Quinzenário | 11 de julho de 2019 | Nº 697 Ano 16 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
Processo em tribunal pode atrasar construção dos Paços do Concelho
5 Atualidade 7 Polícia
Apanhados em flagrante em assalto
8 e 9 R eportagem
Dois dias na assembleia “à boleia” de joana lima pub
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Metalogalva e Proef unidas na criação de poste inteligente As empresas trofenses Metalogalva e Proef juntaram-se à Ubiwhere para criar uma solução inovadora de mobiliário urbano inteligente. Através do consórcio Smart Lamppost, as empresas criaram um poste de iluminação com tecnologia de ponta, que permite às autarquias associar-se ao modelo de cidade inteligente, ao mesmo tempo que possibilita às operadoras de redes móveis uma implantação mais económica do 5G. O equipamento está equipado com luz LED, mais sustentável e económica, que pode ser controlada remotamente, através da tecnologia LoRaWAN e de uma aplicação web. Além disso, pode integrar uma câmara de vigilância, apresentando-se também como uma solução de “hospedagem neutra” de “fácil implantação” de redes 4G e 5G, assumindo-se como uma ferramenta atrativa para as várias ope-
radoras que pretendem “aprimorar a sua capacidade operacional”. A estes postes pode ainda ser incluído um módulo de carregamento elétrico para veículos, fornecendo uma potência que varia
entre “3,7 e 22 kVA”. Guimarães foi a primeira cidade a adotar o sistema Smart Lamppost, através do projeto “Guimarães 5G Ready”. A autarquia vimaranense espera que esteja em total funcionamento, durante o ano 2020. “Este projeto consiste no bom senso. As telecomunicações têm de descer à rua mas não era viável ter mais mobiliário urbano. Vamos começar a integrar as telecomunicações, com os parquímetros, com os carregadores, com as câmaras de vídeo de segurança, o wi-fi e a iluminação pública e o elemento que até agora era um mono, um poste de iluminação pública, vai passar a ter mais funções. Vai ser um mini data center, que são ser vendidos e alugados aos operadores, o que faz com que o projeto se auto-pague”, explicou João Faria, engenheiro da Smart Lamppost, durante a apresentação do projeto-piloto, em Guimarães, a 7 de junho. C.V.
Novo presidente do Leo Tiago Ferreira é o novo presidente do Leo Clube da Trofa. A transmissão de poderes aconteceu a 21 de junho, num restaurante no centro da Trofa, e ditou a sucessão de Adriano Oliveira. A Tiago Ferreira juntam-se, na direção, Ana Rita Campos, Paula Oliveira e Catarina Costa. “O encerramento do ano 2018/2019 foi repleto de entusiasmo e gratidão pelos sorrisos recebidos e o sentimento de missão cumprida. Isto só se tornou possível devido às
atividades alcançadas”, refe riu fonte do Leo Clube da Trofa, numa referência às campanhas “Escola Amiga”, que consistiu na recolha de material escolar para doar a famílias carenciadas, “Apadrinha um Sorriso”, que permitiu presentear várias crianças necessitadas no Natal. O Leo realizou ainda a Campanha do Saco, com o propósito de angariar bens alimentares e/ agasalhos para a Cruz Vermelha Trofa, a 5.ª edição do Halloween Solidário, que consistiu numa
Meteorologia
caça ao tesouro no chamado Dia das Bruxas (31 de outubro), o Torneio de Sueca Solidário e a Atividade das Crianças. “Para o ano leonístico atual, a nova direção pretende continuar o bom trabalho e aumentar o número de atividades com a i nte nç ão de pre sta r o me lhor serviço possível à comunidade e fazer a diferença local e globalmente com dedicação e energia”, concluiu a mesma fonte.
Jovem trofense em projeto a votação no OPJ Nacional “Brincar com a diferenç@” é o nome do projeto que a trofense Diana Ferreira candidatou ao Orçamento Participativo Jovem Portugal. A proposta, assinada em conjunto com as jovens de Vila Nova de Famalicão Filipa Gomes e Cláudia Marques, consiste na adaptação dos parques infantis da Trofa e de Vila Nova de Famalicão para torná-los acessíveis a crianças com deficiências físicas e mentais. O projeto é já finalista da iniciativa promovida pelo Governo e está orçado em 75 mil euros. “No nosso dia a dia, verificamos que os parques infantis, na sua maioria, são inadequados e apresentam barreiras que impossibilitam a sua utilização normal por parte de crianças com incapacidade física e/ou mental. Estas crianças ficam, muitas vezes, limitadas a observar outras crianças brincar. Com esta proposta, pretendemos que os parques infantis já existentes sejam readaptados para que as crianças com limitações físicas e/ou mentais possam usufruir destes espaços e equipamentos da mesma forma que todas as outras”, explicam as proponentes. Através deste projeto, as jovens querem “promover a igualdade” e a “independência” destas crianças, assim como “permitir a interação”, independentemente da condição física e mental, e promover “a estimulação sensorial” através da readaptação dos equipamentos. Diana Ferreira é já uma habitué nas propostas aos orçamentos participativos jovens, tendo já estado envolvida em mais do que uma candidatura da Escolinha de Rugby da Trofa na iniciativa da autarquia local. O Orçamento Participativo Jovem Portugal é dirigido a cidadãos dos 14 aos 30 anos, que se podem candidatar e, agora, votar nas propostas finalistas, até 4 de agosto, através do site www.opjovem.gov.pt. C.V.
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Mais um ano de colónias balneares Durante duas semanas, as colónias balneares organizadas pela FAPTrofa, na praia de Mindelo, receberam cerca de 900 crianças do 1.º ciclo do concelho. ANDREIA CRAVEIRO/CÁTIA VELOSO A atividade não é nova, mas colhe sempre o entusiasmo das crianças ao longo das duas semanas de duração. A Federação de Associações de Pais da Trofa (FAPTrofa), com o apoio da autarquia, cumpriu a segunda semana de colónias balneares, direcionadas para cerca de 900 crianças do 1.º ciclo do concelho. Este ano, a atividade decorreu na praia de Mindelo de 24 de junho a 5 de julho. “É uma atividade que eles estão à espera e mais nos aproximamos deste tempo quente, as crianças esperam ansiosamente para poderem vir para a praia com os seus colegas. Para eles, é muito diferente do que virem com os pais, por isso é com todo o agrado que organizamos estas colónias”, explicou Duarte Araújo, presidente da FAPTrofa. Todos os dias foram preparadas atividades diferentes, desde dança, passando pelos jogos tradicionais e outras
brincadeiras na areia e no mar, proporcionando muitos momentos de diversão. “É importante que as crianças venham para a praia e que não fiquem unicamente a apanhar sol nas suas toalhas”, complementou. A alegria dos mais pequenos é importante e para que tudo decorra sem sobressaltos a organização previne com grande vigilância, por isso, “por cada 20 crianças”, houve “três adultos”. “Nós sabemos que estamos a lidar com crianças, o perigo está sempre ao virar da esquina e queremos correr o mínimo de riscos possíveis, para tal, há um rácio bastante apertado de monitores, para que tudo decorra da melhor forma”, assegurou Duarte Araújo. Na sequência de um desafio lançado pelas associações de pais já o ano passado, a FAPTrofa está também a dinamizar uma colónia de férias para os alunos do 2.º e 3.º ciclos da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro e da Escola Secundária da Trofa. Para os adolescentes, as atividades estão direcionadas para áreas de mais aventura e culturais, como “idas ao parque aquático e visitas a museus e ao centro de recrutamento do exército, em Gaia”.
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Atualidade
Cerca de 900 crianças participaram nas colónias
Expotrofa decorre até domingo panha e este ano decidi voltar a mostrar o meu trabalho na Trofa”, revelou. As naturezas mortas e as paisagens da Trofa e do Gerês são alguns dos temas escolhidos e retratados pelos pincéis de Alcino Costa.
Orquestra Urbana atuou na segunda-feira Já começou a Expotrofa, uma mostra que reúne o movimento associativo e algumas empresas do concelho da Trofa, ao longo de nove dias, junto à estação de comboios, em S. Martinho de Bougado, numa organização conjunta da Co-
missão de Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores, que este ano cabe ao lugar da Esprela, e da Câmara da Trofa. O ponto alto do cartaz foi a atuação de Mónica Sintra na noite de sábado, dia da abertura do certame.
A lcino Costa está a comemorar 30 anos de carreira
O programa dedica vários dias às associações e grupos das freguesias do concelho com o encerramento a caber mais uma vez à União de Freguesias de Bougado, com a noite da Moda, a 14 de julho.. Também a noite de segunda-feira foi marcante com a atuação da Orquestra Urbana, com o convidado Paulo Praça a prestar tributo a António Variações. Mas nem só de música e moda se faz o certame de 2019. O pintor Trofense Alcino Costa, que assinala este ano 30 anos de carreira, decidiu voltar a marcar presença no evento, depois de uma ausência de vários anos. “São 30 anos de muita luta, nos últimos sete anos tenho feito várias exposições em Es-
“O bichinho, o vício” de Alcino iniciou logo desde tenra idade com o artista e pintor a dedicar muitas horas à sua paixão. São vários os artesãos que na Expotrofa têm a sua oportunidade para mostrar
artes com muita história e que, ano após ano, mantêm através das tradições, como é o caso da Artesana/Artecri, de S. Mamede do Coronado, que continua a construir os brinquedos de madeira.
