio de todo o lado, menos da Câmara Municipal, mesmo levando o nome do Clube Slotcar e da Trofa bem longe, nas nossas mais di-
versas atividades”, referiu o dirigente, que apelou a que “na próxima vez, quando o movimento associativo for discutido em reunião de Câmara, pensem que é importante serem isentos na tomada de decisões”. Sérgio Humberto respondeu que o clube “usufrui de instalações municipais” e “não paga a luz nem a água à Câmara”. C.V.
Escola de Atletismo com época positiva apesar das dificuldades Foi uma época “cheia” aquela que a Escola de Atletismo da Trofa teve entre novembro de 2017 e julho de 2018. Durante este período, a associação contabilizou a participação em “53 provas regionais e nacionais”, com um total de “452 presenças”, anunciou Pedro Sá. Em entrevista ao NT, o dirigente associativo salientou que este número é “bastante significativo”, tendo em conta que, “a nível nacional, só a partir do escalão de iniciados e juvenis é que se pode competir”. Desta participação, a coletividade colecionou “vários pódios”, dos quais Pedro Sá destaca os títulos nacionais de Deolinda Oliveira na Corrida de Montanha e corta-mato, e de Conceição Correia, a atleta mais velha do grupo, na pista e corta-mato. Pela primeira vez, a Escola de Atletismo conseguiu o título regional de 4x400 metros em seniores, com uma equipa composta “por três juvenis e uma veterana”. De registar ainda a presença de duas atletas juvenis nos nacionais de pista de ar livre e pista coberta. A maior parte das 39 presenças em provas de estrada foram garantidas pelos atletas mais velhos e, internamente, a coletividadeocupou-se da organização de um Torneio
de Atletismo de Pavilhão, no pavi- vida, ninguém trabalha de graça. lhão da Escola Secundária do Co- E mesmo quando oferecemos alguronado e Castro, em S. Romão, que ma coisa, acabam por recusar, juscontou com a presença de 172 atle- tificando que no futebol e no ciclistas. Já o Torneio de Rua, realizado mo os treinadores ganham mais”, no Parque Nossa Senhora das Do- afirmou Pedro Sá. Com um orçamento “muito limires e Dr. Lima Carneiro, teve 194 atletas a participar. “Também co- tado”, mas com “as contas em dias”, laboramos, como habitual, na rea- os responsáveis da associação eslização das Trofíadas, com cem alu- peram “mais apoio” por parte das nos das escolas do concelho a prati- entidades públicas, para continuar car atletismo no pavilhão da EB 2/3 a desenvolver um trabalho profído Castro, em Alvarelhos”, contou cuo. Até porque, “a treinar na rua”, é impensável “cobrar 15 ou 20 euPedro Sá. Face aos bons resultados obtidos, ros aos atletas, como fazem no futealguns atletas estão já em conver- bol”. “É do conhecimento de todos sações para representarem outras que o futebol e o futsal têm apoio associações. “Todos devemos ser nas inscrições das camadas jovens ambiciosos e tenho muito orgulho na Associação de Futebol do Porto de ter atletas com ambição e que e eu ando há três anos a batalhar mudam para competir com os me- pelo atletismo e acho que ainda lhores atletas nacionais. Em causa não vai ser desta, segundo informaestão condições e a visibilidade”, ções que chegaram”, frisou o diriargumentou Pedro Sá, que mos- gente, que considera que Câmara trou mágoa pela falta de estrutu- e juntas de freguesia deviam “ajuras próprias para dar dignidade dar mais um bocadinho”, tendo em ao trabalho desenvolvido na Esco- conta de que a Escola de Atletismo “tem estado disponível para colabola de Atletismo. À falta de um espaço – os treinos rar, quando solicitada”. Mesmo sem garantias, a próxisão realizados na zona desportiva do Edifício Nova Trofa, sem luz – ma época já está a ser preparada acrescenta-se a dificuldade de ter com perspetivas ambiciosas. Petreinadores. “À exceção de mim dro Sá espera ter “cerca de 40 atlepróprio, e do António (Morais) que tas” a iniciar as competições, em teve de optar por outro rumo na novembro.
