Quinzenário | 15 de novembro de 2018 | Nº 680 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
3 Atualidade
Homem morre ao cair de telhado 5 T rofa - 20 anos
8-9 T rofa - 20 anos
6-7 T rofa - 20 anos
“Pais do
Arquiteto
“fomos rápidos
concelho”
que desenhou
demais na
medalhados
paços dos
realização das
no feriado
concelho
infraestruturas do
municipal
em entrevista
saneamento básico” pub
2
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade José Maria Moreira da Silva CRÓNICA
Concelho da Trofa: não foi fácil Foram muitas as gerações que sonharam e lutaram, para que fosse criado um novo Concelho, desde a década de 30 do século XIX até finais do século XX, para que a realidade homogénea, em termos geográficos, culturais, históricos e sociológicos, do conjunto de oito freguesias desagregadas da Maia, primeiro por força da Divisão Judicial, em 7 de agosto de 1835 integradas no Julgado de Santo Tirso e, pouco tempo depois, em consequência da nova Divisão Administrativa, de 6 de novembro de 1836 agregadas no então criado Concelho de Santo Tirso, se tornassem independentes. Grande parte da região que hoje pertence ao Concelho da Maia pertenceu desde sempre à denominada Terra da Maia, que foi habitada desde os tempos pré-históricos. Nos meados do século XIII estendia-se das margens do Rio Leça ao Rio Ave, das costas do mar até às serras de Valongo e da Agrela. Quando se deram as invasões francesas, na primeira década do século XIX, a hostilidade dos portugueses aos franceses foi uma constante ao longo do percurso por onde passavam, mas a grande oposição que as tropas gaulesas tiveram foi na Trofa. A luta contra os invasores franceses fortaleceu o espirito trofense e quando foi efetuada, a desagregação das oito freguesias da região da Trofa foram muitos os requerimentos contra a referida desagregação, subscritos por diversos habitantes das freguesias retiradas do Concelho da Maia, para serem agregadas ao então criado Concelho de Santo Tirso. O sonho da criação do Concelho da Trofa passou de geração em geração, nunca morreu, nunca chegou a «enferrujar» e raramente esmoreceu. Demorou muitos, mas mesmo muitos anos até que a «carta de alforria» foi conseguida, eram 17h 55m, do famoso dia 19 de novembro de 1998, para gaudio da grande maioria dos trofenses. O povo trofense tinha mandatado os elementos que constituíram a Comissão Promotora do Concelho da Trofa (os seus nomes até foram sufragados em Assembleias de Freguesia eleitas pelos trofenses), para um único objetivo: a criação do Concelho da Trofa. E conseguiram! É por isso, que os elementos da Comissão Promotora do Concelho da Trofa podem, e devem ser considerados os «verdadeiros» pais do Concelho da Trofa. Merecidamente! Não foi fácil a criação do Concelho da Trofa, pois em quatro décadas de democracia, só foi criado o Concelho da Amadora (1979) e no final do século XX, no mesmo ano de 1998, o Concelho de Vizela e depois os Concelhos de Odivelas e Trofa. Atente-se também ao facto, de que em duas décadas passadas da criação do Concelho da Trofa, não foi criado mais nenhum concelho em Portugal. Valeu a pena! moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
GNR interroga na Trofa sobre sites ilegais de apostas Na sequência da operação “Shadow Game” desencadeada entre 6 e 8 de novembro pela Guarda Nacional Republicana, no combate ao jogo ilícito através de plataformas online e jogos de fortuna ou azar, alguns indivíduos foram interrogados no posto da GNR da Trofa. Já na área de intervenção do Destacamento Territorial de Santo Tirso, segundo o NT apurou, houve dez buscas realizadas, mas sem nenhuma detenção. A operação envolveu vários comandos territoriais do país, com cerca de mil militares no terreno. Foram feitas 267 buscas domiciliárias e não domiciliárias, bem como buscas a 156 veículos, “que visaram a organização responsável pela conceção, distribuição e exploração de plataformas de jogo online, desde os responsáveis pela sua conceção e fabrico, aos distribuidores e exploradores do jogo ilícito”, informou a GNR em comunicado. No Luxemburgo, através do apoio da polícia local, houve três buscas domiciliárias e cinco não domiciliárias que visaram suspeitos portugueses fixados naquele país, numa ação que contou com “o patrocínio e apoio operacional” da EUROPOL. Foram constituídas arguidas 14 sociedades comerciais e 93 pessoas singulares de nacionalidades portuguesa, brasileira, luxemburguesa e suíça, tendo havido ainda 30 detenções em Portugal, das quais sete em flagrante delito, e uma detenção no Luxemburgo, em cumprimento de um mandado europeu. Foram apreendidos 600 mil euros em dinheiro, três mil dispositivos informáticos utilizados para a exploração do jogo, apostas e lotarias ilícitas, como computadores, tablets e telemóveis, 86 automóveis de gama média e alta, 22 armas de fogo e cerca de 200 munições. Também foram congelados os ativos dos suspeitos, avaliados em cerca de seis milhões de euros.
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade
Furtaram a Envolveu-se em máquina de acidente e acusou tabaco do Miranda álcool a mais A máquina de tabaco era o alvo dos amigos do alheio que, cerca das 5.15 horas de 8 de novembro, assaltaram a Confeitaria Miranda, no centro da cidade da Trofa. Para aceder ao interior do estabelecimento, os larápios partiram o vidro da montra, conseguindo levar a máquina de tabaco. A Guarda Nacional Republicana da Trofa registou a ocorrência. À GNR chegou também a denúncia de um furto ocorrido na sede do Futebol Clube S. Romão, entre as 16 horas de 1 de novembro e as 19 horas do dia seguinte. Os larápios terão entrado através do arrombamento de uma porta, conseguindo furtar 400 euros.
Entraram num camião e levaram chocolates Um veículo pesado de mercadorias, com matrícula holandesa, estava estacionado na Rua Abade Inácio Pimentel, na noite de 11 para 12 de novembro, quando foi acedido por ladrões, que levaram do seu interior chocolates e uma quantidade significativa de outros artigos alimentares. A GNR da Trofa tomou conta da ocorrência.
3
Homem morre em queda de telhado
Um homem de 43 anos, morador na Trofa, foi detido pela GNR da Trofa, na sequência de um acidente rodoviário na Rua D. Pedro V, cerca das 3.30 horas, de 1 de novembro. O indivíduo, envolvido no sinistro, foi sujeito a teste de alcoolemia e apresentou uma taxa crime de 1,88 gramas de álcool por litro de sangue. Na sequência das diligências, injuriou os militares da GNR, tendo sido detido e notificado para comparecer em Tribunal, na manhã do dia seguinte.
Detido por conduzir drogado Um homem de 26 anos, morador na Trofa, foi detido pela GNR, cerca das 3 horas de domingo, 11 de novembro, por estar a conduzir sob a influência de estupefacientes. A detenção decorreu durante uma ação de fiscalização de rotina dos militares na cidade. A detenção foi comunicada ao Tribunal e o processo prossegue com a aplicação das medidas de coação, assim que o resultado do exame de despiste de substâncias psicotrópicas.
Homem foi encontrado sem vida pelo vizinho
Um homem perdeu a vida na sequência de uma queda numa habitação, na Rua Central do Ribeiro, em Alvarelhos. António Marques, de 76 anos, foi encontrado por um vizinho, que estranhou água a cair da mangueira durante várias horas. HERMANO MARTINS/CÁTIA VELOSO
Estão por apurar as razões que levaram António da Silva Marques, de 76 anos, a cair do telhado da casa que tinha adquirido na Rua Central do Ribeiro, em Alvarelhos, na noite de segunda-feira, 12 de novembro. O homem, residente na Rua do Rato, estaria a realizar trabalhos de limpeza da habitação, quando terá caído de uma altura de cerca de sete metros, acabando por falecer. O homem foi encontrado por um vizinho, cerca das 19 horas. Feliciano Dias, residente na Rua Central do Ribeiro, contou ao NT e TrofaTv que, cerca das 15.30 horas ouviu “água a cair”. Já ao início da noite, decidiu “ir fechar a água” e bateu “à porta”, mas como não obteve resposta decidiu “pegar numa lanterna” e entrar, acabando por o encontrar, já sem vida. No local, além da ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tir-
so do Centro Hospitalar do Médio Ave, esteve também a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João, que declarou o óbito. A Guarda Nacional Republicana da Trofa registou a ocorrência e a Polícia Judiciária foi chamada ao local para recolher indícios sobre os motivos que levaram à queda de António Marques. O corpo da vítima foi levado pelos Bombeiros Voluntários da Trofa para o Instituto Médico Legal e Forense do Ave, em Guimarães. O funeral realiza-se esta quinta-feira, às 16.30 horas, na Igreja de Alvarelhos.