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Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis
As festividades de Santa Luzia, em 1923
Marchas mantêm protagonismo nas festas de S. Pedro A “dar a dar”, a “sorrir e a cantar”, tal como diz a música, lá foi a marcha mais um ano animar as festas de S. Pedro da Maganha. Desde há muitos anos que é este o grande chamariz da romaria que encerra o mês de santos populares. Naquela aldeia, na noite de 29 de junho, mais de 30 marchantes apresentaram as coreografias, que combinaram com músicas novas e outras que contam a história daquele que é já um património daquela comunidade. “Este ano consegui a ajuda do Luís e decidimos buscar músicas de anos passados para embelezar ainda mais o nosso espetáculo. Estou orgulhosa do trabalho
de todos eles”, afirmou a ensaiado- para a noite de sábado não compareceu, por “motivos de saúde” ra, Susana Ferreira. Quem também não escondia a sa- do vocalista. No dia anterior, o espetáculo de tisfação era António Castro, presidente da Associação Recreativa de folclore não contou com a presenS. Pedro da Maganha. “Tal e qual ça do Rancho Folclórico da Trofa, como nos anos anteriores, as mar- devido ao falecimento de um fachas foram a nossa grande aposta. miliar de vários componentes do E este ano, estiveram magníficas, grupo. “Mas os outros ranchos que tudo correu bem, a música, as co- estiveram, o de S. Romão do Cororeografias, as roupas, todos estão nado e o Etnográfico de Santiago de Bougado fizeram um belo espede parabéns”, referiu. O balanço final das festas foi po- táculo”, salientou António Castro. A 30 de junho, a animação fezsitivo, apesar de alguns percalços, que foram ultrapassados dentro -se com concertinas e música podas possibilidades da associação, pular portuguesa. A 13 de julho, o S. Pedro da Macomo colocar o grupo de bombos a ocupar o tempo entre as marchas ganha vai estar representado na e a sessão de fogo de artifício, uma ExpoTrofa com a atuação da marvez que o grupo musical escolhido cha. C.V.
Savinor atribuiu duas bolsas a estudantes universitários A Savinor, empresa do grupo Soja de Portugal, atribuiu duas bolsas de estudo a estudantes universitários, com o “intuito de continuar a apoiar a educação no País”. A cerimónia, que decorreu no dia 1 de julho, no Fórum XXI, na Trofa, e contemplou, no total, oito jovens, através da comparticipação da autarquia. O acesso à educação tem um papel cada vez mais importante num quadro de igualdade de oportunidades para os jovens. Desta forma, e centrando-se na sua política de responsabilidade social, a Savinor atribuiu duas
bolsas de estudo a estudantes da zona da Trofa que pretendem continuar a sua formação superior. “Estes mecanismos de apoio financeiro são fulcrais para a orientação do estudante, quer em termos de valorização pessoal, quer em termos académicos e profissionais. Como tal, a Soja de Portugal não poderia deixar de prestar apoio aos jovens que têm vontade de continuar a sua formação. Esta é mais uma ação de responsabilidade social que o grupo tem levado a cabo nos últimos anos e do qual muito se orgulha”, refere António Isidoro, CEO do Grupo Soja de Portugal, que tem estabelecido relações com diversas instituições de ensino, com o intuito de
apoiar e impulsionar a educação em Portugal. Os financiamentos de bolsas de estudo funcionam como um estímulo à investigação para alunos do ensino superior e pretende ter impacto social positivo na comunidade. A Soja de Portugal é um grupo empresarial de referência no setor da indústria agroalimentar, que opera nas áreas de nutrição animal, carne de aves e recolha, tratamento e valorização de sub-produtos de origem animal. Nascida em 1943, engloba algumas das mais relevantes empresas do setor agroindustrial português, tais como a Sorgal, a Avicasal e a Savinor.
Dia após dia, mês após mês, vai marcando a sua presença a Capela de Santa Luzia de forma bastante discreta no eterno reboliço que circula na Nacional 14. Santa Luzia, nascida no ano de 283, iria morrer poucos anos devido ao martírio e à perseguição de que os católicos eram vítimas por parte do Imperador Diocleciano. Acabaria por se tornar uma das santas mais populares na época medieval, gozando de enorme reputação. Poderá ter sido por esse facto que viu ser construída uma capela em sua homenagem em terras de Bougado. Os apontamentos mais antigos referem que a sua construção é do século XVII, poderá ter aproximadamente 400 anos, obviamente com grandes alterações na sua fachada e dimensão que numa fase primitiva deveria ser bem mais simples. A data concreta da sua construção é um mistério, não abundam as fontes escritas e não é possível obter dados concretos relativamente à sua fundação. Na atualidade, as suas festividades não se efetuam, o seu culto perdeu impacto social e religioso, algo normal e recorrente na história das comunidades, o culto dos santos e restantes figuras da Igreja Católica era realizado muitas vezes em função dos impactos temporais que os mesmos iam tendo no seio da sua população, por isso é comum ganhar e perder importância por diversos fatores. Na realidade, na década de vinte, passados agora praticamente 100 anos, ainda se comemorava esta festividade que ocorria após os meados de maio, sendo, nesse ano, a 20 e 21 desse mês. Dois dias de festa e devoção e muitos participavam nessas atividades. As festas eram caracterizadas e descritas como imponentes e referências na imprensa para milagrosas, podendo ser reconhecido em anos idos o seu poder de realizar milagres e isso contribuir de forma decisiva para a importância daqueles momentos. No dia 20 de maio, às primeiras horas da manhã, iria dar entrada no souto da freguesia, a banda de Paços de Ferreira, seguindo dali para o adro da capela, onde aguardaria a chegada da Banda dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, atuando de forma alternada as duas bandas pela madrugada. Não esquecendo o fogo de artifício que iria ter três fogueteiros. O segundo e último dia de festividades ia ocorrer na segunda-feira, com sermão e missa cantada a ocorrer na capelinha, seguindo-se, durante a tarde, a atuação de bandas de música em dois coretos que eram construídos de forma provisória para aqueles momentos. A procissão iria sair pelas 4 horas da tarde e ao longo do seu caminho previa-se forte afluência de fiéis devotos, com três andores e muitos anjinhos a participarem na mesma.1 Passados 100 anos, nada restou, as festividades perderam-se e perdeu-se elementos da cultura de Santiago de Bougado que talvez num futuro próximo possa ser recuperado como ocorreu com outras festividades.
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Tribunal quer “melhor fundamentação” para construção do edifício da Câmara Júri do concurso do edifício dos Paços do Concelho da Trofa tem de fundamentar “melhor” a sua escolha para classificar como vencedora uma proposta 500 mil euros mais cara que a da empresa de Valongo, a Atlantinivel que apresentou impugnação em tribunal. Poderá ainda não ser desta que o processo de adjudicação das obras do novo edifício da Câmara Municipal da Trofa vai sair do papel. A Atlantinivel, empresa que apresentou a proposta 500 mil euros mais barata que o primeiro classificado, a empresa famalicense Telhabel, viu o Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel exigir melhor fundamentação do resultado do concurso de adjudicação da construção dos Paços do Concelho ao júri do concurso. Atribuída no âmbito de um concurso à empresa de Vila Nova de Famalicão Telhabel, Construções SA, no valor de 8.254.071,60 euros, a obra foi contestada pela Atlântinivel, Construção Civil SA, detentora da segunda proposta
mais baixa, quase 500 mil euros [7.825.941,08 euros], que decidiu impugnar o concurso em tribunal. O autarca Sério Humberto recusou a ideia de que a decisão do tribunal de pedir uma melhor fundamentação signifique o “fim da adjudicação” e que “a câmara vá ter de abrir novo concurso”. “O tribunal levantou a suspensão, logo, nós se tivermos o visto do Tribunal de Contas poderemos começar a obra, mas o tribunal também diz que o relatório final do júri precisa de uma melhor fundamentação para, no fundo, se tornar totalmente legal”, disse à Lusa o presidente da autarquia, que garantiu que a decisão “não é um ato nulo” e a autarquia não vai precisar de outro concurso. Face à decisão do tribunal, que analisou o relatório do júri do concurso, o executivo da câmara “vai avaliar nos próximos dias se recorre do processo ou então se o júri faz uma melhor fundamentação” do relatório, que depois “irá novamente a reunião de câmara”, acrescentou o autarca da coligação PSD/CDS.
Concelho. A Lusa tentou um comentário da Atlântinivel, mas não foi possível ter uma reação. Em março, a oposição socialista na vereação da Câmara da Trofa manifestou-se contra esta adjudicação, acusando o executivo municipal PSD/CDS, liderado por Sérgio Humberto, “de ter adjudicado a construção do edifício dos Paços do Concelho à empresa com o quarto orçamento mais baixo e não àquele que apresentou melhor preço”. Recorde-se que os socialistas votaram contra a adjudicação, pelo facto de o executivo de Sérgio Humberto ter feito a “adjudicação ao quarto preço mais baixo”, atribuindo a obra à empresa de Vila Nova de Famalicão Telhabel, Construções SA, no valor de 8.254.071,60 euros quando a “segunda proposta mais baixa (apresentada pela Atlantinivel, Autarquia tem perspetiva de terminar a obra em 2021 Construção Civil SA) está quaComparticipado em 900 mil eu- execução de 22 meses”, fazendo se 500 mil euros (7.825.941,08 ros pelo Portugal 2020, o projeto com que 20 anos depois da sua Euros) abaixo da que foi adjuautonomia administrativa a Tro- dicada”. do arquiteto da Trofa José Carlos fa possa finalmente ter Paços do Nunes Oliveira terá um “prazo de
Tribunal anula deliberações do Conselho Municipal O Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel deu razão ao Clube Slotcar da Trofa e declarou nulas as deliberações tomadas no Conselho Municipal de Juventude (CMJ) de 9 de dezembro de 2017. Em causa está, concretamente, a anulação da tomada de posse de “todos os representantes” deste órgão consultivo para o mandato 20172021 e a constituição da mesa do plenário. Na sentença, datada de 17 de junho, o Tribunal confirma a versão do Clube Slotcar da Trofa, membro efetivo do CMJ, que alegava não ter recebido a convocatória para aquela reunião de 9 de dezembro de 2017 com a antecedência prevista no Regimento do Conselho Municipal de Juventude, ou seja, com “pelo menos, cinco dias de antecedência”, provando que recebeu a notificação “a 4 de dezembro de 2017”. “ “Na verdade, o artigo 87.º do CPA (Código de Procedimento Administrativo) prevê entre outras regras para contagem dos
prazos que os mesmos se suspendem nos sábados, domingos e feriados – alínea c). Assim, se se tiver em consideração que o dia 08.12.2017 era feriado, então é de concluir que a reunião foi antecedida de uma convocatória remetida no 4.º dia anterior à sua realização”, pode ler-se na sentença, que conclui que “as deliberações tomadas são ilegais, porque a autora não participou na reunião e a respetiva convocatória não foi remetida nos cinco dias anteriores à sua realização”, como “previsto” no Regimento do Conselho Municipal de Juventude. No processo, o Clube Slotcar da Trofa dá conta de que, depois do primeiro email, enviado a 4 de dezembro de 2017, a Câmara Municipal da Trofa enviou um novo email, dando conta de que, por lapso, foi indicada como hora as 21.30 horas quando se pretendia dizer as 09.30 horas. A coletividade, através do presidente, André Coroa, respondeu um dia depois, contestando a alteração da hora, uma vez que se encontrava fora de Portugal e só regressaria
no final da manhã em função da escuteiros do concelho, da Assoprimeira convocatória recebida ciação de Estudantes da Escola See que o outro membro do clube cundária da Trofa e do Clube Slotambém se encontraria impossi- tcar da Trofa (associação juvenil). A resposta da autarquia foi dada, bilitado de comparecer. A reunião foi realizada e foi dada por email, a 12 de dezembro, já posse aos membros do CMJ para o depois de realizada a reunião, mandato 2017-2021, sendo eleitos “lamentando qualquer transtorno para estes órgãos representantes causado pela alteração da hora e das juventudes partidárias (JSD, justificando a impossibilidade de JS, JP e JC), dos agrupamentos de emitir nova convocatória em fun-
ção da Assembleia Municipal Jovem a ter lugar no dia 16 de dezembro”. Face a esta decisão do Tribunal, a constituição do CMJ deve ser considerada nula, bem como todas as decisões que tomadas nas reuniões posteriores. A autarquia tem 30 dias, a partir da data da publicação da sentença, para recorrer.
