Edição 706 do jornal O Notícias da Trofa

Page 1

Quinzenário | 12 de dezembro de 2019 | Nº 706 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

4 Polícia

Homem encontrado sem vida dentro de casa

5 Polícia

12 Negócios

Furtaram 1400 euros através de cartões Ladrões acederam ao interior de um automóvel e furtaram cartões, acabando por conseguir levantar cerca de 1400 euros.

pub


2

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Atualidade

Esperada enchente de pais natais de bicicleta A expectativa é a de que, a 21 de dezembro, o centro da cidade da Trofa seja invadida por centenas de pais natais a pedalar. O passeio é promovido pelo grupo que organiza o Trofa Urban Race, o Raid BTT e o Passeio de Bicicletas Antigas, e tem ponto de partida e chegada no Mercado de Natal, instalado na Alameda da Estação. Esta é uma das atividades inseridas no programa da autarquia para assinalar a quadra natalícia e associa-se também a uma causa solidária, já que a organização solicita a doação de brinquedos para as crianças que são apoiadas pela associação ASAS. O passeio de cicloturismo começa às 15 horas, está aberto a todos os tipos de bicicleta e ciclistas de todas as idades, mas tem como requisito o uso de traje de Pai Natal. As inscrições podem ser feitas no dia da prova, junto ao edifício da Antiga Estação da Trofa. Os primeiros cem participantes terão oferta de um gorro de Natal e todos os participantes terão direito a um lanche, com bolo rei e pão de ló.

Mercado de Natal abriu com a chegada do Pai Natal Por estes dias, o “cheiro” a Natal já invade o ar da Alameda da Estação com o Mercado e a casa do Pai Natal a fazer companhia a grande árvore montada no grande largo junto à Antiga Estação Ferroviária. Além do comércio tradicional, que propõe artigos para presentes originais ou produtos alimentares associados à época, a iniciativa é ainda animada pelos carrosséis e alguns eventos culturais programados, como as atuações

Árvore de Natal original mora em S. Romão Por estes dias, concelhos, freguesias e aldeias aprontam-se para a chegada do Natal, brindando as comunidades com as tradicionais iluminações que ajudam a embelezar os locais mais emblemáticos de cada território. É usual ver-se cortinas de luzes em paredes, luzes a rodearem arbustos e as famosas árvores de Natal, de diferentes formas e feitios. Este ano, em S. Mamede do Coronado, mais propriamente no Largo da Imaculada Conceição, em Mendões, mora uma das mais originaisconstruida pelos colaboradores da Junta de Freguesia do Coronado. Aproveitando uma prática que nasceu há uns anos na freguesia do Coronado, com o corredor de guarda-chuvas junto ao Largo Espírito Santo para assinalar o Coronado ConVida, os mesmos foram utilizados para fazer uma árvore de Natal. Uma ideia que não tem passado despercebida por aquelas bandas e que pelas redes sociais vai deliciando os internautas, graças a imagens como esta, de Joaquim Ramos. Quem sabe, não pega moda, uma vez que, sendo ao ar livre, não deixa de ser uma árvore à prova de chuva! C.V.

Pode visitar o M ercado de Natal até dia 29 de dezembro de dança de escolas do concelho. Até 29 de dezembro, último dia de Mercado de Natal na cidade, há outras atividades agendadas, como o presépio ao vivo do Grupo de Jovens de Santiago de Bougado, às 16 horas de 14 e 22 de dezembro, e a inauguração da exposição de pintura solidária de Rosa Amaral, às 17 horas deste sábado de dezembro. Mas antes, às 21 horas desta sexta-feira, o Rancho Folclórico da Trofa leva ao recinto da Alame-

da os Cantares ao Menino. Outros grupos farão o mesmo, nomeadamente o Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado (dia 20, 21 horas) e o Rancho do Divino Espírito Santo (dia 23, 21.30 horas). O Orfeão Santhyago dá um concerto de Natal, no domingo, dia 15, às 17 horas, a Orquestra Ritmos Ligeiros atua no dia 20, às 21.30 horas, e a Rapaziada levará ao Mercado de Natal um espetáculo de música popular, às 18 horas de 28 de dezembro.

Á rvore de Natal pode ser vista no L argo da Imaculada Conceição


12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

www.ONOTICIASDATROFA.pt

3

Atualidade

Furto de cabos elétricos fecha escola por um dia Não foi a primeira vez que aconteceu, mas foi a que teve mais consequências negativas, ao ponto de impedir o funcionamento normal do estabelecimento. CÁTIA VELOSO A Escola Secundária da Trofa esteve fechada esta terça-feira, 10 de dezembro, na sequência de um furto de cabos de eletricidade, durante a madrugada anterior. Em declarações ao NT, Paulino Macedo, diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, referiu que os desconhecidos “entraram pela porta do posto de transformação, que tem que estar acessível à EDP”, e acederam à parte “onde estão os disjuntores da escola, levando uma enorme quantidade de cabos com fio-terra e neutro”. “Isto impediu que tudo dentro da escola funcionasse”, acrescentou, revelando que este tipo

L arápios entraram pela porta do posto de transformação de furto aconteceu pela terceira vez, as primeiras ocorridas em agosto e em outubro. “Eles vão avançando no terreno e levando

cada vez mais. Isto é gente que sabe o que vem fazer e que vem munida de equipamentos, como rebarbadeiras a bateria para

conseguirem retirar os cabos”, denunciou. O caso foi reportado à Guarda Nacional Republicana e a solução, segundo Paulino Macedo, “não é fácil”, uma vez que a porta para o posto de transformação tem que estar acessível à EDP. “Estamos, em articulação com a Parque Escolar, a estudar uma forma de sermos avisados quando por lá estiverem pessoas estranhas, ou através de um alarme ou de uma câmara de videovigilância”, frisou. Além dos prejuízos materiais que, ao fecho de edição, se refletiam numa caldeira, dois computadores e na central de incêndio, Paulino Macedo sublinha os efeitos negativos causados principalmente junto dos alunos, que ficaram um dia sem aulas. A energia elétrica foi reposta cerca das 17 horas de terça-feira e as aulas decorreram normalmente no dia seguinte.

Apanhado a vender droga em parque de estacionamento Um jovem de 18 anos foi detido, na sexta-feira, 6 de dezembro, por tráfico de droga, na cidade da Trofa. O indivíduo foi surpreendido por militares que realizavam uma ação de patrulhamento de rotina, quando já se encontrava a vender canábis e a pesar o produto, num parque de estacionamento em frente à antiga fábrica das Máquinas Pinheiro. Quando se apercebeu da aproximação dos militares, o jovem tentou fugir a pé, mas acabou por ser detido pouco tempo depois. Na sequência das diligências, foram apreendidos 512 euros em dinheiro, assim como quatro doses de canábis e uma ba-

lança de precisão. O detido, com antecedentes criminais pelo mesmo crime, é o mesmo que foi apanhado, a 3 e a 5 de dezembro, a conduzir sem habilitação legal. A primeira detenção aconteceu na Carriça, freguesia do Muro, cerca das 00.30 horas. Dois dias depois, pelas 15.30 horas, foi novamente intercetado, por ter estado envolvido num acidente de viação, na Abelheira, S. Martinho de Bougado. Nessa ocasião, também se encontrava na posse estupefacientes. Foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Santo Tirso, para aplicação de medidas de coação, na segunda-feira, 9 de dezembro. C.V.


4

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

Atualidade

Homem encontrado sem vida dentro de casa Apesar de morar sozinho, Gonçalo Magalhães com 71 anos, era conhecido de toda a vizinhança e todos os dias passeava-se pelo centro de S. Romão do Coronado. A sua ausência prolongada e o facto estranho de ter as luzes de casa ligadas durante três dias levaram os vizinhos a alertar a Guarda Nacional Republicana, na tarde de segunda-feira. Os militares deslocaram-se à habitação, situada na Rua dos Descobrimentos e, perante a falta de resposta por parte do homem, solicitaram o apoio dos Bombeiros

Voluntários da Trofa que, depois de forçarem a abertura da porta, encontraram o homem caído no chão. Foi acionada a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação da unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave, que confirmou o óbito. O corpo foi transportado para o Gabinete Médico Legal e Forense de Guimarães, para ser autopsiado, mas tudo indica que Gonçalo Magalhães tenha falecido de causas naturais. C.V.

www.ONOTICIASDATROFA.pt


12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

www.ONOTICIASDATROFA.pt

José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

Uma breve história da Capela de Nossa Senhora das Dores Um dos elementos da nossa história, um marco da nossa identidade e que nos envaidece a capela de Nossa Senhora das Dores e as suas majestosas festas. No decorrer do ano de 1766 os moradores de S. Martinho de Bougado, que eram paroquiados por Hilário António de Faria pediam autorização ao Bispo do Porto, que seria possivelmente António Luís de Távora que tinha nascido anos antes em Cacilhas e iria morrer no Porto em 4 de junho de 1766 para a construção de uma capela no cimo do Monte da Carriça para prestar devoção a Nossa Senhora das Dores. Aquele espaço era deserto, não havia grandes construções nos seus arredores e nos terrenos próximos e tornava-se apetecível para a construção de um templo religioso. Atendendo a S. Martinho de Bougado não ser propriamente uma freguesia em que os seus habitantes não eram em grande número e por consequente os recursos financeiros também seriam diminutos, fez com que o primeiro templo fosse de reduzidas dimensões, também não devermos excluir desta argumentação que era um culto novo que não estava enraizado e como tal não deveria ter o mesmo impacto na vida da sociedade. A primitiva capela não iria durar muito mais que um século, o culto a Nossa Senhora das Dores, não parava de aumentar, vários eram os romeiros de localidades mais afastadas desta freguesia, ia ocorrendo o desenvolvimento progressivo da freguesia em termos demográficos e era necessário substituir aquele templo que estava a condicionar aquele desenvolvimento. As suas condições eram bastante débeis e a solução mais prática foi demolir e construir um templo novo, no local do antigo, não sobrevivendo até ao presente gravuras, pinturas ou outro tipo de suporte de imagem relativamente àquele templo, ficando o mesmo perdido no mistério dos tempo. As outras tinham um custo avultado de 4 mil reis, apenas eram possíveis com o apoio do Conde de S. Bento que foi um importante benemérito da região apoiando a construção de várias outras obras e melhoramentos locais. O elevado investimento também sustenta o crescimento contínuo referido anteriormente o que não podia ser desprezado com a concretização de um investimento reduzido. Os anos foram passando e a Nossa Senhora das Dores tornou-se um dos marcos da nossa cultura que nos envaidece e pertence ao nosso ADN.

5

Atualidade

Laço humano na escola para combater estigma da Sida Um grande laço humano foi “desenhado” no recreio da Escola Básica de Estação, no Muro, na manhã de 30 de novembro, para assinalar o Dia Mundial da Luta contra a Sida. Acompanhados pelos professores, assistentes operacionais e alguns encarregados de educação, os alunos corporizaram assim a mensagem que assimilaram, anteriormente, em contexto de sala de aula. “Queremos que os nossos alunos vão tomando consciência desta problemática e estejam sensíveis a todas as pessoas que possam ter este problema, que as acarinhem e não as estigmatizem, A lunos da E scola de E stação desenharam laço humano sabendo que não é através de um abraço ou de um beijo ou de um “repetições” deste tipo de ações e que pode ser transmitido apeaperto de mão que a doença se que se pode mudar a mentalida- nas durante o contacto sexual, por transmite”, começou por dizer de de uma comunidade. contacto com sangue infetado ou o docente Manuel Azevedo, que A Sida é um vírus que afeta o de mãe para filho, durante a graacredita ser desta forma, e com sistema imunitário dos humanos videz, parto ou amamentação.

Furtaram 1400 euros através de cartões Desconhecidos acederam ao interior de um automóvel e furtaram cartões, acabando por conseguir levantar cerca de 1400 euros. O furto rendeu 1400 euros, depois de um assalto a uma viatura que se encontrava na Rua Moinhos da Lagoa, em Santiago de Bougado. Cerca das 20 horas do dia 7 de dezembro, desconhecidos partiram um dos vidros do automóvel e acederam ao seu interior, acabando por encontrar uma carteira que continha um vale dos CTT

no valor aproximado de 500 euros e cartões de débito e de crédito. Os ladrões conseguiram levantar o dinheiro do vale dos CTT, assim como apropriar-se de 400 euros, do cartão de débito, e de 500 euros, do cartão de crédito. O caso foi reportado à Guarda Nacional Republicana da Trofa, que prossegue com as diligências.

Apanhados a conduzir alcoolizados Dois homens foram detidos pela GNR da Trofa por conduzirem sob o efeito de álcool. A 7 de dezem-

bro, cerca das 23.30 horas, os militares intercetaram um condutor de 55 anos, residente em Vila Nova de Famalicão, que circulava na Rua das Indústrias, em Bougado. Sujeito ao teste do balão, apresentou uma taxa-crime de 1,56 gramas de álcool por litro de sangue. Dois dias depois, cerca das 10.15 horas, um homem de 51 anos, morador na Trofa, foi apanhado a conduzir um ciclomotor com uma taxa de 2 gramas de acool por litro de sangue. Os detidos foram notificados para comparecer em tribunal.


6

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

Segurança

Simulacro vai testar Plano Municipal de Proteção Civil Na sexta-feira, 13 de dezembro, às 23 horas, um acidente envolvendo um veículo de passageiros, um veículo pesado de transporte de matérias perigosas e um pesado de mercadorias vai condicionar o trânsito que fluir junto à Rotunda junto da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques. O sinistro, simulado, pretende testar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PMEPC) da Trofa, que se encontra em vigor desde 13 de setembro. O exercício realiza-se em cumprimento de uma obrigação legal e visa testar procedimentos definidos no PMEPC, com a atuação de bombeiros, Guarda Nacional Republicana, Polícia Municipal e Proteção Civil. Por este motivo, o trânsito vai estar proibido, entre as 20 horas de sexta-feira e as 5 horas de sábado, na Avenida 19 de Novembro (com

T rânsito estará proibido na noite do dia 13 de dezembro exceção dos moradores até às 22 horas) e na Rua Papa João Paulo II. Já as ruas Alfredo Costa Peniche (exceção de moradores), Costa Ferreira, Abílio Costa Couto, Américo Moreira da Silva e Padre Américo (exceção de mora-

dores) estarão proibidas ao trânsito entre as 22 horas de sexta-feira e as 5 horas de sábado. A indicação dos desvios alternativos ao funcionamento de trânsito será identificada nos respetivos locais. C.V.

www.ONOTICIASDATROFA.pt


12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

www.ONOTICIASDATROFA.pt

7

Religião

Fátima assinala centenário de Virgem Peregrina Foi para a Capelinha das Aparições em 1920, depois de passar pelas mãos de José Ferreira Thedim, e de Fátima poucas vezes saiu, a não ser para Roma, a pedido de diversos Papas, ou, em ocasiões especiais, para Lisboa. A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, esculpida pelo santeiro de S. Mamede do Coronado cumpre cem anos em 2020 e a primeira iniciativa para assinalar a efeméride já decorre, com uma exposição inaugurada a 30 de novembro. “Vestida de Branco” é o nome

da mostra patente até outubro de 2020, no Convivium de Santo Agostinho, no Santuário de Fátima, que reúne mais de 150 obras de arte, objetos de culto e vários documentos, pertencentes à Coleção Estúdio Nossa Senhora de Fátima, à Coleção José Ferreira Thedim, à Câmara Municipal da Trofa e a Boaventura Pereira de Matos, mestre santeiro trofense, responsável pela última policromia da imagem. Esta imagem foi esculpida em madeira de cedro do Brasil, pintada a óleo com folha de ouro de 22 quilates e tem pouco mais de um metro. José Ferreira Thedim re-

ria tem poucas saídas, a que se encontra na Basílica tem a função contrária, tendo já dado 15 voltas ao mundo. Na Capelinha das Aparições, que está aberta 24 horas por dia durante todo o ano, a imagem é vigiada por 40 pessoas e ainda pode ser vista na internet, através de uma transmissão online em direto.

Câmara também vai assinalar centenário da Virgem Peregrina A imagem da Virgem P eregrina cumpre 100 anos cebeu um pedido de encomenda de Gilberto Fernandes dos Santos, um dos primeiros devotos de Fátima, que pagou a imagem e a levou para a Cova da Iria. O santeiro seguiu as indicações dadas através dos relatos feitos aos pastorinhos, mas, no final, a irmã Lúcia terá revelado que a mesma tinha incorreções face à imagem que tinha testemunhado em cima de uma azinheira, revelam os responsáveis pelas investigações históricas do Santuário. Em 1947, Thedim elaborou uma

segunda imagem - a Virgem Peregrina que está colocada na Basílica de Fátima – já de acordo com as indicações da irmã Lúcia, esculpindo um corpo mais esguio sob um manto mais branco. Mais tarde, a propósito de um trabalho de restauro, o santeiro acabou por introduzir as alterações sugeridas pela vidente de Fátima na imagem da Capelinha das Aparições, apagando algumas das estrelas douradas que tinha nas vestes e retirando-lhe as sandálias dos pés. Enquanto a imagem centená-

Em nota informativa, a autarquia da Trofa, que esteve representada na inauguração da exposição em Fátima, anunciou que também se prepara para assinalar o centenário da Virgem Peregrina criada por José Ferreira Thedim. Recorde-se que, para relevar a arte santeira, umbilicalmente ligada a S. Mamede do Coronado, a autarquia lançou, em 2017, o livro “A produção de Arte Sacra do Vale do Coronado”, onde se pode ler que “depois de 1920, a produção de imaginária religiosa iniciou um novo ciclo em Portugal”.


8

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Atualidade

Santiago comemora 400 anos da Capela de Santa Luzia A Capela de Santa Luzia volta a ser palco de festividades, passados cerca de meia centena de anos. A paróquia vai assinalar os 400 anos da construção da ermida, com um programa religioso e musical este fim de semana. CÁTIA VELOSO

A paróquia de Santiago de Bougado vai assinalar os 400 anos da Capela de Santa Luzia e Senhora da Graça. A data 1678 é, segundo dados históricos a que se teve acesso, o ano de construção deste que é o lugar de culto mais pequeno, mas também o mais antigo da paróquia. As comemorações acontecem a 13 e 14 de dezembro, a coincidir com o fim de semana do domingo da Alegria do Advento. Na sexta-feira, o programa inicia com a celebração de uma missa solene, na ermida, às 19.30 horas, seguindo-se uma noite musical, com Juliana Duarte e Mário Costa a cantar, acompanhados de Miguel Silva e Francisco Lopes, na guitarra e viola. No sábado, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado, há concerto da Orquestra Sinfónica do Ave, às 21.30 horas, e encerramento das festividades com girândola de fogo, às 23 horas. Na atualidade, as festas em honra de Santa Luzia não se efetuam, tendo perdido impacto social e religioso e, apesar de bastante discreta no eterno reboliço que circula na Nacional 14, a Capela de Santa Luzia resiste aos tempos, depois de ter sido construída, provavelmente devido à elevada reputação que a mártir ganhou na época medieval. Segundo dados do historiador e cronista do NT, José Pedro Reis, Santa Luzia nasceu no ano de 283 e morreu poucos anos depois, devido à perseguição de que os católicos eram vítimas por parte do Imperador Diocleciano. Somente em 1894 o martírio de Luzia foi reconhecido e confirmado. Mas a devoção a esta jovem mártir vem desde o século V. É advogada dos oftalmologistas e de todos os que têm problemas de visão. Referem alguns cronistas que era nesta pequenina ermida que até ao ano de 1920 se realizavam as festas do Divino Espírito Santo e a coroação das crianças desta paróquia (Santiago de Bougado) e de toda a região circunvizinha,

Comemorações decorrem no dia 13 e 14 de dezembro o que fazia desta capela um gran- dos sobre uma comemoração em de centro religioso à época, pois, 1920, em que “no dia 20 de maio, na oitava do Espírito Santo (Pen- às primeiras horas da manhã, iria tecostes) “…havia festa dedicada dar entrada no souto da freguesia, a Santa Luzia, antecipando-se as- a banda de Paços de Ferreira, sesim as homenagens deste povo à guindo dali para o adro da capesua protetora, dado que a Igreja la, onde aguardaria a chegada Católica reserva a data de 13 de da Banda dos Bombeiros Volundezembro para homenagear esta tários de Famalicão, atuando de forma alternada” pela madrugavirgem italiana”. José Pedro Reis dá conta ain- da, sem esquecer “o fogo de artida de “referências na imprensa” fício de três fogueteiros”. “O segundo e último dia de fespara o estatuto de festas “milagrosas”, o que poderá justificar a im- tividades ia ocorrer na segundaportância que, naqueles tempos, -feira, com sermão e missa cantaas festas tinham para os devotos. da a ocorrer na capelinha, seguinO historiador encontrou da- do-se, durante a tarde, a atuação

Utentes do Centro Social de S. Mamede em peça de teatro

de bandas de música em dois coretos que eram construídos de forma provisória para aqueles momentos. A procissão iria sair pelas 4 horas da tarde e ao longo do seu caminho previa-se forte afluência de fiéis devotos, com três andores e muitos anjinhos a participarem na mesma”, escreveu ainda o historiador. De traça arquitetónica seiscentista, a Capela de Santa Luzia tem uma só nave retangular, com frontaria onde se abre uma porta e uma janela, figurando no topo, no vértice triangular do telhado, um nicho encimado por cruz de ferro, onde se encontra um pequeno sino. No seu interior, há um coro alto, púlpito do lado da Epístola e retábulo-mor de talha dourada barroca, com três imagens: ao centro a imagem antiquíssima de Nossa Senhora da Graça, do lado da Epístola a de Santa Luzia e do lado oposto a imagem do Beato Gonçalo de Amarante.

