Edição 681 do Jornal O Notícias da Trofa

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Quinzenário | 29 de novembro de 2018 | Nº 681 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

3 Atualidade

Despistou-se no Catulo a fugir à GNR 7 atualidade

6 Atualidade

5 atualidade

20 anos

sANTIAGO

cancro

de concelho

HOMENAGEIA

com humor

com homenagem

OBREIRO

no clube slotcar

à comissão

DE S.GENS

da trofa pub


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Atualidade

Feira de Solidariedade da ASAS regressa ao Porto este fim de semana O Mercado Ferreira Borges, no Porto, volta a receber a feira solidária da ASAS – Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso. Este ano, a iniciativa decorre a 1 e 2 de dezembro e conta, como habitual, com vários artigos de marcas conceituadas, a preços competitivos, numa tentativa de proporcionar a quem

compra boas aquisições – e quiçá bons presentes para oferecer no Natal – ao mesmo tempo que angaria fundos para continuar a apoiar crianças e jovens. A ASAS Weekend realiza-se desde 2014 e que tem à venda “o resto de stocks” de empresas que os oferecem à associação para vender e, assim, angariar “fun-

dos para garantir a subsistência da ASAS”, explicou ao NT Helena Oliveira, presidente da ASAS. O objetivo é colmatar a receita insuficiente proveniente da Administração Central para que a associação consiga continuar a apoiar crianças sem retaguarda familiar ou provenientes de famílias carenciadas. C.V.

Leo lança campanha de Natal para crianças apoiadas pela ASAS Depois do sucesso da iniciativa, em 2017, o Leo Clube da Trofa propôs-se, novamente, a alegrar o Natal das crianças apoiadas pela associação ASAS. A campanha “Apadrinha um Sorriso” está lançada e desafia a comunidade a ajudar na missão de adquirir o

presente que cada criança pediu ao Pai Natal. Entre a lista encontram-se livros, vestuário, bolas de futebol, bonecas, carros e aviões telecomandados, entre outros. Os artigos, e os respetivos custos unitários, estão identificados na página de Facebook do Leo Clube,

em https://www.facebook.com/ leoclubedatrofa/shop/. Os interessados podem enviar uma mensagem, através desta rede social, para o Leo, que fornecerá todas as informações necessárias para que se concretize o desejo das crianças. C.V.

Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis

Augusto César Salgado Nascido a 12 de outubro de 1867, na freguesia de S. Nicolau (Porto), apesar de os seus pais viverem à época em Santiago de Bougado, Augusto Salgado iria regressar à Trofa certamente com dias de vida. O facto de ser o único filho a nascer fora da Trofa pode dever-se à idade da sua mãe e ao facto de ter tido outros filhos e num desses partos poderem ter surgido complicações. Assentou praça no exército luso no dia 27 de outubro de 1887, como voluntário para servir por 12 anos no Regimento de Caçadores n.º 9, que era localizado na cidade do Porto e que foi sendo desmantelado pelos poderes governativos e pelo permanente carácter revolucionário dos seus militares. Foi promovido a cabo em 30 de abril de 1888 e promovido a 2.º sargento em poucos meses. É importante referir que o seu curso de cabo foi feito com sucesso e distinção. O falhanço do 31 de Janeiro de 1891, no Porto, fez com que ele tivesse de fugir e ser refugiado político, passando por Espanha, onde fez parte da célebre fotografia dos exilados do 31 de Janeiro em Espanha. Acabaria por encontrar refúgio no Brasil, aproximadamente em 1906, com o apoio de quem viria a ser seu sogro, e a sua primeira esposa ia falecer em território brasileiro. Fixou residência em Piracicaba, um município do interior do estado de São Paulo onde constituiu família e, no presente, ainda tem descendência em território brasileiro noutra localidade. O seu percurso social naquele território foi simplesmente fantástico: foi responsável por reger os estatutos da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Piracicaba, professor e secretário da atual Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de S. Paulo e membro da fundação de um clube para os portugueses se poderem encontrar e conviver. Partiria para Portugal, em 4 de janeiro de 1911, com a sua família a procurá-lo a 19 de maio de 1919, porque estranhamente se deslocou ao nosso país, não deixando mais rasto da sua existência para os seus. Nesta fase em que esteve incontactável, chegou a ser presidente da Câmara de Municipal dos Arcos de Valdevez por alguns meses após nomeações do governo em 1913. Relativamente ao seu percurso militar, é importante referir que seria promovido a Alferes, em 11 de maio de 1904, e a Tenente, a 1 de dezembro de 1908, conforme consta da documentação de 15 de novembro de 1910, assinada nos Paços do Governo da República. Uma forma de compensar o contributo dos militares republicanos aquele tipo de medidas. Os últimos meses da sua vida foram dramáticos. Deu entrada no Hospital Militar do Porto, em 21 de dezembro de 1921, e iria falecer vítima de cancro, a 2 de fevereiro de 1922, supostamente sozinho e com graves problemas financeiros. Uma vida preenchida e intensa de um cidadão que passou a sua infância na Trofa e que só após a morte do seu pai se viu obrigado a procurar um novo destino através do Colégio dos Órfãos do Porto.


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Despistou-se no Catulo ao fugir da GNR Um indivíduo de 22 anos sofreu ferimentos graves, na sequência de um acidente de viação durante uma fuga à Guarda Nacional Republicana, na madrugada de 22 de novembro. Suspeito de uma tentativa de furto, em Ribeirão, o jovem, residente no Bairro doCerco do Porto, apercebeu-se da presença dos militares do posto de Famalicão e iniciou uma fuga pela Estrada Nacional 14, acabando por se despistar na rotunda do Catulo, onde colidiu com a estrutura em forma de T que aí se encontra, que ficou danificada. O suspeito foi assistido pelos Bombeiros Voluntários da Trofa e transportado para o Hospital de S. João no Porto, com ferimentos graves. A GNR aferiu que o indivíduo conduzia sem habilitação legal uma viatura que tinha sido furtada

dução sob o efeito de álcool, na sequência de um acidente em que esteve envolvido no dia 18 de novembro. O sinistro ocorreu cerca das 19 horas, na Rua Dona Goncinha, na Abelheira, S. Martinho de Bougado. Sujeito ao teste de alcoolemia, o indivíduo acusou uma taxa de 2,02 gramas de álcool por litro de sangue, tendo sido detido pela Guarda Nacional Republicana da Trofa e notificado para comparecer em tribunal, no dia seguinte. Automóvel e chapas de matrícula furtadas

Envolvido em acidente tinha taxa-crime de álcool Direitos reservados

Um homem foi detido por con-

Viatura embateu na escultura da rotunda

Ao posto da GNR da Trofa chegou várias denúncias de furto na noite de 18 para 19 de novembro. Os delitos visaram uma viatura automóvel e várias chapas de matrícula e ocorreram na Rua Joaquim Costa Pereira Serra e na Rua Dr. António Augusto Pires de Lima, em S. Martinho de Bougado. C.V.


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S. Martinho celebra “bodas de prata” da Igreja Nova Caros Leitores,

Paróquia celebrou missa no dia 14 de novembro A 14 de novembro de 1993 era inaugurada a Igreja Nova de S. Martinho de Bougado. As “bodas de prata” do santuário foram assinaladas pela paróquia, com uma eucaristia, que lembrou o empenho daqueles que, movidos pela vontade popular, levaram “à concretização do sonho de construir uma igreja que respondesse às necessidades da freguesia”. CÁTIA VELOSO/A. COSTA Nasceu da necessidade de agregar um grande número de fiéis, face a uma igreja matriz com condições mínimas para celebrações de grande dimensão e teve

freguesia”, afirmou ao NT Luciacomo um dos impulsionadores o no Lagoa, pároco de S. Martinho pároco da altura, o padre Joaquim Ribeiro. A Igreja Nova de S. Marti- de Bougado. O sacerdote sublinhou que é imnho de Bougado existe há 25 anos e a data não foi esquecida pela co- portante “honrar a memória” e relevar a “vontade” que existiu “no munidade, que participou numa seio da comunidade” para se “faeucaristia a 14 de novembro. zer uma obra de referência, não só “Celebrar os 25 anos da Igreja para a Trofa como para os arreé celebrar uma vida de serviço à comunidade deste edifício. Um dores”, dando como exemplo ceedifício que começou com a bon- lebrações como o Crisma, com a presença dos jovens de toda a vidade de alguns e com o empenho de um grupo de homens que, ca- gararia. Luciano Lagoa considera que, pitaneados de uma maneira muito forte pelo padre Ribeiro, le- também agora, é oportuno que varam à concretização deste so- “se procure desenvolver ainda mais” a estrutura da Igreja e “tornho de construir uma igreja que ná-la, cada vez mais, algo de que respondesse às necessidades da todos os trofenses se podem orgulhar”. Com a primeira pedra lançada em 1982, a obra da Igreja Nova ficou concluída 11 anos depois, a 14 de novembro, com a presença do então bispo do Porto, D. Júlio Tavares de Lima. Ao programa comemorativo que a paróquia desenvolveu para marcar a efeméride, e ao qual se incluiu a celebração de uma missa solene e a realização de um jantar a 17 de novembro, juntou-se também o projeto de melhoramento da Igreja, com obras que decorrem no interior e exterior do edifício. Trata-se da construção de duas escadarias de acesso da rua circundante até ao adro da Igreja e a construção de uma bancada no coro alto da Igreja. Em entrevista ao NT, Luciano Lagoa explicou que era antiga a intenção de terminar as obras da Igreja no coro alto, até agora em cimento e sem uma disposição que permitisse que todos os que lá cabem pudessem ter a mesma visibilidade para o epicentro das celebrações.