A ntónio M arques tinha 76 anos
4
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade
DS Seguros abre na Trofa Abriu na Trofa a DS Seguros, integrante do Grupo Decisões e Soluções, que conta com uma equipa de profissionais especializados, trabalha com 14 seguradoras para dar a melhor solução qualidade/preço em cada caso. Faz parte da maior rede de consultadoria imobiliária e financeira a atuar em Portugal e está disponível na Trofa desde o início de novembro. A DS Seguros Trofa, que integra o Grupo Decisões
e Soluções, abriu portas no Edifício Habitat, junto à Rotunda do Bombeiro, no centro da cidade, com uma equipa de profissionais especializados em mediação de seguros, que garantem um serviço de aconselhamento personalizado e independente, a particulares e empresas, graças ao facto de representarem 14 empresas seguradoras. A partir do momento em que entra na DS Seguros Trofa, o cliente tem à disposição soluções 360º na área de mediação de seguros, através de um aconselhamento
eficaz e apresentação da melhor solução para cada caso. Com a ajuda da DS Seguros, mais de 300 mil clientes viram os seus encargos mensais reduzidos significativamente. A inauguração da DS Seguros Trofa contou com a presença de pessoas de vários quadrantes, nomeadamente da banca, seguros, cultura e empresas, incluindo o diretor coordenador nacional da DS Seguros, Luís Tavares, e do coordenador regional, Sérgio Nolasco. DS Seguros localiza- se junto à Rotunda do Bombeiro
Seguros Multirriscos habitação O seguro multirriscos é uma modalidade de seguro patrimonial, que integra um grupo alargado de garantias numa mesma apólice e destinam-se à habitação (Multirriscos Habitação) ou a profissões e atividades comerciais (Multirriscos establecimentos comerciais), sendo que neste caso estão vocacionados para empresas de pequena e média dimensão. Atendendo a dados do Eurostat, uma grande parte dos portugueses tem casa própria, no entanto muitas dessas casas não têm seguro multirriscos habitação. É também muito comuns situações em que a compra da casa foi realizada através do banco, tendo-lhes sido proposto um seguro base, que poderá não o proteger contra uma série de riscos. Num momento em que cada vez mais somos confrontados com fenómenos extremos da natureza, ter a nossa habitação protegida é da maior importância, dado que em regra este é o bem patrimonial de maior valor de cada família. Por outro lado, quem já tem seguro multirriscos habitação, deverá confirmar se tem as coberturas que lhe permitam estar salvaguardado perante um sinistro. Vamos desta forma responder as algumas questões que poderão ser importantes no momento de escolher o seu seguro e lembre-se que
a sua casa será um dos bens patrimoniais mais importantes para si e para a sua família. O que é o seguro multirriscos habitação? O seguro multirriscos habitação é um seguro abrangente que oferece um conjunto de garantias facultativas, é assim um contrato através do qual o segurador cobre os principais riscos relativos a um imóvel (habitação), quer os riscos relativos aos bens móveis da habitação (recheio). Quais as coberturas do seguro multirriscos habitação? O seguro multirriscos habitação tem normalmente um conjunto de garantias base, às quais se podem acrescentar coberturas complementares, sendo o prémio calculado em função das coberturas contratadas Indicamos algumas das coberturas base que compõem o seguro: • Incêndio, queda de reio e explosão • Tempestadades • Inundações • Danos por água • Furto ou roubo • Queda de aeronaves e travessia da barreira do som • Choque ou impacto de veículos terrestres ou animais • Derrame acidental de óleo
• Greves, tumultos e alterações da ordem pública • Atos de terrorismo, vandalismo, maliciosos ou de sabotagem • Quebra de vidros • Quebra ou queda de antenas • Quebra ou queda de paineis solares • Demolicão e remoção de escombros • Danos em bens do senhorio • Perda de rendas • Privação temporária do uso do local arrendado ou ocupado • Responsabilidade Civil extracontratual e despesas judiciais • Riscos Pessoais domésticos Como coberturas complementares encontramos normalmente: • Fenómenos sismicos • Aluimento de terras • Riscos elétricos • Desenhos e documentos • Assistência ao lar O preço do seguro é igual em todas os seguradores? O preço não é igual em todos os seguradores, dado que cada segurador é livre de fixar os seus preços. Também as caracteristicas do imóvel, o número de anos do imóvel, a localização, os sistemas de proteção, períodos de desabitação, são fatores que influênciam o risco e consequentemente o preço do seguro. Como escolher o seu seguro
multirriscos habitação? Ao escolher o seu seguro deve solicitar ao seu mediador informação sobre as coberturas do base, sobre as coberturas complementares e exclusões. Será igualmente importante conhecer os valores que terá como opção de franquia. A franquia é o valor que em caso de sinistro fica a cargo do tomador do seguro ou do segurado, pelo que a franquia tem influencia no preço do seguro. Qual o valor do capital a considerar? O capital seguro será sempre o valor máximo que o segurador irá pagar em caso de sinistro. O tomador do seguro é responsável por establecer ao longo do contrato o valor do capital seguro, seja para o imóvel seja para recheio. No caso do imóvel, o valor a considerar é o valor de reconstrução do imóvel tendo em conta o tipo de construção e outros fatores que possam ter influência no valor de reconstrução (à exceção do valor do terreno). Já no caso do recheio deve ser considerado o valor de substituição por novo dos bens. Na proposta de seguro devem ser identificados os bens a segurar e o seu valor, os objetos especiais e de elevado valor devem ser individualmente identificados, descritos, se possível fotografados e atribuido o valor a cada.
Sabe o que é a regra da proporcionalidade? A regra proporcional aplica-se quando o capital seguro do imóvel é inferior ao valor de reconstrução ou o capital seguro do recheio é inferior ao valor de substituição dos bens. É portanto muito importante que exista um correto entendimento da definicão do capital a considerar para efeito do seguro. Em caso de sinistro, caso o valor do capital seguro seja inferior ao valor de reconstrução do imóvel ou ao valor de sustituição por novo do recheio, o segurador só paga a parte dos prejuízos proporcional à relação entre o custo de reconstrução ou substituição à data do sinistro e o capital seguro. Por exemplo, se um bem valer 1.000 Euros mas estiver seguro por 500 Euros, o segurador só pagará 50% dos danos. O que fazer em caso de sinistro? Em caso de sinistro o tomador de seguro ou o segurado, devem no mais curto espaço de tempo comunicar por escrito ao segurador. O prazo máximo de comunicação não poderá exceder 8 dias desde o momento em que o tomador ou o segurado tiveram conhecimento da situação. Na comunicação deve ser indicado de forma clara como ocorreu o sinistro, as causas e consequências do mesmo.
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Elementos da comissão promotora medalhados no dia do Município Poucas novidades existem no programa de comemorações dos 20 anos do concelho da Trofa. A tertúlia com os membros da comissão promotora “Trofa a Concelho” e o programa da TSF “Terra a Terra” são algumas das atividades que se destacam nas celebrações, que mantêm a entrega dos Prémios do Concurso Lusófono, a vitela e o concerto da Orquestra Urbana da Trofa. Este ano, a autarquia vai homenagear os elementos da comissão promotora, com a atribuição da medalha de honra grau ouro e o título de cidadãos honorários.
exceções, como a tertúlia com os membros da comissão promotora “Trofa a Concelho”, às 21 horas do dia 16, na Junta de Freguesia do Muro, e o programa radiofónico “Terra a Terra”, da TSF, entre as 9.10 e as 11 horas, do dia seguinte, na antiga estação de comboios da Trofa. A primeira atividade integrada no programa comemorativo é o seminário sobre “Relações de Vizinhança entre Ministério Público e as CPCJ'S”, que decorre durante todo o dia de 15 de novembro, no auditório do Fórum Trofa XXI. Na sexta-feira, dia 16, os autarcas vão às escolas de Estação, no Muro, de manhã, e à Secundária da Trofa, à tarde. Segue-se, às 18.30 horas, a cerimónia de entrega dos prémios de mérito escolar, CÁTIA VELOSO no auditório do Fórum Trofa XXI. O projeto vencedor do OrçaAs comemorações da elevação da Trofa a concelho começam esta mento Participativo Jovem de 2017, quinta-feira, 15 de novembro, e es- “Equipar o Basquetebol no Concetendem-se até ao feriado munici- lho da Trofa”, da Associação Cultupal, dia 19. O programa de ativi- ral e Recreativa Vigorosa, é apredades é muito semelhante ao que sentado pelas 15 horas de 17 de notem sido apanágio, salvo algumas vembro, sábado, no Parque Nossa
Orquestra Urbana Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. À noite, o auditório do Fórum Trofa XXI é palco do concerto da Orquestra Urbana da Trofa, que este ano contará com a participação especial de Daniel Pereira Cristo. O espetáculo tem início marcado para as 21 horas. No dia 18, o Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro é ponto de partida, às 9 horas, e chegada do já habitual Passeio de Bicicletas Antigas. No mesmo local, decorre, entre as 11.30 e as 13 horas, um espetáculo de concertinas e cantares ao desafio pelo grupo “Danças da Concertina”, da Junta de Freguesia da Vila de Carregosa (Oliveira de Azeméis).
Os Rostos da Conquista Eloísa Azevedo Ainda era criança, mas quis fazer parte do movimento trofense que rumou a Lisboa, a 19 de novembro de 1998, para ir buscar o concelho. Ao NT, Eloísa Azevedo descreveu quais foram os momentos que lhe ficaram tatuados na memória. Assim como Eloísa, outros trofenses deram o seu testemunho ao longo desta edição do NT. “Eu tinha 12 anos. Lembro-me de querer muito ir e ter medo que os meus pais não me deixassem, portanto foi uma alegria enorme quando soube que tinha no Rancho Folclórico da Trofa. Trajamo-nos lá em Lisboa e fizemos um desfile com a música dos instrumentos. Cantamos muitas vezes o hino. Não tenho conta de quantas vezes o cantamos. Estávamos todos animados e confiantes de que o título viria connosco. Não tenho noção da quantidade de horas que lá estivemos, mas foi uma espera desesperante. De volta e meia, ouvia-se um zumzum de que já éramos concelho, mas afinal não. Ainda não era daquela vez. Ao anoitecer começaram a vir à janela a acenar e todos gritavam contentes , mas afinal ainda não. Quando, finalmente, soubemos que o título era nosso foi uma explosão de alegria indescritível. Uns choravam compulsivamente, outros riam, outros gritavam Trofa, outros cantavam o hino. Não há palavras para descrever o friozinho que se foi sentindo na barriga e a ansiedade. E no final, o arrepio por um momento há muito aguardado. Era pequena na altura mas foi, é e sempre será um momento inesquecível. A chegada à Trofa também foi um momento arrepiante, pois estavam todos na rua a acenar de felicidade como em forma de agradecimento por lá termos ido buscar o que tinha de ser nosso.
Um dos coretos do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro vai encher-se com a Banda de Música da Trofa, que dará música a partir das 15 horas. Durante a mesma tarde, os mais pequenos terão direito a brincar em insufláveis. Outra das atividades tradicionais do programa comemorativo do concelho é a entrega dos prémios do Concurso Lusófono da Trofa. Este ano, serão entregues na antiga estação de comboios da Trofa, numa cerimónia que começa às 17.30 horas e que contará com a participação dos alunos do 4.º ano da Escola de Paradela e da Orquestra de Ritmos Ligeiros. Esta dará ainda um concerto, às 21 horas, no auditório do Fórum Trofa XXI. O feriado municipal começa com o hastear das bandeiras, às 10 horas, no polo I da Câmara Municipal da Trofa, os coros da Universidade Sénior do Rotary da Trofa e do Centro Comunitário Municipal. Ao meio-dia, decorre a missa solene de aniversário do conce-
5
Atualidade
lho da Trofa, na Igreja Paroquial do Muro, e às 17 horas, tem lugar no auditório do Fórum Trofa XXI a sessão solene, que ficará marcada pela atribuição da medalha de honra grau ouro e o título de cidadãos honorários aos membros da comissão promotora do concelho da Trofa: Pedro Costa, Aníbal Costa, José da Costa Ferreira (a título póstumo), Armando Martins, Augusto Vaz e Silva (a título póstumo), José Gregório Torres, António Pereira, Francisco Lima, Manuel Silva, José Reis, Adélio Serra e José Moreira da Silva. O programa comemorativo fecha com a tradicional vitela no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, onde haverá animação musical pelo grupo “Sons e Cantares d'Outrora”. Segundo a Câmara Municipal, responsável pelas comemorações, as atividades “vão incluir homenagens e reconhecimentos públicos a entidades que contribuíram decisivamente para a concretização da autonomia administrativa do concelho”.