O salão paroquial de S. Mamede do Coronado vai acolher uma peça de teatro muito especial. Além de ser apresentada em plena época natalícia, o espetáculo terá no elenco os utentes do Centro Social e Paroquial de S. Mamede do Coronado. “O Nascimento de Jesus” é o epíteto da peça de Natal, que será apresentada no dia 21 de dezembro e tem entrada livre. As cortinas abrem às 16 horas.

Rock no Teatro “Rock no Teatro” é a proposta do Clube Slotcar da Trofa para o serão do dia 21 de dezembro. A iniciativa a associação juvenil vai dar uma sonoridade diferente às instalações do Teatro Alves da Cunha, atual Casa do FC Porto da Trofa, a partir das 21.30 horas. Ao palco vão subir seis bandas: Pinhead, Margem d’Erro, Dionysus, Gold N’ Blue, THC, e Robotic Sessions. A entrada é livre.


www.ONOTICIASDATROFA.pt

12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

9

Atualidade

“Branco Escuro” é o primeiro álbum de Carla Reis Neves É de Santiago de Bougado, professora de música há mais de 20 anos e, recentemente, lançou um álbum de música instrumental, que tem acolhido várias críticas positivas. CÁTIA VELOSO Carla Reis Neves, residente em Cedões, apaixonou-se pela arte da composição ainda no tempo que estudava no Conservatório de Música do Porto, mas só há cerca de um ano decidiu aventurar-se pela produção de um álbum. “Branco Escuro” dá nome ao trabalho discográfico, Á lbum de música instrumental tem recebido boas críticas que está acessível, gratuitamente, em mais de 20 plataformas online. familiares, amigos e conhecidos, dessem ouvir, mas tenho sido surProduzido em parceria com Dio- tenho colegas como o João Pedro preendida, porque já tive vários go Penha, o álbum caracteriza-se Pais e alguns cineastas que se pro- pedidos para que haja em CD. Em pela “vertente minimalista” e pela nunciaram de forma positiva acer- breve, estará disponível”, contou. As músicas contam todas uma hisinfluência do estilo clássico, atra- ca do meu trabalho. Um cineasta, vés da sonoridade de instrumen- aliás, já encomendou uma das mi- tória. “1943” é dedicada ao pai falecido há cerca de dois anos e devetos como o piano, o violino e o con- nhas músicas”, anunciou. rá ser a primeira com videoclip, “aitrabaixo, estes últimos tocados por Duas músicas foram produzidas Alexandra Silva e Dércio Fernan- em Cedões, na casa da artista, en- dualk” é inspirada na melhor amides, respetivamente. quanto as restantes viram a luz do ga e “Pico” homenageia a beleza “É uma música que fica no ouvi- dia em Ponte de Lima, em fins de se- dos Açores, onde fez a ante-estreia do e que dá para diversas predis- mana de intenso trabalho, que está do álbum. A apresentação oficial do álbum posições e situações. Por exemplo, agora a ser recompensado tal têm é bom para fazer meditação”, afir- sido as interpelações para que o ál- ainda não tem data nem local defimou, em entrevista ao NT, Carla bum esteja disponível em formato nido, porque, para já, a artista está Reis Neves, que se diz surpreendi- físico. “Preocupei-me em colocá- empenhada em fazer face a encoda pelo feedback. “Além dos meus -lo online para que as pessoas pu- mendas que tem recebido. Ao NT, confessou ter mais trabalhos, mas de música com letra em português, que se mantêm na gaveta porque ainda não encontrou “a pessoa certa para lhes dar a voz”. Carla Reis Neves revelou gosto pela música aos três anos, quando pediu aos pais para estudar a arte. Aos oito anos começou a ter aulas com uma professora, em Mindelo,

e aos dez entrou no Conservatório de Música do Porto, onde fez grande parte da sua formação musical. Além de tocar piano e de compor,

é professora de 2.º e 3.º ciclo na Didáxis, em Riba de Ave, concelho de Vila Nova de Famalicão.


10

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

Atualidade

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Ciclo de Palestras do Rotary trouxe Sobrinho Simões à Trofa Manuel Sobrinho Simões deu o pontapé de saída do 1.º Ciclo de Palestras de Saúde & Educação do Rotary Club da Trofa. A primeira palestra decorreu, a 9 de dezembro, no Fórum Trofa XXI, numa sessão aberta à comunidade e que tinha como tema principal “Prevenção e Tratamento de doenças e doentes: desafios da Sociedade no século XXI”. Entre anónimos, representantes autárquicos e associativos, clubes rotários vizinhos e outras instituições públicas ou privadas, o auditório encheu para ouvir o notabilizado patologista, fundador e diretor do Ipatimup, membro da Comissão Diretiva do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que recentemente foi distinguido como Honorary Fellow pelo Royal College of Pathologists, a maior honra atribuída por este Colégio do Reino Unido. “Portugal tem uma população envelhecida, um milhão de portugueses tem mais de 75 anos. O excesso de peso e a obesidade são dos fatores de risco que mais contribuem para a carga de doença dos portugueses”, referiu o investigador que, à luz da questão sobre se a qualidade de vida está a acompanhar a longevidade, defendeu que “as doenças musculoesqueléticas, depressão, doenças da pele e enxaquecas” são as “grandes doenças emergentes do século XXI”. Sobrinho Simões abordou ainda a questão da relação entre profissionais e utentes, sublinhando a urgência de “começar a pensar mais nos doentes numa perspetiva de

maior empatia entre médico e doente, contando com o apoio das suas famílias, ouvindo conselhos de especialidade e concentrando meios de forma racional e eficiente”. No momento aberto a questões dos espectadores, discutiu-se a importância de criação de sinergias entre todos os intervenientes na área, dos médicos aos decisores políticos, dos doentes e famílias aos prestadores de serviços de saúde, públicos ou privados. Na presença do sino e bandeira do Rotary, o presidente do clube rotário trofense, Luís Filipe Moreira, anunciou que o Ciclo de Palestras “irá trazer à Trofa ao longo de 2019/20 três oradores nacionais conceituados, com o intuito de debater num diálogo ativo e construtivo temas atuais das áreas da Saúde e Educação, pretendendo-se inspirar os órgãos de tomada de decisão concelhios”. Sobre o tema que abriu a iniciativa, Luís Filipe Moreira referiu que “a prosperidade atual é um desafio para fazer melhor, devemos aproveitar este momento extraordinário para realizarmos progressos nas diferentes áreas, nomeadamente ao propiciarmos cuidados de saúde, decentes e adequados às necessidades da população”. “Temos a obrigação moral de assegurar aos nossos concidadãos os melhores tratamentos médicos, decididos pelos nossos profissionais da saúde, olhando para o interesse do doente e dos seus familiares e não por razões economicistas ou meramente orçamentais”. Para o presidente do Rotary da Trofa, um dos maiores desafios futuros passará por “responder às pressões que o setor da saúde enfrenta sem quebrar o compromisso de continuar a assegurar uma melhoria na equidade do aces-

Simões abordou a relação entre utentes e profissionais so e na qualidade dos cuidados de saúde, gerando mais eficiência para o Serviço Nacional de Saúde”. O evento ficou ainda marcado pela homenagem póstuma a Adélio Serra, um dos fundadores do clube, que foi também membro da comissão promotora para o concelho da Trofa. Luís Filipe Moreira anunciou que a próxima palestra está agendada para março de 2020. “Até lá, o Rotary Club da Trofa continuará a conectar-se à população trofense. Desafio todos a seguirem o nosso trabalho, nas nossas redes sociais”, rematou.


www.ONOTICIASDATROFA.pt

12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

11

Atualidade Caixa de Crédito Agrícola é uma “história de coragem” dos agricultores da Trofa Há quem diga que foi “ironia do destino” a Caixa de Crédito Agrícola de Santo Tirso ter sido criada na Trofa. Esta particularidade, porém, explica-se pela “mentalidade própria dos agricultores” deste território que, antes de entrarem na década de 80, decidiram pôr pés a caminho e arriscar na criação de uma instituição bancária que olhasse pelos interesses do setor agrícola, contando para isso com o “alto patrocínio” da trofense Maria Júlia Moreira Padrão e de D. Duarte Pio de Bragança. A criação da dependência foi oficializada a 7 de outubro de 1979, na antiga Escola dos Rapazes de S. Martinho de Bougado – que acabou como edifício de apoio ao bar da comissão de festas de Nossa Senhora das Dores, já demolido - e os todos fundadores tinham a particularidade de residir em freguesias que, hoje, fazem parte do concelho da Trofa. Estas e outras curiosidades - como o envolvimento de D. Duarte Pio nesta história - estão agora reunidas num livro, publicado pela Caixa de Crédito Agrícola do Médio Ave (CCAMA), que foi apresentado na terça-feira, 10 de dezembro, no auditório da Quinta de Fora, em Santo Tirso. António Abreu, presidente do conselho de administração da CCAMA, refere que

L ivro conta a história da criação da CCA o livro nasceu para “defender a memória das pessoas que trabalharam durante estes anos em prol dos outros sem nada receber em troca”. “Esta é uma história de teimosia e muito sacrifício, porque até 1991, o capital da instituição era suportado pelo património dos associados, que respondiam pela situação financeira da Caixa Agrícola. Foi de uma grande coragem. Hoje, ninguém faria uma coisa destas”, sublinhou. Em 2010, as Caixas de Crédito Agrícola de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão uniram-se e para criar o banco que adotou Médio Ave no nome, para ganhar escalar e unir forças para responder aos desafios do mercado. C.V./H.M.


12

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Negócios

Veja a reportagem integral na

SANER assinala o seu 30.º aniversário A SANER celebrou 30 anos de vida empresarial com um evento no qual juntou, além de colaboradores, clientes, fornecedores e amigos, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e da Defesa do Consumidor - Eng.º João Torres - que realçou o importante papel da empresa no desenvolvimento do país. A história dos sucessos da SANER e do empresário Agostinho Gonçalves foi lançada em livro. É um nome incontornável do comércio na região Norte de Portugal, no País e no Agostinho Gonçalves a discursar perante os convidados Mundo. A SANER - Sociedade Alimentar do Norte, S.A. orgulha-se da sua história e das Lamentavelmente, desta atividade profissional resultou um conquistas que, ano após ano, foram sendo somadas ao pal- processo judicial que só viria a terminar no ano de 2000. O marés de uma das maiores e robustas empresas sedeadas empresário conta toda a história e factos desta fase da sua no concelho da Trofa. vida no seu livro intitulado: “Agostinho Gonçalves - O HoCom um volume de negócios de aproximadamente 222 mem e a sua Obra - 30 ANOS de SANER” publicado recenmilhões de euros no ano 2018, a SANER tem atualmente mo- temente e inserido nas comemorações dos 30 anos de vida dernos cash & carry’s estrategicamente situados no norte da SANER. do país nas cidades de Braga, Felgueiras e Trofa. Apoiada Depois de cerca de dezanove anos nas instalações primino trabalho de cerca de 250 colaboradores e mais de 5.000 tivas no lugar da Esprela, na Trofa, a SANER concretizou a clientes regulares, comercializa mais de 10 mil produtos das transferência para novas instalações próprias em Maio de mais prestigiadas marcas nacionais e internacionais. A em- 2008, o que representou um salto muito significativo em terpresa, nascida na freguesia de S. Martinho de Bougado em mos de área de armazém – a SANER passou a contar com 1989, tem vindo a registar um forte crescimento, sustentado uma área de aproximadamente 15.000m2 –, assim como pasna figura do empresário Agostinho Gonçalves. sou a ter melhores condições para clientes e trabalhadores. A vida desta empresa de sucesso teve início, nos anos Nos anos de 1997 e de 2000 a SANER tinha já iniciado a 80, com “15 mil contos emprestados” quando poderia ter expansão da sua área de negócios para as cidades de Felcomeçado com “50 mil contos”. Quem o diz é Agostinho gueiras e de Aveiro, onde abriu filiais, destinadas exclusiGonçalves, o empresário que filho de uma família de pes- vamente ao comércio de bacalhau. soas de trabalho e humildes, subiu a pulso na vida e criou No ano de 2002, abriu uma filial em Braga destinada ao um dos grupos empresariais mais robusto e sólido no nor- comércio de bacalhau e mercearia e já em 2011 transferiute de Portugal. -se para novas instalações próprias, construídas de raiz. Depois de na juventude passar por vários setores de atiCerca de dez anos passados desde a inauguração das novidade e ofícios, incluindo cerca 2 anos na Guerra do Ultra- vas instalações da Trofa, e por força do crescimento sustenmar, Agostinho Gonçalves integrou uma empresa de distri- tado do volume de negócios, as instalações que inicialmenbuição de produtos alimentares, onde mais tarde passou à te pareciam algo sobredimensionadas rapidamente se torcondição de sócio mas, de onde saiu no final dos anos 80. naram insuficientes.

P erspetiva de uma das salas onde decorreu o evento comemorativo dos 30 anos da SANER

e em

Ao longo dos últimos três anos foram realizados novos investimentos nas instalações que permitiram aumentar ainda mais a capacidade de armazenagem, assim como a capacidade de parque para os seus clientes e fornecedores, aumentando o nível de eficiência e de serviço. A empresa evoluiu de uma relação comercial tipicamente tradicional para um nível de verdadeira parceria, em que o sucesso dos seus clientes é também o seu principal objetivo, promovendo apoios para ajudar esses clientes a tornar os seus estabelecimentos mais apelativos e a aproximá-los das inovações oferecidas pelas mais recentes unidades do comércio a retalho. A Saner apoia a modernização desses estabelecimentos, promovendo a realização de algumas modificações, sem contudo descaracterizar as especificidades de cada um. E, é assim, que centenas de estabelecimentos dos seus clientes ostentam a insígnia “Lojas Unidas”. Nestes 30 anos, para além de trabalhar com as mais conceituadas marcas, a Saner construiu também a história das suas marcas exclusivas, que atingiram já patamares de no-

Agostinho Gonçalves, Secretário de E stado João Torres P residente da CCP/ADIPA João Vieira L opes

e

toriedade bastante elevados, como são exemplo os vinhos da marca ‘Adega Grande’, vinhos premiados, produzidos com as mais rigorosas normas de qualidade, a partir de um processo de vinificação moderno, onde é feita uma seleção das melhores uvas. A SANER tem investido também na aquisição de vinhas para a produção própria de uvas.


PUB

www.jornaldoave.pt

12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

1

Quinzenário 12 de dezembro de 2019 Nº 168 Ano 4 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

04 Vila Nova de Famalicão

14 Ornitologia

Exposição com 2300 aves a concurso

5 Cultura

Livro conta a história de 40 anos do Crédito Agrícola de Santo Tirso

Mercado de Natal com prendas e petiscos 02 Santo T irso

Cidade iluminada anuncia Natal em Santo Tirso

15 T ecnologia

Famalicão Extreme Gaming com “edição de luxo” PUB


2

JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019

www.jornaldoave.pt

Atualidade // Santo Tirso

Pista de Gelo, árvore gigante e mercado são atrações do Natal em Santo Tirso Até 5 de janeiro, o espírito do Natal invade Santo Tirso com inúmeras atividades na Praça 25 de Abril. A árvore de Natal, a casa do Pai Natal, um Mercado e uma pista de gelo natural são algumas das principais atrações, que têm levado ao espaço junto aos paços do concelho milhares de pessoas, de dentro e de fora do município. A programação de Natal em Santo Tirso arrancou no sábado, 7 de dezembro, com a ligação da iluminação e um espetáculo de patinagem no gelo. A pista de gelo natural é, de resto, uma das novidades deste ano que, a par do carrossel, do comboio, da casa do Pai Natal e da árvore de 18 metros, fazem da Praça 25 de Abril um dos pontos de paragem obrigatória no roteiro turístico de quem quiser sentir, de perto, o espírito da quadra. A edição deste ano volta a contar com um Mercado de Natal, com uma oferta diversificada, apresentada por artesãos locais e onde não irão faltar momentos de degustação. Aos fins de semana, está garantida animação de rua, com músicos em itinerância e personagens encantadas. “Este ano, decidimos estender as celebrações do Natal até

Pai Natal tem estado por Santo T irso para receber as crianças ao dia de Reis, de forma a que as famílias possam usufruir mais da animação que preparamos. Vamos ter um progra-

ma centrado nos mais pequenos, mas com ofertas para todos os públicos”, explicou o presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa. Já depois da noite de consoada, a partir de dia 26, a casa do Pai Natal passará a acolher a Hora do Conto, com histórias alusivas às festividades e ateliês diversos. No dia 29, às 16.30 horas, o Grupo Coral de Vila das Aves traz à Praça 25 de Abril melodias da época. No dia 4 de janeiro, a proposta passa por uma aula de yoga para os mais pequenos, que terá lugar pelas 16 horas, na casa do Pai Natal. Em vésperas de dia de Reis, no dia 5, será a vez dos diferentes grupos de folclore do Município percorrerem as diferentes artérias da cidade, assinalando o nascimento de Jesus e dando as boas-vindas ao novo ano. As atividades na Praça 25 de Abril funcionam diariamente, das 14 às 19 horas, com exceção dos dias 24 e 31 de dezembro, em que funcionarão das 10 às 16 horas. A 25 de dezembro e a 1 de janeiro estarão encerradas. O bilhete para experimentar a pista de gelo custa três euros, enquanto o carrossel tem o custo de um euro. O comboio é gratuito.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


www.jornaldoave.pt

12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

3

Atualidade // Santo Tirso

Exposição de Presépios “alargou” e elevou qualidade Presépios de Portugal, Espanha, Itália, Franca, Alemanha, Angola, Moçambique e Senegal e peças datadas dos séculos XVII e XVIII, com enorme valor artístico, elevam a edição de 2019 da Exposição Internacional de Presépios de Santo Tirso. Mais de 200 presépios compõem a exposição internacional que, até 6 de janeiro, pode ser vista no átrio dos paços do concelho de Santo Tirso, nos mosteiros de Santa Escolástica e de Singeverga e na Sala do Capítulo da Escolas Profissional Agrícola Conde S. Bento. No dia da inauguração da mosO essencial da exposição pode ser visto no átrio dos Paços do Concelho tra, a 30 de novembro, Alberto Costa sublinhou as peças repre- nha, Angola, Moçambique e Se- que permite, hoje, ter em Santo sentativas de vários países, como negal, referindo que a iniciativa Tirso obras de vários pontos do Espanha, Itália, França, Alema- “foi crescendo com qualidade, o mundo”. O autarca valoriza a que

diz ser “excelente parceria” que a autarquia mantém com a Confraria do Caco e que faz de Santo Tirso “a capital dos presépios”. O destaque vai para dois presépios com maquineta, assim designados por se apresentarem protegidos por um armário envidraçado, datados do século XVII ou XVIII e que, ainda sem autoria confirmada, se atribuem à escola de Machado de Castro. Nesta exposição, estão ainda representados os melhores artesãos nacionais, do século XX e XXI. Circunscrita, no essencial, aos paços do concelho, a mostra ganha também expressão noutros espaços, como a Capela do Mosteiro de Santa Escolástica e a Capela da Hospedaria do Mosteiro de Singeverga, em Roriz, ou ainda

a Sala do Capítulo da Escola Profissional Agrícola Conde São Bento, onde estão em exposição cerca de 30 presépios com maquineta. Delfim Manuel, da Confraria do Caco, confirma que a preocupação tem sido “melhorar de ano para ano”, o que se confirma em 2019, que apresenta uma exposição “com mais espaços e peças de maior qualidade e valor artístico”. A mostra pode ser visitada, de forma gratuita, de segunda a quinta-feira, das 10 às 22 horas, sexta e sábados, das 10 às 23 horas, e aos domingos e feriados, das 10 às 22 horas. Nos dias 24, 25 e 31 de janeiro, estará encerrada. A visita à Sala do Capítulo da Escola Profissional Agrícola Conde São Bento é feita mediante marcação prévia, através do número 252 830 411.

Luz da Paz de Belém Cubo à espera de brinquedos regressa a Santo Tirso para crianças carenciadas A Luz da Paz de Belém vai percorrer 2770 quilómetros até Portugal, sem nunca se apagar, e volta a passar por Santo Tirso. Uma vez mais, a pastoral juvenil da paróquia de Santo Tirso (Santa Maria Madalena) vai distribuir a Luz, associando este símbolo à caminhada diocesana do Advento ao Batismo do Senhor. A Luz será partilhada de porta em porta, a 21 de dezembro, depois das eucaristia das 15 horas, cumprindo 12 percursos diferentes. As pessoas são convidadas a prepararem uma candeia com uma vela para a acenderem à passagem da Luz e iluminarem as suas casas. Os horários de passagem pelas ruas poderão ser consultados no site da paróquia, em www.paroquia-stirso.com.

L uz da Paz partilhada no dia 21 “A Luz da Paz de Belém será para manter sempre acesa, próximo do Presépio lá de casa, durante o Tempo do Natal”, referiu fonte da paróquia em nota enviada ao JA. Devido a este acontecimento, nesse dia não haverá eucaristia às 19.15 horas.

Dar de Nós promove lanche de Natal A associação Dar de Nós promove, a 21 de dezembro, das 15 às 18 horas, um lanche de Natal, na sede da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães.

A direção da associação desafia os associados e colaboradores a participarem, levando doces, salgados e bebidas. Haverá ainda um momento de troca de prendas, que custem até dois euros.

Integrada na campanha “Unir Sorrisos”, a União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães colocou na rua, pelo sexto ano consecutivo, o Cubo Solidário. Instalado na Rua Dr. António Pires de Lima (junto à Caixa Geral de Depósitos), este cubo tem como propósito guardar os brinquedos doados pela comunidade até 24 de dezembro. As dádivas serão, posteriormente, entregues pela Junta de Freguesia às crianças carenciadas daquele território. Além desta ação solidária, a

Cubo solidário instalado na cidade para recolher brinquedos campanha “Unir Sorrisos” contempla uma série de iniciativas, como a Ceia de Natal para os ca-

renciados, a 24 de dezembro, na sede da Junta de Freguesia.