O que é o Conselho Municipal de Juventude? Segundo o site da autarquia, o Conselho Munici- “contribuir para o aprofundamento do conhecimenpal de Juventude da Trofa “é um órgão consultivo do to dos indicadores económicos, sociais e culturais Município da Trofa que visa, por um lado, assegu- relativos à juventude”; “promover a discussão das rar o direito de participação e de intervenção dos jo- matérias relativas às aspirações e necessidades da vens munícipes, através das suas associações e, por população jovem residente no Município”; “promooutro, auscultar e incorporar as contribuições das ver a divulgação de trabalhos de investigação relaestruturas juvenis na definição e desenvolvimen- tivos à juventude”; “promover iniciativas sobre a juto de projetos decorrentes da aplicação da política ventude a nível local”; “colaborar com os órgãos do municipal de Juventude, num ambiente de diálogo município no exercício das competências destes ree experiências entre os vários agentes juvenis con- lacionados com a juventude”; “incentivar e apoiar celhios e a população jovem”. a atividade associativa juvenil, assegurando a sua A este órgão compete “colaborar na definição e representação junto dos órgãos autárquicos, bem na execução das políticas municipais de juventu- como junto de outras entidades públicas e privade”; “assegurar a audição e a representação das en- das, nacionais ou estrangeiras” e “promover a cotidades públicas e privadas que, no âmbito munici- laboração entre as associações juvenis no seu âmpal, prosseguem atribuições relativas à juventude”; bito de atuação”.
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Deputado Fernando Jesus despede-se do Parlamento
José Maria Moreira da Silva CRÓNICA
A saúde tem de estar mesmo mal em Portugal
Deputado socialista é muito próximo das “causas da T rofa” O deputado socialista Fernando Jesus fez o seu último discurso no Parlamento, pedindo à classe política para distinguir o "trigo do joio" e empenhamento no combate à corrupção, mas sem recurso à demagogia. O deputado eleito pelo distrito do Porto despede-se assim de cerca de 20 anos a exercer a função, tendo assumido um papel ativo na defesa da construção da variante à nacional 14 que deve-
ria ligar Maia, Trofa e Famalicão. "Representei o meu país no Parlamento com honra e muito orgulho, procurei sempre fazê-lo com seriedade e sentido de justiça, nas diversas comissões onde tive a oportunidade de participar desde o Trabalho e Segurança Social, ao Poder Local, Saúde, Agricultura e Florestas, e mais recentemente na de Economia, Inovação e Obras Publicas -, procurei sempre exercer as funções para
que era solicitado, a pensar nas pessoas e na melhor forma de as servir", afirmou. "Com o apoio da Federação Distrital do Porto, liderada pelo Renato Sampaio, e do Grupo Parlamentar do PS, então liderado pelo Alberto Martins, criei no Porto um gabinete de atendimento ao cidadão. Este gabinete teve uma importância extraordinária na aproximação do eleito ao eleitor", advogou. Fernando Jesus sugeriu então que, às crianças até ao 12.º ano de escolaridade que visitem o Parlamento, integradas em viagens escolares, "a refeição seja oferecida pela Assembleia da República". Fernando Jesus deixou ainda referências à forma como atuou perante os governos. "Foram inúmeras as vezes que me dirigi a ministros, secretários de Estado, sob a forma de perguntas ou requerimentos ao Governo, para lhes colocar problemas bem conhecidos de todos", apontou, citando, depois, uma série de "causas políticas" em que esteve diretamente envolvido em áreas como a educação, obras públicas, agricultura ou saúde. Fernando Jesus declarou que sai da Assembleia da República "com as preocupações das ameaças do terrorismo, das alterações climáticas, dos refugiados, da fome e da pobreza que assolam o mundo”. "Saio preocupado, ainda, pelos baixos níveis de participação democrática no exercício do direito ao voto nos atos eleitorais. Saio com o sentido do dever cumprido, mas com a humildade para reconhecer que muito poderia e haveria a ser feito", acrescentou.
Diz o ditado popular que “o pior cego é aquele que não quer ver”, que é uma expressão muito usada para definir as pessoas que fingem que não veem, que fazem vista grossa para um problema que pode ser atacado se encarado de frente. Este ditado popular pode ser aplicado às figuras do primeiro-ministro, da ministra da saúde e a muitos dos seus apaniguados, que não querem ver o que se está a passar na saúde em Portugal. Para estes “figurões” da vida política portuguesa está tudo bem, só que no momento em que tentam passar esta mensagem na comunicação social sai a público a notícia que o número de cirurgias em atraso nos hospitais públicos duplicou nos últimos quatro anos. Ou seja, este descalabro do atraso das cirurgias, aconteceu durante a governação «geringonçada». Mesmo perante estes factos indesmentíveis, o atual primeiro-ministro, na sua narrativa matreira, alega que são uma herança do anterior governo, aliás o que tem dito sempre, ao longo destes quatro anos de governação, sobre os problemas que não consegue resolver. E quando é contrariado manipula os factos e abusa dos truques de marketing político, para contra-atacar com argumentos de guerrilha política, que é a sua especialidade. A estratégia de manipulação de factos e trocadilhos na comunicação também é utilizada pela governação, quando tenta justificar os cortes na saúde, a falta de investimentos, a falta de médicos, de enfermeiros e até do pessoal do INEM. É uma vergonha nacional o facto de as chamadas para o INEM, que é um Instituto de Emergência (!?!) Médica chegarem a demorar oito minutos a ser atendidas, quando a recomendação é para que as chamadas não demorem mais de sete segundos a ser atendidas. Os médicos e os enfermeiros lutam pela dignidade da profissão, e por um melhor serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também para que o governo aplique corretamente a legislação em vigor. A saúde tem de estar mesmo mal em Portugal, para a greve neste setor ter sido em simultâneo de todos as classes profissionais que trabalham na saúde: médicos, enfermeiros e restantes trabalhadores do setor, o que originou os serviços terem estado fechados, como por exemplo, nos hospitais do Algarve, em Aveiro, em Coimbra, no Porto e em Viana do Castelo. As principais falhas que são apontadas na saúde é a falta de manutenção e ausência de investimentos em equipamentos, a grave carência de pessoal e de material, que tem feito adiar várias intervenções cirúrgicas e, para agravar a situação, o montante da dívida a fornecedores no setor da saúde tem vindo a aumentar assustadoramente. Um dia terá de ser paga! Para quem está menos atento a estas questões ou mesmo para quem não quer ver, a adesão a esta greve no setor da saúde teve taxas de adesão elevadíssimas, muito superiores às taxas de adesão da greve semelhante ocorrida no governo anterior. A saúde tem de estar mesmo mal em Portugal. moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt
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Adjuntos dos Bombeiros tomam posse
Foto: Rui Ferreira Legenda: Novo Adjunto vai tomar a 27 de julho numa cerimónia aberta ao público
Rui Ferreira viu homologada a nomeação para assumir funções enquanto adjunto do corpo de Bombeiros da Corporação dos Bombeiros Voluntários da Trofa. A homologação da indicação aconteceu a 2 de julho e no passado sábado decorreu a imposição das insígnias. De acordo com fonte do coman-
do a cerimonia publica de tomada de posse de Rui Ferreira e Miguel Maia como adjuntos vai ter lugar a 27 de julho, numa cerimónia aberta ao publico, marcada para as 17 horas, nas instalações do quartel dos Bombeiros da Trofa. Rui Ferreira faz parte do corpo de Bombeiros da Trofa há mais de 18 anos.
Apanhados em flagrante a assaltar metalomecânica Na sequência de uma denúncia sobre movimentações suspeitas junto de uma empresa metalomecânica, situada na Rua das Indústrias, em Bougado, na tarde de sábado, 6 de julho, a Guarda Nacional Republicana da Trofa mobilizou um piquete para o local, que apanhou em flagrante um grupo a furtar material ferroso.
Os militares depararam-se com com idades entre os 18 e os 45 anos, quatro indivíduos a carregar mer- residentes na Maia, foram detidos, cadoria para dentro de uma viatu- três foram notificados a apresentarra, que já armazenava cerca de 400 -se em tribunal, na segunda-feira, 8 quilos de material. Mais tarde, a de julho, mas o condutor confesso GNR apurou que a viatura em que ficou retido no quartel da guarda, os suspeitos se faziam transportar uma vez que, além de ter particitambém tinha sido furtada numa pado no assalto, não tinha carta de empresa de aluguer, em Vila Nova condução. e possuia uma vasto cade Famalicão. Os quatro homens, dastro por furto C.V./H.M.