Aproximamo-nos da época natalícia, altura de descanso e festividades. De tempos de reflexão, retrospetiva, de renovados planos, já a pensar no novo ano que se aproxima. Na medida exata entre aquilo que fizemos e aquilo que gostávamos de ter feito, e, da forma como lhe vamos dar resposta. Com isto, proponho-me a começar uma breve retrospetiva dos filmes mais marcantes estreados no decorrer deste ano, procurando analisá-los, não só à luz do contexto sócio-temporal e económico, como também, da pertinência das temáticas abordadas. Fazendo uma breve alusão às estreias e festivais de cinema para o próximo mês, podemos mencionar a estreia a 6 de dezembro do filme PARQUE MAYER, do veterano realizador António Pedro de Vasconcelos, reconhecido por filmes como JAIME (1999), OS IMORTAIS (2003) E CALL GIRL (2007). Ficamos com uma breve sinopse: Lisboa, 1933. Num teatro do Parque Mayer, durante os ensaios para uma nova revista, há de tudo: amores não correspondidos, pequenos dramas pessoais e uma constante luta contra a censura e a hábil tentativa de a contornar. Mas, acima de tudo, o Parque Mayer esconde segredos, terríveis segredos com a capacidade de destruir vidas no tempo em que o Estado Novo começa a apertar o seu cerco e a liberdade está cada vez mais limitada. Portugal inteiro está no “Parque Mayer”, onde a resistência à opressão será feita com um quadro de revista numa sala que responde com uma ovação de pé. (Fonte: ica.pt) De 23 de novembro a 1 de dezembro, em Coimbra, ocorre a 24.ª edição do festival Caminhos do Cinema Português, que se dedica à exibição de filmes. Desde projetos finais de escola de cinema, passando pela animação, documentário, curta-metragem até à longa-metragem. (Fonte: caminhos.info) No mesmo período, de 24 de novembro a 2 de dezembro, tem lugar o festival de cinema Porto Post Doc: Film & Media Festival que se caracteriza por se dedicar ao cinema do real. Esta semana, será ponto de encontro de uma intensa ebulição criativa. Reúne criadores, público e profissionais do cinema, por forma a promover a cultura cinematográfica através do debate e da exibição de novas formas de cinema contemporâneo. Pretende trazer um novo fôlego cultural à cidade histórica do Porto, tornando-a uma comunidade vibrante. (Fonte: portopostdoc.com) Principio agora a retrospetiva deste ano de 2018, que ficou marcado pelos mais interessantes e pujantes filmes dos últimos anos, contribuindo para afirmar, cada vez mais, a voz dos cineastas e artistas Portugueses no panorama internacional. Refletem sobre aquilo que denomino de os filmes da crise, abordando um conturbado período da nossa recente história, que urge não esquecer, por forma a não permitir que de novo aconteça. Após uma estreia mundial no Festival de Berlim “Berlinale 67”, chegou às salas de cinema o filme COLO, da experiente realizadora Teresa Vilaverde. O timing não poderia ser o mais acertado. Surgindo numa altura em que vivemos um aparente deslumbramento, perante o aparente fôlego económico proporcionado, a autora lembra-nos, da ferida ainda recente e atual, por forma a não cairmos num perigoso encantamento. É um filme que fala não só da crise monetária, como também da crise humana que esta implica. É uma procura de um ansiado COLO, amparo, uma fuga a este estado de “sítio”, cruel para alguns, fatal para outros. É um filme que não procura certezas, levantando possibilidades e questões. Qual será, afinal, o caminho a tomar? Em meados do ano, após uma passagem pelo festival de Cannes, onde arrebatou o prémio FIPRESCI, estreou o filme A FÁBRICA DE NADA, de Pedro Pinho. Considerada uma das obras mais globalizantes dos funestos anos da crise, é um espécime curioso no panorama do cinema Português, sendo, possivelmente, o filme que mais nos concede e nos faz acreditar na força do cinema como veículo de manifesto e denúncia social. É um filme que não procura consensos. Espicaça, provoca, estimula a reação e o debate crítico. É uma obra que nem os media, nem a demagogia política pode calar. É um grito ensurdecedor. Socorrendo-nos dos versos Pessoanos, a Fábrica de Nada é um nada que é tudo. Signo de resistência, um nada que é materializado numa luta, numa procura por uma maior justiça social e uma maior clareza política. Ensina-nos, assim, a não olvidar a questão da crise e a não cair em falsas promessas e duvidosos facilitismos. Até à próxima rúbrica, e até lá, boas sessões de cinema!


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Joana Lima reitera conduta ética após absolvição do Tribunal de Matosinhos O Tribunal de Matosinhos absolveu hoje a antiga presidente da Câmara da Trofa Joana Lima (PS) das acusações de peculato, abuso de poder e violação das normas de execução orçamental. “Graças a Deus, ao meu trabalho e à minha conduta, e também aos tribunais, fez-se justiça, fui absolvida. Quero mais uma vez dizer aos trofenses que podem confirmar em mim”. Foi desta forma que Joana Lima, ex-presidente da Câmara Municipal da Trofa e atual deputada do PS na Assembleia da República, reagiu à absolvição das acusações de peculato, abuso de poder e violação das normas de execução orçamental pelo Tribunal de Matosinhos. O processo, movido pela Câmara Municipal da Trofa, representada pelo vice-presidente António Azededo, relacionava-se com o alegado recebimento indevido de ajudas de custo, uso ilegítimo de cartão de crédito da empresa municipal Trofa Park e contratação verbal de uma obra de pavimentação na rotunda do Catulo. As alegações finais acontece-

tão de crédito da autarquia para pagar 2273 euros de deslocações e, simultaneamente, cobrar ajudas de custo, de 797 euros, associadas às mesmas viagens. O processo envolvia ainda a acusação de violação das normas de execução orçamental, por alegadamente, Joana Lima ter contratado verbalmente uma obra de pavimentação, executada em agosto de 2013, por 104 mil euros. Sobre esta acusação, Joana Lima respondeu que a empreitada foi conduzida pelo presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, José Sá.

CITAÇÃO E x-autarca reiterou que teve conduta ética durante mandato ram a 24 de setembro e o Ministério Público (MP), apesar de admitir que os crimes imputados à antiga presidente de câmara fossem de “baixa ilicitude”, pedia a condenação, enquanto o advogado de defesa, Artur Marques, sustentava a tese de que a acusação era um somatório de equívocos. O coletivo de juízes enten-

deu, por fim, que “não se encon- entendendo que não fez uso abutram tipificados os elementos ob- sivo. Sobre a acusação das ajudas jetivos” dos crimes por que esta- de custo indevidas por despesas pagas com cartão de crédito, a exva acusada. Durante o julgamento, Joana -autarca argumentou que se orienLima explicou que utilizou o car- tou pelas indicações dos serviços municipais. tão de crédito da Trofa Park nas Sobre este caso, o MP acusava viagens em que tratou simultaneamente de assuntos da Câmara Mu- Joana Lima de, entre dezembro de nicipal e da empresa municipal, 2009 e início de 2012, usar o car-

“Sabendo eu o que tinha feito, a decisão [do tribunal de Matosinhos] era expectável. Mas há sempre uma incerteza até final do processo, só por uma questão de não saber gerir muito bem as questões jurídicas. Porque as questões de ética, as questões de correção, eu sabia que as tinha bem feitas” Joana Lima, ex-presidente da Câmara Municipal da Trofa

Paróquia homenageia obreiro de S. Gens Mil novecentos e quarenta e oito é um ano muito importante na história da capela de S. Gens, pois marca o início da obra que devolveu o culto à comunidade de Cidai. A paróquia vai assinalar a efeméride a 2 de dezembro, com uma iniciativa que também marcará o centenário do nascimento do padre Sebastião Cruz e os 25 anos do monumento de Nossa Senhora da Alegria.

Filho de Manuel Caetano da Silva Cruz (o “Manuel Ramadeiro”) e de Delfina Moreira da Costa, Sebastião Cruz nasceu a 8 de dezembro de 1918, no lugar de Cidai, onde viria a executar uma das mais importantes obras da paróquia de Santiago de Bougado, ao devolver o culto que durante anos foi ouvindo da população sobre o Monte de S. Gens. Com um percurso académico as-

sinalável – doutorou-se em Direito Canónico e Direito Romano e lecionou em universidades de Espanha e Portugal -, Sebastião Cruz não se vergou às dificuldades e foi preponderante para a construção da Capela de S. Gens, cuja obra iniciou em 1948 e foi inaugurada a 23 de setembro de 1951. Pelo papel inolvidável que teve na comunidade, a paróquia de Santiago de Bougado decidiu assinalar o centenário de nascimento deste ilustre bougadense, cujo busto permanece junto à ermida, que é hoje um dos lugares de maior culto do concelho da Trofa. A 2 de dezembro, o programa inclui também a comemoração dos 25 anos da inauguração da imagem de Nossa Senhora da Alegria. É junto à santa que começam as celebrações, às 15.30 horas, com o descerramento de uma placa comemorativa. Seguem-se os discursos junto do busto do padre Sebastião Cruz e a inauguração de uma exposição biográfica na Casa da Montanha.

Sebastião Cruz não vergou às dificuldades Às 17.30 horas, é realizada uma eucaristia solene na Capela, em homenagem do obreiro de S. Gens e de todos os elementos da comissão que reuniu em 1948 para decidir a construção da ermida, as-

sim como dos bem feitores. Às celebrações associam-se o bispo auxiliar do Porto, D. Pio Alves, a família de Sebastião Cruz, grupos da paróquia, famílias e representantes das entidades oficiais. C.V.


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No Clube Slotcar falou-se de cancro com humor A tristeza deu lugar à alegria num momento em que se falou do cancro, no Clube Slotcar da Trofa. A responsável foi Marine Antunes, autora dos livros “Cancro com Humor”, através dos quais conta como a atitude positiva contribuiu, decisivamente, para ter vencido a doença, durante a adolescência. CÁTIA VELOSO/RITA MACHADO

Marine Antunes fala de cancro do cancro com humor. Uma maneira pouco convencional para abordar um assunto que afeta direta e indiretamente todas as famílias, mas permitida pelo facto de a jovem ter vivido, na primeira pessoa, o flagelo. Diagnosticada com um linfoma não-Hodgkin no mediastino, com 13 anos, Marine, que diz em jeito de brincadeira que foi “pioneira” nesta doença na aldeia onde morava, venceu a luta contra o cancro. O apoio da família foi fundamental para que saísse vencedora, mas a esta conquista Marine atribui mérito à atitude positiva que sempre alimentou ao longo de todo o processo. Num contributo para contagiar quem a rodeia com o mesmo pensamento positivo, Marine Antunes lançou dois livros. O segundo volume de “Cancro com Humor” - escrito sob a tese de que é possível “ser feliz no caos” - le-

M arine fala de cancro com humor vou a jovem a visitar o Clube Slo- a dois. Eu acho sempre que se a tcar da Trofa, a 18 de novembro, nossa história ressoar num coração, então vale a pena e isso acononde partilhou o “palco” com o companheiro, o ator Tiago Cas- teceu garantidamente”, referiu. Na primeira visita à Trofa para tro. A audiência ouviu-a falar, de sorriso no rosto, de todo o perío- apresentar o livro, a jovem considerou ter conseguido viver uma do em que teve de lidar com o cancro e da relação “disfuncio- “experiência muito bonita”, com nal” com Deus, que “acaba sem- uma apresentação “muito intimispre por voltar”. A Ele nunca pe- ta e calorosa”. Ana Esteves, da direção do Cludiu nada, durante essa fase, porque, como explicou, já tinha in- be Slotcar, mostrou-se satisfeita tercedido quando era mais nova, com a iniciativa. “Penso que as pessoas saíram daqui cheias de para “não ter teste de matemática ou para a professora engravidar”. boas energias e isso é o mais importante. Saíram daqui com vonNo final da palestra, Marine garantiu que terminou a pales- tade de continuar a ouvir e a seguir pessoas como a Marine, que tra com o sentimento de “missão apesar de estarem no caos, concumprida”. “O nosso objetivo é sempre falar com o coração e con- seguiram levantar-se sem precitar a história, neste caso a histó- sarem de muito, a não ser do huria do livro ‘Cancro com Humor’, mor e da diversão”, argumentou.