// Trofa

Altronix lança concurso para concretizar 3 desejos “Tornar este Natal ainda melhor, através da dedicação, energia e foco de todos os colaboradores em prol da comunidade, que ao longo destes anos nos tem acompanhado”. Este é, segundo Rui Fonseca, CEO da Altronix, o objetivo da campanha que a empresa trofense lançou e que tem como objetivo concreti-

zar três desejos. Para isso, o desafio, lançado à comunidade em geral, passa por escrever um desejo (individual, para familiares, amigos ou conhecidos), acompanhado de nome e contacto telefónico, e colocá-lo no marco do correio que foi colocado junto ao portão da Altronix, até 25 de dezembro.

Os três desejos “mais genuínos”, que “representem o verdadeiro espírito natalício e o ADN da Altronix serão realizados”. O anúncio será feito no Dia de Reis, a 6 de janeiro. O regulamento de participação no concurso está disponível no site da Altronix, em www.altronix.pt/natalaltronix. C.V.


4

JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019

www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Mercado de Natal com prendas e petiscos O Natal está à porta e em Vila Nova de Famalicão o verdadeiro espírito da época vive-se na rua com as iluminações, as músicas, a animação constante e o convívio. A cidade famalicense é o Lugar do Natal e o epicentro de toda a celebração é o Mercado de Natal, este ano com dois polos distintos, a Praça Alimentar, na Praceta Cupertino de Miranda, e o Mercado Artesanal, na Praça D. Maria II. Com as suas tradicionais casinhas de madeira, o mercado artesanal oferece a possibilidade de encontrar presentes únicos e genuínos com o artesanato típico da época, a joalharia mais original e têxtil de encantar. Ao todo, são cerca de 25 expositores com muito para oferecer até 24 de dezembro. O mercado funciona de segunda a quinta, das 14 às 20 horas, e às sextas, sábados e domin-

experiências bem divertidas na gos, das 11 às 22 horas. A grande novidade deste ano Pista de Gelo, ali ao lado, no paré a tenda que acolhe a praça ali- que de estacionamento da Praça mentar, com as bebidas quentes D. Maria II, bem no centro do núe os petiscos e iguarias que acon- cleo urbano. E enquanto isso, o carrossel, o comboio e os paschegam o estômago. São mais de uma dezena de seios de charrete fazem a alegria stands com um pouco de tudo, dos mais novos, mas também dos desde as sanduíches, aos vinhos adultos. No Parque da Juventude, está aromatizados tão próprios da época, aos doces de Natal e ao choco- montado o Circo de Papel, uma late quente. A praça decorre até 5 iniciativa promovida pelo INAC de janeiro e funciona de segunda – Instituto Nacional das Artes do a quinta-feira, das 11 às 20 horas, Circo, que apresenta o espetácue às sextas, sábados e domingos, lo “Jardins”, inspirado no conto “O Rapaz de Bronze”, de Sophia das 10 às 22 horas. Envolto num ambiente acolhe- de Mello Breyner. O espetáculo dor, colorido e alegre, o centro da destina-se ao público escolar, inscidade – entre a Praceta Cuperti- tituições e também a toda a famíno de Miranda, o Parque da Juven- lia, com várias sessões diárias até tude, a Praça 9 de Abril e toda a 3 de janeiro. A juntar a todas estas atividades, zona envolvente – acolhe a magia do Natal, com a árvore e o espetá- há ainda outras que apelam ao culo multimédia que atrai à cida- convívio dos famalicenses, como a Corrida S. Silvestre, na noite de de milhares de visitantes. A juntar ao Mercado, vivem-se 23 de dezembro.

Porto de Encontro convida a brindar no Natal A Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão promove a 4.ª edição do Famalicão Porto de Encontro que, este ano, acolhe 36 restaurantes, os quais integram o roteiro “Coma uma rabanada, oferecemos o Porto”, até 31 de dezembro, e 12 bares, que, na tarde de 24 de dezembro, promovem o encontro de familiares e amigos. Os associados aderentes recebem algum material promocional da iniciativa e o objetivo é promover a tradição de beber o Porto e brindar entre amigos, bem como promover a gastronomia local, com a integração dos restaurantes no Porto de Encontro. O presidente da ACIF, Fernando Xavier Ferreira, destacou o crescimento da iniciativa, referindo que é um evento da cidade e uma tradição que está cada vez mais enraizada no concelho e nos famalicenses. O Porto de Encontro conta com a parceria do Clube Motard Escorpiões, na iniciativa Porto Solidário, com a distribuição de vinho do Porto por 24 instituições solidárias. Paralelamente, desenvolve-se ainda a iniciativa Porto Seguro, que conta com a parceria da PSP, da GNR, da Polícia Municipal e dos bombeiros voluntários de Famalicão e Famalicenses, apelando ao consumo de álcool com moderação.

Árvores de Natal sustentáveis No âmbito do concurso “Sonho com uma Árvore de Natal Sustentável 2019”, a Associação de Moradores das Lameiras (AML) tem patente, até 4 de janeiro, uma exposição com 20 árvores amigas do ambiente, uma vez que foram construídas com materiais reciclados. A mostra pode ser vista nas instalações do Centro Social das Lameiras, entre as 9 e as 18 horas de segunda a sexta-feira. O presidente da AML, Jorge Faria, convida a comunidade a conhecer “os trabalhos maravilhosos elaborados pelos utentes, colaboradores, formandos, moradores do edifício das Lameiras e comunidade envolvente”. É também possível participar na eleição da árvore mais bonita, através da página de facebook da AML.

M ercado de Natal tem dois polos, com artesanato e alimentação “Com esta campanha vamos Paulo Cunha. Quanto aos que vêm de fora vitransformar Famalicão num lugar mágico com espaços para as sitar a cidade, o autarca diz que crianças darem largas à sua ima- “há um mundo de encantar para ginação e fantasia, mas também conhecer e participar”. “Estainiciativas que apelam ao espí- mos preparados para receber rito natalício de todos os famali- os turistas que nos queiram visicenses”, adiantou o presidente da tar e temos muito para oferecer”, Câmara Municipal de Famalicão, concluiu.

Pai Natal instala-se na Cabana para receber prendas solidárias A chuva que caiu neste domingo não impediu que o Pai Natal chegasse até Vila Nova de Famalicão, onde vai ficar até ao dia 24 de dezembro, num sítio que os famalicenses conhecem bem: a Cabana Solidária, montada na Praça 9 de Abril. É aqui que o homem das barbas e os seus duendes se vão instalar, não para dar, mas sim para receber os presentes solidários dos famalicenses, que voltam a ser desafiados pela Câmara Municipal, através do pelouro da Família, a doarem géneros alimentares e de higiene, que depois serão distribuídos pelas famílias ca-

Cabana à espera de doações renciadas do concelho, através da Loja Social. Até ao dia 24, são várias as ins-

tituições e escolas do concelho que vão passar pela Cabana Solidária para entregar presentes, mas também para animar o espaço com a dinamização de espetáculos de música e teatro. É o caso, por exemplo, da Escola Básica Conde S. Cosme, no dia 13, da Escola de Teatro ACE, no dia 16, da Escola Básica de Quintão, de Arnoso de Santa Eulália, no dia 17, e da Didáxis e do Centro Social de Requião, ambos no dia 18. Recorde-se que a Cabana Solidária está aberta todos os dias até 24 de dezembro, das 10 às 12.30 horas e das 14.30 às 18 horas.

Coros Comunitários animam Mercado Até 5 de janeiro, os coros de Natal vão fazer-se ouvir em Vila Nova de Famalicão, levando magia e emoção ao centro da cidade com dez concertos. “Comunidades (en) Coro” é o epíteto da iniciativa que decorre no Mercado de Natal, localizado na Praça D. Maria II, e envolve cerca de 500 participantes, divididos em dez grupos representativos de cada uma das Comissões Sociais Inter-Freguesias do

concelho. A iniciativa arrancou a 1 de dezembro e decorre todos os domingos até 5 de janeiro com dois concertos, às 16 e 17 horas. Na última semana, será feita uma atuação conjunta entre todos os participantes, que constituirão o Coro Famalicão Comunitário. Os coros são constituídos por pessoas das diversas freguesias que foram desafiadas a cantar através do programa Famalicão

Comunitário promovido pela Câmara Municipal de Famalicão. Os vários grupos estão a ser orientados por pessoas do próprio território, sendo que o Coro Famalicão Comunitário será dirigido pelo maestro Keith Horsfall, músico e professor, envolvido na educação artística há mais de 30 anos. Os ensaios decorrem até às datas dos concertos e são abertos a todos os que gostam de cantar.


www.jornaldoave.pt

12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

5

Atualidade

Livro conta a história de 40 anos do Crédito Agrícola de Santo Tirso A história de 40 anos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santo Tirso foi compilada num livro, que foi apresentado esta semana, na Quinta de Fora. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS

Há quem diga que foi “ironia do destino” a Caixa de Crédito Agrícola de Santo Tirso ter sido criada na Trofa. Esta particularidade, porém, explica-se pela “mentalidade própria dos agricultores” deste território que, antes de entrarem na década de 80, decidiram pôr pés a caminho e arriscar na criação de uma instituição bancária que olhasse pelos interesses do setor agrícola, contando para isso com o “alto patrocínio” da trofense Maria Júlia Moreira Padrão e de D. Duarte Pio de Bragança. A criação da dependência foi oficializada a 7 de outubro de 1979, na antiga Escola dos Rapazes de S. Martinho de Bougado – que acabou como edifício de apoio ao bar da comissão de festas de Nossa Senhora das Dores (demolido entretanto) -, e todos fundadores tinham a particularidade de residir em freguesias que hoje fazem parte do concelho da Trofa. Estas e outras curiosidades – como o envolvimento de D. Duarte Pio nesta história - estão agora reunidas num livro, publicado pela Caixa de Crédito Agrícola do Médio Ave (CCAMA), que foi apresentado na terça-feira, 10 de dezembro, no auditório da Quinta

de Fora, em Santo Tirso. António Abreu, presidente do conselho de administração da CCAMA, refere que o livro nasceu para “defender a memória das pessoas que trabalharam durante estes anos todos em prol dos outros sem nada receber em troca”. “Esta é uma história de teimosia e muito sacrifício, porque até 1991, o capital da instituição era suportado pelo património dos associados, que respondiam pela situação financeira da Caixa Agrícola. Foi de uma grande coragem. Hoje, ninguém faria uma coisa destas”, sublinhou. Fernando Mendes, diretor editorial do livro, deu conta de que a obra conta o percurso de 40 anos da Caixa de Crédito Agrícola de Santo Tirso, no período em que funcionou de forma autónoma, entre 1979 e 2010. “Foca-se, sobretudo, no período da fundação e depois nas diferentes fases de desenvolvimento e criação dos diferentes balcões, até às condições que levaram à criação de uma sede própria, num projeto de grande envergadura”, referiu, em declarações ao JA. Neste livro, contou, pode ler-se também sobre “a primeira iniciativa do Crédito Agrícola em Santo Tirso, em 1918, em que foi formalizada e empossada uma direção, mas que, por razões desconhecidas, não teve seguimento”. Fernando Mendes – que assina a obra juntamente com Cláudio Garcia – revelou ainda que a criação da dependência ban-

// Santo Tirso

L ivro foi apresentado na Quinta de Fora, em Santo T irso cária surge de um “processo de resiliência e insistência”, já que, em 1979, “o Crédito Agrícola ainda era tutelado pela Caixa Geral de Depósitos e estava completamente estrangulado, não tendo as características de banca, uma vez que a legislação da época não permitia”. “Os primeiros tempos foram extremamente difíceis, porque todo o capital que tinha para disponibilizar estava condicionado ao valor das propriedades dos sócios e o número de propriedades era reduzida e o valor das mesmas era baixo. Entende-se daí que as disponibilidades eram curtas, as dificuldades eram grandes para ter re-

cursos para emprestar”, explicou. O cenário, entretanto, mudou com a alteração da legislação e adesão de Portugal à CEE, cujos fundos “colocaram a Caixa de Crédito Agrícola na primeira linha de apoio à agricultura, setor com o qual a banca tradicional não se preocupava”, revelou Fernando Mendes. Presente na apresentação do livro, Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, felicitou o conselho de administração da instituição bancária cooperativa por “honrar a memória dos homens e das mulheres que criaram a Caixa de Crédito Agrícola” e demonstrar “a

vontade e querer daqueles que se uniram para ajudar ao desenvolvimento o económico e social da agricultura”. Em 2010, as Caixas de Crédito Agrícola de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão uniram-se e criaram a instituição que adotou Médio Ave no nome, para ganhar escala e conjugar esforços para responder aos desafios do mercado. “Hoje, Caixa de Crédito Agrícola é um banco universal. Criamos o risco de descaracterizá-la, mas estamos a tentar ajustá-la aos tempos atuais, sem perdermos a nossa essência, que está na agricultura”, sustentou António Abreu.

Indaqua assina compromisso contra a corrupção “Para nós, mais do que uma obrigação, esta é a nossa forma de estar. Conseguir eliminar os efeitos negativos da corrupção em áreas tão cruciais como o ambiente é, para o todo o grupo MIYA, ponto de honra”. Foi desta forma que Enrique Castiblanques, CEO da Indaqua, justificou a integração da empresa na Campanha Anticorrupção das Nações Unidas. A assinatura do compromisso decorreu a 9 de dezembro, Dia Internacional Contra a Corrupção, na AdP - Águas de Portugal, e estabelece que a concessionária responsável pelo abastecimento de água nos concelhos de Santo Tir-

Em comunicado, a empresa suso e Trofa assume “proatividade na promoção de medidas anticor- blinha que este protocolo serve de rupção e implementação de polí- “chamada de atenção” por parte do ticas que contribuam para uma so- setor privado aos governos, para ciedade mais sustentável, transpa- que revejam e reforcem “políticas, leis e mecanismos anticorrupção rente e inclusiva”. “A adesão da empresa ao apelo para criar um ambiente de incenlançado pela UN Global Compact tivo aos bons comportamentos”. Assumindo-se como “o maior está alinhada com a política anticorrupção de todo o grupo Miya, na operador das concessões municiqual a Indaqua assume compromis- pais em Portugal” e uma referênso de “tolerância zero” face a atos cia na “redução de perdas de água comerciais ou públicos de subor- nas redes de abastecimento”, a Inno”. O compromisso abrange “toda daqua, pertencente ao grupo Miya, e qualquer atividade da empresa, emprega atualmente 550 pessoas, em todo o seu universo, incluindo que garantem a gestão de seis concolaboradores, acionistas, consul- cessões e participação numa emtores, agentes ou representantes”. presa municipal nos concelhos de

Fafe, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Santo Tirso, Trofa, São João da Madei-

ra e Vila do Conde, servindo uma população de cerca de 600 mil pessoas. C.V.


6

JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019

www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Santo Tirso

Alunos da Oficina ensinam mais velhos sobre novas tecnologias Arrancaram, na segunda-feira, 9 de dezembro, as aulas de competências digitais desenvolvidas pelos alunos da Oficina – Escola da Profissional do INA, em parceria com a Câmara Municipal de Santo Tirso. No total, estão inscritos 17 seniores de todo o concelho que, uma vez por semana, vão aprofundar conhecimentos na área das tecnologias. Usar as redes sociais, navegar com segurança na internet ou aprofundar os conhecimentos em fotografia e vídeo são algumas das matérias que irão ser abordadas nas sessões semanais, de 90 minutos que, até ao final do ano letivo, terão mentoria de uma turma do primeiro ano do Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas da Oficina. Jovens ensinam mais velhos a utilizar novas tecnologias “Vivemos hoje num mundo tecnológico, não há como fugir des- quela que é a base do trabalho vo- pré-concebidas, por parte dos josa realidade. A grande questão luntário ”, sublinhou. vens, como a de que os mais veé garantir que ninguém fica de O projeto, que arrancou com lhos não partilham os mesmos infora, e daí este trabalho da Câma- 17 seniores inscritos, foi inserido teresses, nomeadamente no que ra Municipal na área da literacia no âmbito da autonomia curricu- diz respeito à utilização das redigital junto dos seniores”, refe- lar e será tido em conta para ava- des sociais”. riu o presidente da Câmara Muni- liação nas disciplinas de PrograNo primeiro ano de implemencipal de Santo Tirso, Alberto Cos- mação de Sistemas Informáticos, tação, o Plano Municipal de Comta, durante a cerimónia de assina- Tecnologias de Informação e Co- petências Digitais já chegou a tura de protocolo de colaboração municação bem como Área de In- mais de 150 seniores que, de difecom a Oficina. rentes formas, aprenderam a trategração. Alberto Costa realçou ainda Já Sofia Mendes, responsável balhar com computadores, tablets que este projeto tem a mais-va- do Gabinete de Apoio ao Aluno ou telemóveis. A oficina lecionalia de trazer ganhos para ambas da Oficina, destacou o facto de a da a partir de hoje vem juntar-se as partes. “Não são só os senio- escola ter visto neste projeto uma a outras, orientadas, por jovens res que sairão a ganhar, a ideia “oportunidade para os alunos trei- voluntários nas Instituições Paré que também os alunos possam narem outro tipo de competências, ticulares de Solidariedade Social sair enriquecidos ao nível do de- que não as técnicas”, promoven- (IPSS) do concelho e ainda nos essenvolvimento pessoal e que per- do “o convívio intergeracional e paços de formação existentes em cebam a importância de dar, na- acabando com algumas ideias Santo Tirso e em Vila das Aves.

Hipermercado Auchan com posto dos CTT Abriu, esta quarta-feira, 11 de dezembro, um novo posto dos CTT no hipermercado Auchan, em Santo Tirso. Em comunicado, fonte ligada ao estabelecimento comercial deu conta de que a nova valência, que funcionará de segunda a sexta-feira das 8.45 às 18.30 horas, está situada na loja 3 do hi-

permercado, na Rua de Rãs, na União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães. O novo posto prestará “todos os serviços dos CTT, nomeadamente venda de selos, registos, vales (incluindo pagamento de reformas), correio internacional e expresso, envio de encomendas,

pagamento de serviços, bilhetes para espetáculos, entre outros. “A cidade de Santo Tirso fica, desta forma, com maior oferta e a população tem ao dispor uma nova loja dos correios com ótimas condições de horário, estacionamento e proximidade”, acrescentou a mesma fonte.


www.jornaldoave.pt

12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

7

Atualidade // Santo Tirso


8

JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019

www.jornaldoave.pt

Negócios

SANER assinala o seu 30.º aniversário A SANER celebrou 30 anos de vida empresarial com um evento no qual juntou, além de colaboradores, clientes, fornecedores e amigos, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e da Defesa do Consumidor - Eng.º João Torres - que realçou o importante papel da empresa no desenvolvimento do país. A história dos sucessos da SANER e do empresário Agostinho Gonçalves foi lançada em livro. É um nome incontornável do comércio na região Norte de Portugal, no País e no Agostinho Gonçalves a discursar perante os convidados Mundo. A SANER - Sociedade Alimentar do Norte, S.A. orgulha-se da sua história e das Lamentavelmente, desta atividade profissional resultou um conquistas que, ano após ano, foram sendo somadas ao pal- processo judicial que só viria a terminar no ano de 2000. O marés de uma das maiores e robustas empresas sedeadas empresário conta toda a história e factos desta fase da sua no concelho da Trofa. vida no seu livro intitulado: “Agostinho Gonçalves - O HoCom um volume de negócios de aproximadamente 222 mem e a sua Obra - 30 ANOS de SANER” publicado recenmilhões de euros no ano 2018, a SANER tem atualmente mo- temente e inserido nas comemorações dos 30 anos de vida dernos cash & carry’s estrategicamente situados no norte da SANER. do país nas cidades de Braga, Felgueiras e Trofa. Apoiada Depois de cerca de dezanove anos nas instalações primino trabalho de cerca de 250 colaboradores e mais de 5.000 tivas no lugar da Esprela, na Trofa, a SANER concretizou a clientes regulares, comercializa mais de 10 mil produtos das transferência para novas instalações próprias em Maio de mais prestigiadas marcas nacionais e internacionais. A em- 2008, o que representou um salto muito significativo em terpresa, nascida na freguesia de S. Martinho de Bougado em mos de área de armazém – a SANER passou a contar com 1989, tem vindo a registar um forte crescimento, sustentado uma área de aproximadamente 15.000m2 –, assim como pasna figura do empresário Agostinho Gonçalves. sou a ter melhores condições para clientes e trabalhadores. A vida desta empresa de sucesso teve início, nos anos Nos anos de 1997 e de 2000 a SANER tinha já iniciado a 80, com “15 mil contos emprestados” quando poderia ter expansão da sua área de negócios para as cidades de Felcomeçado com “50 mil contos”. Quem o diz é Agostinho gueiras e de Aveiro, onde abriu filiais, destinadas exclusiGonçalves, o empresário que filho de uma família de pes- vamente ao comércio de bacalhau. soas de trabalho e humildes, subiu a pulso na vida e criou No ano de 2002, abriu uma filial em Braga destinada ao um dos grupos empresariais mais robusto e sólido no nor- comércio de bacalhau e mercearia e já em 2011 transferiute de Portugal. -se para novas instalações próprias, construídas de raiz. Depois de na juventude passar por vários setores de atiCerca de dez anos passados desde a inauguração das novidade e ofícios, incluindo cerca 2 anos na Guerra do Ultra- vas instalações da Trofa, e por força do crescimento sustenmar, Agostinho Gonçalves integrou uma empresa de distri- tado do volume de negócios, as instalações que inicialmenbuição de produtos alimentares, onde mais tarde passou à te pareciam algo sobredimensionadas rapidamente se torcondição de sócio mas, de onde saiu no final dos anos 80. naram insuficientes.