GNR aperta o cerco a condutores ilegais e alcoolizados Camião arranca postes e cabos e causa estragos Um camião arrancou vários pos- existência dos cabos a baixa altites e danificou viaturas, na ma- tude. Os moradores queixaramnhã de 1 de julho, na Rua da Pó- -se também do estado de degravoa, em Guidões. dação dos postes de madeira que O pesado circulava naquela rua sustentavam os cabos, referindo e acabou por puxar cabos de co- que estavam “podres”. municações da rede Altice, acaA rua esteve interdita durante bando por arrancar postes. Um algumas horas, face aos postes e deles caiu sobre uma viatura e ou- cabos caídos. tro danificou a chaminé de uma No local esteve um piquete da habitação. empresa responsável pela rede Segundo testemunhas no lo- de comunicações naquela zona. cal, o condutor do camião circuA Guarda Nacional Republicalava em marcha lenta, perante a na da Trofa registou a ocorrência.
Na sequência de várias ações de fiscalização ao trânsito, desencadeadas no fim de semana de 6 e 7 de julho, a Guarda Nacional Republicana deteve sete condutores. Três deles por conduzirem sem habilitação, dois por desobediência, uma vez que tinham a carta apreendida, e outros dois por consumo de álcool. Destes últimos, um foi intercetado na cidade da Trofa, cerca do meio-dia, e apresentava uma taxa de alcoolemia de 2,99 gramas por litro de sangue. O condutor de 42 anos é de Cabeçudos, Vila Nova de Famalicão, e foi notificado para comparecer a tribunal, na segunda-feira. O mesmo aconteceu com o homem de 25 anos, de Ribeirão, que, cerca das 8 horas, teve ordem de paragem da Guarda, na Rua Abade Inácio Pimentel, e apresentou uma taxa-crime de alcoolemia de 1,9 gr/l. No dia 4 de julho, a GNR da Trofa deteve uma mulher, de 32 anos,
e um homem, de 25, por condução sem habilitação, em Santiago de Bougado. As detenções aconteceram no espaço de tempo de uma hora e meia e os processos transitaram para tribunal. No mesmo dia, de madrugada, os militares detiveram, em S. Mamede do Coronado, um condutor de 35 anos, emigrante em França, que estava na posse de 22 gramas de haxixe. O homem foi noti-
ficado para comparecer em tribunal, pelas 10 horas do mesmo dia. Na Santa Eufémia, em Alvarelhos, a Guarda deteve um homem de 67 anos, quando conduzia um veículo ligeiro de passageiros sob o efeito do álcool, cerca das 17.30 horas de 2 de julho. Sujeito ao “teste do balão”, apresentou um taxa-crime de 1,81 gr/l. Foi detido e notificado para comparecer em tribunal no dia seguinte. C.V./H.M.
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Dois dias na Assembleia “à boleia O NT acompanhou durante dois dias o trabalho parlamentar da deputada trofense Joana Lima. Na atribulação dos últimos dias de legislatura, foi possível perceber que o Parlamento é muito mais do que o hemiciclo. CÁTIA VELOSO
a proibição da utilização de louça de plástico de uso único. A expectativa é que o diploma seja votado naquela ocasião, mas os deputados do PSD solicitam adiamento para o dia seguinte. Na mesma reunião, a trofense faz mais algumas intervenções, apresentando a posição do partido relativamente a projetos apresentados pelo PAN. A reunião termina uma hora e meia depois. Aproveita-se para almoçar, porque há plenário logo ao início da tarde. Por entre o bacalhau à minhota, mais um dedo de conversa. Perante a presença de deputados sociais-democratas, é inevitável falar-se do recém-anunciado cabeça de lista do partido “laranja” pelo distrito do Porto, um jovem ainda na casa dos 20, que acolheu o pasmo de muitos elementos internos. Finalmente no hemiciclo, Joana Lima vai acompanhando o decorrer dos trabalhos, que passam por fazer balanços da legislatura e apresentar as últimas propostas políticas. É já ao final da tarde, que a deputada trofense consegue sentar-se para conversar sobre o trabalho que desenvolveu desde que assumiu lugar no Parlamento.
Os dias têm sido atarefados. O fecho da legislatura e a chegada das férias parlamentares provocam um frenesim ainda mais intenso em S. Bento. Os grupos parlamentares ultimam propostas, as comissões de trabalho reúnem vezes sem conta, em horários anormais e em algumas ocasiões em simultâneo com outras, fazendo com que deputados “saltem” de uma sala para a outra. A pé desde a cinco da manhã, R euniões das comissões têm- se realizado com elevada frequência nos últimos dias Joana Lima chega a Lisboa para mais uma semana de trabalho O relógio não para parlamentar, depois de uma lon- e que teima em não acabar devido cupa-se com as horas e telefona a Na manhã de terça-feira, 2 de juga viagem que começou na Trofa ao trânsito caótico da capital. Preo- uma das assessoras do grupo parlamentar do Partido Socialista, que lho, Joana Lima é uma das primeirapidamente lhe desfaz o equívo- ras a chegar à sala onde vai decorco e lhe assegura que a reunião rer a reunião da comissão do Amda comissão da Saúde, que pen- biente e do Ordenamento do Terrisava começar às 10 horas, afinal tório. O stress entre os pares é noestá marcada para as 10.30 horas. tório. Há um entra e sai de deputa“Ainda bem. Já estava a entrar em dos que, por entre papéis e conversas paralelas, explicam que vão à stress”, desabafa. A chegada à Assembleia da Re- reunião de uma outra comissão e pública faz-se de forma bem mais já voltam. Há pontos em primeiro “Isto é democracia” calma, com direito a pequeno-al- lugar que acabam por saltar para Joana Lima chegou a Lisboa moço e a pequenas conversas por o fim da lista, mas tudo é abordado. entre os imensos corredores que Joana Lima tem em mãos a coorde- como deputada em novembro de separam o novo edifício da históri- nação do grupo de trabalho para 2015, com a “convicção clara” do ca construção da casa da democracia. Pelo caminho, encontra uma deputada do CDS, que corrobora o sem número de afazeres num pouco espaço de tempo e que, em jeito de brincadeira, ameaça: “Vou meter baixa”. Risos logo seguidos de despedidas, porque o relógio não para e é preciso dar uma última olhada na documentação, no “ninho” dos deputados socialistas, que é como quem diz, a ala dedicada ao grupo parlamentar rosa. É aí que uma deputada nota a presença jornalística: “Vem perceber como é o dia a dia Sessões do P lenário são apenas uma parte do trabalho parlamentar de um deputado”, explica Joana.
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a” de Joana Lima
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Reportagem
O desejo de ter uma intervenção “mais eficaz” na Saúde
T rabalho parlamentar também contempla reuniões comassociações e outras entidades peso da responsabilidade. “É um cargo que plo, na questão dos plásticos descartáveis, gosto muito de desempenhar, por me sentir havia quatro projetos de lei apresentados útil à população. Agora que começamos a fa- pelos partidos, mas, através de um diálogo zer contas ao que produzimos na legislatura, profícuo, conseguimos que saísse apenas sentimos que fizemos algo para fazer a dife- um texto único, que recolhe as melhores rença na vida dos cidadãos, nomeadamente propostas de todos os grupos parlamentado distrito do Porto, que represento, e pelo res envolvidos”, referiu, sem deixar de eviconcelho da Trofa, a minha terra e pela qual denciar que “é preciso ter muito bom senso sinto um carinho muito especial”, explicou. quando se está a legislar, porque vai haver Ao disponibilizar-se para mostrar o que é implicações nas populações, nas empresas o dia a dia de um deputado, Joana Lima quis e nos movimentos cívicos”. Apesar de se assumir “dura” no combate demonstrar aos eleitores que o trabalho no Parlamento “não se resume ao hemiciclo”, político, Joana Lima não esconde que tem pelo contrário, “o grosso das funções de “grandes amigos” em todas as bancadas parum deputado é executado fora dele, nas reu- lamentares. “O debate político é uma coisa, niões das comissões e grupos de trabalho”. a relação pessoal é outra. Isto é democracia”. Joana Lima fez parte da Comissão dos Os interesses da Trofa Negócios Estrangeiros, tendo, nesse âmQuanto aos interesses da Trofa, não são bito, realizado algumas ações diplomáticas, como visitas ao Irão e ao Bangladesh, esquecidos apesar das responsabilidades e integra as comissões da Agricultura e do com outras áreas, assegura a deputada, que Ambiente, Ordenamento do Território, Po- sublinha “as várias interpelações feitas ao der Local e Habitação, mas é na Comissão ministro do Ambiente, nomeadamente sode Saúde, onde está há menos tempo, que bre a linha do metro” e as intervenções junto se tem sentido mais entusiasmada, uma vez do ministro das Infraetruturas, tendo como que assumiu, assim como outros deputados reivindicação a variante à Estrada Nacional do Porto, “a defesa da nova ala pediátrica 14, que, sublinhou, “está no plano nacional do Hospital de S. João”. “Estive na linha da de investimentos” assumido pelo Governo. O investimento no Centro Hospitalar do frente para que a obra fosse uma realidade e a verdade é que vai começar ainda este Médio Ave, anunciado recentemente pela ano, o que me deixa muito satisfeita”, reve- administração de António Costa, também colhe a satisfação da trofense, que também o lou a socialista. Fora da Assembleia, também “há muito defendeu em ações políticas como deputada. Por outro lado, lamenta que outras reitrabalho” realizado, destacou a deputada, referindo-se às “visitas das comissões aos vindicações, como as obras no quartel da distritos” e às ações relacionadas com o Par- GNR da Trofa não sejam acatadas, devido lamento dos Jovens, também acolhido por “à ordem de prioridade”. “Há pouco temJoana Lima que, a propósito, visitou estabe- po, estive com secretária de Estado Isabel Oneto e perguntei-lhe para quando uma inlecimentos de ensino do concelho. E não esquecer as “reuniões semanais do tervenção e, infelizmente, as notícias não grupo parlamentar”, onde se “debatem te- são sempre as melhores, porque há semmas profundos” e orienta-se a estratégia po- pre uns quartéis piores que o nosso, que se encontra na segunda fase de requalifilítica do partido. “A negociação é fundamental. Por exem- cação”, frisou.