6
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Entrevista
“Sempre pensamos que a Trofa chegaria ao top dos municípios portugueses” António Pontes foi um dos que esteve na linha da frente política a lutar pela criação do concelho da Trofa. Foi elemento da Comissão Instaladora e eleito para os dois primeiros executivos camarários, assumindo a vice-presidente da autarquia no segundo mandato. Nos 20 anos da elevação da Trofa a concelho, aceitou dar uma entrevista ao NT para recordar os tempos de governação, falar do que se orgulha e do que podia ter sido feito de outra forma. CÁTIA VELOSO
O Notícias da Trofa (NT): É inevitável esta pergunta. Quais os momentos que recorda do dia 19 de novembro de 1998? António Pontes (AP): Tenho muitas memórias gratificantes desse dia, assim como os milhares de trofenses que foram a Lisboa com a crença plena de que aquele era o dia. Foi um dia histórico para a Trofa, foi o dia da conquista da nossa autonomia, aquilo que sonhamos, enquanto povo, durante décadas a fio, finalmente era realidade. É evidente que há pormenores que não esqueço. Talvez o mais significativo foi quando se fez a votação na Assembleia da República e o resultado da aprovação foi anunciado pelo Presidente da Assembleia. As pessoas da Trofa que estavam no hemiciclo, e ainda conseguimos entrar bastantes para as galerias, não se contiveram… começámos a aplaudir e a gritar de alegria. Naturalmente, o Presidente da Assembleia avisou-nos para que nos comportássemos devidamente, senão seriamos “convidados” a sair. Depois, quando o resultado da aprovação foi anunciado na escadaria exterior da Assembleia da República. Foi a festa total, com 10
mil trofenses a festejar efusivamente. Finalmente, a chegada à Trofa e a festa da vitela assada, com o Eurico Ferreira a oferecer aos trofenses o petisco a partir do qual se criou a tradição, que nunca mais se deixou de evocar nesta data. NT: Quando é dada a independência administrativa ao concelho da Trofa, as figuras políticas mais envolvidas no processo estavam cientes da verdadeira dimensão da conquista desse dia? AP: Havia um misto de consciência do momento, da sua importância, mas também da vivência de um sonho. Uma coisa era clara para as pessoas mais diretamente envolvidas no movimento: tínhamos todos a noção de que se não fosse naquele dia, provavelmente não seria mais. E assim foi, como a seguir se comprovou. Não houve criação de mais nenhum Município depois da Trofa. A seguir a nós, a porta fechou. Um outro dado importante é que até ao dia 19 de novembro de 1998, foram os trofenses em conjunto a lutar por um objetivo comum, sem agendas políticas partidárias ou pessoais (se as havia, pelo menos não eram públicas), o que tornou a conquista um património de todos. Todos se sentiram parte da concretização daquele objetivo. Éramos todos, iguais, a lutar por algo comum. Quando assim é, conseguem-se coisas que de outra maneira são impossíveis de atingir. A conquista do concelho da Trofa foi sobretudo uma conquista do povo da Trofa. Se houve trabalho de bastidores, é claro que houve. Se houve negociações políticas, com certeza que sim (o Dr. Marques Mendes teve neste aspeto um papel crucial). Mas atrás estava o pulsar de um povo que acreditava que era possível e que fez tudo para demonstrar essa crença a quem dirigia o país e podia decidir sobre o seu futuro.
NT: Como decorreu o processo de transferência de gestão administrativa da comissão instaladora para o primeiro executivo eleito da Câmara Municipal? Quais os principais obstáculos/ entraves nesse processo? AP: A principal dificuldade no arranque da gestão do Município, foi quando a Comissão Instaladora tomou posse. Recordo muito bem o dia 22 de janeiro de 1999, que depois da tomada de posse no Governo Civil do Porto viemos para a Trofa e nem um local tínhamos para reunir. A primeira conversa que tivemos, os cinco membros, foi no café Mirandinha. Foi ali que começamos a conversar sobre os primeiros passos a dar, desde logo um local para começar a trabalhar, que depois ocupamos na Rua António Cruz um apartamento de duas assoalhadas. Não tínhamos nada e ainda por cima com todas as dificuldades que o Município de origem nos colocou, pois como se sabe, a decisão não foi bem aceite pela Câmara de Santo Tirso. Só que, mais uma vez, foi o povo da Trofa a incentivar-nos e a manifestar-nos o seu apoio para que continuássemos em frente. Mas vivemos alguns momentos de grande angústia, porque era preciso dar
“Tivemos de dar resposta rápida junto das escolas. O estado de algumas delas era calamitoso.
para além da minha pessoa, constituía a Comissão Instaladora o dr. Bernardino Vasconcelos, presidente, que já tinha sido vereador na Câmara de Santo Tirso e deputado, com grande experiência política e de administração pública; o dr. Afonso Paixão, que também tinha sido vereador na Câmara de Santo Tirso durante vários anos e que conhecia bem os procedimentos de gestão autárquica de uma Câmara; Paulo Serra, que já tinha estado na Junta de Freguesia e na Assembleia Municipal, para além da sua atividade como empresário, e José Agostinho Azevedo, que tinha sido presidente da Junta da Freguesia de S. Mamede do Coronado e também membro da Assembleia Municipal. Havia experiência política e competência. Felizmente, na Trofa estávamos bem servidos em termos de pessoas que podiam ocupar estes lugares. Naturespostas às pessoas e os meios ralmente que tivemos apoios e connão existiam. Com o empenho que selhos a vários níveis, desde logo pusemos e a compressão das pes- da CCDRN, que foram excelentes soas da Trofa, foi possível, paula- no que respeita ao aconselhamentinamente, vencer as dificuldades to procedimental e jurídico, assim e pôr o Município a funcionar. Os como em consultoria sem qualquer serviços foram sendo criados, defi- custo que nos foi dada na impleniu-se os espaços que iríamos ocu- mentação das infraestruturas inforpar para que pudéssemos atender máticas e organização dos serviços e trabalhar para as pessoas, que e pessoal. E depois houve sempre conversas com os ainda são os atuais espaços. Tudo isto “A capacidade de traba- autarcas dos confoi feito na vigência lho (de Bernardino Vas- celhos vizinhos, que sempre nos da Comissão Instaladora e ainda se acu- concelos) era contagian- procuraram ajudiu às principais ne- te. Ele procurava dar dar na fase crítica cessidades nas fre- sempre uma resposta a de arranque. Essas relações são guesias, em colabovitais em qualração preciosa com quem o procurava” as respetivas juntas de freguesia. quer tempo da governação autárOutra questão a que tivemos de dar quica, como é o momento atual do resposta rápida foi junto das esco- concelho, onde se consertam posilas. O estado de algumas delas era ções com a Maia, Famalicão e oucalamitoso. Foram ações de urgên- tros municípios para se encontracia que tivemos de colocar de pé rem as melhores soluções para a Trofa e para a região envolvente. em tempo recorde. Não quero passar este momenA transição da Comissão Instaladora para a primeira Câmara Mu- to sem deixar aqui o meu reconhenicipal eleita foi bastante pacífica e cimento aos colegas de Comissão tranquila, comparado com os pri- Instaladora que citei acima. A tomeiros tempos de Comissão Ins- dos pelos momentos de trabalho taladora. A base da estrutura já que vivemos e pelos desafios que estava criada e foi sobretudo uma enfrentamos em conjunto, mas uma questão de reorganização de al- palavra muito particular ao dr. Bergumas áreas para que a transição nardino Vasconcelos, que já nos deixou, mas com quem tive o prifosse feita. vilégio de trabalhar de perto e de NT: Com pouca experiência perceber muito bem as suas quaque tinham na gestão camarária, lidades profissionais e humanas. pediram aconselhamento a polí- A sua capacidade de trabalho era contagiante e procurava dar semticos com esse know-how? AP: A experiência e competên- pre uma resposta a quem o procucias estavam na equipa. Relembro, rava para a resolução de um pro-
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
7
Trofa - 20 anos “Um dos projetos pelos quais me bati empenhadamente foi o Parque das Azenhas” blema. Fica aqui a minha lembrança e reconhecimento. Qual a imagem que o primeiro executivo perspetivava da Trofa como concelho 20 anos depois? Corresponde, de alguma maneira, ao que a Trofa é hoje? R: Em boa parte sim. É natural que a imagem que projetamos à época era muito ambiciosa. Queríamos fazer da Trofa um concelho de referência na região e no país. Entre os projetos públicos e privados, sempre pensamos que a Trofa chegaria ao top dos municípios portugueses. Nos projetos públicos, nacionais e regionais, temos tido alguns problemas ao longo destes 20 anos. Resolveu-se um caso, negociado e com lançamento de obra ainda no tempo que estávamos na Câmara, que foi a linha de Caminho de Ferro e a nova Estação, que permitiu mais tarde a requalificação do espaço nobre central da cidade. Mas temos ainda duas situações por resolver – Metro e Variantes – que nos limitam enormemente no desenvolvimento do nosso território. Chegou a estar tudo acordado, até com concursos abertos, mas a seguir cancelaram tudo. Portugal ainda é um país muito centralista, e só o que se decide em Lisboa é que vigora, nem que seja para mais tarde decidir anular o que se decidiu antes. Bem precisamos de um novo paradigma de governança para o país.
neamento por todo o concelho. Durante a fase de implementação, causamos algum desconforto às pessoas, porque o concelho era um estaleiro a céu aberto, mas quem parte de coberturas de dez por cento de infraestruturas como nós partimos, só assim se podia resolver o problema – foi uma missão, a resolução deste problema. Finalmente, o trabalho desenvolvido na Educação, com a requalificação de todo o Parque Escolar do Concelho. O salto que se deu foi notável e se queremos ser um município liderante, temos de dar as melhores condições às nossas crianças e jovens na fase da sua preparação escolar, para que todos, sem olhar à condição social, possam ter as mesmas oportunidades de singrar na vida. A Trofa tinha e tem de ser o concelho das oportunidades para todos. NT: Quais foram as suas principais “batalhas” no exercício das suas funções? AP: Dentro do concelho, procurar ouvir os anseios das pessoas e tentar responder a esses anseios. É uma batalha diária e permanente para quem desempenha estas funções, e algumas vezes não somos bem entendidos e admito que outras vezes também não nos fazemos entender bem. Mas isso faz parte da governação autárquica, mesmo imbuídos da melhor das intenções, às vezes cometemos falhas. Nas instituições exteriores ao concelho, foi sempre procurar fazer-lhes ver a importância para a Trofa que certas decisões representavam. Já falamos do Metro e das Variantes, mas também da negociação de fundos comunitários e outros projetos setoriais. É a batalha pela afirmação da Trofa no contexto regional e nacional, que nunca termina.