P erspetiva de uma das salas onde decorreu o evento comemorativo dos 30 anos da SANER

Veja a reportagem integral em www.jornaldoave.pt ou na Meo 886888

Ao longo dos últimos três anos foram realizados novos investimentos nas instalações que permitiram aumentar ainda mais a capacidade de armazenagem, assim como a capacidade de parque para os seus clientes e fornecedores, aumentando o nível de eficiência e de serviço. A empresa evoluiu de uma relação comercial tipicamente tradicional para um nível de verdadeira parceria, em que o sucesso dos seus clientes é também o seu principal objetivo, promovendo apoios para ajudar esses clientes a tornar os seus estabelecimentos mais apelativos e a aproximá-los das inovações oferecidas pelas mais recentes unidades do comércio a retalho. A Saner apoia a modernização desses estabelecimentos, promovendo a realização de algumas modificações, sem contudo descaracterizar as especificidades de cada um. E, é assim, que centenas de estabelecimentos dos seus clientes ostentam a insígnia “Lojas Unidas”. Nestes 30 anos, para além de trabalhar com as mais conceituadas marcas, a Saner construiu também a história das suas marcas exclusivas, que atingiram já patamares de no-

Agostinho Gonçalves, Secretário de E stado João Torres P residente da CCP/ADIPA João Vieira L opes

e

toriedade bastante elevados, como são exemplo os vinhos da marca ‘Adega Grande’, vinhos premiados, produzidos com as mais rigorosas normas de qualidade, a partir de um processo de vinificação moderno, onde é feita uma seleção das melhores uvas. A SANER tem investido também na aquisição de vinhas para a produção própria de uvas.


12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

www.jornaldoave.pt

9

Negócios Já o “bacalhau da Saner” é uma referência na mesa de todos os portugueses Bacalhau produzido nas instalações da CNCB - Companhia Nacional de Comércio de Bacalhau, S.A., uma empresa do Grupo que tem duas instalações industriais na Gafanha da Nazaré, em Aveiro. Para além da produção própria, a CNCB mantém-se, desde há muitos anos, como o parceiro exclusivo para Portugal do maior H ernâni e Simão Gonçalves, L uís Pinheiro, Agostinho Gonçalves e A lcino A raújo, produtor de bacalhau seco membros do Conselho de A dministração da SANER da Noruega – a FJORDLAKS. A CNCB tem a capacidade de dominar todo o processo Cada convidado, entre outras ofertas, recebeu ainda um produtivo do bacalhau e é uma referência nacional na sua livro sobre os 30 anos de SANER e a vida de Agostinho Gontransformação e comercialização, mas também capaz de çalves. Nesta obra, o empresário conta a sua história de vida, preparar outras variantes deste produto muito apetecível, com merecido destaque para a vida profissional, para as dicom a máxima qualidade, mantendo o sabor tradicional. ficuldades e os obstáculos que teve de ultrapassar nos priNo ano de 2018, o volume de negócios da CNCB ultrapas- meiros 12 anos de existência da empresa. sou os 96 milhões de euros, ano em que esta empresa moJoão Torres, Secretário de Estado do Comércio, Serviços vimentou mais de 12.000 toneladas de bacalhau seco, assu- e da Defesa do Consumidor regozijou-se com a “justa e memindo-se como a maior empresa a comercializar bacalhau recida homenagem ao Sr. Agostinho Gonçalves pelo trabaseco em Portugal. lho que tem vindo a desenvolver em prol do seu concelho Na passagem dos 30 anos de intensa e pujante vida, as empresas do Grupo SANER assumem-se como uma referência no setor da distribuição alimentar em Portugal.

30 anos assinalados com mais de 2 mil clientes no Altice Fórum Braga Foram mais de 2 mil os clientes que se associaram à festa dos 30 anos de vida e de sucessos alcançados pela SANER, que decorreu a 27 de Outubro no Altice Fórum Braga. O momento ficou marcado por um espetáculo protagonizado por Herman José, que fez passar pelo palco e desfilar, em clima de alegria e boa disposição, personagens icónicas como Serafim Saudade e Senhor Feliz, num espetáculo em que o comediante conversou e fez rir toda a assistência, que ao longo do convívio tinha já ouvido a performance do maestro Francisco Tavares. Os convidados foram presenteados com um menu da responsabilidade do Chef Hélio Loureiro, onde não faltou o “bacalhau da SANER”. A refeição foi acompanhada por excelentes vinhos das marcas exclusivas da SANER.

Momento do corte do bolo comemorativo da SANER

A lgumas das entidades oficiais presentes no evento e do seu país e que prestigia o local onde a SANER está inserida”. João Torres realçou a “extrema importância dos agentes do comércio, como é o caso do Grupo SANER que é uma empresa referencial do nosso país porque ao longo dos últimos 30 anos soube adaptar-se à mudança”. Deixou um desafio a Agostinho Gonçalves para que “continue com a mesma motivação e energia para que, tal como fez nos últimos 30 anos, a SANER continue a estar na linha da frente na adaptação aos novos desafios e paradigmas para que da-

qui a outros 30 anos celebrar o seu sexagésimo aniversário”. Agostinho Gonçalves afirma ser um homem de fé, e atribui muito do sucesso da SANER aos seus clientes os quais designa de “parceiros de negócios”, assim como aos seus colaboradores e aos amigos que “sempre me apoiaram nestes projetos e nos momentos mais difíceis que tive de enfrentar”. Agostinho Gonçalves terminou a sua intervenção com um “Obrigado a todos por fazerem parte da nossa história” que foi aplaudido de pé por todos os que fizeram questão de marcar presença nesta comemoração do sucesso empresarial de uma das maiores empresas da Trofa. A SANER apresentou no ano de 2018 um volume de negócios de aproximadamente 222 milhões de euros, mais um ano a confirmar um crescimento sustentado da empresa. A SANER tem clientes situados em todo o território de Portugal Continental e Ilhas, e exporta regularmente para mais de 20 países onde estão Portugueses emigrados, assim como para novos destinos, como é o caso da China e dos EUA. O Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Eng.º João Vieira Lopes, lembrou os enormes desafios “as variadas lutas que ao longo dos anos tiveram pela frente”, adiantando ser “extremamente gratificante estar presente nesta cerimónia, reconhecendo a importância do perfil de Agostinho Gonçalves no comércio em Portugal assim como o facto de a SANER ser o maior grupo de distribuição alimentar independente dos grandes grupos económicos”. Já o Dr. Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, mostrou-se orgulhoso por ter Agostinho Gonçalves como empresário na Trofa e, em nome da autarquia, ofereceu-lhe uma peça em formato diamante, que representa o Município da Trofa, como reconhecimento pelo trabalho levado a cabo. Apelidando Agostinho Gonçalves de “Professor de empreendedorismo”, o presidente da Direção da AEBA, Eng.º José Manuel Fernandes, realçou “o trabalho, os sonhos, sacrifícios e preocupações, mas também pequenas e grandes vitórias e acima de tudo a vontade de vencer”, parabenizando o empresário. Para além destes 4 ilustres oradores, estiveram também presentes neste evento as seguintes entidades: Dra. Isabel Cruz (Presidente da Assembleia Municipal da Trofa), Prof. António Azevedo (Vice-presidente da C.M. Trofa), Luís Paulo Sousa (Presidente da União de Freguesias de Bougado), Padre Luciano Lagoa (Pároco da Trofa), Comendador Amadeu Pinheiro (Provedor da Misericórdia da Trofa), entre outras. O empreendedorismo, a persistência e a dedicação ao trabalho está na génese e no crescimento da SANER e faz com que, segundo a revista Exame, a SANER seja uma das melhores empresas do setor da Distribuição Alimentar a operar em Portugal conseguindo ombrear, em termos qualitativos, com grandes grupos económicos nacionais e internacionais.


10 JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019

Atualidade

www.jornaldoave.pt

Agostinho Gonçalves lançou livro sobre a sua vida na passagem dos 30 anos de SANER O título escolhido por Agostinho Gonçalves para o seu li- ras & C.ª, Lda. relativos aos destinos de tais importâncias”. vro não deixa margem para duvidas e a história, bem verídiEm 19 de Outubro de 1995 dá-se o 1.º arquivamento do ca, bem poderia ser o mote para o guião de um filme com uma processo. Insatisfeitos com todas as explicações prestadas história da vida real. por Agostinho Gonçalves e com o despacho de arquivaPara se conhecer O Homem e a Sua Obra, a leitura do livro mento do Ministério Público, os mesmos autores pediram que escreveu a contar a sua vida desde a infância até aos dias a reabertura do Processo-crime em 21 de Novembro do de hoje, é imprescindível. Agostinho Gonçalves iniciou o seu mesmo ano. Agostinho Gonçalves afirma que “fiz questão percurso profissional ainda criança pois a vida assim obrigou. de voltar a explicar tudo ponto por ponto, juntando semOriundo de uma família que vivia do seu trabalho, numa época pre documentos de prova, para que a nova Delegada do muito difícil, fez com que o empresário tivesse de cedo se agar- Ministério Público não ficasse com qualquer dúvida”. E a rar ao trabalho. Depois de várias atividades profissionais Agos- 2ª ordem de arquivamento do processo repete-se em 25 tinho Gonçalves compra a sua “quota de 20 por cento da firma de Outubro de 1996, num despacho com uma extensão Branco, Regueiras & C.ª, Lda.” tornando-se assim sócio de uma de 50 páginas. Não obstante, adianta Agostinho Gonçalempresa de produtos alimentares. Porém, corria o ano de 1988 ves, “em 4 de Dezembro de 1996 é apresentado recurso quando as relações entre os sócios, e sobretudo com o geren- deste (2.º) despacho de arquivamento para o Tribunal te principal - Diamantino Branco -, se deterioram e Agostinho Judicial de Santo Tirso, com tal Tribunal a decidir pelo Gonçalves concretiza a vontade de sair da Sociedade. arquivamento definitivo do processo no ano 2000, sem Diamantino Branco que, “apesar de ter transmitido a sua quo- pronunciar sequer os arguidos pela prática do crime ta de sócio maioritário na firma aos seus dois filhos no ano de imputado no requerimento de abertura de instrução”. 1986, continuou nos anos seguintes como gerente principal desO livro de três centenas de páginas apresenta docusa Sociedade, mantendo sempre todos os poderes para sozinho mentos que fizeram parte deste processo, e alguns devincular e decidir em nome da mesma, e constituindo-se como les foram “por engano entregues ao perito de Agostio principal foco do mau ambiente instalado”. nho Gonçalves e foi dessa forma que se conseguiu deque “Deus é grande e eu sou um homem de fé. Sou um homem “No ano de 1989 interpus uma acção para Inquérito Judicial à fender em Tribunal.” de sorte. Felizmente, após 12 anos de luta em Tribunal, a justiça Prestação de Contas da firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda., reConforme já referido, no ano de 1989, o próprio Agostinho lativas ao ano de 1988 (Proc. n.° 196/89 do Tribunal Judicial da Gonçalves interpôs uma ação para Inquérito Judicial à Presta- reconheceu a maldade de tais acusações e deu como provado o sentido da razão e da verdade que me assistiam”. Comarca de Santo Tirso). Em 31 de Março de 1994, decorridos ção das Contas da firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. relativas Agostinho Gonçalves decidiu que ao fim desses 12 anos de mais de cinco anos desde a Assembleia-Geral de 6 de Dezem- ao ano de 1988 (Processo n.º 196/89) e “foi no âmbito deste proluta judicial era hora de parar. Porquê? bro de 1988, que ditou o fim da minha colaboração nesta firma, cesso que o Tribunal constituiu uma Comissão composta por 3 “Eu estava cansado de andar em tribunais! Até ao início deste numa fase em que no mercado já era voz corrente que a firma peritos: Sério Lourenço em representação da firma Branco, ReBranco, Regueiras & C.ª, Lda. se encontrava numa situação eco- gueiras & C.ª, Lda., um perito em minha representação e, ainda, processo, eu não tinha qualquer experiência em tribunal. Por isso, decidi desistir dos tribunais e dedicar-me totalmente aos nómico-financeira muito difícil, e atendendo a que as inúmeras um outro perito nomeado pelo Tribunal. Quando essa Comissão manobras para me afastar da Sociedade ‘a custo zero’ não surti- se reuniu pela primeira vez nas instalações da firma, para ini- meus negócios. Naquele momento, no ano 2000, eu não poderia ter a certeza do resultado da decisão que estava a tomar. Hoje ram efeitos, por sucessivas decisões do tribunal, num golpe tea- ciar a peritagem à contabilidade, Sério Lourenço surpreendeu não tenho dúvidas. Foi a melhor opção que fiz!” tral dos sócios maioritários, e do gerente principal da referida os outros peritos, afirmando que não dispunha de documentos Agostinho Gonçalves não tem dúvidas de que “se, obsessivaSociedade, apresentaram participação criminal contra mim, as- que possibilitassem a prossecução dos trabalhos a que a Cosim como contra Luís Gabriel Marques Gomes Pinheiro, Maria missão se destinava”. Mas, “nesta mesma reunião, Sério Lou- mente, tivesse optado por prosseguir em tribunal contra quem engendrou tão maliciosa queixa, atendendo à velocidade a que Cândida Costa e Silva e Ana Paula da Silva Azevedo, outrora fun- renço abordou o perito que me representava e entregou-lhe por vezes a Justiça funciona, provavelmente ainda hoje por lá cionários da aludida Sociedade”, contou Agostinho Gonçalves. um dossier com papéis manuscritos pelo próprio, dizendo-lhe E mais esclareceu que o momento e o objeto desta participa- ‘o seu cliente tem de explicar uma série de saídas de dinheiro’ ”. andaria. Por outro lado, o tempo entretanto decorrido, desde o meu afastamento da firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. até ção criminal não deixa de ser contraproducente a vários níveis. Como o próprio Agostinho Gonçalves afirma, “foi Deus que Desde logo, pelo facto de ter sido o próprio Agostinho Gonçal- me ajudou. Numa análise mais cuidadosa desses papéis, come- à conclusão de todos aqueles processos judiciais, fez com que essa firma passasse de uma situação económico-financeira esves a mover no início de Janeiro de 1989 uma ação contra a firma cei a encontrar apontamentos escritos pelo punho do próprio Branco, Regueiras & C.ª, Lda. no Tribunal Judicial da Comarca perito da firma - Sério Lourenço - a indicar o destino dessas im- tável para um processo de falência, no ano de 1998, acumulande Santo Tirso, à qual foi atribuído o n.º 1/89, com o objetivo de portâncias. Nesse momento percebi que o perito, decididamen- do um passivo superior a 500 mil contos. Assim, é para mim evianular a deliberação da Assembleia Geral de 06 de Dezembro te sem querer, tinha entregado ao meu perito um dossier dife- dente que, no termo de toda esta luta sem precedentes, eu só de 1988, deliberação essa que visava precisamente a exclusão rente daquele que tinha real intenção de entregar, para obten- tinha um caminho a seguir: dedicar-me a 100% aos negócios.” Com o sentimento de “missão cumprida” no que respeita ao de Agostinho Gonçalves da gerência daquela Sociedade. E esta ção de explicações (não existem crimes perfeitos). Suspirei e esclarecimento da verdade sobre a sua saída da firma Branco, foi apenas a 1ª ação de um total de 11 ações judiciais que Agos- agradeci a Deus o que estava a ver com os meus olhos, porque Regueiras & C.ª Lda., mas também com o intuito de dar a cotinho Gonçalves moveu, entre os anos de 1989 e 1993, contra as sem esta ajuda inesperada e inestimável eu estaria perdido!”. O sucessivas deliberações sociais que aquela Sociedade tomou perito Sério Lourenço tinha acabado de lhe entregar a contabili- nhecer a restante história da sua vida e o percurso trilhado peapós a sua saída, sempre com o objetivo como afirma de “acau- dade real da firma, com as verdadeiras respostas para os “des- las suas empresas até à atualidade, o empresário decidiu lantelar a verdade contabilística e os meus próprios interesses”. tinos das importâncias”, que totalizavam cerca de 51 mil contos, çar esta obra e disponibilizá-la gratuitamente a quem estiver interessado. O leitor poderá ficar a conhecer toda a “trama” do Com retórica, Agostinho Gonçalves coloca a questão, se ele e que de acordo com a queixa-crime teriam sido apropriadas tivesse feito algo de errado enquanto foi sócio-gerente da fir- por Agostinho Gonçalves em proveito próprio. “Curiosamente, “filme da vida real deste empresário da Trofa”, assim como os ma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. porque é que o próprio iria este foi o mesmo montante que o gerente principal tinha combi- mais de 30 anos de vida do projeto empresarial da SANER e as dificuldades, vicissitudes e sucessos do empresário Agostinho de imediato e por sucessivas vezes interpor ações em Tribunal nado comigo antes da minha saída da Sociedade, montante que para que precisamente a verdade dos factos fosse preservada? nunca me chegou a ser pago. Se, por ventura, o preço combina- Gonçalves, através da solicitação de um exemplar diretamenMas foi em 31 de Março de 1994 que Agostinho Gonçalves foi do fosse maior, não estranharia que o montante da queixa-cri- te na SANER, ou através da consulta dos vários exemplares que o empresário decidiu oferecer às bibliotecas municipais e essurpreendido com uma queixa-crime. “Mais de cinco anos pas- me também fosse superior”. colares do concelho da Trofa, assim como às associações e ousados após a minha saída, a firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. Agostinho Gonçalves classifica esta fase como a “fase mais veio então com esta queixa-crime, baseada numa conveniente difícil da minha vida, devido aos obstáculos que tive de ultra- tros espaços públicos e privados do território1. seleção de levantamentos e/ou depósitos de cheques por mim passar” pois apesar do esforço que despendeu na realização 1 Município da Trofa, União das Freguesias de Bougado (S. Martinho e Santiago), Biefetuados, assim como de vales de caixa da Sociedade, alega- de projetos como a SANER “ainda me sobrou força e coragem bliotecas da Escola Secundária da Trofa e da EB 2/3 Prof. Napoleão Sousa Marques, B.V. da Trofa, AEBA, APPACDM, ASAS, ASCOR, Assoc. Muro de Abrigo, Lar Padre Joaquim Ridamente por mim mandatados. Tudo isto foi cuidadosamente suficientes para lutar contra injustas acusações, movidas por beiro, Centro Social e Paroquial de S. Mamede do Coronado, Núcleos da Trofa da Cruz preparado. Não apresentaram em tribunal os registos que cons- gente sem caráter, capaz de tudo, que tentou denegrir a minha Vermelha Portuguesa e do C.N.E., Misericórdia da Trofa, Galerias Araújos, Carpisegur, Sapataria da Capela (Fernando Ferreira). tavam da contabilidade e dos livros da firma Branco, Reguei- imagem e destruir o meu bom nome”. E remata expressando


www.jornaldoave.pt

12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

11

Atualidade

ALTERAÇÃO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO DISCUSSÃO PÚBLICA Dr. Alberto Manuel Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso: Torna público que, em cumprimento do disposto no n° 3 do artigo 21° do Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Santo Tirso, decorrerá um período de discussão pública sobre o pedido de alteração da licença da operação de loteamento (lote 28), titulada pelo alvará 17/81, localizado em Rua Joaquim Oliveira Costa, na União das Freguesias de Santo Tirso, Couto (S. Cristina e S. Miguel) e Burgães, com a duração de 15 dias e início 8 dias após a data da afixação do presente edital no edifício dos Paços do Concelho. O projeto de alteração da operação de loteamento, poderá ser consultado no balcão único da Câmara Municipal bem como no edital publicitado na página da CM na internet. Os interessados devem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito. E para constar e devidos efeitos, vai o presente edital ser afixado e publicado nos termos legais. Santo Tirso e Paços do Concelho,

Empresas investem 10 milhões e recebem 200 mil de benefícios

// Santo Tirso

A Câmara Municipal de Santo Tirso reconheceu mais nove projetos de interesse municipal, que envolvem um investimento de dez milhões de euros e criação de 80 postos de trabalho. Casa Bessa, Finieco, Ninhus, PDA, Plusgreen, Augusto Moreira, Residência Monte do Rego, GeoWorld e Norblend são as empresas que se preparam para investir mais de dez milhões de euros no concelho de Santo Tirso. Pelo dinamismo económico que trarão – e que significará a criação de “80 postos de trabalho” as nove empresas, ligadas a áreas diversas como os polímeros, têxtil, metalomecânica, papel, agroalimentar e turismo, viram os seus projetos ganhar estatuto de interesse municipal, com a assinatura de um contrato com a Câmara Municipal de Santo Tirso. Em troca, a autarquia concede 200 mil euros em benefícios fiscais. A assinatura dos contratos aconteceu na manhã de terça-feira, 10 de dezembro, na Ayeme Cozinhas, e contou com a presença do presidente do Município, Alberto Costa. “Sete destas empresas já estavam localizadas em Santo Tirso e apostaram no crescimen-

R epresentantes das nove empresas assinaram contrato com autarquia to e na modernização e as outras são referentes a novos negócios no setor do turismo”, explicou o edil, que deixou a garantia de que a autarquia continuará a ser “um parceiro de excelência”, não só com a atribuição de incentivos fiscais, como também com o “acompanhamento personalizado” dado através do gabinete de dinamização económica, o Invest Santo Tirso e com “a aceleração dos processos e da burocracia”. “Foi esta aposta, a par da modernização e qualificação das empresas, que permitiu que Santo Tirso subisse 30 lugares no ranking dos municípios com maior salário médio mensal”, acrescentou, convicto de que Santo Tirso se posiciona como “um dos mais dinâmicos

concelhos do Norte”. A Câmara Municipal já reconheceu 38 projetos de interesse municipal, que envolvem um investimento de “250 milhões de euros” e a criação de “1200 novos postos de trabalho”. Os benefícios fiscais ascendem aos 3,5 milhões de euros, através da redução do valor de licenças municipais, taxa municipal de urbanização, derrama, IMT e IMI. Segundo Alberto Costa, todos os investimentos que têm vindo a ser feitos no Município “são o resultado de uma estratégia ambiciosa e exigente de diplomacia económica, de facilitação do investimento e de melhoria das condições de acolhimento empresarial”.