Jovens promovem campanha solidária Há um ano, quando passeavam pelas ruas do Porto, as primas Cátia, Rute e Susana Azevedo depararam-se com um sem-abrigo, já com alguma idade, a pedir esmolas, sentado na beira de uma montra de loja iluminada com as tradicionais decorações de Natal. Sensibilizadas, as jovens ofereceram-lhe algumas moedas e, depois de receber o dinheiro, o senhor levantou a cabeça lentamente e disse “bom Natal”. “Foi um dos momentos mais arrepiantes e tristes que vivemos”, contou Cátia Azevedo que, há um mês, avistou o mesmo sem-abrigo. “Oferecemos dinheiro, mas, desta vez, ele não olhou para nós, só agradeceu. Estava curvado, olhos fixos no chão. A baixa está na moda, ao fim de semana é um frenesim. A rua estava cheia de pessoas que, em passo apressado seguiam em direção aos bares. O senhor estava à vista de todos, mas ninguém o via”, relatou. Foi nesse momento que as jovens decidiram pôr mãos à obra. Assim nasceu a campanha “Quando olha à sua volta o que vê?”, que visa angariar, até 21 de dezembro, donativos que reverterão a favor de duas associações do Porto e de

Santo Tirso. “A campanha visa a angariação de produtos de higiene, produtos alimentares, roupas e brinquedos. Resolvemos não revelar já as associações, porque não nos queremos comprometer, não sabemos o que vamos conseguir. O nosso maior desejo seria podermos ajudar mais associações, mas tudo dependerá da ajuda que recebermos”, explicou Cátia Azevedo. A ação tem sido desenvolvida junto de amigos e familiares, mas é aberta a qualquer pessoa que queira contribuir. Para qualquer informação adicional, as jovens disponibilizam o número de telemóvel 917 375 593. Os interessados podem entregar os donativos em mãos ou então entregarem nos locais onde está exposto o cartaz de divulgação da campanha. “Este Natal, da mesma forma que recebemos os votos de bom Natal daquele senhor que nos marcou, queremos poder desejar o mesmo a quem mais precisa, traduzindo esses votos em donativos”, referiu ainda a jovem trofense. C.V.

Rui Almeida Paiva vence Concurso Lusófono pela segunda vez Rui Almeida Paiva assina a mais recente obra vencedora do Concurso Lusófono da Trofa – Prémio Matilde Rosa Araújo. “Quem vem lá?” foi a obra que convenceu o júri na edição de 2018 e mereceu o prémio mais valioso, de dois mil euros. Esta não é um acontecimento inédito para o autor, que já tinha vencido, em 2015, o mesmo concurso, com a obra “O Ploc do Pollock”. Os vencedores deste ano do Concurso Lusófono foram conhecidos, a 18 de novembro, numa atividade integrada nas comemorações dos 20 anos do concelho da Trofa, que teve lugar na antiga estação ferroviária da Trofa. “Quem vem lá?” segue agora para edição, com as ilustrações de Rosário Pinheiro, vencedora do Prémio Melhor Ilustração Ori-

ginal. “O conto vencedor é extraordinário. Vai dar-me imenso gosto ilustrá-lo”, contou ao NT a ilustradora, que foi agraciada com um prémio monetário de 1500 euros. “Decidi participar no concurso por indicação de uma amiga autora. Tinha ilustrado um conto dela e decidimos concorrer as duas, eu com ilustração e ela com texto, para ver se tínhamos a sorte de ser as duas escolhidas. Foi a segunda vez que participei num concurso do género”, referiu a artista. O NT tentou contactar o escritor premiado, mas sem sucesso. Já o Prémio Lusofonia 2018, no valor de mil euros, foi para o Conto “O casamento do Til e da Cedilha”, de Guilherme Semionato Silva Alves, do Brasil. Foram ainda atribuídas quatro menções honrosas: ao autor Sté-

lio Baltazar Elias Manjate (Moçambique), pelo conto “O sapinho do poço”; à escritora Ana Nanque (Guiné-Bissau), pelo conto “O Sol dura”; à autora Natalícia Emanuel Soares Magno (Timor-Leste), pelo conto “Buibere e as duas árvores apaixonadas” e à escritora Kátia Cristina Fernandes Teixeira (Cabo Verde), pelo conto “A bem amada gata!”. A cerimónia de entrega de prémios relembrou a madrinha do Concurso Lusófono da Trofa, Matilde Rosa Araújo, e contou com a participação de um grupo de alunos do 4.º ano da Escola de Paradela e da Orquestra de Ritmos Ligeiros da Trofa. Concurso Lusófono da Trofa é promovido pela Câmara Municipal da Trofa, em parceria com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua. C.V.

Rui A lmeida vence prémio pela 2.ª vez


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Atualidade José Maria Moreira da Silva

20 anos de concelho assinalados com homenagem à comissão

CRÓNICA Concelho da Trofa 20 anos: foi uma festa bonita, pá! As comemorações do 20º aniversário da criação do Concelho da Trofa tiveram um brilho e uma beleza muito especial. Além de terem sido organizados, ao longo de cinco dias, quase duas dúzias de eventos muito diversificados, também houve a feliz ideia de três desses eventos terem sido descentralizados, na Freguesia do Muro: Autarcas vão à Escola; Tertúlia “A criação do Concelho da Trofa e a Missa Solene de Aniversário. Tenha sido uma feliz ideia ou uma feliz coincidência, o certo é que foi na Freguesia do Muro que esteve instalada, a única sede que a Comissão Promotora do Concelho da Trofa teve ao longo da sua existência. Talvez por isso é que esta freguesia recebeu este ano três eventos das comemorações do 20º aniversário. A Sessão Solene das comemorações, realizada no Fórum Trofa XXI, foi abrilhantada pelo Coro dos Meninos Cantores do Município da Trofa, superiormente dirigido pela Maestrina Antónia Maria Serra. A sessão teve a presença de dois Secretários de Estado, um deles em representação do Primeiro-Ministro. Também marcou presença o Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Foram estes ilustres convidados, conjuntamente com o Presidente do Município, que entregaram aos membros da Comissão Promotora do Concelho da Trofa, as condecorações que foram aprovadas pelo executivo camarário. Os membros da Comissão Promotora, dois deles a título póstumo, receberam a MEDALHA DE HONRA DO CONCELHO – GRAU OURO, bem como o título de CIDADÃO HONORÁRIO. Este honroso título foi atribuído, pela primeira vez, pela Câmara Municipal da Trofa. Muitos trofenses proclamaram que foi merecida tal distinção, que só pecou por tardia. É minha convicção, que ao repor a verdade histórica da criação do Concelho da Trofa, condecorando os membros da Comissão Executiva, da Comissão Promotora do Concelho da Trofa, o executivo camarário entendeu que era indispensável a reposição da justiça, que há muito tempo era exigida pela grande maioria dos trofenses. Como não se pode enganar toda a gente durante todo o tempo, a Câmara Municipal da Trofa, na pessoa do seu presidente, Sérgio Humberto, quis homenagear e condecorar os “verdadeiros” pais do concelho repondo a verdade histórica. Felizmente! Sérgio Humberto já tinha tido um gesto de elevada nobreza, no seu primeiro ano de mandato, ao visitar de surpresa e apresentar cumprimentos do executivo municipal aos membros da Comissão Executiva da Comissão Promotora do Concelho da Trofa, que estavam na sua confraternização anual, que sempre fizeram, desde que foi criado o Concelho da Trofa. Foi o único presidente camarário, a ter tão nobre gesto, quer na visita quer na condecoração ao mais alto nível municipal. Os verdadeiros líderes são feitos desta têmpera! Parafraseando a canção “tanto mar”, que Chico Buarque dedicou à Revolução de Abril de 1974 em Portugal: foi bonita a festa, pá! Sendo eu, um dos homenageados e condecorados, ainda guardo renitente, uma imagem de singeleza, mas de rara beleza, e um mar de emoções maravilhosas, que as comemorações do “Concelho da Trofa 20 anos” me proporcionaram. O sonho da criação do Concelho da Trofa realizou-se e não foi fácil, mas valeu a pena. Sem qualquer dúvida!

M embros da Comissão P romotora do Concelho da T rofa homenageados Os vinte anos de vida do concelho da Trofa foram assinalados a 19 de novembro ao som dos Meninos Cantores do Município da Trofa na Sessão Solene Comemorativa, onde foi feita a homenagem à Comissão Executiva da Comissão Promotora do Concelho da Trofa. Câmara Municipal da Trofa reconheceu os membros da Comissão Executiva da Comissão Promotora do Concelho da Trofa com a Medalha de Honra do Concelho – Grau Ouro e o título de Cidadão Honorário, distinguindo Adélio Pereira Serra, Aníbal Guimarães Costa, António Sousa Pereira, Armando Barros Martins, Augusto Vaz e Silva – a título póstu-

mo, Francisco Ferreira Lima, José António da Costa Ferreira – a título póstumo, José Gregório Torres, José Luís Reis, cuja distinção foi recebida pelo filho em sua representação, José Maria Moreira da Silva e Manuel Rodrigues da Silva. De realçar que Pedro Costa, também ele membro da comissão não marcou presença nem se fez representar na cerimónia. Na festa de aniversário da elevação de Trofa a concelho marcaram presença o Presidente da ANMP, Manuel Machado,do Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão Nelson de Souza e o Secretário de Estado das Autarquias Locais Carlos Miguel que realçou o papel e importância das autarquias e da sua indepen-

dência administrativa, lembrando que “fazem muito com pouco”. Ainda durante a manhã decorreu a cerimonia de hastear das Bandeiras, com a atuação do Coro da Universidade Sénior da Trofa. Momento também marcado pela atribuição de medalhas a elementos da corporação da Trofa dos Bombeiros Voluntários, junto ao edifício sede dos Paços do Concelho. Para terminar a noite a tradicional vitela assada foi servida no parque Nossa Senhora das Dores, tal como aconteceu a 19 de novembro de 1998. Comissão Promotora reunida em jantar Alguns dos membros da Comissão promotora de Trofa a concelho, continuam a reunir-se no dia 19 de novembro à volta de uma mesa. Agora já não para tratar das estratégias de como fazer da Trofa concelho mas para recordar as estórias e a História dos preparativos e do dia D da independência administrativa, do agora Município da Trofa. Eram 12 à mesa, mas, pelas vicissitudes da vida dois dos elementos já faleceram e outros por motivos profissionais e pessoais não marcaram presença no jantar deste ano que, decorreu mais uma vez num restaurante na cidade da Trofa. No final do jantar cantaram-se os parabéns à Trofa.