NT: Que ideias defendia, enquanto vereador, para o concelho? AP: Houve vários projetos peNT: De que é que mais se orlos quais me bati empenhadamente. Um deles foi o Parque das Aze- gulha dos projetos que executou nhas. Tinha o pelouro do Ambien- nos pelouros em que esteve ente e sempre comunguei da ideia volvido? AP: Já mencionei atrás alguns de um parque ribeirinho ao Rio Ave, como elemento qualificador dos projetos relativos aos pelouros para a vida dos trofenses. Acom- que tinha. Mas posso acrescentar panhei a elaboração do projeto, fa- a área da Cultura, com a referênlei com alguns proprietários de ter- cia na Casa da Cultura e um vasto renos, conseguimos a aprovação conjunto de iniciativas como as bibliotecas, expodos fundos comuni“Fomos rápidos demais sições, Concurso tários para a sua implementação. Não na realização das in- Lusófono de litetive depois a opor- fraestruturas de sanea- ratura e a Semana da Lusofonia. tunidade de gerir mento básico” Uma nota muito a sua construção, porque já não tinha responsabilida- particular para o Coro dos Menides executivas diretas, mas o pro- nos Cantores do Município da Trojeto aí está, para satisfação de mui- fa, que foi o primeiro projeto cultural que implementamos diretatos trofenses. Na área das infraestruturas foi mente e que teve o empenho e enrealizado um trabalho notável na volvimento total da Antónia Serconstrução das redes de água e sa- ra, que respondeu afirmativamen-
te a esse desafio que lançamos. Na área do Ambiente e Proteção Civil, desenhamos um plano global de intervenção e defesa da nossa floresta, com o envolvimento dos Bombeiros, mas também de várias outras entidades do nosso concelho. Na área da Educação, o projeto das Bibliotecas Escolares, que foi crucial para a qualificação das nossas escolas. E tantos outros…
lho foi deixada para uma segunda fase. E é aqui, conforme referi anteriormente, que devíamos ter sido mais assertivos na decisão. Porque sabíamos ser uma questão vivida com muita paixão à época, quisemos ouvir a população sobre o assunto. Talvez a metodologia seguida não tenha sido a melhor e o que nestas situações se impunha era ter sido tomada uma decisão. E isso não aconteceu, e conforme referi acima, na minha perspetiva, foi uma falha que cometemos.
NT: Arrepende-se de alguma medida que tomou ou não tomou durante esses mandatos? AP: Há sempre decisões que toNT: Que mais projetos gostamamos que mais tarde vemos que ria de ver executados na Trofa? não foram as melhores decisões e AP: Eu sou dos que vejo o conoutras que não tomamos e que per- celho como sendo de oito freguecebemos que devíamos ter toma- sias. Foi assim que foi criado e pendo. Dou-lhe dois exemplos: prova- so que é com base nesta organizavelmente, fomos rápidos demais ção territorial que deve ser gerina realização das infraestruturas do. Quero com isto dizer que é funde saneamento básico, com todas damental haver uma distribuição as implicações que isso teve ao ní- equitativa do investimento pelas vel de desconforto causado às pes- oito freguesias. Dou alguns exemsoas por causa das obras, ligações, plos de projetos de base municipal custos financeiros, etc. Resolve- que devem ser ponderados. mos o problema, é um facto, mas Começo por mencionar o inpodíamos tê-lo feito de forma me- vestimento que vai ser feito em nos intensa. Santiago de Bougado pela IgreUm segundo exemplo tem a ver ja e Junta de Freguesia, no espaço com a não decisão por trás da Igre“Eu sou dos que vejo o na localização dos ja Matriz. A CâPaços do Concelho. concelho como sendo de mara Municipal Bem sei que na épo- oito freguesias” devia aproveitar ca as condições políeste investimenticas e sociais eram bem mais exi- to para avançar com uma requalifigentes do que agora. Uma decisão cação urbanística de toda a área encomo esta que foi agora tomada, na volvente ao designado Souto da Laaltura não tinha sido pacífica. Ago- goa. É o centro de Santiago de Boura, pelos vistos, foi pacífica. Como gado, com a Igreja Matriz e a Casa disse, as circunstâncias mudam da Cultura e merece uma obra de com o tempo. É normal e como al- intervenção global que dignifique guém dizia, é a vida! NT: E porque é que não foi possível tornar este projeto uma prioridade nos primeiros mandatos? AP: Numa primeira fase, foi assumido que as prioridades do investimento seriam outras – aposta nas infraestruturas básicas, na requalificação das escolas, na pavimentação de ruas (fizeram-se pavimentações que contabilizaram cerca de 200 km de ruas no concelho – notável!), na qualificação dos espaços urbanos, nos equipamentos sociais e desportivos. A questão dos Paços do Conce-
e qualifique este espaço, a exemplo do que se fez e bem noutros espaços da cidade. A Câmara tem um projeto de requalificação urbana para a Vila do Coronado. É crucial que se avance para a sua implementação, para qualificar e reorganizar urbanisticamente o segundo polo urbano do concelho. A criação de um Ecossistema Empresarial da Trofa, com uma nova área de localização empresarial, que seja escalável, podendo começar pequena, mas com espaço para crescer, que possa ser atrativa para a implantação das novas indústrias e serviços. Não devemos esquecer que a Trofa tem condições geográficas muito boas para implementar um projeto deste género. Há investidores estrangeiros cada vez mais interessados em investir em Portugal. A Trofa deve ter a ambição de se colocar na posição para receber estes investimentos. A Câmara e a AEBA têm dado passos importantes para o arranque desta cultura de empreendedorismo, como o projeto LINCE. Mas no meu entender há condições para ir mais longe e o Município tem de se apresentar com iniciativas (ex: participação na Web Summit) e eventos para promover e dar a conhecer os seus projetos a este nível. Finalmente, tornar a Trofa um Município digital, com a implementação do conceito de “Smart City” na gestão do concelho e das suas infraestruturas. Também a disponibilização de rede wifi no seu território deve ser um objetivo a concretizar logo que possível. São estes passos que contagiam e estimulam o aparecimento de novos projetos, que podem ir da modernização da agricultura, à digitalização da indústria e à capacitação dos serviços. Os fundos comunitários devem ser a fonte primordial para financiar estes investimentos. Eles existem e estão disponíveis para quem apresentar bons projetos, como a Câmara bem sabe, porque também tem feito bom uso deles.
8
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Entrevista
“Gosto de pensar no edifício dos Paços do Concelho como uma igreja medieval paradoxalmente aberta ao espaço público” José Carlos Nunes Oliveira é trofense e foi o escolhido para arquitetar o edifício dos Paços do Concelho. Em entrevista ao NT, o arquiteto revelou algumas das especificidades do projeto e os desafios que tem pela frente para conceber a obra mais importante em 20 anos de concelho. CÁTIA VELOSO
O Notícias da Trofa (NT): Ficou surpreendido com o convite da Câmara Municipal para elaborar o projeto? José Carlos Oliveira (JCO): Absolutamente. Nada na minha rotina ou nas relações que estabeleço diariamente o fazia prever. NT: Durante a apresentação do projeto, referiu que ao longo dos anos foi comunicando aos executivos camarários a ideia que defendia sobre a importância de a Trofa ter edifícios que fossem capazes de despertar interesse turístico. Foi nessa linha que pensou o edifício dos Paços do Concelho? JCO: Não foi exatamente o que revelei publicamente e jamais me coloquei a mim ou às minhas obras em tal condição de imodéstia. Não há qualquer presunção a atração turística de um projeto de arquitetura. Permita-me que explique sem eufemismos, nem compaixão o que eu quis dizer. O que eu disse foi que a Trofa não integra qualquer roteiro de relevância arquitetónica. Como não desperta especial interesse turístico ou paisagístico, senão o interesse fenomenológico do seu urbanismo. Ou, como sabemos, o escárnio dos forasteiros sobre as suas singularidades urbanas. Neste sentido, defendi que convidar uma personalidade de reconhecido mérito da arquitetura, para a elaboração de um plano, de uma intervenção urbana ou de uma realização arquitetónica estruturante, poderia ser altamente pedagógico, inspirador e poderia produzir efeitos benéficos por contágio. Naturalmente, a intervenção de um ícone desperta a atenção e a curiosidade das massas, dos meios de comunicação e dos aficionados de um determinado fenómeno. Este é o efeito Guggenheim em Bilbao, Vila Olímpica de Barcelona, Chiado em Lisboa, Casa da Música no Porto, Távora em Guimarães e abstenho-me de enunciar outros bons programas ou escolhas estratégi-
cas nos municípios vizinhos. Por fim, o efeito turístico da arquitetura não é uma preposição, mas um efeito que pode ocorrer. Tem caráter totalmente aleatório ou imprevisível, mas com interesse cultural, económico e social. NT: A localização e as características do terreno onde vão ser implantados competiram de alguma maneira com esse objetivo? JCO: Acabei de rejeitar a vocação turística do edifício dos paços de concelho, por isso creio que nenhuma circunstância pode afetar o improvável ou alimentar conjeturas. As caraterísticas da localização podem, contudo, condicionar a forma do edifício. Para mim afetam sempre, mas digo podem porque é uma questão de postura individual. Foi o caso! Um terreno que tem cerca de 200 por 20 e poucos metros para implantar um edifício com a dimensão e complexidade de uma sede de município é sempre condicionador. Por outro lado, o facto de se tratar de uma área desvitalizada da cidade, com fraco enquadramento e de fracos recursos viários, nunca foi considerado como limitação ou inibição, mas como um desafio. De imediato acreditei que seria uma excelente oportunidade de regeneração urbana no centro da Trofa e que na extensão da intervenção realizada nos parques Lima Carneiro e Nossa Senhora das Dores e na sequência da excelente operação realizada na Alameda da Estação poderia estabelecer-se categoricamente como o tão almejado coração da cidade, há tanto reclamado, mas nunca conseguido. NT: Quais as principais dificuldades que encontrou no arranque da elaboração do projeto? JCO: Já referi uma - a especificidade do lugar. Outras foram: a complexidade do programa; a contenção económica… A principal foi (ou é) a ansiedade. Não me posso lamentar. Não é um fator externo, depende exclusivamente de mim próprio que devo e posso controlar. Julgo que é um estado de espírito que frequentemente se abate sobre os criativos, muito particularmente sobre arquitetos ou sobre aqueles que tomam decisões que podem condicionar em definitivo a vida dos cidadãos. É uma reação emocional e é um mecanismo de
defesa. Por um lado queremos ver o resultado final - mas na nossa atividade todos os processos são demasiado morosos (encomenda, financiamento, projeto, aprovações, autorizações e obras) -, por outro é a preocupação com tudo e com cada detalhe. A arquitetura é também o domínio da ansiedade. NT: Como define o edifício que idealizou? Quais as vantagens que trazem os materiais eleitos, como o betão, a madeira, o tijolo e a luz, como referiu? JCO: Tal como apresentei, gosto de pensar nele como uma igreja medieval paradoxalmente aberta ao espaço público. Um edifício em que nada é acessório, cujo material, estrutura, forma e espaço são uma entidade indivisível. Um edifício cuja matéria esculpida gera a estrutura, confina o espaço que se abre à luz que lhe confere sentido e desenho. Um edifício firme, afirmativo, austero, regulador. Julgo que o betão é atualmente o que mais se aproxima deste carácter unitário. Não obstante, as suas extraordinárias qualidades, o betão aparentemente indestrutível, não é autossuficiente. O betão não dispensa proteção. Necessita de isolamento e impermeabilização. Envelhece como uma rocha. Bem executado e protegido perpetua-se como no primeiro dia. Em minha opinião não deveria ser revestido por um material
“A boa arquitetura envolve risco, uma boa imagem não resulta necessariamente numa boa obra e é na obra que todos seremos colocados à prova. A obra não é apenas minha. A arquitetura é uma arte coletiva. Para o bem e para o mal, divido a responsabilidade daquilo que for o resultado dos últimos paços de concelho em Portugal com todos quantos participarem na sua realização”.