Área Metropolitana aprova criação da MobiAve Já há luz verde da Área Metropolitana do Porto para a rede intermunicipal de transportes coletivos criada pela Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão. O memorando de entendimento foi, conforme tinha sido avançado pelo presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, aprovado na reunião daquela entidade, a 6 de dezembro. Este memorando, que já tinha sido aprovado pela Comunidade Intermunicipal do Ave (onde Famalicão se inclui), vai permitir que os três municípios se constituam como associação, chamada MobiAve, para que seja criada uma rede de transportes públicos rodoviários, que permitirá, além de da conceção de novas rotas, que

os utilizadores que circulem nos três territórios não tenham de trocar de passe. Segundo a autarquia da Trofa, a zona norte do concelho será “beneficiada com duas redes de transportes em simultâneo, significando mais linhas e mais horários”. O presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, salientou que a assinatura deste memorando não implica a assunção de compromissos financeiros para os restantes municípios, além da Trofa, destacando a importância da constituição de uma nova autoridade de transportes para a gestão dos interesses comuns dos três municípios. Já o autarca da Trofa, Sérgio Humberto, frisou o carácter “úni-

co” do processo desencadeado por estes três municípios, que aguardavam apenas o parecer da AMP para “lançar o concurso” de transportes para aquele território. Em comunicado, a autarquia de Vila Nova de Famalicão, que esteve representada pelo presidente, Paulo Cunha, na reunião da AMP – na qualidade de observador -, deu conta de que a MobiAve resultou de “um estudo de planeamento sobre a mobilidade de passageiros na área territorial dos três concelhos, tendo em vista a organização de futuras concessões de serviço público de transporte à população”, servindo “cerca de 250 mil habitantes”.


12 JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019

www.jornaldoave.pt

Atualidade // Santo Tirso

Mascote dos Bombeiros Vermelhos entram por janela Vermelhos morreu do 5.º andar para socorrer atropelada O alerta chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, cerca das 14.20 horas desta terça-feira, dando conta de uma mulher, de 65 anos, que estava caída no apartamento onde reside, na Rua Nuno Alvares Pereira, em Santo Tirso. Face às dificuldades de acesso ao interior da habitação, os operacionais recorreram ao apoio de uma autoescada e entraram pela janela do apartamento para prestarem socorro. A vítima acabou mesmo por ser imobilizada e retirada, de maca, pela janela, tendo sido transportada para o Hospital de S. João, no Porto.

No socorro estiveram quatro operacionais e duas viaturas dos

Bombeiros Voluntários de Santo Tirso.

// Vila Nova de Famalicão

No dia 19 de dezembro, a Fábrica de Santo Thyrso é palco da 3.ª edição das Jornadas da Equipa Local de Intervenção (ELI) Santo Tirso/Trofa. Esta iniciativa é dirigida a todos os profissionais de intervenção precoce na infância, como médicos de medicina geral e familiar, pediatras, pedopsiquiatras, neuropediatras, fisiatras, enfermeiros, docentes, técnicos do serviço social, psicólogos, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. “Direito a Fato à Medida na Intervenção Precoce” é o tema central destas jornadas, que, depois da sessão de abertura protagonizada pelo presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, e coordenadora da ELI

Santo Tirso/Trofa, Sara Figueiredo, contará com diversas intervenções e debates. “A diversidade como mais-valia na sociedade”, “Primeiros passos apoiando as famílias no desenvolvimento dos seus filhos para uma sociedade inclusiva”, “Todos diferentes, todos iguais” e “O papel da Saúde na Intervenção Precoce na Infância” são alguns dos assuntos que serão abordados por especialistas de diversas áreas. A ELI Santo Tirso/Trofa é uma das mais de 150 equipas que existem no país e está integrada no Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, que apoia crianças dos zero aos seis anos, que apresentem alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam o normal desenvolvimento

e a participação nas atividades típicas ou que apresentem risco grave de atraso de desenvolvimento. Desde que foi criada, em dezembro de 2013, a ELI Santo Tirso/Trofa já avaliou ou interveio em mais de 550 crianças pertencentes a estes concelhos. É composta por equipa multidisciplinar que trabalha em modelo transdisciplinar, sendo constituída por pediatra (com funções também de coordenação), enfermeiras de saúde infantil, docentes, psicólogos, assistente social, terapeuta da fala, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta. A intervenção precoce é feita nos contextos naturais da criança (domicílio e contexto educativo) e nas rotinas de vida diárias da criança e da família, que também é parte integrante da equipa. C.V.

O Centro Hospitalar do Médio Ave voltou a lançar a campanha de angariação de dadores de sangue no mês de dezembro, sob o lema “Um presente que salva vidas”. Para além do principal objetivo que é a angariação de sangue, outro dos desígnios é de sensibilizar as populações dos concelhos da Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão para a necessidade de doarem sangue no hospital da sua área de residência, ajudando assim a fazer face às necessidades de sangue existentes. A campanha contempla três momentos para angariação de dadores, o primeiro já aconteceu a 7 de dezembro, na unidade de Santo Tirso, os outros realizam-se a 14 e 21 de dezembro, na unidade de Famalicão, das as 9 às 12.30 horas e das 13 às 15.30 horas. “Para muita gente, sangue é o melhor presente que podem receber neste Natal”, refere em comunicado, e em jeito de apelo, o Centro Hospitalar, que está disponível para prestar mais informações, através dos contactos telefónicos 252 300 800 ou 252 830 700.

Vitima foi retirada do apartamento pela janela , de maca

“Sirene” era a mascote dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso. A cadela conhecida pelo lenço vermelho que envergava ladrava e ficava agitada sempre que o alarme do quartel soava para um acidente de viação ou incêndio urbano, acompanhando de perto os preparativos dos soldados da paz até à saída para as ocorrências. Só que isto já não acontece desde 3 de dezembro, dia em que foi atropelada, quando atravessava uma passadeira numa rua próxima do quartel. O embate foi violento e o condutor não prestou auxílio, colocando-se em fuga após o acidente. “Sirene” sofreu ferimentos graves e acabou por morrer dois dias depois. Foi enterrada no terreno junto ao quartel, ao lado de uma outra cadela que os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso tiveram até 2015 e que também morreu atropelada.

Centro Hospitalar promove colheitas Fábrica recebe Jornadas da Equipa Local de Intervenção de sangue

// Vila Nova de Famalicão

PASEC recebe mais um prémio A PASEC - Plataforma de Animadores Socioeducativos e Culturais – recebeu, pela segunda vez, o Prémio de Boa Prática Europeia – o galardão mais importante dos Prémios de Boas Práticas Erasmus + da União Europeia. A distinção foi entregue devido ao projeto “Simbologia Grupal”, um modelo de educação não formal intergeracional. Considerada, de 2015 a 2018, Projeto Inspirador da União Eu-

ropeia, a PASEC foi também, em tado do Desporto e Juventude, João 2017, Boa Prática da União Euro- Paulo Rebelo, na Universidade de peia. Os prémios Boas Práticas da Évora, ao secretário geral da PAUnião Europeia/Erasmus + desta- SEC, Abraão Costa, que sublinhou cam os projetos de alcance euro- que esta distinção é resultado de peu e internacional que mais se “trabalho de continuidade, sólido destacaram pelo seu impacto na e coerente que vê reconhecido a comunidade, pela escala e pos- nível europeu o impacto do protasibilidades de replicabilidade e gonismo juvenil como um dos mopelo perfil de inovação social que tores da construção de uma sociedade mais justa, plural e com reais apresentam. O prémio foi entregue, a 10 de oportunidades de realização pesdezembro, pelo secretário de Es- soal e social para todos”.


www.jornaldoave.pt

12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

13

Atualidade

Inaugurada requalificação profunda da Escola de Riba de Ave O edifício da Escola Básica de Riba de Ave, de plano centenário e que se encontrava em avançado estado de degradação, foi totalmente reabilitado e ampliado, através de um investimento autárquico superior a 500 mil euros, tendo sido cofinanciado pelo NORTE 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. “Aquilo que para muitos seria impossível e para outros não passava de um sonho está concretizado e à vista de todos”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, a 7 de dezembro, na inauguração das obras de reabilitação da escola, que contou com a participação das crianças e de toda a comunidade educativa. A persistência dos responsáveis e a força da vontade política na execução da obra foram, de resto, as ideias mais vincadas na cerimónia que contou ainda com as presenças da presidente da

Junta de Riba de Ave, Susana Pereira, e do diretor do Agrupamento de Escolas de Pedome, Fernando Lopes. Paulo Cunha admitiu que a concretização desta obra foi “um processo difícil”, mas muito importante para o sucesso educativo daquela comunidade. “Trata-se de uma resposta que surge em contraciclo marcado pelo desaparecimento de outros estabelecimentos de ensino em Riba de Ave. Temos uma escola mais capaz e que está lotadíssima, o que significa que a comunidade merece e precisa dela”, salientou o autarca. Por outro lado, Paulo Cunha mostrou-se satisfeito pelo facto de o projeto ter conseguido respeitar o tempo e a história do edifício em termos arquitetónicos. “Fizemos uma escola nova, mas não destruímos a antiga”. Em relação às grandes intervenções no parque escolar concelhio, o autarca famalicense reconhece que, especialmente ao nível do ensino básico, “estão a

Edição limitada do Calendário Mabor homenageia carros portugueses A Continental, empresa instalada no concelho de Vila Nova de Famalicão, lançou recentemente, e numa edição especial limitada a 2000 unidades, o mítico calendário Mabor, que promete fazer as delícias dos apaixonados pelo automobilismo. O calendário é uma “homenagem aos automóveis que eternizaram o nome de Portugal na história do automobilismo mundial”, referiu Nuno Rebelo, diretor de marketing da Continental. Janeiro e fevereiro são dedicados ao mítico Alba. Março e abril ao primeiro carro português construído em série – o Sado 550. Em maio e junho, o UMM assume o protagonismo bem como a prestação do piloto português José Megre no Paris-Argel-Dakar. Nos meses de julho e agosto, as cinco unidades revolucionárias do AGB IPA são as protagonistas. Em setembro e outubro é o MG Canelas. O sucesso do todo o terreno Portaro encerra o ano de 2020.

Francisco Carreira é o novo arcipreste de Famalicão O padre Francisco Carreira, pároco de Brufe e de Santo Adrião, é o novo arcipreste de Vila Nova de Famalicão. A nomeação foi tornada pública por D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, a 5 de dezembro. Desde setembro de 2015 como vice-arcipreste, Francisco Carreira substitui agora Armindo Freitas. Já Nuno Vilas Boas, pároco de Cabeçudos, Esmeriz, Palmeira e São Paio de Seide, foi nomeado vice-arcipreste.

terminar”, garantindo, no entanto, que a autarquia vai proceder a partir de agora a uma “manutenção muito atenta e diligente, para que as escolas não voltem ao estado em que estavam há uns anos”. Também Susana Pereira sublinhou a importância que esta escola tem para a vila de Riba de Ave, sobretudo numa altura em que a localidade viu-se esvaziada de muitas ofertas educativas. “Felizmente, o nosso presidente reconheceu isso e atendeu aos nossos pedidos”, disse. O diretor do Agrupamento de Pedome, ao qual a escola pertence, referiu que esta obra nasceu da “vontade política” de restituir a dignidade a uma escola que estava condenada a fechar. Refira-se que a escola que beneficiou de uma profunda remodelação abriu portas no terceiro período do ano letivo 2018/2019. Com um investimento superior a 500 mil euros, as obras implicaram uma ampliação com a criação de mais duas salas, passan-

// Vila Nova de Famalicão

Obra sofreu profunda requalificação do para oito. Foi ainda construída uma sala de apoio, biblioteca, sala de professores e recreio coberto. Os arranjos exteriores contemplaram também um espaço desportivo com relva sintética. Junta de Freguesia quer Ensino Secundário na vila A presidente da Junta de Freguesia de Riba de Ave aproveitou a cerimónia para voltar a reivindicar a necessidade de a vila ter oferta de ensino público até ao 12.º

ano. Susana Pereira recordou que Riba de Ave perdeu recentemente duas escolas, o Externato Delfim Ferreira e a Didáxis, devido ao fim dos contratos de associação que mantinham com a tutela, pelo que a vila não dispõe atualmente de uma oferta pública ao nível do Ensino Secundário. “É a minha próxima luta. Já não discutimos os contratos de associação, mas a necessidade de termos a escolaridade obrigatória até ao 12.º ano que é premente”, afirmou.

Indústria de Famalicão abre a porta aos turistas Vila Nova de Famalicão, que públicas e privadas, numa rota tuostenta a marca de “Cidade rística industrial. Têxtil”, vai abrir as portas do Para o presidente da Câmara concelho ao Turismo Industrial, Municipal, Paulo Cunha, “esta através de um produto diferen- rota integra novas áreas onde há ciador, para promover e valo- um enorme potencial turístico rizar a dinâmica da industria- para ser conhecido e visitado”. lização do território e propor- “Não estamos a musealizar a indúscionar experiências únicas aos tria, nem a fazer fotografia no temvisitantes. po, mas queremos que quem nos visita possa ver um processo em O projeto, que assenta no apro- curso, tendo contacto com o que veitamento das potencialidades está a acontecer no presente e no turísticas do setor, na preserva- futuro da indústria do concelho”. ção do património industrial e no O autarca destaca o carácter envolvimento da indústria em ati- “inovador” do projeto, capaz de ir vidade foi apresentado a 28 de no- “ao encontro de novos públicos do vembro, na Adega Casa da Torre, ponto de vista turístico”. um projeto vitivinícola com verPresente na sessão esteve tamtente turística localizado na fre- bém o vice-presidente do Turisguesia de Louro. mo Porto e Norte, Inácio RibeiInserido no eixo estratégico ro, que afirmou que “Famalicão, “Turismo Industrial e de Negó- sendo uma verdadeira referêncios”, que emerge da Estratégia cia a nível industrial, tem todas as de Desenvolvimento Famalicão condições para fazer desta nova Turismo 2020, o projeto divide-se aposta um projeto de grande suem Património Industrial, Indús- cesso turístico”. tria Viva, Centro de Investigação “Cada vez mais, o turismo desae Desenvolvimento e Enoturismo, fia novos produtos e esta proposta envolvendo, para já, a coopera- do turismo industrial é uma ideia ção de 11 entidades famalicenses excelente que tem tudo para vin-

gar”, destacou. Foi constituída uma rota com 11 espaços que estão a celebrar protocolo de cooperação com a autarquia e que estão preparados para receber a visita de turistas e integram, no âmbito do Património Industrial, o Museu da Indústria Têxtil, o Museu do Automóvel e o Museu Nacional Ferroviário. No âmbito da Indústria Viva, a Empresa Têxtil Nortenha, a Troficolor Têxteis e a Fábrica de Chocolates Casa Grande. No âmbito da investigação e desenvolvimento, o Citeve. E no Enoturismo, a Casa de Compostela, a Castro – Vinhos de Portugal, a Adega Casa da Torre e Casal de Ventozela. Neste âmbito, a autarquia avançou já com uma candidatura ao programa ´RegFin´, do Turismo de Portugal, para a constituição de uma Rede Portuguesa de Turismo Industrial - RPTI, que será dinamizada nesta fase inicial pelos promotores da candidatura que integra também os municípios de S. João da Madeira, Vale de Cambra, Vila do Conde, Santa Maria da Feira e Santo Tirso.


14 JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019

www.jornaldoave.pt

Desporto

// Modalidades

Expo Aves com 2300 aves a concurso Campeonato regional organizado pelos clubes ornitológicos da Trofa e Famalicão contou com cerca de 2300 aves, que puderam ser vistas de 6 a 8 de dezembro, no Lago Discount. CÁTIA VELOSO/LIANA MACHADO

Cerca de 2300 aves dos cinco cantos do mundo estiveram expostas na 9.ª edição da Expo Aves Regional Portas do Minho. O evento, que resulta de uma sociedade entre os clubes ornitológicos da Trofa e de Vila Nova de Famalicão, encheu um dos pavilhões do Lago Discount, em Ribeirão, contou com a participação de 171 criadores, que tiveram uma boa oportunidade para avaliarem a qualidade dos seus exemplares antes do Mundial, que se realiza na Exponor, em Matosinhos, em janeiro. “ Temos aves exóticas, c omo o s d i a m a nte s de gould, diamantes de mandarim e os papagaios da Amazónia, temos uma va-

Campeonato e exposição são organizados pelos clubes ornitológicos da T rofa e de Famalicão riedade enorme de aves de bico curvo, como os agapornis, e os canários de gaiola, que estão em maioria, mas com grande variedade”, enumerou José Carlos Caldeira, presidente do Clube Ornitológico de Vila Nova de Famalicão, satisfeito pela parceria duradoura e de sucesso com a Trofa, que faz desta exposição “uma das maiores de Portugal”. Também Bernardino Leal, presidente do Clube Ornitológico da Trofa, exaltou as boas relações com a congénere, que permitiram er-

guer um evento que, este ano, contou com “2300 aves inscritas”. “Mas organizá-lo não é fácil. Começamos a montar a exposição um mês antes”, sublinhou. Depois dos julgamentos, no início do mês, o pavilhão abriu ao público de 6 a 8 de dezembro para que as aves, pertencentes a 171 criadores, pudessem ser apreciadas pelos amantes da ornitologia. “Quando existe a paixão por este hobby, o criador dedica-se a sério e tira resultados motivadores. A es-

sência da ornitologia é conseguir uma evolução da genética, que tem que existir anualmente. As aves são analisadas por juízes especializados em cada tipo de ave, que têm em conta diversos items de melhoramento para pontuar. Depois disso, o criador tem de fazer uma leitura dessa pontuação para que, no ano seguinte, consiga melhorar os items”, explicou José Carlos Caldeira. Entre os items que são alvo de análise, constam a plumagem, o tamanho e o estado das unhas.

22.ª S. Silvestre de Santo Tirso a 21 de dezembro O Centro de Atletismo de Santo Tirso (CAST), com o -se até cerca das 18 horas, quando se realizará a tradicioapoio da Federação Portuguesa de Atletismo, da Associa- nal caminhada solidária de pais natais, com percurso de ção de Atletismo do Porto e da Câmara Municipal local, vai 4,5 quilómetros. Para esta iniciativa, os participantes são promover a 22.ª edição da S. Silvestre, na Praça 25 de Abril. desafiados a doarem um bem alimentar, que reverterá a O evento desportivo está marcado para 21 de dezembro, favor de famílias carenciadas de Santo Tirso. com as provas a começarem às 16.30 horas, prolongando-

Daniela Pereira consolida 2.º lugar na Taça de Ciclocrosse Depois da má prestação na prova anterior em Bragança, Daniela Pereira, da Saertex Portugal/Edaetech, apresentou-se na 4.ª prova da Taça de Portugal de Ciclocrosse, em Vouzela, num bom momento de forma e voltou a subir ao pódio. A famalicense cumpriu as seis voltas ao exigente circuito, com um tempo de 51:08, assegurando o 2.º lugar na prova e no ranking geral da Taça de Portugal. A última e decisiva prova acontece em Paços de Ferreira, a 29 de dezembro. Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 21834601 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@jornaldoave.pt | Redação: Cátia

Veloso | Colaboração: António Costa, Rui Couto | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:69,50 €; Extra europa: 88,50€; PDF 12,50 € (IVA Incluído) | Avulso: 0,70 € Tiragem 7500 exemplares| NIB:

MARGARIDA CORREIA PINTO NOTÁRIA JUSTIFICAÇÃO Certifico narrativamente para efeitos de publicação que, por escritura de hoje exarada de fls. 72, do livro de escrituras diversas n.° 217-G, no Cartório sito na Avenida de Sousa Cruz, Edifício do Centro Comercial Galáxia, 3° andar, sala 15, na cidade e concelho de Santo Tirso, a cargo da Notária, Lic. Margarida Maria Nunes Correia Pinto, foi lavrada uma escritura de justificação notarial, em que foram justificantes: José Maria de Sousa Nunes, NIF 131 980 025 e mulher Ana da Conceição de Carva- Iho Oliveira, NIF 131 980 017 casados em comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Carvalhosa, concelho de Paços de ferreira, ela da freguesia de Lordelo, concelho de Guimarães, residentes na Rua dos Bentos, nº 164, Roriz, Santo Tirso. Pelos justificantes foi dito que são donos, com exclusão de outrem, do seguinte prédio omisso na Conservatória do Registo Predial de Santo Tirso: Um prédio rústico, terreno a lavradio, sito no Lugar de Samoça, freguesia de Roriz, concelho de Santo Tirso, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Santo Tirso, com a área de oitocentos e setenta e cinco virgula dez metros quadrados, a confrontar do norte com José Pinto de Almeida, do sul, do nascente e do poente com minho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 451, com o valor patrimonial de 12,01€e atribuido de cem euros. Que iniciaram a posse do prédio há mais de vinte anos, em mil novecentos e oitenta e três, já no estado de casados, tendo adquirido a posse por compra verbal a Armando Martins de Almeida, nunca formalizada, pelo que não são detentores de qualquer título formal que legitime o seu domínio, razão pela qual se encontram impossibilitados de comprovar a aquisição pelos meios normais. Que desde então sempre o têm usufruído, cultivando e colhendo frutos, gozando todas as utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exerce direito próprio, pagando os respectivos impostos, fazendo-o de boa-fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente, à vista de eventuais interessados e de toda a gente e sem oposição de ninguém, sendo reconhecidos como seus donos por todos. Que, dadas as características de tal posse, adquiriram a propriedade do referido prédio por escritura de doação e os seus pais por usucapião. ESTÁ CONFORME O ORIGINAL, O QUE CERTIFICO. Cartório Notarial de Margarida Correia Pinto, 27 de novembro de dois mil e dezanove A Notária, Margarida Correia Pinto

Cantares ao Menino em Mogege O Rancho Folclórico Santa Marinha de Mogege promove, este sábado, 14 de dezembro, às 21.30 horas, o 1.º Encontro de Cantares ao Menino, na Igreja Paroquial de Mogege. Participam, além do anfitrião, o Rancho Típico de Esposade (Matosinhos) e Grupo Folclórico Os Camponeses de Navais (Póvoa de Varzim).

PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios

publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave. pt/index.php/estatuto-editorial


www.jornaldoave.pt

12 de dezembro DE 2019 JORNAL DO AVE

15

Desporto

Famalicão derrotado pelo Tondela nos descontos

Famalicão Extreme Gaming com “edição de luxo”

O Famalicão perdeu pela primeira vez em casa, para a 1.ª Liga, frente ao Tondela, na 13.ª jornada. Já com sete minutos de desconto após os 90 regulamentares, o extremo venezuelano Jhon Murillo, do Tondela, apareceu isolado e contornou Defendi para resolver o jogo numa fase em que a equipa beirã tentava, acima de tudo, segurar o empate, depois de um jogo em que até esteve a vencer por 2-0, com golos de Pepelu (seis minutos) e Xavier (19), antes de a equipa da casa responder, por Roderick (39) e Fábio Martins, de penálti (54). Quando as equipas ainda se estudavam neste duelo inédito do futebol nacional, o Tondela aproveitou o primeiro canto do desafio para chegar à vantagem: após cobrança de João Pedro na esquerda, Pepelu ganhou posição entre os defesas contrários ao primeiro poste e cabeceou para o seu primeiro golo no campeonato. O segundo golo beirão surgiu por Xavier, que, tirando partido de um desentendimento entre Riccieli e Nehuén Pérez, isolou-se e marcou o primeiro golo no campeonato, num remate cruzado, à segunda tentativa. Os anfitriões continuaram no ataque até ao intervalo e, depois de quase terem reduzido aos 21 minutos, num cabeceamento de Fábio Martins travado por Cláudio Ramos, colheram a recompensa aos 39, quando Roderick se estreou a marcar na prova, após um cabeceamento certeiro ao segundo poste, na sequência de um cruzamento de Pedro Gonçalves, na direita. Após o intervalo, o Famalicão viu o ataque reforçado, com a entrada do ala Rúben Lameiras, e o Tondela a defesa, com a inclusão do central Philipe Sampaio, mas foi a equipa beirã que teve a primeira ocasião flagrante: assistido por João Pedro, o ala Jhon Murillo atirou ao lado, com a baliza deserta e muito tempo para decidir. Os tondelenses ‘pagaram’ esse desperdício com o tento do empate, marcado numa grande penalidade que sancionou falta de Philipe Sampaio sobre Pedro Gonçalves, ao minuto 53, e foi convertido no minuto seguinte por Fábio Martins, que assinou o sétimo golo no campeonato. O Famalicão desperdiçou a reviravolta num remate de Anderson por cima, aos 62 minutos, e num cabeceamento aos 69, cuja recarga deu um golo anulado, que esteve em análise pelo videoárbitro (VAR) durante sete minutos. Jhon Murillo acabou por “estragar” os planos minhotos e permitiu ao Tondela encerrar uma série de três jogos sem vitórias e subir ao 6.º lugar, com 18 pontos, enquanto o Famalicão, com 24, que ainda assim manteve o 3.º posto. No sábado, os famalicenses têm uma deslocação difícil a Lisboa, para defrontar o líder, o SL Benfica.

Chentric e Jamie Drake foram dois dos v á rios youtubers que serviram de atração para a terceira edição do Famalicão E xtreme Gaming, que de 6 a 8 de dezembro, encheu um dos pavilhões do Lago Discount de amantes dos videojogos e da tecnologia. A Associação de Desportos Eletrónicos – Razão Efémera garantia uma edição de luxo, sustentando-se em iniciativas que, além dos influenciadores, garantiam torneios relevantes. As arenas de competição do Christmas Challenge da FPF e da Master Cup Portugal de eSports promovidos e os torneios de Fortnite e TFT fizeram vibrar a plateia que encheu o espaço nos três dias. “Foram a grande novidade desta edição e o espetáculo juntou muito público. O concurso de Cosplay e as iniciativas com os influenciadores que nos visitaram foram também muito participadas, o que nos deixa felizes pelas

Organização considera que evento pode melhorar no futuro escolhas que fizemos”, referiu a presidente da associação, Mariana Machado. O festival esteve dividido em várias áreas específicas, como a da educação, com atividades direcionadas para visitas escolares, ou a destinada aos pais dos visitantes, com área lounge, jogos de tabuleiro, jogos “retro” e pinball. “Cada vez mais, os nossos jovens querem o gaming e o mundo virtual, temos que ter o cuidado para não exagerarem e por isso promo-

vemos o espaço educação para que eles percebam quais são os riscos de passar muito tempo no jogo”, sublinhou a responsável. Ciente de que os videojogos corporizam um fenómeno que cativa uma grande franja da população jovem, a autarquia de Vila Nova de Famalicão apoiou a organização do festival. “Era pretensão dos jo vens que desenvolvêssemos algo que eles gostassem e também aprendessem muito dentro da di-

mensão tecnológica. E nesta dimensão, conseguimos criar todas condições para uma inciiativa desta natureza em Famalicao, que normalmente só se ve na televisão e nas grandes capitais europeias”, sublinhou Mário Passos, vereador do Desporto da Câmara Municipal. O autarca considera que o festival está “na linha de tendência de crescimento”, pelo que acredita que, no próximo ano, se “pode elevar a fasquia”.

Aves quebra jejum ao vencer o Sp. Braga O l a nte r n a -v e r m e l h a Desportivo das Aves venceu, no sábado, 7 de dezembro, o Sporting de Braga por 1-0, conquistando o segundo triunfo na 1.ª Liga esta época, em jogo da 13.ª jornada.

Um golo do iraniano Mohammadi, aos oito minutos, na marcação de um livre direto, foi suficiente para os anfitriões voltarem a vencer na prova, o que aconteceu apenas na segunda ronda, em 18 de agosto (3-1 na re-

ceção ao Marítimo), seguindo-se uma série de dez derrotas consecutivas. O Aves manteve-se no 18.º e último lugar, com seis pontos, a cinco da primeira equipa em zona de manutenção (Portimonense,

em 16.º). Este sábado, 14 de dezembro, os avenses deslocam-se ao terreno do Vitória de Setúbal. O jogo está agendado para as 20.30 horas.


16 JORNAL DO AVE 12 de dezembro DE 2019 pub

www.jornaldoave.pt www.jornaldoave.pt


www.ONOTICIASDATROFA.pt

12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

13

Negócios Já o “bacalhau da Saner” é uma referência na mesa de todos os portugueses Bacalhau produzido nas instalações da CNCB - Companhia Nacional de Comércio de Bacalhau, S.A., uma empresa do Grupo que tem duas instalações industriais na Gafanha da Nazaré, em Aveiro. Para além da produção própria, a CNCB mantém-se, desde há muitos anos, como o parceiro exclusivo para Portugal do maior H ernâni e Simão Gonçalves, L uís Pinheiro, Agostinho Gonçalves e A lcino A raújo, produtor de bacalhau seco membros do Conselho de A dministração da SANER da Noruega – a FJORDLAKS. A CNCB tem a capacidade de dominar todo o processo Cada convidado, entre outras ofertas, recebeu ainda um produtivo do bacalhau e é uma referência nacional na sua livro sobre os 30 anos de SANER e a vida de Agostinho Gontransformação e comercialização, mas também capaz de çalves. Nesta obra, o empresário conta a sua história de vida, preparar outras variantes deste produto muito apetecível, com merecido destaque para a vida profissional, para as dicom a máxima qualidade, mantendo o sabor tradicional. ficuldades e os obstáculos que teve de ultrapassar nos priNo ano de 2018, o volume de negócios da CNCB ultrapas- meiros 12 anos de existência da empresa. sou os 96 milhões de euros, ano em que esta empresa moJoão Torres, Secretário de Estado do Comércio, Serviços vimentou mais de 12.000 toneladas de bacalhau seco, assu- e da Defesa do Consumidor regozijou-se com a “justa e memindo-se como a maior empresa a comercializar bacalhau recida homenagem ao Sr. Agostinho Gonçalves pelo trabaseco em Portugal. lho que tem vindo a desenvolver em prol do seu concelho Na passagem dos 30 anos de intensa e pujante vida, as empresas do Grupo SANER assumem-se como uma referência no setor da distribuição alimentar em Portugal.

30 anos assinalados com mais de 2 mil clientes no Altice Fórum Braga Foram mais de 2 mil os clientes que se associaram à festa dos 30 anos de vida e de sucessos alcançados pela SANER, que decorreu a 27 de Outubro no Altice Fórum Braga. O momento ficou marcado por um espetáculo protagonizado por Herman José, que fez passar pelo palco e desfilar, em clima de alegria e boa disposição, personagens icónicas como Serafim Saudade e Senhor Feliz, num espetáculo em que o comediante conversou e fez rir toda a assistência, que ao longo do convívio tinha já ouvido a performance do maestro Francisco Tavares. Os convidados foram presenteados com um menu da responsabilidade do Chef Hélio Loureiro, onde não faltou o “bacalhau da SANER”. A refeição foi acompanhada por excelentes vinhos das marcas exclusivas da SANER.

Momento do corte do bolo comemorativo da SANER

A lgumas das entidades oficiais presentes no evento e do seu país e que prestigia o local onde a SANER está inserida”. João Torres realçou a “extrema importância dos agentes do comércio, como é o caso do Grupo SANER que é uma empresa referencial do nosso país porque ao longo dos últimos 30 anos soube adaptar-se à mudança”. Deixou um desafio a Agostinho Gonçalves para que “continue com a mesma motivação e energia para que, tal como fez nos últimos 30 anos, a SANER continue a estar na linha da frente na adaptação aos novos desafios e paradigmas para que da-

qui a outros 30 anos celebrar o seu sexagésimo aniversário”. Agostinho Gonçalves afirma ser um homem de fé, e atribui muito do sucesso da SANER aos seus clientes os quais designa de “parceiros de negócios”, assim como aos seus colaboradores e aos amigos que “sempre me apoiaram nestes projetos e nos momentos mais difíceis que tive de enfrentar”. Agostinho Gonçalves terminou a sua intervenção com um “Obrigado a todos por fazerem parte da nossa história” que foi aplaudido de pé por todos os que fizeram questão de marcar presença nesta comemoração do sucesso empresarial de uma das maiores empresas da Trofa. A SANER apresentou no ano de 2018 um volume de negócios de aproximadamente 222 milhões de euros, mais um ano a confirmar um crescimento sustentado da empresa. A SANER tem clientes situados em todo o território de Portugal Continental e Ilhas, e exporta regularmente para mais de 20 países onde estão Portugueses emigrados, assim como para novos destinos, como é o caso da China e dos EUA. O Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Eng.º João Vieira Lopes, lembrou os enormes desafios “as variadas lutas que ao longo dos anos tiveram pela frente”, adiantando ser “extremamente gratificante estar presente nesta cerimónia, reconhecendo a importância do perfil de Agostinho Gonçalves no comércio em Portugal assim como o facto de a SANER ser o maior grupo de distribuição alimentar independente dos grandes grupos económicos”. Já o Dr. Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, mostrou-se orgulhoso por ter Agostinho Gonçalves como empresário na Trofa e, em nome da autarquia, ofereceu-lhe uma peça em formato diamante, que representa o Município da Trofa, como reconhecimento pelo trabalho levado a cabo. Apelidando Agostinho Gonçalves de “Professor de empreendedorismo”, o presidente da Direção da AEBA, Eng.º José Manuel Fernandes, realçou “o trabalho, os sonhos, sacrifícios e preocupações, mas também pequenas e grandes vitórias e acima de tudo a vontade de vencer”, parabenizando o empresário. Para além destes 4 ilustres oradores, estiveram também presentes neste evento as seguintes entidades: Dra. Isabel Cruz (Presidente da Assembleia Municipal da Trofa), Prof. António Azevedo (Vice-presidente da C.M. Trofa), Luís Paulo Sousa (Presidente da União de Freguesias de Bougado), Padre Luciano Lagoa (Pároco da Trofa), Comendador Amadeu Pinheiro (Provedor da Misericórdia da Trofa), entre outras. O empreendedorismo, a persistência e a dedicação ao trabalho está na génese e no crescimento da SANER e faz com que, segundo a revista Exame, a SANER seja uma das melhores empresas do setor da Distribuição Alimentar a operar em Portugal conseguindo ombrear, em termos qualitativos, com grandes grupos económicos nacionais e internacionais.


14

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

Atualidade

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Agostinho Gonçalves lançou livro sobre a sua vida na passagem dos 30 anos de SANER O título escolhido por Agostinho Gonçalves para o seu li- ras & C.ª, Lda. relativos aos destinos de tais importâncias”. vro não deixa margem para duvidas e a história, bem verídiEm 19 de Outubro de 1995 dá-se o 1.º arquivamento do ca, bem poderia ser o mote para o guião de um filme com uma processo. Insatisfeitos com todas as explicações prestadas história da vida real. por Agostinho Gonçalves e com o despacho de arquivaPara se conhecer O Homem e a Sua Obra, a leitura do livro mento do Ministério Público, os mesmos autores pediram que escreveu a contar a sua vida desde a infância até aos dias a reabertura do Processo-crime em 21 de Novembro do de hoje, é imprescindível. Agostinho Gonçalves iniciou o seu mesmo ano. Agostinho Gonçalves afirma que “fiz questão percurso profissional ainda criança pois a vida assim obrigou. de voltar a explicar tudo ponto por ponto, juntando semOriundo de uma família que vivia do seu trabalho, numa época pre documentos de prova, para que a nova Delegada do muito difícil, fez com que o empresário tivesse de cedo se agar- Ministério Público não ficasse com qualquer dúvida”. E a rar ao trabalho. Depois de várias atividades profissionais Agos- 2ª ordem de arquivamento do processo repete-se em 25 tinho Gonçalves compra a sua “quota de 20 por cento da firma de Outubro de 1996, num despacho com uma extensão Branco, Regueiras & C.ª, Lda.” tornando-se assim sócio de uma de 50 páginas. Não obstante, adianta Agostinho Gonçalempresa de produtos alimentares. Porém, corria o ano de 1988 ves, “em 4 de Dezembro de 1996 é apresentado recurso quando as relações entre os sócios, e sobretudo com o geren- deste (2.º) despacho de arquivamento para o Tribunal te principal - Diamantino Branco -, se deterioram e Agostinho Judicial de Santo Tirso, com tal Tribunal a decidir pelo Gonçalves concretiza a vontade de sair da Sociedade. arquivamento definitivo do processo no ano 2000, sem Diamantino Branco que, “apesar de ter transmitido a sua quo- pronunciar sequer os arguidos pela prática do crime ta de sócio maioritário na firma aos seus dois filhos no ano de imputado no requerimento de abertura de instrução”. 1986, continuou nos anos seguintes como gerente principal desO livro de três centenas de páginas apresenta docusa Sociedade, mantendo sempre todos os poderes para sozinho mentos que fizeram parte deste processo, e alguns devincular e decidir em nome da mesma, e constituindo-se como les foram “por engano entregues ao perito de Agostio principal foco do mau ambiente instalado”. nho Gonçalves e foi dessa forma que se conseguiu deque “Deus é grande e eu sou um homem de fé. Sou um homem “No ano de 1989 interpus uma acção para Inquérito Judicial à fender em Tribunal.” de sorte. Felizmente, após 12 anos de luta em Tribunal, a justiça Prestação de Contas da firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda., reConforme já referido, no ano de 1989, o próprio Agostinho lativas ao ano de 1988 (Proc. n.° 196/89 do Tribunal Judicial da Gonçalves interpôs uma ação para Inquérito Judicial à Presta- reconheceu a maldade de tais acusações e deu como provado o sentido da razão e da verdade que me assistiam”. Comarca de Santo Tirso). Em 31 de Março de 1994, decorridos ção das Contas da firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. relativas Agostinho Gonçalves decidiu que ao fim desses 12 anos de mais de cinco anos desde a Assembleia-Geral de 6 de Dezem- ao ano de 1988 (Processo n.º 196/89) e “foi no âmbito deste proluta judicial era hora de parar. Porquê? bro de 1988, que ditou o fim da minha colaboração nesta firma, cesso que o Tribunal constituiu uma Comissão composta por 3 “Eu estava cansado de andar em tribunais! Até ao início deste numa fase em que no mercado já era voz corrente que a firma peritos: Sério Lourenço em representação da firma Branco, ReBranco, Regueiras & C.ª, Lda. se encontrava numa situação eco- gueiras & C.ª, Lda., um perito em minha representação e, ainda, processo, eu não tinha qualquer experiência em tribunal. Por isso, decidi desistir dos tribunais e dedicar-me totalmente aos nómico-financeira muito difícil, e atendendo a que as inúmeras um outro perito nomeado pelo Tribunal. Quando essa Comissão manobras para me afastar da Sociedade ‘a custo zero’ não surti- se reuniu pela primeira vez nas instalações da firma, para ini- meus negócios. Naquele momento, no ano 2000, eu não poderia ter a certeza do resultado da decisão que estava a tomar. Hoje ram efeitos, por sucessivas decisões do tribunal, num golpe tea- ciar a peritagem à contabilidade, Sério Lourenço surpreendeu não tenho dúvidas. Foi a melhor opção que fiz!” tral dos sócios maioritários, e do gerente principal da referida os outros peritos, afirmando que não dispunha de documentos Agostinho Gonçalves não tem dúvidas de que “se, obsessivaSociedade, apresentaram participação criminal contra mim, as- que possibilitassem a prossecução dos trabalhos a que a Cosim como contra Luís Gabriel Marques Gomes Pinheiro, Maria missão se destinava”. Mas, “nesta mesma reunião, Sério Lou- mente, tivesse optado por prosseguir em tribunal contra quem engendrou tão maliciosa queixa, atendendo à velocidade a que Cândida Costa e Silva e Ana Paula da Silva Azevedo, outrora fun- renço abordou o perito que me representava e entregou-lhe por vezes a Justiça funciona, provavelmente ainda hoje por lá cionários da aludida Sociedade”, contou Agostinho Gonçalves. um dossier com papéis manuscritos pelo próprio, dizendo-lhe E mais esclareceu que o momento e o objeto desta participa- ‘o seu cliente tem de explicar uma série de saídas de dinheiro’ ”. andaria. Por outro lado, o tempo entretanto decorrido, desde o meu afastamento da firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. até ção criminal não deixa de ser contraproducente a vários níveis. Como o próprio Agostinho Gonçalves afirma, “foi Deus que Desde logo, pelo facto de ter sido o próprio Agostinho Gonçal- me ajudou. Numa análise mais cuidadosa desses papéis, come- à conclusão de todos aqueles processos judiciais, fez com que essa firma passasse de uma situação económico-financeira esves a mover no início de Janeiro de 1989 uma ação contra a firma cei a encontrar apontamentos escritos pelo punho do próprio Branco, Regueiras & C.ª, Lda. no Tribunal Judicial da Comarca perito da firma - Sério Lourenço - a indicar o destino dessas im- tável para um processo de falência, no ano de 1998, acumulande Santo Tirso, à qual foi atribuído o n.º 1/89, com o objetivo de portâncias. Nesse momento percebi que o perito, decididamen- do um passivo superior a 500 mil contos. Assim, é para mim evianular a deliberação da Assembleia Geral de 06 de Dezembro te sem querer, tinha entregado ao meu perito um dossier dife- dente que, no termo de toda esta luta sem precedentes, eu só de 1988, deliberação essa que visava precisamente a exclusão rente daquele que tinha real intenção de entregar, para obten- tinha um caminho a seguir: dedicar-me a 100% aos negócios.” Com o sentimento de “missão cumprida” no que respeita ao de Agostinho Gonçalves da gerência daquela Sociedade. E esta ção de explicações (não existem crimes perfeitos). Suspirei e esclarecimento da verdade sobre a sua saída da firma Branco, foi apenas a 1ª ação de um total de 11 ações judiciais que Agos- agradeci a Deus o que estava a ver com os meus olhos, porque Regueiras & C.ª Lda., mas também com o intuito de dar a cotinho Gonçalves moveu, entre os anos de 1989 e 1993, contra as sem esta ajuda inesperada e inestimável eu estaria perdido!”. O sucessivas deliberações sociais que aquela Sociedade tomou perito Sério Lourenço tinha acabado de lhe entregar a contabili- nhecer a restante história da sua vida e o percurso trilhado peapós a sua saída, sempre com o objetivo como afirma de “acau- dade real da firma, com as verdadeiras respostas para os “des- las suas empresas até à atualidade, o empresário decidiu lantelar a verdade contabilística e os meus próprios interesses”. tinos das importâncias”, que totalizavam cerca de 51 mil contos, çar esta obra e disponibilizá-la gratuitamente a quem estiver interessado. O leitor poderá ficar a conhecer toda a “trama” do Com retórica, Agostinho Gonçalves coloca a questão, se ele e que de acordo com a queixa-crime teriam sido apropriadas tivesse feito algo de errado enquanto foi sócio-gerente da fir- por Agostinho Gonçalves em proveito próprio. “Curiosamente, “filme da vida real deste empresário da Trofa”, assim como os ma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. porque é que o próprio iria este foi o mesmo montante que o gerente principal tinha combi- mais de 30 anos de vida do projeto empresarial da SANER e as dificuldades, vicissitudes e sucessos do empresário Agostinho de imediato e por sucessivas vezes interpor ações em Tribunal nado comigo antes da minha saída da Sociedade, montante que para que precisamente a verdade dos factos fosse preservada? nunca me chegou a ser pago. Se, por ventura, o preço combina- Gonçalves, através da solicitação de um exemplar diretamenMas foi em 31 de Março de 1994 que Agostinho Gonçalves foi do fosse maior, não estranharia que o montante da queixa-cri- te na SANER, ou através da consulta dos vários exemplares que o empresário decidiu oferecer às bibliotecas municipais e essurpreendido com uma queixa-crime. “Mais de cinco anos pas- me também fosse superior”. colares do concelho da Trofa, assim como às associações e ousados após a minha saída, a firma Branco, Regueiras & C.ª, Lda. Agostinho Gonçalves classifica esta fase como a “fase mais veio então com esta queixa-crime, baseada numa conveniente difícil da minha vida, devido aos obstáculos que tive de ultra- tros espaços públicos e privados do território1. seleção de levantamentos e/ou depósitos de cheques por mim passar” pois apesar do esforço que despendeu na realização 1 Município da Trofa, União das Freguesias de Bougado (S. Martinho e Santiago), Biefetuados, assim como de vales de caixa da Sociedade, alega- de projetos como a SANER “ainda me sobrou força e coragem bliotecas da Escola Secundária da Trofa e da EB 2/3 Prof. Napoleão Sousa Marques, B.V. da Trofa, AEBA, APPACDM, ASAS, ASCOR, Assoc. Muro de Abrigo, Lar Padre Joaquim Ridamente por mim mandatados. Tudo isto foi cuidadosamente suficientes para lutar contra injustas acusações, movidas por beiro, Centro Social e Paroquial de S. Mamede do Coronado, Núcleos da Trofa da Cruz preparado. Não apresentaram em tribunal os registos que cons- gente sem caráter, capaz de tudo, que tentou denegrir a minha Vermelha Portuguesa e do C.N.E., Misericórdia da Trofa, Galerias Araújos, Carpisegur, Sapataria da Capela (Fernando Ferreira). tavam da contabilidade e dos livros da firma Branco, Reguei- imagem e destruir o meu bom nome”. E remata expressando