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Atualidade

AEBA comemorou 18 anos com mensagens para o Governo A Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA) atingiu a maioridade. Após 18 anos de atividade, a estrutura associativa orgulha-se do passado de trabalho com resultados positivos junto das empresas. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS Na Gala comemorativa do 18.º pendentes de alguém”. aniversário da AEBA, que encheu E até o ex-ministro das Finana Quinta da Azenha, em Guidões, ças, que referiu não “conhecer” os o presidente da associação, José “problemas específicos desta ReManuel Fernandes traçou os de- gião”, admitiu a premência de uma safios com que as organizações se boa rede de transportes. Teixeira deparam atualmente e nos quais a dos Santos foi o convidado espeAEBA tem dedicado atenção espe- cial da Gala e ao NT e TrofaTv decial, mas também mandou mensa- clarou que “qualquer tecido ecogens a Lisboa, sustentando-se no nómico precisa de ter boas vias de estatuto de representante de em- comunicação”. “Esta é uma região presas de cinco concelhos da Re- com uma forte componente de pegião, dois deles no top de exporta- quenas e médias empresas muito dores do país, que convivem com voltadas para os mercados extero problema das acessibilidades. nos. Compreendo as inquietações Apesar de haver sinais de resolu- que aqui existem para melhorar as ção, com a obra na Estrada Nacio- acessibilidades e para que a econal 14, com as ligações da Maia e nomia desta Região possa interade Famalicão em andamento, José gir de uma forma mais eficaz”, arManuel Fernandes considera que gumentou. é necessário continuar a fazer Outro dos cavalos de batalha de pressão junto do Governo. “Isto José Manuel Fernandes é o Metro, está insuportável e não faz sentido projeto que considera “fundamenprolongar-se por muito mais tem- tal para o futuro”. Na questão do po. O Governo tem que fazer um projeto da Trofa, que persiste esesforço para encontrar uma boa quecido na gaveta governamental, gestão de recursos públicos, sa- o presidente da AEBA não abdica bendo que o que vai aplicar aqui do passado para declarar que este é rentável. Esta Região vai aumen- constitui “um exemplo da má gestar o seu índice de produtividade. tão pública”, referindo-se à consBasta ver as estradas cheias às ho- trução da linha da Póvoa de Varras de maior aumento de tráfego, zim. “A verba que estava destinapor relação à entrada e saída das da para a Trofa foi desviado para áreas de trabalho, com os veículos fazer uma via dupla sem necessisó com uma pessoa. Num país mo- dade e dotar os apeadeiros com derno, isto deve de ser analisado construções esbeltas e bons matee convertido”, assinalou. riais. São maus princípios da gesSobre o argumento recente de tão pública, em que não há altruísque o executivo nacional espe- mo. Houve incapacidade de defenra pela luz verde do estudo de der os interesses da nossa Região. impacto ambiental por parte da É de inteira justiça popular dizer Agência Portuguesa do Ambiente isto”, postulou. para avançar com a obra na TroJosé Manuel Fernandes não só fa, o presidente da AEBA mostrou- defende que o projeto tem que se -se preocupado pelo facto de que concretizar na Trofa, como deve “já do tempo do primeiro-minis- estender-se até Famalicão, para tro Pedro Passos Coelho, se ve- corresponder ao tráfego de pesrifica que os políticos e os gover- soas que “trabalham num e nounos têm arranjado sempre meca- tro concelho”. nismos para dizer que estão deNa Gala que serviu também

A ssociados assinalaram 18.º

aniversário

sas a competir e a proteger os para homenagear os sócios com 10 seus ativos, a AEBA está a prepae 15 anos de ligação à AEBA e as empresas com estatuto de PME Ex- rar alguns seminários, um deles direcionado especialmente para celência, Teixeira dos Santos veio transmitir aos empresários uma “o comércio local”, que versa somensagem de “desafio” e “con- bre “as plataformas digitais”, ferfiança”. “O país precisa de cres- ramenta para captar o interesse da cer numa base de forte competi- população “que se desloca para os grandes centros (comerciais)”. tividade e isso requer um grande esforço por parte das empresas e “(Há que) dar a possibilidade ao dos trabalhadores, que tem a ver cliente de, em sua casa, receber a informação de que, por exemcom qualificações, organização e plo, na Rua Conde S. Bento, há degestão e com a necessidade que temos de ser inovadores e de ti- terminado produto com um preço competitivo ou com carácter inorar partido das oportunidades que as novas tecnologias nos trazem”, vador, tornando-o apelativo para começou por dizer o antigo gover- que a pessoa se dirija à loja para fazer a compra”, explicou José Manante, atualmente CEO do Banco Bic. A confiança para avançar pe- nuel Fernandes. Os outros seminários dão atenrante “novos desafios” foi relevação especial à “segurança dos sisda por Teixeira dos Santos através da memória das empresas que fru- temas informáticos”, para combatificaram em tempos de crise, vi- ter invasão de hackers e o roubo rando-se para o mercado externo. de propriedade intelectual. “Nos últimos anos, as empresas em Portugal têm levado para os mercaOs “antídotos” da AEBA dos externos produtos diferenciapara valorizar as organizações Na missão de ajudar as empre- dores e nos outros países, mesmo

os mais industrializados, há quem desenvolva estratégias para captar informação acerca desse conhecimento. São ativos que estão a ser roubados e as empresas têm que se acautelar e ter os seus quadros que se movimentam nos mercados internacionais preparados para isso”, salientou José Manuel Fernandes. No trabalho de criar “antídotos” que contribuam para a valorização das organizações, a AEBA tem identificada a lacuna existente nos recursos humanos e até sugere uma solução para a falta de mão de obra que é hoje uma realidade nas empresas, que passa pelo governo “estar atento ao acolhimento de emigrantes” e com eles desenvolver um projeto de inserção profissional, em conluio com “o Instituto de Emprego e Formação Profissional”, para orientar os recursos às áreas com “maior desequilíbrio”.


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Atualidade Presidente da AEBA em entrevista

Estratégias para o desenvolvimento económico da Trofa foram “mal conduzidas” No dia 19 de novembro de 1998, José Manuel Fernandes estava na Frezite e foi na empresa que tomou conhecimento de que a Trofa era, finalmente, concelho. Em entrevista ao NT, o empresário e presidente da Associação Empresarial do Baixo Ave falou das expectativas dos trofenses com a emancipação e do que “encrava” o desenvolvimento do concelho, fundamentalmente no tecido industrial: a não execução dos projetos da variante da Estrada Nacional 14 e do Metro. CÁTIA VELOSO

O Notícias da Trofa (NT): Lembra-se onde estava quando soube da criação do concelho da Trofa? Que expectativas tinha, à partida, sobre o que iria ser o futuro da Trofa passados 20 anos? J o s é M a n u e l Fe r n a n d e s (JMF): Estava na Frezite, quando recebi a notícia e não deixei de alimentar uma esperança e expectativas para se concretizarem, como cidadão desta região e mais em particular, como agente económico. Foi evidente que as expectativas em todos nós Trofenses eram elevadas, alimentadas pela emoção visionária de termos mais capacidade de intervenção e partilha pelos resultados na gestão dos destinos do concelho da Trofa. NT: Sente que essas expectativas foram cumpridas ou saíram defraudadas? JMF: Muitas das expectativas foram cumpridas, outras defraudadas por fatores externos que, propositadamente, prejudicaram os Trofenses e o seu projeto de concelho e por insuficiência legislativa e de meios, em apoio à formação de novos concelhos. A formação do concelho da Trofa foi em muito prejudicada por ausência de apoios concretos à sua implantação e pela rivalidade com Santo Tirso, com um contencioso à mistura. NT: A criação do concelho trouxe alguma vantagem ao desenvolvimento industrial e económico da Trofa? JMF: Quando nos tornamos concelho, creio que as prioridades foram para o ordenamento e

criação de uma gestão de maior proximidade junto à população, as suas aspirações e necessidades. Por outro lado, deu-se prioridade às infraestruturas como água e saneamento, ou seja, falamos de saúde pública, que contribuiu para a dívida e esta para o argumento da luta partidária. Mas é bom que se diga que foi um investimento bem feito, pois hoje o concelho da Trofa é um exemplo em termos de abastecimento de água e saneamento com índices de cobertura dos mais elevados do país. Aqui cabe dizer que a haver uma estratégia para o desenvolvimento do potencial industrial e económico que o concelho detém, houve boas estratégias, mas mal conduzidas e daí ter havido um desconforto na área da indústria e economia. Veja-se a situação da área de Localização Empresarial da Trofa (ALET), tão necessária, em que não houve capacidade de pôr de pé esta infraestrutura para o desenvolvimento do concelho e que chega, até hoje, ainda sem concretizar, em que empresas tinham expectativas de se redimensionarem e irem para lá e que tiveram de desistir e outras por novos projetos. Há sempre um salto positivo em relação ao desenvolvimento industrial e económico, pelo facto de sermos um concelho, em particular pela dinâmica atual na procura de soluções, por parte da autarquia, pois estão projetados no PDM dois novos parques empresariais a serem concretizados em associação com a construção da Variante, são duas áreas de elevado potencial de criação de riqueza para o concelho, pelas empresas que se instalarão, assim como do emprego que vão gerar.

mais gera riqueza para o País. O Governo não nos tem ouvido e recebido e justifica-se com políticas de Bruxelas e com o controlo do défice. Isto traduz falta de visão sobre investimento público rentável para a Região e para o País. A justificação mais recente e mais desajustada é que a Variante não se concretiza por ainda não estar pronto o Estudo de Impacto Ambiental da travessia do Rio Ave. Isto ultrapassa tudo, porque estão a atirar areia para os olhos dos Trofenses e não só. Não tenho dúvidas de que, com a Variante concretizada, os investidores no concelho da Trofa aumentam, assim como em Famalicão e Maia, e geram-se novas condições de desenvolvimento mais acentuado, até na construção e oferta da habitação isto se traduzirá.