Marco Monteiro
12
Jorge Carvalho foi navegador de Diogo Gago Depois do acidente no Rali Vidreiro, a 8 de junho, o trofense Jorge Carvalho regressou à competição como navegador de Diogo Gago, no Rali de Amarante/Baião, a 21 e 22 de setembro. Além do grande desafio de ter de encarar, de novo, a competição após o aparatoso sinistro que protagonizou com o piloto Carlos Vieira, na Marinha Grande, “Jet” Carvalho ainda acompanhou Diogo Gago na estreia a pilotar um R5, Hyundai i20. Mas a dupla conseguiu fazer uma boa prova, conseguindo garantir o 6.º lugar do Rali de Amarante/Baião. “No final cumprimos com o que nos era pedido, uma prova sem erros e onde demonstramos um bom ritmo, apesar da pouca experiência do Diogo com viaturas classe R5. Foi excelente voltar à competição, voltar à família Hyundai, à equipa Sports&you e voltar a navegar o Diogo, que mostrou sempre muita maturidade e rapidez”, afirmou o navegador após a penúltima prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). Carvalho salientou ainda “a presença do Carlos (Vieira)” no parque de assistência do Rali, demonstrando que a recuperação “está a evoluir bastante bem” e que, “em breve”, estará “de volta à competição”. O navegador, atual campeão nacional de ralis com Carlos Vieira, regozijou-se ainda pelo troféu de mérito desportivo que recebeu da autarquia da Trofa pelo feito conquistado em 2017. Num Rali muito emotivo, com vitória a ser garantida por cinco segundos por José Pedro Fontes, em Amarante e Baião, Armindo Araújo consolidou a liderança do Campeonato de Portugal de Ralis. A prova foi emocionante e disputada a cada classificativa. A dupla José Pedro Fontes/Paulo Babo, em Citroën C3, conseguiu anular a vantagem conseguida por João Barros/António Costa, em Skoda Fabia, à penúltima prova especial de classificação. O pódio fechou com Armindo Araújo/Luís Ramalho, dupla que está bem lançada para arrecadar o título nacional, apesar de ainda outros cenários estarem em aberto para a última prova, que se realiza no Algarve, a 17 e 18 de novembro.
Filipe Moreira no pódio em Vizela O piloto da Trofa Filipe Moreira alcançou o 3.º lugar da classificação geral do Vizela Motor Festival, que se realizou no dia 30 de setembro. Ao volante do BMW M3 E36, o piloto, que fez dupla com Nuno Carvalhosa, ficou a 55 segundos de distância do 1.º classificado, conseguindo ainda o 1.º lugar na classe. Da Trofa estiveram ainda presentes na prova Cláudio e Sérgio Santos, em Mini, que terminou em 24.º lugar (7.º na classe), e Saúl Costa, que teve alguns problemas no BMW 635IX, não conseguindo cumprir a primeira prova especial de classificação. C.V.