parasita. Deveria ser protegido por uma carcaça sólida e resistente. Firme, autoportante, autêntico e ancestral é o tijolo de face à vista. O tijolo dispensa acessórios, dispensa manutenção. Também charmosa envelhece a madeira com que se constroem os pavimentos, as portas e o mobiliário. Por fim, o vidro. Ou doutro modo a luz, como diz. A luz descontrolada é um problema. Contida, a luz é o fator que define a qualidade imaterial do espaço e da relação com a paisagem. NT: Porque abdicou dos revestimentos exteriores? JCO: Não abdiquei. Acabei de referir que o tijolo de face à vista é a carcaça do edifício. Tendo em conta preço, aspeto e desempenho pareceu-me o revestimento mais adequado - o melhor produto ao melhor preço. Os melhores, mais sofisticados, mais belos revestimentos capazes de proteger os edifícios do vandalismo e da erosão do tempo e que são simultaneamente atraentes, são também muito dispendiosos. Os mais acessíveis, são necessariamente menos sedutores e/ou menos resis-
tentes. Tornam-se por isso muito dispendiosos ao longo da vida dos edifícios, ou simplesmente aberrantes. Assim, partindo deste facto, acredito que um revestimento desajustado às exigências mecânicas, privilegiando apenas o valor pecuniário que o cliente pode suportar no momento da obra ou que privilegie apenas os apelos estéticos enfraquece um edifício, quer seja do ponto vista conceptual, quer seja do ponto de vista construtivo. Além disso, habitualmente privilegio os materiais que impõem maior rigor construtivo. Valorizo a essência, dispenso a maquilhagem. NT: Como se fará o acesso rodoviário ao edifício? JCO: Tal como se faz atualmente, pela rua Prof. Mário Padrão e pela estrutura viária que lhe dá suporte. Mas nada será igual. O projeto inspira o executivo municipal a proceder ao reperfilamento e à continuidade do traçado da rua atualmente em situação de impasse. A rua dará acesso ao parque de estacionamento ao ar livre, na extremidade sul do terreno ou ao estacionamento coberto no subsolo.
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
9
Trofa - 20 anos
NT: Durante a apresentação, afirmou que será necessário muito apoio dos intervenientes para o sucesso da obra. Quais prevê que sejam as principais dificuldades de execução do projeto no terreno? JCO: A construção de uma obra de arquitetura é, inevitavelmente, um processo muito exigente. É extenso, intenso e complexo. Desde logo porque a obra é uma imposição ao lugar. É um fenómeno artificial - as obras não nascem espontaneamente da terra. A obra de arquitetura não é um produto repetível, testado e certificado. Cada obra é um protótipo que está sujeito a diferentes condições, a diferentes agentes. É o compromisso possível entre uma grande diversidade de materiais, traba-
lhos e equipamentos, por vezes nunca antes testados em confronto. São esforços conjugados entre equipas que se desconhecem e que não dividem rigorosamente os mesmos interesses. É por isso um enorme desafio à coordenação das várias equipas. Equipas essas compostas por um corpo heterogéneo que são as pessoas. Por vezes divergentes e conflituantes. Uma obra de arquitetura erige-se para se perpetuar, se não forem tomadas as melhores opções, se não for devidamente preparada não se consuma em pleno. Aqui tem ação o dono de obra na defesa intransigente da sua encomenda. Sem esta determinação inflexível do cliente, não há arquiteto ou obra que resista.
10
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade Espaço com nova gerência reabriu a 8 de novembro
Minipreço da Trofa renovado e com novos serviços O Minipreço da Trofa reabriu após algumas obras de remodelação, suscitadas pela nova gerência, que providenciou, além da nova decoração, novos serviços e promoções todo o ano. Além da loja, os clientes contam com uma cafetaria e um espaço dedicado às crianças. Para breve, está prevista a abertura de um talho. O Minipreço renasceu na Trofa. O supermercado, situado em pleno coração da cidade, reabriu a 8 de novembro com nova gerência, que providenciou uma vida nova ao estabelecimento e um conjunto de serviços que prometem o melhor ao mais baixo preço. Na primeira experiência com negócio próprio, o franqueado da loja canalizou toda a experiência que adquiriu no retalho alimentar na exploração de uma marca de prestígio da área como é o MiniPreço. Foi operada uma pequena revo-
lução no espaço, com nova decoração e mais serviços. Na primeira semana da reabertura, os clientes tiveram direito a dez por cento de desconto e a muitas surpresas na cafetaria “Tempo Caffé”. A estes “mimos” juntam-se todas as promoções realizadas a nível nacional, quer seja através dos panfletos semanais entregues na loja, quer seja através do cartão Minipreço, que garante descontos diários durante todo o ano. O cartão pode ser solicitado em qualquer altura, no estabelecimento. A cereja no topo do bolo é o compromisso do preço mais baixo para produtos selecionados. Além do espaço de cafetaria, onde pode tomar o pequeno-almoço em boa companhia, fazer uma pausa para café ou até, sem pressa, sentar-se confortavelmente enquanto se delicia com os produtos de pastelaria, o Minipreço da Trofa garante também um espaço dedicado aos mais pequenos e a abertura, em breve, de um talho. Mas novidades surgirão todo o ano, por isso, o melhor
é seguir a página de Facebook do supermercado, em “Mini Preço – Trofa”, para não perder nenhuma. Com a nova gerência surgiram também novos postos de trabalho no supermercado, que atualmente conta com 14 colaborado-
res, mas é expectável que o número possa subir, em resposta à expansão dos serviços. Para além dos valores do Minipreço a nível nacional e internacional, a loja da Trofa aspira ter um envolvimento profundo com a
comunidade local, apoiando instituições e privilegiando o apoio aos mais carenciados. É também um propósito a contribuição no domínio da educação ambiental, cultural e desportiva.
www.ONOTICIASDATROFA.pt
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
11
Trofa - 20 anos
Os Rostos da Conquista Camilo Faria “Foram tantos e bons momentos! Preparar tudo para levar no autocarro, de S. Romão foi um autocarro e cerca de 20 carros particulares. Preparar cartazes, bandeiras, camisolas, contactar um, contactar outro. Chegando a Lisboa, ver a união de uma região em prol dum melhor presente e num outro futuro. A Trofa, a pequena Trofa que só pedia para ser concelho, fazia parar toda uma cidade, a grande capital Lisboa. Com o lema ‘Eu sou da Trofa e a Trofa é minha’, esperamos pelo ansioso Sim! Espera algo desesperante, mas sempre confiante! Ali eram milhares a gritar, eram novos e menos novos, orgulhosamente dizendo ‘Somos da Trofa!’. Foi um dia sem igual, ímpar onde milhares sem se conhecerem de lado nunhum fizeram a mesma estrada, abraçaram-se, sorriram uns para outros e diziam ‘Conseguimos!’”
Abel Ferreira “Em 19 de novembro de 1998, fui a Lisboa,assim como milhares de trofenses, em busca da emancipação, enfim da nossa Liberdade. Na época, era deputado à Assembleia de Freguesia de S.Martinho de Bougado, e por inerência, membro da Comissão Promotora do Concelho da Trofa, (ver livro Concelho da Trofa de Costa Ferreira, página 108) e como tal, em Lisboa, fui convidado para marcar presença nas galerias, onde assisti à votação e proclamação da nossa independência. Na altura, fiquei um pouco desiludido com o poder na Trofa, pois, no meu entender, fizeram um aproveitamento político da situação e quem era PSD era a favor da independência e quem era PS era contra. Nada mais enganador, mas que servia os interesses de uns quantos, que com o decorrer dos tempos viriam a ser desmascarados. A independência deveria servir a Trofa e nunca alguns trofenses, como ainda hoje é o caso... Mas fico-me pela felicidade de saber a minha Trofa independente!”