NT: O que faltou/falta fazer para que, hoje, a Trofa fosse ainda mais uma referência a esse nível? JMF: Falta-nos a Variante e já agora o Metro. Não desistimos deste último. A Variante é um investimento de elevado potencial para o nosso desenvolvimento. Estamos bloqueados hoje e de mãos atadas. É inadmissível o que se está a passar e o tratamento de falta de sensibilidade do Governo para com uma Região que é das que

NT: Há alguns anos, já com a independência administrativa da Trofa, verificou-se a migração de algumas empresas para outros concelhos. Qual o sentimento atual dos empresários da Trofa relativamente ao território? O concelho consegue responder às exigências dos mercados e às necessidades das organizações? JMF: De facto, tivemos algumas empresas que saíram do concelho, cujos espaços deixados foram ocupados por novas empre-

P residente da AEBA considera que “a mobilidade de pessoas e bens é muito afetada” na T rofa sas que se instalaram, ou por outras que cresceram. Hoje temos dificuldade de responder às novas aspirações, porque todos os empresários sabem e sentem as dificuldades de nos movimentarmos, ou seja, a mobilidade de pessoas e bens é muito afetada, em particular às horas de ponta. Também há um sentimento de esperança pela resolução deste mega-problema pela determinação do atual presidente da Câmara em criar todas as condições para um desenvolvimento mais estruturado e pela atenção e sensibilidade que dispensa a tão importante estratégia. Quanto à resposta aos mercados, são as empresas que o têm de fazer e saber ajustar a sua estratégia às novas oportunidades. A AEBA tem permanentemente procurado evidenciar as variáveis da competitividade junto das empresas com informação, networking, seminários de informação e de formação, projetos de desenvolvimento para as empresas apoiadas pelo P2020 e serviços. Fomos e somos atores ativos junto do poder autárquico para haver boas soluções perante problemas que se colocam às empresas todos os dias. As acessibilidades e a mobilidade de pessoas e bens é o nosso maior problema e estamos cer-

tos que o município está preocupado e a trabalhar nas soluções. Por outro lado, estamos a viver tempos difíceis, em geral no País e que no nosso concelho também é muito notório, que é a falta de recursos humanos qualificados e não só. NT: E os empresários da Trofa estão sensibilizados para as exigências de uma indústria cada vez mais automatizada? JMF: Os empresários da Trofa têm o ADN dos empreendedores do Norte, dinâmicos, flexíveis e determinados em concretizar os seus projetos. Temos no nosso concelho empresas e empresários extraordinários, com algumas marcas exclusivas para este concelho e Região. Uma indústria de bens e serviços moderna está no nosso ADN, temos uma base exportadora forte que é importante neste corredor da economia que começa em Braga, Guimarães, Famalicão, Trofa e Maia. No futuro temos de ter melhores condições para a formação de recursos humanos qualificados, tão essenciais às empresas da Região. O caminho da Indústria 4.0 está a ser feito e estamos atentos ao futuro, a prepará-lo para recebermos mais empresas e novos projetos neste concelho.


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Educação

Etnografia e Folclore em debate na Trofa Refletir sobre o caminho que o folclore está a trilhar na região foi o principal objetivo do Fórum Distrital de Etnografia e Folclore, cuja 13.ª edição teve lugar no concelho. CÁTIA VELOSO

A Trofa foi palco do 13.º Fórum Distrital de Etnografia e Folclore do Distrito do Porto. Da chancela da Federação das Coletividades do Distrito do Porto, que contou com a colaboração dos ranchos do concelho, a iniciativa realizou-se no Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, que se encheu de curiosos que aceitaram palmilhar “um caminho de reflexão acerca do folclore e da etnografia”. Foi desta forma que o presidente da Federação do Folclore Português, Daniel Café, caracterizou o evento, que debateu assuntos como a Trofa nos finais do século XIX e início do século XX, o traje e as ‘modas’ nos ranchos e os “conceitos e preconceitos no folclore”. “Uma coisa é ser uma associação cultural, recreativa, desportiva, que todas tem que ter o seu estatuto e cumprir com as suas obrigações estatutárias. Mas o grupo de folclore tem uma importância acrescida, tem uma obrigação

Organização valorizou presença de muitos folcloristas jovens acrescida que é fazer ciência”, ar- xão e é isso que estamos a fazer gumentou Daniel Café, numa alu- neste fórum, debatendo as prosão ao trabalho de “estudo e in- blemáticas essenciais que os gruvestigação” sobre a “matriz iden- pos de folclore precisam de debatitária de cada comunidade”, para ter para que a sua atuação seja o depois “tentar converter esse co- mais real possível com a tradição popular”, acrescentou. nhecimento em espetáculo”. “No O presidente da Federação do fundo, tenta levar ao palco aquilo que é a identidade de uma co- Folclore Português não deixou de munidade”, afirmou, em entre- sublinhar a presença de “muitos folcloristas jovens”, sinal de que vista ao NT. A va lori zação desse tra ba- “há futuro” nesta área e que estes lho justifica-se, argumenta Da- “percebem o que está em causa niel Café, pela dificuldade de re- num grupo de folclore” e “acaproduzir, fielmente, “usos e cos- bam por se apaixonar”. “O foltumes” de uma “realidade” da clore tem uma vertente altamenqual os grupos “não fizeram par- te cívica e patriótica, de preserte”. “Tentar recriar um outro tem- vação da nossa matriz identitápo que não o nosso requer refle- ria nacional, mas sobretudo tem

pela quantidade de coletividades um aspeto social extremamente que se criam numa mesma comurelevante, pela aproximação das nidade. Estes fenómenos, menopessoas em torno daquilo que as pode unir, pela semelhança den- rizados por alguns, têm explicação, segundo Daniel Café, que até tro da comunidade, mas também contraria a ideia de que os grupela diferença”, postulou. Também satisfeito com o re- pos de comunidades vizinhas resultado do Fórum estava Domin- produzem os mesmos usos e cosgos Martins, presidente da Fede- tumes. “Apesar de haver alguns ração das Coletividades do Dis- temas musicais que podem ser trito do Porto, que ao NT confes- mais ou menos comuns, há pormenores que marcam a diferensou que “sete grupos de folclore ça de uma comunidade para a ouempenhados e dedicados para que este fórum fosse uma reali- tra. O leigo entenderá como sendade” uma Trofa. “É um facto in- do tudo igual, mas quem estuda o folclore de uma determinada recontestável que este fórum foi de excelência, não só pela partici- gião vai detetar pequenas e subtis diferenças, que lhe vão trazer pação massiva das pessoas, mas elegância, beleza e riqueza cultambém pelos oradores, que nos tural”, asseverou. brindaram com intervenções de É nos trajes que se encontram qualidade superior”, evidenciou. E a participação ativa das cole- as diferenças “mais evidentes”, tividades na organização do Fó- capazes de identificar de que concelho ou freguesia pertence derum, diz Domingos Martins, só vem valorizar o resultado des- terminado grupo, explicou Daniel Café, que justifica a também te, pois são elas que “trabalham dia a dia na pesquisa e na avalia- existência numerosa de grupos ção da pesquisa, estudam e va- folclóricos na mesma comunidalorizam o que entendem que de- de à “paixão” de quem começa a estudar estas particularidades. vem valorizar, ao mesmo tempo que têm uma Federação de Fol- “É um fator de coesão da própria comunidade, é um pretexto para clore Português que está atenta a haver um ponto de encontro em estes fenómenos e que tem uma torno de algo que os une, a sua equipa e uma estrutura montada cultura tradicional, a sua identipara os apoiar”. dade”, concluiu. Há ideias preconcebidas sobre o trabalho feito pelos grupos e

Trofense candidata-se à liderança da Associação Académica do Minho Convicto de que o papel das associações e federações académicas “tem sido desvirtuado ao longo dos anos”, o trofense Rui Miguel Silva decidiu propor-se a dar uma pedrada no charco e movimentar as águas no oceano universitário do Minho. CÁTIA VELOSO Aos 30 anos e a frequentar o cur- jovem em entrevista ao NT. so de Ciência Política na acadeOs “defeitos” que Rui Miguel mia de Braga – já é licenciado em Silva atribui à ação da associação Arquitetura -, Rui Miguel avançou académica foram percecionados para a candidatura à Associação no decurso da atividade do MoviAcadémica da Universidade do menta-te, um grupo que criou para Minho (AAUM), concorrente da “fazer o que a AAUM não faz”, que lista liderada pelo atual presiden- é “promover a proximidade entre te da estrutura, Nuno Reis. grupos e alunos da universidade “O nosso intuito é voltar a cen- através de pequenos eventos”. Potrar o foco da AAUM na comunida- de-se perceber que a candidatude estudantil, defendendo-a das ra agora apresentada para as eleialienações de que tem sido alvo ções de 4 de dezembro é uma exnos últimos mandatos. Ao mesmo tensão do caminho do Movimentatempo, sentimos uma direção cap- -te, cuja matriz é, segundo Rui Miturada por estruturas internas da guel Silva, “a defesa, o debate e a universidade como a administra- exigência por um melhor ensino ção e a reitoria, levando a que a superior em Portugal, melhor fidefesa dos interesses dos alunos nanciado e adaptado à sociedade e alunas seja debilitada”, contou o do século XXI”. “Ainda esta sema-

na promovemos uma palestra em arquitetura sobre ‘Novos horizontes profissionais para um arquiteto’, assim como um debate-palestra sobre as lutas feministas e LGBTI+ (Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo)”, afirmou. A pedagogia, a ação social e a cultura são os três eixos orientadores do programa eleitoral da Lista B encabeçada pelo jovem de S. Martinho de Bougado. Na primeira dimensão, a principal proposta é “a criação de um fundo complementar de financiamento às atividades dos núcleos”, enquanto na ação social Rui Miguel abana a bandeira da “criação de um passe, de viagens ilimitadas, com um custo mensal entre 20 e 35 euros para os transportes que a AAUM contrata para o percurso entre os polos de Gualtar e Azurém”. “Atualmente cinco viagens semanais de ida e volta têm um custo mensal de 44

euros”, explicou. Na cultura, área que segundo o trofense tem sido negligenciado pela atual direção da AAUM, as propostas passam pela “realização de um festival literário, a criação de uma companhia amadora de teatro universitário e a realização de um festival anual de artes performativas”, as duas últimas “com especial foco nos alunos dos cursos de Teatro e Música”.Atualmente, o principal foco do grupo Movimenta-te é, segundo Rui Miguel Silva, “uma petição a requerer um debate e propostas, na Assembleia da República, sobre o fim das propinas em Portugal”. A proposta está a ser divulgada na academia minhota, mas a intenção é levá-la a todo o país. Ao NT, o jovem fez saber que a petição “vai ser também distribuída pela Trofa”.