4 OUTUBRO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
13
Desporto
Reação positiva na 2.ª parte foi insuficiente
Trofense vende cara eliminação da Taça Acabou a caminhada do Clube Desportivo Trofense na Taça de Portugal 18/19. A equipa treinada por Hélder Pereira caiu à 2.ª eliminatória, perante um adversário de escalão superior, o Penafiel, que não teve “vida” fácil na Trofa, principalmente na segunda parte. CÁTIA VELOSO Com ambição de chegar mais longe na competição, e motivada pelos bons resultados que a colocam na 3.ª posição da série A do Campeonato de Portugal, a equipa do Trofense queria ter uma palavra a dizer na receção ao Penafiel, atual 7.º classificado da 2.ª Liga. A teoria do favoritismo confirmou-se aos cinco minutos, quando Areias fez o primeiro golo para os penafidelenses. O mesmo jogador voltou a colocar a bola no interior da baliza trofense aos 27 minutos, mas o árbitro anulou o golo. A superioridade dos forasteiros fez mossa na primeira parte, com
Camadas Jovens CD Trofense Juniores 2.ª Div. Nacional – Série B Trofense 0-2 Cesarense (8.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada Amarante-Trofense Juvenis A 1.ª Div. Distrital – Série 2 Trofense 0-1 Nogueirense (6.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada Folgosa Maia-Trofense Juvenis B 2.ª Div. Distrital – Série 6 Trofense B 2-3 Gens (9.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada Ermesinde-Trofense B Iniciados 1.ª Div. Distrital – Série 2 Trofense 2-2 Nogueirense (3.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada Sousense.Trofense Infantis 1.ª Div. Distrital – Série 1 Maia Lidador 6-0 Trofense (16.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada Trofense-Avintes
duas bolas que embateram nos “ferros” da baliza. Na etapa complementar houve mais espetáculo, com três golos marcados. O Penafiel fez o 0-2 por Areias, aos 50 minutos, num lance de contra-ataque e quando a equipa da Trofa conseguia estar mais presente no ataque. O lance não afetou o ímpeto dos locais, que reduziram por Asprilla, pouco tempo depois. Bruno Moraes quase fez o empate, aos 59 minutos, mas o remate do brasileiro foi travado com mestria pelo guardião Ivo Gonçalves, de novo solicitado, quatro minutos volvidos, para anular um cruzamento de Edu. Apesar de estar por cima do jogo, o Trofense viria a sofrer o terceiro golo, por intermédio de Yuri, aos 74 minutos, numa recarga ao remate de Vasco Braga. Ainda assim, continuou a lutar e acabou por reduzir, aos 86 minutos, por Bruno Moraes, que converteu com sucesso uma grande penalidade. Os últimos momentos de jogo fo-
Segunda parte ficou marcada pelos três golos e algumas picardias
ram emotivos e até marcados por escaramuças entre elementos das duas equipas. A vitória acabou por não fugir ao Penafiel, que assim segue em frente na competição. O Trofense, por sua vez, vai concentrar atenções no campeonato, sendo que para domingo, 7 de outubro, tem jogo teoricamente difícil contra o 2.º classificado, S. Martinho. O jogo realiza-se em S. Martinho do Campo, concelho de Santo Tirso, às 15 horas.
CITAÇÃO
“Entramos bem no jogo, com um golo. Marcamos
mais um, que acaba por ser anulado e deixar-me algumas dúvidas, e temos duas bolas nos ferros ainda na primeira parte. Na segunda, com o nosso segundo golo, quando parecia que o Trofense poderia baixar os braços, não o fez, continuou a acreditar e o golo deu-lhe força. Tivemos de defender a vantagem que tínhamos e soubemos dar ao jogo o que estava a pedir, que era mais músculo e transições . Armando Evangelista, treinador do FC Penafiel
”