12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

www.ONOTICIASDATROFA.pt

15

Atualidade

João Mendes

CRÓNICA

Trofáguas e Gruun: a história de um ajuste direto peculiar Em Maio de 2018, publiquei, no blogue …e a Trofa é minha, um conjunto de três textos sobre um negócio entre a Trofáguas e a empresa privada Gruun, Unipessoal Lda. A premissa inicial prendia-se com um facto peculiar: a empresa em questão, constituída a 12 de Dezembro de 2017, apresentou uma proposta para prestação de um serviço à Trofáguas no tempo recorde de apenas 2 dias, a 14 de Dezembro, tendo sido selecionada pela empresa pública trofense a 22 de Dezembro, 10 dias depois da sua criação. O contrato, na modalidade de ajuste directo, tinha o valor de 74.990,00€, a escassos 10,01€ do limite a partir do qual se torna legalmente obrigatória a abertura de um concurso público. A primeira questão com que me deparei foi de natureza temporal: como é que, em apenas dois dias, uma empresa recém-criada no Porto apresenta uma proposta para prestação de um serviço na Trofa, que acaba por ganhar 10 dias depois? Como entrou esta empresa, criada dois dias antes da apresentação do orçamento, no radar da Trofáguas? Ou, visto por outra perspectiva, como é que uma empresa recém-criada descobriu esta necessidade da Trofáguas, com um valor 10 euros abaixo da necessidade de ter que entrar na corrida de um concurso público, em pé de igualdade com outros concorrentes? É possível executar um negócio público, de dimensão e valor considerável, com esta rapidez? Este conjunto de peculiaridades levou-me a procurar esclarecimentos. Com alguma pesquisa, descobri que o proprietário da Gruun era casado com a proprietária da empresa Formato BIN, Lda, também fornecedora da Trofáguas, que presta serviços exactamente iguais àqueles que constam no ajuste directo entre a Gruun e a Trofáguas. A Formato BIN é, de resto, a maior fornecedora da Trofáguas em valor (43% do total), desde que Sérgio Humberto chegou ao poder e nomeou a actual presidente da Trofáguas, sua amiga pessoal e esposa de um elemento do executivo da Junta de Bougado. Uma semana após a assinatura do ajuste directo com a Gruun, a 29 de Dezembro de 2017, a Trofáguas assinava um contrato com a Formato BIN, com o exacto mesmo valor que o contrato assinado com a Gruun, ainda que com um objecto diferente. Havia ainda a questão do prazo de execução do contrato, que especificava que os trabalhos deviam ser realizados durante o ano de 2017. Ora, tendo a proposta da Gruun sido aprovada a 22 de Dezembro, uma Sexta-feira, a que se seguiu um fim-de-semana e o dia de Natal na Segunda-feira seguinte, restavam à Gruun quatro dias úteis para cumprir o estipulado. Para além deste prazo praticamente impossível, o contrato referia ainda que a Gruun havia sido selecionada a 20 de Março de 2017, por despacho da presidente da empresa, Carla Barbosa Carneiro. Acontece que, nessa data, a empresa Gruun ainda não existia, tendo sido criada, como já referido, em Dezembro do mesmo ano. Como se avalia e seleciona uma empresa que não existe? Para esta última curiosidade, penso ter encontrado uma explicação: é que o parágrafo que refere que a Gruun havia sido selecionada por despacho da presidente, datado de 20 de Março de 2017, é exactamente igual àquele que surge num outro contrato, subordinado à exacta mesma prestação de serviço, com uma outra empresa: a Formato BIN. Coincidências? Talvez. A vida é feita delas. E segue em frente. Quem não seguiu em frente foi a Gruun, que fechou portas no final de Setembro deste ano, quatro meses após a publicação dos textos que inicialmente mencionei. Deixa um registo de avaliações de risco negativas e um único contrato assinado em toda a sua curta existência. Com a Trofáguas, a tal empresa pública que era para extinguir. ***** Aproveito para desejar um Feliz Natal a todos os leitores d’O Notícias da Trofa!

O Notícias da Trofa completa 17 anos de vida com vitalidade Ainda se lembra da primeira vez que leu a primeira edição do Jornal O Notícias da Trofa? Isso mesmo… foi a 12 de dezembro de 2002 que um novo projeto editorial era lançado para as bancas dos quiosques e começava a dar os primeiros passos para chegar a casa dos nossos leitores. Hoje, 706 edições depois, é dia de celebrar os nossos 17 anos de vida, de história e de muitas estórias vividas, contadas e sentidas por todos os que fazem e fizeram parte da nossa vida, do nosso dia a dia e que, ano após ano, colaboraram, trabalharam e que hoje, alguns desde o primeiro número, continuam a ajudar a levar bem longe o nome do nosso concelho e das pessoas e instituições que fazem a Trofa. Nestas 706 edições levamos até casa dos nossos leitores os sucessos, as tragédias e os exemplos que, diariamente, nos fazem crescer e querem mostrar cada vez mais à Trofa, à região, ao país e ao Mundo… sim ao Mundo onde, em cada canto, existe um português da Trofa ou da região que faz questão de ser nosso assinante e leitor assíduo. E na era do digital, estamos mesmo à distância de um clique. E os leitores aproveitam bem esse veículo, a notar pelos números que crescem a cada mês que passa. Foram registadas 921.807 leituras de notícias no site em 2019, sendo que o mês mais concorrido foi o de outubro, com 150.495 leituras. Em média, são feitas 2700 leitu-

ras de notícias por dia. Ao longo do ano, foram ainda detetados 106.254 novos leitores. Os desafios diários com que nos deparamos dão cada vez mais força para continuar a trabalhar por uma máxima que sempre norteou o nosso jornalismo: Informação Clara, Isenta e Sem Tabus. Obrigado a todas e a todos que continuam lá, na sua casa, na sua rua, sempre lá para nós. Também estaremos cá para cada um de vós.


16

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Atualidade

Área Metropolitana aprova criação da MobiAve Segundo a autarquia da Trofa, a zona norte do concelho será “beneficiada com duas redes de transportes em simultâneo, significando mais linhas e mais horários”. Em comunicado, a autarquia de Vila Nova de Famalicão deu conta de que a MobiAve resultou de “um estudo de planea-

M emorando de entendimento aprovado dia 6 de dezembro Já há luz verde da Área Metropolitana do Porto para a rede intermunicipal de transportes coletivos criada pela Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão. O memorando de entendimento foi, conforme tinha sido avançado pelo presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, aprovado na reunião daquela entidade, a 6 de dezembro. Este memorando, que já tinha sido apro-

vado pela Comunidade Intermunicipal do Ave (onde Famalicão se inclui), vai permitir que os três municípios se constituam como associação, chamada MobiAve, para que seja criada uma rede de transportes públicos rodoviários, que permitirá, além da conceção de novas rotas, que os utilizadores que circulem nos três territórios não tenham de trocar de passe.

mento sobre a mobilidade de passageiros na área territorial dos três concelhos, tendo em vista a organização de futuras concessões de serviço público de transporte à população”, servindo “cerca de 250 mil habitantes”. C.V.


12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

www.ONOTICIASDATROFA.pt

17

Atualidade

CENFIM inaugura Oficina Individual de Formação

José Maria Moreira da Silva CRÓNICA

A final não se virou

a página da austeridade

Trazer uma resposta individualizada e à medida das necessidades de aprendizagem e de disponibilidade, especialmente dos ativos das empresas do setor Metalúrgico, Metalomecânico e Eletromecânico é o principal propósito da nova resposta formativa apresentada pelo núcleo da Trofa do CENFIM.

Já lá vão mais de 4 anos que o atual primeiro-ministro António Costa afirmou vaidosamente, que foi o governo PS (leia-se governo da “geringonça”) que virou a página da austeridade. Numa entrevista recente, António Costa (um mestre das artes circenses) afirmou mais uma vez, com o desplante que o caracteriza, que foi virada a página da austeridade. Uma coisa é a afirmação de António Costa outra coisa é a realidade do país e dos portugueses. E a verdade aponta para uma situação bem “negra”, com o custo de vida cada vez mais elevado, que contraria a afirA nova oficina individual de formação “panfletária” de um primeiro-ministro que já nos habituou a utilizar estes malabarismos retóricos para sustentar o insustentável, prin- mação foi inaugurada a 28 de novembro, numa cerimónia que concipalmente quando é confrontado com a realidade. O aumento da carga fiscal em Portugal atingiu o valor mais alto des- tou com a presença de cerca de de o longínquo ano de 1995. Portugal teve o 4º maior aumento da carga 50 pessoas, entre os quais reprefiscal deste século entre os países desenvolvidos da OCDE e vai conti- sentantes das autarquias da Tronuar a agravar-se, para tristeza dos portugueses, que vão continuar a fa e de Vila Nova de Famalicão, o ter cada vez menos dinheiro para o seu sustento e a terem de trabalhar diretor nacional do CENFIM e diretores de serviços do Instituto do mais tempo para obter a reforma. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresenta um buraco de 560 mi- Emprego e Formação Profissional. Esta nova oficina é uma resposlhões de euros, cinco vezes maior do que o Governo previa e também se verificou um aumento nas dívidas a fornecedores que se situam nos ta efetiva da instituição às neces735,1 milhões euros. O SNS está a colapsar e as notícias são frequentes sidades das organizações, no âmde casos dramáticos e de situações que não deveriam ocorrer, para além bito do CNC – Programação, Mada emigração dos profissionais de saúde que voltou a disparar e até a quinação e Setup, e constitui uma vacina da meningite B que devia ser gratuita este ano foi adiada para “modalidade formativa que pauta 2020, com metade das crianças portuguesas a não estarem vacinadas. pela flexibilidade e adaptabilidaAs diferentes variedades de amianto são agentes cancerígenos e as de da aprendizagem, pois permifibras microscópicas de amianto podem depositar-se nos pulmões e aí te que cada formando inicie a forpermanecer por muitos anos, podendo vir a provocar doenças, vários mação quando quiser, escolhenanos ou décadas mais tarde. O amianto continua a existir em muitas uni- do o seu próprio horário e evodades de saúde, unidades escolares e outros edifícios públicos em Por- luindo no processo de aprenditugal contaminando todos aqueles que passam uma grande parte da sua zagem ao seu próprio ritmo, visando sempre uma maior eficácia vida nesses edifícios, mas o governo pouco ou nada faz. Há um desinvestimento até ao zero na ferrovia e nas vias de comuni- nos processos de aprendizagem”. “E porque a aprendizagem deve cação, com Portugal a ter o 3º pior investimento público per capita da União Europeia. O Programa Ferrovia 2020 apresentado em feverei- ser um espaço de desfrute do coro de 2016 e que previa um investimento de dois mil milhões de euros nhecimento, procurámos renopara melhorias na rede ferroviária nacional foi cancelado, o que origi- var as velhas estratégias pedanou o adiamento de 18 obras consideradas prioritárias pelo programa. gógicas e desenvolver recursos Também a falta de pessoal nos serviços públicos, principalmente na de aprendizagem verdadeirasaúde e na educação e o abuso da precariedade que continua a existir, mente inovadores, interativos e assim como os problemas graves que se passam nas forças de seguran- estimulantes, onde cada formança e nos atrasos verificados na atribuição das pensões e reformas de- do, através de um mapa de aprenmonstram que afinal não se virou a página da austeridade. O que Antó- dizagens, percorre áreas funcionio Costa faz é atirar areia para os olhos dos portugueses, como faz com nais, devidamente assinaladas na os impostos indiretos, as cativações e até com o “Novo Banco”, que continua a sorver o dinheiro dos contribuintes portugueses. moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt

nova oficina é uma resposta às necessidades das organizações

oficina de CNC, com vista à aquisição de competências”, explicou o diretor do núcleo da Trofa do CENFIM, Adelino Santos, que destacou ainda a potencialidade do projeto no incentivo ao desenvolvimento da “capacidade autodidata” dos formandos. Os participantes tiveram acesso a uma explicação sobre a nova metodologia formativa, que foi apresentada pelos engenheiros José Fonseca e Jorge Maurício, do CENFIM, e a uma visita guiada ao espaço.

Entrega de 180 diplomas Nesta cerimónia, contou-se ainda com a presença de diversos tutores de estágio que testemunharam a entrega de 180 certificados e diplomas a jovens e adultos que concluíram, com sucesso, um percurso de qualificação no CENFIM da Trofa. Dos diplomados, 97 por cento ficou integrado no mercado de trabalho na área correspondente à saída e perfil profissional do curso que realizaram e dois por cento prosseguiu estudos.

Durante a cerimónia, e com a colaboração da empresa TSF, na pessoa de Pedro Sousa, foram distinguidos os três formandos com melhor desempenho: Diogo Gomes, João Fernandes e Vítor Meireles. Foram ainda publicamente reconhecidos os formandos Rui Carvalho e Rui Martins, bem como a equipa técnica que os orientou, que obtiveram a distinta medalha de excelência no Campeonato Mundial das Profissões, que decorreu em Kazan, Rússia, em agosto, em Fresagem CNC e Eletromecânica Industrial, respetivamente. As palavras de encerramento ficaram a cargo do presidente do Município da Trofa, Sérgio Humberto, que felicitou todos os diplomados pela aposta formativa que fizeram ao ter escolhido o CENFIM como a sua “escola” e garantirem, desta forma, uma carreira profissional promissora. O autarca congratulou ainda o CENFIM por estar um passo à frente na qualidade da formação e recursos pedagógicos. Focando também o seu discurso na necessidade de empregados qualificados na região e na importância do corredor norte de exportação, constituído pela Trofa, Maia e Vila Nova de Famalicão, para a economia nacional, Sérgio Humberto felicitou ainda os formandos por optarem pela formação profissional, mencionando que na atua l conjuntu ra económica serão ma is bem remunerados do que alguns cursos superiores.


18

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Desporto

Jogo com três “espinhos” interrompe série a pontuar O SC Espinho conquistou uma vitória de 0-3 na Trofa, depois de um jogo que ficou marcado por duas expulsões na equipa da casa. Treinador António Barbosa admite “adversidades”, mas sublinha que há que “continuar o caminho”.

Direitos reservados

CÁTIA VELOSO

Quatro jogos depois, o Clube Desportivo Trofense perdeu. A melhor série de resultados obtida pela equipa esta temporada no Campeonato de Portugal foi interrompida depois de duas vitórias e um empate, na receção ao Sporting Clube de Espinho, este domingo à noite. Uma derrota por 0-3, com golos marcados na segunda parte e dois deles já com o Trofense a jogar em inferioridade numérica. Depois de um nulo que se manteve até ao intervalo, fruto do equilíbrio e falta de eficácia de ambas as equipas, o marcador foi inaugurado aos 52 minutos, por João Pinto, refletindo a teórica superioridade da equipa do Espinho, que ocupa o 5.º lugar da série B, sobre a formação da Trofa, que continua em zona perigosa, apesar do cami-

CD T rofense derrotado por 0-3 nho positivo que vinha construindo desde 10 de novembro. O cenário pintou-se ainda mais de preto e branco, quando a equipa da Trofa ficou reduzida a dez unidades, na sequência da expulsão de Materazzi, aos 61 minutos. A contrariedade fez mossa no conjunto treinado por António Barbosa que até essa altura conseguia manter uma certa solidez defensiva. Face às dificuldades em adaptar-se à ausência de um elemento, acabou por ceder espaço ao ad-

versário, que ampliou a vantagem aos 72 minutos, por Chapi Romano. O mesmo jogador bisou sete minutos depois, já o Trofense tinha apenas nove jogadores em campo, devido à expulsão de Hélder Sousa. No comentário às incidências do jogo, o treinador António Barbosa sublinhou que o confronto ficou marcado “por algumas decisões” que “condicionaram fortemente” o Trofense. “No que toca ao nosso trabalho, entramos com

uma dinâmica positiva e face ao que na primeira metade do jogo ritmo do jogo, com um adversário faltou à equipa “eficácia na tomaque está num bloco mais médio, ti- da de decisão”, algo que diz ter vemos algumas situações de tran- sido corrigido depois do intervalo. sição ofensiva que pudemos ex- “Na segunda parte, mesmo algo plorar e criamos situações de fina- desconfiados por aquilo que tinha lização em que não tivemos a de- sido a primeira parte, os jogadovida eficácia”, comentou o técni- res tiveram a confiança necessária co, que reconheceu as “muitas di- para arriscarem, para tentar ir ao ficuldades” em “controlar o ritmo encontro dessa tomada de decisão e foram felizes. O resultado acaba de jogo” após as expulsões. “Temos de realçar a atitude dos por avolumar-se e os últimos minujogadores, que tentaram lutar até tos já só foram de organização deao último momento do jogo, fe- fensiva, devido à inferioridade nuchando os espaços, correndo e lu- mérica do adversário”, concluiu. Este foi o último jogo do Trofentando bastante”, acrescentou. Depois de uma série de resul- se em casa no presente ano. Setados a pontuar, o Trofense tenta guem-se agora, até ao final de manter-se à tona da água com o 2019, duas deslocações, uma a Caobjetivo de conseguir mais fôlego nelas e outra a Amarante. que o faça atacar posições cimeiras da tabela classificativa. “Desde que chegamos, melhoramos Jogo com Canelas o número de pontos, temos mais no sábado consistência defensiva e mais golos marcados. Neste momento, teO jogo entre o Canelas e o Tromos muitas dificuldades e adver- fense marca o arranque da 14.ª jorsidades e ainda assim temos con- nada do Campeonato de Portugal – seguido pontuar. Não é aquilo que série B. A partida realiza-se no Espretendemos, mas temos de con- tádio do Canelas, em Vila Nova de tinuar este caminho”, sustentou. Gaia, às 15 horas. Frente a frente Por sua vez, João Ferreira, trei- estarão o 9.º e o 15.º classificados, nador do Espinho, reconheceu separados por seis pontos.