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Atualidade

Susana Cruz com três recordes nacionais no Campeonato do Mundo de Salvamento Aquático Susana Cruz alcançou três recordes nacionais – um individual e dois coletivos – no Campeonato do Mundo de Salvamento Aquático, que se realizou em Adelaide, Austrália, de 21 a 25 de novembro. A jovem trofense integrou a seleção nacional, que segundo a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores contribuiu para o “crescimento” da modalidade no país. CÁTIA VELOSO A trofense Susana Cruz fez parte da seleção nacional que participou no Campeonato do Mundo de Salvamento Aquático. A jovem integrou a comitiva que competiu em Adelaide, na Austrália, contribuindo para que a participação portuguesa atingisse os objetivos traçados antes da prova pela Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores. Esta competição consiste em desafiar os atletas a cumprirem desafios que combinam a natação com o uso de técnicas de salvamentos, como por exemplo nadar uma determinada distância e rebocar o náufrago ou fazer corridas de pranchas de salvamento.

No setor da piscina, foram alcançados seis pontos coletivos e nove recordes nacionais, dos quais três contam com a assinatura de Susana Cruz: um individualmente, nos cem metros Manikin Carry with Fins (1:22,15 minutos) e dois coletivos, na estafeta feminina nos 4x50m Obstacle Relay (2:25,23) e na estafeta feminina 4x25m Manikin Relay (2:07,26). Em declarações ao NT, Susana Cruz afirmou que “não estava à espera” de atingir recordes nacionais, apesar de ter treinado com “esse objetivo”. A jovem não esconde que os momentos mais marcantes da participação coincidem com a obtenção dos “recordes nacionais”, dos “pontos alcançados pela equipa” e o cumprimento dos “objetivos que foram propostos”. A trofense esteve ainda envolvida na nova marca nacional obtida na estafeta feminina de 4x50m Medley Relay, “prova que nunca se realizou em Portugal, devido a falta de infraestruturas adequadas para a mesma”, explicou a Federação. Assim a estafeta feminina obteve 2:14,16 minutos. A estafeta masculina também atingiu nova marca, com 1:57,85 minutos.

Na prova feminina do Rescue Tube Rescue, realizada no quarto dia do Campeonato, a equipa feminina nacional – onde figurava Susana Cruz, foi “inesperadamente” desclassificada, falhando a final. Destaque ainda para a única prova técnica do campeonato (Simulação de Resposta de Emergência), na qual a seleção alcançou um simpático 21.º lugar entre 44 equipas, naquela que foi a primeira participação nacional de sempre nesta prova. Esta foi a “maior comitiva de sempre” de Portugal neste campeonato e que segundo a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores “permitirá um enorme crescimento da modalidade” no país. “De salientar o enorme esforço dos atletas portugueses, perante o elevado nível da competição, principalmente das seleções da Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Itália, França, Alemanha e Espanha, que claramente são uma referência. Também um destaque para a candidatura do Salvamento Aquático Desportivo a desporto olímpico, que permitirá um apoio de base ao seu desenvolvimento, muito mais condigno com o objetivo desta modalida-

Equipa portuguesa conseguiu bons resultados de: salvar vidas”, fez saber ainda a Federação, no balanço final da participação lusa no campeonato.

Trofa tem campeão de danças de salão

Bougadense goleado em casa

Começou a dançar em janeiro e não tinha objetivos competitivos ambiciosos este ano, mas a verdade é que em menos de um ano conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio. Dinis Rocha é da Trofa e já conta com dois títulos nacionais de danças de salão, com o par Maria Cabral. CÁTIA VELOSO

A espiral negativa do Atlético gadense entrou como tinha coClube Bougadense continua. No meçado, conseguindo reduzir a domingo, a equipa perdeu em desvantagem, mas foi novamencasa diante do Alfenense, por 2-5, te penalizado pela falta de discernum jogo que, segundo o treina- nimento no ataque e às oportunidor Emanuel Costa, “foi o refle- dades falhadas, o Alfenense resxo cruel” da fase menos positiva pondeu com mais dois golos, que que atravessa na série 2 da Divi- “mataram” o jogo. são de Honra da Associação de FuApesar da fase difícil, o grupo tebol do Porto. não atira a toalha ao chão. “ConApesar de ter tido entrada “de tinuaremos a trabalhar afincadaequipa grande”, com “enorme mente para corrigir os nossos erqualidade” no jogo “posicional ros e voltar aos resultados posicombinativo”, que resultou em tivos”, afirmou ao NT Emanuel duas “excelentes oportunidades Costa. de golo”, o Bougadense deixou-se O Bougadense ocupa o 14.º e anenredar pela pressão de não con- tepenúltimo lugar, com nove ponseguir marcar, ficando vulnerável tos, mais dois que o Valonguenà resposta do adversário, “muito se, que ocupa o primeiro lugar bem preparado para o momento da despromoção, e menos quatro de transição ofensiva”, explicou o que o S. Lourenço do Douro, 13.º treinador bougadense. classificado. As condições proporcionaramO próximo jogo da equipa acon-se e o Alfenense acabou por mar- tece em Paços de Ferreira, diante car, na sequência de um lance de do Águias de Eiriz, no domingo, às bola parada. A resposta da forma- 15 horas, e conta para a 3.ª elimição de Bougado foi positiva e ma- natória da Taça Distrital da Assoterializou-se no empate, porém ciação de Futebol do Porto. a eficácia dos forasteiros levou a Na semana seguinte, a formação novo desequilíbrio no marcador, de Bougado regressa ao campeoque ao intervalo assinalava 1-3. nato, com a viagem ao reduto do Na etapa complementar, o Bou- Gens, que está no 11.º lugar. C.V.

A representar a escola Apolo, de Vila Nova de Famalicão, Dinis e Maria iniciaram a competição em janeiro, tendo arrecadado o título de campeões nacionais em Juvenis Standard e Juvenis Latinas, no início de novembro, no concelho de Vila Nova de Famalicão, tendo confirmado o favoritismo no fim de semana passado, com a conquista da Taça de Portugal nas mesmas categorias, no Entroncamento. A nível regional, alcançaram também o 1.º lugar de Latinas, em Tui, Espanha. “É fora do comum conseguirem ser campeões nas duas categorias, pois muitos pares especializam-se só num estilo, mas é muito difícil serem os melhores nos dois estilos”, evidenciou o Dário

Dinis já dá cartas nas danças de salão com a parceira M aria Cabral Rocha, pai do pequeno Dinis, que tem agora nove anos. A vitória, acrescentou, “foi um momento feliz para eles, mas o resultado de muito trabalho e dedicação” em conjunto com a professora, Bárbara Ribeiro, conhecida pela participação no programa de televisão Dança com as Estrelas, pelos resultados competitivos vistosos a nível nacional e internacional. Ela foi uma das principais razões que fizeram Dinis escolher a escola Apolo. “ Para completar a fórmula para o sucesso, junta-se o bom relacio-

namento entre os bailarinos. “Tão pequeninos, mas tão trabalhadores, focados e dedicados. Nunca discutem, nunca se chateiam, sempre em sintonia um com outro e quando algo corre mal, apoiam-se sempre um ao outro”, contou o pai do jovem trofense. O par treina, em média, três vezes por semana e os campeonatos são quase todos no sul do país, o que obriga “a deslocações longas constantes”. “Mas quem corre por gosto não cansa”, garante Dário Rocha.


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Desporto

Resultados das equipas de futsal Trofense defronta Limianos Num fim de semana de muitas goleadas, há equipas da Trofa muito bem classificadas nos campeonatos distritais, como as equipa A sénior e júnior do CR Bougado, que lideram as respetivas tabelas classificativas. Destaque para o Clube Slotcar, que se aproxima do topo da 1.ª Divisão de seniores, e da estreia das equipas de traquinas do CR Bougado e do GCR Alvarelhos. O NT publica os resultados e classificações dos diferentes escalões de futsal das equipas do concelho da Trofa: Centro Recreativo Bougado, Clube Desportivo Trofense, Clube Slotcar da Trofa, Grupo Cultural e Recreativo Alvarelhos, Grupo Desportivo Covelas, Guidões Futebol Clube e Futebol Clube S. Romão. C.V. SENIORES MASCULINOS Divisão de Honra 9.ª jornada CR Bougado 5-1 Barranha (1.º, 23 pontos) 1.ª Divisão Série 1 8.ª jornada Aparecida FC 0-3 FC S. Romão (7.º, 13 pontos)

JUNIORES MASCULINOS Divisão de Honra Série 3 8.ª jornada CR Bougado 4-1 Núcleo Valongo (1.º, 21 pontos) CD José Lopes 2-3 FC S. Romão (5.º, 10 pontos)

Série 2 6.ª jornada GD Covelas 4-1 ADC Figueiras (6.º, 6 pontos) Série 3 6.ª jornada Clube Slotcar Trofa 6-4 Junqueira (3.º, 13 pontos) CA Pedras Rubras 4-0 CR Bougado B (8.º, 6 pontos) Série 4 6.ª jornada Miramar Império 5-0 FC Guidões (5.º, 8 pontos)

Equipa de traquinas do GCR A lvarelhos

Equipa de traquinas do CR Bougado

JUVENIS MASCULINOS Divisão de Honra Série 2 9.ª jornada Pedras Rubras 6-1 FC S. Romão (7.º, 12 pontos) CR Bougado 5-0 S. Pedro Fins (9.º, 8 pontos) JUVENIS FEMININOS Campeonato Distrital 6.ª jornada JD Gondomar 4-1 FC S. Romão (7.º, 3 pontos) INICIADOS Divisão de Honra Série 3 7.ª jornada FC S. Romão 3-4 FC Tirsense