No dia seguinte, a agenda de trabalho não é menos folgada. Pelo contrário, Joana Lima acabará por marcar presença em três sessões nas comissões do Ambiente, da Agricultura e da Saúde, que decorrem quase em simultâneo, e fica ainda por confirmar, na primeira, a aprovação do documento final para a proibição da utilização da louça descartável de plástico, que obrigará a mais uma reunião do grupo. A manhã “voou” e já só há meia hora para almoçar, porque está marcada uma reunião com uma associação, que quer apresentar propostas relativas à aquisição de medicamentos órfãos. Com isto, chega atrasada ao plenário e logo se lembra daqueles que “olham para a televisão e pensam que os deputados estão na sorna porque não aparecem ou chegam mais tarde”. O dia que se segue apresenta-se com o mesmo cenário atribulado, mas Joana não se queixa. Apesar da correria, a deputada sente que ainda pode dar o seu contributo à população que a elegeu, principalmente na área da Saúde, onde considera que pode “ter uma intervenção mais eficaz e incisiva”.
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Manifesto em Favor da Restauração d da Freguesia de San Em 2013, por força de uma Lei injusta, imposta pela se dedicarem exclusivamente à freguesia e à sua reTroika a Portugal, a freguesia de Santiago de Bouga- solução dos problemas das populações que aí residem. Santiago de Bougado é uma das mais antigas e audo perdeu a sua autonomia político-administrativa, ao ser obrigada a agregar-se a S.Martinho de Bouga- tónomas comunidades do país, referenciada desde o do, contra a vontade expressa dos bougadenses e dos início da nacionalidade em inúmeros documentos e estudados e dados a conhecer por historiadores e esseus órgãos representativos. Passados 5 anos, os argumentos então apresentados tudiosos, destacando-se, entre outros, o Abade Sousa contra essa união forçada continuam perfeitamente Maia, o Doutor António Cruz, os professores Napoleão válidos. Os receios na altura manifestados, tendo em de Sousa Marques e Pereira da Silva, O Eng.º Alcino Roconta os desafios e ameaças existentes em relação ao drigues e o jornalista Costa Ferreira. Cedões, Lantemil, futuro daquela que havia sido uma das mais importan- Cidai, Lagoa, Bairros, Maganha, e muitos outros topótes freguesias da região, com séculos e séculos de his- nimos, alguns em risco de desparecerem, terão existência anterior à própria nacionalidade, atestando a tória, infelizmente vieram a confirmar-se. Como é do domínio público, a maioria parlamentar origem da nossa freguesia, o que também é comprovaque suporta o atual governo comprometeu-se, ain- do pelos inúmeros vestígios arqueológicos que foram da nesta legislatura, a repensar a divisão adminis- sendo postos a descobertos. Na Idade Média, que o cotrativa das freguesias, admitindo reverter o processo rónimo Trofa começou a ser um topónimo, a designar de agregação levado a cabo em 2013, de acordo com uma das sete aldeias de Santiago, saltando daí para os critérios que a Assembleia da República irá breve- nome da vila, de cidade, e de concelho. Santiago de Bougado é pois um território de muimente definir. O tempo é pois de avaliação e de manifestação de to antiga ocupação, como no-lo atestam os inúmevontades por parte das comunidades em relação às ros vestígios arqueológicos, alguns mesmo anteriores ao processo de agregações a que foram obrigadas, nal- Qualquer processo de auscultação romanização. Semguns casos, é possível que os resultados da vontade dos bougadenses, que pre foi uma comuobtidos levem a que as respetivas popuvenha eventualmente a ser realizado, nidade autónoma, lações se sintam confortáveis com a situanão deixará de confirmar de forma senhora dos seus ção. Porém, em Santiago de Bougado essa clara e expressiva que é seu desejo destinos. Na Idade avaliação é negativa, tendo em conta as vantagens e desvantagens percecionadas, ver Santiago de Bougado regressar Média, foi terra reguenga, destacada que a esmagadora maioria das gentes deà sua condição de comunidade freguesia, sendo já seja a desagregação da sua freguesia. autónoma, liderada por autarcas Qualquer processo de auscultação da próprios, com condições para se dedicarem ao finalizar do século XVIII, a quarvontade dos bougadenses, que venha exclusivamente à freguesia e à sua eventualmente a ser realizado não deixa- resolução dos problemas das populações ta entre as demais da então Comarca rá de confirmar de forma clara e expressique aí residem. da Maia, quanto va que é seu desejo ver Santiago de Bougado regressar à sua condição de comunidade autónoma, ao seu número de moradores. Em 1984 passou a ser liderada por autarcas próprios, com condições para vila e mais tarde cidade, juntamente com S. Martinho,
A agregação de Santiago a S. Martinho veio a alterar profundamente, não só a realidade política e administrativa existente como as condições necessárias e indispensáveis para que Santiago de Bougado possa enfrentar as ameaças que cada vez mais tem pela frente.
sem jamais abdicar da sua condição de comunidade independente, gerida por órgãos próprios, próximos das suas populações. Santiago de Bougado, freguesia de 15,5 km2 foi, até recentemente, uma das mais populosas, ricas, e dinâmicas comunidades de toda a região. O solo arável era a sua principal riqueza, o que possibilitou, o que possibilitou a fixação de gentes e o aparecimento de inúmeras casas de lavoura, muitas delas ainda existentes, dando características próprias a um território que resistiu à descaracterização absoluta que atingiu outras freguesias. Santiago de Bougado, o “Bougado Grande”, como muito bem proclamava o saudoso pároco Padre Armindo Gomes, sempre foi uma freguesia com uma identidade própria, muito ligada ao amanho da terra, às tradições agrícolas e à religiosidade, traduzidos num sentimento de pertença, motivo de orgulho e de afirmação das suas gentes. A sua Igreja Matriz, claramente a mais imponente de toda a região, classificada como monumento de interesse público, desenhada no século XVIII pelo grande arquiteto Nicolau Nazoni, é em si uma evidência da importância de Santiago de Bougado e do valor das suas gentes. Santiago de Bougado, sendo uma comunidade de características essencialmente rurais, não ficou parada no tempo e até a viragem do século, soube incorporar as mudanças e possibilidades associadas ao desenvolvimento industrial, sendo, ainda hoje, a freguesia, do concelho que mais IRC envia para cofres públicos. E modernizou-se, sem destruir o seu potencial agrícola, a sua sustentabilidade, que no essencial permanece disponível para as gerações futuras. Santiago de Bougado foi habitado por gente valente e amante da sua terra, orgulhosa da sua História e da sua autonomia, que se resistiu a qualquer tentativa de dominação. A atestá-lo, entre outros factos, e a título de exemplo, recordamos o ocorrido em 24 de março de 1809, quando os bougadenses ofereceram tenaz resistência ao invasor francês, com sacrifício das próprias vidas, sob o comando Companhia de Ordenanças de Santiago de Bougado. Santiago de Bougado desempenhou um papel importante em processos que marcam a realidade trofense, designadamente nos processos de criação da vila da Trofa e do próprio Concelho. A contribuição das suas gentes, lideradas pelos seus autarcas, foi vital para que hoje possamos celebrar 20 anos de autonomia administrativa. E nesses processos, sempre foi muito
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da Autonomia Político-Administrativa ntiago de Bougado clara a vontade dos seus órgãos autárquicos de assumirem esse papel, como sinal de afirmação da freguesia face aos riscos de declínio e de marginalização que já começavam a ameaçar. Não foi por acaso que em 1997, sob proposta da Junta de Santiago a Assembleia de Freguesia de Santiago e a de S. Martinho assinaram um protocolo comprometendo os vindouros na distribuição equitativa, pelas duas comunidades, dos equipamentos e serviços públicos que viessem a ser instituídos. Protocolo que tem sido absolutamente ignorado. Em 2013, Santiago de Bougado foi agregado, contra a vontade das suas gentes e dos seus autarcas, com a freguesia de S. Martinho de Bougado. Também os órgãos municipais se opuseram a essa agregação. Independentemente do juízo que cada um possa fazer da gestão política da união de freguesias, a verdade é que a agregação de Santiago a S. Martinho veio a alterar profundamente, não só a realidade política e administrativa existente como as condições ne-
Santiago de Bougado, sendo uma comunidade de características essencialmente rurais, não ficou parada no tempo e até a viragem do século, soube incorporar as mudanças e possibilidades associadas ao desenvolvimento industrial, sendo, ainda hoje, a freguesia, do concelho que mais IRC envia para cofres públicos. cessárias e indispensáveis para que Santiago de Bougado possa enfrentar as ameaças que cada vez mais tem pela frente. Assim, e considerando que: 1. A agregação deitou séculos e séculos de História para o caixote do lixo, traduzidos na crescente perda de identidade dos Bougadenses de Santiago, do seu sentimento de pertença, sobretudo dos mais novos, que assim vão esquecendo as duas origens, a História da sua terra, da sua comunidade, que já foi grande e uma das mais afirmativas e dinâmicas de toda a região. Só a restauração da autonomia administrativa da freguesia impedirá que a curto prazo o topónimo Santiago deixe de ser referenciado. E num futuro, que se adivinha não muito longínquo, a própria denominação de Bougado tenderá a desaparecer da toponímia local e a cair no esquecimento das populações. 2. A agregação fez acelerar a tendência de declínio e de desertificação que já se vinha acentuado nos últimos anos. Por falta de oportunidades de emprego e de condições de vida, muitos procuram outros territórios, mais dinâmicos e mais atrativos. Os bougadenses que desejem empreender e investir na sua freguesia, fruto da agregação com a freguesia urbana, vêm-se excluídos dos apoios comunitários e nacionais aos projetos que gostariam de promover, em diferentes áreas de negócio. Os mais penalizados são os pequenos comerciantes e os agricultores que, assim, injustamente, se vêm discriminados porque impossibilitados de acederam aos apoios financeiros que outros podem obter visando a modernização e reconversão dos seus negócios ou explorações.