12
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
Trofa - 20 anos
Os Rostos da Conquista Manuel Pinto
“Creio que foi por volta das 17.30 horas. Eu ia, mais ao menos, a meio do grupo, pela Rua de S. Bento a caminho da Assembleia quando me apercebi que era a Amália Rodrigues que estava no segundo andar daquela casa. Nem sabia que a senhora estava ali, que vivia ali. Dei um berro em voz alta a dizer: “ei pessoal, olhai a Amália”. Os que estavam para a frente não se aperceberam e continuaram o trajeto deles. Os restantes bateram palmas, deliraram com a Amália, que abriu os braços. Depois, alguém pediu autorização para subir até junto dela e entregar-lhe uma t-shirt e um bivaque de papel. A Amália Rodrigues fez o favor de vir ao primeiro piso, pôs o bivaque na cabeça, pôs a camisola na frente dela e foi quando aproveitei para tirar a fotografia. Estava mesmo na entrada do prédio. Depois o rancho infantil de Cidai dançou como forma de agradecimento. Foi um momento bonito, delirante. As pessoas vibraram. Tenho a certeza que foi um momento único. Passado um ano, ela veio cá à Trofa”.
www.ONOTICIASDATROFA.pt
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
13
Atualidade
Política ao sabor das castanhas
João Mendes
CRÓNICA A importância de uma pequena obra Não tenho por hábito elogiar qualquer buraco que se remende, qualquer passeio que se reabilite, qualquer estrada que se ajeite. Não que estas pequenas obras não tenham importância, é claro que têm, mas porque essa é uma das funções de quem se propõe governar uma freguesia ou uma autarquia, sendo devidamente remunerado, bem acima da média, para o efeito. É, portanto, a obrigação desta gente, não um favor que nos fazem. Percebo, naturalmente, que os militantes dos partidos no poder, em particular os que procuram emprego ou a oportunidade de uma vida larga, considerando a realidade portuguesa na qual os salários tendem a ser inferiores a 1000€, sintam necessidade de fazer claque para os seus chefes partidários. Quanto mais os pompons abanam, maior a possibilidade de se conseguir um bom lugar ou um generoso ajuste directo. A malta das jotas que o diga! Contudo, o tema que hoje vos trago diz respeito precisamente a uma dessas pequenas obras, que quem se propõe governar tem mais do que obrigação de fazer e não esperar palmadas nas costas, porque, repito, esse o seu trabalho, não um favor que nos fazem. Trata-se de um pequeno estacionamento que está a nascer na Rua Monge Pedro, que desemboca na Rua São Martinho, em frente à Igreja Matriz da Trofa, junto à residência paroquial. E sinto-me na obrigação de escrever sobre ele por ser um tema sobre o qual protestei inúmeras vezes, por motivos óbvios. Este novo estacionamento é particularmente importante por vários motivos. Em primeiro lugar porque permitiu alargar uma rua até então demasiadamente estreita, regra geral entupida em dia de importantes cerimónias religiosas, que se sucedem na Igreja Velha e no cemitério ali ao lado. Em segundo porque o próprio piso da rua, bastante acidentado, foi também reabilitado, melhorando a circulação e a “saúde” dos veículos que por ali passam. Em terceiro lugar porque aquela zona ganhará nova vida em breve, assim que o grupo Vigent se instalar na antiga Ráfia, e necessitará de mais aparcamento. Porém, existe um quarto aspecto, a meu ver o mais relevante, que diz respeito à balbúrdia que por ali se vive diariamente. Conheço-a bem porque vivo ali, não me afecta directamente porque tenho lugar de garagem, mas não deixa de me irritar a falta de civismo de quem por ali estaciona como quer, não raras vezes no meio da faixa de rodagem, sem que a acção da Polícia Municipal, em tempos tão activa em zonas como a Rua Conde São Bento, se faça sentir, o que de resto não admira, não tivesse este executivo corrido com a maioria deles, sobrando apenas um efectivo de três agentes. A situação do largo no início da Rua Monge Pedro, em torno do cruzeiro que lá se encontra, é vergonhosa, perigosa e uma demonstração do pior que a falta de civismo tem. Sempre assim foi, pelo menos desde que me lembro e, garantidamente, desde que para ali me mudei há quase dez anos, e nada, absolutamente nada, foi até agora feito para minimizar o problema, apesar da quantidade de serviços públicos, e não só, que se concentram naquela zona. Espero, sinceramente, que o aumento do estacionamento no local, proporcionado por uma obra que não acontece por acaso e que coincide com a recta final das obras nas novas instalações da casa-mãe da Brasmar e da Metalogalva, ajude a solucionar o problema do estacionamento naquela zona, apesar do natural cepticismo de quem diariamente observa o amontoar de carros no meio da estrada, em frente à conservatória, quando na Rua Engenheiro António Dias da Costa Serra sobram lugares de estacionamento. E saúdo a obra, que farto de ver os meus impostos pagarem ajustes directos suspeitos e cargos para dirigentes da JSD estou eu.
O PS realizou, a 10 de novembro, um magusto para militantes, na freguesia de Covelas. A secção da Trofa e a estrutura concelhia do partido juntaram-se para comemorar o dia dedicado às “saborosas castanhas” e nem a chuva e o frio impediram a presença de um número significativo de pessoas. Segundo fonte socialista, o momento “proporcionou um agradável convívio”, através do qual “os dirigentes do PS aproveitaram para dirigir algumas palavras aos militantes”. O candidato à Junta de Freguesia de Covelas nas últimas eleições autárquicas, José Santos, afirmou que o PS “tem feito um trabalho de fiscalização nas assembleias” e alertou para a inércia do executivo da Junta de Freguesia local e pela incapacidade notória em desenvolver a freguesia. “Os limites de Covelas” são uma das suas preocupações, “numa altura em que a localidade se prepara para perder território sem que o seu presidente de Junta seja capaz de alterar o rumo dos acontecimentos”, considerou. Já o último candidato à Câmara Municipal da Trofa e atual vereador do PS, Amadeu Dias, tomou da palavra para fazer um “balanço” do primeiro ano de mandato. “Um ano marcado por uma oposição vigilante, fiscalizadora e construtiva. Um ano em que o PS apresentou várias propostas das quais destaca, na educação, a oferta dos manuais escolares a todos os alunos até ao 2.º ciclo; na mobilidade, a requalificação de eixos viários e alargamento da rede de passeios para peões por todo o concelho e a criação de um serviço municipal de transportes urbanos que sirva todo o concelho; na cultura, a criação de uma agenda cultural anual, aproveitando o talento dos trofenses; a erradicação do analfabetismo e o aumento da dotação orçamental do Orçamento Participativo Jovem (OPJ) e a sua modernização através do voto eletrónico”.
O vereador socialista anunciou que os eleitos do PS, em reunião de câmara, votaram contra a manutenção da taxa de 0,45 por cento de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis). Por último, o presidente do PS Trofa e líder de bancada na Assembleia Municipal, Luís Cameirão, aproveitou a oportunidade para elogiar “a mobilização dos socialistas e o sinal inequívoco de vitalidade que o partido tem dado nesta nova liderança”. “Um projeto assente na valorização dos mais jovens e na formação e preparação dos dirigentes para que o PS Trofa seja mais forte. O Orçamento de Estado e o trabalho que o Governo do PS tem realizado foi igualmente elogiado pelo líder da concelhia”, afirmou fonte do partido.
Festa de S. Romão Paróquia de com cartaz S. Martinho em festa recheado As festas de S. Romão de Coronado levam ao Largo do Seixinho, a 17 e 18 de novembro, José Malhoa, Adelaide Ferreira, Tozé, Nelo Silva, Paulo Ribeiro e Zé Cabra. Estes são alguns dos artistas que compõem o cartaz que promete animar os romanenses e todos os que quiserem visitar a freguesia. Da música à gastronomia, há opções para “todos os gostos”. No dia 17, há as “tradicionais” castanhas e vinho à discrição, numa ação providenciada pela comissão de festas, liderada por António Faria. A festa inicia-se, nesse dia, com a atuação do grupo de bombos “Os Amigos de Boelhe”, que vai percorrer as ruas da freguesia a partir das 8.30 horas. A partir das 21 horas, sobem ao palco Hugo Band, Tozé (vocalista dos Perfume), Nelo Ferreira, Nelo Silva, Zé Cabra e Paulo Ribeiro. À meia-noite, o céu ilumina-se com a sessão de fogo de artifício. No domingo, há missa em ação de graças ao padroeiro S. Romão, na Igreja Paroquial, seguindo-se a procissão, às 15 horas, com saída da Igreja e encerramento no Largo do Seixinho. Depois, a música volta a destacar-se com os espetáculos de Valter Lopes, Alex, Adelaide Ferreira e José Malhoa. Muito satisfeito com o cartaz que a comissão de festas conseguiu elaborar, António Faria espera que haja grande afluência, às festas. C.V./J.F.
A paróquia de S. Martinho de Bougado está em festa. Além de festejar o dia do padroeiro, 11 de novembro, com uma eucaristia presidida por D. Zacarias, bispo em Angola, a comunidade celebra também as bodas de prata da Igreja Nova. Na quarta-feira, 14 de novembro, decorreu uma missa solene comemorativa dos 25 anos da sagração do altar e inauguração da igreja. No sábado, 17 de novembro, às 19 horas, realiza-se uma eucaristia solene na Igreja Nova, seguindo-se um jantar comemorativo da efeméride. Destaca-se também a cerimónia do crisma, realizada no domingo, dia 11, com participação de mais de 150 jovens da Vigararia Trofa-Vila do Conde. C.V./A.C.
14
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
Atualidade
Ex-ministro das Finanças na Gala da AEBA O ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, é o convidado de honra da Gala do Associado, que marca o 18.º aniversário da Associação Empresarial do Baixo. A cerimónia decorre esta sexta-feira, a partir das 19.30 horas, na Quinta da Azenha, em Guidões, e ficará também marcada pela distinção aos sócios com 10 e 15 anos de ligação contínua à associação. Serão também agraciadas as empresas que mereceram o estatuto de PME Excelência. Durante a Gala, Teixeira dos Santos, que atualmente é CEO do EuroBic, Bando BIC Português, vai fazer uma exposição orientada no tempo “Competitividade e Crescimento: desafios inadiáveis”. C.V.