(3º, 12 pontos) GCR Alvarelhos 1-5 CD Aves (6.º, 7 pontos) INFANTIS Campeonato Distrital Série 3 7.ª jornada AM Granja 10-0 FC S. Romão (9.º, 3 pontos) BENJAMINS Campeonato Distrital Série 3 8.ª jornada União DCR Bela 1-2 FC S. Romão (7.º, 9 pontos) TRAQUINAS Prova Lúdica Série 1 1.ª/2.ª jornadas Maia Futsal C 4-1 GCR Alvarelhos GCR Alvarelhos 3-6 Vila Futsal C Série 3 1.ª/2.ª jornadas CR Bougado 3-2 Maia Futsal C AM Granja 2-7 CR Bougado (2.º, 6 pontos)

Depois da vitória caseira diante do Merelinense, a 18 de novembro, por 3-1, a equipa sénior do Clube Desportivo Trofense retoma a luta pela subida de divisão este domingo, na viagem ao reduto do Limianos. A partida, a contar para a 13.ª jornada da série A do Campeonato de Portugal, está marcada para as 15 horas. Com 24 pontos – menos dois que o 2.º S. Martinho e já a nove de distância do líder Vizela –, a equipa da Trofa defronta o 13.º

classificado, que somou até agora nove pontos, os mesmos que a primeira equipa na zona de despromoção, Caçadores das Taipas. O Mirandês é o “lanterna vermelha” da série A, com três pontos, e logo acima estão Vilaverdense e A D Oliveirense (sete pontos). O Felgueiras, 4.º classificado, vai defrontar o Mirandela (7.º) e em caso de vitória pode ultrapassar o Trofense, se este “escorregar” em Ponte de Lima. C.V.

Vice-campeão nacional sénior de karts aos 15 anos No ano de estreia como sénior, Manuel Alves deu nas vistas ao tornar-se vice-campeão ibérico e vice-campeão nacional de karting. CÁTIA VELOSO Aos 15 anos, o trofense Manuel Alves é vice-campeão nacional de karting do Troféu Rotax. Logo na época de estreia como sénior, esteve na luta pelo título até à última corrida, confirmando as expectativas que deixou no início do ano, depois de ser 2.º classificado no Open Ibérico, disputado em duas provas, em Madrid e em Braga. Apaixonado pelas corridas desde criança, por influência familiar – o pai é piloto e o tio sempre foi um aficionado pelo desporto automóvel -, Manuel teve a convicção de que a sua vida tinha de passar pelas corridas, aos nove anos, quando pediu ao pai para experimentar um karting. O desejo foi concedido em setembro de 2013 e o resultado desta experiência no kartódromo do Cabo do Mundo viu-se poucos meses depois, quando se estreou na competição do Troféu Rotax, como federado, em Viana do Castelo. A partir daí foi-se destacando, acabando por dar nas vistas esta época, em que ombreou com pilotos mais experientes na categoria. “Penso que cada piloto não consiga descrever na totalidade o quão bom é ser piloto. Esta modalidade deixa-nos ser livres. A partir do momento que colocamos o capacete e fechamos a nossa viseira, não pensamos em mais nada senão o dar o nosso melhor e ganhar”, contou em entrevista ao NT. Apesar de já dar nas vistas na pista, Manuel Alves não tem uma receita para o sucesso nas corridas, socorrendo-se dos chavões habituais no desporto: “Esforço, dedicação e humildade”.

Manuel A lves estreou-se como sénior No entanto, não esquece o apoio dos que lhe estão próximos. “Na minha ainda curta carreira, não conseguia ser bem-sucedido sem a presença de muitas pessoas, mas principalmente sem a minha família. Em particular sem os meus pais e irmã não conseguiria desenvolver um projeto que me foi levar a ser uma vez campeão do Troféu Norte Portugal, uma vez vice-campeão ibérico Rotax e uma vez vice-campeão nacional Rotax”, evidenciou. Aluno do 10.º ano de Ciências Socioeconómicas, no Externato Delfim Ferreira em Riba de Ave, o jovem concilia os estudos com os treinos, que acontecem frequentemente nas pistas de Braga, Viana do Castelo e Baltar. O aspeto físico não é descurado, por isso, conta com a ajuda de um personal trainer que, durante a semana, desenvolve um trabalho para que o piloto tenha “a melhor a performance em pista”. Com a época de 2018 encerrada, o jovem ainda não delineou os objetivos para a próxima, no entanto, confessou que “quer esteja a competir nos kartings ou quer mude para os carros”, estará “sempre focado” em dar “o melhor” e “ganhar”.


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Desporto

O speaker de que se fala Emanuel Gomes é apaixonado pela “comunicação motivacional” e, num curto espaço de tempo, ganhou espaço na apresentação de diversas provas desportivas, com maior evidência no BTT. A “fama” foi alcançada na edição de estreia do Raid BTT da Trofa e, atualmente, é raro não o ver apresentar provas na região, nessa modalidade, mas também no atletismo e trail. Natural de Alvarelhos, este licenciado em Português e História e mestre em Ciências da Comunicação sempre esteve ligado ao desporto e, a par da prática, é fascinado pela vertente logística das provas. Em entrevista ao NT, explicou como notou a falta de “uma voz que explicasse, sobretudo aos visitantes, os costumes, as tradições, a história e a gastronomia” dos locais onde decorriam as competições. Assumiu esse papel e este ano quase não conseguiu arranjar agenda para trocar o microfone pelo dorsal. Ainda assim, reservou “seis datas” para cumprir o Campeontato Nacional de Trail e forrar esses dorsais às já preenchidas paredes de uma das divisões de casa. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (N T): Como nasceu a ligação com o ciclismo? Emanuel Gomes: Paralelamente à minha atividade profissional, fui sempre praticante de uma modalidade desportiva, embora, ao longo da minha vida, tenha sido federado em algumas modalidades, nomeadamente, futebol, futsal, ténis, BTT e trail, mas nunca foi objetivo a alta competição. Sempre me fascinou a logística, o trabalho organizacional e todas as movimentações em torno dos acontecimentos desportivos. Há toda uma envolvência que leva a potenciar conhecimento sobre cada uma das regiões. O ciclismo é o expoente máximo da organização de eventos desportivos e o que mais retorno traz às localidades. A minha ligação a tão popular modalidade é o resultado natural de um gosto imenso despoletado pela prática ocasional, mas, sobretudo, como espectador. Adoro acompanhar as principais voltas e provas dos calendários da UCI (União Ciclista Internacional) e da FPC (Federação Portuguesa de Ciclismo), incluindo, clássicas e competições internas. Desde sempre fui um seguidor assí-

duo dos grandes acontecimentos da História das modalidades, em geral, e do ciclismo, em particular. NT: Quando começou a fazer de speaker? EG: O bichinho da comunicação surge muito cedo na minha vida. Lembro-me que animava as festas de Natal, com gravações caseiras e microfones improvisados. No entanto, é na faculdade e no carismático mundo das tunas académicas que esta faceta de apresentador teve a sua génese. Há dez anos, comecei a participar regularmente em eventos de BTT, como praticante, e achava que, no momento das concentrações, faltava uma voz que explicasse, sobretudo aos visitantes, os costumes, as tradições, a história e a gastronomia locais, para além do briefing técnico. A realidade é que apenas dez por cento dos praticantes de ciclismo e trail vão às provas com objetivos competitivos. Os restantes vão para conhecer os locais, as gentes e todo o património cultural existente. Este é o meu propósito enquanto speaker: procuro juntar a vertente competitiva à vertente cultural e julgo que essa é base para a satisfação de todos. Desta simbiose do gosto pelo desporto, pela cultura e pela comunicação resultaram convites para apresentações esporádicas e foi com imenso gosto que aceitei o desafio de fazer toda a comunicação da Feira Franca de Alvarelhos, na minha terra Natal, na qual foram inseridas provas de atletismo e BTT. A partir daí e de forma progressiva, os convites foram-se sucedendo, incluindo do Raid da Trofa, que assumi desde a 1.ª edição, que me deu maior visibilidade e que considero ter sido o motor de arranque, para esta área da comunicação que adotei e me dá um especial gozo. NT: Que tipo de provas apresenta? Qual é que gostas mais? EG: O gosto pelo desporto, de maneira geral, já me permitiu apresentar vários certames e várias competições, em diversas modalidades outdoor e indoor. No entanto, sou mais requisitado para provas de BTT, trail e atletismo. Todas têm os seus motivos de interesse, todas são apaixonantes, sobretudo, porque são modalidades direcionadas para as massas, com largas centenas de atletas presentes em cada prova. Gosto do espírito salutar vivido pelos participantes, pelo esforço,

E manuel Gomes já apresentou mais de 50 provas este ano pela dedicação e superação, desenvolvidos sempre em contacto direto com o património natural, paisagístico e gastronómico, nas maratonas e no trail. Adoro a adrenalina das provas de resistência e ciclocrosse e de uma boa chegada ao sprint no ciclismo de estrada, que já tive a oportunidade de relatar. NT: Quais os momentos mais marcantes que já viveu enquanto speaker? EG: Este ano já passei a meia centena de eventos apresentados e, logicamente, são muitos os momentos que vou guardando no baú das memórias. Estive em eventos de aldeia, que adoro, pela autenticidade das suas gentes e em grandes eventos de renome a nível nacional, que são fantásticos pela sua imensidão e multiplicidade de vivências. Analiso momentos de desilusão e momentos de glória, vejo com preocupação quedas aparatosas e vejo atletas em franca ascensão, mas há duas coisas que gosto de observar particularmente: são os festejos de vitória, independentemente do objetivo alcançado. Por vezes, é mais efusivo o festejo do último classificado, que, pela primeira vez, terminou uma maratona, do que o do primeiro classificado, que ficou frustrado, porque não conseguiu bater o seu recorde pessoal; o outro é carga emocional positiva que acarreta a receção dos praticantes, que após longas horas de competição têm os seus familiares à espera para os receber. Adoro ver pais a cortarem a meta com os seus filho-