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tos anos, as possibilidades de desenvolvimento de Santiago de Bougado. 5. A agregação, pese embora eventuais ganhos de escala no que diz respeito às condições para atender a certas situações, não se traduziu em diminuição de custos de funcionamento, tendo ao invés levado à diminuição do valor global das transferências da administração central que seria superior somando as verbas disponibilizadas, caso as duas freguesias estivessem desagregadas. 6. A agregação ao unir Santiago a S. Martinho, criou uma unidade político-administrativa macrocéfala que está a afetar a coesão e o desenvolvi3. A agregação não tem permitido contrariar o pro- mento territorial do próprio concelho da Trofa, contracesso de diminuição e de envelhecimento da popula- riando os objetivos fundamentais que estiveram subção bougadense, antes tem intensificado o fenómeno jacentes à luta pela autonomia administrativa. de sangria da população jovem, que tem cada vez meOs abaixo assinados, moradores no território de Sannos peso na sua estrutura demográfica. Em 2001, Santiago tinha 6.759 habitantes, dos quais 2.359 (39,4%) tiago de Bougado, orgulhosos do passado da sua fretinham menos de 25 anos e 675 (10%) mais de 65 anos. guesia, mas preocupados com o futuro, jamais tendo Volvidos dez anos, em 2011, o número total de residen- concordado com a agregação que por força da lei lhe tes baixou para 6.422, com o número de menores de foi imposta, pelos motivos referenciados, manifestam 25 anos a descer para 1.751 (27,2%) e o de maiores de a sua inequívoca vontade e determinação de verem 65 a subir para 947 (14,7%). Ao invés, S. Martinho de restaurada a autonomia político-administrativa da Bougado viu a sua população aumentar de 13.933 em freguesia de Santiago de Bougado, consubstanciada 2001 para 15.190 em 2011. Não temos dados atualiza- na existência de órgãos autárquicos próprios. dos, mas observando a realidade, fácil é concluir que as Santiago de Bougado, tendências identificadas se vêm acentuando. E, apesar 21 de novembro de 2018 disso, não existe em Santiago qualquer equipamento que tenha como destinatários os idosos da freguesia. António da Costa Azevedo 4. A agregação desequilibrou absolutamente a corManuel Coutinho Ramalho relação de forças existentes entre as duas freguesias, José Gregório de Sá Torres A Santiago de Bougado, o “Bougado José Gonçalves Moreira Grande”, como muito bem proclamava Ex-presidentes da Junta de Freguesia o saudoso pároco Padre Armindo Gomes, de Santiago de Bougado sempre foi uma freguesia com uma identidade própria, muito ligada ao amanho da terra, às António Rodrigues da Costa Pontes tradições agrícolas e à religiosidade, traduzidos Assis Serra Neves num sentimento de pertença, motivo de orgulho Carlos Manuel Portela Araújo e de afirmação das suas gentes. Fernando Martins Monteiro que sendo irmãs, apresentam-se muito diferentes do ponto de vista demográfico, económico e sociocultural. Os grandes investimentos, contrariando compromissos passados e expectativas geradas aquando da criação do concelho, têm sido canalizados mais para S. Martinho, freguesia que absorve o grosso do investimento público municipal passado, presente e futuro, comprometendo, absolutamente, e durante mui-
José Manuel Barbosa Rodrigues Manuel Cândido Campos da Silva Manuel Rodrigues da Silva Olindo da Costa Marinho Vera Liliana Machado Araújo Vitor Aníbal Oliveira Maia
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Atualidade
ARJ Muro organiza 8.ª caminhada e mantém apoio ao pequeno Samuel É já tradição na freguesia do freguesia e que padece de uma Muro e à semelhança dos anos doença grave. A mãe, Natália anteriores, continua a contar com Costa, agradeceu o gesto. “É grande adesão da comunidade. sempre importante estas ondas A caminhada “Ponha-se a An- de solidariedade, que agora são dar”, da Associação Recreativa menos do que no início, mas conJuventude do Muro, cumpriu-se tinuamos na luta e a associação pelo oitavo ano, proporcionan- do Muro tem revertido, todos os do uma manhã de exercício físi- anos, o valor das inscrições para co e convívio. a causa do Samuel, que está sem“A iniciativa foi semelhante na pre a precisar. Quero agradecer generalidade da organização, a toda a gente que, pelo país inmas tivemos uma novidade rela- teiro, tem ajudado. Um obrigado cionada com o percurso, em que é muito pouco, mas quero dizêparte foi totalmente nova, pois -lo, na mesma, de coração”, susaímos das fronteiras do Muro e blinhou. passamos pelo parque de S. PeA necessitar de cuidados médro de Avioso, na Maia”, expli- dicos constantes, o pequeno Sacou Romeu Correia, presidente muel já vai apresentando melhoda coletividade. rias, devido aos tratamentos que Cerca de 250 pessoas acede- foram possíveis realizar graças à ram ao desafio, que tinha o gran- generosidade das pessoas. “As de objetivo de ajudar o pequeno terapias que ele tem feito fora Samuel, criança com ligações à do país e da Europa têm corrido
Cerca de 250 pessoas acederam ao desafio bem”, referiu Natália, que deu conta de que, recentemente, a criança foi operada, no México, às ancas e aos tendões”. “Ele tinha grandes dificuldades respiratórias, que afetava a
alimentação, e atualmente é raro usar o aspirador para as secreções, ele consegue tossir e alimenta-se melhor. É tudo muito lento, mas está cada vez melhor”, frisou.
Uma parte da generosidade em prol do Samuel tem acontecido desde há alguns anos, no Muro, com esta caminhada, que ganha especial simbolismo pelo cariz solidário que lhe está associada. C.V.
Futebol
AC Bougadense inicia trabalhos no dia 16
Crosstars com campeões nacionais de kickboxing Vários atletas da Trofa destacaram-se no Campeonato Nacional de Kickboxing. Dos 13 representantes do projeto Cross Stars, Tânia Veloso, João Nunes e João Leite sagraram-se campeões nacionais. CÁTIA VELOSO Tânia Veloso, João Nunes e João Leite são os mais recentes campeões do projeto Cross Stars, da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa e da Escola de Kickboxing LifeCombat. Os três lutadores conseguiram subir ao lugar mais alto do pódio, no Cam-
peonato Nacional de Kickboxing, (-47kg) e o veterano Mário Barque decorreu a 29 e 30 de junho, bosa (-74kg). Na mesma disciplina, os juvena Figueira da Foz. Na disciplina de points fighting, nis José Morais (+69kg) e Mário a sénior Tânia Veloso venceu na Costa (+69kg) obtiveram o “broncategoria -60kg, enquanto João ze”. O iniciado Duarte Carvalho Nunes triunfou no escalão de ini- (-32kg) foi 3.º classificado em liciados -47kg. João Leite, juvenil – ght contact. Além destes medalhados, fo47kg, venceu na disciplina de liram também coroados vencedoght contact. Houve ainda quatro vice-cam- res sem adversário a juvenil Ana peões, em points fighting, a repre- Rita Lucas (light contact -37kg), o sentar o “consórcio” Cruz Verme- cadete Carlos Nunes (light contact lha/LifeCombat: as iniciadas Ana -33kg) e o júnior Artur Karlov (full Meneses (-32kg) e Catarina Lucas contact -75kg). (-37kg), o iniciado Max Andriyuk
A pré-temporada do Atlético Clube Bougadense começa a 16 de julho, com um treino aberto a jogadores interessados em fazer parte do plantel sénior, que vai militar na Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. O treino começa às 20 horas. Recorde-se que o clube renovou contrato com o treinador Agostinho Lima, que, depois de contribuir para a manutenção da equipa na Divisão de Honra, tem conseguido manter o núcleo duro do plantel, com a renovação e regresso de atletas influentes.
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Desporto
Pré-época começa no Trofense A pré-época do Clube Desportivo Trofense arranca esta quinta-feira, 11 de julho, com os habituais testes médicos. A preparação propriamente dita tem início no dia 15, sendo já certo que Hélder Pereira continua como timoneiro da equipa. “Este ano, temos de falar pouco e concretizar mais. A temporada passada correu-nos mal e há mais consciência de que estamos num campeonato difícil. O nosso objetivo é ir ao play-off e subir à 2.ª Liga, concretizando o sonho dos trofenses, que bem merecem. Não vou embandeirar em arco, porque a experiência ensinou-me que se trata de um processo de passo a passo”, referiu o presidente da direção do clube, Franco Couto, que afirmou que também o treinador “percebeu os erros que cometeu e vai corrigir”. A continuidade do treinador sustenta-se também no conhecimento que Hélder Pereira tem da estrutura, evitando que se “comece novamente do zero”. “Ele já sabe que é para vencer e é preciso destacar que fez um belo trabalho. É preciso não esquecer que fomos a única equipa que não perdeu fora de casa”, sustentou. Entretanto, vão sendo anunciados os elementos que vão compor o plantel 2019/2020. Leandro Borges regressa à Trofa, proveniente do Vizela, Angola ruma do Fafe e Pedro Henriques (ex-S. Martinho) reforça o setor defensivo, assim como Tiago Graça (ex-Gondomar), Rui Faria (ex-Gil Vicente) e Materazzi (ex-Leça FC). Djibril Djaló é opção no ataque, enquanto Nuno Campos regressa ao clube, depois de ter passado pelo Lusitanos, da Liga Andorra. Ivo Lemos é médio e vem do Felgueiras e Pedro Soares (ex-Fafe) vai reforçar a baliza. Mika, Luís Monteiro, Nuno Reis, Moreno e Bruno Almeida continuam no clube. O Clube Desportivo Trofense vai militar na série B do Campeonato de Portugal, onde vai reencontrar adversários antigos, como o Canelas e o Sporting de Espinho, e defrontar novos, como Ginásio Figueirense. Na mesma série estão Leça, Amarante, AD Sanjoanense, Arouca, Gondomar, Lusitânia Lourosa, Paredes, Pedras Rubras, Vila Real, Castro Daire, Lusitano, Coimbrões, Felgueiras e Valadares. As competições oficiais começam a 18 de agosto. O primeiro jogo-treino acontece a 24 de julho, no reduto do Maia, às 10 horas, seguindo-se um jogo de preparação com o Serzedelo, na Trofa, no mesmo dia, às 19.30 horas. Clube à procura de investidor À semelhança do que fez durante toda a época passada, Franco Couto reiterou “a importância do apoio de todos os trofenses”. “Eu arrumei com muitas situações pendentes, paguei os salários todos, mas continuamos com problemas, temos de pagar muito dinheiro à Segurança Social e às Finanças, de questões relativas ao passado. Há pessoas que querem receber de coisas de 2012. A época está a começar e precisamos de pagar à Federação 80 mil euros, isto não é brincadeira”, revelou o dirigente, que explica, por isso, a procura “por um investidor”, que dê garantias de que “é para levar o clube à 2.ª Liga”. C.V.