Falar de cancro com humor no Clube Slotcar “Ser feliz no caos!” é o mote para a conversa que vai acontecer no domingo, 18 de novembro, às 18 horas, no Clube Slotcar da Trofa. Marine Antunes, autora do livro “Cancro com Humor 2”, vai marcar presença na sede do Clube, para falar de uma forma leve e humorística sobre a doença, desmistificando-a. A oradora vai partilhar as suas vivências e explicar como lidou com a doença durante a adolescência. A iniciativa, promovida pelo Clube Slotcar da Trofa, trata um tema atual, que atinge direta e indiretamente grande parte da população. Só que, ao contrário do habitual, será a boa disposição e o sorriso no rosto que vão dominar a conversa. “Cancro com Humor 2” é um livro com uma história real, que certamente tocará muitos corações.
Os Rostos da Conquista Arminda Gomes Lembro-me de, logo pela manhã, estarmos todos juntos à espera das camionetas para ir para Lisboa. Vinham todos com as cestas e os garrafões de vinho como é típico dos nortenhos. Quando chegamos a Lisboa, paramos todos no Parque Eduardo VII para podermos almoçar. Lembro-me também de haver imensa polícia por todo lado onde estávamos. Eram 2 ou 3 horas da tarde quando começamos a nossa romaria até à Assembleia da República. Fomos sempre acompanhados pela polícia e acarinhados por onde passávamos. Quando chegamos, já lá se encontravam os de Canas de Senhorim, coitados meia dúzia de pessoas. O rancho que nos acompanhou foi tocando pelo caminho e lá fez uma apresentação. Entretanto, começamos a ver a polícia de segurança a chegar para estar à nossa frente e aí os ânimos exaltaram-se um bocadinho. Eu reparei que um deles era da Trofa e era meu amigo e só pedia para não ficarmos à frente dele. Pedia mesmo por favor. Tenho a certeza que ele, se não estivesse a trabalhar estaria do nosso lado e não do deles. As horas começaram a passar e nada se decidia lá dentro e nós cá fora desesperados, estávamos sempre a olhar para as varandas na esperança de haver um OK. Foi muito dura a espera, mas quando vieram dizer sim, foi a explosão total. Muitos queriam entrar à força na Assembleia, havia choros de alegria, já quase não tínhamos voz para gritar. Uma sensação indescritível. Acho que enquanto viver vou ter sempre na lembrança aquele dia”.
www.ONOTICIASDATROFA.pt
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
15
Atualidade
Lista P venceu eleições para a Associação de Estudantes na Secundária A Escola Secundária da Trofa 12.º ano, sentiu vontade de formar viveu dias de intensa atividade uma lista e contribuir ativamente com a campanha das listas que para o bom funcionamento da esse candidataram à Associação de cola. “Todos os cargos foram eleiEstudantes. A eleição realizou-se tos por unanimidade, de acordo a 9 de novembro e a maioria dos com as aptidões de cada um. Por votos foram atribuídos à Lista P. isso, fui eleita como presidente “Pelo Progresso” era o slogan de pela postura e pelo à vontade de campanha da lista presidida por expressão, sabendo ouvir e resMaria Faria, que agora tem pela peitar opiniões contrárias. O obfrente um cargo de responsabili- jetivo base de toda a nossa equidade, numa escola com mais de pa é evoluir, progredir, daí o nos1500 alunos. so slogan”, explicou. Em entrevista ao NT, a nova pre“Promover a solidariedade, desidente da Associação de Estu- fender os direitos e deveres dos dantes relevou a grande “adesão” alunos e discutir os problemas do dos jovens nas ações de campa- quotidiano” são alguns dos pasnha, que passaram por oferecer sos que a nova Associação de Esbrindes, como tshirts, pulseiras tudantes quer trilhar ao longo do e autocolantes, ou organizar mi- mandato, conjugando-os com atini-espetáculos de dança e música vidades que vão ao encontro dos L ista P venceu eleições para A ssociação de E studantes ou encontros com youtubers, nos gostos dos jovens, como “concurintervalos maiores entre as aulas. sos escolares” em diversas áreas, “torneios desportivos”, distinção “criação de clubes”, “sessões de Maria Faria faz parte um gru- “palestras e feiras” sobre forma- da turma com melhores resulta- cinema” no final de cada período po de alunos que, no início do ção académica e profissional, dos escolares em cada ano letivo, e “festas temáticas”, sem esque-
Aviso para evitar multa e desrespeito pelo outro É recorrente assistir-se ao desrespeito pelo sinal rodoviário que dá estacionamento exclusivo a veículos com dístico de deficiente, principalmente em parques de estacionamento de estabelecimentos como os supermercados. A falta de civismo e a contraordenação passa, na maior parte das vezes, por entre os pingos da chuva, não havendo nenhuma consequência pela prática, o que provoca ainda mais episódios do género. A exceção, porém, existiu no supermercado Pingo Doce, em Santiago de Bougado, quando os responsáveis decidiram colocar um aviso em viaturas estacionadas indevidamente nos lugares reservados para deficientes. “Ocupar o lugar dos outros é grave” podia ler-se num dos avisos colocados, que apresentava ainda as consequências da infração: menos dois pontos na carta de condução e multa que pode variar entre 60 a 300 euros. C.V.
Slotcar cria projeto de teatro e apresenta “Aladino” “Preencher uma lacuna aproveitando o entusiasmo de um grupo de jovens” é o grande objetivo do Clube Slotcar da Trofa com a apresentação de um projeto de teatro, que o público vai conhecer a 8 de dezembro, às 21 horas, no salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa. “Aladino” é a peça encenada por Susana Costa que o novo grupo de teatro da associação, composto por crianças e jovens dos seis aos 26 anos, vai levar à cena. “Um mundo ideal” é o mote da história infantil, que promete um bom serão em família. André Coroa, presidente do Clube Slotcar da Trofa explicou que o projeto surgiu pelo facto de no concelho a arte ter perdido expressão, tendo apenas surgido “de forma esporádica por grupos de jovens nas freguesias do Muro e de S. Mamede do Coronado”. “Estamos a falar de um grupo amador, que, depois de um ano a amadurecer a ideia, avançou para os ensaios, e só depois de vermos como vai correr é que decidiremos se avançamos com o projeto, apesar de já termos um pedido para uma segunda apresentação”, explicou o responsável. O musical baseado no filme de animação da Disney está em fase de ensaios desde agosto e segundo André Coroa “tudo foi construído de raiz pelo grupo, desde as roupas, aos cenários e aos acessórios”.
cer o “baile de finalistas” para o 9.º e 12.º ano.
Análises à água levam ao encerramento de piscina do Aquaplace
Utentes receberam mensagem de telemóvel sobre interdição da piscina Uma das piscinas do Aquaplace - Academia Municipal da Trofa – foi interdita pelo delegado de saúde na sexta-feira, dia 9 de novembro, devido à alegada má qualidade da água. Os utilizadores terão recebido mensagens de telemóvel a informar do encerramento da piscina de menor dimensão, normalmente utilizada por crianças. Em declarações ao NT, Luciano Santos, delegado de saúda da Unidade de Saúde Pública de Santo Tirso, fez saber que a suspensão foi decretada na sequência das “análises de rotina às piscinas” da Academia, uma vez que a qualidade da água não cumpria os pressupostos legais, tendo sido necessário “efetuar um reforço do cloro”. “Não é nada de preocupante e desconheço algum caso de infeção por parte de algum utilizador do Aquaplace”, referiu ainda. Até ao fecho de edição, a piscina mantinha-se encerrada. O NT pediu esclarecimentos à Câmara Municipal da Trofa, responsável pela manutenção do Aquaplace, mas não obteve resposta em tempo útil.
16
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Desporto
Nadadora da Trofa representa país no Mundial de Salvamento Aquático Na Seleção Nacional de Salvamento Aquático Desportivo, que já se encontra na Austrália para o Campeonato do Mundo, há uma trofense com grandes expectativas. Susana Cruz, bombeira e há quatro anos nadadora-salvadora, foi campeã nacional de salvamento aquático e participa pela primeira vez na competição mundial. Esta prova, que se realiza de 21 a 26 de novembro, destina-se a incentivar os nadadores-salvadores a desenvolver, manter e melhorar as suas capacidades físicas e mentais essenciais para salvar vidas no ambiente aquático. As competições são então pensadas para testar as habilidades de salvamento, aptidão e motivação dos concorrentes, dividindo-se em dois setores, piscina e praia. Cada setor é composto por
Susana Cruz (segunda à esquerda) é da T rofa e vai representar o país no Mundial de Salvamento Aquático cerca de nove provas, em que participam as equipas que podem ter até 12 nadadores. No Campeonato do Mundo vão participar cerca de
40 seleções, cujos elementos são selecionados de acordo com o ranking obtido nos campeonatos nacionais. Em declarações ao NT,
COOPERATIVA DOS AGRICULTORES DOS CONCELHOS DE SANTO TIRSO E TROFA C.R.L. CONVOCATÓRIA Nos termos do disposto no artigo 23º dos Estatutos da Cooperativa dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, C.R.L, convoco a Assembleia Geral a reunir em Sessão Ordinária, na sede, sita na Rua Prof. Dr. António Faria Carneiro Pacheco, em Santo Tirso, no dia 29 de Novembro de 2018, pelas 13.30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: ASSEMBLEIA SECTORIAL – às 13:30 Horas 1 - Secção Leiteira: a) - Orçamento e Plano de Atividades desta secção para o exercício do ano de 2019. 2 - Secção de Higiene e Sanidade Animal (O.P.P) a) - Orçamento e Plano das atividades desta secção para o exercício do ano de 2019. 3 - Secção Compra e Venda a) - Orçamento e Plano das atividades desta secção para o exercício do ano de 2019. ASSEMBLEIA GERAL – às 14:30 Horas a) - Leitura da Acta da Reunião anterior. b) - Apreciação e votação do Orçamento e Plano de Atividades para o exercício do ano de 2019 c) - Informações As assembleias reunirão à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Cooperadores com direito a voto. Se à hora marcada não se verificar o número de presenças previsto no número anterior, as Assembleias reunirão com qualquer número de Cooperadores, uma hora depois. Santo Tirso, 6 de Novembro de 2018 O Presidente da Assembleia – Geral Manuel Gil Prieto Carvalho Ferreira
Susana Cruz afirmou que sente“uma grande responsabilidade em cima dos ombros, por representar o país”. “Um dos meus objetivos em todas as provas
passa por dar o meu melhor, aproveitando também para conhecer uma realidade diferente dos campeonatos”, atestou a jovem de 22 anos. C.V./H.M.