tes pela mão, como quem agarra a mais valiosa medalha olímpica. Adoro fazer flash interview de família completa, porque ali estão os verdadeiros heróis e as sensações são descritas e ‘regadas’ por lágrimas de felicidade. NT: Como foi possível estar tão bem informado acerca das provas e atletas? EG: Essa é uma questão interessante, porque é mais fácil ser speaker de uma competição oficial e falo por experiência própria, do que nas provas amadoras. Nas competições federadas, dispomos de muita informação, veiculada pela comunicação social e pelo histórico que as próprias federações disponibilizam. Nas provas amadoras, esta informação resulta de muito trabalho de casa. São milhares de praticantes nas modalidades amadoras, que também merecem ser reconhecidos. São muitos os patrocinadores das equipas e dos eventos que merecem ter destaque, porque, na medida das suas possibilidades, têm um papel fundamental na sobrevivência destas organizações. Por isso, vou criando uma base de dados, em constante mutação, que me permite ter um conhecimento abrangente nas modalidades. Felizmente, em cada prova há “batizados”, ou seja, malta que se estreia na prática desportiva e procuro estar atento e dou-lhes um incentivo inicial que se revela importante. Indubitavelmente, as redes sociais são um parceiro fundamental para o acompanhamento das mudanças e conquistas que os atletas

vão operacionalizando. Contudo, é no terreno que o conhecimento se constrói e a convivência de longa data com os principais protagonistas, que são os atletas, é o condimento essencial para continuar a contribuir para o enriquecimento das modalidades. NT: Atualmente, como acha que está o ciclismo, na região? EG: A região do Douro Litoral e Minho é apelidada de berço de grandes referências no ciclismo. Por aqui evoluem muitos e bons atletas, porque é aqui que estão localizadas as melhores escolas de ciclismo, que formaram nomes como José Azevedo, Rui Costa, Rui Sousa, Tiago Machado, os gémeos Gonçalves e os Oliveira e muitos outros, que diariamente treinam nesta região. A própria Trofa está bem e recomenda-se, porque também já tem escolas de ciclismo, atletismo e de trail e está na rota da organização dos melhores eventos da região Norte do país, nestas modalidades. Orgulho-me de poder dar o meu singelo contributo a estas organizações e é bom sentir o carinho das entidades organizadoras.

CITAÇÃO

“Tenho de enaltecer o trabalho do Notícias da Trofa e toda a imprensa regional que dá cobertura às modalidades menos mediáticas, porque são muitas vezes relegadas para segundos planos e, feitas as contas, têm reflexos importantes, a vários níveis, nas sociedades locais . Emanuel Gomes


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Atualidade

Necrologia S. Martinho de Bougado Deolinda da Costa Pinto Faleceu no dia 15 de novembro, com 81 anos. Casada com Augusto Campos da Silva Alvarino Moreira da Silva Castro Faleceu no dia 16 de novembro, com 89 anos. Casado com Margarida Moreira da Cruz

Santiago de Bougado Adelino Moreira de Araújo Faleceu no dia 26 de novembro, com 88 anos . Viúvo de Júlia Dias de Azevedo Guilhermina da Silva Pereira Faleceu no dia 20 de novembro, com 75 anos Viúva de Joaquim Mário de Campos Pereira

Santiago de Bougado Maria Olinda Sousa Dias Faleceu no dia 19 de novembro, com 83 anos. Casada com Luciano Dias Moreira Isabel da Silva Reis Faleceu no dia 26 de novembro, com 87 anos Casada com Ernesto de Carvalho Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

Maria Natividade Ferreira de Matos Faleceu no dia 11 de novembro, com 83 anos Viúva de José Torcato Pereira Devezas S. Martinho de Bougado Palmira da Costa Santos Faleceu no dia 12 de novembro, com 82 anos Viúvo de Manuel Azevedo Cruz

Ribeirão - VNF Arnaldo Ferreira de Azevedo Faleceu no dia 22 de novembro, com 75 anos Viúvo de Natália Maria Antunes Machado de Oliveira Manuel da Costa Crespo Faleceu no dia 6 de novembro, com 63 anos Casado com Ana Madalena de Azevedo e Silva Manuel Ferreira Ribeiro Faleceu no dia 9 de novembro, com 71 anos. Casado com Albina da Silva Reis Viatodos - Barcelos Manuel Videiras Ferreira Faleceu no dia 24 de novembro, com 83 anos Casado com Maria da Conceição Barbosa da Costa Videiras Funerais realizados por Funerária Ribeirense Paiva & Irmão, Lda.


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Atualidade Agenda Dia 1 ASAS Weekend, Mercado Ferreira Borges, Porto Expo Aves, no Lago Discount Dia 2 ASAS Weekend, Mercado Ferreira Borges, Porto Expo Aves, no Lago Discount 15 horas: Limianos-Trofense 15 horas: Águias Eiriz-Trofense 15.30 horas: Comeração do centenário do nascimento do padre Sebastião Cruz, no Monte

Tribunal Judicial da Comarca do Porto Juízo local Cível de Santo Tirso - Juíz 2

Rua Dr. José Cardoso de Miranda, 126 - 1º 4780-451 Santo Tirso Telf. 252808120 Fax. 252089638 mail stotirso.judicial@tribunais.org.pt

Referência: 397077348 Data: 12-10-2018

Requerente: José Pinho Marques e outro(s)… Interdito: Maria Augusta dos Santos Pinho Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de interdição/inabilitação em que é requerido Maria Augusta dos Santos Pinho, NIF – 114663874, BI – 3866616, com domicilio: Rua Central do Ribeiro, Nº697, Freguesia de Alvarelhos e Guidões, 4745-094 TROFA, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito, Dr(a). Sandra de Azevedo Mendes O Oficial de Justiça, Paula Cristina Dias Costa

de S. Gens

Farmácias Dia 29 – Farmácia Trofense Dia 30 – Farmácia Barreto Dia 1 – Farmácia Ribeirão Dia 2 – Farmácia Moreira Padrão Dia 3 – Farmácia Ribeirão Dia 4 – Farmácia Trofense Dia 5 – Farmácia Barreto Dia 6 – Farmácia Nova Dia 7 – Farmácia Moreira Padrão Dia 8 – Farmácia Trofense Dia 9 – Farmácia Trofense Dia 10 – Farmácia Barreto Dia 11 – Farmácia Nova Dia 12 – Farmácia Moreira Padrão Dia 13 – Farmácia Ribeirão

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109//252 428 110

ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA (DECRETO-LEI N.º 460/77 DE 7 DE NOVEMBRO) CONTRIBUINTE N.º 501 424 229 REGISTADA NA CONSERVATÓRIA R. C. DE SANTO TIRSO SOB O N.º 3/950310

ANÚNCIO Processo 3131/18.7T8STS Interdição /Inabilitação

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA TROFA

Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado Convocatória Assembleia geral Fernando Martins Monteiro, presidente da assembleia-geral , do Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, convoca nos termos legais dos estatutos e regulamento interno todos os sócios em plenos direitos uma assembleia geral ordinária, a realizar no próximo dia 30 de novembro de 2018 (sexta feira) pelas 21 horas, na EB/1J/ I de Cedões com a seguinte ordem de trabalhos: 1-Apreciação e votação do relatório de contas e atividades, relativo à época ano de 2018 (período) de 12 de novembro de 2017 (a 11 de novembro de 2018 ). 2- 30 minutos para discussão de assuntos de interesse para a Associação. Se á hora marcada não se encontrar o número de sócios suficientes, a mesma funciona 30 minutos mais tarde com qualquer número. Santiago de Bougado,20 de novembro de 2018 O presidente Fernando Martins Monteiro

CONVOCATÓRIA Amadeu de Castro Pinheiro, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, em cumprimento e ao abrigo do disposto no Artº. 74 dos Estatutos, convoca os senhores Associados para uma Assembleia Geral Eleitoral a realizar no dia 19 de Dezembro de 2018, que funcionará entre as 17:30 horas e as 20:00 horas, no Salão Nobre da Associação, sita na Rua D. Pedro V, cidade da Trofa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Único: Eleição dos Órgãos Sociais para o biénio de 2019/2020. NOTA: Se à hora marcada não estiver presente o número suficiente de Associados, a Assembleia Eleitoral reunirá 30 minutos depois, conforme o disposto no Artigo 49º. Trofa, 26 de Novembro de 2018 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Amadeu de Castro Pinheiro)

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA TROFA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA (DECRETO-LEI N.º 460/77 DE 7 DE NOVEMBRO) CONTRIBUINTE N.º 501 424 229 REGISTADA NA CONSERVATÓRIA R. C. DE SANTO TIRSO SOB O N.º 3/950310

CONVOCATÓRIA Amadeu de Castro Pinheiro, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, ao abrigo do disposto no ponto dois, alínea b), do artigo 47º dos Estatutos, convoca os senhores Associados para uma Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 19 de Dezembro de 2018, pelas 20:30 horas, no Salão Nobre da Associação, sita na Rua D. Pedro V, cidade da Trofa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto um: Apreciar e votar o Plano de Atividades e Orçamento para 2019; Ponto dois: Assuntos de interesse para a Associação. Nota: Se à hora marcada não estiver presente o número suficiente de Associados, a mesma funcionará, meia hora depois, conforme o disposto no artigo 49º. Trofa, 26 de Novembro de 2018 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Amadeu de Castro Pinheiro)

Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

Renove a sua assinatura anual

F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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Desporto

Diogo Moreira de “ouro” no Nacional de Kempo Os trofenses Dionísio e Diogo Moreira conquistaram medalhas no Campeonato Nacional de Kempo, que se realizou em Coimbra, no início de novembro. Os lutadores, que representam a equipa de Alex Ryu Jitsu - Academia da PSP, alcançaram bons resultados, principalmente o jovem Dio-

União de Ciclismo comemora cinco anos A União de Ciclismo da Trofa assinalou cinco anos de atividade, com uma gala, num restaurante em Vila do Conde, que juntou atletas, dirigentes, famílias e amigos, a 24 de novembro. O evento, carregado de simbolismo pela efe-

méride que assinalava, mereceu a presença dos patrocinadores e representantes de diversas entidades oficiais, como a Associação de Ciclismo do Porto e a autarquia trofense. A noite ficou marcada pela homenagem aos patroci-

nadores que asseguram a atividade da associação, assim como pela entrega de prémios aos atletas pelos resultados desportivos da época de 2018, que contou com vários corredores reconhecidos a nível regional e nacional. C.V.

go Moreira, que se sagrou campeão nacional de Rumble Kempo, juntanto ainda a medalha de prata em Rumble Kids. Dionísio foi vice-campeão de Rumble Kempo na categoria em que lutou, assim como arrecadou o 3.º lugar em Point Kempo. C.V.


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