Formação do trofense encerra época com gala
Clube tem 230 atletas nos diversos escalões de formação O Departamento de forma- mar os nossos atletas”, adianção do Clube Desportivo Tro- tou, deixando o apelo para que fense organizou este domingo a “mais empresas nos apoiem”. FiGala de Encerramento de épo- lipe Costa agradeceu o “granca desportiva juntando os cer- de apoio dos pais e familiares ca de 230 atletas em convívio. das raparigas e rapazes que fazem parte do departamento de LIANA MACHADO formação” salientando a certifiTemos mais atletas este ano, te- cação de nível IV atingida pelo mos uma maior participação nes- Departamento de formação que ta gala o que motiva a direção a é “difícil de atingir e por essa racontinuar o trabalho com os cer- zão poucas coletividades/clubes ca de 230 atletas, com um magro são detentores”mostrando-se viorçamento de apenas “100 mil sivelmente satisfeito com estes euros para fazer face a todas as resultados. Por seu lado o presidente da Didespesas com os jovens” adiantou Filipe Costa, vice-presiden- reção, Franco Couto mostrou-se te da formação do C. D. Trofense. orgulhoso do trabalho que tem As dificuldades são muitas e vindo a ser realizado realçando “poucos os apoios e precisamos “as quatro estrelas alcançadas de mais para podermos conti- pelo departamento de formação nuar a dar condições para for- são a prova de que há muita cola-
boração dos pais e dos miúdos”. O Clube está a atravessa uma fase menos boa mas “liquidamos todos os ordenados em atraso aos nossos jogadores, graças ao trabalho de todos e a Trofa bem merece que se honre a sua história”. Na preparação da nova época Franco Couto garantiu a contratação para o plantel sénior de 3 atletas dos escalões de formação, que é “importante para o futuro. Se conseguirmos colocar no nosso plantel sénior três a quatro atletas será muito bom para o Trofense”. O presidente deixou o desafio para que “o público nos apoie e cada vez mais venham aos nossos jogos pois esse apoio é fundamental para motivar e ajudar a equipa a alcançar os seus objetivos”.
Trofenses em destaque no Nacional de Estrada Os trofenses Fábio Costa e Beatriz Martins subiram ao pódio no Campeonato Nacional de Estrada, que decorreu em Melgaço, a 29 de junho. CÁTIA VELOSO “Este foi um dia que certamente tão cedo não esquecerei, não só pelo resultado, mas pela forma como foi obtido”. As palavras são de Fábio Costa, ciclista de Covelas, que se sagrou vice-campeão da prova de fundo do nacional de estrada, no escalão de sub-23, a 29 de junho, em Melgaço. O corredor, que representa a UD Oliveirense-InOutBuild, foi um dos que assumiu a fuga aos dez quilómetros de prova, levan-
João Almeida na penúltima passagem pela meta. A 300 metros do fim da corrida, o ciclista trofense acabou por ser superado pelo adversário, da equipa Hagens Berman Axeon, conseguindo um honroso 2.º lugar, a 11 segundos do vencedor. Na mesma corrida, Damien Marques, da ACDC Trofa, ficou-se pelo 29.º lugar, logo seguido do colega de equipa Juliano Silva. Também da ACDC Trofa, Francisco Moreira classificou-se no 39.º posto e Carlos Rodrigues terminou em 41.º lugar. Por sua vez, Beatriz Martins alcançou o 3.º lugar na prova júnior do consigo seis adversários, con- feminina. A corredora do Bairraseguindo dar réplica ao ataque de da Cycling Team seguia em 2.º lu-
gar, quando, na parte final da corrida, deparou-se com uma avaria mecânica, que a obrigou a mudar de bicicleta. Foi ultrapassada, mas conseguiu assegurar o pódio, terminando no 3.º lugar, a 11 minutos e 22 segundos da vencedora da prova de 66,1 quilómetros, Daniela Campos (5Quinas/Município de Albufeira/CDASJ). O 2.º lugar foi arrecadado por Rafaela Ramalho (Maiatos), com mais dez minutos. “Foi uma corrida dura, no percurso de sobe e desce tive boas sensações, mas sofri uma avaria mecânica na parte final da corrida o que me impossibilitou de alcançar um melhor resultado. Mesmo assim, estou contente com este 3.°
lugar, que demonstra todo o trabalho que tenho vindo a desenvolver”, referiu a corredora trofense.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 11 de julho de 2019
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Entrevista
“Ponho as mãos no fogo de que nada é feito com má intenção” A época da Associação de Futebol Popular da Trofa (AFPT) não foi imaculada e Madalena Azevedo não passa uma borracha nas situações menos positivas, que acabaram por marcar os campeonatos concelhios. Em entrevista de balanço de temporada, a presidente da AFPT considera que muitos dos problemas surgiram, porque as associações “não estavam habituadas” ao “cumprimento de regras” e a “algum tipo de sanções”.CÁTIA VELOSO NT: Que balanço faz desta época desportiva? Madalena Azevedo (MA): À exceção dos pequenos problemas que foram surgindo durante a época, iniciamos de forma muito positiva, com dez equipas de seniores masculinos, cinco de seniores femininos e cinco de veteranos masculinos. Nos seniores, temos uma equipa masculina de Rebordões, que nos procurou, uma vez que não tinha competição em Santo Tirso, e uma feminina da Maia, o Inter de Milheirós, que fui eu que procurei, porque só tínhamos quatro inscritas do concelho. Posso adiantar que, na próxima época, teremos mais uma equipa sénior masculina de fora e mais equipas femininas a quererem vir também. Desta vez, não fui eu que procurei, elas vieram ao nosso encontro. Ou seja, apesar das críticas de que somos alvo internamente, fora do concelho somos muito bem vistos pelas associações. NT: Qual serão as equipas de fora do concelho que vão integrar os campeonatos? MA: A equipa masculina é de Vila do Conde que, perante a ausência de competição no próprio concelho, teve a indicação da Federação Portuguesa de Futebol para nos procurar. As equipas femininas também serão da Maia. NT: E da Trofa, há perspetivas para o surgimento de mais equipas ou pelo contrário? MA: Inicialmente, foi-me dito que era para diminuir, mas entretanto, essas mesmas associações já me deram a entender que iriam continuar. No entanto, poderá haver troca de equipa por outra, mas ainda é cedo para traçar cenários. NT: Ainda sobre a época que terminou, não podemos passar ao lado de alguns problemas que
surgiram. MA: Penso que a maior parte dos problemas surgiu, porque as associações não estavam habituadas a algum tipo de sanções e ao cumprimento de regras. Este ano, tivemos muito mais árbitros novos, temos alguns que trabalham há muitos anos no concelho, mas fomos buscar uma série de árbitros novos, dos quais as associações não estavam habituadas, por serem mais exigentes do que os que estavam cá e que, invariavelmente, acabam por estar pressionados por conhecerem e conviverem, no exterior, com os atletas e dirigentes. A nível de disciplina, houve mais exigência, no sentido de proteger a AFPT. Há uma associação que vem e diz que está cansada de ser penalizada, vem outra e diz a mesma coisa. Todos se queixam e, afinal, de quem é a culpa? Há jogadores que, dentro de campo, fervem em pouca água e depois temos alguns problemas associados a isso. Mas não posso esquecer de destacar que ganhamos ao Pedome, no jogo dos campeões de seniores masculinos, entre a Trofa e Vila Nova de Famalicão, triunfo que me deu muito gozo. No feminino, o jogo de seleções foi espetacular, apesar de termos perdido. Quero dizer que a nossa seleção foi de quem quis estar, porque todas associações foram convidadas a estar presentes e houve quem fizesse boicote, a ACRABE, nos três escalões, e o Guidões FC, nos seniores femininos. Foi um bom ano, com bons resultados, apesar dos problemas de quem, às vezes, não gosta das decisões...
NT: Mas há sempre aquelas críticas sobre elementos da AFPT que fazem também parte de tal associação. MA: A direção da AFPT sempre foi constituída por elementos de outras associações. A lista foi feita por mim e com alguma dificuldade, porque perguntei a muitas pessoas para fazerem parte e recusaram. Posso dar o exemplo do presidente do conselho de disciplina que, durante anos a fio, foi o Paulo Queirós, que já fazia parte da Vigorosa, e sempre foi isento nas decisões dele. Concretamente sobre o Hugo Sá, ele nem é o presidente do conselho de disciplina, mas só porque o Hugo conseguiu bons resultados no feminino, já há contos e ditos. O Hugo foi castigado durante a época, o Coronado teve de pagar multas relativas a fichas de jogo mal preenchidas, ou seja, não há diferenças. Infelizmente, na parte final da temporada, eu tive de lhe passar as minhas funções e ele tratou de tudo e houve pessoas que me questionaram por que é que o escolhi a ele, que nem é vice-presidente da AFPT. Os vice-presidentes não levaram a mal, porque sabem que ele é a única pessoa que está totalmente por dentro de todos os passos que são dados pela associação. E sobre o conselho de arbitragem, posso dizer que, esta época, as nomeações eram feitas mediante a disponibilidade dos árbitros e o presidente do conselho, muitas vezes, nem sabia quem era quem, uma vez que a maior parte deles eram novos.