Golo aos 90 dá primeiro triunfo com um golaço do Ailton”, A primeira vitória do Atlé- meira parte”, relatou. tico Clube Bougadense na Na etapa complementar, o afirmou o treinador. Apesar de jogar em infesérie 2 da Divisão de Honra golo que dilatou a vantagem da Associação de Futebol do “deu tranquilidade” à equi- rioridade numérica, o BouPorto surgiu à 4.ª jornada. A pa de Bougado, que enca- gadense não mais deixou esformação treinada por Ema- rou a partida “de um modo capar o triunfo, resistindo às nuel Costa bateu o Águias diferente, mais segura nas investidas do adversário ao de Eiriz por 3-2, subindo ao ações e nos comportamen- longo dos seis minutos de desconto. 10.º lugar, com cinco pontos. tos seguintes”. “Não é fácil demonstrar a O primeiro golo foi conseMas as agulhas desafinaguido cedo, premiando o tra- ram e o “filme” dos minutos personalidade e o carácter balho da equipa, que conse- posteriores parecia seme- que esta equipa demonsguiu ligar as “diferentes fa- lhante ao que a turma bou- trou em campo, quando vises do ataque, partindo da gadense tinha visto no jogo mos de três resultados maniprópria área até à contrária, com o Folgosa da Maia. Se- festamente negativos e quancom a bola rente à relva, de gundo Emanuel Costa, su- do defrontamos uma equipa forma apoiada”, descreveu cederam-se “acontecimen- que aposta forte na subida ao NT o técnico bougadense. tos anómalos”, que incluí- de divisão, mas quando há Apesar do mérito conse- ram dois golos do adver- crença no trabalho semaguido com o golo, a formação sário e, pelo meio, a expul- nal, independentemente dada casa não se tranquilizou, são de um jogador da equi- quilo que possa ser o nosso pelo contrário, diz Emanuel pa da casa. Mas ao contrário destino, o foco estará semCosta, a equipa encolheu-se do que aconteceu com o Fol- pre na resolução dos probleperante “a mais-valia indivi- gosa, o Bougadense não dei- ma que nos possam ser colodual dos adversários, sobre- xou fugir os três pontos, con- cados”, salientou Emanuel tudo na maturidade e expe- seguindo desfazer a igualda- Costa, que também relevou riência, mas também a capa- de em cima dos 90 minutos. “o apoio do público na Ribeicidade física destes”. “Mes- “Mesmo empurrados por vá- ra”, que foi “determinante”. O próximo jogo do Bougamo tendo domínio sobre a rias forças externas, entre as posse de bola, não conse- quais a força anímica do ad- dense realiza-se, às 15 horas guimos continuar a ser crite- versário, conseguimos resis- de domingo, 7 de outubro, riosos e assertivos na criação tir, não somente tentando so- no reduto do Roriz, em Santo de ataques e oportunidades breviver, mas lutando pela Tirso, e conta para a 2.ª elimide golo até ao final da pri- vitória, e fomos premiados natória da Taça Distrital. C.V.
“
Estamos tristes. Não fizemos uma primeira parte ao nosso nível, também fruto da intranquilidade depois do golo do Penafiel. Precisávamos de mais velocidade na frente e, no intervalo, faço as substituições para isso. A equipa teve uma atitude extraordinária e os jogadores não se negaram a nada. A segunda parte é muito boa, tirando os golos do Penafiel, contra a corrente do jogo. Tenho orgulho nos meus jogadores, que lutaram até ao fim Hélder Pereira, treinador do CD Trofense
”
Daniel Santos no pódio da Maratona BTT 5 Cumes
Este será o “melhor momento de forma” de Daniel Santos. Depois de arrecadar o Troféu Urban Race, o ciclista, fundador da Ruprec Team, conseguiu o 2.º lugar em elites na mítica Maratona de BTT 5 Cumes, realizada em Barcelos pelos Amigos da Montanha e que contou com cerca de 2500 ciclistas à partida. A prestação ao fim dos 73 quilómetros de prova valeu ao corredor de Alvarelhos o 5.º posto na classificação geral. “A maratona tornou-se muito rápida, devido ao ritmo da cabeça da corrida. Os três primeiros cumes passei com relativa facilidade, mas o quarto e o quinto já foram mais duros, o último foi muito duro e técnico. Depois, uma longa descida muito técnica, onde não arrisquei nada e até perdi algum tempo para não ter nenhum percalço, que nos levou até ao centro histórico de Barcelos, para concluir os 73 quilómetros, com quase 23 de média e com um desnível de 2000 metros positivos feitos em 3:15 minutos”, relatou. C.V.