Trofense goleado em jogo sem história O Trofense perdeu, no domingo, diante do Gil Vicente por 4-1, em partida referente à 11.ª jornada da série A do Campeonato de Portugal. Uma vez que o Gil Vicente cumpre uma época “sabática” antes de regressar à 1.ª Liga, o jogo não conta para a classificação. Atualmente, a equipa da Trofa está na 3.ª posição, com 21 pontos, enquanto o 2.º, S. Martinho, empatou e tem 23 pontos e o líder, Vizela, venceu e segue com 30 pontos. Na próxima jornada, disputada no domingo, 18 de novembro, às 15 horas, o Trofense recebe o Merelinense, que está no 9.º lugar, com 12 pontos.C.V.
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
140 pessoas participam em torneio de crossfit na Trofa É a modalidade da moda e tem atraído muitos curiosos pelo fator novidade e constante desafio. A Trofa não se exclui deste mundo e a MIDA é um dos quartéis generais do cross fit no concelho. Ali aconteceu, a 10 de novembro, a 3.ª edição do torneio de equipas do Crossfit Vale do Ave, que começou por ser uma competição caseira e hoje é já uma referência na região, contando com cerca de 140 atletas. Nuns modestos metros quadrados, o ar a fazer lembrar sauna denunciava o esforço físico a que os participantes eram desafiados para cumprir no tempo estipulado o maior número de repetições dos exercícios. Além do levantamento de peso, os concorrentes tinham pela frente outros exercícios como natação e ginástica. É a diversidade que caracteriza esta modalidade. Segundo Fernando Barradas, que a definiu como “treino funcional, constantemente variado e feito a alta intensidade, o melhor “é mesmo experimentar para perceber”. Ainda segundo o responsável da box da Trofa, “a ideia do crossfit é trabalhar tudo”. “Como tem um espectro muito amplo, não temos objetivos definidos. Aliás, o crossfit dá para toda a gente, para qualquer capacidade. O que pretendemos dos nossos atletas é que eles estejam sempre a evoluir”, frisou. João Guedes, residente na Trofa, descobriu a modalidade há quase dois anos. Depois de experimentar, tornou-se aficionado. “Para mim, cross fit é a superação em si. É saber que amanhã vou ser melhor do que hoje. É traçar objetivos e com o tempo vê-los acontecer. Coisas que eu pensava ser impossível, como flexões em pino e andar em pino, hoje consigo fazer”, explicou.
Também Sofia Naldinho atribui como principal valia do cross fit “o constante desafio que nos coloca”. “O facto de nos colocar a fazer coisas que nós nunca na vida sonhamos algum dia fazer e de nos permitir tirar proveito d o s n o s s o s pontos fortes e ganhar alguma va ntagem com isso. E trabalhar as nossas fraquezas para que deixem de ser”, explicou. De segunda a
17
Desporto
sábado passam pela box do Crossfit Vale do Ave cerca de 140 pessoas. O objetivo, diz Fernando Barradas, é continuar a crescer.
18
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 de novembro 2018
Desporto
Passeio de enduro pelos trilhos do concelho
Este ano, o Raid Extreme, que até agora se fazia a partir do Coronado, teve como novidade o início em Covelas e a organização, do grupo Extreme Maia, contou com o apoio da comissão de festas de S. Gonçalo. Num dia de céu cinzento e com alguma chuva,a 10 de novembro, os cerca de 200 participantes tiveram desafios em todo o tipo de terreno, com diversos graus de dificuldade, como subir montes ou degraus de edifícios em ruínas, atravessar terreno rochoso ou linhas de água. C.V.
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Bougadense sofre terceira derrota consecutiva O Atlético Clube Bougadense somou a terceira derrota consecutiva no campeonato, no domingo, na receção ao S. Lourenço do Douro. Em partida a contar para a 9.ª jornada da série 2 da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto, a formação de Bougado acabou derrotada por 1-3, descendo ao 14.º e antepenúltimo lugar da tabela classificativa, com nove pontos. Segundo Emanuel Costa, treinador da equipa bougadense, “para uma equipa que chegava a este jogo após duas derrotas consecutivas, era fundamental ter um início de jogo que proporcionasse confiança e aconteceu, precisamente, o oposto”. “Com um pontapé de saída a nosso favor, sofremos um golo logo aos 31 segundos, o que, para quem já estava, naturalmente, ansioso, cria ainda maior ansiedade e desconfiança no futuro”, descreveu o técnico
que considera que a contrariedade “inibiu” a equipa, salvaguardando que os jogadores foram “à luta”, conseguindo empatar na sequência de uma “excelente jogada coletiva”. Só que a tarefa complicou-se perante um adversário “com uma proposta de jogo totalmente oposta” à adotada pelo Bougadense, com “despejo de bolas na frente”, obrigando “a um jogo de constantes transições”, que “favoreceu a equipa mais bem preparada”. Perante uma equipa desfalcada, o S. Lourenço do Douro fez entrar na partida dois jogadores que, na ótica do treinador, foram “determinantes no desfecho final”, que se cifrou num resultado favorável aos forasteiros de 1-3. Emanuel Costa assinalou ainda o “muito anti-jogo, totalmente desnecessário, por parte do adversário” na parte final da partida. C.V.
15 de novembro 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA
www.ONOTICIASDATROFA.pt
19
Desporto
Agenda Dia 16 21 horas: Tertúlia com os membros da Comissão Promotora “Trofa a Concelho”, Junta Freguesia Muro Dia 17 15 horas: Inauguração do projeto do OPJ “Equipar o Basquetebol no Concelho da Trofa”, no Parque N.ª Srª das Dores e Dr. Lima Carneiro 21 horas: Concerto da Orquestra Urbana da Trofa, no Fórum Trofa XXI Dia 18 9 horas: Passeio de Bicicletas Antigas, com início no Parque N.ª Srª das Dores e Dr. Lima Carneiro 11.30-13 horas: Concertinas e Cantares ao Desafio, no Parque N.ª Srª das Dores e Dr. Lima Carneiro 18 horas: Falar de cancro com humor, no Clube Slotcar da Trofa 21 horas: Concerto Orquestra Ritmos Ligeiros, Fórum Trofa XXI Dia 19 10 horas: Hastear das Bandeiras, no polo 1 da Câmara Municipal 12 horas: Missa solene de aniversário do concelho, Igreja Paroquial do Muro 17 horas: Sessão solene, no Fórum Trofa XXI 18 horas: Vitela assada, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro
Atletas do Trofintas cumpre “treino militar” A Escola de Futebol Trofintas promoveu uma atividade diferente para os atletas, a 10 de novembro. O complexo tranformou-se num quartel militar para ser palco do “Army Boot Camp”,um treino militar ajustado e adequado às idades dos meninos e sempre contextualizado com a nossa modalidade, pois a bola esteve sempre presente. Para este efeito, foi lançado o desafio ao Regimento de Cavalaria n.º 6, através do 1.º Sargento Jonel Ribeiro e 1.º Sargento Duarte Soeiro, que aderiram prontamente e levaram o desafio a um nível que superou todas as expectativas. Os militares começaram por fazer uma apresentação, de seguida houve uma exibição de equipamento individual e camuflagem dos atletas. Depois do aquecimento, os pequenos recrutas cumpriram uma série de atividades e exercícios em tudo idênticos aos praticados pelos militares nas ações de treino. “Pretendíamos com esta ação mostrar e dar a entender aos nossos alunos o que são os militares, bem como os valores que são lhes são transmitidos e que se podem adequar a uma vida desportiva, como a camaradagem, disciplina e rigor. O objetivo foi cumprido com sucesso”, afirmou Henrique Santos, coordenador da Escola Trofintas, que também não deixou de sublinhar “a boa disposição e a alegria contagiante vividas pelas crianças.
300 no Corta-Mato do Coronado e Castro
Farmácias Dia 15 – Farmácia Barreto Dia 16 – Farmácia Nova Dia 17 – Farmácia Moreira Padrão Dia 18 – Farmácia Ribeirão Dia 19 – Farmácia Moreira Padrão Dia 20 – Farmácia Barreto Dia 21 – Farmácia Nova Dia 22 – Farmácia Moreira Padrão Dia 23 – Farmácia Ribeirão Dia 24 – Farmácia Trofense Dia 25 – Farmácia Barreto Dia 26 – Farmácia Nova Dia 27 – Farmácia Moreira Padrão Dia 28 – Farmácia Ribeirão Dia 29 – Farmácia Trofense
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109//252 428 110 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
O Corta-Marto Escolar do Agrupamento de Escolas de Coronado e Castro cumpriu-se esta quarta-feira, 14 de novembro, com a participação de mais de 300 alunos inscritos divididos pelos escalões de infantis A e B, iniciados e juvenis. A prova é, tradicionalmente, organizada pelos professores de Educação Física do Agrupamento, mas conta com a colaboração de um grupo de professores e alunos do Ensino Secundário bem como com a ajuda de funcionários do Agrupamento e da Junta de Freguesia.
Necrologia S. Martinho de Bougado Celeste Pereira da Silva Moreira Faleceu no dia 2 de novembro, com 80 anos Casada com António da Silva Monteiro Santiago de Bougado Ismael Carneiro Ferreira Faleceu no dia 5 de novembro, com 66 anos Casado com Maria Júlia Ramos Couto Ferreira Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
20
O NOTÍCIAS DA TROFA 15 novembro 2018
www.ONOTICIASDATROFA.pt
Atualidade
Carro destrói montra de café
Montra do café ficou destruída após embate do veículo Uma condutora de 40 anos de idade, natural de Vila Nova de Foz Côa, foi protagonista de um acidente insólito, cerca das 18.30 horas desta terça-feira. O carro da mulher estava estacionado na Rua Manuel Silva Pinheiro, em S.Martinho de Bougado,
junto ao Trofashopping, em frente à montra do café Safira, quando a condutora, ao iniciar a marcha atrás se equivocou e engrenou a primeira, fazendo o carro acelerar montra a dentro, provocando o susto nas pessoas, que na altura, se encontravam no estabele-
cimento. O acidente não causou vítimas, apenas danos materiais, mas a condutora acabou assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa por se encontrar em estado de ansiedade. Já a GNR da Trofa esteve no local e registou a ocorrência.