NT: Sobre a situação do S. Pedro da Maganha, em que a equipa de veteranos abandonou o jogo da final da Taça, a associação compreendeu as decisões tomadas pela AFPT na sequência daquele acontecimento? MA: O S. Pedro da Maganha recorreu do castigo aplicado aos dois atletas, mas ainda não me fizeram chegar nenhuma resposta acerca do recurso, uma vez que não há um prazo limite. Acredito que ainda haja atletas com um sentimento de frustração, mas penso que começam a perceber, minimamente, o que se passou para haver o castigo. Não há rabos de palha em relação a nada, por muito que digam que isto é tudo feito para... não, não está. Eu ponho as mãos no fogo e sei
NT: Nota que as associações, potencialmente, mais reacionárias são as que não estão representadas nos órgãos sociais da AFPT? MA: Não, porque, por exemplo, a ACRABE tem um elemento no conselho fiscal, que sabe que sou muito exigente ao nível das contas e mais do que ninguém sabia que tinha de pagar as multas para poder avançar. Outro exemplo, a equipa sénior masculina do Team Lantemil não compareceu na gala de final de época e a minha tesoureira é dessa associação. Do S. Pedro da Maganha, não tenho nenhum elemento na direção e tenho boa relação com alguns elementos, mas a conduta dentro de campo de alguns jogadores mais malandros acaba por
que nada é feito com má intenção.
provocar o resto da equipa e os árbitros também não estão para acatar com tudo. NT: Sobre o caso das multas, está a falar da proibição da equipa feminina da ACRABE de disputar a supertaça? MA: Deixe-me clarificar que há multas aplicadas a atletas, a dirigentes ou às associações. E quando se aplica a associações, estas têm repercussões em todos os escalões. Acontece que a ACRABE tinha multas, não só aplicadas à equipa sénior masculina, mas também a outras situações relativas à associação e penalizada por não regularizar essa situação. As atletas da ARD Coronado até ficaram chateadas de ganhar o jogo na secretaria, porque queriam jogar. Mas a ACRABE não veio tentar mediar a situação e se uns pagam os outros também têm de pagar. Nesse aspeto, quero dizer também que temos de retificar algumas coisas, nomeadamente notamos que o nosso regulamento tem várias lacunas. Houve sanções que foram atribuídas, porque o documento não estava conforme e as associações não perceberam algumas situações, no entanto, tem a ver com a má regulamentação, que vamos tentar corrigir. Mas as alterações ao regulamento não têm de ser feitas, exclusivamente, pela AFPT. Há uma assembleia em que todos podem apresentar propostas. O ano passado, houve 20 e tal propostas, todas apresentadas pela AFPT, ou seja, durante o ano, toda a gente se queixa, mas na hora certa, ninguém se dá ao trabalho de dar contributos. Se não vem ajuda por parte das associações e dos atletas, também não podemos fazer melhor. Acho, aliás, que muito já está a ser feito. NT: Ainda sobre a ACRABE, a relação institucional com a AFPT começou a deteriorar-se na sequência da penalização aplicada depois da inscrição de um jogador que era federado. MA: A ACRABE inscreveu um jogador que vinha dos campeonatos federados, que me entregou a carta de desvinculação do clube e eu dei o OK para jogar, porque tinha sido informada, verbalmente, que o regulamento previa essa situação, mas confesso que não fui confirmar ao documento. Entretanto, uma associação fez o jogo com a ACRABE, para a Taça, e houve uma pessoa dessa mesma associação que dis-
se que, se não ganhasse o jogo no campo, ganharia na secretaria, porque o regulamento está omisso relativamente à validade da carta de desvinculação. A ACRABE ganhou no campo e passado algum tempo a associação que perdeu apresentou a contestação, usando esse argumento de que no regulamento que foi aprovado em setembro não consta que em caso de apresentação de carta de desvinculação do clube federado, é possível jogar no concelhio. Quero deixar claro que, nestas situações, não é a AFPT que tem de atuar, mas sim as associações que se sentem lesadas. Eu tenho informação de que esse ponto da carta de desvinculação esteve no regulamento e o de 2011 tem lá, mas desapareceu. Como? Não sei. O conselho de disciplina deu razão à contestação e atuou segundo o que diz o regulamento da Federação Portuguesa de Futebol, que é o válido em caso de omissão. O atleta em questão não pôde jogar mais, a ACRABE foi penalizada nalguns jogos, que nem chegaram a mexer significativamente na tabela classificativa, porque, por coincidência, quem saiu beneficiado foram as equipas que estavam mais no fundo. A ACRABE também podia ter recorrido à instância superior, mas não o fez. Foi uma situação muito complicada, mas por muito que me custasse, a AFPT não podia atuar. As associações têm de conhecer o regulamento. NT: Quando é que começa a nova época? MA: Ainda não está completamente definido, porque temos de fazer a assembleia, que está prevista para o início de setembro. Como há hipótese de haver mais equipas e como temos de introduzir a Taça Intermunicipal MKA, teremos de iniciar mais cedo. Não quero deixar cair essa competição, da qual fui a principal culpada pela existência. Não gostei dos moldes em que foi realizada em seniores e veteranos masculinos, mas foi o possível, tendo em conta a disponibilidade de Vila Nova de Famalicão. Vamos tentar começar o campeonato mais cedo, para dar mais margem de manobra para incluir o MKA com mais jogos. E há hipótese de aparecerem equipas da Maia e de Santo Tirso. E quero continuar com as seleções, porque nota-se que há mais camaradagem entre os atletas das diferentes associações.
11 de julho de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Agenda Dia 11 - ExpoTrofa - Dia de Alvarelhos e Guidões Dia 12 - ExpoTrofa - Dia de Alvarelhos e Guidões Dia 13 - ExpoTrofa - Dia de Bougado Dia 14 - ExpoTrofa - Dia de Bougado Dia 18 22.30 horas: Blaya,no Belive Dia 19 22.30 horas: Valas e Piruka, no Belive Dia 20 23 horas: Calema, no Belive Dia 21 22.30 horas: Fernando Daniel, no Belive
Farmácias Dia 11 Farmácia Ribeirão Dia 12 Farmácia Trofense Dia 13 Farmácia Barreto Dia 14 Farmácia Nova Dia 15 Farmácia Moreira Padrão Dia 16 Farmácia Ribeirão Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Barreto Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia Ribeirão Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto Dia 24 Farmácia Nova Dia 25 Farmácia Moreira Padrão
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
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Desporto
NT vai de férias A direção d'O Notícias da Trofa (NT) informa que a redação estará fechada para férias entre os dias 1 e 31 de agosto. Por essa razão, durante estes dias, não haverá atendimento ao público nem serão distribuídas as edições nesse período. A decisão de interromper a publicação do jornal prende-se com a necessidade de possibilitar aos colaboradores que trabalham neste semanário o gozo de férias. Porém, o NT fará a cobertura dos acontecimentos mais relevantes no concelho ao longo desses dias e a publicação das respetivas notícias será feita na primeira edição do mês de setembro, que será publicada no dia 5 de setembro. Ainda poderá acompanhar as notícias na edição online do jornal (www.onoticiasdatrofa.pt) e através da página de Facebook (www.facebook.com/onoticiasdatrofa). Também poderá acompanhar a atualidade em vídeo, na TrofaTv, em www.trofa.tv ou no Facebook, em www.facebook. com/trofatv. A direção e administração agradecem a compreensão dos leitores.
Trofenses nas 24 Horas de BTT Tiago Meireles e Filipe Oliveira, da A R Paradela/Sharks Bike Team Trofa, alcançaram o 2.º lugar de duplas masculinas, na 10.ª edição das 24 Horas de BTT Louropel, organizadas pelos Amigos do Pedal, a 29 e 30 de junho, no Louro, Vila Nova de Famalicão. A equipa conseguiu a 2.ª posição depois de cumprir 72 volta s ao p e rc u r s o, me no s c i n co q ue a eq u ipa vencedor a . Na mesma categoria, também o trofense Mário Serra, a repre-
sentar a equipa Outizal, subiu ao pódio, no 3.º lugar, contri-
buindo para as 67 voltas dadas ao circuito.
Karting
Piloto da RAC estreia-se a vencer no Rotax Duarte Pinto Coelho, piloto da RAC - equipa de S. Mamede do Coronado -, venceu a primeira prova da 3.ª jornada dupla do Troféu Rotax, que se disputou em Baltar, a 29 e 30 de junho. No primeiro dia de competição, o piloto júnior, ao volante de um Tonykart, conseguiu a pole position nos treinos cronometrados e venceu a final 1, com uma prova em que se destacou logo no iní-
cio entre os 15 participantes da categoria, acabando com 2,812 segundos do 2.º classificado, Miguel Silva. Na final 2, o piloto da RAC ficou-se pela 3.ª posição, que lhe possibilitou vencer na soma das duas corridas. No segundo dia de prova, Duarte Pinto Coelho (Tonykart) assegurou o 5.º lugar nas duas corridas, tendo alcançado o 4.º posto
no somatório da duas provas. A quarta e última jornada dupla do Troféu Rotax realiza-se a 31 de agosto e 1 de setembro, no KIRO-Kartódromo Internacional da Região Oeste, no Bombarral. A competição apura o vencedor de cada categoria para as Finais Mundiais Rotax, que este ano têm lugar no Circuito Internacional de Nápoles, em Itália, entre 19 e 26 de outubro.
Necrologia S. Martinho de Bougado
ta Rodrigues Pereira
António Manuel Pereira Miranda Faleceu no dia 25 de junho com 64 anos Casado com Maria Conceição Pereira de Andrade Miranda
Gabriel Luís da Silva Arantes Faleceu no dia 7 de julho com 55 anos Casado com Maria do Céu da Silva Carriço Arantes Santiago de Bougado
Delmira da Costa Ramos e Sá Faleceu no dia 28 de junho com 85 anos Viúva de Manuel Alexandre de Sá Maria das Dores Teixeira de Moura Faleceu dia 30 de junho com 96 anos Viúva de Manuel Alves D’Almeida Elisa Maria Neto Faleceu dia 30 de junho com 84 anos Viúva de Firmino da Costa Gomes António de Sousa Pereira Faleceu no dia 6 de julho com 63 anos Casado com Maria do Céu da Cos-
José Maria da Silva Couto Faleceu no dia 29 de junho com 77 anos Casado com Maria Madalena de Azevedo dos Santos Almerinda Dias da Silva Faleceu no dia 1 de julho com 81 anos. Solteira Covelas António da Costa Santos Faleceu no dia 27 de junho com 69 anos Casado com Maria Rosa dos Santos e Silva Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo e Maria Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa. pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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