14
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Desporto Futsal
Ambição renovada na apresentação do Clube Slotcar As baterias estão recarregadas e o grupo revitalizado para mais uma época de futsal federado. O plantel 2018/2019 do Clube Slotcar da Trofa foi apresentado oficialmente, no domingo, 3 de setembro, com um jogo amigável diante do Cerveira Futsal Clube, no pavilhão desportivo da Escola Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado. A partida, que serviu apenas para apresentar o novo figurino da equipa que vai militar na série 3 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, terminou com a vitória dos trofenses por 5-1. A equipa deste ano conta com quatro reforços: Vítor Ferreira, Daniel Cordeiro, Hugo Santos e Luís Teixeira. “Jogar para ganhar” é, segundo o treinador Marco Balela, o lema que vai nortear o trabalho do Clube Slotcar nesta competição. No entanto, o técnico admite dificul-
Equipa conta com quatro reforços esta época dades para cumprir o desígnio em todos os jogos. O primeiro jogo está marcado para 13 de outubro e será contra o Magrelos. O calendário ditou que o jogo se realizaria na Trofa, mas a equipa vai cumprir castigo de interdição de campo, por isso
vai jogar em Paços de Ferreira. Sublinhe-se que o Clube Slotcar vai protagonizar um dos dérbis desportivos no concelho, a par com a equipa B do Centro Recreativo Bougado. As equipas encontram-se à 9.ª jornada, marcada para dezembro. R.M./C.V.
Formação é objetivo principal dos juvenis do CR Bougado São 13 os atletas que vestem a camisola do Centro Recreativo Bougado na série 2 da Divisão de Honra de juvenis da Associação de Futebol do Porto. O primeiro jogo da época aconteceu no domingo, 30 de setembro, e ditou um empate caseiro a dois golos diante da Juventus Triana. Aos dez jogadores de campo e três guarda-redes, mais do que objetivos competitivos é-lhes pedida evolução a nível formativo, destacou o treinador. Henrique Couto afirmou que “o foco” está em tornar os jovens “melhores Campeonato da equipa já começou pessoas”, defendendo que “só com esta ideologia poderão ser evidenciou. Na próxima jornada, a equipa alguém no futuro”. Como principais obstáculos de juvenis do CR Bougado viaA nível competitivo, o horizon- que espera encontrar, o treina- ja ao reduto do Gondomar Futsal te projetado foi “a zona média dor revelou a adaptação de atle- “A”, numa partida que está marcada tabela classificativa”. “Penso tas que vieram do futebol de 11. da para as 16.15 horas de sábado, que esta época temos um plantel “A dinâmica do futsal ainda não 6 de outubro. mais completo. Temos mais so- está enraizada e penso que o mais luções que na temporada passa- difícil será conseguir em muitos Seniores “A” vencem da e muitos jogadores com qua- momentos tirar-lhes esses vícios A equipa de seniores A do CR lidades equivalentes. Não tere- que trazem do futebol e colocá- Bougado também já começou o mos nenhum jogador que se des- -los a jogar da forma que preten- campeonato na Divisão de Honra taque muito dos outros, mas temos demos. Iremos trabalhar para re- da AF Porto e entrou com o pé dium grupo forte e isso é sempre a tificar essas lacunas o mais rápi- reito, com o triunfo diante do Jaca base para um possível sucesso”, do possível”, concluiu. por 4-2. C.V.