www.ONOTICIASDATROFA.pt

12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

19

Desporto


20

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

Atualidade CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA

Extrato Notarial de Escritura Pública de “Justificação” Certifico que por Escritura Pública de “Justificação”, outorgada no dia 28- 11-2019, neste “Cartório Notarial da Trofa”, sito na Rua D. Pedro V, n° 527, freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa, exarada no Livro de Notas para Escrituras Diversas Número 25-E, a folhas 54 e seguintes, perante mim respetivo Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio, compareceram como Outorgantes: A) MARIA EMÍLIA MOREIRA DA SILVA, portadora do Cartão de Cidadão N° 09394384-9ZY1 válido até 31-05-2021 emitido por Portugal, com o Número de Identificação Fiscal 157139557, viúva, natural da freguesia de Muro, concelho de Santo Tirso, residente na Rua Papa João XXI, n° 124, Bougado (São Martinho e Santiago), Trofa; B) JORGE MANUEL DA SILVA COSTA, Cartão de Cidadão No 09394384-9ZY1 válido até 31-05-2021 emitido por Portugal Número de Identificação Fiscal 157139530, natural da freguesia de Bougado (Santiago), concelho de Santo Tirso, residente na Rua das Trincheiras, n° 208, Bougado (São Martinho e Santiago), Trofa, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Olinda Maria Gonçalves Vilaça Costa; C) LUCINDA ADRIANA DA SILVA COSTA, Cartão de Cidadão N° 07726954-3ZYX1 válido até 27-06-2029 emitido por Portugal Número de Identificação Fiscal 157139549, natural da freguesia de Bougado (Santiago), concelho de Santo Tirso, residente na Rua Quinta da Serra, n° 43, Lousado, Vila Nova de Famalicão, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Luciano Moreira da Costa Maia; D) FAUSTINO DA SILVA COSTA , Cartão de Cidadão N° 07726965- 9ZY3 válido até 03-09-2029 emitido por Portugal Número de Identificação Fiscal 202151107, natural da freguesia de Bougado (Santiago), concelho de Santo Tirso, residente na Rua de Valdossos, n° 597, Fradelos, Vila Nova de Famalicão, casado sob o regime de comunhão de adquiridos com Lurdes Fernanda Campos de Azevedo Cos-Costa; E) MARIA ARMANDA DA SILVA COSTA FERREIRA, Cartão de Cidadão N° 08541579-0ZY2 válido até 24-04-2028 emitido por Portugal Número de Identificação Fiscal 190670142, natural da freguesia de Bougado (Santiago), concelho de Santo Tirso, residente na Avenida São Gens, no 996, Alvarelhos e Guidões, Trofa, casada sob o regime de comunhão de adquiridos com Jorge Manuel Ferreira da Silva; F) CRISTINA MARIA DA SILVA COSTA, Cartão de Cidadão N° 11205999-6ZY8 válido até 24-07-2021 emitido por Portugal Número de Identificação Fiscal 197523803, divorciada, natural da freguesia de Bougado (Santiago), concelho de Santo Tirso, residente na Rua Quinta da Serra, n° 10, Lousado, Vila Nova de Famalicão; G) PEDRO NUNO DA SILVA COSTA, Cartão de Cidadão N° 11670162-5ZY6 válido até 2-08-2022 emitido por Portugal Número de Identificação Fiscal 229486673, natural da freguesia e concelho de Santo Tirso, residente na Avenida São Gens, n° 996, Alvarelhos e Guidões, Trofa, casado sob o regime de comunhão de adquiridos com Teresa Alexandra dos Santos Cruz. E DECLARARAM, SOB SUA INTEIRA RESPONSABILIDADE: Que a Herança ilíquida e indivisa aberta por óbito de MANUEL NUNO MOREIRA DA COSTA (Número de Identificação Fiscal 104949465 e Número de Identificação Fiscal da Herança 740883976) e a Outorgante A) por Si, são os únicos donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do seguinte imóvel: PRÉDIO RÚSTICO, denominado “Monte das Rãs Leira Inculta”, composto por terreno, sito em Alvarelhos, na união de freguesias de ALVARELHOS E GUIDÕES, concelho da TROFA, com a área de oitocentos metros quadrados, descrito na “Conservatória do Registo Predial da Trofa” sob o número MIL E OITENTA E DOIS da extinta freguesia de Alvarelhos, com registo de “Aquisição” a favor de António Magriço de Moura Coutinho, casado,

residente em Arrabalde, Alvarelhos, Trofa, pela Apresentação Quatro de vinte de novembro de mil novecentos e vinte; ainda como omisso na matriz, mas atualmente inscrito na matriz sob o Artigo 912 (teve origem no Artigo 1004 da extinta freguesia de Alvarelhos), sem correspondência com a antiga matriz conforme declararam sob sua inteira responsabilidade, com o Valor Patrimonial Atual e atribuído de doze euros e trinta e dois cêntimos. Que conforme tudo melhor consta da escritura pública de “Habilitação de Herdeiros”, outorgada no dia oito de março de mil novecentos e sessenta e seis, no Segundo Cartório Notarial de Santo Tirso,exarada no Livro de Escrituras Número B - Vinte e Um a folhas quarenta, faleceram o referido António Magriço de Moura Coutinho e cônjuge Isaura da Silva Oliveira Coutinho, ela no dia cinco de janeiro de mil novecentos e vinte e nove, no Lugar do Arrabalde, freguesia de Alvarelhos, no estado de casada com António Magriço de Moura Coutinho, sem deixar Testamento ou qualquer disposição de última vontade; e ele no dia vinte e um de maio de mil novecentos e trinta, no mesmo Lugar do Arrabalde, natural que foi de Alvarelhos, no estado de viúvo da referida Isaura, sem deixar Testamento ou disposição última vontade; que como herdeiros legitimários sucederam-lhes quatro filhos: Mauricio Magriço de Moura Coutinho, David Magriço de Moura Coutinho, Lúcia Magriço de Moura Coutinho; e Lucinda Magriço de Moura Coutinho, todos naturais e Alvarelhos, onde residiam; Que após buscas aturadas aos Arquivos dos Cartórios Notariais e Central do Distrito do Porto, não lograram obter a escritura pela qual o referido David Magriço de Moura Coutinho terá adquirido o imóvel, por partilha das heranças de seus pais, pelo que a mesma terá sido feita por forma meramente verbal, algures no ano de mil novecentos e setenta e seis; Que conforme tudo melhor consta da escritura pública de “Doações”, outorgada no dia vinte e um de agosto de mil novecentos e setenta e oito, no Segundo Cartório Notarial de Santo Tirso, exarada no Livro de Escrituras Número A - Cento e Vinte a folhas noventa e cinco - verso; os referidos David Magriço de Moura Coutinho e cônjuge Olinda Gonçalves de Jesus, casados entre si sob o regime da comunhão geral de bens, doaram o imóvel, ora justificado, identificado nessa escritura como “NÚMERO OITO”, a Henrique de Jesus Coutinho e cônjuge Maria do Carmo Carvalho de Sousa, casados entre si sob o regime da comunhão de adquiridos; Que conforme tudo melhor consta da escritura pública de “Compra e Venda”, outorgada no dia sete de janeiro de mil novecentos e oitenta e dois, no Segundo Cartório Notarial de Santo Tirso; os referidos Henrique de Jesus Coutinho e cônjuge Maria do Carmo Carvalho de Sousa, casados entre si, venderam o imóvel, ora justificado, a Manuel Nuno Moreira da Costa casado sob o regime da comunhão geral de bens com Maria Emilia Moreira da Silva, a ora Primeira Outorgante A); Que, por fim, conforme tudo melhor consta da escritura pública de “Habilitação de Herdeiros de Manuel Nuno Moreira da Costa”, outorgada no dia catorze de fevereiro de dois mil e dezanove, neste Cartório Notarial da Trofa, exarada no Livro de Escrituras Número Quinze-E a folhas setenta; faleceu o referido MANUEL NUNO MOREIRA DA COSTA (Número de ldentificação Fiscal 104949465 e Número de Identificação Fiscal da Herança 740883976), no dia três de novembro de dois mil e treze, na união das freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães, concelho de Santo Tirso, natural que foi da freguesia de Bougado (Santiago), concelho de Santo Tirso, com última residência habitual na Rua Papa João XXI, nº 124, Bougado (São Martinho e Santiago), Trofa; no estado de casado em primeiras e únicas núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens com Maria Emília Moreira da Silva, tendo-lhe sucedido como herdeiros a cônjuge- sobreviva, MARIA EMÍLIA MOREIRA DA SILVA, a ora Outorgante A), e os seus seis únicos filhos, JORGE MANUEL DA SILVA COSTA, LUCINDA ADRIANA DA SILVA COSTA, FAUSTINO DA SILVA COSTA, MARIA ARMANDA DA

www.ONOTICIASDATROFA.pt

SILVA COSTA FERREIRA, CRISTINA MARIA DA DA SILVA COSTA e PEDRO NUNO DA SILVA COSTA os ora Outorgantes B) a G). Que, assim sendo, a Herança ilíquida e indivisa aberta por óbito de MANUEL NUNO MOREIRA DA COSTA (Número de Identificação Fiscal 104949465 e Número de Identificação Fiscal da Herança 740883976) e a Outorgante A) por Si, são os únicos donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do imóvel; e a fim de poderem registar o direito de propriedade que invocam; foi notificado o titular inscrito, nos termos e para os efeitos do artigo 99° n°s 4 e 7 do Código do Notariado. Está conforme. Trofa e Cartório Notarial, 28-11-2019. O Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio

Necrologia Santiago de Bougado Maria Adelina da Silva Santos. Faleceu no dia 28 de novembro, com 75 anos. Casada com Clemente da Costa e Silva Calendário Domingos da Silva Moreira Faleceu no dia 25 de novembro, com 81 anos. Casado com Maria Angelina da Silva Azevedo Moreira Lousado Manuel Ferreira de Araújo Faleceu no dia 27 de novembro, com 88 anos. Casado com Maria Zulmira Fontes de Carvalho Jorge Humberto Reis Andrade Faleceu no dia 7 de dezembro, com 38 anos. Solteiro Palmira Ferreira da Silva Faleceu no dia 29 de novembro, com 89 anos. Casada com Américo de Sá Zulmira Alves Ramos Faleceu no dia 6 de dezembro, com 88 anos. Viúva de Abílio Costa Reis Ferreira Ribeirão António Manuel dos Santos Carneiro . Faleceu no dia 25 de novembro, com 62 anos. Casado com Laurinda Costa Silva Carneiro Manuel Gonçalves de Sá Faleceu no dia 29 de novembro, com 95 anos. Viúvo de Ana Carneiro da Silva Maria Celeste Ferreira da Silva. Faleceu no dia 6 de dezembro, com 71 anos . Casada com Júlio Gonçalves Pereira Alcino Pereira Amorim Faleceu no dia dia 7 de dezem-

bro, com 64 anos. Casado com Maria Manuela de Sá Ribeiro Amorim Hernâni Gonçalves Fernandes Faleceu no dia 7 de dezembro, com 76 anos. Casado com Maria Lúcia Pereira de Azevedo Funerais realizados por Funerária Ribeirense Paiva & Irmão, Lda.

Santiago de Bougado Maria Ferreira Maia Faleceu no dia 27 de novembro, com 90 anos. Casada com Alfredo Ferreira de Azevedo Manuel da Silva Pereira Faleceu no dia 29 de novembro, com 75 anos. Casado com Maria Amélia Ramos Maia Adélio Pereira Serra Faleceu no dia 8 de dezembro, com 82 anos. Casado com Maria do Carmo Silva Pinto Pereira Serra S. Martinho de Bougado Maria Fernanda de Lima e Silva Costa Gomes da Silva Faleceu no dia 28 de novembro, com 93 anos. Viúva de Fernando Gaspar Coelho Gomes da Silva Glória Soares Correia Faleceu no dia 3 de dezembro, com 91 anos. Viúva de José de Macedo João Bosco Freitas Martins Faleceu no dia 5 de dezembro, com 58 anos. Solteiro Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Desporto

Bougadense volta a tropeçar no campeonato Depois de ter dado um pontapé nos maus resultados com uma vitória no campeonato e a passagem à 4.ª eliminatória da Taça Distrital, o Atlético Clube Bougadense voltou a tropeçar. Na 12.ª jornada da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto (AFP), série 2, a formação de Santiago de Bougado viajou ao reduto do Gens e veio de lá derrotada por um golo. Apesar da contrariedade, em termos pontuais, o dano maior foi o distanciamento do adversário, que agora soma 17 pontos, mais quatro pontos que a formação bougadense, que mantém o 14.º lugar (e primeiro acima da linha de água), sendo que tanto as duas equipas que estão abaixo – Estrelas de Fânzeres (10 pontos) e Caíde de Rei (oito) - como as duas que estão acima – CA Rio Tinto (14) e Lousada B (14) - também perderam os respetivos jogos. A próxima ronda reveste-se de importância acrescida para os comandados de Agostinho Lima, que defrontam a equipa do Rio Tinto e têm a oportunidade de su-

21

bir na tabela classificativa. O jogo realiza-se no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado, às 15 horas de domingo, 15 de dezembro.

Vila é próximo adversário na Taça Distrital No primeiro domingo de dezembro, o Bougadense recebeu o Citânia de Sanfins – da 1.ª Divisão da AFP – e carimbou a passagem à 4.ª eliminatória, depois de vencer nas grandes penalidades por 6-5, após o empate a uma bola. Na 4.ª eliminatória, o adversário da formação treinada por Agostinho Lima viaja ao reduto do Vila FC, que atualmente ocupa o 7.º lugar da Divisão de Elite, escalão superior ao do Bougadense (Divisão de Honra). O jogo está agendado para o dia 22 de dezembro, às 15 horas, no Parque de Jogos Soares dos Reis, em Vila Nova de Gaia. C.V.

CR Bougado em espiral negativa Três jogos, três derrotas. A equipa sénior masculina de futsal do Centro Recreativo Bougado está em espiral negativa na Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto. No sábado, 7 de dezembro, na deslocação ao Fonte da Moura, os comandados de Sérgio Monteiro somaram o terceiro desaire consecutivo, desta vez por 6-3, descendo duas posições na classificação, para o 8.º posto, com 18 pontos. É a primeira equipa acima da zona de play-off de despromoção. No mesmo escalão, mas dois escalões abaixo, na 1.ª Divisão, o Grupo Desportivo Covelas continua a liderar a série 3 (15 pontos), apesar de ter tropeçado no reduto do AD Penafiel, perdendo por 3-2. Agora, tem o 2.º classificado, S. Sebastião, mais perto, a um ponto. Na próxima jornada, os covelenses recebem o Alfenense. Na série 2, o Clube Slotcar está numa série positiva, com três vitórias consecutivas, a última diante do União Fanzerense, por 0-3. Estes resultados permitiram à equipa segurar-se no 2.º lugar, com 15 pontos, a um do líder, FC Ami-

gos de Campanhã. O Magrelos, que tem menos um ponto que a formação trofense, é o próximo adversário. Também em 2.º lugar, mas na série 4, encontra-se o Guidões Futebol Clube, com 13 pontos, mas mais afastado do líder, Miramar Império, que se mantém invencível desde o início da época. Na 8.ª jornada, os guidoenses somaram o quarto triunfo, diante do Junqueira, por 1-0, igualando pontualmente com o adversário. Na mesma série, embora em situação bem diferente, está o FC S. Romão, que segue no último lu-

gar, com dois pontos. No último jogo, foi goleado pelo Juventude de Gaia, por 6-0. No campeonato da 2.ª Divisão de seniores femininos, o Clube Desportivo Trofense segue em 2.º lugar, com 15 pontos, menos quatro que o líder Valmesio, de quem se distanciou na última jornada depois da derrota com o Barranha, por 3-1. Já o S. Romão perdeu com o Caxinas por 5-1 e continua na cauda da tabela classificativa, com um ponto. Na próxima ronda, as romanenses recebem o Escolas de Arreigada, enquanto o Trofense recebe o Valmesio. C.V.


22

O NOTÍCIAS DA TROFA 12 de dezembro de 2019

www.ONOTICIASDATROFA.pt

Desporto

Percorrer 300 km para atravessar o Algarve Durante quase três dias, dois irmãos da Trofa atravessaram o Algarve de uma ponta à outra, através do percurso da Algarviana Ultra Trail, uma das provas mais exigentes de Portugal. CÁTIA VELOSO

João Pedro e Nuno Silva são irmãos e propuseram-se ao grande desafio de participar na Algarviana Ultra Trail (ALUT), uma prova de 300 quilómetros que atravessa todo o Algarve, de oriente a ocidente, começando junto ao Rio Guadiana, em Alcoutim, até ao Cabo de S. Vicente, em Sagres, passando pelos concelhos de Castro Marim, Tavira, S. Brás de Alportel, Loulé, Silves, Monchique, Lagos e Vila do Bispo. O percurso é feito, essencialmente, em zonas florestais, com passagens pelas serras do Cal-

deirão, Espinhaço de Cão e Monchique, assim como por aldeias e montes ricos em cultura e tradições da região, contendo dez bases de vida, uma espécie de albergue para descanso e alimentação dos atletas. A prova foi aberta a cem atletas e os trofenses conseguiram fazer parte do grupo que concluiu a prova, precisando de sensivelmente 69 horas e 17 minutos para chegar à meta, classificando-se no 23.º e 24.º lugares. “Foi espetacular e muito diferente de tudo o que fizemos até agora. Foi uma experiência muito enriquecedora, porque, por um lado, temos o facto de ser uma prova que nos permite cruzar o Algarve (e Portugal) de este a oeste e, por outro, aprendemos muito sobre nós mesmos, sobre as nossas capacidades e sobre os nossos li-

ALUT

A prova foi aberta a 100 participantes mites”, referiu em declarações ao noite, João Pedro e Nuno pararam por pouco tempo para se alimenNT João Pedro Silva. Para se perceber a complexida- tarem e mudar de roupa. A partir de da prova, o atleta contou que o dos 160 quilómetros, a tarefa compercurso que partilhou com o ir- plica-se, porque, com o cair da semão incluiu paragens muito bre- gunda noite, “o cansaço começa a ves. Nos primeiros cem quiló- sentir-se em força com tudo a que metros, que incluíram a primeira se tem direito incluindo alucina-

Dionísio e Diogo Moreira com títulos nacionais em Kempo Os trofenses Dionísio e Diogo Moreira conquistaram títulos nacionais no Campeonato Nacional de Kempo, que teve lugar em Cascais, a 30 de novembro. Enquanto o pai, Dionísio, sagrou-se campeão nacional em Kempo Point, o filho venceu na variante de Kempo Light. Na mesma competição, o competidor mais novo completou o pódio na disciplina de Kempo Point, enquanto Dionísio obteve o 2.º lugar em Kempo Light. Os dois lutadores representam a equipa da PSP de Famalicão e

contribuíram para que esta conseguisse o 3.º lugar coletivo. Com cinco atletas, a equipa conquistou 12 medalhas, cinco de “ouro”, cinco de “prata” e duas de “bronze”. No Campeonato Nacional de Defesa Pessoal Alex Ryu Jitsu, em S. Cosme, concelho de Vila Nova de Famalicão, a 23 de novembro, Diogo Moreira participou como defensor e conquistou o 2.º lugar em Defesa Pessoal de Rua. Já Dionísio competiu como atacante e a sua equipa também obteve o 2.º posto, neste caso em Defesa Pessoal Policial e Militar. C.V.

ções e dormir a correr”. Nessa altura, os atletas aproveitaram para dormir durante “30 minutos” numa das bases e “uma hora” noutra. Na terceira noite, dormiram apenas “30 minutos”. “Estas paragens correspondem aos abastecimentos que variavam entre si entre 27 e 38 quilometros e onde tínhamos sempre pessoal voluntário incrível, que nos ajudou a tornar a experiência ainda mais enriquecedora”, relatou. Este ano, o vencedor, o britânico Paul Giblin, conseguiu cumprir os 300 quilómetros em 38 horas e seis minutos, estabelecendo um recorde na prova, com menos quatro horas que a marca anterior. O ALUT é organizado pela Algarve Trail Running e pela RTA – Região de Turismo do Algarve, com o apoio da ANA – Aeroportos de Portugal e da Associação Almargem. C.V.

Soluções Sudoku (edição passada)


www.ONOTICIASDATROFA.pt

12 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

23

Desporto

Deolinda Oliveira em 2.º em Corta-Mato Regional Deolinda Oliveira, Ana Silva e Júlia Sousa foram as atletas da Escola de Atletismo da Trofa (EAT) que se destacaram no Corta-Mato Regional das 4 e dos 8, que decorreu em Leça do Balio, a 30 de novembro. A primeira sagrou-se vice-campeã regional no escalão de veteranos F45, terminando no 23.º lugar geral, a oito posições de Ana Silva, 4.ª classificada em seniores femininos. Júlia Sousa arrecadou o 4.º melhor tempo em veteranos F45, terminando na 32.ª posição geral. Também a representar a EAT, Jéssica Pinto, em seniores, ficou-se pelo 17.º lugar do escalão e 57.º geral. Em termos coletivos, a associação trofense obteve o 6.º lugar. Já no dia 1 de dezembro, nas provas de preparação da Associação de Atletismo de Braga, em pista ao ar livre, a EAT esteve representada por cinco atletas. Mónica Rodrigues (júnior) bateu o recorde pessoal e foi 2.ª nos 60 metros e alcançou o 7.º posto nos 200 metros. Diana Rodrigues (júnior), também com novo recorde pessoal, atingiu o 9.º lugar nos 60 metros, e o 8.º nos 200 metros. André Oliveira (sub-23) conseguiu o 5.º lugar nos 60 metros e o 14.º nos 200 metros. Ana Mota (juvenil) ficou classificada no 16.º posto nos 60 metros e no 20.º nos 200 metros, enquanto Sofia Santos (juvenil), na mesma disciplina, foi 14.ª classificada. No Torneio de Abertura de Pista Jovem, da Associação de Atletismo do Porto, marcaram presença Kristina Tsybrivska (17.º nos

50 metros e 15.º nos 500 metros), Denis Tsybrivskyy (12.º nos 50 metros e 9.º nos 500 metros), Bruno Sá (15.º no salto em comprimento e 13.º nos 60 metros), Rúben Pinto (4.º no lançamento do dardo e 6.º no lançamento do dardo), Luís Oliveira (6.º lugar no lançamento do dardo e 8.º no lançamento do peso) e Vânia Sousa (3.º no lançamento do peso e no lançamento do dardo).

Boas indicações em Lousada No Complexo Desportivo de Lousada decorreu o Torneio de Abertura de Pista, a 7 de dezembro, no qual a EAT conseguiu bons resultados. Sofia Santos conseguiu o 1.º lugar nos 60 metros barreiras, batendo o recorde pessoal, colecionando ainda o 6.º posto no lançamento do dardo 500gr..Ana Silva também estabeleceu um novo recorde pessoal nos 1500 metros, conseguindo o 1.º lugar nos 1500 metros em sub-23. Nos 60 metros, Mónica Rodrigues conseguiu o 3.º lugar, André Oliveira o 8.º e Carolina Silva o 20.º. Rúben Pinto arrecadou a 3.ª posição no lançamento do dardo 700 gramas, com novo recorde pessoal, enquanto Mónica e Diana Rodrigues foram 4.ª e 5.ª classificadas no salto em comprimento, respetivamente. Diana atingiu ainda um novo recorde pessoal nos 300 metros, terminando na 4.ª posição. Ana Mota ficou-se pelo 5.º posto no lançamento do dardo 500 gramas e André Oliveira arrecadou a mesma posição no salto em comprimento, estabelecendo novo recorde pessoal.


24

O NOTÍCIAS DA TROFA 28 de novembro de 2019

www.ONOTICIASDATROFA.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.