130 praticam futsal em S. Romão Com 11 equipas que vão dos benjamins aos seniores - incluindo femininos - o Futebol Clube S. Romão arrancou para a nova época desportiva de futsal com um projeto onde cabem cerca de 130 jogadores. CÁTIA VELOSO O projeto foi crescendo e hoje em dia é o maior do concelho na modalidade de futsal. Cerca de 130 jogadores vão “carregar” as cores do Futebol Clube S. Romão, outrora conhecido pelo futebol de 11, atualmente, com foco no salão, onde vai competir com 11 equipas federadas, desde os benjamins aos seniores. Neste projeto também cabem duas equipas femininas de juvenis e seniores, as últimas já com um jogo realizado no campeonato distrital da Associação de Futebol do Porto (AFP). Na série 4, as romanenses protagonizaram um dérbi concelhio com o Clube Desportivo Trofense e acabaram por perder por 1-2. Os juvenis masculinos também já se estrearam na quadra, vencendo por um contundente 1-5 frente ao CD José Lopes, no arranque da série 2 da Divisão de Honra da AFP. Porém, foram os benjamins que protagonizaram a goleada do fim de semana, ao bater a ASS O Amanhã da Criança por 10-2, na 1.ª jornada da série 3 do Campeonato Distrital da AFP. Em entrevista ao NT, Hamilton Lima, representante do clube, recordou que o projeto do futsal no FC S. Romão começou “há oito anos com a equipa feminina”. “Este projeto foi pensado em pirâmide, tendo como base a formação de escalões jovens femininos e masculinos, sendo a última etapa os seniores”, acrescentou. Ressalvando que “todos os escalões do futsal são importantes” para a coletividade, Hamilton Lima salientou a criação da “escolinha de formação, onde se aprende todas as bases necessárias para dar continuidade ao projeto”. Além disso, acrescentou, esta temporada, deu-se mais um passo com a criação da equipa de veteranos, que vai competir no campeonato concelhio. No futebol de 11, o FC S. Romão mantém uma equipa sénior representada no Campeonato do Inatel. “O Futebol Clube S. Romão tem como objetivo principal o desenvolvimento desportivo mental e físico do atleta. Queremos incutir aos jogadores o sentido de responsabilidade, trabalho em equipa, socialização, educação e outros valores da vida. Desportivamente, pretendemos que aprendam a dar valor ao futsal, percorrendo o seu percurso desportivo, subindo de escalão até chegar aos seniores”, salientou Hamilton Lima, que sublinhou a importância “das entidades e população do Coronado”. “Nenhum projeto é sustentável sem o apoio de todos”, frisou. Este fim de semana, entram em ação os seniores masculinos, os juniores, os iniciados e os infantis.
4 OUTUBRO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
15
Atualidade Agenda Dia 5 9 horas: Torneio 66, no Complexo Desportivo do CD Trofense, em Paradela Dia 7
Equipa feminina do Trofense quer lutar pela subida
15 horas: S. Martinho-Trofense 15 horas: Roriz-Bougadense Dia 10 9.30 horas: Dia Mundial da Saúde Mental, no auditório do Fó-
Farmácias Dia 4 – Farmácia Ribeirão Dia 5 – Farmácia Barreto Dia 7 – Farmácia Nova Dia 8 – Farmácia Moreira Padrão Dia 9 – Farmácia Ribeirão Dia 10 – Farmácia Trofense Dia 11 – Farmácia Barreto Dia 12 – Farmácia Nova Dia 13 – Farmácia Moreira Padrão Dia 14 – Farmácia Ribeirão Dia 15 – Farmácia Trofense Dia 16 – Farmácia Barreto Dia 17 – Farmácia Nova Dia 18 – Farmácia Moreira Padrão
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109//252 428 110 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
S. Martinho de Bougado Julia da Costa Pereira Rodrigues Faleceu no dia 1 de setembro com 89 anos. Viúva de Manuel Rodrigues da Silva
Guimarães Gentil Augusto Gonçalves Neves Faleceu no dia 14 de setembro com 52 anos
Augusta Oliveira Sá Faleceu no dia 17 de setembro com 89 anos. Casada com Alcino da Costa Ferreira
Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, gerência de João Silva
Serafim de Sousa Diniz Faleceu no dia 26 de setembro com 86 anos. Casado com Ambolinda da Costa Pereira
rum Trofa XXI
Dia 6 – Farmácia Barreto
Necrologia
Equipa quer lutar pela subida aos nacionais Na época 2018/2019, a Associação de Futebol do Porto decidiu juntar as duas divisões que existiam de seniores femininos de Futsal, tornando o desafio do Clube Desportivo Trofense ainda mais aliciante. Quem o diz é Pedro Andrade, treinador, que em entrevista ao NT declarou que o objetivo da equipa é "ficar nos dois primeiros lugares na 1.ª Fase, para na 2.ª disputar a subida ao Campeonato Nacional". A estreia foi infeliz, já que na 1.ª jornada, a equipa trofense perdeu com o FC Tirsense, por 2-1. Na ronda seguinte, as trofenses empataram a dois golos co o Gondomar Futsal e na 3.ª jornada, disputada no sábado, 29 de setembro, venceram o dérbi concelhio com o Futebol Clube S. Romão, por 1-2, ocupando o 2.º lugar, com quatro pontos, a dois do líder Tirsense. O plantel é constituído por seis atletas da época transata e três reforços, mantendo-se em aberto para a entrada de mais uma guarda-redes e duas jogadoras de campo. "Ainda estamos em captações", referiu Pedro Andrade. A militar na série 4 da Divisão de Elite, o CD Trofense defronta, na próxima jornada, o Académico Pedras Rubras, pelas 18 horas de domingo, no pavilhão desportivo da Escola Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado. C.V.
Maria da Conceição Oliveira Marques Faleceu no dia 28 de setembro com 85 anos. Solteira Fernando Almeida Faleceu no dia 26 de setembro com 77 anos. Casado com Alzira Gloria Marques Rodrigues António Jorge da Silva Pinheiro Faleceu com no dia 25 de setembro com 56 anos. Maria de Fatima de Oliveira Correia Faleceu no dia 23 de setembro com 76 anos. Solteira Santiago de Bougado Maria da Graça de Oliveira Gomes Dias Faleceu no dia 12 de setembro com 52 anos. Casada com José Carlos Padrão Dias
Dia Europeu Sem Carros assinalado na Trofa
Maria Adelaide Matos Pereira Faleceu no dia 15 de setembro com 83 anos. Viuva de Augusto Rodrigues Cruz
O encerramento da Rua A mér ico Moreira da Silva, na cidade da Trofa, durante o dia de 22 de setembro justificou-se com a celebração do Dia Europeu Sem Carros. A par desta ação, a autarquia da Trofa preparou um conjunto de atividades, na A lameda da Estação, que incluiu uma escolinha de trânsito, onde os mais pequenos foram desafiados a aprender mais sobre sinais e a aplicar os novos conhecimentos com um passeio em carros de pedais, num circuito “rodoviário” montado para o efeito. Houve sensibilização para a utilização de meios de transporte suaves, como as bicicletas, e uma exposição de veículos híbridos e elétricos. O dia foi ainda animado por vários grupos de dança do concelho e uma exibição de karaté, pelos alunos da Escola Básica de Cedões. C.V.
Manuel Fernando Pereira Serra Faleceu no dia 19 de setembro com 78 anos. Casado com Margarida de Fatima Alves Gomes
Santiago de Bougado Maria Madalena Martins dos Santos Faleceu no dia 22 de setembro com 68 anos. Casada com Manuel Joaquim Portela Cruz Ribeirão – VN Famalicão Adelino Azevedo Pinto Faleceu no dia 8 de setembro com 73 anos. Marido de Maria Goreti da Costa Dias Maria Irene da Silva Costa e Silva Faleceu no dia 20 de setembro com 52 anos. Casada com Jorge Américo Alves da Silva Calendário – VN Famalicão Manuel Sousa e Silva Faleceu no dia 16 de setembro com 85 anos. Casado com Albertina da Conceição Miranda Queirós Cabeçudos – VN Famalicão Aurora da Costa e Sousa Falecei no dia 19 de setembro com 91 anos. Viúva de Adão Pereira Fradelos – VN Famalicão Clarinda da Conceição Carneiro Pontes Faleceu no dia 27 de setembro com 54 anos. Casada com Fernando António Maia Gonçalves Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.
F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
16
O NOTÍCIAS DA TROFA 4 OUTUBRO 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Desporto
Artur Karlov foi bronze no Mundial de Kickboxing Artur Karlov, de 15 anos, conquistou uma medalha de bronze no Campeonato Mundial de Kickboxing, que se disputou em Itália. Para os treinadores, o lutador está destinado “a grandes voos”. CÁTIA VELOSO De entre 2400 atletas de 65 equipas na competição, Artur Karlov conseguiu conquistar uma medalha de bronze no Mundial de Kickboxing, que se realizou em Itália, entre 15 e 23 de setembro. O lutador de 15 anos, integrado no projeto Cross Stars - uma parceria entre a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa e escola LifeCombat – conseguiu o 3.º lugar na categoria younger junior -67kg e especialidade de full contact, depois de perder nas meias-finais com o que acabaria por arrecadar o ouro, o russo Timur Arslanov. Para a treinadora Nádia Barbosa, este resultado “só vem confirmar a excelente qualidade do Artur”, que “foi elogiado por todos, incluindo presidente da Federação e selecionador nacional”. “O Artur já o ano passado, no Europeu, teve uma excelente partici-
pação conquistando o 5.º lugar. Se não fosse a má e errada decisão do arbitro central nos quartos de final, ele teria trazido para Portugal mais uma medalha”, frisou. Nádia Barbosa considera ainda que a medalha arrecadada “vem também confirmar que a conquista do título mundial e a medalha de bronze, em 2016, por esta escola não foi por acaso”. “Eu e o Luís Ferreira conquistamos três medalhas na maior federação internacional de kickboxing, o que é extremamente difícil e só vem provar que, como treinadores, temos imensa qualidade. A Trofa está bem representada internacionalmente e não vamos parar por aqui. Para o ano, vamos trabalhar mais ainda para uma nova conquista”, referiu a treinadora, que também agradeceu “a todos os patrocinadores” que tornaram “o sonho” do lutador possível. Artur Karlov é um dos talentos a emergir do projeto Cross Stars, tendo já somado vitórias regionais e nacionais e uma presença no Europeu de Kickboxing, o ano passado, na Macedónia. Pratica a modalidade há cinco anos e os treinadores têm elevadas expectativas quanto ao seu futu-
Jovem lutador arrecadou primeira medalha internacional ro. “Apesar de todas as dificuldades sentidas para a participação neste campeonato, nomeadamente no que concerne às verbas necessárias para esta participação, é muito gratificante sentir que os resultados superam as expectativas iniciais, bem como promovem o valor base que norteia esta iniciativa/projeto, nomeadamente a inclusão e a educação dos jovens aos mais diversos níveis –
sociais, desportivos e educacio- ção dos fatores de risco dos grunais”, adiantou Daniela Esteves, pos mais vulneráveis”. Além de felicitar atleta e propresidente da delegação da Trofessores, Daniela Esteves estenfa da Cruz Vermelha A instituição, acrescentou, “tem deu os agradecimento aos patroreunido todos os esforços ao lon- cinadores e parceiros e comprogo dos cinco anos de projeto, no meteu-se, em nome da delegação, sentido de possibilitar as presen- “a continuar a encetar todos os esças nas inúmeras provas que de- forços para que este projeto alcancorrem nesta modalidade, por- ce sempre um patamar superior e que acredita que esta participa- de melhoria constante”. ção promove a inclusão e diminui-
Estudantes russos conhecem Escolinha de Rugby Foi como modelo de inclusão que a Escolinha de Rugby da Trofa se apresentou a uma comitiva russa de professores e jovens universitários, do curso de Empreendedorismo Social. A visita aconteceu no dia 21 de setembro e surgiu de um desafio lançado pela Área Metropolitana do Porto. “Esta viagem teve o alto patrocínio da Universidade Estatal e do
Presidente da Rússia e trouxe até à Trofa alunos provenientes de várias cidades daquele país (Moscovo, Rostov, Novosirbisk e Volgogrado)”, explicou Ricardo Costa. O responsável da Escolinha de Rugby referiu ainda que a visita a Portugal serviu para o “enriquecimento académico dos estudantes”, relativamente às “boas práticas de inovação social”.
“Desde a sua inauguração, em dezembro de 2013, a Escolinha de Rugby já recebeu a visita de instituições espanholas, irlandesas e russas que vêm até à Trofa conhecer um projeto considerado inovador e que é cada vez mais um exemplo de boas práticas sociais”, concluiu. C.V.